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FERIADO MUNICIPALMoita comemora Dia do Município em salão nobre lotado e renovado
OPINIÃO
Autarca aponta metas para presente mandato e recorda figuras alvo de distinção no território
Luís Geirinhas
Eu penso que desde pequeno, localizo em mim esta vontade de considerar, antes de opinar, a posição defendida pelos ou tros. Há quem veja nisso, interpretando -me mal, apenas vontade de contrariar: ir contra o senso comum. Ser, como se costuma dizer: o “advogado do diabo” e dar comigo em contra corrente, a contrariar o que todos parecem querer e a defender o que parecem recusar. Talvez…! Mas antes assim, do que ho je contra e amanhã a favor, conforme bate o vento ou me leva a maré do con veniente.
Ora, se com o vento se foram as vo zes críticas, que a pandemia despertou contra os “ovos todos no mesmo cesto”. Consentida por ela, a maré do verão os trouxe de novo, de ouro e no mesmo cesto e cheio demais os arruma, tra tando a pão de ló a galinha chamada turismo que os botou.
As televisões digladiam-se com programas de promoção. E se aqui são os vinhos, provas e restaurantes, ali as praias, acolá os trilhos, estâncias, passadiços, numa acérrima promoção de um país que se quer vender, em clima, serviços e sorrisos. Esperando e cada vez mais dependentes dele, que o conseguido com a sua venda nos permita agora, importar tudo aquilo que deixámos nós de produ zir. Sacrificando deste modo e em seu nome, como desesperados de mão estendida, tudo e todos os que que dele não vivam, no paradigma de que: residente hoje e aqui, turista amanhã acolá. E apostando todas as fixas num mercado que a pandemia fez tremer ontem e que qualquer desequilíbrio mundial, pode fazer tremer de novo amanhã. Surdos a esse erro de ges tão económica, surdos também ao descontentamento de quem assim o considera e suas consequências re
ceia, e no exagero de algumas regiões, se entristece e revolta.
Ou apenas, porque nem todos estan do de férias, ver o seu descanso diário prejudicado e em nome do mesmo turismo, as mais bonitas ruas e aveni das da sua localidade, cheias de gente, movimento, ruido e cheiros. Sujas de copos e garrafas de plástico, entre os cacos das que eram de vidro e cuja vio lência do desentendimento, ou apenas, divertimento alcoólico quebrou, e a que as autoridades, tolerantemente fecham os olhos ou minimizam, em nome da dita fonte de rendimento, que subser vientemente e de passadeira vermelha recebemos. Pondo os outros, filhos resi dentes da terra, a pagar mais caro pelo café, almoço ou jantar, em cima da infla ção, no local que sempre frequentaram e a onde agora, veem na disponibilidade do funcionário sazonal, a vénia e sorriso oferecidos ao turista, em troca do edu cado, mas seco e apressado: “diga lá o que quer?”, reservado para si, depois de horas de espera. E a quem, nalguns casos as autarquias, agora e muito bem, face á extrema seca, desligam regas e chafarizes públicos, esvaziam e fecham piscinas municipais, e pedem recomen dando, senão proibido mesmo, o uso de água para lavagens, ou rega da sua pequena e doméstica horta, fonte de apoio á parca reforma rural. Isto, paredes meias, com a sempre cheia piscina do hotel, ou os frescos e verdinhos campos de golfe. A onde, mesmo já poupando com sistemas inovadores, tendo o Al garve como exemplo e seus 31 campos, o equivalente ao consumo de 240 mil residentes é gasto. Ou seja, 60% da po pulação, a quem, por mais bonitos, bri lhantes e aparentemente valiosos “ovos de oiro”, resultam hoje, numa omelete para poucos, a pagar amanhã por todos, não caia o cesto e se quebrem os ovos.
Autor literário
O Dia do Município, assinalado no renovado salão nobre da Câmara da Moita, na última terça-feira, em plena realização das festas da vila e após dois anos da situação de pandemia, voltou a enaltecer muitas figuras que fazem e fizeram parte da vida do con celho. Carlos Albino, presidente da autarquia, lembrou que “preservar as nossas tradições é assegurarmo-nos de que o nosso passado jamais será esquecido, sem que isso nos impeça de seguir em frente”.
O autarca frisou que é com os olhos no futuro que o actual executivo pre tende seguir o propósito de servir a população, proporcionando “as me lhores condições para que possam permanecer aqui”. “Para que os jo vens desejem fixar-se no concelho da Moita e não necessitem de procurar casa ou emprego fora”, o edil realçou que uma das ambições passa por um trabalho diário e que este primeiro ano de mandato “exigiu de nós muita persistência para ultrapassar as ad versidades que nos foram surgindo no caminho”.
O presidente afirmou que “estamos já [a] fazer caminho” e “a olhar para o futuro”, lembrando que os eleitos en contraram “muito trabalho por fazer, problemas que urgiam de solução” e que este “foi um início conturbado”, amenizado pelos trabalhadores da autarquia. Carlos Albino diz ter cons ciência de que é necessário “tempo para conseguirmos atingir a excelên cia nos nossos serviços, mas o nosso compromisso com a população, esse é inabalável”.
Durante a sua intervenção, Albino lembrou algumas das intervenções que estão previstas no território, nomeadamente, a construção de um pavilhão desportivo na Escola Secundária da Baixa da Banheira ou um “megaprojecto” que vai trans
Na cerimónia, Carlos Albino realçou o trabalho que a autarquia está a fazer a pensar no futuro
formar a parte norte da Caldeira da Moita, envolvendo o Bairro da Fonte da Prata, numa “vasta área que se encontra ao abandono, num espaço paisagístico agradável”.
Também o parque da Caldeira vai passar a integrar equipamentos e infra-estruturas “para recreio e la zer, havendo ainda a possibilidade de instalação de equipamentos ho teleiros”, adiantou.
O socialista lembrou que a autar quia vai lançar, em breve, a aplicação de ocorrências Moita+Próxima, que permitirá aos munícipes e visitan tes “comunicar de forma rápida e simples, situações anómalas identi ficadas no espaço público, a par da aplicação GeoMoia, que possibilitará a emissão automática de plantas de localização, minimizando as desloca ções e os tempos de espera".
Medalhas premeiam figuras do concelho pelo trabalho
A data ficou marcada por uma ho menagem a muitas das figuras que já faleceram, mas que continuarão a fazer parte da memória de todos. É o caso de Leonel Coelho, considera do o “pai” da Feira do Livro de Alhos
Vedros, e de Staline Jesus Rodrigues, pelo seu empenho e dedicação à vida da comunidade.
Durante a cerimónia, foi ainda recordado e premiado José Luís Nunes, pelo seu percurso na área da saúde, assim como o ex-presidente de Câmara, João de Almeida, pela sua dedicação à causa pública. Tam bém o falecido Orlando Santos foi premiado pelos serviços distintos e meritórios realizados neste ter ritório.
Na ocasião foi ainda agraciado com uma medalha João de Brito Caiado, pelo seu percurso na área da saúde e ensino, bem como Izalindo Mira, que contribuiu para o desenvolvimento da prática de eventos equestres que engrandecem a Moita.
Também o professor Vítor Duarte, pelo seu percurso na área do despor to, e António Maria Beliz, pelo contri buto para a valorização económica e social do concelho, foram agraciados com uma medalha nesta iniciativa, que brindou ainda a CACAV – Círculo de Animação Cultural de Alhos Ve dros, com uma insígnia pelos servi ços distintos e meritórios prestados à população.
Os ovos, todos no mesmo cesto, a galinha a pão de ló e o país à sedeAntónio Guerreiro
Ribeiro apresenta hoje candidatura à distrital de Setúbal do PSD
COMEMORAÇÕES BOCAGIANAS 2022
A apresentação oficial da candidatura de Paulo Ribeiro à presidência da Comissão Política Distrital de Setúbal do Partido Social Democrata (PSD) realiza-se hoje.
A sessão vai ter lugar a partir das 21 horas na sede da
estrutura distrital, instalada na loja 18 na Rua de Santa Maria, em Setúbal.
As eleições estão agendadas para 1 de Outubro próximo, com Paulo Ribeiro a recandidatar-se ao cargo com o tema "Na Direcção Certa".
Câmara de Setúbal entrega medalhas honoríficas a personalidades do concelho
Cerimónia decorre hoje, no Fórum Municipal Luísa Todi, às 10 horas
O concelho de Setúbal festeja hoje o Dia de Bocage e da Cidade. Este ano, a programação do feriado municipal inclui visitas guiadas, workshops, concertos, exposições, encontros literários, dança e actividades des portivas, que duram até ao dia 30 de Setembro.
As comemorações desta quinta -feira têm início às 09 horas com a habitual cerimónia do hastear da bandeira no edifício dos Paços do Concelho e a deposição de flores na estátua que homenageia Bocage, com a participação da Associação Cultural TOMA – Teatro Oficina Multi Artes. À mesma hora está ainda mar cada uma visita pela cidade no âmbito da terceira edição do peddy-papper “Experienciar Setúbal”.
Às 10 horas a cerimónia prossegue, no Fórum Municipal Luísa Todi, com a homenagem aos trabalhadores municipais aposentados, seguida da entrega das medalhas honorífi cas a personalidades e entidades do concelho.
Na atribuição das medalhas, que foi aprovada pela Câmara Municipal de Setúbal, inclui-se, este ano, uma Medalha de Ouro, considerada a mais alta distinção, para a Santa Ca sa da Misericórdia de Setúbal. De acordo com o Regulamento Muni cipal para a Concessão das Medalhas Honoríficas da Cidade, esta distinção “só pode ser atribuída a pessoas que tenham prestado ao concelho ou à nação serviços relevantes ou que gozem de extraordinário prestígio social pelos elevados dotes que as distingam sob o aspecto intelectual ou artístico”.
Com o propósito de “distinguir a actividade desenvolvida no concelho por cidadãos e instituições de forma particularmente notória e nas mais di versas áreas”, serão ainda entregues três Medalhas de Prata da Cidade a Miguel Frasquilho, Eugénio Fonseca
e ao Grupo Desportivo Setubalense ‘Os 13’ e um total de 28 medalhas de Honra da Cidade a personalidades de destaque.
Setúbal é cidade há 162 anos Foi a 19 de Abril de 1860 que Setú bal ‘nasceu’ como cidade. A elevação
deu-se por carta régia, após solicita ção da Câmara, dois anos antes, ao rei D. Pedro V. Anteriormente a isso, os registos de ocupação humana no território do concelho remontam à pré-história, tendo sido recolhidos, em vários locais, numerosos vestígios desde o Neolítico.
Três dias Comemorações bocagianas condicionam trânsito
A Praça de Bocage e as ruas Tenente Valadim e de Bocage vão estar encerradas ao trânsito automóvel até sábado no período entre as 20 horas e a meia-noite, devido às comemorações do Dia de Bocage e da Cidade.
O fecho à circulação rodoviária nestas zonas implica que os automobilistas utilizem, como alternativa, as avenidas 5 de Outubro e Jaime Cortesão, a Praça General Luís Domingues, a Ladeira de São Sebastião e a Avenida Luísa Todi.
Entre os séculos I a IV surgiu Cetó briga, um núcleo urbano e industrial ligado à salga de peixe que se esten deu pelas duas margens do Rio Sado, integrando Tróia. No entanto, duran te as invasões bárbaras e a ocupação árabe, a zona habitada foi sendo pro gressivamente abandonada devido ao avanço das areias.
Após a conquista de Palmela aos mouros e do estabelecimento da Or dem de Santiago da Espada, Setúbal foi repovoada e recebeu de D. Paio Peres Correia, em 1249, mestre da Ordem, a primeira carta foral.
Com as dificuldades apresentadas pelos habitantes, no que diz respeito à entrada e venda de produtos trazi dos de Sesimbra, Palmela e Alcácer do Sal, o mestre de Santiago cons truiu, em 1343, uma cortina de mu ralhas que delimitava Setúbal. Desta forma, a vila começou a desenvolver
entregues
actividades económicas ligadas à in dústria e ao comércio.
Devido ao progresso e aumento demográfico que Setúbal tinha regis tado no último século, o rei D. Manuel reformou, em 1514, o foral da vila. O título de “notável villa” chega quase um século depois, em 1525, e é con cedido por D. João III. Foi este título que proporcionou a criação, em 1553, por carta do arcebispo de Lisboa, D. Fernando, de duas novas freguesias, a de São Sebastião e a da Anunciada, que se juntaram às já existentes São Julião e Santa Maria.
Após o terramoto de 1755, que da nificou principalmente as freguesias localizadas na zona mais baixa de Se túbal, esta voltou a crescer. No século XIX, o desenvolvimento económico e social transformou a vila num dos mais importantes centros comerciais e industriais do País.
Após a elevação a cidade, em 1860, foi inaugurada a via-férrea que fazia ligação entre o Barreiro e Setúbal e, em 1863, surgiu a iluminação a gás. Por esta altura, iniciaram-se também as obras de aterro sobre o rio de onde nasceu a Avenida Luísa Todi.
Em 1926, Setúbal foi elevada a sede de distrito e, em 1975, a cabeça de diocese.
Serão
três Medalhas de Prata a Miguel Frasquilho, Eugénio Fonseca e a ‘Os 13’ e um total de 28 medalhas de Honra da Cidade a personalidades de destaque
Setúbal
GALA MP PRODUÇÕES
Carolina Portela vence Globo da Moda para Modelo Fotográfico
Jovem sadina conquista prémio pelo voto de júri nacional, juntando-o ao triunfo na votação on-line
Tiago Jesus
A setubalense Carolina Portela é a vencedora do Globo da Moda deste ano na categoria de Modelo Fotográ fico, pelo voto do júri, após já ter con quistado o prémio on-line no passado mês de Julho.
A jovem conquistou o prémio da gala organizada pela MP Produções. Este é o terceiro triunfo da sadina nestes prémios, tendo já conquista do um Globo da Moda no ano pas sado e este ano na votação on-line para Modelo Fotográfico. Carolina Portela venceu o prémio em 2021, mas relativo a 2020, na categoria de Modelo Revelação. Além da dis tinção conseguida on-line, Carolina Portela conseguiu agora o prémio do júri nacional, com essa atribui ção a ser feita na gala oficial da MP Produções.
A O SETUBALENSE, a jovem de 17 anos revelou-se orgulhosa por alcan çar o seu objectivo. “O sentimento que tive foi de objectivo cumprido, orgulhosa porque era uma catego ria muito renhida com concorrentes muito fortes”. Com a vitória chega ram os convites que abriram novas portas para a modelo. “Assim que publiquei a minha vitória nas redes sociais chegaram logo vários pedidos de fotógrafos de renome, a pedirem para me fotografar, assim como esti listas de renome, para me patrocina rem”, referiu.
Com este triunfo conseguido, a jovem pensa no futuro, mas sem grandes pressas. “Ainda não pensei na categoria para o ano que vem, mas é preciso dar um passo de cada vez. Já tenho o prémio de Modelo Revelação 2021 e agora estes dois de Modelo Fotográfico.”
Representar Setúbal é um orgulho para a jovem, embora sinta que não tenha sido muito apoiada pelos sa
dinos. “É um orgulho elevar o nome da cidade onde nasci e onde vivo, a cidade mais linda do mundo, que não pode aparecer só pelas coisas más. Em relação aos setubalenses o apoio não é como esperava. Não há patrocinadores para os filhos da terra, salvo a minha estilista Cenira Heringer. Em termos de votação de popularidade, Setúbal não foi mui to de ajudar, excepto o meu grande amigo Toy e a esposa Daniela a quem dedico também este prémio”.
Nos agradecimentos, Carolina de dicou esta conquista a várias pessoas, destacando a importância da sua família, assim como da sua agente. “Agradeço à minha mãe, irmãos, ao meu padrasto, que tem sido um pai para mim, e à minha agência repre sentada pela Margarida Vieira Louro. Sou uma sortuda porque tenho dois
pais, um no céu, que é o meu anjo protector, e o pai Rui que me tem tratado como uma filha”.
Para além de Carolina ter conquis tado o prémio nesta gala, também o seu namorado foi ‘cobiçado’ para ingressar no mundo da moda. “Ao meu namorado João Almeida, que é natural e residente em Pinhal Novo, agradeço por todo o apoio e carinho que me tem dado, e que também vai entrar no mundo da moda. Esta gala abriu-lhe as portas, pois ele é lindo e dá um excelente modelo”.
Por fim a modelo deixou um agra decimento ao clube do seu coração, por todo o seu apoio. “Como sócia e adepta do FC Porto, dedico estes prémios a todos os seus sócios e adeptos, em especial ao Fernando Madureira, pelo apoio na votação da claque dos Super Dragões”, concluiu.
Os Bombeiros Sapadores de Setúbal informaram a Câmara Municipal que vão hoje estar em greve, no Dia de Bocage e da Cidade. Na reunião pública da passada quarta-feira, André Martins, presidente da edilidade, disse que no pré-aviso recebido pela autarquia, é garantido
que “a greve não põe em causa a prontidão e o socorro” durante as cerimónias, “uma vez que é feita só em formaturas e iniciativas como é o caso da participação no tradicional hastear da bandeira”, que ocorre hoje, às 09 horas, no edifício dos Paços do Concelho.
RESPONSABILIDADE PARTILHADA
Município sadino actualiza protocolo de gestão partilhada da zona ribeirinha
com Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra começa a ter efeito em Janeiro de 2023
Acordo
dades económicas, nomeadamente associadas ao turismo”.
A Câmara Municipal aprovou em reu nião pública uma adenda ao protoco lo celebrado com a Administração dos Portos de Setúbal e Sesimbra (APSS). Este protocolo permite o alargamen to da área de gestão partilhada da frente ribeirinha da cidade.
No âmbito da implementação progressiva e sucessiva dos objec tivos definidos para a requalificação da frente ribeirinha, o município de Setúbal tem vindo a desenvolver parcerias com a APSS em vários domínios.
A edilidade sadina e a administra ção portuária já haviam celebrado um protocolo, em 2018, para a ges tão partilhada da área compreendida entre a Avenida José Mourinho e a Rua dos Trabalhadores do Mar. O objectivo era promover a melhoria dos serviços de limpeza, da recolha de resíduos e de manutenção de es paços verdes.
Esta relação de partilha de respon sabilidades adequadas às funções e competências de cada entidade resultou “numa melhor utilização e valorização da frente ribeirinha”, afirma o município sadino em nota de Imprensa. “Preparou novas linhas de trabalho e de requalificação do es paço público em áreas com elevado potencial de usufruto das populações e dos visitantes, bem como das activi
No âmbito dessa cooperação com a APSS, a Câmara propôs uma adenda ao protocolo celebrado em Dezembro de 2018, que contempla a extensão da área de gestão parti lhada. Esta zona, que nos termos do protocolo inicial se situava entre o Parque Urbano de Albarquel e a Rua dos Trabalhadores do Mar é alargada à área nascente, compreendida entre a Avenida José Mourinho, na inter secção com a Rua do Clube Naval, e a Avenida Baía de Setúbal, até ao topo montante da Doca das Fontainhas.
Com este protocolo, o município fica a cargo dos serviços da higiene urbana, da manutenção de espaços verdes, dos equipamentos e edifica dos e do licenciamento e fiscalização na área sob gestão partilhada. Pela utilização desta área e das instalações nela implantadas ou a implantar, a autarquia paga uma compensação mensal à APSS, calculada com base na taxa de 0,05 euros por metro quadrado.
A adenda aprovada em reunião pública acrescenta também que os montantes devidos à APSS "serão objecto de compensação integral com os valores correspondentes aos investimentos e acções de manuten ção realizados durante o período de vigência do protocolo". Desta forma o Município deverá apresentar, anual mente, um relatório com informação relativa a investimentos, rendimen tos e encargos que concretize na área de gestão partilhada.
Este protocolo vigora durante dez anos, começando a ter efeito a partir de 1 de Janeiro de 2023, sendo re novável automaticamente por iguais períodos.
Bombeiros Sapadores convocam novamente greve para o Dia de Bocage e da CidadeJovem está orgulhosa em representar a cidade de Setúbal DR
Jovens acusados de matar colega do Centro Tabor julgados por tribunal de júri
Caso aconteceu em Outubro de 2020, com Lucas a ser asfixiado por colegas e abandonado em poço em Palmela
Rito Maria Carolina CoelhoOs dois jovens acusados da morte de Lucas Miranda, com 15 anos, com quem estavam institucionalizados no Centro Jovem Tabor, em Setúbal, vão ser julgados por tribunal de júri.
O procedimento para a selecção do júri, que representa a primeira diligência, acontece na próxima quinta-feira, dia 22 de Setembro, a partir das 09 horas, sendo que vão ser nomeados quatro jurados efec tivos e quatro suplentes.
Já o passo seguinte passa pela rea
lização de questionários, em que a defesa e a acusação têm a possibilida de de aceitar, ou rejeitar, os cidadãos escolhidos. No referido caso, em que os dois jovens atiraram o corpo da ví tima para dentro de um poço, a cerca de 150 metros da instituição, foram
os assistentes a requerer a constitui ção de júri.
Trata-se de um julgamento raro, uma vez que em Portugal existe uma reduzida utilização do tribunal de júri, composto por três juízes de direito, um dos quais com a função de presidente.
O julgamento dos dois jovens, acu sados em Maio último, pelo Ministério Público, de homicídio qualificado e profanação de cadáver, deverá decor rer na sala principal de audiências do Tribunal de Setúbal, em data a marcar posteriormente.
Vítima pediu para morrer
O crime remonta a 15 de Outubro de 2020. Lucas Miranda, institucionali zado 13 dias antes no Centro Jovem Tabor, tentou fugir por diversas oca siões, até que o seu desaparecimen to foi comunicado à Polícia Judiciária (PJ).
A 16 de Fevereiro de 2021, passa dos quatro meses, o corpo do jovem com 15 anos foi encontrado, em esta do de decomposição, dentro de um poço em Brejos do Assa, Palmela.
O menor foi asfixiado até à morte e enforcado numa árvore por dois cole gas do centro. Trata-se de um plano delineado entre os três, que consistiu em asfixiar o jovem até à morte, a seu pedido, e enforcá-lo para simular o suicídio aos olhos da polícia, mas o ramo do sobreiro cedeu.
No dia a seguir ao crime, Lucas já estava com os joelhos no chão. Os dois arguidos decidiram então retirá -lo da árvore, enrolar o cadáver num lençol da instituição e atirá-lo ao poço
Câmara da Moita aprova acordo de colaboração com IHRU para acesso à habitação
inutilizado, tapando-o, nos dias se guintes, com terra e galhos.
Institucionalizado a 02 de Outu bro de 2020, Lucas Miranda chegou a fugir seis vezes do centro, pelo que, quando desapareceu, se tenha pen sado que se tratava de mais uma das
O crime terá sido planeado no início de Outubro. A vítima queixava-se de estar farta da vida e pediu aos colegas para a matarem. Dois dias antes terá acontecido uma primeira tentativa, com um dos autores do crime a asfi xiar Lucas até este perder os sentidos, a seu pedido, para simular a sensação de morrer.
Quando recuperou os sentidos, o jovem de 15 anos pediu para que o ma tassem da mesma forma. Na manhã do crime, os três saíram do centro e Lucas foi asfixiado, desta vez até à morte.
Foi em Novembro que surgiu o pri meiro rumor sobre a morte de Lucas, ao dar conta de que o seu corpo es tava num poço, não no de Palmela, mas algures no concelho da Moita. Passado um mês, o padrasto do jo vem garantiu tê-lo visto a embarcar no terminal fluvial do Barreiro, rumo a Lisboa.
A localização exacta do corpo de Lucas Miranda chegou à PJ em Fevereiro de 2021, assim como a forma como foi assassinado. Foram encontradas ossadas a cinco metros de profundida. A operação foi levada a cabo pelos Bombeiros Sapadores de Setúbal, que encontraram igualmen te o cadáver de um cão.
Volvidas duas semanas, foram detidos os dois autores do crime, na altura com 16 e 17 anos. No entanto, o Tribunal de Setúbal viria a libertar os dois jovens - que regressaram à instituição -, contra a vontade do Mi nistério Público.
O Centro Jovem Tabor é uma Ins tituição Particular de Solidariedade Social (IPSS) sob a dependência da
Diocese de Setúbal da Igreja Católica, que acolhe cerca de duas dezenas de jovens com dificuldades de inserção na sociedade.
Mãe adoptiva pede indemnização civil de 400 mil euros
Já este ano, no passado mês de Ju nho, a mãe adoptiva de Lucas Miran da tomou a decisão de avançar com um pedido de indemnização contra o Estado, o centro de acolhimento, o Ministério da Segurança Social e os dois jovens acusados do homicídio.
O pedido de indemnização civil no âmbito do processo-crime foi feito no valor de 400 mil euros: 200 mil a título de indemnização por perda do direito à vida (dano morte), 100 mil euros a título de danos não patrimo niais sofridos pela vítima e 100 mil eu ros a título de danos não patrimoniais sofridos pela demandante (a mãe).
No pedido de indemnização é refe rido que “falharam todas as instâncias de controlos e dessas falhas resultou a morte de Lucas Miranda”, com a mãe a sentir-se “defraudada pela confiança que depositou no Centro Jovem Ta bor e no Estado português, a quem acreditou que o filho estava confiado”.
Lucas Miranda foi adoptado em 2008, com dois anos e meio, e, de acordo com o documento processual entregue, a partir do 5.º ano come çou a revelar problemas comporta mentais, típicos da adolescência, o que levou a mãe a recorrer a institui ções públicas, passando o jovem a ser seguido por uma pedopsiquiatra.
Já no início da pandemia de co vid-19, e com a consequente quebra das rotinas, o menor tornou-se mais violento e começou a ser agressivo com a mãe, que voltou a pedir ajuda. A participação deu origem à interven ção da Comissão de Protecção de Crianças e Jovens (CPCJ), culminan do o processo na institucionalização de Lucas a 02 de Outubro de 2020.
Em Portugal, o julgamento com júri foi introduzido pela Carta Constitucional de 1826.
Centenário na sua consagração, a sua composição foi abolida no período da segunda república por tuguesa. O decaimento do regime político que vigorou em Portugal desde a aprovação da Constituição Portuguesa de 1933 pela Revolução de 25 de Abril de 1974, devolveu ao povo o direito de participação na administração da justiça (art. 207.º da CRP).
No âmbito das normas que o pas saram a regular, o júri tem compe tência para julgar e decidir os crimes decorrentes da violação das normas do direito internacional humanitário, da segurança do Estado, das con dutas que consubstanciem ilícitos contra a identidade cultural e inte gridade pessoal, qualquer que seja a pena aplicável e aos que correspon da abstractamente pena de prisão superior a oito anos, excluindo-se a sua intervenção na criminalidade re lacionada a terrorismo ou altamente organizada, justamente em razão de tais matérias envolverem o domínio de normas do direito penal e o grau de ameaça seja passível de condicio nar ou intimidar os jurados.
Em Portugal, o tribunal de júri é composto por três juízes de direito que integram o tribunal colectivo e por quatro cidadãos (jurados) efec tivos, a que acrescem outros qua tro, suplentes. Aos oito (incluindo suplentes) reconhece-se a igualdade de direitos e de deveres, enquanto investidos no dever de julgar.
Diferentemente do que sucede com o júri estadunidense, tão reve lado pela cinematografia, os jurados portugueses não se limitam a decidir se determinado indivíduo é inocente ou culpado, mas decidem questões jurídicas, mesmo que não possuam conhecimentos das normas proces suais ou substantivas, sendo auxi liados pelos juízes de carreira, dado o potencial desconhecimento das normas legais a aplicar.
Findo o julgamento, os jurados participam no processo de escolha e determinação da pena e formando -se a decisão por maioria simples, tal significa que a absolvição ou conde nação pode resultar do que seja a sua própria motivação.
O processo de selecção de jurados encontra-se sujeito à observância de um conjunto de regras: só pode desempenhar o cargo quem se en contre inscrito nos cadernos eleito
O Júri
rais, não exceda os 65 anos de idade, possua a escolaridade obrigatória, não padeça de doença ou de ano malia psíquica, esteja na posse e no gozo de direitos civis e políticos, não esteja preso ou tenha sido condena do em pena de prisão efectiva.
OPINIÃO
Belmira Raposo Felgueiras
O escrutínio impede que compo nha o corpo dos jurados os profissio nais de carreiras militares, policiais, políticas ou com relação à justiça. A intervenção do júri pode ser re querida pelo Ministério Público, pelo assistente ou pelo arguido, a lei não exige fundamentação para o pedido de julgamento com jurados e após formulado este não pode ser retirado.
Não obstante a expressão máxima da participação popular na justiça, existe em Portugal uma reduzida utilização do tribunal de júri. Direi por experiência profissional que são razões de estratégia processual que levam à sua intervenção.
Umas, visando uma condenação exemplar quando as expectativas comunitárias reclamem a aplicação de pena de prisão elevada, se a prova se mostrar de difícil produção ou se, pelas circunstâncias em que o crime tenha sido cometido, a prova seja de deficiente obtenção.
Outras, ao invés, faça apelo a ra zões em que comiseração ou com preensão de fraquezas humanas sejam favoráveis a uma atenuação de pena ou à absolvição do agente. Enquanto ocupante da tribuna, cada jurado há-de despir-se de preconcei tos, juízos de valor ou de contamina ções sobre os factos aportados. Há -de esquecer a verdade única trazida pelos meios de comunicação social, há-de eliminar qualquer convicção ou certeza formada fruto do sensa cionalismo.
O processo psicológico da decisão será sempre modificado pela cole gialidade da sua formação, marcado pela experiência profissional e pelos percursos de vida distintos com que cada um dos jurados deparará.
Na compreensão que a Justiça é um valor que não pertence aos juí zes, mas ao povo em nome de quem estes a aplicam, a sua evidente res ponsabilidade há-de temperar-se pelo bom senso e pelo respeito de um princípio axial do processo pe nal: que a inocência de cada um se presume até ao trânsito em julgado da decisão para a qual prestaram o seu contributo.
Juíza de Direito no Juízo Central Criminal da Comarca de Setúbal
Em Portugal, o tribunal de júri é composto por três juízes de direito que integram o tribunal colectivo e por quatro cidadãos (jurados) efetivos, a que acrescem outros quatro, suplentes
suas fugas.
PROGRAMA DE APOIO
Câmara aprova acordo de colaboração com IHRU para acesso à habitação no município
Investimento global de 30 milhões vai responder a questões sociais no território
Luís Geirinhas
A delegação do Vale da Amoreira da União de Freguesias da Baixa da Banheira acolheu, no final da últi ma semana, a cerimónia de homo logação do acordo de colaboração entre o município e o Instituto de Habitação e da Reabilitação Urba na (IHRU). O entendimento entre ambas as entidades contou com a presença de Carlos Albino, presi dente da edilidade, e da secretária de Estado da Habitação, Marina Gonçalves, estando previsto nos próximos tempos um investimen to global de 30 milhões de euros, no âmbito do Programa de Apoio no Acesso à Habitação 1.º Direito.
Na altura, o autarca da Moita lembrou que esta data marca “um passo importante” na vida de quem vive no território, acrescentando que esta homologação permiti rá apoiar “quase 900 pessoas de mais de 300 agregados familiares que vivem em condições indignas” no município, entre reabilitações, construções e novas aquisições.
“É uma realidade à qual não devemos, não queremos fechar os olhos e foi por isso que, dos aproximadamente cem agrega dos inicialmente sinalizados com situações de carência habitacional e após um estudo mais aprofunda do, os dados foram actualizados e conseguimos aumentar para 167, os novos agregados a serem apoiados”, revelou. Carlos Albino acrescenta que, sendo o horizon te temporal “relativamente curto”, há que atender agora às situações consideradas de “maior urgência e que encontrarão resposta [...] via investimento público”.
A edilidade prevê reabilitar,
neste âmbito, um total de 167 fo gos e a construção de 157 novas habitações. Neste processo serão
ainda adquiridas 10 fracções para “abranger os agregados familiares sinalizados em situação de vulnera
Governo Parque habitacional público deverá ser aumentado para cinco por cento
Marina Gonçalves anunciou ainda, durante esta passagem pelo territ ó rio, que pretende aumentar o parque habitacional no País dos actuais 2% para 5%, nos pr óximos anos, com a meta de aproximação progressiva da média europeia.
“Ao compararmos com países como a Holanda, que possui um parque habitacional público que se situa entre os 20 e os 30%, percebemos o quão atrás estamos”,
exemplificou. No caso da Moita, o presidente de Câmara eleito pelo PS, acrescenta que poderiam ter sido sinalizadas muitas mais habitações, tendo a prioridade sido dada ao avançar da construção ou reabilitação de mais de 330 fogos, com vista a aproveitar o financiamento a 100%. A sessão ficou concluída com uma visita dos convidados por diversas artérias do Vale da Amoreira.
bilidade”, num horizonte temporal de seis anos. “É necessário ir mais longe, temos essa ambição e por
isso reitero o compromisso [de] continuar a trabalhar para que possamos chegar a cada vez mais pessoas”, frisou.
“Um direito universal e de salvaguarda do estado social” Durante a sua intervenção, Marina Gonçalves acrescentou que, deste modo, também o actual Governo está “a assumir uma responsabilida de que é de todos, um direito uni versal e de salvaguarda do estado social”. “Por isso é que é tão impor tante o que estamos a fazer [para assinalar] um primeiro momento de um trabalho muito grande que [este] município tem pela frente, que é a vontade de priorizar uma estratégia de promoção de acesso à habitação e para a qual temos traba lhado ao longo dos últimos meses”, explicou.
Durante a sessão realizada, a pre sidente do Conselho Directivo do IHRU, Isabel Dias, também ali pre sente, procedeu ainda à assinatura do acordo de colaboração com o edil moitense, tendo o documento sido homologado pela responsável governamental.
FINANCIADO
PELO PRR
Biblioteca da Moita acolhe nova sessão de “Sábados a Ler em Família”
A Biblioteca Municipal Bento de Jesus Caraça, volta a receber no próximo dia 17, pelas 15h30, a iniciativa “Sábados a Ler em Família”, para crianças a partir dos três anos e suas famílias. Desta vez, estará em destaque a obra “A Formiga Horripilante”,
Construção do espaço Corte Real Villas & Sénior Residences vai custar 3 M€ e aposta na inovação
Equipamento terá capacidade para acolher 74 pessoas e apoiar 60 ao domicílio
Luís Geirinhas
Foi assinado esta semana o contrato de comparticipação financeira, que vai permitir o lançamento da obra da Corte Real Villas & Sénior Residences, no município da Moita, que ascende a três milhões de euros e que possibili tará a criação de 74 lugares para esta população e 60 vagas de serviço de apoio domiciliário.
De acordo com a instituição, a nova valência é financiada pelo Programa de Recuperação e Resiliência (PRR), através do Instituto de Segurança So cial, no âmbito da Programa de Alar gamento da Rede de Equipamentos e Resposta Social e permitirá “inovar ao nível das respostas existentes” no território para a população sénior. O projecto em causa, recorde-se, será edificado num terreno da institui ção, próximo da sede social da coope rativa Corte Real e da Escola Técnica
Profissional da Moita (ETPM), o que “permite continuar a consolidar ser viços e a potenciar sinergias entre as instituições”. Além de inovador e de cariz social, o novo espaço vai ainda conduzir ao “encontro de soluções pa ra problemas locais e criar condições para ampliar várias possibilidades”.
O colégio lembra que a requalifica
COM A PRESENÇA DE 30 ARTISTAS
ção e alargamento da Rede de Equi pamentos e Respostas Sociais tem como principal objectivo “reforçar e adaptar as respostas sociais” e encara esta medida como sendo de “extre ma importância pela sua contribui ção para a promoção do bem-estar das famílias e de uma coesão social e territorial”.
Festival de música electrónica promete animar praia fluvial do Rosário durante 14
horas
A praia fluvial do Rosário acolhe no dia 24, entre as 14 horas e as quatro da manhã, o Sundance Electronic Music Festival, num evento que vai brindar os participantes com catorze horas de muita música, em três áreas distintas e num local privilegiado, com vista à criação de “uma atmosfera única” para encerrar o Verão deste ano da melhor forma.
O evento vai contar com a participa ção de 30 artistas, desde os mais no vos do 'djing' aos mais consagrados da dance scene nacional, que vão apre sentar um ‘line up’ de luxo e transver
sal. Os participantes vão poder ouvir vários registos da música electrónica, numa iniciativa que pretende propor cionar “um dia cheio de boa música e muita energia”.
A viagem musical, com sonoridades entre o ‘deep’ e o house, incluirá ainda passagens pelo organic e o progressi vo, pelo minimal e o techno, chegando mesmo ao Transe-Psy.
A área estará dividida pelo Jun gle Room e o Beach Spot, além do ProDJ Garden. Carlos Manaça, Chadubritt, Hugo Villanona, Mário Roque, Merche, Nox, Poppy e Re
dkone (Dextro e Di Paul) vão garan tir a animação do primeiro espaço, com a segunda zona a ser agitada por Alienn – (Live), DJ Jiggy, Fúria, Guapa Lee, John-E, Kokeshi, mas também Neapo B2B Anda, Pemba, Snupo e Thierry.
Já pelo ProDJ Garden vão ainda passar Dariz e o Deejay Vibrant, além de Fabian Cross, Ground9, Krystsina e Markezine. A estes juntam-se ainda Pedro Wilson e Rita Biscaya, Tykhr e Vil, num evento que promete agitar a zona do Rosarinho e prolongar-se pela noite dentro.
BREVES
criada por Liz Pichon, que conta a história de um insecto horripilante que era muito, mas mesmo muito feio. Na altura, a pequenada vai poder saber se esta vai escapar ou não a um passaroco esfomeado e que está em busca de uma refeição com seis patas.
O executivo da Junta de Freguesia de Alhos Vedros, presidido por Artur Varandas, efectuou recentemente uma visita à Escola Básica da Fonte da Prata, para avaliar quais as maiores e mais urgentes necessidades existentes neste estabelecimento de ensino. O objectivo da deslocação do autarca alhosvedrense àquela
escola passou por identificar as situações que precisam de resolução imediata, para que os mais jovens possam iniciar o seu ano escolar. No local foram executadas várias intervenções, como a substituição de uma porta, o arranjo de autoclismos e torneiras, tendo ainda sido efectuadas pinturas e diversas acções de limpeza.
A sede da União de Freguesias da Baixa da Banheira e do Vale da Amoreira acolheu recentemente um intercâmbio juvenil que trouxe até esta vila a Associação Omnis Factum, num evento onde a multiculturalidade esteve em destaque. No âmbito do Programa Erasmus +, aquele espaço acolheu a visita de 25 jovens, que participaram num
dia repleto de actividades, com visitas ao Parque José Afonso e às piscinas municipais ali existentes. Os participantes estiveram ainda presentes num almoço realizado na sede do Ginásio Atlético Clube e numa tarde de debate na sala da Assembleia desta União de Freguesias, dedicada à temática “Equilíbrio de Género”.
A União de Freguesias de Gaio-Rosário e Sarilhos Pequenos promoveu recentemente, um conjunto de obras para a instalação de estacas e pontões, na Associação Naval Sarilhense. Num esforço financeiro realizado em parceria com a Câmara da
Moita e a própria colectividade, na altura, foi instalada no local uma infra-estrutura que permite a acostagem de embarcações, assim como o embarque e desembarque de passageiros em melhores condições de utilização.
ALHOS VEDROS Junta promove arranjos na Escola Básica da Fonte da Prata
BAIXA DA BANHEIRA Jovens integram intercâmbio e debatem equilíbrio de género
SARILHOS PEQUENOS União de Freguesias executa obras para atracação de barcosEstrutura vai ser criada junto à Escola Técnica Profissional da Moita DR
FESTIVIDADES PROSSEGUEM ATÉ DOMINGO
Procissão juntou centenas de devotos da Senhora da Boa Viagem à beira-Tejo
Apesar do dia pouco soalheiro, cen tenas de devotos a Nossa Senhora da Boa Viagem participaram ao final da tarde do último domingo na procis são que levou a imagem da padroeira da vila da Moita e de outros santos até ao cais da avenida Marginal, onde inúmeras embarcações tradicionais e outros fiéis se juntaram a este ponto alto de âmbito religioso das festas anuais desta localidade.
O evento voltou a contar este ano, após a interrupção causada pela situação de pandemia, com a participação da charanga a cavalo da Guarda Nacional Republicana. A esta juntaram-se ainda a Banda Fi larmónica Louriçalense e a Banda da Academia Musical União e Trabalho de Sarilhos Pequenos, além da Banda Musical do Rosário e da Banda Filar mónica da Moita.
Esta terça-feira, também ao final da tarde, a igreja matriz acolheu a oração do Rosário, seguida da santa missa, momento repetido no dia de ontem e que vai prolongar-se nas restantes datas destas festividades, sendo que no próximo dia 18, as actividades re ligiosas vão decorrer no período da manhã, a partir das 11 horas.
As celebrações deste ano vão ain da contar, na noite desta quinta-feira, com um espectáculo musical de Ana Bacalhau, que convida Tatanka para esta actuação, após a noite de terça -feira e o concerto de José Cid ter sido ameaçado pelo mau tempo que se fez sentir. Amanhã, entre as 13 e as 20 horas, a Tarde do Fogareiro volta a juntar a população local e muitos visitantes, oriundos de outros pontos do distrito, do País e até do estrangei ro, num momento de reencontro de amigos e de confraternização.
A iniciativa, de acordo com o mu nicípio, tem vindo a crescer e a con quistar a participação de mais gente, num evento marcado pelo convívio e pela partilha, com muita diversão. O conselho coordenador das festas re
corda aos participantes que, para as segurar a continuação deste evento, é “fundamental implementar algumas medidas [...], que sigam e respeitem todas as recomendações”, lembran do que comportamentos “violentos
e hostis” não deverão ser tolerados.
Nessa noite, a partir das 23 horas, no Palco Marginal, sobem ao palco os “Irmãos Verdades”, sendo que na sexta-feira, o mesmo espaço será animado pela cantora Áurea, com o
palco da Praça da República a acolher a cerimónia de entrega de lembran ças aos três ranchos que participam na Mostra de Folclore deste ano. Do mingo, pelas 21h30, as festividades encerram com a realização da entrega de prémios do Concurso dos Barcos Engalanados e da melhor Montra, Burladero, Varanda, Melhor T-shirt ou Polo de grupo. A fechar as festas deste ano estarão ainda os Calema, no palco da Marginal, seguindo-se fogo-de-artifício na Caldeira da Moita.
Corrida do Município adiada para este sábado Entretanto, a corrida de toiros que estava prevista para a noite de ter ça-feira, devido ao mau tempo que se fez sentir, foi adiada para as 22 horas do próximo sábado, tendo a organização decidido cancelar ain da o evento previsto para a noite de ontem, na programação da Feira Tau rina de Setembro. De acordo com a Tauroleve, empresa responsável pela
promoção destes espectáculos, as bilheteiras da praça Daniel do Naci mento, encontram-se disponíveis para a venda de ingressos, que po dem ainda ser obtidos por endereço electrónico (bilheteira@tauroleve. pt) ou pelo contacto telefónico 300 505 171. A Tauroleve recorda que os bilhetes adquiridos para dia 13 serão válidos para o próximo sábado.
A empresa informa que “perante a impossibilidade do matador Daniel Luque estar presente por compro missos assumidos”, decidiu que o cartel, além dos anunciados João Salgueiro e João Ribeiro Telles, as sim como os Forcados Amadores da Moita, será completado pelos mata dores Joaquim Ribeiro “Cuqui” e João Silva “Juanito”, com quatro toiros da ganadaria Passanha a lidar a cavalo e outros tantos da ganadaria Murteira Grave, para a lide a pé. Já os espec táculos previstos para esta noite e sexta-feira “mantém-se inalterados”, informa a Tauroleve.
Programação Festas em Honra de Nossa Senhora da Boa Viagem
Hoje
08h00
Alvorada com salva de morteiros 10h00
Entrada de Toiros a parti do Largo Conde de Ferreira 10h15
6.ª Largada de Toiros com recolha a cavalo por Campinos e Cavaleiros Amadores, na Av. Dr. Teófilo Braga 18h00
Oração do Rosário na Igreja Matriz 18h30
Santa Missa 20h00/24h00
FECI – Feira Comercial e Industrial no Pavilhão Municipal de Exposições 21h00
Abertura do arraial com salva de morteiros 22h00
Corrida de Toiros na Praça de Toiros Daniel do Nascimento Palco Praça da República 22h00
Espectáculo musical com Joana e a sua banda Palco Largo Conde de Ferreira 22h00
Baile com Nélio Pinto, organizado pela Associação de Reformados da Moita Palco Marginal 23h00
Espectáculo musical com “Ana Bacalhau convida Tatanka” Palco Cais 24h00
Animação com DJ David Lello e DJ Guehzo
Amanhã
08h00
Alvorada com salva de morteiros 10h00
Entrada de Toiros a partir do Largo Conde Ferreira 10h15
7.ª Largada de Toiros com recolha a cavalo por Campinos e Cavaleiros Amadores na Av. Dr. Teófilo Braga 13h00/20H00
Tarde do Fogareiro, numa iniciativa que tem vindo a crescer e a conquistar mais gente, oriunda dos vários pontos do país 16h00
Animação com Nélio Pinto, Charanga Das Fresquinhas e Grupo de Bombos Santa Maria da Jazente (Amarante) 18h00
Oração do Rosário na Igreja Matriz
18h30
Santa Missa 20h00/24h00
FECI – Feira Comercial e Industrial no Pavilhão Municipal de Exposições 21h00
Abertura do arraial com salva de morteiros 21h30
Volta à vila com o Grupo de Bombos de Santa Maria de Jazente (Amarante) 22h00
Novilhada na Praça de Toiros Daniel do Nascimento 01h00
8.ª Largada de Toiros na Av. Dr. Teófilo Braga
Palco Praça da República 22h00
Espectáculo musical com “Purple Snake” de tributo aos Whitesnake
Palco Largo Conde de Ferreira 22h00
Baile com Luís Rosa, organizado pela Associação de Reformados da Moita
Palco Marginal 22h00
Espectáculo musical com “Irmãos Verdades” Palco Cais 24h00
Animação com o Grupo Ousadia e o DJ Guehzo
Sábado 08h00
Alvorada com salva de morteiros 10h00
Animação com Tuna Académica BAGATUNA no Largo do Mercado Municipal 10h00
II Prova de Boi da Guia – Moita, na Av. Dr. Teófilo Braga 15h00
Volta à vila com o Grupo de Bombos de Santa Maria de Jazente (Amarante) 16h00
Espera de Toiros com Campinos 16h15
Espera de Toiros com Cavaleiros Amadores 16h30
9.ª Largada de Toiros com recolha a cavalo por Campinos e Cavaleiros Amadores, na Av. Dr. Teófilo Braga 18h00
Oração do Rosário na Igreja Matriz 18h30
Santa Missa 17h00/24h00
FECI – Feira Comercial e Industrial no Pavilhão Municipal de Exposições 21h00
Abertura do arraial com salva de morteiros
21h30
Volta à vila com o Grupo de Bombos de Santa Maria de Jazente (Amarante) 21h30
Cortejo Marialva pelas ruas da Moita, organizado pela Associação dos Romeiros de Tradição Moitense Palco da Praça da República 21h30
Cerimónia de entrega de lembranças aos Ranchos participantes 22h00
Mostra de Folclore com Rancho Folclórico de Alcácer do Sal, Rancho Folclórico do Granho (Salvaterra de Magos) e Rancho Folclórico de Danças e Cantares da Barra Cheia (Alhos Vedros), que organiza a iniciativa Palco Largo Conde de Ferreira 22h00
Baile com André Gomes, organizado pela Associação de Reformados da Moita Palco Marginal 23h00
Espectáculo musical com Áurea Palco Cais 24h00
Animação com “Los Desperados” e o DJ Guehzo
Domingo 08h00
Alvorada com salva de morteiros 09h30
Volta à vila com o Grupo de Bombos de Santa Maria de Jazente (Amarante) 10h00
Esperas de Toiros com Campinos e Cavaleiros Amadores 10h15
10.ª Largada de Toiros com recolha a cavalo por Campinos e Cavaleiros Amadores, na Av. Dr. Teófilo Braga 11h00
Oração do Rosário na Igreja Matriz 11h30
Santa Missa 15h00
Volta à vila com o Grupo de Bombos de Santa Maria de Jazente (Amarante) 16h00/23h00
FECI – Feira Comercial e Industrial no Pavilhão Municipal de Exposições 21h00
Abertura do arraial com salva de morteiros
Palco da Praça da República 21h30
Entrega de prémios do Concurso de Barcos Engalanados, Melhor Montra, Melhor Burladero, Melhor Varanda, Melhor T-Shirt/ Polo de grupo Palco Marginal 22h00
Espectáculo musical com Calema 24h00
Encerramento das festas com fogo de artifício na Caldeira da Moita
As empresas e a sua responsabilidade no desenvolvimento da comunidade
OPINIÃO
Gonçalo NavesDesde 1970 que o território de Sines tem servido inin terruptamente o País. E ainda bem. Creio que hoje, passados mais de cinquenta anos da revolução industrial local que lançou a transformação da imagem do peda ço de Costa Alentejana que nos cabe, creio, dizia, que a generalidade da população local entende e aceita o serviço que Sines presta ao País, sem prejuízo dos naturais desconfortos em relação a esta ou àquela dimensão específica do processo de mudança.
Numa localidade onde historica mente predominaram actividades relativas ao sector primário, o com plexo portuário-industrial veio ga rantir um tipo de empregabilidade distinto, com garantias diferentes e uma nova visão de futuro para mui tos sineenses. Mas não queremos, neste artigo, focarmo-nos nessas conhecidas dimensões. Importa re flectir, ainda que brevemente, sobre a maneira como as empresas que se estabeleceram em Sines se envolvem na comunidade, contribuindo para o seu desenvolvimento.
É comum, nestas discussões, a ob servação de que por utilizarem um certo território para a sua actividade, as empresas que nele se estabelecem devem compensar as suas popula ções pelas externalidades negativas que naturalmente originam. A res posta, por parte das contrapartes menos interessadas em nesse pro cesso se envolverem, costuma ser a de que já o fazem, através da criação de postos de trabalho que são maio ritariamente ocupados por naturais dos referidos municípios.
Vejamos. É objectivamente ver dade que a criação de postos de tra balho mais ou menos especializados num certo território poderá constituir um conjunto de novas oportunidades para os seus naturais, melhorando
as condições de vida dos próprios e respectivas famílias. Contudo, im porta relembrar, sublinhando-o, que o trabalho é uma prestação recípro ca, em que ambas as partes devem sair beneficiadas: os trabalhadores efectuam uma prestação de trabalho ao empregador, e em troca recebem uma remuneração monetária. Nes se sentido, não é rigoroso nem justo avançar-se que a mera criação desses postos de trabalho furta os emprega dores das outras dimensões da res ponsabilidade social que lhes devem estar associadas.
Contudo, é da própria natureza do capitalismo contemporâneo que as unidades empresariais não percam tempo ou aloquem meios ao que não pareça poder alavancar os seus lucros a curto-médio prazo. Trata-se de uma vicissitude de todas conhecida, e em
relação à qual não creio valer a pena gerarem-se revoltas: este é precisa mente um dos momentos em que a boa virtude da política – e, no caso de Sines, dos autarcas – deve agir. Cum pre ao autarca, representante eleito pelo povo, fazer tudo o que estiver ao seu alcance – e se possível, mais ainda - para melhorar e fazer progre dir o território cujos destinos lidera. No caso vertente, esta postura passa, obrigatoriamente, por uma atitude dinâmica, proactiva e exigente para
com as empresas que desenvolvem a actividade no território. Pela pró pria natureza das coisas, é ao presi dente da Câmara que cumpre o mais importante papel: deve reivindicar mais apoios para a comunidade, sem receios ou comprometimentos.
Além das prestações em dinheiro habitualmente entregues às associa ções, as empresas devem envolver -se no processo de desenvolvimen to, manutenção e embelezamento do espaço público, nomeadamente
através do auxílio à construção de serviços necessários ao território e à população. Numa altura em que as dimensões da responsabilidade so cial dos grandes grupos económicos parecem atingir um novo e distinto destaque, cabe ao político a destreza e o engenho para levar a água ao seu moinho. Ou no caso, ao moinho de todos. É para isso que foi eleito.
Importa reflectir sobre a maneira como as empresas que se estabeleceram em Sines se envolvem na comunidade, contribuindo para o seu desenvolvimento
EDUCAÇÃO
João Costa anuncia sucesso do Programa Qualifica e elogia escolas almadenses
Ministro da Educação
esteve ontem em Almada onde revelou que, no País, um milhão de adultos já obteve certificado de conclusão do ensino secundário
O ministro da Educação anunciou on tem em Almada que está muito para breve a aprovação da portaria que permite aos professores acumularem horários entre escolas, quando não tenham horário completo na escola onde estão colocados. “A Portaria das Acumulações está quase pronta. Vai ser aprovada rapidamente”, garantiu João Costa.
O governante, que falava à margem do Encontro “Educação – Almada Ter ritório de Muitos”, onde foi apresen tado o Projecto Educativo Municipal para o concelho, anunciou ainda que, no País, “este ano lectivo arranca com um milhão de adultos que obtiveram a sua certificação de conclusão do ensino secundário”, fruto do trabalho desenvolvido no quadro do Programa Qualifica, durante cinco anos. Compa rando com o que acontecia em 2012, os números de hoje contrastam. Na altura, lembra, houve “pouco mais de 200 qualificações de adultos”.
E apontando Almada, realçou o trabalho feito em escolas do conce lho para restituir a muitos adultos uma certificação que lhes foi negada “num Portugal não democrático”, quando a educação “era reserva para uma elite”. E acrescentava ser a certificação agora proporcionada um “compromisso da escola pública com a justiça social”.
Entretanto, referiu também o traba lho na educação feito pelo município almadense, “Um Território de Muitos”, que tem sido “pioneiro na integração e inclusão de alunos [estrangeiros] no contexto da escola pública”. O minis tro não tem dúvidas de que, neste ca
pítulo, o País sabe receber”, e aponta que nas escolas públicas “actualmente fala-se mais de 30 línguas”. Aliás, es te tem sido o número apontado pela
presidente da Câmara de Almada, Inês de Medeiros, quando se refere à po pulação a residir no concelho.
Logo na abertura do encontro, que decorreu no Fórum Romeu Correia, Inês de Medeiros, referiu-se à escola pública como “um espaço que é re flexo da sociedade”, e apontava a im portância de toda a comunidade “em conjunto dar resposta” para construir um projecto educativo “dentro e fora da sala de aula”.
A autarca referia-se globalmente a um ano lectivo em que é preciso ultrapassar “novos desafios que se avizinham”, particularmente depois de um ciclo de pandemia que obrigou as escolas a alterar o seu sistema de funcionamento, caso de aulas não presenciais. Além disso, é também um ano em que a autarquia, assim como
outras no País, assume plenas compe tências na educação, exceptuando a colocação de professores. “Até agora tem corrido bem”, comentou.
Embora o processo de transferência de competências das escolas passadas pelo Governo para as autarquias te nha merecido o protesto de algumas câmaras municipais, Inês de Medeiros afirmou perante o ministro, vários pro fessores e responsáveis de Educação presentes no auditório Fernando Lopes Graça que este “é um desafio”, mas im porta “imensas oportunidades para um sistema de ensino” numa Almada onde “é bom nascer, aprender e crescer”.
Com o Projecto Educativo Munici pal de Almada já feito, mas “aberto à discussão da comunidade educativa”, a presidente aproveitou a presença do ministro João Costa para lembrar
que no concelho “há vários desafios” relacionados com “equipamentos es colares”, e disso “o senhor ministro já tem uma lista”, disse.
E por essa lista, o ministro terá ficado a saber que as obras de requalificação e alargamento da Escola Básica Carlos Gargaté, na Charneca de Caparica, para receber o secundário, “estão a decorrer”, mas que, mesmo assim, este estabeleci mento “não é suficiente para a União de Freguesias”, pelo que a autarquia “está atenta a outros espaços possíveis”, ou seja a construção de outra escola.
Em requalificação está também a Escola Básica Alexandre Castanheira, no Laranjeiro, “já em estado avançado”, e quanto ao ‘conturbado’ processo de requalificação da Escola Básica Maria Rosa Colaço “tem novo concurso lan çado”, avançou Inês de Medeiros.
Para Inês de Medeiros a transferência de competências das escolas para as autarquias, no caso de Almada abrem-se imensas oportunidades
Rastreio do cancro da mama na Costa da Caparica
A Liga Portuguesa Contra o Cancro tem a decorrer até ao próximo dia 21 uma acção de rastreio do cancro da mama, na Costa da Caparica. Pode ser realizado entre as 9h20 e as 17h30, e destina-se a mulheres com idades compreendidas
entre 50 e 69 anos, que tenham sido convocadas pela Liga através de carta ou qualquer outro meio.
Eventualmente, poderão ser efectuados rastreios a pessoas não convocadas que se dirijam à unidade móvel
da Liga Portuguesa Contra o Cancro e aí façam marcação.
Esta modalidade de rastreio está, no entanto, dependente da disponibilidade horária relativamente às pessoas convocadas.
JUSTIÇA
Suspeito de tentativas de homicídio no Almada Fórum fica em prisão preventiva
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Especialistas debatem na Costa da Caparica problemas das comunidades costeiras
A Conferência
LITTORAL22 pretende apresentar estratégia para as comunidades que vivem junto ao mar serem mais sustentáveis
Especialistas na área dos oceanos e zo nas costeiras de 27 países estão reunidos até amanhã na Costa da Caparica, para debater os problemas e os desafios das comunidades que vivem junto ao mar.
A Conferência LITTORAL22 é uma organização conjunta da NOVA School of Science and Technology
FCT NOVA, do MARE - Centro de Ciências do Mar e do Ambiente, da Câmara Municipal de Almada e da associação Coastal Union (EUCC), uma plataforma de partilha de boas práticas entre os Estados-membros da União Europeia em matéria de gestão costeira e marinha.
Segundo José Carlos Ferreira, in vestigador e professor da Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universi dade Nova de Lisboa que preside ao evento, a conferência pretende apre sentar soluções a serem trabalhadas com as comunidades, facilitando a transferência de conhecimento.
O objectivo, adiantou, é que o con gresso apresente um conjunto de prioridades para uma estratégia que permita às comunidades que vivem junto ao mar, como é o caso da Costa da Caparica, serem mais sustentáveis e mais resilientes.
Referiu ainda José Carlos Ferreira, que a partir do momento em que os decisores, autarquias, escolas, em presários, residentes e visitantes são envolvidos no processo de transfe rência de conhecimento, a comuni dade fica mais capacitada.
A escolha do local para a realização da conferencia, explicou, também não foi um acaso. Esta é a segunda vez que o evento, que já vai na 16ª edição, se realiza em Portugal: a pri meira foi em Cascais e agora na Costa da Caparica.
Na verdade, adiantou o investiga dor, toda a zona entre Cova do Vapor e a Fonte da Telha, na frente atlântica de Almada, é a que mais preocupa em todo o País.
“Temos alguns problemas na região Centro, alguns no Algarve, sobretudo nas rias, e depois temos a Costa da Caparica que é uma cidade que está numa zona costeira, arenosa e abaixo do nível do mar”, frisou.
Se o objectivo for manter a Cos ta da Caparica no local onde está, adiantou, então é preciso proteger
e intervir face às ameaças das alte rações climáticas e do aumento do nível da água.
“Temos que nos inquietar muito em todo o País”, disse, referindo ainda que Portugal está actualmente a pas sar por uma fase mais calma na zona costeira tendo em conta que desde 2014 que não ocorre uma verdadeira tempestade.
José Carlos Ferreira alertou, con tudo, para a necessidade de um planeamento à escala nacional e um trabalho de prevenção, consideran do que nesta matéria o País tem tido uma postura mais reactiva do que preventiva.
“A gestão do litoral é reactiva. Te mos planos de ordenamento da orla costeira e planos directores munici pais, temos instrumentos ao dispor para gerir, mas tem de se planear a próxima grande tempestade”, sa lientou.
Até sexta-feira cerca de 150 es pecialistas debaterão temas como a literacia, educação e governança; pla neamento, ordenamento e gestão; vulnerabilidade, riscos, protecção civil e alterações climáticas; ecossis temas e biodiversidade, serviços de ecossistema, infra-estruturas verdes e soluções com base na natureza e ecologia marinha e costeira. GC / Lusa
A medida de
coacção,
a mais grave prevista na lei, foi aplicada após o primeiro interrogatório judicial
O homem suspeito de atingir a tiro uma criança no centro comercial Almada Fórum, no sábado, ficou em prisão preventiva e está indiciado por seis tentativas de homicídio, anun ciou ontem a Procuradoria da Repú blica da Comarca de Lisboa.
A medida de coacção, a mais gra ve prevista na lei, foi aplicada após o primeiro interrogatório judicial, que decorreu na terça-feira, refere a nota divulgada no ‘site’ da comarca, indicando que o processo está em segredo de justiça.
“Os factos indiciam que […] o argui do, ao cruzar-se com um casal acom panhado dos filhos, trocou palavras e provocações. De seguida, o arguido, munido de uma arma de fogo, seguiu
SAÚDE OCULAR
o casal e, após nova troca de palavras, retirou a arma da bolsa e disparou-a pelo menos duas vezes, tendo uma das balas atingido uma menor”, des creve o comunicado.
No sábado, fonte da PSP tinha já indicado que uma menina de cinco anos tinha sido atingida no joelho, pelo que foi transportada para o Hospital Garcia de Orta, também no concelho de Almada (distrito de Se túbal) pelas 22h00.
Após os disparos, diz a Procurado ria da República da Comarca de Lis boa, o homem “colocou-se em fuga, tendo sido mais tarde interceptado pela PSP”.
Além de estarem em causa seis crimes de homicídio qualificado na forma tentada, o arguido está indi ciado de um crime de detenção de arma proibida.
O Ministério Público de Almada, do Departamento de Investigação e Acção Penal da Comarca de Lisboa, prossegue com a investigação, coad juvado pela Polícia Judiciária. Lusa
Hospital Garcia de Orta compra equipamento sofisticado para diagnóstico de doenças da retina
O Hospital Garcia de Orta (HGO), em Almada, anunciou a compra de um sofisticado tomógrafo de retina que permite um diagnóstico mais especí fico das doenças da retina, que será instalado no Núcleo de Oftalmologia de Almada.
Segundo nota de Imprensa do HGO, emitida na passada terça-feira, este novo equipamento de Tomogra fia de Coerência óptica será o terceiro existente em Portugal e o único dis ponível no sul do País.
O aparelho representa um investi mento superior a 165 mil euros, reali zado com meios próprios do Centro de Responsabilidade Integrado de Oftalmologia do HGO.
Segundo o director do Centro, Nuno Campos, citado na mesma nota, este tomógrafo permitirá “um diagnóstico mais específico e por menorizado das doenças da retina e mácula”, possibilitando o início precoce de terapêuticas, “limitando tanto quanto possível o impacto da doença sobre a visão”.
Por outro lado, “este equipamento permitirá” que a equipa do Núcleo de Oftalmologia “faça parte de uma re de de investigação à escala global de utilizadores deste tipo de dispositivo, contribuindo para a construção de soluções melhoradas no tratamento de doenças da retina”, acrescentou o responsável.
SOLIDARIEDADE
Parceria entre Misericórdia e voluntários promete levar alegria aos idosos da Trafaria
Combater o isolamento e garantir o envelhecimento activo são os grandes objectivos da união entre a Santa Casa e a marca “Be Yourself”
Na pacata vila da Trafaria, na frente ribeirinha de Almada, todos querem elogiar as três senhoras por detrás da banquinha de doces e salgados disposta no Largo da República. As iguarias, confeccionadas pelas uten tes do Centro Social da Trafaria (CST), saltam à vista dos que passam e nin guém resiste a provar.
De boca cheia e guardanapo vazio, um jovem inglês comenta que comeu o “melhor bolo do mundo”. Vicência Lopes, de 80 anos, não se inibe. Sorri e ainda responde à letra: “Thank you”.
Está habituada a estas andanças, pois desde 2019 que é uma das pro tagonistas do projecto ‘Avós do Mar’, iniciado pela antiga empresa de turis mo social, ‘Varina’, e pela Santa Casa da Misericórdia de Almada, que além de oferecer lições de culinária aos turistas, promove o contacto entre diferentes gerações.
“O arroz-doce não ficou como que ria”, desabafa Vicência. “Não te rales porque estão todos a comer”, recon forta-a a amiga Libânia Anjos, de 98 anos. Além de terem construído ami zade no CST, onde passam grande parte do dia, as duas senhoras estão unidas pela vontade de embarcar em novas experiências.
“Parar não é comigo”, afirma Li bânia. Move-se com facilidade e se não fosse a dificuldade auditiva a denunciá-la, a ideia de ser quase uma figura centenária soaria disparatada. “Depois da pandemia tenho estado mais sossegadinha a costurar e a fazer sopa de letras, mas gosto muito de ir à ginástica e também já fiz teatro”.
Numa localidade marcada pelo en velhecimento populacional, a meta do projecto ‘Avós do Mar’ é assegu rar a actividade constante da terceira idade, motivo que levou a Misericór
dia de Almada a adoptar o projecto.
“É verdade que estas senhoras são dependentes e têm de ser auxiliadas, mas todas exprimem o desejo de não estar apenas enfiadas num centro, onde só se vêem umas às outras”,
afirma Sofia Valério, técnica da Santa Casa de Almada.
“Com as ‘Avós do Mar’ têm a opor tunidade de dar a conhecer os pratos típicos da região que só elas fazem tão bem. No final, sentem-se reco
Valorizar Aumentar a auto-estima para garantir uma vida recompensadora
De corpo esguio e olhar fixo, Manuel Ferreira, de 89 anos, diverte-se a participar nos jogos à disposição no Largo da República. Faz pontaria ao conjunto de latas dispostas em pirâmide e só pára quando a bola por si lançada consegue derrubar os obstáculos.
Viúvo há 10 anos, o octogenário encontra no Centro Social da Trafaria a companhia para os seus dias e não perde uma oportunidade para ser desafiado pelos voluntários a fazer o que mais gosta.
“Sabem que eu gosto de cantar, então pediram-me para vir aqui cantar uns fadinhos
e animar o pessoal. Vim com todo o gosto”, admite. “No final, todos batem palmas, é uma alegria”.
Valorizar os pontos fortes de cada pessoa é o segredo para aumentar a auto-estima da população envelhecida, algo que quer Sofia Valério como Gonçalo Silvestre consideram fundamental.
“O senhor ‘Manel’ gosta de cantar fado, a Dona Vicência gosta de fazer o arroz-doce”, expõe Gonçalo Silvestre. “Vamos gabá-los por estas pequenas coisas e fazer com que os últimos anos deles sejam recompensadores”.
nhecidas e valorizadas, o que é muito importante nesta idade”, acredita.
“Não são meus vovós de sangue, mas é como se fossem” Na Trafaria, a interacção com os ido
sos não se esgota nas actividades de culinária. Junto à venda de comida, onde estão as ‘Avós do Mar’, várias gerações se divertem a praticar jogos tradicionais, pensados e produzidos pelos utentes do Centro Social.
A ideia é da ‘Be Yourself’, marca responsável pela produção de even tos locais que privilegia a envolvência da terceira idade. Gonçalo Silvestre, um dos criadores da marca, já conta com três anos de voluntariado com idosos e, este ano, fundou a ‘Be Your self’ para combater o isolamento.
“Sempre tive uma relação muito es pecial com os meus avós, então não pude deixar de sentir o mesmo com estas pessoas. Não são meus vovós de sangue, mas é como se fossem”, confirma o voluntário.
Munido do carinho que sente pelos seus “vovós” e com a ajuda dos restan tes voluntários da marca, quer apostar em actividades que envolvam os ido sos na vida da vila e, ao mesmo tempo, sejam uma forma de unir gerações que acredita estarem a perder a ligação.
“[Cuidar de idosos] é algo que já não se faz tanto. Com a ‘Be Yourself’ quero mostrar a outros jovens que também nós vamos chegar a esta idade e é bom termos alguém que puxe por nós, nos tire de casa e leve à rua”, diz Gonçalo.
Marco Bicho explica saída do Oriental Dragon e denuncia alegadas ilegalidades
MOBILIDADE
Inês de Medeiros diz que mantém sobressalto sobre resposta da Carris Metropolitana às escolas
Edil exalta a que queixas sobre falhas do novo serviço de transportes rodoviários sejam reportadas à Câmara
Com as escolas a iniciarem o ano lectivo 2022/2023 até esta sexta-feira, a presi dente da Câmara de Almada afirmava ontem que tem “estado em sobressalto com os transportes rodoviários [que servem as escolas]; mas, até ter a cer teza, está tudo a correr bem".
Inês de Medeiros, que abriu o en contro “Educação – Almada Territó rio de Muitos”, que decorreu ontem,
quarta-feira, enquadrado nas inicia tivas de Recepção à Comunidade Educativa, dava assim nota de que apenas lhe tinha sido reportada “uma situação” com problemas, mas não revelou qual. Ao mesmo tempo, apro veitou para reafirmar que a autarquia está receptiva para ouvir “todos os que tenham dificuldades [sobre transporte para as escolas] comuni carem as mesmas”. E vincou: “Não hesitem”.
Entretanto, a Carris Metropolitana já divulgou no seu site as alterações nas linhas de transportes rodoviários em Almada, a serem cumpridas pela Trans portes Sul do Tejo (TST), para servir as escolas neste regresso às aulas.
Assim, na Linha 3034 houve alte rações, uma delas para servir a Escola Secundária do Monte da Caparica. Na
3040 (antiga 3035), indica a empre sa que está garantido o serviço a seis escolas: Secundária Daniel Sampaio, na Sobreda, Básica Comandante Con ceição e Silva, na Cova da Piedade, assim como a Escola Secundária António Gedeão, no Feijó. Esta linha serve também a Secundária Romeu Correia e Básica da Alembrança e, no Laranjeiro, a Escola Básica e Secundá ria Francisco Simões.
Na linha 3041 (antiga 3036), a altera ção vai servir sete escolas: Secundária Daniel Sampaio e Elias Garcia, ambas na Sobreda, Básica de Vale Rosal, Escola Básica Comandante Conceição e Silva, na Cova da Piedade, Escola Secundária Romeu Correia e Básica da Alembrança, as duas no Feijó, e Básica e Secundária Francisco Simões, no Laranjeiro.
A linha 3014, sentido Raposeira pa
ra Cacilhas, passa pela Escola Secun dária do Monte da Caparica, a nova linha 3504 - Bairro Fundo Fomento para Quintinhas - vai servir as escolas Secundária Daniel Sampaio e Básica Elias Garcia.
Entretanto, em resposta a O SETU BALENSE sobre os problemas que o novo serviço Carris Metropolitana causou nos transportes públicos em Almada, desde 1 de Julho, a autarquia garante que continua a estar atenta e lembra que “tem mostrado com frequência o seu descontentamen to com a falta dessa qualidade quer à Transportes Metropolitanos de Lisboa, quer aos TST, que são os res ponsáveis por toda a operação e seu planeamento, pelo que, deverão ser estas duas empresas a dar a resposta relativamente à sua actividade”.
Desporto
DESPEDIDO DO ORIENTAL DRAGON ANTES DA ÉPOCA COMEÇAR
A Selecção Nacional Sub-20 defronta no dia 23 de Setembro (sexta-feira), a partir das 16 horas, no Estádio Municipal José Martins Vieira, na Cova da Piedade, a sua congénere da Itália, em jogo de preparação. O encontro entre as duas selecções, que terá entrada livre (mediante a
apresentação de bilhete-convite), conta com a organização da Federação Portuguesa de Futebol, em colaboração com a Associação de Futebol de Setúbal, e tem o apoio institucional da Câmara Municipal de Almada e do Clube Desportivo da Cova da Piedade.
Marco Bicho explica saída e denuncia alegadas ilegalidades
Treinador que assinou o contrato e a rescisão ao mesmo tempo está arrependido do que fez e aponta o dedo a toda a estrutura do clube
PinaMarco Bicho foi contratado na parte final da época passada para coman dar o Oriental Dragon nas derradeiras jornadas da Liga 3. O trabalho realiza do foi satisfatório e daí o convite para continuar a dirigir o clube esta época no Campeonato de Portugal. Fez toda a pré-época, mas na semana em que a equipa se preparava para fazer o seu primeiro jogo oficial [para a Taça de Portugal, com o 1.º Dezembro] foi despedido.
Segundo Marco Bicho, esta é a se gunda vez que acontece no mesmo local (Pinhal Novo), em clubes di ferentes (Pinhalnovense e Oriental Dragon), mas com o mesmo prota gonista.
“Tudo começou logo no início da época com a questão do treinador de guarda-redes, eu opus-me e começámos a construir o plantel, mas no primeiro jogo-treino com o Vitória Futebol Clube, que per demos por 8-0, pediram-me para mandar embora dois jogadores.
Eu não gostei da decisão, reflecti durante dois ou três dias e depois disse que se isso acontecesse me ia embora também”, começou por explicar o treinador.
Redução de vencimento
a jogadores
Entretanto, prossegue Marco Bicho, veio "a saber que o contrato que ti nha assinado ainda não havia dado entrada na Federação Portuguesa de Futebol". "Como é evidente, senti que a minha situação não estava confor tável. Ainda para mais porque fiz uma
coisa que não deveria ter feito, mas que é usual neste clube, assinar na mesma altura um outro contrato de rescisão. Isto não é legal e eu estou ar rependido de o ter feito, mas entendi expor agora o caso para deixar o aler ta a outros treinadores que venham eventualmente a ser convidados para trabalhar neste clube”.
“Foi dito também que os jogado res que eu tinha ido buscar estavam igualmente na calha para sair. O dono do clube, senhor Chen, sugeriu que fosse retirado dinheiro aos jogado res, houve um elemento da estrutura que tentou rebater a sugestão, mas o director desportivo reforçou a ideia do patrão, dizendo que se é para bai xar, então baixa-se. Resumindo, para
além de ser desumano, demonstra também uma grande falta de ética”.
“Foi tudo feito nas minhas costas” Aos ouvidos de Marco Bicho chegou a informação que quando ainda se en contrava ao serviço do clube tinham sido contactados dois treinadores pa ra o substituírem. Por isso, considera que a sua saída era inevitável.
“Esta é a segunda vez que sou des pedido uma semana antes de come çar o campeonato e a minha imagem tem que ser protegida porque não foi por incompetência. Confesso que a equipa técnica estava a trabalhar sobre brasas e que sentíamos que a qualquer momento algo poderia
acontecer, se os jogadores saíssem. Para testar o que estavam a planear, em determinada altura disse que já não sairia mesmo que os jogadores fossem embora. Resultado, 15 minu tos depois recebi uma chamada a co municar que já não contavam comigo como treinador. Portanto, cheguei à conclusão que foi tudo feito nas mi nhas costas, o que será de lamentar porque uma pessoa que desempenha o cargo de director desportivo e que supostamente devia estar sempre em sintonia com o treinador tenha feito uma coisa destas. Logo aí se vê que não havia confiança nenhuma em trabalhar comigo”, refere Marco Bicho, que adiantou também que em determinada altura lhe disseram
que não havia orçamento para mais ninguém e depois da sua saída foram contratados mais três jogadores”.
Marco Bicho manifestou também o seu desagrado pela forma como é aplicada a política de dispensas no clube, e cita apenas dois exemplos: “queriam mandar embora um avança do que na nossa opinião, no momen to, era o melhor da equipa, nós disse mos isso ao director desportivo, mas ele vira-se para nós e diz, então vai o outro avançado embora. Outra situa ção tem a ver com o facto de numa semana não terem inscrito um defesa porque era mau jogador e na semana seguinte já o inscreveram porque era rápido. Foi com estes exemplos que fomos lidando praticamente todas as semanas”.
“Brincar com a vida das pessoas” “O Oriental Dragon é um clube como os outros e tem todos os direitos, mas acho que a Federação Portuguesa de Futebol deve tomar medidas para de fender os jogadores e os treinadores. O que aconteceu, volto a frisar, é de sumano, as pessoas são contratadas para trabalhar durante uma época e de um momento para o outro são afastados, sem mais nem menos. Neste caso não houve o mínimo de respeito, são todos responsáveis in cluindo o advogado que o ano pas sado só falava mal dos jogadores. As pessoas têm que saber o que se passa no futebol”, fez questão de salientar.
A finalizar, Marco Bicho mostrou-se receptivo e disponível para abraçar outro projecto, mas deixou o aviso. “Quem quiser trabalhar comigo tem que proceder de forma correcta. Eles aqui fazem isto há vários anos e já fi zeram comigo, mas eu como tenho confiança no meu trabalho não fiquei preocupado com isso. Aqui a questão não tem nada a ver com a rescisão porque eu ia-me embora na mesma, mas tenho que expor o que se passa no futebol e denunciar os intrujas que cometem estas ilegalidades porque não se deve brincar com a vida das pessoas”.
Você sabia?
Você sabia?
.. que um funeral de cremação, considerando todos os custos envolvidos, é tipicamente mais barato que o funeral para sepultura?