Abertura
Temos de exigir mais
OPINIÃO
A Europa de marcha atrás
Aextrema-direita, mesmo o neo -fascismo, emergem por toda a Europa, chegando ao poder em países tão importantes como a Itália ou a Polónia.
Mas também em França a senhora Le Pen, canta de galo, aqui ao lado na Espanha, o Vox, também engorda. Na Suécia, e no Leste, para além da já referida Polónia, temos a Hungria de Orban e, igualmente bem representada, a extrema-direita, nos países bálticos e em quase todos os outros.
Ente nós, o senhor André vibra com es tes êxitos dos partidos irmãos do seu, como agora em Itália com a coligação liderada pelo partido “Irmãos de Itália” da senhora Geórgia Meloni.
A desilusão com as políticas dos governos ditos socialistas, social-democratas, demo cratas cristãos e liberais, e a falsa alternativa entre eles, a demagogia e o populismo da extrema-direita e do neo-fascismo, conduz à ascensão destes últimos.
Além disso, a Europa, os seus povos, além da subordinação dos governos referidos ao grande capital, acresce a submissão à estra tégia de tentativa de domínio global dos EUA e da NATO. Submissão essa, bem patente agora no caso da guerra na Ucrânia.
Apesar do governo de Zelensky, incor porar nas Forças Armadas, na Polícia e até no próprio Governo, elementos assumida mente nazi-fascistas, tem todo o apoio dos EUA, da NATO e da UE. O que é um péssimo exemplo para os desiludidos eleitores, e uma desgraça para a Europa.
A guerra fomentada na Ucrânia, o avanço da NATO para junto das fronteiras da Rússia e as provocações à China, fazem parte da
referida estratégia de tentativa de domínio global dos EUA.
Quem paga, e com língua de palmo, como se constata e a tendência é para agravar, são os povos europeus. E não só, claro!
Depois, não olham a meios para atingirem os fins e fazem tábua-rasa do Direito Inter nacional como aconteceu fez agora 77 anos, com o bombardeamento atómico escusado porque a guerra tinha fim à vista, das cidades de Hiroxima e Nagasáqui. E depois, violando também a Carta das Nações Unidas, nomea damente, com a guerra contra a Jugoslávia e contra o Iraque.
E agora, quem ganha com o grande golpe terrorista, com a sabotagem, dos gasodutos Nord Stream 1 e 2?
Além do prejuízo para a Rússia, para gran de parte da Europa e não só porque se refle tirá em geral no preço do gás, este atentado terrorista, este desastre ambiental provoca do, representa também mais um enorme rombo no já tão degradado meio-ambiente. Um duplo crime que quase de certeza, como os outros referidos, ficará impune.
Portanto, a Europa, este berço da civili zação, deve ser um espaço de liberdade e democracia e tem de libertar-se das amarras que a tolhem. Como sempre, a luta dos seus povos, é decisiva.
Felizmente, em sentido contrário, dei xando cada vez mais pequeno o quintal das traseiras do seu vizinho imperialista do Nor te, têm ido alguns países da América Latina. Quando alinhavo este texto, ainda não são conhecidos os resultados no Brasil. Para bem do seu povo, da América Latina e do Mundo, esperemos que também no bom sentido. Ex-bancário, Corroios
Oque aconteceu à capaci dade de indignação e à exigência? Há 10 anos, milhares de pessoas saí ram à rua nos célebres protestos da Geração à Rasca, manifestando o seu sentimento de insatisfação para com o Governo Socialista de então, que acabou por cair. Se recuarmos no tempo, o que aconteceu à espe rança - originada pelo 25 de abril e potenciada com a adesão à CEE - num país próspero, com acesso à saúde e à educação e oportunidades para todos? O que aconteceu à coragem dos jovens que, em pleno Estado Novo, exigiram um país governado por instituições democráticas e trans parentes?
Hoje, passados poucos meses de um Governo Socialista de maioria absoluta, seria importante que esta capacidade de exigência ressurgisse. Existem problemas sérios que deve riam originar uma maior insatisfação e exigência com aqueles que governam o país há 7 anos.
Na educação, a ausência de vagas nas creches ou nas escolas de prefe rência, sejam “gratuitas” ou privadas, ou a falta de professores, são situa ções que comprometem o bem-estar, o desenvolvimento e a aprendizagem de crianças e jovens. Porque não se exige mais? Por que razão os pais têm de estar amarrados a um sistema cen tralizado, esgotado e sem liberdade de escolha do projeto educativo que entendem ser o melhor para os seus filhos?
Na saúde, os tempos de espera para consultas, exames, diagnósti cos, tratamentos ou cirurgias, são inadmissíveis. Porque não se exige
OPINIÃO
as complicações e atrasos se refletem em maiores custos - de tempo ou fi nanceiros?
Porque é que a cada caso de cor rupção, compadrio, nepotismo ou tráfico de influência, não são exigidas maiores responsabilidades? Porque é que não são exigidas reformas que tornem a justiça eficaz? Porque é que a gestão transparente da “coi sa” pública não é exigida? Porque é que continuamos a aceitar a presen ça do Estado em todos os aspetos da nossa vida, quando esse é um fator determinante na origem destes casos duvidosos?
Na saúde os tempos de espera são inadmissíveis
mais quando o Governo se gaba do regresso aos indicadores (já maus) pré-pandemia? Por que razão a preo cupação é manter o Estado como o único prestador do SNS, quando o importante é o acesso universal aos cuidados de saúde?
Porque é que aceitamos a demora na obtenção de certidões, licenças ou outros documentos? Porque é que aceitamos ter um país carregado de burocracia, processos complexos e com serviços públicos ineficientes? Será que não percebemos que todas
Como é possível não exigirmos condições dignas para que as forças de segurança possam cumprir a sua função, nomeadamente a missão mais básica de um Estado - garantir a segurança de pessoas e bens?
Como é possível não nos cansar mos de ver os mesmos projetos anun ciados de tempos a tempos ou a ela boração de mais estudos sobre esses mesmos projetos - como no caso do aeroporto ou da linha ferroviária de alta velocidade?
Como é possível aceitarmos um evidente corte nas pensões, ainda que dissimulado pela propaganda, ou a falta de soluções para a susten tabilidade futura da segurança social?
A juntar a tudo isto, temos a mais elevada carga fiscal de sempre, cuja receita tem aumentado à custa da inflação que nos empobrece a todos e que permite ao Partido Socialista o reequilíbrio das contas do Estado.
Não estará na altura de nos indig narmos e de exigir mais?
Deputada da IL
Cruz Vermelha
A delegação de Setúbal lançou uma campanha de angariação de fundos para a aquisição de uma nova ambulância. De acordo com Paulo Reis, presidente da comissão administrativa da delegação, a emergência pré-hospitalar na região defronta-se com "grandes
constrangimentos”, que conduziram a um “aumento de solicitações de socorro que carecem de mais e melhor resposta”. Desta forma, a delegação sadina solicita agora o apoio, através de doação, para a aquisição de uma nova ambulância no valor de 65000 euros.
TRANSPORTES RODOVIÁRIOS Testemunhos recolhidos indicam que não houve melhorias
foi combinado com o presidente. De pois de as coisas estarem transmitidas à Câmara, transmitiremos ao público. Não queremos ultrapassar a Câmara”.
OBRAS DE REABILITAÇÃO
Câmara sadina recupera 45 habitações municipais para “garantir segurança dos moradores”
Intervenção tem lugar em casas que apresentam defeitos e anomalias nas canalizações, estando a provocar danos noutras residências
A Câmara Municipal de Setúbal ini ciou as obras de recuperação de 45 habitações públicas municipais, no Bairro da Alameda das Palmeiras, que haviam sido arrendadas no regime de renda social, numa empreitada no valor perto de 150 mil euros.
Esta intervenção, que teve início no passado dia 26 de Setembro, tem lugar em casas pertencentes ao município, que apresentam defei tos e anomalias nas canalizações de abastecimento de água, assim como nas redes de drenagem de esgotos, estando dessa forma a provocar da nos noutras habitações, sendo que algumas não são propriedade da autarquia.
Em comunicado de imprensa, a edilidade sadina informa que as obras têm como objectivo “melho rar as condições de habitabilidade das fracções em causa”, de forma a
“minimizar os problemas existen tes”, para “garantir a segurança dos moradores”, assim como “melhorar a acessibilidade dos moradores aos equipamentos sanitários”, através da substituição das banheiras por bases de duche.
Estas obras têm um prazo de exe cução estimado de 180 dias e um valor de 144.999 euros, aos quais acresce a taxa de IVA. As obras de reparação, beneficiação e conserva ção no interior dos fogos arrendados, com o foco principal nas instalações
sanitárias, são justificadas com a ida de dos edifícios, que exige manuten ções regulares.
A edilidade explica que os proble mas identificados incluíam “curto -circuitos provocados pelas águas infiltradas, existência de casas de banho com os ramais domiciliários”, assim como a “ligação às prumadas em mau estado”. Além destas proble máticas, foram também identificados muitos casos em que a rede de água se apresentava “danificada devido à idade das tubagens”.
Investimento PS congratula-se com acção de requalificação
O investimento na reabilitação de 214 habitações no Bairro da Alameda das Palmeiras, autorizado pelo Conselho de Ministros, foi saudado pelos autarcas eleitos pelo Partido Socialista. Em nota de imprensa, o partido recorda que este investimento é realizado no âmbito do Plano de Recuperação e Resiliência (PRR), e que no seguimento da “reabilitação inicial de 114 fogos no Bairro das Manteigadas, passa a abranger
328 habitações no concelho de Setúbal”. Os socialistas consideram que o PRR vem desta forma “proporcionar a reabilitação de parte da habitação pública do concelho”, considerando ser uma necessidade “há muito apontada pelos autarcas do Partido Socialista, resultante da falta de investimento na habitação de renda apoiada e renda acessível e da inexistência de uma Política de Habitação dos consecutivos executivos CDU”.
A melhoria do transporte rodoviário em Setúbal, prometida pelo operador Alsa Todi para segunda-feira, não foi sentida no dia de ontem. Pelo menos foi esta a conclusão a que se chegou através dos testemunhos, transmitidos por leitores que contactaram o jornal e recolhidos junto de utentes no circuito urbano.
Esta situação não foi desmentida pela Alsa Todi, que apenas garantiu que tu do o que havia sido conversado com André Martins está a ser concretizado.
Em causa está a manifestação que ocorreu na manhã de sábado passado, e que reuniu cerca de 300 utentes, de onde saiu a “garantia” por parte da empresa concessionária de que iria haver um reforço do serviço a partir do dia de ontem.
André Martins, presidente da Câ mara Municipal de Setúbal, referiu a O SETUBALENSE que a Alsa Todi, ope rador da Transportes Metropolitanos de Lisboa (TML) para os concelhos de Setúbal, Palmela, Montijo, Moita e Al cochete, lhe transmitiu, em reunião que tiveram na passada sexta-feira, que conseguiu 35 novos motoristas “alguns brasileiros e outros através de protocolos” com outras empresas de transporte. Na manifestação de sába do os autarcas exigiram também à Alsa Todi que deixasse de fazer transportes para empresas privadas enquanto não conseguisse cumprir o serviço público.
Apesar do edil ter considerado que esta nova garantia dada pela empresa era já “o resultado da força do envolvi mento das autarquias com a popula ção” e que esta seria “um avanço im portante” na capacidade operacional, muitas foram as queixas no primeiro dia útil do mês.
A O SETUBALENSE, a Alsa Todi não desmentiu nem confirmou se houve melhorias no primeiro dia, mas garan tiu que novidades estão para vir. “Nós vamos ter novidades muito em breve. Tudo o que falámos com o presidente está a ser concretizado. Não vamos divulgar para já na praça pública, mas estamos a trabalhar conforme o que
Uma das queixas apresentadas foi a de Licínia Santos, que relatou a sua situação a O SETUBALENSE. “Hoje os transportes ainda estão piores. A minha neta esteve 45 minutos na paragem, na Terro, na rua da Junta de Freguesia de São Sebastião, para apanhar autocarro para o Instituto Po litécnico, e teve de chamar um Uber, para ela e para os colegas, para não se atrasar mais. A minha neta ficou ener vada logo de manhã.”, referiu.
Há ainda quem não arrisque em uti lizar os transportes públicos e prefira chamar um táxi ou recorrer às aplica ções de transporte privado disponí veis como a Uber ou a Bolt.
A Câmara Municipal de Setúbal dis se ainda a O SETUBALENSE, na manhã de ontem, que está a acompanhar a situação para aferir se houve melhoria do serviço.
Carregamento do passe continua um ‘pesadelo’
Além dos atrasos e da falta de motoris tas na prestação de serviços da carris metropolitana, o carregamento do passe continua a ser uma dificuldade para os utentes que o deixam para o último dia do mês.
Com filas a rondar os 40 minutos de espera, muitas são as pessoas que se queixam da demora no serviço, que as faz chegar atrasadas ao trabalho e à escola.
Apesar de existirem diversas formas para realizar o carregamento do título de transporte e de estas estarem afi xadas à entrada da bilheteira, há ainda quem não o saiba fazer. “Não sei realizar o carregamento pelo multibanco. Prefi ro fazê-lo aqui, mas está sempre muita fila”, referiu uma senhora já reformada.
Polícia chamada após desentendi mento entre utentes e motorista
Ao final da tarde de ontem, existiu uma nova situação problemática entre uten tes e motoristas da Alsa Todi. Na para gem de autocarros junto do Hospital de Setúbal, existiu um desentendimento entre os utilizadores do transporte e o motorista da viatura, obrigando a que os utentes chamassem a polícia ao local para resolver a situação.
Portuguesa promove angariação de fundos para nova ambulância
Utentes nas paragens dizem não ter notado serviço melhor, mas Alsa Todi promete “novidades em breve”
“AS MINHAS RECORDAÇÕES”
Amadeu Silvestre eterniza memórias pessoais e dos espaços através da pintura
Exposição fica patente na Escola Conde de Ferreira até 1
de NovembroInês Antunes Malta
Amadeu Silvestre pinta para evitar que as suas memórias sejam apaga das pelo tempo. O resultado desta missão, que abraça enquanto pintor autodidacta, é apresentado na ex posição “As minhas recordações”, patente no novo espaço da antiga Escola Conde de Ferreira até 1 de Novembro.
Inaugurada na tarde de sábado, a mostra reúne um conjunto de obras que reflecte as vivências “do mar e da vida rural” do autor que nasceu em Abrantes mas chegou à Comporta, “terra que o marcou para sempre”, com apenas 20 dias de vida.
“Conheço Setúbal há mais de se tenta anos. Fui criado na Comporta, onde os meus pais tinham negócios, e vinha muitas vezes a Setúbal. Mais tarde, trabalhei na Setenave e hoje, apesar de viver na Baixa da Banhei ra, venho a Setúbal muito frequente mente. É uma cidade muito especial para mim e para a minha família”, conta Amadeu Silvestre a O SETU BALENSE. “Tenho muitos amigos na cidade, incluindo na Casa da Poesia de Setúbal, da qual sou sócio e que me convidou a fazer esta exposição, a mostrar os meus trabalhos”, con tinua.
Na Comporta, frequentou a instru ção primária e mais tarde chegou à Escola Industrial e Comercial Alfre do da Silva, no Barreiro, para fazer o curso de montador electricista e o curso complementar de radiotecnia, onde teve o primeiro contacto com o desenho. O seu percurso profissional viria mais tarde a desenvolver-se em torno da área do desenho técnico de projectos relacionados com electrici dade e electrónica industrial.
Em 2011, com base em fotografias antigas da Comporta, começou por desenhar a grafite obras como “A minha escola”, “O rio”, “O transpor te marítimo de víveres”, “Quando os barcos eram movidos à vela” ou “O
ferreiro”, em homenagem ao seu avô materno.
“Tenho amigos que pintam e que de alguma forma me incentivaram a fazer umas pinturas, uns desenhos, que me diziam que eram bons. Co mecei então a desenvolver estes tra balhos, através de fotografias muito antigas de sítios, como a Comporta, que hoje está muito turística e as minhas pinturas remontam aos anos 50”, refere. “Senti essa necessidade de recuperar pois as minhas memó rias estavam a ser apagadas pelo turismo em massa, quis manter uma recordação viva do que tinha vivido até aqui. A base dos meus trabalhos é basicamente essa, pinto sítios de que gosto e que têm tendência a desapa recer com o desenvolvimento que as coisas estão a ter”, adianta.
Obras incluem vários pontos da região de Setúbal
Nesta que é a sua primeira exposi ção em nome próprio constam outras pinturas relacionadas com a região de
Setúbal, entre as quais se apresenta a Mourisca, o Convento da Arrábida, o Palácio da Comenda ou o Rio Sado em várias dimensões e perspectivas, sem esquecer outras zonas do país como Dornes, o Porto ou os Açores.
Na tarde de sábado, Maria Luís, em representação da União das Fre guesias de Setúbal, que apoia a rea lização desta exposição, expressou o seu “prazer em dar as boas-vindas à inauguração da exposição do artista plástico Amadeu Silvestre, que é a pri meira vez que expõe a sua obra, a sua arte, neste espaço novo e renovado de educação e de cultura da fregue sia”, lembrando que “a Escola Conde de Ferreira tem as portas abertas para a dinamização destes eventos na área da cultura e da educação”.
Por seu turno, Carla Guerreiro, vice -presidente da Câmara Municipal de Setúbal, frisou a importância de “to das estas manifestações culturais” para o município. “Também é muito importante ver que a Casa da Poesia não faz só poesia com as palavras, mas
também tem neste caso como missão fazer poesia com as artes”, continuou. Depois de agradecer ao artista pela partilha e de elogiar “o dom para além
muito" da técnica”, desejando que “esta seja a primeira de muitas”, Carla Guerreiro evocou as muitas imagens de Setúbal que fazem parte da obra em exposi ção: “Estão aqui muitas imagens que são nossas, que nos dizem muito, da Mourisca à Arrábida, e por isso há que agradecer também. Cada vez que fa zemos este tipo de iniciativas preser vamos Setúbal, na visão de cada um, com palavras, imagens ou músicas. Todos somos importantes neste pu zzle de tornar o nosso concelho um melhor concelho”.
Sobre a programação cultural se tubalense partilhou igualmente a satisfação “porque hoje podemos dizer que a nossa cidade respira cul tura. Temos neste momento todos os espaços culturais ocupados com iniciativas e não é apenas a Câmara Municipal a contribuir para isto, são todas as associações do nosso conce lho, nomeadamente a Casa da Poesia de Setúbal, neste caso, que tem um papel muito importante em fazer-nos sair de casa e vir conviver”.
Tenho amigos que pintam e que de alguma forma me incentivaram a fazer umas pinturas, uns desenhos, que me diziam que eram bons Amadeu Silvestre
Pinhalnovense com nova casa perto de onde tudo começou
EDUCAÇÃO
PSdizqueháfaltadeleitenasescolas masCâmaradesmenteacusação
Agrupamento de Azeitão também não partilha da preocupação socialista e garante que “há leite para dar aos alunos”
Tiago Jesus
Num comunicado emitido por Fer nando José, vereador da Câmara Mu nicipal de Setúbal, o Partido Socialista demonstrou a sua preocupação com a ausência de leite nas escolas do mu nicípio. Tal situação foi desmentida pela vereadora Carla Guerreiro, ga
rantindo que nenhuma escola ficou sem leite, mostrando-se surpreendi da com o timing desta preocupação.
Em comunicado de imprensa, os socialistas informaram que no início deste mês, os vereadores do PS no município sadino foram informados que “há falta de leite nas escolas do concelho de Setúbal”.
Os vereadores informam que a “pri meira refeição para muitas crianças”, obrigatória por lei, está em falta nas escolas por “força da inoperância dum executivo desgastado, desnor teado e em fim de ciclo”.
Face ao exposto, os vereadores eleitos pelo PS na Câmara Municipal de Setúbal exigem a resolução deste problema, com a “imediata reposição de leite nas escolas”, esperando que a
resposta do presidente da autarquia ao problema “já levantado na última assembleia municipal pelo PS e não negado pelo executivo CDU, não se ja a convocação duma manifestação para a porta da Parmalat”.
Esta questão foi desmentida pela Câmara Municipal de Setúbal, que garantiu não faltar leite em nenhu ma escola do município. A vereadora Carla Guerreiro explicou a O SETU BALENSE que o Agrupamento de Es colas Ordem de Sant’Iago relatou na manhã de ontem que existia “pouco leite”, mas nunca falta dele. “Temos fornecido o leite a todas as escolas. Os directores dizem-nos quando é preciso e nós fornecemos. Após ter mos tomado conhecimento dessa preocupação do PS contactámos todos os agrupamentos e não exis te mais nenhum em falta”, referiu a vereadora, garantindo que “amanhã [hoje], será feita a reposição”.
O SETUBALENSE contactou tam bém com Pedro Florêncio, director do
Agrupamento de Escolas Ordem de Sant’Iago, e também deputado muni cipal pelo PS, que preferiu não prestar declarações sobre esta situação. Esta preocupação apresentada pe lo Partido Socialista também não foi confirmada por Lara Félix, directora do Agrupamento de Escolas de Azei tão. Contactada por O SETUBALEN SE, a directora mostrou-se surpreen dida com tal preocupação, referindo que existe leite escolar para todos os estudantes. “Não temos falta de leite em Azeitão. Para este mês de Outu bro existe quantidade suficiente para todos os alunos, não posso falar sobre Novembro, uma vez que os pedidos são feitos mensalmente”, referiu, concluindo com a garantia que “há leite para dar aos alunos”.
Vereadora Carla Guerreiro garante que nunca existiram escolas sem leite no município
AUTARQUIA CEDE ANTIGAS INSTALAÇÕES DA PLURICOOP
Pinhalnovense já tem nova casa perto de onde começou a fazer história
Clube inaugurou espaço frente ao edifício da histórica sede que se encontra devoluto mas que é para recuperar
O Pinhalnovense volta a ter motivos para sorrir. Depois de um ano sem sede própria, o clube inaugurou no passado sábado aquela que será a sua casa nos próximos anos até que a an tiga e histórica sede seja recuperada.
Após ter de cumprido a ordem de despejo colocada pelo proprietário das antigas instalações junto ao Cam po Santos Jorge (a loja foi vendida pelo dono por motivos de ordem comer cial) toda a actividade do clube, servi ços administrativos incluídos, estava centrada no seu campo de jogos. E a situação até obrigou o clube a inter romper o trabalho que vinha a desen volver com as modalidades de ginásio.
Agora tudo muda, com a inaugura ção do novo espaço nas instalações da antiga Pluricoop (no espaço dedi cado à parte administrativa) no lado sul de Pinhal Novo. A nova sede tem, na parte inferior, uma sala ampla que servirá para convívio entre sócios e simpatizantes. Na parte superior tem três salas para reuniões e serviços ad ministrativos e ainda uma área para as actividades de ginásio. Com esta estrutura o clube já está a trabalhar para recuperar as modalidades que perdeu no espaço de um ano. A gi nástica e as artes marciais.
Paulo Pinho, presidente do Clube Desportivo Pinhalnovense, salien tou, na cerimónia de inauguração, a importância deste momento para o clube, porque vem “na altura certa”, pela mão da Câmara Municipal. Ape sar de ser uma solução intermédia, até ter a sua sede social reconstruída, o dirigente considera o novo espaço digno, já que permitirá à direcção do clube continuar a desenvolver o seu trabalho “não só em prol do Pinhal novense mas também de todos os
pinhalnovenses”.
Álvaro Amaro, presidente da Câ mara Municipal de Palmela, sublinhou que a prioridade para ocupar o espa ço foi sempre dada ao Pinhalnoven
se. “Desde o início essa foi sempre a nossa intenção. Nesta área social não faltam candidatos, toda a gente quer vir para aqui mas para nós estava sempre em primeiro lugar o Pinhalno
vense, porque temos um compromis so inalienável com o clube no sentido de arranjar sempre condições para o desenvolvimento das modalidades amadoras e, acima de tudo, pela sua
Pluricoop Municípios de Palmela e Montijo recuperam espaços devolutos de cooperativas
A Pluricoop nasceu da fusão de 31 pequenas cooperativas, entre as quais a União Pragalense, a COOTSET de Setúbal, a COOPINHAL de Pinhal Novo e a Coop B da Baixa da Banheira, tendo iniciado actividade económica dois anos depois. Em 2010 – um ano após vários investimentos na modernização de infra-estruturas e quando contava com 32 lojas e um registo de facturação global de cerca de 34 milhões de euros – entrou numa espiral de instabilidade financeira.
De tal forma que, em Maio de 2011, iniciou-se o processo de insolvência da empresa, o que viria a culminar com o fecho de várias lojas.
No Pinhal Novo, a Câmara Municipal de Palmela encontrou
solução para o edificado devoluto, para já com a cedência do espaço, requalificado, ao Pinhalnovense. No concelho vizinho do Montijo, os dois espaços da Pulricoop há anos desactivados também já têm futuro definido. Um, segundo o município montijense, será
aproveitado para dar corpo a um novo centro de saúde (Bairro do Areias); o outro (edifício da antiga Trabatijo), adquirido pela autarquia em 2019, é para ser reconvertido num espaço cultural, anunciou então a edilidade montijense.
dimensão social”.
Com esta sede, acrescentou, “os pinhalnovenses têm um espaço de identificação com o seu clube, um espaço que podem visitar e onde podem conviver e debater”.
Em relação ao edifício devoluto da sede histórica do clube, o autarca quer ajudar a recuperar “muitas memórias”. Admite que a autarquia tem “o com promisso de reabilitar aquele edifício e devolvê-lo ao Pinhalnovense”. Mas esse, explicou, é um processo “muito complicado dada a condição em que se encontra o edifício”. “Não sabemos ainda se será possível recuperar a sua originalidade”, alertou. E a concluir revelou que a autarquia está nesta altura a analisar o que se pode fazer, mas qualquer tipo de obra nunca será possível de arrancar “antes do segun do semestre de 2023”.
Revitalizar zona em termos eco nómicos
e sociais
A nova sede do clube surge no âmbi to de um contrato de comodato com o município de Palmela, celebrado no passado mês de Fevereiro. Seguiram-se as obras de adaptação do espaço, con ferindo-lhe mais segurança e conforto.
Álvaro Amaro revelou que, além do Pinhalnovense, o edifício Coopinhal (propriedade da autarquia assim co mo o prédio da histórica sede social do clube) acolherá um conjunto de serviços municipais e um espaço -memória do movimento coopera tivo em Pinhal Novo e enquadrou a aquisição e recuperação dos dois edifícios numa estratégia mais am pla de requalificação urbana da zona sul, que continua a ter moradores e comércio, mas necessita de ser mais vivida e apropriada pela comunidade.
Concorrem, igualmente, para este objectivo a recente intervenção no Largo da Mitra, a criação prevista de um parque de estacionamento e cor redor arbóreo na Rua D. João de Castro, a empreitada de repavimentação de vias em Pinhal Novo sul e a criação de um ninho associativo e centro de res postas sociais em conclusão, no Monte do Francisquinho, que se constituirá como uma nova centralidade na vila.
Documentário sobre a vida de Saramago exibido hoje em Pinhal Novo
“José e Pilar”. Os nomes dizem tudo, ou quase tudo, e intitulam o documentário que é apresentado esta noite, a partir das 21h30, no Auditório Municipal de Pinhal Novo - Rui Guerreiro. É exibido no âmbito das Comemorações do Centenário do Nascimento de
José Saramago (e assim está tudo dito) e reflecte uma “autografia”, realizada por Miguel Gonçalves Mendes, do escritor que foi laureado com o Prémio Nobel da Literatura e que faleceu em 18 de Junho de 2010. O documentário, revela a Câmara de Palmela,
BREVES
“fala da vida, das viagens e da relação de amor [de Saramago] com Pilar del Río”, e foi filmado entre 2006 e 2009. As entradas são gratuitas, mas obrigam a levantamento de bilhete (a bilheteira abre 1h30 antes do início da sessão).
A Assembleia Municipal de Palmela ratificou por unanimidade, na passada quinta-feira, 29, a decisão da Câmara ceder um terreno na Rua 25 de Abril, em Cajados, à Junta da União das Freguesias de Poceirão e Marateca. A área, com um valor patrimonial de 27.990 €, será cedida gratuitamente por um período de 50 anos, tendo
em vista a transferência da delegação da freguesia para o local, onde será ainda construído um parque de recreio e lazer. A instalação da delegação da junta visa “melhorar o atendimento aos residentes”. E a construção do parque foi a proposta mais votada na freguesia de Marateca na edição de 2020 do “Eu Participo Munícipes”.
Transferência de competências e contratos interadministrativos valem 2,6 M€ às freguesias
Juntas passam a assegurar gestão de espaços verdes, limpeza da via pública e manutenção de áreas junto a escolas
Mário Rui SobralCerca de 2,6 milhões de euros é o va lor global do envelope financeiro que, juntamente com os contratos intera dministrativos já em vigor, acompa nha a transferência de competências e recursos do município de Palmela para as quatro juntas de freguesia do concelho. Os autos de transferência de competências foram rubricados entre as autarquias, na sexta-feira, 30, e começaram a vigorar no dia seguinte.
A cerimónia de assinatura decorreu na Biblioteca Municipal de Palmela e juntou os presidentes da Câmara, Ál varo Balseiro Amaro, e das juntas de freguesia: Jorge Mares (Palmela), Car los Jorge de Almeida (Pinhal Novo), António Mestre (Quintado do Anjo) e Cecília Sousa (Poceirão/Marateca).
De acordo com a Câmara Municipal, os autarcas consideraram o momen
to como “histórico”. Passaram para as freguesias competências “nas áreas da gestão e manutenção de espaços verdes; limpeza das vias e espaços públicos, sarjetas e sumidouros; ma nutenção, reparação e substituição do mobiliário urbano instalado no espaço público; pequenas reparações e ma nutenção dos espaços envolventes dos estabelecimentos de educação pré-escolar e do 1.º ciclo do ensino bá sico”. A estas soma-se ainda, no caso da Junta de Quinta do Anjo, a “gestão e manutenção dos mercados municipais de Quinta do Anjo e Cabanas”.
Já no que toca às juntas de freguesia de Palmela e de Pinhal Novo “foi acor dado que, tendo em conta a complexi dade das funções, a transferência de competências nas áreas dos espaços verdes e da limpeza urbana apenas deverá ocorrer a partir de 1 de Janei ro de 2023”, revelou o município, em comunicado.
Lei mal-amada no concelho Álvaro Amaro, citado na mesma no ta, lembrou que “existe há muito” no concelho a prática de descentra lização de competências, através de protocolos, contratos e acordos de execução que têm sido, defendeu, “sempre bem negociados, com muito bom senso entre as partes”. E adian tou que a recente legislação em que
assenta a transferência das compe tências “não é a lei que as freguesias desejariam” nem “a que melhor serve os interesses das populações”. Até porque, justificou, este será sempre um “processo incompleto, enquanto não se concretizar [quer] a reversão das freguesias injustamente agrega das de Poceirão e Marateca” quer “um modelo de financiamento em que as verbas saiam directamente do Orça mento do Estado e não sejam sub traídas ao município”. Incompleto, sustenta ainda o autarca, continuará também “enquanto não for revisto o estatuto dos eleitos locais”.
Apesar disso, o presidente da Câ mara considerou que, mesmo com este modelo, “vai haver uma qualifi cação das respostas nas competências [transferidas]”, que “as freguesias vão conseguir fazer muito bem”. A leitura de Álvaro Amaro foi, de resto, acom panhada pelos presidentes de junta. “Todos reconhecem que esta lei fica aquém das expectativas, mas acredi tam que, com um trabalho conjunto de permanente avaliação e afinação deste processo, vai ser possível melho rar o serviço prestado às populações”, adiantou o município.
Além dos autos, durante a cerimó nia, foi ainda “assinado o Protocolo de Colaboração para Partilha de Forma ção” entre a Câmara e as juntas.
Alunos e famílias, professores, directores escolares, educadores, auxiliares e autarcas reuniram-se, na última quarta-feira, 28, no CineTeatro S. João em Palmela para a habitual recepção de início de ano lectivo à comunidade educativa. A ocasião contou com a actuação da DançArte e a apresentação de trabalhos dos alunos das escolas básica Hermenegildo Capelo e secundária de Pinhal Novo, desenvolvidos no âmbito
do projecto “Kid's Guernica”. Gina Lemos, docente na Escola Superior de Educação do Instituto Politécnico de Setúbal, apresentou uma comunicação subordinada ao tema “Educar para a paz” e os profissionais das escolas e da rede solidária do concelho que se aposentaram no último ano lectivo foram homenageados. O programa de recepção prossegue nos próximos dias com várias actividades.
ACTUAÇÕES EM
Depois do arranque no Cine-Teatro S. João, em Palmela, com o espectáculo “Assim Devera Eu Ser” que levou ao palco Catarina Moura, Celina da Piedade e Sara Vidal, o programa “Outubro –Mês da Música” prossegue nos próximos dias 15 e 16 em Quinta do Anjo com a 1.ª edição do “Méee, Festival Folk”. O Mês da Música engloba espectáculos com a
Banda de Música da Força Aérea, a Orquestra Nova de Guitarras, a Orquestra Clássica Metropolitana, apontamentos com o Conservatório Regional de Palmela e uma oficina de iniciação à técnica vocal. Estão ainda agendados concertos comemorativos dos aniversários da Sociedade Filarmónica Humanitária e da Sociedade Filarmónica Palmelense “Loureiros”.
CAJADOS Delegação da junta vai ser transferida para terreno que vai acolher parque
NO CINE-TEATRO S. JOÃO Recepção à comunidade educativa marcada por dança e homenagens
VÁRIOS
AGENDA Mês da música prossegue com festival de folk em Quinta do AnjoACORDOS RUBRICADOS
FEDERAÇÃO DE ATLETISMO APADRINHA INAUGURAÇÃO
Centro Municipal de Marcha e Corrida recebe 'tiro de partida' em Palmela
Gabinete de apoio técnico do novo centro localiza-se na Piscina Municipal de Palmela. Nova unidade na calha
Luís Bandadas
“Não é preciso ser atleta olímpico pa ra se praticar exercício físico”. Esta foi uma das ideias fortes deixadas por Jorge Vieira, presidente da Federa ção de Atletismo Portuguesa, que marcou presença na inauguração do novo Centro de Marcha e Corrida, jun to à Piscina Municipal de Palmela, no
passado sábado, em cerimónia que contou com muitos entusiastas das duas modalidades.
Jorge Vieira mostrou-se “agrada do” com a abertura de mais um centro que “potencia” a prática de atletismo” e enfatizou a importância do exercí cio físico. “É a melhor forma para uma maior longevidade, com saúde. Não sou eu quem o diz, são os estudos, baseados em factos”, disse.
Sete meses depois da abertura do primeiro Centro Municipal de Mar cha e Corrida do concelho em Pinhal Novo, o projecto promovido pela Câmara Municipal e dinamizado pela Palmela Desporto foi agora ampliado com uma segunda unidade no conce lho, na vila palmelense, que constitui a 102.ª do género em Portugal.
O projecto está integrado no Pro grama Nacional de Marcha e Corrida, que resulta de uma parceria entre o Instituto do Desporto e Juventude de Portugal e da Federação Portuguesa de Atletismo para promoção da práti ca regular destas modalidades.
Circuitos para todos os gostos Equipado a rigor, para participar na caminhada inaugural marcada pa ra após a cerimónia de abertura do novo centro, Álvaro Amaro, presi dente da Câmara de Palmela, des tacou o projecto que é para alargar no concelho. “Fico muito satisfeito por estarmos a conseguir concretizar este plano de trabalho. Primeiro no Pinhal Novo, agora em Palmela e já existem outros sítios, como Quinta
do Anjo onde poderemos em breve ter também condições para criar mais um Centro de Marcha e Corrida”. O autarca realçou ainda a importância das parcerias estabelecidas com os clubes, associações e outros agentes da comunidade palmelense.
Já José Barreto, presidente da Pal mela Desporto, destacou a preocupa ção tida na elaboração dos percursos englobados pelo novo centro. “Ten támos adaptar os circuitos e os per cursos a diferentes condições físicas
em função da orografia muito própria de Palmela e acreditamos que conse guimos atender às necessidades de cada um”, afirmou. No total são três percursos, dois totalmente nas ruas da vila, e um misto urbano/rural.
O Centro Municipal de Marcha e Corrida de Palmela tem o seu gabi nete de Apoio Técnico localizado na Piscina Municipal de Palmela, onde os participantes serão orientados por um técnico qualificado que supervi siona e prescreve os exercícios.
Objectivo Aumentar praticantes e combater o sedentarismo
(autarquias, empresa municipal, associações desportivas, escolas, entre outras), para a prática da marcha e da corrida. Isto, no sentido de desenvolver e reforçar, junto da comunidade, um ambiente social encorajador de um estilo de vida activo. O Centro Municipal de Marcha e Corrida de Palmela funciona às segundas, terças e quintas-feiras das 19h30 às 20h30 e é constituído por três percursos de 4500, 8000 e 10000 metros.
Antiga Cabovisão passa para as mãos da Vodafone
Em Espanha avança-se que o negócio português da Másmóvil, detentora da Nowo, está avaliado em 150 milhões de euros
Mário Rui SobralA Vodafone Portugal anunciou na últi ma sexta-feira que acordou a compra da operadora de telecomunicações Nowo – antiga Cabovisão que foi fundada em Setembro de 1993 com sede em Palmela. A aquisição aguarda agora aprovação do regulador e a Vo dafone espera que a transacção fique concluída até final de Junho de 2023.
“A Vodafone Portugal celebrou com a Llorca JVCO Limited, accio
nista da Másmóvil, um acordo para a compra da empresa Cabonitel S.A., detentora da Nowo Communications, o qual se encontra sujeito à necessá ria aprovação regulatória”, revelou em comunicado a Vodafone, terceira maior operadora de telecomunica ções no mercado português.
O valor da transacção não foi divul gado, mas o jornal de negócios mais antigo de Espanha “Cinco Días” avan ça que “fontes do mercado avaliam o negócio português da Másmóvil em cerca de 150 milhões de euros”.
A aquisição da Nowo visa o reforço da “competitividade” da Vodafone no mercado, conforme adianta Má rio Vaz, CEO da Vodafone Portugal, citado no mesmo comunicado. “Irá permitir à Vodafone aumentar a sua base de clientes bem como a sua co bertura de rede fixa”, diz o respon sável. Ao mesmo tempo, Mário Vaz realça que “a futura modernização da rede adquirida para a nova geração de
fibra óptica irá beneficiar os actuais e futuros utilizadores, ao garantir a qualidade e a resiliência acrescida da infra-estrutura”.
A Vodafone lembra que a Nowo “é o quarto maior operador convergente em Portugal, com cerca de 250 mil subscritores do serviço móvel e 140 mil clientes do acesso fixo (Pay TV e Banda Larga)”, com o serviço a abran ger uma cobertura de “aproximada mente 1 milhão de casas”.
Nowo foi a designação atribuída à Cabovisão em 2016, após a empresa ter sido adquirida juntamente com a Oni à Altice em Setembro de 2015 pelo fundo Apax France, que viria a vender ambas em 2019 ao grupo es panhol Másmóvil. Antes, em 2011, a Altice havia comprado a Cabovisão, por 45 milhões de euros, à Cogeco – empresa de telecomunicações do Canadá, que adquirira a operadora de Palmela em 2006 (13 anos depois da data de fundação da Cabovisão).
500 PALAVRAS
João Reis RibeiroEugénio Lisboa: poemas em tempo de guerra
Há um texto do ucraniano Andriy Lyubka (n. 1987, em Riga) intitulado “A guerra não é tempo de literatura”, de 7 de Abril, que, se afirma que os poetas ucranianos estão ocupados no apoio social e na defesa da pátria, também confessa: “Nunca na minha vida entendi tão bem poesia como durante a revolução e a guerra. É nes tes momentos que ela pode acalmar, ajudar a chorar, e também inspirar à luta, ensinar a cerrar os dentes e a lutar pela vida.”
Podemos cruzar esta afirmação com a justificação que Eugénio Lis boa (n. 1930) apresenta para o livro “Poemas em tempo de guerra suja” (Guerra & Paz, 2022): “Preferia não ter escrito este livro, sinal de que não tinha havido uma guerra que, de resto, continua a haver. Um ti rano (...) promoveu a invasão e a destruição da Ucrânia e, dentro de mim, a indignação que é o sangue destes versos.” Este desabafo con fronta-se com uma inevitabilidade - a guerra continua(rá), tal como Lis boa reconhece em nota introdutória: “Nenhum dos grandes livros que se escreveram contra a guerra, ao longo dos séculos, evitou jamais que uma nova guerra se travasse, com o ha bitual cortejo de ruínas, mortos e mutilados.”
O título diz ao que vem: poe mas produzidos na simultanei dade desta guerra que desde Fe vereiro de 2022 nos assombra e minimiza, entre 25 de Fevereiro e 26 de Junho. Datados todos eles, assumem-se como registos dos dias, muitos falando sobre a guerra, outros reflectindo so bre a vida (sua longevidade e sentido), acontecimentos do tempo (a morte de Paula Re go, por exemplo), a memória (vivências do passado, recor dações de Moçambique), a companhia da Ísis (a gata que motiva alguns belos textos so bre os felinos, “mínimos tigres de salão”).
A guerra suscita a indigna
O SEGREDO DAS CARTAS
CARNEIRO 21.03 a 20.04
No plano amoroso – não rejeite a possibilidade de se envolver um novo relacionamento. Poderá ser surpreendido, muito favoravelmente, com as atitudes e gestos de alguém que entrou há pouco na sua vida. No plano profissional – poderá entrar numa nova fase profissional, comece a pensar em novos projetos ou novas aplicações financeiras. Carta da semana – O SOL – semana muito luminosa e feliz para Peixes. Vai sentir-se com muita vontade de viver a vida e demonstrar a força das suas emoções e sentimentos.
TOURO 21.04 a 21.05
No plano amoroso, sente-se muito apaixonado e tem receio de mostrar os seus sentimen tos. No plano profissional, terá algumas propostas, mas não se iluda com as mais vantajosas. Carta da Semana – A Lua, esta carta mostra que você estará sensível e um pouco frágil, mas ao mesmo tempo estará com um grande poder de análise.
GÉMEOS 22.05 a 21.06
ção, prevalecendo o tom panfletá rio, irónico e provocatório, o apelo à tomada de posição - “Mas que merda de poetas, / de liras enfer rujadas, / pouco vigor nas canetas / e de iras mal mijadas! // Mas que vergonha de gente, / tão indigna de Camões, / de tesão deficiente / e falta de palavrões!”, versos de 27 de Fevereiro, protestam contra o silên cio dos poetas portugueses perante a catástrofe (e de todos os que não querem comprometer-se), quadras que terminam numa interpelação desafiante: “Acordai a vossa lira, / apodrecida no sono / e instigai-lhe a ira, / que não fique ao abando no!”. O alvo notado nas reflexões poéticas sobre a guerra é Putine, tirano retratado como “Mostrengo”, motivador de perguntas “a alguns amigos russos”, como Turguénev, Tchékov ou Tolstoi, sobre o que diriam desta figura.
Se a indignação contra o absolu tismo se funda na sua vontade de matar o inimigo, intensa é a con tradição surgida no poema “Matei o meu inimigo”, em que o soldado se amargura, depois de reparar no cadáver que fez: “Empalei-o e abracei-o, / colocando-o no chão.
/ Com cuidado, observei-o: / era, horror!, o meu irmão!”
Mais para o final, o tom torna -se mais introspectivo, num diá logo com o passado, o sentido da vida, a valorização do que se sentiu, as ausências dos que já passaram, terminando o livro com um soneto-reflexão sobre o tempo preenchido: “Dizem-me que tive uma vida cheia. / Digo-lhes que sim, que, de facto tive. / Se quise rem, foi mesmo uma epopeia. (...) // Mas o que é ter tido uma vida cheia? / As vidas enchem-se como tonéis? / (...) // Uma vida cheia, dizem Vo cês? / (...)” As perguntas retóricas pontuam o poema, devolvendo a reflexão para os outros, pretexto para o conhecimento das razões que levaram a que portas se abris sem e se fechassem, afinal a história das nossas circunstâncias...
No plano amoroso – poderá travar novos conhecimentos, embora deva amadurecer bem as ideias antes de lançar num novo romance. Poderá ter de enfrentar oposições familiares para poder levar em frente uma relação. No plano profissional – deve manter a calma em todas as circunstâncias, até porque esta semana tudo está ao seu alcance. Carta da semana – O CARRO – a conjuntura anuncia progressos.
CARANGUEJO 22.06 a 22.07
No plano amoroso – possibilidade de os seus sentimentos serem completamente re novados. Numa situação inesperada ou mesmo sem estar disponível pode sentir novas emoções. No plano profissional – se estiver envolvido em atos de representação ou de cariz público, sair-se-á muito bem. Carta da semana – O AMOROSO – esta carta define uma semana intensa em que todos os comportamentos estão marcados pela paixão.
LEÃO 23.07 a 23.08
No plano amoroso – não aceite opiniões ou que se metam demasiado na sua vida, o seu coração é o seu melhor amigo e só poderá arrepender-se do que não fizer. No plano profis sional – todos os negócios ou investimentos em que se envolver, desde que estruturados e calculados darão bons resultados. Carta da semana – O IMPERADOR – está muito lúcido, objetivo e eficaz marcando pontos em todas as situações que se envolver.
VIRGEM 24.08 a 23.09
No plano amoroso – não permita que o orgulho atrapalhe ou ponha em causa em rela ção. No plano profissional – alguns colaboradores podem interferir ou pôr em causa as suas opiniões, mas é aconselhável que não baixe os braços e faça persistir as suas ideias. Carta da semana – A FORÇA – fomenta novas ideias confere rapidez de raciocínio e força de vontade não permitindo que se instalem na sua vida indecisões ou qualquer tipo de medo.
BALANÇA 24.09 a 23.10
No plano amoroso – é uma semana adequada a que faça alterações na sua forma de vida; pode iniciar uma fase mais límpida e intensa. No plano profissional – algumas situações podem assumir contornos que não esperava e perante os quais terá de tomar uma posição. Carta da semana – A MORTE – é uma carta forte que permite conduzir a sua vida de forma objetiva e eficaz. Fim de uma etapa e inicio de uma nova etapa próspera.
ESCORPIÃO 24.10 a 22.11
No plano amoroso – não entregue o seu amora quem não o merece, corre o risco de dece ções. Nem todas as promessas serão cumpridas esta semana. No plano profissional – dê atenção a um negócio ou a um projeto que pode esconder problemas, procure novos apoios. Carta da semana – A LUA – a conjuntura leva-o para o mundo dos sonhos em que é difícil ser racional, tente manter-se lúcido para não ser enganado.
SAGITÁRIO 23.11 a 20.12
No plano amoroso, relações são correspondidas e regidas por si e pelos seus interesses. Controle o seu feitio pois numa relação toma decisões a dois. No plano profissional, mostre-se mais activo e mais empenhado com trabalhos que lhe são solicitados. Carta da Semana – O Mundo, esta carta mostra que as conquistas e os seus êxitos estão ao seu alcance, basta que consiga reunir todas as suas potencialidades para atingir os seus fins.
CAPRICÓRNIO 21.12 a 20.01
No plano amoroso – escute o que lhe dita o coração sempre que tomar uma decisão ou fizer uma escolha sentimental; todos os gestos deverão ser fruto de reflexão solitária e amadurecida. No plano profissional – está perfeitamente apto a atuar em proveito próprio e fazer bom uso das suas habilitações e conhecimentos. Carta da semana – A PAPISA – a semana promete ser muito importante.
AQUÁRIO 21.01 a 19.02
No plano amoroso, poderá estar a passar uma fase conflituosa, que se deve á indefinição de sentimentos, clarifique-os. No plano profissional, os trabalhos que tem em curso irão sofrer alguns atrasos, devido á falta de recursos. Carta da Semana – O Eremita, esta carta mostra que deve agir com rigor e cuidado em todas as situações.
PEIXES 20.02 a 20.03
No plano amoroso – momento propicio á evolução sentimental; conseguirá compreender alguns gestos e lidar melhor com os afetos. No plano profissional – vida financeira sujeita a flutuações que merecerão medidas adequadas em cima dos acontecimentos. Carta da semana – O JULGAMENTO – traz uma semana marcante pródiga em acontecimentos importantes que lhe possibilitarão análises e iniciativas fundamentadas.
O título diz ao que vem: poemas produzidos na simultaneidade desta guerra que desde Fevereiro de 2022 nos assombra e minimiza, entre 25 de Fevereiro e 26 de Junho
Você sabia?
... que a Funerária Armindo está disponível todos os dias do ano, a quaquer hora, para o apoiar em caso de emergência funerária?
Você sabia?
.. que um funeral de cremação, considerando todos os custos envolvidos, é tipicamente mais barato que o funeral para sepultura?
CONVOCATÓRIA PARA ASSEMBLEIA GERAL ORDINÁRIA
Nos termos da alínea c, do número 2, do artigo 28.º do Estatuto aprovado e em vigor, se promove a convocatória da assembleia geral ordinária, do centro de convívio dos reformados, pensionistas e idosos do montijo, IPSS, para reunir na sede da sua instituição sita na av. maestro jorge peixinho, n.º 39, em Montijo, no próximo dia 26 de outubro de 2022, pelas 14H00, e com a seguinte ordem de trabalhos:
1-Apresentação e votação do orçamento e do programa de ação para o ano de 2023;
2- Outros assuntos de interesse da instituição.
Se à hora definida não estiverem presentes a maioria dos associados, a Assembleia terá início 30 minutos depois, em segunda convocatória, com qualquer número de presenças, nos termos do número 1, do artigo 30.º do diploma em referência.
Montijo, 14 Setembro 2022.
Seixal
LIDERANÇA
Paulo Silva senta-se na cadeira da presidência do município e Liliana na bancada da vereação
PCP elogia expresidente Joaquim Santos tanto pelo desempenho como vereador como na presidência da Câmara
Humberto Lameiras
A troca de cadeira entre Joaquim Santos e Paulo Silva, ambos eleitos pela CDU, já era assumida e, na última reunião de Câmara do Seixal, quar ta-feira, a presidência do executivo municipal passou formalmente para Paulo Silva, com a delegação das no vas competências a serem aprovadas pelos eleitos. Termina assim um ciclo de três mandatos de um presidente eleito pela CDU, que disse, ele pró prio, ir assumir responsabilidades dentro do partido, PCP.
Para a Comissão Concelhia do Sei xal do PCP, esta foi uma transição “natural” e elogia o trabalho autár quico de Joaquim Santos tanto na qualidade de vereador, que exerceu durante a presidência da Câmara do comunista Alfredo Monteiro, como de presidente do município desde 2013. Exerceu ainda várias funções dentro de estruturas municipais da região, casos como presidente da Assembleia Intermunicipal de Água da Região de Setúbal.
“O camarada Joaquim Santos con tinuará a sua actividade política em novas frentes de trabalho e interven ção nas tarefas do PCP, onde os seus conhecimentos e experiência políti ca são preciosos”, refere a estrutura comunista.
Aos 56 anos, o advogado Paulo Sil va, que reside na freguesia de Corroios, perante os restantes eleitos na Câmara Municipal aceitou as novas funções e afirmou que “existem todas as condi ções” para que se dê “prosseguimento ao exercício do mandato em curso e continuidade ao projecto assumido, prestando aos munícipes serviços de elevada competência e qualidade, com respeito pelos princípios da igualdade e do interesse público municipal”.
Com a alteração na liderança do executivo municipal, Liliana Cunha, 43 anos, residente em Aldeia de Paio Pires e licenciada em Design, passa a assumir funções na bancada da vereação da CDU. Segundo nota
estado ligado a várias colectividades do concelho
de Impresa da Câmara Municipal, no actual mandato, que vai até 2025, os vereadores “manterão as competên cias que lhes haviam sido inicialmente delegadas”.
Adianta a mesma nota de Impren
Território Executivo aprova regresso às antigas freguesias
A União das Freguesias do Seixal, Arrentela e Aldeia de Paio Pires quer avançar com o processo para a desagregação de freguesias, proposta que subiu à última reunião de Câmara e foi aprovada.
A pretensão é devolver as freguesias liquidadas à população, retomando-se a Freguesia do Seixal, a Freguesia de Arrentela e a Freguesia de Aldeia de Paio Pires, “subscrevendo na íntegra as peças produzidas neste âmbito pela Assembleia de Freguesia e Junta de Freguesia da União das Freguesias do Seixal, Arrentela e Aldeia de Paio Pires, como garante da autonomia administrativa e financeira do poder local, em respeito pela
Constituição da República Portuguesa”.
Ainda no âmbito nas juntas de freguesia do concelho, o executivo municipal aprovou o pagamento do montante global de “444.536 euros” a estes órgãos autárquicos, referente ao último trimestre de 2021, “como forma de suportar despesas decorrentes do exercício de competências próprias da câmara municipal pelas juntas, após o fim da vigência dos acordos de execução e dos contratos inter-administrativos celebrados no último mandato e até à entrada em vigor dos novos instrumentos de transferência e delegação de competências”, refere a autarquia.
sa, que Paulo Silva é agora repre sentante da autarquia “ao mais alto nível” e, em articulação com os res tantes vereadores da sua bancada, leva esta representação às “assem bleias intermunicipais da Associação de Municípios da Região de Setúbal, Associação de Municípios da Rede Portuguesa de Municípios Saudá veis, Associação Intermunicipal de Águas da Região de Setúbal e Rede Intermunicipal de Cooperação para o Desenvolvimento, assim como nas assembleias-gerais da AMAR SUL - Valorização e Tratamento de Resíduos Sólidos e da SIMARSULSistema Integrado Multimunicipal de Águas Residuais da Península de Setúbal”.
Quanto à nova vereadora, Liliana Cunha, caberá representar a Câma ra do Seixal “na assembleia-geral da Associação de Municípios do Portugal Romano, na Comissão Alargada da Comissão de Protecção de Crianças e Jovens, no Conselho Consultivo do Hospital Garcia de Orta, na pre sidência do Grupo de Coordenação do Pacto Territorial para o Diálogo Intercultural do Seixal e ainda na assembleia-geral da Associação Por tuguesa dos Municípios com Centro Histórico”.
VERBAS
Autarquia
apoia
instituições
do concelho com cerca de 400 mil euros para obras e funcionamento
As verbas vão chegar à conta de entidades que actuam em vários sectores socais
A Associação dos Amigos do Tocá Rufar vai receber da parte da autar quia um apoio financeiro para a obra da futura Aldeia do Bombo; a verba aprovada pelo executivo é de 100 mil euros. Igual valor foi atribuído à Associação de Amigos do Pinhal do General para apoio à construção do Complexo Desportivo do Pinhal do General (Fernão Ferro) e ao Clube de Praticantes de Voleibol Lobatos Volley para a construção do Pavilhão Despor tivo Municipal Cidade de Amora.
Ainda neste âmbito, foram apro vados apoios a várias associações, nomeadamente, 17 500 euros a ins tituições que trabalham na área da Infância; 26 600 euros a instituições que trabalham na área das Pessoas com Deficiência; 37 650 euros a Insti tuições que trabalham com a Terceira Idade e ainda 3 700 euros a três as sociações com intervenção social e apoio a situações sociais emergentes.
Acrescenta a autarquia, em comu nicado, que foram também aprova dos os apoios de 27 833,05 euros ao Clube Recreativo e Desportivo Brasileiro Rouxinol para a reabilita ção dos respectivos balneários e de 1 418,11 euros ao Portugal Cultura e Recreio para pagamento de despe sas de consumo de energia eléctrica decorrentes do prolongamento do funcionamento do centro de vacina ção instalado no pavilhão do clube.
Foram ainda concedidos apoios no valor de 1 250 euros à Sociedade Filar mónica União Seixalense, 1 250 euros à Sociedade Filarmónica União Arren telense e de 500 euros à Fábrica da Igreja Paroquial da Nossa Senhora da Consolação (Arrentela) para apoio às Festas de Nossa senhora da Soleda de, 1 000 euros à Artes - Associação Cultural do Seixal.
Rastreio de prevenção de doenças do coração no Seixal e Amora
DE 10 A 14 DE OUTUBRO
A Unidade Móvel de Saúde vai estar, a 16 de Outubro, em Amora e no Seixal para uma acção de rastreio de doenças cardiovasculares.
A iniciativa decorre na zona ribeirinha de Amora, em frente
ao hipermercado E.Leclerc, entre as 9h00 e as 14h00, passando depois para a zona ribeirinha do Seixal, próximo do restaurante Lisboa à Vista, entre as 15 e as 18 horas.
O rastreio gratuito e sem
Trabalhadores da Transtejo agendam ciclo de greve de três horas por turno
O sindicato diz que o Governo e Transtejo estão intransigentes para negociar. A empresa diz estar de portas-abertas
A ligação fluvial entre o Seixal e o Cais de Sodré, Lisboa, vai sofrer interrup ções entre os próximos dias 10 e 14. Esta é a forma de protesto da greve de três horas por cada turno, que foi decidida no plenário de trabalhado res que se realizou a 22 de Setembro, onde estiveram as organizações sin dicais representativas dos trabalha dores da Transtejo.
“Os trabalhadores reivindicam a valorização dos salários, que te nham em conta o aumento brutal do custo de vida, que significa uma redução real do poder de compra e exigem medidas concretas para que a Transtejo seja dotada de todos os meios para a melhoria da prestação do serviço público prestado”, subli nha a Federação dos Sindicatos dos Transportes e Comunicações (Fec trans).
Entretanto, em resposta à Lusa, a empresa confirmou que a greve será nestes períodos e também a to do o trabalho suplementar entre as 00h00 de10 de Outubro e as 24h00 de 14 de Outubro.
“Apesar de ainda não ter sido pos sível alcançar consenso, as partes mantêm-se disponíveis para dia logar e empenhadas em encontrar soluções que permitam alcançar o desejado acordo com os sindicatos”, acrescentou a empresa.
Da parte da Fectrans, diz Carlos Costa que a expectativa dos traba lhadores e do sindicato “é conseguir o reinício das negociações com o Go verno e com a administração”. Afirma
as negociações
ainda que “mantém-se a intransigên cia governamental e do conselho de administração nos 0,9% [percenta gem de aumento aceite] e não pas sa disso. A inflação já vai à volta dos 8% e, por isso, a proposta de 0,9% é irrelevante para o poder de compra actual”, argumentou.
A greve vai afectar também as li gações fluviais de Cacilhas, Trafaria -Porto Brandão e Montijo para Lis boa. Com Lusa
Companhia de Teatro Animateatro leva a palco rotinas do bebé
A Companhia de Teatro Animateatro está dia 9, domingo, no Cinema S. Vi cente com um espectáculo dirigido à primeira infância – bebés dos seis meses até aos três anos. Em 35 mi nutos, a peça “Rotinando” passa-se em torno da sua rotina.
“O intuito é promover a rotina
do bebé, conscientes da seguran ça e bem-estar que esta traz ao seu desenvolvimento” explica a com panhia. Deste modo, o trabalho de palco assenta em “quatro fases pri mordiais da aprendizagem, o sono, a higiene, a alimentação, o brincar, e com elas são percorridos vários tri
lhos numa estória, onde um casulo, um infante e um crescido, se rela cionam, mapeando a importância do cuidar”.
Com sessão máxima para 50 pes soas, as reservas de bilhetes devem ser efectuadas até sexta-feira, entre as 10h00 e as 15h00, e depois até
às 18h00.
Concepção, encenação e direcção é de Lina Ramos, e em palco vão estar Cláudia Palma, Marisa Conceição e Fi lipa Matta (substituta). A composição musical é Cláudio Pereira, fotografia de Patrícia Ricardo e Paulo Vicente e produção pela Animateatro.
obrigação de marcação prévia, é organizado pela Associação de Internos de Medicina Geral e Familiar de Lisboa e Vale do Tejo, com a colaboração da Servier e o apoio da Câmara Municipal do Seixal.
FÓRUM CULTURAL Fitas curtas sobre vidas ignoradas no conflito do Saara Ocidental
Para ver na grande tela, o Auditório do Fórum Cultural do Seixal passa ama nhã, quarta-feira, 5 de Outubro, às 21h30 quatro curtas que estiveram na 1.ª sessão FiSahara – Festival Interna cional de Cinema do Saara Ocidental. Um festival anual de cinema e cultura de direitos humanos, que busca entre ter e capacitar o povo saarauí através do cinema, bem como aumentar a consciencialização internacional sobre o conflito ignorado do Saara Ocidental.
A primeira fita da sessão é “Soukeina, 4400 días de noche”, de Laura Sipán. São 28 minutos centrados na vida de uma activista saaraui que desapareceu durante dez anos após a ocupação marroquina. A tortura, o isolamento, o sofrimento da sua parte e dos seus fa miliares, é a história de Soukeina Birlelu, mas muitos saarauis foram obrigados a desaparecer, muitos nunca voltaram e não se sabe o que aconteceu e onde estão os seus corpos.
Segue-se “Solo son peces”, de Paula Iglesias e Ana Serna. Um documentá rio de 17 minutos que mostra através do trabalho de três mulheres saarauís, a piscicultura nos campos de refugia dos, onde se cria peixe no meio do de serto quando o seu território, o Saara Ocidental, é rico em recursos naturais e sobretudo em peixe.
“Em busca de Tirfas”. Uma curta de Lafdal Mohamed Salem - Escola de Formação Audiovisual Abidin Kaid Saleh - onde em 14 minutos é relatada a vida quando se nasce num campo de refugiados, se sonha com um dia vir a morar na sua terra natal, e com o passar do tempo isso não passa de um sonho. São lutas para alcançar os so nhos e enfrentar os obstáculos do dia -a-dia. Entre os dois mundos, acaba-se por fazer o que nunca pensou fazer.
Por último, de Brahim Chagaf, a fic ção “Toufa”, narra durante 30 minutos o sofrimento de três gerações de mu lheres que vivem no exílio e montam acampamentos no meio do deserto.
Os trabalhadores reivindicam a valorização dos salários para terem em conta o aumento do custo de vida
Vitória deseja duelo no Bonfim com adversário da I Liga na Taça de Portugal
uma equipa que parece ser frágil, mas é forte. Tem boas individualidades”.
Depois da goleada (4-0) alcançada domingo sobre o Vilar de Perdizes na Taça de Portugal, o Vitória fica hoje, a partir das 17:30 horas, a saber quem será o próximo adversário na com petição. Na hora de formular desejos para o sorteio da 3.ª eliminatória, fase onde já vão estar presentes clubes do principal escalão do futebol nacional, o treinador Micael Pereira não escon de que gostaria de jogar em casa e ter pela frente um oponente da I Liga.
“O meu desejo é que o jogo seja no nosso estádio e, de preferência, com uma equipa da I Liga. A Taça dá-nos a oportunidade de jogar com boas equipas e gostava muito que fosse aqui porque daria a possibilidade de o Bonfim encher as suas bancadas”, disse o timoneiro dos sadinos na sala de imprensa após o encontro diante do conjunto transmontano da série A do Campeonato de Portugal.
Ainda sobre o sorteio, Micael Se queira, que viu a equipa ganhar ao Vilar de Perdizes graças aos golos apontados por Camilo Triana (bisou), José Varela e Lucas Marques, afirma que defrontar um emblema do es calão principal seria especial para os vitorianos. “Não sabemos o que vai acontecer, mas esse é o meu desejo.
Não tenho problema absolutamente nenhum em defrontar uma equipa da I Liga desde que seja aqui e possamos sentir a força dos adeptos”.
Num total de 52 clubes ainda em prova, entre eles os 18 clubes que militam na I Liga e que entram em acção na 3.ª ronda, apenas o Amora, também da Liga 3, representa com o Vitória a Associação de Futebol de Setúbal na edição 2022/23 da Taça de Portugal. Como curiosidade, refira
-se que há ainda três sobreviventes oriundos dos distritais: Oriental, Pombal e Courense.
Da Liga 2, Farense, Moreirense, Lei xões, B SAD, Penafiel, Mafra, Acadé mico Viseu, Vilafranquense, Trofense, Oliveirense, Nacional e Tondela são os clubes cujos nomes vão figurar no sorteio desta tarde. Além de Vitória e Amora, a Liga 3 está representada por Varzim, Oliveira do Hospital, Monta legre, Sanjoanense, Belenenses, S. João Ver, Felgueiras, Anadia, Cane las 2010, Real SC, Lank Vilaverdense, Fontinhas e Caldas.
O lote de clubes com presença garantida no sorteio fica encerrado com os emblemas que participam no Campeonato de Portugal: Serpa, Pevidém, Vianense, Camacha, Ser tanense, Machico, Dumiense, Bra gança, Beira-Mar, Olhanense, Rabo Peixe, Valadares Gaia, São Martinho, Pêro Pinheiro, Tirsense e Imortal, que também poderão ser adversários dos sadinos ou amorenses.
Boa resposta à intranquilidade Instado por O SETUBALENSE a fazer um comentário ao duelo travado com o Vilar de Perdizes, da Associação de Futebol de Vila Real, o treinador Mi cael Sequeira começou por felicitar os seus atletas. “Os rapazes estão de parabéns porque deram uma boa resposta, apesar da intranquili dade que existia de alguns adeptos. Conseguimos responder a isso e os jogadores conseguiram ser imunes a essa intranquilidade que vinha do exterior”.
O técnico fez ainda questão de sa lientar a beleza dos golos que foram apontados no Bonfim. “A equipa fez um jogo dentro do que perspecti vamos, não facilitou em termos de atitude, entrega e concentração. Acabámos por fazer quatro golos de excelência, com excelentes execu ções técnicas, resultantes de boas jo gadas e lances de bola parada”, disse, recusando a ideia de o oponente ser fraco. “Fizemos quatro golos frente a
O facto de a equipa não ter deixado de procurar a baliza contrária mes mo quando o triunfo já estava bem encaminhado e o adversário jogava em inferioridade numérica foi subli nhado pelo treinador. “Olhando para o jogo, a equipa, já com a vitória ga rantida, continuou a atacar e a procu rar o golo. É a nossa forma de jogar. Ao intervalo pedi intensidade e que procurassem fazer o maior número de golos possível”.
Micael Sequeira refere ainda que a equipa cumpriu o seu objectivo e agradeceu o apoio vindo dos adeptos presentes nas bancadas. “Cumprimos com o que tínhamos de fazer, que era ganhar. Continuamos a trabalhar para conseguirmos o que nos interessa. Agradeço também a presença dos adeptos, que foram importantes hoje ao comparecerem a um jogo num domingo, às 15 horas. Estamos fortes, unidos e vamos continuar a trabalhar”.
Depois da derrota caseira que ti nham sofrido a 17 de Setembro com o Caldas (1-2), o treinador acredita que a goleada agora obtida trará confian ça aos jogadores para o que aí vem. “Os jogadores e todo o grupo de tra balho está de parabéns por termos conseguido dar uma boa resposta e passar à próxima eliminatória, algo que é importante para os próximos jogos. Temos de continuar unidos, concentrados, a crescer como equipa e cumprir com a obrigação de ganhar que temos”.
Depois de uma pré-época em que os sadinos deixaram excelentes indi cadores nos testes realizados, Micael Sequeira admite que o arranque da Liga 3 aquém das expectativas dei xou marcas. “Surgiram-nos algumas dificuldades que não estávamos à espera por não terem surgido na pré-temporada e isso abalou um bo cado a confiança de toda a gente. A insatisfação instalou-se de uma forma normal. Nós também não ficámos sa tisfeitos com o que nos estava a acon tecer. O importante é sempre pensar no futuro, no dia de amanhã”, vincou.
Treinador quer defrontar equipa da I Liga em Setúbal para equipa “sentir a força dos adeptos”
Torrense perde no jogo de estreia no Nacional da 2.ª Divisão de Andebol
O Torrense não teve estreia feliz no Campeonato Nacional de Andebol da 2.ª Divisão porque perdeu no seu pavilhão com o 1.º Dezembro, por 22-24, num jogo que decorreu sempre de forma muito equilibrada e que ao intervalo registava 11-12. Este
jogo é da segunda jornada mas para a equipa da Torre da Marinha foi o primeiro porque o da ronda inaugural, que deveria ter sido disputado em Lagoa, foi adiado para o dia 8 de Dezembro. No que respeita às outras equipas da região, o Naval Setubalense
PAULO CUNHA CAVACO PRESIDENTE DO AMORA FUTEBOL CLUBE
perdeu com o Benfica “B” no Pavilhão da Escola da Quinta de Marrocos, em Lisboa, por 28-26; o Almada somou o segundo triunfo consecutivo vencendo o Lagoa por 38-26 e o jogo entre o Alto do Moinho e o Vela de Tavira só se realiza a 15 de Outubro.
“Queremos que a equipa sénior regresse à Medideira mas isso não depende de nós”
DR
Clube quer ter a certeza se há condições para construção do novo estádio. Se não houver há que encontrar alternativas
José PinaPaulo Cunha Cavaco, presidente do Amora Futebol Clube, em entrevista ao SETUBALENSE faz o balanço de 10 meses de mandato, aborda as relações com a SAD, fala do futebol feminino, revela a construção de um novo campo de futebol para a formação na Quinta da Princesa e faz o ponto da situação sobre o novo estádio. “Sou sócio do Amora há 39 anos e adoro este clube como ninguém mas não estava nos meus planos vir a ser presidente do clube”. Diz que “estes 10 meses têm sido de muito trabalho” mas faz questão de salientar que “a direcção não é presidencialista porque é constituída por várias pessoas e todas elas têm as suas funções”. E, mais especificamente recorda que “entrámos para o clube com a época desportiva já a decorrer, em 23 de Dezembro do ano passado, e a nossa grande preocupação foi garantir desde logo a sua conclusão e preparar a próxima”.
Todo o trabalho desenvolvido prossegue Paulo Cunha Cavaco, teve por base o equilíbrio financeiro. “O Amora não estava em dificuldade nesta vertente mas o nosso objectivo para os primeiros seis meses era estabilizar as contas porque queríamos honrar os compromissos assumidos para depois prepararmos a nova época sem grandes sobressaltos mas com equipas competitivas e com condições económicas para garantir a manutenção das infra
estruturas que são fundamentais”.
O Amora Futebol Clube quer continuar a ser uma referência do futebol de formação na região e nesse sentido quer ter as melhores condições para ao seus atletas. Assim, nos próximos dias está prevista a reinauguração do novo sintético no campo n.º 2 e o investimento na aplicação das novas tecnologias que permitem que os técnicos tenham melhores ferramentas para trabalharem da forma mais conveniente os jovens atletas.
100 atletas. Precavendo essa situação, em colaboração com a CM Seixal, o Amora enviou a sua candidatura para o PRR com vista à construção de um campo de futebol em terrenos da autarquia na Quinta da Princesa. O projecto ainda está numa fase de candidatura mas acreditamos que venha a ser aprovado”, refere o presidente que também não esconde o desejo de ver a equipa sénior jogar na Medideira.
uma solução”, deixou bem vincado o presidente da direcção.
Manutenção na Liga BPI
O futebol feminino foi também tema da nossa conversa e Paulo Cunha Cavaco sem rodeios começou por dizer: “sempre primámos pela transparência. Quando entrámos e nos deparámos com dificuldades de tesouraria tivemos que tomar medidas que ninguém gosta de tomar. Fomos acusados de querer acabar com o futebol feminino mas isso nunca esteve em cima da mesa. O que queríamos era no final de cada mês honrar os compromissos assumidos anteriormente. Nesse sentido, tivemos que fazer uma redução orçamental de 25% nos salários, foi uma medida impopular mas teve que ser feita porque isso permitiu começar a perspectivar a nova época, sabendo de antemão que não iríamos ter a mesma capacidade financeira”.
Campo
de futebol na Quinta da Princesa
“O clube tem neste momento três campos de futebol destinados à formação mas o espaço começa a ser escasso devido à procura cada vez maior de jovens atletas. Era necessário termos mais um campo de futebol, mas temos que dar um passo de cada vez. O processo de construção do novo Estádio da Medideira vai envolver a troca de terrenos e o Amora vai ficar sem o espaço onde se encontra o campo n.º 3, onde treinam diariamente
Ponto da situação sobre o novo estádio “Enquanto direcção, e como parceiros da SAD, queremos que a equipa sénior regresse à Medideira porque é ali que os sócios se sentem bem mas isso não depende de nós mas sim de outras entidades, nomeadamente da Federação Portuguesa de Futebol que impõe cada vez maiores exigências. Fizemos recentemente uma intervenção no relvado e na própria infra-estrutura mas continua a haver condicionantes a nível da iluminação, condições para a comunicação social e a existência de materiais que já não podem estar junto das pessoas. Portanto, queremos trazer o Amora para a Medideira mas sabemos que não vai ser fácil”, realçou Paulo Cunha Cavaco que espera ansiosamente por notícias sobre o novo estádio. “O timing dado ao Pingo Doce para resposta ao parecer técnico terminou em Setembro e nós já pedimos uma audiência à Câmara Municipal para sabermos o ponto da situação e saber também se podemos avançar com a assinatura da escritura para a troca de terrenos. Queremos igualmente ter a certeza se há condições para avançar com a construção do estádio e se não houver quais as alternativas possíveis. O objectivo desta direcção é trazer o Amora para a Medideira, esperamos que a CM Seixal nos ajude a encontrar
E, prosseguindo, adiantou: “A Liga BPI está a ter um grau de exigência cada vez maior e a competitividade orçamental é muito elevada indo de encontro àquilo que se pretende, a formação de um campeonato de elite mas o Amora conhece bem a realidade e sabe muito bem até onde pode ir, a nossa capacidade financeira só dá para lutar pela manutenção. Mas uma coisa é certa, a equipa que construímos tem uma larga margem de progressão e é composta por atletas que dão tudo em campo, como se tem visto”.
No remate final Paulo Cunha Cavaco fez questão de frisar que “o coração do Amora é a sua formação e nós queremos que ele seja muito forte. Assim, o objectivo para este ano é elevar na certificação o número de estrelas do futebol feminino para quatro, continuar com as mesmas quatro no futebol masculino e acima de tudo ter um clube equilibrado financeiramente”.