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Trio de Talento

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Cidade Alerta

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Os irmãos Maria Fernanda, Maria Eduarda e Luiz Fernando conquistaram a todos com suas apresentações durante a copa virtual promovida por Dalva Marques

Por Pedro C. Rebouças

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Um trio de jovens e promissores mangalarguistas cativou a todos que acompanharam a copa virtual de apresentadores promovida pela treinadora, apresentadora e jurada de marcha Dalva Marques. Realizada no início de julho, a disputa contou com concorridas batalhas entre apresentadores de equinos e muares de marcha.

O trio em questão é composto pelos irmãos Maria Fernanda S.S. Haddad, de 15 anos, Maria Eduarda S.S. Haddad, de 12 anos, e Luiz Fernando S.S. Haddad, o caçula da família com sete anos, todos filhos do premiado treinador e apresentador Luiz Antônio Haddad, que integra a equipe do Haras Lagoinha, de Jacareí (SP).

Além de protagonizarem concorridas disputas com os vídeos de suas apresentações, nas quais exibiram sua equitação e a marcha dos animais da raça, os jovens mangalarguistas também conquistaram a todos por seu empenho nas redes sociais, estimulando a participação e pedindo votos aos amigos e aos admiradores do cavalo Mangalarga.

De acordo com o pai das crianças, assim que souberam da competição e receberam o convite para participar, os três ficaram muito empolgados. “Como estava tudo muito parado por conta da pandemia, logo ficamos animados com essa competição. Além disso, a Maria Fernanda e a

Foto: Divulgação

Luiz Antônio Haddad com a esposa Fernanda Sesti da Silva Haddad e os filhos Maria Eduarda, Luiz Fernando e Maria Fernanda.

Maria Eduarda têm uma grande admiração pela Dalva, a quem vêem como uma referência feminina na raça, isso foi um estímulo a mais para elas quererem participar. E o Luiz Fernando, o mais novo da turma, também quis participar e acompanhar as irmãs. A gente só não esperava que fosse dar tanta repercussão. No fim, foi tudo muito contagiante, a gente acabou se empenhando bastante para pedir para o pessoal participar e votar.”

Haddad revela que as crianças nasceram no meio do cavalo e desde cedo demonstraram interesse pelas atividades equestres. “Já faz dez anos que nós estamos aqui no Lagoinha e nesse período eles sempre tiveram oportunidade de montar comigo. Eu tento passar pra eles os conhecimentos que adquiri nesses anos todos atuando com cavalos, não só para que eles deixem um pouco de lado o computador e o celular, mas também para que a gente possa formar cidadãos, pessoas melhores.”

Ainda de acordo com o pai dessa animada turma, o interesse dos três por aprender a montar e apresentar animais cresceu bastante nos últimos anos, quando tiveram a oportunidade de participar das provas sociais na Exposição Nacional e também na Exposição de Taubaté. “É por isso que eu acho importante incentivar a participação da criançada nos eventos da raça, buscando especialmente disputas que proporcionem alguma emoção para prender o interesse delas. Elas adoram isso e ficam realmente motivadas.”

Para Maria Fernanda, a expe

Maria Fernanda participa da prova juvenil durante a Expo Nacional.

riência foi muito positiva. “Eu gosto muito de competição. Foi um prazer participar e conseguir ganhar a categoria feminina da copa virtual. Além disso, adorei ver o envolvimento com o público que a disputa gerou.”

A adolescente conta que desde pequena acompanha o pai no contato com os cavalos. “Aqui, no Lagoinha, eu fui me envolvendo e me interessando cada vez mais pelos cavalos, sempre contando com o incentivo tanto do meu pai como da minha mãe. Com isso, eu fui aprendendo a gostar mais e hoje essa é uma verdadeira paixão pra mim. Inclusive pretendo me aprimorar cada vez mais para ser uma grande cavaleira na raça, sempre tendo meu pai como minha grande inspiração.”

Já Maria Eduarda se encantou com toda a mobilização que a disputa provocou. “Eu gostei muito de todo o envolvimento das pessoas com a disputa e do grande número de visualizações que os

vídeos com as apresentações tiveram, inclusive com pessoas de outros países participando e ajudando a mim e aos meus irmãos. É muito bom ver a exposição que a raça Mangalarga alcançou por conta dos nossos vídeos. Sou muito grata por tudo isso.”

A talentosa cavaleira mirim ressalta também sua paixão pela raça. “O cavalo Mangalarga, especialmente a pelagem pampa, representa para mim a paixão e o amor. Eu pretendo continuar montando e aprendendo cada vez mais para me tornar uma grande apresentadora na raça. Eu sou muito grata a Deus por essa oportunidade.”

O caçula da turma afirma, por sua vez, que o que mais o agradou foi ver todos que se mobilizaram para ajudar a ele e suas irmãs. “Foi muito legal! Muitas pessoas ficaram nos conhecendo e quiseram nos ajudar por causa da votação. Cavalo é minha paixão! Eu amo a raça Mangalarga, amo montar a cavalo e acho a pelagem pampa linda. E também quero me tornar um apresentador para poder participar das exposições como meu pai faz.”

Os irmãos têm oportunidade de montar com o pai cinco vezes na semana. “Nós somos muito gratos à dona Marisa Iorio e ao senhor Paulo Eduardo por permitirem que eles montem. Assim, quando o expediente termina, eu aproveito para dar atenção e ensiná-los a montar. Eu sou chato, cobro bastante e tento passar todos os meus conhecimentos. Além disso, quando tem um tempinho, o Jorge Roberto Pires e o José Roberto Pires, que prestam assessoria ao haras, dão uma ajuda para a criançada, que, aliás, também aproveita para prestar atenção quando o haras promove algum curso de equitação para a equipe.”

Segundo a criadora Marisa Iorio, uma das titulares do Haras Lagoinha, a participação infantil sempre foi incentivada pelo criatório. “Desde que as provas mirins surgiram na Mangalarga, o Haras Lagoinha sempre estimulou a participação das crianças nessas disputas, pois a gente acha que essa é uma oportunidade muito interessante tanto para atrair gente jovem como para formar futuros profissionais. Por isso, quando promovemos aulas no haras, sempre as incentivamos a participar, sob a responsabilidade de seus pais. Isso permite que a raça vá se renovando.”

Marisa também elogia o formato da competição e destaca a divulgação positiva que ela proporcionou aos animais da raça. “Eu achei muito bacana a iniciativa da Dalva, que surgiu de um olhar feminino, mais sensível. Além disso, foi uma ótima divulgação da índole do nosso cavalo, pois mostrou crianças montando em harmonia com os animais. A Maria Eduarda, por exemplo, levou o cavalo na marcha, com regularidade, em uma demonstração perfeita do conjunto, em que o animal aceita naturalmente o comando de uma criança. Agora, espero que em breve a gente possa sair do virtual e volte a participar dos eventos da raça.”

Os três irmãos aproveitam ainda para deixar um recado com o intuito de incentivar mais crianças a se envolverem com os cavalos e com a raça Mangalarga. “Montar a cavalo, além de ser um hobby, é uma paixão. Então é importante que as crianças nunca desistam e corram sempre atrás de seus sonhos, deixando tudo na mão de Deus, pois Ele sabe de todas as coisas.”

Por fim, Haddad mostra sua satisfação com os bons momentos vividos por conta da disputa. “Sentimos gratidão a Deus e a todos, pois pudemos ver o quanto nossa família é querida no meio do cavalo e quantas amizades a gente construiu nesse tempo todo na raça. Então a palavra que define essa experiência é gratidão, afinal nós tivemos um grande apoio. Nossos amigos se empenharam, pedindo fotos e divulgando as crianças nos seus grupos. Não podia imaginar o alcance que essa disputa teria, com páreos atraindo mais de oito mil visualizações. Foi realmente muito legal.”

Foto: Haras Lagoinha

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