O Setubalense, o seu diário da região nº 541, dia 20 de Janeiro de 2021

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BARREIRO Vila Chã perto do máximo deixa cidade sem capacidade nos cemitérios p8

O SEU DIÁRIO DA REGIÃO QUARTA-FEIRA, 20 DE JANEIRO DE 2021 PREÇO 0,80€ | N.º 541 | ANO III | 5.ª SÉRIE

DIRECTOR FRANCISCO ALVES RITO

Fecho das escolas ganha força

PRESIDENCIAIS Sesimbra e Quinta do Conde aumentam locais de voto p12 e 13 SETÚBAL Morreu comandante histórico dos Bombeiros Sapadores p2

Setúbal Agrupamento Lima de Freitas suspende aulas presenciais para 20 turmas. Sebastião da Gama enviou para casa os alunos dos 11.º e 12.º anos do Ensino Regular dos Cursos Científico-Humanísticos, e os do ensino nocturno Montijo Básica Joaquim de Almeida isola uma turma e respectivos familiares p4 e 5 PUBLICIDADE


2 O SETUBALENSE 20 de Janeiro de 2021

Abertura

Rectificação

Na edição de ontem foi publicada uma informação incorrecta, na página 5, sobre o webinar dedicado ao 94º aniversário natalício do antigo bispo de Setúbal, D. Manuel Martins. A organização do evento virtual é da responsabilidade de Eugénio da Fonseca e não de João Reis Ribeiro. Por este lapso apresentamos as nossas desculpas à organização do evento, seus participantes e nossos leitores.

FUNERAL, HOJE,

J

OPINIÃO

OPINIÃO

Mário Moura

Carlos Alberto Cupeto

O povo, os populismos e as eleições

A democrática ditadura da pobreza

á nesta coluna de opinião tenho dito que a pandemia que nos assola cada vez com mais intensidade pode e deve ser aproveitada como uma oportunidade para construirmos sobre os escombros resultantes dos tremendos efeitos que a pandemia – para alem dos gravíssimos efeitos na saúde - tem provocado na economia e na organização social. Basta estar atentos aos problemas do desemprego e das falências que aumentam e ameaçam aumentar semana a semana por causa das medidas de confinamento absolutamente necessárias para tentar travar a progressão galopante da doença – em todos os países e, infelizmente, com mais intensidade entre nós. O ambiente social e as mentalidades das pessoas estão havidas de mudança. Mas os meios de comunicação social – clássicos e das modernas tecnologias – começam a por a nú os defeitos da sociedade em que vivíamos e continuamos a viver, como seja a inaptidão para acabar com a pobresa e a facilidade com que se excluem os mais fracos para as periferias ou ainda o verdadeiro abandono a que se votam os idosos que deixaram de ser produtivos e passaram a ser seres “pesados” socialmente. Desta crise sairemos piores ou melhores mas nunca iguais – há pois que aproveitar a encruzilhada em que nos iremos meter para começar construindo uma sociedade nova pondo a tónica precisamente nos excluídos e nos mais pobres. É necessário dar a voz aos mais novos que veem o seu futuro ameaçado e tentar uma verdadeira mudança interior das pessoas, tentar renovar os objetivos de vida e os meios utilizados para tais mudanças sempre baseadas na fraternidade e no respeito pela dignidade da pessoa. Tal verdadeira “conversão” que terá de por o povo no centro da ação político-social é bem diferente do populismo que anda com frequência na boca dos nossos políticos atuais, populismos que são uma

verdadeira mistificação, que não são um verdadeiro esforço para colocar o povo na condução das mudanças necessárias à construção duma sociedade fraterna. Nesta necessária “revolução” têm os que se dizem cristãos, de ter uma participação ativa – e assim pensa o nosso atual Papa Francisco que começa mesmo a tentar que a Igreja seja a primeira a dar o exemplo e a protagonizar tal mudança. Assim Ele nas suas palavras e nos seus escritos vem desmontando toda a rigidez da pirâmide hierárquica, lutando contra o clericalismo, pedindo uma “igreja em saída”, uma igreja “hospital de campanha”, lembrando continuamente que o Caminho vivido por Cristo é o caminho que devemos seguir em todas as circunstâncias- o caminho da fraternidade e da centralidade do povo. E insiste em que o AMOR oriente toda a vida de todas as pessoas e que o “ser cristão” seja sempre um “viver como Cristo”. Preconiza para tal uma política baseada nos movimentos populares, numa verdadeira Democracia,, sempre com os olhos no bem comum. Francisco apoia a sinodalidade, sempre se intitula Bispo de Roma e não Papa, desde sempre deixou os aposentos de Papa no Vaticano para significar que é “um como os outros” sendo um sinal entre muitos de que os bispos e todos os sacerdotes devem viver como as ovelhas do seu rebanho. É tempo de, em plena pandemia com todos os seus problemas, mais do que em tempos banais, os cristãos sejam exemplo e força de mudança para uma sociedade que teremos de construir sobre as ruínas desta sociedade podre agora profundamente abalada pela “covid 19”. É tarefa para cristãos e para todos os homens de boa vontade e que tenham bem viva as suas obrigações de cidadania – e para tal é necessário votar nas eleições que se avizinham. Médico

O

que mais incomoda nestes tempos desde há muitos anos, mas agora mais visível, é a pobreza que inunda o nosso país. Acresce a desfaçatez desenvergonhada do regime assobiar para o lado como se nada fosse. Está tudo bem, o Estado distribuí por aí umas migalhas, fica tudo igualmente pobre, as mais das vezes mais pobre como o próprio Estado, e já está. Depois da longa noite fascista e de quase meio século de democracia, esta dura verdade é má demais. E o que faz o país para inverter esta situação e criar a riqueza que possa chegar a todos? Nada. Nada se faz para que o país seja mais rico e justo. Os ricos são cada vez mais ricos e os pobres mais pobres e em maior número. A pobreza é, assumidamente, a estratégia com mais sucesso em Portugal. Enterra-se o dinheiro, que não se tem, na banca, na TAP e em tudo o mais que interessa a muito poucos e ficamos à espera que os turistas voltem em força e disfarcem um país improdutivo, dependente e pobre. Neste quadro miserável, na “ditadura da pobreza”, a própria democracia é apenas, e cada vez mais, uma figura de retórica. Como pode escolher quem tem frio e fome e depende das migalhas do Estado? Como pode exercer a sua vontade? Como se pode indignar e exigir os seus direitos? Onde está a Justiça para a esmagadora maioria dos portugueses? E ainda a grande pergunta: como sair desta triste e preocupante situação? Direitos, garantias e liberdades, como? Obviamente, nem todos temos a mesma responsabilidade; a maioria está refém da “ditadura da pobreza” que garante a sustentabilidade da riqueza e privilégios da minoria

que decide e que supostamente nos representa. Os melhores e mais inconformados emigraram e nos diferentes países vingam pelo seu valor, mérito e trabalho. O seu país não lhes deu essa oportunidade, a democrática ditadura da pobreza tem os seus pilares bem consolidados e só subsiste enquanto assim for. Que nome se pode dar a um país que não consegue acolher os seus melhores, os capazes de criar a riqueza de que todos necessitamos? Como se tudo isto não chegasse, vivemos ainda uma enorme crise de identidade. Os de sempre acusam-nos de termos o passado que temos e de sermos o que somos. Soma-se à pobreza a carência de identidade e de orgulho nacional. Chegamos a ter vergonha de dizer “sou português e amo os valores e cultura do país onde nasci e quero ser feliz”. As identidades e comunidades locais têm de ser respeitadas, estimadas e valorizadas. Recentemente, António Barreto escreveu: “Atualmente, o recuo da democracia no mundo deve-se muito à ausência de comunidade e de tradição, ao cosmopolitismo sem fronteiras nem identidade. Assim como à criação de poderes políticos desligados das instituições e das comunidades ou bases eleitorais”. Como vamos sair deste beco? Se não acreditarmos em nós, na nossa suficiência, como vamos sobreviver? Com as esmolas que a Europa nos der? Será que a Europa, a que orgulhosamente pertenço, nos deixa tomar as rédeas do nosso próprio destino?

Professor

Morreu Quaresma Rosa, ex-comandante dos Bombeiros Sapadores de Setúbal Morreu no passado sábado, aos 89 anos, Quaresma Rosa. Um homem de realce entre aqueles a quem nunca seremos suficientemente gratos, que comandou os Bombeiros Sapadores de Setúbal de 1982 a 1996. Quaresma Rosa era capitão do exército e foi sua a proposta, nos 80, de transformar uma corporação que era de carácter municipal em estatuto de Bombeiros Sapadores. O funeral é hoje, quartafeira, às 15h15, e vai passar pelo quartel dos Bombeiros Sapadores de Setúbal, que lhe vão prestar guarda de honra. Depois segue para o crematório de Setúbal, onde deverá chegar às 15h30, onde, no exterior, devido ao Estado de Emergência imposto pela pandemia de Covid-19, será realizada cerimónia religiosa pelo Capelão do Exército. Hoje o executivo municipal de Setúbal, em reunião de câmara, vai apresentar um voto de pesar por Quaresma Rosa. O jornal O SETUBALENSE endereça à família e amigos de Quaresma Rosa os sentidos pêsames.


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Grândola lança obras de requalificação de 400 mil euros

A Câmara de Grândola anunciou ter lançado o concurso público para a requalificação dos espaços exteriores da zona envolvente ao Bairro da Esperança, Parque de Feiras e Parque Desportivo, num

investimento de quase 400 mil euros. A intervenção, que tem um preço base de 390 mil euros, vai decorrer em duas fases e pretende “reabilitar zonas de lazer que se encontram bastante degradadas”.

Ao mesmo tempo, referiu, vão ser criados “novos espaços de recreio e mais e melhores condições para moradores e para todos os que visitam e usufruem estes equipamentos municipais”.

CARDOSO FERREIRA DESCREVE 1.ª TOMA NA MISERICÓRDIA DE SETÚBAL

Contratempos na vacinação do Lar Paula Borba levam provedor a considerar que processo deve ser “afinado” DR

Vacinas chegam também aos hospitais do distrito, com segunda dose a ser administrada desde segunda-feira Maria Carolina Coelho A vacina contra a Covid-19 chegou esta semana às estruturas residências para pessoas idosas do concelho de Setúbal, com utentes e funcionários do Lar Paula Borba – o maior da cidade - a receberem a sua primeira toma. No entanto, segundo explicou Fernando Ferreira, provedor da Santa Casa da Misericórdia de Setúbal, a O SETUBALENSE, “o processo de vacinar cerca de 150 pessoas poderia ter decorrido de uma outra forma”, devendo, no futuro, “ser afinado ao dia-a-dia dos lares”. O primeiro contratempo surgiu quando a equipa de profissionais de saúde, constituída por médicos e enfermeiros do Agrupamento de Centros de Saúde Arrábida, “em vez de aparecer às 16h00, como combinado, apareceu depois das 18h00”. “Isto significa que vacinar todos os utentes foi complicado porque não é em cima da sua hora de refeição que a mesma deveria de ter sido administrada”, reforçou o provedor. Este atraso, “além de ter adiado o seu jantar, prendeu-se igualmente com a toma da medicação, com a higiene feita antes do deitar e o deitar em si”. “Naturalmente que a pressão a que estão sujeitas as entidades que têm levado a cabo a vacinação faz com que as coisas ainda não estejam perfeitas. Há ainda alguns ajustes a fazer, mas há que ter em conta a forma de funcionamento de um lar”, referiu. Fernando Ferreira notou igualmente, no decorrer do processo, “alguma rigidez”. “Por exemplo, ficaram por vacinar cinco funcionários pois o último frasco, que dá para seis doses, não foi aberto. Como faltava

uma pessoa não o quiseram abrir, mesmo nós tendo proposto chamar uma outra pessoa dos serviços partilhados, que podia em minutos lá ter chegado”, confessa. Contudo, para o provedor, estas considerações “servirão para afinar a vacinação, para que as coisas corram de uma forma mais adequada no futuro”. “Saliento que o saldo é positivo. Este é o método, complementado com outros, que vem fazer com que nós consigamos controlar esta situação dramática. É importante reforçar as medidas de contenção. Nós já tivemos a nossa dose, por isso temos de continuar a ter todos os cuidados para que não haja uma segunda volta nesta nova vaga”, concluiu. Recorde-se que no passado mês de Novembro existiu um surto no Lar Paula Borba, não tendo sido confirmado o número total de casos positivos.

Vacinação percorre lares do distrito

Na passada segunda-feira a equipa de profissionais de saúde de Setúbal, acompanhada por estudantes de enfermagem do Instituto Politécnico de Setúbal foi, ainda, administrar a vacina a mais sete lares, “de um total de 32”, com “três centenas de pessoas vacinadas” neste primeiro dia, explicou a Câmara Municipal de Setúbal

António Carlos Silva Delegado de saúde diz que faltam vacinas para acelerar o processo A campanha de vacinação contra a Covid-19 nos lares podia estar a decorrer a um ritmo mais rápido. Mas, de momento, o stock disponível de vacinas não o permite. António Carlos Silva, delegado de saúde regional de Lisboa e Vale do Tejo – que foi designado para assumir o cargo em Setembro último, em comissão de serviço por um período de três anos – espera que a vacinação nas estruturas

residenciais para idosos “seja rápida", mas admite que o processo depende das vacinas disponíveis. “Gostava de ter mais vacinas. Se tivermos vacinas, aceleramos de certeza. As que chegam são logo aplicadas”, disse a O SETUBALENSE o médico de 63 anos, da Amadora, que sucedeu a Mário Durval no cargo. As vacinas, faz notar o responsável, vão ter de “chegar a todos”. “Agora, se

estão a chegar ao ritmo que gostaríamos?”, atira, para de seguida vincar: “Estão um pouquinho atrasadas, mas, com a produção que está a ser feita, penso que a vacinação é capaz de acelerar rapidamente.” Os lares, de resto, continuam a inspirar enorme preocupação. “Até porque temos registado muitas mortes entre utentes, que são aqueles em situação de maior vulnerabilidade. E Isso preocupanos muito”, concluiu. M.R.S.

em comunicado. “O périplo programado a mais de três dezenas de estruturas residenciais para pessoas idosas no território, com 1 800 doses de vacinas disponíveis, teve início na Unidade de Cuidados de Saúde Personalizados de São Sebastião, em Vale do Cobro”. No concelho de Setúbal estão a ser abrangidos os lares “legalizados e em situação ilegal que não tenham surtos activos da doença respiratória”. Já no Montijo, o presidente da Câmara Municipal, Nuno Canta, confirmou a O SETUBALENSE que o processo de vacinação nos lares está previsto arrancar amanhã e prolongar-se até dia 24. No concelho vizinho, por sua vez, os profissionais e utentes dos lares e residências para idosos receberam a primeira toma na passada semana, entre os dias 12 e 15, uma vez que Alcochete é considerado concelho com risco extremamente elevado.

Hospitais da região recebem 2.ª dose da vacina

Os profissionais de saúde dos hospitais do distrito começaram ontem a receber a segunda toma da vacina contra a Covid-19, 21 dias após lhes ter sido administrada a primeira dose, a 29 de Dezembro. No Hospital de São Bernardo, o processo de vacinação vai decorrer até ao próximo dia 29. No entanto, ao que O SETUBALENSE conseguiu apurar junto de fonte hospitalar, há profissionais que não vão receber a segunda toma, uma vez que depois da primeira fase de vacinação testaram positivo para a Covid-19. Por sua vez, no Centro Hospitalar Barreiro Montijo estão a ser administradas 770 vacinas, visto que 650 profissionais de saúde vão receber o seu reforço, enquanto que em 120 médicos, enfermeiros e assistentes operacionais esta será administrada pela primeira vez. O mesmo procedimento terá lugar no Hospital Garcia de Orta, em Almada, com a administração de 792 vacinas contra a Covid-19, das quais 150 dizem respeito à sua primeira toma.


4 O SETUBALENSE 20 de Janeiro de 2021

Setúbal

PANDEMIA

Agrupamento Lima de Freitas suspende aulas presenciais em 20 turmas DR

No espaço de três dias duas das grandes escolas de Setúbal viram-se obrigadas a tirar turmas de aulas presenciais. O fecho das escolas ganha força

SPGL exige encerramento das escolas

Humberto Lameiras O Agrupamento de Escolas Lima de Freitas, em Setúbal, deu a saber aos encarregados de educação, esta segunda-feira, que os alunos de “20 das suas 65 turmas” vão ter aulas em casa, devido à pandemia de Covid-19. Isto acontece depois de, na passada quinta-feira, pelo mesmo motivo a Escola Secundária de Sebastião da Gama, também em Setúbal, ter comunicado que os alunos dos 11.º e 12.º anos do Ensino Regular dos Cursos Científico- Humanísticos e os do ensino nocturno vão estar com as aulas presenciais suspensas até 26 de Janeiro. Dois casos entre outros que estão a acontecer em concelhos da península, que estão a desencadear movimentações a defender a suspensão das aulas presenciais durante o Estado de Emergência decretado pelo Governo. Manifestações que vêm ao arrepio da decisão anunciada na segunda-feira pelo primeiro-ministro, António Costa, de que as escolas vão permanecer abertas. “Estamos a atravessar um momento muito difícil no nosso agrupamento, apesar de os nossos governantes considerarem que as escolas são “bolhas” onde não se transmite o Covid-19”, refere o comunicado emitido pela direcção do Agrupamento de Escolas Lima de Freitas. Até à data desta comunicação, estavam “44 docentes da Lima de Freitas e 11 docentes das escolas do 1.º ciclo em casa, por motivos de isolamento ou atestado médico devido a outras circunstâncias de saúde”. Para além dos professores, são “vários os alunos de diversas turmas em condição de isolamento, sem implicar a suspensão de aulas da turma”, e também “nove funcionários ausentes”. “Nem todos os casos são infecção

presenciais”, uma vez que “têm autonomia suficiente para estudar em casa”.

Estão em casa 44 docentes da Lima de Freitas e 11 docentes das escolas do 1.º ciclo

Covid-19 declarada - estes são poucos -, todos os outros são situações de isolamento profiláctico, e isto acontece com docentes e alunos”, comenta o sub-director do agrupamento, João Costa.

Quanto à origem dos contágios, a primeira suspeita é que terá acontecido em “ambiente familiar”, uma vez que “o conhecimento que temos é de, apenas, três casos serem através da relação en-

Confinados Caso na EB Joaquim de Almeida atira turma e pais para casa No Montijo, uma turma da Escola Básica Joaquim de Almeida e respectivos familiares com quem as crianças residem foram remetidos a confinamento, depois de terem sido notificados no último domingo da existência de um caso de Covid-19. Uma criança testou positivo e todas as outras da turma, bem como aquelas que frequentaram as Actividades de Enriquecimento Curricular

(AEC) com o aluno infectado, vão ficar em isolamento profiláctico durante 14 dias, a contar desde 12 de Janeiro. Já professores e funcionários da escola, segundo a norma da Direcção-Geral da Saúde, ficam apenas sujeitos a vigilância passiva durante o mesmo período, por a sua exposição ser considerada de baixo risco, ao invés do que sucede com os colegas do aluno que testou positivo. M.R.S.

tre professor aluno”. É esta a informação vinda da autoridade de saúde, portanto “não é da iniciativa e responsabilidade [do agrupamento] enviar para casa alunos, professores ou funcionários”, inscreve a informação enviada para os encarregados de educação. A isto acrescenta o comunicado que “perante o aumento rápido de novos casos, entre professores, funcionários e alunos, tornou-se incomportável o trabalho realizado pelos docentes que continuam na escola, uma vez que têm, cada vez mais, de dar aulas presenciais, correr para casa para dar aulas online e dar feedback aos trabalhos dos alunos que estão ausentes”. A esta circunstância, junta-se “não existirem”, neste momento, “meios técnicos suficientes para dar resposta a todas as situações”. Todo este quadro leva o professor João Costa a afirma, como opinião pessoal, que “os alunos a partir do secundário deveriam passar a ter aulas não

Mas há quem vá mais longe e defenda o encerramento das escolas durante o Estado de Emergência. No mesmo dia em que António Costa afirmou a manutenção das escolas em regime presencial, foi lançada uma petição online que, na tarde de ontem, já somava mais de 5 mil subscrições, esta entre outras que estão a decorrer no Facebook. Entretanto o Sindicato dos Professores da Grande Lisboa (SPGL) defendia, depois de reunião ontem, também o fecho das escolas neste mesmo período de sobressalto pandémico. “Exigimos o encerramento das escolas em todos os níveis de ensino”, afirmava a O SETUBALENSE o presidente do sindicato, José Feliciano da Costa. Uma exigência com base também em diversas situações conhecidas no distrito de Setúbal, caso “dos agrupamentos de escolas do concelho de Palmela, já com 40 turmas em casa”, e, “também escolas de concelhos como o Barreiro, Almada e Montijo com alunos em casa”, isto pelas “informações que nos fizeram chegar”. Um dos casos apontados pelo presidente do SPGL, é o da Escola Secundária de Palmela, a qual publicou na sua página oficial no Facebook que tinha “casos Covid-19 positivos em alunos de várias turmas”, e, por “deliberação do Delegado de Saúde, ficaram em isolamento profiláctico as turmas 7.º C, 8.º B, 11.º B, 11.º E, 11.º F e 12.º GPSI_TAR”. Na mesma informação, a directora da escola, Isabel Ramada, refere que, “além dos casos positivos, temos muitos alunos que contactaram com casos positivos e que se encontram igualmente em situação de isolamento profiláctico ou vigilância passiva”. E o mesmo acontece com “uma professora que testou positivo ao Covid19, durante o fim-de-semana”. Também em Palmela, a Associação de Pais do Agrupamento de Escolas Marateca-Poceirão, tem vindo a dar nota de casos Covid-19 positivos entre professores e alunos.


20 de Janeiro de 2021 O SETUBALENSE 5

Programa Poesia Sem Vergonha na Casa do Largo

A Casa do Largo, em Setúbal, vai receber no dia 17 de Fevereiro a próxima sessão do programa Poesia Sem Vergonha. Nesta sexta sessão, o anfitrião é Napoleão Mira que vai apresentar o seu trabalho Manual Prático para Emoções

Fortes. A iniciativa começa às 21h00, e tem duração máxima de hora e meia. O projecto, criado com o objectivo de incentivar o trabalho escrito e o pensamento crítico, combina poesia, humor e música. A

Divisão de Juventude da Câmara Municipal de Setúbal convida todos aqueles que queiram participar com as suas ideias a inscreverse gratuitamente através do link tinyurl.com/ poesiasemvergonha6

DELEGADO DE SAÚDE REGIONAL FAZ PONTO DE SITUAÇÃO

Testagem à Covid-19 no ensino secundário arranca hoje mas encerramento das escolas não está em cima da mesa DR

Mário Rui Sobral O fecho das escolas “não está neste momento em cima da mesa", mas o Governo e a Direcção-Geral da Saúde (DGS) estão “a monitorizar” o evoluir da situação e já hoje começa a ser efectuada nova testagem à Covid-19 nos estabelecimentos de ensino “secundário". A informação foi avançada a O SETUBALENSE pelo delegado de saúde regional de Lisboa e Vale do Tejo, António Carlos Silva, que garante

que o impacte nos estabelecimentos escolares está a ser devidamente analisado. “Estão a ser definidas medidas que ainda devem ser tomadas hoje [ontem] à tarde, nomeadamente a testagem no [ensino] secundário. E medidas profilácticas, para turnos que tenham só um ou dois casos que sejam isolados”, revelou o médico. “Estamos a avançar com calma, a monitorizar os surtos, as escolas, o número de casos. A partir de amanhã [hoje] vai fazer-se a testagem às es-

colas, a começar pelas dos concelhos que estão em maior risco”, reforçou. Porém, “a manter-se a grande transmissão comunitária [do vírus], na próxima semana, pode ser que haja outras medidas. Depende da evolução da pandemia”, admitiu António Carlos Silva. Neste momento, juntou, “o Ministério da Saúde, a Direcção-Geral da Saúde [DGS], as entidades de saúde, consideram que as escolas ainda continuam a não ser de risco elevado”, ao contrário do que acontece com outras instituições.

“Esta é uma doença de comportamentos. O comportamento das pessoas tem alterado a evolução da pandemia”, lembrou o responsável. “No Natal e no ano novo, as pessoas não deixaram de socializar”, apontou. Por isso, defende que “tem de haver por parte do Governo e das forças de autoridade capacidade de fazer vigilância e tomar medidas de fiscalização”. “Tem de se fiscalizar mais e rapidamente. E temos de ser conscientes [nos comportamentos]”, concluiu. PUBLICIDADE

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6 O SETUBALENSE 20 de Janeiro de 2021

Barreiro

ENTREVISTA RUI LOPO

PLANO DE ACÇÃO

Rui Lopo faz retrospectiva sobre 11 anos de dedicados à política DR

Vereador eleito pela CDU recorda projectos não concretizados nos últimos anos e sobre os quais ainda mantém esperança

Ana Martins Ventura

Activista. Dirigente partidário. Rui Lopo abraça agora funções na empresa Transportes Metropolitanos de Lisboa da Área Metropolitana de Lisboa (AML). O novo cargo impede-o de exercer as funções de vereador que tinha na Câmara do Barreiro. Contudo, em entrevista a O SETUBALENSE, o eleito da CDU afirma que não deixará de participar e intervir sempre que necessário, ou que lhe for solicitado, "mas agora num patamar menos mediático e institucional". Fazendo uma retrospectiva dos mandatos em que assumiu funções, o que considera ter ficado por fazer? Dos meus 11 anos de Câmara Municipal dos quais três em oposição, talvez apenas um ano – o de 2017 - tenha sido de alguma melhoria de capacidade orçamental. Todos os outros foram marcados pela presença da troika que inviabilizou a possibilidade de investirmos o que era realmente necessário. Mas num concelho com as ameaças e desafios por concretizar como os que o Barreiro tem, fica sempre imenso por fazer. Como dizia Fernando Pessoa “somos do tamanho dos nossos sonhos” e, para o Barreiro que projecto, o sonho é o limite. Fico por isso feliz por alguns dos projectos que planeei e

nos quais trabalhei terem sido concretizados neste mandato, mesmo sem estarmos a gerir a Câmara do Barreiro, como é o caso da melhoria das acessibilidades, algumas unidades comerciais que se instalaram e a finalização de arranjos na frente ribeirinha. Fico bastante preocupado por outros projetos que estando planeados e consensualizados terem sido abandonados apenas porque vinham da gestão da CDU. Que projectos são esses? A ponte pedonal e ciclável BarreiroSeixal ou o abandono a que foi votada a Quinta do Braamcamp, na qual não se gastou um cêntimo desde as últimas eleições. Mas também me sinto “derrotado” por não se ter feito a Terceira Travessia do tejo ferro-rodoviária com a ponte rodoviária Barreiro – Seixal. Que significado teria a concretização destes

investimentos para o Barreiro? Com estes investimentos ajudavase a desenvolver urbanisticamente e economicamente o Parque Empresarial da Baía do Tejo e o Barreiro como um todo… Mas, ainda assim, deram-se “passos de gigante” na forma como o Barreiro é interpretado, e com perseverança e intervenção política forte conseguiremos que esses projectos sejam concretizados ainda a tempo deles tirarmos partido enquanto cidadãos. Com a impossibilidade de exercer as funções de vereador já é conhecido o nome de quem o substituirá? O quinto vereador da lista é o Pedro Estrela e o sexto é a Alexandra Silvestre, mas ambos já vão com uma regularidade relativa às Sessões de Câmara para substituir ausências. E o nome de quem assumirá a liderança da oposição CDU nas

autárquicas 2021? Sobre a liderança da oposição nas Autárquicas de 2021, permita-me dizer que identifico na pergunta uma contradição porque entendo que a CDU tem fortes possibilidades de retomar a direcção da gestão da Câmara do Barreiro e por isso não será oposição nas Autárquicas de 2021… A liderança será, mais uma vez, bastante presente, certamente numa equipa bastante heterogénea e competente para assumir os destinos do concelho seja, na Câmara seja nas juntas de freguesia. O Rui Lopo cidadão, activista e dirigente partidário não deixará de participar e intervir sempre que necessário, sempre que lhe for solicitado, mas agora num patamar menos mediático e institucional. Esta mudança de rumo profissional está de alguma forma relacionada com as autárquicas 2021 e a lista CDU que irá ser apontada para o Barreiro? Os meus destinos profissionais nada tiveram a ver com o percurso de intervenção política ou partidária. Enquanto vereador com pelouro mantive o vínculo à minha entidade patronal que já durava há cerca de 10 anos, e que interrompi para uma mudança de sector de atividade desde há três anos a esta parte. Tem sido um percurso profissional sempre em entidades privadas. Este novo desafio profissional que me foi colocado é quase irrecusável. É uma responsabilidade muito grande, num projecto que tem uma ambição enorme. E é mais uma vez um privilégio poder servir as populações, agora a num outro nível de intervenção, mas que, de alguma forma, está ligado ao trabalho que fomos realizando no Barreiro e que se estendeu à Área Metropolitana de Lisboa, através do bom entendimento com outros eleitos de outras câmaras e de outras forças políticas.

Hospital cria centro para dinamizar a Unidade de Gastro Luís Geirinhas Para dinamização da actividade desenvolvida pela Unidade de Gastroenterologia, o Centro Hospitalar Barreiro Montijo (CHBM) criou, recentemente, o Centro de Responsabilidade Integrado de Gastroenterologia, conhecido por CRI.GASTRO, que tem como objectivo consolidar a acção que tem vindo a ser desenvolvida nesta especialidade, de modo a “promover o desenvolvimento da capacidade técnica e clínica” daquela unidade. O centro hospitalar acrescenta que estes centros são novos modelos organizacionais, criados no âmbito da assistência assistencial e que pretendem “valorizar uma área de especialidade em desenvolvimento crescente”, adianta. Neste âmbito, com a criação do novo centro e na sequência do Plano de Acção assinado pela Unidade de Gastroenterologia, para o triénio de 2021/2023 “estão previstas 15800 consultas externas, 1900 sessões de hospital de dia”, com “12900 exames de gastroenterologia e 550 rastreios do cancro do colon e recto”, revela Catarina Lima Vieira, directora do Conselho de Gestão do CRI.GASTRO, que iniciou a sua actividade no presente mês e é constituído por uma equipa multidisciplinar, da qual fazem parte 26 médicos, além de enfermeiros, assistentes operacionais e técnicos e um administrador hospitalar. DR


20 de Janeiro de 2021 O SETUBALENSE 7

Concluída recuperação de antigas instalações da Junta do Lavradio

DR

Está dada por concluída a recuperação que tem vindo a decorrer, na freguesia do Lavradio, do prédio onde funcionaram as antigas instalações daquela junta de freguesia. Para além da pintura da fachada exterior do edifício, o espaço foi ainda alvo de obras para a

500 ANOS DO MUNICÍPIO DO BARREIRO

BREVES

Frederico Rosa destaca rota de progresso e desenvolvimento em dia de celebrações

AUDITÓRIO MUNICIPAL

Bárbara Tinoco com concerto adiado para 16 de Abril DR

“Enfrentamos aquele que é, possivelmente, o momento mais importante e de maior responsabilidade das nossas vidas”, afirma o autarca

colocação de um novo telhado. No edifício, situado na Avenida Joaquim José Fernandes, foi também instalado em rodapé um mural da autoria de António Rocha, para melhorar a imagem de um imóvel de grande importância para esta zona do concelho do Barreiro.

A cantora Bárbara Tinoco voltou a ter o seu concerto no Auditório Municipal Augusto Cabrita adiado, desta vez para 16 de Abril. O espectáculo, que estava previsto para o final deste mês, terá lugar à mesma hora e os bilhetes já adquiridos mantêmse válidos para a nova data.

Esta decisão surge face ao novo Estado de Emergência, que impõe o dever de recolhimento domiciliário e o encerramento dos equipamentos culturais. Quem pretenda a devolução do bilhete e respectivo reembolso, deverá solicitá-lo no local de compra. FOTÓGRAFO

Luís Geirinhas As comemorações dos 500 anos do município do Barreiro, arrancaram no último sábado, com a realização de duas iniciativas online, face ao actual estado de emergência e ao confinamento da população, na sequência da situação de pandemia. Para assinalar a efeméride, a autarquia local optou por publicar vídeos nas redes sociais, com mensagens dos presidentes daquela edilidade e da Assembleia Municipal, Frederico Rosa e André Pinotes Batista, respectivamente, além de um dedicado à exposição que foi inaugurada no Espaço Memória, alusiva a estas celebrações. Para o edil barreirense, este período histórico (1521-2021) ficou marcado por “muitas transformações do nosso território, mas também por transformações políticas, culturais, da indústria e do caminho-de-ferro, que tanta gente trouxe ao Barreiro”. O autarca destaca ainda que a data deve ser relembrada e honrada, assim como os homens e mulheres “que ao longo de séculos da história de Portugal, fizeram também a história da nossa terra”. Frederico Rosa fez questão de frisar que este ano “enfrentamos também aquele que é, possivelmente, o momento mais importante e de maior responsabilidade das nossas vidas”. Durante a mensagem à população, o presidente sublinha que “todos somos convocados à responsabilidade de ultrapassar” a presente crise pandémica e, ao mesmo tempo, de responder ao desafio de “perspectivar o futuro” do concelho, para que nunca “deixe de estar numa rota de progresso, prosperidade e de desenvolvimento, honrando

Mostra comemorativa dos 500 anos do município já foi inaugurada e poderá ser visitada, após o confinamento

todos aqueles que fizeram do Barreiro aquilo que é hoje”, através da criação de “melhores condições para as gerações futuras”. Já o presidente da Assembleia Municipal, André Pinotes Batista, recordou que a efeméride assinala o momento em que o rei D. Manuel I assinou a Carta de Vila que conduziu o Barreiro a este estatuto, ao qual se seguiu um período de desenvolvimento no contexto daquela época. Para o responsável, desde então, o território foi afirmando-se “pela sua centralidade” e “pelas suas potencialidades”. “Esse tem sido o desafio que se tem colocado ao Barreiro nos últimos anos e que se coloca também hoje”, lembra,

realçando que é com grande orgulho que o concelho regista esta data simbólica, “num momento complexo e de enorme exigência que atravessamos, mas sabendo que os portugueses e os barreirenses em particular, ao longo destes 500 anos, revelaram em cada momento de dificuldade a argúcia de conseguir resolver e de ir mais longe”. Na sua perspectiva, essa é “a marca de gente que sonha, mas de gente que faz, a marca de gente que atravessa dificuldades e alavanca esta terra para o futuro”, apelando a todos os barreirenses que respeitem as regras do confinamento, para que nas próximas décadas “o Barreiro possa continuar a florescer e progredir”.

História local Exposição inaugurada no Espaço Memória No mesmo dia foi ainda inaugurada, no Espaço Memória, a exposição que celebra a efeméride da carta de privilégio através da qual D. Manuel I concedeu o estatuto da vila à região. A mostra pretende documentar, desde esse momento e até à chegada do caminho-do-ferro, a dinâmica do território onde se desenvolveu o concelho e as povoações que fazem fronteira com o mesmo.

Devido à actual situação, os munícipes só terão a possibilidade de conhecer ao vivo esta exposição histórica, quando aquele equipamento cultural reabrir ao público. As comemorações, recorde-se, vão decorrer até Dezembro e incluem um leque diversificado de eventos, que têm ainda por objectivo envolver toda a comunidade educativa concelhia.

SERVIÇOS PÚBLICOS

Espaço Mobilidade aberto ao público no Forum Face às medidas que se encontram em vigor na sequência do actual Estado de Emergência, provocado pela pandemia, o Espaço Mobilidade dos Transportes Colectivos do Barreiro, situado no Forum Barreiro, continua a funcionar todos os dias da semana, entre as 10h00 e as 20h00, até à eventual renovação do decreto

aprovado pelo Presidente da República. Por sua vez, os cemitérios municipais estão encerrados, com excepção da realização de cerimónias fúnebres, estando, nesses casos, a lotação limitada ao máximo de 10 pessoas, salvo familiares. Já o atendimento no Balcão Único continua a ser assegurado apenas por marcação prévia (212 068 068).

ÁGUAS E SANEAMENTO

Alteração ao regulamento e tarifário em consulta pública A alteração ao regulamento tarifário dos serviços de água, saneamento e resíduos do município do Barreiro está em período de consulta até 4 de Fevereiro. De acordo com a autarquia os interessados podem remeter, por escrito, os contributos que entenderem

neste sentido, através de endereço electrónico (regulamento_tarfario_asr@ cm-barreiro.pt), expressando no assunto “Contributos para a alteração ao Regulamento tarifário dos serviços de água, saneamento e resíduos do município do Barreiro”.


8 O SETUBALENSE 20 de Janeiro de 2021

Barreiro PUBLIREPORTAGEM SERVILUSA

INTERVENÇÃO URGENTE

COVID-19

Funerais com restrições mais apertadas no novo estado de emergência Cerimónias em que a causa foi Covid sob fortes medidas de segurança Com o regresso do Estado de Emergência o país entrou num novo período de restrições, que visam conter o nível de contágio registado nos primeiros dias do ano. A Servilusa, uma das maiores funerárias em Portugal, divulga no seu site informações, conselhos e as limitações a que voltam a estar sujeitos os funerais realizados em Portugal, neste período de confinamento. Entre as recomendações referidas, a Servilusa destaca as mais importantes: Funeral em que a causa de morte foi COVID: Não haverá lugar a velório, o serviço funerário será directo ao local de cremação ou sepultura; Pode haver lugar a uma breve cerimónia/encomendação no local do funeral. Funeral em que a causa de morte não foi COVID: É possível o velório, que pode decorrer no período normal; Recomenda-se que não se prolongue pela noite, respeitando horários em vigor; Devem seguir-se todas as reco-

mendações da DGS relativamente às medidas de protecção, designadamente; Cumprimento do limite máximo de pessoas na sala; distanciamento social; utilização de máscara; lavagem e desinfecção de mãos; respeito pelas regras de higiene e etiqueta respiratória Paulo Moniz Carreira, director geral de negócio da Servilusa, sublinha ainda que “o número de participantes nos velórios continua a ser limitado pela capacidade da sala, por isso a Servilusa coloca à disposição das famílias opção de transmissão em direto da cerimónia”. Recorde-se que, nos centros funerários geridos pela Servilusa são asseguradas rigorosas medidas de higiene e desinfecção. Após cada serviço funerário, as salas serão desinfectadas com produtos adequados e em alguns casos higienizadas por máquina de ozono. Uma vez concluída a operação de limpeza e higienização, as salas são seladas, até a chegada da família seguinte. A Servilusa é a maior e mais moderna empresa funerária do país, detida a 100% pela empresa de serviços funerários Mémora, cujo capital é detido maioritariamente pelo Ontário Teachers´Pension Plan. A Servilusa, que detém 70 agências em todo o país, conta com cerca de 320 colaboradores nos seus quadros. DR

Paulo Moniz Carreira, director geral da Servilusa

Cemitério da Vila Chã está perto da lotação máxima DR

Concurso público para construção de um crematório teve um único concorrente que não respeitava requisitos exigidos pela autarquia Luís Geirinhas O concurso público para a construção de um crematório no cemitério da Vila Chã, no Barreiro, teve um único concorrente que não cumpriu os requisitos definidos pelo município para que o mesmo pudesse avançar com o projecto. Após a reprovação do júri, ao que O SETUBALENSE apurou junto do vereador responsável por esta área na autarquia, Bruno Vitorino, é tempo agora de “reequacionar” o que estava planeado e “iniciar todo um novo procedimento”. Na mesma altura, o autarca revelou que o cemitério da Vila Chã está “perto da lotação máxima”. Nos cemitérios do Lavradio e de Palhais a actual situação assemelha-se à do equipamento da Vila Chã, com o espaço disponível esgotado há muito tempo, sendo possíveis apenas sepultamentos em jazigos. O problema do cemitério da Vila Chã agravou-se devido ao actual momento de pandemia, tendo realçado a “necessidade de aumentar a capacidade”, através da disponibilidade de duas centenas de campas. Na verdade e de acordo com o vereador são “centenas de exumações” que “importa efectuar” nas campas temporárias, por já terem ultrapassado os cinco anos. Na sua perspectiva, também os talhões dos combatentes e dos bombeiros “merecem mais atenção”, sendo vários os túmulos existentes que se encontram “em mau estado de conservação”. Bruno Vitorino adianta que, actualmente, “está em curso a elaboração de um novo regulamento dos cemitérios municipais”, uma vez que o existente já tem duas décadas e “não permite dar resposta a alguns dos problemas” nestes equipamentos. “Há todo um procedimento legal que importa respeitar e isso leva o seu tempo”, reconhece.

Lotação agravou-se com o aumento de óbitos em tempo de pandemia

O responsável recorda que “não há uma rubrica de cemitérios no orçamento do município para esta área”, com algumas matérias a estarem somente inseridas no Gabinete de Apoio ao Cidadão, nomeadamente, as despesas com o pessoal ou as respeitantes à aquisição de materiais. Bruno Vitorino considera ainda que “durante várias décadas esta área não foi objecto de medidas estruturais”, situação que fez com que os espaços exteriores se encontrem “velhos, desleixados e pouco cuidados”, critica. O vereador revela-se bastante preocupado com a “falta de espaço”, por exemplo, nos ossários, e explica que aqueles que se encontram em construção “já se afiguram insuficientes”. Na sua apreciação existe também uma “omissão total” no regulamento camarário em relação “ao tempo de concessão dos mesmos”. Não sendo possível declarar muitos destes espaços como “abandonados”, havendo, por isso, “impossibilidade de desocupação para colocar ossadas das campas a exumar”.

Definir carácter temporário da concessão dos ossários

O autarca recorda que foi já apresentada uma proposta em reunião de câ-

mara, que teve por objectivo “definir o carácter temporário da concessão dos ossários”, a qual mereceu a aprovação do executivo, com outro documento para definir as dimensões e áreas das sepulturas para “harmonizar os espaços” e reduzir custos. Outra das questões levantadas pelo vereador prende-se com os nichos – locais de consumpção aeróbia –, que “não podem ser desocupados em virtude de o processo de decomposição não estar concluído”. Responsável por esta área naquela autarquia desde Setembro do ano passado, o vereador afirma ter também encontrado as “instalações administrativas em más condições”, onde os balneários dos funcionários “não têm condições dignas de utilização e precisam de obras”, existindo “uma área administrativa desorganizada e com falta de recursos humanos”, defende, isto apesar da boa vontade de quem ali trabalha. Uma situação que “dificulta a realização de algumas tarefas que importa realizar”, entre as quais, a organização de ficheiros dos titulares ou proprietários das campas, de forma a que seja possível apurar “as que possam ou não estar ao abandono”.


20 de Janeiro de 2021 O SETUBALENSE 9

Campanha informa sobre take-away disponível em Sesimbra p12

Para quando a requisição civil na saúde?

dezembro para contratar médicos recém especialistas confirmou o que já sabíamos: um terço das vagas ficou por preencher. Nas áreas hospitalares e de saúde pública, dos 950 lugares, apenas 593 foram ocupados, o equivalente a 62,4%. Estes números convocam a uma reflexão séria sobre o investimento que o país tem de fazer no SNS não apenas para combater a pandemia mas também para garantir recuperar a actividade programada. Mas enquanto isso não é corrigido, não

se entende a resistência em avançar para colocar a capacidade instalada no sector privado e social ao serviço do SNS. Nos últimos dias temos assistido hospital atrás de hospital a admitir que está no limite, como vimos no Hospital de Setúbal e no Hospital Garcia de Orta. Foi precisamente à porta deste hospital que a Ministra da Saúde Marta Temido reconheceu que “Estamos a pôr todos os meios a funcionar em todos os sectores, mas há um limite. E estamos muito

próximos do limite”. Uma afirmação que contrasta com a do Primeiro-Ministro de que “a requisição civil será se e quando necessário". O Primeiro-Ministro tem razão, não importa apenas o que o governo proíbe. Neste momento importa muito o que o governo decide. A pergunta impõem-se: porque é que o governo não decide a requisição civil na saúde? Se não é agora, quando é que será tarde demais? Deputada do BE

OPINIÃO

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Joana Mortágua

E

stamos no pico da terceira vaga da pandemia e ouvimos António Costa dizer que “o que importa não é o que o Governo proíbe” como forma de reforçar o apelo cívico ao comportamento individual responsável. Não está despossuído de razão, já sabemos o suficiente sobre o contágio da COVID-19 para nos protegermos a nós e aos outros: máscara, distanciamento físico, higiene e desinfeção permanentes. Existe irresponsabilidade por aí, para o confirmar basta ver como André Ventura organizou um jantar com 170 pessoas em Braga mesmo depois de ter recebido parecer negativo das autoridades de saúde. Mas há uma maioria que procura todos os dias fazer a sua vida com respeito pelas precauções que são pedidas, mesmo em campanha eleitoral, e que precisa de ser protegida. Em primeiro lugar, protegida na doença. A única forma de o fazer é garantir que o Serviço Nacional de Saúde não entra em colapso e dispõe de todos os recursos necessários para responder perante o agravamento da crise de saúde pública sem deixar ninguém para trás. Sabemos que a capacidade de resposta do SNS é limitada mas é precisamente por isso que a preparação da terceira vaga exigia um reforço de investimento. Portugal chegou a dezembro de 2020 como um dos países que menos gastos extra fez na saúde por causa da COVID-19. Segundo o relatório “Health at a Glance Europe 2020”, que contabiliza gastos em medidas como a aquisição de equipamentos médicos especializados e de proteção individual (EPI), ampliação da capacidade de testagem, contratacção de trabalhadores adicionais e pagamen-

Não se entende a resistência em avançar para colocar a capacidade instalada no sector privado e social ao serviço do SNS

tos de bónus, apoio a hospitais e contribuições para o desenvolvimento de vacinas, Portugal gastou 57 euros por pessoa, abaixo da média da União Europeia, de 112 euros. O investimento em saúde foi uma das prioridades nas reivindicações orçamentais do Bloco de Esquerda e uma das razões pelas quais não foi possível chegar a acordo com o Governo. O Orçamento para 2021 foi aprovado com uma verba orçamentada para o SNS €144M menor que o inscrito no Orçamento Suplementar, estagnação das transferências para o SNS e um reforço claramente insuficiente das despesas com pessoal. Infelizmente, o concurso lançado em

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10 O SETUBALENSE 20 de Janeiro de 2021

O SEGREDO DAS CARTAS TARÓLOGO e ASTRÓLOGO FRANCISCO GUERREIRO

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CARNEIRO 21.03 a 20.04 No plano amoroso – não rejeite a possibilidade de se envolver um novo relacionamento. Poderá ser surpreendido, muito favoravelmente, com as atitudes e gestos de alguém que entrou há pouco na sua vida. No plano profissional – poderá entrar numa nova fase profissional, comece a pensar em novos projetos ou novas aplicações financeiras. Carta da semana – O SOL – semana muito luminosa e feliz para Peixes. Vai sentir-se com muita vontade de viver a vida e demonstrar a força das suas emoções e sentimentos. TOURO 21.04 a 21.05 No plano amoroso, sente-se muito apaixonado e tem receio de mostrar os seus sentimentos. No plano profissional, terá algumas propostas, mas não se iluda com as mais vantajosas. Carta da Semana – A Lua, esta carta mostra que você estará sensível e um pouco frágil, mas ao mesmo tempo estará com um grande poder de análise. GÉMEOS 22.05 a 21.06 No plano amoroso – poderá travar novos conhecimentos, embora deva amadurecer bem as ideias antes de lançar num novo romance. Poderá ter de enfrentar oposições familiares para poder levar em frente uma relação. No plano profissional – deve manter a calma em todas as circunstâncias, até porque esta semana tudo está ao seu alcance. Carta da semana – O CARRO – a conjuntura anuncia progressos. CARANGUEJO 22.06 a 22.07 No plano amoroso – possibilidade de os seus sentimentos serem completamente renovados. Numa situação inesperada ou mesmo sem estar disponível pode sentir novas emoções. No plano profissional – se estiver envolvido em atos de representação ou de cariz público, sair-se-á muito bem. Carta da semana – O AMOROSO – esta carta define uma semana intensa em que todos os comportamentos estão marcados pela paixão. LEÃO 23.07 a 23.08 No plano amoroso – não aceite opiniões ou que se metam demasiado na sua vida, o seu coração é o seu melhor amigo e só poderá arrepender-se do que não fizer. No plano profissional – todos os negócios ou investimentos em que se envolver, desde que estruturados e calculados darão bons resultados. Carta da semana – O IMPERADOR – está muito lúcido, objetivo e eficaz marcando pontos em todas as situações que se envolver. VIRGEM 24.08 a 23.09 No plano amoroso – não permita que o orgulho atrapalhe ou ponha em causa em relação. No plano profissional – alguns colaboradores podem interferir ou pôr em causa as suas opiniões, mas é aconselhável que não baixe os braços e faça persistir as suas ideias. Carta da semana – A FORÇA – fomenta novas ideias confere rapidez de raciocínio e força de vontade não permitindo que se instalem na sua vida indecisões ou qualquer tipo de medo. BALANÇA 24.09 a 23.10 No plano amoroso – é uma semana adequada a que faça alterações na sua forma de vida; pode iniciar uma fase mais límpida e intensa. No plano profissional – algumas situações podem assumir contornos que não esperava e perante os quais terá de tomar uma posição. Carta da semana – A MORTE – é uma carta forte que permite conduzir a sua vida de forma objetiva e eficaz. Fim de uma etapa e inicio de uma nova etapa próspera. ESCORPIÃO 24.10 a 22.11 No plano amoroso – não entregue o seu amora quem não o merece, corre o risco de deceções. Nem todas as promessas serão cumpridas esta semana. No plano profissional – dê atenção a um negócio ou a um projeto que pode esconder problemas, procure novos apoios. Carta da semana – A LUA – a conjuntura leva-o para o mundo dos sonhos em que é difícil ser racional, tente manter-se lúcido para não ser enganado. SAGITÁRIO 23.11 a 20.12 No plano amoroso, relações são correspondidas e regidas por si e pelos seus interesses. Controle o seu feitio pois numa relação toma decisões a dois. No plano profissional, mostre-se mais activo e mais empenhado com trabalhos que lhe são solicitados. Carta da Semana – O Mundo, esta carta mostra que as conquistas e os seus êxitos estão ao seu alcance, basta que consiga reunir todas as suas potencialidades para atingir os seus fins. CAPRICÓRNIO 21.12 a 20.01 No plano amoroso – escute o que lhe dita o coração sempre que tomar uma decisão ou fizer uma escolha sentimental; todos os gestos deverão ser fruto de reflexão solitária e amadurecida. No plano profissional – está perfeitamente apto a atuar em proveito próprio e fazer bom uso das suas habilitações e conhecimentos. Carta da semana – A PAPISA – a semana promete ser muito importante. AQUÁRIO 21.01 a 19.02 No plano amoroso, poderá estar a passar uma fase conflituosa, que se deve á indefinição de sentimentos, clarifique-os. No plano profissional, os trabalhos que tem em curso irão sofrer alguns atrasos, devido á falta de recursos. Carta da Semana – O Eremita, esta carta mostra que deve agir com rigor e cuidado em todas as situações. PEIXES 20.02 a 20.03 No plano amoroso – momento propicio á evolução sentimental; conseguirá compreender alguns gestos e lidar melhor com os afetos. No plano profissional – vida financeira sujeita a flutuações que merecerão medidas adequadas em cima dos acontecimentos. Carta da semana – O JULGAMENTO – traz uma semana marcante pródiga em acontecimentos importantes que lhe possibilitarão análises e iniciativas fundamentadas.

500 PALAVRAS João Reis Ribeiro

Açores, um arquipélago poético

E

ntre os nascimentos em Ponta Delgada dos micaelenses Gaspar Frutuoso (1522) e Inês Botelho (2004), ambos autores de poemas, passaram cinco séculos. Desse longo período foram respigados 400 poetas pelo jorgense Olegário Paz (n. 1941), amesendados sob o título “Os Açores nos versos dos seus poetas” (Letras Lavadas Edições, 2020), neste número incluindo 81 “açorianófilos”, os “açorianos de afeição”, recolha que teve origem na partilha semanal de poemas pelo organizador, em missivas para os amigos sob o título “Porque hoje é Sábado”, elaborado ao longo de anos. Os textos, alguns em primeira publicação, provêm maioritariamente de livros de autor e bastantes de publicações colectivas. A diversidade das ilhas surge por várias vozes, como a do micaelense Raposo de Amaral (1897-1987) - “Em vão o mar retalha em nove cantos, / Nove açafates de verdura e flores, / As nove irmãs no solo e nos encantos, / As ilhas abençoadas dos Açores” - ou a de Henrique Segurado (1930-2021), um dos “açorianófilos” - “Nove ilhas de meio tamanho / Mas de temas tão diferentes, / No mapa são um desenho / No meio de dois continentes.” A ligação ao torrão natal é confessada pelo florense Pedro da Silveira (19222003), que, desde Lisboa, proclama: “Estou, Mãe Terra, nas tuas cidades, / nas tuas vilas mortas, / e, mais sobre oeste, / tanto que ali a Europa acaba, / na freguesia onde eu nasci.” Este afecto pelas raízes intensifica-se quando o longe marca a geografia, criando o poeta um rincão interior para o sabor colorido da origem - “Do arco-íris as cores / Quero ir lá cima roubar, / Para as ilhas dos Açores / No meu coração pintar”, escreveu a faialense Fátima Toste (n. 1941) desde Toronto. É pelo dizer da terceirense Bernardete Falcão (n. 1924) que o leitor pode

Entre os micaelenses Gaspar Frutuoso e Inês Botelho passaram cinco séculos. Desse longo período foram respigados 400 poetas

entender que “o sonho do ilhéu / (...) fica suspenso / entre o mar e o céu”, num poema cruzado pelos rastos das gaivotas ou dos navios, por partidas e destinos, celebrados num verso como “Lisboa, Paris, Cidades, o Mundo!...”, um quase eco de Cesário Verde. A vida, nas suas descobertas, dores, saberes e vivências, passa por muitos dos textos convocados. São reflexões sobre o tempo - “A hora que passa não volta mais”, do faialense Silva Peixoto (1915-2000); sobre a distância - “Veio-nos o exílio / roubar a terra / onde nascemos / e sonhamos morrer”, do terceirense Cunha Ribeiro (1957-1994); sobre o amor - “A paixão não tem limites, / Dura enquanto a vida dura, / Depois que nasce na alma / Só tem fim na sepultura”, do jorgense Gilberto Remador (1916-1993); sobre o campo “O camponês é o órgão supremo da hierarquia da terra”, do terceirense Santos Barros (1946-1983); sobre a dor - “O coração foi picotado em mil pedaços”, da micaelense Fátima Ribeiro de Medeiros (n. 1950); sobre o ser - “Só hoje sei o ontem que fui e amanhã o que hoje serei”, do micaelense Emmanuel de Sousa (1941-2018); sobre a descoberta do mundo - “Descobrir as coisas / plo cheiro e plo tacto / é a melhor forma / de as libertar / de as percorrer”, da “açorianófila” Ana Inácio (n. 1966). É uma longa e consistente antologia, em que cada autor fala por um só poema, num percurso pelo tempo e pelas nove ilhas, transitando por geografias e emoções, profissões e costumes, raízes e emigrações. Uma bela e diversificada viagem literária pela tessitura do arquipélago e dos sentires que o fazem!


20 de Janeiro de 2021 O SETUBALENSE 11 PUBLICIDADE

ANTÓNIO FERREIRA DE VIVEIROS

CARLOS MANUEL ROMÃO GOMES

MARIA GUILHERMINA MOREIRA PINTO BATISTA

LUÍS ALBERTO ENVIA VALIDO

(1936 – 2021)

(1953 – 2021)

(1936 – 2021)

(1935 – 2021)

Participação e Agradecimento

Participação e Agradecimento

Participação e Agradecimento

Participação e Agradecimento

A funerária Armindo lamenta informar o falecimento de António Ferreira de Viveiros. A família vem por esta via agradecer a todas as pessoas que se dignaram a acompanhar o funeral ou que, de qualquer outra forma, manifestaram as suas condolências.

A funerária Armindo lamenta informar o falecimento de Carlos Manuel Romão Gomes. A família vem por esta via agradecer a todas as pessoas que se dignaram a acompanhar o funeral ou que, de qualquer outra forma, manifestaram as suas condolências.

CAPITÃO JOÃO AUGUSTO QUARESMA DA ROSA

CAPITÃO JOÃO AUGUSTO QUARESMA DA ROSA

(1931 – 2021)

(1931 – 2021)

Participação e Agradecimento

Participação

A funerária Armindo lamenta informar o falecimento do Sr. Capitão João Augusto Quaresma da Rosa. A família vem por esta via agradecer a todas as pessoas que se dignaram a acompanhar o funeral ou que, de qualquer outra forma, manifestaram as suas condolências.

É com muito pesar que informamos o falecimento do nosso querido marido, pai e avô, João Augusto Quaresma da Rosa. Agradecemos todas as condolências e mensagens de conforto recebidas, bem como o reconhecimento do grande Oficial do Exército e Comandante dos Bombeiros Sapadores de Setúbal, que orgulhosamente foi. A cerimónia fúnebre janeiro, pelas 15.30, terá lugar no (hoje)dia 20 de no Cemitério da Paz.

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Rua Jorge de Sousa, 8 | 2900-428 Setúbal www.precilab.pt | tel. 265 529 400/1 telm.: 910 959 933 | Fax: 265 529 408

A funerária Armindo lamenta informar o falecimento de Maria Guilhermina Moreira Pinto Batista. A família vem por esta via agradecer a todas as pessoas que se dignaram a acompanhar o funeral ou que, de qualquer outra forma, manifestaram as suas condolências.

A funerária Armindo lamenta informar o falecimento de Luís Alberto Envia Valido. A família vem por esta via agradecer a todas as pessoas que se dignaram a acompanhar o funeral ou que, de qualquer outra forma, manifestaram as suas condolências.

COMUNICADO A funerária Armindo informa que subiu o nível de contingência para o nível máximo, uma vez que a quantidade de óbitos atingiu níveis absolutamente inéditos. Como sempre, a funerária Armindo tem todos os recursos aplicados ao serviço da sociedade e pede a compreensão de todos para eventuais atrasos ou incómodos que possam resultar desta situação de exceção. Apelamos a toda a população para que respeite, com o maior zelo, as regras definidas ao abrigo do atual estado de emergência, para que a situação se possa normalizar o mais rapidamente possível.

ALMADA - 265 539 691 | SETÚBAL - 265 520 716 SEIXAL - 265 520 71 | MONTIJO - 212 318 392 MOITA - 212 047 599 | BARREIRO - 212 047 599 PALMELA - 265 520 716 | ALCOCHETE - 212 318 392 OUTROS CONCELHOS 265 520 716


12 O SETUBALENSE 20 de Janeiro de 2021

Sesimbra

Programação do Cineteatro Municipal João Mota cancelada

Na sequência do novo Estado de Emergência, em vigor desde dia 15 e até 30 de Janeiro, encerram durante este período as actividades culturais e artísticas, nomeadamente os auditórios, cinemas, teatros e salas de concertos. Neste âmbito, a programação de Janeiro de 2021 no Cineteatro Municipal João Mota

foi cancelada. Alguns dos espectáculos foram cancelados e outros serão adiados para datas a anunciar, podendo os bilhetes adquiridos ser usados para os espectáculos reagendados. Durante este período, a bilheteira encontra-se encerrada e os serviços municipais funcionam sob marcação prévia.

NOVO CONFINAMENTO

Campanha informa sobre comida que pode receber ou levar para casa DR

Iniciativa pretende divulgar oferta de take-away e entregas ao domicilio no concelho Inês Antunes Malta Neste novo confinamento, e no sentido de apoiar a actividade dos restaurantes do concelho, durante o próximo mês, a Câmara Municipal de Sesimbra vai lançar a campanha “Sesimbra à La Carte em sua Casa”, que pretende divulgar toda a oferta de take-away e entrega ao domicílio de restaurantes e similares do concelho nas suas redes sociais e site. Desta forma, nestes tempos em que não será possível almoçar ou jantar fora, poderá ter a gastronomia de

OBRAS

A campanha de apoio à restauração é uma das medidas da autarquia para este confinamento

Sesimbra em sua casa “com a qualidade e o sabor a que nos habituou”. Em comunicado, a autarquia sesimbrense diz que “apesar de atravessarmos um período de enormes

sacrifícios para os empresários da restauração, que voltam a ver os seus negócios encerrados, muitos deles vão manter-se a trabalhar em regime de take-away ou com en-

tregas ao domicílio, com a mesma dedicação de sempre, para que os seus pratos possam continuar a chegar às nossas mesas com a mesma qualidade”. Esta campanha surge assim na sequência de um conjunto de apoios que a autarquia tem dado à economia local em tempos de pandemia, dos quais se destacam a divulgação da oferta do comércio local durante o primeiro confinamento, a campanha Yes Sesimbra, durante o verão, que pretende promover o turismo sesimbrense e, mais recentemente, a campanha de Natal no comércio local. Os restaurantes que pretendam aderir à campanha podem contactar a Unidade Técnica de Apoio ao Empresário, Pescas e Ruralidade da autarquia pelo telefone, via e-mail ou ainda enviar mensagem pela página de Facebook da Câmara Municipal de Sesimbra.

ELEIÇÕES 2021

Requalificação da Heliodoro Salgado arrancou na segunda-feira

Município garante voto em segurança

Teve início esta segunda-feira a requalificação da Rua Heliodoro Salgado, situada entre a Avenida 25 de Abril, junto à Praça da Califórnia, e a Rua D. Afonso Henriques, na zona nascente da vila de Sesimbra. A reabilitação da rede de distribuição de água e do piso da rua estão na ordem dos trabalhos em curso, considerados essenciais, pela Câmara Municipal, “para melhorar o abastecimento de água e as condições de circulação desta via”. Durante o decorrer da obra, que tem uma duração prevista de 60 dias, não será permitido estacionar em toda a extensão da rua intervencionada e a circulação ficará condicionada. I.A.M.

Depois de o Salão do Grupo Desportivo de Sesimbra ter recebido o voto antecipado por mobilidade no domingo, a Câmara Municipal está agora a trabalhar para que no próximo domingo, dia 24, e dia de eleições para a Presidência da República, todas as secções de voto do concelho concedam aos eleitores as devidas condições de segurança. Com os percursos de entrada e saída devidamente assinalados, os espaços contam ainda com indicações de distanciamento de segurança, higienização das mãos e acessos para mobilidade reduzida. O uso de máscara é obrigatório e o direito de voto pode ser exercido a partir das 08h00, hora em que

Inês Antunes Malta

As três freguesias vão ter um total de 40 mesas de voto

abrem todas as urnas do concelho sesimbrense, que conta com 40

mesas de voto distribuídas pelas três freguesias.

ASSEMBLEIA

Apoio a instituições e habitação social marcam reunião Inês Antunes Malta A apreciação da actividade municipal e a aprovação da 18.ª edição da Assembleia Municipal de Jovens/14.ª edição do concurso As Cores da Cidadania, estiveram na ordem do dia da segunda reunião da sessão ordinária de dezembro da Assembleia Municipal, a 8 de Janeiro. Manifesto também ficou o compromisso do município em apoiar o Centro Comunitário da Quinta do Conde, a Santa Casa da Misericórdia e a Cercizimbra na construção de equipamentos sociais incluídos em candidaturas destas entidades apresentadas ao Programa PARES, caso sejam aprovadas. O presidente da Câmara Municipal, Francisco Jesus, fez o ponto de situação da obra de ampliação da Escola Navegador Rodrigues Soromenho, que se encontra parada, do protocolo de colaboração entre a autarquia, a GNR e a Secretaria-Geral do Ministério da Administração Interna para o projecto do novo posto da GNR na Quinta do Conde, e do processo de classificação do edifício da Rua Dr. Aníbal Esmeriz, a decorrer, tal como a candidatura ao Mecanismo Financeiro do Espaço Económico Europeu, para obter financiamento para reabilitação do edifício que acolherá o Centro de Conhecimento e Cultura Marítima. Felícia Costa, vice-presidente, informou, por sua vez, que está em curso o levantamento de projectos que a autarquia se propõe realizar, para se poder candidatar a fundos comunitários, ao abrigo do Plano de Recuperação e Resiliência, para a construção de habitação social. Está prevista a construção de cinco blocos de habitação na Quinta do Conde e a possibilidade de mais 32 fogos e um abrigo de alojamento temporário na freguesia de Santiago. Em simultâneo, será elaborado o Diagnóstico Social de Habitação e a Estratégia e está prevista a retoma do projecto de construção de um edifício de habitação na freguesia do Castelo.


20 de Janeiro de 2021 O SETUBALENSE 13

Falhas de energia preocupam quintacondenses

A Junta de Freguesia deu conhecimento à EDP da insatisfação dos quintacondenses relativamente ao fornecimento de energia eléctrica. As reclamações têm vindo a crescer acentuadamente com incidência em duas áreas: energia domiciliária e iluminação pública. Sobretudo na área norte, as ruas

Manuel da Maia, Afonso Domingues e outras próximas, estão longos períodos sem energia. No que diz respeito à iluminação pública, a Junta de Freguesia diz “que é, também, quando mais dela os quintacondenses necessitam que ela falha” e solicita “o empenhamento em resolver com urgência as situações descritas”.

Quinta do Conde

ELEIÇÕES 2021

Freguesia cria mais locais de voto para maior proximidade aos 13 mil eleitores FOTÓGRAFO

Este ano, “é mais fácil votar na Quinta do Conde” Inês Antunes Malta No próximo domingo, o país vai a votos e na Quinta do Conde o aumento do número de postos permite que os mais de 23 mil eleitores da freguesia exerçam o direito de voto mais próximo da sua residência. Com o objectivo de combater a abstenção e tornar mais fácil o acesso dos cidadãos eleitores às mesas de voto, a Junta de Freguesia da Quinta do Conde criou três novos locais de voto, apostando sobretudo na proximidade geográfica dos mesmos. A cada bairro corresponde agora um posto de recenseamento. Assim, para além dos postos C, G e H, que concentravam as 20 mesas de voto da freguesia, foram criados os postos A, B e D. Na prática, continuam a existir 20 mesas, mas serão assim redistribuídas por seis postos. “Vimos no problema uma oportunidade para a criação de mais locais de voto. Podemos afirmar que a criação destes novos locais de voto aproxima fisicamente os eleitores da mesa de voto e esse era o nosso principal objectivo”, refere Vítor Antunes a O SETUBALENSE sobre a importância do aumento de postos para votação. “O acelerado crescimento demográfico da Quinta do Conde acrescentou grande panóplia de problemas de natureza diversa, cuja resolução não era apenas necessária mas também urgente”, continua, acrescentando que “procurámos uma solução a pensar no futuro e, se desta vez tivemos que ‘mexer’ na quase totalidade dos mais de 23 mil eleitores da Quinta do Conde,

Os três novos locais de voto permitem que cada pessoa vote mais perto da sua residência

Onde votar? Consulte aqui o local de voto da sua zona de residência Quem reside no Conde 1, vota no Conde 1: Posto G, Escola EB n.º3 – Rua Ivone Silva. Quem reside no Conde 2, vota no Conde 2: Posto B, Escola Básica n.º2 – Novo Pólo – Rua António Sérgio. Quem reside no Conde 3, vota no Conde 3: Posto D, Junta de Freguesia – Avenida Cova dos Vidros. Quem reside no Pinhal do

General, vota no Pinhal do General: Posto A, Escola Básica do Pinhal do General – Rua Cidade de Leiria. Quem reside na Boa Água, vota na Boa Água: Posto H, Escola Básica da Boa Água – Rua Serra d’Aire Quem reside no Casal do Sapo ou Fontainhas, vota no Casal do Sapo: Posto C, Escola Básica das Fontainhas/Casal do Sapo

estamos cientes de que próximas intervenções, que o crescimento demográfico certamente aconselhará, serão mais fáceis porque incidirão em números muito menores”. Neste sentido, Vítor Antunes explica que “se pensarmos em subdividir a Boa Água, ‘mexemos’ apenas nos leitores do Posto H e o Posto B, do Conde 2, neste momento aquele que mais eleitores tem, pode ter mesas em locais distintos mas sempre no mesmo bairro, evitando assim percursos longos da residência ao local de voto”. Nas palavras do autarca, “a eliminação do número de eleitor produziu, conforme se esperava, inconvenientes junto dos casais que antes votavam juntos

na mesma secção de voto, por terem números sequenciais, e depois ficaram separados por o nome começar por letra diferente”. Em tom de exemplo, diz ainda “que o Posto G estava desdobrado em dois locais distantes, ambos já com muitas mesas, criando dificuldades de estacionamento aos eleitores e aos membros das respectivas mesas”. A criação de mais postos em território quintacondense, que é também “um contributo para reduzir a abstenção no concelho”, partiu da Junta de Freguesia que, em parceria com a Câmara Municipal de Sesimbra, “fizeram tudo o que estava ao seu alcance para que os eleitores pudessem votar mais próximo da sua residência”.


14 O SETUBALENSE 20 de Janeiro de 2021

Desporto

ELEITO HÁ TRÊS SEMANAS, CARLOS SILVA NÃO POUPA ELOGIOS AO PLANTEL

“Todos os envolvidos foram inexcedíveis em defender os interesses do Vitória” Prevenção Novo horário de atendimento da Gestão de Sócios

Apesar de se terem atenuado algumas situações, presidente diz que as coisas estão longe de estar resolvidas Ricardo Lopes Pereira (Texto) Mário Romão (Fotografia)

O presidente do Vitória Futebol Clube, Carlos Silva, eleito no cargo a 28 de Dezembro e empossado no dia seguinte, não poupa elogios à equipa principal de futebol que lidera isolada a série H do Campeonato de Portugal. O dirigente considera que o profissionalismo dos atletas e o sentimento que estes têm pelo clube explicam a forma como têm suportado as adversidades com que se têm deparado nos últimos meses. “É de louvar a atitude que tiveram perante o quadro tão difícil que viveram e estão ainda a viver. As coisas não estão resolvidas, nem pouco mais ou menos. Foram pessoas extraordinárias. Penso que na grande maioria das equipas não seria possível acontecer o mesmo que no Vitória. Todos os envolvidos foram inexcedíveis em procurar defender os interesses do Vitória, clube pelo qual demonstram um grande respeito”, vincou. Apesar de estar em funções há três semanas, a direcção liderada por Carlos Silva conseguiu regularizar uma parte dos salários em atraso no clube. O dirigente escusa-se a entrar em pormenores sobre os salários pagos afirmando apenas que, “com um esforço enorme conseguiu-se regularizar algumas situações, tendo em atenção a especificidade de cada caso, os atletas com maiores dificuldades e o número de meses em atraso”. O jurista, de 61 anos, reconhece haver ainda muito trabalho pela frente no clube. “É difícil, mas ten-

O Vitória informou em comunicado publicado na sua página oficial que, na sequência das medidas restritivas do estado de emergência decretadas pelo Governo, foi alterado o horário de funcionamento da Gestão de Sócios, no Estádio do Bonfim. O novo horário, em vigor durante o período de excepção acima referido, será mais limitado, estando as portas da Gestão de Sócios abertas de segunda a sexta-feira, das 14 às 18 horas.

Carlos Silva tomou posse como presidente do Vitória FC no dia 29 de Dezembro

tamos sempre estar ao lado de quem tem os salários em atraso. É isso que nos move. Também já conseguimos atenuar essas dificuldades no andebol e, nos próximos dias, serão atenuadas as dificuldades dos funcionários”, revela, admitindo que se deparou com problemas estruturais básicos. Instado a revelar se a situação que encontrou no Estádio do Bonfim era pior do que esperava, Carlos Silva foi peremptório. “Eu não fujo à regra dos que dizem que as coisas estão sempre piores do que se espera. Encontrei situações estruturais básicas muito difíceis que, neste momento, não quero ainda pormenorizar. Estamos numa fase

de recuperação de informação”, revelou ao nosso jornal. Sobre os montantes adiantados aos funcionários, Carlos Silva refere que o que foi feito “já foi qualquer coisa porque não tinha sido feito praticamente nada até essa altura. Fizemos um esforço e neste momento conseguimo-lo. E continuamos da mesma forma para tentar satisfazer as pessoas que estão com salários em atraso”, disse, lembrando que “a promessa da direcção foi no sentido de tentar ajudar e trabalhar para, de alguma forma, atenuar as enormes dificuldades que as pessoas têm”. Na sessão de tomada de posse, realizada no Fórum Municipal Luísa Todi, a 29 de Dezembro, o presiden-

te eleito para o triénio 2020-2023 destacou a importância da união dos sócios do clube. “Preocupa-me muito mais o momento presente, porque se não o tivermos não teremos futuro. Para o conseguirmos, é necessária a unificação dos sócios. Todos somos poucos para salvar o Vitória”. As palavras proferidas na altura pelo dirigente foram replicadas pelo treinador Alexandre Santana, que no domingo, após o triunfo 2-1 sobre o Moura, também apelou à união dos vitorianos. “Os vitorianos são pessoas que nos momentos críticos se unem e fazem acontecer. Nós cá dentro estamos a lutar por fazer acontecer. As pessoas que estão de

fora estão a aproximar-se cada vez mais da estrutura para ajudar e contribuir para acontecer”. E acrescentou: “É um caminho que temos de trilhar todos juntos. Os vitorianos têm neste momento muito mais de se unir do que dividir. Quem gosta tem de contribuir com coisas boas para o clube, tem de se aproximar de nós. Quer a equipa técnica, jogadores e direcção estão superabertas a que as pessoas se juntem a nós e contribuam para podermos crescer todos juntos. Esse é o caminho. O caminho da crítica leviana não serve”. Recorde-se que Carlos Silva, único candidato às eleições do Vitória, foi eleito presidente da direcção do clube setubalense com um total de 551 votos. Numa votação em que foram contabilizados 637 votos, o jurista recolheu 87 por cento do total, tendo-se registado 58 boletins em branco e 28 nulos, após o ato que decorreu na Sala do Bingo, do estádio do Bonfim.


20 de Janeiro de 2021 O SETUBALENSE 15

Amora e Racing Power já conhecem adversários na Taça de Portugal

As equipas apuradas para a terceira eliminatória da Taça de Portugal Feminina ficaram a conhecer os seus adversários no sorteio realizado na cidade do futebol. Nesta eliminatória, que conta já com a participação das equipas da Liga BPI, entram duas da nossa

região, o Racing Power Football Club e o Amora. O Racing Power, líder da Série G do Campeonato Nacional da 3.ª Divisão, que utiliza o Campo Pepita, na Trafaria, irá defrontar o Ouriense, que terminou a primeira fase da Liga BPI em 8.º lugar.

O Amora, sexto classificado da Série Sul da Liga BPI, vai deslocar –se à região de Viseu para medir forças com o Lusitano de Vildemoinhos, que disputa a Série Norte da 2.ª Divisão, onde se encontra em 7.º lugar, com apenas um ponto conquistado.

BASQUETEBOL

Equipas da região com jornada negativa com três derrotas em três jogos DR

Na liga masculina, Galitos e Barreirense perderam e GDESSA também foi derrotado

GDESSA cai de pé na Luz

José Pina A 15.ª jornada da Liga Masculina de Basquetebol não foi nada famosa para as equipas da região porque perderam ambas os jogos que disputaram, o Galitos por 62-73 com a Oliveirense e o Barreirense com a Ovarense por 115-75. A jogar no Pavilhão Municipal Luís de Carvalho, o Galitos não resistiu ao maior poder da Oliveirense e acabou derrotado por uma diferença de sete pontos. A equipa treinada por Hugo Salgado entrou bem na partida e terminou o primeiro quarto a ganhar por 21-16 mas os bicampeões nacionais responderam com um parcial de 229 e foram para o intervalo a vencer por 38-30. Na segunda parte o jogo decorreu equilibrado com o Galitos a ganhar vantagem no terceiro período e a Oliveirense a superiorizar-se na fase derradeira do encontro, conquistando assim a vitória. No Galitos os

A equipa alvi-rubra que ocupa a última posição na tabela classificativa desloca-se à cidade invicta para defrontar o FC Porto, às 15h 30m.

O GDESSA foi derrotado (68-61) no Pavilhão da Luz

jogadores que mais se destacaram foram Derreck Brooks com 17 pontos, nove ressaltos, uma assistência e dois roubos de bola, Rozelle Nix (16 pontos) e Daniel Machado (15 pontos). Na classificação o Galitos segue em 12.º lugar com os mesmos pontos que Ovarense e Esgueira e no próximo sábado recebe a equipa de Ovar, às 15 horas.

Barreirense impotente em Ovar

Quem não teve qualquer hipótese foi

o Barreirense que sofreu uma derrota bastante pesada na partida disputada com a Ovarense que andou sempre na frente do marcador com os parciais de 32-19 e 32-18 na primeira parte e 28-19 e 23-19 na segunda metade, tendo o jogo terminado com o resultado de 115-75. Kurt James com 22 pontos, seis ressaltos e uma assistência, Ian Kinard (13 pontos) e Guilherme Pais (11 pontos) foram os jogadores que sobressaíram no Barreirense.

Na Liga Feminina o GDESSA teve a mesma sorte do Barreirense e do Galitos e também foi derrotado (68-61) no confronto que teve com o Benfica, no Pavilhão da Luz. As águias começaram melhor (18-12) mas o GDESSA reagiu de forma positiva e as equipas foram para o intervalo com o marcador a assinalar 33-32, favorável ao Benfica. No recomeço as águias entraram mais fortes com um parcial de 17-10 e embora o GDESSA tivesse dado bastante réplica na parte final do encontro, a vitória acabou mesmo por sorrir ao Benfica que assumiu a liderança da tabela classificativa onde o GDESSA segue em quarto lugar com menos dois pontos. Maianca Umabano com 26 pontos e três ressaltos, e Aline Moura com 11 pontos, foram as jogadoras em maior destaque na equipa da margem sul do Tejo. Na próxima jornada, dia 24 de Janeiro, o Grupo Desportivo da Escola Secundária de Santo André desloca-se ao norte do país para defrontar o Guifões, às 16 horas.

HÓQUEI EM PATINS

Sesimbra Vs Benfica na taça

O Grupo Desportivo de Sesimbra está apurado para os dezasseis avos de final da Taça de Portugal, após vitória alcançada sobre o Dramático de Cascais, por 3-2, em jogo realizado no pavilhão da equipa da nossa região. Depois de uma primeira parte sem golos, o Cascais adiantou-se no marcador logo no início da segunda metade do encontro mas o Sesimbra deu a volta com três golos de Jorge Coelho (que foi o homem do jogo), obtidos no espaço de cinco minutos que colocaram o resultado em 3-1, tendo a equipa da linha marcado o seu segundo golo já relativamente perto do fim. Com esta vitória, a equipa liderada por Marco Costa ficou apurada para a eliminatória seguinte onde vai defrontar o Benfica, na vila piscatória, provavelmente no dia 6 de Março, pelas 16 horas. Nesta partida, a formação sesimbrense alinhou da seguinte forma: Paulo Carapinha; Diogo Dias, Miguel Serrano, Bruno Fuzeta, Rodrigo Raposo, Gonçalo Marcelino, Miguel Oliveira, Jorge Coelho e André Raposo. De registar que o Sesimbra disputou esta eliminatória depois de ter sido considerado vencedor na pré-eliminatória por desistência do Marítimo. J.P.

CAMPEONATO DE PORTUGAL

Olímpico, Fabril e Pinhalnovense jogam esta tarde para acerto de calendário Olímpico do Montijo, Desportivo Fabril e Pinhalnovense jogam esta tarde, às 15 horas, para acerto de calendário no Campeonato de Portugal O Olímpico do Montijo recebe no Campo da Liberdade o Fontinhas em jogo relativo à 4.ª jornada, que se deveria ter disputado no dia 25 de Outubro, o Desportivo Fabril joga no Estádio Alfredo da Silva com o Rabo de Peixe (9.ª jornada) e o Pinhalnovense desloca-se ao Estádio José Arcanjo para defrontar o Olhanense (10.ª jornada).

Olímpico quer os três pontos

A equipa montijense que se encontra

em 10.º lugar na tabela classificativa vai defrontar um adversário que está em melhor posição, prevendo-se por isso mesmo que possa colocar alguns entraves aquilo que será o objectivo da equipa do Montijo que vai querer repetir a boa exibição realizada na última jornada no jogo com o Praiense e naturalmente a conquista de mais três pontos que tanta falta lhe fazem.

Fabril procura primeira vitória

O Desportivo Fabril, último classificado da Série G, que no passado domingo perdeu em casa com dois golos sofridos em tempo de compensação,

vai certamente procurar alcançar a sua primeira vitória na competição. Será com certeza com essa intenção que entrará em campo mas, para isso, os seus jogadores terão que dar o máximo e revelar alguma eficácia em termos de concretização porque a equipa açoriana possui a defesa menos batida da série com apenas dois golos sofridos. De resto, será bom lembrar que as duas equipas já se defrontaram esta época no Estádio Alfredo da Silva em jogo a contar para a primeira eliminatória da Taça de Portugal que terminou com a vitória do Fabril (2-0).

DR

Pinhalnovense joga em Olhão

Tarefa complicada deverá ter o Pinhalnovense em Olhão porque vai defrontar uma das equipas mais cotadas da Série H, que se encontra neste momento em segundo lugar e é agora treinada pelo ex-jogador do Ajax, Juventus, Milan, Inter e Tottenham, Edgar Davids. A equipa de Pinhal Novo, que perdeu na jornada anterior em Évora com o Lusitano, recebeu recentemente alguns reforços. Espera-se agora, com maior entrosamento, possam ajudar a equipa a construir um resultado positivo.

Jogo marcado para as 15h


00:55 ~ 1.4 m ~ Baixa-mar 07:22 ~ 2.9 m ~ Preia-mar 13:45 ~ 1.3 m ~ Baixa-mar 20:04 ~ 2.6 m ~ Preia-mar

ALMADA

00:48 ~ 1.3 m ~ Baixa-mar 07:16 ~ 2.9 m ~ Preia-mar 13:41 ~ 1.3 m ~ Baixa-mar 19:58 ~ 2.5 m ~ Preia-mar

SESIMBRA

01:09 ~ 1.3 m ~ Baixa-mar 07:36 ~ 2.9 m ~ Preia-mar 13:55 ~ 1.2 m ~ Baixa-mar 20:12 ~ 2.6 m ~ Preia-mar

SINES

SETÚBAL TRÓIA

MARÉS

01:02 ~ 1.4 m ~ Baixa-mar 07:55 ~ 3.2 m ~ Preia-mar 13:56 ~ 1.4 m ~ Baixa-mar 20:34 ~ 2.9 m ~ Preia-mar

FICHA TÉCNICA REGISTO DE TÍTULO n.º 107552 | DEPÓSITO LEGAL n.º 8/84 PROPRIETÁRIO Outra Margem – Publicações e Publicidade, NIF 515 047 325 (detentores de mais de 10% do capital social: Gabriel Rito e Carlos Bordallo-Pinheiro) Sede do proprietário: Travessa Gaspar Agostinho, 1, 1.º, 2900-389 Setúbal EDITOR Primeira Hora – Editora e Comunicação, Lda, NIF 515 047 031 (Detentores de mais de 10% do capital social: Setupress Lda, Losango Mágico, Lda, Carla Rito e Gabriel Rito) Sede do Editor Travessa Gaspar Agostinho,1, 1.º, 2900-389 Setúbal Conselho de Gerência Carla Rito, Carlos Dinis Bordallo-Pinheiro, Gabriel Rito e Carlos Bordallo-Pinheiro REDACÇÃO Travessa Gaspar Agostinho, 1, 1.º, 2900-389 Setúbal DIRECTOR Francisco Alves Rito Redacção Mário Rui Sobral, Humberto Lameiras, Ana Martins Ventura Desporto Ricardo Lopes Pereira, Miguel Nunes Azevedo, José Pina Departamento Administrativo Teresa Inácio, Dulce Soeiro, Branca Belchior PUBLICIDADE Direcção Comercial Carla Sofia Rito, Carlos Dinis Bordallo-Pinheiro Coordenação Ana Oliveira (Setúbal), Carla Santos (Moita e Barreiro) Publicidade Lina Rodrigues, Rosália Baptista, Célia Félix, Mauro Sérgio IMPRESSÃO Tipografia Rápida de Setúbal, Lda - Travessa Gaspar Agostinho, 1, 1.º, 2900-389 Setúbal geral@tipografiarapida.pt DISTRIBUIÇÃO VASP - Venda Seca, Agualva - Cacém Tel. 214 337 000 Tiragem média diária 9000 exemplares Estatuto Editorial disponível em www.osetubalense.com


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