O Setubalense, o seu diário da região nº 761 de 10 de Janeiro de 2022

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Hospitais de Barreiro-Montijo e Setúbal recebem 126 médicos Novos internos que estão ainda em formação só vão ser autónomos dentro de cinco ou seis anos p12 DAVID MARCOS

“A estratégia para o distrito é o ‘Alqueva das indústrias’” Entrevista José Elias de Freitas cabeça-de-lista do VOLT p8 e 9

O SEU DIÁRIO DA REGIÃO SEGUNDA-FEIRA, 10 DE JANEIRO DE 2022 PREÇO 0,80€ | N.º 761 | ANO III | 5.ª SÉRIE

DIRECTOR FRANCISCO ALVES RITO

Liga 3 Vitória regressa hoje aos treinos após paragem p15

“O desporto foi e será sempre a vertente mais forte do São Domingos Futebol Clube” Miguel Aleixo fala de um clube centenário cada vez mais pujante p14 e 15 SETÚBAL Trovoada nocturna avaria sino da Igreja Matriz p3

LEGISLATIVAS O Setubalense e AISET ‘levam’ cabeças-de-lista pelo distrito a debate p5

BONFIM Lojistas continuam a dormir no Centro Comercial para evitar fecho do espaço p4 PUBLICIDADE


2 O SETUBALENSE 10 de Janeiro de 2022

Abertura

Centro Comercial do Bonfim: uma história mal contada

O

Centro Comercial do Bonfim foi o primeiro centro comercial com essas características em Setúbal e um dos primeiros no País. Tinha no seu interior a magnífica sala de cinema, o Cinema Bocage, que funcionou até 1990. Faz parte do itinerário comercial e afectivo dos setubalenses. Quando aí entro, encontro sempre bastante gente, indicador de uma actividade comercial dinâmica. Confesso, portanto, que fiquei bastante surpreendido, quando me chegou a notícia que iria encerrar. Entrei, apresentei-me e procurei indagar quais os motivos desta tentativa de encerramento. Os actuais proprietários são os herdeiros de Carraça da Silva, o proprietário que faleceu em 2020. Quando o Centro foi criado, na década de setenta, era gerido por uma sociedade que pertencia a Carraça da Silva e a Rui Amaro. Este último faleceu na década de oitenta, tendo Carraça da Silva adquirido a parte do sócio aos respectivos herdeiros, dando continuidade à firma do Centro Comercial do Bonfim. Posteriormente foi criada a firma António Carraça da Silva & Filhos Lda. tendo esta firma constituída pelos proprietários, passado a gerir o Centro. Em 2014, foi criada uma nova firma, a ”Céleres Assuntos”, com quem os mesmos estabeleceram um contrato de arrendamento, a partir do qual esta nova firma passou a gerir o do Centro. Segundo os lojistas, contatou-se a partir de 2016, um progressivo desinvestimento ao nível de manutenção das infra-estruturas, nomeadamente rede de esgotos, casas de banho, etc. A partir de 2019 foi particularmente notória a recusa em efectuar novos arrendamentos, para além dos já existentes, apesar da intensa procura para novas lojas. Tal situação prejudicava, por uma questão de sinergia, os lojistas existentes e o próprio Centro Comercial, que poderia evidenciar outro dinamismo. A 2 de Dezembro de 2021 e de

PENSAR SETÚBAL Giovanni Licciardello

forma totalmente inesperada, todos os comerciantes receberam uma carta registada, intimando a entregar as chaves e as lojas totalmente devolutas, até 30 de Dezembro de 2021. Gerou-se, naturalmente, um enorme mal-estar e angústia, tendo em conta a normal actividade comercial, bem como todos os compromissos e investimentos entretanto realizados. A 9 de Dezembro, deu entrada no tribunal uma providência cautelar, interposta pelos comerciantes, procurando obstar a tal decisão. O juiz a quem o processo foi entregue, considerou que deve ouvir as partes envolvidas, proprietários e empresa, antes da decisão da providência cautelar. Todavia, 30 de Dezembro, quando procuravam entrar no Centro Comercial, os comerciantes constataram com surpresa que o mesmo estava encerrado e com algumas portas bloqueadas. Apesar disso, entraram, abriram as suas lojas, e começaram a funcionar normalmente. Ainda durante a manhã, chegou a advogada da empresa Céleres Assuntos, acompanhada da polícia de intervenção, instando-os a sair, uma vez que se encontravam numa situação ilegal. Foi-lhes explicado que não era assim, uma vez que estava a decorrer a referida providência cautelar e só quando houver despacho da mesma se verá quem tem razão. Considerando este tipo de atitu-

des por parte da entidade gestora do Centro e com receio que pudessem tentar novamente impedir o acesso dos comerciantes às suas lojas, os comerciantes decidiram cumprir o horário normal do Centro Comercial e para além disso, mantêm-se em permanência nas instalações do Centro, em vigília nocturna, no sentido de evitar o respectivo bloqueio e encerramento. O Centro Comercial do Bonfim é composto por mais de 50 espaços – embora algumas lojas estejam livres – e continua a ser bastante movimentado. É, de resto, uma das poucas superfícies comerciais do seu tempo que conseguiu perdurar até aos dias de hoje. Os comerciantes questionam sobretudo a forma pouco digna, velada e apressada com que este assunto foi tratado, sem qualquer respeito pela respectiva actividade comercial, pelos funcionários e pelas leis em geral. Também sou dessa opinião e parece-me bem que toda esta história possui contornos rocambolescos e está muito mal contada. A pressa configura negociata à vista, mas não pode ser desta maneira. Deve haver um acordo e, em caso de saída, todos os comerciantes devem ser oportunamente ressarcidos. Como sintetizou um dos comerciantes “Não nos podem mandar embora desta maneira indigna; temos obrigações legais para com outras empresas que nos apoiam para desenvolver a nossa actividade comercial, temos obrigações para com os nossos empregados, temos obrigações fiscais, enfim uma série de situações, com as quais, entraríamos em incumprimento se fizéssemos o que nos tentaram impor.” Chamo a atenção da Câmara Municipal de Setúbal para os cinco magníficos painéis de azulejos, da autoria de Louro de Almeida e Rogério Chora, existentes no exterior, não vá alguém lembrar-se de destruí-los, com o pretexto de uma remodelação qualquer. Professor

DR

BARREIRO

Carreira 10 dos TCB sofre alterações para reforço de ligações das escolas à estação de Coina Mercado Municipal 1.º de Maio, no centro da cidade, conta com novo Ponto navegante Luís Geirinhas O percurso da carreira 10 dos Transportes Colectivos do Barreiro vai sofrer alterações a partir desta segunda-feira, com o objectivo de manter e reforçar as ligações aos estabelecimentos da Escola Superior de Tecnologia (EST) do Instituto Politécnico de Setúbal, ao Agrupamento de Escolas Augusto Cabrita, às secundárias dos Casquilhos e de Santo André, e à Escola Quinta Nova da Telha. Neste sentido, o referido autocarro vai estabelecer a ligação entre a urbanização da Quinta dos Fidalguinhos e os estabelecimentos de ensino secundário do Alto do Seixalinho, Casquilhos, Santo André e, ao mesmo tempo, efectuar a ligação directa entre a EST do Barreiro e a estação de Coina. Com esta alteração, a autarquia informa que pretende igualmente “reforçar as ligações de transporte público” em Coina e Palhais, com a estação da Fertagus. Para consulta do novo percurso e respectivos horários, o município recorda que os passageiros podem aceder a mais informações nos endereços https://ibb.co/d5v2THn (no

trajecto Fontaínhas [Estrada da Amizade] – Coina Estação) e https://ibb. co/Ct82N74 (no sentido inverso).

“Ponto navegante” facilita vida a deslocações de utentes

De acordo com o município e em matéria de mobilidade, os utentes podem agora também contar com um “Ponto navegante”, disponível no Mercado Municipal 1.º de Maio, no centro da cidade. Com a introdução deste equipamento, os passageiros podem fazer o seu cartão navegante num minuto e passar a fazer as suas viagens. Lançado pela Transportes Metropolitanos de Lisboa e disponível nos 18 municípios que compõem a AML, o equipamento possibilita fazer um cartão personalizado no momento, de um modo “fácil, rápido e acessível”, sem necessidade de fotografia e sem espera. Para tal, basta ter em seu poder o cartão de cidadão válido e um cartão bancário. O referido ponto foi desenhado “para ser inclusivo, estando adaptado a quem tem mobilidade reduzida”, tendo os ecrãs sido criados para serem lidos por pessoas que tenham qualquer grau de daltonismo. A nova ferramenta permite ao passageiro ter o seu “Passe na Hora”, realizando o pedido de cartão navegante urgente, obtê-lo no momento e carregá-lo de seguida, “tudo no mesmo local e em regime de self-service”. Para mais informações, é de consultar o endereço https://www. navegante.pt/ponto-navegante/.


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Morreu a militante comunista Maria Lourença Cabecinha ENCONTRO

Catequistas de Setúbal rumam a Fátima para reflectir sobre desafios Os catequistas da Diocese de Setúbal, assim como os de Leiria-Fátima, Lisboa, Portalegre-Castelo Branco e Santarém, preparam-se para comemorar em Fevereiro, em Fátima, os 50 anos do Encontro Interdiocesano de Catequistas da Zona Centro, reflectindo sobre os actuais desafios da catequese. Os secretariados da catequese daquelas dioceses pretendem que o encontro dos dias 26 e 27 de Fevereiro ofereça “um olhar sobre a catequese em Portugal neste meio século de realização do Interdiocesano, na abertura aos desafios que o novo itinerário lança à catequese actual”. O encontro “deste ano tem ainda a particularidade de propor uma peregrinação para todos os catequistas”, no dia 27 de Fevereiro, um domingo. No dia anterior, o programa inclui a conferência “50 anos do Interdiocesano, Vida e História”, por Maria Luísa Boléo, seguida de uma intervenção do cardeal-patriarca de Lisboa, Manuel Clemente, sobre “O Interdiocesano no contexto eclesial dos últimos 50 anos em Portugal”. O novo itinerário da catequese será o tema dos trabalhos da tarde de sábado. A Conferência Episcopal Portuguesa (CEP), presidida por D. José Ornelas, Bispo de Setúbal, na sua última Assembleia Plenária, em Novembro de 2021, aprovou o “Itinerário de iniciação à vida cristã com as famílias, com as crianças e com os adolescentes”, que aponta para “um novo olhar” sobre a transmissão da fé na infância e adolescência. “Estes tempos de profundas mudanças no que diz respeito à família, à personalização da fé, à própria educação da fé, à cultura que nos envolve, implicam um novo olhar, um novo trabalho em conjunto para que a educação da fé se faça não apenas em seis, sete, nove, dez anos, mas se vá fazendo ao longo de toda a vida”, disse na ocasião o presidente da Comissão Episcopal da Educação Cristã e Doutrina da Fé, António Moiteiro.

JLG / Lusa

Maria Lourença Cabecinha, resistente antifascista e militante comunista, morreu na sexta-feira, aos 89 anos. O funeral decorreu no domingo no crematório do cemitério da Paz, em Setúbal. Realizou várias tarefas na clandestinidade, mas uma das mais destacadas foi a da defesa

das casas do partido da repressão fascista, tendo vivido em várias localidades dos distritos de Setúbal e Lisboa e, na cidade do Porto. Maria Lourença Cabecinha, nasceu a 17 de Março de 1933, no Monte da Aldeia, a poucos quilómetros de Montemor. “Viveu uma vida de dedicação e de

luta. Deixa-nos um testemunho que é exemplo para as novas gerações de comunistas - a luta consequente contra a exploração, contra o fascismo, a luta pela liberdade, pela democracia, pelos ideais de Abril, pelo socialismo”, refere nota de Imprensa do PCP.

PRÉ-CAMPANHA ELEITORAL

Jerónimo de Sousa desafia portugueses a reflectirem antes de votarem nas legislativas O secretário-geral do PCP esteve em Palmela e Grândola onde afirmou o contributo do partido para a reposição de direitos na actual legislatura O secretário-geral do PCP, Jerónimo de Sousa, esteve sábado em Palmela numa sessão pública onde desafiou os portugueses a reflectirem sobre o que pretendem para as suas vidas antes das eleições legislativas, e lembrou o contributo dos comunistas para muitas medidas de reposição de direitos na actual legislatura. “A verdade é que o voto na CDU contou, como nenhum outro, para devolver a esperança ao povo português. O voto na CDU contou decisivamente para a reposição de salários e de outros direitos roubados, como feriados e complementos de reforma, para a reposição do direito ao pagamento por inteiro do subsídio de Natal, contou para o aumento do salário mínimo nacional, ainda que aquém do necessário”, disse o líder comunista. Perante cerca de duas centenas de apoiantes no Cineteatro São João, Jerónimo de Sousa disse que a pandemia covid-19 veio expor ainda mais os muitos problemas que o País enfrenta, “resultado de décadas de política de direita” da responsabilidade do PS e PSD. Para o secretário-geral do PCP, a “maioria absoluta que o PS ambiciona [nas legislativas antecipadas de 30 de Janeiro], ou as soluções de bloco central, formal ou informal, que o PS não enjeita e que o Presidente da República e o poder económico andam a patrocinar”, só serviria para aprofundar esses problemas e não para os resolver. “Dizem querer estabilidade. Mas de que estabilidade falam eles? Não da estabilidade na vida dos trabalhadores e do povo. Não da estabilidade que é garantida pelo emprego com direitos, por salários dignos e por pensões e reformas dignas. Não da estabilidade que requer serviços públicos de

qualidade, como o Serviço Nacional de Saúde, que assegure no devido tempo as consultas, os exames ou as cirurgias de que necessitamos”, disse. “Não é desta estabilidade que eles falam, não é esta a estabilidade que querem. O que querem é a partir do conforto e da arrogância da maioria absoluta, para assim fugir à solução dos problemas e levar a cabo as políticas que só trazem mais incerteza e instabilidade à vida do povo. Sabemos bem, um saber de experiência feito, que a falsa estabilidade das maiorias absolutas rapidamente se transforma num inferno de instabilidade na vida de quem trabalha”, acrescentou. Jerónimo de Sousa reiterou desta forma o discurso proferido horas antes numa outra acção de pré-campanha

eleitoral em Grândola, em que afirmou que uma eventual maioria absoluta do PS se traduziria rapidamente em dificuldades acrescidas para os trabalhadores. “A maioria absoluta [nas próximas eleições legislativas] com que sonha o PS, ou os arranjinhos com o PSD que também já preparam, visam livrar-se do PCP e do PEV, da sua influência e das suas propostas a favor dos trabalhadores e do povo”, disse em Grândola. "Atiraram com o País para eleições e disso não se duvide, porque ambicionam ver garantida, sem sobressaltos, a política de direita para assegurar os interesses daqueles que à custa dos trabalhadores e do povo têm acumulado riqueza e fortuna e assim conti-

nuam”, frisou, dando como exemplo os ganhos bolsistas de 3,5 mil milhões de euros alcançados no ano passado pelos principais grupos económicos portugueses. Jerónimo de Sousa lembrou também que o actual Governo do PS só foi possível porque a “CDU viu aquilo que outros não viram”, quando o PS felicitava o PSD e o CDS pela vitória eleitoral e "confessava a sua vontade de os deixar permanecer no governo”. Salientou ainda que muitas medidas aprovadas em benefício dos trabalhadores nos últimos seis anos e de que o PS, alegadamente, se tem apropriado, só foram possíveis devido à insistência do PCP e algumas tiveram grande resistência dos socialistas.

GR / Lusa

FOTOLEGENDA O SETUBALENSE

Trovoada nocturna avaria sino da Sé de Setúbal

O sino da Sé de Setúbal, Igreja de Santa Maria da Graça, não tem marcado as horas na cidade, como há muito é tradição, devido a “uma avaria provocada por uma trovoada nocturna”, explica o Padre Rui Rosmaninho, pároco da Sé. Por agora, ainda não se tem conhecimento de quanto tempo irá demorar a reparação. Situado no Largo de Santa Maria, no coração do burgo primitivo da cidade, o edifício de origem medieval do século XIII da Catedral de Setúbal, foi totalmente reconstruído no século XVI. Na fachada quinhentista salientam-se duas torres sineiras. No interior merece destaque a azulejaria e a talha dourada do século XVIII. Foi em torno da Igreja Matriz que se desenvolveu o mais importante bairro medieval da cidade, assim como o seu centro religioso e político-administrativo.


4 O SETUBALENSE 10 de Janeiro de 2022

Setúbal

ESPERAM DECISÃO JUDICIAL

Lojistas continuam a dormir no Centro Comercial do Bonfim para evitar fecho do espaço O SETUBALENSE

Gestora do centro tentou bloquear acesso dos comerciantes e já chamou polícia ao local por duas vezes Mário Rui Sobral Rogério Matos Os lojistas do Centro Comercial do Bonfim, em Setúbal, continuam a revezar-se em pernoitas no espaço para evitarem o fecho daquela superfície. Temem ficar impedidos de aceder ao centro comercial, antes de ser conhecida a decisão judicial de uma providência cautelar que interpuseram contra o encerramento de que foram notificados – com apenas cerca de 30 dias de antecedência – pela gestora do espaço, a empresa Célebres Assuntos, no início de Dezembro último. A entidade proprietária do centro cessou o contrato de arrendamento com a Célebres Assuntos, a qual ficou impedida de renovar os subarrendamentos das lojas aos comerciantes, solicitando a entrega das chaves do espaço aos lojistas até 31 do mês passado. Perante a recusa dos comerciantes – que alegaram na providência cautelar que a acção da Célebres Assuntos não acautela o previsto na lei –, a empresa optou por bloquear algumas das portas de acesso ao centro no início deste mês. Os lojistas acabariam por conseguir entrar e viriam a ser identificados pela polícia chamada ao local pela empresa, numa tentativa de que dePUBLICIDADE

Os comerciantes têm vindo a manter a actividade nas lojas

socupassem o espaço. Pela manhã de dia 3 foram confrontados por uma equipa da polícia de intervenção e à tarde voltaram a ser visitados e a ter de dar explicações a elementos da PSP. Decidiram então ficar em vigília no interior do centro durante as noites. E têm vindo a revezar-se em pernoitas desde o passado dia 4, de forma a evitar que a empresa feche a superfície, enquanto desesperam pelo resultado da providência cautelar. “Quanto mais tempo demorar a sair a decisão do juiz mais insustentável se vai tornando a situação”, disse António Gorrão, esposo da proprietária da papelaria/tabacaria T&T.com, a O

SETUBALENSE. “O juiz quis ouvir a outra parte [a empresa] antes de se pronunciar sobre a providência cautelar”, adiantou, para sublinhar que a Célebres Assuntos estará a aproveitar essa situação para “ganhar tempo”. António Gorrão revelou ainda que os lojistas estão preocupados com a possibilidade de a empresa conseguir que venha a ser cortada a água e a luz no centro. “Já falámos com a Águas do Sado e a EDP e vamos ver”, confessou. O Centro Comercial do Bonfim, que teve até aos anos de 1990 a funcionar o Cinema Bocage, é composto por mais de 50 lojas – embora algumas estejam livres.

PARA SETÚBAL E ALMADA

IHRU lança concursos para construção de 198 habitações de renda acessível O Instituto da Habitação e Reabilitação Urbana (IHRU) já lançou dois concursos para projectos de construção de 198 habitações de arrendamento acessível nos concelhos de Setúbal e Almada. Segundo o IHRU, o alargamento da oferta habitacional para arrendamento acessível prevê um investimento de mais de 31,3 milhões de euros para elaboração de projectos e construção de habitações. Em Setúbal, o projecto destina-se à construção do conjunto habitacional “Rua do Monte”, localizado no Plano Integrado de Setúbal, junto do Bairro da Bela Vista. Para o local está prevista a construção de um total de 98 fogos, sendo o investimento total do IHRU de 16,3 milhões euros. Em Almada, o projecto visa a construção de um novo empreendimento em terrenos de que o instituto é proprietário, chamado de “Quinta da Boa Esperança”, com um total de 100 fogos num investimento total do IHRU de 14,9 milhões de euros. Estes concursos contam com a assessoria da Ordem dos Arquitectos e com a colaboração dos respectivos municípios. Além de estar prevista a celebração de contrato de projecto com as equipas que vençam cada um destes

concursos, encontra-se igualmente prevista a atribuição de prémios pecuniários aos três projectos candidatos com melhor classificação, em cada concurso, perfazendo um total de 40 mil euros em prémios. Estes dois concursos, segundo o Instituto de Habitação e Reabilitação Urbana, dão continuidade à estratégia estabelecida para dar resposta às famílias que não têm capacidade de aceder a uma habitação no mercado livre em terrenos de que são proprietários os municípios de Setúbal e Almada. Em Dezembro, o IHRU anunciou também a construção de dois novos empreendimentos, perfazendo um total de 164 fogos, em terrenos de que é proprietário o município de Almada, habitações essas destinadas na sua totalidade ao arrendamento acessível, nomeadamente no Casquilho Nascente e no Casquilho Poente. Em Outubro tinham sido anunciados outros concursos para a construção de três novos empreendimentos com um total de 375 fogos em terrenos dos municípios de Almada e Setúbal, nomeadamente em São Francisco Borja (Almada), Três Vales (Almada) e Varandas do Sado (Setúbal).

GC/MCL-Lusa

DR


10 de Janeiro de 2022 O SETUBALENSE 5

Gala do Desporto prevista para dia 23 adiada devido à evolução da pandemia

A Câmara Municipal de Setúbal tomou a decisão de adiar a Gala do Desporto, prevista para o dia 23 de Janeiro, “devido à evolução da crise pandémica no País”, explica a autarquia em nota de Imprensa. O evento, que conta “já com cinco edições realizadas”,

distingue anualmente “atletas, dirigentes, clubes e outros agentes que, ao longo da última época ou da carreira, se destacaram nas mais distintas modalidades, contribuindo para o desenvolvimento desportivo e para a promoção de Setúbal”.

LEGISLATIVAS INTERCALARES 2022

AISET e O Setubalense promovem debate entre cabeças-de-lista pelo círculo eleitoral de Setúbal Mário Rui Sobral Os cabeças-de-lista por Setúbal dos nove partidos com representação parlamentar vão estar frente-a-frente, na próxima sexta-feira, 14, num debate a ter lugar na Escola Superior de Tecnologia do Barreiro. Organizado pela Associação da Indústria da Península de Setúbal (AISET) em parceria com O SETUBALENSE, o debate tem início marcado para as 17 horas e pode ser seguido em directo na página de Facebook do jornal. A iniciativa, com duração de uma

hora e meia, vai ter uma assistência presencial convidada, com representantes de várias instituições de todo o Distrito de Setúbal. “Dar a conhecer o pensamento dos candidatos a deputados relativamente às questões de proximidade à região de Setúbal” é um dos principais objectivos da acção, diz Francisco Alves Rito, director de O SETUBALENSE. Frente-a-frente vão estar Ana Catarina Mendes (PS), Paula Santos (PCP/ PEV), Nuno Carvalho (PSD), Joana Mortágua (BE), Vítor Pinto (PAN), Cecília Anacoreta Correia (CDS-PP), Bruno Nunes (Chega), Paulo Muacho

(Livre) e Joana Cordeiro (IL). A iniciativa conta com o apoio do Instituto Politécnico de Setúbal.

Setúbal no pódio das candidaturas

O circulo eleitoral de Setúbal é o segundo do País – juntamente com o do Porto – com maior número de candidaturas partidárias (20) às legislativas intercalares do próximo dia 30, sendo apenas suplantado pelo de Lisboa (21). Já conhecida é a ordem pela qual vão surgir os partidos no boletim de voto. No caso do Distrito de Setúbal, o sorteio das 20 candidaturas ditou o

Chega no primeiro lugar, o PPM.PURP no segundo e o MPT no terceiro. Seguem-se, por ordem decrescente, Livre, JPP, BE, CDS-PP, PS, RIR e PCTP/ MRPP. A segunda metade das candidaturas ficou ordenada no boletim da seguinte forma: PTP, PAN, NC, PCP/ PEV, ADN, IL, MAS, PSD, Ergue-te e Volt Portugal. Do total de 230 deputados à Assembleia da República, 18 são eleitos pelo círculo de Setúbal. Nas últimas legislativas, realizadas em 2019, o PS obteve por Setúbal nove deputados, o PCP/PEV e o PSD conquistaram três cada, o BE elegeu dois e o PAN um.

20 Entrevistas aos candidatos já arrancaram O SETUBALENSE já iniciou um ciclo de entrevistas aos 20 cabeças-de-lista por Setúbal. Depois de Nuno Carvalho (PSD), Bruno Nunes (Chega) e Paula Santos (PCP/PEV), que foram os primeiros candidatos a ser entrevistados, na edição de hoje, nas páginas 8 e 9, é dado a conhecer o cabeça-de-lista pelo Volt, José Elias de Freitas. Joana Mortágua, candidata pelo BE, será a próxima entrevistada. As entrevistas a cada um dos 20 candidatos são publicadas em vídeo (na íntegra) no site e no Facebook de O SETUBALENSE e também, editadas, em suporte de papel. PUBLICIDADE


6 O SETUBALENSE 10 de Janeiro de 2022

Setúbal DR

TRÂNSITO AUTOMÓVEL

Rua José de Groot Pombo encerrada até Abril devido a “exigente e profunda” obra Intervenção dedicada à reabilitação integral da via, incluindo a construção de passeios mais acessíveis Maria Carolina Coelho

Há vários anos que os proprietários das habitações pretendem adquirir os lotes de terreno onde construíram

HABITAÇÃO

Mais de 70 lotes de terreno no Bairro Grito do Povo alienados a proprietários das casas Os lotes vão ser vendidos a moradores e descendentes directos, que pretendam melhorar as condições de habitabilidade Humberto Lameiras Mais de sete dezenas de lotes de terreno no Bairro Grito do Povo, em Setúbal, vão ser alienados aos proprietários de habitações construídas em loteamento municipal. A decisão foi tomada na primeira reunião pública do ano, a 5 de Janeiro, e vem em resposta ao interesse manifestado por os moradores, há vários anos, de adquirirem o lote onde construíram as suas habitações. São 72 lotes que agora vão ser vendidos a moradores e descendentes directos, que “pretendam melhorar as condições de habitabilidade, desde que sejam cumpridos alguns critérios”, refere a autarquia em nota de Imprensa. Para efectuarem a aquisição, os

interessados “devem requerer e ter concluído o processo de licenciamento da benfeitoria ou da construção diferente do projecto base original no prazo máximo de cinco anos, sob pena de reversão do lote para o município”, define o documento aprovado pelos eleitos. No caso das construções que se “mantenham com as características concordantes com os projectos originais serão objecto de processo de licenciamento simplificado”. Por sua vez, as obras de construção ou alteração que “não correspondam ao projecto inicial só podem ser efectuadas com autorização do município e a respectiva licença da operação urbanística a efectuar”. As condições definem ainda que “em caso de distrate da venda do lote, o adquirente deverá pagar todos os custos inerentes ao respectivo processo”. Acresce que a alienação dos lotes “obriga, igualmente, à apresentação, por parte dos adquirentes, de uma ‘Declaração de Amortização da Habitação’, emitida pela Associação de Moradores Grito do Povo”. Está também definido que após a aquisição, o lote “não pode ser alienado durante um período de dez

anos, a contar da data da celebração da respectiva escritura de compra e venda”. Decorrido este prazo, o município “tem direito de preferência na aquisição” A abertura do processo de celebração de escritura carece de parecer técnico por parte da Divisão de Direitos Sociais da Câmara Municipal de Setúbal, fundamentado no conhecimento do território e na informação cedida pela associação de moradores. Entretanto, a autarquia em articulação com as entidades competentes, irá proceder à análise das situações de carência social, emitindo "parecer quanto à capacidade económica dos agregados para a aquisição do lote e o seu pagamento faseado". Os lotes de terreno em questão são da propriedade da autarquia, e foram constituídos no âmbito da criação do Loteamento Municipal do Bairro Grito do Povo, no final dos anos 70, para a construção de habitações por meio de empréstimo concedido à associação de moradores, ao abrigo do programa SAAL – Serviço de Apoio Ambulatório Local, cujo pagamento é efectuado faseadamente junto do Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana.

A Rua José de Groot Pombo, em Setúbal, vai permanecer encerrada ao trânsito automóvel até ao próximo mês de Abril para a concretização da última fase da “exigente e profunda” obra de requalificação da Rua Camilo Castelo Branco. A etapa final da estruturante intervenção, “que materializa um investimento de perto de meio milhão de euros”, arranca hoje e é “dedicada à reabilitação integral da Rua José de Groot Pombo, incluindo a construção de passeios mais acessíveis”, explica a Câmara Municipal de Setúbal em comunicado. Por este motivo, “nos próximos três meses, a circulação rodoviária está encerrada entre a Rua Camilo Castelo Branco e a Avenida Bento Gonçalves, as mesmas vias que devem ser utilizadas, como desvio, pelos automobilistas”, sendo que “o acesso às garagens existentes na Rua José de Groot Pombo mantém-se salvaguardado”. Os trabalhos, liderados pela autarquia sadina, estão “em curso desde o final de Novembro de 2020”, “com vista à reabilitação de infra-estruturas subterrâneas e à execução de um novo desenho urbanístico mais funcional, seguro e confortável para todos”. A obra está a ser executada por fases, “de forma a minimizar os efeitos

no tráfego automóvel, e tem conclusão prevista para o início do segundo trimestre deste ano”. Por concretizar fica ainda “a construção de uma rotunda com um diâmetro superior a dez metros nas intersecções das ruas Camilo Castelo Branco, José de Groot Pombo e General Gomes Freire, o que permite optimizar o fluxo de tráfego automóvel e melhorar as condições de circulação”. Os novos sentidos de trânsito vão, ainda, possibilitar, “através da redução da via rodoviária, a criação de novas zonas de passeio, mais amplas e dotadas de condições de conforto e segurança, assim como a definição de bolsas de estacionamento longitudinal”. Também “a renovação integral do sistema de abastecimento de água, que permite solucionar problemas frequentes relacionados, entre outros, com colapsos estruturais e roturas, e a reabilitação da rede de saneamento básico, a qual passa a ser de recolha separativa, são outras das garantias da empreitada”.

Intervenção na Estrada de Algeruz termina dia 14

Já na Estrada de Algeruz, a realização de “trabalhos de ligação de infra-estruturas da rede de esgotos” obriga à interdição da via, “especificamente no troço compreendido entre a rotunda da Avenida José Saramago e a intersecção com a Avenida Mestre Lima de Freitas, à circulação automóvel até sexta-feira, dia 14. “Como alternativa, os automobilistas devem circular pela Rua das Laranjeiras, Avenida Quinta da Amizade, ruas António Joaquim Rosa e da Terceira Idade e Avenida Álvaro Cunhal. DR

A empreitada implica um investimento na ordem de meio milhão de euros


10 de Janeiro de 2022 O SETUBALENSE 7

José Elias de Freitas, cabeça-de-lista do Volt, em entrevista p8 e 9 VÁLIDO PARA AS EDIÇÕES 2022 E 2023

BREVES

Festival de Cinema Musicado ao Vivo novamente certificado com selo de qualidade

O Festival de Cinema Musicado ao Vivo “Film Fest”, organizado pela Câmara Municipal de Setúbal, voltou a ser certificado pela Associação Europeia de Festivais com o selo de qualidade. O galardão, atribuído anualmente aos “certames que se destacam por mostrar compromisso artístico, envolvimento na comunidade local e abertura internacional”, “coloca o evento sadino numa rede composta por mais de 1 500 festivais europeus reconhecidos pela qualidade artística dos seus programas e com impacte significativo a nível local, nacional e internacional”, explica a autarquia em nota de Imprensa. O Film Fest, “realizado pela primeira vez em 2019, já havia sido distinguido no biénio 2020-2021”, sendo que viu agora renovado o “selo EFFE (Europe For Festivals, Festivals for Europe) para as edições 2022 e 2023”.

Requalificação pedonal e viária motiva fecho por dois meses DR

Galardão atribuído a certames que mostram compromisso artístico, envolvimento na comunidade local e abertura internacional Maria Carolina Coelho

RUA RODRIGO FERREIRA DA COSTA

Para a atribuição da distinção, “os eventos são analisados por um júri de especialistas internacionais, que avalia um conjunto de critérios, entre os quais a apresentação de um programa artístico coerente e inclusivo, com oportunidades para artistas emergentes ou inovadores e com o envolvimento de artistas locais”. Além disso, “o apoio à criação artística, a captação de diferentes tipos de públicos, a aposta na inovação, bem como na sustentabilidade ambiental e a promoção de experiências interculturais para o público e artistas são outros critérios analisados”. Já até 31 de Janeiro, dia em que fecham as votações, o Film Fest – Festival de Cinema Musicado ao Vivo, que proporciona à população a oportunidade e “o prazer de assistir a filmes musicados no momento, em sessões para todos os públicos, realizadas em vários espaços culturais do concelho”, é um dos candidatos aos ‘Iberian Festival Awards’.

O certame sadino, característico por recuperar o formato dos cine-concertos com a exibição de filmes clássicos e cinema de autor, com a particularidade de serem acompanhados por músicos em actuações ao vivo, reinventando bandas sonoras de forma singular”, encontra-se nomeado na categoria “Best Non-Music Festival” dos prémios que “distinguem a indústria dos festivais de Portugal e Espanha, bem como dos países lusófonos e ibero-americanos, que se destacaram no circuito, em várias categorias, durante os últimos 12 meses”. As votações, a decorrer on-line até dia 31 de Janeiro, estão disponíveis através de https://www.talkfest.eu/ ifa. “Os vencedores da sexta edição dos ‘Iberian Festival Awards’, a anunciar numa cerimónia agendada para o dia 26 de Março, no Auditório Lispolis, em Lisboa, são escolhidos por um júri, nalgumas categorias, e pelo público, noutras”.

A realização de trabalhos de requalificação pedonal e viária, a começar hoje, motiva o encerramento ao trânsito automóvel de um troço da Rua Rodrigo Ferreira da Costa, situada no Bairro Santos Nicolau, por um período previsto de dois meses. Em comunicado, a Câmara

Municipal de Setúbal explica que no decorrer da intervenção na via pública, que obriga ao “corte de trânsito no troço compreendido entre as ruas Dr. António Rodrigues da Costa e Dom Pedro Fernandes Sardinha”, “os automobilistas devem utilizar a Rua Dr. António Rodrigues da Costa”.

INSPIRADO NA ARRÁBIDA

Parque Infantil na Nova Azeda pronto para receber pequenada A Praceta Carlos da Costa Frescata, na Nova Azeda, está agora munida de um parque infantil, construído pela Junta de Freguesia de São Sebastião e pronto para receber a pequenada. O equipamento, “inspirado em Setúbal e no mel da Arrábida, dá resposta às solicitações dos moradores daquela área da freguesia,

que reivindicavam uma área de entretenimento para as crianças do bairro”, explica a autarquia em comunicado. O novo parque temático “é composto por um conjunto de equipamentos para brincadeiras individuais e colectivas dos mais novos, incluindo um carrossel para crianças com mobilidade reduzida”. DR

NO MUSEU DO TRABALHO

Figuras e actividades típicas sadinas da década de 80 recordadas em exposição DIA 20

Mostra vai ser inaugurada no próximo sábado, pelas 16 horas As figuras e as actividades típicas de Setúbal da década de 80 vão ser recordadas em exposição, a inaugurar no Museu do Trabalho Michel Giacometti no próximo sábado, pelas 16 horas. A mostra, intitulada “40 anos, 40 Imagens – Figuras Típicas de Setúbal”, reúne “imagens do fotógrafo Fernan-

do Pinho, captadas em suporte analógico no início da década de 80, que representam personalidades típicas que circulavam na cidade naquela época”, refere a Câmara Municipal de Setúbal em comunicado. Organizada pela autarquia, a exposição dá também “a conhecer algumas das profissões ou actividades características da cidade e zonas limítrofes, como vendedores de castanhas, descarregadores de peixe, pescadores, amoladores, engraxadores, vendedores de cautelas e ardinas”.

“O objectivo é recuperar os rostos e as memórias de algumas das figuras que circulavam em Setúbal há quarenta anos e homenagear homens e mulheres que marcaram o pulsar da vida em comunidade naquela época”. As quatro dezenas de fotografias, que “posteriormente serão convertidas para o processo digital”, podem ser vistas “até dia 27 de Março, gratuitamente, no Museu do Trabalho Michel Giacometti, de terça a sexta-feira, das 09h30 às 18 horas, e aos fins-de-semana, das 14 às 18 horas”.

Peça inspirada em Almada Negreiros estreia na Casa da Cultura A Casa da Cultura, em Setúbal, recebe no próximo dia 20, pelas 11 horas, a estreia da peça “Corpo Pequenino, Olhos de Gigante”, criada pelo Teatro Estúdio Fontenova a partir de uma obra de Almada Negreiros. O espectáculo, inspirado no poema “O Menino d’Olhos de Gigante”, “retrata as peripécias

de um rapaz que, numa noite de insónia, ao caminhar sozinho pela serra, se depara com um gigante que lhe quer roubar os olhos”. A produção, destinada a crianças a partir dos 3 anos, conta com sessões nos dias 20 e 21, às 11h00, 15h00 e 21h30, e nos dias 22, às 11h00 e às 21h30, e 23, às 11h00 e às 17h00.


8 O SETUBALENSE 10 de Janeiro de 2022

Legislativas JOSÉ ELIAS DE FREITAS CABEÇA-DE-LISTA DO VOLT

“A estratégia para o distrito de Setúbal é o ‘Alqueva das indústrias’” Candidato defende a concentração de fundos comunitários para desenvolver polos industriais modernos na região Francisco Alves Rito (Texto) David Marcos (Fotografia) Nasceu em Lisboa e reside em Sesimbra. Licenciado em economia e reformado da Comissão Europeia, José Elias de Freitas é, aos 67 anos, o cabeçade-lista por Setúbal do mais recente partido concorrente às eleições de dia 30. Nos anos 90 trabalhou com o então ministro Augusto Mateus na concepção do CEIIA, o Centro de Inovação para a Industria Automóvel, para ajudar a região a ultrapassar o encerramento da Renault e a desenvolver o sector automóvel. Defende a reindustrialização com base numa espécie de Alqueva. O hidrogénio e as renováveis em Sines, o sector automóvel em Palmela e a industria de defesa, em Almada, são os “três lagos” da irrigação que o candidato do Volt quer canalizar para a industria do distrito. O Volt é um partido novo, o que pode trazer à democracia e à região de Setúbal? O partido Volt é um partido recente, fomos legalizados recentemente e recebidos pelo senhor Presidente da República. É um partido pan-europeu, existem 16 partidos Volt em toda a Europa. É um partido federalista, isto é, pretende melhorar toda a democracia interna da União Europeia. E é um partido progressista, absolutamente a

favor da melhoria das condições de vida das populações, do progresso económico e científico. E somos um partido pragmático, no sentido em que não ficamos definidos entre políticas de esquerda e de direita, mas procuramos trazer, para a política portuguesa, as melhores políticas europeias, adaptadas e construídas aqui dentro. E, nesse sentido, penso que somos qualquer coisa muito fresca e nova para a política portuguesa. Porque aceitou ser candidato e pelo distrito de Setúbal. Qual é a ligação? Depois de regressar de Bruxelas, onde trabalhei na Comissão Europeia muitos anos, tenho casa em Sesimbra e juntei-me ao Volt Setúbal, com o grande objectivo de ajudar o distrito a vencer os problemas da sua economia, os problemas industriais. O distrito de Setúbal ficou para trás, de

A Península de Setúbal tem que ser uma NUT II e III, ter autonomia

alguma maneira. Setúbal foi sempre um distrito com muito potencial – aliás, a grande parte da indústria portuguesa começou no Barreiro - houve depois o grande projecto de Sines. É um território e uma população extremamente importantes no conjunto nacional, mas, claramente, tem ficado para trás no seu desenvolvimento. Aliás, todo o país na área económica está muito melhor, com a adesão à Europa, mas está para trás. Temos problemas de salários e de qualificações. O grande motivo pelo qual eu aderi ao Volt foi para ajudar a trazer uma política nova, industrial. Toda a Europa está no processo de renascimento industrial, e, para mim, chegou a hora de mudar a indústria em Portugal, e no distrito de Setúbal, avançar com os sectores do futuro. Não há razão para se esperar. E como pode fazer-se a reindustrialização? Nós temos uma estratégia de política económica e industrial para todo o país e para os sectores do futuro e, sobretudo, no meu caso, para o distrito de Setúbal. Essa estratégia passa por adoptar as boas medidas de desenvolvimento industrial e económico para as empresas e assenta numa peçachave que é utilizar os fundos europeus de uma forma muito concentrada, na construção de centros tecnológicos de apoio às

indústrias nas áreas do futuro. As áreas do futuro são o hidrogénio, a mobilidade eléctrica automóvel, e no nosso distrito temos polos com grande potencial. Começando em Sines, mais a Sul, temos o polo do hidrogénio, o polo da engenharia das energias renováveis, em Palmela temos o sector automóvel, em Almada, no Alfeite, temos um cluster de indústrias da defesa. Portanto, a estratégia será concentrar os fundos europeus no que eu chamo, no caso do distrito de Setúbal, fazer o ‘Alqueva das indústrias’. Como sabe, a barragem do Alqueva foi também um momento simbólico do desenvolvimento do Alentejo e veio irrigar toda a nova agricultura que se está a processar, enfim talvez devesse ser uma agricultura ainda mais amiga do ambiente, e menos intensa, mas isso não é o ponto de vista principal. O ponto principal é que o país e a região, no caso o Alqueva, esperou anos e anos, havia fundos, mas foram imensos anos para que fosse construído e, finalmente, quando

foi construído, os efeitos estão à vista. O ‘Alqueva das Indústrias’, como disse, tem de passar pelos fundos europeus. Como pode concretizar-se esse projecto quando sabemos que a Península de Setúbal está

Queremos ser eleitos para negociar com PS ou PSD essa nova política para resolver o problema do distrito de Setúbal


10 de Janeiro de 2022 O SETUBALENSE 9

Veja a entrevista completa em vídeo no site e nas redes sociais d'O Setubalense

numa situação administrativa desfavorável, em termos das NUTS, e que os fundos europeus não chegam cá como chegam às outras regiões pobres do país? Exacto, é de facto uma contradição, mas nós precisamos mesmo de usar os fundos europeus nessa construção. O “Alqueva das Indústrias” tem três lagos e vai irrigar todo o distrito, toda a indústria e vai criar novas empresas e ajudar, sobretudo, as empresas existentes. A nossa ideia é apoiar muito as indústrias, por exemplo, da defesa, onde agora temos o senhor Almirante Gouveia e Melo, Chefe do EstadoMaior da Armada, e que apoia o desenvolvimento tecnológico do seu ramo, da Marinha. E toda a Europa tem essa política de defesa do uso duplo, e nós pensamos que o Alfeite e a Charneca da Caparica vão ser um lago nesse ‘Alqueva’ na indústria da defesa. E isso vainos ligar, por exemplo, aos grupos europeus, como o grupo Airbus militar, que tem uma importância

enorme. O outro lago será Palmela, com o cluster automóvel, onde precisamos desenvolver a energia das baterias eléctricas para dar apoio às indústrias. O terceiro lago será Sines que vai irrigar o cluster do hidrogénio, das energias verdes. Quanto às NUTS, é evidente que Setúbal ficou para trás, sobretudo a península. Nós, partido Volt, reclamamos que seja dada uma compensação à Península de Setúbal pela perca de várias centenas de milhões de euros dos fundos europeus. Este ponto revela a importância de trazermos a Europa para mudar Portugal, porque, precisamente, nós vemos que os fundos existem, no caso da Península de Setúbal foram um pouco condicionados negativamente, mas não há nada que impeça de haver uma compensação das centenas de milhões de euros que nós perdemos. Aliás, gostaria de debater toda a utilização dos fundos para o tal ‘Alqueva das Indústrias’, com os candidatos principais, a deputada Ana

Catarina Mendes e o dr. Nuno Carvalho, o PS e o PSD, porque um deles será, tipicamente, governo. Nós, se formos eleitos, daremos apoio a um desses partidos, negociando com um desses partidos que seja maioritário, precisamente para aplicar esta estratégia de desenvolvimento ao nível nacional, mas no caso de Setúbal, avançar com o projecto do ‘Alqueva das Indústrias’. O que defende quanto ao mapa das NUTS? No Volt do distrito de Setúbal, consideramos que a Península de Setúbal tem que mudar e tem que ser uma NUT II e III, portanto, ter autonomia. Aliás, nós defendemos, para esta legislatura, a regionalização. Só com a regionalização é que podemos ter um centro de poder em toda esta área de Setúbal, de Almada a Sines. O mapa será definido, mas tipicamente vamos precisar de um poder regional que tenha a motivação de correr os riscos e de ter os fundos europeus para fazer as aplicações mais importantes. O que está a defender é que a região onde Setúbal ficar não deve incluir Lisboa, ou o mapa que admite pode ser o da actual Área Metropolitana de Lisboa? O actual mapa prejudicou a Península de Setúbal. A Península de Setúbal, em grande parte, tem sido dormitório de Lisboa, e isso tem de acabar. Tem que haver, e vai haver, desenvolvimento no próprio território. Voltar à situação anterior, quando houver mudanças, de ficar integrado numa região onde há perda de fundos europeus não tem sentido, e nós não defendemos isso. Defendemos, num primeiro momento, que se transforme a península numa NUT II e III, num segundo momento, quando houver a regionalização, que será feita no quadro de um referendo, mais lá para o fim da legislatura, as populações e os peritos, em

A Península de Setúbal tem sido dormitório de Lisboa, e isso tem de acabar

discussão, nessa altura, definirão melhor. Sobre o aeroporto, qual é a posição do Volt? O Volt apoia, decididamente, a localização de Alcochete. Os estudos demonstram que pode ter quatro pistas e ser um aeroporto intercontinental. Portugal está no extremo da Europa, somos quase uma ilha, porque a maior parte do país, a Oeste, é o mar, e nós precisamos de voltar a ser um país mais central. Se tivermos uma grande ligação área, à América e a África, inclusive à Ásia, mesmo ao extremo-oriente - como temos ligações culturais com a Índia e com a China -, isso é absolutamente vital para dar mais sinergias de desenvolvimento ao nosso país. Se nós ficarmos com um aeroporto intercontinental, em Alcochete, que joga, também, com o aeroporto intercontinental, de Madrid, isso coloca Portugal numa posição muito mais favorável e necessária, e coloca, mesmo, a Europa numa nova centralidade. Somos um partido com uma visão absolutamente ambientalista e contra as alterações climáticas, e esperamos a avaliação ambiental, que certamente será mais favorável que a avaliação do Montijo, onde os aviões vão colidir com os pássaros. Sabemos bem o que aconteceu em Nova Iorque e achamos incrível que se esteja a pensar em fazer um aeroporto no Montijo, destruindo o ecossistema e pondo as aeronaves em perigo. Uma das ideias do Volt é o combate às desigualdades salariais na Europa. Propõe um salário mínimo europeu. Como é possível fazer isso apesar das diferentes realidades económicas? O Volt propõe uma harmonização das leis do trabalho. No caso português, propõe um salário mínimo, para o próximo ano, de 715 euros. Os salários têm de conferir a dignidade ao trabalhador e vai ser necessário haver uma política coerente em toda a Europa. Nós queremos, basicamente, acelerar o crescimento económico na Europa do Sul, no caso português, consideramos que chegou a hora de mudar a fase da indústria e trazer os sectores do futuro para dentro do país. No distrito de Setúbal, temos esplendidas condições para isso. A harmonização dos salários será, necessariamente, um resultado do desencravar do marasmo económico de toda a Europa do

Só com a regionalização, que defendemos para esta legislatura, é que podemos ter um centro de poder em toda esta área de Setúbal, de Almada a Sines Sul, mesmo da Europa do Leste, que tem muito menos capacidade de competição, de criar valor. Criar valor nas economias é uma coisa estudada, já todos os economistas sabem que estratégia se deve implementar, mas ninguém faz. Para responder à pergunta, a harmonização tem de nascer da realidade e a realidade é que tem de ser transformada e não há nenhuma razão para não seja agora. O presidente do VOLT, Tiago Matos Gomes, aponta, como objectivo, que o partido consiga entrar na Assembleia da República. Para a região de Setúbal, o que é um resultado aceitável? É sermos eleitos, porque nós podemos trazer para todo o distrito, um novo ímpeto industrial, de política de desenvolvimento das empresas. Nós sabemos que chegámos recentemente, o eleitorado não nos conhece ainda muito bem, mas temos a campanha toda para fazer passar esta ideia, nomeadamente com a metáfora do “Alqueva das Indústrias”. Penso que as pessoas compreendem a urgência de resolver o impasse económico e industrial do distrito. O resultado que desejamos é sermos eleitos, para, na Assembleia da República, podermos negociar com um dos dois partidos, PS ou PSD, essa nova política para resolver o problema da economia portuguesa e sobretudo, do distrito de Setúbal.


10 O SETUBALENSE 10 de Janeiro de 2022

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FALECEU A 2/1/2022

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Seus filhos, nora, genro, netosn restante família e amigos cumprem o doloroso dever de participar o falecimento do seu ente querido cujo o funeral se realizou dia 03-01-2022 para o Cemitério da Paz Setúbal. Na impossibilidade de o fazerem pessoalmente, vem por este meio agradece a todas as pessoas que se dignaram acompanhar ou que de outra forma manifestaram o seu pesar. AGÊNCIA FUNERÁRIA SADO TELEF: 265 718 605 - 934782861 - 966479242

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12 O SETUBALENSE 10 de Janeiro de 2022

Região

Garcia de Orta lança aplicação para acesso dos utentes através de telemóvel

“MyHGO” é o nome da aplicação gratuita que o Hospital Garcia de Orta, em Almada, acaba de lançar para permitir que os utentes realizem a admissão nas consultas através do telemóvel. A aplicação permite ainda a recepção de notificações das próximas consultas

NO ARRANQUE DO ANO

MÚSICA

Centros hospitalares de Setúbal e Barreiro-Montijo recebem 126 médicos mas em formação

Eurico estreia-se com ‘sonho artístico’ DR

Os novos internos só vão estar aptos a trabalhar de forma autónoma dentro de cinco ou seis anos Mário Rui Sobral O Centro Hospitalar de Setúbal acolheu no início da semana passada 67 médicos internos e o de Barreiro-Montijo 59. Chegaram para receber formação e não para colmatar lacunas de clínicos. A explicação foi dada por Nuno Fachada, director clínico do Centro Hospitalar de Setúbal (CHS), a propósito do contingente recebido nesta unidade. Os médicos em formação não vêm para preencher os muitos lugares em falta no CHS. Só daqui a cinco ou seis anos é que estes novos médicos estarão aptos a trabalhar de forma autónoma, depois de concluírem com êxito a formação na especialidade que escolheram, fez notar Nuno Fachada em declarações à agência Lusa. Do total de 67 médicos internos que agora iniciam formação no CHS, “50 são de formação geral e 17 de específica”, anunciou a unidade hospitalar que, em comunicado, detalhou ainda a distribuição dos 17 médicos pelas várias especialidades contempladas. “Medicina interna e psiquiatria receberam dois internos cada”. Os restantes 13 foram distribuídos, um cada, pelas “especialidades de anestesiologia, cardiologia, gastrenterologia, hematologia clínica, imunoalergologia, nefrologia, neurologia, ortopedia, otorrinolaringologia, patologia clínica, pediatria, pneumologia e urologia”. De fora ficou uma das especialidades mais carenciadas do CHS – obstetrícia.

Barreiro-Montijo

Já o Centro Hospitalar Barreiro-Montijo (CHBM) anunciou que recebeu 59 médicos para formação, dos quais 45

Os novos médicos internos na sessão de recepção no hospital de Setúbal

para formação geral e 14 para formação especializada. Segundo a informação avançada pelo CHBM, no que toca às especialidades, a medicina interna recebeu três internos e a pediatria e a psiquiatria dois cada. Além destes, foi distribuído um médico pelas seguintes especialidades: “cardiologia, pneumologia, oncologia médica, cirurgia geral, ortopedia, ginecologia/obstetrícia e patologia clínica”. O CHBM esclarece, ao mesmo tempo, que em relação à formação geral os 45 internos “vão passar, ao longo deste ano, por várias especialidades hospitalares (medicina interna, cirurgia geral e pediatria), saúde pública e medicina geral e familiar, que são estágios obrigató-

e exames; o pedido de remarcação ou cancelamento de consultas; a chegada ao hospital sem que os utentes tenham de se deslocar ao secretariado clínico ou quiosques; o acesso a informação detalhada sobre o local das consultas; e o acesso dos utentes ao histórico dos seus episódios.

rios, com o objectivo de integrar os conhecimentos teóricos adquiridos ao longo da formação pré-graduada na prática clínica diária das diversas especialidades”. Estes médicos, adianta a unidade hospitalar, “terão ainda que frequentar e obter aproveitamento em sete cursos” , que contemplam temáticas como “suporte básico de vida, urgências, infecções e uso de antimicrobianos, meios complementares de diagnóstico e terapêutica, utilização de sangue e derivados, saúde pública, e ética e deontologia médica”. Os 59 novos internos “juntam-se aos 66 que já se encontram em formação no CHBM, em 10 especialidades diferentes”, sublinhou a unidade hospitalar, a concluir. Com Lusa

Está umbilicalmente ligado ao Barreiro e à Moita, mas foi em Odemira que resolveu instalar-se e trabalhar no primeiro disco Nasceu no Barreiro, viveu um período na Moita e instalou-se – há uns anos – no litoral alentejano. Ele é Eurico Silva e da tranquilidade da vida na região de Odemira aponta baterias para o mundo da música. Mas, apesar da estreia agora em disco, não é um novato nestas coisas da música: “Comecei a tocar guitarra acústica aos 15 anos e a ter aulas de canto. Na faculdade integrei a tuna académica, em Beja, e há cerca de 10 anos comecei a tocar e cantar em bares e restaurantes.” Os grupos corais teriam, porém, um papel importante neste percurso. “Comecei por integrar o Coro do Técnico, sob a direcção do maestro Jorge Alves e mais tarde, a convite do mesmo maestro, integrei o Coro Sinfónico Lisboa Cantat, na estreia em Portugal da obra ‘The Queen Symphony’, em 2013.” Mais tarde Eurico passa pelo Coro Emotion Voices, pelo Voice Call e chegou a integrar o Coro Nova Opera de Lisboa, numa apresentação operática no Teatro da Trindade em Lisboa. “Em paralelo com a presença nos coros referidos, criei um projecto a que chamei ‘AcousticRoad’, com o qual faço ‘covers’ de sucessos internacionais, toquei em vários sítios, de Lisboa a Faro, passando pelo Casino de Tróia”, lembra o artista. Michael Bublé, Smiths, Rui Veloso, António Variações ou Pedro Abrunhosa, são alguns dos nomes escolhidos por Eurico, em matéria de ‘covers’. Mais tarde surge um outro projecto, chamado “Zeca saiu à rua”, que ainda hoje mantém. “É um projecto no qual faço uma selecção de temas do Zeca Afonso e, digamos, que adapto aos tempos modernos, com introdução do piano, acordeão ou violino. É uma roupagem dife-

rente”, confessa. Para trás ficou a (importante) colaboração como “backing vocals” do Luís Represas, quer em disco quer em concertos ao vivo. No final de 2021, Eurico surge de corpo inteiro com um disco – “Sonho Artístico – de sua inteira responsabilidade: letras, músicas e interpretação. A exposição enquanto músico, letrista e intérprete não poderia ser maior. Mas tudo aponta para que seja uma aposta ganha e para isso também é relevante a escolha dos músicos que o acompanham neste trabalho de estreia: Bruno Sales (piano), António Barbosa (violino) e João Mateus (teclas). A voz e as guitarras acústicas, estão por conta do próprio Eurico. Seguramente vamos ouvir falar dele nos próximos tempos. Entretanto o Brasil e Polónia alinharam-se já como pontos de apresentação ao vivo para Eurico, já no primeiro semestre desta ano agora iniciado. Opinião musical de António Ramos DR

Eurico tem em mãos álbum de estreia


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Opinião

Big Brother: a gala final de 30 de Janeiro

O

s debates para as eleições legislativas do próximo dia 30 começaram no último domingo, dia 2 de janeiro. Nesse dia, às 20:50h, debateram António Costa (PS) e Rui Tavares (Livre), e às 22 horas foi a vez de Catarina Martins (BE) e André Ventura (Chega) esgrimirem argumentos. O primeiro debate teve lugar na RTP1 e o segundo na SIC Notícias. No mesmo dia e sensivelmente à mesma hora estreou, na TVI, a nova edição do “Big Brother Famosos”, onde, segundo pude perceber, sob apresentação de Cristina Ferreira há uma série de indivíduos mais ou menos famosos e outros já esquecidos do grande público que começam a estadia numa casa onde estarão nas próximas semanas. Trata-se, como conseguimos concluir, de formato novo e nunca antes visto nem imaginado na televisão portuguesa. Nesse horário na SIC houve

lugar a estreias: a nova temporada do programa “Hell’s Kitchen”, com o mítico chefe superstar Ljubomir Stanisic a liderar as hostes. Pode parecer estranho, eventualmente até impossível de um ponto de vista fático, mas o que é certo é que tudo isto aconteceu na televisão portuguesa no mesmo dia e mais ou menos à mesma hora. Ora, se é defensável que os debates entre candidatos políticos muito raramente podem hoje ser apontados como trunfo decivisivo numa campanha, decidindo a contenda neste ou naquele sentido, é também verdade que apesar de tudo continuam a constituir uma ferramenta útil, pertinente e muitas vezes esclarecedora, que pode ajudar muitos eleitores indecisos a determinarem o seu voto ou alguns que se julguem decididos a alterarem-no ou – mais provável – a robustecerem-no ainda mais.

OPINIÃO Gonçalo Naves

Mas nenhum dos referidos intervenientes políticos foi a estrela do passado domingo, nem mesmo o Primeiro-Ministro. Na verdade, segundo dados da Universal McCann, os debates entre PS e Livre e BE e Chega ocuparam, respetivamente, o 18.º e 34.º lugar dos programas mais vistos... do próprio domingo.

O debate que envolveu o atual Primeiro-Ministro atingiu um total de 992 mil espetadores, e o confronto entre Catarina Martins e André Ventura obteve uma audiência de 287 mil pessoas. A estreia do Big Brother famosos foi, como seria naturalmente expectável, o programa mais visto do dia, tendo chegado a mais de 1.8 milhões de portugueses. O milenar provérbio vem assim sofrendo uma ligeira metamorfose: se queres saber como és, abre o Big Brother e verás. É progressivamente mais consensual a crença da complexidade e dificuldade em antever, de forma límpida e convicta, um vencedor antecipado do ato eleitoral do próximo dia 30 de janeiro. O PS, que continua à frente nas tendências de voto, vê o PSD e a direita a ganharem terreno, tornando-se cada vez mais eventual a possibilidade de existir uma maioria absoluta nos

próximos anos, em Portugal. Entre os dias 2 e 20 de janeiro as televisões portuguesas transmitirão 30 debates entre os vários partidos candidatos às próximas eleições legislativas. Num cenário de grande fragmentação político-ideológica e de crescente incerteza quanto aos resultados eleitorais, a visualização dos debates talvez pudesse constituir uma boa oportunidade para os portugueses aclararem e robustecerem o seu sentido de voto. É grátis e não dá trabalho, nem é preciso ler coisa nenhuma; basta sentar no sofá e, como diz a minha avó, “ligar no canal um”. Para quem preferir, há também a possibilidade de assistir às nomeações e expulsões do Big Brother famosos. É só escolher, caro freguês. Jurista e vereador independente na Câmara Municipal de SInes PUBLICIDADE


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Desporto

ENTREVISTA MIGUEL ALEIXO

“O desporto foi e será sempre a vertente mais forte do São Domingos Futebol Clube” No ano do centenário colocou o futebol de praia na divisão de elite, inscreveu uma equipa de juniores na AF Setúbal, os veteranos venceram a Supertaça da Liga do Sado e o atletismo esteve numa prova internacional José Pina A 28 de Março de 2022, o São Domingos Futebol Clube comemora 101 anos de existência. O SETUBALENSE foi ao encontro do presidente do clube, Miguel Aleixo, e questionou sobre como decorreu o ano do centenário. O São Domingos Futebol Clube comemorou 100 anos de existência, no ano que agora terminou. Como foi presidir o clube em ano tão importante para a sua história? Em termos de empenho, dedicação e responsabilidade, nada se alterou. Desde que assumi a presidência do clube, há quase 10 anos, que continuo a trabalhar da mesma maneira, única e exclusivamente com amor à camisola, como faz a esmagadora maioria dos dirigentes voluntários por este País fora, com muitas horas de trabalho gratuito em prol do clube e pouquíssimo tempo disponível para a família e amigos. Mesmo assim, apesar de voluntários, por vezes não deixam de ser criticados. Certo?

Sim, é verdade (risos), mas com o passar dos anos vamos ganhando a experiência necessária para ignorar certas críticas, pois se nem Deus agradou a todos, quem sou eu para ter que agradar. Desde que esteja de consciência tranquila no desempenho das minhas

Estamos tristes por nenhuma das grandes empresas da cidade nos apoiar, e ganhar com isso mais visibilidade através da televisão

funções, continuarei a trabalhar à minha maneira, com o apoio dos directores que escolhi. Quando os associados pensarem que estamos a mais, só têm que se candidatar aos órgãos sociais do clube e vencer as eleições. Depois de tantos anos de trabalho, de voltarmos a colocar o nome do São Domingos na ribalta, jamais entregaremos de mão-beijada os destinos do clube a quem quer que seja, só por entregar. Aqui não existe ditadura nem lugares eternos, mas não permitiremos que qualquer oportunista venha usufruir em proveito próprio o trabalho que desenvolvemos nos últimos 10 anos. A instituição estará sempre acima de qualquer associado, dirigente ou atleta e deverá ser respeitada como tal. Mas não fica com um brilhozinho nos olhos por ter sido o presidente do Centenário? Pode parecer mentira, mas não sinto nada disso actualmente, talvez o venha a sentir daqui a alguns anos, mas agora não. Agora o que me interessa é continuar a tentar dar as melhores condições possíveis aos sócios, atletas e

simpatizantes, agradecendo sempre o apoio dos nossos patrocinadores, Câmara Municipal de Setúbal e Junta Freguesia S. Sebastião e elevar cada vez mais o nome deste velhinho clube de bairro. Prefiro os títulos colectivos a títulos individuais e a prova disso é que tenho oferecido ao clube todos os títulos individuais que conquistei, quer como atleta, quer como dirigente associativo. A atribuição da Medalha de Prata da Cidade de Setúbal foi uma boa prenda? Quando a Câmara Municipal de Setúbal nos atribuiu, aquela que é uma das mais altas distinções do município, fiquei deveras feliz,

porque até hoje, no que respeita a clubes desportivos, só o Vitória Futebol Clube havia recebido a Medalha de Ouro. Assim sendo, receber a Medalha de Prata foi para nós um grande orgulho, mas com o decorrer do ano, outras conquistas importantes foram alcançadas. Como, por exemplo? Apesar da pandemia que se instalou no mundo e fez muita gente andar mais devagar e mais receosa, para nós 2021 foi o ano em que mais trabalhámos. É verdade que a vertente cultural do clube ficou um pouco aquém do habitual porque não pudemos organizar os tradicionais bailaricos


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Comércio Indústria vence Seixal (3-0) no Estádio do Bravo DR

de Verão, mas nessa mesma área, lançámos o Hino Oficial do Clube, fomos o primeiro clube da cidade a eternizar nas paredes da sede social, através de pinturas, atletas do clube em diversas modalidades, e trabalhámos muitíssimo no Livro do Centenário, cujo lançamento está para muito breve. E aqui temos que realçar o importante apoio do jornal O SETUBALENSE na divulgação do livro, que irá engradecer não só a história do clube, mas também a história da própria cidade, por se tratar de uma obra literária de elevado relevo para quem gosta de história e para o movimento associativo em geral. E se na vertente social continuámos a

colaborar com diversas instituições, na vertente histórica conseguimos também terminar a construção do futuro “Espaço Museu Rafael Aleixo”, que será inaugurado precisamente no dia do 101.º aniversário, a 28 de Março de 2022. E no que ao desporto diz respeito, como foi o ano do Centenário? O desporto foi e será sempre a vertente mais forte do São Domingos Futebol Clube. No ano de 2021 destacamos a Escola de Futebol de Formação que está neste momento com 140 atletas nos diversos escalões, e pela primeira vez na história do clube conseguiu inscrever uma equipa de juniores, federada. O atletismo esteve representado também pela primeira vez numa prova internacional através do atleta Sérgio Casal que participou na Maratona de Málaga (Espanha), a equipa de futebol veterano venceu pela primeira vez a Supertaça da Liga do Sado e actualmente comanda a tabela classificativa do campeonato com oito vitórias e um empate nos 9 jogos disputados e, obviamente, a qualificação da equipa de futebol de praia para a prova máxima da modalidade em Portugal, a Divisão de Elite. A propósito do futebol de praia, quais são as maiores “dores de cabeça” neste momento? Das 53 equipas de futebol praia existentes no nosso país apenas oito disputam a prova máxima. De Almada até ao Algarve, o São Domingos Futebol Clube é o único

Quando os associados pensarem que estamos a mais, só têm que se candidatar aos órgãos sociais do clube e vencer as eleições

Num fim-de-semana verdadeiramente atípico, devido à pandemia de covid-19 que atingiu grande parte dos clubes da região, realizaram-se apenas dois jogos na 1.ª Divisão e quatro na 2.ª Divisão Distrital. Na 1.ª Divisão, o Comércio Indústria que se deslocou ao

Quem manda na sede social são os sócios do clube e, se em 2012 tínhamos apenas 85 associados e actualmente temos precisamente 731 representante da modalidade na Divisão de Elite e, apesar de todos os jogos serem televisionados e continuarmos à espera de patrocinadores, iremos com os poucos recursos que temos, tentar a manutenção e divulgar por este País fora, a nossa cidade de Setúbal. Estamos tristes por nenhuma das grandes empresas da cidade nos apoiar, e ganhar com isso mais visibilidade através da televisão, mas ainda não perdemos a esperança porque poderão ter também mais benefícios fiscais dado que possuímos desde 2021 o Estatuto de Utilidade Pública, algo que pouquíssimas associações setubalenses conseguiram até aos dias de hoje. O São Domingos parte em desvantagem porque continua a bater à porta de investidores enquanto as restantes equipas da Elite, a maioria com atletas profissionais (Braga, Sporting, Benfica, Varzim, Buarcos, Sótão e Leixões) têm todas as condições necessárias para participarem na competição. Resta-nos esperar que alguém acredite no nosso projecto que começou em 2015 e mais a sério em 2018 com resultados fantásticos, duas presenças na fase final do Campeonato Nacional e subida à Elite. Só nós sabemos o que sofremos para lá chegar mas conseguimos por mérito próprio. Dignificámos muito bem a cidade de Setúbal onde que eu saiba apenas duas equipas

Estádio do Bravo, venceu o Seixal por 3-0 com golos de Gedson marcados aos 12 e aos 50 minutos e outro de Aldemar obtido aos 40 minutos. Na outra partida realizada no Juncal Desportos o Moitense levou a melhor sobre o Charneca de Caparica beneficiando de um

autogolo aos 85 minutos. Na 2.ª Divisão, o Banheirense venceu em Santo André por 3-1, Barreirense, o Paio Pires derrotou o Corroios por 1-0, Barreirense e Lagameças empataram a zero na Verderena e empatado terminou também o Pelezinhos – Samouquense (1-1).

seniores disputam a prova máxima dos respectivos campeonatos nacionais, a equipa de andebol do Vitória FC e a equipa de futebol praia do São Domingos. Por isso, acreditamos que a Câmara de Setúbal e a Junta de Freguesia de São Sebastião nos irão continuar a apoiar, como sempre tem acontecido. Ter uma sede social que funciona como restaurante parece ser uma grande ajuda mas há quem não concorde com isso. O que pode responder a quem discorda desta situação? Sinceramente, reajo a sorrir. Quem manda na sede social são os sócios do clube e, se em 2012 tínhamos apenas 85 associados e actualmente temos precisamente 731, muito se deve a esses almoços, pois as pessoas comem, gostam, divertem-se, voltam, fazem-se sócios do São Domingos e vão passando a palavra aos amigos. Obviamente que todos nós preferimos ter uma sede social bem composta diariamente, do que uma sede às 'moscas', pois a maioria das actividades desportivas e culturais são em parte sustentadas com a quotização dos associados. Sem eles, seria impossível termos tantas actividades e tantos atletas (actualmente 197, divididos pelo futebol de formação, futebol praia, futebol veterano, pesca, atletismo e ciclismo). A única palavra que encontro para justificar esses comentários menos abonatórios é a palavra inveja. Para finalizar, já existe data para o lançamento do Livro do Centenário? Posso adiantar em primeira mão que o livro muitíssimo bem elaborado pelos investigadores / escritores Eupremio Scarpa e João Santana da Silva reconstrói a história deste clube nascido em 1921, fundador da Liga de Football de Setúbal e da Associação de Futebol de Setúbal, lugar de resistência anti-salazarista e protagonista do desporto popular na cidade. Será uma oportunidade de descobrir estes heróis quase desconhecidos, que colocaram e continuam a colocar, em 2021, um pequeno bairro da cidade nas bocas do mundo. O livro está terminado e em fase de revisão, acreditamos que seja lançado no primeiro trimestre de 2022, antes do próximo aniversário do São Domingos Futebol Clube.

JOGO ADIADO

Vitória regressa hoje aos treinos após semana a trabalhar em casa Ricardo Lopes Pereira Após o surto de covid-19 que afectou vários elementos do plantel do Vitória FC, levando ao adiamento do jogo do passado sábado com os beirões do Oliveira do Hospital, referente à 14.ª jornada da série B (Zona Sul) da Liga 3, a equipa principal dos setubalenses volta esta manhã a trabalhar no relvado às ordens de Pedro Gandaio. Sem tempo a perder, os vitorianos começam a preparar a estratégia a utilizar no duelo de sexta-feira (20:30 horas), no Estádio do Bonfim, da 15.ª ronda da competição frente ao Sporting B, actual oitavo classificado que chega a Setúbal depois de ter vencido anteontem, em Alcochete, o Torreense, que ocupa a segunda posição. Depois de treinarem desde terça-feira em casa, via ‘Zoom’, com o objectivo de atenuarem os efeitos da paragem forçada no trabalho de campo, os atletas vão a partir de hoje procurar repor os índices físicos. Nos vários jogos que os sadinos já tiveram adiados na presente época devido à covid-19 esta foi a primeira vez que o adiamento de um encontro se deu a pedido do Vitória. Recorde-se que na jornada que estava agendada para o passado fim-de-semana realizaram-se apenas três jogos na série B, tendo sido adiados outros três, todos eles envolvendo clubes filiados na Associação de Futebol de Setúbal: Real-Oriental Dragon e Amora-Alverca, além do já mencionado Oliveira do Hospital-Vitória. Na partida de sexta-feira frente ao conjunto leonino, os comandados de Pedro Gandaio, que continua a ter várias baixas por lesão no plantel, também não vai poder contar com Frédéric Mendy, uma vez que o avançado foi convocado pela selecção da Guiné-Bissau, que participa nos próximos dias no Campeonato Africano das Nações (CAN), que decorre nos Camarões até ao próximo dia 6 de Fevereiro.


03:50 ~ 1.4 m ~ Baixa-mar 10:06 ~ 2.8 m ~ Preia-mar 16:32 ~ 1.1 m ~ Baixa-mar 22:46 ~ 2.8 m ~ Preia-mar

ALMADA

03:44 ~ 1.4 m ~ Baixa-mar 10:00 ~ 2.8 m ~ Preia-mar 16:26 ~ 1.1 m ~ Baixa-mar 22:42 ~ 2.8 m ~ Preia-mar

SESIMBRA

04:04 - 1.4 m ~ Baixa-mar 10:23 ~ 2.8 m ~ Preia-mar 16:49 ~ 1.1 m ~ Baixa-mar 23:06 ~ 2.8 m ~ Preia-mar

SINES

SETÚBAL TRÓIA

MARÉS

04:07 ~ 1.5 m ~ Baixa-mar 10:36 ~ 3.2 m ~ Preia-mar 16:47 ~ 1.2 m ~ Baixa-mar 23:23 ~ 3.2 m ~ Preia-mar

FICHA TÉCNICA REGISTO DE TÍTULO n.º 107552 | DEPÓSITO LEGAL n.º 8/84 PROPRIETÁRIO Outra Margem – Publicações e Publicidade, NIF 515 047 325 (detentores de mais de 10% do capital social: Gabriel Rito e Carlos Bordallo-Pinheiro) Sede do proprietário: Travessa Gaspar Agostinho, 1, 1.º, 2900-389 Setúbal EDITOR Primeira Hora – Editora e Comunicação, Lda, NIF 515 047 031 (Detentores de mais de 10% do capital social: Setupress Lda, Losango Mágico, Lda, Carla Rito e Gabriel Rito) Sede do Editor Travessa Gaspar Agostinho,1, 1.º, 2900-389 Setúbal Conselho de Gerência Carla Rito, Carlos Dinis Bordallo-Pinheiro, Gabriel Rito e Carlos Bordallo-Pinheiro REDACÇÃO Travessa Gaspar Agostinho, 1, 1.º, 2900-389 Setúbal DIRECTOR Francisco Alves Rito Redacção Mário Rui Sobral, Humberto Lameiras, Maria Coelho; Desporto Ricardo Lopes Pereira, José Pina Departamento Administrativo Teresa Inácio, Branca Belchior PUBLICIDADE Direcção Comercial Carla Sofia Rito, Carlos Dinis Bordallo-Pinheiro Coordenação Ana Oliveira (Setúbal), Carla Santos (Moita e Barreiro) Publicidade Lina Rodrigues, Rosália Baptista, Célia Félix, Luís Bandadas IMPRESSÃO Tipografia Rápida de Setúbal, Lda - Travessa Gaspar Agostinho, 1, 1.º, 2900-389 Setúbal geral@ tipografiarapida.pt DISTRIBUIÇÃO VASP - Venda Seca, Agualva - Cacém Tel. 214 337 000 Tiragem média diária 9000 exemplares Estatuto Editorial disponível em www.osetubalense.com


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