Abertura
Reforçar, em vez de Encerrar!
Afalta de atratividade do Servi ço Nacional de Saúde (SNS) para os seus profissionais é notória. De facto, a cada dia que passa aumenta o número de médicos altamente qualificados e de outros profissionais que deixam o SNS para ingressarem no setor privado.
A especialidade de obstetrícia e ginecologia tem sido das mais afe tadas e, por isso, temos assistido ao encerramento temporário de servi ços de urgência e blocos de partos de hospitais do SNS, em todo o país, com a consequente degradação das condi ções de assistência materno-infantil, ao nível do acesso a cuidados de saú de, e com indicadores de mortalidade e morbilidade preocupantes.
A anterior Ministra da Saúde, Mar ta Temido, através do Despacho n.º 7788/2022, de 24 de junho, criou a Comissão de Acompanhamento da Resposta em Urgência de Gineco logia/Obstetrícia e Bloco de Partos, coordenada pelo Professor Diogo Ayres de Campos, cujos membros integram o grupo técnico para a ela boração de proposta de criação da Rede de Referenciação Hospitalar em saúde materna e infantil.
Há poucos dias surgiram notícias na comunicação social dando conta de que esta Comissão terá proposto ao Governo a possibilidade de encer ramento de serviços de urgência de ginecologia/obstetrícia de diversos hospitais do SNS, nomeadamente do Centro Hospitalar Barreiro-Montijo, um hospital de referência que serve
OPINIÃO
reiro-Montijo, os Deputados do PSD eleitos pelo círculo eleitoral de Setúbal dirigiram um conjunto de questões ao Senhor Ministro da Saúde, através de uma Pergunta Parlamentar.
Refira-se, também, que num requeri mento dirigido ao Senhor Presidente da Comissão de Saúde, o Grupo Parlamentar do PSD requereu a Audição da Comissão de Acompanhamento da Resposta em Urgência de Ginecologia/Obstetrícia e Bloco de Partos, sobre o eventual encer ramento das urgências de obstetrícia/gi necologia em diversos hospitais do SNS.
LITORAL
ALENTEJANO
Efeitos na biodiversidade e solos estudados para Central Solar de Cercal do Alentejo
A Aquila Clean Energy e a Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa vão estudar os efeitos na biodiversida de e nos solos da central fotovoltaica de Cercal do Alentejo, no concelho de Santiago do Cacém.
e a manutenção das práticas agrícolas”, aliadas “à preservação da biodiversida de local e protecção de espécies com interesse de conservação”, adiantou.
mais de 200 mil habitantes, e que abrange os concelhos de Alcochete, Barreiro, Moita e Montijo.
Esta notícia causou alarme social na população destes quatro concelhos, o que é compreensível, pois trata-se de uma medida infundada e comple tamente desenquadrada da realida de, já que em 2021, nesta unidade hospitalar ocorreram 1400 partos e, até final de agosto do corrente ano, já foram realizados 1025 partos.
A confirmar-se, esta medida me rece o desacordo do Partido Social Democrata, por lesar gravemente os mais de 200 mil portugueses que o Centro Hospitalar Barreiro-Montijo é suposto servir.
No sentido de certificar a veracida de desta intenção do Governo de pro ceder ao encerramento permanente do serviço de urgência de ginecologia/ obstetrícia do Centro Hospitalar Bar
Num momento em que vivemos uma grave crise económica que afeta a maioria dos portugueses, torna-se ainda mais premente que o Serviço Nacional de Saúde, nas suas diferen tes áreas, garanta o acesso à saúde para todos os cidadãos.
Assim, o PSD entende que, em vez de encerrar serviços de urgência, o ca minho a desenvolver pelo Governo de ve ser o de reforçar o Serviço Nacional de Saúde, o que só será possível com a promoção da atratividade do SNS para os profissionais de saúde.
Para atrair profissionais de saúde e fidelizá-los é necessário garantir con dições dignas de trabalho, incentivos e, acima de tudo, respeito pela pro fissão e pelos profissionais.
Que seja este o principal foco nas reformas tão necessárias para o SNS.
Porque este, sim, para o Partido Social Democrata, deve ser um de siderato nacional.
Deputada do PSD
Em comunicado, a Aquila Clean Ener gy, plataforma de energias renováveis da Aquila Capital na Europa, explicou que formalizou uma parceria com a Fa culdade de Ciências da Universidade de Lisboa que permite a realização de um “estudo prévio dos efeitos” desta central fotovoltaica “na biodiversidade” e “na qualidade dos solos”.
“No âmbito desta parceria, a Facul dade de Ciências da Universidade de Lisboa, através da FCiências.ID e do cE3c – Centro de Ecologia, Evolução e Alterações Ambientais e do IDL – Ins tituto Dom Luiz, vai proceder à carac terização da situação de referência de biodiversidade e dos solos na área de construção da central fotovoltaica do Cercal”, lê-se no comunicado.
Durante o estudo, serão utilizadas “diversas metodologias de investigação científica”, referiu a empresa, acres centando que “antes do arranque das obras, vai ser possível caracterizar em detalhe a qualidade do solo, a riqueza específica do local em termos de fauna e flora e também os microclimas locais”.
Numa fase posterior, o estudo per mitirá “apoiar na definição de iniciati vas locais com vista à preservação da biodiversidade local e na promoção de práticas agrícolas mais ajustadas ao seu potencial”, indicou.
O objectivo é garantir “uma compa tibilização entre a produção de energia
Segundo a empresa, a FCiências.ID está a implementar um Plano de Moni torização da Temperatura, já aprovado pela Agência Portuguesa do Ambiente, no âmbito das medidas inscritas na De claração de Impacte Ambiental.
Isto implica “a instalação de equipa mentos de última geração em termos de monitorização de temperatura”, pa ra “analisar de forma precisa os even tuais impactes da central na tempera tura circundante, propondo medidas de mitigação caso estas se revelem necessárias”.
Para Manuel Silva, da Aquila Clean Energy, esta parceria “traduz a preo cupação” e “o respeito pelos territórios, valores naturais e locais e com a susten tabilidade”.
“Queremos também assegurar que, além de ajudar a cumprir o objectivo de descarbonização do sector elec troprodutor, esta central poderá coe xistir com actividades agrícolas, em respeito pela biodiversidade local e sem consequências na temperatura ambiente”, frisou o responsável, ci tado no comunicado.
Por seu lado, Luís Carriço, director da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, defendeu que “as colabo rações com empresas como a Aquila Clean Energy tornam possível colocar ao serviço da sociedade o melhor co nhecimento disponível e a inovação que é desenvolvida na Faculdade de Ciências”. Lusa
Cerca de 50 pinturas de Henrique Galvão expostas na biblioteca de Alcácer do Sal
Cerca de cinquenta obras pintadas a acrílico e a carvão constituem a exposição “Somos Alcácer…”, que pode ser visitada na Biblioteca Municipal de Alcácer do Sal até 11 de Novembro, divulgou a Câmara Municipal.
Símbolos da Jornada da Juventude chegam a Setúbal para um mês de peregrinação
Cruz peregrina e ícone de Nossa Senhora Salus Populi Romani vão, no dia 01 de Novembro, integrar uma procissão pelo Rio Sado e pela cidade
Os símbolos da Jornada Mundial da Juventude (JMJ) vão entrar na Dio cese de Setúbal na próxima segunda -feira para um mês de peregrinação, estando prevista uma cerimónia na Sé a partir das 21 horas, informou a organização.
A cruz peregrina e o ícone de Nossa Senhora Salus Populi Romani estão este mês a peregrinar pelas paróquias da Diocese do Porto, no âmbito do programa que os levará a todas as dioceses nacionais até à realização da Jornada Mundial da Juventude Lisboa 2023 (JMJLisboa2023).
Os símbolos da JMJ permanecerão na Diocese de Setúbal até 01 de De zembro, dia em que se realiza a ceri mónia de despedida no Seixal. Após Setúbal, a próxima diocese a recebê -los será a das Forças Armadas e das Forças de Segurança. Entretanto, no próximo dia 01 de Novembro, Dia de Todos os Santos, a cruz e o ícone vão integrar uma procissão pelo Rio Sado e pela cidade.
Tradicionalmente, nos meses que antecedem cada JMJ, “os símbolos partem em peregrinação para serem anunciadores do Evangelho e acom panharem os jovens, de forma espe cial, nas realidades em que vivem”, informa a organização da Jornada.
Com 3,8 metros de altura, a Cruz peregrina, construída a propósito do Ano Santo, em 1983, foi confiada por João Paulo II aos jovens no Domin go de Ramos do ano seguinte, para que fosse levada por todo o mundo.
Desde aí, a Cruz peregrina, feita em madeira, iniciou uma peregrinação que já a levou a quase 90 países.
“Foi transportada a pé, de barco e até por meios pouco comuns como
trenós, gruas ou tractores. Passou pe la selva, visitou igrejas, centros de de tenção juvenis, prisões, escolas, uni versidades, hospitais, monumentos e centros comerciais. No percurso, enfrentou obstáculos: desde greves aéreas a dificuldades de transporte, como a impossibilidade de viajar por não caber em nenhum dos aviões disponíveis”, segundo nota sobre a JMJLisboa2023.
O mesmo documento acrescen ta que “em 1985 [a cruz] esteve em Praga, na actual República Checa, na altura em que a Europa estava dividi da pela cortina de ferro, e foi aí sinal de comunhão com o Papa”.
“Pouco depois do 11 de setembro de 2001, viajou até ao ‘Ground Zero’, em Nova Iorque, onde ocorreram os ataques terroristas que vitimaram quase 3.000 pessoas. Passou tam bém pelo Ruanda, em 2006, depois de o país ter sido assolado pela guerra civil”, adianta a nota.
Já o ícone de Nossa Senhora Salus Populi Romani, que retrata a Virgem Maria com o Menino nos braços, tem 1,20 metros de altura e 80 centíme tros de largura, e está associado a uma das mais populares devoções marianas em Itália.
“É antiga a tradição de o levar em procissão pelas ruas de Roma, para
afastar perigos e desgraças ou pôr fim a pestes. O ícone original encontra-se na Basílica de Santa Maria Maior, em Roma, e é visitado pelo Papa Francis co que ali reza e deixa um ramo de flores, antes e depois de cada viagem apostólica”.
Lisboa foi a cidade escolhida pelo Papa Francisco para a próxima edição da Jornada Mundial da Juventude, que vai decorrer entre os dias 01 e 06 de Agosto de 2023, com as principais cerimónias a terem lugar no Parque Tejo, a norte do Parque das Nações, na margem ribeirinha do Tejo, em terrenos dos concelhos de Lisboa e Loures.
As JMJ nasceram por iniciativa do Papa João Paulo II, após o sucesso do encontro promovido em 1985, em Roma, no Ano Internacional da Juventude. A edição de 2023, que será encerrada pelo Papa, esteve inicialmente prevista para este ano, mas foi adiada devido à pandemia de covid-19.
O Papa Francisco foi a primeira pessoa a inscrever-se na JMJLis boa2023, no domingo, no Vaticano, após a celebração do Angelus. Este gesto marcou a abertura mundial das inscrições para o encontro mundial de jovens com o Papa. Lusa
A mostra de pintura é da autoria de Henrique Galvão, natural da terra, e retrata várias perspectivas sobre a paisagem do concelho, inspiradas nas imagens do fotógrafo, também alcacerense, Sérgio Carraça.
Edital
N.º 139/DAFRH-DAAG/2022
Feira Anual de Palmela – 8 de dezembro de 2022 Atribuição de Espaços de Venda e Interdição de Circulação e Estacionamento de Veículos
ÁLVARO MANUEL BALSEIRO AMARO, Presidente da Câmara Municipal de Palmela, em cumprimento do disposto no artigo 56.º, do Regime Jurídico das Autarquias Locais, aprovado pela Lei n.º 75/2013, de 12 de setembro e nos termos da alínea rr), do n.º 1, do artigo 33.º, do mesmo diploma, artigo 8.º do Regulamento do Comércio a Retalho Não Sedentário do Município de Palmela e artigos 7.º, 8.º e 9.º, do Código da Estrada, torna público:
1. Os termos do sorteio para atribuição de espaços de venda (lugares) destinados a atividade comercial a exercer na Feira Anual de Palmela, que decorrerá a 8 de dezembro de 2022, para os quais, será efetuado sorteio, por ato público, de acordo com o seguinte:
a) N.º de espaços de venda que podem ser atribuídos: 142 (total);
b) Dia, hora e local da realização do sorteio: 8 De novembro de 2022, às 10:00 horas, na Biblioteca Municipal de Palmela, sito no Largo de S. João Baptista, 2950-214 Palmela;
c) Modo de apresentação de candidaturas: Obrigatoriamente, para todos/as os/as interessados/as, através do preenchimento e submissão do formulário disponível para o efeito, na página eletrónica da Câmara Municipal de Palmela, em www.cm-palmela.pt, podendo o Serviço de Atendimento Municipal, prestar aos/às interessados/as, em atendimento presencial e/ou telefónico, apoio à submissão de candidatura;
d) Prazo para apresentação de candidaturas: 23:59 Horas, de 6 de novembro de 2022, não sendo aceites candidaturas extemporâneas;
e) Identificação dos espaços de venda a atribuir: Destinados à atividade comercial de vestuário; malas; calçado; bijuterias e/ou similares; produtos artesanais (alimentares e não alimentares); louças; quinquilharia e/ou similares; farturas/ crepes e/ou similares; restauração e/ou bebidas; entre outros produtos ou serviços, suscetíveis de enquadramento na tipologia da Feira;
f) Prazo para atribuição dos espaços de venda: Entre as 9:00 e as 18:00 horas, de 8 de dezembro de 2022;
g) Valor das taxas a pagar pelos espaços de venda: Custo administrativo (€ 3,07) ao qual acrescer a taxa diária (€ 2,77), pela ocupação de lugar de venda até 12 m2.
h) Documentação exigível: Qualquer operador económico, deverá ser detentor/a das autorizações, licenças e demais habilitações para o exercício da atividade comercial a desenvolver, nos termos de legislação em vigor, geral e específica aplicável.
i) Observações: A Câmara Municipal convocará para sorteio, apenas, os/ as titulares de candidatura válida que não tiverem direito de ocupação concedido pelo prazo de 5 anos (2021-2025).
A Comissão de Feira promoverá o ato público, bem como o esclarecimento de dúvidas e a resolução de eventuais reclamações surgidas, sendo constituída pelos seguintes elementos: Presidente – Jorge Manuel Calhau Pastor, Coordenador Técnico da Secção Administrativa de Mercados;
Vogais – Casimiro Manuel Caldeirinha Amores, Encarregado Operacional e Elisabete Maria Silva Santos Silva, Assistente Operacional, ambos da Secção Administrativa de Mercados.
2. A interdição de estacionamento e o trânsito nas seguintes vias de circulação rodoviária, da vila de Palmela:
a) Das 0:00 horas de 7 de dezembro às 20:00 horas de 8 de dezembro de 2022
– Proibição de estacionamento e circulação de veículos no Largo de S. João Batista, no Largo Eng. Jacinto Augusto Pereira, no Largo da Quinta da Cerca e na Rua da Quinta da Cerca;
b) Das 0:00 horas às 20:00 horas de 8 de dezembro de 2022 – Proibição de estacionamento e circulação de veículos, na Avenida da Liberdade, na Rua Gago Coutinho e Sacadura Cabral (a partir do cruzamento com a Rua D. João de Castro e o Cineteatro S. João), na Rua Infante D. Henrique, na Rua Vasco da Gama, na Avenida Dr. Juiz José Celestino Ataz Godinho de Matos, na Rua de Olivença, na Rua General Amílcar Mota e no Largo do Paço da Formiga;
c) Das 0:00 horas às 20:00 horas de 8 de dezembro de 2022 – Interdita a circulação de trânsito, na Rua Gago Coutinho e Sacadura Cabral, havendo circulação rodoviária nesta via, a partir da Rua D. João de Castro, que mantém o seu normal funcionamento;
d) Das 0:00 horas de 7 de dezembro às 20:00 horas de 8 de dezembro de 2022, a circulação de trânsito far-se-á nos dois sentidos, na Rua Francisco Carvalho da Silva.
Qualquer infração está sujeita a penalização (reboque e coima).
Para constar se lavrou o presente Edital que vai ser afixado nos lugares públicos do costume.
Palmela, 20 de outubro de 2022.
O Presidente da Câmara
Setúbal
GATEMEspelho Mágico homenageia artistas de circo
A GATEM - Espelho Mágico homenageou, no passado fim-de-semana, os artistas de circo na peça de teatro musicado "Pinóquio", em duas sessões com lotação esgotada. Com lugar no Fórum Municipal Luísa Todi, a 40.ª produção da GATEM, uma adaptação livre de Céu
Campos e de Miguel Assis da obra de Carlo Collodi, contou ainda com interpretações de Cláudio Pinela, Jéssica Ricardo, David Pereira, João Canhoto, Luís Filipe Estrela, Mafalda Santos, Diogo Carias, Diogo Leiria, Madalena Freire Pereira, Gonçalo Ferreira e Inês Pavão.
Restrições de pesca no Parque Luiz Saldanha resultam em prejuízo de 1,6 M€ em dez anos
Sesibal lamenta que pescadores estejam limitados e diz que acumulado de contra-ordenações, até 2021, ronda os 72 mil euros
Em dez anos, os pescadores tiveram um prejuízo superior a 1,6 milhões de euros só no que diz respeito à captura de sardinha, quebra registada devido “às restrições impostas à arte de cer co no Parque Marinho Professor Luiz Saldanha”.
Os resultados são apresentados pela Sesibal em documento direccio nado à secretária de Estado das Pes cas, no qual diz também ser “evidente a quebra registada nas quantidades capturadas, sendo que tal não foi compensada pelo aumento do valor de pescado”.
Enquanto em 2011, com recurso a 13 embarcações, foram capturadas mais de 14,8 toneladas de sardinha, o que simboliza um lucro superior a 7,8 milhões de euros, passada uma dé cada, com menos uma embarcação, foram pescadas apenas 7,4 toneladas, o que se traduz em 6,2 milhões de euros, representando uma quebra de 20,80%.
“Estamos muito limitados. Temos tido perdas, e de que maneira. Sardi nha, carapau e cavala é o que pescá vamos na zona até 2005. Agora, em termos de milhas, o espaço reduziu substancialmente com estes impe dimentos”, referiu Ricardo Santos, presidente da cooperativa de pesca de Setúbal, Sesimbra e Sines, com actualmente 300 pescadores, a O SETUBALENSE.
Além disso, “há que acrescentar o exponencial aumento no que concer ne aos factores de produção, com es pecial ênfase nos custos com gasóleo – que subiram 20% entre 2011 e 2021 –, preços dos lubrificantes, manuten ção e artes de pescas”.
“Todos os anos apresentamos exposições, a situação passa de ano para ano e nada é feito. O espaço que sobra para a pesca é a norte do Cabo Espichel até à Costa da Caparica e da Praia do Pinheiro da Cruz até Sines. Com os custos do combustível, para tanta distância, afecta a economia das empresas e dos pescadores”, acrescenta.
Além disso, as referidas restrições traduzem-se “num acumular de con tra-ordenações, as quais, até 2021, rondam os 72 mil euros”, sendo que as mesmas se devem “às correntes e ventos, que empurram muitas vezes a embarcação para zona proibida”.
Em seguida, referiu que “a Univer sidade de Lisboa fez um estudo local em 2014, financiado pela Câmara de Sesimbra, mas concluiu que não havia
relatórios fidedignos para transmitir a evolução”.
Parque Marinho sem avaliações ou alterações há 17 anos
O Parque Marinho Professor Luiz Sal danha, gerido pelo Instituto da Con servação da Natureza e das Flores tas (ICNF), foi criado em 1998 “com o objectivo de proteger e recuperar a biodiversidade” e conta com três áreas de protecção: total, onde não são permitidas actividades, parcial, com um número intermédio de re gras, e complementar.
Já em Agosto de 2005 “foi publi cado o Plano de Ordenamento do Parque Natural da Arrábida, desig nado por POPNA, o qual visava uma diversidade de objectivos tendentes a assegurar a sustentabilidade do Par
que Natural da Arrábida”.
Volvidos cinco anos, “as medidas adoptadas e o seu impacto prático e objectivo deveriam, conforme pre viamente estabelecido, ter sido alvo de avaliação e eventuais alterações”, mas “nada disso foi feito”, explica Ri cardo Santos.
“Em 2005 foi quando surgiu o im pedimento para a nossa pesca. Até lá pescávamos na zona. Passados 17 anos sobre a publicação do POPNA, continua a actividade de pesca comer cial totalmente vedada à comunidade piscatória de Setúbal, com as regras a manterem-se tão restritivas face às várias artes de pesca, nomeadamente a pesca com artes de cerco”, sublinha.
Para o presidente da cooperativa de pesca, que “já foi uma das com mais abrangência de mar na União Europeia”, “é de lamentar que nas zo nas parcial e complementar não se possa pescar”, defendendo a “aber tura de autorizações a embarcações matriculadas na Capitania de Setúbal, acabando com uma discriminação em função da matrícula”.
Isto porque “é autorizada a pes ca na zona para outros pequenos barcos, o que é uma incongruência muito grande, porque foi autorizado para Sesimbra e não para Setúbal”. “Privilegia-se Sesimbra, quando a orla costeira pertence a Setúbal também. Estamos contra essa decisão. São bar cos de pesca mais pequenos, com gaiolas para captura de polvo. Os de Setúbal não podem com barcos da mesma dimensão”, salienta.
A cooperativa defende a autoriza ção da “arte de pesca, não predatória, na zona de 1/4 de milha da costa, em barimétrica superior aos 30 metros nas referidas zonas”.
No mesmo documento, a Sesibal, “além de toda a cooperação que se julgue necessária”, garante estar disponível “para participar, com as suas embarcações, num projecto experimental de pesca nas áreas su geridas, a ser acompanhado pelo IP MA [Instituto Português do Mar e da Atmosfera], ICNF e quaisquer outras entidades que se venha a considerar deverem participar no mesmo”.
PSD apresenta hoje estratégias que ajudem famílias a ultrapassar efeitos da crise
Medidas vão ser divulgadas com o objectivo de serem tidas em conta no Orçamento Municipal para 2023
RodriguesOs vereadores da Câmara Municipal de Setúbal eleitos pelo Partido Social Democrata (PSD) vão hoje apresen tar, em conferência de Imprensa, as estratégias de apoio social que pretendem que ajudem as famílias do concelho a ultrapassar os efeitos da crise.
A O SETUBALENSE, o vereador Fernando Negrão explicou que estas “não são propostas definitivas, uma vez que vão ser ainda discutidas em reunião de câmara”, mas disse es perar que sejam tidas em conta na realização do Orçamento Municipal de 2023.
Também o Partido Socialista (PS) já havia apresentado um conjunto de medidas na área dos apoios sociais, dado a conhecer na reunião pública do passado dia 12, na qual o vereador social-democrata Paulo Calado (PSD) adiantou que o PSD também estava a estudar um conjunto de estratégias, que iriam ser apresentadas “muito em breve”.
A criação do Fundo de Emergên cia Social, “de forma a proporcionar aos munícipes melhores condições de vida e igualdade de oportunida des”, e de um programa de apoio ao arrendamento foram algumas das medidas apresentadas pelos eleitos socialistas.
De acordo com Fernando José (PS), as recomendações que foram apresentadas são um conjunto de “medidas que complementam as que foram apresentadas pelo Governo” para o mesmo efeito.
Já a gestão CDU, na sessão da As sembleia Municipal de 30 de Setem bro, alertou que seria “necessário” avaliar as “áreas mais fragilizadas”. “Tenho já identificadas áreas que são mais fragilizadas, como será o caso da infância, alguns sectores de acti vidade económica, nomeadamente
que "ajudar os setubalenses neste momento difícil” é um dos “desígnios” do PSD
pequenas e médias empresas, apoio às famílias com crianças e jovens em idade escolar e as instituições de solidariedade social”, referiu André Martins, presidente da autarquia.
Na mesma reunião, o edil anun ciou querer reunir-se com os par tidos representados no órgão de liberativo, “para todos poderem dar o seu contributo na tomada de medidas”.
Nuno Carvalho toma posse na Concelhia do PSD de Setúbal Nuno Carvalho volta a liderar a Co missão Política da Secção de Setúbal do PSD. O deputado à Assembleia da República e membro da Assembleia Municipal de Setúbal venceu, no pri meiro dia do presente mês, a presi dência da estrutura local do partido, contra Fernando Monteiro.
A tomada de posse ocorreu há
Congresso Trabalhadores Social Democratas em debate sobre o salário em Portugal
Os Trabalhadores Social Democratas (TSD) reuniram-se no passado sábado, num congresso com o tema “Salário mínimo e salário médio em Portugal – Análise e perspectivas para o futuro”.
Com lugar no Cinema Charlot –Auditório Municipal, o colóquio
contou com a presença de Paulo Ribeiro, presidente da Distrital do PSD de Setúbal, onde se debateu “o grave problema do nivelamento do salário médio para baixo, face à subida do salário mínimo sem o correspondente aumento dos restantes salários”.
uma semana, na sede da Concelhia do PSD de Setúbal, a partir da qual Nuno Carvalho afirmou que “ajudar os setubalenses e azeitonenses nes te momento difícil” é um dos “desíg nios” do PSD de Setúbal.
“Sabemos ver quem precisa e quem se esforça. O PSD não é míope nas medidas a médio e longo prazo quando está a governar. Há mo mentos em que temos de olhar para aqueles que mais precisam”, referiu no discurso de tomada de posse.
Em comunicado, o Partido Social De mocrata afirma ainda que “vai apoiar mais os órgãos eleitos em Setúbal, ten do por objectivo ganhar, pela primeira vez, uma ou mais câmaras no Distrito nas próximas eleições autárquicas”.
A cerimónia contou com também com a presença do secretário-geral do PSD, Hugo Soares, dos deputados eleitos pelo Distrito de Setúbal, dos vereadores à Câmara Municipal de Setúbal, do coordenador autárquico nacional e de um conjunto de dirigen tes nacionais, distritais e de diversas concelhias do partido.
ENCONTRO
PELA PAZ
Município empenhado em valorizar convivência pacífica em comunidade
Compromisso reforçado na apresentação de livro nos Paços do Concelho
A Câmara de Setúbal recebeu, no pas sado sábado, a apresentação do livro “II Encontro pela paz”, durante a qual o presidente da edilidade descreveu o compromisso da autarquia com o desenvolvimento de um projecto au tárquico que “valorize a convivência pacífica em comunidade”, numa altu ra em que “a guerra voltou à Europa”. Na sessão de apresentação da obra, que faz um resumo do II Encon tro pela Paz, evento realizado em Ju nho de 2021 em Setúbal e promovido pelo Conselho Português para a Paz e Cooperação (CPPC), André Martins destacou que o projecto político que lidera "implica, em cada momento, criar as condições para que todos possamos viver pacificamente em comunidade, não esquecendo dife renças, mas sempre valorizando o que une".
"Reafirmamos, neste momento especial em que a guerra voltou à Europa, o nosso profundo compro misso com a paz, o que temos feito sempre por via do desenvolvimento do nosso projecto autárquico, um projecto de valorização do território e das populações", assinalou o autar ca no evento, que teve lugar no Salão Nobre dos Paços do Concelho.
Na sessão, André Martins garan tiu ainda que a autarquia trabalha "incessantemente para assegurar a vivência comum pacífica" com uma “série de acções que contemplam o acolhimento a todos os que procu ram o concelho em busca de melho res condições de vida ou em fuga da guerra”.
O livro constitui, de acordo com o presidente, "mais um contributo que o CPPC dá para a construção da paz, numa conjuntura em que o que se ouve defender é o apelo das armas, o apelo da guerra sem quartel que destrói e mata, que lança a desgraça e a pobreza sobre milhões de pessoas".
NÉLIO CONDEÇO É O SEGUNDO-COMANDANTE
José Santos empossado comandante dos Bombeiros Voluntários em dia de aniversário
Tomada de posse decorreu na cerimónia de celebração dos 139 anos da Associação Humanitária, a mais antiga do distrito
José Henrique Santos tomou posse como comandante do corpo de Bom beiros Voluntários de Setúbal, assim como Nélio António Condeço foi empossado segundo-comandante, na cerimónia que assinalou o 139.º aniversário da Associação Humani tária (AHBVS), realizada na passada quarta-feira.
“A escolha de um comando é uma responsabilidade acrescida na gestão do bem mais precioso de qualquer organização – as pessoas que dela fazem parte”, disse o presidente da direcção da AHBVS, no cargo desde 30 de Junho, durante a tomada de posse.
Para Sérgio Varela, citado em co municado da Câmara de Setúbal, “uma equipa faz um líder forte e um líder forte promove o constante de senvolvimento e motivação da equi pa”, só assim sendo possível “promo ver, de forma contínua e profissional,
os serviços junto da população setu balense e azeitonense”.
Já o novo comandante, José Henri que dos Santos, depois de considerar que “é nos mares mais revoltos que se fazem os melhores marinheiros”, garantiu que a associação tem tido, “no decorrer dos anos, a vontade, de terminação, capacidade de liderança e carácter necessários”, assim como agradeceu “aos homens e mulheres do corpo de bombeiros” e assegurou a manutenção “da vontade de fazer cada vez mais e melhor”.
Presente esteve também o presi
GÂMBIA, PONTES E ALTO DA GUERRA
dente da edilidade, André Martins, afirmando que “a corporação é um importante agente de protecção civil do concelho, razão que levou a autar quia a aumentar o apoio à AHBVS”.
O município e a associação “têm em vigor um protocolo para o funcio namento de um posto de trabalho no Centro Municipal de Operações de Socorro e outro para apoio a activi dades de protecção civil e actividade operacional de protecção e socorro na freguesia de Azeitão, tendo os res pectivos valores sido aumentados em Julhos com efeito retroactivo a Ja
neiro de 2022”, refere a mesma nota.
Enquanto o montante do pri meiro protocolo passou de 7 476 para 10 200 euros mensais, o valor do segundo subiu de 20 mil para 27 300 euros, tendo o autarca explicado que “os serviços presta dos ao abrigo destes acordos são apoiados com verbas no montante global de 450 mil euros”, quantia que classificou como “apreciável, mas absolutamente necessária para assegurar a qualidade do socorro”.
Em seguida, recordou que a autar quia investe ainda “entre 4,5 e seis
milhões de euros anuais na Compa nhia de Bombeiros Sapadores” com o objectivo de “garantir a operacio nalidade e prontidão e a permanente modernização do equipamento”.
“O socorro está garantido e bem garantido em Setúbal por este con junto de homens e mulheres que prestam serviço nos bombeiros”, assegurou André Martins. “No que nos diz respeito, tudo continuaremos a fazer para que os Bombeiros Volun tários de Setúbal e a associação que os detém possam continuar a cumprir a sua missão de prestar socorro às populações com o máximo de qua lidade”, acrescentou.
No decorrer da cerimónia de co memoração do 139.º aniversário da AHBVS, a mais antiga associação de bombeiros do Distrito de Setúbal, o edil aproveitou igualmente para “saudar os respectivos bombeiros, que demonstram elevado sentido cívico e altruísmo só ao alcance dos que estão sempre dispostos a dar a mão aos outros”.
As celebrações contaram ainda com o comandante Clemente Mitra, em representação da Liga dos Bom beiros Portugueses, que apontou o aumento dos combustíveis e do gás e do salário mínimo nacional em 2023, “que é importante e pouco”, sublinhando que se avizinham “tem pos difíceis” para as associações de bombeiros.
Vice-presidente da Câmara Municipal visita escolas da freguesia após requalificações
A vice-presidente da Câmara Mu nicipal de Setúbal, Carla Guerrei ro, visitou as três escolas básicas da freguesia de Gâmbia, Pontes e Alto da Guerra que sofreram obras após o fim do passado ano lectivo.
Acompanhada do presidente da Junta de Freguesia, Luís Custódio, a autarca, que tem também o pelouro da Educação, esteve nas escolas bási cas de Gâmbia, que este ano recebeu uma nova sala de pré-escolar, do Mon tinho da Cotovia e do Alto da Guerra.
No âmbito da transferência de competências do município para a junta, "na interrupção do ano lectivo foi feita uma série de me
lhorias, até de uma grande monta ao nível da freguesia, que incluiu to das as pinturas exteriores e outros melhoramentos", salientou Carla Guerreiro na visita, citada em nota de Imprensa da edilidade.
A vice-presidente do município, acompanhada ainda pelo director do Agrupamento de Escolas Luísa Todi, António Baptista, afirmou que "este é um trabalho inacabado", porque "há sempre questões por resolver nas escolas".
"É uma área a que temos de dar sempre uma grande atenção, tendo em conta o número de utilizado res que temos, que são as nossas
crianças. Depois, são tudo coisas resolúveis, são melhoramentos que a comunidade educativa quer sempre fazer, porque também quer o melhor para os seus alunos", con cluiu Carla Guerreiro.
Já o presidente da Junta de Fre guesia de Gâmbia, Pontes e Alto da Guerra, Luís Custódio, quis salientar que as três escolas registaram "uma manutenção grande", que repre sentou "um grande investimento" por parte da autarquia.
"[O valor] Deve rondar os 40 mil euros, mais de o dobro daquilo que recebemos para a manutenção e repa ração do parque escolar", sublinhou.
Associação de Municípios da Região de Setúbal: 40 Anos ao Serviço da Região
Há quarenta anos, no dia 25 de outu bro de 1982, a Associação de Muni cípios da Região de Setúbal (AMRS) nascia pela mão dos 13 concelhos que integravam o distrito de Setúbal.
A Revolução de Abril abrira caminho ao Poder Local Democrático e a um modelo de gestão do território no qual as populações passavam a ter uma voz ativa na resolução dos seus problemas.
Se os problemas eram muitos, as aspira ções e vontades eram maiores. E a AMRS nasce com o objetivo de “promover estu dos, elaborar e gerir planos comuns nos do mínios da cultura, educação, informação, saúde, segurança social, urbanismo, defe sa do meio ambiente e das infraestruturas com vista ao desenvolvimento económico, social e cultural das populações do Distrito.”
Em quatro décadas, a AMRS cresceu, ga nhou vida e deu cartas em múltiplas áreas. Associados, em conjunto, os Municípios do Distrito de Setúbal marcaram o presente e o futuro do país com projetos que vão do ambiente às novas tecnologias, da gestão urbana à criação de uma rede pública de bibliotecas.
Logo na década de 1980, a AMRS teve um papel determinante na construção de uma resposta à crise que assolou o Distrito, que assistia então ao encerramento da Quimigal no Barreiro, da Lisnave em Almada.
Este foi o tempo em que a AMRS pro
duziu o Plano Integrado de Desenvolvi mento do Distrito de Setubal (PIDDS) e acompanhou a OID – Operação Integra da de Desenvolvimento da Península de Setúbal.
Foi o tempo em que, pela primeira vez, as populações da Região foram chama das a pronunciar-se sobre o seu futuro. A construção de uma circular da Penín sula de Setúbal, o Metro Sul do Tejo, a terceira travessia do Tejo ou a constru ção de um aeroporto na Margem Sul são herdeiros diretos da visão que então se construiu.
A par destas questões, ganham importân cia os temas do ambiente e da qualidade de vida. Fruto de iniciativas da AMRS, nascem a LIMARSUL e, depois, a AMARSUL, bem como a SIMARSUL, dotando a Região de soluções públicas, com a participação dos municípios, de gestão de águas residuais e resíduos sólidos.
Em verdade, é graças a esse caminho que hoje a Região de Setúbal atingiu taxas de recolha e tratamento de águas residuais de mais de 90%, dando assim um dos maiores contributos para a despoluição dos estuá rios dos rios Tejo e Sado.
Na década de 90, a AMRS implementava o PROMAAS (Programa de Modernização Administrativa das Autarquias do Distrito de Setúbal) que, em três décadas e meia, formou milhares de trabalhadores das
autarquias da Região de Setúbal e con tribuiu para a modernização dos serviços municipais.
O papel decisivo que a AMRS assumiu co mo interlocutor regional, teve repercussão na colaboração que manteve com outros atores regionais em importantes batalhas da opinião pública como foram os casos da defesa das várias infraestruturas com impacto regional. O Plano Estratégico de Desenvolvimento da Península de Setu bal - PEDEPES é o maior exemplo dessa colaboração, envolvendo municípios, em presas, representantes dos trabalhadores, dos setores económicos e outros atores sociais, permitiu a construção de um dos instrumentos mais relevantes para a nossa Região.
O projeto “Setúbal-Península Digital” abre um novo eixo de trabalho da Associa ção. Todo o trabalho de comunicação digital é agora estruturado e pensado de forma intermunicipal, proporcionando um avanço tecnológico que colocou as autarquias na vanguarda dos desafios contemporâneos.
O Festival Liberdade, criado em 1994 a propósito da comemoração dos 20 anos do 25 de Abril, torna-se um espaço privilegiado de trabalho com o movimento associativo juvenil, e a sua reedição, em 2014, revelou a pertinência do espaço então criado e a sua importância para os jovens da Região.
O trabalho na área da cultura, demons
trativo do entrosamento da AMRS com as estruturas da Região, é marcado logo em 1985 com o lançamento da Revista Movi mento Cultural, reforçado pelo conjunto de iniciativas de reflexão realizadas ao longo de quase quatro décadas que ficou patente no Encontro Regional da Cultura, bem co
mo pela incorporação na AMRS do Museu de Arqueologia e Etnografia do Distrito de Setúbal, depositário de um valioso acervo arqueológico e instituição de referência na investigação arqueológica na Península Ibérica.
Aliás, a defesa do património cultural
regional pela AMRS tem múltiplos mo mentos de destaque, por exemplo com a aquisição e recuperação da Quinta de São Paulo, que colocou a salvo os Conventos de Alferrara.
O trabalho em torno dos acervos e das bibliotecas públicas municipais é também
demonstrativo da importância da AMRS. Os Encontros de Leitura Publica, que já vão na sua décima edição, bem como a sua interação com o Instituto da Biblio teca Nacional e do Livro, foram peças fundamentais para o desenvolvimento e implementação de uma rede alargada
de espaços de leitura ao serviço das po pulações.
A área da educação, como pilar estraté gico do desenvolvimento regional, teve sempre um importante papel na vida da AMRS. Os Encontros sobre a Educação e o Poder local, a publicação da Revista Educação e Ensino, a edição da Agenda do Professor, o Projeto Kid´s Guernica – Educação pela Paz, ou a Quinta Pe dagógica de São Paulo, são exemplos, entre outros, do trabalho relevante da Associação.
A sua atenção e sentido de oportunidade faz com que a Associação registasse a marca Costa Azul em seu nome com o propósito de a relançar como instrumento promocional dos recursos e potencialidades dos muni cípios. Este é também um desafio mobili zador para o presente e para os próximos tempos.
A AMRS é hoje, pelo trabalho desenvol vido e pelos caminhos abertos, uma insti tuição de referência.
Hoje, mais do que nunca, a capacidade de refletir, trabalhar e construir soluções em contextos regionais é um elemento de valorização dos territórios e de capacitação das suas comunidades.
A AMRS continuará a dar o seu contributo ativo, empenhado e insubstituível para uma região mais desenvolvida.
A Região está de Parabéns!
Construção de conduta para reforçar abastecimento de água a Pinhal Novo adjudicada por mais de 359 mil euros
Empreitada tem prazo de execução de oito meses. Permitirá interligação com o sistema elevatório de Val' Flores
Mário Rui SobralJá foi adjudicada por 359 mil e 341 euros e deverá estar concluída an tes do final de 2023, para “garantir maior disponibilidade de água pa ra reserva e distribuição nas zonas de abastecimento do Pinhal Novo”, anunciou a Câmara Municipal de Palmela. Trata-se da construção da conduta de ligação dos novos furos de captação de água de Fonte da Vaca ao reservatório local.
A empreitada tem “um prazo de execução de 240 dias” e “visa reforçar, a partir dos novos furos, a adução aos reservatórios e ETA de Fonte da Vaca”, tendo em vista maior capacidade de reserva e for necimento de água às zonas servi das por este subsistema, salienta a autarquia.
De acordo com a edilidade, a re ferida ETA/Reservatóro - localizada nas imediações de “três novos furos de Fonte da Vaca (PS2, PS8 e PS9) - vai “também ficar interligada ao sistema elevatório de Val' Flores, partilhando com o reservatório ele vado da Cascalheira a água captada nos referidos furos”. Para “garantir a qualidade do serviço”, o referido sistema “será integrado na tele gestão para supervisão e melhor controlo em tempo real das infra -estruturas, níveis de reservatórios e caudais”.
Ao mesmo tempo, a interven ção permitirá ainda “a redundân cia entre os subsistemas de Fonte da Vaca e Pinhal Novo e fontes de captação alternativas”. Isto para que, “no caso de falha de alguma
das captações existentes (PS6 de Fonte da Vaca, F1 e F3 de Vila Se rena)”, haja “também uma maior disponibilidade do caudal distribuí do”, explica o município, que realça o cariz da empreitada. “Trata-se de uma importante intervenção para a melhoria da qualidade do serviço de abastecimento público de água, a par de outras que estão em curso ou já programadas, para o reforço
do sistema de abastecimento de água a Pinhal Novo.”
A empreitada “contribui igual mente para a prossecução dos Objectivos de Desenvolvimento Sustentável da Agenda 2030 das Nações Unidas, nomeadamente, os objectivos 6 (Água Potável e Saneamento) e 11 (Cidades e Co munidades Sustentáveis)”, frisa o município, a concluir.
Pinhal das Formas Pavimentação lançada a concurso
À margem do investimento na melhoria do abastecimento de água para Pinhal Novo, a Câmara Municipal anunciou que já abriu um concurso público para “a pavimentação do acesso entre a Estrada Municipal [EM] 510 e a Urbanização da Quinta, em Pinhal das Formas”. O concurso foi lançado pelo preço-base de 199 mil e 810 euros. A empreitada
a realizar vai abranger, segundo a autarquia, “uma extensão de 1 200 metros quadrados” e inclui “trabalhos de pavimentação com massas betuminosas, camadas de base de apoio estrutural, valetas em terra batida e a execução de sinalização vertical e horizontal”. A EM 510 é “uma via de âmbito local que serve um conjunto de habitações”.
BREVES
O Centro Cultural de Poceirão vai acolher, no próximo dia 30, o espectáculo “Conservando Memória”, do El Patio Teatro, que marca o encerramento da programação local do “Manobras – Festival Internacional de Marionetas e Formas Animadas”. Esta é a quinta criação que o “Manobras”, promovido pela Artemrede, apresenta no
concelho de Palmela, depois de terem estado em cena “'Qubim' (Portais da Arrábida), 'Bom Anfitrião' (Cine-Teatro S. João), 'Aprometido' (Centro Cultural de Poceirão) e 'Sapatos Novos' (Auditório Municipal de Pinhal Novo – Rui Guerreiro)”, lembra a Câmara de Palmela. Os bilhetes custam 1€ e a lotação é de 80 lugares.
Já estão a decorrer os trabalhos de requalificação paisagística da rotunda na Avenida Dr. Matos Fortuna, perto do cruzamento entre as urbanizações Colinas da Arrábida e Palmela Village, em Quinta do Anjo. A operação, revelou ontem a Câmara Municipal de Palmela, arrancou na passada quarta-feira, 19, e representa um investimento de
“8.568€ + IVA”. A empreitada engloba “nivelamento do solo, substituição do coberto vegetal (com excepção das quatro oliveiras) e aplicação de filas alternativas de seixo branco e tijolo rolado num padrão ondulante”, explica a autarquia. O espaço vai ter “relva natural resistente” e um novo “sistema de rega”.
Mais 10 mil euros foi o valor que a Câmara Municipal de Palmela decidiu por unanimidade, na última quarta-feira, 19, atribuir à Associação da Festa das Vindimas, como apoio financeiro suplementar. “Este apoio surge na sequência da reunião realizada entre as duas entidades, onde a associação expressou preocupação com a incapacidade para cumprir
com todos os compromissos anteriormente assumidos, com base em expectativas de obtenção de apoios/patrocínios que não vieram a concretizarse”, explicou a autarquia. A festa esteve de regresso, entre 1 e 6 de Setembro último, após dois anos de interregno devido ao contexto pandémico. Esta foi a 59.ª edição do certame.
POCEIRÃO Festival de marionetas apresenta El Patio Teatro no centro cultural QUINTA DO ANJO Requalificação paisagística em curso na rotunda da Avenida Matos Fortuna
PALMELA Associação da Festa das Vindimas recebe apoio extra de 10 mil euros
Candidaturas abertas para espaços de venda na Feira Anual de Palmela
As candidaturas para a atribuição de espaços de venda na Feira Anual de Palmela estão abertas até 6 do próximo mês. A feira realiza-se a 8 de Dezembro e os interessados devem “preencher e submeter o formulário disponível para o efeito no site 'Palmela
HANON PRETENDE REDUZIR TRABALHADORESMunicípio', podendo o Serviço de Atendimento Municipal prestar apoio à submissão de candidatura, em atendimento presencial ou telefónico”, revelou a autarquia. A edilidade avança ainda que “o sorteio para atribuição de espaços decorrerá dia 8 de Novembro,
às 10 horas, na Biblioteca Municipal de Palmela”. Serão atribuídos lugares para “comércio de vestuário, malas, calçado, bijuterias, produtos artesanais (alimentares e não alimentares), louças, quinquilharia, restauração e bebidas”, entre outros.
Funcionários em sobressalto e sindicatos a falarem de intimidação e repressão
Mutinacional coreana quer que “a cada dois postos de trabalho passe a corresponder apenas um”, afirma Luís Leitão
Rui SobralApesar da abertura de uma nova li nha de montagem, a Hanon Systems Portugal – unidade fabril instalada em Palmela, que se dedica à produção de componentes para veículos au tomóveis – está a gerar “um clima de intimidação e repressão sobre os trabalhadores”. Quem o diz é Luís Leitão, da União dos Sindicatos de Setúbal.
Tal como O SETUBALENSE avan çou na edição de ontem, a multinacio nal coreana surpreendeu, na passada quinta-feira, os trabalhadores com um comunicado interno a determinar a revisão de todos os contratos para “possível rescisão ou renegociação”, tendo em vista uma contenção de custos para garantir “a viabilidade da empresa a curto e médio prazo”.
AUTOEUROPA
Luís Leitão vai mais longe e afirma que “algumas chefias já transmitiram que a cada dois postos de trabalho é para passar agora a corresponder apenas um”. O que significa uma redução de 50% do total de traba lhadores que possa vir a ser afecta do com a medida. E as mudanças, afirma, começam a fazer-se sentir. “Estão a mudar trabalhadores de uns para outros postos de traba lho. Os que auferem mais salário, os mais antigos, são os que estão a ser mudados para outros postos –aumentando a cadência e os ritmos de trabalho, mais árduo – dentro da própria empresa”, indica. “Normal
mente, o que pretendem com isto é lançar o pânico, para depois, debaixo desse pânico, fazerem rescisões de contratos”, sublinha o responsável sindical, como já havia alertado em declarações anteriores a O SETUBA LENSE.
Também Manuel Fernandes, da central sindical UGT, considera “preo cupante” a situação. O dirigente da estrutura sindicalista diz estar ao corrente da informação interna da empresa e observa: “No comunicado é manifesta a intenção de reduzir pes soal. O que não se diz é qual o número de trabalhadores e se pertencem aos quadros ou não”, aponta.
Medidas em comunicado
No documento interno – a que O SE TUBALENSE teve acesso – a Hanon alega a necessidade de contenção de custos para garantir “a viabilidade da empresa a curto e médio prazo”, face à actual conjuntura económica global, afectada pelos aumentos dos “preços da energia (particularmen te na Europa) como resultado do conflito em curso na Ucrânia”, e das “matérias-primas”, bem como pelas “restrições contínuas de fornecimen to de semicondutores”, que obrigam as empresas “a diminuir as previsões de produção para 2023”.
A multinacional coreana dá ainda a
conhecer a aplicação de várias outras medidas de forma a eliminar “todos os gastos não essenciais”. Entre es sas medidas encontra-se também a decisão de “congelar todas as contra tações”, o que inclui a suspensão de “todos os esforços de recrutamento” e a “remoção de quaisquer anúncios de emprego”. Mais: o departamento de recursos humanos é instruído “a re tirar qualquer oferta feita a candidatos que ainda não as tenham aceitado”. Porém, as ofertas aceites “serão hon radas”. Além disso, “não haverá preen chimento de [vagas que advenham de] quaisquer rescisões voluntárias”.
O SETUBALENSE contactou na última sexta-feira o presidente da Câmara Municipal de Palmela, Álvaro Balseiro Amaro, que disse desconhe cer a existência de qualquer processo de despedimento colectivo em cur so. O SETUBALENSE tentou, logo na passada sexta-feira, obter também esclarecimentos da empresa, mas só ontem conseguiu chegar ao contacto telefónico com a multinacional co reana, através de um funcionário que apenas cedeu um contacto de e-mail para a colocação de questões. Até ao fecho desta edição, a empresa ainda não tinha respondido aos esclareci mentos solicitados.
Trabalhadores exigem aumento extraordinário de 5% já em Dezembro
Além disso pretendem também uma actualização salarial de 2% a partir de Janeiro, com retroactivos a Julho
A Comissão de Trabalhadores (CT) da Autoeuropa exige um aumento extraordinário de 5% em Dezem bro, com retroactivos desde Julho. Na proposta apresentada na passada sexta-feira à administração da fábrica de Palmela é ainda reclamada uma
actualização salarial de mais 2% a partir de Janeiro de 2023.
As reivindicações propostas vão assim permitir recuperar o poder de compra perdido devido à elevada taxa de inflação deste ano, alega a comissão de trabalhadores.
“Consideramos que se trata de uma proposta justa para dar resposta àqui lo que foi o contexto da negociação, e que na realidade veio a verificar-se, no que diz respeito à subida da inflação”, disse Rogério Nogueira, coordenador da CT da Autoeuropa, à agência Lusa.
De acordo com o representante dos trabalhadores da fábrica de au
tomóveis da Volkswagen, a empresa “tem todas as condições para fazer um aumento salarial extraordinário, pois o volume de produção [em 2022] vai certamente ser muito acima do que estava inicialmente previsto”. E esse feito, sublinha Rogério Nogueira, “de ve-se aos trabalhadores”, os quais, de fende, “merecem ser compensados”.
Além de um aumento extraordiná rio de 5% já em Dezembro, na propos ta oficialmente entregue à adminis tração da empresa está ainda vertida a reivindicação de uma “actualização salarial de mais 2% a partir de Janei ro de 2023, tal como está previsto
no Acordo Empresa (AE)”, informou a CT em comunicado dirigido aos funcionários da empresa. Mais: a ac tualização salarial defendida para o início do próximo ano deverá ainda, no entender da CT da Autoeuropa, de ser acrescida da taxa de inflação deste ano, descontando os 5% do aumento extraordinário pretendido já para De zembro próximo.
No mesmo comunicado, a CT ga rante que “continua empenhada e determinada a atingir este objectivo” e que conta “com o apoio de todos os trabalhadores para o fazer”.
“Entendemos, e já comunicámos
por diversas vezes à empresa, que, face ao volume de produção previs to para este ano, a Autoeuropa tem todas as condições para aplicar um aumento salarial extraordinário”, lê -se no documento.
A CT da Autoeuropa adianta que a administração da fábrica de Palmela comprometeu-se a apresentar, du rante esta semana, uma proposta aos trabalhadores. Para os trabalhadores se pronunciarem sobre essa propos ta, a CT tem já prevista a realização de vários plenários, em data a anunciar, no período compreendido entre 7 e 13 de Novembro. O Setubalense/Lusa
Palmela
PROJECTO Palmela já integra rede de bibliotecas da UNESCO
A Biblioteca de Palmela já integra a Rede das Bibliotecas Públicas da Comissão Nacional da UNESCO, depois de uma candidatura bem sucedida do recém-criado pro jecto municipal “Conversas Sem Margens”, que foi reconhecido no passado dia 17.
SEXTA EDIÇÃO
Mostra Internacional “Cão Amarelo” traz cinema alternativo ao Pinhal Novo
Programação para os dias 4, 5 e 6 de Novembro inclui curtas-metragens, exposições e oficinas
Inês Antunes Malta
Curtas-metragens, conferências, ex posições, ateliers e concertos em di ferentes locais da freguesia de Pinhal Novo compõem o programa da sexta edição da Mostra Internacional de Ci nema Alternativo “Cão Amarelo”, que vai decorrer de 4 a 6 de Novembro.
O cartaz foi dado a conhecer, no passado dia 17, na Adega ASL Tomé, no Pinhal Novo.
“Esta mostra existe com o objec tivo de partilhar o cinema alternati vo não só português mas também internacional com a comunidade.
A 5 de Novembro será o dia mais forte, assinala-se o Dia Mundial do Cinema e também por esse moti vo apontámos a realização do ‘Cão Amarelo’ para esse fim-de-semana”, começou por dizer Daniel Fulgêncio Silva, director da mostra, a par de Joana Dias, ambos parte integran te da Associação Juvenil Odisseia, entidade dinamizadora do festival.
“Vão ser três dias de grande eufo ria. A última edição que realizámos foi em 2018, depois seria em 2020
mas devido à pandemia não acon teceu e por isso agora fizemos todo um trabalho de reavivar contactos e ligações”, acrescentou.
O evento, que tem como objectivo apresentar o cinema alternativo rea lizado em diversos países europeus e até mesmo fora da Europa, conta este ano com participações provenientes da Croácia, Espanha, França, Hungria, Irlanda, Angola e Portugal e exibições divididas entre o Auditório Municipal de Pinhal Novo Rui Guerreiro e a Ade ga ASL Tomé.
Foram, neste sentido, contacta das 25 escolas nacionais, cerca de
250 internacionais, 35 cineclubes e 50 realizadores independentes e a mostra conta com um total de 10 parceiros directos. “Estamos a preparar oficinas ligadas ao cinema com Matilde Calado, realizadora e produtora da vila, e Jasminka Bijelie Ljubie, uma convidada croata que vem dinamizar oficinas e acompa nhar as escolas primárias. No dia 4, de manhã, tencionamos que as sessões aconteçam para as crianças, uma vez que o festival só abre à noi te, e depois se repitam no domingo de manhã, com o objectivo de tentar integrar todos”, partilharam.
João Espalha “Este é um projecto único no nosso território”
Presente no momento da apresentação esteve João Pedro Espalha, em representação da Junta de Freguesia de Pinhal Novo, que manifestou “uma palavra de incentivo e apreço à mostra. Conheço o projecto por dentro, um projecto único que temos no nosso território”, e a disponibilidade da Junta para “promover, divulgar e apoiar o ‘Cão Amarelo”, considerando que tal deve ser feito “tanto no Pinhal Novo como além-
fronteiras, que é isso que estão a fazer nesta edição e muito bem”.
O tesoureiro do executivo aproveitou ainda o momento para agradecer à ASL Tomé “por acolher a apresentação da mostra. Temos muitos lugares de cultura no Pinhal Novo mas este nos últimos tempos tem sido um grande lugar de cultura, tem sido das casas que mais tem acolhido eventos culturais, principalmente iniciativas da Associação Juvenil Odisseia”.
Juntar jovens ao projecto
Para além da criação da mascote do Cão Amarelo em 3D, da autoria dos artistas locais João Palmela e Kim Prisu, que assinou todos os cartazes da mostra até ao momento, entre as novidades deste ano está ainda a participação de quatro voluntários.
“Para além da equipa da Odisseia, tentámos chamar mais jovens para se juntarem ao projecto, para que este se concretize em colaboração com os jovens locais”, explicou Joana Dias, para depois adiantar que “não querendo roubar o foco ao cinema, teremos depois das sessões outras actividades, como stand-up e mo mentos musicais. A Adega é uma casa ligada à cultura e pensámos que fazia sentido. Depois de ver cinema, vamos rir e estar todos juntos, que no fundo é o objectivo da mostra”.
Na Adega ASL Tomé está também patente, desde o passado dia 17, uma exposição desenvolvida pelos alunos de artes da Escola Secundária de Pi nhal Novo, “resultante de um desafio que lançámos à turma, só lhes demos ‘cinema’ e ‘Cão Amarelo’ como pistas e a partir daí eles criaram”. Por seu turno, a sede da Odisseia recebeu um mural alusivo à mostra, também pintado por Kim Prisu e pelos jovens da associação.
Criada em 1999, a Odisseia realiza desde 2000 intercâmbios culturais promovendo diversas actividades de desenvolvimento pessoal.
O “Conversas Sem Margens” foi iniciado este ano e incide na “apresentação pública de livros”, onde se abordam “assuntos pouco presentes nos órgãos de Comuni cação Social e noutros locais, ou neles tratados de forma estereoti pada”, faz notar a autarquia. “Estas apresentações, além dos autores, contam com a participação de aca démicos, investigadores e activis tas”, adianta o município sobre o projecto, cuja primeira sessão foi realizada a 8 de Julho último, com “o racismo e o anti-racismo” como temas centrais.
O ADN do projecto acaba assim por entroncar nos princípios de fendidos pela UNESCO, conforme deixa implícito a autarquia. “À luz do Manifesto da UNESCO, as bi bliotecas públicas constituem-se como instrumento de transfor mação social, na medida em que disponibilizam e divulgam conteú dos informativos, que permitem a construção de um conhecimento fundamentado e autónomo que possibilita a qualquer cidadão 'exercer os seus direitos demo cráticos e ter um papel activo na sociedade'”.
Neste âmbito, reforça a edi lidade, as bibliotecas públicas assumem-se como “importantes agentes de formação de cidadãos informados e activos e, por isso, mais capazes de intervir na reali dade social de uma forma funda mentada e assertiva”.
A terceira e última sessão deste ano do “Conversas Sem Margens” realiza-se no próximo dia 25, su bordinada ao tema “Utopias – um outro mundo é possível?”, na qual será apresentado o livro “Transfor mar a Realidade – A Prática da Uto pia Concreta no Porto e Pirenéus”.
Igualdade é desenhada este sábado na entrada do Mercado de Miratejo
QUINTA DO ANJO
Festa de Todos os Santos está de regresso ao molde tradicional
Uma das festividades mais antigas do concelho volta após a pandemia e vai realizar-se entre 29 de Outubro e 1 de Novembro
A Associação de Festas de Quinta do Anjo promove, de 29 de Outubro a 1 de Novembro, a 266.ª edição da Fes ta de Todos os Santos, em Quinta do Anjo. Esta festividade, que retoma este ano o molde tradicional, após a pandemia, evoca a promessa de pro tecção a Nossa Senhora da Redenção, aquando do terramoto de 1755, sen do uma das mais antigas do concelho, com actividade continuada.
O programa deste evento está pre visto decorrer nas instalações da SIM
e no Largo do Ovil, contando com a participação de grupos e artistas locais, o lançamento de um livro, a habitual exposição genealógica, lar gadas e cavalhadas. A programação é completada co as tradições e his tória local, bem como os tradicionais momentos religiosos (procissões e romaria).
O Município de Palmela assume-se como parceiro na concretização do evento, apoiando financeiramente a sua realização com 4.000€ e 2.500 em apoios logísticos.
Foi no ano de 1756 que pela primei ra vez se promoveu a Festa de Todos os Santos, ou em maior rigor, a Festa em honra da Nossa Senhora da Re denção, em dia de Todos os Santos, no 1º de Novembro. A comemoração religiosa e festiva decorreu junto à ca pela da "Quinta do Anjo", acolhendo todos os montanhões que viviam nos montes e cabeços dispersos pelas
abas da Serra do Louro.
Na altura a aldeia ainda não estava formada, nem havia sequer o concei to de quintajense, mas em momentos de aflição, no grande terramoto de 1755 que arrasou Lisboa, todos os montanhões (denominação dos ha
bitantes) uniram-se implorando por protecção face ao evento desastroso que ocorria. De acordo com os mora dores “Nossa Senhora da Redenção não permitiu que nada de mal acon tecesse” a este povo, e dessa data em diante, fruto de uma promessa
colectiva, todos os anos se realiza uma procissão em honra da nossa santa padroeira.
À medida que os anos passaram, as famílias foram crescendo e fixando-se noutras zonas que não a serra, exis tindo os Bacelos, a Aldeia e a Vinha da Bicha. Com o tempo foi-se formando uma povoação com uma identidade muito própria, surgindo dessa forma a aldeia propriamente dita, no senti do que actualmente assume. Aquan do da construção da Igreja no coração da aldeia em 31 de Outubro de 1909, a festa deixou de se realizar na quinta para se realizar ali.
A tradição manteve-se, a devoção à padroeira também e volvidos dois séculos e meio, os mais velhos depo sitam nos mais jovens o orgulho e a responsabilidade. A responsabilidade de não deixar desfalecer esta tradição há tanto enraizada nas páginas da his tória da Quinta do Anjo.
Teatro 'O Bando' estreia 'Tabu' em Portugal
Co-produção internacional vai estar em cena em Vale dos Barris a partir desta quinta-feira
Mário Rui SobralÉ já depois de amanhã, quinta-feira, que o Teatro “O Bando” vai apresen tar pela primeira vez em Portugal o espectáculo “Tabu”. A apresentação está agendada para as 21 horas e vai ter lugar em Vale dos Barris, concelho de Palmela, onde a companhia reside.
"Tabu" é uma “co-produção inter nacional, com a companhia Dschun gel Wien, no âmbito do projecto eu ropeu Connect Up”, que foi estreada no passado dia 22 de Setembro em Viena de Áustria. Com esta criação, o Teatro “O Bando” esteve em cena na capital austríaca até 27 de Setembro. O espectáculo chega agora a solo lu so e vai poder ser apreciado, em Va le dos Barris, até 20 de Novembro, com sessões de quinta-feira a sábado, sempre pelas 21 horas, e aos domin gos, pelas 17 horas.
De acordo com “O Bando”, o texto
do espectáculo resultou de “palavras e imagens recolhidas junto de alunos de escolas de Palmela e de membros do Movimento Zebra – projecto de formação teatral criado em 2019 por residentes de Setúbal, de várias na cionalidades”. A companhia explica como foi o processo que levou à fixa ção do texto, com base em palavras e imagens obtidas junto de alunos de Palmela e de residentes setubalenses que dão corpo ao Movimento Zebra.
“Falou-se sobre o que é e não é proibido, sobre o que é e não é segre do, sobre o que se pode ou não dizer. A partir de improvisações teatrais e de exercícios de escrita e desenho criativo, essas palavras e imagens
foram guardadas numa caixa selada, de onde nasceram as ideias e sensa ções que habitam o imaginário deste Tabu”, revela “O Bando”.
Com direcção artística de Juliana Pinho e coreografia de Corinne Eckes tein, o espectáculo apresenta como intérpretes Elif Bilici, Nérika Amaral, Rafael Barreto e Maria Taborda, que também assina a música da ence nação. “Em palco, quatro estranhos são desafiados a encontrar uma noz. Para isso terão de lidar com os seus limites pessoais, mergulhar numa cai xa repleta de segredos e conseguir dialogar em diversas línguas”, resu me a companhia de Palmela sobre o espectáculo, que tem Rui Francisco como responsável pela cenografia, Catarina Fernandes pelos figurinos e Amarílis Anchieta e Susana Mateus pela dramaturgia.
Além das apresentações até 20 de Novembro, “Tabu” proporciona outros momentos. “Haverá jantar antes do espectáculo e aos sábados haverá conversa com o público de pois da sessão”, lembra ainda o Teatro “O Bando”.
Os interessados podem reservar ingressos através de bilheteira@ obando.pt ou do contacto telefóni co 910306101.
PALMELA Concelho comemora 96 anos de restauração
locais do concelho (ver programa).
A Câmara Municipal de Palmela e o movimento associativo local vão assinalar, ao longo do dia 1 de No vembro, a passagem dos 96 anos da restauração do concelho.
“Uma caminhada desportiva, street basket e skate, a homenagem aos restauradores do concelho e aos mortos na I Grande Guerra, um peddy paper para famílias, a par de uma exposição de artes plásticas e concertos, são algumas das activi dades que compõem o programa comemorativo deste ano”, anun ciou a autarquia.
As comemorações arrancam lo go pela manhã com a caminhada desportiva “Do Moinho ao Posto de Vigia” e encerram, à noite, com um concerto nas instalações da So ciedade de Instrução Musical (SIM), em Quinta do Anjo. De permeio ha ver várias actividades em diversos
O município de Palmela recu perou a independência em 1 de Novembro de 1926, face à “inten sa pressão exercida por parte da comunidade local junto do poder central e concelhio de Setúbal”, lembra a autarquia palmelense. A autonomia administrativa foi per dida em 1855, quando o município de Palmela passou a ser integrado no de Setúbal “por ter sido consi derado de fraca importância eco nómica” e por apresentar então “baixo índice populacional”. Mas viria a ser recuperada, em 1926, pela Comissão Pró-Concelho de Palmela, composta por Joaquim José de Carvalho, Manuel Machado de Oliveira, Vítor Leão Pacheco, Pe dro Augusto da Fonseca, Agostinho Augusto Pereira e o Padre Moisés da Silva.
“Nessa altura, Joaquim José de Carvalho assumiu as funções de presidente da Comissão Adminis trativa da Câmara Municipal de Pal mela e marcou uma nova etapa na história da vila e de todo o território governado a partir de Palmela com a criação das freguesias de Pinhal Novo e Quinta do Anjo, em Feve reiro de 1928”, recorda o município, a finalizar.
Você sabia?
Você sabia? ... que a Funerária Armindo está disponível todos os dias do ano, a quaquer hora, para o apoiar em caso de emergência funerária?
.. que um funeral de cremação, considerando todos os custos envolvidos, é tipicamente mais barato que o funeral para sepultura?
CARTÓRIO NOTARIAL DE SETÚBAL SANDRA BOLHÃO
EXTRACTO
---- Eu, SANDRA
TELES BOLHÃO,
com Cartório em Setúbal, na Avenida
número 19-B,
, para efeitos de publicação, que por Escritura de Justificação lavrada neste Cartório no dia vinte e um de Outubro de dois mil e vinte e dois, a folhas sessenta e oito e seguintes do Livro cento e noventa e sete - A, LUIS CORREIA DIAS, casado com Maria Adelaide Canana Marques Pulquério Dias sob o regime da comunhão de adquiridos, residente em 6 Grande Rue, 70100 Nantilly, França, MARIA PURA MARTINS DIAS, solteira, maior, residente em Lavo di Pietra, 20129 Bastelicaccia, Corsega, França, e HERMÍNIA DE MARTINS DIAS, casada com Francis Negri sob o regime da comunhão de adquiridos, residente em Ayant Piana, 20167 Alata, Córsega, França, DECLARARAM, que com exclusão de outrem, são donos e legítimos possuidores, em comum e partes iguais, do PRÉDIO URBANO, com a área total de seiscentos e quarenta e oito virgula trinta e três metros quadrados, composto por edifício de rés-do-chão para habitação com a área coberta de setenta e nove virgula dezoito metros quadrados e logradouro de quinhentos e sessenta e nove virgula quinze metros quadrados, a confrontar a norte com José Joaquim Espadinha, a sul com Herdeiros de Adelino da Silva e Albertino da Costa Santos, a nascente com António Pio e outros e a poente com Rua Pedro Alvares Cabral, sito na Rua Pedro Alvares Cabral, Venda do Alcaide, freguesia de Pinhal Novo, concelho de Palmela, não descrito na Conservatória do Registo Predial de Palmela, inscrito na matriz predial urbana sob o artigo 11482, da freguesia de Pinhal Novo.-------------------------------------------- Que, os primeiros outorgantes, compraram, ainda no anterior estado de solteiros, de forma meramente verbal, em comum e partes iguais e no decurso do ano de mil, novecentos e oitenta e dois, por compra, a Gertrudes Caeiro dos Santos e marido José Joaquim Espadinha, casados no regime da comunhão geral, a totalidade do prédio urbano ora usucapido.-----------------------------------------------------------------------------------------------------------
- Que desde a referida data entraram na composse do prédio, nele residindo de forma intermitente, recebendo familiares e amigos e tomando as suas refeições. Que acordaram formalizar a aquisição assim que fossem obtidos todos os documentos necessários para o efeito, porém, perderam o contato com os vendedores, tendo tido conhecimento do seu falecimento por terceiros, desconhecendo, porém, a identidade ou paradeiro dos respetivos herdeiros.------ Que não dispõem de titulo que permita comprovar a aquisição que do prédio já fizeram, invocando a aquisição por usucapião para todos os efeitos legais. --Que, atendendo a que a duração da sua posse, há mais de vinte anos, se tem mantido continuadamente e de forma ininterrupta, já adquiriram a totalidade do dito prédio, por USUCAPIÃO, invocando, por isso, esta forma originária de aquisição, para todos os efeitos legais. -----------------------ESTÁ CONFORME. --------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------------Setúbal, aos vinte e um de Outubro de dois mil e vinte e dois. Reg. sob o n.º 314
CARTÓRIO NOTARIAL DE SETÚBAL
a confrontar a norte com Manuel António Aldeias, a sul com Rua da Liberdade, a nascente com Hortense Aldeias e a poente com Caminho particular, sito na Rua da Liberdade, sem número, Piçarras, freguesia e concelho de Vendas Novas, não descrito na Conservatória do Registo Predial de Vendas Novas, inscrito na matriz predial urbana sob o artigo 10725, da freguesia de Vendas Novas.---- Que, o prédio ora usucapido chegou à posse dos justificantes, já no estado de casados, no final da década de sessenta, por lhes ter sido doado por Francisco da Rosa e mulher Josefa Maria, pais do justificante marido. ------------------------------------------------------------------------------------------------ Que, em virtude da confiança existente entre doadores e donatários, própria da relação familiar entre eles, a referida doação, revestiu forma meramente verbal, sendo certo, que logo nessa data, os justificantes entraram na posse imediata e exclusiva do mencionado imóvel, demarcando-o. ------------------
- Que, durante todos estes anos nunca formalizaram a doação ocorrida, tendo, após a ocorrência do óbito dos pais do justificante marido, tentado localizar a existência jurídica do prédio, tendo verificado que o mesmo não se encontrava descrito na respetiva Conservatória do Registo Predial, nem tão pouco participado na respetiva matriz predial urbana, a qual só agora fizeram, como ato prévio à outorga do presente título. ------------------------------
- Face a tais evidências, ao falecimento de ambos os doadores e atendendo à posse entretanto exercida sobre o prédio, não resta outra possibilidade aos justificantes senão o recurso à usucapião, que invocam para todos os legais efeitos.--------------------------------------------------------------------------------- Que atendendo a que a duração da sua posse, há mais de vinte anos, se tem mantido continuamente e de forma ininterrupta, já adquiriram o referido direito, por USUCAPIÃO, invocando, por isso, esta forma originária de aquisição, para todos os efeitos legais. ----------------------------------------------ESTÁ CONFORME.
Setúbal, aos vinte e um de Outubro de dois mil e vinte e dois.
Opinião
Um pisco no meu quintal
Durante dois ou três dias da semana passada, andou um pisco no meu quintal. Mais precisamente, um pisco-de-asa-branca, também co nhecido por taralhão. Antigamente, vinham aos milhares. Assim como piscos-de-papo-amarelo e outras espécies migratórias. De ano para ano, cada vez têm vindo menos. Por isso, senti um misto de nostalgia e apreensão ao ver a avezinha, tão co mum nesta época do ano, nos meus tempos de infância, no Zambujal de Sesimbra.
Era o tempo em que as estações do ano estavam bem demarcadas. No princípio deste mês começava a escola, o tempo a arrefecer e as primeiras chuvas. Era sempre as sim. Agora, como sabemos, não é. Chove repentina e torrencialmente, ou está semanas ou meses sem cair uma pinga de água. Portanto, são as preocupantes alterações climáticas.
E daí, a passarada de arribação já quase não vir, e outros fenómenos cíclicos da Natureza que se vão quebrando.
São os efeitos da poluição. E o que é que se faz para evitá-la? Zero! Me lhor, agrava-se.
E somos “forçados” a falar da guer ra. Desta maldita guerra que já tanto mal provocou e que poderá provocar bem mais.
São gasodutos, oleodutos, pontes que se rebentam, e até centrais nucleares em perigo de o serem, e depois, como diz o Fausto, a guerra é a guerra, reta liações e mais retaliações. É uma perigosíssima espiral alimentada por protagonistas exteriores com mais armas e cada vez mais sofis ticadas. Até onde poderá chegar? Nunca se falou e temeu tanto esse pesadelo que é o nuclear. Até ago ra, como se sabe, apenas usado duas vezes por um dos dois prin
OPINIÃO
cipais protagonistas.
Portanto, a guerra, para além da morte e destruição, provoca também mais poluição e agrava a alteração do clima com as consequências já refe ridas e outras.
Não queria voltar a maçar os caros leitores com as suas origens, mas, perante a avalanche tendenciosa da comunicação social dominante que aponta o dedo apenas num sentido, voltar a lembrar que os acordos de Minsk sobre a desde há muito mas sacrada região do Dombasse que não foram cumpridos e, como diz o Papa Francisco, a NATO a ladrar às portas da Rússia e, presentemente, em vez de conversações, os interesses do complexo militar industrial dos EUA, falam mais alto. E a União Europeia e o Reino Unido, deixam-se arrastar, alimentando o conflito e prejudican do os povos.
É fundamental um compromisso. Não são questões ideológicas que
estão em causa. Dos dois lados, é o capitalismo que impera. Nos EUA, na Ucrânia, na Rússia, são os oligarcas que ditam as leis. E os primeiros, há muito que almejam a hegemonia global. Aí estão as guer ras da Jugoslávia, do Afeganistão, do Iraque, da Síria, da Líbia, e esta, a prová-lo.
Claro que lamentamos todas as vítimas. Mas quando os vemos também a fazê-lo pelo povo ucra niano, quando os seus aliados, Is rael e Arábia Saudita, massacram o povo palestiniano e o iemenita, respetivamente, e quando no Ira que, só devido às sanções impos tas, calcula-se que tenham morri do 500 mil crianças, não será uma imensa hipocrisia?
Seixal
FÓRUM
CULTURAL
Igualdade é desenhada este sábado na entrada do Mercado de Miratejo
Entre as 15h00 e as 17h00 muitos vão participar na actividade Pintura para a Igualdade, inspirada na questão da igualdade de género
Assim, no sábado, entre as 15h00 e as 17h00, muitos vão participar nesta actividade, inspirada na questão da igualdade de género, em linha com o mote lançado pela Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género, que se materializará na “criação de um desenho e respectiva pintura na parede do cais de cargas e descargas da entrada do Mercado Municipal de Miratejo”, dá a saber a autarquia.
iniciativa, assim como jovens associa dos aos projectos Tutores de Bairro, da Quinta da Princesa. Do mesmo modo, marcam presença o Estás na Mir@, promovido pela Associação de Pais e Encarregados de Educação da Escola Básica José Afonso, de Mi ratejo, a Associação Raízes de Santa Marta, do bairro de Santa Marta de Corroios e da comunidade residente em Miratejo.
O Dia Mundial para a Igualdade co memorou-se ontem, mas é no sába do, 29 de Outubro, que o Seixal vai assinalar esta data promovida desde 2010 pela Comissão para a Cidadania e Igualdade de Género, com a inten ção de mobilizar e sensibilizar a socie dade portuguesa para a importância da igualdade de oportunidades.
A iniciativa no Seixal designada por Pintura para a Igualdade, decorre da parceria entre a Câmara Municipal com o Movimento Democrático de Mulheres, a Rato – Associação para a Divulgação Cultural e Científica e a Junta de Freguesia de Corroios.
Associações aderem à iniciativa O artista plástico Libeka, que reside na Quinta da Princesa, concelho do Seixal, é um dos participantes nesta
“A luta pelos direitos das mulheres, ao longo de gerações, tem sido fulcral para a desconstrução dos preconcei tos de género e para a assunção da mulher enquanto pilar fundamental para o desenvolvimento da socieda de actual”, refere a Câmara Municipal através do seu site.
“Passados tantos anos de luta pelo direito à igualdade, o exercício dos di reitos entre homens e mulheres ainda não é igual e os relatos de preconcei tos exercidos sobre as mulheres são constantes. Em contrapartida, a mu lher começa a aparecer em contex tos anteriormente considerados de domínio exclusivamente masculino”, acrescenta no mesmo texto.
Teatro das Beiras
leva
à cena espectáculo ancorado no contraste dos opostos
A peça “Corpsing”, interpretada pela Companhia de Teatro das Beiras, vai estar em palco no Auditório Municipal do Fórum Cultural do Seixal na próxi ma sexta-feira e sábado, às 21h30. É um espectáculo construído a partir de um conjunto de peças, feito a pensar num público maior de 12 anos, basea do na obra literária de Peter Barnes (1931-2004).
Dramaturgo e guionista, é conhe cido por apresentar uma escrita es pecialmente caracterizada por um estilo satírico e antinaturalista. Tido como admirador de Frank Wedekind, Ben Jonson e Georges Feydeau, o bri tânico Peter Barnes construiu uma escrita original, influenciada pelo tea tro isabelino, farsas medievais, drama expressionista alemão e ainda pela commedia dell'arte.
Referindo-se a este espectáculo de teatro como “pautado pela origi
nalidade”, o presidente da Câmara do Seixal, Paulo Silva, comenta que o mesmo se baseia na obra literária de um “escritor imaginativo e pouco ortodoxo. Por isso, trata-se de mais uma aposta ganha em prol da cultura no concelho, ou seja, conseguir mos trar ao público em geral trabalhos ar tísticos absolutamente inovadores e diferenciados”.
Com original de 1996, “Corpsing” é o nome genérico do espectáculo que inclui um conjunto de quatro curtas peças num acto: “O Humor Ajuda”, “À Espera de Um Autocar ro”, “Exercícios de Representação” e “Últimas Cenas”. Consiste assim, “num jogo metateatral ancorado no contraste dos opostos que simul taneamente combinam o absur damente trágico e o tragicamente absurdo”, interpreta a autarquia em nota de Imprensa.
Os bilhetes podem ser adquiridos na Ticketline e nos locais habituais, no balcão de informações da Biblioteca Municipal do Seixal, de terça a sexta -feira, das 10h00 às 19h00, e aos sá bados das 14h30 às 19h30. Podem ainda ser comprados na bilheteira do Auditório Municipal, que abre hora e meia antes de qualquer espectáculo e encerra quinze minutos após o seu o início.
A peça tem por base um texto de Peter Barnes, é para maiores de 12 anos, e vai estar em palco na próxima sexta-feira e sábadoCAMPANHA A iniciativa resulta da parceria entre a Câmara Municipal, Junta de Freguesia de Corroios e várias associações A peça “Corpsing” é baseada na obra literária de Peter Barnes
Requalificação de miradouro na Quinta da Trindade integra população sénior
PRIMEIRO CONCERTOA Câmara Municipal do Seixal decidiu avançar com a requalificação de um miradouro frente à Urbanização da Quinta da Trindade, junto à Rua Comendador José Tavares da Silva.
Toca e Foge de Filipe Fuso em directo no canal YouTube do município
Actuação no espaço patrimonial Oficina de Carbonização da Fábrica de Pólvora de Vale de Milhaços
O primeiro concerto em live strea ming de Toca e Foge – Música no Património, está agendado para o próximo sábado, entre as 19 e as 20 horas. Em directo, no canal YouTu be do município, vai ouvir-se Filipe Fuso, um jovem de 24 anos que ini ciou o seu percurso artístico em 2011, quando começou a cantar covers e a escrever as primeiras letras.
A actuação é na Oficina de Car bonização da Fábrica de Pólvora de Vale de Milhaços, em Corroios, sítio patrimonial integrado no Ecomuseu Municipal do Seixal e património cul tural classificado como monumento de interesse público.
Filipe Fuso passou por uma boys band que actuou em diversos palcos, caso do Casino do Estoril. Em 2015
EDUCAÇÃO
decide frequentar um curso de Pro dução Musical que lhe conferiu as ferramentas para evoluir enquanto intérprete e produtor dos seus pró prios temas.
Estagiou no estúdio de Rui David, membro da banda setubalense Hands On Approach e, desde então, tem es tado envolvido em vários temas para outros artistas e participado em ses sões de estúdio em que constam no
mes como Syro, Anselmo Ralph, João Direitinho, Blaya, Tyoz e Edu Monteiro.
“Deixa-me Ser” é o nome do primei ro single a solo de Filipe Fuso, que ago ra se apresenta como cantor, composi tor, autor, músico e produtor, lançado no final de 2020. Uns meses depois realiza um projecto com a participação especial da actriz Carolina Castelinho, que integra o elenco de “Rua das Flo res”, uma telenovela da TVI.
Candidaturas às bolsas de estudo estão a decorrer até 21 de Novembro
O objectivo da autarquia é ajudar os jovens a contornar as dificuldades económicas do agregado familiar
As candidaturas às bolsas de estudo para o ensino secundário e superior para o ano lectivo 2022-2023, atra vés dos Serviços Online, estão a de
correr até 21 e Novembro.
A Câmara do Seixal decidiu atri buir bolsas de estudo a estudantes do ensino secundário e superior, como “forma de apoiar estudantes detentores de um percurso escolar de inegável mérito e residentes no concelho do Seixal para que possam frequentar estes graus de ensino”, refere a autarquia.
Ainda segundo a autarquia, este apoio aos jovens ajudará a contornar
as dificuldades económicas do seu agregado familiar, comprovadamente demonstradas em conformidade com as normas de atribuição de bolsas de estudo aos alunos do ensino superior e aos alunos do ensino secundário.
No ano lectivo em curso, serão atri buídas 55 bolsas de estudo, sendo 25 destinadas a alunos do secundárioperfazendo o valor de 18 750 euros - e as restantes a estudantes do ensino su perior, num valor total de 35 mil euros.
SEIXALJAZZ
Refere a autarquia que a intervenção dotou o espaço com equipamentos geriátricos e de desporto, criando igualmente uma área de estadia com uma vista para a Baía do Seixal e para a cidade de Lisboa.
Ministro da Cultura ouve concerto no Fórum Cultural e elogia dinâmica da autarquia
O governante esteve no Fórum Municipal para assistir a um quarteto “notável” do qual se confessa “fã”
O espectáculo do quarteto do ba terista português Mário Barreiros na passada quinta-feira, integrado na programação do Festival Inter nacional SeixalJazz, teve na plateia o ministro da Cultura, Pedro Adão e Silva. Com sala cheia, o governante esteve no Fórum Municipal Cultural para assistir a um quarteto “notável” do qual se confessa “fã”.
Depois de ter estado no festival em 2019, Pedro Adão e Silva mani festou ainda satisfação por regressar mais uma vez ao SeixalJazz, e a um espaço que capta sempre bastante público, ao mesmo tempo elogiou o “grande activismo” demonstrado pela autarquia do Seixal na “promoção da cultura”, e de modo “diferenciado”.
“É bom voltar a ter salas de espec táculos cheias depois da pandemia. A cultura é um espaço onde nos en
contramos uns com os outros e for mamos comunidades de pertença”, comentou o ministro.
E sobre o SeixallJazz, confiden ciou a sua opinião: “Este festival tem marca e identidade consolidada, e ainda a singularidade da curadoria ser a própria Câmara Municipal do Seixal. A 23.ª edição do SeixalJazz começou a 13 de Outubro e termi nou dia 22.
Pedro Adão e Silva
A cultura é um espaço onde nos encontramos uns com os outros e formamos comunidades de pertença
Região
AO LARGO DA COMPORTAForça Aérea resgata passageiro de navio
A Força Aérea (FAP) resgatou um homem de 86 anos de um navio, que se encontrava a 146 km do Montijo. O resgate, segundo comunicado da FAP, ocorreu no sábado, num momento em que o passageiro “necessitava de
Autarca de Grândola admite preocupações com recife artificial
António Figueira
Mendes manifesta a sua preocupação “do ponto de vista económico regional” em relação a eventuais restrições à pesca
O autarca de Grândola, António Figueira Mendes, afirmou que ain da não reuniu com os responsáveis pelo projecto de um recife artificial na Comporta, mas admitiu algumas preocupações em relação a eventuais restrições à pesca.
“Concretamente não conheço o projecto”, disse à agência Lusa, reco nhecendo não ter tido “ainda tempo” para receber os promotores, que já pediram ao município “uma reunião para apresentar” a proposta.
No entanto, o autarca não deixou de manifestar a sua preocupação “do ponto de vista económico regional” em relação a eventuais restrições à pesca, visto tratar-se de uma zona importante para a pesca do cerco.
“Temos uma pequena comunidade piscatória no Carvalhal, mas, de fac to, desde Sines até Odemira, a acti vidade piscatória, do ponto de vista económico e do emprego, é muito importante e estaremos solidários com as pessoas que estão ligadas à actividade da pesca”, afiançou.
António Figueira Mendes disse
Projecto-piloto prevê a criação de um complexo de recifes com 10.000 metros quadrados ao largo do mar da Comporta
desconhecer se a autarquia “tem de emitir algum parecer sobre esse projecto” e ressalvou que “não foram previamente ouvidas as entidades locais”.
“Não nos pronunciámos ainda porque não fomos chamados”, mas, se tal vier a acontecer, “tomaremos uma posição formal sobre a questão”, acrescentou.
O projecto-piloto prevê a criação de um complexo de recifes com 10.000 metros quadrados ao largo do mar da Comporta, no município de Grândola, que poderá estender-se até 52 quilómetros quadrados.
O projecto de instalação de um
complexo de recifes artificial ao lar go do mar da Comporta já mereceu vários protestos de pescadores e or ganizações de pesca, que manifesta ram a sua preocupação em relação às restrições à actividade e queixam-se da alegada ausência de respostas. Segundo Fernando Sousa, do Sin dicato dos Trabalhadores da Pesca do Sul, “para os pescadores, além da falta de apoios para suportar o aumento dos combustíveis, está em causa a atribuição de um Título de Utilização Privativa do Espaço Marítimo para a criação de um recife artificial na Comporta, que vai limitar a actividade dos pescadores”.
Por seu lado, a Sesibal, Cooperati va de Pesca de Setúbal, Sesimbra e Sines, diz desconhecer pormenores sobre o TUPEM para a criação do re cife artificial da Comporta.
“De acordo com o pedido do pro motor do projecto, uma empresa de capitais estrangeiros, durante cinco anos será impossível pescar numa zona de 10.000 metros quadrados em frente à Comporta, onde, tradi cionalmente, se faz toda a pesca lo cal e artesanal da região. E também sabemos que essa zona poderá ser alargada até 52 quilómetros quadra dos”, disse o presidente da Sesibal, Ricardo Santos.
FESTIVAL DE ABERTURA Nadadores da Palmela Desporto conquistam oito medalhas em Setúbal
A Palmela Desporto conquistou oito medalhas no Festival de Aber tura de Juvenis, Juniores e Seniores. O evento que se realizou no passado domingo, 23 de Outubro, nas Piscinas das Palmeiras, em Setubal, contou com a presença de 13 nadadores do conjunto palmelense.
Os nadadores que alcançaram resultados com maior relevância
foram Matilde Fialho, juvenil B, que conquistou dois primeiros lugares nos 100 metros costas e nos 200 metros estilos e um 2.º lugar nos 200 metros livres; Leonor Parente, júnior, obteve um 1.º lugar nos 200 metros livres e um 3.º lugar abso luto; Margarida Miranda, juvenil B, alcançou dois segundos lugares nos 100 metros livres e nos 100 metros
mariposa e Sofia Encarnação, juvenil B, que alcançou um 3.º lugar nos 100 metros bruços.
Clube renova protocolos com João Bragadeste Mota e João Jesus Foi renovada a assinatura dos Proto colos de Cooperação entre a Palmela Desporto, E. M. e os atletas João Bra gadeste Mota e João Jesus, atletas de
categoria nacional e internacional ao nível do Duatlo/Trail e Duatlo/Triatlo, respectivamente.
De acordo com o clube, estes pro tocolos têm como objectivo definir as condições de apoio da Palmela Des porto junto dos atletas, na procura do sucesso desportivo. Já os atletas comprometem-se a promover a par ceria existente.
cuidados médicos urgentes”. “O helicóptero “Pumas”, descolou da Base Aérea N.º 6, em direcção à zona de operações, onde se encontrava o navio”, explicou. Após ser resgatado com sucesso, o passageiro foi transportado para uma unidade hospitalar.
ESTUÁRIO Proposta a criação de comissão para golfinhos continuarem a visitar o Tejo
O regresso de golfinhos foi o ponto de partida de um estudo ontem apre sentado, que defende a criação de uma comissão de acompanhamento para conservar o estuário do Tejo, com en tidades científicas e políticas da Área Metropolitana de Lisboa.
Da parte do Governo, o secretário de Estado da Conservação da Natureza e Floresta, João Paulo Catarino, presen te na sessão de abertura, já disse que via com bons olhos a criação desta co missão e a inclusão dos municípios na tomada de decisões, numa altura em que o executivo está a descentralizar competências para as autarquias.
O relatório “Golfinhos no Tejo – Por um estuário mais saudável”, da organi zação não-governamental ANP|WWF salienta que o estuário do Tejo, um dos maiores da Europa e o mais ameaçado a nível nacional, registou melhorias de qualidade ambiental nos últimos 30 anos devido à diminuição da poluição.
Num debate as autoras do estudo destacaram que a pressão das activi dades humanas que se verificam na zona ainda pode deitar tudo a perder e consideraram que não é defensável que, quando se está a tentar melhorar o equilíbrio do estuário, se pense em simultâneo na construção de um aero porto no Montijo. Segundo Ângela Mor gado, directora executiva da ANP/WWF, o sistema do estuário é “altamente complexo e dinâmico”, pelo que, “para compreender as visitas dos golfinhos”, é necessário “conhecer primeiro o estuá rio e as várias fontes de pressão ambien tal a que está sujeito”, nomeadamente devido às actividades humanas, “e definir acções efectivas para minimizar esses impactos, melhorar a sua saúde e permitir que as visitas dos golfinhos continuem”. Para isso, o primeiro estudo que pretende compreender o estado do estuário do Tejo recomenda a criação de uma Comissão de Acompanhamento do Estuário do Tejo, com base na Área Metropolitana de Lisboa, que “inclua todos os ‘stakeholders’ relevantes”, entre os quais comunidade científica, sectores de actividades locais, Governo e municípios.
Opinião
Pão é pão
Opão já teve direito a rezas e benzeduras. Já foi credor de respeitos que iam até ao beijo: «Dá um beijinho», ensinava-se às crianças, antes de lhes permitir atirar um pedacinho às ga linhas ou ao cão. Já foi controlado ciosamente pelas mães de proles nu merosas, uma fatia a cada um à refei ção, porque tinha de dar para todos. Já foi o principal consolo da barriga dos humildes. Já foi mata-fome dos indigentes – «Dê um bocadinho de pão, por amor de Deus!».
Alimento essencial outrora devida mente valorizado, o pão foi perdendo a importância e a dignidade e o res peito que lhe consagraram os centos de gerações que não usufruíram as farturas de agora. A industrialização abastardou-o com adicionantes di versos a que chamam «melhorantes», mão pesada nos fermentos, amassa duras congeladas pra cozer quando calhar, maneiras de fazer estranhas, variedades estrambóticas. As pres
sas, os desmazelos e a ganância agra varam o abastardamento.
Pão é pão. Um bocado de massa amassada e cozida a despachar, pe ganhenta, ácida, esburacada, que se compra de manhã e à tarde já não se pode comer, que abolorece de um dia para o outro, não é pão, é fraude. Chamar pão àquela coisa é abusar de quem compra e desprezar um ali mento quase sacralizado por séculos de respeito e cultura, de competência e confiança.
A gente sabe: os viciados na falsifi cação são tropa de não perder tempo em exames de consciência. E a gar ganice do lucro (fazer à pressa e mal dá mais dinheiro) não lida bem com preceitos e regulamentos.
Adulterar o nosso pãozinho de cada dia é pecado de merecer aten ção e castigo – onde andarão as fis calizações? A ousadia na falsificação chegou a pães de referência, como o alentejano e o de Mafra. O de tipo alentejano, contrafeito em toda a
OPINIÃO
fornadas, reuniam-se na taberna, cada um acompanhado do seu pão, para comparar com os outros. Duran te o petisco, era ver o entusiasmo na discussão sobre qual seria o melhor «casqueiro» do dia, votado entre eles, com entusiasmo e sem complexos. Um exemplo de brio e de fazer bem, de seriedade e respeito, que a tribo
mixordeira de pão deveria seguir. A ética profissional e os imperati vos de cidadania obrigam qualquer cidadão – e, por conseguinte, todos os que se intitulam padeiros. Honra àqueles que continuam a fazer-nos pão decente, pão de se poder comer, com gosto, pão que é pão.
parte, é a vítima preferida dos mi xordeiros. Maculam o bom nome do pão autêntico que se faz no Alente jo, do melhor e mais honesto que se come em Portugal. Uma altura da minha vida privei com padeiros de Santiago do Escoural (Montemor -o-Novo). Padeiros vaidosos do seu ofício, profissionais sabedores e dig nos. Todas as manhãs, concluídas as
“Sinto-me orgulhoso de ser o líder desta equipa fantástica”
A goleada (5-1) de sábado ao Oliveira do Hospital, menos de uma semana depois ter eliminado o Paços de Fer reira da Taça de Portugal, veio confir mar que o Vitória vive o melhor mo mento da época. O treinador Micael Sequeira, que viu a equipa ganhar os últimos quatro jogos oficiais, não poupa elogios à equipa que segue na 5.ª posição da série B da Liga 3, a dois pontos dos líderes Caldas e Sporting B.
“Neste momento, sinto-me orgu lhoso de ser o líder desta equipa fan tástica. Tenho um grupo de jogadores excepcionais e com um carácter tre mendo” disse na sala de imprensa do Estádio do Bonfim, após o encontro da 6.ª jornada da prova com o conjun to beirão, lembrando que a ainda falta muito campeonato. “É um caminho longo e não conseguimos nada, mas estamos no caminho certo”.
O facto de o Vitória estar agora a viver uma fase muito positiva, depois de ter passado por um período menos positivo, é sinal de que os processos estão mais consolidados, afirma o técnico. “Acho que isso é visível. As pessoas estão de parabéns porque acreditaram no processo e foram pacientes quando o mais natural, naquele período difícil, era mostrar a sua insatisfação e tomar outro tipo de atitudes”.
Na hora de apontar a chave que levou ao êxito sobre o Oliveira do Hospital, clube que até inaugurou o marcador em Setúbal, Micael Se queira é peremptório. “O importante é falar do colectivo porque foi uma
vitória do grupo, da união, de toda a estrutura e dos adeptos. Mais uma vez, estiveram do nosso lado e foram pacientes quando estávamos a per der. É este o espírito”, sublinha.
E acrescenta: “Devem chamar-nos a atenção quando têm de chamar, nós também não ficamos satisfeitos quando as coisas nos estão a correr mal. Esse alerta é bom porque nos ajuda a reagir. O apoio que tivemos foi fantástico e esta vitória é para os nossos adeptos”. Em relação ao plantel que dirige, o timoneiro dos sadinos fez questão de destacar a capacidade de reacção dos seus atletas.
“O mérito tem de ser dado aos jo gadores, que fizeram um jogo fantás tico. Deram uma resposta muito forte a um início que foi um bocado difícil. A equipa reagiu muito bem ao golo sofrido nos minutos iniciais e ficámos todos muito satisfeitos com isso. An
tes de o adversário ter menos um já estávamos a ser superiores [guarda -redes do Oliveira do Hospital foi ex pulso aos 44 minutos]. Os jogadores conseguiram jogar um futebol muito positivo”, vincou.
Já depois de o Vitória ter operado a reviravolta no marcador (2-1) no fi nal do segundo tempo, graças a um ‘bis’ de Zequinha, a equipa não tirou o pé do acelerador após o intervalo. “Apesar de estarmos a ganhar, ao in tervalo a mensagem que passámos era de que procurássemos marcar mais golos e, felizmente, consegui mos marcar mais três e os jogadores estão de parabéns por isso”, disse em alusão aos golos de José Varela (2) e Diogo Sequeira (1).
Micael Sequeira lembrou que o Oliveira do Hospital se apresentou no Bonfim depois de ter sido ‘tomba -gigantes’ nas rondas anteriores da Taça de Portugal, prova em que dei
xou pelo caminho conjuntos da I e II Liga. “Apesar de termos vencido 5-1 não podemos desvalorizar um adver sário que eliminou o Rio Ave (I Liga) e o Estrela da Amadora (II Liga) da Taça de Portugal”, sublinhou.
O feito do clube do distrito de Coimbra prova, diz Micael Sequei ra, que se trata de uma equipa com qualidade e valor. “Era um oponente que vinha super motivado e apanhou -se a ganhar por 1-0. Em condições normais não era fácil dar a volta à si tuação porque estava no outro lado uma equipa super motivada. Em vez de dizermos que entrámos mal no jo go, é preciso também dar mérito ao Oliveira do Hospital”.
Mesmo quando estava em desvan tagem no marcador, o Vitória foi em busca dos golos que lhe permitissem dar uma cambalhota no marcador.
“Conseguimos dar uma boa respos ta e considero que a primeira parte
que fizemos foi fantástica, tivemos momentos muito bons e uma pres são constante sobre o adversário e conseguimos reverter o resultado. Depois, na segunda parte, em vez de defendermos fomos à procura de marcar mais”.
Instado a comentar o resultado do sorteio da 4.ª eliminatória da Taça de Portugal, fase em que os sadinos vão defrontar, a 9 de Novembro, o Pêro Pinheiro, do Campeonato de Portugal, Micael Sequeira frisou que o pensamento da equipa está agora apenas direcionado para o confron to de sábado (11 horas), da Liga 3, diante do Alverca. “Neste momen to, não vou falar sobre esse jogo. A nossa concentração está direcionada para o próximo jogo com o Alverca. Não adianta pensarmos nos outros adversários se não conseguirmos ga nhar ao Alverca. Temos de nos focar apenas nisso”.
“É um caminho longo e não conseguimos nada, mas estamos no caminho certo”, frisa Micael Sequeira
Juniores do Charneca e Amora “B” são líderes na 1.ª Divisão Distrital
PRIMEIRA COMPETIÇÃO
NACIONAL
Charneca de Caparica e Amora “B” são os líderes da 1.ª Divisão Distrital de Juniores com dois pontos de vantagem sobre o Olímpico do Montijo que não conseguiu melhor que um empate na Moita, na terceira jornada. O resultado mais dilatado foi obtido pelo Charneca
DA ÉPOCA
que marcou seis golos no Monte de Caparica, depois surge o Seixal que obteve cinco no jogo com o Comércio Indústria e o Amora “B” que venceu em Santiago do Cacém por 4-0. Resultados: Pescadores 2 Brejos de Azeitão 1; Sesimbra 1 Pelezinhos 2; Monte de Caparica
Campeonatos Nacionais de Corta-Mato voltam a
realizar-se
Jorge Vieira, presidente da FPA, diz que a realização da competição em Amora é uma aposta na qualidade organizativa já evidenciada
no concelho do Seixal
0 Charneca de Caparica 6; U. Santiago 0 Amora “B” 4; Moitense 2 Olímpico do Montijo 2; Quinta do Conde 4 Palmelense 3; Seixal 5 Comércio Indústria 1. Classificação: 1.º lugar, Charneca de Caparica e Amora “B”, 9 pontos; 3.º lugar, Olímpico do Montijo, 7 pontos.
José PinaO concelho do Seixal, mais concre tamente a freguesia de Amora, foi o local escolhido pela Federação Portuguesa de Atletismo para a realização da 99.ª edição dos Cam peonatos Nacionais de Corta-Mato, distância longa, que se disputaráem conjunto com a 32.ª edição do Corta-Mato Cidade de Amora, no dia 27 de Novembro, sendo a primeira competição nacional da época de 2022/2023.
Numa organização conjunta da Federação Portuguesa de Atletismo, Associação de Atletismo de Setúbal, Câmara Municipal do Seixal e Junta de Freguesia de Amora, esta edição da prova nacional mais antiga do país realiza-se pela quinta vez no distri
to de Setúbal. As anteriores foram disputadas em Setúbal (1962), Tróia (1985), Moita (1993, apenas para atletas masculinos) e Amora (2021).
“A Câmara Municipal do Seixal e a
Pelezinhos perdem jogo com U. Santiago por utilização irregular de um jogador
O Clube Desportivo “Os Pelezinhos”, que na quinta jornada do Campeo nato Distrital da 2.ª Divisão havia goleado o U. Santiago por 5-0, foi considerado derrotado pelo Conse lho de Disciplina da Associação de Futebol de Setúbal devido à utiliza ção irregular do jogador Luís Rosa, que havia feito um hat-trick nesse jogo. Pela mesma razão, o clube foi também multado em 75 euros e o
jogador punido com dois jogos de suspensão.
Por esta razão foram retirados três pontos à equipa sadina que transi taram para a formação de Santiago do Cacém. Feitas as contas, incluin do já os jogos do último domingo, o U. Santiago passou a ter 13 pontos e subiu ao segundo lugar enquanto “Os Pelezinhos” ficaram apenas com seis, na sexta posição.
Junta de Freguesia de Amora asso ciam-se e apoiam a organização das duas provas saudando todos os par ticipantes, técnicos e dirigentes que honrarão o concelho do Seixal com
a sua presença e intervenção e que tornarão, com toda a certeza, estas competições uma referência nacio nal incontornável no panorama do Atletismo”, afirmou a propósito o presidente da Câmara Municipal do Seixal, Paulo Silva.
Para o presidente da FPA, Jorge Vieira, “a realização desta competição em Amora é uma aposta na qualida de organizativa já evidenciada, quer pela Associação de Setúbal, quer pelo município do Seixal, na edição que recebeu no ano de 2021, então muito marcado pela pandemia. É, também, um sinal inequívoco do empenho da autarquia que, recentemente, tam bém levou a efeito a requalificação da Pista Carla Sacramento, aumentando a aposta desportiva para os seus mu nícipes”.
José Serrano, presidente da As sociação de Atletismo de Setúbal, mostra-se “orgulhoso pela confiança demonstrada no trabalho executado pela nossa equipa”, adiantando ainda a “esperança que a 99.ª edição dos Campeonatos possa aumentar a von tade da prática desportiva no distrito e especialmente nesta área do Seixal, que sempre pugnou pelo desenvolvi mento da actividade física, tendo um dos circuitos de provas mais antigos de Portugal”.
FC Zurich interessado em Paulo Marcelo
Paulo Marcelo, avançado brasilei ro do Amora FC, de 27 anos, está a ser apontado aos suíços do FC Zurich, clube da primeira divisão helvética.
Existem conversas entre o clube da margem sul do Tejo e o clube da cidade de Zurique sobre Paulo Mar celo, que no arranque da temporada se tem demonstrado como um dos avançados mais concretizadores da Liga 3.
Após uma pré-temporada onde
marcou 10 golos em 10 jogos, chega à 6.ª jornada da Liga 3 já com 5 golos marcados, o último dos quais no do mingo frente à União de Leiria.
O Amora FC tem demonstrado ter bem definido o seu projecto, com a aposta na potencialização de jovens atletas. Veja-se que num passado recente, atletas como Mar tim Maia, Pedro Albino, Lucas Silva ou Gildo Lourenço deram o “salto” para as divisões profissionais de Portugal.
Botafogo volta a causar sensação na 1.ª Divisão Distrital
O Botafogo Futebol Clube, que foi uma das equipas repescadas para a 1.ª Divisão Distrital, está a fazer um campeonato bastante interes sante. Na primeira jornada causou sensação com a vitória obtida no Juncal Desportos sobre o Moiten se, depois seguiram-se três derrotas todas elas pela diferença mínima e logo a seguir uma vitória em Águas de Moura e agora outra vitória (a se gunda consecutiva) sobre o Vasco da Gama de Sines que repartia o co mando da tabela classificativa com o Barreirense e seguia no campeonato sem derrotas.
O jogo não começou da melhor maneira para a equipa de Cabanas que ficou em desvantagem aos 24 minutos, num penalti convertido por Nita Rodrigues, pouco tempo depois o Vasco da Gama fica reduzido a 10 jogadores mas, mesmo assim, ele vou a contagem para 2-0 por Jefri, resultado com que se atingiu o in tervalo.
Na segunda parte, a equipa co mandada por João Gomes entrou disposta a alterar o rumo dos acon tecimentos e aos 50 minutos reduziu a desvantagem por Marco Dias, num cabeceamento ao segundo poste, na sequência de um canto cobrado por Valter Dinis.
A equipa ficou mais motivada com a obtenção do golo e, apoiada pelo seu público, foi à procura de mais, tendo Áureo Lima estabelecido a igualdade (79’) na cobrança de uma grande penalidade, assinalada por falta cometida sobre Issuf Sissé.
A jogar em superioridade numérica e altamente galvanizada pela forma como o jogo estava a decorrer o Bota fogo chegou à vitória aos 89 minutos com um ‘golão’ de Diogo Bernardo, num potente remate desferido de fora da área que não deu qualquer hipótese ao guardião da equipa ad versária.