O Setubalense, o seu diário da região nº 542, dia 21 de Janeiro de 2021

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cont a ct o s: 80 0 2 1 7 2 1 7 / 2 65 5 2 3 5 1 5 / www. fu n e r a ri a - arm i nFOTÓGRAFO d o.c om

Trafaria recebe Instituto de Artes e Tecnologia Almada é o primeiro município do País a receber um centro de investigação, ensino e criação artística e tecnológica. Escritura foi assinada ontem p9 DR

Moita Junta mostra nova sede p6

O SEU DIÁRIO DA REGIÃO QUINTA-FEIRA, 21 DE JANEIRO DE 2021 PREÇO 0,80€ | N.º 542 | ANO III | 5.ª SÉRIE

DIRECTOR FRANCISCO ALVES RITO

Treinador deixa U. Santiago devido à pandemia p15 DR

Hospital das Forças Armadas é única estrutura de retaguarda no apoio aos hospitais da região Falta de profissionais de saúde impede hospitais de campanha p12 SETÚBAL Município isenta comércio do pagamento de taxas no primeiro semestre p4 ESCOLAS Autarcas exigem saber calendário de testes à comunidade escolar p3

TELETRABALHO ACT "aprova" fábrica da Coca-Cola p5

ALHOS VEDROS Misericórdia lamenta 12 mortes p7 PUBLICIDADE


2 O SETUBALENSE 21 de Janeiro de 2021

Abertura

A FIGURA

João Miguel

O presidente da Junta de Freguesia da Moita conseguiu que fosse o seu executivo a concretizar uma obra que é um sonho antigo da autarquia: construir uma nova sede. O edifício dá melhores condições de trabalho aos funcionários e de atendimento aos fregueses e, segundo o autarca, valoriza aquela zona da vila.

O REPARO DR

OPINIÃO António Guerreiro

Grato ao Café!

D "Cratera" na estrada na Aranguês

Este buraco de enormes dimensões, no entroncamento da Rua José de Groot Pombo com a Avenida Bento Gonçalves, na Aranguês, em setúbal, tem "dado luta" aos serviços municipais. Após o surgimento súbito, por abatimento do piso por baixo do alcatrão, a "cratera" esteve uns dias a céu-aberto, apenas sinalizada, tendo depois sido cheia, provisoriamente. Agora está a ser então reparada de forma mais consistente.

CARTAS DO LEITOR A felicidade nasce e forma-se das boas ideias

ESCREVA-NOS. Envie-nos a sua carta ou comentário para correiodoleitor@osetubalense.com, para a morada Travessa Gaspar Agostinho, n.º 1, 1.º - 2900-389 Setúbal, ou ligue-nos pelo telefone 265 094 354. Os textos não devem ultrapassar os 750 caracteres e o jornal reserva-se o direito de seleccionar ou cortar. Não devolvemos originais.

Para se alcançar o estado de graça pessoalmente feliz que acalentámos e desejámos para uma mudança de vida mais ordeira e menos pesada, temos de ser solidários para com as aspirações e sonhos da nossa identidade e para com os objectivos a alcançar. A alvorada da felicidade contempla obrigatoriamente afinidades para com ela e um comportamento de estilo social plasmado no padrão de viver e conviver. Para experimentar o modo de ser feliz, temos de priorizar a paz nas relações humanas, para que se obtenha condescendências sociais. Saber partilhar, cedendo com dignidade, são requisitos importantes para os padrões de

respeito mútuo. Estes paradigmas de comportamento de inspiração feliz são a base da vida menos complicada e mais social. Nem todos conseguem ou podem, ou querem sequer, alcançar a felicidade, mas como cada um é cada qual, assim somos e seremos fieis à diversidade humana. O que importa é termos o perfil de respeitadores, para que a vida corra bem, em bons trilhos. Entrementes, para alimentar o sonho feliz e o encontro do bem que procuramos, temos de accionar o combustível psicológico da força do querer, mesmo que cheguemos somente à meia felicidade. Com tudo isso, convém tirar o lugar à infelicidade quando nos é possível, limpando-a da vida quotidiana e mantendo o desejo de ser feliz com toda a nossa alma e coração. Francisco Rodrigues

iz sobre ele a Wikipédia, a enciclopédia da internet: “Uma lenda conta que um pastor chamado Kaldi, observou que os seus carneiros ficavam saltitantes e conseguiam percorrer grandes distâncias ao comer frutos e folhas do cafeeiro. Ele experimentou os frutos e sentiu maior vivacidade. Um monge da região, informado sobre o facto, começou a utilizar uma infusão de frutos, para resistir ao sono enquanto orava.” Seja qual for a beleza da sua história, eu, o que sei é que o adoro! Admiro e respeito! Da mais simples, á mais sofisticada refeição, ele está lá. No fim, ou seja, no topo da refeição e como cereja no bolo. Acompanhado por vezes, mais ou menos bem, ele aceita quase todos e trata o simples bagaço, como trata o mais requintado conhaque. E tal como fez com a refeição, não olha a preço ou complexidade e seja banquete ou simples lanche, termina qualquer uma com a mesma dignidade, fazendo-se gostoso, confortante e dignificando o que o acompanha. É democrata! Indubitavelmente democrata! E por isso o admiro! E respeito! Respeito-o na ceia de Natal, respeito-o na Páscoa e até no Carnaval, na sardinhada de S.to António, na cura da embriaguez, na conversa de amigos, reunião de negócios, no fim do contrato, no encontro de amigos ou de Amor. Ele está lá! Sossega, apazigua, mais ou menos quente, mais ou menos forte, pingado, tingido, curto ou cheio, com ou sem açúcar. Com ele, pode-se sempre contar. Esteve no batizado, no casamento e até talvez, no divorcio e por favor, sirvam-no no meu funeral, pois ele, merece-o. Feliz entre risos, anedotas ou no fim da lagrima, eu lembro-o comigo desde sempre. Ou quase! Penso,

que o herdei da Coca-cola, quando no rosto comecei a ter pelos e as conversas no café, junto ao liceu, tendiam a ser mais adultas que a idade. Estudou comigo, divertiu-se com a malta, foi motivo, foi pretexto e foi desculpa, e foi pau de cabeleira na esplanada do jardim. Dizem-no terapêutico. Energético e pleno de propriedades. Eu, adoro-o porque sabe bem! Dá-me prazer! Simples assim! E é porque o admiro, respeito e adoro, que em minha casa o coloco em grão no moinho e como primeira oferta, recebo dele o seu odor ao moer. Permito-me na quantidade, ao intenso que o pretendo, conforme a hora do dia e circunstância, e escaldo a chávena, (gosto-o bem quente), e sento-me sempre para o beber e saborear. Depois, devolvo-lhe o prazer lavando com gosto, como fim de um ritual, a cuvete e a chávena, sentido na boca e com pena, o esvair do seu sabor no tempo. Perdoe-se-me assim a sociedade moderna, apressada, comichosa e comodista, mas; entalá-lo numa caixinha de folha de alumínio, escondendo-lhe o aroma do pó, declinando o prazer do preparo e apenas, para não sujar as pontas dos dedos, ou demorar um par de minutos mais. É trata-lo como a uma bebida qualquer em pacote. Das que: “…basta juntar água.”. E sinto-me ingrato, ofensivo mesmo, pois ele, é tudo menos uma bebida qualquer. Alem de que, e eu decidira não me referir, por tão obvio, dizem as marcas, que o vendem em vinte unidades ao preço que pago e com qualidade, o quilo, que me dá cem vezes prazer, que são recicláveis. Pode ser! Mas sendo reciclar, o reaproveitar, diminuído o seu peso ambiental, evitá-lo por tão pouco esforço, faria mais sentido. Digo eu! É que, não confundamos progresso, com negócio! Autor Literário


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Garcia de Orta converte mais camas para ‘covid’ e tem já 181 doentes internados

O Hospital Garcia de Orta, em Almada, anunciou ontem a conversão de mais 20 camas para tratamento de doentes ‘covid’ no Serviço de Medicina 2, mas adianta em comunicado que “já estão todas ocupadas”. Encontram-se actualmente internados 181 doentes com

infecção por SARS-CoV-2, 160 em enfermaria, 18 em Unidade de Cuidados Intensivos e três em Unidade de Hospitalização Domiciliária. Segundo o hospital, apesar de continuar a aumentar o número de camas para `doentes covid´, na terça-feira houve

necessidade de transferir mais dois doentes para outros hospitais. Face ao agravamento da pandemia, a unidade hospitalar recorda a população de que, em caso de doença, “deve recorrer em primeiro lugar ao médico de família/Centros de Saúde”.

FOTÓGRAFO

COVID-19

LINHA DO SADO

Autarcas exigem saber calendário para testagem nas escolas

Três atropelamentos mortais em menos de um ano

O grupo da Educação dos 18 municípios na Área Metropolitana de Lisboa (AML) vai pedir esclarecimentos urgentes à tutela sobre questões que consideram essenciais, entre elas o calendário para a testagem à Covid-19 da comunidade escolar. A decisão, anunciada ontem, foi tomada na segunda-feira em reunião por videoconferência do grupo de trabalho metropolitano da Educação, constituído por vereadores e dirigentes dos municípios da AML e pelo secretário metropolitano João Pedro Domingues, na qual analisaram a forma como o presente ano lectivo está a decorrer. Numa nota, a AML realçou que o balanço geral é positivo, mas “subsistem um conjunto de questões essenciais ao bom funcionamento do sistema educativo [neste território] que carecem de resposta, e cujo impacto está a ser agravado no segundo período, com a presente situação pandémica que o país atravessa”. Por isso, decidiram enviar um ofício ao ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, com um pedido de esclarecimento urgente sobre questões como a testagem à Covid-19 nas escolas devido à “inexistência de informação sobre o âmbito e calendarização” da prevista testagem à comunidade educativa. Uma campanha de testagem através de testes de antigénio foi ontem iniciada em escolas com ensino secundário públicas e privadas dos concelhos em risco de contágio extremamente elevados, de acordo com uma nota conjunta dos ministérios da Saúde e da Educação. Por outro lado, os autarcas salientaram “a falta de resposta na colocação de auxiliares de acção educativa para crianças com necessidades educativas especiais". Querem ainda que seja “clarificado” o processo da “entrega de equipamentos informáticos aos alunos".

Ana Martins Ventura

RCS // MCL // Lusa

O autarca afirma que a Covid-19 não escolhe vínculos laborais e critica o Ministério da Educação

ESTABELECIMENTOS DE ENSINO EM ALCÁCER DO SAL

Vítor Proença não aceita que funcionários municipais sejam excluídos dos testes rápidos O presidente da câmara acusa o Ministério da Educação de discriminação por apenas testar os seus funcionários O presidente da Câmara de Alcácer do Sal, Vítor Proença, criticou ontem a exclusão dos funcionários municipais que trabalham nas escolas da campanha de testes rápidos à Covid-19, que arrancou nos estabelecimentos de ensino. “O agrupamento de escolas e a sua direcção tentaram a inclusão dos diversos funcionários, que são pagos pelo município e a trabalhar para o agrupamento, para que fossem testados, já que o vírus não escolhe vínculos laborais”, referiu

Vítor Proença à agência Lusa. Contudo, o autarca afirma que as informações recebidas foram de que “neste grupo não estão incluídos funcionários municipais”. A Câmara de Alcácer do Sal “tem muitos funcionários municipais a trabalhar no agrupamento [de escolas] e, quando se trata de testes, mesmo sendo testes rápidos, já não são incluídos”, criticou. Trata-se de uma medida “discriminatória”, segundo o autarca, que indicou que o agrupamento de escolas local foi informado de que, “nesta fase, são apenas [testados] os funcionários com vínculo ao Ministério da Educação”. “Quando o Ministério da Educação precisa das câmaras, elas estão presentes e têm tido um papel notável e valioso para não deixar cair a segurança e o tratamento de serviços entre alunos e professores”, argumentou.

O concelho de Alcácer do Sal faz parte da lista dos municípios com risco extremo de contágio da Covid-19, tendo sido um dos abrangidos pela campanha de testes de antigénio que arrancou ontem nos estabelecimentos de ensino públicos e privados. “Em Alcácer do Sal, estão previstos testes a 294 pessoas”, das quais “32 funcionários, 187 alunos do secundário e 75 docentes”, explicou. Considerando que compete à autoridade de Saúde liderar “todos os processos de testes à população ou a segmentos da população”, Vítor Proença alertou que esta “medida unilateral” pode vir a resultar “em muitos casos positivos que acabam por cair” nas equipas de Saúde. “A Saúde não é envolvida no início, mas, depois, caso haja casos positivos, tem de ser ela a resolver o problema”, apontou. HYN // RRL // Lusa

Desde Maio do ano passado já ocorreram três atropelamentos ferroviários mortais entre as estações da Moita e Barreiro-A, da Linha do Sado. O último, registado no dia 18 de Janeiro, vitimou um homem de 65 anos, colhido por um comboio cerca das 12h40, quando atravessava a linha numa zona próxima à vila de Alhos Vedros, segundo declarações do Comando Distrital de Operações de Socorro (CDOS) de Setúbal à Lusa. No local estiveram 12 operacionais e cinco viaturas de apoio dos Bombeiros Voluntários da Moita, equipa de Emergência Médica do Hospital do Barreiro e GNR da Moita. Em Junho de 2020, uma mulher de 47 anos também morreu na sequência de um atropelamento ferroviário num troço da linha, entre a Baixa da Banheira e Alhos Vedros. E, em Maio, uma jovem de 15 anos morreu vítima de atropelamento ferroviário na estação Barreiro-A. Na época, a Infraestruturas de Portugal (IP), empresa responsável pela gestão das linhas férreas, recordou que, após a modernização da Linha do Sado, realizada entre 2004 e 2009, foram “suprimidas todas as passagens de nível existentes nas estações”, tendo sido implementadas “soluções desniveladas” como a construção de passagens aéreas. No entanto, a empresa reconheceu que os passageiros e munícipes da zona envolvente à Linha do Sado continuavam a fazer “tresspassing na via férrea apesar da proibição”. Motivo pelo qual a empresa estava a preparar uma campanha de sensibilização para a segurança ferroviária. Assim como estava atenta a reparações e acções de manutenção, que as estações necessitavam, segundo indicou a O SETUBALENSE. Reparações e manutenções que, mais de seis meses depois, continuam por realizar, nomeadamente, ao nível da substituição de vidros partidos nas estações Baixa da Banheira e Barreiro-A e na limpeza frequente de elevadores e passagens aéreas. GR // MLS // Lusa


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Setúbal

DR

PROGRAMA AGENDADO PARA 5 E 6 DE MARÇO

Instituto Politécnico debate papel da ciência na sociedade em novo seminário

Medida pretende dar um estímulo de apoio aos comerciantes locais

DURANTE O PRIMEIRO SEMESTRE DO ANO

Município volta a isentar comércio do pagamento de taxas de actividade Decisão pretende “minorar os prejuízos do sector” causados pelo mais recente Estado de Emergência Maria Carolina Coelho A Câmara Municipal de Setúbal voltou ontem a publicar um despacho que isenta o comércio do pagamento de taxas de actividade, depois de em Março passado, assim como em Novembro e Dezembro, ter adoptado a mesma estratégia “como forma de minorar os prejuízos do sector” face ao seu encerramento em virtude da propagação da Covid-19. Em comunicado, o município sadino explica que a decisão, que vai estar em vigor “durante o primeiro semestre do ano, resulta da expectável perda de receitas decorrentes das novas medidas restritivas decretadas pelo Governo, no âmbito do mais recente Estado de Emergência”. Desta forma, “o despacho da presidente da autarquia, Maria das Dores Meira, isenta o pagamento de taxas relativas a ocupação de via pública por esplanadas e quiosques, bem como o pagamento de contrapartidas da atribuição de concessões pelo

município”. “Com a adopção destas medidas, a Câmara Municipal procura dar um contributo e estímulo de apoio aos comerciantes locais, em particular aos do sector da restauração, fortemente penalizados com as medidas decretadas pelo Governo, em especial as que dizem respeito à proibição de circulação na via pública”, reforçou a autarca, de acordo com a mesma nota. No documento agora publicado, vem descrito que “a excepcionalidade da situação volta a justificar e a impor a adopção de medidas que contribuam para reduzir o forte impacte económico causado pelo Estado de Emergência”, decretado no dia 13 do presente mês pelo Presidente da República, Marcelo Rebelo de Sousa, e regulado pelo Governo no dia seguinte. O despacho “será agora submetido a ratificação pela Câmara Municipal na próxima reunião e dado ao conhecimento da Assembleia Municipal”. Decisão semelhante foi adoptada “em Março, tal como em Novembro e Dezembro, revelando-se como importante o apoio aos comerciantes locais”. Na altura, a medida surgiu na sequência de uma proposta do Grupo de Trabalho do Plano de Contingência COVID-19 do município. Para a autarquia, “a excepcionalidade da situação” justificou e impôs “a adopção de medidas também excepcionais”.

Iniciativa decorre a partir das instalações da Escola Superior de Educação em formato online e presencial

DR

Maria Carolina Coelho O Instituto Politécnico de Setúbal (IPS) encontra-se em contagem decrescente para lançar um novo seminário, intitulado “Dar Asas ao Saber 2021”, onde pretende debater o papel da ciência na sociedade, “numa altura em que, por força de uma pandemia e das suas implicações políticas, económicas e sociais, o saber científico assume especial relevância”, explica a instituição em nota de Imprensa. A partir do tema “Investigação, construção de saberes e práticas pro-

fissionais”, o projecto, “que pretende ser um fórum anual de promoção e discussão da investigação”, vai desenrolar-se no dias 5 e 6 de Março, a partir das instalações da Escola Superior de Educação. A iniciativa, que surge “através do Centro de Investigação em Educação e Formação” do IPS, vai decorrer “em regime misto”, isto é, em formato online e presencial. “Conferir visibilidade a projectos

de investigação, testemunhos e experiências, colocando em diálogo diferentes mundos, distintas gerações, investigadores com graus de experiência variados e áreas de saber distintas, é o grande objectivo deste seminário, cujo programa se distribui, ao longo de dois dias, entre conferências, painéis temáticos, oficinas, pósteres e comunicações livres”. Os interessados podem submeter os seus “trabalhos – em forma de comunicação ou póster - até amanhã, através de formulário disponível em http://projetos.ese.ips. pt/cief/”. Nesta primeira edição, “serão quatro as grandes linhas temáticas consideradas: Construção de identidades profissionais e dimensão investigativa do saber e das práticas; Inteligências múltiplas, saberes e práticas profissionais; Outros modos de exercer a profissão: o que aprendemos com o ensino remoto?; e Media: Um barómetro do estado da democracia”.

FOTOLEGENDA DR

São Bernardo recorre a estrutura provisória de apoio à Covid-19

A capacidade da zona de espera da Área Dedicada à Covid-19 do Hospital de São Bernardo foi ampliada através da instalação de dois contentores, habitualmente ao serviço dos Bombeiros Sapadores de Setúbal. Os contentores dispõem, cada um, de dez cadeiras, que “garantem melhores condições de conforto para utentes que aguardam atendimento e resultados laboratoriais”, refere a autarquia em nota de Imprensa. As estruturas vão permitir, igualmente, “assegurar um maior distanciamento social entre utentes”.


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Junta de São Sebastião requalifica parque escolar da Escola Básica do Peixe Frito

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A Junta de Freguesia de São Sebastião encontra-se a requalificar o parque escolar da Escola Básica do Peixe Frito, com o objectivo de “proporcionar conforto e segurança à comunidade educativa”, referiu a autarquia em nota de Imprensa. A intervenção passa pela

substituição dos materiais danificados, como traves de madeira, cordas e malhas, pela desmontagem e manutenção de todos os brinquedos e, ainda, pela remoção integral do piso amortecedor, com substituição por novas placas desse revestimento.

DR

BREVES SAÚDE

Vacinação chega a 640 utentes

: Empresa tem actualmente perto de 100% da parte administrativa a laborar em teletrabalho

FISCALIZAÇÃO DECORREU ONTEM DE MANHÃ

Autoridade para as Condições do Trabalho faz “balanço positivo” do teletrabalho na Coca-Cola Nélson Ferreira, subinspector geral, afirmou ficar satisfeito com visita à fábrica sediada em Azeitão A Autoridade para as Condições do Trabalho fez um “balanço positivo” à operação de fiscalização da obrigatoriedade do teletrabalho, realizada durante a manhã da passada terça-feira na fábrica da Coca-Cola, situada em Azeitão. “O resultado é positivo. O que nos interessa, acima de tudo, é minimizar os riscos que existem e garantir que, no contexto laboral, não há propagação do vírus [da Covid-19]. Nós fomos verificar as medidas que são de todos conhecidas - o teletrabalho obrigatório, as medidas de segurança que os trabalhadores têm de ter -, e, de facto, [o resultado] é positivo”, disse o su-

binspector geral da Autoridade para as Condições de Trabalho (ACT), Nélson Ferreira. “Esta empresa tem um número bastante elevado de trabalhadores [mais de 250], mas tem duas partes distintas de actividade: uma parte mais fabril, onde o teletrabalho não é exequível porque as operações são manuais, junto das máquinas, e uma parte administrativa, onde perto de 100 por cento das pessoas estão em teletrabalho”, acrescentou. O responsável da ACT falava aos jornalistas após uma operação de fiscalização do teletrabalho e das condições de segurança para evitar a propagação do vírus da Covid-19 na fábrica da Coca-Cola, em Setúbal, que é responsável pela produção de 90% dos produtos daquela marca vendidos em Portugal. Considerou ser uma “empresa de referência” e que tem uma “actuação bastante positiva”. “Ficámos satisfeitos, mas continuaremos agora a nossa acção nacional”, acrescentou Nélson Fer-

reira, lembrando que estas acções de fiscalização visam detectar e corrigir situações de incumprimento. “Na nossa última acção de Novembro, uma acção concentrada, mais de 90% das situações irregulares foram, entretanto, regularizadas. E, de facto, é isso que nos interessa: regularizar as situações e garantir que não há perigo, ou risco, de contágio e propagação do vírus”, disse. Nélson Ferreira salientou, ainda, que nas acções de fiscalização realizadas em diversas empresas, em Novembro do ano passado, foram detectadas algumas situações em que essas empresas deveriam de ter autorizado o teletrabalho, que, no entanto, só foi mesmo autorizado após a intervenção da ACT. A agência Lusa tentou ouvir a fábrica da Coca-Cola, que a própria ACT considerou ser uma “empresa de referência”, mas não foi possível estabelecer contacto.

G.R. // M.S.F. // Lusa

A campanha de vacinação contra a Covid-19, que arrancou na passada segunda-feira nos lares do concelho, abrangeu já 640 utentes, divididos entre 11 estruturas residenciais para pessoas idosas. Segundo explicou a autarquia em comunicado, “esta primeira toma da vacina está a ser concretizada em todas as estruturas legalizadas e em situação ilegal que não tenham surtos activos da doença respiratória”.

XII EDIÇÃO

Miguel Candeias vence Concurso de Fado O jovem Miguel Candeias foi ontem eleito como vencedor do XII Concurso de Fado de Setúbal, competição que decorreu este ano através de plataforma digital da autarquia sadina. A decisão foi conhecida após votação online do público e de um júri, tendo o cantor de 24 anos conseguido obter 778 votos.

SKATE PARK

Autarquia repõe sinalética de interdição A Câmara Municipal de Setúbal procedeu ontem à colocação de uma sinalética junto do Skate Park da cidade, a informar que a sua utilização está interdita durante o Estado de Emergência. No entanto, esta não é a primeira vez que a autarquia coloca o painel no local, tendo este sido já “retirado ou vandalizado”, diversas vezes, explicou o município na sua página de Facebook.

RECICLAGEM

Câmara lança projecto para aproveitar resíduos orgânicos Rui Salvador Arranca agora no território do concelho de Setúbal a primeira fase do projecto “Setúbal Composto Tem + Valor”, que incide sobre a recolha de resíduos biodegradáveis. Esta é, aliás, uma iniciativa que marca o arranque da recolha selectiva deste tipo de resíduos no município sadino. A Câmara Municipal, responsável pelo projecto, explica que tudo nasce “no âmbito de uma candidatura POSEUR”, e que “a partir de 31 de Dezembro de 2023 a recolha selectiva ou a separação e reciclagem na origem de biorresíduos passará a ser obrigatória em todo o território nacional”. Assim, é lembrado que estes resíduos são actualmente descartados com os “resíduos indiferenciados”, e que significam cerca de 40% de cada caixote do lixo, através de, por exemplo, restos de comida. Na primeira fase, o circuito de recolha selectiva vai abranger 9 600 fogos residenciais e não residenciais, da União de freguesias de Azeitão e União de freguesias de Setúbal, do Sado e de Gâmbia, Pontes e Alto da Guerra. Será, numa segunda fase, alargado aos Bairros Afonso Costa, Monte Belo (Norte e Sul), Nova Azeda e Vale de Cobro. “A implementação deste novo sistema será precedida por uma acção de sensibilização, que irá introduzir e apelar a uma correcta separação, informar sobre procedimentos de deposição, bem como sobre as mais-valias deste novo sistema. Os resíduos orgânicos recolhidos porta-a-porta serão transformados em composto, contribuindo para atingir as metas preconizadas para o país no PERSU 2020+”, lê-se na página da iniciativa. Numa fase posterior, “a recolha de biorresíduos será feita num modelo de proximidade, ou seja, apesar da separação ser feita em casa pelos aderentes, estes colocarão os resíduos orgânicos em contentores colectivos, semienterrados, distribuídos na via pública”.


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Moita

NOVO EDIFÍCIO

“A nova sede da Junta valoriza esta zona" DR

Autarca João Miguel afirma estar orgulhoso com trabalho desenvolvido para fazer da nova sede uma realidade Luís Geirinhas A nova sede da Junta de Freguesia da Moita, inaugurada a 2 de Janeiro, já está a funcionar em pleno. O edifício foi construído de raiz e erguido em pouco tempo, frente à Biblioteca Municipal Bento de Jesus Caraça. Decorridas várias décadas desde que, tanto funcionários como os membros de diversos executivos exercerem a sua actividade num equipamento desadequado e com poucas condições, a junta está agora devidamente instalada, numa área com um total de 550 metros quadrados e três pisos que, a partir deste mês permitem “melhorar significativamente a acessibilidade a toda a população” da freguesia. Criado pelo arquitecto moitense Pedro Araújo, o edifício-sede recentemente inaugurado dispõe à entrada do equipamento, de um espaço de atendimento mais digno e equipado com mobiliário apropriado para o efeito. No piso térreo foi dada especial atenção à criação da Galeria Francisco Vieira, baptizada com o nome do modelista naval falecido em 2015. É ali que os moitenses vão passar a usufruir de uma zona para acolher exposições, debates, entre outro tipo de eventos. No local, que vai receber as futuras sessões daquela Assembleia de Freguesia, estão também expostas algumas miniaturas de embarcações típicas do Tejo, numa alusão a um dos mais importantes sectores históricos e económicos da vila. Com a preocupação de respeitar todas as normas em vigor para facilitar o acesso a pessoas portadoras de deficiência, tornando o edifício inclusivo, foi ainda criado um wc especial, podendo os seus utilizadores circularem pelos vários pisos do imóvel, com recurso a um elevador existente no interior daquela estrutura. No exterior da nova sede, além do

pisos, com destaque para a sala do presidente, quatro salas de reuniões e duas de arquivo, um gabinete para os membros da Assembleia de Freguesia e outro para acolher o Gabinete de Apoio Jurídico, a funcionar naquele órgão desde há dois anos, assim como uma área onde se encontram todos os equipamentos de telecomunicações. “Com a transferência da junta para este espaço, criámos uma nova centralidade neste local, onde já existe a biblioteca, um pavilhão desportivo, o parque municipal e, desta forma, conseguimos valorizar ainda mais esta zona da freguesia”, disse, realçando que a sua criação resultou de “verbas, única e exclusivamente, da freguesia da Moita”.

Funcionários colaboram na criação da construção

Executivo destaca centralidade do novo edifício, num local que já inclui uma biblioteca e um parque municipal

espaço de garagem nas traseiras, a autarquia pretende ali desenvolver, durante os meses de Verão, variadas “actividades ao ar livre, tais como ses-

sões de cinema, entre outras”, revelou a O SETUBALENSE o presidente João Miguel, o que poderá “acontecer igualmente na zona de terraço” da-

quele equipamento. Numa visita guiada pelas instalações, o autarca deu a conhecer os vários espaços existentes nos diversos

Pandemia Junta adaptou eventos e deu apoio à população, lares e associações Em tempo de pandemia, João Miguel recorda que, no último ano, “deixámos de realizar uma série de iniciativas anuais dirigidas às crianças da freguesia, com actividades nas nossas escolas, o que condicionou o nosso trabalho”. Porém, no Dia Mundial da Criança, a junta promoveu uma iniciativa “única e que foi o pontapé de saída para outros eventos”, com “a realização de um circo na rua e com as pessoas à janela, para que as actividades

culturais pudessem continuar a ser realizadas”. A crise pandémica afectou ainda o trabalho com várias associações, não tendo sido realizado o habitual Festival de Artes, que transforma todos os anos a Praça da República numa galeria a espaço aberto. “Tivemos também que adaptar algumas das nossas tarefas, ao nível dos serviços administrativos, porque o anterior edifício não tinha condições e era um espaço

muito exíguo, pelo que, fomos forçados a trabalhar de porta fechada”, lembra. “A pandemia ‘obrigou-nos’ a procurar algumas respostas e a resolver algumas necessidades que existiam, não apenas em associações, como nos lares”, num investimento de 10 mil euros, com um reforço no apoio social para distribuição de alimentos à população mais carenciada, e com a atribuição de uma verba extraordinária no mesmo valor às associações e colectividades.

O presidente afirma que o período anterior à mudança de instalações permitiu ao executivo, ainda assim, cumprir as competências que lhe estavam delegadas por lei, desenvolver uma série de actividades junto da população e, ao mesmo tempo, poupar anualmente uma verba que tornasse realidade um “objectivo há muito ambicionado e do qual nos orgulhamos”, acrescenta. “Todos nós fizemos muito trabalho e também os funcionários tiveram aqui um papel de destaque, porque também integraram a equipa desta construção como se fosse deles, com grande esforço, entregando-se de corpo e alma a este projecto e compreendendo a sua importância para melhorar a vida a todos os moitenses”, sublinha. Entre pisos, está igualmente afixada uma obra de arte, criada por quatro artistas do Colectivo SPA, no concelho vizinho do Barreiro, elaborado com recurso a lembranças que ao longo de anos foram sendo oferecidas aos diversos executivos da junta. Neste trabalho artístico, encontram-se ainda fixados diversos cadeados com os nomes de associações e colectividades da freguesia, sendo por isso apelidado de Memorial ao Movimento Associativo, que pode igualmente usar parte daquele prédio para dinamizar as suas actividades.


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Acesso a serviços municipais aconselhado por via não presencial

A Câmara Municipal da Moita apela à população para que utilize os serviços de atendimento não presenciais, devido à renovação do Estado de Emergência e das medidas de prevenção da Covid-19.

Os munícipes podem aceder a estes serviços através do site oficial do município - www.cmmoita.pt- escolhendo a opção “Balcão Virtual”, contactando os serviços através do endereço electrónico cmmoita@mail.cm-moita.pt ou

pelo telefone 212 806 700. Os atendimentos presenciais, em todos os Balcões do Munícipe, são apenas assegurados para assuntos inadiáveis e sujeitos a marcação prévia, entre as 9h00 e as 12h30h de cada dia útil.

COVID-19

VULNERABILIDADES SOCIAIS

Centro de Atendimento a Vítimas de Violência Doméstica já acompanhou 335 processos DR

Município e Rumo recordam importância desta valência e da sua equipa em tempo de pandemia

Ana Martins Ventura

Ana Martins Ventura Desde que iniciou funções em Novembro de 2020 a equipa técnica do Centro de Atendimento a Vítimas de Violência Doméstica Barreiro-Moita já acompanhou 335 processos de violência doméstica, realizou 1492 atendimentos, 91 reuniões de parceria e 25 acções de sensibilização, divulgação e informação, segundo os mais recentes dados divulgados pelo executivo do município na sua última reunião. Em época de confinamento, a Câmara Municipal da Moita e a RUMO - Cooperativa de Solidariedade Social recordam à população a mensagem: “A violência doméstica existe. Não desista, estamos aqui para si”. Uma mensagem transmitida no âmbito da mais recente campanha de sensibilização que tem como objectivo divulgar a actividade do Centro de Atendimento a Vítimas de Violência Doméstica Barreiro-Moita. Uma resposta social coordenada pela RUMO que “tem desenvolvido a sua actividade no âmbito da promoção da Igualdade, Cidadania e Não Discriminação, Igualdade de Género e combate

Misericórdia de Alhos Vedros lamenta 12 mortes

Foram também realizados 1492 atendimentos, 91 reuniões de parceria e 25 acções de sensibilização

Nova valência começou a funcionar em Novembro do ano passado

à Violência de Género, em particular no que respeita à violência doméstica, contra pessoas idosas, contra pessoas com deficiência e/ou incapacidade, nas relações de intimidade entre jovens adolescentes e no namoro”, informa a autarquia em comunicado. O trabalho desenvolvido assenta em pressupostos fundamentais como “a proximidade e relação entre a equipa e as pessoas, confiança entre

as instituições e solidariedade entre os parceiros do Conselho Local de Ação Social (CLASM)”. Uma resposta apenas possível devido ao Protocolo de Territorialização da Rede Nacional de Apoio às Vítimas de Violência Doméstica, assinado em Novembro de 2020, entre os municípios da Moita e do Barreiro, a Secretaria de Estado para a Cidadania e a Igualdade e outras entidades.

O Lar Pedro Rodrigues Costa da Santa Casa da Misericórdia de Alhos Vedros continua em situação de surto epidemiológico grave, embora já tenha ultrapassado a sua “pior fase” com a maioria dos utentes, agora, “estáveis e assintomáticos”, segundo comunicado divulgado pela direcção da instituição. Actualmente, os utentes desta valência da Misericórdia de Alhos Vedros estão, “na sua maioria, estáveis e assintomáticos, com alguns quadros mais reservados, que estão a ser atentamente seguidos e monitorizados pela equipa do Lar [Pedro Rodrigues Costa], com o apoio das brigadas de intervenção rápida da Segurança Social”, confirma a direcção. Os contágios generalizados tiveram início a 30 de Dezembro e desde então já foram a causa da morte de 12 utentes. Motivo que leva a direcção a apresentar “sentidas condolências a todas as famílias”. Um momento em que a direcção também assume a sua solidariedade para “com a dedicação e entrega dos trabalhadores, incansáveis todos os dias, muitas vezes em detrimento das suas próprias famílias, tanto no Lar Pedro Rodrigues Costa como em todas as outras valências da Misericórdia de Alhos Vedros”. DR

EDUCAÇÃO AMBIENTAL

Autarquia mantém projecto de agricultura biológica nas escolas O município da Moita está a dar continuidade ao projecto Agricultura Biológica e Compostagem, que promove há mais de 20 anos nas escolas do no 1º ciclo e jardins-de-infância. Mas, devido à pandemia, e com o objectivo de “salvaguardar a saúde e segurança de alunos, professores e técnicos da autarquia”, a Câmara

fez algumas alterações ao projecto. No lugar das habituais visitas dos técnicos da autarquia a cada turma, agora são disponibilizados aos alunos vídeos temáticos. Nestes vídeos, por cada fase de trabalhos na horta, é contada uma história, através de um livro pop-up, criado em exclusivo para este

projecto, com a colaboração de Andreia Gomes, artista residente na Moita. Este ano lectivo participam no projecto 24 turmas do 1º ciclo, 24 salas de jardim-de-infância e duas de ensino especial, estando envolvida mais de mil crianças e cinquenta docentes.

“Desta forma, e graças ao envolvimento dos professores e educadores, tem sido possível continuar a transmitir aos alunos do concelho a importância da reciclagem dos resíduos orgânicos e os benefícios dos produtos biológicos para a saúde e ambiente”, revela autarquia em comunicado. A.M.V.

Santa Casa de Alhos Vedros


8 O SETUBALENSE 21 de Janeiro de 2021

O SEGREDO DAS CARTAS

Moita

TARÓLOGO e ASTRÓLOGO FRANCISCO GUERREIRO

Resolva todos os seus problemas sentimentais, profissionais, financeiros e de saúde, marcando uma consulta pelo número 96 377 05 04. Após a 1.ª consulta efectua tratamentos espirituais. Consultório: Rua Serpa Pinto n.º 127 - 3.º Esq. - Montijo

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CARNEIRO 21.03 a 20.04 No plano amoroso – não rejeite a possibilidade de se envolver um novo relacionamento. Poderá ser surpreendido, muito favoravelmente, com as atitudes e gestos de alguém que entrou há pouco na sua vida. No plano profissional – poderá entrar numa nova fase profissional, comece a pensar em novos projetos ou novas aplicações financeiras. Carta da semana – O SOL – semana muito luminosa e feliz para Peixes. Vai sentir-se com muita vontade de viver a vida e demonstrar a força das suas emoções e sentimentos. TOURO 21.04 a 21.05 No plano amoroso, sente-se muito apaixonado e tem receio de mostrar os seus sentimentos. No plano profissional, terá algumas propostas, mas não se iluda com as mais vantajosas. Carta da Semana – A Lua, esta carta mostra que você estará sensível e um pouco frágil, mas ao mesmo tempo estará com um grande poder de análise. GÉMEOS 22.05 a 21.06 No plano amoroso – poderá travar novos conhecimentos, embora deva amadurecer bem as ideias antes de lançar num novo romance. Poderá ter de enfrentar oposições familiares para poder levar em frente uma relação. No plano profissional – deve manter a calma em todas as circunstâncias, até porque esta semana tudo está ao seu alcance. Carta da semana – O CARRO – a conjuntura anuncia progressos. CARANGUEJO 22.06 a 22.07 No plano amoroso – possibilidade de os seus sentimentos serem completamente renovados. Numa situação inesperada ou mesmo sem estar disponível pode sentir novas emoções. No plano profissional – se estiver envolvido em atos de representação ou de cariz público, sair-se-á muito bem. Carta da semana – O AMOROSO – esta carta define uma semana intensa em que todos os comportamentos estão marcados pela paixão. LEÃO 23.07 a 23.08 No plano amoroso – não aceite opiniões ou que se metam demasiado na sua vida, o seu coração é o seu melhor amigo e só poderá arrepender-se do que não fizer. No plano profissional – todos os negócios ou investimentos em que se envolver, desde que estruturados e calculados darão bons resultados. Carta da semana – O IMPERADOR – está muito lúcido, objetivo e eficaz marcando pontos em todas as situações que se envolver. VIRGEM 24.08 a 23.09 No plano amoroso – não permita que o orgulho atrapalhe ou ponha em causa em relação. No plano profissional – alguns colaboradores podem interferir ou pôr em causa as suas opiniões, mas é aconselhável que não baixe os braços e faça persistir as suas ideias. Carta da semana – A FORÇA – fomenta novas ideias confere rapidez de raciocínio e força de vontade não permitindo que se instalem na sua vida indecisões ou qualquer tipo de medo. BALANÇA 24.09 a 23.10 No plano amoroso – é uma semana adequada a que faça alterações na sua forma de vida; pode iniciar uma fase mais límpida e intensa. No plano profissional – algumas situações podem assumir contornos que não esperava e perante os quais terá de tomar uma posição. Carta da semana – A MORTE – é uma carta forte que permite conduzir a sua vida de forma objetiva e eficaz. Fim de uma etapa e inicio de uma nova etapa próspera. ESCORPIÃO 24.10 a 22.11 No plano amoroso – não entregue o seu amora quem não o merece, corre o risco de deceções. Nem todas as promessas serão cumpridas esta semana. No plano profissional – dê atenção a um negócio ou a um projeto que pode esconder problemas, procure novos apoios. Carta da semana – A LUA – a conjuntura leva-o para o mundo dos sonhos em que é difícil ser racional, tente manter-se lúcido para não ser enganado. SAGITÁRIO 23.11 a 20.12 No plano amoroso, relações são correspondidas e regidas por si e pelos seus interesses. Controle o seu feitio pois numa relação toma decisões a dois. No plano profissional, mostre-se mais activo e mais empenhado com trabalhos que lhe são solicitados. Carta da Semana – O Mundo, esta carta mostra que as conquistas e os seus êxitos estão ao seu alcance, basta que consiga reunir todas as suas potencialidades para atingir os seus fins. CAPRICÓRNIO 21.12 a 20.01 No plano amoroso – escute o que lhe dita o coração sempre que tomar uma decisão ou fizer uma escolha sentimental; todos os gestos deverão ser fruto de reflexão solitária e amadurecida. No plano profissional – está perfeitamente apto a atuar em proveito próprio e fazer bom uso das suas habilitações e conhecimentos. Carta da semana – A PAPISA – a semana promete ser muito importante. AQUÁRIO 21.01 a 19.02 No plano amoroso, poderá estar a passar uma fase conflituosa, que se deve á indefinição de sentimentos, clarifique-os. No plano profissional, os trabalhos que tem em curso irão sofrer alguns atrasos, devido á falta de recursos. Carta da Semana – O Eremita, esta carta mostra que deve agir com rigor e cuidado em todas as situações. PEIXES 20.02 a 20.03 No plano amoroso – momento propicio á evolução sentimental; conseguirá compreender alguns gestos e lidar melhor com os afetos. No plano profissional – vida financeira sujeita a flutuações que merecerão medidas adequadas em cima dos acontecimentos. Carta da semana – O JULGAMENTO – traz uma semana marcante pródiga em acontecimentos importantes que lhe possibilitarão análises e iniciativas fundamentadas.

UNIÃO DE ESFORÇOS DA INTERGESSO COM ARTISTAS LOCAIS

Leilão solidário ajuda associação da Casa dos Marcos “Raríssimas” FOTOS:DR

Recolha de fundos pretende apoiar instituição situada na Moita Luís Geirinhas

Está a decorrer até ao final deste mês, o leilão solidário da Intergesso, considerado o maior produtor e distribuidor de elementos em gesso do país, que recentemente decidiu juntar-se a artistas locais para ajudar a Raríssimas – Associação Nacional de Deficiências Mentais e Raras, situada na Casa dos Marcos, na Moita. A iniciativa de recolha de fundos, através da licitação de peças únicas produzidas com este tipo de material artesanal e pintadas por um conjunto de talentos da margem sul do Tejo, tem por objectivo apoiar a instituição com o valor angariado até ao final desta acção, contribuindo “um pouco para dinamizar a cena cultural local, tão afectada pela pandemia” de Covid-19. As quantias obtidas vão reverter para a referida associação, que tem por missão apoiar as pessoas portadoras de doenças raras e ajudar “doentes, famílias, amigos de sempre e de agora que convivem de perto” com este tipo de enfermidade. Por ter a sua sede próxima à Raríssimas, a Intergesso afirma ter se mostrado “particularmente sensível aos esforços de recuperação que a instituição tem empreendido”, por estar “consciente da perda progressiva de recursos, na sequência de alguns anos particularmente turbulentos e polémicos”. Da ideia inicial à sua execução “foi um salto” e, após um contacto efectuado com associação, foi possível “apurar as necessidades” e colocar as mãos à obra. Ao mesmo tempo que trabalhava novas peças exclusivas, em gesso artesanal, a empresa iniciou mais contactos, desta vez, com

A Casa dos Marcos está situada na Moita

A exposição da empresa está patente nas suas instalações, em Paio Pires, no concelho do Seixal artistas locais para transformarem essas mesmas peças em arte contemporânea.

Colecção “Sentidos da Vida” pretende celebrar a vida

“A generosidade dos artistas não se fez esperar”, lembra a empresa, com seis deles a dizerem presente e a aceitarem “com entusiasmo integrar este esforço solidário”, casos de Carlos Pé-Leve, Luís Dias Ribeiro, Caby, Teresa Fuschini, Lisete Emídio e Andreia Pereira, que emprestaram a sua arte e talento a esta causa, dando deste modo mais brilho à colecção “Sentidos da Vida”, que pretende celebrar a vida e as diferente formas de a sentir, que se encontra actualmente em exposição na sede da empresa. De acordo com a Intergesso,

os vencedores do leilão serão anunciados num evento que está previsto decorrer nas instalações da fabricante, situadas em Paio Pires, no concelho do Seixal, com a presença dos artistas que pintaram as peças e com os “verdadeiros vencedores” deste leilão, ou seja, as crianças e todos os beneficiários das licitações que resultarem da iniciativa, cujas peças podem ser consultadas no site da empresa. De salientar que este projecto foi fundado em 1999 e dispõe de “uma variedade ímpar de elementos decorativos em gesso natural, que se estende por mais de mil produtos diferentes”. As suas peças estão espalhadas por inúmeros edifícios de referência, tanto em Portugal como no estrangeiro.


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WeMob passa a atendimento presencial apenas por marcação prévia

O atendimento presencial da WeMob, na Rua Eugénio de Castro, em Almada, passou a funcionar exclusivamente com marcação prévia, isto devido ao Estado de Emergência, e durante a vigência deste. Assim, no o actual período de confinamento, os cidadãos podem

agendar a sua visita a este serviço através do contacto telefónico 21 274 3918, a funcionar nos dias úteis das 9h00 às 18h00. Pode ainda ser usado o formulário disponível em https://wemob.pt/ contactos/ ou contactar pelo e-mail com o endereço geral@wemob.pt

ESCRITURA ASSINADA ONTEM

Presídio da Trafaria vai receber primeiro Instituto de Artes e Tecnologia do País DR

O antigo forte vai ser transformado em centro de investigação, ensino e criação artística Humberto Lameiras Almada é o primeiro município do País a receber um centro de investigação, ensino e criação artística, que combina arte e tecnologia. A escritura foi assinada ontem, e abre a porta à instalação do Instituto das Artes e Tecnologias (IAT) no Forte da Trafaria, concretizando assim a parceria entre a Câmara Municipal de Almada e a Universidade Nova de Lisboa. Um equipamento que, refere a autarquia em comunicado, “irá impulsionar o desenvolvimento social e económico da freguesia da Trafaria, em particular, e do concelho de Almada, no geral”. Através do IAT, o antigo Presídio da Trafaria vai ser transformado numa plataforma estratégica de formação, investigação, inovação e prestação de serviços à comunidade. “Será um espaço interdisciplinar que olha para a arte e para a tecnologia como meio privi-

Presidente Inês de Medeiros

legiado para intervir criativamente na sociedade, contribuindo com inovação de ponta para o seu desenvolvimento sustentável”.

72

O Forte da Trafaria funcionou entre 1909 e 1981 como prisão militar. Foi um passado de 72 anos que agora se abre ao ensino, investigação e arte

Segundo a presidente da Câmara de Almada, Inês de Medeiros, “o IAT, para além de permitir criar uma oferta de ensino única no País, e reforçar Almada como município do saber, vai permitir reabilitar um dos mais icónicos edifícios, respeitando e promovendo a sua memória e, assim, dinamizar toda a bela zona da Trafaria”. Por sua vez o reitor da Nova, João Sàágua, apontou o IAT como “um dos pilares da estratégia [da universidade] para 2020-2030”, que ao mesmo tempo, “concretiza” a sua missão de “servir o País e a sociedade, a nível local e global, através do conhecimento e da inovação”. Referiu ainda ser este “um espaço aberto e inclusivo, desenvolvido com parcerias nacionais e internacionais, mas que dará especial atenção às várias comunidades locais, funcionando como ecossistema de qualificação da população e do espaço envolvente”. O IAT irá ocupar as fracções A, B e C do Bloco 1 deste imóvel municipal. O direito de superfície tem um prazo de 50 anos, podendo ser renovado por períodos sucessivos de 20 anos, mediante prévio acordo entre as partes, antes do termo do contrato ou de qualquer uma das suas renovações.

FALHAS FREQUENTES DE LUZ

Aquecimentos eléctricos na origem de cortes de energia na Cova da Piedade A população da Cova da Piedade tem sido afectada, desde o final do ano passado, com cortes de energia eléctrica, isto com a curiosidade de algumas fracções dos prédios terem luz, e outras não. Em resposta às muitas queixas, a EDP, através da linha de apoio ao cliente, tem alegado problemas na rede, sem avançar mais explicações. O assunto foi comentado, esta semana, entre vereadores, executivos e não executivos, na reunião de Câmara de Almada, onde foram referidas situações idênticas no bairro do II Tor-

rão, na Trafaria e na zona da Verdizela, Charneca de Caparica. Segundo o vereador Miguel Salvado, e por informação recolhida junto da empresa distribuidora de energia, estas falhas frequentes “estão relacionadas, em boa parte, com a intensa utilização de electricidade por aparelhos de aquecimento, principalmente no período nocturno”. Comenta o vereador que, apesar da EDP considerar estas situações “normais”, as mesmas “afectam bastante” os consumidores. O único caso de corte de energia

que é atribuído por responsabilidade da Câmara de Almada, diz Miguel Salvado, que se deveu a obras dos Serviços Municipalizados de Águas e Saneamento, na Rua D. João e Castro, em Almada, em que “foi afectado, por inundação, um posto de transformação enterrado”, o que obrigou à intervenção do piquete da EDP para suspender a carga na rede. O decorrer desta situação, avança o vereador executivo, levou a que esteja a ser analisada a deslocação deste mesmo posto de transformação. H.L.

Almada

BREVES AMBIENTE

Jardim na Charneca de Caparica com mais árvores e arbustos O jardim junto à Escola Básica Quinta de Santa Maria, na Charneca de Caparica, recebeu, na passada semana, a plantação de mais 41 árvores e 17 arbustos. Uma iniciativa municipal no âmbito do programa “Sextasfeiras pelo futuro...Mãos à Obra”.

O objectivo deste programa é, a partir das escolas, “mobilizar toda a população em acções de reflorestação no concelho, educando e agindo para a regeneração do território e tem como meta a plantação de 25 mil árvores”, refere a autarquia. DR

NOVO HORÁRIO

Cemitérios fechados a visitas durante confinamento Os cemitérios municipais de Almada e Vale Flores durante a vigência do Estado de Emergência, em vigor até às 23h59 de 30 de Janeiro, estão encerrados a visitas. Apenas estão abertos para a realização de funerais, entre as 9h00 e as 17h00,

com entrada até às 16h30, no Cemitério de Vale Flores, no Feijó, e até às 16h45, no Cemitério de Almada. A permanência das pessoas que ali se desloquem deve cingir-se ao tempo estritamente necessário à prestação de homenagem.

SOLIDARIEDADE

Autarquia lança apoio para rendas habitacionais A Câmara de Almada criou a Linha de Apoio ao Pagamento de Rendas Habitacionais, até ao máximo de duas rendas por agregado familiar. O objectivo, informa a autarquia, é “apoiar na resolução de problemas emergentes resultantes de doença, privação de rendimentos e isolamento,

proporcionando apoio excepcional e temporário às famílias do concelho. Esta linha integra-se no Plano Almada Solidária, através do Programa Almada Cuida e concretiza-se graças a um protocolo com cinco entidades locais.


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Almada DR

OPINIÃO Rui Carvalheira

Por favor, fique em casa

P

or norma sou um optimista militante, mas de momento vejo-me obrigado a conter um pouco esse meu optimismo, pois no dia que escrevo foi ultrapassada a barreira das 200 mortes diárias, o que nos deve fazer reflectir sobre estes números, suas causas e consequências. Terminámos o ano de 2020 com um aroma de esperança no ar, os números melhoravam, a campanha de vacinação tinha iniciado, e com todos estes indícios ficámos com a sensação que era possível baixar a guarda e retomar as nossas vidas interrompidas em Março. E foi então que vimos filas intermináveis nos centros comerciais, o baixar das máscaras e famílias que ceavam alegremente na consoada, partilhando os afectos que já há muito estavam contidos. Agora estamos a despertar do enorme trambolhão que demos, inebriados que estávamos com o optimismo latejante em que ardentemente queríamos acreditar. Numa conversa com amigo, comparei a vacinação com o desembarque das tropas aliadas na Normandia, durante a segunda guerra. Foi esse dia que permitiu voltar a sonhar com a paz, foi esse dia que deu alento para continuar a lutar. Mas nesse dia e nos subsequentes vários milhares tombaram até que finalmente o rumo dos acontecimentos se inverteu. Creio que poderemos fazer aqui o mesmo paralelismo. A vacinação é a única ferramenta que temos para conseguirmos a tão esperada imunidade de grupo, porém até ser alcançada não poderemos baixar a guarda e deitar ao lixo todo o esforço feito até aqui. No SNS todos os profissionais, apesar do cansaço acumulado, lutam diariamente para poder

salvar o máximo de vidas possível, posso assegurar isso pois tive a oportunidade de o ver na primeira pessoa. Não são super-homens ou super-mulheres, são pessoas de carne e osso, pais, mães, filhos que não desistem de combater nesta luta inglória que enfrentamos. Com eles estão muitos outros profissionais noutros sectores, nas escolas, nos supermercados, nas fábricas, nos serviços municipais, nas forças de segurança, nas padarias, nos restaurantes em serviço de take-away, na imprensa, e em tantos outras actividades fundamentais à manutenção da sociedade como a conhecemos. Uma coisa é certa, os negacionismos e as teorias conspiratórias em nada nos ajudam a superar a árdua tarefa que temos pela frente. Temos de uma vez por todas confiar na ciência e nos especialistas, e irmos ajustando a nossa resposta à medida que vamos tendo mais dados e vamos melhor conhecendo este inimigo invisível. Muito devemos a todos os que mantém as suas actividades e que diariamente lutam por nós. Mas para os ajudarmos não bastam palmas às janelas, agora mais que nunca temos a obrigação e o dever moral de seguir todas as orientações que as autoridades de saúde nos transmitem. Não devemos ter uma interpretação criativa das excepções que existem para que a vida mantenha uma normalidade possível. Saia de casa apenas nas situações indispensáveis e reduza os seus contactos o mais possível. E se tiver mesmo de sair para ir trabalhar, ou qualquer outra razão, USE A RAÇA DA MÁSCARA.

WeMob | Mobilidade de Almada E.M.S.A.

O serviço funciona durante 24 horas e todos os dias do ano

APOIO SOLIDÁRIO

Serviço de teleassistência alargado a mais munícipes O objectivo da autarquia é dar resposta à elevada procura por um serviço essencial para a população mais vulnerável Humberto Lameiras A Câmara de Almada aumentou o número de munícipes abrangidos pelo serviço de teleassistência, uma decisão que “pretende minimizar o isolamento de quem mais precisa”, refere em comunicado. O objectivo é dar resposta à elevada procura do serviço de teleassistência, essencial para a população mais vulnerável, pelo que a câmara “autorizou um aumento de 90 para 120 pessoas do concelho” beneficiárias deste apoio. A implementação da teleassistência no município teve início em Outubro de 2019, e, na primeira fase, abrangeu 90 pessoas que se encontravam isoladas ou sem suporte familiar/social. O sistema de teleassistência “tem como principias destinatários pessoas idosas que vivam sozinhas ou que ne-

cessitem de um acompanhamento permanente, assim como pessoas portadoras de deficiência física que desejem assegurar uma resposta mais célere em caso de necessidade”. O objectivo é “minimizar o isolamento, dar mais apoio e segurança às pessoas idosas, contribuindo para a sua permanência no domicílio, com autonomia, evitando a institucionalização precoce ou indesejada”. A teleassistência é um serviço gratuito, que funciona 24 horas e todos os dias do ano, apoiado por um terminal fixo, onde o utente pode, através de um botão de emergência, aliado a um telefone de alta voz, falar, ser localizado e identificado pela central de assistência, sendo feita a avaliação imediata da

120

O primeiro serviço abrangeu 90 pessoas, agora a autarquia decidiu aumentar esta resposta para 120 cidadãos do concelho, sejam eles idosos ou com impedimentos físicos

situação e dada a resposta mais adequada ao caso detectado. O utente possui uma pulseira com botão de alarme, para que o possa transportar facilmente. Em caso de queda, qualquer tipo de ocorrência relativamente à saúde ou mesmo por questões de insegurança, basta carregar no botão, desencadeando de imediato uma ligação para a central do serviço. Quando a central atende a chamada, comunica com a pessoa que pede auxílio através do altifalante, sendo feito um primeiro rastreio à ocorrência. A central dispõe de informação detalhada relativa a cada pessoa, como doenças, tipo de problemas associados e contactos telefónicos da rede social/familiar. Se algo aconteceu, é de imediato desencadeada uma chamada para as pessoas referenciadas como de apoio a quem pede ajuda, para que se desloquem a sua casa. Em seguida, a central entra em contacto com esta pessoa, monitoriza a situação e, se for necessário, acciona os mecanismos de socorro. Os destinatários do serviço de teleassistência podem apresentar a sua candidatura através do preenchimento de um formulário, que em seguida deverá ser enviado para o contacto de email: smendes@cma.m-almada.pt


21 de Janeiro de 2021 O SETUBALENSE 11 PUBLICIDADE

ENG. ANTÓNIO FERREIRA DE VIVEIROS

CAPITÃO JOÃO AUGUSTO QUARESMA DA ROSA

(1936 – 2021)

(1931 – 2021)

Participação e Agradecimento

Participação e Agradecimento

A funerária Armindo lamenta informar o falecimento de Eng. António Ferreira de Viveiros. A família vem por esta via agradecer a todas as pessoas que se dignaram a acompanhar o funeral ou que, de qualquer outra forma, manifestaram as suas condolências.

A funerária Armindo lamenta informar o falecimento do Sr. Capitão João Augusto Quaresma da Rosa. A família vem por esta via agradecer a todas as pessoas que se dignaram a acompanhar o funeral ou que, de qualquer outra forma, manifestaram as suas condolências.

COMUNICADO A funerária Armindo informa que subiu o nível de contingência para o nível máximo, uma vez que a quantidade de óbitos atingiu níveis absolutamente inéditos. Como sempre, a funerária Armindo tem todos os recursos aplicados ao serviço da sociedade e pede a compreensão de todos para eventuais atrasos ou incómodos que possam resultar desta situação de exceção. Apelamos a toda a população para que respeite, com o maior zelo, as regras definidas ao abrigo do atual estado de emergência, para que a situação se possa normalizar o mais rapidamente possível.

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Necrologia

ALMADA - 265 539 691 | SETÚBAL - 265 520 716 SEIXAL - 265 520 71 | MONTIJO - 212 318 392 MOITA - 212 047 599 | BARREIRO - 212 047 599 PALMELA - 265 520 716 | ALCOCHETE - 212 318 392 OUTROS CONCELHOS 265 520 716

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12 O SETUBALENSE 21 de Janeiro de 2021

Região

COMANDANTE DISTRITAL DE OPERAÇÕES DE SOCORRO CONFIRMA

Governo apenas definiu Hospital das Forças Armadas como estrutura de retaguarda na região para doentes Covid-19 DR

Outras estruturas de apoio local devem ser organizadas pelos serviços municipais de Protecção Civil Ana Martins Ventura

O novo líder do Comando Distrital de Operações de Socorro de Setúbal (CDOS), João Pinto, garantiu a O SETUBALENSE que, “até ao momento não há qualquer indicação, por parte do Governo, para que sejam colocadas em funcionamento estruturas hospitalares de campanha dedicadas à prestação de cuidados de saúde a doentes Covid-19”. A única estrutura retaguarda definida para a região de Setúbal é a que serve Lisboa e Vale do Tejo: o Hospital das Forças Armadas. Outras estruturas para a prestação extraordinária de cuidados de saúde a doentes Covid-19, “serão, para já, articuladas pelos serviços municipais de Protecção Civil em parceria com as autoridades de saúde locais”. É o caso dos dois novos contentores alocados no campus do Hospital de São Bernardo. O Despacho n.º 10942-A/2020, que define as estruturas de retaguarda disponíveis, tendo sido aprovado pelos ministérios da Administração Interna Trabalho, Solidariedade e Segurança Social e da Saúde, indica ainda que, caberá aos Comandos Distritais de Operações de Socorro a elaboração de “um mapa semanal com as EAR [estruturas de apoio de retaguarda] activas, especificando o número de pessoas instaladas e os constrangimentos identificados”. No entanto, João Pinto, em funções no CDOS de Setúbal desde Dezembro passado, recorda que, “mesmo sendo decidido que pavilhões desportivos, ou infra-estruturas de Instituições Particulares de Solidariedade Social, sejam equipados para receber doentes Covid-19 o facto é

Hospital das Forças Armadas já recebeu doentes Covid-19 dos hospitais São Bernardo, Garcia de Orta e Nossa Senhora do Rosário

que não haverá profissionais de saúde para trabalhar nestes equipamentos de campanha”, salienta. Um problema que a vice-presidente do Sindicato dos Médicos da Zona Sul (SMZS), Guida Ponte, também aponta, em declarações a O SETUBALENSE.

Sindicato responsabiliza Governo por ruptura

João Pinto assumiu em Dezembro o Comando Distrital de Operações de Socorro de Setúbal

Em comunicado emitido terça-feira o SMZS responsabiliza o Governo pela ruptura dos hospitais da região de Lisboa e Vale do Tejo. Guida da Ponte recorda que “a margem sul Tejo é, desde há muitos anos, a zona da Área Metropolitana de Lisboa

com maior dificuldade de colocação de médicos e está, há anos, com número insuficiente de profissionais”. Uma situação que se evidenciou “ainda mais” devido ao “elevado número de infectados com Covid-19, que estão a ser encaminhados para tratamento ou internamento hospitalar”, refere Guida da Ponte. A dirigente sindicalista é mesmo incisiva quando determina que “o Governo tem a obrigação de agir perante a situação actual, requisitando todos os recursos possíveis no País”. Algo que, no seu parecer “está longe de acontecer”. Sobre o facto de alguns hospitais estarem a aumentar a sua capacidade de resposta com a reorganização do número de camas em enfermaria ou recurso a estruturas provisórias para aumentar o Serviço de Urgência, como é o caso do Garcia de Orta e São Bernardo, Guida da Ponte aponta que “o ideal seria todos os doentes serem atendidos ou internados em estruturas hospitalares condignas”. Estruturas que, “ao longo de anos não foram concretizadas”. No distrito de Setúbal os casos mais graves reportam ao hospital previsto para o Seixal e sucessivamente adiado, assim como a ampliação do Hospital de São Bernardo. “Agora estamos a solucionar problemas maiores com soluções provisórias, tomadas no dia-a-dia de forma avulsa, e que deveriam ter sido precavidas. Estão a ser definidos estados de pré-Catástrofe que nós, médicos, nem sabemos o que significam e esperamos que as administrações hospitalares esclarecerem”, aponta Guida Ponte. A dirigente sindical destaca ainda os “vários meses” que o Governo teve para preparar o Serviço Nacional de Saúde e o País “para o que ia acontecer quando o pico da pandemia em Portugal fosse atingido”. Meses ao longo dos quais, “a ministra da Saúde [Marta Temido], revelou-se sempre indisponível para reunir com os médicos. Aliás, desde o início desta legislatura nunca se mostrou disponível para receber os médicos”, refere a representante do SMZS.

AMBIENTE

Escola de Sines leva distrito ao top do Depositrão As escolas do Distrito de Setúbal recolheram mais de 31 toneladas de Resíduos de Equipamentos Eléctricos e Electrónicos (REEE) e pilhas no âmbito da 12.ª edição da campanha Geração Depositrão, referente ao ano lectivo 2019-2020. E a região integrou pela primeira vez o top 5 do ranking nacional, muito por força do contributo da Escola Vasco da Gama de Sines, que alcançou o 2.° lugar no País com 14 toneladas de resíduos recolhidas. Promovida em parceria pela ERP Portugal, Entidade Gestora de Resíduos, e o Programa Eco-Escolas, a campanha permitiu às escolas e entidades aderentes recolherem, no último ano lectivo, cerca de “385 toneladas de REEE e 15 toneladas de pilhas” depositadas num total de “427 pontos” espalhados por todo o País, revelou em comunicado a organização. Estas cerca de 400 toneladas de resíduos traduzem um “peso médio de recolha equivalente a mais de 900 quilogramas”. Anualmente, “as escolas participantes correspondem ao envolvimento de mais 420 mil alunos e cerca 42 mil professores de todos os níveis de ensino”, adianta a mesma nota. Atrás da Escola Vasco da Gama de Sines, a Faculdade de Ciências e Tecnologia da Universidade Nova de Lisboa e a EB 2,3 de Alvalade do Sado (Santiago do Cacém) foram os estabelecimentos de ensino do Distrito de Setúbal que mais resíduos recolheram: a primeira recolheu três toneladas e a segunda duas. Sobre os resultados globais obtidos em 2019-2020, Filipa Moita, responsável de comunicação da ERP Portugal, admitiu que “superaram totalmente as expectativas”, já que “estiveram muito próximos” dos alcançados em anos de recordes de recolhas. “Fica patente que a pandemia, apesar de trazer constrangimentos a toda a cadeia de valor e processos numa iniciativa deste âmbito, em nada travou o trabalho exaustivo e a missão ambiental encetada por todos os envolvidos”, concluiu. M.R.S.


21 de Janeiro de 2021 O SETUBALENSE 13

Autarquia de Alcácer constrói novos sanitários públicos na Comporta

A Câmara Municipal de Alcácer do Sal já está a construir novos sanitários púbicos na aldeia da Comporta, junto ao terreno onde habitualmente se realiza o mercado mensal. “O novo WC vai dispor de duas instalações sanitárias para homens e

Da saúde… física e mental

rá um aumento de casos, bem como o agravamento dos existentes. A covid-19 veio obrigar-nos a constatar uma realidade que muitos ignoravam: a do estado permanentemente débil e caótico do nosso SNS, cuja existência - tão necessária e preciosa! - assenta sobretudo nos esforços e dedicação dos profissionais de saúde.

mulheres, uma terceira para pessoas com mobilidade reduzida, e um pequeno espaço de arrumos”, anunciou esta terça-feira a autarquia, que vai investir 30.300 euros na obra. Ainda de acordo com o município, o novo edifício

“vem dar resposta à falta de infra-estruturas de apoio de que aquela zona padece e que eram normalmente supridas pela Junta de Freguesia de Comporta, com o aluguer de módulos de instalações sanitárias portáteis”.

A situação que vivemos actualmente acentua a importância de investir seriamente na contratação e valorização de profissionais - estes que mesmo após tantos meses de luta e com tempos de repouso cada vez mais escassos, continuam a dar tudo de si na linha da frente -, na melhoria das infra-estruturas e no reforço dos meios de diagnóstico.

Espero, sinceramente, que nos incite também a um olhar cuidado sobre a nossa saúde mental, aspecto importantíssimo para uma vida equilibrada e mais serena. Algo que, neste momento, nos é essencial! Deputada não inscrita PUBLICIDADE

OPINIÃO Cristina Rodrigues

N

o passado dia 13 de Janeiro, foi aprovado o nono decreto do Estado de Emergência, no seguimento de um aumento bastante significativo dos números de infectados e de mortes por covid-19. Na terça-feira anterior, em reunião no Infarmed, o epidemiologista da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa, Manuel Carmo Gomes, avançou a possibilidade de 14 mil casos de infecção por dia, mesmo com recurso ao confinamento geral, sendo que uma redução deste valor para sete mil demoraria cerca de três semanas, e outro tanto para atingir os 3.500 casos. Ficou ainda o alerta de que o número de óbitos poderia chegar aos 150. Previsões à parte, concreta é a fortíssima pressão em que o nosso Sistema Nacional de Saúde (SNS) se encontra. No nosso distrito, o Hospital de São Bernardo, em Setúbal, anunciou mesmo a necessidade de avançar para a última fase do Plano de Crise ou Catástrofe, pela primeira vez na sua história, devido ao aumento de doentes internados com covid-19 mas também pela maior procura de cuidados por doentes não covid. O Centro Hospitalar do Barreiro / Montijo e o Hospital Garcia de Orta, em Almada, deram também a conhecer situações próximas ao ponto de ruptura, embora este último tivesse anteriormente alargado o número de camas nos cuidados intensivos. Simultaneamente, parecem estar “esquecidas” as doenças que já existiam e que não desapareceram, bem como os doentes que acabam por ser preteridos de forma preocupante e sem sabermos com que sequelas. Uma

Portugal é o 2.° país da Europa com mais alta prevalência de doenças psiquiátricas

das medidas mais drásticas da Ministra da Saúde foi precisamente o adiamento de todas as intervenções cirúrgicas, mesmo as consideradas prioritárias, num despacho em vigor até ao final do mês… pelo menos. E falando em preterimentos e sequelas ignoradas na área da saúde, o que dizer em relação à saúde mental, constantemente colocada em plano de menos importância quando Portugal já é o segundo país da Europa com a mais elevada prevalência de doenças psiquiátricas? Este é também um facto que não pode ser esquecido, sobretudo se tivermos em consideração um estudo que revelou que mais de um terço da população portuguesa e quase metade dos profissionais de saúde inquiridos manifestaram sinais de sofrimento psicológico, como ansiedade, depressão ou stress pós-traumático. A nossa situação actual, sem dúvida, provoca-

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14 O SETUBALENSE 21 de Janeiro de 2021

Desporto

SADINO BRUNO RIBEIRO JÁ DEFRONTOU TODAS AS EQUIPAS DA SÉRIE H E AFIRMA PEREMPTORIAMENTE

“O Vitória é sem dúvida o grande candidato ao primeiro lugar” “Como vitoriano e setubalense sinto orgulho por ver jogadores da casa ficarem para ajudar o clube”, disse o treinador do Moura Ricardo Lopes Pereira O treinador setubalense Bruno Ribeiro, que representa actualmente o Moura Atlético Clube, viveu no domingo um dia especial ao regressar ao Estádio do Bonfim para defrontar o Vitória Futebol Clube. Após a derrota, por 2-1, sofrida pelos alentejanos, o técnico, de 45 anos, partilhou com O SETUBALENSE o seu sentimento pelo regresso a Setúbal. “Esta é a minha casa e é sempre um grande orgulho

voltar à casa onde fui muito feliz”. O timoneiro do Moura, que já teve a oportunidade de defrontar todos os clubes da série H do Campeonato de Portugal, prova que é liderada de forma destacada pelo conjunto sadino, com 29 pontos em 11 jornadas, não tem dúvidas de que o Vitória é a melhor equipa. “Muito longe dos outros clubes, o Vitória é a melhor equipa desta série. Pelos jogadores que tem, pela sua qualidade e experiência, é, sem dúvida, o grande candidato ao primeiro lugar”. A suportar a sua tese, Bruno Ribeiro recorre aos números evidenciados pelo desempenho da equipa de Alexandre Santana. “Os resultados comprovam-no. Só cedeu dois empates e de resto só somou vitórias em 11 jogos realizados”, disse o timoneiro dos alentejanos que seguem na última posição da prova com apenas dois pontos nas 11 partidas disputadas até ao momento. O treinador do Moura não retira

valor aos perseguidores do Vitória, que têm ainda vários jogos em atraso. “Já jogámos com todos os outros clubes – Olhanense (17 pontos em nove jornadas), Louletano (15 pontos em nove jogos) e Amora (14 pontos em sete jornadas) – e o Vitória é claramente superior. Não quero com isto tirar mérito às outras equipas, que têm qualidade, mas penso que o Vitória está muito longe dos outros”. Bruno Ribeiro considera que a permanência de jogadores que são referências na história recente do clube, como Semedo, Nuno Pinto e Zequinha, contribuem decisivamente para a campanha realizada pela equipa. “Como vitoriano e setubalense sinto orgulho por ver jogadores da casa ficarem para ajudar o clube numa altura em que está numa situação muito difícil. Sem a sua permanência as coisas complicavam-se mais e tudo se tornaria ainda mais difícil”. Mesmo à distância, o antigo esquerdino tem acompanhado com

atenção tudo o que tem acontecido no Bonfim. “Sabemos que não é fácil e tenho conhecimento que foram vividos momentos muito difíceis. Se não fossem as pessoas que entraram recentemente, com a ajuda de alguns jogadores mais velhos, as coisas não estavam como estão agora. O Vitória estaria noutro lugar que não o primeiro”.

Elogios ao presidente Carlos Silva

Como setubalense e vitoriano, Bruno Ribeiro confessou que no domingo teve a oportunidade de agradecer pessoalmente a Carlos Silva, eleito presidente do Vitória a 28 de Dezembro de 2020, pela coragem que teve em assumir o cargo. “Já estive a agradecer ao presidente pela forma como assumiu o clube. Não é fácil assumir um clube como o Vitória na situação em que se encontra”. E acrescenta: “Houve momentos muito complicados e ainda bem que DR

Ao serviço do Moura, Bruno Ribeiro visitou a antiga casa no passado domingo

este presidente entrou e as coisas têm vindo a melhorar aos poucos”, disse, confessando que “custa muito ver o Vitória na situação em que está” e lembrando que, enquanto profissional do clube também passou “tempos muito difíceis”, mas foi “muito feliz, conquistando vários troféus” (sendo a Taça de Portugal em 2005 e da Taça da Liga em 2008 os mais importantes). A terminar, Bruno Ribeiro alinhou na ideia que tem vindo a ser partilhada por todos aqueles que desejam um futuro risonho ao Vitória. Recorrendo à palavra “união”, o setubalense lança um repto aos seus conterrâneos. “Como vitorianos que somos, temos de estar todos juntos e ajudar o Vitória a crescer com o objectivo de ajudá-lo a regressar rapidamente à I Liga que é onde merece estar”.

Setubalense com currículo recheado

Como jogador ao serviço da equipa principal do Vitória, Bruno Ribeiro, formado na ‘cantera’ sadina, realizou mais de 200 partida oficiais nas temporadas de 1993/94 a 1996/97 e de 2003/04 a 2009/10. Além do clube da sua cidade natal, o esquerdino representou os ingleses do Leeds United (1997/98 a 1999/2000) e do Sheffield United (1999/2000 e 2000/01), U. Leiria (2000/01), Beira-Mar (2001/02), Santa Clara (2002/03) e Chaves (2009/10). Enquanto treinador, carreira que iniciou em 2010/11 nos juniores do Vitória, acabando nessa mesma época por assumir a equipa principal onde permaneceu até 2011/12, Bruno Ribeiro tem no currículo passagens por vários clubes nas temporadas seguintes. Vejamos: Farense em 2012/13, Moura em 2013/14 e 2014/15, Pinhalnovense e Vitória também em 2014/15, búlgaros do Ludgorets e Académico de Viseu em 2015/16, ingleses do Port Vale e Salgueiros em 2016/17, Cova da Piedade em 2017/18, Salgueiros, Vitória (juniores) e angolanos do Interclube em 2018/19, Interclube e Olhanense em 2019/20 e Moura em 2020/21.


21 de Janeiro de 2021 O SETUBALENSE 15

Olímpico do Montijo vence Fontinhas com golo de Tiago Nunes

O Olímpico do Montijo venceu o Fontinhas por uma bola a zero em jogo relativo à 4.ª jornada da Série G do Campeonato de Portugal, que se encontrava em atraso. O golo da vitória foi marcado aos 15 minutos por Tiago Nunes na cobrança de uma grande penalidade a castigar falta

cometida sobre Lucas Gabriel. Os montijenses estiveram por cima na primeira meia hora do encontro, depois a equipa açoriana inverteu a situação mas não conseguiu evitar a derrota. A equipa liderada por Rui Narciso, que obteve a segunda vitória consecutiva, com os três

pontos conquistados, saiu da zona vermelha. Também para acerto de calendário, o Desportivo Fabril empatou (00) em casa com o Rabo de Peixe e o Pinhalnovense perdeu com o Olhanense, por 1-0, com um golo sofrido aos 27 minutos.

ENTREVISTA VÍTOR MADEIRA DEIXOU O U. SANTIAGO

“É importante perceberem que o futebol não é o mais importante das nossas vidas” DR

Treinador da equipa alentejana, que fez três quarentenas, pediu para sair por considerar não haver condições para trabalhar e não se sentir seguro no exercício de funções José Pina Vítor Madeira assumiu no início da época o comando técnico do U. Santiago que se reforçou bastante com jogadores de grande qualidade para lutar pelos primeiros lugares. Com dois jogos realizados no campeonato, a equipa sofreu outras tantas derrotas mas apesar disso os objectivos mantinham-se intactos porque o projecto era deveras ambicioso. Quer isso dizer que, a saída do treinador nada tem a ver com os resultados mas sim com a falta de condições para trabalhar causadas pelas constantes paragens que o clube foi obrigado a fazer, devido à pandemia. Em entrevista, Vítor Madeira conta tudo ao pormenor. Por que razão deixou o comando técnico do união de Santiago? A decisão que tomei tem a ver com a situação que se vive actualmente no País. O U. Santiago foi fustigado com três casos de Covid-19, estivemos 45 dias em quarentena e eu como treinador não me sinto capaz de desempenhar o meu trabalho. Enquanto gestor de recursos não me sinto feliz a fazer o meu trabalho com os jogadores e ninguém se sente seguro perante o que tem acontecido. Como sou uma pessoa séria e gosto de encarar as coisas de olhos nos

olhos e gosto de estar feliz, senti a necessidade e a obrigação de colocar um termo no vínculo que tinha com o U. Santiago. Era impossível treinar nestas condições. Quer dizer então que foi uma decisão devidamente ponderada? Sim, foi. Veja só este caso: no dia 20 de Dezembro íamos jogar com o Moitense. Na véspera, estava a acompanhar a equipa de Sub-22, precisamente na Moita, quando

um jogador da equipa principal me ligou a dizer que estava com Covid-19. Era o terceiro caso no plantel, tivemos que ficar mais quinze dias de quarentena e logo na época de Natal. Eu e os meus familiares passámos uma quarentena muito difícil. Fui amadurecendo sobre o assunto e numa conversa com o presidente do clube e com o Carlos Nobre tentei falar-lhes ao coração e disse-lhes que não me sentia feliz a dar treino nestas condições.

Como o U. Santiago é rico em pessoas de bem, aceitaram a minha decisão. Mas certamente gostaria de ter ficado até ao fim da época? Claro que sim. Do U. Santiago guardo as melhores recordações, gostei de ter treinado e de ter feito parte de um clube tão grande. Fui super bem tratado, não tenho nada a apontar ao União porque é gerido por gente séria. O problema tem a ver apenas com o Covid-19 e com o facto de não conseguir treinar em condições. Começámos no dia 1 de Setembro, fizemos dois jogos de preparação e tínhamos 27 treinos realizados até à data em que saí. Ou seja, isto é muito pouco para uma equipa que quer andar nos lugares de cima e que tem jogadores, condições e estrutura para discutir este ano os primeiros lugares, mas assim é impossível. O que me faz andar no futebol é o gosto que tenho por ele mas a nossa família deve estar sempre em primeiro lugar. Aproveito para apelar a todos para que se protejam porque o vírus está cada vez mais forte, temos que cuidar de nós, dos nossos filhos e das nossas famílias porque vivemos do nosso trabalho e não daquilo que ganhamos no futebol. Há quem diga que os responsáveis pela saúde na região têm sido demasiado exigentes na imposição das regras. Também partilha desta opinião? Temos sido muito fustigados na região com esta doença mas os nossos clubes têm sido sérios porque identificam os casos e informam a delegada de saúde, que decide de acordo com as normas. Se é exigente de mais ou não, não sei, provavelmente será, mas nestas questões de saúde não se deve facilitar. No nosso caso tínhamos os

jogadores distribuídos por quatro balneários, dois no campo sintético e dois no relvado e tivemos sempre cinco jogadores em cada balneário, cumprimos sempre as regras, se calhar ao contrário do que acontece noutras regiões. Digo isto porque há clubes situados em concelhos com maior número de infectados que nunca param, veja-se por exemplo o Barreirense que tem cinco jogos realizados e nós apenas dois. Mas, como já disse, esta última quarentena fez-me pensar que o futebol é muito importante para mim mas actualmente não posso passar o futebol para a frente da minha vida porque tenho filhos, mulher, pai e irmãos com quem me relaciono quase todos os dias. Já agora aproveito para deixar uma palavra de agradecimento aos directores do U. Santiago que foram sempre estrondosos na forma como me trataram. A prova disso é que saí da mesma maneira que entrei, com um sorriso na cara. Estarei sempre na bancada a torcer pelas vitórias e pelo sucesso do clube. E o futuro como vai ser? Vai querer com certeza continuar a exercer funções? Para já vou fazer um interregno. Já tive convites para voltar a treinar no distrital mas enquanto o Covid-19 estiver por perto não voltarei a fazê-lo. Continuarei ligado ao futebol através da televisão ou nos campos quando nos deixarem mas esta época não irei com toda a certeza treinar em lado nenhum, nem no futebol de cinco ou de sete, porque não há condições e não me sinto seguro para fazer aquilo que gosto. Não quero estar infeliz no sítio onde sou feliz. É importante que as pessoas percebam que o futebol não é o mais importante das nossas vidas.


00:55 ~ 1.4 m ~ Baixa-mar 07:22 ~ 2.9 m ~ Preia-mar 13:45 ~ 1.3 m ~ Baixa-mar 20:04 ~ 2.6 m ~ Preia-mar

ALMADA

00:48 ~ 1.3 m ~ Baixa-mar 07:16 ~ 2.9 m ~ Preia-mar 13:41 ~ 1.3 m ~ Baixa-mar 19:58 ~ 2.5 m ~ Preia-mar

SESIMBRA

01:09 ~ 1.3 m ~ Baixa-mar 07:36 ~ 2.9 m ~ Preia-mar 13:55 ~ 1.2 m ~ Baixa-mar 20:12 ~ 2.6 m ~ Preia-mar

SINES

SETÚBAL TRÓIA

MARÉS

01:02 ~ 1.4 m ~ Baixa-mar 07:55 ~ 3.2 m ~ Preia-mar 13:56 ~ 1.4 m ~ Baixa-mar 20:34 ~ 2.9 m ~ Preia-mar

FICHA TÉCNICA REGISTO DE TÍTULO n.º 107552 | DEPÓSITO LEGAL n.º 8/84 PROPRIETÁRIO Outra Margem – Publicações e Publicidade, NIF 515 047 325 (detentores de mais de 10% do capital social: Gabriel Rito e Carlos Bordallo-Pinheiro) Sede do proprietário: Travessa Gaspar Agostinho, 1, 1.º, 2900-389 Setúbal EDITOR Primeira Hora – Editora e Comunicação, Lda, NIF 515 047 031 (Detentores de mais de 10% do capital social: Setupress Lda, Losango Mágico, Lda, Carla Rito e Gabriel Rito) Sede do Editor Travessa Gaspar Agostinho,1, 1.º, 2900-389 Setúbal Conselho de Gerência Carla Rito, Carlos Dinis Bordallo-Pinheiro, Gabriel Rito e Carlos Bordallo-Pinheiro REDACÇÃO Travessa Gaspar Agostinho, 1, 1.º, 2900-389 Setúbal DIRECTOR Francisco Alves Rito Redacção Mário Rui Sobral, Humberto Lameiras, Ana Martins Ventura Desporto Ricardo Lopes Pereira, Miguel Nunes Azevedo, José Pina Departamento Administrativo Teresa Inácio, Dulce Soeiro, Branca Belchior PUBLICIDADE Direcção Comercial Carla Sofia Rito, Carlos Dinis Bordallo-Pinheiro Coordenação Ana Oliveira (Setúbal), Carla Santos (Moita e Barreiro) Publicidade Lina Rodrigues, Rosália Baptista, Célia Félix, Mauro Sérgio IMPRESSÃO Tipografia Rápida de Setúbal, Lda - Travessa Gaspar Agostinho, 1, 1.º, 2900-389 Setúbal geral@tipografiarapida.pt DISTRIBUIÇÃO VASP - Venda Seca, Agualva - Cacém Tel. 214 337 000 Tiragem média diária 9000 exemplares Estatuto Editorial disponível em www.osetubalense.com

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