“Annus Horribilis”
Por mais “que esprema” a minha massa cinzenta, não posso fugir a falar da morte da Rainha Isabel II, dominando a quase totalidade dos noticiários há vários dias. E faço-o algo contrariado, pois sou um repu blicano até à “medula”.
Acho a monarquia algo de ul trapassado. Acho essa hipotética distinção entre plebeus e nobres, condes, duques e príncipes coisas do passado, e até a manutenção, até aos dias de hoje, de trajes folclóri cos com plumas ou outros adornos, além de armas de há trezentos anos ou mais, algo carnavalesco –perdoem-me, pois tal opinião não diminui em nada a minha admiração pela Rainha Isabel II e não diminui em nada o seu extraordinário papel.
Papel desempenhado pelo Reino Unido e pela realidade da “Com monwealth” – um mundo ligado pela história e pela língua inglesa. E uma boa zona facilitadora de negó cios. Quando pus este título a esta minha coluna de opinião, não estava a pensar no ano em que a família real inglesa e a sua Rainha viveram debaixo de vários escândalos – acei to bem que, para a defunta Rainha, tenha sido um ano horrível.
Mas estou a pensar agora que, para o Rei Carlos III, vai mesmo co meçar, não um ano horrível, mas uma época de problemas, esses sim horríveis. O Reino Unido vai –não tenho dúvidas – deixar de ser unido, pois a Irlanda do Norte vai querer juntar-se à do sul por que pelo menos a Escócia vai querer a sua verdadeira independência (uma sondagem feita há pouquíssimos anos deu 45% de apoiantes da re pública).
O Canadá e a Austrália não pen sam num regime republicano? Com o destaque (e a despesa para o Esta do) de uma “monarquia à inglesa”,
OPINIÃO
Mário Moura‘deficits’, dívida pública elevada, entre outras… além das tremendas ameaças, bem próximas, das graves alterações climáticas, da biodiversi dade, dos efeitos do aquecimento global – tudo gerando uma ameaça de inabitabilidade de um mundo em ameaça permanente de um gravís simo conflito armado.
Não tenhamos dúvidas: avizi nham-se, não um horrível, mas vários anos horríveis! Nada disto diminui para mim (e para o mundo) o valor que a falecida Rainha Isabel II tinha – e até um agradecimento pelo seu papel no último século em que estamos a viver.
Uma vez terminadas as cerimó nias do funeral da Rainha, conti nuarão ainda várias obrigações da tradição de séculos para o novo monarca satisfazer, mas logo no dia seguinte cai sobre o governo (com uma primeira-ministra que até já foi militante republicana) e sobre o po vo em geral, todo o peso da actual crise – e das lágrimas e trajes negros rapidamente se passará para mani festações, cartazes de protestos e gritaria em vez de lágrimas.
Sair-se-á da história e voltar-se-á à vida real! Voltaremos para os anos horríveis. Até aqui neste “cantinho à beira-mar plantado”, e talvez haja quem chore, mas de fome, de fu gas apressadas ou de hecatombes climáticas!
OPINIÃO
A guerra em nós
Para os mais jovens, a inflação erahá muito - um vocábulo em desuso. Um complexo conceito, estudado de forma minuciosa, cuja última aparição com reais consequências na vida dos cidadãos, remontava em Portugal a 1984. Nenhum estudo nos prepara para a du reza da realidade. A invasão da Ucrânia, por parte da Federação Russa, materia lizou um raríssimo compasso na história de equilíbrios geopolíticos, que só blocos fortes conseguem suportar. Esta é a teoria por trás das atrocidades que, nos últimos 200 dias, cá longe, as televisões trouxe ram a nossas casas, inflamando os nossos corações em revolta e dando corpo a um sentimento de “unidade ocidental”, face à desumanidade e ao sofrimento.
da electricidade, do gás, das rendas e das prestações degradam a qualidade de vida de qualquer português com vencimento médio, o que em rigor representa a vas tíssima maioria de nós. As medidas mais ambiciosas para combater este flagelo exercem um perigo difícil de explicar. En charcar a economia com dinheiro, ainda que orçamentalmente viável, levaria Por tugal a uma exposição excessiva inerente ao peso da sua dívida pública. No curto pra zo, teremos de revisitar os mercados para readquirir cerca de 60 mil milhões de euros de dívida que Mário Centeno soube - com mestria - reperfilar e, neste contexto, asse gurar juros baixos nos mercados financei ros, representa muito mais que quaisquer caprichos, truques ou narrativas.
A verdade vive sempre para além do ób vio. Regar a inflação com um colossal fluxo de apoios às famílias e empresas conduziria a nada mais do que muito mais inflação. O equilibro é complexo e o Governo pautou bem a sua intervenção. Contas certas são o garante de que, quando a solidariedade europeia sucumbir ao egoísmo e frieza do Inverno Alemão e Francês, à previsível vi tória da extrema-direita italiana, Portugal poderá fazer da sua localização geográfica um baluarte de resistência.
em tempos de uma crise económica avassaladora, como aquela em que vivemos e de que se não vê fim à vista, será tolerada?
Lá se vão aceitando monarquias de outro tipo – quem ouve falar do rei da Suécia ou da Dinamarca, por exemplo? Até aqui ao lado a monarquia está por “arames”! Não esqueçamos que o ainda Reino Unido, fora da União Europeia, vi vendo – tal como nós – inflações,
Dirão – eu sei – que estou “horri velmente” negativo. E têm razão! Mas fala um nonagenário a caminho dos 100, que deu muito da sua vida e do seu esforço para que este mun do em que vivemos fosse melhor – e diante dos meus olhos só vejo nevoeiro!
E aquele folclore em Londres fez -me dores de cabeça e um certo sentimento de angústia!
Médico
Todavia, os conflitos prolongam-se –invariavelmente – para além dos nossos desejos e primeiros instintos. As sanções económicas, inicialmente aplaudidas, produzem tremendos impactos que a propaganda russa já não pode esconder, não obstante produzirem um efeito boo merang que, quando realmente afectam as nossas vidas, colocam à prova a verda deira força da nossa solidariedade. Todos sofremos ao testemunhar o sofrimento ucraniano, mas quantos estão dispostos a sofrer e por quanto tempo?
Os aumentos dos preços dos bens ali mentares essenciais, dos combustíveis,
Quem tem paz, Sol, o Porto de Sines e um líder, reconhecidamente, capaz de nos defender, nos mais elevados palcos mundiais, que pauta a sua actuação pela solidariedade e optimismo, em detrimento do castigo e da austeridade, pode não ter tudo, mas tem meio caminho andado para resistir e superar.
Os 2,4 mil milhões de apoios farão muito mais por nós do que qualquer pancada, dada por uma oposição perdida na urgên cia de se mostrar viva a cada momento. As contas certas, por outro lado, garantirão que não voltaremos a ficar ao sabor da vontade dos frugais europeus.
Não existe vacina para a inflação, nem para os seus terríveis efeitos, porém a ver dade e a taxação dos lucros excessivos que a guerra gerou em certas empresas, cons tituem deste mal uma virtuosa prevenção. Deputado do PS
E aquele folclore em Londres fez-me dores de cabeça e um certo sentimento de angústia!
Edifício da Escola do Bairro da Conceição requalificado
A Junta de Freguesia de São Sebastião procedeu à requalificação do exterior do edifício tardoz da Escola Básica do Bairro Nossa Senhora da Conceição, cujos trabalhos incluíram “a substituição da cobertura, a colocação de painéis sandwich e a melhoria do
sistema de drenagem de águas pluviais, por forma a evitar repasses e infiltrações”. Além disso, a intervenção “incidiu igualmente sobre as fachadas, incluindo a lavagem com jacto de água de alta pressão, tratamento e reparação de fissuras e pintura”.
ACES ARRÁBIDA
Deputados do PS pedem esclarecimentos sobre atraso na avaliação dos funcionários
Eurídice Pereira foi promotora da consulta feita ao Ministério da Saúde sobre ausências de classificações
Tiago Jesus
No seguimento de uma notícia avan çada por O SETUBALENSE, a 4 de Agosto, os deputados socialistas pe diram esclarecimentos ao Ministério da Saúde, relativamente aos atrasos na avaliação de funcionários da ACES Arrábida. Como já havia sido noticia do, existem funcionários que não são classificados desde 2017, impedindo o aumento salarial dos profissionais de saúde. As classificações são atribuídas a cada dois anos, de modo que as mes mas sejam actualizadas e permitam o devido aumento salarial aos funcioná rios. Estas classificações, após serem realizadas, têm de ser enviadas para a Administração Regional de Saúde de Lisboa e Vale do Tejo, onde são homo logadas, mas tal não tem acontecido, uma vez que a direcção do ACES Arrá bida não as tem enviado para Lisboa.
Os deputados do PS, através da consulta promovida por Eurídice Pereira, afirmam agora, através de uma consulta feita ao Ministério da Saúde, não terem sido informados sobre esta questão aquando da reu nião com a direcção executiva desta ACES, recorrendo então a esta for ma de esclarecimento. Os socialistas deixaram então várias questões ao
Ministério da Saúde, tentando per ceber quantos funcionários desta ACES estão envolvidos neste atraso de avaliações, quais as razões que de sencadearam este atraso, qual a data em que todo o processo estará con cluído, que medidas foram tomadas para que nenhum funcionário fosse prejudicado, se existe a possibilidade de voltar a existirem atrasos e se es ta situação ocorre noutros ACES do distrito de Setúbal.
Na notícia alguns funcionários do Agrupamento de Centros de Saúde (ACES) Arrábida mostraram a sua
Direcção Processo estará fechado “no
final do mês”
Novamente contactada por O SETUBALENSE, a direcção garante que está a trabalhar o mais depressa possível para resolver a situação, assegurando que terá tudo tratado muito brevemente. “A situação está
a ser tratada de forma breve. Estamos a trabalhar conforme o prazo estabelecido e queremos ter tudo resolvido até ao final do mês de Setembro, conforme já nos havíamos comprometido”, assegurou.
preocupação, após vários anos sem receberem classificações. A direc ção garantiu na altura que estava a trabalhar o mais depressa possível para resolver a situação, garantindo que teria tudo tratado muito breve mente. “Estamos a tratar de tudo há alguns meses, sendo que temos também chamado algumas pessoas para assinarem as classificações, mas estando em período de férias torna tudo mais complicado”, afirmou, comprometendo-se ainda com uma data. “Estamos a trabalhar o mais de pressa que conseguimos e queremos ter tudo tratado no máximo até meio de Setembro”, assegurou na altura. Ao que foi apurado, a situação ain da não foi resolvida. Uma assistente técnica desta instituição explicou, em declarações a O SETUBALENSE, que não estão a ser realizados avanços no sentido das avaliações. “Hones tamente não me parece que esteja a ser feito alguma coisa. É surreal que passado tanto tempo nada seja feito, apesar das várias denúncias, até em público”, referiu.
CARRIS
METROPOLITANA
à espera de vistos das autoridades para pegarem ao serviço na Alsa Todi
Motoristas de
Os 61 novos motoristas recrutados pela operadora Alsa Todi em Cabo Verde já só estão “a aguardar a emis são de vistos pelas autoridades portu guesas para entrarem de imediato ao serviço” nas linhas de Setúbal, Moita, Montijo, Alcochete, Palmela e Barrei ro, referentes à área 4 do serviço da Carris Metropolitana. A informação foi avançada a O SETUBALENSE por fonte oficial da Alsa Todi.
O relato da empresa vem assim confirmar a versão que André Martins, presidente da Câmara Municipal de Setúbal, já havia revelado em reunião do executivo na passada quarta-feira.
O recrutamento em Cabo Ver de “foi feito com a colaboração de parceiros locais e acompanhado por responsáveis da Alsa Todi, que garantiram a aptidão para o exercí cio de funções com os standards da ALSA, num processo formativo que continuará nos próximos dias em Portugal”, esclarece aquela fonte da
empresa. A parte final da formação “vai servir para os novos motoristas ficarem a conhecer as linhas onde vão actuar”.
De acordo com a mesma fonte, a contratação dos motoristas resultou “da entrada em vigor, no dia 1 de Agos to, do Decreto-Lei n.º 46/2022 que reconhece os títulos de condução de alguns países membros da CPLP [Co munidade dos Países de Língua Por tuguesa]”. Assim que entrarem ao ser viço, estes motoristas “estarão já vin culados ao novo Acordo de Empresa com as Organizações Representativas dos Trabalhadores, como a Federação dos Sindicatos de Transportes e Co municações (FECTRANS), o Sindicato dos Trabalhadores dos Transportes (SITRA) e o Sindicato Nacional dos Motoristas (SNMOT), que estabeleceu melhorias das condições de trabalho para estas funções, assim como folgas rotativas, seguro de saúde e prémios de assiduidade”, garante ainda a mes ma fonte oficial da Alsa Todi.
A área 4 do serviço da Carris Metropo litana “teve um incremento substancial de oferta, requerendo mais autocarros e motoristas”. “Devido à impossibilidade de conseguir recrutar mais motoristas em Portugal por falta geral de mão-de -obra, a Alsa Todi está também a apoiar a instalação destes novos motoristas no País, através de medidas de finan ciamento da formação, despesas de deslocação e habitação”, salienta aquela fonte da empresa, a concluir.
Fonte oficial da empresa diz que contingente recrutado para a área 4 já só está refém de processos administrativosForam recrutados 61 novos motoristas pela operadora da TML
Cabo Verde
SEGURANÇA
Refer projecta novas passagens de nível nas Fontaínhas e Cachofarra em nome da segurança
A solução pode ser a construção de uma passagem aérea ou interior. A Câmara já avaliou projectos e aguarda calendário de obra
Na passagem de nível das Fontaínhas, aberta apenas a peões, em Setúbal, os sustos têm sido muitos e alguns mais do que isso, havendo mesmo casos mortais a lamentar de gente que a atravessa.
Também a cerca de três quilóme tros, na Cachofarra, a passagem que permite o cruzamento de veículos, apesar das cancelas, aviso sonoro e luminoso, os sobressaltos têm acontecido à passagem dos com boios que se dirigem de Setúbal para Praias do Sado, e vice-versa. Duas situações que estão perto de ser resolvidas.
Segundo a vereadora Rita Carva lho, responsável pelo sector do Urba nismo e Mobilidade, a Câmara Muni cipal de Setúbal tem conhecimento de que a Infraestruturas de Portugal [empresa pública responsável pela ferrovia] tem projectos para suprimir as passagens de nível sobre a linha de comboio, substituindo-as por passa gens superiores ou interiores”, e “já apresentou projectos à autarquia”, avança a vereadora.
Enquanto se aguarda solução, ali
na zona velha da cidade são muitas as pessoas que, uma a uma, atraves sam a linha do comboio. São dezenas a cada hora, diz quem tem vista para o local; umas param e olham para o lado de Setúbal e o de Praias do Sado, outras arriscam passar enquanto o sinal sonoro de aviso do comboio não toca e a luz verde está apagada, mas outras há que arriscam ainda mais e apressam o passo já com todos os alertas ligados.
Quem conhece bem aquela passa gem de nível, faz contas: “Às horas e meias horas, passa o comboio do lado de Setúbal, aos 15 minutos e 45 mi
APOIO À GESTÃO PORTUÁRIA
nutos vem o de Praias do Sado”, mas este conhecimento não é garantia de segurança, há atrasos nos horários e também passagem de comboios de mercadorias. “Esta passagem de ní vel não pode existir assim dentro de uma cidade”, diz uma transeunte que prefere reservar o nome, mas mesmo assim acrescenta: “Se puserem aqui uma linha electrificada, então é que os comboios não se ouvem, e mais perigoso será”, comenta.
“Quando o comboio vem do lado de Praias do Sado, ainda se consegue ver e ouvir a que distância é que vem, mas quando é do de Setúbal, como
sai do túnel, perde-se a noção da distância”, diz José Carlos Margari do, proprietário do Café do Mar, bem frente à passagem das Fontaínhas, o que lhe permite saber e observar os casos que ali se passam.
“Mesmo com a campainha a tocar e o semáforo dos peões vermelho há quem arrisque atravessar”, conta es te homem que também reside perto daquela linha do comboio da CP, e de passagem de outros de mercadorias. Entre quem ali passa frequentemen te, a opinião é que a Refer, empresa pública responsável pelas infraestru turas ferroviárias, deveria construir
um tipo de passagem que permitisse dar mais segurança às pessoas.
Pelo que dá a saber a Câmara de Setúbal, os projectos apresentados pela Infraestruturas de Portugal já foram avaliados pela autarquia que, entretanto, “apresentou várias su gestões de melhorias”, aguardando agora “com expectativa a informação relativa ao início de obra”.
O certo é que, para quem atra vessa aquele local, a solução tem de acontecer rapidamente, e fala-se de casos como o de uma mulher que foi vitimada pelo comboio quando fala va ao telemóvel; outros dizem que estava com headphones. Ou seja, o sistema que existe actualmente no local é criticado por quem ali passa. “Basta as pessoas distraírem-se para acontecer uma acidente”, infere Má rio, um morador local.
Outro problema que aponta na quela área da cidade, é o entabua mento da passagem de nível. Diz que não tem sido bem reparado pela Refer, e o mesmo afirma José Carlos Margarido: “Há uns tempos vieram aqui funcionários da empresa aper tar as tábuas desta passagem, mas não fizeram mais do que isso; aqui a reparação não tem sido feita como deveria”, protesta, o resultado é que “além do barulho da passagem dos comboios é persistente o barulho do entabuamento solto quando é pisado”.
O SETUBALENSE questionou a In fraestruturas de Portugal sobre as soluções que estão pensadas para reforçarem a segurança nestas duas passagens de nível, mas até fecho da edição não foi possível obter resposta.
Porto sadino torna movimentação de navios mais eficiente através de aplicação
A movimentação de navios passou a gerida pelo Porto de Setúbal “de forma mais eficiente e com maior se gurança”, depois de implementada uma “aplicação de apoio à gestão portuária”.
Em comunicado, a Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra (APSS) explica que a ferramenta, criada “no seguimento da estraté
gia de inovação e aposta em novas tecnologias, permite uma utilização remota, agilizando a tomada de deci sões, e beneficia toda a comunidade portuária, com a melhoria dos servi ços prestados”.
Ao encontro “do trabalho que tem vindo a ser feito na recolha, trata mento e disponibilização de infor mação de apoio à gestão e decisão
através de ferramentas de ‘Business Intelligence’, disponibilizadas aos vários serviços do Porto de Setúbal, foi agora possível incluir informações recolhidas do sistema de informação geográfica”.
De acordo com a APSS, as refe ridas informações, “aliadas às da Janela Única Logística e à AIS dos navios, constituem uma plataforma
de dados de gestão que permite ao serviço de Planeamento e Controlo Portuário da Direcção de Pilotagem analisar mais rapidamente as infor mações que necessita para o exer cício das funções”.
O novo sistema “reveste-se de grande importância para o Porto de Setúbal, que passou a contar com uma ferramenta adicional que
permite uma utilização remota”. Além disso, “a concretização des te projecto vem no seguimento da desmaterialização processual que o Porto sadino tem vindo a desen volver, estando previsto no futuro a aplicação deste tipo de tecnologias noutras áreas de actuação, nomea damente no apoio à gestão dos ter minais portuários”.
CRESCIMENTO ECONÓMICO
CUF Saúde e Bricomarché investem em novos projectos no território barreirense
Espaço vai criar 60 postos de trabalho. Projecto em Coina está orçado em 4,7 milhões
Luís Geirinhas
O município do Barreiro aprovou na última reunião pública, realizada na passada semana, o novo projecto previsto para a zona da Quinta das Canas, na freguesia de Santo An dré, onde terá lugar a instalação de novos equipamentos e espaços de serviços, tendo sido autorizado o contrato de direito de superfície a celebrar com a CUF Saúde, para a criação de uma unidade nesta zona do território barreirense.
O equipamento em causa, se gundo a edilidade, vai “gerar inves timento e criar cerca de 60 postos de trabalho”, tendo na altura sido ainda aprovada uma proposta de loteamento de iniciativa municipal, que permitirá “aumentar a oferta de habitação acessível” no concelho.
Rui Braga, vice-presidente do mu nicípio, considera que este inves timento trará à cidade uma nova centralidade. “A ligação ao rio ficará salvaguardada [e esta] foi desde lo go uma preocupação da autarquia", sublinha.
Para o vereador, trata-se de “um investimento importante, e acima de tudo enquadrado com a visão que existe para este território”. Na altura foi ainda aprovado o lançamento de um concurso público para a empreita da de construção das infra-estruturas do loteamento da Quinta das Canas, no valor de 1,6 milhões de euros, que consistirá no “melhoramento do es paço público, bem como das infra -estruturas de subsolo”, num prazo de execução de 360 dias De acordo com a autarquia, a cons trução destas infra-estruturas “assu me-se como uma obra indispensável para a melhoria da cidade e também para o respectivo progresso e cresci mento económico”.
Bricomarché investe 4,7 milhões em projecto localizado em Coina No âmbito do Regulamento de In centivos ao Investimento e à criação de postos de trabalho, o autarca in formou ainda que está aprovado um apoio de redução nas taxas de 50%, com isenção do IMI, IMT e da derra ma, da empresa que vai explorar o Bricomarché, na freguesia de Coina, que está orçado em 4,7 milhões e que permitirá a criação de 28 postos de trabalho directos.
“Esta não é só uma boa notícia por que vai criar emprego, [mas também porque] vai criar investimento [no concelho] e, acima de tudo, começa cada vez mais a ser uma certeza que o regulamento aprovado é uma arma importante para atrair investimen to e dar benefícios para que as em presas possam escolher o Barreiro” para instalação de novos projectos. Na ocasião, Rui Braga explicou que a empresa decidiu deslocalizar este equipamento para o concelho, mas que, um ano depois, será nesta zona do Distrito que vai passar a pagar os valores mencionados dentro dos cus tos que são normalmente cobrados.
Dentro de seis meses Nova
A nova loja do grupo “Os Mosqueteiros”, que vai nascer dentro de seis meses na zona da Quinta da Areia, na freguesia de Coina, ao abrigo do Regulamento de Incentivos Municipal, possibilitará a criação de mais 28 postos de trabalho no município do Barreiro.
O novo espaço comercial de venda de materiais de bricolage, orçado em mais de 4,7 milhões de euros, consiste na instalação naquela zona do território barreirense de uma construção superior a quatro mil metros quadrados, que será criada no prazo de meio ano.
loja
do grupo “Os Mosqueteiros” vai nascer na Quinta da Areia e criar 28 postos de trabalho
O vice-presidente da autarquia, Rui Braga, já manifestou a sua satisfação neste investimento, no decorrer da última reunião pública do executivo.
“Começa a ser cada vez mais uma certeza que o regulamento de incentivos aprovado em reunião de câmara é um investimento importantíssimo para atrair investimento”, recorda, tendo sublinhado que a empresa “optou por deslocar a sede para a cidade”, facto que contribui desta forma para “o aumento do tecido económico e empresarial” concelhio.
COM
Polidesportivo da antiga Escola 7 acolhe projecto de Atletismo
TRABALHOS EM ESTREIA
A partir desta quarta-feira, o Grupo Desportivo e Recreativo da Verderena, com o apoio da autarquia barreirense, dá início ao projecto de uma escola de atletismo, entre as 18 e as 19 horas, no polidesportivo da Escola Básica do Barreiro
OUT.FEST de regresso em Outubro
O 18.º OUT.FEST - Festival Internacio nal de Música Exploratória do Barreiro, acolhe este ano as actuações de Claire Rousay, Richard Dawson com Circle, além de RP Boo, Eve Risser e Audrey Chen, estando ainda previstas as passa gens de outros nomes pela cidade en tre os próximos dias 5 e 8 de Outubro. De acordo com a organização, vão também marcar presença no municí pio um conjunto de novos trabalhos nacionais, em estreia absoluta, como a instalação “A Segunda Natureza”, criada pela bolseira da OUT.RA, Rita Santos, assim como a expansão do trabalho a solo do barreirense George Silver, a convite dos promotores do evento, que deram a conhecer recen temente o último lote de confirma ções para “a maior e mais ambiciosa
edição até à data” deste festival. O certame incluirá três dezenas de con certos, duas conversas com artistas e uma instalação sonora em vários espaços do centro da cidade.
Aquele que será o “cartaz mais extenso da história” do OUT.FEST contará ainda com as presenças an teriormente confirmadas da japonesa Phew e dos norte-americanos Nicole Mitchell e Prison Religion, do britâ nico David Toop e dos portugueses
Sereias e Luís Fernandes. A estes vão juntar-se as estreias da norte -americana Claire Rousay, do ugandês Afrorack e do britânico David Toop. O festival “continua a tradição de utilização de diferentes espaços”, com o concerto de abertura a mere cer maior destaque, nas emblemá ticas oficinas de reparação de loco motivas da CP, um dos dez palcos diferentes que ao longo de quatro dias vão acolher o certame.
QUINTA EDIÇÃO DO MANOBRAS Festival de marionetas e formas animadas em périplo pelo
concelho a partir de amanhã
O 5.º MANOBRAS – Festival Inter nacional de Marionetas e Formas Animadas, leva a vários espaços culturais do município barreirense, a partir desta quinta-feira, um conjun to de apresentações que prometem atrair um público alargado de aman tes deste género, numa iniciativa que conta com a organização da autar quia local e da Artemrede. Amanhã, a companhia espanhola Tian Gombau – L’Home Dibuixat promete transpor tar o público mais jovem até à infân cia, com grandes doses de afectos e ternura, em duas exibições que terão lugar às 16 e 17 horas, no Auditório Municipal Augusto Cabrita (AMAC).
A criação de Jordi Palet conta a his tória de um jovem que usa sapatos novos e vai até ao rio para lanchar, num caminho onde “descobre o mun do” que o rodeia, desde ruas e casas, paisagens, pessoas e até animais.
Nesta deslocação, os seus sapatos acumulam experiências e, pouco a pouco, os dias e os anos vão passan do, o que lhe permite crescer.
A programação desta edição conta ainda, na noite do próximo domin go, pelas 21h30, com a actuação de “Palaphita” – Projectos de Interven ção Artística –, no Largo do Mercado Municipal 1.º de Maio, na Avenida Alfredo da Silva, onde num lugar simbólico, na “margem entre o real e o imaginário, emergem palafitas suspensas entre pernas de pau e ataduras provisórias”, impulsionando “travessias aos que dão corpo e alma às formas da ilusão da humanidade”.
Integrada neste festival, está ainda a realização da oficina “As Amigas de Gaspar”, dia 18, pelas 10h30, onde através de exercícios de movimento, manipulação de objectos e linguagem, é dada a possibilidade aos participan
tes de investigarem em que formas de amizade acreditam as crianças e escutar as suas preocupações com o mundo. Nesta data e à mesma hora, no AMAC, terá lugar “A Viagem de Sofia” pela SA Marionetas, para apresenta ção da sua nova produção, a partir do texto “A Viagem”, escrito por Sophia de Mello Breyner. Pelas 16 horas, neste espaço será apresentado o espectácu lo “As Amigas de Gaspar”, a partir do território da dança e do fascínio pelo teatro de marionetas, onde duas bai larinas e uma cantautora pouco fixas e muito movediças, revêem as possi bilidades de sustentação e animação dos seus corpos. Dia 22, às 11 horas, o Parque Catarina Eufémia acolhe a iniciativa “Qubim”, num evento co-fi nanciado pelo Programa Operacional Regional do Centro e pelo Governo, através da Direcção-Geral das Artes e do Ministério da Cultura. L.G.
BREVES
(antiga Escola 7). A instituição desenvolve desde Agosto de 1995 várias actividades nas áreas da cultura e do desporto, com a colectividade a dedicar-se desde o seu nascimento à área da promoção dos jogos lúdicos e integrado o Circuito de Atletismo.
ESCOLA DE TECNOLOGIA
As conversas dedicadas à saúde mental vão prosseguir pelo território, com a realização de sessões abertas à comunidade, estando o próximo encontro agendado para dia 20, pelas 18 horas, na Escola Superior de Tecnologia do Barreiro, onde decorrerá uma reunião sobre a “Prevenção do Suicídio” no âmbito do Setembro Amarelo. Na manhã de 11 de
HIGIENE PÚBLICA
Outubro, o Centro Social de Santo António acolhe mais uma iniciativa, subordinada à temática “Envelhecimento saudável versus envelhecimento patológico”, estando o final destes debates, iniciados em Março deste ano, marcado para 15 de Novembro, pelas 18 horas, no auditório da Biblioteca, sobre “Emoções e as suas manifestações”.
Barreiro
O vice-presidente da Câmara do Barreiro, Rui Braga, revelou na última reunião pública da autarquia que o município conta ver a situação da recolha do lixo no concelho regularizada “nas próximas semanas”, até porque a edilidade “renovou” recentemente os carros alugados
para este efeito, estando prevista para esta semana a chegada de quatro viaturas para dar resposta à situação que se vive no território. “Esta é a justificação para alguma perca de qualidade do serviço de recolha que tem vindo a notar-se há algum tempo”, justificou.
SESSÕES AO AR LIVRE
A zona situada junto ao Moinho de Vento Nascente da Praia de Alburrica acolhe até 1 de Outubro sessões da pilates clínico com a PhysinOn, durante a manhã e sempre que o tempo o permitir. A iniciativa camarária, com a duração de 40 minutos e o número máximo
de dez participantes por cada lição, pretende dar a conhecer à população os benefícios desta práctica ao ar livre e, em simultâneo, promover a recolha de bens essenciais para animais, que posteriormente serão entregues a uma das associações que exerce a sua actividade no concelho.
Conversas sobre saúde mental prosseguem até Novembro
Quatro viaturas reforçam recolha de lixo no
Praia de Alburrica recebe aulas de pilates até ao mês de OutubroLuís Geirinhas Concerto de abertura tem lugar nas oficinas de reparação da CP Edição deste ano será "a maior e mais ambiciosa até à data" DR
Barreiro
Ao saber do destino con ventual de Beatriz (que poderia ser a mulher do seu filho Pedro), após visita ao convento, Álvaro despede-se, como se tivesse cumprido uma missão“Adeus, mestre Mendo. Selado e brindado tenho o meu ginete, vou -me por aí fora. Deus vos dê felizes dias cá na terra e eterno repouso na bem-aventurança, e se o destino nos não tornar a unir, até ao dia do Juízo Final!” E conclui o narrador: “Despe diram-se. De D. Álvaro ninguém mais soube.” Não podemos ler esta pas sagem sem nos lembrarmos daquele encontro entre as personagens Tel mo e D. João de Portugal que Garrett criou para o seu “Frei Luís de Sou sa”, em que o nobre, depois de se certificar sobre a história da família através do fiel escudeiro, entende estar errado no ódio e, despedindo -se, parte, desaparecendo de cena. No caso do garrettiano D. João de Portugal, como no caso do Álvaro Ataíde, de Henrique Freire, ambas as personagens antecipam o seu fim, através de uma morte psicológica, que acontece depois que o mundo se lhes fecha.
PUBLICIDADEEm “A Profecia”, o espaço me dieval da então vila sadina, em finais do século XV, é sempre ca racterizado em comparação com a contemporaneidade de Henrique Freire - daí que haja ocasião para louvar a chegada do comboio ou a iluminação a gaz, que estava para breve. Mas, preocupação máxima, para lá da acção narrativa e do de senvolvimento que era sentido na cidade, Freire foca-se na preser vação do património, tal como foi propósito da geração de Herculano e Garrett - há diversos momentos em que o desrespeito pela memó ria (tomando o exemplo da falta de reconhecimento a Bocage, haja em vista que o monumento ao poeta é posterior, de 1871), a falta de conservação dos bens culturais e o uso do camartelo são critica dos, desejando que, no futuro, “a mão destruidora do vândalo desta época não se lembre de fazer do seu recinto uma praça de touros” (como acontecera no Convento de S. João, em Setúbal, duas décadas antes). Continuamos a não poder ler estes comentários sem nos lem brarmos do que Garrett ia dizendo
500 PALAVRAS
João Reis RibeiroHenrique Freire e o romance histórico da fundação do Convento de Jesus (3)
no seu circuito por Santarém nas “Viagens na minha terra”, sempre condenando o despropósito com que o património edificado era deixado ao abandono...
A concluir, um desejo: “Que in teiro ou destruído, esse templo conserve sempre vestígios do antigo poder deste reino; é uma página de pedra do livro das nossas tradições.” E, para que dúvidas não restassem e incorrendo num ape lo de consciência cívica, remata: “Eis os sinceros votos que fazemos
em prol do Mosteiro de Jesus da cidade de Setúbal que a piedade ergueu há trezentos e setenta anos: praza a Deus nos não façam ainda um dia lançar um brado de reprovação contra os homens sem coração e sem crenças que tem reduzido a ruínas quase todos os monumentos do país.”
Advertência, é verdade, impor tante para o apelo à intervenção e defesa do património, uma marca que também preocupou os român ticos e que foi determinante para a cultura oitocentista. Esta obra de Henrique Freire, partindo de uma profecia cuja autenticidade é dis cutível, pretendeu ser uma voz de defesa e de promoção da cultura local, eivada de todas as marcas do tempo em que foi escrita, fazen do coabitar figuras da nobreza e populares, exaltando o carácter testemunhal e a responsabilidade dos cidadãos. Uma história que, ao glorificar esta “página de pe dra”, é um belo hino em honra do Convento de Jesus!
Cidade comemora 257 anos de Bocage com diversas iniciativas ao longo do mês
Visitas guiadas, workshops, exposições, concertos e encontros literários e desportivos integram programa
de amanhã, 15 de Setembro, Dia de Bocage e da Cidade.
Este ano, a programação das Come morações Bocagianas inclui visitas guiadas, workshops, concertos, ex posições, encontros literários, dan ça e actividades desportivas, que, a partir de hoje e até 30 de Setembro, celebram Bocage e Setúbal, tendo o seu ponto alto no feriado municipal
O plano comemorativo para o dia de amanhã, feriado, começa pelas 09h00 com as habituais cerimó nias oficiais nos Paços do Concelho, o hastear da bandeira e a deposição de flores na estátua que homenageia Bocage, com a participação da Asso ciação Cultural Toma - Teatro Oficina Multi Artes. Para começar à mesma hora, está marcada uma visita pela cidade no âmbito do terceiro peddy -paper “Experienciar Setúbal”.
Às 10h00, também de quinta-feira, o Fórum Municipal Luísa Todi rece be a homenagem aos trabalhadores municipais aposentados, seguida da entrega das medalhas honoríficas a personalidades e entidades. Pelas 15h00, há uma visita aos Paços do
Concelho, com a participação da Es cola de Música da Sociedade Musical Capricho Setubalense.
A Gráfica - Centro de Criação Ar tística recebe, das 15h00 às 18h00, o workshop de azulejaria tradicional com a Leiveira - Azulejos de Azeitão, integrado no Ciclo de Artes e Ofícios.
A inauguração da exposição “Bo cage - representações nossas con temporâneas” integra a iniciativa Casa Bocage de Portas Abertas. A mostra, que apresenta obras de artis tas contemporâneos representados nas colecções dos museus municipais de Setúbal, produzidas entre 1974 e 2022, alusivas a Elmano Sadino, fica patente até 24 de Setembro.
Às 16h00, Daniel Pires, pelo Centro de Estudos Bocageanos, protagoniza o lançamento da obra “Bocage ou o
elogio da inquietude”, no Salão No bre dos Paços do Concelho, o mesmo espaço que acolhe, pelas 18h00, o anúncio da obra vencedora do XXII Concurso Literário Manuel Maria Bar bosa du Bocage, pela Liga dos Amigos de Setúbal e Azeitão (LASA).
A bordo de um barco no estuário do Sado, com jantar incluído e de clamação de poemas de Bocage, o evento “Entardecer no Rio Sado com Bocage” começa pelas 18h00.
Fado em Setúbal é o mote para o concerto de encerramento da pro gramação comemorativa do Dia de Bocage. Com início pelas 21h30, nas arcadas dos Paços do Concelho, fazem-se ouvir os fadistas Alfredo Santos, Carla Lança, Carlos Zacarias, Carolina Mendes, Fernando Anselmo, Inês Pereira, Joana Lança, Piedade Fernandes, Ramiro Costa, Sara Mar garida e Susana Martins acompa nhados pelos guitarristas Custódio Magalhães e Vítor Pereira.
Um vasto leque de iniciativas além do feriado municipal Além de dia 15, as comemorações estendem-se ao longo do mês de Setembro, com destaque até para a Noite Bocagiana, que acontece logo na noite de 14, quarta-feira. Entre as 21h00 e as 23h00, a Praça de Boca ge e os largos da Misericórdia e da Ribeira Velha serão animados com momentos musicais, de dança, ter túlias e animação de rua.
A 16, a música continua com um concerto com os ritmos da bossa no va, pela banda Sound People, na Casa da Baía, e um baile barroco, na Praça de Bocage, que recria a vida quoti diana no tempo de Bocage através da música, da dança, do teatro e da poesia. Os dois momentos têm início marcado para as 21h30.
Nos dias 16 e 17, Pedro Pires Rodri gues é o formador de um workshop de azulejaria contemporânea, a rea lizar no Espaço A Gráfica, das 15h00 às 18h00, também parte do Ciclo de Artes e Ofícios; e a tertúlia “Vinho e Poesia Bocagiana: uma relação im provável” leva declamação de poesia e degustação de vinhos à Casa Boca ge a partir das 21h00.
Também o desporto integra as Comemorações Bocagianas 2022. Os Setúbal Cross Games, com acti vidades repartidas entre o Parque Urbano de Albarquel, das 09h00 às 13h00, e o Largo José Afonso, entre as 14h30 e as 20h00, fazem arrancar a programação de dia 17.
O recital “Os contemporâneos de Bocage”, pelos solistas da Orquestra de Câmara de Sintra e a participação especial do TOMA, acontece na Igreja de Jesus, às 11h30, no âmbito do ciclo Convento ConVida. Segue-se a con ferência “Imagens do Centenário de
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Medalhas honoríficas distinguem entidades e individualidades relevantes no concelho
de poemas de Bocage
Bocage em 1905”, por Álvaro Arranja, pelas 15h30, na Sala José Afonso da Casa da Cultura, e uma visita guiada à Casa Bocage com intérprete com língua gestual portuguesa, às 16h00, no âmbito da candidatura SetúbalCultura Sem Barreiras.
Para a noite, a VII edição da Serena ta Fado de Coimbra em Setúbal, que evoca Adriano Correia de Oliveira, começa às 21h30 na Praça de Boca ge, fechando a programação do dia.
No dia 18, o destaque será a 18.ª edição do Festival de Bandas de Se túbal, com concerto às 16h00 na Pra ça de Bocage, com a participação da Banda de Música da Sociedade Mu sical Capricho Setubalense, Banda da Escola de Música Juventude de Mafra e Banda Filarmónica de Monte Re dondo. Durante a manhã, a segunda edição do peddy-paper El Mano Sadi no leva os participantes à descoberta da Herdade da Mourisca.
A 24, Filipe Freitas, no oboé, Jor ge Camacho, no clarinete, e Lurdes Carneiro, na fagote, apresentam o concerto Primeiros Sopros de Outono às 11h30 na Igreja de Jesus, abrindo a programação do dia. Na parte da tarde realizam-se a palestra “Bocage e a luta por um mundo melhor”, com Jorge Guerreiro, na Casa Bocage, pe las 15h00, e duas horas depois abre a exposição “Lauro António. Os pri meiros anos”, na Casa das Imagens Lauro António.
Igualmente a 24, às 21h30, estreia o espectáculo “Corpo Clandestino”, de Vítor Hugo Pontes, no Fórum Muni cipal Luísa Todi, integrado no projec to municipal Rota Clandestina e com segunda sessão no dia 25 às 17h00.
Também a 25, às 16h00, a Casa -Memória Joana Luísa e Sebastião da Gama, em Azeitão, recebe a sessão de poesia “Arrábida - o nosso património comum”.
O circuito poético “Bocage à solta”, entre a Praça de Bocage e a Escola Conde Ferreira, que contempla um momento musical com o projecto Rita, poesia com o TOMA e a exibição da curta-metragem “Bocage”, com organização da 50 Cuts - Associação Cinematográfica de Setúbal e da União das Freguesias de Setúbal, encerra as Comemorações Bocagianas 2022.
A mais alta distinção, Medalha de Ouro, será entregue à Santa Casa da Misericórdia de Setúbal
Inês Antunes MaltaNa atribuição de Medalhas Honorí ficas da Cidade a diversas entidades e individualidades aprovada pela Câmara Municipal de Setúbal, este ano, inclui-se uma Medalha de Ou ro, considerada a mais alta distinção, para a Santa Casa da Misericórdia de Setúbal.
As medalhas “têm como propósito distinguir a actividade desenvolvida no concelho por cidadãos e institui ções de forma particularmente no tória e nas mais diversas áreas, em algum momento da história local ou continuamente”, diz na deliberação emitida pelo município.
À Santa Casa da Misericórdia de Setúbal, fundada a 2 de Abril de 1500, foi aprovada a atribuição da Medalha de Ouro da Cidade e o con comitante reconhecimento como Cidadão Honorário de Setúbal, em reconhecimento do trabalho de senvolvido pela instituição que “ao longo de cinco séculos testemunhou e participou no crescimento deste núcleo urbano, na sua elevação a cidade e na sua elevação a capital de distrito”.
No presente, enquanto instituição de economia social, empregando no seu conjunto mais de 300 trabalha dores, “a Santa Casa da Misericórdia de Setúbal continua a proporcionar à comunidade quatro estruturas re
sidenciais para pessoas idosas, ade quadas aos níveis de dependência dos utentes, com 265 pessoas em regime permanente”.
De acordo com o Regulamento Municipal para a Concessão das Medalhas Honoríficas da Cidade, a distinção Medalha de Ouro, “a mais alta que o município pode conceder, só pode ser atribuída a pessoas ou instituições que tenham prestado ao concelho ou à nação serviços re levantes, gozem de extraordinário prestígio social pelos elevados dotes que as distingam sob o aspecto inte lectual ou artístico ou pelos actos de benemerência ou feitos desportivos que tenham realizado”.
Neste 15 de Setembro, serão ainda entregues três Medalhas de Prata da Cidade, a Miguel Frasquilho, Eugé nio Fonseca e ao Grupo Desportivo Setubalense “Os 13”, e um total de 28 Medalhas de Honra da Cidade a personalidades e instituições de destaque em várias áreas.
Na classe Actividades Culturais se rão agraciados Maria Luísa Perienes Ribeiro, Lurdes Pólvora da Cruz, Al
bano Almeida, José Alberto Raposo, Custódio Magalhães, Vítor Pereira, Joaquim Gouveia, Jorge Salgueiro e Nuno David.
Já na classe Ciência e Tecnologia destacam-se a Escola Básica Barbo sa du Bocage, Maria da Conceição Quintas, Emília Vaz Pereira e Paulo Quintino, enquanto no Desporto recebem as medalhas Eduardo Guilherme, Arlindo Roda, José Martinez, Luís Monteiro e o Centro Cultural e Desportivo de Brejos de Azeitão.
Na classe Associativismo e Sindi calismo são concedidas medalhas ao Núcleo de Poesia de Setúbal, Associação Casa da Poesia de Setú bal, Clube de Campismo de Setúbal, União Desportiva Casal das Figuei ras, Motoclube de Setúbal, Centro Social Paroquial de São Sebastião de Setúbal, Carlos Calçada da Cunha e António Henrique Quaresma Rosa, este último a título póstumo.
O município definiu ainda a atri buição de medalhas a Anita Vilar, na classe Paz e Liberdade, e à Casa Negrito, na Classe Comércio.
A bordo de um barco no estuário do Sado, com jantar incluído e declamação
“A medalha é o reconhecimento da minha cidade ao cidadão que tenho procurado ser”
go que eu tenho a certeza que vou recordar para o resto da minha vida pelos melhores motivos. Sem dúvida vai perdurar na minha memória e na nossa memória familiar”.
Um percurso de sorte rumo ao desafio europeu Para Miguel Frasquilho, “em tudo na vida é preciso ter sorte". "E eu acho que tive sorte. Eu na minha formação como tenho tido no meu percurso profissional”.
A ligação de Miguel Frasquilho a Setú bal acontece logo a 12 de Novembro de 1965, a data do seu nascimento. Nascido no Hospital de São Bernar do, no mesmo dia torna-se associado do Vitória Futebol Clube, do qual diz ter " o privilégio e a honra de ter sido presidente do Conselho Fiscal". "Ho je faço parte do Conselho Vitoriano. Sou, como me apresento sempre, e com muito orgulho, um setubalense de gema”, começa por dizer.
Em Setúbal viveu até aos seus 28 anos, na casa dos seus pais. “Fui nes sa altura morar para Lisboa, nomea damente por motivos profissionais, mas estudei em Setúbal até à univer sidade, incluindo a minha formação na Academia de Música e Belas Artes Luísa Todi”, conta. “Hoje, a minha mãe continua a morar em Setúbal e também foi por Setúbal que fui pela primeira vez eleito deputado à Assembleia da República, em 2002, como cabeça-de-lista pelo Partido Social Democrata (PSD)”, adianta, para explicar que as ligações à cidade são diversas e por isso mantém “uma fortíssima ligação à terra natal”.
Setúbal é, nas suas palavras, “um tesouro, uma cidade magnífica com as suas atracções, a sua gastronomia, o Rio Sado". "Não conheço rio mais azul, as praias magníficas, onde passei tan tos e tão bons Verões, sem esquecer a beleza natural da Serra da Arrábida e a cultura da cidade com todos os seus monumentos e encantos culturais. Há um sem número de características que fazem de Setúbal um local imperdível e inesquecível para quem visita”.
Ser distinguido, neste 15 de Setem bro, com a atribuição da Medalha de Prata da Cidade, é, para Miguel Frasquilho, “uma honra sem igual". "Eu acho que receber uma medalha
é um momento único na vida de um setubalense, no fundo é o reconheci mento por parte da minha cidade do cidadão que tenho procurado ser”.
O economista estende este reco nhecimento à sua “querida família, uma família de Setúbal". "Em especial ao meu pai, já falecido, e à minha mãe, a matriarca da família que ainda hoje vive na casa que era de ambos e eu visito praticamente todos os fins-de-sema
na", para em seguida partilhar que a distinção lhe traz “uma responsabili dade se possível ainda maior do que é ser setubalense e é um gosto acrescido por ser setubalense, de facto”.
“É um momento que ainda me fará ter mais orgulho e satisfação em dizer em qualquer lugar sempre alto e bom som que sou e serei sempre um orgu lhoso setubalense. Será sempre a mi nha cidade", afima, ao mesmo tempo
que assume a entrega desta distinção como “um momento particularmente feliz". "Acho que é um patamar a que qualquer setubalense quer chegar”.
A O SETUBALENSE, revela ainda que recebeu esta notícia “com muita emoção, alegria, satisfação e com um enorme brilho nos olhos” e conside ra que na quinta-feira “o momento da entrega vai ser único". "Para mim e para a minha família porque é al
Licenciado em Economia pela Uni versidade Católica Portuguesa, fez o seu Mestrado em Teoria Económica na Universidade Nova de Lisboa e um curso de Educação Musical, sem es quecer o estudo de piano até ao 12.º grau do então Conservatório Nacional de Música.
A nível profissional, foi docente universitário, na Universidade Cató lica Portuguesa e na Universidade No va de Lisboa, integrou o XV Governo Constitucional enquanto secretário de Estado do Tesouro e das Finanças e foi deputado à Assembleia da Repú blica, eleito pela primeira vez como deputado pelo Distrito de Setúbal.
Desempenhou ainda funções en quanto presidente da Agência para o Investimento e Comércio Externo de Portugal (AICEP) e do Conselho de Administração da TAP. “Entre outros cargos que desempenhei, destaco estes. Estive mais de 20 anos em que ocupei funções públicas e com mediatismo. Hoje, estou ligado ao sector privado como executivo da CI&T, uma multi-nacional brasileira especialista em transformação digital e cotada na bolsa de Nova Iorque”, refere. “Desempenho ainda funções não executivas em identidades em presariais, nomeadamente em con selhos estratégicos e consultivos”, acrescenta.
Na CI&T, a sua missão “é a de ajudar a empresa a crescer em Portugal nu ma primeira fase e depois na Europa do Sul, tornando a Europa num con tinente de sucesso para a empresa como já são a América do Sul, a América do Norte e a região da Ásia -Pacífico”. Este foi, assim, o desafio que os fundadores da multi-nacional lançaram a Miguel Frasquilho há cerca de um ano e no qual assegura estar neste momento “muito concentrado e empenhado”.
“Esta distinção diz-me que ainda sou capaz de fazer mais por Setúbal”
O actual presidente da Confederação Portuguesa do Voluntariado é amanhã distinguido pelo município
Inês Antunes Malta
Nascido e criado no Bairro Santos Nicolau, em Setúbal, filho de um pescador e de uma operária con serveira, Eugénio Fonseca, uma das personalidades a receber a Medalha de Prata da Cidade neste feriado mu nicipal, mantém até aos dias de hoje “o grande orgulho” nas suas raízes. Depois de ter presidido à Cáritas Diocesana de Setúbal e à Cáritas Portuguesa, é hoje presidente da Confederação Portuguesa do Vo
luntariado, numa vida dedicada ao trabalho social. Faz parte do Conse lho Regional do Instituto Politécni co de Setúbal, preside ao Conselho Vitoriano do Vitória Futebol Clube e integra ainda o Conselho das Or dens de Mérito Civil da Presidência da República.
Sobre esta distinção, conta a O SE TUBALENSE que “é com muita humil dade e sentido de responsabilidade que recebo esta medalha". "Fico ainda com mais responsabilidade. Quem re cebe uma distinção não é para pagar o trabalho que já fez, é para dizer que é capaz de fazer ainda mais”.
Ao receber esta distinção neste 15 de Setembro diz ter a consciência de que lhe está a ser dito que ainda é capaz de fazer mais por Setúbal. "Oxalá tenha saúde, sanidade men tal e discernimento para fazer coisas sempre boas em prol do bem dos setubalenses e, já que tenho esta possibilidade, do nosso país em ge
ral” [e renovar]“interiormente este compromisso de ser fiel até ao fim, na construção de uma sociedade mais justa, nas causas que ao longo destes anos tenho procurado defender”.
O poder transformador do ensino no seio da família
Para Eugénio Fonseca, “o grande co meço de tudo foi a lucidez que a pro fessora primária do irmão, seis anos mais velho, teve quando ele terminou o ensino primário, na altura o ensino obrigatório". "Chamou a minha mãe para a consciencializar de que era pe na que aquele rapaz não prosseguisse os estudos”. Este é, no seu entender, um ponto-chave da sua história e um momento de viragem para a sua famí lia. “O meu irmão continuou a estudar e depois eu pude fazer o mesmo. Foi decisivo para que o nosso percurso de vida se transformasse e se que brasse a trama da pobreza na nossa família mais nuclear”, partilha, sem
esquecer a importância “da formação dada pela instrução académica e dos valores que na modesta vida dos pais eles passaram”.
Frequentou a Escola Primária do Sousa, a Escola Comercial e Industrial de Setúbal e licenciou-se em Ciências Religiosas pela Faculdade de Teologia da Universidade Católica Portugue sa. Mais tarde, deu aulas nas escolas da Bela Vista, Luísa Todi e na Baixa da Banheira, até chegar à Escola Se cundária de Bocage, à qual continua agregado como professor. "Penso que para o ano chegarei à aposenta ção, depois de 47 anos de trabalho”.
A luta por uma maior justiça social e a inspiração de Dom Manuel Martins Em 1987, Eugénio Fonseca foi no meado presidente da direcção da Cáritas Diocesana de Setúbal, cargo que exerceu até 2016. Durante esse período, viveu com os pobres e ex plica que quem o ajudou a perceber
Eugénio Fonseca diz ser "com muita humildade e sentido de responsabilidade" que recebe amanhã a Medalha de Prata da Cidade
“que vale a pena lutar pela sua defesa e por uma maior justiça social foram também os pobres". "O que me dá mais sentido à vida é estar com es tas pessoas”.
"Foi com os pobres que aprendi a lidar com os pobres, depois de ter acontecido uma coisa que me transformou a vida, como projecto de vida cristã, que foi ter esse bispo, Dom Manuel Martins, que não era o bispo que eu sonhava para Setúbal mas tornou-se depois um modelo de vida para mim por aquilo que fazia pe los pobres. A cidade deve-lhe muito”. A partir desse momento, consi dera que a sua vida mudou “para um feliz desassossego". "Enquanto fui um católico mais ritualista tinha mais sossego, desde que Dom Ma nuel Martins se cruzou na minha vida e me fez um convite para me aliar à causa dos pobres e da justiça social a minha vida tornou-se mais desas sossegada, mas é uma vida com mais sentido”.
Dom Manuel Martins ajudou, as sim, Eugénio Fonseca “a perceber que os pobres eram mais vítimas que culpados da situação porque muitos deles não tiveram a possibilidade de ter uma professora primária como a do irmão". "É possível erradicar a pobreza, mas muitas vezes há que haver mediadores e é isso que tem sido a minha vida. Tenho procurado ser mediador nesta missão de criar mais coesão social”.
Em 1999, foi nomeado, pela Con ferência Episcopal Portuguesa, pre sidente da Cáritas Portuguesa, cargo que desempenhou durante 21 anos. Os laços familiares que o sangue constrói são, para si, “o núcleo cen tral”, mas não esquece a sua “família do coração". "Dá-me também muita alegria e apoio, a quem devo muito. Têm sido um bastião muito grande, para além da minha mulher e dos meus filhos”.
"Se tenho feito alguma coisa não se deve apenas a mim, mas a todos os colaboradores da Cáritas, de Setúbal e da Portuguesa, que acreditaram e trabalharam comigo e a quem estou muito grato, tal como ao povo de Setúbal, que sempre muito me es timou. Sempre que saio da cidade tenho ansiedade de voltar. Costumo dizer que não sei onde morrerei, mas se Deus me der essa possibilidade eu quero morrer em Setúbal, cidade que muito amo”.
“A longa história da colectividade tem de ser contada novamente”
“OS 13” DR
Clube centenário encara a Medalha de Prata da Cidade como reconhecimento pelo trabalho feito e força para continuar
Actualmente sediado na Rua Camilo Castelo Branco, o Grupo Desportivo Setubalense “Os 13” foi fundado a 1 de Dezembro de 1921 por Francisco Biscaia da Silva, José Augusto Pereira e Silva, Artur Ferreira Leal, Carlos Jo sé da Silva Gomes e Alberto da Silva Neto.
A poucos meses de completar 101 anos de existência, a colectividade procura agora um novo rumo, uma for ma de continuar a escrever a sua histó ria e manter viva a sua essência. Quem o diz é João Henrique Praia, o actual presidente, que chegou ao grupo para ajudar nesta tarefa e considera que a Medalha de Prata da Cidade, que será entregue a “Os 13” esta quinta-feira, trará mais ânimo, força e motivação para continuar o caminho.
“Recebermos esta medalha é exce lente. Não se fazem 100 anos todos os dias e esta Medalha de Prata vem honrar muito esta casa centenária. Os sócios ficaram muito contentes quando souberam da notícia”, come ça por contar a O SETUBALENSE. “É um reconhecimento muito grande da Câmara Municipal de Setúbal pelo trabalho que o clube tem feito pela ci dade e que vai continuar a fazer, mais e melhor, para Setúbal e para todos os setubalenses. É sempre esse o ob jectivo”, continua.
O futebol faz parte da história do início do clube e com o tempo a ver tente desportiva alargou-se ainda à natação, ao ténis de mesa e outros desportos, nos quais “Os 13” foram campeões em algumas competições distritais, até desaparecer. “Estamos agora a tentar voltar, nem que apenas com uma modalidade, como o karaté, por exemplo”, revela o presidente. “A cultura também foi tendo o seu espa ço, com o teatro, que entretanto tam bém terminou e agora regressou em força comigo, e com as marchas po
pulares, nas quais vencemos muitos primeiros lugares e muitos prémios de figurinos e cenografia”, adianta.
Assumir a presidência foi regressar a casa
Eleito como presidente em Janeiro de 2022, mas ligado ao clube desde criança, João Henrique Praia partilha: "Tínhamos uma ligação muito forte ao clube, o único aqui da rua". "Ini cialmente não gostava de marchas, mas vinha aos ensaios com a minha
mãe e fui acompanhando a trajectória do grupo, onde depois acabei por me estrear como marchante em 2009 e onde aprendi a ser mais tarde um ensaiador de marchas, com o Fábio Carmelo”.
O dirigente associativo passou en tretanto por outros clubes na cidade e regressar agora ao sítio onde tudo começou, foi, para si, muito bom.
“Vim ajudar a colectividade onde vim a crescer e que aos seus cem anos estava morta. Temos uma his
tória riquíssima e o clube podia ser riquíssimo em muita coisa e hoje não tem nada a não ser um conjunto de pessoas, no qual me insiro, que veio para salvar o clube de fechar portas e erguer ‘Os 13’ de novo”, refere. “So mos uma colectividade com muita história que agora tem de ser contada novamente para que o grupo se erga e estou a tentar agora como presiden te recuperar essa história”, garante, para depois acrescentar: “muitas pes soas conheceram-se aqui, casaram,
tiveram filhos e o grupo manteve-se sempre nas suas vidas, enquanto elo de ligação e ponto de encontro. Uma colectividade como a nossa tem muita história por trás e tem de ser levada para a frente de maneira a que sobreviva sempre e tenha um futuro próspero”.
Programação cultural traz nova dinâmica ao clube No que diz respeito à experiência vi vida até agora, João Henrique Praia partilha que “tem sido um trabalho duro". "Em termos financeiros, es tamos bastante em baixo, por vezes com zero euros na conta bancária, mas já se sente que o clube está a ga nhar uma nova dinâmica, com tardes de karaoke, de baile, noites de fado, entre outros. Estamos a animar e a dinamizar o clube e o bar, a trazer pessoas à casa”.
Parte integrante deste plano de actividades é igualmente o teatro, que trouxe “uma lufada de ar fres co". "Quando em Fevereiro estreá mos a cegada de Carnaval ‘Farpas e navalhadas’ esta casa encheu em todas as sessões e é disto que o clube precisava, de pessoas que trabalhem por amor ao clube e de outras pessoas que queiram vir ao nosso encontro”.
A participação nas marchas da ci dade foi ainda ponderada, tal como conta o presidente do Grupo Des portivo Setubalense. “Atendendo à situação do clube, podia não haver ninguém para fazer. Felizmente ti vemos muitas pessoas interessadas em ajudar, pusemos mãos à obra e fizemos a marcha do centenário. O resultado foi o quinto lugar e a marcha abrilhantou o clube, demos uma nova vida e estamos a traba lhar para que seja melhorado cada vez mais”.
Recentemente, o clube centenário marcou igualmente presença na Fei ra de Sant’Iago para dar a conhecer a sua história e encontra-se agora a preparar o plano de actividades até Dezembro, com a estreia de uma re vista à portuguesa entre as novida des. “Esta é uma casa com cem anos e temos de salvá-la. Não podemos deixar ir abaixo e é isso que temos feito todos os dias, aguentar o clube, erguer o clube, trabalhando para que ele nunca vá abaixo, jamais”, remata.
CENTRO DE ESTUDOS BOCAGEANOS
Paços do Concelho recebem apresentação da obra “Bocage ou o elogio da inquietude”
Biografia
O investigador bocagiano Daniel Pires apresenta, esta quinta-feira, dia 15 de Setembro, a obra “Bocage ou o elogio da inquietude”, no Salão Nobre dos Paços do Concelho. A começar pelas 16 horas, no momento do lançamento do livro, o autor partilhará o resultado de cerca de 20 anos de investigação sobre o poeta setubalense.
“Decidi escrever a biografia de Bo cage porque é preciso saber quem foi o verdadeiro Bocage. Este livro saiu há dois anos, mas com a pandemia não o pude apresentar. Para mim, este é um momento importante e penso que o seja também para Bo cage por não existir até agora uma biografia tão desenvolvida e não es peculativa”, começa por dizer Daniel Pires a O SETUBALENSE. “Decidi não especular, apresento a sua história, que é trágica, uma vida de luta de al guém que foi muito importante en quanto poeta, embora perseguido. É um grandíssimo poeta lírico, mas também um poeta da subversão. Bocage tinha coisas para dizer, para além de todo o amor que expressava de forma extremamente estética e com grandíssimo talento. É um dos três grandes poetas nacionais, a par de Camões e Pessoa”, considera.
A obra cobre, assim, “toda a vida de Bocage, desde o seu nascimento e até antes, uma vez que começa na sua família, até à sua morte, com 40 anos, em 1805". "Tentei sempre em cada capítulo, e o livro tem cerca de vinte, fazer um enquadramento social e político”.
A iniciação e a experiência no seio da maçonaria, o percurso académi co na infância e na adolescência, os interrogatórios da Inquisição e a re -educação a que esteve sujeito são assim alguns dos temas possíveis de se encontrar ao longo dos vários capítulos, sem deixar de parte o primeiro manifesto feminista portu
guês, que “é escrito por um homem, em verso, e chama-se Bocage, em defesa da mulher, do estatuto de género, contra o casamento como era na altura, um casamento de in teresses”, esclarece.
Novo livro sobre o poeta chega em Fevereiro Daniel Pires, que considera a escrita o seu “oxigénio” e a ela se dedica “to dos os dias e muitas horas por dia”, assina igualmente outras obras so bre Bocage e sobre outros autores, como Camilo Pessanha e Wenceslau de Moraes, mas diz que “o primeiro amor” encontrou em Bocage. “Sem pre gostei muito de fazer investiga ção. Tenho livros publicados sobre vários autores, mas o primeiro foi
Bocage, o primeiro amor, na minha adolescência. O tempo foi passando e quando comecei a escrever e pu blicar coisas, Bocage estava sempre presente”, conta. “Sou professor e depois de uma temporada no Oriente a dar aulas voltei a Portugal e propus à Imprensa Nacional a publicação da obra completa em quatro volumes, que entretanto saíram, seguidos de obras como ‘Bocage, a imagem e o verbo”, adianta.
Como novidade, Daniel Pires par tilha que entregou recentemente “O essencial de Bocage”, obra cujo lançamento está previsto para Feve reiro de 2023 e se junta aos mais de 40 títulos que o Centro de Estudos Bocageanos já publicou ao longo de 23 anos de existência.
Fundado em 1999, realiza no pre sente acções junto de escolas, asso ciações e outras entidades em vários pontos do País e organiza exposições, palestras, conferências, seminários e lançamentos de livros. “A pedra de toque deste centro é o seu movi mento editorial. Setúbal, enquanto cidade, ou seja, desde 1860, nunca teve uma editora como esta. Apa receram uma, duas ou três editoras que publicaram um ou dois livros e desapareceram”, afirma. “Esta edi tora publicou até agora mais de 40 livros e a sua maioria são sobre a his tória de Setúbal. Sem fins lucrativos, tem estatuto de utilidade pública e conseguiu este feito exclusivamente pelas quotas dos sócios e pela venda dos livros”, remata.
Dia da Cidade de Setúbal
BOCAGE ENTRE NÓS
Exposição documental encerra ciclo de programação cultural dedicada ao poeta
A mostra, que inaugura no próximo dia 24, é o último momento da iniciativa “Bocage, poeta da liberdade”
O Museu de Arqueologia e Etnogra fia do Distrito de Setúbal (MAEDS) recebe no próximo dia 24, sábado, a inauguração da exposição documen tal “Bocage entre nós”, que encerra a programação cultural “Bocage, o poe ta da liberdade - a construção da me mória nos 150 anos do monumento a Bocage”, iniciada em Setembro de 2021 para homenagear e perpetuar a vida e a obra do poeta.
“Considero esta exposição realmen te necessária para encerrar este ciclo de actividades. Setembro é, para Se túbal, o mês de Bocage e seria muito bom se conseguíssemos este contacto da cidade com a informação que reu nimos sobre Bocage e agora apresen tamos, de forma bastante didáctica”, começa por dizer Joaquina Soares, directora do MAEDS e curadora da mostra, a O SETUBALENSE. “Estamos a falar de história contemporânea com este fio condutor que é o Bocage. A ideia central de ‘Bocage entre nós’ é a de que Bocage não morreu, tem vin do sempre a ser renovado através das memórias que sobre ele se constroem e reconstroem”, considera.
O objectivo é, assim, “contribuir pa ra que a memória do poeta continue viva e interpretada à luz do que hoje pensamos e o que é sempre muito interessante é vermos como Bocage é actual, moderno e uma figura que nos pode influenciar positivamente, pelo facto de ser cidadão de corpo inteiro - e é palatino da liberdade, que é qualquer coisa que não está con quistada embora tenhamos ideia de que sim”.
“Mais actual nos dias de hoje do que no seu tempo”
António Chitas, professor, investiga dor bocagiano e consultor científico da exposição, define este momento de encerramento do ciclo comemo rativo dos 150 anos da inauguração
do monumento a Bocage com “um dos pontos altos do mesmo”. No seu entender, “Bocage é um daqueles au tores que são mais actuais fora do seu tempo do que no seu tempo e talvez seja mesmo mais actual nos nossos dias do que foi na sua época. É uma figura incontornável hoje em dia e um autor que luta pela liberdade e pela defesa dos direitos”.
Neste processo, “para estar ao nosso lado nesta luta contamos
com a comunidade educativa, com os professores em particular. Tenho vindo a sensibilizar todos os profes sores para a importância de Bocage e da sua obra, lida com uma nova luz, com uns novos olhos, e a passar esta mensagem nas escolas. Bocage é um autor para todas as idades e por isso mesmo é tão importante que a expo sição assuma um carácter itinerante e circule pelas escolas a fim de sensibi lizar toda a comunidade educativa”.
José Madureira Lopes, coleccio nador e interessado por Setúbal com um espólio vasto e membro da comissão organizadora, considera que “estas iniciativas são sempre de enaltecer porque elevam não apenas o nome de Bocage como a própria ci dade. Este conjunto de realizações ao longo de um ano, desde os concertos às conferências a esta exposição que é o culminar de tudo, é um marco que engloba várias facetas de Bocage e
fica na história da cidade”.
Nas palavras de Rui Canas, presi dente da União das Freguesias de Setúbal (UFS), que se tornou parceira do ciclo “Bocage, o poeta da liberda de”, este constitui “uma importante oportunidade para divulgar e valori zar a obra do poeta maior setubalen se , aprofundar a investigação sobre a vida e a obra de Bocage e promover o debate cultural e político sobre o nosso tempo, à luz dos ideais de liber dade, igualdade e justiça social que marcaram a sua intervenção cívica e política, num momento em que estes valores essenciais à humanidade se encontram tão ameaçados”. A pro moção de Bocage “nos distintos con textos da sua intensa vida” é, assim, “um excelente ensejo para divulgar e valorizar a história local de Setúbal, a cultura portuguesa no mundo e a poesia lusófona, a obra de Elmano Sadino e os valores intemporais que caracterizaram a sua intervenção”.
Recurso itinerante, educativo e didáctico percorre escolas Materiais pertencentes às colecções particulares de António Chitas, Antó nio Cunha Bento, Carlos Tavares da Silva e José Madureira Lopes inte gram a exposição documental “Bo cage entre nós”, sobre a vida e obra de Manuel Maria Barbosa du Bocage, organizada pelo MAEDS/Associação de Municípios da Região de Setúbal (AMRS) e pela UFS.
Patente até ao final do ano, a mostra apresenta ainda a árvore genealógica do poeta, a cronologia do seu percurso de vida, a sua liga ção a Setúbal e o retrato da cidade nos seus tempos, sem esquecer as viagens que fez pelo mundo. Esta parte da exposição seguirá depois outros caminhos, uma vez que, tal como explica Joaquina Soares, a directora do museu, “as lonas são facilmente montadas em diversos espaços. É muito flexível, ilustrado e visual”. Para Rui Canas, presiden te da UFS, estas configuram-se “um recurso educativo e didáctico de grande interesse que a União das Freguesias de Setúbal proporciona rá aos estabelecimentos de ensino, sendo o motor para um leque alar gado de actividades a desenvolver em conjunto pelas escolas, Junta de Freguesia e MAEDS.
Programa geral Comemorações Bocageanas 2022
Hoje
21H00-23H00 Largo da Misericórdia | Largo da Ribeira Velha | Praça de Bocage Noites Bocageanas | Dança Música | Tertúlias Bocageanas Animação de Rua
Amanhã
09H00 Paços do Concelho
Cerimónias Oficiais | Hastear da bandeira Deposição de flores homenagem a Bocage com participação do TOMA
09H00 Visita pela cidade 3.º PEDDY PAPER “Experienciar Setúbal”
Participação gratuita mediante inscrição turismo.setubal@mun-setubal.pt
10H00 Forum Municipal Luísa Todi Homenagem aos trabalhadores municipais aposentados E entrega das medalhas honorificas a personalidades e entidades
15H00 Paços do Concelho Visita aos paços do Concelho, com a participação da escola de música da SMCS
15H00 -18H00 A Gráfica – Centro de Criação Artística Workshop De Azulejaria Tradicional
Formador: Leiveira – Azulejos de Azeitão Integrado no ciclo de artes e ofícios
Participação gratuita mediante inscrição: museu.trabalho@ mun.setubal.pt
15H00 – 19H00 Casa Bocage de portas Abertas Inauguração da exposição “BOCAGE – Representações Nossas Contemporâneas” Mostra de obras de artistas contemporâneas representados nas coleções dos museus municipais de Setúbal, produzidas entre 1974 - 2022, alusivas a Elmano Sadino Exposição patente até 24 de setembro Entrada gratuita
16H00 Salão Nobre dos Paços do Concelho Lançamento da obra “BOCAGE OU O ELOGIO DE INQUIETUDE” de Daniel Pires, pelo centro de estudos Bocageanos
18H00 Salão Nobre dos Paços do Concelho Anúncio da obra vencedora do
XXII concurso literário Manuel Maria Barbosa DU Bocage, pela LASA
18H00 -20H30 Rio Sado Entardecer no Rio Sado Com Bocage
A bordo de barco no estuário do Sado, com jantar incluído e declaração de poemas de Bocage
Parceiro Sado Arrábida Mediante pré-reserva turismo.setubal@mun-setubal. pt
21H30 Praça De Bocage (Arcadas Dos Paços Do Concelho)
Fado em Setúbal Concerto de Encerramento Fadistas: Alfredo Santos, Carla Lança, Carlos Zacarias, Carolina Mendes, Fernando Anselmo, Inês Pereira, Joana Lança, Piedade Fernandes, Ramiro Costa, Sara Margarida, Susana Martins Guitarristas: Custódio Magalhães e Vítor Pereira
Sexta-feira
15H00 – 18H00 A GráficaCentro de Criação Artística
Workshop de Azulejaria Contemporânea (1º dia)
Formadores: Pedro Pires Rodrigues Integrando no ciclo de Artes e Ofícios
Participação gratuita mediante inscrição: museu.trabalho@ mun-setubal.pt
21H00 – 23H30 Casa Bocage Vinho E Poesia Bocageana: Uma Relação Improvável
Parceiros: Centro de Estudos Bocageanos | Quinta de Catralvos | Comissão Vitivinícola Regional da Península de Setúbal
Participação gratuita mediante inscrição: gpe@mun-setubal.pt
21H30 Casa da Baia Concerto de Bossa Nova Com SOUNDPEOPLE
21h30 Praça de Bocage (Arcadas dos Paços do Concelho)
Baile Barroco Recriação histórica de finais do seculo XVIII
Que envolve o publico na vida quotidiana ao tempo do poeta Bocage, com recurso a diversas áreas artísticas, como o teatro, a poesia, a música e a dança.
Sábado
09H00 – 13H00 Parque Urbano de Albarquel
14H30 – 20H00 Largo José Afonso
Setúbal CROSS GAMES 2022 11H30 Igreja de Jesus Os Contemporâneos De Bocage | Haydn, Mozart E Beethoven Solistas da orquestra de Câmara de Sintra: Nelson Nogueira | Violino: Eurico Cardoso Viola: Abel Gomes |Violoncelo | Participação especial TOMA Integrado no ciclo de concertos Convento ConVida
Reservas: convento.convida@ mun-setubal.pt 15H00 – 18H00 A Gráfica –Centro De Criação Artística
Workshop de Azulejaria Contemporânea (2º dia) Formadores: Pedro Pires Rodrigues
Integrando no ciclo de Artes e Ofícios
Participação gratuita mediante inscrição: museu.trabalho@ mun-setubal.pt
15H30 Casa da Cultura – Sala José Afonso
Conferência - “Imagens Do Centenário De Bocage Em 1905”, Por Álvaro Arranja No princípio do Seculo XX, consolidou-se o uso da fotografia nos órgãos de informação (sobretudo revistas), o que faz com que exista um amplo conjunto de imagens sobre o centenário e acidade de Setúbal, em 1905, partindo um melhor conhecimento da importância das comemorações e da figura de Bocage.
Entrada gratuita Org.: Centro de Estudos Bocageanos
16H00 Casa Bocage
Visita Guiada Com Intérprete Em Língua Gestual Portuguesa Á Casa Bocage
Integrado na candidatura Setúbal – Cultura Sem Barreiras Participação gratuita mediante inscrição: casabocage@monsetubal.pt
21H00 – 23H30 Casa Bocage
Vinho E Poesia Bocageana: Uma Relação Improvável Parceiros: Centro de Estudos Bocageanos |Quinta de Catralvos | Comissão Vitivinícola Regional da Península de Setúbal Participação gratuita mediante inscrição: gpe@mun-setubal.pt 21H30 Praça de Bocage (Arcadas dos Paços do Concelho) VII Edição da Serenata Fado de
Coimbra em Setúbal Evocação a Adriano Correia de Oliveira no Contexto dos 40/80 anos
Raízes de Coimbra | Miratejo |Xavier e Ricardo Silva e voz de António Dinis |Coimbra no SADO Org.: Núcleo de Poesia de Setúbal
Domingo
10H00 – 12H00 Moinho Maré da Mourisca II Edição PEDDY PAPER – El Mano Sadino
Evocação do poeta Bocage com uma prova de orientação por etapas num percurso pela herdade da Mourisca, que consiste em perguntas, tarefas e atividades a cumprir para chegar á etapa final. Atividade disponível para grupos de cinco pessoas
Informações e inscrições: turismo.setubal@mun-setubal. pt
18º Festival de Bandas da Cidade de Setúbal
11H00 Largo da Misericórdia | Receção
16H00 | Praça de Bocage |Concertos
• Banda da Escola de Música Juventude de Mafra
• Banda Filarmónica de Monte Redondo
• Banda de Música da Sociedade Musical Capricho Setubalense
Sábado, 24
11H30 Igreja Jesus Concerto Primeiros SOPROS De Outono
Filipe Freitas | Oboé: Jorge Camacho | Clarinete: Lurdes Carneiro | Fagote
Integrado no ciclo de concerto Convento ConVida
Reservas: convento.convida@ mun-setubal.pt
15H00 Casa Bocage
Palestra “Bocage E A Luta Por Um Mundo Melhor”, Com Jorge Guerreiro
17H00 Casa Das Imagens Lauro António
Abertura da exposição “Lauro António, os primeiros anos”
21H30 Fórum Municipal Luísa Todi
Estreia Do Espetáculo De Dança “Corpo Clandestino”, De Vítor Hugo Pontes
Integrado no projeto Rota Clandestina, com direção artística de Renzo Barsotti
Informações e reservas: bilheteira.fmlt@mun-setubal.pt
Domingo, 25
16H00 Casa – Memoria Joana Luísa E Sebastião Da Gama “Arrábida – O Nosso Património Comum”
Sessão de poesia realizada em Colaboração com a casa da Poesia de Setúbal Org.: Associação Cultural Sebastião da Gama
17H00 Fórum Municipal Luísa Todi Espetáculo De Dança “Corpo Clandestino”, De Vítor Hugo Pontes
Integrado no projeto Rota Clandestina, com direção artística de Renzo Barsotti
Informações e reservas: bilheteira.fmlt@mun-setubal.pt
Sexta-feira, 30
21H00 Circuito Poético Da Praça Bocage Á Escola Conde Ferreira Bocage Á solta – Circuito Poético Momento musical com o projeto Rita, poesia com o TOMA e exibição da Curta – metragem “Bocage” Org.: 50 Cuts
Durante o mês de Setembro
Biblioteca Pública Municipal De Setúbal E Polos
Bocage – Vida E Obra Exposição bibliográfica e biografia em Vídio
Museu De Trabalho Michel Giacometti
Cordofones | Instrumentos Musicais Tradicionais Portugueses
Exposição temporária patente até 25 de setembro
Museu De Setúbal / Convento De Jesus
Arronches Junqueiro. O Poeta Arqueólogo
Exposição temporária patente até 18 de setembro
Galeria Municipal Do 11 Setúbal Na Obra De Rogério Chora
Exposição temporária patente ao publico até 17 de setembro
Casa Da Cultura De Setúbal BLUE GRID, De Pedro Besugo Exposição temporária patente até 18 de setembro
Sesimbra
Inicia-se hoje, no Centro de Vacinação de Sesimbra, o reforço sazonal das vacinas contra a covid-19, para utentes a partir dos 60 anos, e contra a gripe, para utentes a partir dos 65 anos.
A partir de hoje, a vacinação
será feita às quartas e quintas-feiras, das 09 às 16 horas, por agendamento. Os utentes que vão iniciar o esquema vacinal e segundas doses contra a covid-19 podem comparecer das 11 às 13 horas em regime de casa aberta.
Jornadas Europeias têm “Património sustentável” como tema norteador
Um dos pontos altos da programação é o Encontro Internacional de Paleontologia de Sesimbra
Sesimbra associa-se às Jornadas Europeias do Património, a decor rer nos próximos dias 23, 24 e 25 de Setembro com o tema “Património sustentável” e o objectivo de “explo rar medidas que possam contribuir para proteger o rico e diversificado património cultural europeu no con texto das alterações climáticas e da degradação ambiental”.
O Encontro Internacional de Pa leontologia de Sesimbra, nos dias 23 e 24, comemora os 25 anos da clas sificação dos Monumentos Naturais da Pedreira do Avelino, no Zambujal, e dos Lagosteiros e da Pedra da Mua, no Cabo Espichel, não deixando de parte o marco dos cinquenta anos desde o início da investigação destas jazidas de pegadas de dinossauros.
Neste evento, que tem lugar no Cineteatro Municipal João Mota, participam representantes de univer sidades portuguesas e investigadores internacionais, intervenientes em painéis com várias temáticas, entre as quais a Importância Institucional e Política da Classificação do Patrimó nio Natural, os Fósseis de Vertebra
dos em Sesimbra - 50 anos de Inves tigação e o Património Geológico em Sesimbra - Valorização, Musealização, Comunicação.
Nos mesmos dias do encontro, sex ta e sábado, estão ainda agendadas visitas acompanhadas à Capela e Spri tal do Espírito Santo dos Mareantes, às 11h30 e às 15h30.
No âmbito das jornadas, celebra-se igualmente o património marítimo, material e imaterial, a 23, pelas 21 ho ras, com a peça de teatro itinerante “Ouvir o mar daqui”, que parte do Cineteatro Municipal João Mota e
NA LAGOA DE ALBUFEIRA
segue pelas ruas de Sesimbra, a par tir de memórias da comunidade e da história de vários espaços emblemá ticos da vila. O espectáculo inspira-se em cada um dos seus participantes e nas obras “Os Pescadores”, de Raul Brandão, e “Mar nosso”, de Zé Pre to, com direcção artística e produção de Raquel Belchior, encenação e vi sualidade de Miguel Jesus, pesquisa antropológica e assistência de pro dução de Vanessa Iglésias Amorim e co-criação e interpretação de Suzana Branco, Lara Matos, Joana Sapinho, Alexandre Martins, Beatriz, Eduardo
Cunha, Iris Macedo, João Pinhal, Pau la Serra, Pedro Alves e Vera Gaspar, sem esquecer a participação especial do Grupo Coral de Sesimbra.
A 24, às 21 horas, há ainda uma vi sita dramatizada ao Cabo Espichel, intitulada “A noite de 24 de Setembro de 1770”, onde os participantes re cuam 252 anos para serem recebidos pelo hortelão da Casa da Água que partilhará “a grandiosidade dos feste jos que decorreram entre 24 e 27 de Maio de 1770 com a presença da fa mília real”. A representação, que terá o seu ponto de encontro no cruzeiro
do Santuário do Cabo Espichel, ficará a cargo dos actores João Ferrador e Leonor Alcácer.
A Junta de Freguesia do Castelo antecipa a comemoração destas Jor nadas Europeias do Património no dia 21 com a tertúlia “Sesimbra, memória e identidade”. Sob o tema “Memó rias dos festejos em honra de Nossa Senhora do Cabo Espichel”, uma das mais antigas manifestações religio sas do país, a conversa, a decorrer na Igreja Nossa Senhora do Cabo a partir das 21 horas, será aberta a toda a comunidade.
Município assume gestão da Casa do Infantado enquanto centro de recursos
O imóvel conhecido por “Casa do In fantado”, na Lagoa de Albufeira, vai passar para a gestão da Câmara Muni cipal de Sesimbra, que poderá agora concretizar a recuperação do edifício que D. Pedro V mandou construir no século XIX como retiro de caça.
Prevista está a instalação de um
centro de recursos multidisciplina res no local, bem como da sede da futura Área Protegida de Âmbito Local da Lagoa de Albufeira. Incluído neste plano está ainda um posto de informação turística, que, de acordo com o município sesimbrense, “con tribuirá para a valorização paisagística
da marginal e dará continuidade ao processo de requalificação da Lagoa, dinamizado nos últimos anos”.
A intenção de assumir a gestão deste imóvel foi manifestada pelo município à Direcção-Geral de Tesouro e Finanças em 2021 e culminou um conjunto de diligências efectuadas na última déca
da junto de várias entidades da Admi nistração Central, nomeadamente, o Instituto de Conservação da Natureza e das Florestas (ICNF), Comissão de Coordenação e Desenvolvimento Re gional de Lisboa e Vale do Tejo e Agên cia Portuguesa do Ambiente.
Este projecto é igualmente impor
tante para a promoção dos valores ambientais, especialmente da Lagoa Pequena, onde a autarquia tem vin do a desenvolver, desde 2006, uma colaboração com o ICNF e com a So ciedade Portuguesa para o Estudo das Aves, no sentido de protecção e conservação desta área.
Reforço sazonal das vacinas contra a covid-19 e gripe avança hojeInês Antunes Malta
Rotary Club dinamiza torneio de golfe solidário na Quinta do Peru
O primeiro torneio de golfe solidário do Rotary Club da Quinta do Conde está marcado para domingo, 18, na Quinta do Peru. A recepção dos participantes no Clube de Golfe começa às 14 horas, seguida da Clínica de Golfe para não jogadores, com a colaboração de António
NO CENTRO “A VOZ DO ALENTEJO”
Dantas e da Academia de Golfe, pelas 15 horas. O evento conta ainda com um sunset com entrega de prémios e música ao vivo pela Escola de Jazz do Barreiro. A verba angariada destina-se à atribuição de bolsas de estudo de mérito a jovens do ensino secundário.
Companhia de Teatro Escola "Entre Palcos" alarga actuação à freguesia quintacondense
Casting para o projecto que visa promover o teatro junto dos jovens do concelho acontece na tarde de hoje
Inês Antunes Malta
Neste novo ano lectivo, a Compa nhia de Teatro Escola “Entre Palcos” vai dividir o seu trabalho entre o Centro de Estudos Culturais e Acção Social “Raio de Luz”, em Sampaio, e o Centro Cultural, Social e Recrea tivo “A Voz do Alentejo” na Quinta do Conde.
Para além da mudança para Sam paio, uma vez que antes ensaiavam no Cineteatro Municipal João Mo ta, em Sesimbra, o alargamento de acção do projecto, dinamizado pelo Projecto de Inclusão pela Arte (Pipa) e pela Câmara Municipal de Sesimbra, até à freguesia da Quinta do Conde, é igualmente uma novi dade e um sonho tornado realidade.
"Vamos começar uma nova fase com novos desafios e esta chega da à Quinta do Conde vem trazer o que há muito tempo esperávamos. Sabendo que é uma das freguesias com mais jovens, vai precisamente ao encontro daquilo que move o Pipa, poder dar uma resposta nes tes projectos de inclusão pela arte, promover e trabalhar em projectos artísticos com jovens", começa por dizer Patrícia Reis, directora artística e encenadora da “Entre Palcos”, a O SETUBALENSE. “Operar nas instala ções d’A Voz do Alentejo, com quem estabelecemos uma parceria, acaba por ser uma forma muito directa de estarmos em contacto com a comu nidade, intervirmos em proximidade e criarmos realmente projectos par ticipativos em que os jovens fazem parte do todo”, continua.
A arte como veículo para resolver problemas e questões sociais Com estes dois locais novos, o pro jecto “Entre Palcos” passa, assim, a estar mais próximo do seu públi
co-alvo. Até agora, encontrava-se sedeado somente em Sesimbra e “nem tão perto dos jovens" como queriam. "Conseguimos descentra lizar e levar para os sítios onde eles estão realmente. Tanto num local como no outro agora estamos muito mais perto deles, das escolas, dos locais que frequentam e por con seguinte estamos neste contexto mais ligado à educação”.
Nas palavras de Patrícia Reis, o eixo do trabalho que ambicionam desenvolver “é a parte artística educacional, pela qual sempre se batalhou, que vem trabalhar a in clusão e uma nova forma de olhar para os problemas e para as ques tões sociais como algo que se pode tentar apoiar, suportar e ajudar a ultrapassar utilizando a arte como veículo”.
A necessidade de chegar à fre guesia quintacondense justifica -se também pelos oito elementos do grupo que semanalmente se
deslocavam a Sesimbra “para ir ao teatro". "Por isso, quando fizemos a deslocação para Sampaio não qui semos deixar de propôr também a abertura do grupo que há muito esperávamos na Quinta do Conde".
Neste sentido surge então uma parceria com o Centro Cultural, Social e Recreativo “A Voz do Alen tejo”, local onde se realiza o casting esta tarde e onde passarão a ensaiar semanalmente a partir da próxima quarta-feira, dia 21, ainda com horários a definir de acordo com a disponibilidade dos elementos participantes, mas sempre ao final do dia. “Assim que lançámos o desa fio começaram a chover inscrições. Para além das oito pessoas que já tínhamos na Quinta do Conde, já temos 15 inscrições, mesmo ainda antes do casting”, diz, para depois acrescentar que a presença do gru po na colectividade pode ser ainda “uma forma de promover a fregue sia, criar uma dinâmica diferente no
espaço e gerar uma oferta nova”. No que diz respeito ao casting desta tarde, marcado para as 17 horas, Patrícia Reis partilha que a premissa mantém-se a mesma, des de o início do grupo: “os jovens que já estão na companhia são parte do júri". "Para nós é muito importante e eles sentem-se valorizados, sentem isto como uma conquista e estão ao mesmo tempo a trabalhar diferen tes competências. E não interessa se corre muito bem ou muito mal. Há muitos castings que não corre ram nada bem e os jovens ficaram”.
Em Sampaio, o encontro está marcado às quintas-feiras. "Neste momento temos 22 inscritos. Va mos ter de dividir o grupo em dois sub-grupos. Também vão entrar pessoas novas neste grupo, mas não há casting porque estava super lotado, já com jovens que estão há muito tempo à espera para entrar e que até já têm participando nos nossos projectos”, conclui.
Quinta do Conde
BREVES
MATILHA”
Junta acolhe lançamento de livro
Amanhã, dia 15, pelas 19 horas, a autora Maria José Correia lança o livro “A Matilha” na sede da Junta de Freguesia da Quinta do Conde. A obra, editada pelas Edições Vieira da Silva, com o apoio da freguesia quintacondense, junta-se a títulos como “Ruínas”, “A minha avó Ana”, “A casa da avó” e “Poemas e textos com calma”, da autoria da mesma escritora.
SEXTA-FEIRA
MDM
debate “igualdade na vida”
“A igualdade na vida - um património de todas as mulheres” é o mote para o debate que o Movimento Democrático das Mulheres (MDM) dinamiza esta sexta-feira, pelas 21 horas, na Junta de Freguesia da Quinta do Conde, com entrada livre. No momento, moderado por Vânia Marçalo, do Núcleo de Sesimbra do MDM, participam Ana Loureiro, Regina Marques e Sandra Benfica, membros da direcção nacional do movimento.
PARQUE DA VILA
Encontro promove saúde
No próximo dia 24, o Parque da Vila recebe o “Encontro Vida Saudável”, organizado pela Junta de Freguesia com o apoio da Câmara Municipal e do C.S.C.D.Q.C. Das 10 às 18 horas, o programa compõe-se com rastreios de controlo e promoção de saúde, demonstrações para estilos de vida saudáveis e activos e palestras e workshops relacionados com a temática.
“A
Região
Ministro da Educação está hoje em Almada e Palmela
João Costa, ministro da Educação, dedica o dia de hoje, quarta-feira, a iniciativas em dois concelhos da Península de Setúbal relacionadas com a sua área governativa e com a abertura do ano lectivo 2022/2023. Às 10h00, está no Auditório Fernando Lopes-Graça para participar
no seminário “Educação - Almada território de todos”, promovido pela Câmara Municipal. Às 15h00, juntamente com o secretário de Estado da Educação, está presente no arranque do ano lectivo, na Escola Básica Hermegildo Capelo, do Agrupamento de Escolas de Palmela.
GRÂNDOLA
Figueira Mendes reúne-se com secretária de Estado para desbloquear quartel da GNR
autarca vai ser recebido por Isabel Oneto ainda neste mês e quer ver o processo tratado com urgência
Rui Sobral
parte do ministério desde o mês de Maio, e com a chegada de mais um Inverno – que vai agravar ainda mais a situação precária em que os militares se encontram a trabalhar –, o Ministé rio da Administração Interna tem de atribuir a este processo carácter de urgência”, defende o autarca.
Novo ano de vindimas traz casta branca de qualidade
solos estavam ávidos de água.” Ape sar de todas as vinhas terem regas a funcionar, Leonor Freitas revelou que espera “uma quebra no moscatel e no tinto”, em especial na casta castelão, que foi a mais afectada pela queima do sol.
Após um 2021 com “colheitas gene rosas”, Leonor Freitas diz estar “sur preendida” com a actual época das vindimas. Apesar de ser “mais um ano atípico”, devido ao impacto da guerra russo-ucraniana, a proprietária da Casa Ermelinda Freitas salientou a qualidade da casta branca deste ano.
“Neste momento, já tratámos de tudo o que é branco e os vinhos es tão óptimos. Algumas castas de vinho tinto, que ainda estão em fermenta ção, também têm qualidade”, afirmou Leonor Freitas a O SETUBALENSE.
Com uma pausa nas colheitas devi do às condições climatéricas, a sócio -gerente da empresa acredita que “a chuva vem ajudar”, uma vez que “os
“A rega é feita em todas as vinhas. No entanto, a forma como estas es tão plantadas e a sua exposição ao sol podem afectá-las muito. Nos tintos, as castas foram bastante atingidas, mas é no moscatel que vamos ter uma quebra maior”, referiu Leonor Freitas.
Porém, a proprietária mostra-se confiante com a colheita da casta branca. “Este ano, a nascença foi mui to grande e, por isso, achámos que teríamos uma colheita muito gran de também. Quando veio a queima pensámos o pior, mas o branco foi uma surpresa e até tivemos mais do que aquilo que estávamos à espera”, referiu.
Apesar das dificuldades sentidas no negócio devido ao contexto mun dial de guerra, Leonor Freitas garante
que tudo têm feito para que “as difi culdades sejam ultrapassadas”. “Para nós, a guerra teve mais impacto do que a covid-19. Houve algumas com plicações em obter garrafas ou cartão porque os preços subiram bastante”, comentou a proprietária. “É uma fase que estamos a enfrentar com calma, com a melhor organização possível e sem desanimar”, esclareceu.
Depois do sucesso da edição es pecial de vinho tinto em parceria com as Grutas de Mira de Aire, em que a “resposta do público foi bas tante positiva” devido ao “vinho espectacular que se criou”, a Casa Ermelinda Freitas prepara agora um lançamento exclusivo em celebra ção dos 100 anos da empresa, feitos em 2020.
“Temos a projecção de um lança mento que será algo muito afectivo e ligado à família. Era algo que tínha mos preparado para a celebração dos 100 anos da Casa Ermelinda Freitas, mas que tivemos de adiar devido à pandemia da covid-19, por isso, que remos fazê-lo agora”, afirmou.
António Figueira Mendes, presiden te da Câmara Municipal de Grândola, vai sentar-se à mesa com a secretária de Estado da Administração Interna, Isabel Oneto, para “tentar resolver o impasse no processo de requali ficação das instalações” da GNR na Vila Morena, anunciou a autarquia. A governante acedeu agora a um pedido de audiência efectuado em Maio último e vai receber o autarca no próximo dia 27.
Segundo a edilidade, o quartel da GNR encontra-se “há vários anos em elevado estado de degradação”, si tuação que o executivo “tenta resol ver desde que entrou em funções em Outubro de 2013”.
Face às actuais condições do imó vel, Figueira Mendes considera que a tutela tem de tomar uma decisão urgente. Até porque, a situação tem vindo a arrastar-se sucessivamente.
“Tendo em conta o impasse exis tente, sem qualquer contacto por
O presidente da Câmara até vai mais longe ao lembrar uma solução provisória em que a autarquia se tem empenhado desde 2016. “Não se compreende por que é que o des tacamento de Grândola não foi já deslocado para as instalações da IP junto ao IC1 – que estão desocupadas e que garantiam condições de traba lho aos militares –, até se encontrar uma solução definitiva.”
Em 2020, o município assinou um protocolo de colaboração para a requalificação do actual quartel. Só que o processo voltaria à estaca zero. “Após a realização de trabalhos iniciais de projecto (custeados pela autarquia), foi indicado que se de veria alterar os planos e avançar com uma construção de raiz. A Câmara disponibilizou-se no imediato para a cedência de terreno e colaboração em todo o procedimento de projecto e construção, contudo, em Maio do presente ano, o ministério informou a autarquia que deveria suspender todos as diligências que estavam em curso”, recorda a edilidade, a concluir.
actual quartel da GNR não oferece
Leonor Freitas, proprietária da empresa, afirma que vinho branco foi “a grande surpresa” da colheitaCASA ERMELINDA FREITAS
OO
condições mínimas de trabalho aos militares
Jorge
Goulão
é o novo Comandante de Doutrina e Formação da GNR
O Major-general Jorge Goulão –que em Setúbal desempenhou as funções de Chefe da Secção de Operações, Treino e Relações Públicas do Comando Territorial, além de ter liderado a Secção de Informações e Investigação Criminal – é o novo
ENCONTRO TÉCNICO NO SEIXAL AISET vai debater falta de mão-de-obra na Península de Setúbal
Estão previstas as participações da ministra do Trabalho e de representantes de empresas, academia e organismos públicos
Perceber as razões e encontrar so luções para a falta de mão-de-obra, sobretudo qualificada, no sector industrial é o principal objectivo do “Meeting de Capital Humano” que a Associação da Indústria da Península de Setúbal (AISET) vai promover no próximo dia 27, no auditório da Câ mara Municipal do Seixal.
O encontro tem previstas, entre ou tras, as participações do secretário de Estado Adjunto do Trabalho, Miguel Fontes, na sessão de abertura (9h30), e da ministra do Trabalho, Ana Mendes Godinho, no encerramento (17h30).
De permeio, vão ser debatidas cinco temáticas – “Atractividade e Competi tividade do Território”; “Captar a Reter Talento”; “Necessidades de mão-de-obra na indústria”; “Capacitar jovens para a indústria”; e “Reconversão e Recrutamento de mão-de-obra para
indústria do futuro”.
“Será um encontro técnico, uma jor nada de trabalho para reflexão. Que remos reflectir fora do quotidiano das empresas sobre as condicionantes do mercado de trabalho na Península de Setúbal. Perceber e o que fazer para mitigar a escassez de mão-de-obra para a indústria”, revela Nuno Maia, director-geral da AISET. Para o respon sável, a falta de recursos humanos no sector encontra desde logo uma ex plicação: “O ritmo de aposentações é muito superior ao número das pessoas que estão a chegar ao mercado de tra balho”. E este, considera, “também um problema estrutural demográfico, de adequação do sistema à oferta de tra balho existente”.
Actualmente, são várias as áreas da indústria com défice de mão-de-obra e Nuno Maia até dá exemplos: “Fal tam profissionais qualificados para os ramos de soldadura, manutenção industrial, robótica, operação de má quinas, programação, motoristas de pesados, entre outros”.
A AISET prevê juntar no encontro representantes de empresas – Ho vione, Siemens, Autoeuropa, entre outras –, do ensino e formação pro fissional (IPS, EPM e ATEC), além de elementos de vários organismos da tutela e de especialistas em recursos humanos.
Comandante de Doutrina e Formação da Guarda Nacional Republicana (GNR).
Foi empossado na última segunda-feira, em cerimónia presidida pelo Comandante Geral da GNR, Rui Clero.
ALCÁCER DO SAL Feira Nova de Outubro apresenta Raya, Átoa e Toy
Raya, Átoa e Toy são as principais propostas artísticas do cartaz da Feira Nova de Outubro, que pro mete animar o Parque Urbano de Alcácer do Sal entre 30 de Setem bro e 2 de Outubro próximo.
O certame – referenciado pela Câ mara Municipal de Alcácer do Sal como “o mais antigo” daquela cida de do litoral alentejano – regressa este ano ao habitual formato, de
pois do interregno ditado pelas me didas de prevenção à propagação da pandemia de covid-19.
“Já entrámos em contagem de crescente para o regresso da Feira Nova de Outubro. Voltamos, presen cialmente, a celebrar as tradições e as memórias do certame mais antigo da nossa Alcácer do Sal”, anunciou a autarquia, entidade responsável pela organização do evento.
O município destaca as actuações de Raya no dia 30, Átoa no dia 1 de Outubro, e Toy, acompanhado pela sua banda, a 2 de Outubro, todas com início marcado para as 22h30. Mas a animação musical não se fica por aí. Aos espectáculos de Raya, no primeiro dia, e Átoa, no segundo, vão seguir-se a partir das 00h30 as actuações de DJ Brat e DJ Pedro Monchique, respectivamente.
Desporto
MAIORIA ABSOLUTAVeteranos do GD Sesimbra conquistam segundo lugar na Taça Latina
Sócios aprovaram a alteração do nome para Clube União Fabril
José PinaA Assembleia Geral do passado dia 10, apesar da pouca participação, votou 2 pontos importantes: a alteração do nome para Clube União Fabril, que foi aprovado por maioria absoluta e sem qualquer voto contra, e a atribuição do título de sócio de mérito a Ama deu Batista, igualmente aprovado por maioria absoluta.
O terceiro ponto da ordem de trabalhos que tinha a ver com a fu tura situação financeira do clube foi retirado da votação para ser melhor estruturado.
Na vertente desportiva há a sa lientar o facto de a equipa de futebol sénior ter feito também no sábado, frente à equipa principal do Vitória Futebol Clube, que disputa a Liga 3, o jogo de apresentação aos seus adeptos, que serviu também de ensaio geral para a estreia oficial no Campeonato de Portugal, que vai acontecer já no próximo domingo em Évora, contra o Lusitano.
A equipa, que tem vindo a trabalhar há algum tempo e realizou vários jogos durante a pré-época, encontra-se de vidamente preparada para atacar de forma positiva a competição, que esta época é disputada em moldes diferen tes. Em quatro séries de 14 clubes, a duas voltas. Os seis últimos de cada uma das séries serão despromovidos
TAÇA DE PORTUGAL
aos campeonatos distritais, enquan to os dois primeiros de cada uma das quatro séries vão formar dois grupos de quatro clubes, subindo à Liga 3 os dois primeiros de cada um deles.
João Nuno, que se mantém como treinador principal, tem como com panheiros na equipa técnica Ricardo Freitas, Gonçalo Ascensão (como ad juntos), João Pedro Silva (preparador físico), Gonçalo Lopes (treinador de guarda-redes) e Pedro Veiga (obser vador).
Em relação ao plantel constituído por 21 jogadores, verifica-se a entra da de 10 reforços de diversos esca lões do futebol nacional e regional, nomeadamente do B SAD, Mafra, Oriental Dragon, Belenenses, Ana
dia, Vitória de Sernache, Idanhense, Barreirense e Moitense.
Eis a sua composição: Guarda-Redes: Júnior Alves (ex -Oriental Dragon), Filipe Neves (ex -Mafra) e Rodrigo Santos.
Defesas: Fábio Marinheiro (ex-Be lenenses), Diogo Branco (ex-Oriental Dragon), Daniel Martins (ex-Vitória de Sernache), Tiago Matos (ex-Ida nhense), Fred Correia, Tiago Simões e André Amaral.
Médios: Rodrigo Jorge (ex-Moiten se), Vasco Ramalho, França, Diogo Semedo e André Pimenta.
Avançados: Hugo Caeiro (B SAD), Diogo Ramos (ex-Anadia), Gonçalo Santos (ex-Barreirense), Vavá, Ivan Reis e Fabrício.
Vitória FC, Oriental Dragon e Fabril disputam segunda eliminatória em casa
Os clubes da região apurados para a segunda eliminatória da Taça de Portugal ficaram a conhecer os seus adversários no sorteio ontem reali zado na cidade do futebol.
O Desportivo Fabril, esta época promovido ao Campeonato de Por tuga, defronta no Estádio Alfredo da Silva o Académico de Viseu, da II Li ga, o Oriental Dragon joga no Campo Santos Jorge, no Pinhal Novo, com
o Canelas 2010, equipa da Liga 3, o Vitória Futebol Clube disputa a eli minatória no Estádio do Bonfim com o Vilar de Perdizes do Campeonato de Portugal, o Olímpico do Montijo vai ter que fazer uma viagem de 500 quilómetros para medir forças com o GD Bragança do Campeonato de Por tugal, e o Amora também se desloca ao norte do País, mais propriamente à zona de Amarante, para discutir a
eliminatória com o Vila Caiz, equipa do distrital da AF Porto.
No sorteio participaram 92 clubes, os 42 apurados na primeira elimina tória mais os 34 que haviam ficado isentos e os 16 da II Liga, que entram agora em competição.
A segunda eliminatória da prova rainha do futebol nacional está agen dada para o fim-de-semana de 1 e 2 de Outubro. J.P.
OPINIÃO
Sobre a nova época desportiva
Nelson Melo Liga 3, com a participação, em re presentação do nosso Distrito, do Amora Futebol Clube e do Vitória Futebol Clube. Acresce que irá iniciar-se, muito em breve, o igual mente competitivo Campeonato de Portugal, com a participação, em representação do nosso Dis trito, do Grupo Desportivo Fabril e do Oriental Dragon.
Omês de Setembro é, pa ra muitos, o regresso ao desporto. É o momento que marca o início de uma nova época desportiva, pon to em que fica para trás um longo processo de planeamento e que deverá responder às seguintes perguntas: Qual o nosso objectivo? Qual a nossa população-alvo? Que recursos temos? Com que parcei ros contamos?
No contexto desportivo, o pla neamento é um processo comple xo e multifacetado, absolutamente essencial para a obtenção de re sultados. Acresce que, em paralelo ao planeamento, deve existir uma visão que corresponda a algo que nós desejamos projectar no tempo, com o intuito de melhorar a nossa acção e que nos inspire na busca da perfeição.
Neste contexto, realçamos o pro jecto com a visão de desenvolver o futebol feminino, recentemente criado pelas associações de fute bol de Lisboa, Santarém e Leiria, as quais decidiram criar três com petições interdistritais de futebol feminino.
Num outro âmbito, a Associa ção de Futebol do Algarve lançou o projecto da figura do delegado ao jogo na primeira divisão de fu tebol sénior. Esta iniciativa é, sem dúvida, uma forma de melhorar a organização dos jogos.
Falando ainda de associações de futebol, veja-se o exemplo da As sociação de Futebol de Portalegre, que há algum tempo apresentou patrocinadores (naming para a competição) para os campeona tos seniores de primeira divisão de futebol e futsal (no caso do futsal em ambos os géneros).
Por outro lado, já se iniciou a muito competitiva e espectacular
Desejo aos quatro uma excelente época e que consigam concretizar os seus objectivos. Uma palavra de homenagem para o genial Fer nando Chalana, que nos deixou no passado dia 10 de Agosto. Natural do Barreiro, Chalana representou o Futebol Clube Barreirense e no tabilizou-se ao serviço do Sport Lisboa e Benfica e da Selecção Nacional.
E porque a doença que o vitimou tem o traço marcante da perda pro gressiva da memória, seria este um bom momento para a criação de um Museu do Futebol do nosso Dis trito, com o intuito de perpetuar a memória de tantos e tão bons jogadores que, sendo originários do distrito, deram ao mundo do futebol novos mundos, naquele que é o maior entretenimento de massas dos nossos tempos.
Por fim, mas não menos impor tante, desejo a todos os agentes desportivos do distrito uma exce lente época, felicitando, com espe cial admiração, todos aqueles que no papel de dirigentes voluntários tudo fizeram e conseguiram, com muita dificuldade, para resistir a duas épocas marcadas pela falta de receitas devido à pandemia de covid-19.
Mestre em Treino Desportivo de Alto Rendimento nelsonmeloefd@gmail.com
Você sabia?
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.. que um funeral de cremação, considerando todos os custos envolvidos, é tipicamente mais barato que o funeral para sepultura?
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