Rev mangalarga set 2013 issu

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ANS-nº317501 ANS-nº359017 ANS-nº006980 Já diz a frase: “Prevenir é melhor do que remediar”. Por isso, o Grupo NotreDame Intermédica conta com excelente estrutura para programas pioneiros de promoção da saúde e prevenção de doenças. Só em 2011 foram mais de 9 mil palestras e grupos de apoio ministrados, quase 67 mil inscritos e ativos no Programa de Apoio ao Paciente Crônico, mais de 12 mil participantes no Programa de Gestação Segura, mais de 5 mil no Programa de Assistência ao Idoso e mais de 5 mil tratamentos no Acompanhamento Multidisciplinar de Casos de Alta Complexidade. Se restou alguma dúvida, pode ligar no (11) 3235.1305 que lhe atenderemos com a máxima atenção. Afinal, é com esta qualidade que o Grupo NotreDame Intermédica cuida da saúde da sua empresa.


Editorial

Momento de Pujança Amigos Mangalarguistas, Estamos próximos da XXXV Exposição Nacional a realizar-se na cidade de Franca (SP) e a diretoria como um todo está se empenhando para que esta Nacional se caracterize por um ambiente de camaradagem e de harmonia entre os associados. Para isso, teremos todos os dias eventos sociais com happy hour, aperitivos, música e petiscos no camarote da ABCCRM. Nesta revista os senhores encontrarão matérias muito interessantes e duas delas, que fazem referência a acontecimentos que conjugaram o uso do cavalo a eventos sociais, foram, na minha opinião, de grande importância, pois reuniram os associados em atividades que usam o cavalo e que promovem o congraçamento entre os participantes. Especikcamente no evento da fazenda Boa Esperança, realizado em Orlândia (SP), tivemos oportunidade de ver o Mangalarga se apresentando numa prova de cavalo completo idealizada pelo Coronel Edwin Day, na qual o cavalo tem condições de revelar toda sua potencialidade. Foi um dia super agradável, com vários criadores presentes, acompanhados por suas famílias, pois provas funcionais com cronômetro trazem mais adrenalina e chamam os jovens e as famílias para o evento. Registramos, assim, uma vez mais nosso agradecimento e nossa homenagem ao Dr. Geraldo Diniz Junqueira por tudo que ele tem feito pela valorização da funcionalidade do cavalo Mangalarga. No evento do Dona Carolina, a Festa da Família, tivemos duas cavalgadas muito movimentadas e com a participação de jovens e meio jovens, pois Dr. Raul Cintra com seus 91 anos participou de uma grande etapa da cavalgada, mostrando sua disposição e seu entusiasmo pelo Mangalarga. Por sua vez, o Flavio Meirelles também participou da cavalgada e do almoço realizado em homenagem aos dois citados e ao Décio Ferreira Dias e o Miguel Mastopietro (in memoriam). Durante toda a programação, tivemos um ambiente super festivo com a família Mangalarga se confraternizando entre si e com cavaleiros de outras raças de cavalo que também participaram do evento. O cavalo Mangalarga tem, aliás, apresentado um grande desenvolvimento, com aumento do número de exposições, aumento do número de animais por exposição, aumento do número de animais em copas de andamento e ainda registrando um movimento recorde do stud book no mês de julho. Como o stud book é um bom termômetro do movimento de nossos animais, isto reforça nossa convicção de que estamos na direção certa, com nosso cavalo se destacando em diversas ocasiões e com o crescimento constante do número de apaixonados por Mangalarga. Para valorizar este bom momento que estamos vivendo, entendo que devemos estar todos muito unidos e que a hora é de somar e não de dividir. Dessa maneira, conclamo a todos que se unam em torno de nosso querido Mangalarga e participem ativamente na Nacional que se aproxima, levando, também, família e amigos para que possam ver de perto a pujança da raça!!!

Vamos usar o cavalo. Pé no estribo, Mario Barbosa Presidente da ABCCRMangalarga


�ndice A VOZ DO CRIADOR MARCHA TROTADA – ooops, falei! ............................. 8

HARAS EM DESTAQUE Haras Dom Rodrigo.................................................... 76

TERRITĂ“RIO CAVALGADA V Entrevero Mangalarga ............................................. 10 Cavalgada BeneďŹ cente de Bocaina .......................... 12 Festa da FamĂ­lia Mangalarga ..................................... 14 XVI Cavalgada EcolĂłgica........................................... 18 Cavalgada da Lua Cheia ........................................... 18

MERCADO & FINANÇAS PĂŠrolas Mangalarga ................................................... 78 LeilĂŁo dos Araçås....................................................... 80 Aliança de Raças ....................................................... 82 5Âş LeilĂŁo Celebridades ............................................... 84

PANORAMA MANGALARGA Carrossel Mangalarga ................................................ 20 A versatilidade do Mangalarga .................................. 22 Campeonato Funcional ganha horĂĄrio nobre na EAPIC 2013 ........................................................... 24 Concurso do Cavalo Completo MANGALARGA ........ 26 II Concurso FotogrĂĄďŹ co Cavalgadas Brasil ............... 32 Copa de Andamento de JaĂş ...................................... 34 ESPAÇO TÉCNICO As empresas e os Cavalos ......................................... 40 A Conformação da Cabeça do Cavalo Mangalarga.. 42 ViolĂŞncia Zero!............................................................ 48 CIRCUITO DE EXPOSIÇÕES Exposição e LeilĂŁo fortalecem a raça no ParanĂĄ....... 50 Exposição de GuaxupĂŠ .............................................. 54 Exposição de SĂŁo JoĂŁo da Boa Vista ........................ 58 Exposição de Ourinhos .............................................. 62 35ÂŞ Nacional Mangalatga ........................................... 64 ExpĂ´ Araçatuba 2013................................................. 70 Exposição de Palmeiras de GoiĂĄs ............................. 71 Eventos movimentam o Rio Grande do Sul................ 74

ASSOCIAĂ‡ĂƒO BRASILEIRA DE CRIADORES DE CAVALOS DA RAÇA MANGALARGA DIRETORIA EXECUTIVA - TRIĂŠNIO 2012/2014 PRESIDENTE MĂĄrio Alves Barbosa Neto 1Âş VICE-PRESIDENTE EXECUTIVO Nelson AntĂ´nio Braido 2Âş VICE-PRESIDENTE EXECUTIVO Francisco Marcolino Diniz Junqueira 1Âş VICE-PRESIDENTE OPERACIONAL JoĂŁo Pacheco GalvĂŁo de França 2Âş VICE-PRESIDENTE OPERACIONAL Gabriel F. Junqueira de Andrade

DIRETORIA ADJUNTA DIRETORIA DE CAVALGADA Jairo Hamilton Domingues Leandro Pasqualini de Carvalho

DIRETORIA DE FOMENTO Danton Guttemberg de Andrade Filho LuĂ­s Augusto de Camargo Ă“pice DIRETORIA JOVEM JoĂŁo Pacheco GalvĂŁo de França Filho JosĂŠ Bueno de Camargo Filho Luiz Alberto Patriota de Araujo Costa DIRETORIA JURĂ?DICA AntĂ´nio Carlos Pestili Fonseca Lauro CĂŠsar Goulart Fonseca Renato Tardioli Lucio de Lima DIRETORIA DE NOVOS CRIADORES Pedro Roberto de Paula Ricardo da Silva Erthal DIRETORIA DE NĂšCLEOS Adalberto Borges Cunha Jivago Nascimento Queiroz Paulo Roberto de Oliveira Vilella Filho DIRETORIA DE PELAGEM Marisa IĂłrio Correa da Costa

DIRETORIA DE COMUNICAĂ‡ĂƒO E MARKETING JoĂŁo Luis Ribeiro Frugis Luiz Gustavo Alves Esteves

DIRETORIA DE PLANEJAMENTO ESTRATÉGICO Cassiano Terra Simão Renato Diniz Junqueira

DIRETORIA DE EVENTOS Marcos Sampaio de Almeida Prado

CONSELHO SUPERIOR DE ADMINISTRAĂ‡ĂƒO Membros Eleitos Arnaldo de Almeida Prado Filho Cristina Junqueira Fleury JoĂŁo Carlos Matta LuĂ­s Cintra Sutherland Osvaldo Juliano

DIRETORIA DE EXPOSIĂ‡ĂƒO E COPAS Almiro Esteves Netto Eduardo H. Souza de França JosĂŠ Lamartine Moreira Cintra Filho Paulo Francisco Gomes Della Torre

MANGALARGA COLORIDO 1ª Expo Preto .............................................................. 88 RADAR EQUESTRE Um breve panorama das notícias que movimentam o setor ................................................... 91 LAZER & CULTURA Cavalgada na Patagônia Argentina ........................... 92 Momento Social Copa de Andamento de Londrina.............................. 94 Festa da Família Mangalarga ..................................... 96 Leilão PÊrolas Mangalarga ......................................... 97 Exposição Mangalarga de GuaxupÊ ........................ 98 Exposição de São João da Boa Vista ...................... 100 Copa de Andamento de Jaú .................................... 101 Concurso do Cavalo Completo ................................ 102 FIDELIDADE MANGALARGA ...............................................104 �NDICE DE ANUNCIANTES ..................................................106

ABCCR MANGALARGA !V &RANCISCO -ATARAZZO s 0AVILHĂ?O h$R &AUSTO 3IMĂœESv s 0ARQUE DA ÂŤGUA "RANCA 3Ă?O 0AULO 30 s %NVIO DE #ORRESPONDĂ?NCIAS Exclusivamente Caixa Postal 61016 - CEP: 05001-970

MEMBROS EFETIVOS CĂŠlio Ashcar Celso Galetti MontalvĂŁo Clodoaldo Antonângelo Eduardo Diniz Junqueira Élio Sacco Felipe de Paula Cavalcanti de Albuquerque Lacerda Filho FlĂĄvio Diniz Junqueira Francisco Marcolino DinizJunqueira Geraldo Diniz Junqueira Ivan AntĂ´nio Aidar JoĂŁo Leite Sampaio Ferraz JĂşnior Luiz Eduardo Batalha MĂĄrio Alves Barbosa Neto Ottorino Marini Reginaldo Bertholino Renato Diniz Junqueira Sergio Luiz Dobarrio de Paiva Presidente CONSELHO DELIBERATIVO TÉCNICO TÉCNICOS AttĂ­lio D’Angieri Neto JoĂŁo Batista da Silva Quadros Josiane Cardoso Matta Vidotti Marcelo Leite Vasco de Toledo Maria Aracy Tavares de Oliva Thomas Nogueira NegrĂŁo D’Angieri

NĂƒO TÉCNICOS Israel IraĂ­des da Costa JosĂŠ Luiz Prandini Marcelo Cruz Martins Junqueira Paulo CĂŠsar Puttini Victor Arnaldo Torresan JĂşnior SERVIÇO DE REGISTRO GENEALĂ“GICO SUPERINTENDENTE DO SERVIÇO DE REGISTRO GENEALĂ“GICO Jayme IgnĂĄcio Rehder Netto REVISTA MANGALARGA PUBLICIDADE Norberto Cândido norberto.candido@abccrm.com.br EDIĂ‡ĂƒO E REDAĂ‡ĂƒO Pedro Camargo Rebouças pedro.reboucas@abccrm.com.br REDAĂ‡ĂƒO E ARTE Carolina Rodrigues carolina.rodrigues@abccrm.com.br DEPARTAMENTO DE EXPOSIÇÕES Francisco Bezerra, Landisberg Costa e Felipe Ferreira DIAGRAMAĂ‡ĂƒO E PROJETO GRĂ FICO Marcelo de Brito - Dbrito Design marcelo@dbritodesign.com IMPRESSĂƒO Type Brasil



Uma capa com a grife Wielewicki

A capa desta edição traz em destaque uma foto com a assinatura de um dos mais importantes fotógrafos da equinocultura brasileira, Modesto Wielewicki, que, infelizmente, nos deixou em 8 de dezembro do ano passado. Dono de uma rica trajetória no meio equestre, Wielewicki estabeleceu ao longo das últimas décadas uma profunda relação com a raça Mangalarga. Além de ter registrado diversas edições do mais tradicional evento da raça – a Exposição Nacional -, o conceituado fotógrafo produziu trabalhos para inúmeros criadores e foi o responsável pelas belas imagens que ilustram o livro “Mangalarga, o Cavalo de Sela Brasileiro”, lançado em outubro de 2008, em um concorrido coquetel na 29ª Nacional Mangalarga. A próxima edição da Revista Mangalarga apresentará uma bela homenagem a esse artista, cujas fotografias tão bem registraram nosso cavalo, captando lindas imagens tanto na lida com o gado como nos haras e nas exposições.

Uma revista cada vez melhor

A Associação Brasileira de Criadores de Cavalos da Raça Mangalarga (ABCCRM) está promovendo uma ampla reformulação em sua publicação oficial, a Revista Mangalarga. O objetivo é oferecer um conteúdo cada vez mais interessante, capaz de informar e entreter o público, além de promover as qualidades do Cavalo de Sela Brasileiro. Para atingir esta meta, novas seções e novos colaboradores estão sendo incorporados à publicação. A Revista, além disso, está ganhando uma nova diagramação, mais elegante e moderna, que tornará a leitura ainda mais agradável. As novidades, entretanto, não param por aí. Afinal, a ABCCRM está trabalhando para ampliar o alcance de sua publicação oficial e para atrair novos leitores e parceiros. Além disso, contamos com a sua participação para deixar a Revista Mangalarga cada vez melhor. Mande sua sugestão ou crítica para nós pelo e-mail pedro.reboucas@abccrm.com.br.

Vamos juntos fazer uma Revista Mangalarga cada vez melhor.

Carolina Rodrigues Redatora e designer

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João Frugis Diretor de Comunicação e Marketing da ABCCRM

REVISTA MANGALARGA • Setembro/2013

Luiz Patriota Diretor Jovem da ABCCRM e Coordenador do Grupo de Trabalho da Revista

Pedro Rebouças Editor e redator

Norberto Cândido Contato comercial e fotógrafo


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A voz do cri criador

MARCHA TROTADA – ooops, falei! O universo da Raça Mangalarga é povoado de termos, digamos assim, cheios de mistérios e muita discussão. São termos derivados de conceitos zootécnicos, muitos já amplamente consolidados por acadêmicos aqui e no exterior, mas que no conceito popular, nas conversas no¨curral¨, ganharam interpretações próprias e muitas vezes o arremedo acaba kcando muito diferente do original, do cientíkco, assim como um telefone sem ko. Como dizem: - uma coisa dita muitas vezes toma corpo de algo correto e verdadeiro. Assim caminhou a história de muitos destes ¨termos¨ que sustentam nossa Raça, penso eu. Só para frisar vou repetir aqui alguns termos que acredito que sofrem desse mal. São eles: Cavalo de Sela, andamento, rusticidade, beleza zootécnica e a própria Marcha Trotada. Para exemplikcar apenas este último, creio que a mais famosa deknição desse andamento diz que é apenas um andamento a dois tempos com mínimo tempo de suspensão. São poucas palavras para tão profundo conceito. Não, mais que isso, é mesmo de uma pobreza épica, para um andamento tão complexo e singular na equinocultura mundial.

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Ainda sobre ¨termos¨: Sobre eles eu já ouvi de tudo um pouco, até que muitos não existem. Já ouvi de um estudioso em nutrição animal akrmar que não existe o conceito de rusticidade em equinos; de outros que cavalo de sela signikca que o cavalo é macio; que beleza de cavalo é nobreza e graça; que todo cavalo tem andamento e ele não é genético; que temperamento é maldade ou bondade e que a Marcha Trotada não existe e/ou que esse ¨termo¨ denigre as qualidades de nosso cavalo. Em tempos de erosão cultural e de identidade, muito mais do que genética, acho que deveríamos é cada dia mais estudarmos e valorizarmos nossos conceitos técnicos que fomentam tecnicamente o cavalo Mangalarga porque se pensamos errado o cavalo, se pensamos que uma coisa é outra será que estamos sabendo que cavalo estamos construindo?. Penso mais, que os técnicos de nossa Associação é que deveriam tomar a frente e bater forte, trazer para o rumo, balizar as coisas e apontar novamente para o pilar conceitual a qual está, estava ou deveria estar fundada a Raça. Mas o que se tem visto é apenas

uma pequena e indecisa lembrança do que fomos como Raça. Memória é coisa rara nesses dias, parece até fácil dizer qualquer coisa sobre o Mangalarga que logo vira verdade, ninguém se lembra, ninguém sabe, ninguém defende; existem até quem, entre nós mesmos, aceite como legítimas as frágeis desculpas dos primos - família difícil essa nossa!!- para suas atitudes criminosas onde jogam no lixo toda sua trajetória histórica, zootécnica, conceitual e usurpam sem pudor ou sentimentos a nossa, a do cavalo Mangalarga, que nesses tempos parece estar mesmo indefeso pois passa por crise existencial!. Memória- carecemos deste remédio. Bom, já que está assim, me encorajo e me lanço como também candidato a dizer algumas palavras sem sentir culpa de errar, aknal sou apenas um criador. Na verdade o que mais me motivou a escrever foi ler em ¨sites¨ de relacionamentos, em fóruns virtuais da raça, algumas opiniões sobre o termo ¨andamento¨. Acho todas as opiniões legítimas, mas acredito também na zootecnia e o que é técnico tem que ser esclarecido. Essas opiniões que li e ouvi defendem a mudança


da nomenclatura do andamento do Cavalo Mangalarga. A argumentação: - O nome Marcha Trotada tende a corresponder no imaginário popular a um animal de trote e esta nomenclatura é a responsável ou a mais responsável pelo nosso momento mercadológico ruim por isso deve ser alterada. Antes de qualquer argumentação eu pergunto: - o nome Marcha Batida sugere maciez?. Pergunte para um leigo, um leigo mesmo qual o termo que sugere maior maciez: Trotada, picada ou batida?. Não se surpreenda se você descobrir que a pessoa não saberá responder ou se chegar a akrmar que a ¨batida¨ deve ser o andamento duro porque senão não se chamaria ¨batida¨ no sentido de bater. Isso simplesmente acontece porque esses termos não sugerem nada sobre maciez por que não são termos técnicos e sim APELIDOS. Não podemos nos enganar; batida e picada também não são nomes apropriados tecnicamente, mas a diferença entre nós e eles é que o que estes andamentos são como conceito de marcha no imaginário popular, pregado a anos a ko e a propaganda positiva que se faz em torno deles é de tal forma ekciente que faz com que todos os desejem. É preciso entender a história antes de julgá-la, mas o cômico ou o trágico (depende do ponto de vista), é que hoje a Marcha Trotada (travestida de batida) é de tal forma desejável no mercado Nacional de andamento a ponto de impor, para a sua deknitiva adoção nas diretrizes de uma Raça, que todo um projeto estabelecido, chancelado e reconhecido no mercado fosse abandonado, extinguisse sua história e alterasse seus rumos de tal sorte que hoje, ao se olharem no espelho, certamente não se reconheceriam como Raça, tudo para andar como nossos cavalos andam!. Portanto, antes de criticarem o nome do andamento do Mangalarga, pensem nisso... pensem nessa força!

Será que achamos que a Marcha Trotada é tão ruim assim ou realmente não a conhecemos? Se é, então o problema não é o nome e sim o cavalo. Mas não é isso que o mercado tem mostrado. O maior mercado de cavalos da América Latina, que é o do MM, não só aprovou nosso andamento como quer para eles, quer não, já roubou. Não usa ainda o nome trotada, mas vai ser logo logo. Até cavalo de sela eles já acham que são!. Não é mesmo esse nome que nos impede de alcançar com mais vigor o mercado, é nossa incompetência em mostrar nossas qualidades e identikcar nosso cavalo com o Brasil rural. Num passado muito próximo nosso cavalo era facilmente caracterizado como um cavalo de hípica- culote, sela inglesa, quatro rédeas, bota de borracha... isso sim está muito longe do fazendeiro(mercado) e isso sim aparenta trote!, É essa imagem ruim, de cavalo de trote, que está intrínseca, ainda hoje, no MANGALARGA PAULISTA e não a Marcha Trotada. É uma triste constatação. Só nós é que não gostamos do nosso cavalo e nem reconhecemos nossa história e a valorizamos como a única Raça de Andamento Brasileira de constituição essencialmente técnica. Nosso andamento tem esse nome porque zootecnicamente ele pode ser caracterizado, aliás, dentre todos é o único que possui uma nomenclatura minimamente técnica (Marcha Trotada) porque o seu diagrama parece mesmo um trote, a diferença é sutil para os que não são do ramo, principalmente para quem só conhece cavalos de trote, para muitos destes, inclusive, marcha é ensinada. Marcha Trotada. Genialidade legada dos Junqueiras; nosso Tipo é de Sela porque se enquadra nesse perkl classikcatório da morfologia de equinos; nossa equitação é técnica, para se ter o

melhor do cavalo Mangalarga é necessário um mínimo de equitação do cavaleiro e Ensino do cavalo. Nossa história é muito bonita e demonstra a criatividade e ¨expertise¨ de nosso criador ancestral para desenvolver a partir de sementes que continham o trote animais de habilidade* com andamento de muita qualidade – isso sim é difícil. Se quisermos valorizar e comercializar nosso cavalo precisamos primeiro aprender sobre ele e a gostar dele. Mudar o nome do andamento não muda quem ele é. E o que ele é, é o que o faz como Raça. Vamos reconhecê-lo e valorizá-lo, mostrar ao mundo que temos o melhor cavalo de sela com andamento e o melhor andamento com habilidade do mundo e esse cavalo foi feito por nós, é o nosso orgulho. A MarchaTrotada existe e é descrita tecnicamente por vários autores, seria negligência, para ser econômico, não reconhecê-la. Um livro que gosto muito e que bem descreve nosso andamento é do autor Sergio L. Beck – Equinos, raça, manejo e equitação, nas pags. 251 a 261. Lá, com muito esmero, Sérgio descarna o tema sem ser deknitivo. É muito instrutivo, recomendo.

É minha opinião. Flávio Fernandes de Araújo HARAS CATEDRAL- Brasília mangalarga@harascatedral.com.br *Habilidade (facilidade de trocas de direção e velocidade).

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Território Cavalgada

Por Núcleo Riograndense do Cavalo Mangalarga

V Entrevero Mangalarga Foto: Rodrigo Farias (Arq. ABCCRM).

Cavalgada pelos Campos de Cima da Serra foi o ponto alto do evento que colocou a funcionalidade da raça em destaque na região Sul do país

A exuberante beleza da região serviu de cenário para a cavalgada.

A Fazenda Utopia - Cambará do Sul (RS) -, como anualmente ocorre, realizou o V Entrevero, tradicional festa do Cavalo Mangalarga no Rio Grande do Sul. A festa ocorreu de 22 a 24 de março de 2013 com as tradicionais provas de tambor, baliza, work penning, tiro de laço e o Mangalaço, prova reservada aos cavalos Mangalarga em tiro de laço comprido. O casal Elisandra e Cristiano, anktriões do evento, disponibilizaram um belo cardápio de comida campeira gaúcha, culminando com o churrasco de costelão (janela), e

disponibilizando todas suas instalações aos participantes. As fotos da cavalgada demonstram a grande presença de cavaleiros e amazonas à festa, que cruzaram os Campos de Cima da Serra, com a maioria montando o Cavalo de Sela Brasileiro, totalmente adaptado ao clima local, comprovando mais uma característica: a rusticidade. A beleza dos campos nativos da cavalgada ocorrida na manhã de sábado, depois de atravessar pinhais nativos de araucária, a visão do “sem km até onde a vista alcança” Foto: Rodrigo Farias (Arq. ABCCRM).

Os anktriões Cristiano e Lisandra novamente guiaram o passeio.

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se resume nas palavras da Dra. Maria Aracy Tavares de Oliva, jurada da prova de andamento, ao chegar ao topo da colina: “Meu Deus, é deslumbrante”. Realmente um cenário espetacular, de parar, admirar e reletir sobre a beleza exuberante do local. Um agradecimento especial a nossa Associação Brasileira pela participação no evento com sua divulgação e apoio, e aos participantes de Santa Catarina e Paraná. O Núcleo Riograndense estendeu sua sede social até a Fazenda Utopia com a montagem de uma tenda onde, à noite, era servido um coquetel gaudério composto de suculento entrecot, costela, lingüiça campeira, morcela, copa, queijo colonial, salaminho e acompanhamento de conservas caseiras e chopp artesanal. Parabéns ao casal Elisandra & Cristiano e a todos da Fazenda Utopia pela tradicional cordialidade, felicidade em receber, pelo fomento à raça, dedicação total aos visitantes, organização exemplar e completando com uma bela premiação aos vencedores. O Sul já está à espera do VI Entrevero em março de 2014.


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Território Cavalgada

Por Carolina Rodrigues

Cavalgada Benelcente de Bocaina Foto: Divulgação

Passeio em prol da APAE percorrerá trajeto de 12 quilômetros entre o Haras JBC e a Fazenda Beira Rio

Participantes percorrem a cidade de Bocaina em edição anterior do evento.

A comunidade mangalarguista de Bocaina, no interior paulista, realizará no dia 7 de setembro a quarta edição de sua cavalgada benekcente em prol da Apae local. O passeio terá início às 10h no Haras JBC, de propriedade de José Bueno de Camargo Filho, sócio, criador e Diretor Jovem da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos da Raça Mangalarga (ABCCRM). O passeio contará com um trajeto de doze quilômetros, no qual os participantes cavalgarão por aproximadamente duas horas até a Fazenda Beira Rio, de propriedade de

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Darci Marangoni Junior e Ruy Sanazar (irmão de Haiganazum Sanazar). Organizada por José Bueno de Camargo Filho e Darcy Marangoni Junior, a cavalgada contará com os apoios de Caio Affonso Junior, o Caito, criador e apaixonado pela raça, do Núcleo Mangalarga dos Criadores de Jaú e Região e também dos Criadores de Cavalos de Bocaina. A participação no evento será livre e sem taxa de inscrição, o que deixa os participantes livres para desklar com a própria grife.

Além disso, toda a renda arrecadada com a venda de bebidas e refeições, assim como a renda do leilão de prendas e animais, será integralmente revertida para a APAE (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) da cidade de Bocaina, região de Jaú, no interior paulista. É importante lembrar que a 3º Edição da Cavalgada de Bocaina realizada em 2012, resultou na arrecadação de R$ 32 mil, importância que foi revertida em prol da APAE de Bocaina.


Fernando Augusto P. Fernandes (19) 3829-4423 / 8106-2137 Francisco H. Fernandes (11) 98383-0870 E mail: carol.hefernandes@gmail.com REVISTA MANGALARGA • Setembro/2013

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Território Cavalgada

Com animadas cavalgadas e uma marcante homenagem a quatro destacados mangalarguistas, a segunda edição do evento foi um sucesso absoluto! Realizada entre os dias 8 e 11 de agosto, no Hotel Dona Carolina, em Itatiba (SP), a Festa da Família Mangalarga esteve envolta em um animado clima de confraternização, oferecendo um agradável momento

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de convívio entre os criadores e seus familiares e amigos. Além de uma programação variada, que contou com duas cavalgadas e com atrações para todas as idades, o evento promoveu uma bo-

nita homenagem a quatro atuantes mangalarguistas: Raul do Amaral Cintra, Flavio Junqueira Meirelles, Décio Ferreira Dias e Miguel Mastopietro (In Memoriam).

João Frugis participou da cavalgada na companhia do klho.

Festa da Família Mangalarga

Fotos: Pedro Rebouças.

Por Pedro Rebouças


Ponto alto O ponto alto do evento ocorreu no sábado (10). O dia começou com uma agradável cavalgada que percorreu 22,7 quilômetros por trilhas e estradas rurais da região, partindo da Fazenda Rio Manso, passando pela charmosa Fazenda Lajeado e chegando ao Hotel Dona Carolina. Na sequência, o grupo desfrutou de um gostoso almoço, seguido pelas emocionantes homenagens comandadas pelo presidente Mario Barbosa. As atrações, entretanto, não pararam por aí, com a programação do dia sendo encerrada por uma animada festa VIP com DJ. “Essas reuniões estão entre as atividades mais importantes da raça, pois permitem que as pessoas se encontrem em um ambiente de festa, sem competição e no qual podem estreitar os laços de amizade que as unem. Além disso, as cavalgadas nos permitem usar o nosso cavalo, o que é fundamental para desenvolver o mercado da raça”, destacou o Presidente da ABCCR Mangalarga, Mario Barbosa Neto, durante seu discurso na abertura das homenagens do evento. Por sua vez, o mangalarguista Eduardo Leite Cintra, klho do homenageado Raul do Amaral Cintra, destacou a importância das homenagens promovidas pela Associação e relembrou aspectos importantes da relação do pai com a raça Mangalarga. “Meu pai teve animais que participaram de exposições, como a Primazia, eleita o melhor animal da primeira edição da exposição de Bragança Paulista (SP). Mas o principal que ele passou para a gente foi a importância da convivência com o cavalo, através do uso e sempre com respeito à natureza e ao animal, que tanto faz pela gente. Ele, aliás, estava desde ontem que nem criança, ‘eu quero montar, quero montar’. E desde o carnaval que ele estava meio de molho senão teria feito a cavalgada inteira. Então, é principalmente essa vontade de vi-

Dirk Kalitzki percorreu a bela trilha na companhia da esposa e das duas klhas.

Aos 91 anos, Raul do A. Cintra fez questão de participar ao lado do klho Eduardo L. Cintra.

Luís Augusto Ópice e Gabriel Junqueira de Andrade também estiveram presentes.

O jovem mangalarguista dividiu a montaria com o pai.

Nelson Braido participou do passeio na companhia dos klhos.

Rodnei Pereira Leme e Tony Malta estiveram entre os participantes.

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Território Cavalgada

Cerca de 100 cavaleiros participaram da cavalgada do sábado. O jovem casal desfrutou das belas trilhas do passeio.

ver, que se deve em grande parte ao cavalo Mangalarga e aos amigos da raça, o que ele passa de mais importante para a gente nessa idade de 91 anos”, ressaltou Eduardo.

Casa do Mangalarga O Diretor de Comunicação e Marketing da ABCCRM João Luis Ribeiro Frugis comemorou o sucesso do evento. “O hotel Dona Carolina virou a casa do Mangalarga no Dia dos Pais. Por isso, creio que todos os anos vamos fazer esse evento aqui. Aknal, essa é uma festa muito bacana, que tanto a criançada como os jovens e adultos adoram”, destacou o criador, lembrando ainda que esse é um dos eventos preferidos pela nova geração de mangalarguistas. A Festa da Família Mangalarga também foi elogiada pelo criador Dirk Kalitzki, que, como já havia

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acontecido no ano passado, compareceu ao evento na companhia da esposa e das duas klhas. “Homenagear estes experientes cavaleiros é

uma forma de contar a história viva e relembrar os fatos parcialmente esquecidos na Mangalarga, para que nós possamos nos espelhar neles e

semear o futuro da nossa raça. Este contato de várias gerações num ambiente familiar nos proporcionou um gostoso knal de semana a cavalo.”

Vista geral do restaurante do hotel Dona Carolina.

A participação feminina foi um dos destaques do evento.

Na companhia da esposa, da klha e dos netos, Flávio Meirelles recebeu o troféu das mãos do presidente Mario Barbosa.

A nova geração mangalarguista também esteve presente.

Na companhia da esposa, Décio Ferreira Dias recebeu o troféu dado pela diretoria da ABCCRM.

Carlos H. Ribeiro do Valle participou da homenagem ao amigo Miguel Mastopietro, na companhia de amigos e familiares do homenageado.

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XVI Cavalgada Ecológica

Foto: Silvio Calazans

Território Cavalgada

Nova edição deste tradicional evento da raça acontecerá no mês de novembro na cidade de Goiás

A histórica cidade de Goiás novamente servirá de cenário para a comitiva mangalarguista.

O Núcleo Mangalarga de Goiás realizará, nos dias 15 e 16 de novembro, a XVI Cavalgada Ecológica do Mangalarga na Cidade de Goiás (GO), evento que já se tornou tradição na raça em território goiano. A Cavalgada da Cidade de Goiás será realizada entre as fazendas Serra Dourada, localizada no histórico município de Goiás (GO), e Ouro Quente, situada no município vizinho de Itaberaí (GO), perten-

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centes respectivamente aos criadores Antônio Celso Ramos Jubé e Fábio da Veiga Jardim, organizadores diretos deste tradicional passeio equestre. Mais informações sobre o Núcleo Mangalarga de Goiás, presidido pelo criador Adalberto Borges Cunha, podem ser obtidas pelo endereço eletrônico n.mangalargago@ gmail.com ou pelos telefones (62) 3203-1144 e (62) 9955-8085.

Cavalgada da Lua Cheia O Núcleo Mangalarga da Alta Mogiana promoveu, no dia 26 de julho, no município de Pontal (SP), a Cavalgada da Lua Cheia. O passeio teve como ponto de partida e chegada a Fazenda Vassoural, da criadora Beatriz Biagi Becker, presidente do Núcleo. Depois de desfrutar das bonitas paisagens da região sob a charmosa luminosidade da luz da lua cheia, os participantes puderam desfrutar de um agradável momento de descontração. “O percurso da cavalgada passou pelo antigo Engenho de pinga do século XIX e, no retorno à fazenda, os participantes foram recepcionados com um jantar típico incluindo bebidas, saladas e doces”, destacou a anitriã Beatriz Biagi. Em nome da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos da Raça Mangalarga (ABCCRM), o Diretor de Comunicação e Marketing Joel Novaes parabeniza os amigos do Núcleo da Alta Mogiana e em especial a criadora Beatriz Biagi pelo sucesso da cavalgada. “Esse gênero de evento é muito importante tanto para estimular o convívio entre os mangalarguistas como para usar o cavalo Mangalarga, que, aliás, é inigualável quando o assunto é cavalgada”, ressalta Novaes.



Panorama Mangalarga

Por Pedro C. Rebouças

Carrossel Mangalarga Projeto real realizado pelo Núcleo Feminino e inspirado nas escolas de equitação europeias realizará sua primeira apresentação durante a 35ª Exposição Nacional A crescente participação feminina nos eventos do Cavalo de Sela Brasileiro também poderá ser notada na 35ª Exposição Nacional da Raça Mangalarga, evento que acontecerá entre os dias 19 e 29 de setembro, no Parque Dr. Fernando Costa, em Franca (SP). Aknal, o Núcleo Feminino contará com um espaço próprio para receber os criadores, com atividades para a criançada e uma confortável estrutura. As mangalarguistas promoverão ainda, no km da tarde do sábado 21 de setembro, um coquetel de recepção aos participantes da mais tradicional mostra da raça Mangalarga, durante o qual acontecerá um leilão de coberturas em prol das atividades do Núcleo. No entanto, o ponto alto da participação feminina ocorrerá na sexta-

-feira 28 de setembro, quando está prevista a inédita apresentação do Carrossel Mangalarga. Inspirada nas tradicionais escolas de equitação europeias, a exibição demonstrará a habilidade dos exemplares da raça para o adestramento e será realizada por nove amazonas mangalarguistas: as criadoras Beatriz Biagi Becker, Josiane Matta Vidotti, Perla Fleury, Maria Augusta Alonso, Camila Glycerio de Freitas e Aura Chaves Rosauro e as usuárias Charlotte Galves, Anna Cristina Garnett e Leila Jacobsen. À frente dos treinamentos das amazonas e cavalos estão os renomados instrutores de adestramento clássico Petra Rutten e Cláudio Lara Haddad. Segundo Camila Glycerio de Freitas, idealizadora e uma das amazonas do Carrossel Manga-

larga, o projeto tem como objetivo principal introduzir o Cavalo de Sela Brasileiro em modalidades hípicas onde a participação da raça ainda é pequena e desenvolver a modalidade competitiva entre carrosséis a exemplo do que ocorre na Europa e Estados Unidos, onde centros hípicos, criatórios e clubes competem em diversos níveis de equitação, gerando demanda de compra e venda de cavalos. Para conhecer a programação completa ou obter mais informações sobre a 35ª Nacional Mangalarga, que deverá reunir cerca de 600 animais provenientes dos principais criatórios do Brasil, visite o portal www.cavalomangalarga. com.br ou telefone para (11) 38669866.

Norberto Cândido

Nove amazonas estão envolvidas com o projeto.

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Panorama Mangalarga

Por Petra Rutten e Cláudio Haddad

A versatilidade do Mangalarga

Os animais responderam excepcionalmente bem ao treino.

Há cerca de três meses, recebemos no Haras Haddad Horsemanship oito cavalos da raça Mangalarga, provenientes dos criatórios Haras Araxá, Fazenda Vassoural, Haras HIC, Fazenda Santa Rita (RAA) e Haras Mangabaia, dentre os quais, três potros, tão somente iniciados na doma e ainda com evidente dikculdade na mecânica do galope, e os demais (já na faixa dos seis aos oito anos de idade), apenas treinados para provas de andamento e lida – todos registrados na ABCCRM e demonstrando boa desenvoltura na marcha trotada, a qual exige pouca suspensão dos membros. Nesse período, os exemplares citados foram submetidos a quarenta minutos de treinamento diário, seis vezes por se-

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mana, com técnicas do adestramento clássico - que, portanto, deles exigiu mais suspensão e pouca dissociação da diagonal das patas. Todos eles responderam excepcionalmente bem ao treino, especialmente em se considerando o curto espaço de tempo durante o qual foram trabalhados. Concluímos assim que quaisquer cavalos, independentemente da raça a que pertençam, mas desde que considerados habilitados à prática de esportes, obviamente, se treinados segundo a metodologia clássica, são passíveis de competir, em provas de adestramento, em condições de igualdade com animais de raças notoriamente conhecidas por mostrarem grande aptidão para essa modalidade esportiva. Aliás, a experiência descrita acima nos permite ir além e akrmar ainda que, dentro de cada raça, há indivíduos com talento e possibilidades para qualquer tipo de esporte, a ser deknido apenas e tão somente pela adequação do treino a que serão submetidos, especialmen-

te quando em foco modalidades multifuncionais, como o CCE e o salto, além do próprio adestramento, já mencionado. Chama, pois, a atenção o baixo número de Mangalargas presentes em nossas hípicas. Trata-se, certamente, de um equívoco, decorrente do desconhecimento que grande parte dos prokssionais do cavalo, no Brasil, ainda demonstra sobre a inegável versatilidade revelada por essa especíkca raça. Aknal, por ser de lida fácil e possuir bom temperamento e índole, além da agora comprovada versatilidade, o Mangalarga deveria ser o primeiro cavalo de sela, para a prática da equitação, no nosso país. Norberto Cândido

Norberto Cândido

Por ser de lida fácil e possuir bom temperamento, além de comprovada versatilidade, o Mangalarga deveria ser o primeiro cavalo de sela, para a prática da equitação, no nosso país

Os exemplares vêm sendo treinados há cerca de três meses.


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Panorama Mangalarga

Campeonato Funcional ganha horário nobre na EAPIC 2013 Prova da categoria aberta da primeira etapa okcial da competição antecedeu o espetáculo da dupla Munhoz e Mariano na noite de 12 de julho

O Campeonato Funcional Mangalarga esteve novamente em destaque no horário nobre de uma consagrada festa ‘country’ do interior paulista. Dessa vez, foi a 40ª Eapic - Exposição Agropecuária, Industrial e Comerical de São João da Boa Vista (SP) - que recebeu a competição que está movimentando o calendário mangalarguista e colocando em evidência as qualidades funcionais do Cavalo de Sela Brasileiro. Realizada durante a tradicional Exposição Mangalarga de São João da Boa Vista, que aconteceu entre os dias 11 e 14 de julho, a prova da Eapic contou com R$ 17 mil em prêmios e teve o status de primeira etapa aberta do Campeonato Funcional Mangalarga 2013. Além disso, a disputa promovida pela Associação Brasileira de Criadores de Cavalos da Raça Mangalarga

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Evento distribuiu uma ótima premiação.

A prova exigiu muita habilidade dos participantes.

(ABCCRM), em parceria com a Sociedade Hípica Sanjoanense, teve transmissão ao vivo por uma rede de televisão da região. As disputas da categoria Aberta aconteceram na noite da sextafeira 12 de julho, na arena principal do Recinto José Ruy de Lima Azevedo, abrindo a programação noturna do evento e antecedendo o aguardado espetáculo musical da dupla Munhoz e Mariano, dona de sucessos como “Camaro Amarelo” e “A Bela e o Fera”. Na tarde do dia seguinte, o sábado 13 de julho, aconteceram as provas das demais categorias do campeonato: Mini-mirim, Mirim, Juvenil, Feminina e Amadora (Patrão). As disputas da competição aconteceram na modalidade de Maneabilidade, prova que tem por objetivo demonstrar as aptidões do cavalo Mangalarga

dentro de um circuito com obstáculos que simulam a lida do dia a dia no campo, exigindo, dessa maneira, agilidade, destreza e temperamento dos animais participantes. Segundo Marcelo Bertoldo, responsável pela organização do evento ao lado do mangalarguista Jairo Hamilton, a primeira etapa aberta da temporada foi um sucesso e colocou as características funcionais da raça em destaque para todo público da região. Antes de São João da Boa Vista, o Campeonato Funcional Mangalarga já havia promovido duas etapas regionais, em São Sebastião da Grama (SP) e Castanhal (PA), além da etapa de lançamento, que teve caráter de exibição e foi realizada com grande sucesso durante o Super Horse Show do Jaguariúna Rodeio Festival.


Fazenda São Pedro

ANDAMENTO, FUNÇÃO E BELEZA Espírito Santo do Pinhal - SP (19) 3651-1648 - (11) 99986-6485

Universo MAB (T.E.) 23/02/06 Paulista MAB X Indira MJ

Zagaia MAB 05/10/08 Sabiá MAB (T.E.) X Sertaneja do Sapecado

Grande Campeão Potro na XXX Expo Nacional São Paulo 2008

Campeã Égua Jovem São João da Boa Vista 2012 1º Prêmio Égua Jovem na XXXIV Expo Nacional Franca 2012

Cynderella MAB 02/11/11 Universo MAB (T.E.) x Vitrine J.F.

Colombina MAB 30/10/11 Pote JUJA X Sapoti MAB (T.E.)

Campeã Potranca Menor São João da Boa Vista 2013

2º Prêmio Potranca Menor São João da Boa Vista 2013 2º Prêmio Potranca Menor Franca 2013 25 REVISTA MANGALARGA • Setembro/2013


Panorama Mangalarga Fotos: Norberto Cândido.

Por Pedro Rebouças

A prova de adestramento abriu a programação.

A nova geração mangalarguista também marcou presença no evento.

Concurso do Cavalo Completo MANGALARGA Evento em homenagem a Geraldo Diniz Junqueira colocou em destaque a funcionalidade do Cavalo de Sela Brasileiro A Associação Brasileira de Criadores de Cavalos da Raça Mangalarga (ABCCRM) promoveu, no dia 19 de julho, na Fazenda Boa Esperança, em Orlândia (SP), o Concurso do Cavalo Completo Mangalarga, competição funcional desenvolvida especialmente para homenagear o criador Geraldo Diniz Junqueira. De acordo com o Presidente da ABCCRM, Mario Barbosa, o Concurso do Cavalo Completo foi o evento do ano para a raça Mangalarga tanto pela merecida homenagem ao criador Geraldo Diniz Junqueira como pela apresentação de uma prova especial de cavalos

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funcionais. “Esta deve ser uma semente para que possamos valorizar cada vez mais a funcionalidade do cavalo Mangalarga”, ressalta o dirigente mangalarguista, demonstrando grande entusiasmo com o sucesso do evento. A competição, que reuniu 24 conjuntos, provenientes de 12 tradicionais criatórios da raça, seguiu o modelo adotado pelo coronel Edwin Day e foi composta por três provas distintas: adestramento (na qual o passo, a marcha trotada e o galope dos participantes foram avaliados), cross country (em que os concorrentes precisaram demonstrar muita habilidade

para vencer uma série de obstáculos inspirados no dia a dia no campo) e marcha em estrada (na qual os participantes precisaram percorrer um trajeto de 12 quilômetros no tempo ideal de uma hora). As duas primeiras colocações da competição foram ocupadas por animais originários da seleção de Geraldo Diniz Junqueira: Libéria Mangalarga, a campeã da prova, e Líbano Mangalarga, o vicecampeão. Já a terceira colocação kcou com Montechristo da Estiva, de Francisco Marcolino Diniz Junqueira, enquanto a quarta e a quinta posições foram ocupadas respec-


Concorrentes percorreram 12 quilômetros na prova de marcha.

Atual Grande Campeão Nacional, Don Juan 42 também mostrou muita funcionalidade durante a competição.

tivamente por Aretê da Toada, de Paulo Sampaio de Almeida Prado, e Hebreu do Vassoural, de Beatriz Biagi Becker. A participação do atual Grande Campeão Nacional Cavalo, Don Juan 42, foi outro destaque do evento realizado na Fazenda Boa Esperança. Aknal, o animal proveniente da seleção de Ronaldo Andrade Bichuette, demonstrou muita funcionalidade e uma ótima desenvoltura nas três provas que integraram o programa da competição. Para Paulo Francisco Gomes Della Torre, um dos organizadores do evento e jurado das disputas de cross country e marcha em estrada, a competição foi muito boa, com tudo transcorrendo da melhor maneira possível. “A prova que mais me preocupava era a de adestramento, pois esta é uma modalidade com a qual os conjuntos ainda não estão acostumados. Felizmente, tivemos a ajuda da jurada Laura Roset, que orientou os participantes, possibilitando que

tudo transcorresse bem. Por sua vez, a prova de cross country surpreendeu pelo ótimo desempenho dos concorrentes e também por ter sido muito veloz. Já a disputa de marcha em estrada contou com um desempenho muito bom dos competidores, com a maioria deles conseguindo cumprir o trajeto de doze quilômetros em um tempo muito próximo do ideal. Esse balanço mostra que hoje temos uma tropa muito funcional, tanto é que entre os competidores estava o atual Grande Campeão Nacional Don Juan 42, cujo desempenho foi muito bom. Isso comprova que a raça está no caminho certo”, destaca Della Torre. Por sua vez, o homenageado Geraldo Diniz Junqueira mostrouse muito emocionado com o evento e agradeceu a presença de todos, ressaltando ainda a bela apresentação dos cavaleiros que participaram da prova. “Quero agradecer ao Presidente Mario Barbosa e a toda a diretoria, em especial ao Marcos REVISTA MANGALARGA • Setembro/2013

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O evento reuniu 24 conjuntos de 12 criatórios.

Sampaio de Almeida Prado (Kico) e ao Paulo Della Torre, pela realização deste evento. Também quero registrar meus agradecimentos a cada um dos peões que estão aqui hoje pelo brilhantismo com que se comportaram”, destacou o decano criador.

Geraldo Diniz Junqueira Associado de número 234 da ABCCRM, o selecionador Geraldo Diniz Junqueira iniciou sua criação em 28 de setembro de 1945. Nesse período de quase 68 anos, criou a notável quantia de 1089 animais, dentre os quais destacam-se os machos Almanaque, Mandú, Níquel, Estanho Mangalarga, Defensor Mangalarga, Rigoni, Humaitá Mangalarga, Faveiro Mangalarga, Nairobi Mangalarga (pai dos garanhões Topázio JO e Regalo JO) e as éguas Narceja, Estampa, Iça Puitã Mangalarga e mais as Campeãs Nacionais: Siriema, Noruega Man-

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Participantes aguardam o início da prova de marcha.


Fotos: Norberto Cândido.

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Mario Barbosa, Paulo Della Torre e Paulo Vilela participaram da prova de marcha.

galarga, Granada Mangalarga, Hiroshima Mangalarga e Narceja II Mangalarga. Esta lista conta ainda com Milonga Mangalarga, que vem se destacando na atualidade com expressivos resultados nas pistas de julgamento da raça. A trajetória de Geraldo Diniz Junqueira foi toda dedicada a desenvolver a agropecuária brasileira, tendo plantado algodão em Orlândia e sendo um dos pioneiros na introdução da soja no cerrado brasileiro na década de 1970, hoje uma das culturas mais expressivas do país. Além disso, abriu fazendas em Mato Grosso do Sul, Tocantins e Pará, sempre usando o cavalo Mangalarga na lida com o gado, e atestando as qualidades que kzeram o Mangalarga kcar conhecido como o “Cavalo do Patrão e do Peão” e o “Cavalo de Sela Brasileiro”. Fundador da Carol (Cooperativa dos Agricultores da Região de OrREVISTA MANGALARGA • Setembro/2013

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Fotos: Norberto Cândido. A comunidade mangalarguista prestigiou o evento.

O Presidente Mario Barbosa (à direita) entrega ao criador Geraldo Diniz Junqueira o troféu conquistado pela primeira colocada Libéria Mangalarga.

Geraldo Diniz Junqueira agradece a homenagem.

Vista geral da estrutura montada na Fazenda Boa Esperança.

lândia), foi seu presidente por três gestões. Presidiu também a Usina Mandú, da qual foi um dos fundadores, e a OCESP (Organização das Cooperativas do Estado de São Paulo). Além disso, foi Secretário

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da Agricultura do Estado de São Paulo, contribuindo para o desenvolvimento do agronegócio em território paulista. O pioneiro criador é ainda um adepto convicto do uso do Manga-

larga, tendo utilizado a raça inicialmente para a caçada ao veado e para o jogo de polo e, mais tarde, para a lida com o gado e para acompanhar o trabalho e o manejo de suas propriedades agrícolas.


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Panorama M Mangalarga

Foto: Modesto Wielewicki

II Concurso Fotográlco Cavalgadas Brasil

Evento, cujas inscrições prosseguem até setembro, vai premiar o talento e o amor pelos cavalos expressos em fotos Concurso visa disseminar o conhecimento e o interesse por cavalos.

O Concurso Fotográkco Cavalgadas Brasil visa disseminar o conhecimento e o interesse por cavalos, enquanto inspira a criatividade na arte fotográkca. O evento, além disso, tem como princípio a ética fotográkca e o respeito aos direitos dos animais. Com mais de R$10 mil reais distribuídos em mais de 15 prêmios*, o evento vai premiar o talento e o amor pelos cavalos expressos em fotos. As inscrições, por sua vez, serão recebidas nos meses de agosto e setembro. Já em outubro acontecerá o julgamento e a votação e em 30 de outubro serão divulgados os vencedores.

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Uma comissão julgadora, formada por especialistas e fotógrafos de renome, selecionará as imagens com base na qualidade, perícia técnica, diversidade, comportamento, originalidade de composição, respeitadas as características de cada uma das categorias. O júri é composto por cinco jurados e terá a coordenação das reconhecidas fotógrafas Silva Focco e Elayne Massaini. Natural de Milão (Itália), Silvia Foco estudou artes e trabalhou para algumas publicações italianas com o tema cavalo, incluindo a Cavallo Magazine. Além disso, trabalha como fotógrafa e foi vencedora em

2011 do Prêmio 150 Anni di Unità d’Italia. Elayne Massaini, por sua vez, é formada em publicidade e propaganda pela FAAP e web designer pelo Senac, tendo feito seu primeiro curso de fotograka em 1993. Em 2004 participou do Curso Internacional de Fotograka de Cavalos, iniciando no ano seguinte trabalhos fotográkcos na área equestre, sua verdadeira paixão. Fotografa cavalos em eventos, haras, hípicas, editoriais e publicidade. Para fazer sua inscrição ou obter mais informações, visite o portal do concurso: www.concursocavalgadasbrasil.com.br.


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Panorama Mangalarga

Copa de Andamento de Jaú

Fotos: Norberto Cândido.

Disputas acirradas e alta premiação garantiram o sucesso do evento

Campeonato Funcional distribuiu R$ 17 mil em prêmios.

A 3ª Etapa Aberta da Copa Janga de Andamento do Cavalo Mangalarga contou com um grande público presente. Realizada nos dias 27 e 28 de julho, em Jaú (SP), a etapa okcial atraiu a participação de criadores de todo o Brasil, que foram recepcionados no Recinto de Exposições Sebastião Ferraz de Camargo Penteado (Expojaú).

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A realização kcou a cargo da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos da Raça Mangalarga (ABCCRM) em parceria com o Núcleo Mangalaraga de Jaú e da Associação Agropecuária da Região de Jaú. A Etapa da Copa realizada em Jaú está entre as mais concorridas dentro do calendário nacional or-

ganizado pela ABCCRM, e normalmente a boa classikcação nesta etapa garante ao participante disputar a etapa knal, onde são eleitos os melhores animais de melhor andamento da Raça Mangalarga. A programação do evento incluiu ainda outra aguardada atração, a 2ª Etapa Aberta do Campeonato Funcional Mangalarga.


Por Carolina Rodrigues

Disputa reuniu 74 exemplares da raça Mangalarga.

Evento contou com a segunda maior premiação da raça.

No total, 74 animais, expostos por 26 criadores da raça, foram analisados pelo trio de jurados composto por Marcelo Leite Vasco de Toledo (Técnico), Emerson Luiz Bartoli (Criador) e José Roberto Pires de Campos Filho (Criador). De acordo com José Roberto, a disputa foi acirrada e o resultado foi decidido em pormenores. “Tenho só elogios para a Copa de Jaú, eles conseguiram reunir nesta copa um número expressivo de animais, todos com alta qualidade. A disputa foi muito acirrada e o resultado foi baseado em detalhes, pois o nível era muito elevado.”

Qualidade da tropa foi um dos destaques da etapa.

As pelagens também mostraram sua qualidade durante o evento.

Atraentes premiações Os atraentes prêmios em dinheiro atraíram renomados participantes aos dois eventos que integraram a programação jauense. Durante a Copa de Andamento foi sorteada uma moto zero quilômetro entre os participantes. A disputa, além disso, distribuiu R$ 35 mil em prêmios, a segunda maior premiação da raça. Já nas provas funcionais, a premiação distribuída entre os participantes foi de R$ 17 mil. Para José Roberto, a premiação foi um dos pontos de incentivo. “Acredito que a alta premiação foi um ponto forte para atrair um nú-

mero sólido de competidores.” E ainda ressaltou a importância do evento e das provas “Esta Copa é de extrema importância para o cenário da raça hoje. A Raça Mangalarga vem crescendo bastante no cenário nacional. As provas de andamento foram bastante importantes para consumar e fomentar a qualidade dos animais. Assim como as provas funcionais que comprovaram a funcionalidade da raça e destacam a qualidade dos animais.” Por sua vez, Antonio Carlos Pestili Fonseca, diretor do Núcleo de Jaú e um dos organizadores do evento, destaca que a alta qualidaREVISTA MANGALARGA • Setembro/2013

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Fotos: Norberto Cândido

de de andamento dos animais se fez presente. “Tivemos animais de altíssima qualidade de andamento, o que tornou as provas acirradíssimas, dando muito trabalho aos jurados.” Pestili também destacou o sucesso desta etapa da Copa. “O balanço que eu faço do evento é de absoluto sucesso, já que tudo transcorreu na mais absoluta normalidade, estava um clima amistoso, de confraternização, descontração e extremamente familiar. Os mangalarguistas puderam se encontrar e desfrutar de um agradável knal de semana, próximos à grande paixão de todos, que é o nosso, genuinamente brasileiro, cavalo Mangalarga.”

Um bom público acompanhou os julgamentos da raça.

A comunidade mangalarguista prestigiou o evento jauense. A Copa de Jaú contou com o apoio da Lei de Incentivo ao Esporte.

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Espaço Técnico - Mercado Profissional

Foto: Divulgação.

As empresas e os Cavalos

Os centros equestres das mais diferentes naturezas são sempre conglomerados de cavalos e de pessoas que trabalham por estes cavalos. Como já de conhecimento, cavalos são animais que requerem cuidados e atenção especial no tocante às rotinas do dia a dia, cuidados gerais básicos, e obviamente habilidades em situações emergenciais e inesperadas. Todo o “conteúdo técnico” que uma pessoa adquire ou tem é de grande valia para se trabalhar com cavalos. Todos nós conhecemos excelentes enfermeiros, tratadores, instrutores, picadores, treinadores, gerentes e tantos outros cargos que compõem o organograma de um centro equestre. Pessoas que tecnicamente trabalham com primor, são impecáveis no conteúdo de conhecimento. Um centro equestre precisa de pessoas assim, e estas qualikcações técnicas serão cada vez mais requisitadas por quem contrata. No entanto, existem fatores que devem ser considerados neste escopo e que em grande parte dos casos não são levados a fundo como deveriam. São as questões relacionadas ao envolvimento das pessoas que trabalham em uma equipe, assim como a qualidade do relacionamento entre os membros do time.

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Podemos, ainda, olhar pelo lado do comprometimento, do cumprimento das metas e principalmente da qualidade da entrega que cada membro de uma equipe de trabalho coloca no seu dia a dia. Neste capítulo vamos nos aprofundar no relacionamento interpessoal e na qualidade extra técnica dos membros de uma equipe de trabalho de um centro equestre.

A qualilcação prolssional Independentemente de qual seja a função ou cargo, a pessoa deve estar minimamente preparada em termos técnicos para tal. Hoje em dia existe uma imensa oferta de cursos rápidos e focados na formação prokssional especíkca nas mais diversas áreas, dando assim oportunidade de conhecimento técnico a quem assim desejar. Muitos empregadores procuram a qualikcação técnica e as referências de trabalho, mas, muitos ainda preferem formar tecnicamente suas equipes. Por isto, ter o conhecimento técnico faz com que a pessoa corte caminhos, aumente o grau de aceitação dentro do mercado e possa então ter mais opções dentro do mesmo. Portanto, estar minimamente qualikcado com cursos especíkcos na área em que deseja atuar é fundamental. Muitas pessoas ainda focam somente

no quesito técnico, deixando de lado algumas habilidades fundamentais para se trabalhar, como: • Capacidade de se trabalhar em equipes • Ser líder • Ser liderado • Pensar em bloco e não individualmente • Comprometer-se com o resultado geral do centro equestre e não somente com o seu feito • Relacionar-se com diferentes tipos de pessoas Muitos prokssionais candidatos a vagas em centros equestres têm qualikcações técnicas excelentes, mas deixam a desejar nos quesitos de relacionamento, liderança, comprometimento. E, acredite você ou não, muitos locais que contratam preferem isto a qualquer outra qualikcação técnica. Por quê? Porque cada vez mais o acesso ao conhecimento técnico está mais facilitado. Internet, cursos presenciais, cursos de curta ou longa duração, cursos de formação universitária, e tantas outras oportunidades visando esta qualikcação técnica estão cada vez mais sendo oferecidas. Do contrário, humildade, liderança, comprometimento, responsabilidade com o todo, relacionamentos bons com pessoas são características que podem ser aprendidas, estudadas, mas não são tão fáceis de serem aferidas, talvez por serem mais sentidas, percebidas do que comprovadas visualmente. Além disto, dependem de uma liderança coesa e de um nível de percepção alto. Portanto, de nada adianta um super currículo técnico se estas e outras características citadas acima não forem levadas em consideração, praticadas por quem quer trabalhar, e percebidas por quem emprega.

Contratação Quando uma empresa vai contratar uma pessoa, esta tem o olhar diferente de quem vai ser contrata-


do. Isto porque a chamada cultura da empresa, ou seja, a característica geral da empresa em termos de ambiente, liderança, equipe existente, ritmo, etc., fazem com que já se tenha um perkl de pessoa deknido, antes mesmo do perkl técnico deste candidato. Assim, as entrevistas são necessárias basicamente para que dois fatores sejam analisados: • Conteúdo e conhecimento técnico sobre o cargo a ser ocupado • Características que possam se encaixar ou não na cultura da empresa Muitos candidatos focam as entrevistas em questões como salário, horários, benefícios, volume de serviço. Estas devem ser questões abordadas, mas nunca devem ser o foco da entrevista por parte de quem está sendo entrevistado. Passa a ideia de que o candidato quer um emprego. E

a ideia central deve ser “querer trabalhar” e não somente um emprego. Do lado do contratante, muitas coisas são observadas nesta entrevista: a forma como o candidato chega, se apresenta, com quem vem, como está vestido, se chegou no horário marcado ou não, a forma como responde às questões, e obviamente o conteúdo técnico do candidato. As questões de horários e disponibilidade de tempo são absolutamente cruciais para quem trabalha com cavalos. Quem quer horários regrados, knais de semana e uma vida dentro de um esquema industrial em termos de rotina, deknitivamente não vai dar certo com cavalos. Devemos lembrar também que quem contrata tem que pensar em quem já está trabalhando na equipe, e se as características gerais da pessoa devem se encaixar com a cultura da empresa e com quem já está no time. Devemos

também considerar as indicações e o currículo do candidato. Em mercados estreitos como o de cavalos, facilmente se conhece a pessoa pela indicação ou não de outros estabelecimentos. Assim, um candidato pode se dar muito bem, mas as chances de não se dar bem são realmente muito grandes, já que o mercado de cavalos é pequeno comparado a outros. Por km, o resultado da entrevista é a junção entre as habilidades e competências técnicas do candidato com a sensação do contratante de que este candidato vai se encaixar na equipe e na cultura da empresa contratante. Quem chega para trabalhar em uma empresa tem uma longa história particular a ser escrita, mas dentro de outras histórias coletivas já existentes nesta empresa... Aluisio Marins, MV Universidade do Cavalo www.universidadedocavalo.com.br

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Espaço Técnico - Morfologia

Foto: Norberto Cândido.

A Conformação da Cabeça do Cavalo Mangalarga

A cabeça do cavalo mangalarga deve ter perkl retilíneo ou subconvexo

Hoje tenho a pretensão de escrever sobre importante parte do cavalo em geral, do cavalo de sela e do cavalo mangalarga especikcamente = a cabeça, que não é só conformação, tendo também interior, onde está o cérebro do cavalo, que leva todos os estímulos e as reações que o animal apresenta enquanto vive, come, bebe, dorme, é amansado e trabalha, deknindo o temperamento do cavalo, diante da genética e da vivência do aprendizado, como = linfático, vivo ou nervoso. Mas antes de entrar em detalhes, lembro-me de um certo dia em que, estando no Haras Areia Branca, com os proprietários, k-

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lhos do grande Roberto Sampaio de Almeida Prado, e mais um jovem que lá foi comigo para ver uma boa criação de cavalos mangalarga, especialmente de “ANDAR”, este jovem perguntou como se identikcaria um bom cavalo mangalarga, tendo Paulo Sampaio de Almeida Prado pedido para eu responder a pergunta dele. Levei o jovem lá para ele aprender e também para eu aprender, mas percebendo que o Paulo estava me testando, e sabendo que a cabeça daquela tropa não era a mais bonita da raça, comecei por ela, logo levando uma VAIA de todos os irmãos, Paulo, Raul e Kiko: diziam eles

que o exame do cavalo não começa pela cabeça, mas sim pelas pernas: “no foot, no horse”! Então passei a palavra para eles, que discorreram sobre todo o cavalo, parado e se movimentando, aprendendo muito o jovem e eu também. Você pode me perguntar a mesma coisa = porque o escritor está começando a análise do cavalo mangalarga pela CABEÇA? Explico dizendo que neste artigo não pretendemos discorrer sobre todo o cavalo mangalarga, estática e dinamicamente, mesmo porque não cabe em uma página da nossa revista, mas apenas ressaltar que o mangalarguista deve conhecer


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Foto: Norberto Cândido.

bem uma cabeça, e no primeiro olhar já enxergar se o animal é mesmo mangalarga, e não cair na esparrela do caboclo que vendia um cavalo para um homem da cidade, e dizia: “SEO DOTÔ, ESTE CAVALO SÓ TEM UM DEFEITO E TÁ NA VISTA. TÓ AVISANO PRU SINHÔ NÃO QUERE DEVORVE ELE”. E o Doutor da Cidade procurou o tal defeito, olhou mas não enxergou, e levou o cavalo com um grande defeito dos olhos, já que tinha a íris clara e colorida, em lugar de escura, para poder enxergar bem, o que é desclassikcante para o cavalo mangalarga. Escrevi em 1989, no REFERENCIAL MANGALARGA, da BG CULTURAL, páginas 69/86, artigo em que dizia que, em EXTERIOR (= EZOOGNÓSIA), beleza é a perfeição de determinada região do cavalo, sob o ponto de vista estético e funcional, podendo ser absoluta (= aquela que mantém o mesmo valor, seja qual for a utilização do animal); relativa (= aquela que constitui perfeição para determinado emprego do cavalo, deixando de ser beleza se for mudada sua utilização); e convencional, ditada pela moda ou para kns comerciais, sendo exemplo perigoso o olho verde ou azul do cavalo “paint horse”, que, na verdade, é um quarto de milha com áreas outras também despigmentadas, o que a rigor é um defeito absoluto, porque os olhos claros e áreas de pele sem melanina são absolutamente antagônicos com o nosso Brasil, país de eterna

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primavera, mas com sol e verão escaldantes, fazendo o cavalo enxergar pouco e “sentir” muito o calor. O oposto de beleza é o defeito, que é a imperfeição de determinada região, que pode ser também absoluto, relativo e convencional. O vício, a tara e a compensação serão apreciados em outro artigo. A cabeça do cavalo mangalarga deve ter perkl retilíneo ou subconvexo; nuca alta, cheia e larga; garganta larga, lexível e sensível; parótidas longas, lisas e harmonicamente reentrantes; fronte alta, chata, comprida, larga e musculosa para permitir maior movimento dos músculos crotákcos e dos ossos frontais, possibilitando, com a boa conformação do chanfro, entrada de ar abundante para o aparelho respiratório; canino ligeiramente comprido, largo e reto; focinho suave e íntegro; orelhas móveis, de tamanho médio e em proporção harmoniosa com a cabeça, implantadas a 45º com a horizontal da face, lembrando

que orelhas grandes são próprias do cavalo de tração, sempre com temperamento linfático, o que deve ser evitado; chanfro de pequena profundidade; olhos grandes, simétricos, bem afastados, não oblíquos, brilhantes, com os meios visuais diáfanos, íris regularmente sensível, escura e brilhante; bochechas (= maxilares) de musculatura lisa e krme; narinas dilatadas, móveis e de consistência krme; faces largas, secas e cavadas, com gânglios pequenos, móveis e sensíveis; ganachas delicadas e medianamente salientes; boca bem rasgada; lábios knos, krmes e móveis; boa cavidade bucal, com as barras (= espaço entre os dentes incisivos e caninos e os maxilares, onde se assenta o “ferro” = freio ou bridão) apresentando superfície limpa e isenta de qualquer sinal de ferida, e com a língua pouco espessa, para não diminuir a sensibilidade ao “ferro”. Os defeitos mais freqüentes da cabeça do cavalo mangalarga são: cabeça pesada, comprida, empastada ou acarneirada, ou mal atada ao pescoço. Embora as pernas sejam fundamentais, o leitor vai concordar comigo que uma cabeça feia tira todo o brilho do cavalo. Artur Pagliusi Gonzaga Sócio 504, desde 1964 criando Mangalarga Funcional e até de Estática Muito Boa.


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Espaço Técnico - Manejo

Violência Zero! A compreensão do cavalo é mais benékca que a submissão pela força. O cavalo responde melhor, ganha qualidade de vida e competições. A compreensão do cavalo é mais benékca que a submissão pela força. O cavalo responde melhor, ganha qualidade de vida e competições. O cavalo evoluiu até chegar ao que é hoje desde longínquos 55.000.000 de anos, transformandose de um animal de 40 cm de altura até o garboso e belo animal que é hoje. Apesar desta sua evolução em tamanho e altura, desde esses tempos imemoriais o cavalo baseia sua vida em alguns preceitos evolutivos que lhe permitiram sobreviver. A maioria destes preceitos são oriundos da busca pela sobrevivência, como a convivência em bandos e o desejo pela liberdade que permite correr de seus algozes. O cavalo sempre viveu em manadas e em liberdade, mas criando uma hierarquia social de forma que um animal assume o papel de líder dominador, com papel bem deknido para que não haja conlitos entre seus pares. Essa hierarquia é estabelecida por critérios de força, idade, experiência, coragem etc. A presença do denominado líder alfa faz com que o rebanho tenha seus caminhos e atitudes de sobrevivência guiados de forma a permitir a melhor integração e convivência possível. Em tempos de paz e tranquilidade, em geral, essa posição cabe à égua mais velha e mais experiente que será a responsável pela escolha dos melhores locais para o rebanho. Quando o rebanho for ameaçado, essa posição será tomada pelo garanhão reprodutor, que imediatamente assume a posição para levar os animais a um porto seguro, ou então partirá para defender o rebanho. O conhecimento desta hierarquização do mundo equestre, assim como de todas as informações possíveis do comportamento e atitudes dos equinos, nos permite usufruir e

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compreender melhor o mundo dos cavalos e desta forma usufruir de seu máximo potencial. Se um cavalo depende de seu líder alfa para indicar o que fazer, e ele não reconhecer esse líder alfa, ele tende a assumir essa posição. Isso se torna fundamental em nossa lida diária com os cavalos, pois a todo o momento, o cavalo buscará reconhecer em nós essa liderança e, muitas vezes, coloca em dúvida essa liderança buscando assumir o controle. Então dependerá de como agirmos, para manter nosso controle, de forma, não a submetê-lo a nossos desejos, mas sim, fazer com que aceite essa nossa liderança sem mais questionamentos, sem buscar a submissão através da punição, mas sim buscando a submissão pela aceitação incondicional de nossa liderança buscando utilizar as ferramentas de comunicação que o próprio animal utilizaria com os seus, que vem pela conkança em nossas atitudes para com ele e o meio em que vive. É assim que se forma uma verdadeira relação de parceria Homem & Cavalo e não Homem X Cavalo. Outro fator importante a ser levado em consideração, é que a 3ª lei de Newton da física também pode e deve ser aplicada aos cavalos. Essa lei diz que “Para toda ação aplicada a um corpo, esse responderá com a mesma intensidade em sentido oposto”. Para os cavalos, podemos dizer da seguinte forma: “O que se kzer ao animal, este responderá na mesma forma e mesma intensidade. Se o tratares bem, assim serás correspondido. Se o maltratares, em dado momento, assim ele o fará.” Essa breve introdução com base cientíkca e em estudos do comportamento do cavalo e sua interação com o mundo foi feita de forma a poder chamar a atenção para a desnecessária violência a que frequentemen-

te nossos amigos equestres são submetidos. Violência essa cometida por “gente do cavalo”, que vive do cavalo, para o cavalo e que se benekcia knanceiramente destes animais. Pode até ser que essa violência seja causada por pura ignorância, mas o que vemos ainda é a falta de regulamentação, kscalização e, em verdade, muitas vezes de interesse em se coibir esses abusos contra os animais. Estamos aqui falando da violência cometida e vista a céu aberto em eventos equestres de quase todas as raças de equinos, quer sejam eventos de morfologia como eventos esportivos. E os juízes, árbitros, organizadores e as associações que apóiam e muitas vezes são responsáveis por esses eventos pouco fazem para melhorar e preservar a saúde dos cavalos. Cabe ressaltar que em todas as raças e associações existem sim pessoas que se preocupam, que cuidam dos animais da forma correta, mas infelizmente, muitas vezes, sua voz parece se perder na multidão que fere os animais. Apenas para citar alguns, o uso indiscriminado de esporas com rosetas pontiagudas e freios com grandes pernas em algumas raças de esporte, por exemplo. Essas ajudas, quando bem utilizadas por ginetes experientes podem servir para mostrar ao cavalo da forma correta o que deve ser feito. Porém, a forma correta de se ensinar ao cavalo é mostrando a ele o que deseja, e não subjugando-o pela dor. Em outras palavras, o que ensina um animal a fazer dele o que se deseja, como líder, e não chefe, é um domador ou cavaleiro de mão leve, que pode ensinar ao cavalo os princípios básicos da boa equitação com um bridão leve. Recorrer a embocaduras pesadas para ensinar ou mesmo exigir reações do cavalo é


instrumento daqueles pouco afeitos ao ensino real, mas exigem a subjugação do animal a seus desejos. O que vemos em muitos eventos são cavaleiros sem a mínima preocupação na dor e mal que isso causa aos animais. Algumas entidades, em eventos okciais há algum tempo kscalizam os animais antes e depois das provas de forma a observar a presença de lesões nos animais e coibir os abusos. É uma excelente atitude, mas o absurdo é ter gente, que se diz do cavalo e que precisa ser kscalizada para não machucá-lo. Já vi o mesmo ocorrer em eventos de raças de marcha. Cavalos sangrando pela boca, pelo uso errôneo de freios mais pesados que o necessário, nas mãos de quem não o sabe usar. Felizmente, isso ainda não é moeda corrente nessas raças. Ainda. Em exposições de morfologia de outras raças de marcha, muitos apresentadores preparam seus cavalos na chibata antes de entrar em pista, onde seus animais deverão ser apresentados em estação (parados). A desculpa é que devem estar atentos. E os juízes ressaltam essa “atenção”, como animal “esperto”. Pobres cavalos. Ao inquirir apresentadores de determinada raça do porque fazer esse “preparo”, a resposta foi “ele (o cavalo) sabe”. Diz que o animal vem de linhagem de pais ruins, e que apanham apenas para garantir que na pista eles devem se comportar. Ora, como o animal pode se comportar se apanha? Qual a reação que deve advir se a ação foi bater? Em uma exposição nacional de uma grande raça, a qual proibiu a entrada de apresentadores com chicote ou similar em pista para coibir essa violência, observamos a “esperteza” destes apresentadores. Entram agora com guia de mais de três metros, de forma a kcarem rodando-a e poderem utilizar para “acertar” o cavalo em sua posição correta para a morfologia. E os juízes adoram observar os cavalos ‘atentos’ valorizando isso sem se atentarem que essa atenção foi conseguida na base da violência. Ou sem se preocuparem. Nesse mesmo evento, em uma prova funcional, antes de entrar em

pista, diversos ginetes estavam a chicotear e maltratar seus cavalos antes de entrar em pista, somente parando quando determinado expectador e criador foi chamar a atenção dos juízes pela crueldade a que os animais estavam sendo submetidos. O juiz então, e somente então, chamou a atenção daqueles que maltratavam os animais, proibindo-os de entrar em pista se assim o continuassem. Em outro evento, para ‘melhorar’ o andamento do animal, não é incomum encontrar cavalos com correntes nos pés, logo acima da coroa do casco, o que causa dor, fazendo com que o cavalo arraste os pés ao invés de levantá-los, modikcando sua marcha. E isso tudo foi à vista de todos. Imaginem nos bastidores. Imagine nas propriedades, centros de treinamento, haras e fazendas. Isso ocorre com frequência inimaginável, e totalmente desnecessária. E isso atinge níveis e proporções grandes quanto maior foi o envolvimento knanceiro. Há algum tempo saiu em diversos órgãos de imprensa que a equipe olímpica de um tradicional país do meio equestre foi dissolvida por envolvimento de quase todos os membros em doping dos animais. Isso também é uma violência cometida contra eles. Faz-se o doping para obrigar o animal a fazer algo além de suas forças, além de sua capacidade. E ele paga caro por isso, muitas vezes com a própria vida. Na Bolívia assisti a uma corrida de cavalos, onde três dos cinco animais envolvidos sofreram de sangramento das vias respiratórias por uso de substâncias que os kzeram correr além de sua capacidade. Mensalmente lemos nas páginas de revistas especializadas dicas e comentários de pessoas do mundo do cavalo, que se mostram preocupadas em compreender e entender os animais. Muitas dessas pessoas mostram e provam que a compreensão do cavalo é mais benékca que a submissão pela força. O cavalo responde melhor. O cavalo vive mais. O cavalo ganha mais. Ganha qualidade de vida e competições. E certamente nós também pode-

mos ganhar. Uma renomada estudiosa americana do comportamento animal, Temple Grandim, em seu livro, na “Língua dos Bichos”, diz que “Se nos interessamos pelos animais, então precisamos estudar os animais pelo bem-estar deles, e nos termos deles, até onde isso for possível. O que eles estão fazendo? O que estão sentindo? O que pensam? O que estão dizendo? Quem são eles? O que precisamos fazer para tratar os animais com justiça, responsabilidade e bondade? As pessoas podem aprender a falar com os animais e a ouvir o que os animais têm a dizer. Essas pessoas são mais felizes que as que não podem. Exercer ou impor a dominância não signikca bater no animal até ele se submeter. Exercer ou impor a dominância signikca usar o método natural de comunicação do animal”. Desta forma, ao trabalharmos com um animal, quer seja para provas esportivas, quer seja para provas de morfologia, se o kzermos com calma e tranquilidade, mostrando para o animal o que deve ser feito de forma correta e simples, krme, sem demonstrar qualquer sentimento de agressão ou receio deste animal e kzermos nos valer de conhecimentos do comportamento do animal, de como ele age e interage com o meio ambiente, certamente obteremos melhores resultados e um melhor relacionamento.

André Galvão Cintra MV, Prof. Esp. Autor do livro: “O Cavalo: Características, Manejo e Alimentação” Coautor do livro: “Manual de Gerenciamento Equestre” andre@vongold.com.br www.vongold.com.br

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Circuito de Exposições

Foto:Núcleo Sul do Paraná

Exposição e Leilão fortalecem a raça no Paraná Preparação para o disputado páreo de Potranca Menor.

Eventos na cidade de Ponta Grossa reuniram admiradores e criadores da raça num festivo km de semana A 36ª EFAPI recebeu, entre os dias 27 e 29 de Junho, dois destacados eventos da raça: a Exposição do Cavalo Mangalarga de Ponta Grassa (PR) e o Leilão Vinicius João Curi & Convidados. Os eventos, além de reunir a família mangalarguista, fomentaram e fortaleceram a raça, não apenas

na região, mas também no Brasil, com a transmissão do leilão ao vivo e em rede nacional de TV. A Exposição de Ponta Grossa, organizada pelo Núcleo Mangalarga Sul do Paraná com o apoio da Sociedade Rural dos Campos Gerais (SRCG) e da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos

Foto:Núcleo Sul do Paraná

Criador Antonio Caetano entrega premiação aos criadores Paulo e Joanna Vilela.

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da Raça Mangalarga (ABCCRM), mostrou que veio para kcar no calendário, pois ganhou força nessa segunda edição. Totalizou mais de 100 animais julgados, um incremento de mais de 20% no número de animais inscritos em relação à edição anterior, e reuniu criadores de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul, num total de 16 expositores. Além dos disputadíssimos julgamentos de andamento e morfologia, alguns inclusive sendo decididos por mínima diferença de pontuação devido a qualidade da tropa apresentada aos juízes Maria Aracy e Adáldio Castilho, a programação incluiu um jantar de confraternização e provas funcionais com premiação em dinheiro. Entre essas provas, um destaque ao Team Penning entre Raças promovido pela Sociedade Rural dos Campos Gerais, disputa na qual a raça Mangalarga teve domínio absoluto, conquistando os primeiros lugares e inclusive com direito a recorde


Foto: Núcleo Sul do Paraná

Foto: Núcleo Sul do Paraná

Agradecimento do criador Vinicius Curi aos presentes.

de tempo desta prova no Paraná, com o trio mangalarguista Adáldio Castilho, José Mario Vilela e Marcos Cora. O sucesso da Exposição de Ponta Grossa estendeu-se à realização do Leilão Vinicius João Curi & Convidados, onde todos os 30 lotes disponibilizados foram arrematados em vários estados (BA, MG, MS, PA, PR, SC, SP e RS). No clima de confraternização do recinto do Parque de Exposições, ou no conforto de

O Técnico Thomas D’Angieri e o Criador Vinicius João Curi ao lado das Princesas e da Rainha da 36ª EFAPI.

suas casas, admiradores e criadores puderam adquirir exemplares da raça Mangalarga para iniciar ou ampliar seus plantéis. Estiveram prestigiando pessoalmente os eventos os criadores: Antônio Caetano (Otnacer – SP), Cassiano Terra Simão (Cass – SP), César Milléo (Cafundó – PR), Elizandra e Cristiano Cruz (Utopia – RS), Emiliano Novaes (Espinhaço – SP), Enio e Daniele (Monfor – SC), Luiz Gustavo (AEJ), José Cruz (JSB

– PR), Nilson (Graciosa – PR), Paulo e Joanna Vilela (PROV – PR) e Vinicius e Angela Curi (VJC – PR). Além dos criadores, os eventos contaram com a presença dos técnicos Hugo Anélio (RS), João Quadros (PR), João Tolesano (SP), Geraldo (Gereba / SP), Claudia (PR), Thomas D’Angieri (SP), do estagiário Marcio Mitsuishi (SP), Francisco Bezerra representante da ABCCRM, e Adauto Quintanilha - Presidente do Núcleo Mangalarga Norte do Paraná.

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Circuito de Exposições

Exposição de Guaxupé Animais de qualidade e clima de confraternização selaram o encontro

Fotos: Norberto Cândido.

Uma tropa de muita qualidade passou pela pista mineira.

Os julgamentos de andamento foram muito concorridos.

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A Exposição do Cavalo Mangalarga de Guaxupé (MG) foi novamente uma das principais atrações da 39ª Expoagro. O tradicional evento sul mineiro foi realizado entre os dias 5 e 7 de julho no Parque Geraldo de Souza Ribeiro, e mais uma vez contou com a participação de grandes criadores de diversos estados. O público, por sua vez, fez questão de participar e apreciar tudo o que o evento ofereceu. A mostra mineira foi promovida pelo Núcleo Mangalarga Sul de Minas e Média Mogiana, com o apoio do Sindicato dos

Produtores Rurais de Guaxupé e da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos da Raça Mangalarga (ABCCRM). A Exposição contou com uma variada programação e registrou a participação de 124 animais, provenientes de 29 tradicionais criatórios da raça. O evento, além disso, teve a presença dos jurados Marcelo Boaro Junior, no julgamento de “andamento”, e Marcelo Leite Vasco de Toledo, no julgamento de “morfologia”. De acordo com o presidente do Núcleo Sul de Minas, o criador Leandro Pasqualini de Carvalho, a exposição foi sensacional e o clima de confraternização predominou durante o evento. “Mesmo

quem não levou seus animais para serem expostos fez questão de participar. Achei o evento excelente e a confraternização estava bastante evidente.” Leandro ainda ressaltou a qualidade dos animais e a melhora no evento demonstrada ano após ano. “A qualidade dos animais em pista estava altíssima, além disso, acredito que o evento está melhor a cada ano, porque a tendência é esta, melhorar sempre.” A Exposição Guaxupé é um evento tradicional e bastante aguardado pelos mangalarguistas. Segundo o jurado Marcelo Toledo a Exposição reuniu um número signikcativo de animais de qualidade em pista. O técnico tamExposição aconteceu no início de julho.

Mostra de Guaxupé está entre as mais tradicionais da raça.

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Evento comprovou a força da raça no Sul de Minas.

Por Carolina Rodrigues


Foto: Norberto Cândido

bém mencionou o clima de união. “Guaxupé é tradição. A exposição foi muito boa, e um diferencial é o clima de confraternização que se faz presente”. A mostra mineira também teve a realização da segunda edição do Leilão Pérolas Mangalarga, dos criadores Celso e Sérgio Ceravollo Paoliello, ocorrido durante o período da exposição na Fazenda São Luiz Gonzaga. “O leilão teve novamente um bom resultado e é um incentivo para atrair mais criadores ao evento”, garantiu Leandro Pasqualini. Outra atração do evento foi a participação da garotada, que marcou presença na mostra com provas das categorias mirim e juvenil, atraindo a atenção do público mineiro e comprovando a docilidade do Cavalo de Sela Brasileiro.

O Núcleo Sul de Minas recepcionou os amigos mangalarguistas de diversos estados.

O Núcleo Feminino também prestigiou o evento.

A comunidade mangalarguista novamento prestigiou o evento.

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Circuito de Exposições

Exposição de São João da Boa Vista O id Os concorridos julgamentos e a variada programação foram os principais diferenciais da mostra realizada durante a 40ª Eapic

A beleza e versatilidade da raça estiveram em destaque.

Vista geral do julgamento de morfologia na 40ª Eapic.

Evento levou 130 animais a São João da Boa Vista.

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Fotos: Norberto Cândido.

Por Carolina Rodrigues

A marcha trotada também esteve em destaque na mostra.

Evento está entre os mais tradicionais do calendário da raça.

Campeonato Funcional teve transmissão pela TV.

O Cavalo de Sela Brasileiro foi mais uma vez recebido com entusiasmo na Exposição Mangalarga de São João da Boa Vista (SP). O evento, realizado entre os dias 11 e 13 de julho, dentro da programação da 40ª Eapic (Exposição Agropecuária, Industrial e Comercial de São João da Boa Vista), contou com a agradável estrutura do Recinto de Exposições José Ruy de Lima Azevedo. A exposição foi organizada pelos mangalarguistas Jairo Hamilton Domingues e Marcelo Bertoldo Motta, com o apoio da Sociedade Sanjoanense de Esportes Hípicos e da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos da Raça Mangalarga (ABCCRM). Segundo Marcelo Bertoldo, o balanço da Exposição foi bastante positivo. “Estou muito feliz com o resultado, tivemos um bom número de animais inscritos e a tropa estava muito boa. Além da qualidade dos animais, a agilidade do julgamento foi admirável, muito bem conduzida.” O sucesso foi indubitável, pois a mostra contou com 130 animais RE R REV REVISTA EVIST EV ISSST TA M MANGALARGA AN ANG A NGALA NG GAL ALA ALA LARG RGA R GA G A • Setembro/2013 Set Se Set eteem emb mbbro m ro/ o/20 o/ 2201 00113

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expostos por 36 criadores. Além de destacar as qualidades do Cavalo de Sela Brasileiro, a exposição também somou pontos para o Ranking Mangalarga 2013. O julgamento kcou a cargo da dupla de jurados composta por André Fleury de Azevedo Costa, responsável pelo quesito andamento, e Lourenço de Almeida Botelho, responsável pela avaliação de morfologia. Botelho, aliás, destacou a ekcácia da organização e a força da raça na região, lembrando que trata-se de uma das exposições mais tradicionais e antigas do calendário da raça. “A edição deste ano foi muito boa e muito bem organizada por um grupo forte, contando também com animais de alta qualidade, em uma região onde a raça Mangalarga é muito forte.” Um importante momento dentro da exposição foi a realização da primeira etapa oficial da categoria aberta do Campeonato Funcional Mangalarga, que ganhou horário nobre e transmissão ao vivo. Marcelo Bertoldo destacou o sucesso da novidade. “O Campeonato Funcional abriu a programação noturna e foi transmitido ao vivo. Muitos telespectadores enviaram mensagens durante a competição, pudemos notar que agradou ao público, esta interatividade nos trouxe um retorno muito bom”. Marcelo também destacou a importância da mídia durante a mostra. “Tivemos uma ótima cobertura por parte da mídia e isso gerou uma excelente repercussão.” A exposição contou ainda com a presença do Presidente da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos da Raça Mangalarga (ABCCRM), Mario Barbosa, que, juntamente com os demais visitantes, pôde desfrutar de um ambiente de muita amizade e descontração.

O presidente Mário Barbosa acompanhou os julgamentos na companhia da neta e do vice-presidente Gabriel Junqueira de Andrade.

Jairo Hamilton (esq.) recepcionou os amigos mangalarguistas.

O anktrião Marcelo Bertoldo com os amigos José Moreira Cintra e José Moreira Cintra Filho.

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Circuito de Exposições

Assessoria Fapi.

Exposição de Ourinhos

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Exemplares de muita qualidade passaram pela Fapi.

Assessoria Fapi.

A 47ª FAPI (Feira Agropecuária e Industrial de Ourinhos), realizada no Parque de Exposições “Olavo Ferreira de Sá”, de 06 a 16 de junho de 2013, foi um grande sucesso. No evento, que recebe expositores de todo o país, o melhor do comércio e indústria, máquinas e implementos geraram grandes negócios. Para retratar a importância do evento no calendário nacional, os organizadores destacam a visita do governador Geraldo Alckmin, do Senador Aloysio Nunes, dos deputados federais Jefferson Campos e Vicentinho, dos secretários estaduais Monika Bergamaschi (Agricultura), Edson Giriboni (Saneamento e Recursos Hídricos), José Aníbal (Energia), Giovani Guido Cerri (Saúde), além do ex-prefeito de São Paulo Gilberto Kassab e do Presidente da FAESP/SENAR, Fábio Meirelles. Mantendo a tradição, a FAPI é uma das maiores exposições que ainda é realizada de portões abertos e que conta com a prestigiosa participação de associações de expositores da pecuária, como a Associação Brasileira de Criadores de Cavalos da Raça Mangalarga (ABCCRM), que abrilhantou a 47ª FAPI com a mostra que teve como jurado das provas de andamento e morfologia Adáldio José de Castilho Filho.

Assessoria Fapi.

Evento contou com concorridos julgamentos.

Toshio Misato, Mauro Bragato, Eduardo Ferraro, Geraldo Alckmin, Belkis Fernandes, Fábio Meirelles e Monika Bergamaschi foram algumas das autoridades presentes ao evento.


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Circuito de Exposições

Por Pedro C. Rebouças

35ª Nacional

A Associação Brasileira de Criadores de Cavalos da Raça Mangalarga (ABCCRM) promoverá, entre os dias 19 e 29 de setembro, no Parque Doutor Fernando Costa, em Franca (SP), a 35ª Exposição Nacional do Cavalo Mangalarga. A programação da mostra incluirá, além dos julgamentos que elegerão os novos grandes campeões da raça, uma série de atrações como provas funcionais, leilões e atividades sociais. Este, aliás, será o segundo ano consecutivo que a maior mostra do Cavalo de Sela Brasileiro acontecerá em Franca. A excelente estrutura oferecida pelo município e o sucesso da edição anterior do evento foram dois pontos decisivos para deknir a escolha do Parque Fernando Costa como sede da Nacional 2013. Segundo o Diretor de Exposições da ABCCRM Paulo Francisco Gomes Della Torre, que também integra a comissão organizadora

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do evento, a comunidade mangalarguista encontrará este ano uma estrutura ainda melhor. “O parque passou por reformas e adequações que com toda certeza irão proporcionar uma infraestrutura ainda melhor tanto para o público como para os expositores e prokssionais que vierem a passar pelo parque durante os onze dias de atividades. Além disso, a programação também passou por ajustes para kcar ainda mais atraente para toda a comunidade mangalarguista.”

Programação movimentada A entrada dos animais no recinto de exposições acontecerá nos dias 19 e 20 de setembro. Por sua vez, os julgamentos tanto da classe geral como da classe de pelagens terão início na manhã do sábado 21 de setembro. Neste mesmo dia, às 17h, está marcada a cerimônia okcial de

abertura, durante a qual ocorrerá o tradicional deskle das bandeiras dos criatórios participantes. Em seguida, às 18h, o Núcleo Feminino Mangalarga promoverá um coquetel de recepção, cujo programa incluirá um leilão de coberturas em prol desta ativa representação da raça. No domingo (22), assim como no decorrer da semana, os julgamentos prosseguirão sempre no período das 8h às 18h. Já a noite da quinta-feira (26) promete ser muito movimentada. As atividades incluirão uma palestra de João Pedro Rodrigues (Coudelaria de Alter do Chão), às 18h, e o aguardado Jantar dos Criadores, que será organizado pelo Núcleo Feminino e promete proporcionar um agradável momento de confraternização à comunidade mangalarguista, incluindo ainda um leilão de barrigas em prol da ABCCRM.


Fotos: Norberto Cândido

Evento, que elegerá os Grandes Campeões Nacionais de 2013, oferecerá uma programação muito diversikcada para o público e para toda a família Mangalarga

Além disso, a sexta-feira (27) também reservará momentos especiais. Ao meio-dia, está marcada a apresentação do Carrossel Mangalarga, realizada pelas amazonas do Núcleo Feminino com inspiração nas tradicionais escolas de arte equestre da Europa. À noite, a partir das 21h, será a vez do Leilão Gênesis, organizado pela Fênix Leilões, movimentar o mercado da raça. As atrações, no entanto, não param por aí, pois a programação deste ano inovará com a realização da Festa Vip Mangalarga, a partir da meia-noite.

Função em alta A programação da 35ª Nacional também abrirá um importante espaço para as qualidades funcionais na raça. Na manhã do sábado (28), acontecerá a quarta etapa aberta do Campeonato Funcional Mangalar-

ga 2013. A prova contará com uma atraente premiação de R$ 30 mil para os competidores da categoria destinada aos cavaleiros mais experientes, a Aberta. Além disso, a competição terá a participação das categorias Mini-mirim, Mirim, Juvenil, Feminina e Amadora (Patrão). Já as disputas acontecerão na modalidade de Maneabilidade, prova que tem por knalidade demonstrar as aptidões do cavalo Mangalarga dentro de um circuito com obstáculos que simulam a lida do dia a dia no campo, exigindo, dessa maneira, agilidade, destreza e temperamento dos animais participantes.

Sistema de julgamento O momento mais aguardado da exposição ocorrerá, entretanto, na tarde do dia 28 de setembro, quando ocorrerão os julgamentos responsá-

veis por eleger os Grandes Campeões Nacionais da temporada 2013. Vale lembrar ainda que este ano haverá uma mudança no sistema de julgamento. Segundo a Circular 05/2013, nesta Nacional dois jurados serão responsáveis pelos julgamentos das categorias, sendo que um será o responsável pela análise do item andamento enquanto o outro kcará a cargo da avaliação morfológica dos animais participantes. Já o julgamento dos Campeonatos e Grandes Campeonatos de Andamento serão julgados pelo jurado de andamento. Por sua vez, os demais Campeonatos e Grandes Campeonatos serão julgados por consenso entre os dois jurados. Com 321 mil habitantes, Franca está situada a cerca de 400 quilômetros da capital paulista, na região Nordeste do estado de São Paulo, região conhecida por sua forte ligação com as origens do Cavalo de REVISTA MANGALARGA • Setembro/2013

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Programação Preliminar Quinta-feira

19/09/2013

07h00 as 18h00 –

chegada dos animais

Sexta-feira

20/09/2013

07h00 as 18h00 –

chegada dos animais

Sábado

21/09/2013

08h00 17h00 18h00

– – –

início do julgamento geral e pelagem abertura oficial cocktail Núcleo Feminino e leilão de coberturas em prol do Núcleo Feminino

Domingo

22/09/2013

08h00 18h00

– –

continuação do julgamento geral e pelagem happy hour camarote Mangalarga

Segunda-feira

23/09/2013

08h00 19h30

– –

continuação do julgamento geral e pelagem jantar de confraternização dos peões

Terça-feira

24/09/2013

08h00 18h00 19h00

– – –

continuação do julgamento geral e pelagem happy hour camarote Mangalarga prova na pista principal disputada em equipe e por haras

Quarta-feira

25/09/2013

08h00

continuação do julgamento geral e pelagem

18h00

happy hour camarote Mangalarga com Pizza

08h00

continuação do julgamento geral e pelagem

18h00

palestra Sr. João Pedro Rodrigues (Coudelaria Alter do Chão)

21h00

jantar dos criadores by Núcleo Feminino leilão de barrigas em prol da ABCCRM

08h00

julgamento dos campeonatos: geral e pelagem

12h00

carrossel Mangalarga pelo Núcleo Feminino

13h00

continuação do julgamento progênie de pai, progênie de mãe e conjunto de raça

18h00

apresentação leilão Gênesis

21h00

leilão Gênesis

24h00

esta VIP Mangalarga

09h00

campeonato funcional

11h00

prova mini mirim, mirim, juvenil, feminina e patrão

13h00

julgamento dos grandes campeonatos: geral e pelagem

Quinta-feira

Sexta-feira

Sábado

26/09/2013

27/09/2013

28/09/2013

encerramento oficial saída dos animais Domingo

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29/09/2013

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saída dos animais


Fotos: Norberto Cândido Vista geral da pista de julgamento da 34ª Nacional.

As pelagens novamente estarão em destaque no evento.

O Deskle das Bandeiras ocorrerá durante a abertura okcial.

O Leilão Gênesis promete movimentar o mercado da raça.

O público encontrará uma ótima estrutura no Parque Fernando Costa.

Sela Brasileiro. Dotada de uma pujante economia e conhecida como a capital nacional do calçado masculino, a cidade possui uma ampla rede de hotéis e restaurantes e é servida por boas rodovias e um aeroporto regional. Além disso, está perto de outros importantes centros urbanos, como Ribeirão Preto (SP) e

Uberaba (MG). Para obter uma cópia da Circular 05/2013, que apresenta todos os detalhes da 35ª Nacional, visite o portal www.cavalomangalarga.com.br . Já para ter informações adicionais consulte o Departamento de Exposições pelos endereços eletrônicos francisco.bezerra@abccrm.com.br,

landisberg.costa@abccrm.com.br, felipe.ferreira@abccrm.com.br ou pelo telefone (11) 3866-9866. Conkra na tabela que acompanha esta matéria a programação preliminar do evento, que, segundo a Comissão Organizadora, é uma pequena mostra da programação prevista, sujeita ainda a alterações. REVISTA MANGALARGA • Setembro/2013

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Circuito de Exposições

Por Carolina Rodrigues

Expô Araçatuba 2013 Foto: Mangalarga Style/Arquivo

Evento colocou a raça em destaque na capital nacional do boi gordo

A raça Mangalarga participa da Expô Araçatuba desde 1959.

A mostra mangalarguista contou com a participação de 72 animais.

O criador Adauto Quintanilha prestigiou a exposição na companhia da família.

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A comunidade mangalarguista novamente prestigiou a Expô Araçatuba. Foto: Divulgação

Foto: Divulgação

Maurício Galhanone (esq.) agradeceu a presença dos amigos mangalarguistas.

Foto: Divulgação

contou com o apoio da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos da Raça Mangalarga (ABCCRM) e do Sindicato Rural da Alta Noroeste. De acordo com Maurício Corrêa Galhanone, presidente do Núcleo da Alta Noroeste, o evento foi mais uma vez satisfatório, contando com atraentes premiações em dinheiro. “O balanço da exposição foi muito bom, a raça Mangalarga foi a única em julgamento, o que vem a comprovar a força do Mangalarga. A mostra foi muito bem divulgada fazendo com que tivéssemos uma boa repercussão na mídia. Além disso, a premiação de R$18 mil, distribuídos entre os participantes, foi uma

Foto: Arquivo

O Cavalo de Sela Brasileiro esteve entre os principais destaques de uma das mais importantes feiras do agronegócio paulista e brasileiro, a Exposição Agropecuária de Araçatuba, mais conhecida como Expô Araçatuba. Realizada no Recinto de Exposições Clibas de Almeida Prado, entre os dias 12 e 14 de julho, a Exposição Mangalarga Araçatuba (SP) novamente levou toda a beleza e versatilidade da raça ao público da capital nacional do boi gordo. A realização kcou a cargo do Núcleo Mangalarga da Alta Noroeste, entidade que há 18 anos organiza a mostra. Além disso, o evento

das melhores premiações da raça em exposições.” O cavalo Mangalarga está presente na Expô Araçatuba desde 1959, e é considerado uma das principais atrações do evento, fato esse que atrai grandes criadores e até proporciona o retorno de outros. Para Galhanone, a volta dos criadores Marco Valente Cintra e Cássia Valente Cintra foi motivo de felicidade. “Este ano, a mostra, além dos criadores de peso, atraiu a participação de novos criadores e a volta de Marco e Cássia Cintra, o que me deixou muito contente. Marco voltou com força e alcançou a terceira posição na disputa de melhor expositor.” Com um total de 72 animais, expostos por 13 criadores, o julgamento foi realizado com base na experiência dos jurados Eduardo Leite Cintra, no quesito morfologia, e Marcelo Boaro Junior, no item andamento. Para Eduardo Leite Cintra, é importante que a raça consiga abranger regiões mais afastadas do estado. “A Exposição de Araçatuba é muito importante porque estas regiões afastadas se tornam um polo de apoio para a expansão da raça Mangalarga.” Eduardo ainda ressaltou o clima agradável da mostra e elogiou a organização. “O evento foi muito bom, além da tropa com bom nível, o ambiente estava muito gostoso. Foi muito bem organizada pelo Maurício. A região estava um pouco parada, e muitos criadores estão voltando a participar”. Além da tradicional exposição, o evento também contou com o 2º Leilão Mangalarga dos Araçás. Realizado no dia 13, o evento contou com transmissão ao vivo, e atraiu compradores de todo o Brasil.


Por Carolina Campos e Luis Henrique de Oliveira Campos

Exposição de Palmeiras de Goiás Evento deu importante impulso à projeção da raça no interior goiano

O Núcleo Mangalarga de Goiás realizou no mês de Agosto a Exposição da Raça Mangalarga em Palmeiras de Goiás, durante a 26º Exposição Agropecuária de Palmeiras de Goiás e 5ª Regional do Equino, sendo promovida e organizada pela gestão do Prefeito Alberane Marques e Associação dos Criadores de Nelore de Palmeiras de Goiás, com o apoio do Núcleo Mangalarga de Goiás pelo Presidente Adalberto Borges Cunha e seus Diretores Leandro Canedo Guimarães, Luis Henrique de Oliveira Campos, Antonio Celso Ramos Jubé, Fabio da Veiga Jardim e Arédio Alves Neve. A presidente do Núcleo Mangalarga Brasília, Sueli Barbosa, também esteve prestigiando em peso a exposição, comprovando que a representação brasiliense é parceira leal em batalhas para incentivar os criadores da raça.

Entrega das homenagens para Fábio Fábio, Itamar Itamar, Alberane, Luis Henrique, Celso e Welber.

O evento reuniu uma tropa de muita qualidade.

Adalberto Borges Cunha, Ilair Tumelero, Antônio Celso Ramos Jubé, Villa Verde, Sérgio Gonçalves de Oliveira, José Júnior Araújo e Fábio da Veiga Jardim.

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Circuito de Exposições Antonio Jubé, Adalberto Cunha, José Jr. Dias de Araújo, Fernando Pessoa Catarino, Jorge Eustáquio de Miranda Araújo e Juliano Baiocchi Villa-Verde de Carvalho. A presença atuante do público querendo conhecer a raça trouxe muitas alegrias para os criadores que viram maiores possibilidades de demanda, tanto de produtos como de venda de coberturas. Ilustres representantes públicos também agregaram a esta festa que foi completa, a constância do Prefeito

Adalberto, Aracy Oliva e Welber.

Juliano, Fábio Juliano Fábio, Adalberto Adalberto, Alberane Alberane, Sueli Sueli, Fernando Fernando, Celso e Luis Henrique Henrique.

Sr. Alberane Marques e seu Vice Sr. Itamar Perillo com sua excelente comissão de trabalho nas pessoas de Welber Macedo – Presidente da Cooperativa de Palmeiras de Goiás e Presidente da Comissão de Equinos, Amanda Arantes - Secretária da Juventude Esporte e Lazer, Marcos Barbosa - Assessor de Comunicação, Eurípedes Amorim – Infraestrutura Rural, Eumar Alcantara (Bolão) – Desenvolvimento Urbano, Laurinda Darc – Secretária da Educação, Lucas Cardoso – Secretário

Adalberto Borges Cunha, Antônio Celso Ramos Jubé, Fábio da Veiga Jardim, Suely Maria Barbosa, Jorge Eustáquio, Villa Verde, Ilair Tumeleiro, José Júnior, Fernando Cantarino e outros com o técnico Sérgio Gonçalves de Oliveira. Antônio Celso Ramos Jubé e Roque Carlos Nogueira.

A cidade estev esteve completamente receptiva aos criadores cri mangalarguistas e simpatiz simpatizantes, esta parceria consolida a cada ano a projeção nacional esperada para a Exposição de Palmeiras de Goiás com o Cavalo Mangalarga. São Paulo esteve presente com sua tropa elitizada através da presença dos criadores: Armando Raucci, Nelson Antonio Braido e ZCM Agropecuária. Sendo que as regiões de Goiás e do Distrito Federal foram representadas pelos criadores Ilair Antonio Tumeleiro,

Vista geral do julgamento de morfologia da mostra goiana.

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de Administração, João Henrique – Assuntos Institucionais, Adriana Novaes – Assistência Social, Frederico Borges – Secretário de Finanças e demais auxiliares. O presidente do Núcleo Mangalarga de Goiás, Adalberto Borges Cunha e o Diretor Secretário Luis Henrique de Oliveira Campos, representantes do Núcleo com espírito de cooperativismo otimizando os trabalhos junto à Associação e à Prefeitura, conseguiram no somatório deste empenho o resultado que gerou o preenchimento imediato das vagas para a exposição, prevendo-se agora muitos mais frutos para o ano vindouro. A Juíza Aracy Oliva julgou 23 categorias, com opinião krme e extremamente dedicada ao julgamento, externou grande atenção aos exemplares julgados, bem como forneceu com ampla facilidade informa-

ções aos criadores e expositores. Associando a representatividade do gênero feminino com prokssionalismo e expansão da classe julgadora aos trabalhos crescentes a cada etapa do circuito nacional do Cavalo Mangalarga chancelada pela Associação Brasileira de Criadores de Cavalo da Raça Mangalarga. A Prefeitura fomentou a exposição, através de fornecimento de alimentação e estadia para os funcionários auxiliares dos expositores e com uma preocupação ao bem-estar animal, todos os cavalos receberam feno à vontade, minimizando assim problemas gástricos tão impertinentes que acometem os animais em traslados. O prefeito Alberane demonstrou nitidamente a vontade de exercer uma política que agrega valores à região como pólo competitivo na produção de pecuária. O almoço de confraternização e

encerramento do evento para 300 pessoas culminou em um saboroso churrasco, com a presença de Wilson Donizete, Presidente da Associação dos Criadores de Nelore, e o apoio inestimável de Rodolfo Sócrates. A comissão organizadora da Exposição homenageou todos os diretores do Núcleo de Goiás e ainda o criador Roque Carlos Nogueira (Mamão) representando os expositores de São Paulo, com um honroso troféu de participação especial. A promessa anterior dada pelo Presidente do Núcleo de Goiás, Adalberto Cunha, em que as próximas exposições serão sempre de superação, está se conkrmando. Mantendo a fala precursora que o Núcleo do Mangalarga de Goiás está aberto sempre para melhoria e expansão do cavalo de sela brasileiro, o Mangalarga merece cada dia mais prokssionalismo.

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Circuito de Exposições

Por Núcleo Riograndense

Eventos movimentam o Rio Grande do Sul

Fenasul e Expointer levam as qualidades do Cavalo de Sela Brasileiro ao público gaúcho Expointer é uma importante vitrine para as qualidades da raça.

Aconteceu de 16 a 19 de maio, a 26ª Exposição Sul Brasileira do Cavalo Mangalarga, dentro dos eventos: IX Fenasul e 36ª Expoleite, no Parque de Exposições Assis Brasil, em Esteio (RS), com a presença de 40 animais em julgamento morfológico e 16 animais em competição esportiva. O julgamento esteve a cargo do jurado Marcelo Boaro Júnior. O destaque do evento foi a disputa acirrada das provas de andamento tanto de fêmeas quanto de machos, demonstrando-se o grande crescimento em qualidade da marcha trotada da tropa. As atividades da raça em território gaúcho continuariam no km de agosto durante a 36ª Expointer. A participação do Cavalo de Sela Brasileiro neste aguardado evento do agronegócio brasileiro estava marcado para acontecer entre os dias 22 de agosto e 1º de setembro, coincidindo com o período de fe-

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chamento desta edição da Revista Mangalarga. Os julgamentos, por sua vez, estavam previstos para acontecer no tradicional Parque de Esteio, com a presença de animais provenientes dos estados de São Paulo, Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul. O julgamento morfológico estava previsto para o km de semana de 23 a 25 de agosto. Já durante a semana de exposição, considerada a maior da América Latina, ocorreriam as provas funcionais, culminando com a prova festiva em seis balizas de Cavalo contra Moto, no sábado 31 de agosto, à tarde. Após a prova festiva, estava marcado o sorteio do animal Maragato da Lagoa Branca (Vesúvio da Província x Itapuan do Suelloto), patrocinado pelo Núcleo Riograndense, aos doadores da campanha benemerente em prol da APAE, cujo slogan é: “Doe R$1,00 para a APAE de Sapucaia do Sul e participe

do sorteio de um puro sangue Mangalarga.” Outro momento muito aguardado do evento estava previsto para a noite da sexta-feira 30 de agosto com a realização do Leilão “8º Sela&Cria”, cujo início seria às 20h, na pista B do Parque Assis Brasil, com transmissão pela internet via canal do leilão (www.canaldoleilao. com.br), com os melhores animais do Sul do Brasil a correr do martelo. A Expointer é um grande momento de mostrar ao público presente (km de semana em torno de 120.000 pessoas) o Mangalarga, fomentando e difundindo a nossa Raça. Agradecemos antecipadamente a nossa Associação Brasileira pela viabilização, apoio e instrumentalização da Exposição, e aos diversos patrocinadores de provas e eventos. Conkra a cobertura completa da Expointer na próxima edição da revista Mangalarga.


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Haras em destaque

Haras Dom Rodrigo Referência absoluta na criação de cavalos da raça Mangalarga no Pará Nascido em Belém, Rodrigo Façanha, titular do Haras Dom Rodrigo, foi, aos 12 anos de idade, estudar no “Collège du Léman”, em Genebra, na Suíça. Fora a paixão adquirida pelos esportes de inverno, teve a oportunidade de ter contato intenso com vários esportes hípicos, uma vez que os suíços nutrem verdadeira paixão pelos esportes equestres. Assim, ao longo dos 6 anos que passou naquele País cursando o ‘High School’ , adquiriu enorme paixão por cavalos. De volta ao Brasil, após passagem por Nova Iorque e ter cursado Universidade em Boston, nos EUA, passou alguns anos na UNB, em Brasília, preparando-se para assumir carreira na área de Diplomacia, seguindo, assim, os passos de sua mãe, que foi Diretora do Departamento de Direitos Humanos na ONU. Não satisfeito na carreira Diplomática, largou tudo e foi para o Rio de Janeiro para fazer Pós Graduação em Comércio Exterior, e em seguida foi para São Paulo, trabalhar na Empresa de seu pai. Em São Paulo, costumava passar os kns de semana na Fazenda do pai, localizada na cidade de Passos (MG). Na Fazenda, o programa favorito era passar horas cavalgando com o garanhão titular do plantel de seu pai, o saudoso Mangalarga ‘Naipe CR’ (Samba JO em Birmania Mangalarga). Como ele também era o cavalo de sela favorito do pai, este logo tratou de presentear Rodrigo com um klho do Naipe CR, chamado Corcel. Satisfeito com o Corcel e incentivado pelo pai, Rodrigo resolveu dar início à própria criação, isso aos 23

Pavilhão de baias e escritório do Haras Dom Rodrigo.

anos de idade. Foi assim que, em Outubro de 1988, por meio de um anúncio no Jornal “Gazeta Mercantil”, soube do Leilão Okcial da Raça Mangalarga, que iria ser realizado num sábado. Sem hesitar, dirigiu-se na manhã daquele sábado ensolarado para o Parque de Água Branca a km de comprar uma ‘companheira’ para o Corcel, e dar início à própria criação. E assim, adquiriu a égua ‘Água Branca BD’, a primeira égua do Haras Dom Rodrigo. De volta ao Pará para seguir a vida independente dos negócios do pai, adquiriu uma propriedade na cidade de Castanhal, distante cerca de uma hora de Belém, e trouxe os cinco cavalos da raça Mangalarga que já possuía e que estavam em Passos. Era o ano de 1991, e Rodrigo kcava assustado ao perceber que a raça era totalmente desconhecida no Pará. Em viagem a São Paulo, reuniu-me com o então Presidente da ABCCRM, Sr. Ivan Aidar, e solicitou que fosse fundado o Núcleo Mangalarga do Pará. E assim, em Outubro de 1992, foi fundado o Núcleo Mangalarga do Pará. Após ampla e exaustiva divulgação, em pouco tempo já havia um grupo de criadores e resolveram partir para buscar um garanhão de

Ucrânia do AEJ está entre os destaques do plantel.

ponta para dar um impulso no incipiente plantel do Pará. Contando com a assessoria do Dr. Eduardo Marcchi, Rodrigo e amigos adquiriram, em leilão no antigo Palace, na capital paulista, o reprodutor Jásio OJC, animal que até hoje detém o recorde nacional de preço para um Mangalarga comercializado em leilão. Jásio OJC não deixou produção expressiva pois veio a falecer cedo, mas foi fundamental para kxar o nome e a imagem do Mangalarga no Pará. Sua apresentação okcial ao público paraense se deu num leilão

Vista geral do Haras Dom Rodrigo.

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Caio Mário Façanha montando Samara SRF.

O reprodutor chefe do Haras Dom Rodrigo DL Líbano da Alvorada.

Rodrigo Façanha e o garanhão Fantástico da Muguem.

de elite de um dos condôminos, o sr. Evandro Mutran, tradicional criador de Nelore. E Jásio OJC fez a abertura okcial do leilão, em cena verdadeiramente cinematográkca, e foi capaz de ser aplaudido de pé por cerca de 800 pessoas que lotavam o recinto particular dentro do Haras Mutran, também localizado na cidade de Castanhal. Estava ali consagrado o nome da raça Mangalarga no Estado do Pará. Com o passar dos anos, o Haras Dom Rodrigo foi crescendo e tornando-se referência absoluta na criação de cavalos da raça Mangalarga no Pará. Hoje, com 20 anos de tradição, possui um plantel com 22 matrizes e três garanhões titulares, sendo eles: DL Líbano da Alvorada; Rebelde da Sabaúna e Fantástico da Muguem. Das matrizes destaque de plantel, pode-se citar a matriarca da tropa ‘SRF’ (Sampaio Rodrigo Façanha), a inesquecível Bugrinha das Três Fronteiras (in memorian); Pakera Três Rios; Legendária ATR; Persa SRF; Paola SRF; Samara SRF; Calena SRF; Conquista UN; Hungria NLB; Havana NLB; Ucrânia do AEJ, dentre outras. O Haras Dom Rodrigo não consegue reter a produção anual de cerca de 15 potros, em virtude da forte demanda existente por esses animais. De maneira a fomentar e incentivar novos criadores, costuma ceder os potros(as) reservas absolutas. Sem isso, dikcilmente o Mangalarga conseguiria obter algum crescimento, uma vez que os grandes criatórios da raça estão

muito distantes do Pará e região. Buscando sempre a excelência em andamento, aliado à versatilidade e à rusticidade necessárias para a lida intensa com o gado, sem deixar de lado a beleza zootécnica e morfológica, atributos inerentes à Raça, o Haras Dom Rodrigo vem colecionando inúmeros títulos e campeonatos nas exposições regionais e nacionais da raça. Foi o primeiro criatório do Norte do Brasil a participar de uma Exposição Nacional com um animal de sua própria criação, o potro Chronos SRF, 3° Prêmio Potro Maior, num páreo de oito potros, na Nacional de 1995, no CMB, em Piracicaba (SP), e que, com o falecimento prematuro de Jásio OJC, viria a tornar-se garanhão chefe do Haras. Hoje, com muito orgulho, Rodrigo Façanha tem animais com o sukxo ‘SRF’, nascidos no Haras Dom Rodrigo, espalhados por todo o Pará e presentes também em vários estados do Brasil. E dentro do trabalho de divulgação do Mangalarga, Rodrigo realizou o primeiro leilão internacional da Raça, onde, no ‘I LEILÃO HORSE SHOW DE CASTANHAL’, realizado em 2011, teve um dos lotes do leilão vendido para a Turquia. No ano de 2009, Rodrigo Façanha teve uma de suas maiores alegrias, ao fechar aquele ano como 13° Melhor Expositor da Raça, segundo Ranking da ABCCRM. Criador numa região isolada do Brasil, distante dos grandes centros, tal

feito foi uma demonstração clara de que o trabalho de seleção está no caminho certo, e onde o andamento e a função são as palavras de ordem na seleção do Haras Dom Rodrigo. “Mais do que uma paixão, a criação de cavalos Mangalarga proporcionou momentos de lazer e união para a família, e a conquista de novas e importantes amizades, não só no Pará, mas pelo Brasil e pelo mundo afora. Sem dúvida, o cavalo Mangalarga é membro importante e indispensável da família”, akrma Rodrigo Façanha. E sem esquecer os fortes laços que o unem à Diplomacia, e com a facilidade de falar luentemente quatro idiomas, Rodrigo Façanha trabalha intensamente para divulgar o Mangalarga pelo Mundo. Fundou o grupo ‘MANGALARGA - BRAZILIAN SADDLE HORSE’, no Facebook, grupo este composto com pessoas dos cinco continentes. E criou o Projeto Tsunami Mangalarga, com o intuito de fomentar a raça pelo Norte e Nordeste do Brasil, e pelo mundo afora, com foco maior na realização de um leilão da Raça Mangalarga em Dubai, nos Emirados Árabes Unidos.

Rodrigo Façanha e seus klhos Caio Mário Façanha e Rafael Façanha.

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Mercado & Finanças

Por Pedro C. Rebouças

Ftos: Norberto Cândido.

Pérolas Mangalarga Segunda edição do evento, realizada durante a Exposição de Guaxupé, obteve a cotação média de R$ 35,8 mil

Sérgio (esq.) e Celso Paoliello (dir.) agradecem a participação dos amigos mangalarguistas.

Um público de 340 pessoas acompanhou o leilão.

O Haras Cerávollo Paoliello, localizado no município mineiro de Guaxupé, foi o palco de um importante momento do mercado da raça no bimestre que passou, o Leilão Pérolas Mangalarga. O evento, promovido pelos irmãos Celso e Sérgio Cerávolo Paoliello, titulares da fazenda São Luís Gonzaga, aconteceu na noite do sábado 6 de julho e foi um dos destaques da programação da Exposição Mangalarga de Guaxupé. Segundo Josué Cunha, diretor da Fênix Leilões, empresa leiloeira que coordenou os trabalhos, o remate negociou 29 lotes, alcançando a expressiva cotação média de R$ 35,8 mil. Além disso, 340 mangalarguistas estiveram presentes ao leilão enquanto outras 290 pessoas o

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REVISTA MANGALARGA • Setembro/2013

acompanharam por meio do portal de internet da TV Leilão. Ainda de acordo com Josué Cunha, o lote mais valorizado da noite foi composto pela matriz alazã Carolina R.A.A. (DL Uruguai da Alvorada em Lena R.A.A.), ofertada pelo criador convidado Ricardo Augusto Alonso e adquirida pela Morro Agudo Serviços e Participações. Por sua vez, a potranca alazã Elis Vargedo (T.E.) produto de Topázio J.O. em Quenga Vargedo e proveniente da seleção de Luiz Henrique Souza Ribeiro, obteve a segunda maior cotação do evento, sendo ad-

quirida por Luiz Toledo. “O evento foi realmente extraordinário. Os muitos mangalarguistas que compareceram ao evento foram recepcionados de forma espetacular pelo anktrião Celso Paoliello. É a Fênix promovendo, cada vez mais, o encontro de amigos”, destaca Josué Cunha. O Leilão Pérolas Mangalarga contou ainda com a condução do leiloeiro rural Marcelo Junqueira e com a assessoria técnica de João Quadros, João Tolesano, André e Silas Freire, Família D’Angieri e Geraldo Castro Filho (Gereba).


VENDA PERMANENTE DE PRODUTOS E COBERTURAS

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Mercado & Finanças

Por Pedro C. Rebouças

Leilão dos Araçás A segunda edição do Leilão Mangalarga dos Araçás, que aconteceu no dia 13 de julho, nas dependências do Recinto de Exposições Clibas de Almeida Prado, foi um dos destaques da programação da Exposição Mangalarga de Araçatuba (SP). Promovido pela Fazenda São José, com a participação de outros 16 tradicionais criatórios da raça, o remate superou a edição anterior do evento, registrando a cotação média de R$ 16 mil. Para Maurício Corrêa Galhanone, titular da Fazenda São José e presidente do Núcleo Mangalarga da Alta Noroeste, o evento foi muito bom e diversikcado. “O leilão obteve boa liquidez, quem queria vender, conseguiu. Também foi muito eclético, havia um bom número de machos e fêmeas de destaque.” A receita passou dos R$ 400 mil disseminados entre compradores do Acre, Goiás, Paraná e São Paulo. “Um ponto forte do leilão foi ter dado abertura para outros criadores participarem, houve um novo comprador do Paraná que adquiriu vários animais. Além disso, o evento foi transmitido ao vivo, o que ajudou na repercussão a nível Brasil” garantiu Maurício. O lote mais valorizado foi composto pela égua Camille da Araxá (T.E.), seguida de Carrara da Araxá

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Foto: Divulgação

Novos compradores e boa liquidez asseguraram o sucesso da segunda edição do evento

Camille da Araxá foi o destaque do leilão.

(T.E.), ambas da renomada criadora Josiane Cardoso Matta Vidotti, arrematadas pela Central Leilões, leiloeira do evento. Maurício ressaltou ainda que a resistência de comercializar machos não impediu o sucesso da arrematação. “A maior dificuldade hoje para todas as raças, inclusive para a Mangalarga, é

a dificuldade de comercializar machos, e no Leilão dos Araçás quase 100% dos machos foram comercializados.” Ainda segundo o promotor do leilão, o ingresso de novos criadores e o crescimento nas provas esportivas, como as competições funcionais, contribuíram para um melhor resultado.

Maurício Galhanone (dir.) recepcionou a comunidade mangalarguista.


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Mercado & Finanças

Por Pedro C. Rebouças

4º Leilão Aliança de Raças

Um ótimo público prestigiou a quarta edição do leilão.

Mario Barbosa e o anktrião José Oswaldo Junqueira.

A Fazenda Palmitos, localizada em Orlândia (SP), foi palco da quarta edição do Leilão Aliança de Raças. Promovido pelos criadores Geraldo Diniz Junqueira e José Oswaldo Junqueira, com a coordenação da Marcelinho Leilões, o evento aconteceu na tarde do sábado 20 de julho, integrando a programação do Concurso do Cavalo Completo Mangalarga, evento que homenageou o criador Geraldo Diniz Junqueira. O leilão - que promoveu o encontro entre dois importantes elos da cadeia produtiva da carne, a raça equina Mangalarga e a raça bovina Nelore - movimentou uma receita total de R$ 570,1 mil, segundo a Marcelinho Leilões. Os 42 lotes alcançaram, por sua vez, a cotação média de R$ 13,6 mil. Ainda de acordo com a empresa leiloeira, os 28 lotes da raça Mangalarga incluíram oito potros, três potras, quatro cavalos, 12 éguas e um embrião, cujo valor médio foi de R$ 14,1 mil, gerando uma movimentação knanceira de R$ 397,3 mil. Nesse contexto, as três potras negociadas foram o principal destaque do evento, alcançando a cotação média de R$ 24,4 mil e movimentando R$ 73,2 mil. Entre os bovinos, a média alcançada com a negociação de 13 lotes - compostos por quatro bezerras, quatro novilhas, uma vaca, três vacas paridas e um embrião - foi de R$ 12,6 mil, enquanto o total movimentado foi de R$ R$ 164,4 mil. Além disso, o remate negociou um muar pelo valor de R$ 8,4 mil. Mais informações sobre o 4º Leilão Aliança de Raças podem ser obtidas pelo com a Marcelinho Leilões pelo endereço eletrônico marcelinholeiloes@marcelinholeiloes. com.br.

Fotos: Norberto Cândido.

As potras alcançaram as melhores cotações desse remate que uniu dois protagonistas da cadeia produtiva da carne, as raças Nelore e Mangalarga

Mario Barbosa e Geraldo Diniz Junqueira.

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Por Paulo Eduardo Corrêa da Costa

5º Leilão Celebridades Evento reuniu a comunidade pampa no Haras Lagoinha

Utopia do Pec compôs o lote mais valorizado do leilão.

Com faturamento superior a R$ 1 milhão, o 5º Leilão Celebridades ocorreu em 29 de junho último e foi um absoluto sucesso. Essa foi a primeira vez que o evento foi realizado no Haras Lagoinha de Marisa Iório e Paulo Eduardo Corrêa da Costa, os quais compuseram com Guilherme Piza Saad, Eduardo Figueiredo Augusto e Rogério Câmara Nigro o quarteto organizador que ao lado de nove vendedores convidados disponibilizaram um total de 48 lotes. Compareceram ao leilão mais de 680 pessoas e, como sempre ocorre nos eventos do Haras Lagoinha, houve uma recepção diferenciada com café da manhã, coquetel organizado por bartenders, almoço de gala com vários pratos e farta variedade de sobremesas, uísque importado, champanhe, vinhos tintos, vinhos brancos e licores diversos, tudo isso acompanhado por um competente conjunto musical. Um evento sempre esperado no calendário da pelagem pampa.

Homenagem ao pilar Monteblanco do Pec.

As potras de Zagros do PEC brilharam no evento.

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Fotos: Marisa Iório

Mercado & Finanças


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A média alcançada foi de R$ 23.750,00, considerada um grande sucesso se for levado em conta que a grande maioria dos lotes era de potras e potros entre 18 e 22 meses. Também é importante registrar

A comunidade pampa sempre confraternizando.

O criador Paulo Eduardo Corrêa da Costa.

O Leilão Celebridades contou com 680 pessoas.

Marisa Iório recepcionou a comunidade mangalarguista no Haras Lagoinha.

O evento teve o patrocínio da Mitsubishi Motors.

Paulo e organizadores durante a quinta edição do evento.

No início do remate, houve a apresentação do Monteblanco do PEC, um dos pilares melhoradores da seleção contemporânea da pelagem pampa, o que emocionou todos os presentes.

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que as aquisições foram feitas por 39 compradores diferentes, sendo que apenas quatro deles compraram mais de um animal e 17 deles eram novos compradores que estavam fazendo sua primeira ou segunda aquisição. Nesse contexto, a liquidez dos animais de pelagem pampa sempre surpreende, uma vez que todos os animais de pouca idade, assim como todos os machos, são sempre vendidos dando sustentáculo à continuidade da criação pampa. Os melhores preços do leilão foram para as poucas éguas ofertadas, como Utopia do PEC (Monteblanco do PEC X Oferenda da Janga), adquirida por Roberto Pilnik por R$ 31.360,00, e Zâmbia do PEC (Quebec do PEC X Inglesa do Damo), adquirida por Cláudia Regina dos Santos por R$ 29.120,00, ambas vendidas pelo Haras Lagoinha. Destaque também para Turquia da Araxá (TE), vendida a R$ 32.000,00 por Celso Cerávolo Paolielo a José Roberto Angelim que voltou a criar Mangalarga no leilão Celebridades. Já entre os machos, os destaques foram os animais Álamo do PEC e Jaguar do Orgin, ambos vendidos por R$ 32.000,00 pelos criadores Guilherme Pizza Saad e Rogério Câmara Nigro, respectivamente para Jéferson Camilo de Oliveira e Juliano Garcia Barbosa. Seguindo a tendência atual, os embriões e barrigas de éguas pampas, foram adquiridos em média por R$ 22.000,00 cada uma. O destaque maior, no entanto, kcou com as coberturas, que tiveram uma oferta a preço kxo, especialmente para o evento. Assim, foram vendidas oito coberturas do Zagros do PEC a R$ 7.680,00 cada uma e nove coberturas do Zatec do PEC a R$ 3.200,00 cada uma, comprovando o grande interesse que a genética da marca PEC vem despertando nos pampistas. Com toda essa organização e sucesso, só podemos esperar que esse evento se repita todos os anos.


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Mangalarga Colorido

Fotos: Divulgação.

1ª Expo Preto

Evento inédito comprovou a qualidade do plantel das pelagens preta e zaina na raça Mangalarga O Condomínio Palmeiras Imperiais, localizado no município paulista Itu, recebeu no sábado 20 de julho um inédito evento da raça Mangalarga, a 1ª Expo Preto. O evento, promovido pelos criadores Rodrigo Paradeda Nunes, Fernando Paludo e Leonardo Augusto, com o apoio da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos da Raça Mangalarga (ABCCRM), teve como principal objetivo o fortalecimento da seleção das pelagens preta e zaina dentro do universo mangalarguista. O sucesso alcançado nessa primeira mostra motivou os organizadores a programarem uma segunda edição do evento. Ela acontecerá nos dias 9 e 10 de novembro, novamente no Condomínio Palmeiras Imperiais (antigo Haras OJC), incluindo em sua programação o Leilão Expo Preto & Pelagens Especiais. Conkra a seguir alguns depoimentos sobre a 1ª Expo Preto.

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Abertura da Festa com deskle das bandeiras do Mangalarga e do Brasil e com a participação da comissão organizadora. ça CA tra RO . do da nsitór a g mu ia da lar Ma à G Sérgio Francisco Nunes (Manga do rand a i l é e Cam peã de Andamento Brom

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A Grande Campeã de Andamento Bromélia do Mamu na foto com Eduardo F.Augusto, seu proprietário Edson Daldon, Rodrigo Paradeda Nunes, Guilherme (montado) e Fernando Paludo.

Rodrigo Paradeda Nunes “As expectativas foram superadas. Tenho certeza que não só as nossas como também as de todos que prestigiaram, expondo ou mesmo visitando o local e passando um dia agradável com a família e amigos. Foi o ponta pé inicial para que nosso projeto alcance o objetivo que é fortalecer a pelagem preta tanto apreciada por todos, no que se diz respeito à comercialização e à valorização e também para pensarmos desta mesma forma nas outras pelagens de nossa Raça.” “O nível da pelagem preta é muito bom. Existe um percentual de animais do mesmo nível do Alazão e que estão escondidos nos haras em todo o País. Um dos motivos de se organizar uma exposição é exatamente isso, fazer com que estes animais apareçam. É claro que esse número é reduzido e que com o tempo, despertando-se o interesse dos criadores de Alazão em possuir no seu plantel animais pretos, teremos o avanço desta qualidade. Tenho certeza que a Expo Preto colaborará com a seleção desta pelagem.” “Existem criadores de Pam-

pa que possuem éguas pretas no plantel para que se possa buscar o Pampa de Preto, que, sem dúvida nenhuma, no mercado do Pampa é a cor mais valorizada. É importante ressaltar que queremos que a pelagem Preta evolua na qualidade e não somente em quantidade, pura e simplesmente para que se tenha um animal preto. Os criadores precisam analisar muito bem os cruzamentos pois, se um cruzamento de Preto x Preto ou até mesmo de Preto x outra pelagem não resultar em um produto desta pelagem, terá um animal de qualidade de outra cor.” “Já está marcado para os dias 9 e 10 de novembro a 2ª Expo Preto e o Leilão Expo Preto & Pelagens Especiais no mesmo local. Faremos a segunda edição do Leilão Barrigas Negras que no ano passado foi feito em um formato virtual e que desta vez será presencial, com a maioria dos animais comercializados participando da exposição. Serão aproximadamente 30 lotes de animais pretos e zainos de qualidade indiscutível com potencial altíssimo para reprodução e pista. Quanto às perspectivas para a 2ª Expo Preto, são as mais positivas possíveis. Tenho certeza que teremos um número maior de animais inscritos.” “Gostaria de ressaltar ainda o número de expositores e animais


inscritos na 1ª Expo. Foram 16 expositores e 32 animais inscritos, o que na opinião dos organizadores foi muito expressivo por se tratar de tão rara pelagem. Tenho certeza que todos que lá estiveram saíram satisfeitos com o que viram e nossos objetivos foram alcançados. Gostaria de agradecer de coração a todos os envolvidos e em especial ao meu sócio Fernando Paludo e ao amigo Leonardo Augusto (Haras EFI) que acreditaram no projeto e que não mediram esforços para que tudo desse certo. Se pudesse resumir o evento em apenas uma palavra, ela seria SUCESSO. Esperamos todos na próxima.”

Leonardo Figueiredo “Sem dúvida nenhuma, esse dia 20 de Julho de 2013 kcará marcado na minha vida! Além de apaixonado pela raça, e admirador da pelagem preta, com muito orgulho digo que a ‘1ª Expo Preto’ superou todas as expectativas. Nos preocupamos com todos os detalhes, desde a escolha do lugar, o formato do julgamento (mais didático), a comida típica, a logística dos espaços, os fornecedores, os apresentadores, os parceiros, o número de animais, os patrocinadores, as regras do Condomínio, as exigências, as documentações necessárias, as burocracias, etc.” “Passamos por algumas dikculdades e momentos delicados para que a ‘Nossa Festa’ fosse realizada. Rodrigo Paradeda Nunes,Toti e Carolina Signorini

O público começa a chegar por volta das 9h da manhã. Rodrigo Paradeda Nunes, André Fleury (jurado) e Fernando Paludo.

Manuela montando Suíça RPN e sendo admirada pelo público na arquibancada.

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Muitos contratempos surgiram, dikculdades, reuniões, enkm... Talvez esses ingredientes tenham sido parte importante para sentir esse gostinho especial.” “Até mesmo as nuvens e a chuva que rodeavam a região deram lugar ao Sol. Foi um dia fantástico, onde kz novos amigos, reencontrei outros que há muito tempo não via, e vivi toda a adrenalina e ansiedade de uma exposição normal. A grande diferença é que não era uma exposição normal, era a primeira exposição de animais com Pelagem Negra da Raça Mangalarga!” “É obvio que algumas ‘falhas’ nós tivemos, até pela nossa experiência (zero) neste tipo de evento, e principalmente por não contar com um número tão signikcativo de pessoas presentes (aproximadamente 400). Mas no knal acho que o saldo foi bem positivo.” “Aos parceiros, convidados, expositores e amigos que estiveram conosco neste dia kca aqui o meu muito obrigado! E do fundo do meu coração espero que vocês tenham passado um dia agradável!” “Ao meu grande amigo Rodrigo Paradeda, kcam aqui os meus cumprimentos e meus ‘Parabéns’ por ter idealizado e realizado este Evento! Que tenha sido apenas o primeiro de todos os próximos, e conte comigo para os próximos!” “Um forte abraço de um mangalarguista apaixonado pela raça!”

Sergio Rodrigues de Almeida “A Expo Preto foi muito importante para mim e para todos os criadores de Mangalarga. Já era tempo de destacarmos a pelagem preta, que é tão linda e ao mesmo tempo tão rara. Como criador, sou apaixonado pela pelagem preta e quando fui convidado para participar deste evento pelos amigos Rodrigo Paradeda e Fernando Paludo, aceitei na hora. O evento foi realizado com grande competência, carinho e organização e tenho certeza que é só o início de uma grande jornada. Quero deixar aqui os meus parabéns aos organizadores deste lindo evento.”

Ruth Vilella de Andrade “Tarefa nada fácil descrever tão especial ideia, materializada em uma belíssima exposição. Pessoas alegres, criadores animados e o que mais me impressionou foram “os aplausos”, sim, esses, para mim, me remeteram à minha in-

fância e adolescência quando frequentava com meu pai as exposições espetaculares de nosso amado Mangalarga.” “Os animais, surpreendentemente acima da média. Com morfologia e andamentos espetaculares. Vivenciei duas cenas inesquecíveis com dois dos garanhões presentes, que realmente me surpreenderam deveras. Mansidão, inteligência e docilidade impressionantes.” “A acolhida, a amizade e o carinho dos organizadores Rodrigo, Leonardo (EFI) e Fernando me deixaram realmente emocionada. Era como estar vivenciando 40 anos atrás... Gente do bem e apaixonada pela raça Mangalarga, muito mais do que por simples troféus.” “Parabéns, parabéns e parabéns, vocês deram um show de empreendedorismo, marketing e paixão pelo cavalo Mangalarga Preto. Fiquei muito feliz em poder participar desta ExpoPreto, e peço a Deus que lhe dê forças e destemor para que vocês continuem, pois nossa raça precisa disto. De Gente que Faz!”

Julgamento do Grande Campeonato Potranca.

Israel Iraídes da Costa “A 1ª Exposição da Pelagem Preta, realizada em Itu (SP), foi um grande sucesso como festa, como organização e como confraternização entre os criadores. Tivemos um dia muito bonito para abrilhantar ainda mais o evento. Parabéns, Rodrigo. Você foi o grande responsável por esta realização, tomara que possamos participar em muitas outras. Mais forte abraço em nome da HIC Agropecuária.”

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Manuela V. Paradeda Nunes, klha de Rodrigo Paradeda Nunes e Angélica Nunes.

Angélica Nunes, Manuela P. Nunes e, ao fundo, Leonardo Augusto (EFI) trabalhando.


Radar Equestre

Por Pedro Rebouças

Radar Equestre 3_cavaleiro voador

Foto: Raul S. Almeida Prado

Um breve panorama das notícias que movimentam o setor

Arquearia Montada 1 A Villa Cavalcare, localizada em Goiânia (GO), está iniciando um projeto de arquearia montada. E para começar com grande estilo, realizou em agosto uma clínica da modalidade com o renomado arqueiro tcheco Lukas Novotny. Fundador e Presidente da Associação Pan Americana de Arquearia Montada, Novotny foi discípulo do afamado arqueiro Kassai Lajos. Vale lembrar que em estada anterior no país, quando visitou o Projeto Raízes, de Raul S. de Almeida Prado, Novotny pôde comprovar a aptidão do Mangalarga para a arquearia montada. Ágeis, dóceis e dotados de notável equilíbrio psicológico, os exemplares da raça demonstraram rapidez na aprendizagem e muita habilidade para a prática desse esporte de origem milenar. Arquearia Montada 2 A comunidade mangalarguista também já esteve presente em uma importante competição da modalidade, o Al Faris International Horseback Archery Competition. No evento, promovido pelo rei da Jordânia,

Abdullah Ii Ibn Al Hussein, em junho de 2011, o Brasil esteve representado pelo mangalarguista Fernando Almeida Prado. Na ocasião, o jovem cavaleiro, klho de Raul de Almeida Prado, teve oportunidade de competir e desfrutar da companhia de outros 36 arqueiros, provenientes de 15 diferentes países. Encontro Internacional A Universidade do Cavalo promoverá, nos dias 20, 21 e 22 de setembro, a décima primeira edição do Encontro Internacional de Horsemanship. O objetivo do evento, que ocorrerá na sede do centro de ensino, na fazenda Chaparral, em Sorocaba (SP), é compartilhar conhecimento e levar o bom horsemanship às pessoas, por meio de demonstrações práticas conduzidas por prokssionais de alto nível provenientes de várias partes do mundo. Informações no portal www.cavalomangalarga.com.br . Cavaleiro que voa A 58ª Festa do Peão de Barretos contará com um visitante ilustre, o francês Lorenzo, conhecido na

Europa como o ‘cavaleiro que voa’. Numa parceria krmada entre o Clube Os Independentes e a representante da Equitana no Brasil, Patrícia Opik, foi viabilizada a vinda do artista este ano, para que ele conheça o evento e veja tudo que precisa para a realização de um show na arena da festa. As negociações foram iniciadas durante a Equitana, quando diretores do Clube foram conhecer a feira e o famoso show equestre apresentado pelo artista. Expo Cavalos O Parque da Água Branca, na capital paulista, novamente receberá a Expo Cavalos. O evento, que acontecerá de 26 a 29 de setembro, além de fomentar a criação de equinos, tem o objetivo de estimular a prática dos esportes hípicos e do turismo equestre. Segundo o Instituto Equus Brasil, a programação incluirá palestras, seminários, lançamentos de livros, exposição de arte equestre, salão infantil, espetáculos hípicos e ainda um concurso de fotograka de cavalos. Para conhecer a programação completa acesse o portal www. expocavalos.com.br. REVISTA MANGALARGA • Setembro/2013

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Lazer & Cultura

Cavalgada na Patagônia Argentina Roteiro proporciona um momento especial de imersão na natureza privilegiada da região mais austral das Américas

Nada melhor do que terminar o ano com o pé no estribo, cavalgando num dos lugares mais bonitos do mundo, a Patagônia. Ela é tão bonita no Chile quanto na Argentina, país aonde se estende desde a região de Bariloche até o extremo sul do continente. A cavalgada em Ushuaia (também conhecida como Fim do Mundo) sai do Centro Hípico, sobe as montanhas que margeiam o Canal de Beagle, cruza rios, bosques e atravessa pontes rudimentares. No topo da montanha, aonde os ventos são fortes e cortantes, os cavaleiros são brindados com uma vista espe-

tacular para a cidade de Ushuaia e o Canal de Beagle, tendo por pano de fundo a Cordilheira dos Andes. Depois de dois dias cavalgando em Ushuaia, os cavaleiros e amazonas seguem para El Calafate, destino turístico consagrado por seu Glaciar – Perito Moreno. Os dias nessa época do ano são longos na região, (com luz até as 11h da noite) e isso proporciona um espetáculo à parte, quando ao knal do primeiro dia, ao chegar ao alto do Cerro (montanha) Frias, depois de passar por trechos cobertos com neve, se descortina uma vista impressionante com as cordilheiras

Foto: Cavalgadas Brasil.

Os longos dias do km do ano permitem desfrutar ainda mais o passeio.

Foto: Cavalgadas Brasil.

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O saboroso cordeiro patagônico é outra das atrações da região.


Foto: Mario C. Ptasik. As belas paisagens do “Fim do Mundo” acompanham os cavaleiros. Cavalgar pela Patagônia é uma experiência inesquecível.

Paulo Junqueira Arantes Diretor da Agência Cavalgadas Brasil paulo@cavalgadasbrasil.com.br www.cavalgadasbrasil.com.br

Os participantes são brindados pelos deslumbrantes cenários do ponto mais austral do continente. Foto: Cavalgadas Brasil.

Algumas travessias proporcionam sensações únicas de contato com a natureza selvagem.

radores da região, e a oportunidade de ter uma relação muito estreita com nossos cavalos. Ao knal a alegria de ver que os obstáculos foram superados, e conseguimos fazer uma cavalgada na natureza privilegiada da Patagônia, que sem dúvida é uma das melhores experiências que qualquer um pode ter na vida.

Foto: Cavalgadas Brasil.

Foto: Cavalgadas Brasil.

chilenas e suas famosas Torres Del Paine de um lado, e o Glaciar Perito Moreno do outro. A cavalgada segue por mais dois dias de aventura e imersão na natureza privilegiada da Patagônia. Algumas travessias proporcionam sensações únicas de contato com essa natureza ainda tão selvagem. Os cavalos ajudam muito, são fortes e rústicos, acostumados com o terreno, aonde passam parte do ano soltos em campos e montanhas cobertas de neve. Foram vários os dias em que enfrentamos desakos, numa aventura aonde tivemos contato com os mo-

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Momento Social

Fotos: Norberto Cândido.

Copa de Andamento de Londrina 9 a 11 de agosto de 2013

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Fidelidade Mangalarga


Momento Social

Fotos: Norberto Cândido.

Festa da Família Mangalarga Foto: Pedro Rebouças

8 a 11 de agosto de 2013

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Fotos: Norberto Cândido.

Leilão Pérolas Mangalarga 6 de julho de 2013

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Momento Social

Exposição Mangalarga de

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Fotos: Norberto Cândido.

Guaxupé 5 de julho de 2013

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Momento Social

Exposição de São João da Boa Vista 17 de julho de 2013

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Fotos: Norberto Cândido.


Fotos: Norberto Cândido.

Copa de Andamento de Jaú 27 de julho de 2013

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Momento Social

Fotos: Norberto Cândido.

Concurso do Cavalo Completo 19 de julho de 2013

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REVISTA

Med. Vet. Responsável Reinaldo Micai: 11- 9.9709-4988 11- 7888-7062 Nextel - 89*10867 Email: micaivet@bol.com.br

Mangalarga Tel.: 11 3866-9866 Norberto Cândido norberto.candido@cavalomangalarga.com.br


Índice de Anunciantes

Revista Mangalarga – Edição de Setembro

Grupo Intermédica

Haras e Fazenda Boa Vista

JLC Projetos

Página 2

Páginas 38 e 39

Página 75

Haras Três Rios

Haras Mangabaia

Haras Clareira

Pág. 5

Página 41

Página 79

II Leilão Horse Show Castanhal

Fazenda Utopia

Fazenda São José

Página 7

Página 43

Página 81

Leilão Genesis

Metalúrgica Roy

Haras EFI

Página 11

Página 45

Página 83

Haras HEF

CASS Mangalarga

Haras Vegas

Página 13

Páginas 46 e 47

Página 85

Leilão Expo Preto

Mangalarga Patriota

Estância Remaza

Página 19

Página 51

Página 87

Vetnil

Haras Gadu

Universidade do Cavalo

Páginas 52 e 53

Página 93

Haras Pitanga

Fazenda Nata

Ferraduras Brasil

Página 23

Página 57

Página 93

Fazenda São Pedro

Fazenda Anauê

Marcelo Prandini

Página 25

Página 61

Página 93

Vansil

Haras Otnacer

Haras Embira

Página 63

Página 93

Sítio Santa Elvira

Espinhaço Agropecuária

Haras Forsteck

Página 33

Páginas 68 e 69

Página 107

Leilão Dia de Campo 400

Aplicativo Mangalarga

ZCM Agropecuária

Página 37

Página 73

Página 108

Página 21

Página 31

Para anunciar ligue: 11 3866-9866 / 9 9449-4341 (Tratar com Norberto)




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