O Setubalense, o seu diário da região nº 776 de 31 de Janeiro de 2022

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Maioria absoluta PS em Setúbal e no País Socialistas conseguem vitória histórica com 45% no distrito, devendo chegar aos 10 deputados.

CDU e BE com derrota pesada perdem um mandato.

Chega e IL elegem um deputado cada p2, 3 e 4

Eurídice Pereira PS

Jorge Sanches PS

António Mendes PS

Maria Almeida PS

André Pinotes PS

Clarisse Campos PS

Ana Catarina João Mendes Cravinho PS PS

Fernando José PS

Ivan Gonçalves PS

O SEU DIÁRIO DA REGIÃO SEGUNDA-FEIRA, 31 DE JANEIRO DE 2022 PREÇO 0,80€ | N.º 776 | ANO III | 5.ª SÉRIE

DIRECTOR FRANCISCO ALVES RITO

Nuno Carvalho PSD

Fernando Negrão PSD

Paula Santos CDU

Bruno Dias CDU

CONVENTO DE JESUS Última fase das obras de recuperação arranca em Fevereiro p7

Futebol Vitória empata (1-1) com o Real no Bonfim para a Liga 3 p14 Comércio Indústria goleia (5-1) Alfarim em Setúbal p15

Fernanda Velez PSD

BISPO D. José Ornelas vai para Fátima com Setúbal no coração p6

Bruno Nunes CHEGA

Joana Mortágua BE

Joana Cordeiro IL

Ensino diferenciado começa a ‘dar frutos’ na Escola da Boa Água p12 e 13

COVID 19 Cais 3 aplicou 250 mil vacinas em 11 meses p8 PUBLICIDADE

2 O SETUBALENSE 31 de Janeiro de 2022

Legislativas

TRIUNFO ARRASADOR

PS amplia hegemonia no distrito com marca histórica DR

Os socialistas venceram pela primeira vez com mais de 45% dos votos.

Chega e IL elegeram.

CDU, BE e PAN perdem eleitos Mário Rui Sobral O PS reforçou a hegemonia no Distrito de Setúbal com a nona vitória consecutiva em legislativas. E até ao fecho desta edição estava à beira de poder fazer história, a lutar pela conquista de um inédito décimo mandato de entre o total de 18 eleitos por este círculo.

Desde que se estrearam a vencer por Setúbal, em 1995, os socialistas não mais conheceram outro resultado. E neste domingo, na região, o PS, no mínimo, manteve os nove deputados que tinha ou terá até ultrapassado esse histórico alcançado por duas vezes: em 2019 e 1995. O triunfo tão esmagador quanto traumatizante para as principais forças políticas adversárias foi o maior de sempre em termos percentuais (acima dos 45%) e poderá também ter superado o máximo de votos – 194.313 registados em 1995.

As surpresas foram protagoniza-

António Costa alcançou um dos maiores triunfos do PS

das à direita. Chega e Iniciativa Liberal (IL) foram os outros vencedores da noite, estreando-se a eleger por

Setúbal. O partido liderado por André Ventura cresceu cerca de 7% e conseguiu 1 a 2 deputados; os libe-

rais subiram quatro pontos percentuais (1 mandato).

O PSD foi o segundo partido mais votado e manteve os três eleitos que trazia de 2019: passou de 14,19% para mais de 16%.

Os grandes derrotados da noite foram o Bloco de Esquerda (BE), a CDU e o PAN. Nos antípodas do PS, a CDU – que há dois anos havia igualado o seu pior resultado de sempre no distrito – estabeleceu agora um novo mínimo histórico ao baixar de 15,75% para cerca de 10%, o que se traduz em 2 deputados (perdeu um). Com quebra idêntica – também superior a 5% –, o BE viu o resultado de 2019 ficar reduzido a cerca de metade (agora não atingiu os 6%) e passou de 2 para 1 eleito. E os animalistas – que foram a principal surpresa há dois anos – perderam o único deputado então conseguido por este círculo. À esquerda, o Livre com cerca de 1,4% foi o único partido (a par dos socialistas), a subir. Um aumento, porém, muito residual, de escassas décimas.

Já o CDS, que vinha de uma queda vertiginosa em 2019, não conseguiu inverter a tendência e ficou a reduzido à expressão mínima de pouco mais de 1% dos votos (tinha registado 2,96% nas eleições anteriores).

A abstenção baixou para pouco mais de 41%.

Ana Catarina Mendes, cabeça-delista do PS, não apenas segura a eleição de nove deputados como deve chegar ao 10.º mandato

PS reforça maioria no distrito de Setúbal O PS reforçou a votação no Distrito de Setúbal comparativamente com as legislativas de 2019. Até ao fecho da edição, tudo apontava para conseguir eleger entre 9 a 10 deputados, portanto, com a possibilidade de eleger mais um que nas anteriores legislativas. Com o nome de Ana Catarina Mendes a ser registado como primeira eleita, como deputada, à Assembleia da República pelo círculo eleitoral de Setúbal, cedo se percebeu que os socialistas iriam somar votos e eleitos, e voltavam a liderar como força política no distrito. Isto num registo em que tudo aponta que, a nível nacional, de forma algo inesperada, o PS deverá conseguir chegar à maioria absoluta, com os votos da emigração.

PAÍS

António Costa capitaliza com a crise política e esmaga partidos da ‘geringonça’ Francisco Alves Rito António Costa saiu reforçado das eleições de ontem, com os eleitores a darem ao PS uma vitória provavelmente absoluta, e a penalizarem BE e CDU, as duas forças políticas que integravam a ‘geringonça’. O PS subiu seis pontos percentuais, de 36% em 2019, para cerca de 42%.

A margem expressiva do triunfo

socialista, muito acima daquilo que as sondagens mais recentes indicavam, acabou por ser a surpresa da noite eleitoral, confirmando a ideia de que os portugueses responsabilizam mais comunistas e bloquistas, pela não aprovação do Orçamento do Estado 2022, do que o PS. O PSD de Rui Rio aumentou a votação, relativamente às eleições anteriores, mas de forma quase residual, somando apenas cerca de mais um

ponto, de 27% para perto dos 28%.

O BE sofreu um enorme tombo, caindo do terceiro para o quinto lugar, sendo ultrapassado pelo Chega e pela Iniciativa Liberal (IL). Dos 9,5% que obtiveram em 2019, os bloquistas perderam cerca de metade, ficando agora nos 4,4%.

A CDU sofreu a sua pior derrota em eleições legislativas, tendo passado do quarto para o sexto lugar. Baixou de 6% para cerca de 4,3%. Apesar

da forte queda eleitoral, o secretário-geral do PCP mostra vontade de influenciar a governação e deixa a porta aberta a um entendimento com António Costa. “O PS tem a opção de se entender com o PSD ou de convergir à esquerda, com a CDU”, disse Jerónimo de Sousa ontem à noite. O líder comunista reconheceu o “retrocesso eleitoral”, mas garantiu que o PCP não desiste. “As derrotas nunca nos tombam”, atirou.

Com a redução da votação na CDU, o Partido Ecologista ‘Os Verdes’ deixou de ter deputados na Assembleia da República, onde tinha dois eleitos, incluindo José Luís Pereira por Setúbal.

O Chega, de André Ventura, afirmou-se como terceira força partidária, com mais de 7% dos votos.

A IL saltou para o quarto lugar, ficando à beira dos % e deixando para trás BE e CDU.

31 de Janeiro de 2022 O SETUBALENSE 3

Alcochete foi o concelho com menor abstenção

Alcochete foi o concelho que registou menor taxa de abstenção: 33,70% – o que equivale a dizer que 66,30% dos eleitores deste concelho exerceram o direito de voto.

No distrito, apenas noutro concelho, Barreiro, foi

ultrapassada a barreira de 60% de votantes (60,40%), o que se traduz numa taxa de abstenção de 39,60%.

Nos restantes concelhos do distrito registaram-se os seguintes valores de abstenção: Seixal (40,56%),

Bruno Nunes garante lugar e o partido fica muito próximo da eleição do segundo nome da lista

Moita (40,73%), Almada (40,75%), Sesimbra (42,19%), Alcácer do Sal (42,22%), Palmela (42,25%), Santiago do Cacém (43,06%), Montijo (43,67%), Setúbal (43,68%), Grândola (44,07%) e Sines (50,00%).

Nuno de Carvalho, assim como Fernando Negrão e Fernanda Velez foram eleitos para novo mandato na Assembleia da República

Paula Santos, assim, como Bruno Dias, garante reeleição mas a CDU perde um deputado na região

PSD ultrapassa CDU no 2.º lugar

CDU perde Chega ‘morde’ deputado do PEV lugar da CDU

BE cai para menos Iniciativa Liberal de metade estreia-se

PSD elege três deputados, os mesmo que tinha na legislatura anterior, e consegue posicionar-se como a segunda força política no distrito.

Os social-democratas ficam longe da percentagem conseguida pelos socialistas, mas conseguem levantar a bandeira como segunda força política mais votada no Distrito de Setúbal, tendo ultrapassado a CDU, e eleger três deputados à Assembleia da República e reforçar a votação.

Nas legislativas de 2019, o PSD conseguiu 14,39%, correspondendo a mais de 56 mil votos, e nas eleições de ontem, ainda antes de terem fechado todas as freguesias, já atingia os 16,39 %, com 68 mil votos. Uma subida superior a dez mil votantes.

Embora não possa falar de vitória, o partido laranja pode afirmar que ultrapassou a CDU quase em 7%, arredando os comunistas para o terceiro lugar no distrito.

A CDU desce para ser a terceira força política do Distrito de Setúbal. Perde votos e um deputado, do Partido Ecologista 'Os Verdes', e vê o PSD passar-lhe à frente A coligação PCP/PEV é mais uma força de esquerda ‘abafada’ pelo PS e viu-se ultrapassada pelo PSD, caindo para o terceiro lugar e a perder uma considerável percentagem de votos. Elegeu Paula Santos e Bruno Dias, que já eram deputados na anterior legislatura.

Em 2019 , a CDU obteve a confiança de mais de 62 mil eleitores, atingindo uma percentagem de 15,75 e elegendo três deputados.

Agora terá ficado na casa dos 9,90%. Perdeu cerca de 20 mil votos apesar de a abstenção ter sido menor e de terem votado mais pessoas nestas eleições.

O Bloco de Esquerda é um dos partidos que fica mais fragilizado nestas legislativas. Nas anteriores eleições, no distrito ficou em quarto lugar e elegeu dois deputados à Assembleia da República, agora caiu para o quinto posto, bem atrás do Chega, e a pouco mais de mil votos de distância da Iniciativa Liberal.

Nas anteriores legislativas, os bloquistas elegeram dois deputados, alcançando 12,11% dos votos, com quase 48 mil votos, agora, até à hora de fecho da edição de O SETUBALENSE, tinham conseguido 5,76%, com cerca de 24 mil votos.

Uma queda superior a 50% que faz desta a maior derrota eleitoral do BE na região e no País.

Joana Mortágua consegue a reeleição mas Diana Santos, segundo nome da lista, fica pelo caminho.

Partido de André Ventura ultrapassa Bloco de Esquerda e consegue eleger pela primeira vez no distrito.

O partido de André Ventura salta do sétimo lugar em 2019 para ser o quarto partido mais votado no Distrito de Setúbal, passando à frente do Bloco de Esquerda e a ‘morder’, em percentagem, a CDU, praticamente na mesma casa dos 9% alcançados pelos comunistas. Pode erguer-se como uma quase vitória, e revela-se uma das surpresas, pelo número de votos alcançados nestas legislativas e eleger um deputados, quase a chegar ao segundo.

Em 2019 o Chega atingiu uma percentagem de 1,93%, com 7 643 votos, não tendo elegido nenhum deputado, o que revela agora uma subida eleitoral bastante significativa, de mais de 7%.

Joana Mortágua passa a ser deputada única do Bloco de Esquerda pelo Distrito de Setúbal

Joana Cordeiro, gestora de marketing, na área dos seguros, que nasceu em Lisboa e cresceu entre Almada e o Seixal, chega ao Parlamento à segunda tentativa

A Iniciativa Liberal (IL) estreia-se na eleição pelo distrito de Setúbal, garantindo a entrada de Joana Cordeiro na Assembleia da República. Os liberais conseguiram mais de 5% dos votos no círculo eleitoral, garantindo a sexta posição entre os maiores partidos pela região.

Com este resultado a IL ultrapassa o PAN, que em 2019 tinha conseguido um mandato, e deixa o CDS-PP, que tradicionalmente elegia um deputado por Setúbal, a grande distância.

A IL tinha obtido 1,7% em 2019, com quase quatro mil votos, e agora mais do quadruplicou o resultado em votos, ultrapassando os 21500. Boa parte dos votantes dos liberais vieram do CDS-PP com os centristas a perderem mais de metade dos votos.

Em 2019, o CDS-PP teve 2,99%, com 11449 votos, e ontem ficou-se pelos 1,13%, obtendo somente cerca de 4800 votos.

DIFERENÇA DE PERTO DE 1% DOS VOTOS

Chega agarra um mandato pelo distrito e quase ‘destrona’ CDU do terceiro lugar Maria Carolina Coelho O Chega conseguiu na corrida eleitoral de ontem agarrar um dos 18 mandatos atribuídos pelo Distrito de Setúbal, ao dar um significativo salto do sétimo para o quarto lugar. O partido, ao obter cerca de 9% dos votos, ficou muito próximo de ‘destronar’ a CDU, que arrecadava até ao fecho desta edição perto de 10%, do pódio.

Estes resultados traduzem-se em mais de 30 mil votos no Chega comparativamente a 2019, ano em que 7 409 eleitores (1,94%) votaram no partido. Já a CDU, que nas eleições de há três anos recebeu 59 166 votos (15,47%), perdeu perto de 17 500 votos.

Em cinco dos 13 concelhos do distrito, o partido liderado por André Ventura conseguiu até ultrapassar a Coligação Democrática Unitária.

Exemplo disso é o concelho de Setúbal, no qual o Chega conseguiu 9,03%, uma diferença de 0,35% para a coligação PCP-PEV, que arrecadou 8,68%.

Em 2019 o Chega obteve no concelho sadino 1,79% (965 votos), resultado distante dos 13,31% (7 190 votos) alcançados pela CDU no mesmo ano. Também no concelho vizinho de Palmela o partido afirmou-se como a terceira força política, ao arrebatar 3

319 votos (10,18%), e ultrapassou os comunistas, que atingiram os 2 860 votos (8,77%).

Em território montijense a subida do Chega foi igualmente evidente, ao passar de um sétimo lugar em 2019, com 2,64%, para o terceiro, alcançado com 11,41%. No concelho do Montijo, a CDU, com 6,16%, foi ontem não só ultrapassada pelo partido que tem como líder André Ventura, como também pela Iniciativa Liberal,

com 6,88%.

Em Alcochete, por sua vez, o Chega conquistou 980 votos, o que simboliza 9,67%, enquanto a CDU desceu dos 13,53%, obtidos em 2019, para os 8,37%. Foi também em Sesimbra que o Chega se ‘instalou’ no terceiro lugar, uma vez que passou dos 2,70% (609 votos), obtidos há três anos, para a casa dos doze pontos percentuais (12,02%), mais do que quadruplicando o número de votos (3 152).

4 O SETUBALENSE 31 de Janeiro de 2022

Legislativas 2022 Distrito

PS pode chegar aos 10 deputados eleitos pelo Distrito de Setúbal (à hora de fecho desta edição faltava apurar uma freguesia, na Moita), resultado que nunca tinha alcançado.

CDU, BE e PAN são penalizados com perda de um mandato. Chega, que pode chegar aos dois eleitos, e IL, que elege um, são surpresas na região

45,50 %

PS

9/10 MANDATOS

16,39 %

PSD

3

9,90 %

CDU

2

9,05 %

CHEGA

1/2

BE

5,76 %

IL

5,22 %

PAN

1 1

Setúbal

2,01 %

LIVRE

1,43 %

CDS

1,13 %

0

BE

0

IL PAN LIVRE

Alcochete 51,70 %

PS

17,35 % 11,14 %

CDU PSD

6,71 % 4,08 %

CHEGA BE IL PCTP CDS PAN

BE

1,17 % 0,81 %

PAN LIVRE

44,12 % 16,18 % 14,97 %

CDU PSD

8,57 % 5,34 %

CHEGA BE

LIVRE

PAN

1,18 % 1,03 %

CDS LIVRE

43,55 % 18,37 % 12,19 %

PSD CDU

8,01 % 5,95 %

CHEGA BE

PAN LIVRE

CDS

3,80 % 1,32 % 1,23 % 1,04 %

46,68 % 13,28 % 11,18 % 10,69 % 6,55 %

BE IL

1,81 % 1,13 %

LIVRE CDS

41,60 %

PAN LIVRE

46,00 % 15,79 % 9,86 %

PSD CDU

9,45 % 5,39 %

CHEGA BE IL PAN LIVRE CDS

5,37 % 2,19 % 1,29 % 1,10 %

BE IL PAN

1,47 % 1,34 %

43,49 % 16,23 % 12,02 % 8,14 % 5,70 %

CDU BE

CDS

5,25 % 1,96 % 1,59 % 1,12 %

Sines

CHEGA

LIVRE

8,77 % 6,36 %

CDU

LIVRE CDS

PSD

IL

17,12 % 10,18 %

PSD

5,08 % 2,09 %

PS

PAN

43,21 %

CHEGA

6,88 % 6,16 %

Sesimbra PS

1,32 % 0,80 %

PS

20,63 % 11,41 %

PSD CHEGA

CDS

3,55 % 1,77 %

Palmela

CDU

1,15 % 1,14 %

7,42 % 5,45 %

CHEGA

PAN

PS

BE

PSD

5,87 % 2,24 %

IL

3,75 % 1,84 %

13,82 % 11,16 %

CDU

7,42 % 5,99 %

Montijo

Seixal

PS

IL

IL

51,45%

PS

17,48 % 9,07 %

PSD CDU

PAN

PS

IL

45,68 %

PS

LIVRE

CDU PSD

Barreiro

BE

1,79 % 1,63 %

BE

3,55 % 1,28 %

1,43 % 1,15 %

CHEGA

4,64 % 1,83 %

CHEGA

Santiago do Cacém

CDS

8,37 % 6,82 %

Moita (1 freguesia por apurar)

PS

PAN

21,70 % 9,67 %

PSD CHEGA IL

Grândola

IL PCTP

40,30 %

PS

CDS

5,52 % 1,98 %

Almada

CDU

2,13 % 1,41 %

8,68 % 6,17 %

CDU

CDS

Alcácer do Sal

17,98 % 9,03 %

PSD CHEGA

DISTRITO 40,73 %

ABSTENÇÃO

44,58 %

PS

0

5,43 % 2,17 % 1,35 % 1,13 %

46,35 %

PS

15,81 % 10,13 %

PSD CDU

9,37 % 6,23 %

CHEGA BE IL PAN LIVRE CDS

3,77% 1,65 % 1,37 % 1,17 %

31 de Janeiro de 2022 O SETUBALENSE 5

6 O SETUBALENSE 31 de Janeiro de 2022

Setúbal

NOMEAÇÃO CONFIRMADA

D. José Ornelas vai para Leiria-Fátima com a Diocese sadina no coração ALEX GASPAR

A 28 de Janeiro o órgão oficial da Santa Sé publicou a “Rinunce e Nomine” sobre a transferência ordenada pelo Papa Francisco Humberto Lameiras O Bispo de Setúbal, D. José Ornelas, foi na sexta-feira nomeado pelo Vaticano como novo Bispo da Diocese de Leiria-Fátima, substituindo o cardeal D. António Marto, que renunciou ao cargo por motivo de idade. Confirma-se assim a notícia avançada em primeira mão por O SETUBALENSE, na passada segunda-feira, dia 24.

A 28 de Janeiro, o “Bollettino Sala Stampa Della Santa Sede” publicou a “Rinunce e Nomine” onde refere que “O Santo Padre aceitou a renuncia à pastoral da Diocese de Leiria-Fátima apresentada por Sua Eminência o Cardeal António Augusto dos Santos Marto”. O mesmo documento acrescenta que o Papa Francisco “nomeou Bispo da Diocese de Leiria-Fátima D. José Ornelas Carvalho, transferindo-o da Diocese de Setúbal”.

O actual presidente da Conferência Episcopal Portuguesa assumirá assim o novo cargo a 13 de Março, continuando até essa data nas funções de administrador diocesano em Setúbal. Sobre o nome de quem irá tomar o lugar de D. José Ornelas, o próprio Prelado indicou a O SETUBALENSE que esse processo vai começar na data em que “deixar definitivamente a Diocese de Setúbal para ser Bispo de Leiria-Fátima”. Durante o hiato até à escolha do novo Bispo da Diocese, afirma que “ninguém fica abandonado”, uma vez que “a Igreja tem processos para isso”.

“Foi aqui que aprendi a ser bispo” No mesmo dia em que foi publicada a “Rinunce e nomine”, D. José Ornelas, 68 anos, comentou também a O SETUBALENSE que guarda "boa

D. José Ornelas diz que a Península de Setúbal tem de se manter firme

memória" pelos tempos que passou na Diocese de Setúbal, e pelas “gentes” que foi aprendendo a “admirar e a colaborar”, e acrescenta: “Ficou-me grandíssima gratidão com todos nesta minha passagem pela Diocese da

Península de Setúbal. Foi algo muito bonito, e com o Dom de Deus, que agradeço e que levo”.

E continua: “Foi aqui que aprendi a ser bispo”. Ao mesmo tempo, refere o ganho de experiência da Igreja na

península “com um povo que sabe colaborar e é franco na maneira de viver e de se comportar”, são razões que o levam ainda a afirmar: “Levo-o no coração, e fica-me como uma referência para a vida”.

Como mensagem para o território da Diocese, e não só, o Prelado manifesta o desejo de que o caminho da Igreja “se continue a desenvolver no caminho que está a fazer”, no sentido da “solidariedade, escutar e dialogar com a sociedade” para que esta “se abra” porque “tem uma semente e um projecto”.

Dirigindo-se mais concretamente à Península de Setúbal, D. José Ornelas deixa como palavra que esta, que tem “experimentado ciclos difíceis”, continue com “capacidade de renovação e empenho para construir o futuro”.

E vinca: “É preciso nunca deixar cair os braços”, porque “o Mundo precisa de iniciativas”.

Este sentimento de fé e carinho pela Diocese de Setúbal, revela D. José Ornelas que o expressou, por carta, ao Papa Francisco, onde também refere a nova missão que lhe foi confiada em Leiria-Fátima. “Saio daqui com saudade, mau seria que a não sentisse. Na carta que escrevi ao Papa, disse-lhe: parto daqui triste, mas não vou triste. Vou, a minha atitude sempre foi essa, livre e disponível para trabalhar onde Deus chama”.

Foi este mesmo sentido que, a 25 de Outubro de 2015, precisamente 40 anos depois, menos um dia, da ordenação do primeiro Bispo de

Setúbal, D. Manuel Martins, que expressou quando tomou posse aceitando o pedido do Papa para vir para a Diocese de Setúbal. Aliás, não foi propriamente um pedido.

Um Estado laico numa sociedade laica

Em 2019, na edição do 164.º aniversário de O SETUBALENSE, em entrevista, D. José Ornelas lembrava que antes de ter sido nomeado Bispo de Setúbal planeava ir para Angola, e disso deu conhecimento ao Papa.

“Francisco disse-me: não te mando, mas peço-te que vás para Setúbal”, portanto, “não havia plano B”. A explicação do Santo Padre foi que “o modelo que se pretende da Igreja na Europa está menos desenvolvido do que em África, na Ásia, e nas Américas. O laicismo tipicamente europeu não é regra, para bem e para mal”.

O Bispo, na altura (2019), admitia que a Diocese de Setúbal estava a passar por uma quebra de fiéis, mas que, no entanto, estava a crescer, assumia que gostava de “um Estado laico numa sociedade laica, mas não anti-religiosa porque isso não é inteligente. Gosto de uma sociedade que busca sempre caminhos. Mas admito que haja outras visões, e é com essas visões que vamos construir um caminho comum”. É essa ideia de caminho comum que levará, por certo, para a Diocese de Leiria-Fátima. E na sua mensagem expressou que convida “todos a construir um mundo melhor”.

2015 Tinha o olhar em África quando foi nomeado para Setúbal Bispo da Diocese de Setúbal durante seis anos, D. José Ornelas foi o terceiro bispo da diocese que abarca a península, tendo sucedido a D. Gilberto Canavarro dos Reis, que por sua vez ocupou esta missão depois de D. Manuel Martins, ambos tendo exercido até renúncia por limite de idade.

D. José Ornelas Carvalho nasceu a 5 de Janeiro de 1954, no Porto da Cruz, Madeira, tendo

feito a sua formação religiosa na Congregação dos Sacerdotes do Coração de Jesus (Dehonianos).

Foi ordenado padre na sua terra natal, a 9 de Agosto de 1981.

Especialista em Ciências Bíblicas, com o grau de doutor em Teologia Bíblica pela Universidade Católica Portuguesa, foi docente desta instituição académica entre 1983-1992 e 1997-2003.

Foi superior da Província Portuguesa dos Sacerdotes do Coração de Jesus, cargo que assumiu a 1 de Julho de 2000, e eleito superior geral dos Dehonianos a 27 de Maio de 2003, cargo que ocupou até 6 de Junho de 2015.

Após estes mandatos, D. José Ornelas Carvalho, que tinha sido indigitado, a seu pedido para uma missão em África, viu o Papa

Francisco nomeá-lo Bispo de Setúbal, a 24 de Agosto de 2015, tendo a sua ordenação episcopal acontecido a 25 de Outubro do mesmo ano, na Catedral da Diocese sadina, onde tomou posse. Em Junho de 2020 foi eleito presidente da Conferência Episcopal Portuguesa, e, agora, a 28 de Janeiro de 2022, o Santo Padre nomeou-o Bispo da Diocese Leiria-Fátima.

31 de Janeiro de 2022 O SETUBALENSE 7

Música erudita de regresso à cidade com Sónia Pereira, João Malha e Niraj

O Atelier de Ópera de Setúbal volta ao Convento de Jesus no próximo sábado, 5, pelas 11h30, para realizar mais um concerto de música erudita.

O espectáculo estará a cargo da soprano Sónia Pereira e do pianista João Malha e, desta vez,

contará ainda com a participação especial de Niraj Singh, na execução de tabla.

O concerto integra-se no ciclo Convento Convida, que acontece todos os sábados na Igreja do Convento de Jesus.

Os ingressos para assistir ao

espectáculo custam 5 euros e estão à venda no Museu de Setúbal/Convento de Jesus.

Os interessados podem consultar mais informações através de conventoconvida@ mun-setubal.pt.

INVESTIMENTO SUPERIOR A 2,2 MILHÕES DE EUROS

Obras no Convento de Jesus entram na recta final com última fase a arrancar em Fevereiro DR

Empreitada tem como objectivo a “beneficiação e o alargamento da área expositiva” e um prazo de execução de 420 dias Maria Carolina Coelho O projecto de requalificação do Museu de Setúbal/Convento de Jesus está prestes a entrar na recta final, com a terceira e última fase da obra, avaliada em mais de 2,2 milhões de euros, a arrancar no início do mês de Fevereiro.

A empreitada, adjudicada à empresa Alexandre Barbosa Borges, S.A. / Nicolau de Macedo, S.A., tem como principal objectivo a “beneficiação e o alargamento da área expositiva do equipamento cultural”, tendo um prazo de execução de 420 dias.

Em comunicado, a Câmara Municipal de Setúbal explica que a intervenção “visa, após duas fases anteriores de obras, finalizar a recuperação do Museu de Setúbal/Convento de Jesus, com a execução de trabalhos no interior das salas expositivas, locali-

Obras incluem instalações eléctricas e mecânicas de climatização e ventilação

zadas nas alas norte e nascente, que incluem os projectos de conservação e restauro, museografia e de iluminação museológica”.

A acontecer nos pisos 0 e 1, a obra

“inclui o alargamento da área expositiva e beneficiações na zona exterior, designadamente no Pátio do Claustro”, assim como estão programados “trabalhos de especialidades ao nível

de estruturas, instalações eléctricas e instalações mecânicas de climatização e ventilação”.

Esta terceira fase representa a última etapa do projecto de requalificação delineado para o Museu de Setúbal/Convento de Jesus, levado a cabo num investimento global de perto de nove milhões de euros. A autarquia sadina, “que conduz o processo, ao assumir uma responsabilidade da competência da administração central, suportou metade do valor, advindo o restante de fundos comunitários, resultantes de candidaturas aprovadas pelo Lisboa 2020 – Programa Operacional Regional de Lisboa”.

Centrada na “recuperação estrutural de todo o Convento, com a execução da cobertura e o restauro da ala poente”, a primeira fase das obras, que incluiu igualmente trabalhos na ala nascente e duas outras salas”, ficou concluída em 2015. Além disso, “construiu-se um novo edifício para a área técnica do Museu de Setúbal” e “procedeu-se ao escoramento integral da Sala do Coro Alto e Deambulatório, uma vez que apresentava sinais de degradação muito avançados”.

No entanto, no piso térreo, “a necessidade de centrar atenções na Sala do Coro Alto fez com que os trabalhos

previstos na primeira empreitada não tenham sido concluídos, para assegurar a prevenção e salvaguarda do património integrado até estarem garantidas as condições de estabilidade e segurança".

Já na segunda etapa, terminada em 2020, “foi intervencionada toda a envolvente exterior do Convento, assim como o Deambulatório, a cafetaria, duas salas, a Sala da Roda e instalações sanitárias”, o que “permitiu a reabertura de mais espaços de visita ao público, em particular a Sala do Capítulo, os Claustros e a Sala do Coro Alto”.

“Em simultâneo, na Igreja de Jesus, procedeu-se a uma intervenção de luminotécnica, destinada a melhorar a eficiência energética do edifício e, também, a destacar todos os elementos arquitectónicos e decorativos que definam as três naves do templo e da capela-mor”, relembra o município.

Enquanto isso, o exterior, mais precisamente o Largo de Jesus, “espaço público defronte do edifício conventual, foi totalmente renovado, com a criação de amplas zonas de relva e árvores, após uma intervenção que incluiu a recuperação e relocalização para a posição original do cruzeiro ali instalado”.

REALIZADAS TRÊS SESSÕES ON-LINE

Município sadino partilha com Espanha estratégias desenvolvidas na área da Acção Climática DR

Iniciativa garantida por técnicos da autarquia concretizada no âmbito do Pacto de Autarcas para a Energia e Clima A Câmara Municipal de Setúbal, através de técnicos sadinos, partilhou com o município espanhol de Ponferrada algumas das estratégias e acções desenvolvidas na área da Acção Climática.

A iniciativa, repartida por três sessões em formato digital, concretiza-

das entre 2021 e a passada quinta-feira, resultou “de uma mentoria levada a cabo no âmbito do Pacto de Autarcas para a Energia e Clima”, esclarece a autarquia em comunicado.

Nos encontros virtuais com Ponferrada, território localizado na comunidade autónoma de Castela e Leão, os técnicos sadinos partilharam a “criação da marca “Setúbal em Bom

Ambiente” e a instalação de tecnologia LED na rede de iluminação pública e de semaforização rodoviária”.

Entre as medidas desenvolvidas, também a “implementação do sistema de autoconsumo fotovoltaico em escolas do concelho”, assim como os “resultados do projecto “Selo Verde” e as análises à gestão de resíduos, em especial no sistema de recolha selectiva de biorresíduos”, foram compartilhados.

As sessões representam “o resultado da adesão dos dois municípios ao Programa de Aprendizagem entre Pares, do Pacto de Autarcas para a Energia e Clima”, em que “das 138 can-

didaturas apresentadas foram aceites 19, entre as quais a de Setúbal”.

“Concluída esta mentoria, é a vez de o município sadino receber este ano os conhecimentos de outro concelho europeu em matéria de boas práticas ambientais, nomeadamente pelo município turco de Karsiyaka”.

Setúbal subscreveu “o Pacto de Autarcas em 2014, acordo promovido pela União Europeia, posteriormente reformulado para abarcar políticas de mitigação e de adaptação às alterações climáticas, passando a designar-se de Pacto de Autarcas para o Clima e Energia”.

8 O SETUBALENSE 31 de Janeiro de 2022

Setúbal DR

BREVES A PARTIR DE HOJE

Troço da Rua Vieira da Silva fechado para intervenção na via pública Um troço da Rua Vieira da Silva, em Setúbal, vai encontrar-se fechado a partir de hoje, e “previsivelmente até sexta-feira, devido a uma intervenção na via pública”. Em comunicado, a autarquia sadina explica que “a execução de trabalhos de reposição do pavimento betuminoso motiva o corte de

trânsito no troço compreendido entre a Avenida Mestre Lima de Freitas e a Rua Árpad Szenes”. Em alternativa, o município aconselha “os automobilistas a circularem pelas ruas Àrpad Szenes e das Caravelas”, sendo que “o acesso aos estabelecimentos comerciais existentes naquela zona da cidade está salvaguardado”.

SESSÃO DE INCÊNDIOS URBANOS

Bombeiros Voluntários sadinos recebem “camaradas de Sesimbra” Município apoia centro através do transporte de vacinas e de equipas de segurança, com fotocópias, voluntários e refeições

COVID-19

Centro de vacinação no Cais 3 atinge as 250 mil doses administradas passados 11 meses Município destaca igualmente os “cerca de 35 mil testes realizados nos últimos seis meses nas duas unidades de testagem” Maria Carolina Coelho O Centro de Vacinação de Setúbal contra a covid-19, a funcionar há cerca de 11 meses, atingiu as 250 mil doses de vacinas administradas. Os resultados foram revelados pela Câmara Municipal, que destacou igualmente os “cerca de 35 mil testes realizados no concelho nos últimos seis meses, nas duas unidades de testagem gratuita”.

Instalado no Cais 3 do Porto sadino desde o final de Fevereiro último, “em espaço adaptado num processo conduzido pela autarquia”, o centro de vacinação tem contado desde o início com o apoio do município, que ajuda actualmente “no transporte de

vacinas, em fotocópias, com voluntários e refeições e no transporte de equipas de segurança”.

Além disso, para a autarquia, “uma das acções que mais tem contribuído para a mitigação da disseminação da doença é concretizada com a disponibilização gratuita à população de testes rápidos antigénio, os quais chegam a quem precisa numa unidade móvel que, desde o final de Julho, está a percorrer vários locais de Setúbal”.

Nos dois postos de testagem disponíveis, “do total de 34 808 testes à covid-19 realizados, de acordo com dados recolhidos até sexta-feira, 29 055 foram feitos a residentes e 5 753 a pessoas de fora do concelho, os quais permitiram identificar 2 640 casos positivos de infecção por SARS-CoV-2”.

Assegurada por equipas de enfermeiros e operacionais da companhia de Bombeiros Voluntários de Setúbal, a unidade móvel de saúde tem funcionado “de manhã à noite, durante toda a semana”, para “disponibilizar aos munícipes

testes certificados, fornecidos pela Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo”.

Já na época de Natal, "altura em que se verificou uma maior necessidade de rastreios, foi criado um posto fixo de testagem, o qual está a funcionar em permanência no quartel da Associação Humanitária de Bombeiros Voluntários de Setúbal”.

A Unidade Móvel de Testes Rápidos à Covid-19 está a operar “em três períodos, concretamente das 09 às 13 horas, das 14 às 18 horas e das 19 às 22 horas”, sendo que “no período nocturno, assim como durante todo o fim-de-semana, o veículo está parqueado na zona ribeirinha, para apoio a bares e restaurantes, autorizados a funcionar mediante a apresentação, pelos clientes, de certificado de vacinação ou teste negativo”.

Também o posto fixo, estacionado no quartel dos Bombeiros Voluntários, funciona “todos os dias, nos mesmos horários, com excepção das sextas-feiras e sábados, em que o período de testagem é alargado até à 01 hora”.

Os Bombeiros Voluntários de Setúbal receberam no sábado, no destacamento em Azeitão, os “camaradas da Real Associação Humanitária dos Bombeiros Voluntários de Sesimbra, para a realização de uma sessão prática de incêndios urbanos”.

A iniciativa centrou-se “nos estagiários que se encontram a

frequentar o curso de formação inicial da carreira de bombeiro voluntário”, explica a Associação Humanitária de Setúbal em nota publicada na rede social Facebook. “O caminho faz-se construindo pontes e estreitando relações, na senda de alcançar um objectivo comum, que é o socorro e a salvaguarda das populações”.

DR

GÂMBIA, PONTES E ALTO DA GUERRA

Junta realiza reparações nas três escolas básicas da freguesia A Junta de Gâmbia, Pontes e Alto da Guerra decidiu “aproveitar a paragem do ano lectivo para realizar reparações e melhorias nas três escolas básicas da freguesia”. Em comunicado, a autarquia explica que na Escola Básica do Alto da Guerra procedeu à “substituição das lâmpadas existentes por lâmpadas LED”,

enquanto no estabelecimento de ensino do Montinho da Cotovia colocou “iluminação num dos quadros das salas de aulas”. Já em Gâmbia foram reparados “os espaços verdes do recinto escolar”. Além disso, “realizaramse outras intervenções, essenciais para o bem-estar e segurança da comunidade escolar”.

31 de Janeiro de 2022 O SETUBALENSE 9

Ensino diferenciado começa a ‘dar frutos’ na Escola da Boa Água p12 A instabilidade político-militar na Europa de Leste

A

o longo dos últimos anos, temos vindo a assistir a um regresso da Guerra Fria, com diversas situações que têm colocado a parte leste da Europa, numa situação de perigosa instabilidade.

A queda da União Soviética e da sua esfera de influência, teve como consequência imediata, o afastamento político dos países que faziam parte da órbita comunista (Bulgária, Checoslováquia, Hungria, Polónia, antiga RDA e Roménia), e a consequente entrada na União Europeia (UE), a seu pedido, expresso democraticamente.

Ao longo de duas décadas do século XX (anos 30 e 40), Estaline efectuou criminosamente transferências forçadas de populações inteiras, para procurar eliminar os nacionalismos, não o tendo conseguido.

E a prova disso ocorreu com a proclamação de independência de todas as ex-repúblicas soviéticas: Arménia, Azerbaijão, Bielorrússia, Cazaquistão, Estónia (UE), Geórgia, Letónia (UE),

Lituânia (UE), Moldávia, Quirguistão, Tajiquistão, Turcomenistão, Ucrânia e Uzbequistão. Estas, no fundo, separaram-se da casa-mãe, a Rússia.

A subida ao poder na Rússia de Vladimir Putin, ocorrida em 1999 e que se mantém actual e indefinidamente no poder, veio alterar o status quo.

Para procurar analisar esta conjuntura complexa, vamos definir dois eixos principais, a saber: a) Rússia-China-Irão – Vladimir Putin reiniciou uma tentativa de recolocar a Rússia como uma superpotência. Pretende, natural e compreensivelmente, ter uma faixa de segurança (Bielorrússia Ucrânia) e não pretende ter a NATO a apontarem-lhe misseis.

A forma é que não é a mais correcta.

Em 2008, invadiu a Geórgia, anexando a Ossétia do Sul e a Abecásia.

Em 2014, invadiu a Ucrânia, anexando a Crimeia.

Putin exultou com a saída da Inglaterra da UE (o Brexit) e existem fortes evidências que terá influenciado as eleições americanas, patrocinando

PENSAR SETÚBAL Giovanni Licciardello

a vitória de Donald Trump.

Já em 2022, Rússia, China e Irão efectuaram exercícios militares conjuntos.

Temos aqui, portanto, uma mistura explosiva. Por um lado, Vladimir

Putin, nostálgico da velha União Soviética. Por outro lado, a China, onde o todo-poderoso Partido Comunista domina a sociedade com mão-de-ferro, desde 1949 (72 anos, convém não esquecer). O Grande Salto em Frente foi um dos maiores genocídios na História da Humanidade, onde morreram cerca 40 milhões de pessoas.

Finalmente o Irão, república teocrática. Quando a religião condiciona a política, as consequências são sempre conhecidas.

Por outro lado, entre 1999 e 2017, a NATO incorporou vários países da Europa central e de leste, a seu pedido expresso: Albânia, Bulgária, Croácia, Eslováquia, Eslovénia, Estónia, Hungria, Letónia, Lituânia, Montenegro, Polónia, República Checa e Roménia, aproximando-se das fronteiras russas. b) Estados Unidos e União Europeia – que fique bem claro que prefiro de longe a democracia imperfeita americana, que as ditaduras atrás referenciadas. Todavia, constata-se

a eterna miopia americana, nomeadamente em termos de política externa.

Cuba, Vietnam, Nicarágua, El Salvador, Granada, Somália, Iraque, Guerra do Golfo, Afeganistão e a falta de coordenação com a UE, são quanto a mim, as principais falhas dos Estados Unidos. Evidenciam, de forma recorrente, uma falta de visão estratégica confrangedora.

Quanto à UE tem de ter uma voz unida, e deve ser firme, não só com o aliado americano, evitando ser subalternizada, mas sobretudo com a Rússia e a China. Nada disto tem acontecido o que dá a Putin e a Xi a sensação de que somos frouxos e indecisos.

As exigências russas, a concretizarem-se, representariam uma desmilitarização efectiva da Europa de Leste.

Putin faz lembrar Hitler, com a mesma arrogância e as mesmas pretensões territoriais. Sudetas, Dantzig, Áustria, Polónia.

Sabemos como terminou.

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10 O SETUBALENSE 31 de Janeiro de 2022

O SEGREDO DAS CARTAS

Classificados

TARÓLOGO e ASTRÓLOGO FRANCISCO GUERREIRO

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CARNEIRO 21.03 a 20.04 No plano amoroso – não rejeite a possibilidade de se envolver um novo relacionamento.

Poderá ser surpreendido, muito favoravelmente, com as atitudes e gestos de alguém que entrou há pouco na sua vida. No plano profissional – poderá entrar numa nova fase profissional, comece a pensar em novos projetos ou novas aplicações financeiras. Carta da semana – O SOL – semana muito luminosa e feliz para Peixes. Vai sentir-se com muita vontade de viver a vida e demonstrar a força das suas emoções e sentimentos.

TOURO 21.04 a 21.05 No plano amoroso, sente-se muito apaixonado e tem receio de mostrar os seus sentimentos. No plano profissional, terá algumas propostas, mas não se iluda com as mais vantajosas.

Carta da Semana – A Lua, esta carta mostra que você estará sensível e um pouco frágil, mas ao mesmo tempo estará com um grande poder de análise.

GÉMEOS 22.05 a 21.06 No plano amoroso – poderá travar novos conhecimentos, embora deva amadurecer bem as ideias antes de lançar num novo romance. Poderá ter de enfrentar oposições familiares para poder levar em frente uma relação. No plano profissional – deve manter a calma em todas as circunstâncias, até porque esta semana tudo está ao seu alcance. Carta da semana – O CARRO – a conjuntura anuncia progressos.

CARANGUEJO 22.06 a 22.07 No plano amoroso – possibilidade de os seus sentimentos serem completamente renovados. Numa situação inesperada ou mesmo sem estar disponível pode sentir novas emoções. No plano profissional – se estiver envolvido em atos de representação ou de cariz público, sair-se-á muito bem. Carta da semana – O AMOROSO – esta carta define uma semana intensa em que todos os comportamentos estão marcados pela paixão.

LEÃO 23.07 a 23.08 No plano amoroso – não aceite opiniões ou que se metam demasiado na sua vida, o seu coração é o seu melhor amigo e só poderá arrepender-se do que não fizer. No plano profissional – todos os negócios ou investimentos em que se envolver, desde que estruturados e calculados darão bons resultados. Carta da semana – O IMPERADOR – está muito lúcido, objetivo e eficaz marcando pontos em todas as situações que se envolver.

VIRGEM 24.08 a 23.09 No plano amoroso – não permita que o orgulho atrapalhe ou ponha em causa em relação. No plano profissional – alguns colaboradores podem interferir ou pôr em causa as suas opiniões, mas é aconselhável que não baixe os braços e faça persistir as suas ideias.

Carta da semana – A FORÇA – fomenta novas ideias confere rapidez de raciocínio e força de vontade não permitindo que se instalem na sua vida indecisões ou qualquer tipo de medo.

BALANÇA 24.09 a 23.10 No plano amoroso – é uma semana adequada a que faça alterações na sua forma de vida; pode iniciar uma fase mais límpida e intensa. No plano profissional – algumas situações podem assumir contornos que não esperava e perante os quais terá de tomar uma posição.

Carta da semana – A MORTE – é uma carta forte que permite conduzir a sua vida de forma objetiva e eficaz. Fim de uma etapa e inicio de uma nova etapa próspera.

ESCORPIÃO 24.10 a 22.11 No plano amoroso – não entregue o seu amora quem não o merece, corre o risco de deceções. Nem todas as promessas serão cumpridas esta semana. No plano profissional – dê atenção a um negócio ou a um projeto que pode esconder problemas, procure novos apoios. Carta da semana – A LUA – a conjuntura leva-o para o mundo dos sonhos em que é difícil ser racional, tente manter-se lúcido para não ser enganado.

SAGITÁRIO 23.11 a 20.12 No plano amoroso, relações são correspondidas e regidas por si e pelos seus interesses. Controle o seu feitio pois numa relação toma decisões a dois. No plano profissional, mostre-se mais activo e mais empenhado com trabalhos que lhe são solicitados. Carta da Semana – O Mundo, esta carta mostra que as conquistas e os seus êxitos estão ao seu alcance, basta que consiga reunir todas as suas potencialidades para atingir os seus fins.

CAPRICÓRNIO 21.12 a 20.01 No plano amoroso – escute o que lhe dita o coração sempre que tomar uma decisão ou fizer uma escolha sentimental; todos os gestos deverão ser fruto de reflexão solitária e amadurecida. No plano profissional – está perfeitamente apto a atuar em proveito próprio e fazer bom uso das suas habilitações e conhecimentos. Carta da semana – A PAPISA – a semana promete ser muito importante.

AQUÁRIO 21.01 a 19.02 No plano amoroso, poderá estar a passar uma fase conflituosa, que se deve á indefinição de sentimentos, clarifique-os. No plano profissional, os trabalhos que tem em curso irão sofrer alguns atrasos, devido á falta de recursos. Carta da Semana – O Eremita, esta carta mostra que deve agir com rigor e cuidado em todas as situações.

PEIXES 20.02 a 20.03 No plano amoroso – momento propicio á evolução sentimental; conseguirá compreender alguns gestos e lidar melhor com os afetos. No plano profissional – vida financeira sujeita a flutuações que merecerão medidas adequadas em cima dos acontecimentos. Carta da semana – O JULGAMENTO – traz uma semana marcante pródiga em acontecimentos importantes que lhe possibilitarão análises e iniciativas fundamentadas.

ALMADA 265 539 691 SETÚBAL 265 520 716 SEIXAL 265 520 716 MONTIJO 212 318 392 MOITA 212 047 599 BARREIRO 212 047 599 PALMELA 265 520 716 ALCOCHETE 212 318 392

CARTÓRIO NOTARIAL DE SETÚBAL SANDRA BOLHÃO EXTRACTO

---- Eu, SANDRA MORAIS TELES BOLHÃO, Notária com Cartório em Setúbal, na Avenida Bento Gonçalves, número 19-B, CERTIFICO, para efeitos de publicação, que por Escritura de Justificação lavrada neste Cartório no dia vinte e sete de Janeiro de dois mil e vinte e dois, a folhas cento e treze e seguintes do Livro Cento e setenta e um - A, MARIA DA GRAÇA GRILO NEVES DE CARVALHO casada com HUMBERTO JÚLIO DE ABRANTES CARVALHO, casados sob o regime da comunhão de adquiridos, residente na Rua de Setúbal, lote 18, CCI 4327, Miraventos, Palmela, DECLARARAM, que com exclusão de outrem, são donos e legítimos possuidores, dos seguintes bens imóveis:----------------------------------------------------------------------------------------­1) PRÉDIO URBANO, com a área total de cento e vinte e um metros quadrados, composto por edifício de rés-do-chão e primeiro andar, para habitação, com a superfície coberta de oitenta e três metros quadrados e logradouro com oitenta e oito metros quadrados, sito na Avenida Manuel Maria Portela, números 34 e 36, freguesia de Setúbal (São Sebastião), concelho de Setúbal, descrito na Segunda Conservatória do Registo Predial de Setúbal sob o número NOVE MIL OITOCENTOS E QUARENTA E OITO, da referida freguesia, inscrito na matriz predial urbana sob o artigo 437, da freguesia de Setúbal (São Sebastião).--------------------------------------------2) PRÉDIO URBANO, com a área total e coberta de dezanove virgula catorze metros quadrados, composto por edifício de rés-do-chão para habitação, sito na Avenida Manuel Maria Portela, número 32, freguesia de Setúbal (São Sebastião), concelho de Setúbal, descrito na Segunda Conservatória do Registo Predial de Setúbal sob o número NOVE MIL NOVECENTOS E CATORZE, da referida freguesia, inscrito na matriz predial urbana sob o artigo 436, da freguesia de Setúbal (São Sebastião).------------------------------------------------------------------ Que, no ano de mil novecentos e noventa e cinco, os pais da declarante mulher, António Neves Carvalho e Lusitana Martins da Silva Grilo, a eles, ora outorgantes, respetivamente filha e genro, doaram verbalmente os dois mencionados prédios urbanos, não tendo então sido titulada formalmente esta doação, uma vez que ainda não tinha sido dada forma escrita à aquisição, pelos então doadores referidos, à compra dos referidos dois prédios, por eles feita aos herdeiros de João Augusto da Silva e mulher Cecília da Conceição Duarte que também usou Cecília Duarte Silva.-----­--------------------------------------------------------------------------------------------- Que atendendo a que a duração da sua posse, há mais de vinte anos, se tem mantido continuamente e de forma ininterrupta, já adquiriram os referidos imóveis, por USUCAPIÃO, invocando, por isso, esta forma originária de aquisição, para todos os efeitos legais.------------------------------ ESTÁ CONFORME. --------------------------------------------------------------------------------Setúbal, aos vinte e sete de Janeiro de dois mil e vinte e dois.

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Seus familiares cumprem o doloroso dever de participar o falecimento do seu ente querido. O funeral realizou-se dia 25-01-2022 pelas 15h15 da Capela de S. José para o Crematório de Setúbal. Agradecendo a todos quantos se dignaram e participaram em tão piedoso acto, bem como a todos que de qualquer outra forma manifestaram o seu pesar.

Seus familiares cumprem o doloroso dever de participar o falecimento do seu ente querido.

O funeral realizou-se dia 27-01-2022 pelas 15h15 para o Crematório de Póvoa de Santa Iria. Agradecendo a todos quanto se dignaram e participaram em tão piedoso acto, bem como a todos que de qualquer outra forma manifestaram o seu pesar.

FUNERÁRIA SETUBALENSE 265 550 045 / 265 238 528 (SERVIÇO PERMANENTE)

FUNERÁRIA SETUBALENSE 265 550 045 / 265 238 528 (SERVIÇO PERMANENTE)

PARTICIPAÇÃO E AGRADECIMENTO

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PARTICIPAÇÃO E AGRADECIMENTO

FALECEU A 27/01/2022

FALECEU A 27/01/2022

ALICE MARIA BOMBICO

JOÃO PECHORRO

Seu esposo, filha, genro, netos, restante família e amigos cumprem o doloroso dever de participar o falecimento do seu ente querido cujo o funeral se realizou dia 28-01-2022 para o Cemitério de Vendas Novas. Na impossibilidade de o fazerem pessoalmente, vem por este meio agradecer a todas as pessoas que se dignaram a acompanhar ou que de outra forma manifestaram o seu pesar.

Sua esposa, filho, nora, netos e restante família, têm o doloroso dever de participar o falecimento do seu ente muito querido e de agradecer a todos quantos se dignaram acompanhá-lo na sua última morada, bem como aos que das mais diversas formas lhes manifestarem pesar.

PARTICIPAÇÃO E AGRADECIMENTO

1821

ALMADA 265 539 691 SETÚBAL 265 520 716 SEIXAL 265 520 716 MONTIJO 212 318 392 MOITA 212 047 599 BARREIRO 212 047 599 PALMELA 265 520 716 ALCOCHETE 212 318 392 OUTROS CONCELHOS 265 520 716

AGÊNCIA FUNERÁRIA SADO TELEF: 265 718 605 - 934782861 - 966479242

PARTICIPAÇÃO E AGRADECIMENTO

1771

AGÊNCIA FUNERÁRIA COSTA TELEF: 265 523 496

12 O SETUBALENSE 31 de Janeiro de 2022

Região

SESIMBRA

Ensino diferenciado começa a ‘dar frutos’ na Escola da Boa Água A EBI na Quinta do Conde é pioneira a testar projecto inovador que reconstrói conceito de sala de aula e dá mais autonomia aos estudantes Mariana Pombo

Desde 2017 que a Escola Básica Integrada (EBI) da Boa Água, na Quinta do Conde, se esforça para oferecer um ensino inovador aos seus alunos. Testes de avaliação e aulas teóricas, tão comuns na educação convencional, são conceitos que entraram em desuso desde que a escola sesimbrense se tornou num dos sete estabelecimentos de ensino pioneiros a integrar o Projecto-Piloto de Inovação Pedagógica (PPIP).

O principal objectivo do PPIP é aumentar o aproveitamento escolar, atribuindo a autonomia necessária para que cada instituição adapte a aprendizagem às necessidades dos seus alunos e, na Boa Água, a meta é muito clara: passar de um “modelo pedagógico de instrução” que, segundo Nuno Mantas, director da escola, “apenas serve para formatar pessoas iguais”, para um “modelo de trabalho baseado na comunicação” que desenvolve competências “para que os alunos saibam agir no dia-a-dia”.

Formar jovens resilientes capazes de enfrentar os problemas diários é a preocupação primária que tem levado a escola básica a repensar nas dinâmicas dentro da sala de aula. Mais do que ter um professor a transmitir conhecimentos, os alunos têm agora autonomia para pesquisar informação, preparar aulas e, acima de tudo, aprender em conjunto com os pares.

“Optámos por criar turmas formadas por alunos de anos [lectivos] diferentes que trabalham em grupos durante o ano inteiro”, explica Nuno

Mantas. Desta forma, os estudantes dividem tarefas entre os membros do grupo, consoante as suas características e aptidões, permitindo que cada pessoa descubra as suas potencialidades.

“Podemos ter um grupo de quatro pessoas com dois alunos de 5.º ano e dois de 6.º ano que desenvolvem trabalhos juntos. Se alguém é melhor na oralidade, esse aluno pode ficar responsável por apresentar os trabalhos, enquanto os outros podem tratar da pesquisa de informação e desempenhar funções nas quais se sintam capazes”, reforça o director.

Quanto aos conteúdos teóricos, estes não deixam de ser trabalhados, mas o desenvolvimento das “soft skills” é priorizado. “Há capacidades que são importantes serem trabalhadas na escola. Na disciplina de matemática, por exemplo, os alunos estão a construir uma horta. Calcularam quantos materiais precisavam, fizeram uma estimativa do orçamento e

Os alunos têm autonomia para pesquisar informação, preparar aulas e aprender em conjunto com os pares

entraram em contacto para pedir os materiais. Neste momento, estão a colocar os sacos de terra no canteiro e a perceber se o que encomendaram é suficiente. É assim que percebem como é que se trabalha e se resolvem problemas”.

Aprender a ensinar

Também para os professores as alterações foram significativas. Armindo Serra, docente na escola há 13 anos, admite que o seu papel se alterou desde que o PPIP foi implementado na Boa Água. “O professor passou a ser um orientador, ao invés de instrutor. Construímos guiões de trabalho com temas que queremos que os grupos pesquisem durante as aulas e vamos ajudando nas dúvidas que forem surgindo. Acabamos por avaliar mais se o aluno é capaz de pesquisar e filtrar informação do que se aprendeu determinado conceito”, conta.

No entanto, o número elevado de anos a leccionar em regime expositivo deixou marcas em muitos docentes e há quem ainda não esteja totalmente confortável com as novas técnicas de ensino. “É um trabalho que não deixa de ser exigente para os professores”, salienta o responsável pela direcção. “Aprendemos no modelo convencional e fomos treinados para ser professores instrutores, portanto, não é de um dia para o outro que mudamos isto”.

A aposta na formação é essencial e Nuno Mantas reforça que não deixa de ser um trabalho constante: “Este ano recebemos 40 professores novos, sendo que alguns quiseram vir directamente para a nossa escola porque co-

Formar jovens capazes de enfrentar os problemas diários é objectivo que tem levado a escola

Desde 2012 Manuais escolares substituídos por portáteis Com os olhos postos no futuro, a escola tende a abraçar ideias que promovem o desenvolvimento e a interacção dos alunos.

Desde 2012 que os manuais escolares deixaram de ter uma presença assídua nas mochilas dos estudantes, tendo sido gradualmente substituídos por portáteis que, aos olhos de Armindo Serra, conferem mais autonomia e interactividade ao percurso escolar.

Para além de implementar a tecnologia no meio educativo, o Edulabs, projecto responsável pela mudança, caminha de braços dados com o PPIP ao permitir que cada estudante

acompanhe as aulas e desenvolva as tarefas de forma independente.

Por apresentar resultados positivos com a aplicação do PPIP, a escola passou também a integrar o MenSI, o projecto que permite que actue enquanto mentora de quatro estabelecimentos de ensino que pretendem alterar as práticas educativas. “A ideia é motivar e aconselhar estas escolas para que não cometam os erros que nós, enquanto escola pioneira, cometemos no início.

Assim, é possível que daqui a uns anos, este projecto abranja toda a comunidade educativa”, afirma Nuno Mantas.

31 de Janeiro de 2022 O SETUBALENSE 13

Sindicato anuncia greve na fábrica Izidoro para o dia de Carnaval DR

a adoptar novas dinâmicas em sala de aula

nheciam o modelo e fazia-lhes sentido trabalhar assim, mas muitos ‘caíram de pára-quedas’ e tivemos de os formar para entenderem o sistema”.

Menos reprovações e melhores resultados

As conclusões apresentadas pela Universidade Nova de Lisboa demonstram uma “tendência crescente de melhoria da qualidade dos resultados académicos” após a aplicação do PPIP nos sete estabelecimentos de ensino e os resultados divulgados pela Escola da Boa Água não são excepção. Em 2020, a escola registou somente três reprovações, no segundo e terceiro ciclo, uma redução que Nuno Mantas descreve como “muito significativa”.

Armindo Serra sente que com o novo modelo de ensino “os alunos aprendem mais e conseguem ir mais longe”, sendo que, os estudantes que tinham classificações mais baixas “já

A maioria dos trabalhadores da fábrica Izidoro do Grupo Montalva, em Montijo, vai paralisar a 1 de Março próximo (dia de Carnaval). Segundo o Sindicato Nacional dos Trabalhadores da Indústria Alimentar (STIAC), a greve ao trabalho foi decidida em

Resultados têm sido visíveis.

Em 2020, a EBI da Boa Água apenas registou três reprovações

não são os piores alunos”: “Quem se consegue ‘desenrascar’ ou tem competências para fazer outro percurso que não o convencional obtém bons resultados, ao contrário dos que se limitam a decorar a matéria”.

Mesmo para quem já não frequenta a escola, os benefícios são evidentes.

André Neves e Mariana Nave, ex-alunos da Boa Água, não hesitam em afirmar que se tornaram mais autónomos e responsáveis ao estarem inseridos num projecto que permite o erro e valoriza a aprendizagem.

Ao transitar para o 10.º ano, numa escola com ensino tradicional, Mariana Nave confirma que se sentiu mais capacitada pelas competências que foi desenvolvendo: “Não diria que tenho melhores notas do que os meus colegas, mas tenho mais facilidade em acompanhar as aulas e gerir o meu tempo porque foi isso que me habituei a fazer”, admite.

Para André Neves foi “um pequeno choque” retomar as aulas expositivas, onde “o professor explica a matéria sentado numa cadeira” e sente falta do “trabalho em equipa”, uma das dinâmicas preferenciais do PPIP. “Muitas vezes, [na Boa Água] não dava pelo tempo passar porque estava a fazer as coisas ao meu ritmo. Agora [no ensino secundário], aborreço-me mais nas aulas e acabo por não ouvir metade do que é dito pelo professor”, confessa.

Na escola da Quinta do Conde, as vantagens de trabalhar com um método de ensino diferenciado estão à vista de toda a comunidade escolar.

Nuno Mantas acrescenta que “tudo faz sentido” quando se consegue modificar a relação que os alunos têm com a escola: “Nós passámos a ter aulas de 100 minutos porque eles [estudantes] diziam que 50 minutos era pouco. Isso só revela o caminho que temos de continuar a percorrer ao nível da educação”.

plenário realizado no passado dia 26. Os trabalhadores vão concentrar-se à porta da unidade fabril em Montijo no dia do Entrudo. Em causa, adianta o STIAC, estão “o direito ao gozo do dia feriado, aumento do subsídio de alimentação, a prática

de baixos salários, a limitação do direito sindical, a rejeição do caderno reivindicativo, a necessidade urgente de um contrato colectivo de trabalho e a implementação de processos disciplinares com o intuito de despedimento a custo zero”.

O compromisso do Bloco de Esquerda para com as pessoas com deficiência intelectual

D

urante esta campanha eleitoral fiz muitas visitas a IPSS´s do nosso Distrito. Umas foram mais difíceis que outra, confesso! Resolvi faze-lo porque é uma realidade que, felizmente, não conheço em causa própria mas, ainda assim, enquanto ativista pelos direitos humanos e civis das pessoas com deficiência sempre me recusei a acreditar que num país de dito primeiro mundo como é Portugal, a institucionalização seja a única opção para os mais esquecidos e negligenciados dentro da própria deficiência: as pessoas com deficiência intelectual.

Bem sei que o nosso Estado tem sido, Governo atrás de Governo, completamente negligente com estes seus cidadãos, cujas famílias vêm-se obrigadas dia após dia, a ter de transformar o seu amor em cuidados. Muitas destas IPSS´s que visitei são elas mesmas, fundadas por esses pais que reitero, num país de dito primeiro mundo como é Portugal, não encontram outra resposta suficientemente credível e segura para os seus filhos.

Um feliz dia conheci Jorge Falcato, Presidente da Associação Centro de Vida Independente e ex-deputado na Assembleia da República, que me ensinou a ver mais, acredito que melhor, mas indiscutivelmente diferente. Este artigo tem a mão de ambos, só assim faz sentido.

Diz-nos o Jorge, num artigo já publicado no Esquerda.net, que a institucionalização das pessoas com deficiência é uma violação de direitos humanos.

Enquanto permanecer a ideia que é um mal menor ou uma solução aceitável para resolver a falta de alternativas de apoio às pessoas com deficiência em situação de dependência, continuaremos a privar milhares de pessoas dos seus direitos mais básicos. Não, não é um mal menor, é uma violação de direitos humanos e se não o reconhecermos, nada mudará. Estar institucionalizado significa, para as pessoas com deficiência, a perda da capacidade de decisão sobre a sua própria vida. Estar institucionalizado é prescindir de direitos que estão consignados na Convenção sobre os Direitos das Pessoas com Deficiência (CDPD), ratificada pelo Estado Português em 2009.

O que constatamos é que existe uma enorme percentagem de pessoas em que não são as suas dependências que os obrigam ao internamento. É a falta de alternativas de recurso a serviços de base comunitária e de assistência pessoal que os condena de imediato a uma vida que

OPINIÃO Diana Santos não respeita as suas necessidades e os segrega socialmente. Mas também outros com elevados graus de dependência poderiam viver na comunidade. A única diferença é terem maiores necessidades de apoio.

As pessoas com deficiência intelectual em particular, estão acostumadas a ter pouco ou nenhum controle sobre o apoio que recebem. Historicamente, estas pessoas foram dirigidas e guiadas nos projetos de vida por outras pessoas (famílias, profissionais, especialistas...).

Em muitas ocasiões, os apoios são controlados e planeados pelas organizações provedoras de suportes. Geralmente, esses suportes são adaptados às estruturas e necessidades do centros ou serviços (tais como lares residenciais, centros de atividades ocupacionais, residências de autonomização, centros de educação especial, etc.).

As pessoas com deficiência muitas vezes têm apenas o papel de “usuários”, “destinatários”, “beneficiários”, enfim, agentes passivos que recebem cuidados no dia-a-dia.

Isso pode ser a resposta agora possível, mas nem sempre garante a participação da pessoa, nem a sua orientação para o desenvolvimento de projetos de vida escolhido.

Há alguns anos, o movimento associativo de pessoas com deficiência vem a reivindicar um processo de transformação de serviços, uma transformação da cultura organizacional e práticas de apoio, para colocar a pessoa com deficiência intelectual no centro e apoio direto aos projetos de vida escolhidos. Em última análise, trata-se de transformar uma cultura que sempre olhou mais para a limitação e patologia em direção a um outro olhar que coloque o foco na pessoa, no seu projeto de vida e na mudança para sociedades mais inclusivas. Essa

mudança de perspectiva exige repensar os modelos de serviços para se transformar em serviços centrados na pessoa. Da mesma forma, a transformação de modelos de serviço implica necessariamente a transformação de papéis profissionais.

Estes movimentos, propõem e defendem a Assistência Pessoal como ferramenta humana essencial para uma pessoa com deficiência pode viver como o resto dos cidadãos. Através deste papel profissional garante que a vontade da pessoa com deficiência seja respeitada em qualquer caso e, portanto, decida sobre todos os aspectos de sua vida, assim como acontece com pessoas sem deficiência.

Conforme postula a Filosofia de Vida Independente que defendo, muitas pessoas com deficiência intelectual precisarão de apoio para tomar decisões nas suas vidas, nas questões mais cotidianas (como decidir sobre a sua rotina diária) e também nas questões mais relevantes (como decidir onde, como e com quem querem viver). As necessidades de apoio que essas pessoas têm podem ocorrer porque algumas dessas situações prévias existem: • Limitações na comunicação, compreensão e/ou em alguns processos cognitivos centrais, como planeamento, pensamento abstrato, memória, resolução de problemas, etc. para desenvolver a aprendizagem em torno da tomada de decisões.

• Falta de oportunidades vitais para conhecer e compreender as opções que eles têm ou podem ter.

Neste sentido, a Assistência Pessoal é uma ferramenta fundamental para o exercício do direito à Vida Independente das pessoas com deficiência intelectual em todo o seu ciclo de vida, independentemente das suas necessidades de suporte. Ao mesmo tempo, promove a autodeterminação, autonomia pessoal e tomada de decisão da pessoa, e oferece uma oportunidade para o seu empoderamento e inclusão.

Além disso, a figura do Assistente Pessoal é baseada na flexibilidade, personalização e respeito pelas decisões do seu destinatário e, ao mesmo tempo, garante que os direitos, a segurança e a dignidade deste está sempre protegida. É no direito de todas as pessoas viverem como querem, onde querem e com quem querem que o Bloco de Esquerda acredita. Não desistiremos dele!

Deputada do BE

14 O SETUBALENSE 31 de Janeiro de 2022

Desporto

MATHIOLA FEZ 1-0 E CONJUNTO DE MASSAMÁ IGUALOU DE PENÁLTI

Vitória desfalcado não vai além do empate com o Real DR

Vitorianos mantêm 3.º lugar com quatro pontos de vantagem para equipa de Massamá Ricardo Lopes Pereira

Ainda a lamber as feridas da goleada (4-1) sofrida na ronda anterior com o U. Santarém, o Vitória FC não foi ontem de manhã, em Setúbal, além de um empate (1-1) com o Real, em partida da 17.ª jornada da série B da Liga 3. Mathiola, na primeira parte, colocou os sadinos na frente do marcador, mas o conjunto de Massamá conseguiu chegar à igualdade, nos primeiros minutos do segundo tempo, através de uma grande penalidade convertida por Gustavo Moura.

Com o resultado registado no Estádio do Bonfim, o emblema setubalense está na 3.ª posição, da competição com 27 pontos, mais quatro que o Real, que é o primeiro conjunto a surgir depois dos primeiros quatro classificados que terão acesso à fase de subida. Na tabela, que é liderada de forma destacada pelo U. Leiria, o Torreense (32 pontos em 17 jogos) é 2.º, o Vitória 3.º (27 pontos em 16 jornadas), o Alverca 4.º (26 pontos em 15 partidas) e o Real é 5.º com 23 em 16 jogos.

Com vários atletas fora das opções devido à Covid-19, entre eles o até agora titularíssimo guarda-redes João Valido, que foi substituído pelo internacional haitiano Josué Duverger, os setubalenses apresentaram ontem de manhã cinco alterações em relação à jornada anterior realizada em Santarém. Além da novidade na baliza, ficaram de fora Bruno Bernardo, Daniel Martins, Bruno Ventura e Zequinha e entraram para os seus lugares Miguel Lourenço, Nuno Pinto, Diogo Martins e Frédéric Mendy, que entretanto regressou da CAN (Campeonato das Nações

Mathiola celebra golo sadino apontado ainda no decorrer da primeira parte

Africanas) onde esteve ao serviço da Guiné-Bissau.

Em isolamento devido a casos de Covid no seu núcleo familiar, o treinador Pedro Gandaio também não esteve presente no Bonfim, estádio em que um dos elementos da sua equipa técnica, o adjunto Vasco Silva, comandou a equipa desde o banco. Foi daí que o timoneiro substituto viu, aos 12 minutos, o Vitória criar o primeiro lance de perigo do encontro.

Na sequência de um livre directo de

Nuno Pinto sobre o flanco esquerdo, o lateral obrigou João Godinho a aplicar-se para desviar a bola para canto impedindo o golo dos sadinos. Após o canto, cobrado por Nuno Pinto, o avançado Frédéric Mendy desviou de cabeça ao lado do poste esquerdo da baliza do conjunto de Queluz.

Aos 18 minutos, o Vitória, que teve quase sempre o ascendente sobre o Real no primeiro tempo, voltou a deixar a defesa contrária em sobressalto num remate do médio Murilo Rosa, de fora da área e em zona

Mercado Trio reforça plantel O defesa Matheus Stockl (exVilla Nova, Brasil), o médio Diogo Leitão (cedido pelo Leixões até ao final da época), e o avançado Gabriel Lima, que alinhava nos sub-23 dos brasileiros do Corinthians, foram anunciados como reforços do Vitória. No entender dos responsáveis sadinos, os três jogadores representam maisvalias para o plantel no ataque à fase final do campeonato.

Matheus Stockl, de 21 anos, fez a sua formação no Atlético Mineiro e assinou por dois anos e meio com os setubalenses.

Diogo Leitão, de 23 anos, que na época passada ajudou o E. Amadora a ser promovido à II Liga, alinhou em 2021/22 na II Liga ao serviço do Leixões.

O atacante Gabriel Lima, de 23 anos, vinculou-se com os sadinos para as próximas três temporadas em meia.

frontal, que passou sobre a trave da baliza defendida por João Godinho.

Depois dos avisos, os sadinos, sem surpresa, inauguraram o marcador, aos 20 minutos. Depois de cruzamento teleguiado de Nuno Pinto da esquerda, Mathiola surgiu próximo do primeiro poste a cabecear para o 1-0 dos anfitriões, dando a melhor sequência a uma bola enviada pelo rei das assistências do emblema setubalense.

Só depois do golo, numa altura em que o cronómetro já estava na meia-hora de jogo, o Real visou a baliza de Josué Duverger pela primeira vez.

Aos 29 minutos, um remate frouxo, sem qualquer perigo, de Gustavo Moura passou al lado do alvo. Mais forte foi o disparo de meia distância de Amadu Baldé, aos 37, que foi travado com segurança pelo guardião sadino.

Antes do árbitro Pedro Ferreira, da Associação de Futebol de Braga, apitar par o intervalo, o Vitória não se livrou de um valente susto naquela que foi a melhor oportunidade do Real para empatar. Aos 42 minutos, a enorme passividade da defesa sadina – qual passador! – quase foi aproveitada por Fábio Pala que, depois

de deixar para trás vários jogadores sadinos, rematou à trave da baliza de Josué Duverger.

No segundo tempo, o Real foi a primeira equipa a criar perigo. Aos 47 minutos, Rodrigo Moitas apontou um livre e obrigou o guarda-redes sadino a afastar com os punhos a bola da sua área. Volvidos dois minutos, o árbitro assinalou grande penalidade favorável ao Real por entender que Bruno Almeida cometeu falta sobre Gustavo Moura no interior da área. Da marca dos 11 metros, aos 50 minutos, o avançado brasileiro encarregou-se da marcação, fazendo o 1-1.

Aos 57 minutos, o Vitória sofreu duas contrariedades com as lesões de André Pedrosa e Mathiola que foram substituídos por Zequinha e Robson. Apesar das mexidas, o Real foi a equipa que mais vezes levou perigo à área sadina, sobretudo através de remates de fora da área que obrigaram Josué Duverger a aplicar-se para travar os disparos de Tiago Morgado (77 minutos), Horácio Jau (79) e Ballack (81).

Já sem o defesa Nuno Pinto em campo – expulso aos 84 minutos por acumulação de cartões amarelos –, o Real, aos 90+6 minutos, deixou em sobressalto os adeptos vitorianos que viram o internacional A do Haiti ter de fazer uma excelente defesa para evitar que o remate de Marcos Barbeiro de fora da área impedisse os sadinos de conquistarem um ponto.

CLASSIFICAÇÃO III LIGA J 1 UD Leiria 2 Torreense 3 Vitória FC 4 FC Alverca 5 Real SC 6 Caldas SC 7 Sporting B 8 Amora FC 9 CD Cova Piedade 10 UD Santarém 11 Oriental Dragon FC 12 FC Oliveira Hospital

V

16 11 17 10 16 8 15 8 16 6 16 5 17 5 15 5 17 5 17 4 14 2 16 2

E

D M-S

4 1 33-13 2 5 21-16 3 5 23-19 2 5 21-19 5 5 20-21 5 6 14-14 4 8 17-22 3 7 17-16 2 10 18-29 4 9 21-27 8 4 15-17 8 6 21-28

P 37 32 27 26 23 20 19 18 17 16 14 14

31 de Janeiro de 2022 O SETUBALENSE 15

David Martins deixa Barreirense após goleada sofrida em Évora

O Futebol Clube Barreirense foi goleado no Campo Sanches de Miranda, em Évora, pelo Juventude, por 5-0, em jogo a contar para a 14.ª jornada da Série F do Campeonato de Portugal. A equipa tem vindo a ser remodelada mas os resultados positivos continuam a não surgir e

o panorama começa a ficar negro, situação agora agravada com a saída de David Martins do comando técnico, tendo o clube emitido um comunicado sobre o assunto. “O Futebol Clube Barreirense informa que o treinador David Martins e restante equipa técnica pediram a

FUTEBOL DISTRITAL

LIGA 3

Goleada do Comércio Indústria tem sabor a vingança DR

O Alfarim, a única equipa que até ao momento conseguiu venceu o líder, desta vez foi goleada no Campo da Bela Vista

Amora desilude adeptos no regresso da equipa à cidade Cova da Piedade vence U. Santarém e Oriental Dragon deixa fugir vitória sobre a U. Leiria, na compensação

José Pina Comércio Indústria, Desportivo Fabril e Olímpico do Montijo, os três primeiros classificados, venceram os jogos que disputaram e por essa razão tudo ficou na mesma na frente da tabela classificativa. A equipa sadina continua no primeiro lugar com cinco pontos de vantagem sobre o Fabril (que tem menos um jogo) e mais pontos que a formação do Montijo que também tem menos um jogo.

Na 20.ª jornada do Campeonato Distrital da 1.ª Divisão, que se realizou na íntegra, coisa que não acontecia já há algum tempo, será de destacar as goleadas aplicadas pelo Moitense no reduto do FC Setúbal e pelo Comércio Indústria sobre o Alfarim, vingando assim a derrota sofrida no jogo da primeira volta.

De salientar também o empate registado no dérbi realizado na Trafaria entre a equipa local e o Monte de Caparica bem como a igualdade entre Águas de Moura e Grandolense que repetiram o desfecho do encontro da ronda inaugural do campeonato.

Resultados: Trafaria 0 Monte de Caparica 0; Alcochetense 1 Desportivo Fabril 2; Águas de Moura 2 Grandolense 2; Palmelense 2 Seixal 1; Comércio Indústria 5 Alfarim; 1 U. Santiago 1 Sesimbra 0; Vitória FC 1 C. Piedade B 0; Charneca de Caparica 3 Vasco da Gama 0; Olímpico do Montijo 2 Pescadores 1; FC Setúbal 1 Moitense 6.

A classificação está assim ordenada: 1.º lugar, Comércio Indústria, 51 pontos, em 20 jogos; 2.º lugar, Desportivo Fabril (19 jogos), 46 pontos; 3.º lugar, Olímpico do Montijo (19 jogos), 41 pontos; 4.º lugar, Águas de Moura (17 jogos), 36 pontos; 5.º lugar, Vitória FC (19 jogos), 33 pon-

demissão com efeitos imediatos.

Ao treinador David Martins, e à sua equipa técnica, fica o público reconhecimento de todos os Barreirenses pelo valioso e meritório trabalho efectuado que permitiu a conquista do título e a consequente subida ao Campeonato de Portugal”.

José Pina

tos; 6.º lugar, Pescadores (17 jogos) e Moitense (20 jogos), 31 pontos; 8.º lugar, Monte de Caparica (19 jogos), 28 pontos; 9.º lugar, Charneca de Caparica (19 jogos), 27 pontos; 10.º lugar, Palmelense (19 jogos), 23 pontos; 11.º lugar, U. Santiago (18 jogos) e Grandolense (19 jogos), 22 pontos; 13.º lugar, Sesimbra (19 jogos), Vasco da Gama (20 jogos), Trafaria (19 jogos) e Cova da Piedade B (20 jogos), 21 pontos; 17.º lugar, Alcochetense (18 jogos), 18 pontos; 18.º lugar, Seixal (18 jogos), 15 pontos; 19.º lugar, Alfarim (18 jogos), 11 pontos; 20.º lugar, FC Setúbal (19 jogos), 7 pontos.

II Divisão

Na 17.ª jornada do Campeonato Distrital da 2.ª Divisão o resultado mais relevante foi obtido pelo Botafogo que goleou o Almada e entrou para os lugares do pódio da competição que registou algumas movimentações na frente da tabela classificativa onde o Banheirense surge em primeiro lugar mas de forma condicionada devido ao desconhecimento do resultado do jogo do Amora B, que começou

mais tarde.

Resultados: Botafogo 4 Almada 1; Banheirense 3 Barreirense B 0; Paio Pires 0 Arrentela 1; Santoantoniense 1 Santo André 2; Corroios 1 Alcochetense B 2; Zambujalense 1 Brejos de Azeitão 1; Amora B – Lagameças (a decorrer no fecho desta edição); Quinta do Conde – Pelezinhos (adiado).

Classificação: 1.º lugar, Banheirense (14 jogos), 32 pontos; 2.º lugar, Amora B (14 jogos), 33 pontos; 3.º lugar, Botafogo (14 jogos), 31 pontos; 4.º lugar, Almada (14 jogos) e Zambujalense (15 jogos), 30 pontos; 6.º lugar, Quinta do Conde (13 jogos), 27 pontos; 7.º lugar, Brejos de Azeitão (14 jogos), 23 pontos; 8.º Alcochetense B (15 jogos), 20 pontos; 9.º lugar, Barreirense B (16 jogos), 19 pontos; 10.º lugar, Lagameças (15 jogos) e Arrentela (14 jogos), 17 pontos; 12.º lugar, Paio Pires (16 jogos), 16 pontos; 13.º lugar, Corroios (16 jogos), 15 pontos; 14.º lugar, Santo André (14 jogos), 13 pontos; 15.º lugar, Samouquense (15 jogos), 11 pontos; 16.º lugar, Pelezinhos (15 jogos), 10 pontos; 17.º Santoantoniense (15 jogos), 6 pontos.

O Amora, a jogar no Complexo Municipal Carla Sacramento - que foi totalmente remodelado e dispõe agora de um novo tapete verde, não conseguiu o objectivo e saiu vergada ao peso da derrota na partida que disputou com o Oliveira do Hospital que se encontrava em último lugar na tabela classificativa, com apenas uma vitória no campeonato.

Este era um jogo aguardado com muita expectativa porque assinalava o regresso da equipa à cidade, depois de ter andado com a casa às costas desde o início do campeonato, mas as coisas não correram bem e no fim era grande a desilusão dos seus adeptos que estavam à espera de mais e melhor.

A equipa treinada por Sandro Mendes sofreu o golo aos nove minutos.

Depois batalhou bastante durante todo o encontro na tentativa de alcançar um resultado diferente mas não o fez da melhor forma e acabou por somar a terceira derrota consecutiva que a deixa mais longe dos lugares que dão acesso à luta pela promoção.

Na próxima quarta-feira, a equipa amorense volta a jogar em casa desta

vez com o Alverca, às 17 horas, em jogo a contar para a 14.ª jornada que se encontra em atraso.

Cova da Piedade vence com dois penaltis

Melhor sorte teve o Cova da Piedade que venceu o U. Santarém, por 2-1, no Estádio das Seixas, na Malveira, regressando assim às vitórias depois de três derrotas sofridas nos últimos três jogos realizados.

Os golos da equipa piedense foram ambos marcados pelo uruguaio Juan San Martin, ambos de grande penalidade, o primeiro aos 39 minutos e o segundo em período de compensação, antes do intervalo (45+1’).

Na segunda parte a equipa escalabitana reduziu a desvantagem, aos 55 minutos, com um golo de Cassiano, mas até ao final o resultado não voltou a sofrer alteração.

Juan San Martin, o marcador dos golos do C. Piedade, foi considerado o homem do jogo.

Oriental Dragon deixa fugir vitória

No Estádio Alfredo da Silva, o Oriental Dragon impôs um empate ao União de Leiria, líder destacado da zona sul, que não justificou de forma nenhuma o estatuto que ocupa.

Depois de uma primeira parte pobre em termos de oportunidades, os golos acabaram por surgir na segunda parte, primeira para o Oriental Dragon por Tiago Feiteira, aos 77 minutos e depois, já em período de compensação (90+2’) para a equipa leiriense, por Diego Galo.

DR

01:31 ~ 3.4 m ~ Preia-mar 07:50 ~ 0.6 m ~ Baixa-mar 14:02 ~~ 3.3 m ~ Preia-mar 20:04 ~ 0.7 m ~ Baixa-mar

ALMADA

01:29 ~ 3.4 m ~ Preia-mar 07:49 ~ 0.6 m ~ Baixa-mar 14:02 ~ 3.3 m ~ Preia-mar 20:03 ~ 0.7 m ~ Baixa-mar

SESIMBRA

02:00 ~ 3.4 m ~ Preia-mar 08:17 ~ 0.6 m ~ Baixa-mar 14:31 ~ 3.3 m ~ Preia-mar 20:33 ~ 0.6 m ~ Baixa-mar

SINES

SETÚBAL TRÓIA

MARÉS

02:14 ~ 3.5 m ~ Preia-mar 08:18 ~ 0.5 m ~ Baixa-mar 14:46 ~ 3.4 m ~ Preia-mar 20:34 ~ 0.6 m ~ Baixa-mar

FICHA TÉCNICA REGISTO DE TÍTULO n.º 107552 | DEPÓSITO LEGAL n.º 8/84 PROPRIETÁRIO Outra Margem – Publicações e Publicidade, NIF 515 047 325 (detentores de mais de 10% do capital social: Gabriel Rito e Carlos Bordallo-Pinheiro) Sede do proprietário: Travessa Gaspar Agostinho, 1, 1.º, 2900-389 Setúbal EDITOR Primeira Hora – Editora e Comunicação, Lda, NIF 515 047 031 (Detentores de mais de 10% do capital social: Setupress Lda, Losango Mágico, Lda, Carla Rito e Gabriel Rito) Sede do Editor Travessa Gaspar Agostinho,1, 1.º, 2900-389 Setúbal Conselho de Gerência Carla Rito, Carlos Dinis Bordallo-Pinheiro, Gabriel Rito e Carlos Bordallo-Pinheiro REDACÇÃO Travessa Gaspar Agostinho, 1, 1.º, 2900-389 Setúbal DIRECTOR Francisco Alves Rito Redacção Mário Rui Sobral, Humberto Lameiras, Maria Carolina Coelho; Desporto Ricardo Lopes Pereira, José Pina Departamento Administrativo Teresa Inácio, Branca Belchior PUBLICIDADE Direcção Comercial Carla Sofia Rito, Carlos Dinis Bordallo-Pinheiro Coordenação Ana Oliveira (Setúbal), Carla Santos (Moita e Barreiro) Publicidade Lina Rodrigues, Rosália Batista, Célia Félix IMPRESSÃO Tipografia Rápida de Setúbal, Lda - Travessa Gaspar Agostinho, 1, 1.º, 2900-389 Setúbal geral@ tipografiarapida.pt DISTRIBUIÇÃO VASP - Venda Seca, Agualva - Cacém Tel. 214 337 000 Tiragem média diária 9000 exemplares Estatuto Editorial disponível em www.osetubalense.com