Formação do Mangalarga - Raul Almeida Prado

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Formação do Mangalarga

Colorado FM (1912) e João Francisco Diniz Junqueira


O Cavalo no Brasil Todas as raças de cavalos americanas descendem do cavalo ibérico aqui introduzido pelos colonizadores europeus. No Brasil as primeiras introduções de cavalos de que se tem notícia acontecem em São Vicente , por ordem de D. Ana Pimentel, mulher de Martim Afonso de Souza e em Pernambuco levados por Duarte Coelho. Ambas em 1534. As primeiras levas de cavalos que aqui chegaram têm origem ibérica, e vieram tanto da península quanto das possessões portuguesas no Atlântico. E foram sementes valiosas porque os animais daquela parte da Europa, nesse tempo, eram famosos por sua qualidade. Carreavam na sua formação o sangue do que havia de melhor em equinos da antiguidade. Dos cavalos autóctones da península aos romanos; dos cartagineses aos berberes, vindos com os mouros; dos alemães e húngaros introduzidos por Carlos V aos árabes importados por D. João da Áustria para as Reais Coudelarias de Córdoba. (José Alípio Goulart)


Thomas Ender - Paulista

Irradiação Três foram os grandes núcleos irradiadores de eqüinos no início do período colonial brasileiro: Bahia, Pernambuco e São Paulo. De Pernambuco e Bahia vinham, em direção ao sul, animais acompanhando gado e margeando o rio São Francisco, chamado então de Rio dos Currais. “A situação geográfica de Piratininga impelia-a para o sertão, para os dois rios de cuja bacia se avizinha, o Tietê e o Paraíba do Sul, teatros prováveis das primeiras bandeiras, que tornaram logo famoso e temido o nome paulista. Todas anteriores a 1680, cada uma das vilas extremas demandava destino diverso: as vilas do Paraíba do Sul apontavam para as próximas Minas Gerais, como Itu e Parnaíba apontavam para Mato Grosso, como Jundiaí apontava para Goiás e Sorocaba para os campos de pinheiros em que já surgia Curitiba. Para mobilizar todas essas forças bastou o descobrimento do ouro.” (Capistrano de Abreu)

Brecheret – Monumento às Bandeiras


O Cavalo Nacional no Sudeste

Debret – Comerciantes de Cavalos


Rugendas – Caminhos de Minas

Rugendas – Vila Rica

Debret - Cavalhada

Formação das Raças do Sudeste No sul de Minas Gerais, onde vários dos caminhos se cruzavam levando e trazendo bandeirantes, tropeiros, garimpeiros e viajantes que circulavam entre o Norte e o Sul do país é que vão nascer as raças nacionais de andamento marchado. “Se nos voltarmos para Minas Gerais, era grande a exuberância dos cavalos de luxo naquelas paragens ao tempo do apogeu da cata do ouro. Sabará, Mariana, Vila Rica e algumas outras cidades eram núcleos de famílias enobrecidas pelo ouro e nutriam a paixão pelo cavalo, cavalhadas, touradas, argolinhas e outros jogos equestres, que emprestavam relevo às qualidades cavalheirescas dos ginetes das famílias ricas.” (José Alípio Goulart)


Influências

Ferro da Coudelaria de Alter do Chão

A região, pela proximidade geográfica com a cidade do Rio de Janeiro e passada a febre do ciclo da mineração, fornecia os produtos rurais necessários à manutenção da Corte e estabeleceu um intercâmbio regular com o que havia de mais avançado no país, o que favoreceu o desenvolvimento e o melhoramento de várias raças de animais domésticos. Além de ter trazido consigo, quando da sua vinda ao Brasil, os cavalos da Real Coudelaria de Alter do Chão, o que de melhor havia em Portugal à época, em 1819 D. João VI, através de um édito real, cria a Coudelaria de Cachoeira do Campo, em Ouro Preto, com a finalidade de prover o Exército com animais de melhor qualidade. Utilizando garanhões desse estabelecimento, alguns importados da Europa e outros já aqui nascidos (é citado, inclusive, um cavalo criado pelos Junqueira usado na coudelaria de 1821 a 1827), e através de uma seleção que primava pela objetividade prática, os fazendeiros da região vão melhorando seus plantéis.

D. João VI


IbĂŠrico

Ancestral Comum

Mangalarga Marchador

Mangalarga

Campolina


A Família Junqueira Dentro desse contexto surge a família Junqueira, a grande responsável pela formação do mangalarga. Fazendeiros abastados, enriquecidos durante o ciclo da mineração adquirem grandes extensões de terra na região.

Iniciando com João Francisco Junqueira, que veio de Portugal, e estendendo-se aos seus descendentes, inclusive o Barão de Alfenas (Gabriel Francisco Junqueira), apontado como o principal responsável pela formação da raça, a história nos conta de seu amor pelos cavalos e sua dedicação em criá-los.

Da Campo Alegre à Favacho, da Traituba à Campo Lindo, da Narciso à Angahy, vão se formando, através das divisões familiares e casamentos, as fazendas onde se solidificam as qualidades e as linhagens que farão a fama do cavalo mangalarga. Entender a formação do mangalarga passa por conhecer as ramificações da família Junqueira.

Barão de Alfenas


Fazenda Campo Alegre


Fazenda Favacho

Fazenda Traituba

Fazenda Angahy

Fazenda Narciso

Fazenda Campo Lindo

Fazenda Engenho de Serra

Fazenda Bela Cruz


A vinda para São Paulo Em 1812, Francisco Antônio Junqueira, neto do patriarca João Francisco, e seu concunhado João José de Carvalho demandam a região da Alta Mogiana, nos sertões do rio Pardo, em busca de melhores terras das quais haviam ouvido falar. Ali, acampados às margens do ribeirão do Rosário, no atual município de Orlândia, detidos por uma chuva incessante, fundam a Fazenda Invernada, a primeira da família no Estado de São Paulo.

Nesse processo de demanda e colonização de novas áreas destinadas às atividades agropecuárias, a família vai se espalhando pela região e adjacências, onde outros fazendeiros paulistas, entusiasmados com as qualidades dos cavalos vindos de Minas, começam a criá-los e a utilizálos em suas fazendas, estabelecendo novos núcleos de disseminação dos animais.


João Francisco Diniz Junqueira e Ana Blandina de Almeida Prado Junqueira, montando cavalos Mangalarga às margens do rio Sapucaí em 1912. João Francisco, criador e exímio cavaleiro é um dos principais artífices do Mangalarga.


Fazenda Invernada


Fazenda Boa Vista Fazenda Melancias

Fazenda Boa Esperanรงa Fazenda Agudo

Fazenda Tapiratuba

Fazenda Santa Elza


Fazenda Verdun Fazenda Onรงa

Fazenda Consulta Fazenda Pindorama

Fazenda Contenda

Fazenda Santa Isabel


Fazenda Mangalarga – Paty do Alferes – Rio de Janeiro

Provável origem do nome da raça.


A Formação do Cavalo Nacional Mangalarga

Capitão do Mato – Maurice Rugendas


Vários séculos de adaptação ao meio e de seleção funcional forjaram as qualidades do Mangalarga.

Raça de formação campeira, o Mangalarga é um cavalo que se presta à várias atividades hípicas, sendo seu principal atributo o andamento marchado característico.


O Mangalarga e a Caçada

A caçada foi um dos principais elementos de seleção da raça Mangalarga. Praticada regularmente pela maioria dos criadores em tempos passados, a caçada ao veado exige tanto do cavaleiro quanto do cavalo não só resistência física, como também um equilíbrio psicológico muito grande. A cada instante, decisões que podem determinar eventualmente a ocorrência ou não de um acidente, têm que ser tomadas em meio à corridas desenfreadas atrás da caça. A confiança, o bom senso, a capacidade, o vigor e a coragem de ambos são testados todo o tempo. E ao fim da caçada resta ainda a volta para casa, na maioria das vezes a muitos quilômetros de distância. Submetidos durante séculos a esse tipo de exercício, entre outros, os Mangalarga foram forjando, ao longo do tempo, as qualidades que se tornaram o apanágio da raça, rusticidade, andamento e temperamento.


Principais Troncos Formadores “O cavalo continuou sendo uma necessidade, e os primeiros Junqueira que vieram para cá não se desligaram dos parentes, dos ascendentes lá do sul de Minas. Então, eles iam buscar lá no seio da família aqueles reprodutores que eram necessários e podiam melhorar a criação. Esses cavalos que vieram são os iniciantes das principais linhagens masculinas: o Fortuna, o Gregório, o Telegrama e o Joia. Esses cavalos tiveram importância aqui e lá, formando o rebanho e dando origem ao plantel de hoje da raça mangalarga. “ Geraldo Diniz Junqueira

. “Três linhagens principais, bem definidas em suas características essenciais – os Fortunas, Telegramas e Joias”- escreve, para “Cavalo Mangalarga”, em 1948, o criador José Olintho F. Junqueira. De sua classificação, podemos resumir: Fortunas, predominância castanha, menores, muito cômodos, bons aprumos, cabeça pesada; Telegramas, frente leve, garupa inclinada, andar ótimo e elegante; e Joias, maiores, mais bonitos, andar menos cômodo e, por isso, desprezados, apesar de muito resistentes.” Eduardo Diniz Junqueira

A esses quatro troncos principais adicionamos o Abismo, mais importante na formação do rebanho mineiro, mas que trouxe também uma contribuição relevante na formação do nosso Mangalarga.


Alguns garanhões representantes desses troncos e anteriores à fundação da Associação

Cuera da Capinzal - 1892 Abismo Rosilho


Caxias I da Luziânia - 1898

Abismo

Kaizer FM – déc. 1910

Joia

Bordado SP- déc. 1920

Fortuna

Montenegro do Brasil - 1900

Fortuna

Colorado FM - 1912

Fortuna

Zape IJ – déc. 1920

Gregório

Bellini JB - 1901

Índio FM – déc. 1910

Abismo

Telegrama

Clemanceau I JB - 1914

Abismo

Sul-americano FM -1923

Fortuna

Suco FM - 1918

Fortuna

Apollo 53 - 1926

Telegrama


Pedigree do Colorado FM Publicado no livro “Os Cavalos de João Francisco Diniz Junqueira” João Francisco Franco Junqueira


Monte Negro – 1894 Coronel Francisco Orlando

Fortuna IV – 1898 José Frauzino Junqueira

Telegrama – 1884 Capitão Chico

Fortuna V -1904 Magino D. Junqueira Braceira – 1899 Coronel Francisco Orlando

Rio Branco -1874 João Francisco das Melancias

Penitência -1885 Francisco Astolpho T. Junqueira

Baio Escuro – 1876 Capitão Chico Lontra – 1882 Capitão Chico Telegrama Cavia -1880 Pitanga

Telegrama Velho -1872 Francisco Astolpho T. Junqueira Pretinha – 1855 Francisco Antônio Junqueira Cinza II – 1881 Francisco Antônio Junqueira Telegrama Capitão Chico

Colorado – 1912 Francisco Orlando Baio Escuro – 1876 Capitão Chico Monte Negro - 1894 Coronel Francisco Orlando

Fortuna III -1858 José Frauzino Junqueira Azulega Capitão Chico

Lontra – 1882 Capitão Chico

Prenda - 1898 Francisco Orlando

Joia da Chamusca – 1854 Joaquim Alves Gouveia Pampa de Preto – 1854

Penitência -1885 João Francisco das Melancias

Cinza II – 1881 Francisco Astolpho T. Junqueira

Cinza I – 1876 Capitão Chico Pangaré

Telegrama – 1880 João Francisco das Melancias

Telegrama Velho -1872 Francisco Astolpho T. Junqueira xxx


Alguns Estudos de Genealogia

Foto do pedigree do cavalo Tanck FM, neto do Colorado, escrito a mão por João Francisco D. Junqueira Interessante notar que na descrição da raça consta Nacional


Intercâmbio São Paulo/Minas O intercâmbio entre cavalos de Minas e São Paulo sempre existiu, sendo comum a compra ou empréstimo de reprodutores por criadores de ambas as partes. Outrossim criatórios hoje no mangalarga marchador, como Traituba, Favacho, Angahy , Campo Lindo (JB), Lobos, 53 , Consulta e outros,tiveram seus animais registrados em nossa Associação por variados períodos de tempo, sendo comum encontrar animais dessas criações em nossos pedigrees, bem como a presença de animais mangalarga nos pedigrees do Marchador.

Nos slides seguintes alguns exemplos desse intercâmbio: Em preto, animais sem registro Em azul, animais registrados na Mangalarga Em verde, animais registrados no Marchador Observação: passível de algum erro, tanto no que tange à genealogia quanto na questão de qual associação o animal teria sido registrado.


Fortuna

Colorado FM 1912


Novato RB

Tabatinga RB Favacha Santiago Favacho Velho

Favacho Metralha

Trapiche Porto Palmeira

Topázio JO

Extrato Minato

Nairobi Mangalarga Cereja Rebanho

Faveiro Mangalarga

Lundu Granito

Sonho JB

Beijo JB

Pavão M

Rigoni Mangalarga

Rubi LJ

Marimbo FM

Trovão FM

Elenco Lobos Baetira Baetyba

Sancho Lobos

Sanhaço Boa Vista

Bradesco Lobos

Chimango JOFJ

Feitiço Boa Vista

Resumo JF Ultimatum JF

Tibério FM

Whisky FM

Califa Boa Vista

Favacho Teorema

Níquel Mangalarga

Lislie Edu

Xapuri Boa Vista

Salmon RNM Imperador SH

Executivo JF Ziza JF

Sheik FM Astuto FM Colorado FM Fortuna V MDJ Fortuna IV Montenegro Baio Escuro Fortuna III Fortuna II Fortuna I

Salmon RNM

Xapuri da Boa Vista


Premiado de Monsil Patrulha de Monsil Sublime do Pontal

Silvinha SP Papu

Pérola de Monsil

Kodak do Pontal

Sururu da Bentoca

Meirelles Campeão

Novela FS

Prelúdio II Bentoca

Herdade Príncipe II

Durango FS

Prelúdio Flori

Barcelos do Torquato Horizonte Campo Alegre Herdade Imperatriz Platino Flori

Orgulho JM

Herdade Cobalto

Sururu Flori

Maxixe JO Pensamento FM Colorado FM Fortuna V MDJ Fortuna IV Montenegro Baio Escuro Fortuna III

Barcelos do Torquato

Herdade Príncipe II


Testamento MG Zizica Angaí Zíngaro

Elixir Estiva

Holandês RCC Jabuti Mandassaia

Angaí Quilher

Casca Grossa Ingá

Manchete Otnacer

Vesúvio Lobos

Tostão JB

Ouro FSI AR Dourado Xodó M

Premiado DL

JK JB

Resgate JO

Bianca do Marco

Reinado AJ

Cocar JO

Turbante JO Pluma SM

Feitiço Boa Vista

Geleia SM Absinto SM Buriti EDJ Colorado FM Fortuna V MDJ Fortuna IV Montenegro Baio Escuro

Fortuna III

Elixir da Estiva

Holandês RCC


Meirelles Oceano Rigoleto Marcha Jagunço Marcha

Original S. Lúcia

Noz Moscada Ibiúna Berenice OJC

Farofa SP2

Caxambu JB

Charlatão JG

Épico C. Fino

Tigresa Catimba

Elo Kafé Nova

Tigrão Kafé

Omelete JB

Nobre Gironda Barbante Valão

Atrevido JB

Junqueira Torpedo

Jogo Conforto

Carvão LJ

Dança LJ Duque JB

Sincero JB Neon JOFJ Dinamarca JOFJ Capitel SP Bordado SP Tanck FM Suco FM Colorado FM Fortuna V MDJ Fortuna IV

Elo Kafé da Nova

Atrevido JB


Angaí Ianque

Krishma 53 RA Araguaia Porã

Dobrada 53 Navarro Trás os Montes

Fumaça Porã

Lacraia SF Uberaba

Nicotina Jaborandi

Duelo SP

Faraó SP2

Lágrima CJN

Flamboyant Porangaba

Macaúba SP

Cambraia SP

Úrsula 53

Hibiscus SP Jogral Porangaba

Quebruto Elfar

Trilho Zizica

Xareta 53

Iamani SP1

Detalhe SP Quebra Mar Porã

Ypê MG Zizica

Gigi M. Grande

Iara Cabeça Branca

Truc Morro Grande

Safári JF

Quebranto Bela Cruz Argos M. Gerais Damasco Ogar Paraguaia Ogar

Marrocos Porã

Capitel SP Bordado SP Tanck FM Suco FM Colorado FM Fortuna V MDJ Fortuna IV

RA Araguaia Porã

Trilho da Zizica


Telegrama

Apolo 53 - 1926


Hibisco Pau D’Alho Favacho Estanho

Visual Cachoeirinha

Amoreira Narciso

Favacho Sina

Copa M. Grande

Aroeira Narciso

Favacho Fumaça

Favacho Tesouro

Favacho Radical

Favacho Velho

Alvará EBJ Alecrim MAB

Favacho RB Favacho Tesoura

Vitrine JF

Oficial do Verdun

Ziza JF

Barã 53

Favacho Farol Rassunda

Kodak JF

Candidato JF

Aza Branca JF Gesso JF

Kalifa Bela Cruz Emblema Bela Cruz Sertão Lobos Jango JF

Traituba Aviso Traituba Joia Traituba Beduíno Traituba Bibelot

Armistício Consulta Apollo 53 Aventureiro Índio FM Rio Branco Telegrama Velho

Amoreira do Narciso

Alecrim MAB


Resgate Baculerê Herdade Teatro

Zorro Lobos

Seta Caxias

Juazeiro Ibiúna

Baiana Engenho Serra

Leopardo Mangalarga

Luar JO

Baluarte Engenho Serra

Colorado RN

Ardente JO

Beduíno Mangalarga

Único Lobos

Capricho Carelu

Trovador FS Enigma RN

Fogo RN Campo Lindo Panchito

Invasor SM

Nitrato 53 Riga 53

Belo Horizonte Aliança

Invasor Passatempo Talento SM

Tanga Aliança

Bolívar JOFJ

Faveiro FM

Bolívia JOFJ

Campeão FM

Minueto 53

Apollo 53

Colorado FM

Predileta 53

Araponga 53

Fortuna V MDJ

Submarino

Jurity SM

Aliança Passatempo

Telegrama do Fortuna

Fortuna IV Telegrama Castanha

Camurça I Telegrama Cavia Telegrama Velho

Herdade Teatro

Nitrato 53


Abismo

Favacho Vapor – década de 1930


Lobinho Lobos

Único Lobos Quaresma Lobos

Seiko LJ

Extrato do Minato

Maragato LJ

Rubi LJ

Abrigo D2

Fuzileiro Lobos Zorro Lobos

Astro V8

Trapiche do P. Palmeira

Ringo D2 Mulato D2

Favacho Teorema Garimpo JEK

Favacho Mexicana Quebranto Lobos

Haiti Caxambuense

Mulato JO

Quartel JB

Lundu do Granito

Beijo JB

Curió JO Gigante JO

Abaré JO

Marimbo FM

Maxixe JO

Sheik FM

Pensamento FM

Minuta FM

Cumparsita FM

Fantasia FM

Marquesa

Colina III

Tapera II

Colina II Caxias Alazão

Caxias I Cuera Cana Verde Abismo - Rosilho

Garimpo do JEK

Trapiche do Porto Palmeira


Gaiteiro do P. Azul

Chamego HB

Herdade Capricho

Érika Procó

Falena Porã

Prelúdio II Bentoca

Herdade Cadillac

Herdade Música

Quebranto Flori

Andorinha SP

Prelúdio Flori

Herdade Alteza

Herdade Tirolesa

Desforra Flomar

Lanceira Flori

Francesa Flomar

Baluarte Engenho de Serra

Turca Consulta

C. Lindo Panchito

Turquia Consulta Bolívar JOFJ

Bellini JB The Money Pretinho Trovador

Abismo (Rosilho)

Baluarte Engenho de Serra

Lanceira Flori


Ipê M. G. Zizica Ipanema V. Formoso Mimosa V. Formoso Uriel FS Quênia FS

Favacho Único

F Quindim Turquia Begônia Floreal Paquetá FS

Cabreuva SP

Favacho Xuxa

Janda SP2

Estevão Mangueira

Havana Favacho

Coruja SP2

Abalo OMSF

Favacho Dengosa

Plebeia SP

Jato TPC

Formosa SP

Sagarana SP

Urutu Caduceu

Enxofre Turquia Regatão CJ

Favacho Odessa

Macaxeira SP

Krupp CJ

Dama CJ

Radial CJ

Jangada CJ

Favacho Vapor Favacho Plutão Ouro Preto Bellini JB

The Money Pretinho Trovador Abismo (Rosilho)

F Quindim da Turquia

Urutu da Caduceu


Esse intercâmbio de animais paulistas e mineiros acabou tornando muito semelhantes as duas raças irmãs. O fechamento do livro da Mangalarga em 1943, decisão contestada como prematura por um grupo de criadores, acabou deixando fora da Associação um número significativo de animais e contribuiu, entre outras circunstâncias, para a divisão do Mangalarga em duas vertentes, a paulista e a mineira.

Vale lembrar que o livro do Marchador permaneceu aberto por um período bem maior, permitindo que animais já registrados no Mangalarga fossem utilizados no Marchador.

Nos slides abaixo, alguns exemplos dessa semelhança


MM – Álamo da Gironda

ML – Estevão Mangueira

MM – Damasco da Ogar

ML – Barã 53

ML – Uirapuru SP

MM – Ousado AJ

MM – Providência Regente

MM – Carvão LJ

ML – Uriel FS

ML – Duque JB

ML – Obelisco Bentoca

MM – Ara Terremoto


MM – Original S. Lúcia

ML – RA Araguaia Porã

MM – Angaí Yanque

ML - RA Sendeiro Porã

MM – Acauã Jequitibá

ML – Duelo FDJ

MM – Cangaço 53

MM – Ribatejo HB

MM – Eldorado Nova Tradição

ML – F Quindim Turquia

ML – Obelisco Corli

ML- Pavão M


MM -Melindrosa Tabatinga

ML – Gazela JO

MM – Maira de Mairiflor

ML - Jatiuca SP1

ML – Kodak JF

MM – Favacho Sina

MM - Lourinha AJ

MM - Siara Xara

ML – Begônia de Floreal

ML – Gaivota Corli

ML- Madona das Palmeiras

MM - Laglória Faradiba


MM – Lontra do R. Vitória

ML – Nigéria S. Conrado

MM – Camisa 53

ML – Garrucha S. Ernestina

MM –Amoreira do Narciso

ML – Flamenga Porã

MM – Araçatuba Beleza

ML – Orgulhosa Consulta

ML- Revolta Procó

MM – Belle de Jour V8

MM – Gamão Juta

ML – Pérsia FS


O intercâmbio que sempre existiu entre as duas vertentes do Mangalarga permanece ainda atualmente e até hoje.provoca discussões.

Uma ideia que talvez possa resolver esse dilema seria a criação de uma federação que envolvesse as raças marchadoras nacionais à exemplo da FIC (Federação Internacional do Crioulo).

Importante frisar, e aqui abrindo um parêntese para tratar do assunto, é que essa divisão, desde sempre muito mais política do que zootécnica, é, no meu ponto de vista, prejudicial às duas associações, e a aproximação entre elas seria talvez uma forma de fomentar a ideia de uma raça brasileira ainda maior e mais forte de cavalos marchadores.


Fundação da Associação


No final do século XIX e início do século XX inicia-se um movimento panamericano de valorização das raças nativas, a fim de preservá-las de cruzamentos indiscriminados com raças estrangeiras, sempre encaradas como melhoradoras, mas que apresentavam pouca eficiência e resistência frente a uma condição adversa. Esses cruzamentos, além de promover uma descaracterização generalizada das raças crioulas, punham em risco séculos de adaptação ao novo meio.

Começam a surgir então, partindo de criadores e governantes preocupados com a situação, movimentos de oficialização das nossas criações e surgem as primeiras associações de criadores de raças americanas.

No Brasil, no caso dos equinos, a primazia cabe à Associação do Cavalo Crioulo, fundada em 1932, no Rio Grande do Sul.

Em São Paulo, estimulada por técnicos competentes e amparada por iniciativas governamentais, surge, em 1934, a Associação Brasileira dos Criadores de Cavalos da Raça Mangalarga, órgão que iria formatar, estimular e consolidar a criação dessa importante conquista da nossa zootecnia em todo o território nacional.


Em 1928, a publicação do livro “Criação do Cavalo”, de Paulo de Lima Corrêa, concorreu para ressaltar a necessidade de sistematização e orientação unificada na criação do cavalo Mangalarga, com apontamentos e registros genealógicos credenciados pela chancela de um “stud Book”. Mas a concretização da ideia numa associação de criadores ainda levou seis anos. Neste meio tempo, um grupo de criadores, cujos nomes vale relembrar – Celso Torquato Junqueira, Renato Junqueira Netto, Hermílio Franco, Gabriel Jorge Franco, José de Lima Franco, Francisco Junqueira Franco, Antonio Olyntho Diniz Junqueira, Magino Diniz Junqueira, José Jorge Diniz Junqueira, Mario Diniz Junqueira, Acácio Diniz Junqueira, Edmundo Diniz Junqueira e Saulo Junqueira – doou quinze éguas “ao Governo do Estado, para que na Fazenda Experimental de Sertãozinho fossem iniciadas as bases oficiais da criação e seleção de Cavalo Mangalarga”.

Sempre contando com o apoio dos técnicos dos Governos Federal e Estadual, foi amadurecendo a ideia de uma associação, até que circular dirigida a um grupo de criadores, assinada por Paulo de Lima Corrêa, da Secretaria da Agricultura, e Augusto de Oliveira Lopes, do Ministério da Agricultura, incentivou a fundação de associação, “promovendo-se a congregação dos criadores e técnicos que se interessam pelo maravilhoso cavalo nacional”. Constituiu-se uma Comissão Organizadora que, a 11/9/34, convocou os criadores de Mangalarga para 25/9/34, os quais, então, sob a presidência de Gabriel Jorge Franco, declararam fundada e instalada a Associação de Criadores de Cavalos da Raça Mangalarga. A Assembleia aprovou o anteprojeto de estatuto elaborado pela Comissão Organizadora e elegeu a primeira Diretoria presidida por Renato Junqueira Netto.

Eduardo Diniz Junqueira


Sede atual da Associação no Parque da Água Branca/SP.

Renato Junqueira Netto, o 1º presidente.


Primeiros Garanh천es Registrados


Frontispício do primeiro número da revista Cavalo Mangalarga – Janeiro de 1936

Fidalgo Registro nº 1 - Machos Mangalarga Proprietário: Governo do Estado de São Paulo


2-Cravo MDJ – d. 1930

9-Paris ER - 1926

36-Pinga Fogo PTJ – déc. 1930

3-Farrapo 53 - 1931

4-Predileto da Consulta - 1930

11-Botafogo 53 - 1927

39-Armistício da Consulta – d. 1930

25-Astuto FM - 1927

44-Fuzileiro 53 - 1931

6-Buriti EDJ - 1931

35-Paraná JOFJ – d. 1930

48-Colorau EDJ – d. 1930


Expansão A partir da fundação da Associação, fortalecido pelo empenho de seus criadores, pelo apoio oficial e alicerçado na excelência de seus andamentos e nas suas qualidades funcionais e morfológicas, o Mangalarga entra num vigoroso processo de expansão a partir dos núcleos iniciais de criação, que ultrapassa as fronteiras regionais e leva o nosso cavalo a uma posição de destaque no cenário da zootecnia nacional. Essa expansão acompanha na maioria das vezes os passos do desbravamento e formação de novas fronteiras agropecuárias, principalmente a pecuária de corte, da qual o Mangalarga foi, desde sempre, uma das principais ferramentas de trabalho. A grande maioria dos criadores, tanto os mais antigos como os que iniciam nessa fase, são proprietários rurais ou gente que tem ligação com a terra e que enxerga no mangalarga, mais do que tudo, um companheiro leal de suas atividades cotidianas.

E nesse sentido o mangalarga cumpre com galhardia as expectativas; sendo conhecidas na raça inúmeras histórias que contam o desempenho, a bravura, o equilíbrio e a resistência de nossos cavalos. Como exemplo, um texto de Eduardo Diniz Junqueira sobre o Sete de Ouro SP, campeão nacional em 1943 e da criação de Sebastião de Almeida Prado:

Euclides de Souza, Bóia, repassava Sete de Ouro às vésperas da Exposição de 1943, quando ouvindo os latidos de uma matilha juntouse ao toque e, cerradão afora, abriu batida até o ribeirão do Rosário. O ribeirão estava cheio e Bóia, errando o vau, rodou com cavalo e tudo pela correnteza. Sete de Ouro afundou no rebojo, mas vencendo os remoinhos aprumou no barranco fronteiro com Bóia agarrado nas crinas. Era um autêntico campeão. Sete de Ouro SP - 1939


Publicado em 1952 na revista Cavalo Mangalarga


Garanhões das décadas de 1930, 1940 e 1950

Exposição de São Paulo - 1937


Pensamento FM -1932

Invasor SM -1935

Minueto 53 -1938

Bibelot NJF -1934

Petulante FM -1934

Capitel SP - 1935

João Francisco D. Junqueira

Arnaldo de Almeida Prado

Absinto SM -1936

Caporal SP - 1936

Sargento JB -1936

Favacho Vapor –d.1930

Rosilho MDJ –d.1930

Nero ADJ – d. 1930


Angahy Angahy –d. 1930 Ouro Preto AODJ – d. 1930

Sheik FM -1943

Lapidado CJ -1943

Celso T. Junqueira

Campeão da Consulta -1943

Fogo JRLA -1947

Maxixe JO -1944

Yedo 53 -1949

Trevo 53 -1945

Favacho Gesso -1947

Abaré JO - 1951

Estilhaço LPC -1952

José Urbano J. de Andrade


Marrocos Porã -1952

Whisky FM -1953

Zangão CJ-1955

Durango FS -1956

Pensamento Flori -1957

Níquel Mangalarga -1958

Neon JOFJ -1953

Kalu SP -1954

Enigma RN -1957

Prelúdio Flori -1957

Gigante JO -1958

Paladino FM -1959


Esses garanhões, assim como vários outros, marcam esse período de expansão e consolidação do Mangalarga, construindo a trama genética que dá sustentação à nossa raça.

Vários deles vieram a se tornar importantes chefes de raça e fundaram diversas famílias dentro da criação do Mangalarga..

Se levantarmos o pedigree de qualquer animal Mangalarga da atualidade, fatalmente chegaremos a vários dos garanhões mostrados acima, sendo que em alguns casos aparecerá o mesmo cavalo repetidas vezes.


O passar das gerações

6 gerações

Minueto 53

(1938)

RA Sendeiro Porã (2002)


Certa ocasião durante uma exposição em Barretos, um garanhão Mangalarga montado por três meninas pequenas passeava pelo parque. Ao ser inquirido por um criador de renome, impressionado com a docilidade do animal, sobre que peão amansara aquele cavalo, o pai das meninas, meu primo, respondeu de pronto. Quem amansou aquele cavalo foram meu bisavô, meu avô, meu pai, eu e meu peão. E é verdade; atrás de um bom cavalo existe sempre muito trabalho. Um trabalho que só o passar do tempo e das gerações permite acontecer. É importante perceber que o criar cavalos é como receber um legado das gerações passadas. Um legado que um dia você poderá eventualmente passar para seus filhos e netos e que envolve valores como determinação, coragem e vontade de fazer as coisas certas, não só pelo dinheiro ou prêmio na exposição, mas principalmente por uma realização de vida.

Nos slides seguintes alguns exemplos de várias gerações em famílias do Mangalarga. Obs.: algumas fotos estão invertidas para facilitar a visualização.


Linhas Altas


Colorado FM - 1912

Nair贸bi Mangalarga - 1983

Astuto FM - 1927

Sheik FM - 1943

Faveiro Mangalarga - 1976

N铆quel Mangalarga-1958

Rigone Mangalarga - 1962


Capitel SP - 1935

Uirapuru SP - 1995

Sururu SP - 1942

Apalache TC - 1976

Damasco EJ- 1947

Estev達o da Mangueira- 1972

Jato TPC - 1955

Abalo OMSF - 1967


Yedo 53 - 1949

RA Bojador Por達 - 2009

Fuzil 53 - 1956

Habilidoso CJ- 1965

RA Sendeiro Por達 - 2002

Dourado MA - 1973

Laredo 53 - 1985


Colorado FM - 1912

Parâmetro JO - 1980

Pensamento FM - 1932

Turbante JO - 1969

Abaré JO - 1951

Gigante JO - 1958


Whisky FM - 1953

Absinto SM -1936

Feitiรงo da Boa Vista - 1965 Sanhaรงo da Boa Vista -1978

Yogui SM-1958

Ringo SM -1974

Xapuri da Boa Vista -1982

Colorado da Nata-1982


Lírio 53 - 1937

Lapidado CJ - 1943

Trevo 53 - 1945

Radial CJ - 1949

Nitrato 53 - 1963

Zangão CJ- 1955

JN Álamo 53 - 1974

Regatão CJ - 1972


Neon JOFJ - 1953

Maxixe JO-1944

Sincero JB - 1958

Prelúdio Flori-1957

Atrevido JB - 1965

Omelete JB - 1978

Prelúdio da Bentoca-1968 Sururu da Bentoca-1977


Invasor SM - 1935

Capitel SP - 1935

Fogo JRLA - 1947

Enigma RN - 1957

Trovador FS - 1971

Marrocos Por達 - 1952

Flamboyant Por達-1968

Quebra Mar Por達-1977


Linhas Baixas


Maravilha FM - 1949

Yugoslávia Mangalarga -1993

Sibéria FM - 1955

Noruega Mangalarga -1983

Ucrânia Mangalarga - 1965

Dalmácia Mangalarga - 1973


Lanceira Flori - 1953

RA Diferença Porã - 2011

Andorinha SP - 1960

RA Tocaia Porã - 2003

Falena da Porangaba - 1968

Dona Branca Porã - 1989

Quatiara Porã - 1977

Una Porã - 1981


Cabreúva SP -1952

Lanceira ACA – D. 1930

Quênia FS -1968

Tábora FS -1971

Foga FS -1991

Espada JAC - 1947

Adaga JO -1962

Gazela JO -1968


Seriema FM -1956

Tzarina F 53 -1969

Batuíra Mangalarga -1971

Batuta 53 -1975

Iça Puitã Mangalarga - 1978

Herdade 53 - 1981


Sardinha SP -1971

Kodak JF -1963

Cabrocha SP -1978

Ziza JF -1976

Xereta SP -1997

Gizella JF -1984


Estabilização Entusiasmados com as qualidades desse cavalo, novos criadores surgem constantemente. Partindo das linhagens mais antigas e através de cruzamentos entre elas, começam a criar novas famílias dentro do mangalarga, caracterizando um movimento de ampliação da variabilidade genética, altamente benéfico.

Derivada de um reduzido número de linhagens iniciais, a raça já nas décadas de 1960-70 apresentava um contingente bastante razoável de famílias distintas.

Essa variabilidade, saudável em qualquer criação, torna-se fundamental em raças regionais como é o caso do mangalarga, já que o controle da taxa de endogamia tem que ser possível a partir de um número relativamente pequeno de animais, na sua maioria parentes entre si em maior ou menor grau.


Garanhões das décadas de 1960 e 1970

Falcão CR na I Prova Funcional para Garanhões Mangalarga Colina/1977


Rigoni Mangalarga

Beduíno Mangalarga

Habilidoso CJ

Ipê CJ

Almanaque Mangalarga

Faveiro Mangalarga

Nearco do Pontal

Regatão CJ

Feitiço da B. Vista

Sanhaço da B. Vista

Califa da B. Vista

Uirapuru OR

Damasco da Estiva

Fulião AJ

Baluarte MA

Flamengo de Orlândia

Tibério FM

Marimbo FM

Reinado AJ

Chimango JOFJ


Amendoim da Consulta

Quartel da Consulta

Atrevido JB

Caxambu JB

Omelete da Consulta

Saturno da Consulta

Beijo JB

JK JB

Estevรฃo da Mangueira

Duelo SP

Libuno de NH

Opala JF

Cipรณ SP

Guandu SP

Jogral SP2

Apalache TC

Pinguim de NH

Urutao de NH

Safรกri JF

Ultimatum JF


Patesco Lobos

Zorro Lobos

Imperador M

Prelúdio II da Bentoca

Sertão Lobos

Everest Lobos

Pavão M

Prelúdio III da Bentoca

Chapéu JO

Curió JO

Garimpo do Jek

Sururu da Bentoca

Adorno JO

Cocar JO

Puitã VA

Quentão da Nata

Turbante JO

Resgate JO

Gabarito de Luar

Xerife da Nata


Paquetá FS

Trovador FS

Uriel FS

Urutaí FS

Nitrato 53

Duelo AV 53

JN Zulu 53

Barã 53

Eldorado da Porangaba

Quebra Mar Porã

Zaire 53

JN Degas 53

Jogral da Porangaba

Retrato Porã

Maranhão EJ

Querosene SM

Flamboyant da Porangaba

Gaúcho de Jaci

Sereno das Palmeiras

Ringo SM


Comanche RN

Capricho de Carelu

Heleno Vargedo

Escravo SVEA

Colorado RN

Nairóbi de Carelu

Itaipu do Matão

Cambará Pindo

Araxá AP

Orgulho JM

Supremo OG

Fugalaça da Nova Prata

Encantado da S. Ernestina

Elegante da S. Ernestina

Ingá CR

Ogum do Muzambinho

Eclipse EM

Cisne RB

Vermute de G

Folclore HC


Uma menção especial

Poucas raças no mundo podem se gabar de outro feito que se iguale ao realizado pelos mangalarga quando da travessia dos Andes. Em 1984/1985 conduzidos por um casal de franceses, o alazão Urutau de NH e o tordilho Yamani SP-1 alcançaram passos andinos nunca antes atravessados a cavalo, estiveram com gente que nunca havia conhecido esse animal; uma viagem épica com duração de mais de um ano e um percurso de 8000 km. Pouco aproveitada em termos de divulgação, avaliza e representa a bravura, a força física e a determinação do nosso Mangalarga.


Nos slides acima vimos

100 garanhĂľes

52 criadores

Em torno de pelo menos 15 famílias distintas dentro da raça


Consolidação Nesses quarenta anos a raça toma força e fôlego e esse período marca, sob a minha ótica, a concretização do Mangalarga, a passagem de uma ideia, um agrupamento de animais com morfologia e função semelhantes para uma raça com caracterização definida, padrão e objetivos a serem perseguidos dentro de um conceito moderno de seleção zootécnica.

A necessidade de utilização efetiva do cavalo proporcionava uma visão mais objetiva da criação e funcionava como indicador do rumo a ser seguido na seleção da raça. A discussão girava mais em torno da função exigida e da capacidade do indivíduo em cumpri-la do que propriamente sobre a conformação e beleza do mesmo.

Aquele cavalo, meio bandeirante e meio sertanejo, meio mineiro e meio paulista, resultado da dedicação e sabedoria, erros e acertos de várias gerações de brasileiros, firma-se, através de suas qualidades, como uma raça de cavalos eficiente, bela e adequada, e em condições de se comparar com qualquer outra dentro do conceito de cavalo de sela.


Transformações


No final dos anos 1960 e começo dos 1970, a Mangalarga inicia um processo que iria de certa forma se transformar no nó górdio da raça, criando um dilema na forma de enxergar os objetivos da criação que permanece, com maior ou menor intensidade, até os dias de hoje.

É a época do milagre econômico brasileiro e, nesse período, o Estado de São Paulo, principal centro de criação da raça, vai se transformando num imenso canavial, impulsionado pela alta do preço do petróleo e pelos incentivos do PróÁlcool.

As fazendas de pecuária de corte se deslocam para outros estados e o Mangalarga perde aqui o seu palco de atuação, tornando mais difícil a avaliação de suas qualidades funcionais.


Ao mesmo tempo, favorecidas pelas circunstâncias, as importações de raças equinas estrangeiras, principalmente a quarto de milha, trazem em seu bojo uma revolução no conceito da criação de cavalos.

De ferramenta de trabalho e lazer, o cavalo passa a ser enxergado também como um possível negócio lucrativo, a exemplo do que ocorria nos EUA.

A percepção de que a equinocultura poderia ser uma fonte de renda, atrelada a uma indústria que vende não só o animal, mas o traje, o arreamento, a música, enfim todo um jeito de ser, começa a tomar vulto no universo brasileiro da criação de cavalos rurais.


Uma parte dos criadores toma nessa ocasião, mesmo que não percebida em sua totalidade, uma decisão controversa. Partindo da premissa de que esse novo mercado exigia um novo tipo de cavalo, busca-se a partir de então mudar o perfil da raça.

De um cavalo de trabalho e esportes rurais, o Mangalarga, meio como que envergonhado de sua caipirice, vai se transformando num animal urbano e sofisticado.

Muda-se a caracterização racial do Mangalarga As linhas arredondadas e ares alçados, testemunhas de sua herança ibérica, vão tomando formas mais retilíneas, com inserção de cauda alta, cabeça delicada, movimentos mais rasteiros e maior amplitude de passadas.


Garanhão Andaluz

Garanhão Mangalarga Marchador

Garanhão Lusitano

Garanhão Mangalarga

Garanhão Crioulo

Garanhão Mangalarga


Égua Andaluz

Égua Lusitana

Égua Mangalarga Marchador

Égua Mangalarga

Égua Crioula

Égua Mangalarga


Outras Mudanรงas


Altura Com as transformações ocorridas nos objetivos de seleção de uma parte dos criadores a média de altura da raça, a partir da década de 1970, dispara para cima num esforço de fazer com que o nosso Mangalarga atingisse alturas médias em torno de 1,60m.

Mangará SP2 (1979) – 1,54m

Hércules da Janga (1995) – 1,65m


As transformações na altura média da raça.

Analisando 4126 produtos Mangalarga, Jordão e Gouveia (1951) encontraram altura média igual a 1,49m para machos aos 3 anos de idade e 1,43m para as fêmeas nesta idade. Esses mesmos autores, em 1954, relataram altura média de 1,49m para ambos os sexos daquela raça.

Ainda com animais Mangalarga, Mota (1989) relatou alturas médias de 153,2 cm e 150,3 cm respectivamente para machos e fêmeas.


Almeida Prado (2004) na sua dissertação de mestrado utilizou dados fornecidos pelo Serviço de Registros Genealógicos da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos da Raça Mangalarga (ABCCRM) que envolveram todos os equinos inscritos desde sua fundação, em 1934, até dezembro de 2003. As informações genealógicas totalizaram 169.228 animais (57,4% fêmeas e 42,6% machos), descendentes de 6.746 garanhões e 36.331 éguas, divididos nas categorias de registro provisório (103.735 ou 61,3%) e definitivo (65.493 ou 38,7%).

para altura – 1,39m mínimo, 1,80m máximo (média – 1,55m M, 1,51m F) para p. canela – 0,15m mínimo, 0,25m máximo (média - o,19m) para p. torácico – 1,44m mínimo, 2,12m máximo (média – 1,76m) para total de pontos - 50 mínimo, 99,5 máximo (média – 83,09)


Em estudo realizado durante a Exposição Nacional do Mangalarga, D’Angieri (2001) registrou dados bastante diferentes para a altura média da raça. (37 machos e 111 fêmeas montados) Avaliações de Mensurações e Peso da Raça Mangalarga – Thiago Negrão D’Angieri. Monografia, 2003. Cavalo jovem

Cavalo

Cavalo sênior

Média geral

Gde campeão

1ºRes

2ºRes

Média de altura cernelha

1,622

1,631

1,621

1,624

1,650

1,660

1,650

Menor altura de cenelha

1,570

1,600

1,560

1,560

#

#

#

Maior altura de cernelha

1,680

1,660

1,670

1,680

#

#

#

Desvio padrão da altura de cernelha

0,033

0,026

0,034

0,031

#

#

#

Coeficiente de variação da altura de cernelha (%)

2,034

1,606

2,113

1,939

#

#

#

Égua jovem

Égua

Égua sênior

Geral

Gde campeã

1ªres

2ªres

Média de altura cernelha

1,612

1,614

1,603

1,608

1,640

1,640

1,640

Menor altura de cenelha

1,560

1,560

1,520

1,520

#

#

#

Maior altura de cernelha

1,680

1,650

1,660

1,680

#

#

#

Desvio padrão da altura de cernelha

0,028

0,027

0,035

0,031

#

#

#

Coeficiente de variação da altura de cernelha (%)

1,762

1,661

2,169

1,934

#

#

#


Peso De uma posição enquadrada no padrão clássico do cavalo de sela, ou seja, um cavalo eumétrico peso do animal adulto em estado atlético variando entre 450 a 500 kg (Simões, 1975), o Mangalarga caminhava nessa época (2001) para se transformar num cavalo hipermétrico como demonstram os resultados de estudo realizado por D’Angieri durante a Exposição Nacional do Mangalarga de 2001, apresentados a seguir.

Paulistano da S. Conrado (1984) – 440kg

Amigo JO (1996) – 610kg


Peso

Cavalo jovem

Cavalo

Cavalo sênior

Média geral

Gde campeão

1ºRes

2ºRes

Média de peso

508,250

521,889

530,200

520,806

600,000

610,000

574,000

Menor peso

472,000

450,000

466,000

450,000

#

#

#

Maior peso

552,000

572,000

610,000

610,000

#

#

#

Desvio padrão do peso

25,951

41,995

43,237

38,141

#

#

#

Coeficiente de variação do peso (%)

5,106

8,047

8,155

7,323

#

#

#

Égua 526,053 457,000 572,000 26,976 5,128

Égua sênior 513,250 426,000 586,000 35,013 6,822

Geral Gde campeã 1ªres 2ªres 517,757 550,000 586,000 540,000 426,000 # # # 586,000 # # # 31,094 # # # 6,006 # # #

Égua jovem Média de peso 517,053 Menor peso 468,000 Maior peso 570,000 Desvio padrão do peso 27,531 Coeficiente de variação do peso (%) 5,325


Comparação éguas projeto/exposição Em 2002 meus irmãos (Paulo e Kiko) e eu, com o objetivo de promover, de forma prática e concreta, uma ampla discussão sobre as características e fundamentos que conformam o cavalo Mangalarga, elaboramos o Projeto Raízes Mangalarga que pretendia resgatar valores originais da raça, através da seleção de animais pertencentes às suas principais linhagens fundadoras. Sabendo desse estudo do Thiago com os animais da Expo. Nacional, pedimos a ele que mensurasse da mesma forma os animais do Projeto Raízes. Nos slides abaixo algumas tabelas comparativas sobre os resultados obtidos.

51 éguas do Projeto Raízes - 2002 111 éguas presentes na Nacional 2001

Observação: vale lembrar que as éguas do Projeto era animais de diversas linhagens, escolhidasmais pelo pedigree sem uma preocupação grande com a sua morfologia e padronização, enquanto que as éguas presentes à Exposição representavam , ao menos teoricamente, a elite da raça na época.


Altura na Cernelha, Altura de Garupa e Comprimento de Corpo Éguas Expo. Nacional

Éguas Projeto Raízes

Média de altura cernelha Menor altura de cenelha Maior altura de cernelha Desvio padrão da altura de cernelha Coeficiente de variação da altura de cernelha (%)

1,608194 1,52 1,68 0,031098 1,933752

1,512019 1,45 1,59 0,0329 2,175923

Média de altura de garupa Menor altura de garupa Maior altura de garupa Desvio padrão da altura de garupa Coeficiente de variação da altura de garupa (%)

1,598819 1,53 1,68 0,033256 2,080053

1,50017 1,388 1,573 0,034007 2,266844

Média do comprimento de corpo Menor comprimento de corpo Maior comprimento de corpo Desvio padrão de comprimento de corpo Coeficiente de variação de comprimento de corpo (%)

1,566944 1,46 1,68 0,048197 3,075843

1,49617 1,403 1,63 0,050422 3,37009


Perímetro Torácico e Perímetro de Canela Éguas Expo. Nacional

Éguas Projeto Raízes

Média de perímetro torácico Menor perímetro torácico Maior perímetro torácico Desvio padrão perímetro torácico Coeficiente de variação perímetro torácico (%)

1,898611 1,75 1,99 0,046119 2,429066

1,765361 1,63 1,88 0,060507 3,427453

Média do perímetro de canela Menor perímetro de canela Maior perímetro de canela Desvio padrão do perímetro de canela Coeficiente de Variação do perímetro de canela (%)

0,183471 0,165 0,2 0,006433 3,506257

0,181755 0,167 0,2 0,007508 4,130979

Roma do Espinhaço

Madrepérola CJ


Comprimento e Angulação de Garupa Éguas Expo. Nacional

Média do comprimento do tuber coxal ao tuber isquiádico Menor comprimento do tuber coxal ao tuber isquiádico Maior comprimento do tuber coxal ao tuber isquiádico Desvio padrão do tuber coxal ao tuber isquiádico Coeficiente de variação do tuber coxal ao tuber isquiádico (%)

0,395764 0,32 0,46 0,030404 7,682379

Média da angulação de garupa Menor angulação de garupa Maior angulação de garupa Desvio padrão da angulação de garupa Coeficiente de variação da angulação de garupa (%)

17,71831 8 29 4,326606 24,41884

Zara OJC

Éguas Projeto Raízes

0,31934 0,26 0,37 0,026225 8,212384

Calçada dos 4 Primos

34,41509 26 47 5,34978 15,54487


Comprimento de Cabeça e Pescoço, Angulação Cabeça-Pescoço e Angulação de Paleta Éguas Expo. Nacional

Éguas Projeto Raízes

Média do comprimento de pescoço Menor comprimento de pescoço Maior comprimento de pescoço Desvio padrão comprimento de pescoço Coeficiente de variação comprimento de pescoço (%)

0,776319 0,67 0,86 0,039956 5,146838

0,845962 0,7 0,95 0,052951 6,259264

Média do comprimento da cabeça Menor comprimento da cabeça Maior comprimento da cabeça Desvio padrão do comprimento da cabeça Coeficiente de variação do comprimento da cabeça

0,595845 0,53 0,64 0,020195 3,389342

0,549981 0,5 0,65 0,027393 4,980656

Média da angulação de cabeça-pescoço Menor angulação de cabeça-pescoço Maior angulação de cabeça-pescoço Desvio padrão da angulação de cabeça-pescoço Coeficiente de variação da angulação de cabeça-pescoço (%)

108,4225 91 129 6,896504 6,360766

96,33962 80 122 9,435904 9,794417

Média da angulação de paleta Menor angulação de paleta Maior angulação de paleta Desvio padrão da angulação de paleta Coeficiente de variação da angulação de paleta (%)

68,45714 56 81 5,339722 7,800095

63,32075 45 79 5,396622 8,522675


Falena da Porangaba

Videira RB

Estev達o da Mangueira

DL Uruguai da Alvorada


Implicações Zootécnicas Perda de identidade racial Aumento excessivo de altura e peso

Peso excessivo da morfologia na seleção Risco de perda de qualidades intrínsecas da raça Aumento do coeficiente de endogamia


Outras Implicações Entrou em curso uma cansativa e improfícua discussão sobre qual o tipo ideal do nosso cavalo, esquecendo-se o princípio básico de que, em zootecnia, a beleza morfológica deve estar necessariamente atrelada à função esperada.

A valorização excessiva das exposições como critério de seleção que alijou da raça linhagens fundamentais, criando uma perigosa tendência de endogamia no plantel, e provocou o êxodo de parte do plantel e dos criadores para o Mangalarga Marchador.

Além disso, a profissionalização excessiva das exposição nega espaço para o pequeno criador, para nossas crianças e para os não profissionais, decorrendo disso tudo, entre outros males, a ausência de um consumidor final para nosso cavalo.


Um certo desprezo e ignorância do nosso passado e de nossas tradições que nos afasta de um salutar orgulho do nosso jeito de ser e nos deixa à deriva de nossa cultura. Uma atuação meio indecisa de nossa Associação, que se viu confusa entre o que, e quem, é ou não realmente importante no fortalecimento da nossa raça, em face da divisão antagônica entre os criadores na forma de enxergar os objetivos da criação e o tipo de animal desejado. Um grande recuo do Mangalarga e o avanço de outras raças em espaços que já foram nossos e não soubemos conservar, fruto talvez do nosso descaso com a seleção funcional dos nossos animais.

Faltou-nos talvez, ao longo desse tempo, uma diretriz maior, um acreditar mais no nosso cavalo e em nós mesmos, que nos fornecesse a direção e o sentido dos ajustes nos eventuais desvios do nosso percurso.


Atualidade


Em vários aspectos, nossa criação vem caminhando na direção correta nesses últimos anos.

É inegável uma maior preocupação de boa parte dos nossos criadores e técnicos com a eficiência dos nossos animais tanto na qualidade dos seus andamentos como na valorização da parte funcional como um todo.

Continuar trilhando essa estrada é a forma mais segura de alcançar mais depressa os objetivos pretendidos de estabelecer um mercado estável e suficiente para nossos animais e obter o merecido reconhecimento de um trabalho sério, durável e confiável.

A Copa de Andamento, com um histórico de sucesso já há alguns anos, se firma como alternativa viável de mostra e importante fator de seleção, valorizando a nossa raça no que ela tem de mais autêntico.


O turismo equestre, hoje uma realidade crescente, é tanto na sua versão mais longa da cavalgada como na mais curta dos passeios a cavalo uma excelente opção de utilização da raça e um rico manancial de prováveis usuários do nosso cavalo.

As qualidades originais da nossa tropa, andamento, temperamento e rusticidade, formam um perfil que se adéqua como uma luva à atividade.

Além disso, depois de horas ou de vários dias montados os cavaleiros, experientes ou não, terão muito mais capacidade de avaliar as qualidades de um animal de sela, influindo positivamente nos critérios de seleção a serem seguidos, até porque, em última análise, cavalo bom é aquele que nos dá prazer em cavalgar.

Provas funcionais devem ser incrementadas e há que se abrir mais espaço para os não profissionais e para os jovens em nossos eventos.


É necessário perceber que a exposição, embora importante e deva ser mantida, é elitista em si mesma, não só por onerosa e limitante para a maioria dos criadores, mas também porque trata da observação e análise de um contingente muito pequeno de animais, deixando sem avaliação e sem sentido a esmagadora maioria da população do mangalarga, que fica desvalorizada e sem guarita em uma raça com poucas formas oficiais de se fazer representar.

Cabe à Associação mudar essa situação e colocar o seu peso, sua intenção e o seu prestígio na transformação desse processo.


GaranhĂľes das dĂŠcadas de 1980, 1990 e 2000

A era Turbante JO


Voluntário de NH

Vitorioso de NH

Radamés de NH

Universal de NH

Amigo JO

Jubileu EFL

Topázio JO

Vespertino Saint Clair JO

Forró R

Regalo JO

Gesso JO

Huno do Gerezim


Fantástico da Janga

Hércules da Janga

Oregon da Janga

Brigadeiro da Janga

Quântico da Janga

Zeus JES

Premiado DL

Nhandu da Janga

Ereu JES

Uruguai DL

Romance DL

Quartzo JES


Saturno OJC

Aquidabam OJC

Tapete RB

Dárdano OJC

Imperador OJC

Colorado OJC

Narcótico da Nata

Legítimo RB

Xilindró da Nata

Galileu OJC

Usado da Nata

Príncipe da Nata


Don Juan 42

Regalo da Braido

Barcelos do Torquato

Rei de Ouros 42

Xangai ACF

Dervixe DAM

Protegido do Otnacer

Vermute ACF

Universo MAB

PrĂŞmio do Otnacer

Igor do Otnacer

Alecrim MAB


Pensamento da Província

Turim da Araxá

Feiticeiro LMN

Vanerão HIC

Ouro FSI

Camapuã VAT

Luxo da Piratininga

Cristal da Jauaperi

Corcel LB

Hino da Piratininga

Bárbaro da Jauaperi

Urânio da Bica


Monteblanco do PEC

Precioso do JEK

Sagaran MJ

Zagros do PEC

Oceano da Copi

Sabiá AJ

Xingu do PEC

Exótico TG

Quilate do Monte Serrat

Atlântico Massaim

Caboclo Mangabaia

Isar da Marazul


Formigão Mangalarga

Elixir da Estiva

Ventaneiro do Sheik

Nanquim Mangalarga

Montechristo da Estiva

Hebreu do Vassoural

Líbano Mangalarga

Duelo FDJ

Japurá FS

Xapuri da Boa Vista

Xavante da Boa Vista

Improviso FS


Jaguar JF

Pote Juja

Detalhe SP

Esteio SP da Nani

F Quindim da Turquia

RA Araguaia Por茫

Pop贸 Juja

Natan M

RA Sendeiro Por茫

Xod贸 M

Gorila M

General de Meirelles


Garanhões utilizados no Projeto Raízes Mangalarga

Canário SP do Papu

Estilo Cava da Colina

Paulistano da S. Conrado

Colorado da Nata

Laredo 53

Sonho JB

Ditador EJ

Foice Lord da Consulta

Uirapuru SP

Escorpião CJ

Mangará SP2

Xilarmônico de NH


Nos slides acima vimos

108 garanhões 58 criadores Dos 108 garanhões, 77 são descendentes (muitos várias vezes) de Turbante JO 71% Na relação dos garanhões das décadas de 1970/1960 dos 100 animais apenas 2 contando com o próprio apresentavam seu nome no pedigree. 2%


O Problema da Endogamia


Endogamia no Mangalarga 2003 Animais no “pedigree” = 169.228 Animais consanguíneos = 148.986 (88% do total) Consangüinidade ►

mínimo = 0,1%

máximo = 46,5%

Média

= 6,2%

► 10% até 1,2% ► 90% até 12,5%


Endogamia média em função das classes de ano de nascimento

Constata-se nesta figura a esperada baixa endogamia nos primeiros anos de formação até 1945, com razoável aumento até 1961, a partir de quando mostram certa estabilidade até 1990. A partir de então a endogamia média acentua-se novamente, atingindo nos últimos anos o pico de 8,3%


Qual ĂŠ o cavalo que queremos deixar para nossos netos?


A hora é de reflexão, e é importante tentar compreender o processo que nos trouxe até aqui. Faz-se necessário projetar um futuro para a raça baseado em seus reais conceitos e qualidades, adequando-os ao momento que vivemos. Estabelecer metas de curto, médio e longo prazo e uma diretriz maior que nos forneça a direção e o sentido dos ajustes nos desvios eventuais do nosso percurso.

E é sempre bom lembrar que a utilização do cavalo, nas suas variadas formas, é que vai atrair as pessoas e garantir que tenhamos uma pirâmide de criadores e usuários sólida e alicerçada desde a sua base, permitindo o desenvolvimento equilibrado e saudável da raça.

Sobreviverá quem valorizar a função.


Bibliografia


Apreciando o cavalo Mangalarga. Raythe, W. “Cavalo Mangalarga”, ano III – num. 1; 4-6, 1938. Avaliações de Mensurações e Peso da Raça Mangalarga – Thiago Negrão D’Angieri. Monografia, 2003. Contribuição ao estudo da Raça Mangalarga no Estado de São Paulo. Antônio Prates Trivelin. ESALQ – USP. Tese de livre docência, 1959.

Criação do cavalo e outros eqüinos. Torres, A. P.; Jardim, W. R. São Paulo. Livraria Nobel, Efeitos genéticos e de ambiente sobre alguns caracteres de conformação e locomoção em eqüinos da raça Mangalarga. Mota, M. D. S.; Giannoni, M. A. R. Portuguesa de Ciências Veterinárias, v.89, n512,1994. Entrantes do Sertão do Rio Pardo. Lucila Reis Brioschi et al. Ceru/USP, 1991.

Estudos de Genealogia do Mangalarga – Geraldo Diniz Junqueira. Estudos de Genealogia do Mangalarga – Francisco Marcolino Diniz Junqueira. Estudos de Genealogia do Mangalarga e Mangalarga Marchador – Maurício Iaqui Evolução do Cavalo Mangalarga. Eduardo Diniz Junqueira. Revista Cavalo Mangalarga, ano 27, n°27. ABCCRMANGALARGA, 1980. Lendas e Tradições da Família Junqueira. Adélia Diniz Junqueira Bastos. Segunda Edição – Revisada. Ribeirão Preto, 1999. Mangalarga e o cavalo de sela brasileiro. Fausto Simões. Editora dos criadores LTDA, São Paulo, 1983. Mangalarga Marchador, Caracterização, História, Seleção. – Sérgio de Lima Beck, 1992 O Cavalo na Formação do Brasil. José Alípio Goulart. Editora Letras e Arte, 1964. O Regimento de Cavalaria do Rio Pardo. Eduardo Diniz Junqueira. Revista Cavalo Mangalarga, ano 29, n°29. ABCCRMANGALARGA, 1982. O Romance da Raça. Ricardo Casiuch. Empresa das Artes, 1997.


Os Cavalos de João Francisco Diniz Junqueira. João Francisco Franco Junqueira. Via Impressa Edição de Artes, 2004. Parâmetros Demográficos em Equinos da Raça Mangalarga. Raul Sampaio de Almeida Prado, 2005. Perímetro torácico e sua correlação com a altura na cernelha dos machos registrados na Associação dos Criadores de Cavalos Mangalarga. Jordão, L. P., Gouveia, P.F. Boletim da Indústria Animal, 14,:63-71, 1954. Que será do Mangalarga? Francisco Marcolino Diniz Junqueira. Jornal do Mangalarga, Ano três, n.i, 1, 2003. Raízes Mangalarga. Raul Sampaio de Almeida Prado. Empresa das Artes, 2008. Revendo as origens. Francisco Marcolino Diniz Junqueira. Primeiro Simpósio sobre o padrão de andamento do cavalo Mangalarga. 1984. Revista Cavallo Mangalarga. ABCCRMANGALARGA, 1936-1960. Revista Cavalo Mangalarga. ABCCRMANGALARGA, 1978-1984.


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