Revista Mangalarga - Edição de Setembro de 2019

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SETEMBRO

2019

R$15,00

REVISTA OFICIAL

O MAIOR ENCONTRO DA FAMÍLIA MANGALARGA!


Regalo

da Braido

GRANDE CAMPEÃO NACIONAL 2018


RURALLY

PR O G Ê N I E C A M PE Ã

CELINE DA BRAIDO

DAKOTA DA BRAIDO

BALENCIAGA DA BRAIDO

BULGÁRIA DA BRAIDO

(REGALO DA BRAIDO X VISÃO DA BRAIDO)

(REGALO DA BRAIDO X ZARAGOZA DA BRAIDO)

(REGALO DA BRAIDO X VISÃO DA BRAIDO)

PROSA ELC

(REGALO DA BRAIDO X FESTA ELC)

(REGALO DA BRAIDO X TAORMINA DA BRAIDO)

CROÁCIA DA BRAIDO (REGALO DA BRAIDO X JINA DA PIRATININGA)

DUBAI DA BRAIDO (REGALO DA BRAIDO X ARÁBIA DA BRAIDO)

WWW.HARASBRAIDO.COM . BR

ELMO DO AEJ

(REGALO DA BRAIDO X GRACA NLB)

OFERENDA VJC

(REGALO DA BRAIDO X PAMONHA DA MATTA)


Palavra do Presidente Palav

EXPOSIÇÃO NACIONAL DA RAÇA MANGALARGA O que representa para a Raça?

À

s vésperas do início da 41ª Exposição Nacional da Raça Mangalarga, que será realizada no Parque de Exposições José Ruy de Lima Azevedo, em São João da Boa Vista, de 11 a 21 de setembro próximo, vale a pena refletirmos sobre o real significado que esse evento, de caráter Nacional, tem para todos nós Associados da ABCCRM. A criação de animais, independentemente de raça ou espécime, tem, por intermédio de suas Exposições, a única forma de valorar o seu desenvolvimento e melhoramento zootécnico. Portanto, a organização de Exposições não é um desejo ou alternativa de fomento da Raça por parte de Diretorias de quaisquer Entidades, mas, sim, de uma obrigação que Associações têm com a delegação recebida do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento para administrar o Serviço de Registro Genealógico da Raça, e com os próprios associados, criadores e ou proprietários de animais, vez que é por intermédio de Exposições que os criadores podem estabelecer o comparativo de seus criatórios, balizando-os com o melhoramento genético observado. Como já salientei acima, as Exposições servem para a seleção da Raça, por essa razão a sua atratividade e dinâmica têm que respeitar os limites técnicos necessários para a correta avaliação, seja na dinâmica, seja na morfologia. 4

Revista Mangalarga

Setembro, 2019

Na Raça Mangalarga, podemos afirmar que tivemos uma grande evolução na forma de julgamento das Exposições, a partir do momento em que houve uma alteração do seu Regulamento com a introdução da avaliação dinâmica dos animais. Uma Raça, que sempre distingue seu animal como sendo “O Cavalo de Sela Brasileiro”, não poderia continuar sendo selecionada, apenas, analisando-se os atributos morfológicos, de forma estática, e os dinâmicos, vistos do chão. A introdução da etapa de julgamento da Marcha, na qual os Jurados têm que avaliar os animais vistos do chão em suas movimentações e, em seguida, montá-los para avaliar seu temperamento e comodidade de condução, representou, a meu ver, uma grande e significativa evolução seja na forma e critérios de uma correta avaliação de um animal de sela, seja na plasticidade e atratividade que uma Exposição possa dar àqueles que estejam presentes ao evento. Melhorias podem e devem ser analisadas e tentadas, sem medo de errar. É o que a atual Diretoria está fazendo, desde a Exposição Nacional passada, quando pequenas mudanças e melhor planejamento já apresentaram mais agilidade no tempo de julgamento, principalmente pela pronta apresentação dos animais que irão competir em cada categoria. Outra novidade introduzida foi a referente

à forma de anúncio dos Grandes Campeões, o que deu muito mais suspense, emoção e calor junto ao público presente. Quem sabe, teremos algo diferente nesta que se avizinha! Ao lado de todos esses importantes aspectos técnicos, que só os mal-humorados de sempre podem e insistem em negar, as Exposições e, fundamentalmente a Exposição Nacional da Raça Mangalarga têm outros e não menos importantes aspectos que precisam ter a devida atenção e correta compreensão. Trata-se, inequivocamente, da maior Mostra e Festa que a Raça Mangalarga tem anualmente. Os aspectos técnicos da mostra já foram considerados nos parágrafos anteriores. Vamos nos ater aos aspectos de festa e de fomento. A presença de Associados, criadores ou não, que não estão levando animais para serem julgados na Exposição Nacional, é importante para conhecer a evolução ou não da Raça, a seu juízo de valor, e avaliar o direcionamento que a mesma vem tendo. Só esse fator justifica a presença numa Exposição Nacional, ainda que por alguns dias, dos Associados da ABCCRMangalarga. Porém, o maior valor a ser colhido com a presença numa Exposição Nacional é poder desfrutar de amigos e companheiros de criação, sejam antigos ou novos. O ato de criar não é, apenas, uma


Palavra do Presidente ente os apoiadores e patrocinadores da Associação, o que significa possibilidades de maiores recursos para levar em frente os tantos desafios que temos para desenvolver a Raça Mangalarga, inclusive tendo condições de oferecer as atrativas premiações “em espécie”, sempre cobradas pelos criadores e expositores. Como diz o velho e bom ditado popular, “do couro sai a correia”! Para mim, as Exposições Nacionais, também, representam um importante fator social e humano. Elas são a grande vitrine na qual os nossos colaboradores fixos nos Haras, nossos técnicos, veterinários, ferrageadores que cuidam, diariamente, com o suor de seus rostos, de forma apaixonada dos nossos cavalos, podem mostrar o fruto do seu esforço e qualidade do seu árduo trabalho ao longo de todo um ano. Portanto, a presença de todos os Associados e seus familiares, junto aos amigos que conseguirem levar, na próxima 41ª Exposição Nacional da Raça Mangalarga será uma grande oportunidade para usufruir das companhias e dos reencontros com amigos amealhados dentro da

Raça, além de conferir a evolução zootécnica da Raça, fruto do trabalho de todos os colaboradores, efetuar as comparações necessárias para aprimorar a sua criação, mas, acima de tudo, o melhor momento para externar e praticar sua paixão e amor pela Raça Mangalarga. Espero ver e poder conversar com vocês durante a 41ª Exposição Nacional! Até São João da Boa Vista! Abraços,

Luis Augusto de Camargo Opice Presidente da ABCCRMangalarga Foto: Márcio Mitsuishi

afirmação individual, mas sim uma verdadeira e salutar oportunidade de convívio social e familiar. E, como é bom e prazeroso encontrar os amigos, falar de cavalos, comparar os tempos, falar e tratar de ouvir as opiniões, sejam elas de que matizes forem, pois é assim que conseguimos processar novas informações e aprimorar nossa capacidade de avaliação. Para as famílias, além de representar uma forma de apoiar a paixão do chefe da mesma ou daquele membro que se dedica à criação de animais Mangalargas, é uma agradável e saudável maneira de cultivar amizades. As Exposições Nacionais também representam uma enorme e valiosa oportunidade de Fomento para a nossa Raça Mangalarga. Hoje em condições de boa organização, num Parque aprazível, com bons sanitários, boa oferta de alimentação e algumas atrações, é perfeitamente viável convidar qualquer amigo que se interesse por cavalos para acompanhar a mostra e, quem sabe, se interessar efetivamente pela aquisição ou, mesmo, por iniciar uma pequena criação de cavalos Mangalargas! O afluxo de público anima

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Revista Mangalarga

000


Índice Panorama Mangalarga

4

Palavra do Presidente

6

Índice e Expediente

78

Resgate Genético

8

Apresentação da capa

81

Cavalhadas de Goiás

82

Amor de Verdade

84

Maneabilidade em foco

86

Estrela Publicitária

88

Boutique Mangalarga

Território Cavalgada 12

Mangalargada

18

Serra da Canastra

22

Expedição Pireneus

24

Cavalgada Zero Grau

28

Marcha Mangalarga SP

ASSOCIAÇÃO BRASILEIRA DE CRIADORES DE CAVALOS DA RAÇA MANGALARGA Av. Francisco Matarazzo, 455, Pavilhão 4, “Dr. Simões” Parque da Água Branca - SP - CEP:05001-300 Telefone: (11) 3673-9400 DIRETORIA EXECUTIVA - TRIÊNIO 2018/2020 Diretor Presidente Luis Augusto de Camargo Opice Vice-Presidente Administrativo Financeiro Nelson Antonio Braido Vice-Presidente Técnico Hamilton de França Leite Vice-Presidente de Fomento Alexandre de Oliveira Ribeiro

A Voz do Criador 90

A Marcha que antecede o sobrenome

Vice-Presidente de Relações Institucionais Marcelo Cintra Zarif DIRETORIA ADJUNTA - TRIÊNIO 2018/2020 Diretor Adjunto Danton Guttemberg de Andrade Filho Diretora Adjunta de Esportes Camila Glycerio de Freitas Diretores Adjuntos de Exposição Carlos Cesar Perez Iembo Guilherme Pompeu Piza Saad Diretor Adjunto Financeiro Eduardo Rabinovich

Lazer e Cultura 94

Montar a Cavalo

Diretores Adjuntos de Fomento Felipe Angelin Luís Fernando Sianga Pedro Luiz Suarez Castedo Youssef Haddad Diretores Adjuntos Jurídicos Cristiano Rêgo Benzota de Carvalho Renato Tardioli Lucio de Lima Diretores Adjuntos de Marketing João Luis Ribeiro Frugis Jorge Eduardo Beira Rodrigo Pedrosa Sampaio Novais Luiz Gustavo Alves Esteves Diretor Adjunto de Núcleos Cauê Costa Hueso Diretores Adjuntos de Pelagem Alberto Veiga Junior Leandro Pasqualini de Carvalho

Exposições, Copas e Provas 30

41ª Expo Nacional

38

Copa de Mogi Mirim

42

Expo Jacareí

44

Eapic

48

Expo Lins

59

Enduro Equestre

60

Expo Amparo

62

Expo Avaré

64

Expo Vale

67

Expo Paranaíba

70

Palmeiras de Goiás

CONSELHO SUPERIOR DE ADMINISTRAÇÃO - TRIÊNIO 2018/2020 Membros Eleitos Eduardo Figueiredo Augusto Emiliano Abraão Sampaio Novais Fernando Tardioli Lúcio de Lima Pedro Salla Ramos Filho Silvio Torquato Junqueira

Painel de Negócios

72

Copa Fazenda Nova Esperança

74

Expô Araçatuba

76

Exposição de Mococa

Haras em Destaque 50

Diretores Adjuntos Técnicos Alessandro Moreira Procópio João Paulo Fogaça de Almeida Fagundes Rodrigo Dias de Moraes Orlando

Sinhá Maria

96

Espaço Empresarial

97

Fidelidade Mangalarga

98

Índice de Anunciantes

Membros Efetivos Célio Ashcar Celso Galetti Montalvão Clodoaldo Antonângelo Eduardo Diniz Junqueira Élio Sacco Felippe de Paula Cavalcanti de Albuquerque Lacerda Filho Flávio Diniz Junqueira Francisco Marcolino Diniz Junqueira Ivan Antônio Aidar Luiz Eduardo Batalha Mário A. Barbosa Neto Reginaldo Bertholino Renato Diniz Junqueira Sergio Luiz Dobarrio de Paiva CONSELHO DELIBERATIVO TÉCNICO - TRIÊNIO 2018/2020 Técnicos Geraldo Santos Castro Neto João Batista da Silva de Quadros João Pacheco Galvão de França Filho João Tolesano Junior Marcos Sampaio de Almeida Prado Paulo Lenzi Souza Leite Criadores Dirk Helge Kalitzki Roberto Antonio Trevisan Rodnei Pereira Leme Rogério Camara Nigro Roque Carlos Noqueira SERVIÇO DE REGISTRO GENEALÓGICO - STUD BOOK Superintendente do Serviço de Registro Genealógico Henrique Fonseca Moraes Junior

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Revista Mangalarga

Setembro, 2019


DE 11 A 22 DE SETEMBR0

SÃO JOÃO DA BOA VISTA

INSPIRAÇÃO

EMOÇÃO

MARCHA

O MAIOR ENCONTRO DA FAMÍLIA MANGALARGA!

/MANGALARGA_OFICIAL

/ABCCRMANGALARGA

CAVALOMANGALARGA.COM.BR


Apresentação da Capa Apres

SinhĂĄ Maria

6(7(0%52 5

REVISTA OFICIAL

A O MAIOR ENCONTRO DA FAMĂ?LIA MANGALARGA!

capa desta edição apresenta um belo registro de algumas fêmeas de destaque do time de matrizes da Agropecuåria Sinhå Maria. O momento foi flagrado pela lente do talentoso fotógrafo Beto Falcão, na sede do criatório, localizada na Fazenda Cachoeirinha, no município de Santa Rita do Passa Quatro (SP). Apesar de possuir uma trajetória recente na Mangalarga, iniciada oficialmente no ano de 2015, a Sinhå Maria Ê fruto de uma antiga história com a raça, cuja fase inicial

41ÂŞ Expo Nacional

REVISTA MANGALARGA Edição e Redação Pedro Camargo Rebouças (MTB 31427) pereboucas@hotmail.com Representante Comercial Norberto Cândido norberto.candido@abccrm.com.br Desenho Gråfico Daniel Bertti daniel.bertti@bertti.com.br Departamento de Marketing Sara Feliciano sara.feliciano@abccrm.com.br Thamiris Freitas thamiris.freitas@abccrm.com.br Departamento de Exposição Francisco Bezerra francisco.bezerra@abccrm.com.br Lucas Diniz lucas.diniz@abccrm.com.br 8

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se estendeu da infância atÊ os 23 anos de idade de seu titular João Paulo Fagundes. Após alguns anos afastado da convivência com a raça, João Paulo e sua esposa Daniela se reaproximaram do cavalo Mangalarga, iniciando sua criação hå cerca de quatro anos. Passaram então a investir em infraestrutura e em animais, dando início a um trabalho focado em criar cavalos equilibrados, isto Ê, bons de marcha e morfologia.

A

ssim como toda a família mangalarguista, a Revista Mangalarga estå na contagem regressiva para o maior encontro da raça na atual temporada, a 41ª Expo Nacional. Portanto, nas påginas a seguir, o leitor poderå entrar no clima desse grande evento e conferir tudo que estå sendo preparado para recepcionar os criadores, seus familiares e amigos no Parque JosÊ Ruy de Lima Azevedo, em São João da Boa Vista (SP), cidade que promete acolher a todos novamente com muito carinho.

Esta edição traz ainda um amplo panorama dos eventos que movimentaram a raça nos últimos meses, com especial destaque para a movimentada agenda de exposiçþes da raça e para o circuito de cavalgadas do Cavalo de Sela Brasileiro, que viveu seu ponto alto em eventos como a Mangalargada, a Expedição Pireneus, a Cavalgada da Serra da Canastra e a Cavalgada Zero Grau. Esperamos que tenham todos uma boa leitura e uma ótima Nacional!





Território Cavalgada Territ

Por Pedro C. Rebouças

Fotos: Márcio Mitsuishi

Os competidores percorreram as belas trilhas do Haras Malagueta.

CIRCUITO MANGALARGADA As belas paisagens da região sorocabana foram o cenário da terceira etapa da competição da família mangalarguista

O

Haras Malagueta, localizado no município de Mairinque (SP), no interior paulista, foi palco da terceira etapa do Circuito Mangalargada 2019. Realizada na manhã do sábado 27 de julho, a prova contou com a participação de 55 cavaleiros e amazonas das mais diversas idades, que puderam desfrutar de um dia muito especial de amizade, integração familiar e convívio com o cavalo Mangalarga. Titular do Haras Malagueta, Pedro Alvares de Mello conta que foi uma honra receber os criadores e usuários da raça para a terceira etapa da competição. “Nós tivemos 12

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Detalhe de placa em trilha que homenageia João J. Fleury.


Território Cavalgada gada um dia perfeito, com um ambiente familiar, amistoso e descontraído, afinal o cavalo Mangalarga tem a capacidade de agregar a todos que estão em seu entorno.” Já Luís Fernando Sianga, diretor de Fomento da ABCCRM (Associação Brasileira de Criadores de Cavalos da Raça Mangalarga), comemora os bons resultados da atual temporada da competição. “Eu estou muito contente com os números deste ano da Mangalargada, que já superam em muito os números registrados em 2018. Um dado relevante é que este ano todas as etapas tiveram mais de 50 participantes, comprovando

que há um crescente interesse da comunidade mangalarguista pela competição.”

Adesão crescente A participação dos criadores é outro fato que alegra o dirigente. “É muito legal, eles estão aderindo cada vez mais à Mangalargada e montando seus animais nas trilhas da competição. Nesta etapa, por exemplo, a gente teve a participação do Cassiano Terra Simão (CASS Mangalarga), do Alexandre Ribeiro (Haras Germana), do Rodrigo Novais (Espinhaço Agropecuária), do Israel Iraides da Costa (Haras

Cassiano Terra Simão e Celso Ruston participaram da prova.

A etapa do Haras Malagueta reuniu 55 competidores.

A prova teve a participação dos jovens Fernando Montenegro e Julia Novais.

A família D’Angieri também esteve presente na etapa de Mairinque. Setembro, 2019

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Território Cavalgada Territ HIC) e do próprio Pedro Alvares de Mello, anfitrião desta terceira prova do ano. Essa participação é importante pois possibilita que os criadores acabem se encontrando com os usuários, que, aliás, também vem aderindo cada vez mais à Mangalargada e acabam tendo a oportunidade de encontrar e conviver com os criadores que eles têm como referência.” Pedro Alvares de Mello destaca também que ficou muito feliz com o retorno das provas à Fazenda Malagueta, afinal o local foi palco de uma das primeiras provas de enduro equestre realizadas no país, em 1990. “Foi muito emocionante receber novamente uma disputa do gênero aqui nas trilhas da nossa propriedade. Pois essa relação com o cavalo foi algo que veio se perdendo na raça ao longo do tempo. Então, creio que a atual

gestão da ABCCRM vem realizando um trabalho muito importante ao realizar competições como essa, que vem resgatar o convívio dos criadores com seus animais e ao mesmo tempo dão uma direção para a criação e fomentam a entrada de novos criadores e usuários na raça.” Criada no ano passado, a Mangalargada é definida como uma cavalgada com ares de competição, aventura, velocidades e tempos controlados, realizada em lindas trilhas. Além disso, a nova disputa mangalarguista, que vem conquistando cada vez mais praticantes dentro da raça, representa uma oportunidade ímpar para reunir cavalos, família, amigos, diversão, natureza, competição e companheirismo em uma mesma atividade. O forte aspecto familiar da

modalidade é ressaltado por Luís Fernando Sianga. “A Mangalargada é um esporte da família mangalarguista. É muito comum você encontrar pai e filho, marido e mulher, tio e sobrinho ou avô e neto fazendo a prova juntos. Acredito que isso tem contribuído muito para ela cair no gosto dos mangalarguistas. Tanto é que a competição está se consolidando cada vez mais. Nossa ideia é que a cada ano ela fique um pouquinho mais difícil de ganhar, mas sempre mantendo sua característica principal que é a de ser uma prova fácil de participar e acessível para todos.” Montando Embalo Cava da Colina, o cavaleiro Sebastião Malheiro Neto foi o campeão da terceira etapa da Mangalargada 2019. O pódio da prova contou ainda com a presença dos conjuntos Brunna Novais e Corã do Espinhaço

O animado pódio da terceira etapa da Mangalargada 2019.

Luís Fernando Sianga passa orientações aos competidores.

Os criadores Israel Iraides da Costa e Paulo Pacheco da Silveira com o anfitrião Pedro Alvares de Mello.

A Família Mangalarga foi muito bem recebida no Haras Malagueta.

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Território Cavalgada gada

Mirella Bergamini e Cristiano Benzota também marcaram presença.

Alexandre Ribeiro esteve entre os competidores da etapa.

(2º), Celso Ruston e Cascata CASS (3º), Pedro Bussab e Estimada da LPC (4º), Marina Ribeiro e Turim da Malagueta (5º) e Juliana Speciali Munhoz e Baronesa HBM (5º). Já o ranking da competição, que computa a pontuação das três etapas realizadas até agora e conta por enquanto com a participação 130 mangalarguistas, é liderado por Pedro Bussab com 108 pontos. Na sequência, empatados na segunda colocação, estão Silvio Torquato Junqueira e Brunna Novais, ambos com 105 pontos, sendo seguidos por Murilo Bussab (quarto colocado com 99 pontos) e Rodrigo Novais (quinto colocado com 95 pontos). De acordo com a ABCCRM, qualquer pessoa pode participar das etapas da Mangalargada, a única exigência é gostar de uma boa cavalgada em um cavalo Mangalarga. As provas podem ser feitas sozinho ou em dupla, embora o tempo do competidor seja marcado individualmente. E até mesmo a criançada pode participar, desde que contando com a companhia de um responsável. Na atual temporada, a competição promovida pela ABCCRM já realizou três provas, passando pelos municípios paulistas de Botucatu (Haras Espinhaço), Altinópolis (Núcleo da Alta Mogiana) e Mairinque (Haras Malagueta). A quarta etapa, por sua vez, estava prevista para acontecer no dia 31 de agosto, logo após o fechamento editorial desta edição da Revista Mangalarga, na região do Vale do Paraíba. Para obter mais informações sobre a Mangalargada 2019, visite o portal oficial da ABCCRM (www. cavalomangalarga.com.br) ou entre em contato com o Departamento de Exposições pelos e-mails francisco. bezerra@abccrm.com.br e lucas. diniz@abccrm.com.br.

Pedro Bussab e Murilo Bussab percorreram juntos a trilha. Setembro, 2019

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Território T errit Cavalgada

Por Pedro C. Rebouças Fotos: Beto Falcão A região possui um visual montanhoso de extrema beleza.

SERRA DA CANASTRA Cavalgada percorreu os incríveis cenários dessa bela região mineira, proporcionando uma experiência única a seus participantes

O

Parque Nacional da Serra da Canastra, no sudoeste do estado de Minas Gerais, foi palco da mais recente cavalgada promovida pelo Núcleo Mangalarga da Alta Mogiana. Realizada nos dias 06, 07 e 08 de julho, a jornada contou com a participação de 60 conjuntos, que percorreram cerca de 80 quilômetros de trilhas de imensa beleza. Segundo Vinicius Mazza da Silva, diretor de cavalgadas do núcleo ao lado de Leonel Mafud Neto e Felipe Torquato Junqueira Franco, a região é um destino ímpar 18

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para a realização de cavalgadas. “A Serra da Canastra é maravilhosa. Ela está localizada dentro de um parque nacional e possui um visual montanhoso de extrema beleza, com cadeias de montanhas preservadas, muitos riachos e relva baixa, proporcionando várias perspectivas de visão para quem cavalga por suas trilhas.” O dirigente do núcleo conta ainda que a ideia da cavalgada surgiu a partir de parte de integrantes do núcleo que já haviam cavalgado pela região e desejavam retornar para lá. “Alguns dos nossos

associados, como a Beatriz Biagi, o Leonel Mafud e os familiares do Plínio Brotero Junqueira, já são veteranos de cavalgadas pela Serra da Canastra. Por isso, muitos deles estavam ansiosos por voltar à região, assim consideramos que seria oportuno realizar essa cavalgada, proporcionando também a muitas pessoas a oportunidade de visitarem o local pela primeira vez.” Mazza prossegue contando que esta foi a cavalgada mais prazerosa da qual já participou. “A Serra da Canastra é realmente um paraíso para cavalgar. Muitas vezes a


Território Cavalgada gada gente acaba enaltecendo destinos internacionais, como a Provence, o Atacama ou a Patagônia, mas essa região consegue ser ainda mais incrível, com um micro clima próprio e paisagens incríveis. Desta vez, nós pegamos um período de bastante frio, mas os momentos do dia em que cavalgávamos eram sempre bem agradáveis.” A boa avaliação da cavalgada não se limitou apenas ao organizador do evento. Afinal, a repercussão do passeio foi extremamente positiva, graças ao boca a boca e aos vídeos e fotos compartilhados nas redes sociais. Dessa forma, o núcleo agendou para meados de setembro um novo passeio pela região com o intuito de atender às pessoas que não puderam participar dessa primeira cavalgada.

O percurso incluiu a travessia de vários riachos.

Fortalecendo a raça O sucesso do evento é, aliás, muito comemorado pela diretoria do Núcleo da Alta Mogiana, que aposta nas cavalgadas como meio para fortalecer e fomentar a raça. “Nós acreditamos que esse tipo de evento permite que os usuários fiquem mais próximos do Os mangalarguistas percorreram cenários de muita beleza. Integrantes do núcleo posam para foto em pausa da cavalgada.


Território Cavalgada Territ cavalo Mangalarga. Isso é muito importante pois traz mais pessoas para a raça, criando demanda e liquidez para os nossos animais e proporcionando uma utilidade prática especialmente para aqueles exemplares da tropa média, que não são aproveitados para as pistas de julgamento. Além disso, vale ressaltar que todas as raças que investiram no usuário vêm registrando um crescimento bem expressivo no mercado equestre brasileiro.” Nesse sentido, vale destacar que a Cavalgada da Serra da Canastra já deu frutos positivos, trazendo novos integrantes para a Família Mangalarga. “Nós convidamos para essa cavalgada algumas pessoas que estavam sem montaria e acabaram alugando cavalos mestiços lá na região. Essas pessoas, entretanto, passaram os três dias do passeio A comitiva mangalarguista contou com 60 pessoas.

Uma nova edição da cavalgada está prevista para setembro.


Território Cavalgada gada convivendo com os mangalarguistas e suas montarias e acabaram por se impressionar com a docilidade, o ritmo e o andamento confortável que eles proporcionavam a seus cavaleiros. O resultado disso é que dois desses convidados já adquiriram exemplares da raça em um leilão realizado recentemente e esperam participar com assiduidade das cavalgadas da raça”, ressalta Mazza. O diretor de cavalgadas do núcleo elogia também o bom desempenho da tropa que participou do passeio pelas montanhas da Serra da Canastra. “Mesmo com as exigências do percurso, os animais se saíram muito bem. Afinal, a raça Mangalarga é a mais indicada para as cavalgadas, pois propicia uma montaria mais prazerosa e menos cansativa. Contudo, é

sempre bom lembrar que todo cavalo de cavalgada precisa de um treinamento específico. Eles precisam estar acostumados a percorrer longas distâncias e não podem se assustar em situações corriqueiras do percurso, como por exemplo quando temos que atravessar riachos ou em dias chuvosos em que os cavaleiros precisam colocar suas capas de chuva.” Além da Serra da Canastra, o núcleo da Alta Mogiana já realizou outras cavalgadas este ano, como a

de Pedregulho (SP) e a de Altinópolis (SP). E mais passeios como esses devem ocorrer no próximo ano. Para isso, os dirigentes da entidade estão prospectando novas trilhas, com durações variadas e destinadas a diversos públicos. Para obter mais informações sobre as atividades do Núcleo Mangalarga da Alta Mogiana, escreva para o endereço eletrônico nucleoaltamogiana@gmail.com ou visite a página oficial da entidade no Facebook: www.facebook.com/ NucleoMangalargadaAltaMogiana/.

A cavalgada percorreu cerca de 80 quilômetros.

Mangalarguistas refrescam suas montarias durante a cavalgada. Setembro, 2019

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Fotos: Divulgação

Território T errit Cavalgada

O passeio percorreu os belos cenários da Serra dos Pireneus.

EXPEDIÇÃO PIRENEUS 2019 Relembrando Tempos Bandeirantes, Tempos de Mangalarga!

M

ais um ano, um seleto grupo de apaixonados por cavalos, em sua maioria mangalarguistas, se reúne para desbravar o cerrado brasileiro. Durante os dias 15 a 18 de agosto das proximidades de Brasília (DF) até a “cidade das cavalhadas”, Pirenópolis (GO), foram três dias e pouco mais de cem quilômetros relembrando tempos que forjaram o famoso e cobiçado Mangalarga alguns séculos atrás. Cavalgar na poeira e no sol quente, dormir no chão sob as estrelas ou em redes sob a mata, comer arroz carreteiro embaixo de uma moita de bambu e descobrir que as qualidades de nosso Mangalarga e todo aquele traje e ferramentas típicos dos sertanistas de outrora não são apenas decorativos mas 22

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essenciais para desbravar o interior ainda quase selvagem do coração do Brasil, entender como nossos cavalos foram forjados, nos colocar no lugar daqueles que ajudaram a

construir nossa raça e nossa nação é uma experiência enriquecedora que nos proporciona balizar nossas modernas vidas e modernas criações de Mangalarga.

Momento de pausa durante a viagem pela Serra dos Pireneus.


Território Cavalgada gada Essa sempre foi a proposta da Expedição Pireneus, por isso seu nome, EXPEDIÇÃO. Enfim, o clima geral da Expedição pode ser resumido pela fala de nosso presidente Luis Augusto Opice que este ano nos acompanhou nesta aventura e ao fim, incontido, nos escreveu: “Meus caros expedicionários, hoje, ao despertar, minha alma e meu corpo queriam cavalgar novamente nos excelentes cavalos que cavalguei.” “Meus olhos queriam continuar a ver as lindas paisagens que vi.” “Minha mente queria continuar a prosear com as pessoas inteligentes e espirituosas com quem interagi nesses três dias de convívio.” “Meus estribos queriam

continuar a bater nos estribos de pessoas que passei a conhecer, respeitar e me identificar.” Louvado seja Deus que nos proporcionou mais um ano de grandes aventuras e boa convivência no lombo de uma das melhores de

O grupo experimentou os desafios enfrentados pelos antigos sertanistas.

Um espírito de renovação e amizade marcou a cavalgada.

suas criaturas, o cavalo Mangalarga!

Luiz Alberto Patriota de Araujo Costa Expedicionário e Associado ABCCRM 07646

Os mangalarguistas novamente animaram a Expedição Pireneus.

A comitiva reunida na chegada à Igreja Matriz de Pirenópolis.

Luiz Alberto Patriota, Luiz Alberto de Araujo Costa e Luis Augusto Opice.

Luiz Patriota na entrada do Parque Estadual dos Pireneus.

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Território T errit Cavalgada

Por Dirk H. Kalitzki Fotos: Divulgação

A parada no mirante foi o ponto alto do primeiro dia.

4ª CAVALGADA ZERO GRAU Passeio proporcionou dois dias de baixas temperaturas, muita amizade e lindas paisagens aos mangalarguistas do Vale do Paraíba

I

nfelizmente este ano a Cavalgada não foi a zero grau! Na chegada bem cedo, no portal da cidade, os termômetros marcavam 1 grau positivo. Porém, a animação e o calor humano eram grandes! E assim montamos em Campos do Jordão (SP) com 25 cavaleiros mais equipe de apoio, no último dia 26 de julho. Em clima harmônico e de boa prosa, fizemos um trajeto de 28 quilômetros com lindas paisagens e um belo dia de sol. O ponto alto do primeiro dia foi O casal Dirk e Ilda Kalitzki marcou presença no passeio. 24

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Território Cavalgada gada a parada “obrigatória” no mirante, com vista espetacular e ímpar do Vale do Paraíba, com o ótimo apoio do Fernando Macedo e da Talita Angelin, com direito a lanches, chocolate quente e muita cerveja... Neste ano, vale ressaltar, tivemos a participação importante dos amigos de Garça (SP), além dos participantes já tradicionais do Vale do Paraíba. Uma parada estratégica para o almoço na Pousada Santa Maria da Serra, recuperando mais um pouco nossas energias e descanso da tropa. No período da tarde saímos de uma altura de 2 mil metros descendo a linda Serra da Mantiqueira até 600 metros acima do nível do mar, chegando na Pousada Monte Verde em Pedrinhas, onde uma pizza no forno a lenha e deliciosos petiscos à base de truta nos aguardavam. No segundo dia, com entrada de novos cavaleiros, seguimos nosso caminho passando pelas belas paisagens, mantendo boa prosa. O trajeto incluiu a passagem na Fazenda da Esperança passando na trilha do Mosteiro, que nos forneceu

O passeio percorreu um total de 58 quilômetros.

Roberto Angelin, Ilda Kalitzki e Flávio Peres percorrem os pastos da região.

Felipe Angelin, Samuel Peres, Flávio Peres, Adhemar Galvão, Joaquim Galvão, Ilda Kalitzki, Dirk Kalitzki, Bia Macedo, João Victor Monteiro e Maria Eduarda. Setembro, 2019

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Território Cavalgada Territ um belo mirante dessa parte do Vale. Fomos muito bem recebidos para uma breve pausa com um lanche, na Hípica do Carlinhos de Barros. Na última parte do trajeto, passamos pela parte plana do Vale do Paraíba, em fazendas de gado e plantações de arroz, com muitos pássaros acompanhando essa fase de plantio.

O trajeto do segundo dia foi um pouco maior, com cerca de 30 km, mas não foi sentido pelos cavaleiros e tropa, pois uma costela de chão e chopp nos esperavam. Na chegada no Haras Forsteck, fomos recepcionados pelas famílias de boa parte dos cavaleiros que aproveitaram seu tempo livre e esticaram o programa em Campos do Jordão, abrilhantando ainda

mais nossa festa! Cavalgada com bons amigos, lindas paisagens e apoio da família é tudo de bom! Esse evento de dois dias faz parte do calendário do Núcleo do Vale do Paraíba durante as férias de inverno. Foi sem dúvida um agradável fim de semana!

Ilda Kalitzki, Stefanie Kalitzki e Geraldo Castro Filho (Gereba).

Stefanie Kalitzki, Lucas Gonzaga e Filipe Xavier também estiveram presentes.

Adhemar Galvão e Joaquim Galvão durante a Cavalgada Zero Grau.

Fábio Mileo, Geraldo Castro Filho (Gereba) e Flávio Peres.

Felipe Angelin, Neto Castro e Alisson Vicente.

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Revista Mangalarga

Setembro, 2019



Território Cavalgada Territ

Por Pedro C. Rebouças

MARCHA MANGALARGA SP

Mangalarguistas realizam travessia do Estado de São Paulo a cavalo

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Revista Mangalarga

Setembro, 2019

Foto: Divulgação

O

s mangalarguistas Francisco de Godoy Bueno e Gastão Mesquita Filho deram início, no dia 26 de agosto, a uma travessia a cavalo do Estado de São Paulo. O percurso é definido pelos cavaleiros como um ‘raid’ de resistência, planejado para testar e comprovar as qualidades dos cavalos da raça Mangalarga, especialmente da linhagem SP, iniciada por Sebastião de Almeida Prado, bisavô de Francisco, importante fazendeiro e criador de cavalos Mangalarga. Com encerramento previsto para o dia 07 de setembro, logo após o fechamento desta edição da Revista Mangalarga, a viagem passaria por diferentes rotas, incluindo estradas vicinais, trilhas e caminhos alternativos, bem como à margem de algumas estradas e rodovias, que os cavaleiros procurariam evitar. Todo o planejamento e percurso foi estabelecido sob a supervisão de Lucas Paiva Garcia, ginete profissional que comanda o Centro Equestre Apalu e terceiro cavaleiro do ‘raid’. Segundo Lucas, “o principal desafio foi estabelecer um treinamento dos cavalos de modo a garantir que fosse possível cumprir a meta estabelecida, de cavalgar a distância mínima de 45 quilômetros por dia, o dobro de uma comitiva tradicional”. O trajeto teve início no Centro Equestre Apalu, em Alumínio (região de Sorocaba), com destino à Fazenda Pindorama (Barretos),

Animais durante a fase de treinamento para a viagem.

representando simbolicamente a devolução e evolução da criação de cavalos da tradicional tropa SP. Segundo Francisco, “o percurso simboliza a evolução do nosso critério de criação, hoje mais direcionado ao esporte e lazer, sem perder as origens dos nossos antepassados. Assim, seguimos do Centro de Treinamento à Fazenda que foi do meu trisavô e onde se iniciou a seleção de nossa tropa”. Durante a viagem, estava prevista a passagem dos cavaleiros pelo interior de pequenas cidades e pelas mais importantes regiões produtoras de cana-de-açúcar do Brasil. Essa foi uma motivação adicional, segundo Gastão Mesquita. Atravessar a cavalo as cidades que se modificaram com o tempo, desde a época dos trilhos de ferro, café, pecuária e cana e entender esse novo Estado de São

Paulo sob uma perspectiva que não é possível nas viagens motorizadas. Segundo Mesquita, “lemos muito os diários dos viajantes do início do século, que contam a história do nosso Estado e do nosso país. Passar novamente pelos caminhos hoje modificados, a cavalo, nos permitirá uma compreensão ampliada do nosso território e da agricultura que nele fazemos”. Todos os passos dos cavalos e dos cavaleiros seriam seguidos por uma equipe técnica, especialmente dedicada ao bem-estar dos animais, seis exemplares da raça Mangalarga, todos descendentes da castiça linhagem “SP”. Além disso, os cavaleiros planejavam registrar a viagem em diários, filmes e fotos que poderão ser publicados no futuro, além de realizar postagens nas redes sociais durante a preparação e o percurso.



Por Pedro C. Rebouças

Fotos: Divulgação

Fotos: Márcio Mitsuishi

As provas sociais são sempre muito aguardadas.

41ª EXPO NACIONAL Alto nível da tropa, programação variada e carinho da população sanjoanense são os ingredientes para a receita de sucesso da maior festa da Família Mangalarga

O

Parque de Exposições José Ruy de Lima Azevedo, localizado na cidade de São João da Boa Vista, no interior paulista, será palco da quadragésima primeira edição da Exposição Nacional do Cavalo Mangalarga. A aguardada mostra mangalarguista, que está entre os principais eventos da equinocultura brasileira, acontecerá no período de 12 a 21 de setembro, contando com uma diversificada programação voltada a toda a família. Promovida pela Associação Brasileira de Criadores de Cavalos da Raça Mangalarga (ABCCRM), 30

Revista Mangalarga

Setembro, 2019

Os mais cobiçados troféus da raça estão na Expo Nacional.


em parceria com a Sociedade Sanjoanense de Esportes Hípicos (SSEH), a Exposição Nacional irá receber cerca de 500 animais, provenientes de destacados criatórios das cinco regiões do país. Em sua programação, o evento incluirá competições funcionais, provas sociais, desfile de bandeiras e festas de confraternização, além dos concorridos julgamentos de marcha e morfologia que elegerão os Grandes Campeões Nacionais de 2019. Segundo Luis Augusto de Camargo Opice, Presidente da ABCCRM, a Nacional é a maior mostra e a maior festa do calendário anual da raça Mangalarga. “Além de proporcionar aos criadores uma importante oportunidade para conhecer a evolução da raça e avaliar o direcionamento que a mesma vem tendo, ela permite que os mangalarguistas desfrutem do convívio com os amigos e companheiros de criação, afinal o ato de criar não é apenas uma afirmação individual, mas sim uma verdadeira e salutar oportunidade de convívio social e familiar.” Opice também destaca que a Nacional será uma grande oportunidade para o público de São João e de toda a região conhecer melhor as qualidades da raça. “O Mangalarga vive hoje a sua melhor fase. A raça conseguiu um equilíbrio muito grande entre beleza, função e marcha. Fruto desse equilíbrio é que a gente tem crescido e conseguido atender a todos aqueles que amam as atividades hípicas e os prazeres que o cavalo nos propicia em contato com a natureza. Assim, acredito que quem visitar a 41ª Nacional irá com certeza se apaixonar pela raça.”

O público poderá conferir a marcha característica da raça.

Nacional é a melhor possível. “Além de possuir um plantel incrível, com animais que conjugam marcha, beleza e funcionalidade, a raça vem tendo uma temporada muito boa, com eventos muito movimentados, que têm atraído um número crescente de expositores e de animais. Dessa forma, estamos bastante otimistas e acreditamos que teremos uma significativa adesão dos mangalarguistas a esse evento que é considerado o maior encontro da Família Mangalarga.” Frugis também ressalta que o público e os criadores poderão desfrutar de uma ampla estrutura e de uma série de atrações ao longo dos onze dias de programação. “Como nos anos anteriores, teremos novamente praça de alimentação, espaço para a criançada, estandes

e lojas de empresas parceiras e um amplo camarote para recepcionar a todos com muito conforto. Além disso, estamos preparando algumas novidades, como os camarotes exclusivos para os haras que desejarem um espaço próprio para recepcionar os amigos e os pavilhões de baias exclusivos para os criatórios que quiserem acomodar sua tropa e sua equipe de uma forma mais confortável.” A programação da mostra deste ano incluirá também algumas atrações de grande sucesso nos anos anteriores. Uma delas será o “Testride”, que permitirá que crianças e adultos que visitarem o parque de exposição possam experimentar o prazer de montar em exemplares da raça, tendo seu primeiro contato ou estreitando os laços com o Cavalo

Expectativa elevada Na avaliação de João Frugis, Diretor Adjunto de Marketing da ABCCRM, a expectativa para esta O desfile das bandeiras acontecerá no sábado 14 de setembro. Setembro, 2019

Revista Mangalarga

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O evento irá reunir os melhores exemplares da raça.

de Sela Brasileiro. Outra atração já tradicional no evento que se repetirá este ano será o “Happy Hour Mangalarga”, um momento de descontração com música ao vivo nos começos de noite da exposição, que irá proporcionar aos mangalarguistas uma agradável oportunidade de confraternização e oferecerá um animado ponto de encontro ao público sanjoanense. Vale ressaltar, aliás, que a animação dos mangalarguistas é compartilhada com a população do município anfitrião do evento. De acordo com Jairo Hamilton Domingues, Presidente da SSEH, os organizadores locais estão fazendo o melhor possível para receber todos bem e para que São João continue sendo a capital brasileira do cavalo Mangalarga. “Já estamos preparando o nosso recinto para receber os animais, os criadores e o público visitante. Esse é, sem dúvida, um evento muito importante para toda a cidade e por isso temos que estar preparados”, avalia o dirigente sanjoanense.

Tropa de qualidade

A prova do patrão acontecerá no dia 21 de setembro.

A Nacional incluirá concorridos julgamentos de pelagens. 32

Revista Mangalarga

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Os julgamentos terão início na manhã de 12 de setembro e prosseguirão até o fim da tarde do dia 21, ocasião em que serão conhecidos os novos Grandes Campeões Nacionais da Raça Mangalarga. Para conduzir as atividades em pista, que seguirão a mesma sistemática de julgamento adotada no ano passado, foram convidadas duas duplas de jurados. José Rodolfo Brandi e Diego Rodrigues Vitral irão compor a Comissão de Marcha, enquanto Emerson Luiz Bartoli e Jorge Eduardo Cavalcante Lucena integrarão a Comissão de Morfologia. A expectativa dos organizadores é que uma tropa de muita qualidade passe pela pista de julgamento da 41ª Expo Nacional. Afinal, o evento será o ponto alto de uma


As provas funcionais estarão em destaque na Nacional.

temporada muito movimentada, cujo calendário incluiu cerca de 30 exposições regionais classificatórias de elevado nível zootécnico nos mais diferentes pontos do País. Já a funcionalidade da raça estará em destaque na manhã do sábado 14 de setembro, quando acontecerão as disputas de maneabilidade nas categorias contra o relógio e tempo ideal. Neste mesmo dia, a partir das 13h, está prevista a realização da abertura oficial do evento. A solenidade, que contará com a presença de autoridades locais e deverá receber ampla cobertura da mídia regional, terá como maior destaque o tradicional desfile das bandeiras dos criatórios participantes, sempre um dos momentos mais aguardados desta grande celebração do Cavalo de Sela Brasileiro. O evento, além disso, reservará um momento especial para as sempre aguardadas provas sociais. A competição, que todos os anos

conta com grande adesão da Família Mangalarga, acontecerá entre as 08h e as 12h do sábado 21 de setembro, incluindo disputas nas categorias mini mirim, mirim, juvenil, feminina e do patrão.

Transmissão ao vivo A 41ª Exposição Nacional contará ainda com um amplo destaque na mídia e nas redes sociais, inclusive com transmissão ao vivo pela internet do primeiro ao último dia de programação. Para acompanhar os julgamentos, o mangalarguista precisará apenas acessar o portal oficial da Associação: www.cavalomangalarga.com.br. A ABCCRM também manterá os apaixonados pela raça muito bem informados sobre sua mais importante mostra por meio de suas páginas oficiais em redes sociais como o Facebook, na qual conta com mais de 30 mil seguidores, e o Instagram, onde um número

superior a 31 mil pessoas seguem as novidades do universo do Cavalo de Sela Brasileiro. De acordo com o Diretor de Marketing João Frugis, pode-se esperar um grande interesse pelo evento por parte tanto do público ligado ao meio rural como por parte dos habitantes de São João da Boa Vista e arredores. “Nossa ideia é realizar uma forte divulgação junto à mídia especializada e também aos veículos de comunicação da região. Isso, somado aos nossos demais esforços de marketing, irá ampliar bastante a visibilidade desta 41ª Nacional Mangalarga.” Para ficar por dentro das principais novidades da mais importante mostra da raça Mangalarga, acesse o portal www. cavalomangalarga.com.br ou siga as páginas oficiais da entidade no Facebook (www.facebook.com/ ABCCRMOficial/) e no Instagram (www.instagram.com/mangalarga_ oficial/). Setembro, 2019

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CARE

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Por Pedro C. Rebouças

CREPÚSCULOS MARAVILHOSOS Famosa por seus belos crepúsculos, São João da Boa Vista também é cada vez mais a cidade do cavalo Mangalarga O município de São João da Boa Vista (SP) e a raça Mangalarga estão cada vez mais próximos. Prova disso é que esta será a quarta temporada seguida que a cidade dos crepúsculos maravilhosos receberá a mais importante festa do calendário mangalarguista, a Exposição Nacional. Para Luis Augusto de Camargo Opice, Presidente da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos da Raça Mangalarga (ABCCRM), a acolhida que a comunidade mangalarguista recebe na cidade tem sido uma das razões do êxito do evento nos últimos anos. “Este

será o quarto ano consecutivo que realizamos nosso evento aqui em São João e cada vez que pisamos nesta terra abençoada da Serra Paulista nos sentimos em casa e somos sempre muito bem acolhidos. Por isso somos muito agradecidos aos nossos anfitriões e aos amigos que nos ajudam nesta empreitada.” Por sua vez, o Prefeito Vanderlei Borges de Carvalho acredita que essa é uma relação que tem tudo para tornar-se cada vez mais forte, tanto é que, em sua visita à Nacional 2018, acertou ao prever que a exposição voltaria mais vezes à cidade. “Estamos muito felizes por

ter a oportunidade de receber mais uma vez a Exposição Nacional. Temos certeza que este será um grande evento e esperamos que São João volte a recepcionar esta importante mostra no próximo ano, afinal essa é uma parceria que vem sendo muito produtiva e que tem tudo para ser muito duradoura.”

Ligação histórica Esta forte relação, entretanto, não é recente, durando já muitas décadas. Afinal, além de concentrar muitos usuários que encontram

Crepúsculo durante a Exposição Nacional 2018.

Os mais cobiçados troféus da raça estão na Expo Nacional.


Fotos: Márcio Mitsuishi

O Mangalarga e os crepúsculo maravilhosos unidos em São João.

no cavalo Mangalarga sua melhor opção de lazer, o município é um tradicional centro de seleção da raça, sendo a terra natal de criadores que desempenharam um importante papel nos primórdios da raça. Entre eles, um dos mais destacados foi José Ruy de Lima Azevedo, que hoje dá nome ao recinto de exposições que anualmente recebe a Eapic, a Exposição, Agropecuária, Industrial e Comercial de São João da Boa Vista. Aliás, pode-se dizer que a Eapic e o cavalo Mangalarga são indissociáveis. Segundo Marcelo Bertoldo Motta, Diretor de Equinos da Sociedade Sanjoanense de Esportes Hípicos (SSEH), a raça esteve presente em todas as edições do evento e é o carro-chefe da tradicional feira agropecuária da cidade desde a criação do evento, em 1943. Luis Augusto Opice também destaca essa histórica relação. “A nossa Associação foi fundada em 1934 e até o ano de 1943 todas as nossas exposições aconteciam

no Parque da Água Branca, em São Paulo (SP). Não havia exposições regionais. Só em 1943, com a inauguração do parque de exposições, uma mostra ocorreu pela primeira vez fora da capital paulista, justamente aqui em São João, por iniciativa do grande mangalarguista sanjoanense José Ruy de Lima Azevedo.”

Agenda movimentada São João da Boa Vista é também a base do Núcleo da Serra da Mantiqueira. Fundada há menos de dois anos com o intuito de atrair novos usuários e valorizar o criatório local, a entidade tem movimentado a comunidade mangalarguista da região com a realização de exposições e copas. Em 2019, foram três eventos. A 2ª Copa de Marcha da Serra da Mantiqueira de Inéditos e Fomento aconteceu no mês de fevereiro, abrindo o calendário da raça na atual temporada. Depois, foi a vez da Exposição Mangalarga da Eapic, realizada no mês de julho

em conjunto com a SSEH, e da Exposição da Serra da Mantiqueira, que aconteceu no mês de agosto e teve caráter classificatório para a Nacional. Além disso, São João é sede de duas cavalgadas bastante conhecidas dos mangalarguistas, a Cuecada, que chegou este ano à sua 29ª edição, e a Sutianzada, uma cavalgada exclusiva para mulheres com vinte e uma edições já realizadas. Os dois eventos são promovidos pela SSEH - entidade presidida por Jairo Hamilton Domingues, outro grande parceiro da raça na região -, com o apoio do núcleo e com grande adesão dos adeptos do Cavalo de Sela Brasileiro. Por tudo isso, fica claro que a Família Mangalarga pode aguardar por uma grande festa nesta 41ª Expo Nacional. Assim, é hora de arrumar a tropa e se preparar para este encontro que promete ser inesquecível. Setembro, 2019

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Exposições, E xpo Copas & Provas

Por Pedro C. Rebouças

Quarta edição do evento mogimiriano recebeu 52 animais.

COPA DE MOGI MIRIM Quarta edição do evento atingiu o objetivo de proporcionar um agradável momento de convivência para a Família Mangalarga

O

Centro Comunitário Rural de Mogi Mirim (SP) recebeu, nos dias 08 e 09 de junho, uma tropa de muita qualidade para a disputa da Etapa Oficial de Mogi Mirim da Copa Mangalarga de Marcha 2019. No total, 52 animais, provenientes de 30 conceituados criatórios da raça, participaram do julgamento 38

Revista Mangalarga

Setembro, 2019

conduzido pelo jurado José Rodolfo Brandi. Organizado pelo criador Pedro Luiz Suarez Castedo, com o apoio do Núcleo Mangalarga de Amparo (SP) e da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos da Raça Mangalarga (ABCCRM), a Copa de Mogi Mirim ofereceu uma oportunidade ímpar para o público

da região conferir o melhor da marcha do Cavalo de Sela Brasileiro. A quarta edição da copa mogi-miriana não se restringiu, entretanto, às atividades na pista de julgamento. Afinal, a programação do evento também contou com uma série de atrações voltadas a toda a família, além de reservar um momento especial para os negócios


Exposições, Copas & Provas ovas com a realização do 1º Leilão Haras ACF. “A Copa de Mogi-Mirim mais uma vez atingiu o seu objetivo, que é trazer a família pra dentro do evento. Para que isso acontecesse, nós tivemos um espaço especialmente dedicado às crianças, apresentação de moda de viola e uma diversificada praça de alimentação, com bar completo e um verdadeiro festival de ‘food trucks’, trazendo assim mais conforto e uma boa oferta de refeição para todos. Além disso, graças ao auxílio do presidente da ABCCRM Luis Opice, que nos cedeu alguns animais de seu criatório, a criançada pôde experimentar a montaria em cavalos da raça. Foi tudo um sucesso tremendo”, comemora Pedro Castedo. O organizador do evento destaca ainda a participação dos principais haras da raça e a significativa quantidade de mangalarguistas que esteve presente para abrilhantar a festa deste ano. “Nesta quarta edição, nós contamos com a parceria do Haras ACF, responsável pela realização do 1º Leilão Haras ACF, que aconteceu com grande sucesso na tarde do sábado (08) e veio para somar ao nosso evento,

A criançada teve oportunidade de montar em animais da raça.

O público pôde conferir a marcha típica do Mangalarga.

Pedro Castedo comandou a organização do evento. Setembro, 2019

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Exposições, Copas & Provas Expo agregando ainda mais criadores, usuários e pessoas com potencial para entrar na raça Mangalarga.” Castedo também elogia a estrutura do Centro Comunitário Rural de Mogi Mirim, lembrando que o recinto de exposição está localizado a cem metros de uma importante rodovia de pista dupla, próximo da cidade e com um entorno rico em hotelaria e em comércio, o que faz com que ele atenda todas as necessidades tanto dos participantes como do público em geral. “Tenho certeza que as pessoas que estiveram presentes puderam constatar que a gente zela pela organização, pela segurança e pelo bem-estar de todos que estão no evento, sempre priorizando que a família toda esteja presente, pois esse é sempre o nosso objetivo”, acrescenta o organizador, para

quem esse gênero de competição é de suma importância para a raça Mangalarga. “A comissão organizadora do nosso evento tem a total convicção de que a Copa de Marcha é um evento primordial e que precisa crescer cada dia mais. Afinal, o nosso cavalo tem por excelência a marcha, cuja principal vitrine é justamente essa tradicional competição promovida pela Associação. Por isso, acredito que eventos que estimulem a marcha e ao mesmo tempo agreguem a família são a principal alternativa para trazermos novos criadores e novos apaixonados para a raça Mangalarga”, finaliza Castedo, deixando ainda um agradecimento especial às empresas que apoiaram a copa mogi-miriana, aos companheiros de núcleo e ao criador Antônio Carlos Ferreira, titular do Haras ACF, cuja parceria

foi essencial para o sucesso dessa quarta edição. Promovida pela ABCCRM, com o objetivo de valorizar uma das principais qualidades da raça - a marcha progressiva, cômoda e equilibrada -, a Copa Mangalarga já passou na atual edição pelas cidades de Jacareí (SP), Tijucas do Sul (PR), São João da Boa Vista (SP), Mococa (SP), Jequié (BA), Mogi Mirim (SP) e Amparo (SP). Além disso, outras etapas estão previstas para acontecerem nos próximos meses nos municípios de Vitória da Conquista (BA), Taubaté (SP) e Jundiaí (SP). Para obter mais informações sobre a Copa Mangalarga de Marcha 2019, assim como para conferir os resultados completos da Etapa Oficial de Mogi Mirim, visite o portal oficial da ABCCRM: www. cavalomangalarga.com.br.

O 1º Leilão Haras ACF foi um dos destaques da programação. 40

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Exposições, Copas & Provas Expo

Por Pedro C. Rebouças

EXPO JACAREÍ Inovações marcaram a quarta edição da mostra promovida pelos criadores da região metropolitana da capital paulista

O

Núcleo Mangalarga da Grande São Paulo promoveu, entre os dias 28 e 30 de junho, a Exposição Mangalarga de Jacareí (SP). Realizada nas dependências do Agrocentro, o novo recinto de exposições do Sindicato Rural de Jacareí, a mostra recebeu 104 inscrições e contou com a participação de 17 conceituados criatórios mangalarguistas. Segundo Marcelo Vegas, presidente do Núcleo e um dos responsáveis pela organização da mostra jacareiense, esta quarta edição do evento foi bastante positiva. “A exposição deste ano repetiu o sucesso das mostras dos anos anteriores, contando com a presença de uma tropa espetacular e de grandes criatórios, como o Haras A.E.J, o Haras Lagoinha, o Haras Precioso, a ZCM Agropecuária, entre outros.” Vegas também explica que o Núcleo da Grande São Paulo, campeão do Ranking de Núcleos de 2018, procura manter uma constante busca pelo aperfeiçoamento em suas ações e eventos. “Nós estamos procurando melhorar a cada ano, corrigindo sempre aquilo que não ficou muito legal na edição anterior. Este ano, nós firmamos novas parcerias e introduzimos uma série de atrações, incluindo shows musicais, estandes de empresas parceiras para visitação do público e um ótimo restaurante para atender 42

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Amazona apresenta exemplar da raça na Expo Jacareí.

Premiação da prova funcional da mostra jacareiense.


Exposições, Copas & Provas ovas os criadores e demais visitantes. Essas inovações deram resultado e tivemos um público rotativo de cerca de mil pessoas por dia, um número muito significativo para um evento da raça.” A mostra jacareiense contou também com uma série de atrações para o público infantil. As crianças tiveram pipoca e algodão doce à vontade e contaram com um espaço de brincadeiras exclusivo, além de terem a oportunidade de montar animais da raça, podendo dessa forma ter seu primeiro contato ou estreitar os laços com o cavalo Mangalarga. Em pista, os julgamentos foram comandados pelo jurado Emerson Luiz Bartoli, a quem coube a tarefa de analisar tanto a marcha e a dinâmica como a morfologia dos animais participantes. A programação reservou ainda um momento especial para a funcionalidade da raça, com a realização da primeira edição da Copa Genial Pet e Grande São Paulo de Função, realizada no sábado 29 de junho. Além disso, como já é tradicional em Jacareí, o Mangalarga colorido também fez bonito no evento. “A participação da pelagem foi muito expressiva este ano, com a presença de uma tropa de ótimo nível, que, além de se destacar nas categorias exclusivas desse segmento, também fez bonito na classe geral. Isso

O evento reservou um momento especial para a função.

tudo, aliás, nos proporcionou um comparativo muito bom da evolução dos animais desse segmento.” Após os três dias de atividades na pista do Agrocentro, o Ranking de Expositores da Exposição de Jacareí teve como principais destaques: Paulo Eduardo Corrêa da Costa (1692,20 pontos), Almiro Esteves Junior (1112,40 pontos), Haras Precioso (576,80 pontos), Dirk Helge Kalitzki (318,00 pontos) e ZCM Agropecuária (244,00 Pontos). Já o Ranking de Criadores do evento teve como principais destaques: Paulo Eduardo Corrêa

A criançada contou com uma programação especial.

da Costa (1692,20 pontos), Almiro Esteves Junior (670,00 pontos), Dirk Helge Kalitzki (298,00 pontos), Guilherme Pompeu Piza Saad (279,60 pontos) e ZCM Agropecuária (244,00 pontos). Para conferir os resultados completos da Exposição Mangalarga de Jacareí, visite o portal www. cavalomangalarga.com.br. Já para obter mais informações sobre as atividades do Núcleo Mangalarga da Grande São Paulo, escreva para marcelovegas@terra.com.br ou visite a página oficial da entidade no Facebook: www.facebook.com/ mangalargasp/.

A mostra levou um bom público ao Agrocentro. Setembro, 2019

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Exposições, Copas & Provas Expo

Por Pedro C. Rebouças

EAPIC 2019

Fotos: J. Eduardo Grespan

Evento contou com a adesão de 58 expositores, comprovando a forte relação da comunidade mangalarguista com a cidade dos crepúsculos maravilhosos

A

Exposição Mangalarga de São João da Boa Vista (SP) colocou o Cavalo de Sela Brasileiro em destaque na 46ª Eapic, a Exposição Agropecuária, Comercial e Industrial deste próspero município do interior paulista. Promovida de forma conjunta pelo Núcleo Mangalarga Serra da Mantiqueira e pela Sociedade Sanjoanense de Esportes Hípicos (SSEH), a mostra mangalarguista aconteceu no período de 05 a 07 de julho, no Parque de Exposições José Ruy de Lima Azevedo. Na avaliação de Josué Eduardo Grespan, diretor do Núcleo Serra da Mantiqueira, a mostra sanjoanense foi um sucesso absoluto tanto dentro como fora da pista de julgamento. “Essa foi uma ótima exposição. Nós tivemos a participação de 58 expositores, entre os quais estavam muitos pequenos e médios criadores que vieram de diversas regiões de São Paulo, de Minas Gerais e de estados mais distantes como Amapá e Pará. Além disso, tivemos 76 inscrições na classe geral e 56 na classe de pelagens, tendo quase um empate entre ambas e perfazendo um número total de 132 inscrições. Isso por que foi necessário limitar o número de inscrições, uma vez que havia um limite no número de baias, mas acredito que se não houvesse essa restrição com certeza teríamos passado de 150 animais inscritos.”

O jurado André Fleury avalia a marcha de um dos animais.

O evento contou com uma equipe muito dedicada. 44

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Exposições, Copas & Provas ovas Relação especial Grespan destaca ainda que os criadores da raça têm uma relação especial com a Eapic e com São João da Boa Vista. “Essa é a 46ª exposição que a raça Mangalarga realiza, de forma ininterrupta, na Eapic. Os mangalarguistas gostam de trazer cavalo para cá e de estar aqui por que todos se sentem à vontade com o calor humano do pessoal local. Além disso, essa é uma cidade boa e tranquila em que a exposição vem melhorando a cada ano. Sem contar que a nossa mostra é uma importante pré-Nacional, permitindo que os animais e os criadores se familiarizem com a cidade e com a pista de julgamento onde ocorre a mais importante exposição da raça.” O dirigente sanjoanense acrescenta também que uma estrutura especial foi preparada

para receber a comunidade mangalarguista. “Todos os dias, os criadores, os peões e as demais pessoas envolvidas com a mostra podiam desfrutar de um gostoso café da manhã, patrocinado pelo Núcleo Serra da Mantiqueira e pela Padaria Rainha, uma das mais renomadas aqui da cidade. O evento, além disso, contou com um restaurante muito bom na Casa do Criador, ‘O Curral’, e com as diversas atrações disponibilizadas ao público na Eapic. Nossa mostra, aliás, foi sucesso de público, uma vez que tanto na sexta como no sábado o nosso julgamento prosseguiu até quase 22h, permitindo que o público que veio ao parque acompanhar a Eapic pudesse acompanhar boa parte da exposição do cavalo Mangalarga.”

Exitosa parceria

O segmento de pelagem teve forte presença no evento.

Um ambiente de amizade e descontração marcou o evento.

O sucesso da parceria responsável pela organização da mostra é outro ponto ressaltado por Grespan. “Há cerca de três anos, a nossa exposição passou a ser organizada de forma conjunta pela SSEH, capitaneada pelo Jairo Hamilton e pelo Marcelo Bertoldo, e pelo Núcleo Serra da Mantiqueira, que conta com a minha dedicação e de outros amigos como a Juliana Cobrinha, o Felipe Lopes e o Youssef Haddad. Assim, temos conseguido fazer um evento melhor a cada edição. Além disso, este ano tivemos as importantes contribuições do Luizinho Pereira na parte de vistoria de ferrageamento, dos incansáveis Francisco Bezerra e Lucas Diniz da equipe da Associação e também dos competentes jurados André Fleury (marcha e dinâmica) e Marcelo Toledo (morfologia), que nos proporcionaram julgamentos muito bem feitos e imparciais.”

A comunidade mangalarguista prestigiou a Eapic.

A mostra sanjoanense recebeu uma tropa de alto nível.

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Exposições, Copas & Provas Expo Após os três dias de atividades na pista da Eapic, o Ranking de Expositores do evento foi encabeçado pelos mangalarguistas Almiro Esteves Junior (1286,00 pontos), Pedro Salla Ramos Filho (458,00 pontos), Sérgio Napoleão Poeta II (285,00 pontos), Josué Eduardo Grespan (255,00 pontos) e Décio Rupolo (217,50 pontos). O Ranking de Criadores, por sua vez, foi liderado por Almiro Esteves Junior (598,00 pontos), Pedro Salla Ramos Filho (363,00 pontos), Celso Cerávolo Paoliello (280,00 pontos), Josué Eduardo Grespan (255,00 pontos) e Décio Rupolo (217,50 pontos). Para conferir os resultados completos da Exposição Mangalarga de São João da Boa Vista, visite o portal oficial da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos da Raça Mangalarga: www.cavalomangalarga.com.br.

José Rodolfo Brandi e Lúcio Inocêncio prestigiaram a mostra.

Os criadores desfrutaram de uma confortável estrutura.

A raça também mostrou sua funcionalidade na Eapic. 46

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Mangalarguistas acompanham o julgamento da raça.

A marcha esteve em destaque na Eapic 2019.


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Exposições, Copas & Provas Expo

Por Pedro C. Rebouças Fotos: Núcleo da Alta Noroeste

43ª EXPO LINS Raça Mangalarga registrou participação recorde na mais recente edição da tradicional mostra linense

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Cavalo de Sela Brasileiro esteve novamente entre os destaques de uma das mais tradicionais feiras agropecuárias do interior paulista, a Expo Lins. A participação da raça no evento aconteceu nos dias 09 e 10 de agosto, tendo como ponto alto os concorridos julgamentos válidos para o Ranking Mangalarga 2019. Promovida pelo Sindicato Rural de Lins, com o apoio do Núcleo da Alta Noroeste, a Exposição Mangalarga de Lins ocorreu nas dependências do Recinto José Maurício Junqueira de Andrade, contando com a participação de 127 animais, número 58% superior ao registrado na edição anterior do evento. Para conduzir os julgamentos, foram convidados os jurados Emerson Luiz Bartoli, a quem coube a tarefa de analisar os quesitos marcha e dinâmica, e Marcelo Leite Vasco de Toledo, responsável pela avaliação do item morfologia. Na opinião de Marcos Sampaio de Almeida Prado, o Kiko, Coordenador do Colégio de jurados da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos da Raça Mangalarga (ABCCRM), a Exposição de Lins foi um sucesso. “A mostra deste ano foi extraordinária, com a participação de uma tropa de muito boa qualidade e com um número expressivo de participantes, superior ao que é habitual aqui em Lins, afinal muitos criadores estavam procurando conseguir credenciar seus animais para a 48

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A mostra registrou um crescimento de 58%.

Bons exemplares passaram pela pista linense.

Expo Nacional.” Kiko elogia também a estrutura encontrada pela comunidade mangalarguista na Expo Lins. “Eu gosto muito desse evento. Afinal, este é um parque com uma ótima localização, uma pista muito boa

e um pessoal muito atencioso, que recebe a todos muito bem. Além disso, a cidade possui bons hotéis e um comércio forte, elementos que a credenciam para futuramente trazer a Exposição Brasileira para cá.” Esse, aliás, é um dos objetivos


Exposições, Copas & Provas ovas

Detalhe dos cobiçados troféus da Exposição de Lins.

A comunidade mangalarguista prestigiou a Expo Lins.

Fernando Nechar, Gabriel Marques, Fernando Antunes, Luis Alfredo e Maurício Galhanone.

Alexandre Borsatto, Neto Castro, José Roberto e Geraldo Castro Filho.

dos criadores de Lins. “Nossa ideia é sempre crescer. Este ano, nós tivemos um número recorde de inscrições, com todas as baias preenchidas. Agora, nossa próxima meta é realizar uma festa ainda maior. Dessa forma, é um grande desejo nosso ter a Brasileira aqui em 2020, quando Lins irá completar cem anos, uma data muito marcante para toda a região”, comenta Luis Alfredo Marques, criador da raça e presidente do Sindicato Rural de Lins. Kiko Almeida Prado ressalta, por sua vez, a longa relação existente entre Lins e a Mangalarga. “Esta é uma cidade que possui uma história importante com a raça, grandes criadores desenvolveram suas seleções aqui, como o Fausto Simões e os Junqueira de Andrade, da linhagem JB. Além disso, muita gente boa criou aqui e continua criando até hoje.”

Já o presidente do Núcleo da Alta Noroeste, Maurício Galhanone, destaca o êxito da mostra linense e reforça o sonho de uma Expo Brasileira. “Eu gostaria de parabenizar o Sindicato Rural, o Luis Alfredo e o Fernando Nechar pelo belo trabalho de organização feito aqui. O evento foi maravilhoso, tanto na parte de cavalos, com mais de 120 baias lotadas com o que há de melhor na raça, como na parte de estrutura, com os estandes e restaurantes. Foi muito bom ver o sucesso do evento aqui em Lins, assim como já havia acontecido nas demais mostras da região, em Araçatuba (SP) e Paranaíba (MS). Isso nos motiva a batalhar para trazer a Brasileira para a região.” Após os dois dias de julgamentos, as primeiras colocações do ranking de expositores da mostra linense foram ocupadas por: Haras Precioso (947,50 pontos), Vinicius João Curi

(870,00 pontos), Emiliano Abraão Sampaio Novais (735,00 pontos), Almiro Esteves Junior (545,00 pontos) e Roberto Diniz Junqueira Filho (497,50 pontos). O ranking de criadores, por sua vez, foi liderado por Vinicius João Curi (752,50 pontos), Emiliano Abraão Sampaio Novais (735,00 pontos), Fazenda Morro Agudo (434,00 pontos), Roberto Diniz Junqueira Filho (402,50 pontos) e Antonio Carlos Ferreira (350,00 pontos). Para conferir os resultados completos da Exposição Mangalarga de Lins, visite o portal oficial da raça: www.cavalomangalarga.com.br. Já para obter mais informações sobre as atividades do Núcleo da Alta Noroeste, entre em contato com os dirigentes da entidade pelo telefone (14) 99787-5738 ou pelo endereço eletrônico mauriciogalhanonemg@ gmail.com. Setembro, 2019

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Exposições, Copas & Provas ovas

ENDURO EQUESTRE

Conjunto mangalarguista vence etapa do Ranking Brasiliense

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raça Mangalarga voltou a fazer bonito nas trilhas de enduro equestre com o conjunto Beatriz Akie Sato e Zafira MFG, que sagrou-se campeão da categoria Graduado Jovem 40 Km da 4ª Etapa do Ranking da FHBr (Federação Hípica de Brasília), disputada no sábado 17 de agosto, na Fazenda Água Limpa, da Universidade de Brasília (UnB). Proveniente da seleção de Marcos Freire Gonçalves, a tordilha Zafira MFG é um produto do cruzamento entre Império do Oriente e Marília 2A. Nascida em 03 de novembro de 2003, a experiente fêmea integra hoje o plantel do criador brasiliense Marcio de Araujo e acumula bons resultados nas provas de enduro de velocidade controlada. Já a jovem amazona Beatriz Akie Sato é integrante da equipe do Centro Equestre Catetinho, instituição brasiliense comandada pelo jovem mangalarguista Jorge Eustáquio de M. Araujo e responsável por um importante trabalho de incentivo à participação da raça em diversas modalidades hípicas, em especial no enduro equestre, esporte em que vem obtendo importantes conquistas nos últimos cinco anos. Modalidade oficial da Federação Equestre Internacional (FEI), o Enduro Equestre pode ser definido como uma corrida a cavalo em trilhas das mais variadas distâncias (de 20 quilômetros a 160 quilômetros, percorridos em um único dia, pelo mesmo cavalo e

cavaleiro). Um dos grandes pilares deste esporte é o bem-estar animal. Por isso, a prova é realizada em “anéis”, etapas de 15 quilômetros a 35 quilômetros, e, ao final de cada anel, o cavalo passa por uma inspeção veterinária e um descanso obrigatório de 40 minutos. Caso o animal não passe na inspeção, chamada de “vet check”, o conjunto é eliminado. As provas podem ser de velocidade livre, em que ganha o conjunto que chegar primeiro, ou de velocidade controlada, na qual exige-se muita estratégia e ganha o conjunto que terminar em um tempo ideal, com o menor batimento cardíaco. As provas disputadas pelo Centro Equestre Catetinho são de 20 quilômetros e 40 quilômetros, de velocidade controlada. São as chamadas categorias “Aberta” e

Beatriz Sato integra a equipe do Centro Equestre Catetinho.

“Graduada”, nas quais o cavalo Mangalarga apresenta grande aptidão e se destaca pelo conforto, resistência e coragem. (Com informações adicionais do portal do Centro Equestre Catetinho).

Beatriz Sato e Zafira MFG venceram a categoria Graduado Jovem 40 Km. Setembro, 2019

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Exposições, Copas & Provas Expo

Por Pedro C. Rebouças

13ª EXPO AMPARO Evento proporcionou três dias de muita amizade e confraternização para a Família Mangalarga

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Centro Hípico Hipocampo foi palco, entre os dias 02 e 04 de agosto, de uma movimentada programação voltada ao Cavalo de Sela Brasileiro. As atividades incluíram três aguardados eventos do calendário da raça, a 13ª Exposição Mangalarga de Amparo (SP) e a 13ª Copa de Marcha de Amparo (SP), além de um movimentado leilão de coberturas. Promovida pelo Núcleo Mangalarga de Amparo, com o apoio do Sindicato Rural de Amparo e da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos da Raça Mangalarga (ABCCRM), a programação reuniu quase duzentos animais ao longo de três dias de atividades, tendo aberto ainda um privilegiado espaço para o congraçamento entre criadores, expositores e demais apaixonados pela raça Mangalarga. Na avaliação de Marcelo Leite Vasco de Toledo, diretor do núcleo amparense, o público que compareceu ao Hipocampo pôde conferir um grande evento,

O cordeiro na brasa foi a atração do jantar da sexta-feira.

que superou as expectativas dos organizadores. “Este ano, o número de animais foi muito grande. Nós tivemos no catálogo 150 animais inscritos para a exposição e 45 animais inscritos para a copa de marcha. Além disso, o nível da tropa estava muito bom, afinal a qualidade dos animais vem crescendo ano a ano, graças aos

Vista geral da pista do Centro Hípico Hipocampo. 60

Revista Mangalarga

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nossos criadores que têm se mostrado muito empenhados na busca pela constante melhoria zootécnica de seus plantéis.”

Uma grande festa Toledo ressalta também que a parte social foi novamente um dos destaques da Exposição de Amparo.

A pelagem pampa também esteve em destaque na exposição.


Exposições, Copas & Provas ovas “Nós cultivamos aqui o conceito de que a exposição é uma grande festa, uma reunião de amigos, em que o cavalo serve como uma ferramenta para a gente se reunir e colocar a prosa em dia. Então eu acho que o ponto forte desse evento está justamente na confraternização entre os mangalarguistas. Acredito que, graças a isso, tivemos uma grande participação de criadores, principalmente na sexta-feira (02), quando fizemos o nosso tradicional jantar com o cordeiro na brasa, e no sábado (03), ocasião em que realizamos o nosso remate, sempre com um ambiente festivo e de bastante confraternização.” O leilão foi outro ponto alto da programação. Promovido com o objetivo de arrecadar recursos para os projetos de fomento do núcleo amparense, ele arrecadou um montante de R$ 88.000,00, com a venda de quatorze coberturas e uma barriga ofertadas por conceituados criatórios da região. “O leilão foi muito bacana. O pessoal participou e colaborou, tanto doando como comprando, o que vem comprovar que o núcleo está muito firme, com os criadores todos empenhados em seu fortalecimento”, avalia Toledo. Após os três dias de julgamentos, conduzidos pelos jurados André Fleury (marcha e dinâmica) e Emerson Luiz Bartoli (morfologia),

o ranking de expositores da mostra amparense teve como principais destaques o Haras Precioso (1545,00 pontos) e os criadores Fernando Tardioli Lúcio de Lima (697,50 pontos), Almiro Esteves Junior (572,50 pontos), Eduardo Henrique Souza de França (370,00 pontos) e Guilherme Pompeu Piza Saad (346,00 pontos). O ranking de criadores, por sua vez, foi liderado por Guilherme Pompeu Piza Saad, que somou 1068,50 pontos, garantindo pelo segundo ano consecutivo o Troféu Transitório Antonio Ignacio Pupo. A disputa consagrou ainda

Fernando Tardioli Lúcio de Lima (475,00 pontos), Antonio Carlos Ferreira (407,50 pontos), Nelson Antonio Braido (285,00 pontos) e Companhia Jauaperi de Imóveis (279,00 pontos). Para conferir os resultados completos da 13ª Exposição de Amparo e da 13ª Copa de Amparo, visite o portal oficial da ABCCRM: www.cavalomangalarga.com.br. Já para obter mais informações sobre as atividades do Núcleo de Amparo, siga a página da entidade no Facebook: www.facebook.com/ nucleodeamparo/.

Fotos: Divulgação

O leilão arrecadou R$ 88.000,00 em prol do núcleo.

Os mangalarguistas desfrutaram de um amistoso ambiente.

Um grande número de criadores prestigiou o evento. Setembro, 2019

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Exposições, Copas & Provas Expo

Por Pedro C. Rebouças

EXPOSIÇÃO DE AVARÉ Mostra colocou as qualidades da raça em evidência dentro de uma das principais vitrines da pecuária paulista

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Parque Fernando Cruz Pimentel recebeu, entre os dias 20 e 22 de junho, a Exposição Mangalarga de Avaré (SP). Organizada pelo Núcleo Mangalarga do Oeste Paulista, com o apoio da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos da Raça Mangalarga (ABCCRM), a mostra colocou a raça em destaque em um dos mais relevantes eventos da pecuária paulista e brasileira, a Exponel 2019. A mostra avareense registrou este ano um crescimento de 13% na comparação com a edição do ano passado. No total, 102 animais, expostos por 14 conceituados criatórios da raça, participaram dos julgamentos conduzidos pela dupla de jurados composta por André Fleury Azevedo Costa, a quem coube a tarefa de analisar os itens marcha e dinâmica, e Benedito Carlos da Silva, responsável pela avaliação do quesito morfologia.

O cordeiro na brasa foi a atração do jantar da sexta-feira. Evento registrou um crescimento de 13% este ano.

Ótima festa Segundo Felipe Hamilton Loureiro, presidente do Núcleo do Oeste Paulista e titular do Haras Dino, o evento avareense atingiu todas as expectativas. “Saiu tudo dentro do previsto e o pessoal gostou muito. Afinal, foi uma ótima festa, com bons animais, pista boa, infraestrutura boa, comida boa e 62

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A exposição levou 102 animais da raça a Avaré.

muita integração entre os criadores.” Ainda de acordo com Loureiro, um dos pontos altos do evento foi o churrasco de confraternização, realizado na noite da sexta-feira 21 de junho, com grande adesão dos

mangalarguistas presentes. “Além disso, também vale ressaltar que nós contamos durante o evento com a retaguarda da Casa do Nelore e com o apoio do Núcleo Nelore de Avaré, responsável pela realização


Exposições, Copas & Provas ovas da Exponel, o que permitiu que tanto os peões como os criadores e seus familiares tivessem uma ótima estrutura à sua disposição.” Em pista, os expositores que mais se destacaram foram: Cassiano Terra Simão (2241,60 pontos), Haras Precioso (1466,40 pontos), Emiliano Abraão Sampaio Novais (975,60 pontos), Vinicius João Curi (702,00 pontos) e HIC Agropecuária (462,00 pontos). Já o Ranking de Criadores da Exposição de Avaré foi liderado por Cassiano Terra Simão (2241,60 pontos), Emiliano Abraão Sampaio Novais (975,60 pontos), Vinicius João Curi (702,00 pontos), Guilherme Pompeu Piza Saad (624,00 pontos) e HIC Agropecuária (525,00 pontos).

Exponel 2019

ferrageamento de equinos”. Para o presidento do Núcleo dos Criadores de Nelore de Avaré e Região, Luiz Carlos Marino, o evento foi uma demonstração da força da pecuária nacional e da importância da união em prol de objetivos comuns. “É com a sensação de dever cumprido que finalizamos a Exponel Avaré 2019. Foi minha última exposição à frente do núcleo e é muito gratificante ver que o árduo trabalho de cada integrante da nossa equipe valeu a pena. Durante essa gestão, sempre batalhamos para ter uma melhor infraestrutura e fazer com que nossos convidados se sintam acolhidos. As metas traçadas só foram alcançadas porque criamos

vínculos e alianças estratégicas, que deram o suporte para o crescimento sustentável do maior show da pecuária paulista. Portanto, agradeço a todos os colaboradores e criadores que, direta ou indiretamente, contribuíram para o sucesso do evento.” Para conferir os resultados completos da Exposição Mangalarga de Avaré, visite o portal oficial da ABCCRM: www. cavalomangalarga.com.br. Já para obter mais informações sobre as atividades do Núcleo Mangalarga do Oeste Paulista, acesse a página oficial da entidade no Facebook. (Com informações adicionais do Núcleo Nelore de Avaré).

Fotos: Divulgação

A Exponel 2019 foi apontada, por sua vez, como a melhor edição dos últimos tempos. Com o slogan “o maior show da pecuária paulista”, a mostra reuniu várias raças bovinas e equinas, atraindo um público de mais de cinco mil visitantes. O evento foi ainda palco de três leilões, responsáveis por uma movimentação financeira de R$ 7,5 milhões, e de palestras e cursos inéditos sobre temas variados, como “Mitos e fatos na alimentação equina”, “Casqueamento de bovinos de corte” e “Casqueamento e

André Fleury avaliou o quesito marcha em Avaré.

O jurado Benedito Carlos analisa animal na Exponel 2019.

O público avareense pôde conferir as qualidades da raça. Setembro, 2019

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Exposições, Copas & Provas Expo

Por Pedro C. Rebouças

EXPO VALE Número expressivo de visitantes impressionou os organizadores da mostra realizada durante a Expo Agro Jacareí (SP)

A marcha da raça esteve em evidência na Expo Vale.

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Expo Vale 2019 foi responsável por colocar o cavalo Mangalarga em destaque na Expo Agro Jacareí, a principal feira agropecuária do Vale do Paraíba, no interior paulista. Promovida pelo Núcleo Mangalarga do Vale do Paraíba, com o apoio do Sindicato Rural de Jacareí e da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos da Raça Mangalarga (ABCCRM), a mostra aconteceu nas dependências do Agrocentro, entre os dias 18 e 20 de julho, contando com uma diversificada programação, que incluiu a disputa de um poeirão e concorridas provas funcionais, além dos aguardados 64

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Os julgamentos foram muito equilibrados na Expo Vale.


Exposições, Copas & Provas ovas julgamentos válidos para o Ranking Mangalarga 2019. Na avaliação de Joel Gonçalves, diretor do núcleo vale-paraibano, o evento foi um sucesso, superando as expectativas tanto em relação ao público como em relação à organização, com tudo saindo em seu devido lugar e sem grandes contratempos. “Esse foi um evento realizado e organizado com outros amigos do meio rural. Assim, a nossa mostra esteve inserida em uma programação que incluiu rodeio, espetáculos musicais e exposições de bovinos e de outras raças equinas, como a Campolina e a Quarto de Milha. Tudo, aliás, transcorreu muito bem, nos deixando honrados por ver que o Vale do Paraíba tem se mostrado uma região bem próspera para a criação e a realização de eventos agropecuários e equestres.” O dirigente vale-paraibano ressaltou também o grande número de visitantes que acompanharam as atividades da raça na Expo Vale. “O público que acompanhou a exposição foi impressionante. No domingo, na conclusão do evento, a gente quase não conseguia andar no recinto, pois a turma foi ao parque acompanhar a Expo Agro e aproveitou para ver o nosso cavalo. Algumas pessoas pediram para montar e muitas crianças e adultos aproveitaram para tirar fotos com os nossos animais. Foi realmente uma surpresa muito agradável. Creio que o fato de o evento ser realizado dentro de uma festa com shows, rodeios e tudo mais, atraiu uma quantidade enorme de pessoas. Nós ficamos realmente felizes com o que aconteceu nesse fim de semana.”

A qualidade da tropa foi um dos pontos fortes da mostra.

Legenda

O público pôde conferir a funcionalidade da raça.

Alto nível Gonçalves ressalta também a qualidade dos animais que passaram pela pista da Expo Vale, onde os julgamentos foram

Paulo Eduardo Costa, Luis Antonio Haddad e Marisa Iorio estiveram na Expo Vale. Setembro, 2019

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Exposições, Copas & Provas Expo comandados pelos jurados João Pacheco Galvão de França Filho e Benedito Carlos da Silva. “O alto nível da tropa foi um dos pontos altos do evento. Afinal, a gente viu ali animais de uma qualidade incrível, graças à confiança que os expositores depositaram no evento, trazendo os principais expoentes de seus plantéis. Foi uma festa muito bonita, com um julgamento muito bom e equilibrado, que nos proporcionou um momento muito agradável na companhia dos nossos amigos, nossos companheiros da Família Mangalarga que estiveram ali reunidos prestigiando os julgamentos.” Após os três dias de atividades na pista do Agrocentro, o Ranking de Expositores da Expo Vale teve

como principais destaques os mangalarguistas Cassiano Terra Simão (4815,20 pontos), Paulo Eduardo Corrêa da Costa (3278,00 pontos), Antonio Carlos Ferreira (1008,00 pontos), Alexandre de Oliveira Ribeiro (920,00 pontos) e Dirk Helge Kalitzki (652,00 pontos). Já o Ranking de Criadores foi liderado por Cassiano Terra Simão (4623,60 pontos), Paulo Eduardo Corrêa da Costa (3278,00 pontos), Antonio Carlos Ferreira (1104,00 pontos), Alexandre de Oliveira Ribeiro (920,00 pontos) e Dirk Helge Kalitzki (424,00 pontos). Em sua consideração final sobre o evento, Joel Gonçalves destaca que todo o núcleo se sente muito honrado por poder organizar mais um evento da raça e por colocar

o Mangalarga em destaque na próspera região do Vale do Paraíba. “Foram realmente momentos muito agradáveis, que deixam aquele gostinho de ‘quero mais’. Por isso, a gente agradece a todos os expositores, aos apresentadores e à Associação pelo apoio de sempre. No próximo ano, espero que tenhamos a oportunidade de ter um novo encontro como este.” Para conferir os resultados completos da Expo Vale 2019, visite o portal oficial da ABCCRM: www. cavalomangalarga.com.br. Já para obter mais informações sobre as atividades do Núcleo do Vale do Paraíba, acesse a página oficial da entidade no Facebook: www. facebook.com/mlvale/.

As atividades da raça foram acompanhadas por um grande público. O evento foi marcado por um ambiente de amizade e descontração.

Os mangalarguistas da região estiveram prestigiando a exposição.

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Jorge Roberto, Andrea Monteiro, Wellington Martins e Fabio Tarpinian.


Exposições, Copas & Provas ovas

Por Pedro C. Rebouças

EXPO PARANAÍBA

O público pôde conferir a qualidade da marcha típica da raça.

Foto: Parada Dez/Girlene

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Cavalo de Sela Brasileiro esteve entre os destaques da programação da Expopar (Exposição Agropecuária de Paranaíba), uma das principais feiras do agronegócio de Mato Grosso do Sul. A participação da raça no evento, que este ano chegou à sua 57ª edição, aconteceu entre os dias 28 e 30 de junho, proporcionando ao público da região uma oportunidade ímpar para conhecer a marcha, a funcionalidade e a beleza características do cavalo Mangalarga. Promovida pelo Núcleo de Criadores da Alta Noroeste, a Exposição Mangalarga de Paranaíba contou com o importante apoio do Sindicato Rural de Paranaíba (SRP) e da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos da Raça Mangalarga (ABCCRM). Válidos para o Ranking Mangalarga 2019, os julgamentos aconteceram na pista central do Parque de Exposições Daniel Martins Ferreira, sob o comando do jurado Geraldo Santos Castro Filho, responsável pela avaliação tanto dos itens marcha e dinâmica como do quesito morfologia. Segundo Maurício Corrêa Galhanone, presidente do Núcleo da Alta Noroeste, a mostra sulmato-grossense teve um balanço bastante positivo. “Essa foi a décima edição da exposição que o núcleo realiza na Expopar, sempre com um resultado muito bom para a raça, pois Paranaíba é uma praça excelente, que permite colocar

Foto: Parada Dez/Girlene

Evento colocou as qualidades da raça em evidência em um importante polo agropecuário da região Centro-Oeste

O jurado Geraldo Santos Castro Filho comandou os julgamentos.

nosso cavalo em destaque em uma região com uma pecuária muito forte. ” Maurício destaca ainda que a exposição deste ano registrou recorde de público e de inscrições. “Das dez edições do evento em que eu estive envolvido com a organização, essa foi a que teve mais sucesso e contou com o maior número de animais. Foram 72

inscrições, com a participação de animais excelentes, responsáveis por lotar as baias do recinto. Dessa forma, gostaria de agradecer o importante apoio do Sindicato Rural e em especial ao Toninho Apreia e ao Nilo Ferraz, que nos ajudaram muito a conseguir esse bom resultado.” O organizador da mostra destacou também a presença Setembro, 2019

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Exposições, Copas & Provas Expo pontos). O ranking de criadores, por sua vez, foi liderado por Armando Raucci (835,50 pontos), Geraldo Zinato (824,00 pontos), Nelson Antonio Braido (752,50 pontos), Josiane Cardoso Matta Vidotti (365,00 pontos) e Fernando Tardioli Lúcio de Lima (307,50 pontos). A Exposição de Paranaíba fez ainda uma bonita homenagem a dois apaixonados selecionadores da raça, com a taça de Melhor Expositor da mostra ganhando o nome do criador Geraldo Zinato e a taça de Melhor Criador recebendo o nome do mangalarguista Milton Cassiano Sant’Anna.

Abrindo mercado

Foto: Núcleo Alta Noroeste

A programação da raça na 57ª Expopar incluiu ainda outra grande atração, o 1º Leilão Mangapar, realizado na noite do sábado 29

de junho, com organização da Programa Leilões e assessoria de RPN Mangalarga. Transmitido pelo Canal Rural, o remate ofertou 32 lotes, compostos por potros, potrancas, matrizes e garanhões selecionados por tradicionais criatórios mangalarguistas. Segundo Galhanone, a primeira edição do leilão, criado com o objetivo de abrir mercado para a raça no Mato Grosso do Sul, teve uma surpreendente acolhida do público. “Nós vendemos muitos animais para as cidades da região, como Campo Grande, Três Lagoas e Andradina. Além disso, tivemos a participação do pai do cantor Michel Teló, que comprou uma égua do José Martha Neto. Então, eu posso dizer que o leilão foi bem sucedido, realizando boas vendas, movimentando uma receita de R$ 300 mil e atingindo aquele que era seu objetivo principal.”

Foto: Parada Dez/Girlene

no evento sul-mato-grossense de importantes dirigentes da ABCCRM. “Entre as cinquenta exposições que eu já tive a oportunidade de organizar, essa foi a primeira vez em que tivemos a presença de três presidentes da ABCCRM. Além do Opice, nosso atual presidente, que veio prestigiar a exposição, estiveram presentes os ex-presidentes Felipe Lacerda e Ivan Aidar. São três grandes homens do cavalo que sempre deram seu melhor em prol da raça Mangalarga e cuja presença deixou a todos muito honrados.” Após os três dias de atividades, o ranking de expositores da mostra sul-mato-grossense foi encabeçado pelos criadores Geraldo Zinato (928,00 pontos), Armando Raucci (760,50 pontos), Nelson Antonio Braido (752,50 pontos), João Victor Matta Vidotti (330,00 pontos) e José da Silva Martha Neto (327,50

Foto: Parada Dez/Girlene

Ivan Aidar entrega a Geraldo Zinato o troféu de Melhor Expositor.

Foto: Parada Dez/Girlene

Felipe Lacerda, Luis Opice e Ivan Aidar com Antônio Apreia e Maurício Galhanone.

Oscar Jannes, do Haras Três Rios (Armando Raucci), Melhor Criador da Expopar, recebe premiação de Luis Alberto Sant’Anna. 68 Revista Mangalarga Setembro, 2019

A mostra procura abrir mercado para a raça na região.


O presidente do núcleo ressalta ainda o perfil diversificado dos animais negociados no remate. “O leilão abriu o mercado tanto para novos criadores e usuários, que compraram animais de elite para as pistas de julgamento e para o lazer, como para os pecuaristas da região, cujo foco esteve na aquisição de reprodutores para fazer a tropa de serviço de suas propriedades. Afinal, a pecuária está a cada dia se inovando e desenvolvendo novas tecnologias, não só de reprodução mas também de alimentação, entretanto, ainda não existe nada que substitua um bom cavalo na lida com o gado.” Agora, o Núcleo da Alta Noroeste já começa a desenvolver os planos para o evento do próximo ano. “É sempre um prazer fazer essa exposição pela hospitalidade do povo paranaibano e sul-matogrossense e também pelo importante apoio dado pelos mangalarguistas locais, em especial o Toninho Apreia e o Ivan Antonio Aidar. Além disso, também pretendemos voltar a fazer o leilão, talvez com algum ajuste em seu formato, pois pudemos constatar que ele é muito importante para colocar a raça em destaque não só para a região mas para todo o Brasil. Afinal, o Mangalarga está tendo cada vez mais aceitação na região e no estado do Mato Grosso do Sul, um estado

Foto:Parada Dez/Girlene

Exposições, Copas & Provas ovas

Os cobiçados troféus do evento sul-mato-grossense.

muito próspero tanto na pecuária como na agricultura.” Para obter mais informações sobre as atividades do Núcleo da Alta Noroeste, é possível entrar em contato pelo telefone (14) 997875738 ou pelo endereço eletrônico

mauricio2383@terra.com.br. Já para conferir os resultados completos da Exposição Mangalarga de Paranaíba, visite o portal oficial da ABCCRM: www.cavalomangalarga. com.br.

Foto: ParadaDez/Luís Carlos.

O 1º Leilão Mangapar movimentou o mercado da raça.

Foto: ParadaDez/Luís Carlos.

Um bom público acompanhou o 1º Leilão Mangapar.

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Exposições, Copas & Provas Expo

Por Pedro C. Rebouças

PALMEIRAS DE GOIÁS Tradicional mostra goiana apresenta evolução tanto no número de participantes como na qualidade da tropa

Vista geral da pista de julgamento de Palmeiras de Goiás. 70

Revista Mangalarga

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Fotos: Núcleo de Goiás

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Núcleo Mangalarga de Goiás promoveu, nos dias 02 e 03 de agosto, a 8ª Exposição Mangalarga de Palmeiras de Goiás (GO). O evento, que contou com o apoio da Prefeitura de Palmeiras de Goiás e do Sindicato Rural de Palmeiras de Goiás, aconteceu dentro da programação da 32ª Exposição Agropecuária deste pujante município goiano, proporcionando uma diferenciada oportunidade para o público da região conhecer melhor as qualidades do Cavalo de Sela Brasileiro. Válida para o Ranking Mangalarga 2019, a mostra palmeirense recebeu um total de 50 inscrições, número duas vezes superior ao registrado na edição anterior do evento, comprovando assim o crescente interesse pela raça

O Haras Três Rios foi o melhor expositor do evento.

A comunidade mangalarguista prestigiou a mostra palmeirense.


Exposições, Copas & Provas ovas no estado de Goiás. Para conduzir os julgamentos, que contaram com a participação de 12 conceituados criatórios mangalarguistas, foi convidado o jurado Benedito Carlos da Silva, a quem coube a tarefa de analisar tanto os itens marcha e dinâmica como o quesito morfologia. Segundo Celso Jubé, diretor do Núcleo de Goiás, o evento foi um sucesso e contou com uma significativa adesão da comunidade mangalarguista. “Além dos criadores goianos, nós tivemos este ano a participação do Haras Três Rios, representando o estado de São Paulo, e dos criadores IlairTumelero, Flávio Fernandes, Fernando Cantarino, José Junior e Márcio de Araujo, representando o Distrito Federal. Foi realmente uma festa muito boa, com tudo muito bem organizado.”

Padrão elevado O dirigente goiano ressalta ainda o alto padrão da tropa que passou pela pista da mostra palmeirense. “Esse foi um evento de nível muito elevado. A qualidade apresentada pela tropa que participou desta edição superou a dos animais que participaram no ano passado. Aliás, em um de seus comentários, o Benedito Carlos ressaltou

que os animais nesta exposição despontaram mais no andamento do que na morfologia. Creio que isso mostra que Goiás e a região CentroOeste estão se destacando na criação de animais de andamento. Afinal, essa é a característica que a turma mais busca aqui na região, então é natural que os animais se sobressaiam nesse aspecto.” Jubé ressalta também a importância do apoio da ABCCRM (Associação Brasileira de Criadores de Cavalos da Raça Mangalarga) e de todos que estiveram envolvidos com a realização do evento. “Em nome da diretoria do núcleo, gostaria de agradecer a vinda do Lucas Diniz, do Departamento de Exposição da ABCCRM, que nos ajudou muito no decorrer do evento, e também a presença do Benedito Carlos, que conduziu muito bem os julgamentos e contribuiu muito com suas análises e ponderações em relação aos animais.” Somando 1997,60 pontos, Armando Raucci (Haras Três Rios) sagrou-se o melhor expositor da mostra de Palmeiras de Goiás, sendo seguido nas primeiras colocações pelos mangalarguistas Fernando Pessoa Cantarino(1593,60 pontos), José Junior Dias de Araujo(1241,60 pontos), Flávio Fernandes de Araújo (416,00 pontos) e Marcio de Araujo (320,00 pontos).

O evento registrou expressivo crescimento.

A qualidade da tropa superou a registrada na edição de 2018.

O Ranking de Criadores, por sua vez, foi liderado por Armando Raucci (1997,60 pontos), José Junior Dias Araujo (1241,60 pontos), Fernando Pessoa Cantarino (1078,40 pontos), Flávio Fernandes de Araújo (600,00 pontos) e Emiliano Abraão Sampaio Novais (331,20 pontos). Agora, os criadores goianos se preparam para a sua próxima atividade, a 12ª Cavalgada Mangalarga da Cidade de Goiás, prevista para ocorrer nos dias 15 e 16 de novembro. Para obter mais informações, entre em contato com o Núcleo de Goiás pelo e-mail n.mangalargago@gmail.com ou pelo telefone (62) 3268-3028.

Momento de confraternização entre os mangalarguistas da região.

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Exposições, Copas & Provas Expo

Por Pedro C. Rebouças

COPA DA FAZENDA NOVA ESPERANÇA Buscar o verdadeiro cavalo do peão e do patrão é o principal objetivo da competição que chegou este ano à sua terceira edição

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Revista Mangalarga

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A prova de marcha procura reproduzir o terreno das fazendas. Fotos: Beto Falcão

Fazenda Nova Esperança promoveu, no dia 15 de junho, a terceira edição de sua Copa de Marcha e Função. Realizada na sede do criatório, localizada no município paulista de Batatais, a competição reuniu 37 animais, registrando expressiva participação de exemplares da raça Mangalarga. Segundo Rafael Meirelles, organizador do evento ao lado de seu pai Carlos Rubens R. Meirelles (Rubinho Meirelles), titular da Fazenda Nova Esperança, a prova é aberta a todas as raças e baseada nos moldes da tradicional Copa Colina de Marcha e Função. “Nossa prova, entretanto, possui algumas diferenças em relação à competição de Colina. Afinal, como ela acontece aqui na Nova Esperança, nós tentamos reproduzir o terreno que o nosso cavalo enfrenta nas fazendas. A prova de marcha tem subida e descida e a prova funcional é feita no pasto. O pessoal senta embaixo de uma árvore e assiste à prova, que tem subida, descida, córrego, baliza, um 8 entre dois coqueiros, recuo e porteira. É como uma disputa de ‘Cross Country’.” Nessa edição, a Copa de Marcha e Função da Fazenda Nova Esperança contou com três categorias em disputa: Cavalo, Égua e Castrado. Para julgá-las, foram convidados os jurados André Fleury Azevedo Costa e Eduardo Villela Vilaça Freitas. Além disso, o

Um bom público acompanhou o evento.

dinheiro que sobrou das inscrições foi revertido em premiações para os Grandes Campeões. “O que nós buscamos aqui é um cavalo natural na sua marcha, com docilidade, facilidade de

condução e que qualquer pessoa possa montar, o verdadeiro cavalo do peão e do patrão”, explica o organizador da prova, cujo público vem aumentando ano a ano. Nessa terceira edição, em torno de 150


Exposições, Copas & Provas ovas pessoas assistiram às disputas enquanto cerca de cem pessoas participaram do churrasco de confraternização da copa.

Reunião de amigos Rafael Meirelles revela ainda que toda a organização é feita para refletir o slogan do evento: ‘Mais que uma prova, uma reunião entre amigos’. “Nossa prova foi criada como um pretexto para reunir os amigos que gostam do cavalo e ajudar a APAE (Associação de Pais e Amigos dos Excepcionais) de Batatais. Todos os anos, a APAE monta uma barraca para servir o pessoal que vem assistir à prova e no final do dia temos um churrasco que é cobrado e cuja arrecadação é toda revertida para essa instituição.” Encerradas as disputas, a competição premiou os seguintes animais de Marcha: Antártica da Selva Morena (Grande Campeã de Marcha Égua), RA Faca

Amolada Porã (Reservada Grande Campeã de Marcha), Quindim de Meirelles (Grande Campeão de Marcha Cavalo), Iago da Consulta (Reservado Grande Campeão de Marcha Cavalo), Astuto da Selva Morena (Campeão de Marcha Castrado), RA Vagafogo Porã (Reservado Campeão de Marcha Castrado) Já os campeões gerais (Marcha e Função) foram os seguintes: RA Faca Amolada Porã (Grande Campeã Égua Geral), Sevilha de Meirelles (Reservada Grande Campeã Égua Geral), Iago da Consulta (Grande Campeão Cavalo Geral), Batalhão do Mont Serrat (Reservado Grande Campeão Cavalo Geral), Furacão TB da Bocaina (Grande Campeão Castrado Geral) e RA Vagafogo Porã (Reservado Grande Campeão Castrado Geral). Além disso, nessa terceira edição, a Copa da Fazenda Nova Esperança premiou, em parceria com o Núcleo da Alta Mogiana,

os melhores animais da raça Mangalarga, de Marcha e Função, presentes no evento. Foram eles: RA Faca Amolada Porã (Grande Campeã Égua), Sevilha de Meirelles (1ª Reservada Grande Campeã Égua), Gaivota do Torquato (2ª Reservada Grande Campeã Égua), Batalhão do Mont Serrat (Grande Campeão Cavalo), Dendê de Meirelles (1º Reservado Grande Campeão Cavalo), Jagermeister da Bica (2º Reservado Grande Campeão Cavalo), Furacão TB da Bocaina (Grande Campeão Castrado), RA Vagafogo Porã (1º Reservado Grande Campeão Castrado) e Guarani Tobiano UJ-2 (2º Reservado Grande Campeão Castrado). Com o êxito dessa edição, Rafael Meirelles faz questão de agradecer, em nome de toda a família Meirelles, aos amigos que prestigiaram a copa, à APAE pelo grande apoio e aos patrocinadores do evento: Premix, Univitta e Zoetis.

Detalhe da marcha dos animais no terreno da fazenda.

Participante exibe sua marcha na Fazenda Nova Esperança.

A prova funcional da competição é feita no pasto.

Rafael e Rubinho Meirelles recepcionaram os amigos em Batatais. Setembro, 2019

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Exposições, Copas & Provas Expo

Por Pedro C. Rebouças

EXPÔ ARAÇATUBA Raça Mangalarga em destaque na Capital Nacional do Boi Gordo

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Cavalo de Sela Brasileiro esteve novamente entre as principais atrações da Expô Araçatuba (SP). A participação da raça no evento, considerado um dos mais relevantes da pecuária nacional, aconteceu entre os dias 12 e 14 de julho, contando com concorridos julgamentos válidos para o Ranking Mangalarga 2019. Organizada pelo Núcleo Mangalarga da Alta Noroeste, com o apoio da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos da Raça Mangalarga (ABCCRM) e do Sindicato Rural da Alta Noroeste (Siran), a mostra da raça aconteceu na pista central do Recinto de Exposições Clibas de Almeida Prado, contando com a participação de 83 animais, número 36% superior ao registrado na edição anterior do evento.

Mangalarguistas observam um dos animais inscritos na mostra. Fotos: Núcleo Alta Noroeste

Procura elevada Na avaliação de Gustavo Lopes, organizador da exposição e integrante do Núcleo da Alta Noroeste, a mostra na capital nacional do boi gordo foi novamente muito boa. “A procura pela exposição foi muito grande este ano. Nós acabamos tendo que limitar o número de participantes, pois as baias disponíveis logo esgotaram. Além daqueles criadores que já são fiéis ao evento e costumam vir todos os anos, nós tivemos a participação de vários criadores que nunca tinham vindo para Araçatuba, fato que nos deixou 74

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Cavaleiros aguardam o início do julgamento na Expô.

muito felizes.” O organizador da mostra ressalta ainda a qualidade dos julgamentos realizados na pista araçatubense. “Tudo transcorreu em um clima muito gostoso de amizade. Além disso, as nossas instalações estavam muito boas, permitindo que o pessoal estivesse todo integrado acompanhando os julgamentos, que contaram com a

participação de uma tropa de nível excelente e foram conduzidos com muita competência pelo Paulo Lenzi.” Lopes destaca também o interesse despertado pela Mangalarga entre os visitantes e a mídia que cobriu a Expô Araçatuba 2019. “Nós tivemos bastante público assistindo os nossos julgamentos e também muitas


Exposições, Copas & Provas ovas pessoas interessadas pelo nosso cavalo, tirando fotos e perguntando sobre a raça. Além disso, recebemos a visita de uma equipe da TV TEM, afiliada da Rede Globo na região, que produziu uma reportagem sobre o nosso evento.” Somando 904,00 pontos, Geraldo Zinato conquistou o troféu transitório de melhor expositor da mostra araçatubense, sendo seguido nas primeiras posições por Paulo Sergio Barros Barbanti (391,60 pontos), Luis Fernando Toledo (376,00 pontos), Roberto Diniz Junqueira Filho (368,00 pontos) e Renato Diniz Junqueira (358,00 pontos). Com 816,00 pontos conquistados, Zinato ficou também com o troféu transitório de melhor criador da Exposição de Araçatuba, sendo seguido nas primeiras colocações por Paulo Sergio Barros Barbanti (391,60 pontos), Roberto Diniz Junqueira Filho (368,00 pontos), HIC Agropecuária (368,00 pontos) e Luis Fernando Toledo

(296,00 pontos).

Recinto ampliado Ainda de acordo com Lopes, a exposição araçatubense proporcionou aos mangalarguistas presentes ao evento a oportunidade de conferir as novidades na estrutura do Recinto Clibas de Almeida Prado, que, após receber um investimento de R$ 7 milhões e passar por uma ampla reforma, é apontado hoje como o maior e mais tecnológico complexo esportivo equestre da América Latina. Segundo o Siran, as novas benfeitorias do recinto ocupam uma área de 200 mil m² e contam com três grandes arenas cobertas de provas - com 6 mil m² cada uma - e mais outras três pistas de aquecimento. Além disso, foram construídos desembarcadores, lavadores e banheiros e ruas foram pavimentadas em concreto, para a melhor comodidade de animais, expositores, competidores e

espectadores. “Com essa nova estrutura, Araçatuba está apta para sediar os maiores eventos equestres do país, assim quem sabe um dia ela também poderá vir a receber as principais mostras do calendário da raça Mangalarga”, avalia o organizador. A 60ª Expô Araçatuba se estendeu, por sua vez, de 05 a 14 de julho, contando com a participação de mais de 1100 animais (sendo pelo menos 600 bovinos, 300 ovinos e 200 equinos), reunidos em diversas atividades, como shopping, julgamentos, leilões e provas. A estimativa dos organizadores é que R$ 25 milhões tenham sido movimentados na feira, em decorrência da comercialização de animais, da venda de maquinário agrícola e de empréstimos bancários a empresários rurais. Para conferir os resultados completos da Exposição Mangalarga de Araçatuba, acesse o portal oficial da ABCCRM: www. cavalomangalarga.com.br.

A mostra reuniu mangalarguistas de diversas regiões.

Marcos Cintra e Gustavo Lopes estiveram na Expô Araçatuba.

O Haras Zinato foi o melhor criador do evento.

Vista geral da pista de julgamento da Expô Araçatuba. Setembro, 2019

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Exposições, Copas & Provas Expo

Por Pedro C. Rebouças

EXPOSIÇÃO DE MOCOCA Evento reuniu 21 expositores dos estados de São Paulo e Minas Gerais

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Núcleo Sul de Minas e Média Mogiana promoveu, nos dias 28 e 29 de junho, a mais recente edição de sua mais tradicional mostra. Por conta da impossibilidade de realização no Parque de Exposições de Guaxupé (MG), palco habitual do evento, a exposição deste ano aconteceu no Recinto de Exposições José André de Lima (Expoam), localizado no município paulista de Mococa. O evento - cuja realização contou com o apoio da Prefeitura Municipal de Mococa, do Sindicato Rural de Mococa e da Associação Brasileira de Criadores de Cavalos da Raça Mangalarga (ABCCRM) recebeu um total de 60 inscrições e teve a participação de 21 expositores provenientes dos estados de São Paulo e Minas Gerais. Para conduzir os julgamentos, foi convidado o jurado Benedito Carlos da Silva, a quem coube a tarefa de analisar tanto os quesitos marcha e dinâmica como o item morfologia. Na avaliação do criador mocoquense Danton Guttemberg de Andrade Filho, os organizadores acertaram ao realizar o evento no município paulista. “Essa foi uma iniciativa bastante acertada, já que não está sendo possível realizar a exposição em Guaxupé e esse é um parque com uma ótima estrutura e que apresenta todas as condições para nos atender. Além disso, esse é um acontecimento muito positivo para Mococa, movimentando

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Foto: Núcleo Sul de Minas

Vista geral da pista de julgamento da Exposição de Mococa.

Foto: Núcleo Sul de Minas

Uma confortável estrutura foi preparada para os mangalarguistas.

a economia local e trazendo renda para a cidade”, comentou o mangalarguista em entrevista concedida à TV Direta Mococa, emissora local que esteve no recinto realizando a cobertura da mostra. O presidente do Sindicato

Rural Patronal de Mococa Américo Pereira Lima também destacou a importância da realização da exposição mangalarguista para o município em que sua entidade está sediada. Em entrevista à TV Direta, o dirigente agradeceu a colaboração


Exposições, Copas & Provas ovas

Foto: Núcleo Sul de Minas

Foto: Núcleo Sul de Minas

O presidente do núcleo Sérgio Paoliello fala ao público durante a mostra.

da Faesp (Federação da Agricultura e Pecuária do Estado de São Paulo) e destacou que eventos como o promovido pelo núcleo sul-mineiro são muito importantes para manter sempre ativo o parque de exposição José André de Lima e para preservar as tradições rurais da região. Benedito Carlos da Silva destacou, por sua vez, a qualidade da tropa que passou pela pista de julgamento e lembrou a relevância do evento para os criadores da raça. “Além de valer para o ranking anual de criadores, de expositores e de animais promovido pela ABCCRM, essa é uma exposição muito importante pelo fato de credenciar os animais para a mais importante mostra da raça, a Exposição Nacional, que este ano acontecerá em São João da Boa Vista (SP), no

Décio Rupolo entrega premiação a Luis Fernando Toledo (Haras LFT).

mês de setembro”, lembrou o jurado em sua explanação à emissora de televisão. Após os dois dias de atividades, o ranking de expositores da mostra mocoquense foi liderado por Antonio Carlos Ferreira (411,00 pontos), Paulo Sergio Barros Barbanti (222,40 pontos), Haras Cerávolo Paoliello (201,00 pontos), RR Agronegócios (120,00 pontos) e Luis Fernando Toledo (108,00 pontos). Já o ranking de criadores teve nas primeiras colocações os mangalarguistas Antonio Carlos Ferreira (411,00 pontos), Paulo Sergio Barros Barbanti (222,40 pontos), Celso Cerávolo Paoliello (158,00 pontos), Roberto Lourenço Romano (84,00 pontos) e Luis Fernando Toledo (68,00 pontos).

Para conferir os resultados completos da Exposição de Mococa, visite o portal oficial da ABCCRM: www.cavalomangalarga.com.br. Já para obter mais informações sobre as atividades do Núcleo Sul de Minas e Média Mogiana, escreva para nucleomangalarga@veloxmail. com.br ou ligue para (35) 35513254.

Foto: TV Direta/Arquivo

Esta foi a segunda mostra da raça realizada este ano em Mococa. Foto: TV Direta/Arquivo

Foto: Núcleo Sul de Minas

Conjuntos se preparam para o julgamento de marcha.

Benedito Carlos conduziu os julgamentos da exposição. Setembro, 2019

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Panorama Mangalarga Pano

Por Pedro C. Rebouças

RESGATE GENÉTICO Criadores acreditam que o novo projeto da ABCCRM pode aprimorar a tropa da raça e aproximar o cavalo Mangalarga do mercado consumidor

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Fotos: Divulgação

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Associação Brasileira de Criadores de Cavalos da Raça Mangalarga (ABCCRM) deu início, no primeiro semestre deste ano, a um abrangente trabalho para resgatar animais e linhagens que ficaram relegados ao longo das últimas décadas. Trata-se do Projeto Resgate Genético Mangalarga, que vem sendo elaborado e desenvolvido por um grupo de técnicos e criadores, com o intuito de revigorar uma parte importante da história e das tradições rurais da raça, fortalecendo-a por meio do aumento da variabilidade genética e da adoção de formas de avaliação mais objetivas de seleção. Segundo o documento de apresentação do projeto, “hoje, a raça Mangalarga, em termos zootécnicos pode ser classificada em dois tipos de animais: um tipo denominado antigo, com profundas raízes na nossa agropecuária e na nossa formação cultural, raça genuinamente nacional de trabalho e caçadas, e um tipo considerado atual, em que se tentou, através de cruzamentos nem sempre bem conduzidos, transformar essa raça em um cavalo ‘eclético’ e questionavelmente mais inserido dentro de um padrão internacional de cavalos de sela”. A expectativa é que do cruza-

Animais da linhagem Jaci no piquete da Fazenda Tais.

mento orientado entre as linhagens atuais e esse cavalo mais tradicional (um contingente populacional hoje bastante reduzido) mais afim ao conceito primordial da raça poderá emergir um Mangalarga mais fortalecido em sua consistência e embasamento. Essa diferenciada iniciativa vem, aliás, sendo bem recebida por muitos criadores, que vêem nela a possibilidade de buscar uma tropa com melhor andamento, temperamento mais dócil e com menos consanguinidade. O projeto, além disso, é visto como uma forma de tornar o cavalo Mangalarga mais

atraente para o público usuário e como uma maneira para trazer de volta ao convívio com a raça muitos criadores que estavam distantes da Associação.

Características originais Na avaliação do criador José Luiz Junqueira Barros, mais conhecido como Bi Junqueira, é ótimo que a raça esteja realizando um projeto de resgate genético. “O nosso cavalo veio mudando muito ao longo das últimas décadas. Ele foi deixando de ser um cavalo de serviço e de lazer, com muito bom andamento


Panorama Mangalarga arga e que todos gostavam de montar, e foi passando a ser um cavalo de exposição, um animal apenas para ser visto, mais áspero e com poucas pessoas montando. Assim, acredito que é importante resgatar essas características originais da raça.” Proprietário da Fazenda Café Velho, no município de Cravinhos (SP), na região metropolitana de Ribeirão Preto, Bi conta que segue critério parecido em sua seleção, buscando três características principais em seus animais. “Em primeiro lugar, eu desejo que meus cavalos tenham bom andamento, em segundo, bom temperamento, e, em terceiro, uma boa morfologia, afinal o cavalo não pode ser feio”, comenta o mangalarguista que consagrou a marca Bi na raça Mangalarga. O projeto é bem avaliado também por Ticiano Mazzetto, criador da raça no município paulista de Orlândia e continuador da marca UJ-2. “Eu acho que essa é uma ação muito importante e muito positiva. A valorização desses criadores e de seus animais mais tradicionais pode reavivar a raça, reaglutinando pessoas que estavam sem ânimo e afastadas do convívio com a Associação. Agora, se isso vai acontecer efetivamente e se vai trazer resultados positivos, só o tempo dirá, mas é uma tentativa

inegavelmente válida.” Já os criadores Gilberto Martinelli Milani e Gilberto Martinelli Milani Júnior, responsáveis pela seleção da linhagem Jaci, na Fazenda Tais, no município de Neves Paulista (SP), se mostram muito satisfeitos com o processo de aproximação iniciado na atual gestão e que vem tendo prosseguimento com o Projeto de Resgate Genético. “Nós estamos muito otimistas, investindo na criação e regularizando a tropa. Afinal, como dizia meu avô Olimpio Milani, que deu início à nossa seleção, os modismos sempre passam, então o importante é realizar um trabalho criterioso, preservando uma base sólida, pois é isso que vai proporcionar a longevidade da criação. No nosso caso, nós buscamos sempre fazer um cavalo que agrade o usuário, bonito, bom de marcha e de índole correta, afinal ninguém quer passar nervoso quando vai montar no fim de semana”, comenta Betinho Milani. O criador também ressalta que a genética antiga é essencial para a raça. “Esse sangue é muito importante para a Mangalarga, pois, além de combater o alto grau de consanguinidade existente no plantel atual da raça, ele traz consigo qualidades como rusticidade e marcha. Tanto é que muitos

O Presidente Luis Opice visitou recentemente o criador Artur Pagliusi.

criatórios grandes têm buscado a tropa antiga justamente para melhorar essas características nos animais dos seus plantéis. Então eu acredito que a raça tem muito a ganhar com iniciativas com essa.”

Finalidade clara Para Artur Pagliusi Gonzaga, criador da raça há 55 anos na Fazenda Santa Maria, no município paulista de Getulina, esse é um trabalho de resgate muito importante. “Eu acredito que a raça não deve se guiar apenas pelas exposições, afinal cavalo tem que ter uma finalidade clara e tem que agradar ao usuário. Por isso, nós precisamos ter um cavalo funcional, sem mestiçagem, que aguente serviço e seja bonito para atrair esse público. E muitos desses criadores que hoje estão afastados, assim como suas respectivas tropas, podem contribuir muito nesse sentido.” Pagliusi cita como exemplo seu próprio criatório. “Eu procuro ter uma tropa forte, grande, que possa ser criada a pasto e que seja boa de serviço. Em minha fazenda, tenho dez cavalos para lidar com mil bois. Todos eles, aliás, são registrados. Também procuro manter sempre 12 éguas parindo. Além disso, creio que em termos de fenótipo o

A Fazenda Tais também já recebeu o Presidente da ABCCRM.

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Panorama Mangalarga Pano Mangalarga Paulista e o Mineiro se equiparam, o que os diferencia é o tipo de marcha.” Por sua vez, o criador Antonio Carlos Tinoco Cabral Neto, o Cacá, se diz muito favorável à iniciativa da ABCCRM. “Eu fui convidado para participar do projeto e já estive em algumas reuniões. Como mencionei no nosso primeiro encontro, eu sou a favor do resgate de toda a tropa pura, que acabou ficando alijada da raça e foi muitas vezes ridicularizada ao longo do tempo, mas que na verdade reúne grandes qualidades.” Neto do renomado criador Nhonhô de Almeida Prado, Cacá vem dando continuidade à Tropa SP, na Fazenda Pindorama, em Barretos (SP), onde mantém um plantel puro, seguindo as mesmas diretrizes do Seu Nhonhô. “Eu sou um criador de cavalo castiço, uma coisa raríssima na raça. São animais sem qualquer infusão de sangue estrangeiro e que apresentam uma série de características fundamentais para um cavalo verdadeiramente bom. Afinal, eles são mansos, bons de andar, aguentam serviço, não precisam comer duas ou três vezes ao dia e, o que é muito importante, não têm taras. Tanto é que eu possuo éguas de 20, 22 anos, que não têm ovas, um problema muito frequente na tropa da raça hoje em dia.” Cacá lembra ainda que seis animais originários da linhagem SP integram a comitiva da Marcha Mangalarga SP, um raid de resistência que irá percorrer em doze dias os 500 quilômetros que separam o Centro Equestre Apalu, em Alumínio (SP), e a Fazenda Pindorama, em Barretos (SP). O objetivo dos três cavaleiros que participam da cavalgada é buscar fazer o percurso em ritmo acelerado, respeitando o bem-estar e a condição física e psicológica dos animais e divulgando as qualidades do cavalo Mangalarga e da tropa 80

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A Fazenda Pindorama também já foi visitada pelo presidente mangalarguista.

SP pelo interior do Estado de São Paulo. O Projeto Resgate Genético Mangalarga, por sua vez, deve ter uma duração de dez anos, tempo necessário para uma avaliação das primeiras gerações resultantes dos acasalamentos efetuados, sendo que durante esse período podem ocorrer trocas ou acréscimos dos

animais do programa. Esse prazo, entretanto, poderá ser ampliado ou diminuído na medida do interesse dos participantes. Para acompanhar o desenvolvimento desse trabalho ou saber as principais informações relacionadas à raça Mangalarga, visite o portal oficial da ABCCRM: www.cavalomangalarga.com.br.

Éguas da linhagem SP participantes da Marcha Mangalarga SP.


Panorama Mangalarga arga

Por Pedro C. Rebouças

CAVALHADAS DE GOIÁS Fotos: Walfran

Governador Ronaldo Caiado conferiu a qualidade da raça em tradicional festividade goiana

Todos os animais da festa são da raça Mangalarga.

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Governador de Goiás Ronaldo Caiado prestigiou, no dia 16 de junho, a 169ª Cavalhada de São Francisco de Goiás. Na ocasião, além de acompanhar a tradicional celebração, realizada anualmente no período da Festa do Divino Espírito Santo, Caiado teve a oportunidade de estar em contato com o Cavalo de Sela Brasileiro, uma vez que todos os animais que participaram do festejo eram originários da raça Mangalarga. Entre os moradores que recepcionaram o governador, estava o advogado e historiador José Roberto de Souza, que há 37 anos representa o papel do rei mouro nessa manifestação histórica e cultural, celebrada no município desde 1850. Proprietário de animais da raça há três décadas, Souza conta que o governador fez

Ronaldo Caiado entre os reis mouro e cristão.

questão de montar em um dos animais da cavalhada e ficou muito impressionado com a qualidade do animal. Admirador da cultura goiana, Caiado vem participando ativamente do circuito de cavalhadas em 2019. Além disso, no mês de agosto, entregou ao Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan) o pedido de registro das cavalhadas de Goiás como Patrimônio Cultural do Brasil. “Essas celebrações têm uma importância ímpar para Goiás. É histórico, é cultural, é turístico”, definiu o governador ao se dizer confiante de que a tramitação do processo terá desfecho favorável. Realizadas há mais de 200 anos, as cavalhadas encenam batalhas medievais entre cristãos e mouros. Durante três dias, dois exércitos com 12 conjuntos cada fazem as

apresentações, simulando lutas com auxílio de coreografias bem orquestradas.

Ronaldo Caiado monta um exemplar da raça. Setembro, 2019

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Panorama Mangalarga Pano

Por Pedro C. Rebouças

AMOR DE VERDADE Mangalarga realiza doação de R$ 330.300,00 ao Hospital de Amor

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Fotos: Divulgação

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Associação Brasileira de Criadores de Cavalos da Raça Mangalarga (ABCCRM) realizou, no dia 08 de agosto, a doação de R$ 330.300,00 ao Hospital de Amor. O montante provém da arrecadação do Leilão Mangalarga Amor de Verdade, realizado em abril do ano passado, com 30% de sua receita destinada ao auxílio dessa instituição de saúde filantrópica especializada no tratamento e prevenção de câncer. Para formalizar a ação, o Presidente Luis Augusto de Camargo Opice, o Vice-Presidente Administrativo Financeiro Nelson Antonio Braido e a criadora Josiane Cardoso Matta Vidotti realizaram uma visita à sede do Hospital de Amor, localizada no município paulista de Barretos (SP). Recepcionados por Henrique Prata e Rubikinho Carvalho, diretores da instituição filantrópica, anteriormente conhecida como Hospital de Câncer de Barretos, os dirigentes mangalarguistas aproveitaram a ocasião para fazer a entrega oficial do cheque com o valor arrecadado. Viabilizado por meio de doações de lotes de alta genética de conceituados criatórios mangalarguistas, o Leilão Mangalarga Amor de Verdade foi promovido no início do mandato da atual gestão da ABCCRM, com o intuito de realizar uma importante ação beneficente e ao mesmo tempo restabelecer a saúde financeira da entidade e auxiliar a implementação de novos projetos da Associação. Na avaliação de Luis Opice, o Leilão Amor de Verdade foi um momento muito especial para a raça

Rubikinho Carvalho, Josiane Matta, Henrique Prata, Luis Opice e Nelson Braido durante a entrega do cheque na sede do Hospital de Amor.

Mangalarga. “É difícil descrever a alegria e a satisfação com a qual eu vejo essa festa, esse momento de congraçamento, marcado por um ambiente de entusiasmo e pela abertura de coração tanto por parte do pessoal que comprou como por parte daqueles que doaram o que tinham de melhor em seus criatórios para a realização deste evento. Afinal, nós superamos a nossa meta, com o faturamento ultrapassando R$ 1 milhão e com parte desse valor sendo revertida para o Hospital de Amor, cuja grandeza e generosidade do trabalho para com os mais carentes constituem exemplo para a sociedade brasileira”, destacou por ocasião do remate o presidente da ABCCRM. O Leilão Amor de Verdade contou com doações de barrigas e coberturas feitas pelos criadores: Alexandre de Oliveira Ribeiro, Marcelo Pinto Duarte Barbará, Israel Iraides da Costa, Dirceu José Thomaseto, Antônio Carlos Ferreira, João Paulo Fogaça de Almeida Fagundes, Josiane Cardoso Matta Vidotti, Carlos Cezar Peres Iembo, Arnaldo de Almeida Prado Filho, Eduardo Figueiredo Augusto, Guilherme Pompeu Piza

Saad, Eduardo Rabinovich, Paulo Eduardo Corrêa da Costa, Luiz Aparecido de Andrade, Fernando Tardioli Lúcio de Lima, Nelson Antonio Braido, Cassiano Terra Simão, Emiliano Abraão Sampaio Novais, Fábio Tarpinian, Almiro Esteves Junior, Antonio Caetano Pinto, Roberto Diniz Junqueira Filho e Joaquim Bento de Souza Neto. Já a relação de compradores do evento incluiu: Paulo Roberto de Oliveira Vilela Filho, Beabisa Agricultura, Fernando de Almeida Nobre Neto, Direção e Participação Empreendimentos, Eduardo Figueiredo Augusto, Vladimiro Alvares de Mello, Eduardo Rabinovich, Rodrigo Dias de Morais Orlando, Cassiano Terra Simão, Emiliano Abraão Sampaio Novais, Guilherme Pompeu Piza Saad, Agropecuária Sinhá Maria, Jorge Eduardo Beira, Fernando Tardioli Lúcio de Lima, Josiane Cardoso Matta Vidotti, Felipe Hamilton Loureiro, Eduardo Henrique Souza de França, Marcelo Pinto Duarte Barbará, Youssef Haddad, Agropecuária Maripá, Luis Opice e Silvio Torquato Junqueira .



Panorama Mangalarga Pano

Por Murilo Bussab

MANEABILIDADE EM FOCO Núcleo Mangalarga de Piracicaba e Região promoveu clínica da modalidade para aprimorar as habilidades de seus cavaleiros e amazonas

N

criador Nei Remédio e que possui uma excelente infraestrutura para receber este tipo de prova. Como o Núcleo piracicabano tem uma forte orientação para a funcionalidade do cavalo, seus integrantes decidiram realizar um evento para ajudar a aprimorar as

habilidades dos cavaleiros. Uma outra característica marcante do Núcleo é que em sua maioria os próprios criadores é que montam seus animais e querem apresentálos nas provas. Patricia e Nilton Furlan, titulares do criatório Mangalarga NPL, por Fotos: Núcleo de Piracicaba

o dia 20 de julho, o Núcleo de Piracicaba organizou uma clínica sobre a prova de maneabilidade Mangalarga e promoveu um treino aberto entre seus participantes. O encontro aconteceu no Haras Novo Tempo, em Araras (SP), propriedade do

Guilherme Cardeal, Paulo Lenzi e Nei Remédio conferem o tempo dos participantes.

Integrantes da equipe NPL acompanham a prova.

Tidão Sampaio durante tomada de tempo.

Participantes escutam as instruções durante a clínica.

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Panorama Mangalarga arga exemplo, participaram da clínica e montaram seus próprios animais na prova de treinamento, e ainda estavam acompanhados pelos filhos Lucas e Pedro, totalizando quatro conjuntos participantes de uma única família. Nilton comentou: “Nossa família sempre se uniu em torno da criação do Mangalarga e de cavalgadas, mas as provas de maneabilidade estão nos trazendo um elemento extra para agregar ainda mais a família. Esse tipo de competição está nos fazendo treinar juntos, fazendo com que a gente converse mais sobre como melhorar a equitação de cada um de nós, além é claro de trazer uma dose de adrenalina que pais e filhos adoram.” Da mesma forma, o criador Carlão Thomaz e seu filho Henrique também montaram seus animais representando o haras ACT. A clínica foi ministrada pelo veterinário e técnico do Conselho Deliberativo Técnico Paulo Lenzi e pelo cavaleiro e treinador do Haras Corumbau, Guilherme Cardeal. Após as apresentações de técnicas de equitação e o emprego destas técnicas nas abordagens das figuras da prova, os participantes entraram numa animada competição contra o cronômetro, sempre tendo orientações sobre como melhorar seus desempenhos. Depois de horas na pista, o farto almoço foi servido. Cavaleiros e familiares aproveitaram para colocar o papo em dia, trocarem experiências e discutirem os próximos passos do Núcleo. Rodrigo Orlando, entusiasta das provas de função, acredita que em pouco tempo será possível montar uma equipe da região que possa, junto aos demais Núcleos focados em competições hípicas, promover um campeonato de maneabilidade da raça Mangalarga.

Patricia Furlan executando a “margarida”.

Guilherme Cardeal demonstra uma passagem contra o cronômetro.

Participantes e público aguardam o início da clínica. Setembro, 2019

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Panorama Mangalarga Pano

Por Pedro C. Rebouças

ESTRELA PUBLICITÁRIA O tordilho Imperial do H.I.C. estrela a campanha de famosa linha de perfumes de O Boticário

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Fotos: AlmapBBDO.

A

raça Mangalarga ganhou destaque nacional no mês de julho graças ao filme da campanha de lançamento do novo perfume Malbec Black. Intitulada “O príncipe” e produzida pela AlmapBBDO para O Boticário, a peça publicitária é estrelada pelo belo tordilho Imperial do H.I.C. (T.E.), de propriedade do mangalarguista Yunis de Carvalho Biagini e proveniente da seleção de Israel Iraides da Costa. Na propaganda de circulação nacional, Imperial é o cavalo branco montado pelo príncipe encantado, representando o ideal de beleza que inspirou gerações e que passa por uma releitura nos tempos atuais. Considerada uma das maiores marcas de perfumaria masculina, Malbec traz uma faceta misteriosa e nada óbvia de madeiras negras para a novidade Malbec Black. Para o proprietário do animal que estrela a campanha, essa foi uma chance muito especial de divulgação da Mangalarga. “Eu acredito que esse foi um acontecimento bastante positivo, pois nos proporcionou uma oportunidade ímpar para exibir as qualidades da raça em mídia nacional, afinal a campanha foi exibida no país todo.” Yunis também enalteceu as qualidades de Imperial do H.I.C., fruto do cruzamento entre Café J.O. (T.E.) e Entrevista do H.I.C.. “Trata-

Imperial representou o cavalo branco do príncipe encantado.

O comercial foi gravado na bela praia de Barra do Una

se de um animal que tem tudo o que a gente procura em um cavalo de sela, como bom andar, docilidade e beleza. Além disso, ele vem obtendo importantes conquistas

nas pistas de julgamento da raça, como o título de campeão na Expo Brasileira 2019, e tem se destacado na reprodução, inclusive com filhos já premiados.”


Panorama Mangalarga arga Grandes marcas Na opinião do mangalarguista e publicitário Maurício Galhanone, esse foi o mais bonito comercial com cavalos da história da publicidade brasileira, inclusive com o mérito de unir Mangalarga e O Boticário, duas marcas nacionais que são referência de qualidade dentro de suas respectivas áreas de atuação. Galhanone, que acompanhou as filmagens realizadas no dia 07 de junho, na Praia do Una, no Litoral Norte de São Paulo, conta que a Mangalarga venceu a concorrência de outras raças para estrelar o comercial. “A produtora responsável pelo filme estava procurando animais de outras raças em que a pelagem tordilha é mais frequente, mas nós conseguimos mostrar para eles que a Mangalarga também possui belos exemplares que poderiam se enquadrar no

conceito do cavalo branco do filme. Por fim, os produtores acabaram vendo que o Imperial reunia todos os requisitos para fazer parte do comercial.” Ainda de acordo com Galhanone, o apoio do Núcleo

Mangalarga do Vale do Paraíba e Litoral Norte, por intermédio do criador Pedro Roberto de Paula, do Haras Pedra Preciosa, foi essencial para a realização do filme publicitário realizado para O Boticário!

Campanha lançou o novo Malbec Black

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Panorama Mangalarga Pano

Por Pedro C. Rebouças

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Grife oficial da raça lança sua nova linha de produtos de Criadores de Cavalos da Raça Mangalarga), a nova linha da grife oficial da raça contará com uma diversificada série de produtos. Entre os destaques, estão as camisetas, camisas e camisas polos com a logomarca oficial da Mangalarga. A Boutique Mangalarga, além disso, contará com uma série de novidades para esta Nacional, entre elas o baralho e a cachaça oficiais da raça e uma ampla gama

de souvenires, como chaveiros, canecas e copos. Outra atração será a manta personalizada, com a qual o mangalarguista poderá dar um charme especial às suas cavalgadas de fim de semana. Para adquirir os produtos da Boutique Mangalarga, visite o estande da Associação na 41ª Expo Nacional ou entre em contato com Vera Almeida, na sede da entidade, pelo telefone (11) 3677-9866.

Fotos: Divulgação

A Boutique Mangalarga irá apresentar, neste mês de setembro, a sua nova linha de produtos com a grife do Cavalo de Sela Brasileiro. O lançamento oficial da coleção acontecerá durante o mais aguardado evento da temporada, a 41ª Exposição Nacional, que acontecerá na cidade de São João da Boa Vista (SP). Segundo Luís Fernando Sianga, Diretor Adjunto de Fomento da ABCCRM (Associação Brasileira

O baralho oficial é um dos destaques da boutique.

O mangalarguista também encontrará as canecas da raça. 88

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A cachaça oficial é outro dos destaques da grife da raça.

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A voz do criador

A MARCHA QUE ANTECEDE O SOBRENOME Como esta coluna dá voz aos criadores, sentimo-nos incentivados a escrever este texto, pois aqui não se precisa ser hipólogo, técnico, entendido, experiente, etc, bastando para tal ser criador, ainda que seja micro, pois é muito comum nas rodas da raça, quando se emite uma opinião, escutarmos “há quanto tempo você cria?” “Você é técnico ou hipólogo?” Ou ainda lhe atribuírem palavras como “neófito” ou “entendido” de forma pejorativa. Desde já, frisamos que não somos nada disso, somos micro criadores apaixonados pela raça, e, de forma detalhada, procuramos estudar e usar a mesma. Lendo, neste espaço, o texto publicado na revista anterior, percebe-se um exacerbado saudosismo ao sobrenome “Trotada” de nossa MARCHA. Primeiramente, cumpre esclarecer que tecnicamente o nome Marcha Trotada do cavalo Mangalarga, apesar de atualmente ser pouco comercial devido a sua referência ao trote, é correto, pois é um andamento diagonal, bipedal que muito se assemelha ao trote, mas é MARCHA, pois não tem tempo de suspensão, como bem detalharam os técnicos da raça, Gabriel Junqueira (Bié) na TV MANGALARGA, e Adaldio Castilho em vídeo circulado nas mídias sociais. Entretanto, debateremos esse assunto um pouco mais abaixo. Por ora, vamos voltar a falar do 90

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estranho saudosismo do sobrenome da marcha que tomou conta de alguns criadores. Lembremos que há muito pouco tempo, nunca ou quase nunca se falava marcha trotada. O termo utilizado com frequência era ANDAMENTO. Nossas copas eram assim denominadas. Não era raro ouvir criadores e técnicos referindo-se ao mesmo inclusive como trote. Houve há tempos uma entrevista na televisão durante

Momento de ínfima dissociação entre as diagonais, onde o casco traseiro esquerdo já chegou ao solo, enquanto o casco dianteiro direito está por chegar.

uma copa de “andamento” em que um deles detalhava o “trote” do cavalo Mangalarga. A supressão do nome da nossa marcha na época era integral. Ora, apontem em que momento os saudosistas reclamaram da ausência do nome MARCHA trotada na integralidade. Por que não se revoltaram, como agora o fazem, quando alguém chamava nossa marcha de trote? Portanto, acertou sim a gestão

passada ao voltar a ter orgulho da palavra MARCHA. Acertou ainda mais ao renomear as nossas copas para COPAS DE MARCHA. Precisávamos e ainda precisamos vencer o estigma que outrora a raça ganhou de ser bravo e trotão. Foram feitas então campanhas assertivas em cima da marcha com slogans: “Mangalaraga, a marcha original por excelência” e “Mangalaraga, o DNA da marcha”. Data vênia, senhores, se precisamos extirpar a fama de trotão da nossa raça, parece razoável que tenham optado em utilizar apenas o primeiro nome da marcha, posto que o sobrenome trotada em muito se confunde com o trote, parecendo antagônico, em especial para os leigos e usuários. Após isso, restou nítida a ascensão do Mangalarga. O retorno do termo MARCHA e, sobretudo a volta da boa MARCHA propriamente dita, levou leigos, usuários e pequenos criadores a voltarem a ter interesse pelo MANGALARGA. Criadores de outras raças também passaram a elogiar. Marcha e as suas qualidades são os temas mais comentados nas mídias sociais que envolvem a raça. Grandes haras passaram a desejála e procuram associar seu sufixo com a palavra marcha. Aliadas às boas atitudes tomadas pela gestão atual, as exposições têm sido um SUCESSO em número de animais e, em especial, o interesse do público se volta para as provas de marcha durante a exposição.


A voz do criador ador Portanto, parece longe da verdade dizer que o nome da marcha não se reflete no mercado. Reflete-se sim. Afirmar que a raça já esteve no topo do mercado nacional, distante da segunda e ninguém se importava com isso, é tentar tapar o sol com a peneira. Creditar queda de quaisquer números à conjuntura econômica do país é uma visão muito simplista. A situação do país era a mesma para todas as raças, então faltou explicar por que se deixou cair tanto, à época, os números do Mangalarga frente a outras raças que cresceram

Tríplice de pinça com ínfima dissociação.

exponencialmente. Não há dúvida de que a forte queda que ocorreu na raça teve vários fatores (como também gestão, por exemplo), mas passa sim, sem dúvida, pela perda da principal identidade do cavalo Mangalarga, qual seja: a marcha. Agora com o seu retorno, aliada a outras atitudes, o Mangalarga entrou em ascensão novamente. Outro ato falho é afirmar que querem mudar a marcha do cavalo Mangalarga para um tríplice apoio. Tal fato soa simplesmente como jogar palavras ao vento. Isso não é verdade. A marcha que todos nós queremos é essa que está sendo premiada nas melhores exposições da raça. Mas

Tríplice apoio de pinça com ínfima dissociação.

para nos ajudar a entender melhor o tema, iremos nos socorrer muito, a partir de agora, do ATUAL livro de SÉRGIO LIMA BECK, posto que os livros do Mangalarga sobre marcha, em sua maioria, são muito antigos, despidos de tecnologia e alguns guardam grande proximidade parentesca com a raça. Algumas pessoas têm dificuldade de diferenciar tríplice apoio de tríplice apoio definido. Segundo Sérgio L. Beck , na literatura hipotécnica restou convencionado que quaisquer tipos de contato com o solo, por mínimo que seja, é considerado apoio. Sendo assim, é correto afirmar que o tríplice contato de pinça, tão comum no Mangalarga, é tríplice apoio, que é causado por uma ÍNFIMA dissociação entre as diagonais, que já era percebida e relatada também por FAUSTO SIMÕES e ARMANDO CHIEFFI. Esse tríplice com ínfima dissociação é desejado, diferentemente do tríplice apoio definido, em que se tem 3 apoios totais com a face palmar ou plantar dos 3 cascos tocando integralmente o solo. Esse último é indesejado, proibido, e não se conhece nenhum mangalarguista que o defenda. Sobre o andamento marchado ser resultado de uma má conformação morfológica, segundo Beck, tal teoria não se sustenta,

posto que a marcha é consequência neurológica de gesto e de tipo de coordenação adotada, sendo uma tendência das pessoas quererem explicar as coisas pelo que é mais fácil, mais visível, mais palpável, como é o caso da conformação. Explicar pela neurologia é mais difícil, e a neurologia, nesse caso, é tão ou mais importante que a conformação para explicar gestos e coordenações motoras. E marcha é COORDENAÇÃO motora, afirma Beck. Em sua pesquisa, juntamente com o veterinário Rodrigo Sarkis Costa, foram avaliados 200 indivíduos escolhidos aleatoriamente, envolvendo cinco raças, sendo 2 de andamento saltado e 3 de andamento marchado. Foram elas Mangalarga, Mangalarga Marchador, Campolina, Crioula e Árabe, em que foram comparados todos os ângulos, proporções e comprimentos. Como era de se esperar, a moda e a média de cada medida eram específicas para cada raça. Mas compondo a amostra de cada raça e de cada média, sempre havia alguns indivíduos que apresentavam as mesmas medidas de indivíduos de todas as outras raças. As medidas destes indivíduos em quaisquer das raças, marchadas ou não, eram iguais, muito embora tivessem andamentos diferentes. Vale ainda lembrar a diferença de conformação de raças distintas como Campolina, Piquira, Mangalarga, Campeiro, Pega, Mangalarga Marchador, Islander, Passo Fino, Tennessee, etc. Tudo isso mostra que marchar é condição e habilidade neurológica, não morfológica. No entanto, resta muito claro que devemos buscar boa conformação. Ela é desejável por favorecer mais força, mais beleza, mais correção e longevidade para as articulações, etc. Mas isso é desejável pelos mesmos motivos tanto para o animal de marcha quanto para o Setembro, 2019

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A voz do criador animal de trote. O que as pessoas pensam quando se fala nisso é que a boa marcha deveria corresponder a uma conformação específica, a determinados ângulos e proporções corporais. Mas falta aos defensores dessa tese conseguir provar isso estatisticamente comparando e diferenciando os animais de marcha dos de trote comum. Afirma Beck que até hoje não apresentaram e nem vão apresentar, porque uma coisa não depende da outra. Vale aqui lembrar que, se essa teoria fosse verdade, em uma raça de sela, os campeões de morfologia seriam os campões de marcha, o que nem sempre ocorre, havendo às vezes, inclusive, diferenças consideráveis de colocação. Prendamo-nos agora à Marcha do Mangalarga descrita no padrão como “Andamento com apoio diagonal, bipedal, de dois tempos, com tempo ínfimo de suspensão entre apoios, admitindo-se excepcionalmente ainda o registro de animais que apresentem marcha diagonal. Na marcha trotada, o tempo de suspensão é mínimo, somente o suficiente para que se proceda a troca dos membros, justificando desta maneira a denominação marcha trotada. Na marcha diagonal, ligeira dissociação dos apoios das diagonais e sempre com maior predomínio nos tempos de movimentação dos bípedes diagonais em relação aos tempos de movimentação dos bípedes laterais. Para ambos os casos, em terreno plano e em linha reta, o rastro dos posteriores do animal em andamento deve alcançar ou cobrir os anteriores. As passadas deverão ser levemente alçadas, longas e enérgicas. NÃO são admitidos os seguintes andamentos: andadura, TROTE e marcha picada.” Se considerarmos o conceito universal que diferencia a marcha do trote, qual seja que o primeiro é um andamento em média 92

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velocidade sem suspensão, isto é, sem perda de contato com o solo, enquanto no segundo existe um momento de suspensão total das quatro patas para que se proceda a troca de apoios, relatou Fausto Simões que, hipologicamente falando, essa descrição de marcha não tem classificação acadêmica. Sérgio Lima Beck, apesar de aceitar a licença poética da descrição, salienta em seu livro que a mesma carece de atualização, posto que a maioria da tropa Mangalarga se locomove sem SUSPENSÃO e avança com um imperceptível dissincronismo

Quadro extraído do livro de Fausto Simões, detalhando as variações da Marcha Trotada no estudo de Chieffi.

Quadro com as 24 notações de Armando Chieffi.

(dissociação). Todavia, os poucos que se locomovem com ínfima perda de contato com o solo, a sobrepegada é perfeita e provavelmente a ultrapegada se faça possível, mas à custa de exceder a suspensão e consequentemente perder o grau de comodidade. Segundo Beck, animais na marcha trotada SEM suspensão costumam ser os mais cômodos. Ainda sobre a pequena DISSOCIAÇÃO, invisível a olho nu, também constatada por Fausto Simões e recentemente por Alessandro Procópio, em que os membros do bípede diagonal em avanço têm contato com o solo minimamente, primeiro pelo pé e em seguida pela mão, salienta Beck que isso favorece a comodidade na marcha e no canter favorece a tomada e manutenção, sendo assim essa ínfima dissociação é desejada no Mangalarga. Fausto Simões, em sua obra, no tocante à marcha do cavalo Mangalarga, cita um estudo por volta do ano de 1946 de Armando Chieffi, em que foram avaliados 24 animais MANGALARGAS, através de filmagens de 16 mm e em câmera lenta de 64 quadros por segundo, em que foram encontrados 7 tipos de marchas, sendo seis variações da nossa marcha, e apenas uma delas, “aparentemente”, apresentou ínfima suspensão. Ou seja, Chieffi, Sérgio L. Beck e Alessandro Procópio, apesar de gerações diferentes, já convergiam em seus estudos, parecendo os mesmos atemporais. Há ainda que se ressaltar que, estudando mais a fundo os escritos e estudos de Armando Chieffi, percebe-se um erro de citação de Fausto Simões. Foram 54 animais avaliados (e não 24), sendo realizadas (aí sim) 24 notações e 7 diagramas detalhados e interpretados. Sendo que em NENHUM momento, Chieffi faz qualquer menção a ter encontrado ínfima suspensão em alguma delas. Mesmo no desenho do diagrama em que há apoios


A voz do criador ador No que tange ao mercado, importante destacar que criatórios que buscaram a marcha e associaram suas marcas a ela têm obtido bons resultados em seus leilões e mesmo nas vendas internas, posto que eles têm o produto que o mercado consumidor deseja. Claro que não é somente a marcha o segredo de sucesso destes, mas com certeza parte dele vem dela. Por derradeiro, use o sobrenome trotada ou diagonal, ou ainda apelidos como progressiva ou mangalarga, mas chame de MARCHA, essa sim a principal característica do Mangalarga, o cavalo de sela brasileiro! Interpretação de Armando Chieffi sobre o diagrama diagonal encontrado.

diagonais sem interrupção, afirma ele que a velocidade da filmagem de 64 imagens por segundo não permitiu a observação de dissociação, mas que não há dúvida, porém, que em uma filmagem com mais quadros por segundo, a dissociação deveria aparecer. Ele estava certo. Com a modernização das novas filmadoras, ela estava ali presente, aí sim, de modo ínfimo como provaram as filmagens de Alessandro Procópio. Fausto Simões, no entanto, tinha preferência pelo único tipo de andamento que “aparentemente” continha a ínfima suspensão e, mesmo alertado por criadores mais idosos na época, que já diziam que a principal finalidade/virtude do nosso cavalo era o andar, acreditava em um projeto idealizado nos moldes do cavalo de sela internacional, um cavalo de trabalho e de esporte, o qual pretendia assim se manter no topo das raças brasileiras. Dizia em seu livro: “São as mais favoráveis para o MANGALARGA as condições do panorama da equinocultura no Brasil. Nenhuma outra raça nacional pode ameaçar a sua liderança; o Crioulo é um

animal que somente no seu habitat preenche as necessidades, assim mesmo somente como animal de trabalho. O Mangalarga Marchador e o Campolina são por excelência animais de passeio. Está pois destinado ao Mangalarga preencher para o resto do Brasil o papel do cavalo de trabalho e de esportes.” Ledo ENGANO. Sua profecia não se realizou e o Mangalarga assistiu à ascendência do Crioulo e do Mangalarga Marchador de braços cruzados recitando frases saudosistas como fazem alguns até hoje. Neste passo, nenhum mangalarguista é favorável a que se extirpem do padrão quaisquer características do cavalo Mangalarga, ainda que não correspondam ao objetivo final da seleção da maioria dos criadores, mas jamais poderá se omitir diante das prioridades de seleção já eleitas pelos próprios criadores, muito menos ignorar os resultados de avaliações biomecânicas realizadas à luz da tecnologia, ou as preferências evidenciadas pelo mercado, condição essa essencial para o reposicionamento da raça.

Luís Fernando Sianga Sócio n° 07.690 Bibliografia: Marcha: Mitos, verdades e outras coisas-Sérgio Lima Beck-1° edição 2019./ Mangalarga e o cavalo de sela brasileiro-Fausto Simões./A marcha do cavalo Mangalarga -Armando Chieffi- Rev. Fac. Med. Vet. S. Paulo-Vol. 2 fasc.3, 1943. Consultas: Alessandro Procópio, Sérgio Lima Beck e Raul Sampaio de Almeida Prado. Setembro, 2019

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Lazer L azer & Cultura Foto: Mangalarga Business & Consulting

MONTAR A CAVALO Um texto singular escrito pelo Engenheiro Agrônomo Felipe Manuel Ferreira da Silva, explicando o verdadeiro sentido de como é montar a cavalo

S

egundo Churchill, nenhum segundo é perdido quando passado sobre um cavalo. Como é montar a cavalo? Bem, a primeira impressão que temos de um cavalo vem de seus olhos. Aquele grande e possante animal, que poderia atemorizar por sua força e tamanho, tranquiliza aquele que dele se aproxima com a doçura de seu olhar. São olhos expressivos que “falam” aos que podem entender-lhes e, por isso, devemos nos aproximar de um cavalo pela frente. Ele também precisa sentir em nosso olhar a mansidão e o carinho que ele sabe dar. E depois do olhar, o cheiro. Um cavalo tem um olfato inigualável e cheiros valem mais para ele do que qualquer outra maneira de identificação. Deixe-o cheirar sua mão e, se possível, cheire-o também. Aí o tato e a voz. Um carinho em seu pescoço, junto com palavras ternas, transforma o animal em amigo e, talvez mais ainda, em companheiro pronto a emprestar sua força ao agora parceiro. Lentamente, acerque-se dele pelo lado esquerdo e nesse trajeto, 94

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deixe sua mão sempre em contato para que ele perceba sua chegada mansa e tranquila sem sobressaltos. Estando de frente para a lateral do cavalo, rédeas e crina na mão esquerda, alcance o estribo com o pé esquerdo e, ajudada pela mão direita na sela, monte de uma só vez de maneira firme sem hesitações. Já montada, divida as rédeas entre as duas mãos, ajuste o estribo ao pé direito e acomode-se na sela de maneira ereta, com as mãos baixas e as pernas levemente pressionando seu amigo de viagem. Neste momento, o cavalo avalia seu cavaleiro. Hesita? É cruel? Respeita-o? Demonstra medo? Como todo herbívoro, o cavalo sempre foi presa de predadores carnívoros e nem sempre teve o grande tamanho do cavalo moderno. Dessa forma, instintivamente, o cavalo aprendeu a “sentir” as emoções do grupo para aumentar suas chances de sobrevivência. Um cavalo pasta de cabeça baixa e se, de repente, um outro dispara ao seu lado, ele também dispara sem precisar saber o que está acontecendo para pôr-se

a salvo. Repare que todo bando de animais que são presas em potencial, enquanto a maioria pasta, uma fica em alerta com todos os sentidos aguçados, pronto para disparar ao menor sinal de perigo. Sua explosão em um deslocamento súbito equivale a uma mensagem ao bando de “afastem-se daí! ”. Mesmo hoje, depois de milhares de anos de domesticação, dentro de cada cavalo vive outro, ancestral, atávico, que reconhece os sinais primitivos de alerta. Um conjunto cavalo e cavaleiro é, hoje, um “bando” para o cavalo. Dessa forma, um cavaleiro medroso, hesitante e inseguro, transmite tudo isso ao parceiro que, a partir de então, comporta-se como seu cavaleiro. Do contrário, um cavaleiro calmo e tranquilo faz o cavalo relaxar e dar tudo de si, confortavelmente seguro e destemido. Por isso, já em cima da sela, calma. Calma e ternura. Calma, ternura e firmeza, os cavalos também necessitam de liderança ou desejarão serem os


Lazer & Cultura ltura líderes do conjunto. Firmeza, nesse caso, significa segurar as rédeas nem tão frouxas, que o cavalo ache que tem o controle da situação, nem tão retesadas, a ponto de machucá-lo ou confundilo. Aprende-se com o treino o ponto certo que pode ser definido como “encostar o freio na boca do cavalo”. Sendo um dos animais mais sensíveis da natureza, todo o corpo do cavalo responde aos estímulos que partem do cavaleiro. Uma pressão da cana de uma das rédeas em seu pescoço indica a vontade de mudá-lo de direção de forma suave; a pressão em um dos cantos da boca também o obriga a virarse, só que de maneira mais brusca; uma pressão com ambas as pernas, movem-no para frente e assim por diante. Aprende-se muito com o próprio cavalo e, por isso o ditado que diz “para cavaleiro novo, cavalo velho.” Com o freio encostado e uma leve pressão nas pernas e, Ave!, você está em movimento. Esse deslocamento, aparentemente trivial, mudou mais a história da humanidade que qualquer motor a explosão, computador, avião! De cima de um cavalo, o Homem tornou-se cavaleiro, senhor dos mundos, guerreiro invencível. As distâncias encurtaram-se, o mundo ficou menor! E é esta a sensação que se tem em cima de um bom cavalo. A paisagem desloca-se lentamente e você começa a se aperceber que está dentro de uma harmonia inconfundível. O ritmo bi compassado – igual ao do nosso coração -, embala-nos como parte da paisagem. À sua frente, um par de orelhas esculpidas por mãos de artista, movem-se nervosas para todas as direções, atentas, solícitas. Para qualquer som que você emita, haverá sempre um que volta-se em sua direção,

procurando saber o que você quer. A cabeça forte segue confiante, rompendo o vento para deixar você passar e sua crina, parceira do vento, entrega-se em pas-de-deux encantador com a menor brisa que lhe cumprimente. Mais um pouco de pressão das pernas. O cavalo, solícito aos seus desejos, entra na marcha, fica mais veloz. Agora suas patas são tambores que anunciam sua chegada, trombeteiam sua passagem e mesmo pedras milenarmente paradas, saltam de lado quando vocês passam por elas. O cavalo também se orgulha dessa marcha triunfal e erguendo a cabeça, levanta mais suas patas transformando-se em imagem pictórica em deslumbrante movimento. À sua passagem tudo e todos voltam-se e param para olhar. Alguns animais – e alguns homens até! – chegam a abaixar os olhos inibidos com a altivez da visão. Crianças correm para ver melhor, ansiando, quem sabe, crescerem logo para poderem usufruir de um momento como aquele. E você também mudou. Seu corpo deleita-se com vento batendo no rosto e sua alma, mais rápida e mais sensível que o corpo, integrase rapidamente no conjunto tentando abraçar ambos os corpos, cavalo e cavaleiro. A paisagem preguiçosa cede lugar a outra mais veloz, mutante, transmudandose em outra a cada instante, ora é uma pequena ponte sobre um riacho e... já ficou pra trás. A árvore maravilhosa cede lugar a uma curva suave e você começa a ganhar uma força jamais sentida na medida em que sua alma começa a conseguir abraçar o conjunto. E o cavalo também sente o momento. Delicadamente, começa a indicar-lhe que quer mais rédeas, seu corpo é energia incontida, porém dócil, explosiva mas controlada, ele apenas pede... E você não resiste, entrega-lhe as

rédeas como a mulher que se rende ao amor, um pouco mais de pressão de suas pernas é seu sim e o cavalo, galopa! O galope é justificação da natureza para a criação do cavalo. Já não existe mais a noção da paisagem passando. Você é a paisagem que passa. Sua alma já não é mais só sua. Generoso, o cavalo aceita compartilhar sua alma e não existe mais cavalo e cavaleiro, existe você, o centauro, a extraordinária comunhão entre duas criaturas tão diferentes e tão próximas. E a passagem de um centauro – quando a alma de um homem consegue abraçar o conjunto – é ensurdecedora. Não há mais obstáculos intransponíveis, nada é mais veloz! O vento, para! Um raio, um tímido! E uma eternidade passa a galope. Finalmente, o centauro abranda, a velocidade acalma. Seus sentidos começam a ser só seus e sente-se uma pequena sensação de perda. A velocidade acalma um pouco mais e sua alma volta a ser só sua. A paisagem volta a passar e uma gratidão imensa é devotada ao seu companheiro, que também está feliz e exausto. Vocês chegam de volta e o cavalo para, para que você desmonte. E você repete o gesto inicial, só que em sentido inverso. Por último, seu olhar. De novo olhos confiantes e doces. Dentro deles percebe-se um obrigado. O cavalo também gostou. Depois de tratá-lo, você se afasta. Mudada.

(Autor: Felipe Manuel Ferreira da Silva – texto cedido pela sua sobrinha Renata Sari a todos os Mangalarguistas que conhecem bem o verdadeiro significado desta toada!) Setembro, 2019

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