O Setubalense, o seu diário da região nº 775 de 28 de Janeiro de 2022

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EDIÇÃO ESPECIAL FIGURAS E FACTOS DO ANO 2021 FIGURA DO ANO

Pedro Pichardo

Conheça as escolhas do jornal no distrito, em cada um dos 13 concelhos e ainda no concelho de Odemira EDIÇÃO FIM-DE-SEMANA

O SEU DIÁRIO DA REGIÃO SEXTA-FEIRA, 28 DE JANEIRO DE 2022 PREÇO 0,80€ | N.º 775 | ANO III | 5.ª SÉRIE

DIRECTOR FRANCISCO ALVES RITO

SETÚBAL António Costa em silêncio sobre as NUTS p30

SOCIEDADE

POLÍTICA

ECONOMIA

DESPORTO

Nuno Fachada

Eurídice Pereira

Hugo Pinto

Neemias Queta

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2 O SETUBALENSE 28 de Janeiro de 2022

Balanço do Ano 2020 FIGURA DO ANO PEDRO PICHARDO

FACTO DO ANO LUSA

O triplista que de Setúbal saltou para o Ouro Olímpico e tem na mira o recorde do mundo

Construção do novo aeroporto no Montijo chumbada por Moita e Seixal A Autoridade Nacional da Aviação Civil (ANAC) chumbou, no dia 2 de Março, a construção do novo aeroporto para a região da Grande Lisboa projectado para a Base Aérea n.º 6, no Montijo. O indeferimento liminar da ANAC surgiu depois das autarquias da Moita e do Seixal terem dado parecer negativo ao projecto, que já tinha luz verde da Agência Portuguesa do Ambiente (APA). “A ANAC indefere o pedido de apreciação prévia de viabilidade da construção do Aeroporto Complementar no Montijo”, anunciou a autoridade, nessa terça-feira, 2 de Março. A decisão assentou nos pareceres dos municípios que, de acordo com a lei, eram – e continuam a ser – vinculativos. Dois dos municípios abrangidos pela área de implantação do novo aeroporto (Seixal e Moita) manifestaram-se contra o projecto, dois manifestaram-se a favor (Barreiro e Montijo), e Alcochete optou

por não apresentar parecer. “Em face do exposto, a ANAC, em cumprimento das disposições legais aplicáveis, deliberou indeferir liminarmente o pedido de apreciação prévia de viabilidade de construção do Aeroporto Complementar no Montijo apresentado pela ANA”, explicava a Autoridade Nacional da Aviação Civil. O ministro das Infraestruturas, Pedro Nuno Santos, defendeu que o único caminho a seguir seria a alteração da lei, porque “nenhuma infra-estrutura de importância nacional pode ficar dependente de um município”, mas a legislação manteve-se inalterada até à data. O que mudou foi o processo de pré-decisão, com o Governo a aprovar a realização de uma Avaliação Ambiental Estratégica (AAE) que contempla, também, a possibilidade de localização do aeroporto no Campo de Tiro de Alcochete. Esse estudo ainda não começou a ser feito. ARQUIVO

No Japão, Pedro Pichardo ‘voou’ 17,98 metros no triplo salto e chegou a casa, em Pinhal Novo, Palmela, com a Medalha de Ouro ganha a 5 de Agosto nos Jogos Olímpicos. Dias depois, foi homenageado com a Medalha de Honra pela Câmara Municipal de Setúbal, concelho onde o triplista do Benfica treina. “Quando vinha a chegar a Setúbal, vi um ecrã com a minha foto e fiquei surpreendido. Estou muito feliz e muito grato por ser acolhido desta maneira pelas pessoas. Não tenho palavras para agradecer", expressou então Pedro Pichardo. Em Março, o município sadino já tinha congratulado Pichardo com a Medalha de Honra da Cidade, na Classe de Desporto, pelo desempenho desportivo e divulgação da cidade. Também a Câmara de Palmela homenageou o atleta, naturalizado português em 2017. Ainda antes de ser Ouro Olímpico, em Junho no Dia do Concelho, distinguindo-o com a

Medalha Municipal de Mérito, Grau Ouro, na área do Desporto, por entrega desportiva e resultados conquistados. A 25 de Agosto, em reunião pública, aprovou por unanimidade um voto de saudação pela marca que alcançou no Japão. Ouro Olímpico e detentor do recorde nacional, o atleta luso-cubano tem também ao peito a medalha de Campeão Europeu, e foi em Setúbal, nas Conferências do Forte, em Janeiro deste ano, que revelou que quer saltar mais longe. Na sua mira, está agora a marca mundial de 18,29 metros alcançados por Jonathan Edwards em 1995. Pela frente, Pichardo tem este ano o Campeonato Mundial em Pista Coberta, em Belgrado (Sérvia), o Campeonato Mundial de Atletismo ao ar livre, nos Estados Unidos e os Campeonatos da Europa de Atletismo, em Berlim. “A única coisa que me pode impedir de ganhar essas competições é estar magoado”, disse. Mas conta

estar na máxima forma na Liga Diamante, bater o salto de Jonathan Edwards, e trazer a ‘grande’ Medalha de Ouro para Portugal e para região. Com o seu pai como treinador, o atleta de 28 anos, tem feito toda a preparação no Complexo Municipal de Atletismo de Setúbal - o qual se fala que pode vir a receber o seu nome -, onde tem treinado desde que está em Portugal: “Tem todas as condições”, já comentou. Quando aterrou no aeroporto Humberto Delgado, em Lisboa, vindo do Japão, disse: “Em Setúbal sinto-me em casa”. E já expressou o seu desejo de ver construído um Centro de Alto Rendimento de Atletismo no concelho de Setúbal, um projecto que estará já nos planos da autarquia sadina. Agora, o seu sonho é ser o atleta português mais medalhado de sempre. “Vou fazer o meu melhor. Quando vou à pista treinar penso que tenho de treinar bem, cumprir com o que o treinador me diz: ganhar”.

A lei dá força aos municípios e o projecto no aeroporto no Montijo continua no papel


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FIGURAS E FACTOS DO DISTRITO SOCIEDADE

POLÍTICA

FIGURA DO ANO

FACTO DO ANO

FIGURA DO ANO

FACTO DO ANO

Nuno Fachada

Sociedade civil coloca NUTS na agenda política e governativa

Eurídice Pereira

Mapa autárquico repartido entre CDU e PS

O director clínico do Centro Hospitalar de Setúbal (CHS), Nuno Fachada, em Setembro, teve a coragem de se demitir e afirmou existir uma situação de “rotura” em vários serviços e escalas do (CHS), nomeadamente nas urgências. O médico deu conhecimento aos colegas sobre as razões da sua demissão, onde referiu ainda a falta de resposta do Governo na “admissão de mais profissionais de saúde (,,,) falta de financiamento para o CHS e a não requalificação como grupo D”. Em Outubro, o secretário de Estado da Saúde anunciou o recrutamento de dez médicos para o CHS, mas não evitou que, no mesmo mês, 87 médicos com cargos de direcção do CHS apresentassem também a demissão. Um “grito de revolta”, que chegou a Lisboa e Porto com a demissão de alguns directores clínicos, que alegaram falta de condições nas unidades públicas de saúde. Em Novembro, Nuno Fachada retirou o pedido de demissão, mas garantiu que as reivindicações que levaram às demissões, mantinham-se.

Há poucos casos em que o exemplo da força da opinião pública é tão evidente como neste da necessidade de criação de NUTS (Nomenclatura de Unidade Territorial para fins Estatísticos) específicas para a Península de Setúbal. Após anos de inércia política, em 2021 as organizações da sociedade civil, com destaque para a Associação Industrial da Península de Setúbal, engrossaram a corrente de protesto contra a injustiça a que a região tem sido votada e o tema entrou definitivamente na agenda política. Os partidos envolveram-se todos nesta questão, com a resolução proposta pela CDU a ser aprovada por unanimidade na Assembleia da República, e o governo de António Costa, após silêncios e hesitações, comprometeu-se, finalmente, com a necessária alteração do mapa das NUTS. Ainda antes da campanha, na qualidade de primeiro-ministro, António Costa anunciou que Portugal iria fazer o pedido a Bruxelas até dia 1 de Fevereiro, data em que termina o prazo para essa formalidade.

A deputada do PS eleita por Setúbal e líder já histórica da concelhia do partido na Moita cimentou decisivamente a sua posição nos aparelhos partidário e parlamentar. Na política local, foi a mulher por trás da conquista do Municipio da Moita à CDU. A surpresa da noite eleitoral autárquica acaba por não ser propriamente uma surpresa para quem conhece o trabalho de formiguinha que Eurídice Pereira desenvolveu no concelho da Moita durante cerca de duas décadas. A frustração de quando encabeçou a lista e perdeu, o trabalho de sapa no terreno, sem desânimo e a aposta continua, mesmo quando ainda ninguém acreditava, são “medalhas” de Eurídice Pereira no triunfo final. Nos planos regional e nacional, foi a deputada que “puxou” o grupo parlamentar socialista para o terreno e as causas do distrito. Licenciada em Sociologia, aos 59 anos, foi Governadora Civil de setúbal, é deputada há 12 anos e também presidente do Conselho de Administração da Assembleia da República.

Com as eleições autárquicas de 26 de Setembro, o mapa autárquico na região de Setúbal passou a estar dividido entre a CDU e o PS. A mudança de “mãos” da Câmara Municipais da Moita, que passou dos comunistas para os socialistas, ditou um quase equilíbrio no total de municípios no distrito. Dos 13 municípios, a CDU detém sete (Setúbal, Seixal, Sesimbra, Palmela, Alcácer do Sal, Grândola e Santiago do Cacém) e o PS seis (Almada, Barreiro, Moita, Montijo, Alcochete e Sines). Já na Península de Setúbal, os socialistas passaram a ter a maioria, com cinco municípios contra quatro da CDU. O “distrito vermelho” tem agora uma tonalidade mais rosa e esta divisão está já a ter efeitos práticos, na eleição dos órgãos para a Associação de Municípios da Região de Setúbal (AMRS). O processo de instalação, que em mandatos anteriores ficou concluído mais cedo, atrasou-se, apesar de a CDU ter mais um município eleitor.

DESPORTO

ECONOMIA FIGURA DO ANO

FACTO DO ANO

FIGURA DO ANO

FACTO DO ANO

Hugo Pinto

Volkswagen anunciou 500 milhões de euros para a Autoeuropa

Neemias Queta

Vitória sobrevive e volta a acreditar no futuro

Apesar da sua produção ter sido afectada por falta de componentes vindos de fornecedores asiáticos, devido à pandemia covid-19, e ter passado por greves de trabalhadores, a Autoeuropa continuou a merecer a confiança, e mesmo reforço, da Volkswagen. Em Novembro, a fábrica de Palmela ficou a saber, na cerimónia dos seus 30 anos, que a marca alemã vai investir na unidade mais de 500 milhões de euros nos próximos cinco anos, em “produto, equipamento e infra-estruturas”, disse Alexander Seitz, um dos administradores da Autoeuropa. “Esta fábrica e a sua equipa estão preparadas para acompanhar a transformação da indústria automóvel com sucesso”, acrescentou, assegurando que a Volkswagen vai reorientar a sua produção com o objectivo de liderar a mobilidade sustentável a nível mundial - Volkswagen Accelerate. Também em 2021, o Porto de Setúbal viu reforçado o transporte de viaturas da Autoeuropa para o Terminal Ro-Ro, “por ferrovia”.

O jovem prodígio do basquetebol barreirense alcançou o feito, e o sonho, de ser o primeiro atleta a estrear-se na norte-americana NBA. Neemias Queta ultrapassou a última barreira na madrugada de 30 de Julho, ao conseguir ser um dos 60 eleitos na 75.ª edição da draft, que se realizou em Nova Iorque. E isso deu-lhe entrada na melhor liga de basquetebol do mundo. Esta prova preliminar tinha tido já a participação de outro internacional português, 14 anos antes, mas João “Betinho” Gomes não conseguiu passar desse draft de 2007. Neemias Queta foi diferente e já inscreveu o seu nome na NBA. O menino que tinha chegado ao Barreirense aos 10 anos, aos 22 anos, representa a equipa Sacramento Kings, onde joga na posição de poste e já marcou vários pontos. Com 2,15 metros de altura e 112 quilos, Queeta é agora um símbolo para milhares de jovens atletas portugueses e em especial para os da Margem Sul.

Depois da hecatombe da despromoção, que fez o clube e a SAD baterem no fundo, o ano passado foi de recuperação da esperança para o emblema histórico do futebol português. Em Março, a direcção, presidida por Carlos Silva, avisava que as receitas correntes - praticamente apenas o valor das quotas pagas pelo sócios – apenas cobriam 11% das despesas, e, em meados de Maio, a inscrição da equipa na liga 3 ainda estava em risco. No final do mês, a derrota com o Torrense e o triunfo do Estrela da Amadora em Leiria, deitou por terra o sonho da subida à II Liga. O apoio do investidor Hugo Pinto começa a inverter a situação. Em Junho, a administração da SAD é alterada, com a entrada de Francis Obikwelu, e, em Outubro, os sócios aprovam, em Assembleia Geral, a alienação de 89% da participação do clube na sociedade desportiva. A aprovação dos sócios, formaliza a contrapartida a Hugo Pinto pelos cerca de 5 milhões que o investidor já injectou no Vitória.

“O Vitória é um dos maiores clubes em Portugal”, assim o disse, em Julho, o empresário Hugo Pinto, de 34 anos, que mostrou acreditar num clube em condições financeiras difíceis, e também desportivas. Avançou com um montante na ordem dos dois milhões de euros, permitindo ao emblema obter as declarações das Finanças e Segurança Social e inscrever a equipa principal de futebol na Liga 3 na temporada 2021/22. Sócio do Vitória, o investidor na SAD do Vitória Futebol Clube está ligado ao ramo imobiliário, na área de compra e venda, e tem investimentos no sector hoteleiro, a maioria na região de Setúbal. Hugo André Paixão Pinto, na Assembleia Geral, em Outubro, recebeu a confiança de 95% dos associados vitorianos, que alienaram 89% da participação do clube e da VITORIAPART SGPS, SA no capital social da Vitória FC SAD, que deram confiança ao projecto que lidera. “Queremos pôr o Vitória na I Liga em três anos”, disse na altura, além de prometer outros investimentos para ‘muscular’ o clube.


4 O SETUBALENSE 28 de Janeiro de 2022


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Balanço do Ano 2021

FIGURAS E FACTOS DE CADA CONCELHO ALCÁCER DO SAL

ALCOCHETE

FIGURA DO ANO

FACTO DO ANO

FIGURA DO ANO

FACTO DO ANO

Vítor Proença

Venda de terreno municipal agita política local

Fernando Pinto

Miradouro Amália Rodrigues concluído após decisão do tribunal

O autarca comunista, de 65 anos, foi reeleito, em Setembro para o terceiro e último mandato legalmente permitido como presidente da Câmara Municipal de Alcácer do Sal e, com essa vitória alcançou o feito único, entre autarcas do distrito, de ganhar as eleições, por três vezes consecutivas, em dois concelhos diferentes. Acresce que em municípios que não fazem fronteira e sempre com maiorias absolutas. Um triunfo que deixa a Vítor Proença um capital político suficiente para o que entender ainda fazer no domínio das próximas autárquicas. Com a necessidade que tem de manter municípios e de tentar conquistar outros, no Litoral Alentejano, o PCP não pode desperdiçar trunfos destes.

Em ano de eleições autárquicas, a já extremada luta partidária, entre CDU e PS, ganhou contornos ainda mais acesos com a alienação, pela Câmara Municipal, de um terreno nos Brejos da Carregueira, Freguesia da Comporta, por sete milhões de euros. A venda, perto das eleições autárquicas, deixou a campanha ao rubro. O PS acusa a CDU de vender um activo municipal para pagar dívida. A maioria CDU defende que a alienação faz parte da gestão e que, tal como vendeu esse terreno, comprou um outro, para aumentar a zona industrial e fez obra que valoriza o município. O presidente da Câmara diz mesmo que o PS também pretendia fazer essa venda, em 2012, e que, se não fosse feita agora, o terreno deixava de ter valor urbanístico.

Protagonizou um dos maiores resultados do PS no Distrito de Setúbal nas autárquicas de Setembro, ao ser reeleito presidente da Câmara Municipal de Alcochete para um segundo mandato, passando de maioria relativa para absoluta. Frente a uma das apostas mais fortes da CDU – o comunista Luís Miguel Franco, que havia presidido à autarquia entre 2005 e 2017 –, Fernando Pinto conduziu os socialistas a um triunfo sem precedentes: alcançou uma inédita segunda vitória consecutiva do PS para a Câmara; foi o rosto da maior votação de sempre registada por um partido no concelho – o PS foi o primeiro a ultrapassar a fasquia dos quatro mil votos; e, consequentemente, garantiu pela primeira vez cinco eleitos socialistas no executivo composto por sete (a CDU conseguiu dois).

2021 foi também o ano em que Alcochete viu colocado um ponto final na requalificação do Miradouro Amália Rodrigues, espaço emblemático da vila ribeirinha. Lançada pelo executivo CDU e iniciada em 2018, já sob gestão autárquica do PS, a obra – que chegou a motivar uma “guerra política” entre as duas forças partidárias – só viria a ser inaugurada a 3 de Junho, depois de o município ter visto o Tribunal de Almada dar-lhe razão para rescindir contrato com a empresa a quem tinha sido adjudicada a empreitada. Na base do diferendo estiveram irregularidades no caderno de encargos e incumprimentos de prazos pela empresa. A conclusão dos trabalhos viria a ser adjudicada a uma outra empresa. De valor total superior a 870 mil euros, a obra foi co-financiada ao abrigo do FEDER em 342.907 euros. PUBLICIDADE


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Balanço do Ano 2021 ALMADA

BARREIRO

FIGURA DO ANO

FACTO DO ANO

FIGURA DO ANO

FACTO DO ANO

Elvira Fortunato

Cidade do futuro

Frederico Rosa

A cientista, professora catedrática e vice-reitora da Universidade Nova de Lisboa – Faculdade de Ciência e Tecnologia no Monte de Caparica, foi distinguida em Outubro com o Prémio de Liderança Feminina em Portugal, no âmbito da Cimeira Global das Mulheres, uma iniciativa da organização norte-americana The GlobeWomen Research and Education Institute que em 2021 decorreu em Lisboa. Elvira Fortunato, inventora do transístor de papel, investigadora que dirige o Cenimat – Centro de Investigação de Materiais, recebeu também, em Março, o Prémio Pessoa 2020, com o júri a realçar o seu trabalho em favor da ciência e inovação, como pioneiro na área da electrónica transparente. A almadense foi inclusivamente elogiada pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa.

Baseado num novo conceito de cidade, o Innovation District promovido pela Universidade NOVA de Lisboa em parceria com a Câmara de Almada e com o envolvimento de proprietários de terrenos entre a Caparica e Porto Brandão, foi apresentado em Março. O projecto com a primeira fase prevista para 2030, comporta um investimento, essencialmente de privados, na ordem dos 800 milhões de euros e considera vir a criar 17 mil postos de trabalho. Além da requalificação e ampliação do campus da Faculdade de Ciências e Tecnologia – Universidade NOVA de Lisboa, foi pensada a construção de habitação, espaços verdes, de lazer e desportivos. Um conceito “live-work- play” referido pelos promotores como influente na Área Metropolitana de Lisboa.

O presidente da Câmara do Barreiro, Frederico Rosa, voltou a conquistar a presidência daquele município, nas eleições autárquicas de Setembro, com a maior maioria alcançada na região. Após o resultado expressivo obtido, durante a tomada de posse, o autarca defendeu a necessidade de uma visão positiva para a cidade, através da captação de mais investimento para o concelho, desejando que este olhe para o futuro de frente e que possa crescer sem se “ajoelhar perante ninguém”. Uma das explicações que deu para o resultado obtido no acto eleitoral, em entrevista a O SETUBALENSE, prende-se com o trabalho realizado ao longo do mandato anterior: “o Barreiro está a recuperar naquele que é, provavelmente, o seu maior défice, que era o orgulho local”, disse.

Procissão à beira-Tejo retomada mais de 100 anos depois

GRÂNDOLA

Com o cancelamento, pelo segundo ano consecutivo e devido à actual pandemia de mais uma edição das Festas do Barreiro, a organização, com o apoio do grupo “Os Camarros” – Associação de Pesca Local, decidiu em 2021 recuperar a tradicional procissão marítima em honra de Nossa Sra. do Rosário, com um cortejo que reuniu em pleno mês de Agosto mais de meia centena de embarcações na zona ribeirinha da cidade. Há mais de 100 anos que a iniciativa não acontecia nos moldes realizados, num evento que proporcionou um dia diferente às gentes da terra, que decidiu aderir de forma significativa ao desfile de barcos e da imagem da padroeira. Terminado o cortejo, iniciado na recuperada Doca Seca, a organização considerou que o mesmo superou as suas expectativas e de todos os participantes.

MOITA

FIGURA DO ANO

FACTO DO ANO

FIGURA DO ANO

FACTO DO ANO

Edgar Matias

Investimento de 6 milhões melhora ferrovia

Carlos Albino

Construção do Centro de Saúde avança na Baixa da Banheira

Aos 42 anos, engenheiro, foi o melhor atleta português na Maratona de Lisboa que se realizou no a 17 de Outubro. Atleta natural de Melides (Grândola), envergou a camisola do Grupo Desportivo e Recreativo de S. Francisco da Serra (Santiago do Cacém), tendo-se sagrado campeão nacional da Maratona 2021 com 2:29:13 (M40), alcançando o 13.º lugar da geral masculina e o 19.º da geral da prova. De salientar que na Ultra Maratona Atlântica Melides - Tróia 2021, Edgar Matias percorreu o total de 43 quilómetros, em 2:56:37, alcançando o 2.º lugar na geral masculina. E em 2019 o 3.º lugar do pódio com 3:16:47.

O concurso público para a empreitada de "Modernização da ligação ferroviária entre Sines e a Linha do Sul - 2.ª Fase Troço Ermidas Sado - Grândola Norte", foi publicado em Diário da República a 30 de Abril. Uma obra da Infraestruturas de Portugal no âmbito do programa de modernização da Rede Ferroviária Nacional Ferrovia2020, com um preço base de concurso de seis milhões de euros. Esta intervenção considera o reforço da capacidade e das condições de segurança e exploração da infra-estrutura ferroviária envolvendo, entre outros, trabalhos como a “modernização da superestrutura de via nas linhas intervencionadas nas Estações Ferroviárias de Ermidas – Sado e de Canal Caveira. A obra inclui ainda o “prolongamento de linhas nas estações de Ermidas Sado e Canal Caveira, na Linha do Sul.

A vitória do candidato socialista à presidência da Câmara da Moita foi a grande surpresa da noite eleitoral autárquica do ano passado no distrito. Conquistou uma autarquia governada pelo PCP desde o 25 de Abril. Na posse, o autarca apontou como prioridade “trazer de volta as pessoas ao centro das decisões” para transformar o território numa nova centralidade da região. Para o efeito, o actual presidente lembrou que seria necessária uma “genuína disponibilidade de todos para apoiar as melhores decisões”. Após a aprovação do Plano e Orçamento para 2022, no último mês de Dezembro, a edilidade indicou a requalificação de toda a zona ribeirinha, desde a Baixa da Banheira a Sarilhos Pequenos, como uma das metas a atingir, para reaproximar a população do rio Tejo.

A construção da futura Unidade de Saúde Familiar na União de Freguesias da Baixa da Banheira e Vale da Amoreira, destacou-se entre as obras realizadas no município da Moita. Apesar do projecto continuar por concluir, tendo sofrido alguns atrasos provocados pela actual situação de pandemia, o novo equipamento, baptizado como Centro de Saúde Dr. Raúl Coelho e ansiado há vários anos pela população, foi crescendo ao longo do último ano, numa intervenção financiada pelo FEDER ao abrigo do contrato-programa estabelecido entre a Câmara Municipal e a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo. A autarquia assumiu os encargos com a elaboração dos projectos de especialidades, coordenação da fiscalização técnica da empreitada e arranjos exteriores.


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FIGURAS E FACTOS DE CADA CONCELHO MONTIJO

PALMELA

FIGURA DO ANO

FACTO DO ANO

FIGURA DO ANO

FACTO DO ANO

Ilídio Massacote

Escalada de confrontos políticos na Câmara

José Carlos Sousa

Município capta mais de 300M€ em centrais fotovoltaicas

Personalidade de créditos firmados no panorama artístico nacional, enquanto músico profissional, Ilídio Massacote destacou-se em 2021 no seio da comunidade montijense noutros dois planos: no social e no político. Primeiro, foi eleito provedor da Santa Casa da Misericórdia do Montijo, num processo que acabou decidido pelo Bispo de Setúbal, D. José Ornelas. Depois da vitória nas urnas, a 12 de Junho, viria a ganhar também na secretaria, quando viu o Prelado homologar o resultado e indeferir um pedido de impugnação do acto eleitoral. Depois, estreou-se com êxito no plano político local. Foi número dois na lista candidata da coligação PSD/CDS/Aliança à Câmara do Montijo. Contribuiu para a afirmação desta candidatura e acabou por ser eleito vereador.

O ano passado ficou marcado pela escalada dos confrontos políticos entre a gestão PS da Câmara Municipal e a oposição, sobretudo entre o presidente da autarquia, Nuno Canta, e o vereador do PSD, João Afonso. O apogeu dos sucessivos conflitos aconteceu a 9 de Junho, quando Nuno Canta suspendeu a reunião pública do executivo e solicitou a chamada da PSP ao Cinema Teatro Joaquim d' Almeida (onde decorria a sessão) para impedir que João Afonso transmitisse as próprias intervenções em directo no Facebook. O socialista alegava violação do regimento e da própria lei pelo vereador, que acusava o presidente de “fraude democrática”. O caso acabou por ter repercussões mediáticas a nível nacional e promete, tal como outros, ter seguimento nos tribunais.

SANTIAGO DO CACÉM

Personificou momento inédito na vida do poder local democrático em Palmela ao conseguir retirar a presidência da Assembleia Municipal ao PCP – órgão que foi sempre liderado pelos comunistas. Nas autárquicas de Setembro último, a CDU até voltou a ser a força política mais votada para a Assembleia Municipal, mas sem maioria absoluta. E o candidato independente pelo PS – segunda força com mais mandatos para o órgão – acabou por protagonizar uma espécie de geringonça, com o apoio dos eleitos pelas forças adversárias da CDU, e levar o partido da rosa à presidência. Na votação para a constituição da Mesa da Assembleia Municipal, José Carlos Sousa encabeçou a lista dos socialistas que bateu a da CDU, encabeçada por Ana Teresa Vicente.

Num ano de incerteza e retracção económica, o município de Palmela destacou-se pela captação de investimentos de monta que, ainda para mais, permitirão combater as alterações climáticas. Maior exemplo: a celebração de um protocolo com a LOGZ – Atlantic Hub para a instalação de uma central fotovoltaica na plataforma logística de Poceirão, de valor superior a 200 milhões de euros, que deverá permitir reduzir a emissão directa de cerca de 133 mil e 650 toneladas de CO2 por ano. Apresentadas foram ainda três outras – em Algeruz, Poceirão e Pinhal Novo – a construir pela Smartenergy (mais de 83 milhões de euros). E foi lançada a primeira pedra da central fotovoltaica de Quinta do Anjo (35 milhões de euros), da responsabilidade da NextEnergy Capital.

SEIXAL

FIGURA DO ANO

FACTO DO ANO

FIGURA DO ANO

FACTO DO ANO

Arnaldo Frade

Central solar fotovoltaica de mil milhões gera amor e ódio

Maria João Luís

Injecção de hidrogénio verde na rede de gás

O delegado regional do Alentejo do Instituto de Emprego e Formação Profissional (IEFP), de 57 anos, contribuiu decisivamente para a atracção para Santiago de um investimento de 20 milhões de euros: o futuro campus do IEFP, que vai nascer no antigo espaço do Instituto Piaget. As novas instalações, em Vila Nova de Santo André, foram apresentadas por Arnaldo Frade, natural de Santigo do Cacém, ao secretário de Estado Adjunto do Trabalho e da Formação Profissional, Miguel Cabrita, no mês de Dezembro. Dizia o delegado regional do Alentejo do IEFP, durante o encontro, que "as valências que serão criadas, assim como a disponibilização dos serviços, constituirão uma total revolução em termos de capacitação na área da formação profissional".

O projecto da central solar fotovoltaica, avaliado em mil milhões de euros, que a Prosolia Energy tem previsto para o concelho de Santigo do Cacém, sofreu em 2021 alguns avanços e recuos, com a primeira versão a não receber o parecer favorável da Agência Portuguesa do Ambiente. A dimensão da central, apresentada como o maior parque solar da Europa, é contestada pelos moradores da freguesia de São Domingos e Vale de Água, que formaram um movimento cívico para manifestarem a sua discordância. Defende a população que o projecto “assenta em várias mentiras” e que “vai implicar o abate de cerca de 1,5 milhões de árvores”. A proposta, que contemplava a instalação de 2,2 milhões de módulos solares, acabou por ser reduzida para 1 milhão e 986 painéis.

A actriz e encenadora não refreou produções nestes dois últimos anos de crise para a cultura, e colocou em cena peças como “A Abetarda”, o “O Lugre”, de Bernardo Santareno, ou “A pulga atrás da Orelha”, de Georges Feydeau, entre outras peças. Fundadora com Pedro Domingos, seu marido, do Teatro da Terra, em 2009, mudou-se com a família do Alentejo para instalar a companhia no Seixal em 2020 e, desde então, a partir do Fórum Cultural, tem vindo a afirmar-se como grupo residente e resiliente mesmo durante a pandemia, que obrigou a travar muitos espectáculos no País. Em Julho afirmava a O SETUBALENSE, que procurará sempre “transformar a minha profissão naquilo que deve ser, uma dádiva, um acto de carinho, uma actividade despreconceituosa”.

Em Outubro, o Seixal foi anunciado como o primeiro concelho do País a receber o projecto de injecção de hidrogénio verde na rede de gás. O Green Pipeline Project, da GGND (Galp Gás Natural Distribuição), detentora de nove empresas de distribuição e líder do sector, numa primeira fase, a partir deste mês, irá abranger 80 clientes residenciais, mercado terciário e industrial, e começa por injectar 2% de hidrogénio na rede de gás natural, subindo gradualmente esta percentagem até um máximo de 20% em dois anos. O hidrogénio verde, combustível 100% renovável, vai ser produzido no Parque Industrial do Seixal, através da parceria da GGND com a empresa portuguesa Gestene. O projecto é uma “marca importante para o sistema energético nacional”, disse Gabriel Sousa, CEO da GGND.


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28 de Janeiro de 2022 O SETUBALENSE 9

Balanço do Ano 2021 SESIMBRA

SETÚBAL

FIGURA DO ANO

FACTO DO ANO

FIGURA DO ANO

FACTO DO ANO

Carlos Pólvora

Inauguração da Ponte Cais 4 do Porto de Sesimbra

André Martins

Centro Hospitalar de Setúbal perto de entrar em colapso

Foi eleito, nas autárquicas de Setembro, presidente da Junta de Freguesia da Quinta do Conde, a maior e mais jovem freguesia do concelho, com o Partido Socialista (PS) a obter 31,21% dos votos e a ‘destronar’ a Coligação Democrática Unitária (CDU) do poder. O triunfo representou para o socialista “uma vitória para os quintacondenses", que estavam “descontentes com as muitas promessas feitas [pela CDU] e que não foram cumpridas”. Como áreas prioritárias, estabeleceu desde o primeiro momento a educação e a saúde. Em ‘cima da mesa’ colocou a “nova escola Michel Giacometti e a requalificação da Escola do Casal do Sapo”, assim como “a construção de uma nova unidade de saúde, de um auditório e de um pavilhão multiusos na Quinta do Conde”.

A Ponte Cais n.º 4 do Porto de Sesimbra, “há muito reclamada pela comunidade piscatória”, foi inaugurada em Abril último, num investimento superior a 3,2 milhões de euros, co-financiado em cerca de 72% pela União Europeia, no âmbito do Programa Operacional Mar 2020. Oequipamento,estreadopelaAdministraçãodosPortos de Setúbal e Sesimbra, constitui-se como uma “infra-estrutura fundamental” para o ordenamento funcional do porto, que conta agora uma área exclusiva para a actividade da pesca, separada da actividade náutica. A empreitada foi adjudicada à empresa ETERMAR, sendo que a sua realização permitiu também aumentar a área acostável, para um total de 12 embarcações, de forma a reforçar a competitividade e segurança para o exercício da actividade.

A CDU apostou em André Martins para segurar a gestão dos destinos sadinos e triunfou, com o militante do PEV a ser eleito, em Setembro último, presidente da Câmara Municipal de Setúbal. Apesar de eleito com maioria relativa, André Martins alcançou uma “difícil” vitória e conseguiu segurar a força política no poder para um quarto mandato consecutivo. Sobre ocupar o lugar que foi de Maria das Dores Meira durante 15 anos, garante sentir-se “à vontade, disponível e entusiasmado”. Focado em “continuar a fazer mais cidade e a construir mais Setúbal”, o autarca abriu o mandato com o Centro Hospitalar e a Herdade da Comenda no topo da sua agenda, a par do regresso da gestão da água à esfera pública, serviço que está a cargo da Águas do Sado há 25 anos.

O Centro Hospitalar de Setúbal (CHS) fez em 2021 ‘correr muita tinta’, com trabalhadores, autarcas e utentes a reivindicarem a ampliação do Hospital de São Bernardo, contratação de mais profissionais de saúde e a reclassificação para a categoria D. Com a pandemia, o CHS esteve perto de entrar em colapso, tendo sido activado pela primeira vez o nível vermelho de Crise ou Catástrofe. O agravamento das condições de funcionamento, levaram ao pedido de demissão do director clínico, Nuno Fachada, ao qual se seguiram 87 membros com cargos de direcção. Uma posição de denúncia e protesto seguida depois em várias outras unidades do país. A defesa do hospital, prosseguiu, com manifestações e a criação do Fórum Intermunicipal da Saúde pelos autarcas de Setúbal, Sesimbra e Palmela. PUBLICIDADE


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Balanço do Ano 2021 Montijo SINES

OBITUÁRIO

FIGURA DO ANO

FACTO DO ANO Machado Luciano O médico cirurgião que dedicou quase meio século a cuidar da saúde da população do concelho de Setúbal, faleceu no dia 11 de Janeiro, aos 86 anos de idade. Luciano Machado foi director do Serviço de Cirurgia do Hospital de São Bernardo, tendo ocupado vários outros cargos na administração e nos serviços clínicos deste hospital. Residia em Setúbal.

José Luís Cacho

Repsol e digital lideram investimento

O presidente da Administração dos Portos de Sines e Algarve é um dos responsáveis por ter colocado a infra-estrutura portuária do Litoral Alentejano no top dos 15 maiores portos europeus de contentores, um lugar definido de acordo com a análise do especialista Theo Notteboom, da PortEconomics. O Porto de Sines conseguiu, em 2021, o recorde histórico de 1,8 milhões de contentores movimentados, com um aumento de 22,5% no tráfego deste tipo de carga, o que o coloca nos três primeiros lugares dos portos europeus que mais cresceram. Esta classificação no ranking dos maiores portos da União Europeia indica que o Porto de Sines e a sua comunidade portuária resistiram ao contexto pandémico. De considerar que esta performance decorreu em simultâneo com as obras de ampliação do Terminal XXI que estão em curso e que, no final do projecto, permitirão duplicar a capacidade de movimentação anual para 4,1 milhões de TEU.

A comunidade Sines Tech–Innovation & Data Center Hub formalizou o arranque da criação da infra-estrutura para tornar Sines na capital nacional da domiciliação de processadores digitais para o mercado mundial. Um investimento de 3,5 mil milhões de euros. O protocolo foi assinado entre a Câmara Municipal, a aicep Global Parques, e a EllaLink, Fast Fiber, IP Telecom, Rentelecom, StartCampus, Sines Tecnopolo e a Fundação para a Ciência e Tecnologia. Por sua vez a Repsol contratualizou com a aicep Global Parques o direito de superfície de mais 51 hectares na ZILS para expandir o seu complexo industrial e, em Outubro, iniciou o investimento de 657 milhões de euros em duas novas fábricas. Na fase de construção dará a emprego a cerca de 550 pessoas, atingindo um pico de mais de mil postos de trabalho. Prevê ainda cerca de 75 empregos directos e 300 indirectos.

Natália de Sousa A actriz, residente em Setúbal, que ficou conhecida pelo teatro de revista e pelo humor na televisão, morreu no dia 14 de Janeiro, aos 73 anos. Natália de Sousa, que integrou o movimento cultural português do pós-25 de Abril, foi recordada pela ministra da Cultura como pertencendo a uma geração que “elevou o humor português”.

Quaresma Rosa O histórico comandante dos Bombeiros Sapadores de Setúbal, entre 1982 e 1996, faleceu no dia 16 de Janeiro, aos 89 anos de idade. Quaresma Rosa era capitão do Exército e foi por proposta sua que a corporação, que era de caracter municipal, passou a Bombeiros Sapadores.

José Fernando Gonçalves O professor, que foi director da Casa da Baía, em setúbal, faleceu no dia 29 de Janeiro, aos 66 anos, de doença súbita. Colaborador da Câmara Municipal de Setúbal, foi considerado pela então presidente Maria das Dores Meira “o primeiro responsável pela modernização do sector do turismo” no município.

José Camilo

ODEMIRA FIGURA DO ANO

FACTO DO ANO

O “Senhor Basquetebol”, que uniu várias gerações de montijenses pela sua forma de estar, comportamento cívico exemplar – sempre a favor dos mais vulneráveis e necessitados –, morreu no dia 29 de Janeiro, aos 72 anos, no hospital do Barreiro. Jogou durante 25 anos e representou o Clube Desportivo do Montijo, o Clube Atlético do Montijo, a Associação Desportiva Samouquense e o Palmeiras do Montijo.

Carlos Gargaté Professor, pintor e patrono da Escola Básica Integrada da Charneca de Caparica, estabelecimento de ensino onde leccionou e foi director, Carlos Gargaté morreu a 30 de Janeiro aos 73 anos. Natural de Estremoz, licenciou-se em Design de Equipamento, em 1979, pela ESBAL. Aposentou-se em 2005 e, desde então, passou a dedicar-se à pintura de modo mais sistemático.

Hélder Guerreiro Sucedeu a José Alberto Guerreiro na presidência da Câmara Municipal de Odemira, mantendo a maioria absoluta para o Partido Socialista no executivo. Além do triunfo, Hélder Guerreiro, 51 anos, destacou-se sobretudo por ter conseguido assegurar a “passagem de testemunho” de forma assertiva e tranquila, ou seja, sem qualquer perda de lugares na vereação – a candidatura que encabeçou permitiu ao partido manter cinco eleitos no executivo composto por sete (a CDU manteve os outros dois), apesar da diminuição sofrida na votação face ao resultado registado pelos socialistas quatro anos antes. Foi vereador, em regime permanência, desde Novembro de 2005 (vice-presidente desde Outubro de 2009) até Fevereiro de 2017. O regresso em 2021 acabou coroado de êxito.

Pandemia destapou problema de imigrantes e cercou duas freguesias Foi no último ano que a pandemia teve maior impacte no concelho, não só pelos casos de covid-19 registados como também por colocar a nu a dimensão de abusos laborais e falta de condições de habitabilidade verificada entre o elevado número de trabalhadores agrícolas imigrantes ali residentes. O Governo decretou, a 29 de Abril, uma cerca sanitária para as freguesias de São Teotónio e Longueira/Almograve, que durou até 12 de Maio, e o primeiro-ministro António Costa chegou a considerar que a situação de “híper-sobrelotação” habitacional dos imigrantes constituía uma “violação gritante dos direitos humanos”. Suspeitas de auxílio à imigração ilegal, tráfico de pessoas para exploração laboral e falsificação de documentos mereceram investigação do SEF.

António Cordeiro O actor, residente no Barreiro desde a década de 60, morreu no dia 8 de Fevereiro, aos 61 anos, vítima de doença rara. Figura bastante reconhecida e acarinhada pela comunidade barreirense, o artista passou pelo teatro, cinema e televisão. Em 2019 tinha sido homenageado pelo Municipio do Barreiro e pela Mostra de Teatro do Lavradio.

Francisco Jones O Chefe dos Bombeiros de Palmela morreu no dia 10 de Fevereiro, no Hospital de Setúbal, com diagnóstico de Covid-19. Francisco Jones entrou nos bombeiros com 15 anos, em 1975, e com várias distinções e cargos durante 46 anos, recebeu em 2019 o Crachá de Ouro.

António Fernandes “Ti Tonho Manso”, como era conhecido em Alcochete, morreu no dia 21 de Fevereiro, aos 87 anos de idade. Marítimo de profissão, deixou uma marca na comunidade como guardião dos costumes e tradições locais.


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OBITUÁRIO

OBITUÁRIO

Lídio Galinho

Leonel Fernandes (Nhéu)

O presidente da Ala-Ala Associação de Pesca Artesanal Local Costeira e de Apoio Social aos Pescadores, da Costa da Caparica, faleceu no dia 23 de Fevereiro, vítima de covid-19. Combatente antifascista, Lídio Galinho ficará na história da Costa, onde nasceu em 1948.

O antigo campeão mundial e europeu de Hóquei em Patins faleceu no final de Outubro, aos 83 anos. Uma das figuras mais populares do Seixal, motivou reacções de pesar de centenas de seixalenses. O velório teve lugar no Pavilhão Desportivo Municipal Leonel Fernandes, inaugurado em 2020, e batizado em sua homenagem.

Fernando Santana

Bernardo Tengarrinha

Professor catedrático, engenheiro e investigador, foi director da Faculdade de Ciências e Tecnologia – Universidade Nova de Lisboa (FCT Nova) entre 2006 e 2018. Tido como visionário no desenvolvimento e valorização da investigação, Fernando Santana foi responsável pelo elevado padrão competitivo da FCT Nova tanto a nível nacional como internacional. Morreu em Fevereiro, aos 72 anos.

O antigo jogador e treinador do Vitória FC morreu no dia 29 de Outubro, com apenas 32 anos, vítima de um linfoma de Hodgkin. Tengarrinha realizou 15 partidas oficiais pelo Vitória, como médio e defesa. Este quatro épocas ligado ao clube, duas como jogador, de 2010 a 2012, e outras duas como treinador-adjunto dos sub-23, de 2018 a 2020.

José Engrossa

João Faia

O antigo autarca e militante do PSD, no Barreiro, faleceu no dia 26 de Abril, aos 81 anos. José João Água-Doce Engrossa nasceu a 15 de Abril de 1940, em Beja, foi responsável e trabalhador, em regime de voluntariado, na Santa Casa da Misericórdia, onde se manteve sempre, fixou-se no Barreiro em 1975 após cumprir o serviço militar em Moçambique.

A antiga glória do Barreirense faleceu no dia 2 de Novembro, aos 89 anos de idade. Foi o melhor marcador de sempre do Barreirense na primeira divisão nacional, com 72 golos. Natural do Barreiro, Faia foi internacional B por Portugal e treinador da CUF e do GD Sesimbra.

Américo Lázaro Leal

José Cândido

O antigo deputado eleito pelo distrito e membro do PCP, desde 1947, assim como dirigente do partido e “destacado resistente antifacista e exemplo de luta pela conquista da liberdade e democracia para os trabalhadores e o povo”, faleceu no dia 18 de Junho, aos 99 anos de idade. Foi deputado eleito durante duas legislaturas.

O antigo funcionário municipal de Setúbal e figura ligada ao associativismo, faleceu no dia 13 de Novembro, aos 89 anos, no Hospital do Outão. Natural do Cercal do Alentejo, veio para Setúbal aos 10 anos, para estudar no Liceu, e manteve-se na cidade sadina até ao fim da vida. Foi dirigente na Misericórdia, no Clube Naval, no Vitória e na UNISETI, entre outras colectividades.

Abel Mendes Gomes

António Osório de Castro

O antigo presidente dos Bombeiros Voluntários de Alcochete morreu no dia 14 de Julho. Dirigiu a Associação Humanitária entre 1993 e 2000.

O advogado e poeta, ex-bastonário da Ordem dos Advogados, morreu no dia 18 de Novembro, aos 88 anos. Entre outros cargos na Ordem, foi bastonário entre 1984 e 1986. Era proprietário da Quinta das Baldrucas, em Oleiros, vila Nogueira de Azeitão.

Duarte Machado

Carlos Ribeiro

O antigo vereador da Câmara de Setúbal e presidente da delegação da Cruz Vermelha, faleceu no dia 12 de Agosto, aos 79 anos de idade. Nascido em Setúbal a 18 de Agosto de 1941, Duarte Machado foi vereador pelo PSD, com os pelouros do Turismo, Desenvolvimento Económico e Saúde. Foi também consultor para a área da Saúde da Câmara de Setúbal entre 2006 e 2011.

O médico, antigo bastonário da Ordem dos Médicos, entre 1996 e 1999, faleceu no dia 20 de Novembro, aos 95 anos de idade. Foi recordado, pelo Presidente da República, como um “humanista, defensor do direito à vida e dos direitos dos doentes”.

Joaquim Eusébio Oliveira

Francisco Lobo

Ex-presidente da Junta de Freguesia do Seixal, eleito em 1976, Joaquim Eusébio Silveira de Oliveira foi vereador e presidente da Assembleia Municipal do Seixal entre 1983 e 1997, morreu em Agosto aos 84 anos. Nasceu a 12 de Junho de 1937 no Seixal, foi aluno do Curso Geral do Comércio, no Instituto dos Pupilos do Exército, em 1948. Seixal após o 25 de Abril.

O antigo presidente da Câmara de Setúbal faleceu no dia 27 de Novembro, aos 90 anos de idade. Francisco Lobo foi presidente da autarquia entre 1979 e 1985, eleito pela APU (hoje CDU). Natural do Barreiro, era membro do PCP, desde 1974, e da União de Resistentes Antifascistas portugueses (URAP).

João Primo Jaleco

Leonel Coelho

O antigo presidente da Câmara Municipal do Montijo – que exerceu o cargo logo após as primeiras eleições depois do 25 de Abril e novamente entre 1986 e 1990 – faleceu no dia 22 de Setembro, aos 85 anos. O professor Jaleco, como sempre foi conhecido localmente, dedicou a sua vida ao Montijo e ao Afonsoeiro. Um alentejano de nascimento que ficou como uma referência para a comunidade local.

O conhecido militante do PCTP/MRPP, poeta e co-fundador da Academia Musical e recreativa 8 de Janeiro, de Alhos Vedros, concelho da Moita, faleceu no dia 7 de Dezembro, aos 87 anos. Leonel Coelho fica ligado também à criação da Feira do livro de Alhos Vedros, de que é considerado o pai.

Fernando Gouveia

DJ Magazino – Luís Costa

O antigo jornalista de O SETUBALENSE faleceu no dia 27 de Setembro, de doença súbita, aos 63 anos. A carreira de Fernando Gouveia começou no antigo jornal ‘Nova Vida’, logo a seguir à Revolução de Abril de 1974. Depois funda o jornal ‘A Cidade’ e só depois vai para O SETUBALENSE.

O DJ setubalense (Luís Costa) morreu no dia 09 de Dezembro, em casa, em Lisboa, dois anos após ter sido diagnosticado com uma leucemia. Luís Costa nasceu em Setúbal, em 1977, cidade onde aos 17 anos começou a carreira de DJ, que acabou por o levar a vários palcos internacionais.


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Balanço do Ano 2021 CARLOS ALBINO PRESIDENTE DA CÂMARA DA MOITA

“Só iremos permitir projectos que tragam ou potenciem desenvolvimento do concelho" ARQUIVO

Autarca indica medidas que podem contribuir para desenvolver a Moita

Resolvemos problemas assinalados pelos munícipes, que se arrastavam há algum tempo, como foi o caso dos esgotos no Gaio

Luís Geirinhas

O presidente da Câmara Municipal da Moita, eleito pelo Partido Socialista, garante a O SETUBALENSE que o nível de saturação da população foi um dos principais motivos que levaram à sua vitória nas autárquicas de Setembro e que, desde então, a gestão camarária tem sido marcada por pequenos, mas firmes passos. Quais os factores que pesaram para a sua vitória e que permitiram ao PS vencer as eleições pela primeira vez no concelho? O nosso trabalho no terreno foi muito intenso, de grande proximidade com as populações. Ouvimos com atenção cada uma das suas preocupações, cada uma das suas histórias e foi aí que percebemos o nível de saturação que as pessoas tinham atingido. Estavam descrentes e cansadas de ver a situação de estagnação a que o município tinha chegado. E nós demos-lhes esperança. Dissemos que se acreditassem em nós as coisas poderiam mudar. Neste momento já estão a mudar e as pessoas vêm isso. Mas a nossa responsabilidade é grande. Queremos cumprir a palavra perante quem acreditou em nós. Desde então, que balanço faz dos primeiros 100 dias deste mandato? Confesso que os primeiros dias foram duros, mas jogou a nosso favor o facto de termos uma equipa motivada, unida e com uma capacidade de sacrifício enorme. Encontrámos pessoas dentro da autarquia que nos ajudaram, desde o início, a enfrentar os percalços que íamos encontrando. Tem sido um caminho feito de pequenos

Carlos Albino conquistou a presidência da Câmara da Moita nas últimas eleições

Confesso que os primeiros dias foram duros, mas temos uma equipa motivada, unida e com uma capacidade de sacrifício enorme

passos, mas firmes. Sentimos que a mudança trouxe uma lufada de ar fresco e é isso que as pessoas nos dizem, que está tudo “mais leve”. Que passos positivos destaca e quais as obras que acredita poderem estar concluídas até ao fim do primeiro trimestre? Temos estado em reuniões para ultimar a questão da Estratégia Local de Habitação, já assinámos o protocolo com a Agência para a Modernização Administrativa, que permitirá a breve prazo instalar quatro Espaços Cidadão no concelho. Já estamos a procurar financiamento para o pavilhão

que nos estavam a fazer perder oportunidades de investimento importantes. Temos também falado com grandes grupos que estão interessados em criar novas unidades empresariais. Uma coisa posso dizer, nada será feito ao acaso. Negociaremos até encontrarmos a solução que sirva tanto os nossos parceiros como os nossos munícipes. Só iremos permitir projectos que potenciem o concelho ou que tragam benefícios para as nossas populações, acautelando sempre o reforço das infraestruturas. É deste equilíbrio que precisamos.

desportivo na Escola Secundária da Baixa da Banheira – que está bem encaminhado –, e começámos a requalificar algumas zonas do Parque José Afonso, de forma a criar uma imagem mais aprazível para este espaço. Resolvemos ainda problemas assinalados pelos munícipes, que se arrastavam há algum tempo, como foi o caso dos esgotos no Gaio e estamos muito perto de assinar um protocolo com a Administração Regional de Saúde, que vai permitir termos uma Unidade Móvel de Saúde que percorra as zonas rurais

para prestar cuidados básicos às populações mais isoladas. Recentemente e, em tempo recorde, conseguimos, juntamente com alguns parceiros, colocar de pé o Centro de Testes à covid-19 que possibilitará reforçar a capacidade de testagem no território. Que medidas estão a ser implementadas em termos de desenvolvimento económico? Estamos a desburocratizar os processos de licenciamento e a dar resposta atempada a quem quer investir. Tínhamos processos parados nos serviços


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O SEGREDO DAS CARTAS TARÓLOGO e ASTRÓLOGO FRANCISCO GUERREIRO

Resolva todos os seus problemas sentimentais, profissionais, financeiros e de saúde, marcando uma consulta pelo número 96 377 05 04. Após a 1.ª consulta efectua tratamentos espirituais. Consultório: Rua Serpa Pinto n.º 127 - 3.º Esq. - Montijo

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OPINIÃO Fernando Pinto

A segunda etapa de uma grande caminhada

É

para mim uma honra ter a possibilidade de voltar a escrever estas linhas na qualidade de presidente de Câmara Municipal de Alcochete. A votação inequívoca dos nossos munícipes no projecto do Partido Socialista por mim liderado, reforçaram a confiança do concelho nas nossas políticas. E foi, com muito orgulho e muita emoção, que voltei a assumir a responsabilidade de conduzir o projecto que abracei, com sentido cívico, responsabilidade e, sobretudo, com entusiasmo redobrado para continuar a fazer deste concelho um lugar cada vez melhor. Agradeço a confiança depositada e, ao longo deste segundo mandato, de tudo farei para nunca defraudar as expectativas. Iniciámos um novo ciclo político. Não como desejávamos, mas sob o flagelo de uma maldita pandemia que teimosamente recusa deixar-nos regressar à nossa vida normal. No entanto, com a mesma determinação, empenho e rigor que colocámos nas decisões que desenvolvemos no último mandato autárquico, nos próximos quatro anos, continuaremos a trabalhar na concretização do nosso projecto político. Um projecto que assenta em pilares estruturantes e estratégicos da nossa acção política: Cidadania, Educação, Formação, Investimento e Emprego, Coesão Social e Saúde, Cultura e Movimento Associativo, Juventude e Desporto, Segurança e Protecção Civil, Mobilidade e Transportes, Ambiente e Território.

No último mandato, lançámos as sementes de um novo ciclo de evolução do município, com um projecto de desenvolvimento, inclusivo e mobilizador, em que as pessoas estão no centro da acção política

Um projecto constituído por estratégias que visam sobretudo as pessoas. Estas foram, e sempre serão, o nosso objectivo principal. Em suma, todos aqueles que, no seu dia-a-dia, esperam de nós não só melhores so-

luções para o concelho como também que estas se reflictam nas suas vidas pessoais e profissionais. Conto com toda a competência, coesão e determinação da minha equipa e continuarei a contar com todos aqueles que, com o seu esforço e dedicação, contribuíram para o sucesso do nosso concelho. Destaco o papel preponderante dos trabalhadores da autarquia assim como todos aqueles que comigo fizeram este caminho, nomeadamente as mais diversas instituições, organismos institucionais, empresas e empresários e associações do nosso concelho. Trabalhamos todos os dias de modo a desenharmos um futuro mais auspicioso. Este é o caminho que com todos queremos trilhar. Temos uma agenda que se estende além de um mandato. Um projecto de desenvolvimento social, económico, desportivo e cultural não se faz em quatro, oito anos. No último mandato, lançámos as sementes de um novo ciclo de evolução do município, com um projecto de desenvolvimento, inclusivo e mobilizador, em que as pessoas estão no centro da acção política. Mais do que uma mensagem de esperança renovada, estas são palavras de forte convicção, de enorme empenho e dedicação a esta tão nobre causa que é servir a nossa comunidade. Enquanto acreditar nos nossos projectos, creiam que nunca me faltará força para lutar por eles. Presidente da Câmara Municipal do Alcochete

CARNEIRO 21.03 a 20.04 No plano amoroso – não rejeite a possibilidade de se envolver um novo relacionamento. Poderá ser surpreendido, muito favoravelmente, com as atitudes e gestos de alguém que entrou há pouco na sua vida. No plano profissional – poderá entrar numa nova fase profissional, comece a pensar em novos projetos ou novas aplicações financeiras. Carta da semana – O SOL – semana muito luminosa e feliz para Peixes. Vai sentir-se com muita vontade de viver a vida e demonstrar a força das suas emoções e sentimentos. TOURO 21.04 a 21.05 No plano amoroso, sente-se muito apaixonado e tem receio de mostrar os seus sentimentos. No plano profissional, terá algumas propostas, mas não se iluda com as mais vantajosas. Carta da Semana – A Lua, esta carta mostra que você estará sensível e um pouco frágil, mas ao mesmo tempo estará com um grande poder de análise. GÉMEOS 22.05 a 21.06 No plano amoroso – poderá travar novos conhecimentos, embora deva amadurecer bem as ideias antes de lançar num novo romance. Poderá ter de enfrentar oposições familiares para poder levar em frente uma relação. No plano profissional – deve manter a calma em todas as circunstâncias, até porque esta semana tudo está ao seu alcance. Carta da semana – O CARRO – a conjuntura anuncia progressos. CARANGUEJO 22.06 a 22.07 No plano amoroso – possibilidade de os seus sentimentos serem completamente renovados. Numa situação inesperada ou mesmo sem estar disponível pode sentir novas emoções. No plano profissional – se estiver envolvido em atos de representação ou de cariz público, sair-se-á muito bem. Carta da semana – O AMOROSO – esta carta define uma semana intensa em que todos os comportamentos estão marcados pela paixão. LEÃO 23.07 a 23.08 No plano amoroso – não aceite opiniões ou que se metam demasiado na sua vida, o seu coração é o seu melhor amigo e só poderá arrepender-se do que não fizer. No plano profissional – todos os negócios ou investimentos em que se envolver, desde que estruturados e calculados darão bons resultados. Carta da semana – O IMPERADOR – está muito lúcido, objetivo e eficaz marcando pontos em todas as situações que se envolver. VIRGEM 24.08 a 23.09 No plano amoroso – não permita que o orgulho atrapalhe ou ponha em causa em relação. No plano profissional – alguns colaboradores podem interferir ou pôr em causa as suas opiniões, mas é aconselhável que não baixe os braços e faça persistir as suas ideias. Carta da semana – A FORÇA – fomenta novas ideias confere rapidez de raciocínio e força de vontade não permitindo que se instalem na sua vida indecisões ou qualquer tipo de medo. BALANÇA 24.09 a 23.10 No plano amoroso – é uma semana adequada a que faça alterações na sua forma de vida; pode iniciar uma fase mais límpida e intensa. No plano profissional – algumas situações podem assumir contornos que não esperava e perante os quais terá de tomar uma posição. Carta da semana – A MORTE – é uma carta forte que permite conduzir a sua vida de forma objetiva e eficaz. Fim de uma etapa e inicio de uma nova etapa próspera. ESCORPIÃO 24.10 a 22.11 No plano amoroso – não entregue o seu amora quem não o merece, corre o risco de deceções. Nem todas as promessas serão cumpridas esta semana. No plano profissional – dê atenção a um negócio ou a um projeto que pode esconder problemas, procure novos apoios. Carta da semana – A LUA – a conjuntura leva-o para o mundo dos sonhos em que é difícil ser racional, tente manter-se lúcido para não ser enganado. SAGITÁRIO 23.11 a 20.12 No plano amoroso, relações são correspondidas e regidas por si e pelos seus interesses. Controle o seu feitio pois numa relação toma decisões a dois. No plano profissional, mostre-se mais activo e mais empenhado com trabalhos que lhe são solicitados. Carta da Semana – O Mundo, esta carta mostra que as conquistas e os seus êxitos estão ao seu alcance, basta que consiga reunir todas as suas potencialidades para atingir os seus fins. CAPRICÓRNIO 21.12 a 20.01 No plano amoroso – escute o que lhe dita o coração sempre que tomar uma decisão ou fizer uma escolha sentimental; todos os gestos deverão ser fruto de reflexão solitária e amadurecida. No plano profissional – está perfeitamente apto a atuar em proveito próprio e fazer bom uso das suas habilitações e conhecimentos. Carta da semana – A PAPISA – a semana promete ser muito importante. AQUÁRIO 21.01 a 19.02 No plano amoroso, poderá estar a passar uma fase conflituosa, que se deve á indefinição de sentimentos, clarifique-os. No plano profissional, os trabalhos que tem em curso irão sofrer alguns atrasos, devido á falta de recursos. Carta da Semana – O Eremita, esta carta mostra que deve agir com rigor e cuidado em todas as situações. PEIXES 20.02 a 20.03 No plano amoroso – momento propicio á evolução sentimental; conseguirá compreender alguns gestos e lidar melhor com os afetos. No plano profissional – vida financeira sujeita a flutuações que merecerão medidas adequadas em cima dos acontecimentos. Carta da semana – O JULGAMENTO – traz uma semana marcante pródiga em acontecimentos importantes que lhe possibilitarão análises e iniciativas fundamentadas.


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Balanço do Ano 2021 DR

VÍTOR PROENÇA PRESIDENTE DA CÂMARA DE ALCÁCER DO SAL

“Hoje sinto que o fardo é muito mais pesado” Grato pela confiança que já recebeu para três mandatos consecutivos em dois municípios diferentes, autarca comunista confessa que sente ainda maior responsabilidade

Francisco Alves Rito

No início do último mandato como presidente da Câmara de Alcácer do Sal, Vitor Proença faz o balanço dos primeiros 100 dias. Tem já um feito que o deixará para a história, mas ainda não pensa em calçar as pantufas. Que avaliação faz dos primeiros 100 dias deste mandato? Tem sido um período de reorganização interna, decorrente de duas razões fundamentais: a primeira, preparar uma nova geração de funcionários, técnicos superiores, assistentes técnicos e assistentes operacionais, para o


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fluxo de aposentações que está em curso e que se vai acentuar no ano de 2022, e que vai conduzir à saída de excelentes funcionários. São pessoas muito experimentadas e que têm que dar lugar a esta nova geração que, desde há quatro ou cinco anos, começámos a preparar para funções técnicas e funções administrativas. Essas saídas tem impacto sobretudo na qualidade ou a quantidade também é relevante? Tudo somado, a quantidade e a qualidade. Os primeiros 100 dias também têm sido marcados pela preparação do mandato, não só as Grandes Opções do Plano, para os quatro anos, como o fecho de projectos para lançar obra, empreitadas, para virem a ser financiadas ou pelo PRR ou pelo Portugal 2030. Em terceiro lugar, esses 100 dias são marcados pela vacinação e pelo acentuar dos testes. A testagem das pessoas tem sido um trabalho muito exaustivo, com a participação directa da Câmara Municipal, financeiramente, no caso dos testes - oferecemos quatro testes a cada trabalhador e testamos também os funcionários das IPSS - e tivemos a colaboração dos militares no período da vacinação e, mais recentemente, as crianças também foram vacinadas. Estes três elementos marcam os primeiros 100 dias deste mandato. E que balanço faz do exercício do ano anterior? Direi que é marcado por dois factores-chave. Um factor foi o combate à pandemia, as medidas profilácticas e de vacinação, em que a Câmara Municipal foi parte do êxito com os profissionais de saúde. É um trabalho comum à maioria dos municípios portugueses, mas isto marcou imenso Alcácer do Sal. O segundo factor é a confirmação da nossa vitória nas últimas autárquicas, que marca o último ano como uma prova de confiança da população à nossa gestão. E, no caso que me toca, uma satisfação por entrar no último mandato e ter sempre a bandeira da CDU, onde eu estive [Santiago do Cacém], e aqui em Alcácer com vitórias assinaláveis e com as pessoas a confiarem no nosso projecto, que é colectivo. Não é um projecto individual, mas eu sou parte, e continuo a ser o único elemento do Distrito de Setúbal que foi presidente em duas Câmara distintas, sem fronteiras geográficas, e por três mandatos. Alcácer não tem fonteira geográfica com Santiago do Cacém. Isso

Tenho 65 anos, estou na pujança das minhas faculdades, muito mais experimentado Alcácer está com uma pujança muito grande na captação de financiamento comunitário não deixa de ser uma satisfação, mas, ao mesmo tempo, dá-me uma carga de responsabilidade muito maior do que aquela do que tive no passado. Hoje sinto que o fardo é muito mais pesado e vou tentar, tudo por tudo, honrar este projecto, pelo tanto que têm confiado na minha pessoa. Em termos das contas municipais de 2021, já tem ideia? Vamos terminar com um saldo orçamental, um superavit, de 5 milhões de euros. E com o prazo médio de pagamento a fornecedores de 24 dias, aliás, desde 2014 temos vindo a terminar sempre com períodos inferiores a 25 dias de prazo médio de pagamento, 26 dias para ser mais preciso. O exercício de 2021, é também o maior investimento de sempre em obra física. O município, por um lado, vendeu um activo forte, de 7 milhões de euros, no Brejo da Carregueira, que podíamos perder para sempre, porque ia passar para terreno rústico se não temos alienado aquele terreno, para ele ser urbanizável, e nós não conseguiríamos pagar as infra-estruturas. E a arrecadação de verba serve para fazer mais obra. Nunca a Câmara de Alcácer do Sal tinha feito tanta obra como fez. Aliás, do ponto de vista dos recursos aos financiamentos comunitários, Alcácer nunca

tinha tido, na sua história, num quadro financeiro plurianual, 10 milhões de euros, como obteve no Portugal 2030, no FEDER. Isto é histórico. Alcácer está a rivalizar, no bom sentido, com municípios muito mais poderosos, do ponto de vista económico, de população e de recursos, como são os casos de Santiago, Grândola, Sines e mesmo. Estamos com uma pujança muito grande, do ponto de vista de captação de financiamentos comunitários. Sobre a venda do terreno, o PS diz que a Câmara teve que vender para equilibrar as contas. O PS, já o disse publicamente, quis vender aquele terreno em 2012, quando governou Alcácer do Sal. Foi o PS que criou aquele terreno como urbanizável, num negócio que fez, na altura, com a Herdade da Comporta, quando criou o Plano de Pormenor do Brejo da Carregueira. Chegou a ser investigado todo o processo pela Inspeção-Geral da Administração do Território. É o PS que tem sobre os ombros, do ponto de vista político, os crimes urbanísticos cometidos naquela zona. A gestão actual limitou-se a fazer, por um lado, gerir um activo que é propriedade do município e, por outro lado, aquilo que o PS tentou fazer em 2012 e já não conseguiu, porque, entretanto, em 2012, perde as eleições. Vender é natural, como a Câmara de Sines tem vendido terrenos, como a Câmara de Santiago, de Grândola, Odemira e outros municípios que vendem activos quando se justifica. Nós continuamos a ter terrenos e comprámos, também, um terreno, por 800 mil euros, 13 hectares para a área de localização de empresas. Não se pode falar, nunca, como se fosse um custo. A venda de um activo serve para fazer mais obra e para comprar outros terrenos, neste caso para vocação empresarial. Já começa a pensar na reforma ou ainda está muito longe disso? Tenho 65 anos, sinto que estou na pujança da minha vida, sinceramente, na pujança das minhas faculdades, muito mais experimentado. O meu foco, agora, são quatro anos, que ainda é um período muito exigente, com muitas ideias, muitos projectos, que eu e a minha equipa toda temos pela frente. Em breve vamos trazer novidades e coisa boas para Alcácer. O meu pensamento diário é sempre esse, tudo em prol de Alcácer. E depois logo se vê? Acho que ainda é muito cedo.

OPINIÃO Fernando Caria

Continuar a trabalhar pelo Montijo e pelo Afonsoeiro

C

ertamente seria desejo de todos nós que a palavra pandemia não constasse do balanço do ano de 2021. Infelizmente a realidade do ano transato foi, ainda, marcada pelo contexto pandémico e pelos constrangimentos na nossa vida pessoal e profissional. Apesar das dificuldades existiram, também, avanços e sinais de confiança e esperança no futuro. A adesão dos portugueses à vacinação é um exemplo que nos permite encarar a pandemia e o ano de 2022 com mais segurança e otimismo. Ao longo do ano de 2021, a Junta de Freguesia cumpriu a sua missão de estar ao lado dos seus fregueses, das associações e instituições locais, em particular através do reforço de medidas na área social, da retoma das atividades promotoras do envelhecimento ativo, do apoio às escolas da freguesia, da proximidade às autoridades de saúde no combate à pandemia. Foi, igualmente, um ano marcado pelas eleições autárquicas. O resultado na nossa freguesia demonstrou a confiança dos montijenses e dos afonsoeirenses na equipa que tem liderado os destinos da junta. Por isso, mais que fazer um balanço de 2021, importa projetar o futuro da nossa freguesia e das suas gentes. Para a Junta de Freguesia, o ano de 2022 será marcado pela implementação de novos projetos e serviços em benefício dos nossos fregueses e freguesas. Estamos, desde já, a trabalhar para avançar com a criação do Balcão SNS 24 e do Espaço Cidadão, dois novos serviços que nos permitem caminhar no sentido da modernização administrativa e da facilitação do acesso da população a serviços essenciais. Estes são apenas dois projetos demonstrativos do trabalho

Ao longo do ano de 2021, a Junta de Freguesia cumpriu a sua missão de estar ao lado dos seus fregueses, das associações e instituições locais

da junta em prol do Montijo e do Afonsoeiro. Queremos e vamos dar continuidade auma gestão autárquica séria, transparente, próxima e empenhada na resolução dos anseios e expetativas dos nossos fregueses e freguesas. União das Freguesias Montijo e Afonsoeiro


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Balanço do Ano 2021 FACTURAÇÃO ULTRAPASSOU OS 24 MILHÕES DE EUROS

2021 foi o “melhor ano de sempre” para a Adega de Pegões Em entrevista a O SETUBALENSE, o gerente da cooperativa Jaime Quendera revela que 2021 saldou-se no “melhor ano de sempre” em termos de produção e qualidade. A facturação ultrapassou os 24 milhões de euros, mas o saldo final ainda está por apurar. André Rosa O ano de 2021 saldou-se como um novo “melhor ano de sempre” para a Cooperativa Agrícola de Santo Isidro de Pegões – a maior do país, sediada no Montijo –, apesar do impacto da pandemia de Covid-19. A O SETUBALENSE, o gerente da empresa Jaime Quendera confirmou que “2021 foi o melhor ano de produção de sempre, e um ano extraordinário relativamente à qualidade das uvas”. “Em termos de facturação global, o ano que passou foi o melhor de sempre para a Adega de Pegões. Ultrapassámos a facturação de 24 milhões de euros, e apesar de ainda faltar apurar tudo e fechar as contas, julgamos que as margens se tenham mantido, mesmo em ano de pandemia. A assembleia geral deverá acontecer até ao final de Março”, relevou o gerente e enólogo da cooperativa. O ano também correu de feição à cooperativa em termos da quantidade de uvas produzidas pelos seus pouco mais de 90 associados. “Em 2021 produzimos à volta de 14 milhões de toneladas de uva, o que deu cerca de 10 milhões de litros de vinho”, revelou Jaime Quendera a O SETUBALENSE. “Em termos de qualidade, foi um dos melhores anos de sempre”, reforçou com satisfação o responsável. Conforme havia explicado em declarações ao jornal, o clima foi um dos factores que contribuíram, de forma determinante, para a “alta

qualidade” das uvas produzidas em 2021. “Tivemos um Verão moderado, sem temperaturas demasiado altas, o que permitiu que as uvas fossem apanhadas em quantidade e qualidade excelentes. Isto tem-se vindo a repetir nos últimos anos”. Jaime Quendera também já havia enquadrado o crescimento da Cooperativa Agrícola de Santo Isidro de Pegões no desempenho global da região vitivinícola, liderada pela Comissão Vitivinícola Regional da Península de Setúbal (CVRPS). “A CVRPS está a crescer, e é neste momento a que mais cresce, porque é composta pelas empresas. E as empresas estão a crescer porque têm vinhas de muita qualidade”, diz. “Todos os anos dizemos que é

A Adega de Pegões é a maior cooperativa de vinho do país, a que mais vende em maior e a segunda em valor

o melhor ano de sempre para a Adega de Pegões, mas Pegões, de facto, é a maior cooperativa de vinho do país – a que mais vende em quantidade e a segunda em valor –, e já não pode crescer muito mais”, assumiu Jaime Quendera. Tendo em conta esta performance positiva, o gerente da Cooperativa Agrícola de Santo Isidro de Pegões acredita que 2022 deverá ser um ano “muito bom”.

Jaime Quendera, Mário Figueiredo (presidente), Maria Helena Oliveira e Carlos

Vendas mantiveram-se

O ano de 2021 foi de mudança dos padrões de consumo – da restauração para casa – devido aos confinamentos e à retracção da economia ditados pela pandemia, mas a Adega de Pegões conseguiu fazer face esses impactos. As vendas mantiveram-se graças à sólida implementação na moderna distribuição composta pelos híperes e supermercados, que continuaram a ser muito procurados. Este foi o cenário relativo às vendas no mercado nacional. A nível europeu, a situação foi diferente. “Houve uma quebra mais no mercado europeu, sobretudo em países onde os confinamentos foram mais exigentes e onde Pegões está mais presente nos restaurantes e em pequenas lojas. Perdemos vendas no mercado asiático, mas ganhámos no Canadá, Rússia e Polónia”, contou Jaime Quendera. A expectativa da empresa é que “haja uma retoma do mercado externo com mais expressividade. Esperamos que as restrições de viagens sejam levantadas. En-

Direcção iniciou, há 15 anos, estratégia de modernização da produção

Exportação Crise da distribuição As exportações da Cooperativa Agrícola de Santo Isidro de Pegões têm sido, de igual forma, afectadas pela crise mundial dos combustíveis, que afecta os transportes e as matériasprimas. “Temos tido dificuldade em arranjar contentores para exportarmos o nosso vinho para o Brasil e para a China, e os

que encontramos são a preços exorbitantes”, revelou Jaime Quendera a O SETUBALENSE. A inflação é outro elemento a ter em conta. Por isso, a empresa tem apostado em fazer uma gestão cautelosa dos stocks e das estratégias de venda nos vários mercados em que está presente.


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FOTOS: DR

Os 1117 hectares de vinha produzem 11 milhões de quilos de uva

A Adega de Pegões foi fundada em 1958

Pereira (directores da cooperativa)

Vamos continuar a ampliar, mas em menor volume, porque demos um salto grande quanto as restrições não acabarem, teremos dificuldades”, comentou. Ainda assim, na Europa, Inglaterra, Holanda e Alemanha têm estado a recuperar como mercados para onde Pegões exporta os seus vinhos, bem como o mercado asiático. “A China está muito fechada”. Adega de Pegões Grande Reserva Tinto 2017 foi premiado na Rússia

Reserva Tinto Rovisco Pais ganhou medalha dupla de ouro na China

Investimentos na produção

Em 2021, a Adega de Pegões terminou um investimento na ampliação

da capacidade de fermentação e armazenamento (em mais quatro milhões de litros, a juntar aos que já tinha) e procedeu à aquisição de uma máquina “que poucas adegas têm, para separar a parte sólida da parte líquida dos vinhos”, esclareceu o responsável. “Vamos continuar a ampliar, mas em menor volume, porque demos um salto grande”. Para este ano estão previstos o lançamento de novas gamas – “teremos alguns lançamentos que serão revelados a seu tempo”, adiantou apenas – e a reformulação da rotulagem das marcas Adega de Pegões e Fonte do Nico para uma versão “mais moderna”.

A cooperativa, presidida por Mário Figueiredo e com Maria Helena Oliveira e Carlos Pereira nos lugares da Direcção, foi fundada em 1958 e nos últimos 15 anos levou a cabo uma estratégia de modernização dos sistemas de produção e estabilização financeira com o objectivo de melhorar a qualidade dos vinhos produzidos. Pegões possui uma área vinícola de 1117 hectares que produzem em média 11 milhões de quilos de uva, sendo 70% tinta e 30% branca. Nas castas tintas produzidas predomina o Castelão (Periquita) com 65% da produção, e nas brancas Fernão Pires 40% e Moscatel 25%.

Prémios Somatório de medalhas Em termos de vinhos premiados, 2021 cifrouse em nada mais que 198 prémios, dos quais cinco corresponderam a troféus, 72 a medalhas de ouro, 77 de prato e 44 de bronze, ganhos em concursos nacionais e internacionais. Entre os troféus [ver caixa], Jaime Quendera

destacou a Dupla Medalha de Ouro (Reserva do Ano) ganha com o vinho Rovisco Pais Reserva Tinto, no concurso China Wine & Spirits Awards – B2021”; e o prémio Prodexpo Star atribuído ao vinho Adega de Pegões Grande Reserva Tinto 2017 no concurso Prodexpo 2021, na Rússia.


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Balanço do Ano 2021 FILIPE COSTA CEO DA AICEP GLOBAL PARQUES

“A aicep Global Parques é relevante no distrito, atrai investimento e cria riqueza” FOTOS; DR

A par do crescimento económico, captar produção industrial e investimentos de milhões, a aicep Global Parques gera emprego na região

No BlueBiz a estratégia é atrair indústrias químicas que tenham um efeito multiplicador no desenvolvimento industrial Filipe Costa

Francisco Alves Rito Responsável pela gestão de dois parques industriais, em Setúbal e Sines, a aicep Global Parques tem conseguido atrair indústrias e gerar efeito multiplicador de investimento no Distrito de Setúbal. Filipe Costa, CEO da empresa, destaca que em 2021 o volume de negócios cresceu 9,43% em relação ao ano transacto, e perspectiva já que em 2022 o crescimento vai rondar os 10%. Qual é o balanço que a aicep Global Parques pode fazer já do ano económico de 2021? Muito positivo. O volume de negócios da aicep Global Parques cresceu 9,43% em relação a 2020. Como a evolução do nosso volume de negócios reflecte essencialmente a retenção e instalação de novas indústrias na Zona Industrial e Logística de Sines (ZILS), esse crescimento significa que atraímos mais investimento produtivo, criador de riqueza e apreciador de salários. Quais são as maiores conquistas no que diz respeito aos parques em Setúbal e Sines? A aicep Global Parques é uma empresa relevante no Distrito de Setúbal, onde gere dois parques empresariais, o BlueBiz - Parque Empresarial da Península de Setúbal e a ZILS - Zona Industrial e Logística de Sines. No BlueBiz as maiores conquistas de 2021 foram a entrada de várias indústrias químicas, como a Euronavy e a Clever Leaves. Na ZILS foram os contratos de expansão da Repsol Polímeros, para duas novas fábricas, e entrada do Start - Sines Transatlantic Renewable & Technology Campus, um centro

Filipe Costa afirma que a aicep Global Parques está em crescimento e a contribuir para o desenvolvimento do distrito

A ZILS Petroquímica Repsol e a Refinaria Galp são importantes investimentos no parque de Sines gerido pela aicep

de dados de 495MW de potência a energias renováveis. Das estratégias definidas para os parques de Setúbal e de Sines, individualmente, o que destaca? No BlueBiz a nossa estratégia é atrair indústrias químicas que tenham um efeito multiplicador no desenvolvimento industrial da Península de Setúbal. Temos vantagens competitivas que nos distinguem junto dos investidores, como o licenciamento industrial, um reduzido custo de electricidade e a ETAR (Estação de Tratamento de Águas Residuais) dedicada.

A aicep Global Parques gere duas zonas empresariais, o BlueBiz em Setúbal, e a ZILS em Sines

Na ZILS a nossa estratégia assenta em três vectores: “ZAL Sines - Zona de Actividades Logísticas”, que visa criar um hub logístico global no Alentejo, baseado na duplicação de capacidade em curso do actual Terminal de Contentores de Sines, Terminal XII, de 2 para 4 milhões de contentores por ano, e no advento de um segundo terminal de contentores, Terminal Vasco da Gama, que novamente duplicará a capacidade do Porto de Sines para um total de 8 milhões de contentores por ano. A par da reorientação do Terminal Multiusos

para novas cargas gerais no póscarvão e em conjugação com Terminal de Carga Aeroportuária de Beja. No caso da “Energia Sul” é a marca sob a qual agregamos os sectores energético, refinador, petroquímico e químico, em que pontificam a transição energética e a economia circular. O “Sines Tech - Innovation & Data Center Hub” visa construir um cluster de infra-estruturas de telecomunicações que habilitem o País à transição digital e o catapultem na economia de dados. No caso de Sines, há vários grandes investimentos em curso ou em perspectiva, como o hidrogénio e a expansão da Repsol. Qual é o papel da aicep Global Parques neste contexto local? A aicep Global Parques promove a captação desses investimentos, em estreita ligação com outras entidades como o Porto de Sines, a Câmara Municipal de Sines, a ADRAL, a AICEP, a Secretaria de Estado da Internacionalização e a Secretaria de Estado da Energia. Trabalhamos todos juntos e todos os dias na retenção das empresas já instaladas e no seu reinvestimento em novos projectos, bem como na atracção de novos investimentos que sejam estruturantes para as estratégias nacionais de inserção logística, transição energética e transição digital.


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Os investimentos em curso e potenciais no Complexo Portuário, Logístico e Industrial de Sines somam 14 mil milhões de euros, na sua grande maioria privados. Na logística temos 2,5 mil milhões de euros entre a duplicação em curso do Terminal XXI, o futuro Terminal Vasco da Gama, o desenvolvimento da ZAL Sines e as novas ligações rodoviárias e ferroviárias ao Complexo de Sines. Na transição energética e em economia circular ascendem a 7,5 mil milhões de euros, a começar pela expansão do Complexo Petroquímico de Sines, da Repsol Polímeros, e os novos projectos, incluindo de hidrogénio, quer na Refinaria de Sines, da GALP, quer na ora desativada Central Termoelétrica de Sines, da EDP. Além de um conjunto de investimentos por outras empresas na produção de gases renováveis, hidrogénio e amónia ‘verdes’, e em indústria química circular. Na transição digital os investimentos em Estações de Amarração de Cabos submarinos de telecomunicações e em centros de processamento e armazenamento de dados somam 4 mil milhões de euros. O Instituto Politécnico de Setúbal e o município de Sines formalizaram a intenção de criar uma Escola Tecnológica de ensino superior no Litoral Alentejano. Como vê essa aposta? É uma aposta importante, na qual participamos activamente a par das principais empresas instaladas e em instalação no Complexo de Sines, para qualificar os jovens e requalificar os trabalhadores do Litoral Alentejano. Na dupla perspectiva de aumentar a atractividade do território para este novo tipo de investimentos mais exigentes, das transições de logística, energética e digital, ao mesmo tempo que se procura garantir o acesso privilegiado da população local às novas oportunidades de emprego que geram. Quais são as perspectivas da aicep Global Parques para 2022? Crescer novamente em torno de 10%, ou seja, trazer mais e melhor crescimento económico, produção industrial e emprego para o Distrito de Setúbal.

OPINIÃO Joaquim Santos

Mais investimento público e melhor qualidade de vida no Seixal

N

o ano que findou e que marcou o início de um novo ciclo autárquico, a Câmara Municipal do Seixal continuou a investir na qualidade de vida das populações e em obras e projectos fundamentais para a elevação e avanço do concelho. O ano de 2021 marcou o culminar de um mandato pautado pelo investimento de mais de 100 milhões de euros, por parte da Câmara Municipal do Seixal, que prosseguiu a estratégia de desenvolvimento sustentável para o município do Seixal. A Loja de Cidadão do Concelho do Seixal, as novas instalações da Universidade Sénior, o novo Jardim de Infância de Paio Pires, a continuação da requalificação de todas as escolas básicas do concelho, a Piscina Municipal de Aldeia de Paio Pires, o Centro de Treinos do Amora Futebol Clube, os vários pavilhões desportivos, o Centro Internacional de Medalha Contemporânea, a requalificação do Parque Urbano do Seixal, o Centro Municipal de Protecção Civil do Concelho do Seixal, o apoio à construção do novo Centro de Saúde de Corroios, o novo Centro Distribuidor de Água de Fernão Ferro e a renovação do sistema de águas e saneamento, o Mercado Municipal da Cruz de Pau, entre muitas outras obras, são exemplos do investimento na construção e qualificação de equipamentos, infra-estruturas e espaço público e na salvaguarda ambiental.

Na construção de um futuro melhor para o concelho e para a população, em 2022, a Câmara Municipal do Seixal vai prosseguir o investimento público em projectos como o Centro Cultural de Amora, já adjudicado, ou o Parque Urbano de Miratejo, em construção [entre outros]

O combate à covid-19 continuou a marcar o ano de 2021 e representou um investimento municipal global de cerca de 4,5 milhões de euros, com a criação de três centros municipais de vacinação, a distribuição de mais de 1 milhão de máscaras à população e a disponibilização de equipamento de protecção individual, gel desinfectante e refeições aos agentes das instituições humanitárias e sociais que estiveram na linha da frente. De realçar a forte mobilização dos trabalhadores da autarquia que deram um contributo extraordinário nas várias fases do combate, juntamente com os trabalhadores das instituições de saúde, sociais, educativas, de segurança e forças humanitárias. Mesmo em pandemia, a forte adesão da população às iniciativas municipais de cultura, desporto e lazer realizadas pela autarquia são prova da confiança na organização municipal. O Festival de Teatro, o Seixal World Music, o Desconcentra, com espectáculos ao ar livre, o Verão no Parque, que dinamizou o Parque Urbano do Seixal com cinema, música, actividades desportivas e mercado local, a iniciativa Este Verão na Fidalga com cinema, teatro, oficinas e música, na Quinta da Fidalga, concertos de Verão em várias freguesias, eventos nas salas de espectáculos com lotação limitada, o Festival do Maio, o Festival de Street Art, o concerto com Carlão na passagem de ano, as edições dos Jogos do Seixal, da 38.ª Seixalíada ou

o Agita Seixal são alguns exemplos desta dinâmica de promoção da cultura e do desporto com segurança. Na construção de um futuro melhor para o concelho e para a população, em 2022, a Câmara Municipal do Seixal vai prosseguir o investimento público em projectos como o Centro Cultural de Amora, já adjudicado, ou o Parque Urbano de Miratejo, em construção. O Jardim de Infância da Qta. S. Nicolau, em Corroios, o Centro Náutico de Amora, o Cemitério Municipal de Fernão Ferro, o Pavilhão Desportivo Municipal Cidade de Amora ou Parque Metropolitano da Biodiversidade são mais exemplos do investimento público que está a ser promovido no município do Seixal. Outros projectos encontram-se em preparação, tais como a conclusão da via alternativa à EN10, o Pavilhão Desportivo Municipal de Fernão Ferro, a requalificação do núcleo histórico de Arrentela ou a ampliação e requalificação da Escola Básica de Aldeia de Paio Pires. Honrando uma história de luta e progresso, o concelho do Seixal tem os olhos postos no presente e no futuro, valorizando as pessoas e as instituições e criando condições para que este território continue a ser cada vez mais atractivo para viver, trabalhar e visitar. Presidente da Câmara Municipal do Seixal


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Balanço do Ano 2021 LEONOR FREITAS GERENTE DA CASA ERMELINDA FREITAS

“Seremos sempre uma referência do que de melhor se produz em Portugal” A qualidade e a relação afectiva com as pessoas e a Península de Setúbal estão garantidas, diz a responsável Mário Rui Sobral O último ano foi um dos melhores de sempre para a Casa Ermelinda Freitas, em termos comerciais e de reconhecimento, sobretudo no plano internacional com a conquista de centenas de prémios. Além do balanço, Leonor Freitas revela também o sonho que começou a concretizar em 2018 e anuncia que a aposta no enoturismo vai ser reforçada. Que balanço já pode fazer sobre o ano económico de 2021? Em temos comerciais, podemos afirmar que foi um dos melhores anos de sempre da Casa Ermelinda Freitas. Mas não nos podemos esquecer das preocupações que temos tido e que continuamos a ter com todos os que nos envolvem, devido a esta pandemia. Temos tido grandes preocupações de saúde e sociais, com todos os que nos rodeiam. Fizemos álcool gel e oferecemos, comprámos máscaras e oferecemos, demos formação a todos os colaboradores para que cada um pudesse ser o seu próprio agente de saúde... um ano de grandes ansiedades sociais. E quanto aos prémios conquistados? Foi um ano em cheio. Uma vez mais, mês após mês, vimos os nossos vinhos serem reconhecidos em prestigiados certames internacionais. Da Coreia aos Estados Unidos da América, passando por França, Hong Kong, Brasil ou Itália, sucederam-se

as medalhas de ouro e prata, as pontuações quase perfeitas, que acabaram por destacar diversas marcas que fazem parte do nosso portefólio. Mas, a satisfação dos nossos clientes é o prémio mais precioso que podemos receber. Numa indústria tão competitiva, não ficamos indiferentes aos inúmeros prémios. Sem vaidade, representam o reconhecimento do trabalho de toda uma equipa comprometida com a qualidade e a excelência. A aposta feita mais recentemente em vinhos da região do Douro já tem resultados relevantes? Visitei o Douro e emocionei-me ao ver como é difícil trabalhar as terras daquela região. A partir daí fiquei com um sonho. Acabei por adquirir, em 2018, a Quinta de Canivães em Foz Côa, no Douro Superior, que acho maravilhoso para poder

As gerações desta casa aprenderam a lutar, a perder e a ganhar, sob o lema: nunca desistir

complementar o nosso portefólio. Para concluir o meu sonho também produzimos em pouca quantidade, mas em grande qualidade, azeite. A Quinta de Canivães, conhecida antigamente como “Quinta do Porto Velho”, tem 50 hectares, dos quais 20 são de vinha de diversas idades, das mais nobres castas tintas, e 4,5 hectares são de olival, de onde se obtém azeite de elevadíssima qualidade. Possui características ímpares para a produção de azeites e vinhos de alta qualidade. O vinho da Quinta de Canivães Douro vai estar brevemente no mercado, o azeite vende-se na adega da Casa Ermelinda Freitas em Fernando Pó. A principal casa é e será sempre a da Península de Setúbal. As duas quintas vêm complementar o portefólio e oferecer ao consumidor vinhos únicos e diferentes. A adega, em Fernando Pó, é cada vez mais local de encontro de figuras e eventos nacionais. Como é que um espaço relativamente distante da cidade consegue ser central desta forma? Falar de vinha e vinhos é forçosamente falar de enoturismo. O enoturismo vem dar contacto directo com a natureza, a nossa realidade, com a nossa história de família, com as nossas vinhas e o nosso vinho. A aposta na fidelização do nosso produto e o enoturismo leva a que o visitante perceba, ao provar o nosso vinho, que este não é um simples vinho,

Leonor Freitas diz que, apesar da aposta no Douro, a principal casa será sempre a da Península de Setúbal

mas que representa o terroir, o trabalho, a história das gerações. É muito mais do que uma garrafa de vinho, representa o amor que todos lhe dedicaram. Apesar de ser já uma realidade na Casa Ermelinda Freitas, o enoturismo é uma das maiores apostas que temos na nossa programação de investimentos. Há um lema por detrás do sucesso alcançado? A Casa Ermelinda Freitas tem na sua gestão, actualmente, a quarta geração. Todas estas gerações aprenderam a lutar, a conquistar,

a perder e a ganhar... Mas tem um lema: nunca desistir! Todo este elemento tem sido passado para a actual geração, a quinta, os meus filhos João e Joana, que já se encontram a trabalhar e, em parte, a gerir a Casa Ermelinda Freitas. Como todas as mães digo orgulhosamente que a minha continuidade está assegurada e que a Casa Ermelinda Freitas será sempre uma referência do que de melhor se produz em Portugal, quer na qualidade quer na relação afectiva com as pessoas, bem como com a Península de Setúbal.


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FOTOS: DR

PUBLIREPORTAGEM

Ópticas de Portugal recebe distinção TOP 5% MELHORES PME DE PORTUGAL FOTÓGRAFO

Certificado conferido pela consultora SCORING premeia gestão operacional e financeira do centro óptico com lojas em Setúbal e Palmela

Mais de 200 medalhas Prémios motivam e acrescentam responsabilidade As inúmeras premiações conquistadas a nível nacional e internacional constituem, segundo Leonor Freitas, “uma grande motivação”, mas também um acréscimo de “responsabilidade”. “Para continuarmos a fazer cada vez mais e melhor”, justifica. E essa motivação não abrange apenas a equipa que trabalha na Casa Ermelinda Freitas. Passa, sobretudo, para os consumidores da marca, porque “gostam sempre dos melhores vinhos ao melhor preço”, defende. Em 2021, a Casa Ermelinda Freitas arrebatou 112 medalhas de ouro, 96 de prata e 26 de bronze. Das mais de duas centenas de prémios conquistados, merecem destaque alguns de maior projecção. A saber: “Selections mondials des vin canadá 2021” Medalha de grande ouro: . Casa Ermelinda Freitas Moscatel de Setúbal roxo superior 2010 “Escolha da imprensa 2021” Grande Prémio "a escolha da imprensa": . Casa Ermelinda Freitas Pinot noir & Merlot 2019 Prémio "a escolha da imprensa": . Casa Ermelinda Freitas

Sauvignon Blanc & verdelho 2019 “Prodexpo 2021” prodexpo star: . Casa Ermelinda Freitas Sauvignon blanc & verdelho 2019 “Decanter World Wine Awards 2021” Medalhas de ouro: . Casa Ermelinda Freitas Moscatel de Setúbal superior 2009 “Korea wine challenge 2021” Melhor vinho de Portugal: . Sand creek tinto 2020 “50 Great White Wines of the World 2021” Medalha de ouro: . Dona Ermelinda reserva branco 2019 “Mundus vini 2021 – edição de verão” Casa Ermelinda Freitas eleita: "melhor produtor de portugal". Medalhas de ouro: . Casa Ermelinda Freitas syrah reserva 2019 “Cathay – Hong Kong International wine & spirit competition” Melhor vinho de Portugal de 2021: . Vinha do Fava reserva 2020 Medalhas de ouro: . Casa Ermelinda Freitas Alicante Bouschet reserva 2019 “XXI Concurso de vinhos da Península de Setúbal” Melhor vinho branco península de setúbal: . Terras do pó Chardonnay & Viognier 2017.

A Ópticas de Portugal de Cardoso da Cruz & Cruz, foi distinguida pela SCORING com a Certificação "TOP 5% MELHORES PME DE PORTUGAL”, edição 2021. A excelência da gestão operacional e financeira demonstrada pela empresa foram os factores principais para a SCORING atribuir este galardão. A consultora SCORING certifica assim que a empresa cumpriu os requisitos de acesso à certificação e obteve, de acordo com o método ScorePME e no exercício fiscal de 2020, um Índice de desmpenho e solidez financeira superior a 80%, evidenciando ainda consistência nas vertentes económica e financeira, o que só é acessível a menos de 5% das empresas nacionais. Em conformidade, obteve Notação SCORING "EXCELENTE" ("NS 5"), o que lhe confere em termos de sustentabilidade económico-financeira, a distinção “TOP 5% / 2021”. A Certificação SCORING TOP 5% MELHORES PME DE PORTUGAL, é já uma marca reputacional para as empresas certificadas com um elevado reconhecimento junto do mercado empresarial. Porque se baseia num modelo com garantias formais de rigor e isenção, rapidamente atingiu um número expressivo de empresas aderentes (mais de 2.000 empresas

certificadas, presentes em mais de 240 concelhos). A Ópticas Portugal de Cardoso da Cruz & Cruz, Lda, surgiu, em 2011, com o intuito de trazer de novo o conceito de óptica tradicional e familiar para o mercado dos novos tempos. É uma empresa com cariz familiar com foco em servir as melhores soluções ópticas para os seus utentes, reunindo uma experiência acumulada de mais de 25 anos, estando preparada para entregar a todos os seus utentes a melhor experiência na aquisição dos seus produtos. Trabalha com grandes marcas e faz parte do Grupo Ópticas Portugal. Tem, no presente, dois pontos de venda, um em Setúbal, outro em Palmela. Os centros Ópticas Portugal estão equipados com a mais avançada tecnologia de ponta, dispõem de Laboratório e são licenciados pela ERS (Entidade Reguladora da Saúde).

Optometristas, devidamente, credenciados e habilitados, prestam serviços optométricos de última geração. Marcas exclusivas, de reconhecimento nacional e internacional, integram o espólio de óculos graduados e de sol para bebés, crianças e adultos. Um arreigado sentido corporativo de Responsabilidade Ambiental e Social fazem parte do ADN Ópticas Portugal.

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Balanço do ano 2021 BARREIRO

SETÚBAL

Frederico Rosa assegura que ritmo constante de obras continuará a marcar actual mandato

António Costa em silêncio sobre as NUTS DR

Autarca faz balanço muito positivo do trabalho realizado pelo município Luís Geirinhas Reeleito pelo PS com a maior maioria na região, nas eleições autárquicas do passado mês de Setembro, o presidente da Câmara do Barreiro, Frederico Rosa, acredita que o voto de confiança atribuído pela população para um segundo mandato resultou do “imenso trabalho desenvolvido quer do ponto de vista do investimento na cidade”, como da “reabilitação e requalificação urbana” realizada pelo concelho. A par destes, o autarca destaca os apoios ao nível da cultura, educação e ao movimento associativo, assim como a criação de novos espaços verdes de lazer e desporto, e “mais e melhores acessos”, com um consequente aumento na mobilidade. “As pessoas puderam assistir a uma cadência de obras muito constante na cidade, algo a que o Barreiro não estava habituado”, explicou, em entrevista a O SETUBALENSE. Outro factor apontado pelo edil prende-se com o exercício de um mandato, em boa parte, em tempos de pandemia. “Demos uma resposta eficaz à necessidade dos barreirenses no que diz respeito ao reforço de meios e apoios”, recorda, tendo o município conseguido manter “uma forte presença junto das forças de saúde, de autoridade e de socorro”, disse. “Nem nesse período o investimento parou, pelo contrário”, lembra, realçando que “nunca quisemos olhar para a pandemia como desculpa para parar o investimento que a cidade necessitava”, situação que diz ter-se reflectido nas urnas. Desde então, faz “um balanço muito positivo” do trabalho realizado, porque “não alterámos o rumo” e acrescenta: “continuamos a investir, a apoiar, sendo que agora temos uma componente muito forte de planeamento para o Barreiro, que já vinha do mandato anterior, de conseguir captar todas as oportunidades do Plano de Recuperação e Resiliência

Frederico Rosa foi reeleito em 2021 com a mais expressiva maioria absoluta das últimas autárquicas na região

Obras Esquadra da PSP, incubadora e Avenida da Liberdade prontas até Abril O autarca adianta que, até ao final do primeiro trimestre, estarão concluídas obras como a requalificação da Avenida da Liberdade, que está praticamente terminada, além da incubadora de empresas – a Startup Barreiro –, assim como a Esquadra da PSP no Barreiro Velho. “O caminho de investimento que traçámos desde o primeiro dia do mandato anterior, mantém-se, neste novo mandato que agora se iniciou”, destaca. “Começamos acima de tudo, a lançar bases para as novas obras que queremos iniciar, ainda este ano, nomeadamente, a requalificação integral da Rua Pacheco Nobre, da Rua Miguel

Bombarda e do Barreiro Velho, assim como a construção da Unidade de Saúde familiar, da instalação da Loja do Cidadão e a reabilitação da caldeira grande, o que revela que no primeiro ano deste mandato o investimento e as intervenções que vão ser feitas na cidade vão ser de grande envergadura”, assinala. “É desde o primeiro dia do mandato que se começa a trabalhar, não se espera pelo último ano”, insiste, acrescentando que nos tempos que se avizinham “os barreirenses vão sentir o mesmo investimento, obra e melhoria na sua cidade, que sentiram nos últimos quatro anos”, conclui.

(PRR), garantindo o máximo de investimento possível”, afirma. Exemplos disso são as obras que estão em curso, tais como a instalação ainda este ano da Loja do Cidadão, a construção da Unidade de Saúde Familiar, no Alto do Seixalinho, a requalificação integral da caldeira do Moinho Grande, em Alburrica, entre outros projectos.

As pessoas assistiram a uma cadência de obras a que o Barreiro não estava habituado Frederico Rosa

O secretário-geral do PS esteve ontem em campanha na cidade de Setúbal e não fez qualquer declaração sobre a criação de NUTS especificas para a Península de Setúbal. Com o prazo para o pedido ser feito a Bruxelas a terminar na próxima semana, dia 1 de Fevereiro, e depois de ter anunciado, em Novembro, que Portugal iria formalizar o processo, o líder socialista não tocou no assunto no penúltimo dia de campanha eleitoral. António Costa, que fez uma arruda pela cidade, acusou o PSD de ter levantado todas as “linhas vermelhas” no seu relacionamento com a extrema-direita e de ter abandonado o centro político para tentar captar votos do Chega. Durante a acção pelas ruas de Setúbal, o líder socialista esteve acompanhado pela cabeça de lista por este círculo, Ana Catarina Mendes, e por candidatos a deputados pelo PS neste distrito, casos do ministro João Gomes Cravinho, do secretário de Estado Jorge Seguro Sanches e da dirigente Maria Antónia Almeida Santos. No final, António Costa fez declarações aos jornalistas e insistiu nos ataques ao suposto relacionamento entre o PSD e o Chega, partindo de declarações que terão sido proferidas na quarta-feira, na CNN, pelo vice-presidente social-democrata David Justino. “Aquilo que tem sido cada vez mais claro conforme a campanha vai avançando, é que o PSD desistiu de disputar o centro com o PS e está concentrado num objectivo de conquistar o eleitorado do Chega. Ainda ontem à noite na CNN, tivemos a ouvir um vice-presidente do PSD assumir – para surpresa de todos e seguramente para surpresa da generalidade dos próprios eleitores do PSD – que para o PSD não há linhas vermelhas no diálogo com o Chega”, declarou o secretário-geral do PS.


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Primeira fase da obra de pavimentação de cinco ruas do Bairro Miranda aprovada por 205 mil euros

A Câmara Municipal do Montijo aprovou o arranque “do procedimento da primeira fase da obra de pavimentação” de cinco arruamentos do Bairro Miranda, situado no Alto-Estanqueiro Jardia, num investimento superior a 205 mil euros. A empreitada, com um

prazo de execução previsto de 180 dias, engloba “a execução de valetas e bermas em calçada grossa”, assim como “intervenções ao nível das infra-estruturas de abastecimento de águas e de drenagem de águas residuais e pluviais”, refere a autarquia em comunicado.

DR

BREVES EDUCAÇÃO

Autarquia dá bolsas de estudo

PASSIVO É DE 150 MIL EUROS

Direcção dos bombeiros ameaça demitir-se e denuncia uso indevido de verbas Dinheiro atribuído pela autarquia para fardamentos e compra de ambulância foi utilizado noutras finalidades A direcção dos Bombeiros Voluntários do Montijo, eleita em Dezembro último, ameaça demitir-se por falta de condições, depois de se ter deparado com um passivo de 150 mil euros já apurado. O anúncio foi feito por António Marques, presidente do Conselho Fiscal, que, em representação da direcção e da corporação, durante o período do público na reunião do executivo municipal da passada quarta-feira, lançou um “apelo de desespero” à autarquia. “Deixamos um apelo desesperado de ajuda. Os ordenados deste mês estão em parte garantidos mas, se não existir solução pela parte administrativa da cidade, esta direcção, na pessoa do seu presidente, apresentará a demissão por falta de condições”, disse, depois de uma intervenção em que detalhou o estado financeiro em que se

encontra a associação. “Após a tomada de posse verifica-se um passivo de 150 mil euros, distribuído da seguinte forma: ao antigo presidente da direcção, Amável Pires, uma dívida de 84 mil euros, dívidas a fornecedores 38 mil euros, combustível de Dezembro 8.600 euros, ordenados das piscinas 2.500 euros, piquete 4 mil euros referentes a Dezembro”, discriminou, para de seguida denunciar o uso indevido de verbas atribuídas àquela unidade por parte da direcção anterior. “A verba destinada a equipamentos da equipa de intervenção permanente foi gasta no pagamento dos subsídios de Natal. Verifica-se ainda o uso indevido em outros gastos de verbas atribuídas a esta associação na compra de um veículo de socorro que está actualmente a ser pago por leasing. A Segurança Social não foi paga no passado dia 20 por falta de liquidez. O valor de facturação [dos bombeiros] não comporta os gastos mensais”, afirmou. Nuno Canta, presidente da autarquia, admitiu que a situação é extremamente preocupante, mas lembrou que a Câmara Municipal só poderá atribuir apoios “de acordo com a lei”, através de protocolos.

Joaquim Correia, pela CDU, recordou que o tema já tinha sido levantado. "Já tinha dito aqui que os bombeiros estavam completamente liquidados, porque todos os anos têm prejuízo. Todos nós temos de estar unidos na resolução deste problema. Queremos ser parte da solução e não do problema”, frisou. Mais cáustico foi o vereador do PSD João Afonso. “Em várias sessões falei sobre a situação nos bombeiros e aquilo que o senhor presidente dizia era que eu estava errado e enganava os montijenses. Ainda em Dezembro chamei à colação [o facto] de os subsídios atribuídos pela Câmara Municipal não estarem a ser usados para o destino para que eram aprovados e dei o exemplo dos fardamentos. Esta intervenção feita aqui [pelos bombeiros] é das mais relevantes e preocupantes dos últimos anos nesta Câmara Municipal”, atirou. PSD e CDU sugeriram reunir-se com a gestão socialista para que seja encontrada uma solução em conjunto, mas Nuno Canta não se mostrou disponível para acolher a sugestão e disse que o assunto está a ser tratado e voltará a ser apresentado em reunião de câmara.

A Câmara Municipal do Montijo decidiu, por unanimidade na passada quarta-feira, atribuir um total de 15 bolsas de estudo, referentes ao ano lectivo 2021-2022, a alunos residentes no concelho. Nove das bolsas, no valor unitário de 450 euros, são destinadas aos estudantes do ensino secundário. As restantes seis, no valor unitário de 750 euros, destinam-se a alunos do ensino superior. A atribuição das bolsas será efectuada em duas prestações, já em Fevereiro e em Abril próximo.

POR 1.800€

Restaurante Montiagri volta a hasta pública O arrendamento do restaurante Montiagri, localizado na Avenida de Olivença, Montijo, volta a ir a hasta pública. O executivo municipal aprovou, por unanimidade na última quarta-feira, o procedimento . “O prazo de duração do contrato de arrendamento é de 10 anos, renovável automaticamente por períodos sucessivos de cinco, até ao limite de 25 anos, e o valor base de licitação é de 1.800€”, anunciou a autarquia. Se não surgirem interessados para a concessão, o espaço deverá vir a ser usado pelos serviços municipais.

Montijo

PANDEMIA

Município renova apoios a famílias e empresas As medidas têm efeito a contar desde o passado dia 1 e visam mitigar os impactes sócio-económicos da pandemia nas famílias e empresas do concelho. Foi assim que o pacote de apoios apresentado pela gestão socialista da Câmara Municipal do Montijo foi justificado, na reunião da passada quarta-feira, acabando por ser aprovado por unanimidade. A autarquia vai dar continuidade ao apoio ao comércio local, no âmbito do denominado “Pacote de Medidas de Estímulo Económico e Social, tendo em conta a evolução da situação epidemiológica provocada pelo vírus SARS-CoV-2 e pela doença covid-19”, explica o município, em nota de Imprensa. Os estímulos compreendem, entre outras acções, “a isenção de taxas municipais de pagamento mensal ou anual (publicidade, esplanadas, ocupação do espaço público publicidade em táxis) a micro, pequenas e médias empresas e comércio local, com volume de negócios inferior ou igual a 150 mil euros, durante o ano de 2022”. Ao mesmo tempo, tendo em vista a economia local, a autarquia “vai suprir, a 50 por cento, as rendas das concessões municipais, pelo prazo de seis meses”. Além disso, vão manter-se os benefícios fiscais, como “a taxa de IMI no valor mais baixo (0,36%)” bem como “a redução da taxa de IMI para os agregados familiares com dependentes (20 euros para famílias com um dependente, 40 para famílias com dois dependentes e 70 euros para as que têm três ou mais dependentes)”. A participação variável de IRS fica também “fixada em 4% para todos os trabalhadores sujeitos a essa contribuição, com domicílio fiscal no Montijo”, faz notar a autarquia, a finalizar.


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Montijo VOTO ANTECIPADO NA UNIÃO MUTUALISTA

Seis ajudaram a decidir futuro do País DR

Assinaram de cruz a folha filha da liberdade, herdada há quase 48 anos. Sabem dar valor e o exemplo Mário Rui Sobral Terça-feira, 25 de Janeiro de 2022. Passam 54 minutos das 9 da manhã e José é o primeiro de seis que quiseram contribuir para a democracia com uma cruzinha. Chega de cadeira de rodas. Do outro lado de uma secretária, que suporta uma urna negra, estão três figuras femininas, com batas, máscaras e luvas de protecção da “cor do céu”. Recebe um boletim branco com múltiplas opções de escolha impressas e um envelope azul para o colocar, depois de fazer valer o direito que chegou nas “asas” de um outro 25, o de Abril de 1974. Estamos no lar da União Mutualista Nossa Senhora da Conceição, em Montijo. “Consegue fazer a cruz? Já está?”, pergunta Cláudia Bento, directora técnica da unidade residencial para idosos, que se prontifica a ajudar José a dobrar aquela folhita filha da liberdade, destinada ao interior do sobrescrito. O voto antecipado para as legislativas do próximo domingo está praticamente concretizado. Detrás de uma espécie de biombo, que tapa uma secretária sobre a qual assinalou a decisão, até chegar junto das senhoras da mesa de voto – equipa formada por Maria Clara Silva, vice-presidente da Câmara Municipal do Montijo, e duas funcionárias autárquicas – vão três a quatro metros. José cumpre a “viagem” para entregar o envelope, de seguida selado e depositado na caixa negra. Em troca recebe um comprovativo. Estão feitos mais dois tracinhos para juntar a milhões de outros, cuja soma permitirá desenhar a governabilidade do País. Neste dia, o município tem equipas em lares localizados em Montijo, Afonsoeiro e Canha. “Vão votar 28 [utentes]. Mesmo que fosse por apenas um voto a acção seria sempre importante”, revelaria, no final, Maria Clara Silva. Desses 28, seis moram na valência da União Mutualista – também conhecida como Lar Montepio – e Rui é o senhor que se segue. Apoiado numa bengala, senta-se, levanta-se, e pede ajuda à directora

Na União Mutualista votaram antecipadamente seis pessoas. No total dos lares do concelho foram 28

técnica do lar: “Qual é o quadradinho?” É traído pela visão e não quer errar na escolha. Confidencia ao ouvido qual o partido em que quer depositar confiança e lá vai “rabiscar”. Tem 91 anos. “Vou a caminho dos 92. Votei sempre e estando vivo lá vou votando. É importante”, diz, em resposta à equipa de reportagem da RTP que, tal como O SETUBALENSE, está presente a acompanhar o processo.

De lupa para não se enganar

Depois vem João Lopes, 80 anos. Sem ajudas nem medos. Não falha uma eleição. “Importante é continuar a votar. Pena é ser aqui, nesta situação, mas também é importante fazê-lo em segurança”, reconhece, face ao contexto pandémico instalado. O ritual democrático prossegue, à vez e de forma rápida. Juliana, 96, é a seguinte. De cabelos prateados e com a ajuda de uma bengala de quatro

pontas para se equilibrar, vem preparada para tudo. Saca de uma pequena lupa para identificar a quadrícula mais desejada e cruzar os riscos. E, expedita, aceita dar um passo atrás para a “improvisada zona de entrevistas rápidas”. Confessa que sempre votou desde as primeiras eleições. Mas vai mais além. “A minha família era anti-salazarista. Mas não podemos esquecer que o Salazar livrou-nos da II Guerra Mundial”, comenta, para vol-

Pedro Santos “Foram estas pessoas que construíram a democracia” Pedro Santos, presidente do conselho de administração da União Mutualista Nossa Senhora da Conceição, fez, no final, um balanço “muito positivo” à votação descentralizada nos lares. E sublinhou a importância da acção. “Foram estas pessoas que construíram a democracia. Estes utentes, destas idades, viveram aqueles tempos mais difíceis. Conseguir que possam exercer o seu direito cívico e

que possam contribuir para a democracia do País é, para todos nós, motivo de orgulho e satisfação”, frisou. Na União Mutualista do Montijo votaram antecipadamente nove utentes – “três já o haviam feito no passado dia 23”, revelou o responsável. “Um número não muito elevado face aos cerca de cem utentes que temos aqui. Mas todos foram questionados se pretendiam votar”,

lembrou, antes de justificar a disponibilidade da instituição para abraçar sempre este tipo de acções. “Reflecte um pouco do dinamismo que quisemos trazer para o projecto que estamos a liderar: modernizar a União Mutualista, torná-la mais apelativa e interessante para todos os que estão ligados a esta instituição que este ano vai completa 150 Primaveras”, finalizou.

tar mais atrás na história de Portugal e soltar uma confissão: “Não retirava a estátua do Marquês [de Pombal]. Foi um primeiro-ministro extraordinário. Não foi o único com culpa pelo massacre dos Távoras”. E... não há tempo para mais. Assunto não lhe falta, mas Marcelina Maia já aguarda pela sua vez. Tem 89 anos e, assim que entra, atira: “Não posso estar com o nariz tapado”. Alivia a máscara para baixo e desabafa: “Sei lá onde vou votar”. Sem se sentar, analisa melhor o boletim e deixa escapar: “Sei lá... Vou por aqui”, decide, por fim. Olívia Bibe, surge em cadeira de rodas e é a última a exercer o direito de voto. É rápida. Solta uma risada e entrega o voto. Já comemorou 87 Primaveras. E faz questão de vincar que “é sempre importante votar”, ao mesmo tempo que admite sentir-se “segura” ao poder fazê-lo na instituição. A democracia voltava assim a arrepiar caminho e o exemplo acabava de ser dado por quem melhor conhece o valor da sua conquista. O último esboço, composto por pequenas linhas cruzadas, para dar forma à pintura da tela do futuro dos próximos quatro anos completa-se neste domingo.


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Orquestra Sinfónica do CRAM leva dia 3 ao concelho espectáculo dedicado à música clássica

A Orquestra Sinfónica do Conservatório de Artes Regional do Montijo (CRAM) apresenta-se no dia 3 de Fevereiro no Fórum Cultural de Alcochete, pelas 21h30, para um espectáculo dedicado à música clássica. No concerto será feita uma “viagem musical pela Europa

dos séculos XVIII, XIX e, pela primeira metade do século XX”, explica a autarquia alcochetana em comunicado. A entrada é gratuita, estando os bilhetes “disponíveis no próprio dia, sem reservas”, no equipamento municipal e no Posto de Turismo.

ESTUÁRIO DO RIO TEJO

BREVES

Polícia Marítima apreende seis embarcações no Samouco por falta de identificação

SOCIEDADE RECREATIVA

DR

Barcos vão agora ser “alvo de uma averiguação de registo, com vista à responsabilização dos proprietários” A Polícia Marítima de Lisboa apreendeu esta semana seis embarcações no Estuário do Rio Tejo, na zona do Samouco, por falta de matrícula, o que impossibilitou “a verificação da certificação de segurança, registo e propriedade”. Em comunicado, a Autoridade Marítima Nacional explica que as apreensões aconteceram na passada terça-feira, no âmbito de “uma acção de

fiscalização, dirigida à conformidade e segurança das embarcações”. “Durante esta acção foram detectadas e fiscalizadas diversas embarcações que se encontravam no fundeadouro do Samouco e que não dispunham do conjunto de identificação (matrícula), tendo os elementos da Polícia Marítima apreendido um total de seis embarcações, bem como os

Alcochete

seus motores”, refere a mesma nota. Foram igualmente “elaborados os respectivos autos de notícia”, tendo aos barcos apreendidos “sido transportados para as instalações do Comando-local da Polícia Marítima de Lisboa, onde serão alvo de uma averiguação de registo, com vista à responsabilização dos respectivos proprietários”.

FOTOLEGENDA DR

Concurso para exploração de bar em São Francisco termina hoje Os interessados têm até hoje para apresentar as suas propostas para a exploração do bar da Sociedade Recreativa de São Francisco, quer seja “em mãos, em carta, a entregar a qualquer um dos membros da direcção, ou enviadas para o e-mail soc.rec.sfrancisco@ gmail.com”. As propostas apresentadas “devem frisar

aspectos que o proponente considere relevantes e que promovam o bom funcionamento do bar e o bemestar dos sócios”. A direcção reúne-se amanhã, pelas 21 horas, para abrir as propostas, sendo que “ganhará a que for de encontro àquelas que são as ideias e ideais para a Sociedade Recreativa”.

DIA 5 DE FEVEREIRO

Smooth Soul prometem “boas energias” em sessão no Fórum Cultural Os ‘Smooth Soul’ prometem levar no próximo dia 5 de Fevereiro ao Fórum Cultural de Alcochete um concerto de jazz/funk repleto de “boas energias e boas vibrações”. O quinteto, “composto por João Sanguinheira (baixo eléctrico), Filipe Gonçalves (bateria), Luís Arantes (guitarra), Nuno Tavares (teclados) e Vítor

Carvalho (saxofone), sobe ao palco do equipamento municipal pelas 21h30. Os bilhetes para o concerto têm um custo normal de cinco euros, sendo que para menores de 18 anos o valor desce para os três euros, podendo ser adquiridos no Fórum Cultural, no Posto de Turismo ou na Ticketline. DR

SAMOUCO

Balcão SNS24 disponível a partir de dia 1 na Junta de Freguesia Samouquense José Machado chegou aos quartos de final do mundial de MMA

O samouquense José Machado voou na passada semana para Adu Dhabi, para participar no mundial da IMMAF, tendo chegado aos quartos de final da competição, na categoria de LightWeight. Nesta ronda, disputada na passada quarta-feira, o lutador do Samouco de 22 anos acabou por ser eliminado pelo atleta russo Salamat Isbulaev. Para a sua participação no mundial da IMMAF, José Machado recebeu um apoio financeiro por parte da Câmara Municipal de Alcochete, valor que permitiu também a Rui Morgado, de 23 anos, competir em Adu Dhabi.

A partir da próxima terça-feira, dia 1 de Fevereiro, a Junta de Freguesia do Samouco vai passar a ter à disposição da população o Balcão SNS24, espaço gerido pela autarquia “através de um protocolo entre a Administração Regional de Saúde e os Serviços Partilhados do Ministério da Saúde”. O Balcão SNS24 tem

como objectivo permitir “o acesso e prestação de serviços digitais e de tele-saúde aos cidadãos, através da criação de condições de maior proximidade e redução de barreiras em lidar com os meios técnicos ou mesmo pela sua inexistência”, esclarece a junta de freguesia em nota de Imprensa.


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Opinião

A pandemia e o reforço das competências das autarquias locais

O

poder local democrático, é uma das maiores conquistas do 25 de abril. Decisivo para dotar parte do nosso território de infraestruturas básicas – designadamente ao nível do saneamento – nos primeiros anos da Democracia, ele jogou sempre um papel muito relevante na vida concreta das pessoas – da higiene urbana ao cuidado do espaço público, da Educação ao apoio ao movimento associativo, da cultura ao deporto, passando pela regulação da ocupação do espaço público, do ruído ou do ordenamento do território. Se dúvidas ainda houvesse, a pandemia de covid-19, que há quase dois anos atravessamos, e obrigou o poder político a adotar uma série de medidas para a controlar, veio provar mais uma vez o papel decisivo das autarquias locais. Chamadas desde a primeira hora a intervir, elas estiveram presentes, desde logo nas áreas da saúde e da proteção civil, financiando testes, distribuindo equipamentos de proteção individual, colaborando na logística da vacinação e coordenando ou apoiando outros agentes de proteção civil. Mas também apoiando os que ficaram económica e socialmente mais vulneráveis – p. ex. reforçando a sua intervenção no apoio alimentar, isentando rendas de habitações sociais ou concessões, taxas e tarifas, ou apoiando o comércio tradicional. Isto no contexto de uma exigência crescente dos cidadãos, propiciada pela comparação com os exemplos de autarquias congéneres – que os meios de comunicação modernos franquearam, e não deixa se ser positiva para a Democracia. Ao contrário do que por vezes se pensa, as Câmaras e as Assembleias Municipais, por uma banda, e as Juntas e as Assembleias de Freguesia, por outra, não são uma espécie de “delegação PUBLICIDADE

OPINIÃO Ricardo Bernardes

Há quem ainda pense que tudo deveria ficar melhor como está, e que ao poder local caberá exercer os seus poderes “clássicos” e reivindicar do Estado que resolva o resto local” do poder público na circunscrição territorial a que se reportem, com poder de ação, nessa escala, sobre todas as áreas da vida coletiva. Elas são entidades que só têm competências em áreas específicas, se lhes tiverem sido dadas por leis prévias. E é só nessas

áreas que podem atuar – por muito relevantes que outras sejam. Por isso, a pandemia – inserindo-se num contexto mais amplo de maior exigência dos cidadãos face ao papel das autarquias locais – veio colocar o desafio do reforço das competências e dos meios de intervenção destes organismos. Gizado pela Lei n.º 50/2018, o processo de transferência de competências do Estado para as Autarquias Locais, atualmente em curso, aponta claramente nesse sentido, alargando a esfera de intervenção de municípios e freguesias (estas últimas por delegação daquelas primeiras) em domínios muito relevantes como a saúde, a educação ou a ação social. Há, por certo, quem ainda pense que tudo deveria ficar melhor como está, e que ao poder local caberá exercer os seus poderes “clássicos” e reivindicar do Estado que resolva o resto. Não creio que essa maneira de ver as coisas corresponda às expectativas dos cidadãos: se há lição que retiramos da pandemia, é que é preciso aprofundar as possibilidades de intervenção das autarquias e os seus meios de ação – não só financeiros e materiais, mas também humanos, permitindo dotar os seus serviços de trabalhadores qualificados, em linha com a crescente complexidade do serviço público. É por isso que este processo de transferência de competências veio em boa hora e deve mesmo ser reforçado – em diálogo com os atores locais e eventualmente em ritmos diferenciados, se as especificidades de alguns deles assim o impuserem. Só desta forma se responderá melhor às necessidades e aos anseios dos cidadãos. Docente universitário, membro da Assembleia Municipal do Montijo e ex-vereador

Gonçalo Naves

A compra do amor: memórias da clássica

N

esta quinzena consigo a exigente proeza de resistir a escrever sobre as dinâmicas políticas, as da atualidade e as futuras, e estranhamente sinto uma predisposição para invocar alguns professores que tive na FDUL, vulgo Clássica, escola de muitos ensinamentos intelectuais e de parcas – mas decisivas – lições emocionais. Recordo-me da minha professora de Direito da Família, provavelmente a cadeira que com maior veemência desgostei. No entanto, e para, como por lá se exigia, ser nesta sede rigoroso, não é exatamente a professora que venho lembrar, mas sim as frases que disse numa memorável aula que decorreu em maio, num fresco e aberto maio. A referida, de profissão notária e de vocação professora, como dizia, quebrou a certo momento um silêncio longo com um reto e pontiagudo diagnóstico, em abstrato sem contexto e que para muitos se afigurou ardiloso: “Os meus alunos nunca se esqueçam desta frase da vossa professora de Família. Nos adultos, a generalidade das relações amorosas têm somente um móbil: o dinheiro que os atuais ou futuros cônjuges têm ou podem vir a ter.”. Eu, que uns meses depois me viria a deparar com a deliciosa, rara e à data incógnita leitura de “As mãos sujas”, de Sartre, viria assim a compreender, com os devidos e naturais retroativos efeitos, que ao dia daquela aula de Família padecia de uma condição que sem prejuízo de na juventude não ser rara, era já menos comum quando em comparação com os meus colegas: o idealismo. A vida foi-se desenrolando e perante certos solavancos recordo-me com alguma frequência da minha professora de Direito da Família – ou só de Família, como se dizia -, da sua imagem invernosa e distante, do que avançou solene naquela solarenga e quase exótica manhã de maio e sobretudo do que deixou

em nuvem, no ar, pairando, pingando sobre os alunos que acharam naquela sua retórica um entrave ao utopismo que procuravam semear. Pergunto-me se ainda permanecerá atrás da secretária, de pé e curvada, com os nós dos dedos apoiados sobre a mesa e a prosseguir no processo de fuzilamento dos sonhos dos novos alunos: “Reparem, se quiserem comprar amor podem fazê-lo de várias maneiras diferentes, vejam”, e de seguida entrando de fininho na sala a professora de Obrigações para concretizar a diferença entre as prestações em espécie e em dinheiro: “As obrigações podem ser em espécie ou em dinheiro. Aquelas podem ser pagas, por exemplo, com uma mala ou umas botas, e estas em numerário, título de crédito ou transferência bancária”. No fim da aula, e para fechar o sumário, recordo-me da minha professora de Direito Internacional Privado, mulher bondosa e talvez a única que represento com verdadeira saudade: “Se vocês forem brasileiros, um dos vossos amantes ricos for, por exemplo, porto-riquenho e se se encontrarem nos Estados Unidos, qual é a lei aplicável?”. No entanto, e sem prejuízo de no meio de tudo nunca me perder no duro mas inevitável processo de destruição do nosso romantismo, a derradeira lição que invoco hoje mesmo, antes de subir, é a do professor Tiago, que lecionava Direitos Reais, um homem que tinha sistemática e melancolicamente o fundo dos olhos cheios de chuva e que no fim de uma tarde de sexta-feira, às seis horas e depois de nos entregar as duríssimas frequências do semestre, olhou pela janela um avião que acabava de descolar e sobrevoava o Campo Grande: “Não se esqueçam. No Direito, estudar muito. Na vida, separar o trigo do joio.” Tinha razão, senhor professor, tinha razão. Jurista e vereador independente em Sines


28 de Janeiro de 2022 O SETUBALENSE 39 PUBLICIDADE

JÚLIO PADUA (1932 – 2022) Participação de Missa de 7º Dia A funerária Armindo lamenta informar o falecimento de Júlio Padua. A família vem por esta via comunicar que no dia 28/01/2022 se realizará a missa de 7º dia na Igreja de São Paulo pelas 19 horas. agradecer a todas as pessoas que se dignaram a estar presente ou que, de qualquer outra forma, manifestaram as suas condolências.

MARIA ISABEL MARQUES GUERREIRO FIDALGO (1956 – 2022)

Você sabia? ... que um funeral de

Participação e Agradecimento

cremação, considerando todos os custos envolvidos, é tipicamente mais barato que o funeral para sepultura?

A funerária Armindo lamenta informar o falecimento de Maria Isabel Marques Guerreiro Fidalgo. A família vem por esta via agradecer a todas as pessoas que se dignaram a acompanhar o funeral ou que, de qualquer outra forma, manifestaram as suas condolências.

Necrologia

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Classificados

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FALECEU A 26/01/2022

MERCÊDES MARTINEZ AMANTE DA CONCEIÇÃO RODRIGUES PARTICIPAÇÃO E AGRADECIMENTO

Seu esposo, sobrinhos e restante família, têm o doloroso de ver de participar o falecimento da sua ente muito querida e informam que o funeral se realiza amanhã, sábado dia 29/01/2022 às 13.45 Horas, no Crematório de Setubal, pelo que agradecem desde já a todos quantos se dignarem acompanhá-la na sua última morada, bem como aos que das mais diversas formas lhes manifestarem pesar.

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1747

Nos termos do artigo 32.º dos Estatutos da Associação Particular de Solidariedade Social da ACISTDS, convoco a Assembleia-Geral da Associação, a realizar no dia 16 de Fevereiro de 2022, na sede da Associação, sita na Praça Luís de Camões, n.º 11, 2840-488 Seixal, com início às 19.00 horas e com a seguinte ordem de trabalhos: ORDEM DE TRABALHOS PONTO ÚNICO – Eleição dos Órgãos Sociais da Associação para o quadriénio 2022-2026. Notas: i. Se à hora designada não se verificar a presença de mais de metade dos associados efetivos, a AssembleiaGeral constituir-se-á meia hora depois com qualquer número de associados (n.º1 do artigo 27.º dos Estatutos). ii. Face ao período de pandemia que se atravessa devido à COVID-19 e dando cumprimento às regras impostas pela Direção-Geral da Saúde (DGS), para que estejam todos devidamente protegidos, o uso de máscara é obrigatório, bem como a desinfeção das mãos à entrada da Assembleia. iii. As Candidaturas deverão ser apresentadas através de lista para os Órgãos Sociais. Seixal, 28 de Janeiro de 2022 O Primeiro Outorgante da Escritura Pública de Constituição da Associação Isaú Alves Fialho da Maia


04:47 ~ 1.2 m ~ Baixa-mar 11:04 ~ 2.8 m ~ Preia-mar 17:18 ~ 1.1 m ~ Baixa-mar 23:38 ~ 3.0 m ~ Preia-mar

ALMADA

04:43 ~ 1.2 m ~ Baixa-mar 11:02 ~ 2.8 m ~ Preia-mar 17:17 ~ 1.1 m ~ Baixa-mar 23:35 ~ 3.0 m ~ Preia-mar

SESIMBRA

05:09 ~ 1.1 m ~ Baixa-mar 11:30 ~ 2.9 m ~ Preia-mar 17:43 ~ 1.1 m ~ Baixa-mar

SINES

SETÚBAL TRÓIA

MARÉS

05:07 ~ 1.1 m ~ Baixa-mar 11:39 ~ 3.0 m ~ Preia-mar 17:40 ~ 1.0 m ~ Baixa-mar

FICHA TÉCNICA REGISTO DE TÍTULO n.º 107552 | DEPÓSITO LEGAL n.º 8/84 PROPRIETÁRIO Outra Margem – Publicações e Publicidade, NIF 515 047 325 (detentores de mais de 10% do capital social: Gabriel Rito e Carlos Bordallo-Pinheiro) Sede do proprietário: Travessa Gaspar Agostinho, 1, 1.º, 2900-389 Setúbal EDITOR Primeira Hora – Editora e Comunicação, Lda, NIF 515 047 031 (Detentores de mais de 10% do capital social: Setupress Lda, Losango Mágico, Lda, Carla Rito e Gabriel Rito) Sede do Editor Travessa Gaspar Agostinho,1, 1.º, 2900-389 Setúbal Conselho de Gerência Carla Rito, Carlos Dinis Bordallo-Pinheiro, Gabriel Rito e Carlos Bordallo-Pinheiro REDACÇÃO Travessa Gaspar Agostinho, 1, 1.º, 2900-389 Setúbal DIRECTOR Francisco Alves Rito Redacção Mário Rui Sobral, Humberto Lameiras, Maria Carolina Coelho; Desporto Ricardo Lopes Pereira, José Pina Departamento Administrativo Teresa Inácio, Branca Belchior PUBLICIDADE Direcção Comercial Carla Sofia Rito, Carlos Dinis Bordallo-Pinheiro Coordenação Ana Oliveira (Setúbal), Carla Santos (Moita e Barreiro) Publicidade Lina Rodrigues, Rosália Batista, Célia Félix IMPRESSÃO Tipografia Rápida de Setúbal, Lda - Travessa Gaspar Agostinho, 1, 1.º, 2900-389 Setúbal geral@ tipografiarapida.pt DISTRIBUIÇÃO VASP - Venda Seca, Agualva - Cacém Tel. 214 337 000 Tiragem média diária 9000 exemplares Estatuto Editorial disponível em www.osetubalense.com


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