O Setubalense, o seu diário da região nº 863 de 06 de Junho de 2022

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Festa do Morango em Azeitão interdita Rua Ana de Castro Osório

bilhete comprado no autocarro nesse dia foi de 2,60 euros, para o percurso Monte Belo Norte – Saboaria, quando o montante correcto por passagem é de 1,25 euros (anteriormente era de 1,45 euros). O SETUBALENSE tem conhecimento de outros episódios, em concelhos diferentes, de cobrança de preços superiores aos anunciados pela TML e, pelo que apurou, trata-se de um lapso motivado pela confusão entre o que são linhas municipais e intermunicipais. Os motoristas terão recebido mapas em formato PDF, mas a confusão não foi evitada, até porque algumas linhas estão mal identificadas nesses mapas. O que é certo é que estas diferenças deixam em muitas pessoas a percepção de que as tarifas aumentaram, quando o que aconteceu foi o contrário. Em regra, o preço avulso dos bilhetes baixou.

“As mudanças fazem confusão às pessoas”

Antes, ainda na paragem situada junto à Escola Secundária Sebastião da Gama, Vera Lúcia disse ser da opinião que “as mudanças fazem confusão às pessoas”. “Os novos autocarros não se comparam aos da Transportes Sul do Tejo (TST), que já pingavam e estavam sujos, apesar de terem menos lugares. Tinha de acontecer esta mudança”. No entanto, fez questão de frisar que “contrariamente ao informado, de que a partir de 1 de Junho ia estar tudo a correr bem, não está tudo preparado”. “Não há horários afixados e não há informação nenhuma espalhada. Até estar tudo acertado, não vamos ter um serviço de transporte público em total condição”, garantiu, enquanto caminhava em direcção ao 4438. No trajecto Monte Belo Norte – Saboaria, muitas foram as dúvidas

A Rua Ana de Castro Osório, em Brejos de Azeitão, concelho de Setúbal, vai estar encerrada ao trânsito entre os dias 8 e 13 de Junho devido à instalação de equipamentos de diversão e realização da Festa do

que se fizeram ouvir nos momentos em que o autocarro abriu portar nas paragens que compõem o percurso. “É o da CHE Setúbal?”, questionou uma utente naquela que é conhecida como a paragem da lavagem automática. “Não. Para a CHE Setúbal tem de apanhar o 24, 25 ou 26”, ouviu-se alguém responder de dentro do autocarro. Sem perder tempo, o motorista foi prosseguindo viagem, com a ‘camioneta’ a atingir lotação máxima à medida que se foi aproximando do destino, local onde Vanda Carla estava a aguardar por informações. “Já não consigo ir à fisioterapia. No horário diz que o autocarro é às 12h45, são 13h25 e ainda não passou”, comentava com um senhor, que também aguardava pelo transporte. A O SETUBALENSE disse considerar “inadmissível a Carris Metropolitana ter dado ordens para o serviço

Morango. A realização do certame, com programa nos dias 10, 11 e 12 de Junho, motiva a interdição daquele arruamento localizado entre as ruas Stuart Carvalhais e José Afonso.

começar se não tinha condições para o fazer”. “Ao princípio parece tudo bem, mas nada está a bater certo. As pessoas estão confusas, além de que agora sou obrigada a ir carregar o cartão à Praça do Brasil”, acrescentou.

Transporte rodoviário “é melhor para o ambiente”

A viagem para a Terroa foi já mais calma, com o autocarro a partir a horas do Mercado do Livramento. Apesar de escuros, os vidros dos novos transportes deixavam passar o cinzento que pintava o céu no dia a seguir ao arranque da Carris Metropolitana na região. Neste autocarro, os passageiros não tiveram de pagar pela viagem, uma vez que o sistema não se encontrava a funcionar. Foi precisamente na última paragem que Maria Manuela Guerreiro saiu. “Os autocarros são confortáveis e consegui compreender perfeitamente as linhas”, adian-

Como alternativa de circulação, os automobilistas devem utilizar o percurso formado pelas ruas Stuart Carvalhais, José Afonso e Mário Viegas e a Estrada Nacional 10.

tou, enquanto se instalava junto à paragem, à espera do marido. “Ele só vem no seguinte”, afirmou, para em seguida revelar: “Só acho uma coisa mal, que é o facto de os mais velhos não darem o exemplo e não preservarem o que é novo”. “Ontem [quarta-feira], tive de dizer a uma senhora de idade para tirar os pés de cima do banco. Se não dão o exemplo, como vão os mais novos respeitar?”, confessou. Sobre o porquê de utilizar transportes públicos, explicou não ter carta de condução por “ser uma pessoa distraída”, além de “até gostar de andar de transportes”. “É melhor para o ambiente, porque não poluo”. Contrariamente, na mesma paragem, um idoso, ao escutar a conversa, adiantou: “Não sabemos os números, são complicados de se perceberem. Já os autocarros são bons agora, mas depois começam a ser velhos e volta tudo ao normal”. PUBLICIDADE


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