Junho 2009

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AGRUPAMENTO DE ESCOLAS DE SÁTÃO ANO - XXIV

S e n t i

Nº 62

PREÇO - € 0.50

Periódico - Junho 2009

a

democracia A viagem foi longa, mas foi uma experiência fascinante e inesquecível. Ao chegar a casa, eufórica, quis logo contar todas as novidades. Porém, vencida pelo cansaço, adormeci num instante. Ainda ressoavam nos meus ouvidos acordes do Hino Nacional “A Portuguesa”: “Levantai hoje, de novo, o esplendor de Portugal…” Sim, porque durante estes dois dias procurámos erguer as vozes em defesa do bem comum, ou seja, a importância de uma “Alimentação Saudável”. Pág. 15

“Nós e os Outros” 2 Histórias da nossa História... 3 Caminhos Cruzados… 4 Viajando... 5 De pequenino... 6 Gente Nova, Vida Nova! 7 À descoberta... 8 Desportivamente... 9 Assim se começa... 10 Viver melhor... 11 Ser poeta é... 12 Outros Tempos... 13 Percursos de Vida... 14 Pequenos Deputados... 15 Leituras... 16 Imaginação em acção... 17 e 18 Matematicando... 19 Vivendo e prevenindo... 20 e 21 Mais Vale prevenir... 22 Vivendo... 23

O primeiro ano da escola nova O dia 14 de Abril foi o nosso primeiro dia de aulas na escola nova de Sátão. Nós gostamos muito da escola nova porque é muito bonita, tem biblioteca, salas com quadro interactivo, baloiços, ...

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Uma manhã no

“Arbutus do Demo”

No dia 8 de Maio, durante a manhã, as turmas 5ºF, 6ºB e 6ºE levaram a cabo uma visita de estudo ao Parque Botânico “Arbutus do Demo”, situado no concelho de Vila Nova de Paiva. Pág. 11

MENTES BRILHANTES No dia 29 de Maio participámos na 6ª edição do concurso “Mentes Brilhantes”, dinamizado pela Escola Superior de Educação de Viseu. A nossa equipa era formada por três alunos do Pág. 23


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“Nós e os Outros”

O tempo de descansar das árduas tarefas aproxima-se e, como sempre que algo de importante se conclui, é necessário avaliar, é o momento de fazer um balanço . Foi um ano marcante, este; difícil em muitos momentos, especialmente para os professores, mas também para os alunos, que em certos momentos terão percebido algum do muito desânimo e insatisfação que os seus rostos deixavam transparecer. No entanto, a vida da escola nunca foi posta em causa: não foi um novo estatuto de carreira que passou a determinar o empenho nos projectos, o esforço pelos bons resultados da aprendizagem dos alunos e pela sua formação integral como pessoas e como futuros cidadãos. Os alunos do nosso agrupamento, acompanhados pelos seus professores, continuaram a envolver-se nas actividades do Desporto Escolar, lutando e dando sempre o seu melhor para alcançar os melhores resultados nas provas e encontros locais, regionais ou nacionais em que participaram. E foram muitas as alegrias que alcançaram para si próprios e para esta comunidade escolar. O projecto que a nível nacional pretende transformar os hábitos de leitura das nossas crianças, fazendo-as amar os livros e o encanto que estes proporcionam continuou a entusiasmar alunos e professores: o Plano Nacional de Leitura, os Concursos de leitura e de escrita, as sessões de «Hora do Conto», continuaram a contar com o empenho e a dedicação de sempre e a esperança de que «de pequenino… se torça o gosto pelos livrinhos»! À semelhança de todos os outros anos, desde que este projecto existe, os alunos dos 2º e 3º Ciclos foram chamados a tomar parte na experiência do Parlamento dos Jovens, para melhor compreenderem «Por que é que a política também é para eles». E foi um dos alunos eleitos pela nossa escola quem teve o mérito e o privilégio de ter sido escolhido como porta-voz do círculo eleitoral de Viseu na Assembleia da República. Os dois deputados da nossa Escola e a aluna jornalista tiveram a oportunidade de “sentir mais de perto a democracia”. Estiveram de Parabéns, e a nossa escola, mais uma vez! Recentemente, muitos dos mais pequeninos conheceram uma escola nova, há tanto tempo esperada e merecida: as novas instalações da E.B. 1 de Sátão abriram as portas aos seus alunos. Também o Agrupamento ultrapassou, e bem, mais uma fase de transformação, renovando a confiança naqueles que a têm conduzido por mares de vagas por vezes alterosas, que se afiguram obstáculos tão difíceis de ultrapassar… De um Conselho Executivo, passámos a ter um Director e a sua equipa, numa perspectiva de continuidade que a todos oferece a garantia de um relacionamento próximo e construtivo. Assim, caros leitores, continuámos a dar o nosso melhor, pelos nossos alunos e por esta comunidade educativa em que nos inserimos. Resta um agradecimento muito especial a todos os que colaboraram nas edições deste jornal, continuando a torná-lo o ponto de encontro de todos, no final de cada período. Um bem-haja a todos e umas férias retemperadoras para os novos desafios, que nos esperarão a todos, quando regressarmos. Até Setembro e … boas férias, que bem as merecemos! Isabel Carvalho

A beleza de viver, de observar, de ver correrem as fontes, de rir ou chorar, de abrir horizontes, e continuar a questionar: Sábio ou iluminado?... Forte ou poderoso?... O que importa é preservar, a Humildade e a integridade. O sonho tece-se ardiloso quando o carácter e a rectidão se escondem na veleidade e na exibição! Por isso,... Será que o sábio tem consciência de que é sábio? Será que o homem tem consciência do quanto é sábio? Ao partilharmos a vida, cresceremos e viveremos, conheceremos outras lidas, outros momentos a serem vividos. Quando nos fechamos, de cenho franzido, o mundo passa-nos ao lado e não damos conta de nada. Para quê ser sábio?! Para quê ser poderoso?! Aquele que é sábio não se passa por glorioso. Viva a vida e a vontade De amar a todos E a ninguém! Viva quem tem vontade De continuar a crescer, Entre o Aqui e o Além! Berta Quental Prata Ficha Técnica Propriedade Agrupamento de Escolas de Sátão http://www.eb23-satao.rcts.pt Coordenação/Paginação Professores: António Coelho Isabel Carvalho Equipa da Biblioteca Colaboradores Alunos e professores do 1º Ciclo e Jardins de Infância do Agrupamento Alunos e professores da EB 23 de Sátão Impressão Gráfica Montemuro, Lda - Sátão Tiragem 300 exemplares O Tal Jornal na Internet

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http://web.educom.pt/otaljornal otaljornal@eb23-satao.rcts.pt


Histórias da nossa História... Relatório da sessão do 24 de Abril com o Coronel Diamantino da Silva Na comemoração dos 35 anos do 25 de Abril, os professores de História e de História e Geografia de Portugal organizaram uma sessão com o testemunho do coronel Diamantino Gertrudes da Silva. Esta sessão decorreu no dia 24 de Abril porque no dia 25 de Abril é feriado e nesse dia não há escola. Houve duas sessões. A primeira com o 8º e 9º anos e a outra com o 6º ano. As duas sessões foram iniciadas com uma pequena peça de teatro representada por nós, alunos do 6º F, com o tema “O Tesouro”. Antes deste, o professor Eduardo Fernandes Ferreira deu início aos trabalhos com mais um dos seus fantásticos discursos. As duas sessões foram diferentes, devido ao nível de escolaridade dos alunos presentes. Os alunos de ambas as sessões gostaram muito. Alguns alunos gostaram de ouvir falar da sua participação na guerra colonial, outros gostaram especialmente dos planos do 25 de Abril e de como as coisas decorreram. O coronel explicava os factos de forma clara e acessível sendo fácil compreender todos os acontecimentos. Prova disto foi a comparação da lousa e ponteiro daquela época com o actual Magalhães (2ª sessão). Em nome de todos os alunos, gostaríamos de agradecer às pessoas que organizaram estas sessões, pois além de muito interessante, esta actividade permitiu alargar os nossos conhecimentos. Trabalho de grupo realizado por: Catarina Lopes e Cindy Santos, 6ºF

25 de Abril - 35 anos depois... Organizado pelos professores de História e Geografia de Portugal do 2º ciclo e de História do 3º ciclo, comemoraram-se na escola sede os 35 anos do 25 de Abril de 1974. Na semana deste histórico feriado, enfeitou-se o átrio com trabalhos elaborados pelos alunos e não faltaram os cravos vermelhos a relembrar a liberdade conquistada e da qual todos queremos continuar a usufruir. Nas aulas visionou-se um documentário que apresentava as causas que levaram à Revolução dos Cravos e aos acontecimentos ligados à própria revolução. No dia 24 de Abril os alunos tiveram o privilégio de ouvir contar na primeira pessoa o que aconteceu, através de uma sessão com o coronel Diamantino Gertrudes da Silva que, na época, era um dos capitães de Abril. O Coronel Gertrudes da Silva, como é mais conhecido, é natural de Alvite, Moimenta da Beira, cumpriu duas comissões na guerra colonial, uma em Angola e a outra na Guiné, e participou na revolução que pôs fim ao regime de ditadura que imperava em Portugal. Nas sessões que desenvolveu, uma para os alunos do 6º ano e outra para os 8º e 9º anos, apresentou de uma forma clara, acessível e entusiástica, a sua visão dos acontecimentos, contextualizando-os a nível nacional e internacional. Em resumo, proporcionou aos alunos uma verdadeira lição de História, aplicando a sua formação académica uma vez que, à

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“O Tesouro” do 25 de Abril No dia 24 de Abril de 2009, os alunos do 6º F deslocaram-se ao Cine -teatro de Sátão para representarem a peça teatral “O Tesouro”, no âmbito da comemoração dos 35 anos do 25 de Abril.

Com este teatro tentámos mostrar como era o nosso país antes do 25 de Abril, onde não havia liberdade e as pessoas viviam oprimidas, tanto na sua forma de pensar, de agir ou mesmo de se exprimir. Realçámos o valor da liberdade e as mudanças que ocorreram a partir de então. Ficámos felizes ao verificar que depois da nossa representação o Senhor Coronel Diamantino Gertrudes da Silva, um dos capitães do 25 de Abril, falou dos exemplos que demos na nossa peça. Sinceramente, ficámos com a sensação que não sabemos bem como era viver sem liberdade e talvez por isso mesmo, não valorizemos tanto o 25 de Abril mas, uma certeza temos, gostaríamos de continuar a viver num país livre, por isso, guardem muito bem este Tesouro que é a Liberdade!!! Trabalho colectivo realizado na aula de Estudo Acompanhado pelos alunos do 6º F

margem das suas ocupações profissionais militares, concluiu em 1980, a Licenciatura em História na Universidade de Coimbra. É de referir que o coronel Gertrudes da Silva, para além de outras condecorações, foi agraciado com a Grã-Cruz da Ordem da Liberdade, por actos relacionados com a sua participação no Movimento do 25 de Abril de 1974. Já depois da sua passagem à situação de reserva, publicou os seguintes livros, todos relacionados com a problemática do 25 de Abril: “Deus, Pátria e ... A Vida” (2003); “A Pátria ou A vida” (2005); “Quatro Estações em Abril (2007)”. O Agrupamento de Escolas de Sátão e os professores do Departamento de Ciências Sociais e Humanas, agradecem ao coronel Gertrudes da Silva a sua presença que muito nos honrou, o testemunho sobre o seu contributo no 25 de Abril de 1974 e a mensagem transmitida sobre a liberdade conquistada que queremos preservar.

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Caminhos Cruzados...

“A Que Sabe a Lua?” No âmbito do Plano Nacional de Leitura, o Conselho de Docentes nº 2, com o objectivo de promover o gosto pelo livro e pela leitura, apresentou, no dia 1 de Junho de 2009, no CineTeatro Municipal de Sátão, uma teatralização, a partir de duas obras recomendadas, nomeadamente “O Canteiro dos Livros” e “A Que Sabe a Lua?”. As Professoras do 1º CEB e as Educadoras de Infância subiram ao palco e surpreenderam os seus alunos com esta encenação. As crianças, por sua vez, ficaram encantadas por ver as respectivas professoras e educadoras “vestir” o papel das personagens das histórias já referidas. No final, as crianças manifestaram o seu agrado, no sentido de reconhecerem, nesta representação, uma das melhores “prendas” que receberam no Dia Mundial da Criança.

PARABÉNS! A turma de CEF da nossa escola participou nas comemorações dos 10 anos de existência de cursos de Educação e Formação na Escola Infante D. Henrique tendo-se evidenciado a nível desportivo ao obter o primeiro lugar no torneio de futebol realizado entre as quatro turmas de CEF participantes nas actividades.

OUTRAS CULTURAS, OUTRAS SABEDORIAS… Aqui vão alguns provérbios vindos de outras paragens… a convidar-nos a umas viagens!!! - A generosidade consiste em dar antes de ser solicitado. [Provérbio Árabe] - A mais alta das torres começa no solo. [Provérbio chinês] - Quando estás certo, ninguém se lembra; quando estás errado, ninguém esquece. [Provérbio Irlandês] - Quem te fala mal de outra pessoa, falará mal de ti também. [Provérbio Turco] - Só se pode juntar as mãos quando estas estão vazias. [Provérbio Tibetano] In http://frases.mdig.com.br/proverbios.php

Tomada de posse do Director, Subdirectora e Adjuntos No dia 3 de Junho de 2009, pelas dezassete horas e trinta minutos, na Escola sede do Agrupamento de Escolas de Sátão, em sessão aberta, na presença dos membros do Conselho Geral Transitório e da comunidade educativa, foi empossado, no cargo de Director deste Agrupamento, o professor Eduardo Jorge Fernandes Ferreira para o quadriénio 20092013. Nesta mesma sessão, o Director empossado designou, para o cargo de Subdirectora, a professora Luciana Maria Pereira Fernandes e, para o cargo de Adjuntos, a educadora Ângela Maria da Silva Bártolo e os professores António Manuel Rodrigues Coelho e José Carlos Fernandes Soares, os quais foram empossados nos referidos cargos. A posse foi-lhes conferida pelo presidente do Conselho Geral Transitório, professor

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Viajando... Disciplina: Língua Portuguesa

uma vez que está desenquadrada da arquitectura paisagística, quer do hoje, quer do outrora. Para Data: 29 e 30 de Abril, 2009 manter viva a memória do épico, fizeram um Horto no qual plantaram as espécies vegetais, Relatório de Visita de Estudo algumas referenciadas n’Os Lusíadas. De salientar algumas espécies como a árvore da Locais visitados: canela, da cânfora, da pimenta, entre outras Constância: Jardim Horto de Camões e plantas e flores exóticas. morada do poeta; Peniche: Fortaleza (século XVI) Constância é uma pequena e graciosa vila no encontro dos rios Zêzere e Tejo. Nesta localidade A cidade de Peniche está situada à beiraaprazível, Camões terá escrito alguns sonetos mar, apresentando um relevo escarpado numa pequena casa modesta virada para o Tejo. A paisagem circundante é extremamente bela porque a vila é antiga, de casas pequenas e ruas estreitas, tendo em frente o Tejo e do lado direito o Zêzere. Chegados a Constância, os alunos e os professores percorreram a vila a pé. Comentouse o enquadramento geográfico e humano da terra, seguindo o roteiro previamente elaborado pelo professor de Português e pelos alunos. Observou-se atentamente os lugares nobres (morada de Camões e o Horto). Os habitantes de Constância, para imortalizarem o poeta, reconstruíram essa casa, embora a mesma seja uma desilusão,

Junho 2009 (impressionante porque parece que as rochas se irão desprender a qualquer instante), facto que se deve à erosão provocada pelas ondas do mar. Chegados a Peniche, ficamos extasiados com a visão do mar e dos barcos que se viam, sobretudo, ancorados. Demos uma volta, observando a costa e a ilha das Berlengas, um pedaço de terra no meio do mar. Almoçamos na E.B. 2, 3 D. Luís de Ataíde e, de seguida, fomos visitar a fortaleza que foi em tempos, durante o Estado Novo (19301974), usada como prisão política de segurança máxima. Ao percorrermos os corredores do forte, observamos espólios arqueológicos, etnográficos e históricos. Contudo, o que mais nos chamou a atenção foi precisamente a parte prisional, pois vimos e lemos testemunhos de prisioneiros ou de seus familiares e estivemos dentro do quarto, que segundo os dizeres, teria sido o de Álvaro Cunhal. Foi um pouco arrepiante! O resultado da viagem é francamente positivo, pois o convívio foi muito salutar. Estreitaram-se laços de amizade entre alunos e professores. Devemos fazer mais visitas de estudo. Valeu a pena! Alunos do 9º ano

Foi

assim que se iniciou a visita de estudo, pelas nove da manhã, da E.B. 2,3 de Sátão em direcção à capital. Boa viagem… E que a memória deste dia Nos fique na lembrança em flor Sempre regada com muito Amor, Abrindo as portas à alegria. O limite é o sonho e é o nada. O limite é abraçar a vida e as fronteiras, Deixando o tempo, que é já passado. O limite é o que fazemos na caminhada Da vida, construindo as nossas bandeiras Que se erguerão em Fado anunciado. Nesta viagem… O tempo está a correr e a traçar Um destino de dádiva e amizade. E, enquanto a leve aragem Sopra de mansinho, vamos todos entoar A canção que nos ergue sem vacilar. Berta Quental Prata (26/04/2009)

No dia 26/04/09 Os Formadores e os

Formandos do Curso EFA, B3, turmas T1, T2, T3 e T4 realizaram uma visita de estudo a Lisboa, tendo por objectivo a observação do património nacional/internacional, de forma a estabelecerem um paralelo com o estudo do património local/regional Satense, reconhecendo os valores e as diferenças

históricas, culturais e arquitectónicas. Os formandos revelaram interesse nas actividades calendarizadas, mostrando-se maravilhados ao observarem a arquitectura do mosteiro do Jerónimos e a sua riqueza cultural, a torre de Belém, o castelo de S. Jorge, situado numa das sete colinas e mostraramse arrebatados ao entrarem, pelas 19.45h, já a noite descia, no estádio da Luz, muitos pela primeira vez, onde assistimos ao jogo Benfica/Marítimo da Madeira. O entusiasmo e a felicidade eram notórios nos rostos, também cansados de um dia exaustivo a percorrer a

capital e alguns dos seus monumentos. Na viagem de regresso, muitos foram os que expressaram o contentamento, mostrando interesse por outras visitas de estudo que lhes permitisse observar o País e o mundo com um outro olhar, o do conhecimento empírico. Os Formandos do Curso EFA B3

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De pequenino...

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O Jardim de Infância de Sátão no mundo em que vivemos… Este Jardim de Infância organizou, no dia 2 de Abril,” Dia Internacional do Livro Infantil”, uma actividade que envolveu todas as salas com o objectivo de mostrar às crianças a importância do Livro. Foram convidadas as técnicas da Biblioteca Municipal a fim de se deslocarem a esta instituição para uma hora do conto diferente. As crianças ficaram entusiasmadas com a novidade.

No Dia Internacional da Terra, 22 de Abril, animámos esses caminhos até à quinta de Sto. Inácio, em Vila Nova de Gaia. Foi uma festa viver um dia no meio de tanta bicharada! Eram fantásticos os burrinhos de pijama às riscas, o hipopótamo dorminhoco, as cobras assustadoras e os insectos camuflados no meio das folhas, troncos e árvores. Vimos um bonito espectáculo de

aves de rapina. Gostámos tanto que havemos de lá voltar!

As educadoras deste Jardim de Infância, empenhadas em desenvolver nas crianças e seus pais a vontade de viver num mundo mais seguro, elegeram o Dia Mundial do Trânsito o melhor momento para essa sensibilização. Durante a manhã, o nosso recreio transformou-se num circuito rodoviário com cerca de uma centena de pequenas bicicletas. O circuito dinamizado pelo Grupo Territorial da G.N.R. de Mangualde - Escola Segura, fez as delícias da nossa pequenada que a brincar conseguiu interiorizar regras e sinais de trânsito. À tarde, foi realizada na Biblioteca Municipal, uma acção de sensibilização sobre segurança rodoviária para a comunidade educativa, dinamizada pela mesma equipa.

Os Pais e as Mães no nosso Jardim de Infância - Cruz Em Março, no dia 19, vieram os Pais ao nosso jardim de infância para comemorarmos o Dia do Pai. Elaborámos um mural com adivinhas e o contorno do nosso corpo e cada pai tinha que descobrir qual era o seu filho e em conjunto, pintá-lo. No final, fizemos um lanche e oferecemos aos Pais um presente feito por nós. Foi divertido, tivemos pena que nem todos os Pais pudessem estar presentes.

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Em Maio, no dia 4, foi a vez das Mães virem lanchar connosco para comemorarmos o Dia da Mãe. Passámos uns diapositivos no nosso projector novo, cantámos, lanchámos e oferecemos-lhes umas telas que decorámos com as nossas mãos carimbadas e um cartão. As Mães gostaram muito das nossas “obras de arte” e nós ficámos bem felizes. Obrigado,Pais e Mães, por estarem sempre connosco!

A mãe da Mariana não pôde esperar pelo final, mas tirou a foto no dia seguinte.


Gente Nova, Vida Nova!

Experiências do 1º C

A NOVA ESCOLA No primeiro dia de aulas do 3º. Período, 14 de Abril de 2009, estávamos ansiosos para vermos a nossa nova escola. Quando a vimos ficámos espantados e muito felizes porque tem novas condições para os alunos desfrutarem à vontade as suas actividades e brincadeiras. É uma evolução para o Sátão. É airosa, com muitos espaços, o que nos permite circular melhor. No exterior tem baloiços, escorregas, barras para escalar e muito mais… No interior tem catorze salas espaçosas, bons quartos de banho, biblioteca, refeitório, reprografia e sala de professores. As salas têm quadros interactivos e o nosso professor já nos deu aulas por esse quadro. São aulas mais divertidas e podemos aprender muitas coisas novas. Estamos a adaptar-nos muito bem. No entanto, também há falta de espaços cobertos para brincarmos. Foi pena não terem

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Nós somos alunos do 1º C da Eb1 de Sátão. Temos realizado algumas experiências muito engraçadas com a nossa professora. Já observámos porque é que alguns objectos flutuam e outros não. Também já verificámos quais os factores essenciais para uma planta germinar. Gostámos imenso dessas actividades. Flutuação

construído um polivalente para usarmos nos dias de chuva. Mesmo assim foi a melhor escola que tivemos. Vamos estimá-la para sempre e passar cá muitos dias felizes na companhia do melhor professor do mundo – O nosso professor. Trabalho de grupo do 3º B

O primeiro ano da escola nova

Germinação

O dia 14 de Abril foi o nosso primeiro dia de aulas na escola nova de Sátão. Nós gostamos muito da escola nova porque é muito bonita, tem biblioteca, s a l a s c o m q u a d ro i n t e r a c t i v o , baloiços, muita relva para correr e um metalofone. Também gostamos do novo horário e podermos brincar com todos os colegas da nossa escola. Agora já podemos almoçar no refeitório. A nossa escola é tão colorida como divertida. 1º A, B e C

“ A F e i r a d a P r i m a v e r a ” No último dia de aulas do 2º período, a Eb1de Sátão realizou uma feira, onde os alunos se familiarizaram com o euro, (falso, claro). Cada aluno levou brinquedos e outros produtos para venderem aos colegas. “A feira foi fixe e bonita” “Eu comprei muitos carros”

“Foi divertido andar de barraca em barraca” “A feira foi muito animada e divertida” “Gostei muito de vender laranjas.”

“Gostei de ajudar a preparar a feira.” “Comprei oito laranjas muito saborosas.” Frases do 1ºA e C da EB1 de Sátão

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À descoberta...

Junho 2009 À descoberta dos “Saberes e Sabores” !

Integrado no Tema de Vida, “ Saberes e Sabores” , das turmas B1 e B2 dos Cursos E.F.A. foi realizada , no dia 23 de Maio, uma visita de estudo à região da Serra da Estrela . Começámos por visitar a Serra da Estrela, que mesmo com pouca neve, nos encantou com as suas paisagens! Seguiu-se um delicioso almoço onde todos nós, formandos e formadores partilhámos os nossos petiscos. Alegres e ao som dos nossos cantares descemos a Serra em direcção ao Museu do Brinquedo, que nos deixou encantados e nostálgicos, pois vimos brinquedos que nos trouxeram de volta as memórias de menino. Apanhámos de seguida o comboio turístico, que nos conduziu ao tão afamado

Museu do Pão. Lá pudemos ver recriado todo o processo de fabrico do pão e ainda tivemos a oportunidade de fazermos o nosso próprio pão, que trouxemos como recordação. Este foi um dia diferente onde o saber e o sabor, nos envolveram numa grande história que ficará para sempre história das nossas vidas! Curso EFA Turmas, B1 e B2

Visita ao EcoCentro do Sátão No passado dia dezanove de Maio, as turmas que frequentam os cursos EFA, na Escola EB 2,3 de Sátão, realizaram uma visita ao EcoCentro de Sátão. No sentido de darem um testemunho pela defesa do Ambiente, os alunos deslocaram-se a pé. Integrada no tratamento do tema de vida “Ambiente”, esta visita norteou-se por três objectivos: informar da existência de um EcoCentro, no Sátão, sensibilizar para a necessária triagem e reciclagem de todos os produtos, tornando-os cidadãos mais atentos, mais responsáveis e mais intervenientes na sociedade, conscientes de que é preciso “pensar globalmente, agindo localmente”. (B3, T1)

Um serão na biblioteca No passado dia 25 de Maio, pelas 20 horas, as turmas dos cursos EFA passaram um “Serão na Biblioteca”. Foi uma noite diferente e cheia de emoções. Os livros e a leitura foram o tema das conversas e da arte de representar. Esta actividade envolveu todos os alunos e foi coordenada pela professora Florbela Cunha e Sá. E assim foi! Os livros ganharam vida, a poesia cantou-se e o serão encantou. Alguns formandos e formadores dos cursos EFA, bem como a equipa da biblioteca, deram o seu testemunho acerca de sugestões de leitura e leram textos seleccionados por eles. Imaginem que até alguns dos melhores escritores da nossa literatura estiveram lá… a professora Berta Prata, no seu papel de poetisa, presenteou-nos com alguns dos seus belos poemas e Ofélia Queirós, encarnada pela formanda Margarida, da turma 2 do B2, falou de Fernando Pessoa. Este grande poeta, juntamente com Florbela Espanca, Aquilino Ribeiro, Luís de Camões e Bocage foram ressuscitados pelos formandos André, Pedro e Catarina da turma do Secundário escolar, Agostinho, da turma 4 do B3, e Fernando, do B1, que conversando, entre eles, deram a conhecer alguma da sua produção literária, bem como alguns dados das suas vidas. A música também fez parte deste espectáculo na BE, onde foram ouvidos e cantados poemas de poetas imortais. Até houve dança! Alguns formandos do B2, a saber, Ermelinda, Fátima, Dores, Margarida, Manuel, Afonso e João; do Secundário Escolar, Luís, André e Pedro; e do B3 T4, Agostinho, dançaram ao som do talento dos “Cabeças no Ar”, com a canção “O Baile da Biblioteca” e declamaram poesia. A música ficou a cargo do professor Nelson, que com a sua viola e a sua bela voz, a todos encantou. Como num verdadeiro espectáculo, também houve um intervalo para tomar um chá, saborear umas guloseimas e todos conviverem de forma muito divertida e descontraída. Esperamos que esta tenha sido a primeira de muitas idas à BE.

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Professora Florbela Cunha e equipa da BE


Desportivamente... DESPORTO ESCOLAR 1 – Dinamização Interna

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de manhã, no Complexo Municipal de Atletismo Carla Sacramento. Tendo sido uma prova a nível Nacional, estiveram presentes alunos do todo o país, continente e ilhas, o que proporcionou um convívio desportivo salutar e uma troca de experiências desportivas. Até ao presente, ainda não recebemos as classificações finais, mas

Regional de basquetebol:

As Craques do Basquetebol

No passado dia 21 de Maio de 2009 realizou-se o Compal Air 3X3 (fase regional) na Escola E.B. 2,3 Infante D. Henrique (Repeses), em Viseu, estando a nossa escola representada com uma equipa apurada (Iniciadas Femininos). O To r n e i o d e c o r r e u com grande animação e desportivismo das equipas intervenientes, tendo a nossa equipa demonstrado uma enorme garra de vencer, embora o nível das equipas em competição fosse bastante elevado. No final a nossa equipa classificou-se num brilhante 4º lugar, dignificando com valentia o nome da nossa escola. O torneio decorreu durante todo o dia e foi grande o número de escolas que ali se fizeram representar com os seus melhores atletas. Parabéns para as nossas saltitantes basquetebolistas…… Professor: Carlos Silva Megasprinter – Fase EAE: No dia 11 de Março, realizou-se no Fontelo em Viseu, a fase EAE do Megasprinter. A nossa escola foi representada por 14 alunos masculinos e femininos de vários escalões etários, que participaram no salto em comprimento e/ou velocidade. Os nossos alunos participaram com bastante empenho, tendo obtido o 1º Lugar masculino no salto em comprimento (Tiago Pais – 5º E) e o 2º lugar masculino na velocidade (Bernardo Lourenço – 5º E), ambos pertencentes ao escalão infantil A. Estes alunos foram apurados para participar na fase Nacional do Megasprinter que se realizou no Seixal nos dias 8 e 9 de Maio de 2009. Por motivo de saúde, o Bernardo não pôde estar presente, tendo participado o Tiago Pais, que foi acompanhado pela professora de Educação Física e Coordenadora do Desporto Escolar. No Seixal, as provas realizaram-se na sexta-feira à noite e no sábado

tendo em consideração as marcas atingidas pelos 8 primeiros apurados, acreditamos que o nosso representante tenha ficado nos 15 primeiros classificados. Inter-turmas de Futsal O Inter-turmas de Futsal teve início no 3º período e ainda está a decorrer. Neste torneio inscreveram-se 11 equipas femininas e 20 masculinas, envolvendo a participação de 280 alunos. A turma A do 6ºano foi a vencedora, quer a nível feminino, quer a nível masculino relativamente ao 6º ano de escolaridade. Ainda estão por apurar os vencedores do 5º ano e do 3º ciclo. Às equipas classificadas em primeiro lugar serão atribuídas medalhas.

2 – Dinamização Externa Natação Os grupos/equipas de natação participaram no torneio de encerramento, que se realizou no dia 27 de Maio nas piscinas Municipais de Castro Daire. Este torneio desenvolveu-se num clima de festa, com a realização de muitos jogos aquáticos (pólo aquático, basquetebol aquático e caça ao tesouro) e a prova “15 minutos a nadar”. A festa terminou com uma demonstração de hidroginástica onde todos os alunos participaram. Todos os alunos que participaram no grupo/equipa de natação estão de parabéns, principalmente aqueles que se interessaram desde o início até ao fim do ano lectivo e procuraram atingir os melhores resultados, quer na aprendizagem quer nas provas. É de salientar a persistência daqueles alunos que, apesar de nem sempre terem sido convocados para as provas, continuaram a comparecer nos treinos e a esforçaremse para atingirem melhores prestações. Esperamos que continuem assim…. A professora : Helena Figueiredo

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Junho 2009 “Uma História com… Matemática”

A Magia dos Números Um lindo dia de Verão, eu, a Matilde e a Filipa fomos à Feira Franca, em Viseu. Ao chegarmos à entrada vimos um mágico a oferecer máquinas de aguçar colheres de sopa. O mágico estava vestido com uma fatiota preta e branca, era alto, sinistro, tinha olhos pretos carregados, e tinha uma grande varinha na sua mão esquerda. Logo se dirigiu a nós a oferecernos as ditas máquinas. Respondeu-lhe imediatamente a Matilde: -Não obrigada, nós não queremos, não afiamos colheres, não precisamos! -Mas é de graça, eu ofereço. Entramos para o recinto e deixamos de dar atenção ao sucedido. Espanto nosso quando reparamos que as pessoas estavam transformadas em algarismos. Aquilo era muito estranho. Havia várias formas de algarismos… Havia zeros, uns, dois, três, alguns pareciam ser loucos! Alguns algarismos estavam de mãos dadas parecendo numerais de números muitos diferentes na sua ordem de grandeza. Então eu, mais as minhas companheiras, dirigimo-nos a um senhor que se distinguia pelo seu chapéu alto e pelos seus bigodes encaracolados, e tinha a forma de um zero. -Desculpe, porque é que todas as pessoas se transformaram em algarismos? -Eu não sei, também gostava de saber! Foi então que nós reparámos que todas as pessoas que tinham a estranha forma de algarismos traziam uma máquina de aguçar colheres. Voltámos a falar com mais “algarismos”, mas todos eles estavam muito preocupados e sem saberem o que fazer. Dirigimo-nos, de seguida, a um senhor que tinha uma cara triste, vestido com farrapos, parecia ser um mendigo. Para além de nós era o único que não estava transformado em algarismo. -Porque é que o senhor não tem uma máquina de aguçar colheres? -Se eu nem sopa tenho para comer, quanto mais colheres para aguçar. Vivo na rua e não tenho armários para guardar nada, se aceitasse a máquina que o mágico me ofereceu seria para a vender. Mas quem a compraria? Já todos têm uma, ele oferece-as. Foi então que a Matilde exclamou: - Há aqui algo muito estranho, e tem a ver com o mágico e com as máquinas de aguçar colheres! De seguida fomos pedir esclarecimentos ao mágico. -Olhe lá, porque é que todas as pessoas que têm a sua máquina de aguçar colheres têm a forma de um algarismo? – Perguntamos já sem paciência. -Ah! Descobriram…Estou a castigar as pessoas pela sua ganância, pela sua ânsia de aceitar qualquer coisa, mesmo que inútil, só porque é de graça. – Disse o mágico num tom de voz ameaçador. -E porque é que as pessoas ficaram logo com a forma de um algarismo? – Perguntei eu já com os nervos à flor a pele. -Transformei as pessoas no algarismo que corresponde às vezes que vão utilizar esta máquina inútil.

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Assim se começa... -Ah! Por isso é que a maior parte são zeros! Exclamou a Filipa. Mas ao observar com mais atenção, viu um dos zeros a experimentar a máquina e chamou a atenção de todos. -Senhor mágico como explica que um zero esteja a utilizar a máquina e não se transforme noutros algarismos? - Perguntei eu. -De facto é muito estranho, também não sei explicar. Apercebemo-nos que o mágico não estava tão seguro de si como inicialmente parecia, então resolvemos baralhá-lo. A Filipa perguntou-lhe que leitura se fazia do dois junto ao zero. Será que eles vão utilizar a máquina vinte vezes? E se aquele vinte e três mudar de posição e passar a ser um trinta e dois. E aquele grupo que parece uma família, irão utilizar a máquina duas mil e duas vezes? O mágico cada vez mais intrigado, depois de uma pausa para pensar, respondeu. -Não tinha pensado que os algarismos se iam juntar… Céus tantas capicuas! A minha magia parecia ser perfeita mas, afinal… Aproveitei para lhe perguntar: - Senhor mágico, não acha que estas pessoas já tiveram castigo suficiente? Como vê ninguém

é perfeito, elas não são, mas o senhor também não. Eu compreendo que cada um de nós deva contribuir para melhorar o mundo e que o senhor, sendo mágico, o procure fazer através de magias. Mas, se quer acabar com alguns erros porque não transformar escadarias públicas em rampas, lixeiras em florestas, ruínas em casas novas, ódio em compreensão, indiferença em caridade… - Hei, hei, hei, já chega! Já percebi! Acho que tens razão. Logo de seguida o mágico desfez as suas terríveis magias e as máquinas transformaramse em flores. Distraídas com as pessoas que voltavam à sua forma normal, nem nos apercebemos que o mágico tinha desaparecido, parecia que se tinha evaporado. As pessoas, essas já estavam mais aliviadas e até algumas já se tinham ido embora, pois queriam sair daquele pesadelo. Foi um dia recheado de algarismos! Inês Francisca Xavier Reis, 5ºF


Viver melhor... “Arbutus do Demo”

Uma manhã no

No dia 8 de Maio, durante a manhã, as turmas 5ºF, 6ºB e 6ºE levaram a cabo uma visita de estudo ao Parque Botânico “Arbutus do Demo”, situado no concelho de Vila Nova de Paiva. Esta visita realizou-se no seguimento das temáticas trabalhadas na Área de Projecto pelas três turmas. Chegados ao Parque, uma parte dos alunos dirigiu-se para um atelier, acompanhados pela Srª Engenheira Alexandra, uma das responsáveis por aquele espaço. Com ela, foi possível aprender como se pode fazer papel reciclado utilizando restos de tecidos de algodão. Após a explicação,

Por um desenvolvimento s u s t e n t á v e l . . . Muitas alterações do ambiente provocadas pelo homem, podem provocar a extinção das espécies. Sabemos que o impacto da actividade humana sobre o ambiente, nomeadamente os efeitos nocivos dos pesticidas, provocam alterações, das quais nunca saberemos as verdadeiras consequências, uma vez que tudo no ambiente está interligado. A água, o ar e o solo são essenciais à sobrevivência de animais e plantas e, com tantas interligações entre eles e o ambiente (ciclos, cadeias, teias), é fácil perceber que, se um elo se quebrar, afectará muitas outras partes. Por vezes, os danos ambientais provocados pelo homem são causados pela ignorância, porque ainda não conseguimos compreender a complexidade e fragilidade do equilíbrio do mundo natural. Mas nunca é tarde para ler, para aprender e para mudar atitudes! Os modos de vida modernos originam enormes quantidades de resíduos e de poluição que afectam o ambiente, para além das fontes naturais de enxofre (erupções vulcânicas, oceanos), e de azoto (relâmpagos, decomposição natural). Mas

todos os alunos presentes tiveram a oportunidade de fazer folhas de papel reciclado que foram decoradas com folhas e pequenas flores recolhidas durante o percurso até ao local. Assim, foi possível obter folhas de papel originais e personalizadas, reflectindo o carácter de cada autor. Entretanto, os restantes alunos visitaram os laboratórios, onde puderam observar insectos diversos com a ajuda de lupas binoculares, b e m c o m o m i c ro a l g a s , recorrendo-se a microscópios ópticos. Também foi possível separar os órgãos constituintes de várias flores, observandose partes dos seus androceus e gineceus. De seguida, os grupos trocaram entre si, podendo participar em todas as actividades. Por fim, utilizando-se revistas e jornais usados, construíram-se objectos variados de carácter lúdico e/ ou decorativo, nomeadamente, bolas, bonecos e flores. No Parque, todos ficaram especialmente admirados com

as actividades humanas acrescentam enormes quantidades de poluentes, provenientes de muitas fábricas, centrais termoeléctricas e do escape dos automóveis contendo enxofre e azoto que reagem com a água da chuva, a luz do sol e o oxigénio da atmosfera, e formam a chuva ácida. Esta, afecta gravemente culturas, a qualidade da água e monumentos históricos que espelham vidas de gerações. O que nós teremos de fazer é reflectir sobre as nossas atitudes diárias e tentar viver hoje de modo a não comprometer a vida das gerações futuras. Temos de ser suficientemente inteligentes para levar uma vida saudável e produtiva em harmonia com a natureza, fazendo uma gestão sustentável dos recursos de que podemos dispor. Faz todo o sentido que utilizemos os recursos de forma o mais eficiente possível, para pouparmos as reservas existentes e para não poluirmos a atmosfera mais do que o necessário. Assim, é importante que se usem os recursos renováveis e o mínimo possível os não renováveis, produzindo sempre o mínimo de resíduos. Essa atitude começa em nossa casa, com pequenas acções que constituam gotas de água....pois sabemos que juntas formam os oceanos....lindos e maravilhosos. Podemos e devemos separar os lixos em casa, de forma a colocarmos nos ecopontos

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uma sequóia, uma das espécies de árvores mais imponentes do nosso planeta. Num lago ao lado, uma rã saltitava e coaxava sem parar! Foi ainda possível ver uma zona onde se reproduzem algumas espécies de plantas características da zona de Vila Nova de Paiva, e ainda um outro local, onde se tenta proteger outras que estão em vias de extinção. A visita foi divertida e muito didáctica, permitindo uma convivência social sadia entre alunos, professores e funcionários. Apesar de curta, possibilitou aprender de outra maneira, recorrendo-se a espaços diferentes do contexto onde a escola se insere. Foi uma forma muito divertida de aprender! 5ºF, 6ºB e 6ºE os desperdícios que podem ter uma vida nova, poupando os recursos naturais. Também devemos colocar os lixos contaminantes, em recipientes próprios (óleos em garrafões, pilhas em pilhões, tinteiros nas escolas…) de forma a não contaminarem solos e águas dos quais dependemos para sobreviver, com qualidade. E podemos sempre actuar no sentido de contribuir para que se produza mais energia a partir das fontes renováveis (energia do vento, energia da água - hidráulica, energia das ondas, energia das marés, energia solar, biomassa, energia geotérmica), pois gerar electricidade a partir deste tipo de energia não produz poluição. Assim, dependerá de nós todos: − fazer a separação de lixos, em casa; − gastar menos energia; − usar a energia de forma mais eficiente; − encontrar e utilizar formas de energia menos nocivas para o ambiente do que os combustíveis fosseis; − investir na exploração de fontes renováveis de energia. Claro que o desafio não será fácil, mas que seria de nós sem desafios na vida?????? Leonor Pestana

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Ser poeta é...

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A CRIANÇA

Ser Criança é… Ser criança é imaginar Flores e pássaros a voar, Viajar no mundo dos sonhos Sem nunca conseguir parar. Ser criança é colorir os dias tristes, É cuidar com alegria a Natureza. Ser criança é brincar e estudar Abrir uma janela de amor Ver a lua acordar e as estrelas a brilhar. Ser criança é ser SOL, ser LUZ, é ser AMOR! Martina Machado e Daniela Lopes - 6.º E

Um mundo de sonho Às vezes tenho sonhos. Sonhos belos, com um mundo melhor.

POEMA A TODAS AS MÃES MÃE: Maravilhosa és Meiga também Melhor do que tu não há… Maternidade, deste-me a vida! Amorosa todos os dias Afecto eu recebo de ti. Atenciosa, Amiga, Alegre, qualidades que te embelezam… Amor sempre me darás, Adoro-te, adoro-te! Espectacular Extraordinária Espantosa Estupenda, que mais te posso dizer? Exemplo que me guiará pela vida fora…

Um mundo sem guerra Onde não existe gente má. Nesse mundo reinam O amor e a paz.

Poema colectivo, elaborado em Formação Cívica pelo 6ºA

Um mundo cheio de estrelas, Onde todos são amigos E repartem o que têm. Nesse mundo não há pobreza, Todos têm o mesmo. Não há racismo E toda a gente se entreajuda. Um mundo muito organizado, Onde existe uma só língua Ninguém governa, Todos são livres. Tudo é natural, Não existem químicos. Todas as crianças brincam E todas elas são amigas De coração.

A BELEZA DO MAR O mar é de um azul imenso. As ondas bailam ao sabor do vento, Com um aroma muito intenso. Nele penetra o sal Que faz arder os olhos! Nele se ergue o coral, Que atrai peixes aos molhos. Quando o barco passa, Com ele vai ter a sereia: Cantando músicas de sonho O consegue destruir na areia…

A Criança tem o direito De crescer e ser feliz, Viver em fantasia E com muita alegria. Tem o direito de sonhar, Tem o direito de brincar E nos seus belos sonhos O futuro projectar. Que adulto serei eu, Quando mais tarde crescer? Estarei sempre a trabalhar Sem ter tempo para viver?... Quando já não for criança Quero poder conservar A alegria do meu coração Que no meu rosto irei espelhar.

Rodrigo Almeida, 6ºA

A PRIMAVERA Já chegou a Primavera, Vestida de muitas cores Tão verde da cor da hera E tão cheia de flores… O Sol ameno e o céu azul Vieram para ficar E grandes bandos do Sul Chegam a esvoaçar! No ar paira a alegria E a vida Parece renascer Na Primavera há muita alegria Pois tudo volta a crescer! Diogo Emanuel, 6º A

MAR MARAVILHOSO

As rochas duras que cercam Ou se escondem no mar, Embelezam a paisagem Que todos querem admirar!

O céu é azul O mar também! Os corais multicolores Quase parecem flores.

Quadras da Matemática

Dentro das conchas existem Estranhos, singulares animais. São próprios para consumo, Saudáveis e naturais.

Este é o nosso Mar O nosso Oceano atlântico, Nele podemos ouvir De uma sereia o cântico.

A matemática é uma confusão De tantos números numa só operação Vai-te dar voltas à cabeça Mas não ataques de coração.

De noite Vê-se o farol iluminar, Com a sua luz brilhante, O maravilhoso mar.

Conchas de muitos tamanhos E cobertas de sal, As podemos encontrar, No meio do areal.

Se te apanham a subtrair À cadeia vais parar Se preferires multiplicar Uma conta para mim tens de criar.

Mar calmo e tranquilo, Que embeleza a minha vida, Gosto das tuas ondas, Adoro a tua brisa!

Ondas do mar, Que tudo trazem e tudo levam, O mar tornam bravo,

Francisco Cunha, 6ºA

Ricardo Manuel Quinteiro L. Santos, 6º B

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Ângela e Cindy, 6ºF

Mariana Figueiredo, 6ºA

Vidas carregam…


Outros tempos...

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Cátia Isabel Campos, 5ºC Neste 3º período, os alunos do 5º ano foram convidados a navegar por mares nunca navegados (...)Passámos por inúmeros perigos, ventos e a passar, com Gil Eanes, o Cabo Bojador. Aqui “Mar Tenebroso”. Diz-se que engole pessoas e fortes, correntes que teimavam em nos puxar, fome embarcações. Fala-se de ondas gigantes, monstros ficam alguns dos testemunhos, relatos pessoais (éramos muitos e a comida escasseava), doenças desta atribulada viagem, pequenas histórias da marinhos que afundam barcos. e medo, muito medo do desconhecido. Mas, no História... Depois de algumas palavras de Cabo Bojador, quando o nevoeiro coragem, lutámos e conseguimos. desapareceu, vimos à nossa frente A passagem do Cabo Bojador Foi bom, conseguimos, mas também um mundo encantado, com flores No ano de 1434, partimos com Gil Eanes, à foi mau, pois uma aventura destas e sem monstros à vista. descoberta de novas terras... não aconselho a ninguém! André Rodrigues e Pedro Num dia de muito nevoeiro, ao longe ouvíamos Finalmente desembarcámos. Santos, 5º C barulhos terríveis, o mar parecia estar revoltado E n c o n t r á m o s u m a r e g i ã o (...) Foram precisos 13 anos com o vento, a madeira estalava, as ondas batiam desabitada, mas muito bonita! para dobrar o “maldito” Cabo nos rochedos, formavam rugidos medonhos que nos Colhi um ramo de flores, para Bojador e, este feito só foi atormentavam. oferecer ao grande Infante D. conseguido graças à grande Henrique. Caiu a noite, o nevoeiro era ainda mais intenso coragem do nosso capitão Gil e os ruídos também. Gil Eanes pediu-nos que Caiu a noite. Vamos descansar. Amanhã voltaremos Eanes. tivéssemos calma, mas nós estávamos tão obcecados à nossa terra. Daniel Aguiar, 5ºC que não conseguíamos pensar noutra coisa. A noite Tiago Pais, 5º E estava cada vez mais escura, os nossos pensamentos (...) A partida foi difícil, com muitas lágrimas e eram cada vez mais arrepiantes e a barca parecia abraços pois era uma viagem difícil e quem sabia se estremecer mais. Tudo o que girava à nossa volta era não regressávamos. Despedidas feitas lá partimos Os monstros “Tenebrosos” assustador e cada vez mais nos vinham à memória rumo ao Cabo Bojador. Tantos já tinham tentado as lendas e outras coisas esquisitas que as pessoas Há muito tempo atrás, havia um marinheiro sem o conseguirem... (...) contavam e quase não nos conseguíamos conter. chamado Gil Eanes que foi encarregue de passar o Vanessa Varela, 5ºC Nasceu o dia, o nascer do sol estava amarelo Cabo Bojador, no Mar “Tenebroso”. Ele já ouvira escuro, parecia que tudo tinha mudado e não havia falar dos vários obstáculos, como por exemplo vida e para nós só existia uma coisa, o medo. Quase os monstros humanos, seres fantásticos, fortes sem darmos por isso, avistámos o Cabo Bojador, nevoeiros, rochas altas e outras coisas muito estava tudo silencioso, o mar estava calmo, as ondas perigosas. quase não faziam barulho nas rochas e parecia não A meio dessa viagem emocionante, eles avistaram existir nenhum monstro naquele lugar. Apesar do um peixe, que lhes pareceu ter formato de dragão e A viagem até ao Cabo Bojador sol estar fraco, nós continuávamos cheios de medo. logo recearam mas, nada lhes aconteceu. No início da viagem ao cabo Bojador, todos íamos Passámos o cabo e tudo parecia continuar normal Mais à frente seres fantásticos apareceram mas com um pouco de receio do que nos poderia vir a e chegámos à conclusão que as histórias que nos acontecer. tinham contadas eram mentira. Não parecia acabar eram muito pequenos e insignificantes e, por isso, Nessa noite de terror medonho, os ventos eram ali o mundo, não estávamos a ficar queimados, não nem se preocuparam. como espíritos que nos assombravam enquanto havia precipício à vista, etc. Ao apercebermo-nos de Depois ficou tudo nublado, mas o feito aconteceu. navegávamos. As ondas pareciam rugidos que tudo isto, ficámos tão contentes que quase o barco se No dia 5 de Dezembro de 1434, Gil Eanes e os seus entravam pelo barco adentro, pareciam monstros afundava com os nossos saltos de alegria. Ficámos amigos passaram o Cabo Bojador, orgulhosos, que gritavam ao ver a nossa chegada. aliviados e desejosos de regressar a terra e contar felizes e muito satisfeitos. Ao aproximarmo-nos, o nevoeiro parecia cada todas as novidades. Gil Eanes ficou tão orgulhoso de vez mais intenso. Os tripulantes do barco estavam Trabalho realizado por: André Silva e nós que nos deu uma recompensa ao dizer-nos que revoltados contra Gil Eanes, pois cada vez Francisco Santos, 5º A ficaríamos para sempre no fundo do seu coração. estávamos mais perto daquele mundo de monstros E foi assim a passagem do Cabo Bojador. (...) Avistámos o Cabo Bojador, queríamos lendários. Apetecia-nos deitá-lo borda fora. Até que, ao longe, avistámos o mais terrível Ana Rita Sousa e Letícia Coelho, 5ºB voltar para trás mas não podíamos, o Infante D. Henrique ficaria desiludido. Alguns dos marinheiros dos monstros. Uma cobra gigante, com largas esconderam-se no convés, outros começaram a barbatanas e com dentes sequiosos pelo nosso rezar, até que o capitão disse: sangue!... A viagem de Gil Eanes De repente ouvimos um rugido de dragão. À - Agarrem-se marujos, aqui O Cabo Bojador sempre foi medida que nos íamos aproximando, fomos notando vamos nós! Se morrermos hoje, uma grande dificuldade para a que afinal o monstro era apenas um rochedo. morremos com orgulho, porque navegação da Costa Ocidental O nevoeiro desapareceu e tudo estava mais claro somos os primeiros a ter coragem Africana, devido às correntes à nossa vista: era apenas um cabo como tantos de desafiar este cabo. fortes, aos ventos e tempestades outros! naquela região. Era um lugar muito Passámos o cabo e levámos Foi então que pensámos: se esta lenda não era temido pelos navegadores. rosas para provar que a partir verdade, o mais provável era que as outras também Hoje, o dia está bom, o vento dali, tudo era diferente das lendas fossem mentira. Assim, avançámos sem medo e deixou de soprar e o mar está calmo. Na noite em contadas. dobrámos o Cabo. Não havia monstros nem nada que passámos o “temido cabo”, uiii! Foi horrível… Carolina Correia e Neide Costa, 5º C desses lendários terrores. Apenas um cabo. Estávamos já muito perto do Cabo Bojador… Levámos umas flores que Gil Eanes apanhou em A noite estava fria e escura. De repente, uma (...) No meio da viagem surgiu uma grande terra e mostrámo-las aos nossos portugueses e mais grande tempestade caiu sobre nós. Chovia e caía tempestade. Os ventos eram fortes, a chuva caía tarde ao próprio rei. granizo. Pensávamos que íamos morrer naquela torrencialmente, as ondas tornaram-se perigosas e Uma viagem esplendorosa e cheia de terror, sem noite! a nossa embarcação baloiçava sem rumo. Quando dúvida! No entanto, não deixei que os meus marinheiros a tempestade parou, tínhamos vários estragos e Ana Inês e Matilde Carvalho, 5ºB perdessem a coragem e disse-lhes: todos os marinheiros deitaram mãos à obra, na - Grandes marinheiros! Vamos unir-nos, passar tarefa da limpeza e reconstrução. Assim seguimos este cabo e destruir as lendas que falam sobre um viagem. (...)

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Junho 2009 TEMA DE VIDA: INSERÇÃO

PROFISSIONAL “A minha vida profissional começou muito cedo, quando tinha aproximadamente 15 anos. Trabalhava, então, nas vindimas” (Prazeres, T3) “Comecei a trabalhar aos 17 anos. Quando vim para Portugal, fiz limpezas. Depois, comecei a cuidar de crianças. Cheguei a ter 10 meninos ao meu cuidado. E, agora, faço renda para fora” (Fátima, T3) “Comecei muito cedo a trabalhar no campo. Além disso, trabalhei no Hospital de Carcavelos, nas termas da Cavaca, na Cerutil, na Avipronto e estive ainda na Suiça” (Júlia, T3) “A minha história profissional é já longa e

A escola: ontem, hoje, amanhã... “Entrei para a Escola Primária em 1961 e fiz o exame da 4ª classe em 1965. Depois, estive um ano sem ir à escola. Regressei em 1967 para concluir o 5º e 6º anos de escolaridade. Todavia, em 2008, tive de me matricular, novamente, para concluir o 9ºano. Penso que, actualmente, é mais fácil estudar, pois não é tão duro como antigamente. Os professores ensinam de outra maneira. Antigamente, os professores batiam muito e, por isso, os alunos fugiam da escola. Talvez, devido a esse factor, houvesse muito insucesso escolar. Nestes dois últimos anos, foi tudo muito gratificante. Fizeram-se novas amizades. E participámos na peça de teatro Auto da Barca do Inferno, de Gil Vicente” (João, B3, T3) “De pequenina, trabalhei muito nas terras, na Madeira, a minha terra natal. Gostava de ajudar os meus pais. Mas, quando recebia o dinheiro, dava-o à minha mãe”. A vida era muito difícil, havia muita pobreza” (Fernanda, B3, T3) “Quando ainda era criança, andei na escola até completar o 6º ano. Alguns anos mais tarde, regressei à escola, para tentar completar o 9ºano ou, quem sabe, ir um pouco mais além. Estudo de noite. Conheci mais pessoas, convivemos muito, novas amizades nasceram. Tenho aprendido o que, de criança, não aprendi. Os professores explicam muito bem. São excelentes. Agora, ficam as recordações das pequenas histórias e anedotas que contávamos uns aos outros” (Prazeres, B3, T3) “Olá, eu sou o Bernardo! Quando ainda era criança, desejei ser futebolista ou ciclista, mas não consegui. Hoje em dia, estou a frequentar os cursos EFA. Os meus colegas foram todos muito simpáticos. E quando a escola terminar, vou ter muitas saudades dos tempos que aqui passei. Penso que todos os colegas tentaram dar o melhor de si. Mas, o que me deu mais satisfação foram os passeios que fizemos e a possibilidade de ter participado numa peça de teatro (que muito sacrifício exigiu aos professores).” (Bernardo, B3, T4)

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“Olá, eu sou a Felismina! Tenho 58 anos, sou

Percursos de Vida... variada. Foram muitos anos na hotelaria e na restauração, na Suiça, para onde fui com 21 anos de idade. Era uma actividade de que gostava bastante: permitiu-me conhecer muita gente e conviver, ao mesmo tempo que trabalhava” (Madalena, T3) “Trabalhei, pela primeira vez, no Brasil, no ano de 1979” (Izabel, T3) “Quando era garota, trabalhei muito nas terras, na Madeira, a minha terra natal. Gostava de ajudar os meus pais. Mas, quando recebia o dinheiro, dava-o à minha mãe” (Fernanda, T3) “Tinha apenas 12 anos quando comecei a trabalhar nas obras, como aprendiz. Aos 17 anos, fui trabalhar para a França. [...] Depois de 1998, andei a distribuir pão. Hoje em dia, sou (um pouco) alegre e gosto de conviver com as outras pessoas. De criança, o meu sonho era ser professora. Como não foi possível, e apesar da idade, regressei à escola, onde me sinto muito bem. Na escola, existe um bom ambiente, tanto entre colegas, como com os professores, o que me leva a gostar ainda mais de aqui estar. Gosto de todas as disciplinas. E gostei de tudo o que aprendi, embora existam matérias onde senti mais dificuldades. De pequenina, só consegui concluir a 4ª classe. Em 2007, concluí o 6º ano e estou, presentemente, a terminar o 9ºano de escolaridade” (Felismina, B3, T3) “Olá, eu sou o Agostinho! Sou de Vila-Cova de Sátão, nascido e criado. Sou uma pessoa muito divertida e gosto de ajudar os outros. E também gosto que me ajudem. Ando na escola há alguns anos, pois gostava de concluir o 12ºano. Quando recomecei os meus estudos, só tinha a 4ª classe. Agora, com 42 anos, estou quase a terminar o 9ºano, facto que nunca pensei que pudesse realizar. Gosto muito da escola, dos professores e dos colegas. Tenho aprendido muitas coisas. Vou ter muitas saudades de todos. Além disso, nunca tinha feito teatro (peça Inês de Castro). Adorei. Nunca pensei regressar à escola e fazer coisas tão lindas como fiz. Nunca irei esquecer estes anos de escola. Vão marcar-me para toda a vida. Sou a pessoa mais feliz do mundo. Nunca pensei chegar onde cheguei. Por isso, só tenho que agradecer aos bons professores que tive até então. Obrigada a todos os professores, muito obrigada. (Agostinho, B3, T3) “Frequentei o 6º ano, nesta escola, no ano de 2007. Foi uma experiência óptima, porque tive a oportunidade de aprender coisas novas e de aumentar a minha cultura. Em virtude de estar desempregada, resolvi continuar a estudar para concluir o 9ºano. Estes dois últimos anos lectivos foram muito bons. Gostei dos formadores e dos meus colegas. Recordo ainda alguns colegas que desistiram, também eles colegas exemplares. Em relação à minha participação nas actividades escolares, não esquecerei o papel que desempenhei na peça “Inês de Castro”, representada no dia 24 de Abril de 2009” (Pureza, B3, T3)

“Dia da Mãe” No mundo, é o mais respeitado, mas também o mais proclamado: o lindo nome de MÃE. A pessoa que mais ama, aceita e não reclama é feliz! sofre também Ser mãe é tão importante na vida duma mulher ocupada a cada instante por um motivo qualquer. Mãe do céu, és poderosa! Protege as mães da terra, protectora e bondosa, faz com que acabe a guerra. Mãe! foi quem mais me amou em toda a minha vida. Mãe! que tanto me ensinou até ao dia da despedida. Mãe! até hoje não esqueci o amor que tu me davas. Mãe! tanto tempo eu já vivi, com falta do que tu me ensinavas. Mãe! tentei partilhar com as minhas filhas teus lindos ensinamentos. Mãe! comigo tu falas mesmo que, apenas, em pensamentos. Mãe! eu sei que não conheceste minhas filhas, tuas netas. Mãe! são as netas que tu mereceste; para mim, são completas. Mãe! ó minha querida Mãe!

(Felismina, T4, B3)

É urgente ... respeitar o AMBIENTE! Ter as ruas limpas, Proteger as águas dos rios, Manter as florestas limpas. É urgente ... envolver toda a GENTE! É urgente ... alertar e apelar à compreensão, à solidariedade! É urgente ... reciclar! Enfim, é urgente que protejamos o nosso Planeta! “Como estudante, posso dizer que gostei muito dos meus professores(as) e dos colegas. Ainda hoje tenho os contactos dos professores do 6ºano. Apesar de ser cansativo, foi uma experiência que nunca esquecerei. Agradeço a ajuda de alguns professores e colegas, sem a qual teria desistido. Não posso também esquecer a compreensão dos funcionários desta escola, porque também já fazem parte das nossas vidas. Gosto muito dos meus colegas. Somos uma turma muito unida” (Céu, B3, T3)


Pequenos Deputados... Senti a democracia A viagem foi longa, mas foi uma experiência fascinante e inesquecível. Ao chegar a casa, eufórica, quis logo contar todas as novidades. Porém, vencida pelo cansaço, adormeci num instante. Ainda ressoavam nos meus ouvidos acordes do Hino Nacional “A Portuguesa”: “Levantai hoje, de novo, o esplendor de Portugal…” Sim, porque durante estes dois dias procurámos erguer as vozes em defesa do bem comum, ou seja, a importância de uma “Alimentação Saudável”. Em Outubro, os alunos foram convidados a viver a democracia, organizando-se por listas para proporem e defenderem um programa eleitoral que deveria incluir medidas que contribuíssem para melhorar a “alimentação e saúde” dos portugueses, pois era este o tema do projecto Parlamento dos Jovens 2008/2009. Seguiu-se um período de campanha eleitoral muito activa, materializada em cartazes, panfletos, blogs, debates e até no encontro com o Sr. Deputado da AR José Junqueiro. Em Janeiro, realizaram-se as eleições que determinaram, por aplicação do método de Hondt, o número de alunos de cada lista eleitos à Sessão Escolar. Começávamos, nesta fase, a dar os primeiros passos no funcionamento dos órgãos democráticos – a tomada de posse dos recém-eleitos deputados, a formação da mesa, a apresentação e defesa das medidas propostas, os pedidos de esclarecimento, o tempo equitativo para uso da palavra, as alterações de redacção das medidas, as votações nas “melhores” medidas, o nascimento do Projecto de Recomendação da nossa escola e a eleição dos deputados à Sessão Distrital. E lá estivemos, no dia 23 de Março, a participar na Sessão Distrital realizada no IPJ, em Viseu. Nesta Sessão, estiveram representadas 33 escolas do distrito e todas participaram com muito empenho. Após a sessão de abertura, os trabalhos foram dirigidos pela Srª. Deputada da AR Helena Oliveira, que começou por nos responder a perguntas que lhe dirigimos. Seguiu-se o que mais ansiávamos - o debate. Cada escola apresentou, sumariamente, os seus projectos. Estes foram debatidos na generalidade, havendo lugar a pedidos de esclarecimento, a apreciações gerais e a uma votação na generalidade que elegeu o

Projecto de Recomendação da Escola de Moimenta da Beira para ser levado a debate e votação na especialidade. Respeitou-se, assim, “a vontade das maiorias”. Dos 33 projectos, com duas a três medidas cada, foi escolhido, democraticamente, um deles. Na parte final da Sessão, no debate na especialidade, seguiu-se uma metodologia que foi aplicada nas etapas seguintes: apresentação de propostas de eliminação, de alteração e aditamento das medidas do Projecto seleccionado. Chegávamos, assim, a três medidas que constituíram o Projecto de Recomendação do Círculo Eleitoral de Viseu. Para o apresentar na AR, procedeu-se à eleição dos deputados à Sessão Nacional. Tivemos a honra da nossa escola, a nossa querida EB 2,3 de Sátão, ser uma das 6 escolas mais votadas. Orgulhámo-nos, ainda, de ter sido eleito para porta-voz do Círculo de Viseu, um dos nossos deputados. Chegávamos assim à Sessão Nacional! Sobre nós pairavam a alegria de ter vencido uma etapa e o peso da responsabilidade de defender, agora, um projecto de um Círculo e já não de uma escola ou de uma lista. No dia 20 de Abril, partimos em direcção à capital, prontos para uma viagem longa e uma missão importante a cumprir. Chegámos! Era ali a Assembleia da República! Estávamos prontos para conhecer o local onde se determina o futuro do país. Os deputados foram logo encaminhados para as salas onde reuniriam em Comissões, isto é, trabalhariam em grupo. Da mesa que dirigiu os trabalhos da nossa Comissão, fizeram parte dois deputados da AR, Ana Drago (BE) e Luís Fagundes Duarte (PS), e uma assessora, Cristina Tavares. Os porta-vozes de cada Círculo apresentaram as medidas, seguindose, novamente, uma metodologia a que já parecíamos habituados. Do trabalho similar de todas as Comissões, surgiu um documento contendo as medidas nelas aprovadas, com o objectivo de ser levado para o debate em Plenário no dia seguinte. Prepararam-se

Junho 2009 ainda algumas perguntas a serem colocadas a deputados da AR. Os jornalistas acompanharam estes trabalhos e participaram numa visita guiada às instalações do belo edifício da AR. Conhecemos a Sala do Senado, a Sala dos Passos Perdidos, a Sala das Sessões, as pinturas e esculturas… À medida que ouvia as explicações do guia, tentava imaginar os momentos cruciais da nossa história democrática. Findos os trabalhos deste dia, brindaram-nos com uma actuação do grupo “Jovens Vozes de Lisboa”. Seguiu-se o jantar no refeitório da AR e uma noite reconfortante nas instalações do INATEL de Oeiras, onde descansei, após uma tarde em cheio! No dia 21 de Abril, a Sessão Plenária foi aberta pelo Sr. Presidente da AR, Jaime Gama, tendo também a Srª. Ministra da Educação, Maria de Lurdes Rodrigues, usado da palavra, realçando a importância de uma alimentação saudável e de projectos deste tipo para aprendermos a viver em

democracia. A Sessão Plenária foi dirigida por um grupo de alunos que desempenhou, com muito mérito, as funções que lhe foram atribuídas, aprovando-se uma Recomendação à AR, constituída por dez medidas que nasceram nas escolas, amadureceram e se aperfeiçoaram Sessão a Sessão deste projecto. Senti que, etapa a etapa, a vontade comum teve força e materializou-se num documento que exemplifica uma construção democrática. Senti a força da democracia. Foram dois dias vividos intensamente. Apercebime de que o papel dos políticos pode não ser tarefa fácil, quando desempenhado com responsabilidade e sentido de estado. Terminámos todos os trabalhos com a entrega de diplomas pelo Sr. Deputado da AR, António José Seguro, e a ouvir o nosso hino nacional, entoado por um grupo de alunos: “Pela Pátria lutar… Contra os canhões, marchar, marchar!” De repente, despertei deste grande “sonho” que, afinal, foi uma experiência real e muito rica… Uma grande aula prática! Inês Margarida Nicolau Soares, – 5ºF

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Junho 2009

A nossa biblioteca A biblioteca é um lugar Onde podemos aprender Navegar na Internet E muitos livros ler. Na biblioteca tudo é maravilhoso Há coisas que nos podem ajudar Mas se tirarmos um livro No carrinho temos que o colocar. Na biblioteca a ler Na biblioteca a estudar Na biblioteca em silêncio Na biblioteca vou estar. Na biblioteca lemos Aprendemos com os amigos Damos asas à imaginação E escrevemos com emoção. A nossa biblioteca Está bem organizada De livros bem recheada E de gente bem-humorada.

Leituras... Participação na fase distrital do Concurso Nacional de Leitura No dia 27 de Março, as alunas Mariana Cruz Cunha, do 7º B, Pilar Bárbara Lourenço, do 8º A e Maria Carolina Carvalho, do 9º B, participaram na fase distrital do Concurso Nacional de Leitura, na Biblioteca Municipal de Mangualde. As concorrentes foram acompanhadas pelas encarregadas de educação e pela coordenadora da biblioteca. Este foi um encontro interessante, pelo convívio com outros alunos de várias escolas do distrito. Os livros seleccionados para esta fase foram: “O Rapaz do Pijama às Riscas” de John Boyne, “O Rapaz do Espelho” de Álvaro Magalhães e “ Um Menino Que Sonhava chegar à Lua” de Sally Nicholls. Nenhuma das alunas foi apurada para a fase nacional, mas foi muito importante a participação neste evento. A participação por si só já é importante! Parabéns às alunas que se empenharam na leitura das obras seleccionadas na 1ª fase realizada na escola e na 2ª fase. Esperamos que o gosto de ler seja contagiado a outros alunos da escola e que, no próximo ano lectivo, haja muitos leitores participantes. A coordenadora da BE Isilda Menezes

Tiago Gomes, 8ºB

3ª Tertúlia da Biblioteca da Amizade No dia 4 de Junho realizou-se a 3ª Tertúlia da Biblioteca da Amizade, deste ano lectivo. As Tertúlias foram organizadas em coordenação com o grupo PES e subordinadas a temas como: “Alimentação saudável, vida saudável”, “Livros sem açúcar” e “Livros e uma vida sem gorduras”. O encontro de professores e auxiliares da acção educativa conseguiu motivar cada vez mais leitores. Foi muito interessante

ver a vontade com que os participantes vieram entregar um livro lido e pedir opinião sobre os livros disponíveis, para dar continuidade à leitura. O cesto das leituras esteve cheio e os leitores foram trazendo as novidades que cada um ía adquirindo. Foi com satisfação que ouvimos frases como: “– Ainda não terminei a leitura do livro que requisitei, mas como falta pouco vou levar outro. Já não consigo pensar que não tenho nada para ler no fim-de-semana.” “– Não sei o que se passa, mas agora não consigo parar de ler. Quando começo não

Feira do Livro, na Biblioteca Escolar da EB1 A nova EB1 de Sátão tem uma biblioteca em fase de montagem. Em breve será uma biblioteca escolar com todas as condições, para servir os seus utilizadores. Este espaço irá servir cerca de 217 alunos desta escola e os restantes do Agrupamento de Escolas de Sátão a que pertence. A biblioteca já recebe os seus utilizadores desde o dia da abertura da escola, dia 14 de Abril deste ano lectivo. É com satisfação que os meninos do 1º ciclo utilizam os computadores que já existem na biblioteca, alguns livros do baú da actividade “Andanças dos livros” e outros que vieram da velhinha escola. Realizou-se a 1º Feira do Livro na BE da EB1, de 1 a 5 de Junho. Vai à tua biblioteca e desfruta de livros novinhos em folha que estão à espera que os leias. A leitura é importante e abre-te uma janela para o mundo.

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descanso enquanto não termino o livro.” “– Nem sabia que gostava assim tanto de ler. Eu para ler um livro andava tempos infinitos. Agora estou a ficar viciada!” “– Diga-me que livro hei-de levar. Levei este e gostei tanto!... Acho que vou levar outro da mesma autora.” A coordenadora da BE Isilda Menezes


Imaginação em Acção “Uma História com… Matemática” Para participarem no concurso “Uma História com… Matemática”, promovido pela Escola Superior de Educação de Viseu, alguns alunos apresentaram textos muito engraçados. Deixamos aqui alguns deles, para que o leitor comprove que a Matemática pode ser também o mote para uma escrita, verdadeiramente, criativa.

Uma Conversa Com Pedro Nunes É Verão, as aulas já terminaram. Eu e a minha família vamos de férias para o Algarve. Como a viagem é longa, precisamos de repor energias e esticar um pouco as pernas, paramos para almoçar em Alcácer do Sal. A estrada até Alcácer do Sal está ladeada de bosques de pinheiro manso, mas os primeiros sobreiros são já um sinal de que o Alentejo está próximo. Que fome! “Carne de porca alentejana” vinha mesmo a calhar! Depois do almoço fomos dar uma volta para ficarmos a conhecer melhor esta vila. Localizada perto do rio Sado, Alcácer do Sal parece ser dominada pelo castelo erguido no cimo de um monte. Vimos ainda várias igrejas dignas de interesse. A pequena Igreja do Espírito Santo, onde, segundo alguns investigadores, Dom Manuel I se casou, em 1500, com a sua segunda mulher, a infanta espanhola Dona Maria. Junto ao rio, no meio de um lago, vimos uma estátua que despertou a minha curiosidade. Aproximei-me e vi que se tratava de uma estátua de Pedro Nunes. Então, o meu pai disse que Pedro Nunes foi um matemático português do século XVI, que tinha nascido em Alcácer do Sal. De repente, as águas que rodeavam a estátua de Pedro Nunes subiram e taparam-na durante alguns segundos. Quando se baixaram a estátua tinha desaparecido, e quando olhei para trás estava Pedro Nunes, em carne e osso, mesmo ao pé de mim. Fiquei um pouco assustada, mas assim que Pedro Nunes começou a falar comigo eu acalmei. Pedro Nunes queria saber o que é que agora se aprende nas escolas e eu respondi-lhe: - Agora aprendemos Língua Portuguesa, História, Matemática, Ciências… - Matemática, velhos tempos! Eu sempre gostei muito de Matemática. Até fui um dos melhores matemáticos portugueses, sabias? - Já me tinham dito. Eu também gosto muito de Matemática, é a minha disciplina preferida! Mas diz-me, o que fizeste pela Matemática? - Bem, as minhas descobertas foram muito importantes para o desenvolvimento da navegação e essenciais para as descobertas portuguesas. Enfim, penso ter contribuído bastante para o crescimento de Portugal. - Mas eu não sabia que a Matemática tinha a ver com a navegação. E as descobertas são estudadas em História!… - A Matemática tem a ver com tudo, ela envolve uma permanente procura da verdade. É rigorosa e precisa. Se reparares, todas as descobertas exigem raciocínios lógicos e abstractos. Na verdade, a minha formação inicial foi em medicina, nas Universidades de Salamanca e Coimbra, por volta de 1525. Naquele tempo, a medicina usava a astrologia e assim eu também

aprendi astronomia e matemática. A Matemática, a História, a Arte, as Ciências em geral, estão todas relacionadas umas com as outras. Os nossos conhecimentos não podem ser compartimentados. Por exemplo, durante a minha vida dediqueime muito aos problemas matemáticos ligados à cartografia. - Cartografia? O que é isso? - Cartografia é a ciência que trata da produção e estudo dos mapas e sua utilização, a partir dos resultados das observações directas ou da exploração de documentos. - Já percebi. O estudo da cartografia também foi importante para as descobertas portuguesas, pois com os mapas, os navegadores podiam orientar-se melhor para descobrirem novas terras. - Por falar em orientação, um dos meus inventos, o nónio, que era um aparelho de medida, possibilitava medições com rigor de alguns minutos de grau, permitindo planear a navegação com uma margem de erro muito menor àquela que os anteriores instrumentos, como o astrolábio, permitiam. Isso também foi muito útil na navegação, pois assim os navegadores chegavam, ao seu destino, com uma localização mais exacta. - Então tu fizeste muito por Portugal, devias ter estudado muito e trabalhado muito para conseguir construir o nónio! - O segredo está na Matemática e no querer trabalhar! É certo que precisei de muitas horas de trabalho por dia, mas valeu a pena. Estou muito feliz por saber que um dia ia ser tão conhecido e tão

Junho 2009 famoso por causa das minhas descobertas! Tenho muito orgulho no meu trabalho e no esforço que fiz para um dia ser considerado um dos melhores matemáticos portugueses, parece mesmo que não é realidade, era o meu maior sonho! -Por isso é que és tão conhecido! Na escola estamos a falar dos matemáticos portugueses e a professora disse que o primeiro que íamos dar para o ano eras tu, e assim já tenho muitas mais informações e já sei muito sobre ti! - Pois, mas se tu contares isto aos teus colegas eles vão ficar a pensar que tu és doida, mas não faças como algumas pessoas que ficam muito irritadas; mas sim, fica orgulhosa por saberes que aprendeste e conheceste novas coisas. A matemática é um tesouro, tem muitas coisas que tu não sabes, ninguém sabe tudo sobre ela! - Ela é uma caixa de surpresas?! - Sim, uma caixa de surpresas muito grande e cheia de coisas boas, é mágica! Essas surpresas são descobertas com muito trabalho e persistência, ficamos assim cada vez mais ricos. O pior é que nem toda a gente pensa o mesmo. Se todos acreditássemos de verdade nisto, a vida de hoje era muito melhor. - É bom saber que um homem que já morreu há tanto tempo ainda se interessa pela vida dos outros. - Obrigada, sempre gostei muito de ajudar! … - Xana, Xana… Já chegámos! - Mas já chegámos aonde? - Ao Algarve! - Mas nós não parámos para almoçar? -Sim, mas assim que chegaste ao carro adormeceste. - Se isto foi um sonho, foi um sonho muito bom! Adoro a Matemática! Alexandra Rodrigues Pina, 5ºF

A Matemática Eu gosto de Matemática, Porque é muito divertida! Não é nada complicada E nunca me intimida. Nas equações descubro incógnitas E faço várias operações: Adiciono e subtraio, Por vezes multiplico e outras vezes divido. Utilizo várias unidades de medida Para calcular áreas e perímetros E nunca me vou esquecer Que não posso errar por milímetros! A Matemática é uma ciência Que me ajuda a compreender O mundo que me rodeia, E com ela vou crescer... Daniel Quental, 6ºB

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Junho 2009 “Uma História com… Matemática”

“Bem-Vindos à Poligonolândia!” Tudo se passou numa aula de Matemática, em que a professora falava de polígonos e não polígonos. De repente, aquelas figuras planas começaram a ganhar vida e a saltitar de um lado para o outro, dentro do universo da minha fantasia. Aquela sala de aula transformou-se, de um momento para o outro, num enorme Parque de Diversões dedicado exclusivamente aos polígonos, onde se podia ler num grande letreiro, logo à entrada: “BEM-VINDOS À POLIGONOLÂNDIA!” Estavam todos ansiosos pelo grande dia da inauguração, que esperavam ser um dia inesquecível. Na Poligonolândia havia imensas diversões: o Carrossel Magicoságono, para os icoságonos; o Comboio Apitoctógono, para os octógonos; a Caverna Fantaspentagórica, para os pentágonos; a Montanha Russitrilátera, para os triláteros; o Lago Mirabudecagolante, para os decágonos; entre outras. É claro que também não podiam faltar as Barraquinhas das Quadriguloseimas para os mais gulosos. Aqui eram os quadriláteros regulares que marcavam a sua presença com as mais diversas formas e sabores: os quadrados, os losangos, os rectângulos, os paralelogramos e os trapézios. Tinha chegado finalmente o tão esperado dia da inauguração, com entrada gratuita para todos os polígonos que se agruparam em famílias, dirigindo-se cada uma delas ao respectivo lugar que lhes era indicado pelo guarda do parque, o Eneágono. Todos ficaram boquiabertos, pois era, sem dúvida, um parque super-hiper-mega fabulástico!!! Enquanto esperavam ansiosos que cada uma das diversões começasse a funcionar, eis que se ouve a voz do guarda, gritando ao altifalante, muito ofegante: — Pedimos desculpa, mas ainda não foi possível pôr a funcionar qualquer das diversões. Estamos a tentar resolver o problema o mais depressa possível. Entretanto, todos os polígonos decidiram experimentar as Barraquinhas das Quadriguloseimas, onde se puderam deliciar com todo o tipo de guloseimas: os chupalosangos, os chocolatrapézios, os quadradosortidos, os rectânguloramelos, os paralelogomas, entre outras. O que é certo é que, apesar de todas estas guloseimas os terem deliciado, eles estavam cada vez mais impacientes, pois queriam experimentar as diversões. Já não conseguiam pensar noutra coisa, a não ser que tudo aquilo era uma brincadeira de mau gosto, só para os atrair até ali. Então é que foi a confusão! Lá veio, novamente, o Eneágono para os tranquilizar, dizendo-lhes que já tinham verificado todas as máquinas e não faltava nenhuma peça.

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Imaginação em Acção Tudo isto chegou aos ouvidos dos Não Polígonos e também eles decidiram ir visitar a Poligonolândia. — Mas… e se não nos deixam entrar… — insinuou um círculo. — Os Polígonos são alérgicos aos Não Polígonos — acrescentou outro. Depois de alguma discussão, concordaram que todos iriam enfrentar os polígonos, fosse como fosse. Quando já se encontravam à entrada do Parque de Diversões, o guarda, assim que os viu, desatou a fugir, gritando: — Tenho alergia a curvas!... Ajudem-me! Os Não Polígonos querem invadir-nos!... Então, todos os polígonos ficaram sobressaltados e tentaram impedir a entrada daqueles intrusos na Poligonolândia. — Eu, eu nem sequer os enfrento. Sou alérgico a curvas… Só de sentir o cheiro… Atchim! Atchim! Ai o meu nariz! — exclamou a Triangulina. — E eu fico com a cabeça às voltas — disse o dodecágono. Os Não Polígonos continuavam a insistir do lado de fora: — Mas nós temos a solução para o vosso problema. Deixem-nos entrar, por favor! Ao pronunciarem estas palavras, gerou-se ainda mais confusão. Desataram todos a correr da frente para trás, dum lado para o outro, até que, uma voz gritou: — Por que não os deixamos entrar? Que mal nos fizeram eles? — Isso é uma coisa sem pés nem cabeça! Eles não deveriam existir à face da terra. Ainda ninguém percebera que quem estava a falar era um Undecágono, que, indiferente a estas palavras, continuou: — Poderemos ser alérgicos às curvas, mas isso que importa? Por que não lhes damos a oportunidade de eles falarem? Então, alguns percebendo o que ele queria dizer, convenceram os outros a ceder e resolveram, assim, deixar entrar os Não Polígonos. Estes, à medida que iam entrando, ficavam deslumbrados com tantas e tão coloridas d i v e r s õ e s . E r a re a l m e n t e u m p a rq u e fascinante! Foram até um grande relvado onde os Polígonos se podiam sentar para conversarem, mas os Não Polígonos tiveram que ficar de pé. Um dos círculos começou por dizer: — Como vos dissemos, viemos até aqui para vos ajudar. — Então despachem-se, porque nós não temos muito tempo para vos ouvir. Nós queremos é divertir-nos! — gritaram os Polígonos. — Nós apresentamos uma solução, mas têm que se acalmar — continuou o círculo, que parecia ser o chefe dos Não Polígonos. — Sabemos que estão ansiosos por experimentar estas diversões magníficas, mas nós também temos de cá estar para que tudo corra bem. — Isso era o que faltava?! Ora essa... — gritou um losango para ofender o círculo. — Eu posso explicar melhor: como sabemos

a Montanha Russitrilátera precisa de curvas e nós todos temos muitas curvas; o Comboio Apitoctógono anda através de curvas; o Carrossel Magicoságono só funciona rodando… Resumindo e concluindo, todas as diversões precisam de curvas, ou seja, dependem de todos nós. — Mas porque é que vocês são tão convencidos? — perguntou a Triangulina, a mais tímida, numa voz fininha. E o círculo, cheio de paciência, lá lhes explicou novamente: — Para que não tenham mais dúvidas, vamos até ao Lago Mirabudecagolante que está aqui perto de nós. Dirigiram-se até ao lago, ligaram tudo e alguns decágonos foram lá para dentro e aquilo começou a funcionar. — Fantástico!!! — Espectacular!!! — Nunca vi tal coisa!!! Estavam todos completamente eufóricos e gritavam com grande entusiasmo, alegria e emoção. Se bem me lembro, o Eneágono, de tão extasiado que estava, até abraçou um dos círculos, esquecendo os espirros e a alergia. Todos puderam experimentar a sua respectiva diversão e, no final, prepararam um grande banquete com música e muitas guloseimas, para festejar a vitória dos Não Polígonos, que, afinal, eram tão importantes como os Polígonos. Como sempre, a “UNIÃO FAZ A FORÇA” e aqui não foi uma excepção. A partir daí, no Parque da Poligolândia todos se divertem à sua maneira e são grandes amigos. — Margarida! — interpelou a professora de Matemática. — Hum! — Responde, Margarida. Parece que estás no “mundo da lua”! — Não, professora… Eram figuras muito planas definidas por linhas muito rectas. — Bem me parecia que não me irias desiludir. É isso mesmo, são os polígonos! — Pois, e também havia os não polígonos. Quem me dera voltar àquele parque incrível! — continuava a Margarida, como se ainda estivesse a sonhar acordada. — Mas, afinal, de que estás tu a falar, Margarida? Pensei que estivesses a responder às minhas perguntas… Estás numa aula de Matemática e não num parque! — É uma história muito longa, professora, que tem a ver com polígonos e não polígonos. Se quiser, eu posso contá-la a todos… Entretanto, soou a campainha… — Fica para a próxima aula, Margarida. Deve ser muito interessante! Inês Margarida Nicolau Soares, 5ºF


Matematicando... PASSATEMPOS MATEMÁTICOS:

“O NREMÚO CTERO NO LAUGR CRTEO” Maria João Peres (Actividades de Acompanhamento Educativo/Porto Editora)

Uma multiplicação intrigante Nesta multiplicação, cada figura representa um algarismo. Figuras diferentes representam algarismos diferentes. Há três algarismos que não ocorrem neste cálculo. Qual é o algarismo representado por cada uma das figuras?

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Observe a figura ao lado. Preencha cada uma das suas células disponíveis com um dos números de 0 a 9, de modo a que a soma dos três números de cada linha seja 15. Há duas soluções diferentes para esta figura mágica. Consegue descobri-las? Experimente mudar o 10 para outra célula e investigue outras eventuais soluções. Anéis mágicos

Um hexágono mágico Preencha cada um dos hexágonos com um dos números de 1 a 19 (sem os repetir) de modo a que a soma de cada uma das 15 linhas de hexágonos adjacentes seja igual a 38. Uma ajuda: os hexágonos brancos correspondem a números primos e os quatro hexágonos mais escuros correspondem a quadrados perfeitos.

Um anel mágico é um polígono onde, em cada lado, estão dispostos três números de tal forma que a sua soma é a mesma qualquer que seja o lado considerado. No anel mágico triangular, à direita, foram colocados os números de 1 a 6 (sem os repetir, um por vértice mais um por lado), sendo que a soma dos números em cada lado é 9. Consegue construir um anel mágico triangular onde a soma correspondente a cada lado seja 12? E se a soma for 10 ou 11?

Uma figura mágica “Uma História com… Matemática”

Operaçalândia Era uma vez quatro lugares situados num planeta sem nome, nunca ninguém tinha imaginado um nome para aquele planeta. Esses lugares sim, tinham nomes sugestivos do que se passava em cada um deles: Multiplicalândia, Divisalândia, Subtralândia e Adiçalândia. Na Multiplicalândia, as pessoas só conheciam a multiplicação. Nas escolas, os professores e os alunos, só abordavam temas que tinham a ver com a multiplicação. Viviase em função desta operação e acreditem que isto às vezes trazia muitos sarilhos. E já se está mesmo a ver, nos outros três lugares passava-se o mesmo… Privilegiava-se somente as operações matemáticas que davam nome aos lugares. Os habitantes destes quatro lugares não se davam nada bem uns com os outros, mas ninguém sabia porquê. Uma vez, só por acaso, apareceu num destes estranhos lugares, um ser que ninguém conhecia… Um ser estranho, diferente de todos os outros, mas muito simpático e amigo. Não gostava de guerras e parecia ter sido enviado ali para ajudar a

que os habitantes destes quatro lugares fossem amigos e se ajudassem mutuamente. O primeiro lugar onde tentou construir a paz foi a Multiplicalândia. Falou com o presidente desse país e depressa concluiu que as guerras e desentendimentos eram apenas tradições, aliás, más tradições. Para quê mantê-las? Dirigindo-se ao presidente, perguntou: - Porque fazem estas guerras, que mal é que fizeram uns aos outros? - Nenhum. - Então porque é que são inimigos? - Porque não somos iguais. - Mas isso não importa.. Nunca ouviram este ditado: “todos iguais, todos diferentes”? - Já, mas… - Não há mas nem meio mas… Já repararam que a divisão é a operação inversa da multiplicação? Já repararam que multiplicar não é mais do que adicionar parcelas iguais? Já repararam… Os argumentos válidos para mostrar que as operações se completam umass às outras foram muitos. Aquele ser que parecia a paz em pessoa, foi a todos os outros lugares e procedeu da mesma forma, fazendo com que todos vissem que não havia razões para desentendimentos, antes pelo contrário em todos os lugares já se utilizavam todas as

operações, era impossível que assim não fosse. Então os representantes dos quatro lugares reuniram-se e concluíram que lhes tinha sido dada uma grande lição, porque podiam ser diferentes na forma como lidavam com as operações matemáticas, mas eram iguais na capacidade de desenvolver os seus raciocínios. Fizeram então um tratado de paz, em que ficou registado que daí em diante passariam a utilizar as operações que fossem mais apropriadas na resolução dos seus problemas, deixando de lado a teimosia e os bairrismos. O ser estranho desapareceu sem ninguém dar por nada. Os habitantes daqueles quatro lugares tornaram-se os melhores amigos e o mais engraçado é que passado algum tempo uniram-se e formaram um só país, ao qual deram o nome de Operaçalândia. Inês Filipa Figueiredo Rodrigues - 5ºF

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Vivendo e Prevenindo...

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A Poluição da Natureza Actualmente, a poluição é um problema que nos preocupa muito. Rios, mares, o ar e a floresta são poluídos todos os dias com pequeníssimas coisas: - O automóvel, o avião, o comboio... fazem muito barulho e o barulho incomoda os animais, os Homens e ainda provoca doenças; - As grandes indústrias poluem o ar, a água e os solos, colocando em perigo a saúde das plantas, dos animais e a nossa também; - Algumas fábricas despejam os seus esgotos nos cursos de água, deixando-os contaminados e isto envenena as plantas aquáticas e os peixes; - O Homem fabrica materiais que não são biodegradáveis para a Natureza e o lixo vai-se acumulando e a terra transforma-se numa lixeira; - Os incêndios nas florestas destroem o meio ambiente e matam os animais e as plantas. E se deixássemos de pôr a Natureza em Perigo? Não era melhor? Se deixássemos de poluir o Meio Ambiente, não havia rios, mares, ar e florestas poluídos e assim podíamos andar livremente por todo o lado. Por isso, deixem de poluir as florestas, para termos um MUNDO MELHOR!!!!. Beatriz Figueiredo, Bruno Santos,

Sobre o tabaco R e fl o r e s t a m e n t o No passado dia 24 de Março, a nossa turma (5ºA) participou numa actividade d e reflo res ta m en to , dinamizada pela Câmara Municipal de Sátão. Às 9.30 horas, o autocarro veio buscarnos e levou-nos até à Serra de S. Matias, onde éramos esperados pelo Engenheiro Morais. Ele encaminhou-nos ao local a reflorestar, enquanto nos ia elucidando sobre a importância de se fazer o reflorestamento de zonas onde ocorreram incêndios. Começámos a abrir os buracos, uns com mais jeito que outros, e a colocar as novas plantas (cedros e pinheiros). O Sr. Engenheiro ensinounos a escolher o rebento mais forte e saudável, a dobrar os restantes para não impedirem o crescimento do seleccionado, e a pisar a terra à volta da planta para ficar com as raízes bem seguras. Todos quisemos plantar o máximo possível de árvores e sentimo-nos maravilhados com o facto de podermos contribuir para melhorar a natureza, especialmente a nossa floresta. Por fim, fizemos um lanche bem merecido. Foi uma manhã bem passada e, por isso, agradecemos o convite da Câmara Municipal. Todos devemos proteger a Natureza! A turma do 5ºA

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Na Área de Projecto, o nosso grupo resolveu abordar a questão do tabagismo, porque, infelizmente, verificamos que cada vez há mais jovens a consumirem tabaco. A nossa investigação levou-nos a colocar uma 1ª questão: Porque é que as pessoas fumam? · Para se sentirem crescidas · Para se sentirem sociáveis · Para se sentirem integradas no grupo · Para se sentirem fixes · Para se sentirem modernas e rebeldes · Porque é estimulante · Porque o cigarro é agradável · Porque é giro brincar com o isqueiro · Porque o 1º trago é fantástico · Porque é relaxante · Para serem mais atraentes · A certa altura, porque estão viciadas Mas, se pensarmos um pouco, todas estas razões são ridículas, ultrapassadas e próprias de quem não consegue pensar pela sua própria cabeça. Assim, o nosso grupo aponta as razões porque o tabaco deve ser evitado: · Porque o tabaco é caro; · Porque faz mal á saúde; · Porque ficamos viciados; · Porque se pode ter doenças graves; · Porque se tem menos anos de vida; · Porque envelhece a pele; · Porque ficamos com os dentes mais amarelos e o sorriso mais feio; · Porque provoca mau hálito. Nós achamos que as pessoas não deviam fumar e aconselhamos todos os alunos da nossa escola, e todos os jovens em geral, a não fumarem, porque afinal não é fixe! Fixe, é ser diferente! Fixe é não fumar! Ângela Marques, Cátia Santos, Carina Cunha, David Carvalho, Daniela Aguiar – 6º F


Vivendo e Prevenindo...

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Alimentação Saudável e Higiene Oral No dia 23 de Abril, na Biblioteca, participámos numa acção de sensibilização sobre:” A alimentação saudável e a higiene oral”, organizada pela Equipa de Ensino Especial e em colaboração com o Centro de Saúde de Sátão. As senhoras enfermeiras falaram da importância de uma alimentação equilibrada e de tomar o pequeno-almoço, no qual não pode faltar um copo de leite e um pão com manteiga. Também explicaram porque é tão necessário escovarmos os dentes e como devemos escová-los correctamente. Nós aproveitámos para partilhar uma canção sobre esse tema, que a professora nos ensinou logo no início do ano.

O Ambiente e a Nossa Vida Sonhámos um dia Um pesadelo terrível: O ambiente poluído E o mundo destruído Nele não havia vida, Nele não havia ninguém O mundo estava pobre E solitário também Logo que acordámos, Uma grande ideia nos veio à cabeça: Vamos o planeta salvar E a vida continuar!

No final, realizámos um pequeno jogo. Foi bastante divertido e com ajuda da nossa professora não errámos nada. Para terminar, aqui vos deixamos uma adivinha:

O ambiente é muito importante para nós, Sem ele não vamos sobreviver. Por favor, ajudem-nos a salvá-lo, Porque assim também irão viver!

Solução: Pão acabadinho de sair do forno

PCA-4º ano

Visita de Estudo à Escola de Trânsito de Sernancelhe No dia 21 de Abril, nós, os alunos de Educação Especial da E.B. 2, 3 de Sátão e de várias escolas do 1.º ciclo do nosso Agrupamento, saímos do Sátão às 9h15, acompanhados pelos nossos professores e auxiliares de acção educativa, e dirigimo-nos à Escola de Trânsito de Sernancelhe. Quando lá chegámos, às 10h00, um grupo de alunos foi para a pista da Escola, com grande entusiasmo, conduzir os carros que aí se encontravam, enquanto o outro grupo lanchou. Depois trocámos. Foi muito divertido andar nos carros! Às 12h00, com muita pena nossa, tivemos que sair da pista e daí fomos almoçar à Escola E.B. 2, 3 de Sernancelhe. Fomos muito bem recebidos e visitámos a escola que é muito bonita, cor-de-rosa! Também conhecemos outras pessoas muito simpáticas! Este dia foi inesquecível para nós, de convívio e diversão! Foi uma grande festa! Gostámos muito desta Visita de Estudo e, por isso, queremos repetir no próximo ano e também voltar à Escola E.B. 2,3 de Sernancelhe que tão bem nos acolheu! Os alunos de Educação Especial

VIVA O AMBIENTE! VIVA A VIDA! Ana Rita Alves e Inês Sousa, 6º A

Entrevista a um soldado que participou na guerra em Timor -Nome e idade? -José Paulo e tenho 56 anos. -Local onde cumpriu serviço militar? -Em Timor, em 1974 e 1975. -Que armas utilizou? -Utilizei granadas de mão, G3 e morteiro 60 e 80. -Que histórias tem da guerra? -Nos tempos maus e mais difíceis, chegámos a estar cerca de 6 horas debaixo de fogo, em Díli, capital de Timor. Nos tempos bons, fazíamos jogos e tentávamos esquecer a guerra. -Que tipo de serviço fazia na guerra? -Era primeiro cabo e padeiro. -Teve madrinha de guerra? -Não. -O que sentia quando estava em Timor? -Nos não sentíamos grande coisa, pois eram tempos confusos, nem tínhamos qualquer influência nas decisões. -O que lhe aconteceu no final? -Fomos mandados evacuar para a Austrália numa barcaça sem luz, por “motivos de estado”, pois eles mandaram arranjar soldados que servissem de “carne para canhão” e por isso, nós fugimos. Entrevista feita por: Tiago Lopes, 6ºF

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Mais vale prevenir...

SENSIBILIZAR PARA PREVENIR No dia 11 de Maio de 2009, a nossa turma, o 5º C, e os professores de Área de Projecto fomos conhecer a Escola de Condução Europa, para podermos aprofundar os nossos conhecimentos sobre segurança e prevenção rodoviária. Quando lá chegámos, fomos recebidos pelo Senhor Instrutor Nelo e, logo depois, pelo Senhor Instrutor Augusto que nos esclareceu algumas dúvidas, respondeu às questões da entrevista que tínhamos preparado e ainda nos mostrou as instalações e os carros que servem para as aulas de condução. O Senhor Instrutor alertou para algumas questões de segurança que se devem ter em conta, tanto como condutores como quando peões. Ainda chamou a atenção para a importância dos sinais de trânsito e para os comportamentos que todos devemos adoptar. Saímos de lá mais esclarecidos e com a vontade de virmos a ser bons condutores e bons cidadãos!

SIDA - Mais vale prevenir do que remediar A SIDA (Síndrome de Imunodeficiência Adquirida) é uma doença provocada por um vírus chamado VIH (vírus da imunodeficiência humana). O VIH é um vírus que destrói as defesas naturais do sistema imunitário do nosso organismo contra alguns cancros, infecções, etc. Isto faz com que a pessoa acabe por morrer devido a doenças inofensivas, o que não aconteceria se as suas defesas funcionassem normalmente. O VIH é um vírus “silencioso”: as pessoas infectadas por ele sentemse bem e têm um aspecto normal nos primeiros anos. A SIDA não é uma doença que afecta apenas os toxicodependentes (drogados) e os homossexuais mas que pode afectar aqueles que não se prevenirem. Até agora não existe qualquer vacina capaz de prevenir a SIDA. No entanto, nos últimos anos têm havido alguns progressos na tentativa de tratar e melhorar a vida de pessoas infectadas. Existem exames laboratoriais (análises ao sangue) que permitem saber se a pessoa está infectado pelo vírus. A SIDA não se transmite através de: apertos de mão, beijos e abraços; tosse ou espirros; partilha de pratos, talheres ou copos; roupa; picada de insectos; uso de casa de banho; conversa ou contactos sociais. A SIDA transmite-se através de: relações sexuais sem preservativo; seringas, agulhas e material cortante com sangue infectado; de mãe para filho durante a gravidez, parto ou aleitamento; transfusões de sangue. A SIDA existe e faz parte do nosso mundo! Trabalho realizado por Cindy Santos, 6 ºF

Passados dez dias (no dia 21 de Maio) tal como já tínhamos planeado, em Área de Projecto, participámos numa acção de sensibilização sobre “Prevenção Rodoviária”, que se realizou na nossa escola. A acção foi dinamizada por dois agentes da Escola Segura, que falaram sobre a segurança no nosso dia-a-dia. Os alunos dos quintos anos, em várias sessões, tiveram oportunidade de ouvir uma parte teórica sobre as questões da segurança e da prevenção rodoviária. Depois, no pavilhão Gimnodesportivo, experimentaram pôr em prática aquilo que até ao momento lhes tinha sido transmitido. Numa pista devidamente montada, os alunos transformaram-se em condutores (de bicicletas e de “carros”), percorreram estradas, verificaram sinais de trânsito, semáforos e passadeiras brincando ao “faz de conta” que se é condutor ou que se é peão… A verdade é que se a brincadeira fosse a sério, os problemas iriam surgir como também foram surgindo, mas há que estar atento, a nós e aos outros, cumprir as regras e fazer cumprir para que todos nos possamos sentir mais SEGUROS! Gostámos muito de participar nestas actividades! A turma do 5º C

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O AMOR O amor É uma coisa inexplicável Tem de se ser carinhoso E também amável. À noite, ao ver estrelas, Eu tenho sonhos no meu coração: Encontrar o meu amor Num belo dia de Verão. Sonho estar num cruzeiro Com a minha namorada, Digo-lhe que é a razão da minha existência E ela fica maravilhada! Ela é linda, É simpática, É bondosa, É fantástica! Olha para mim E diz-me da forma mais natural: -És o meu amor, És a minha felicidade! Eu fico feliz, Fico contente E dirigindo-me a toda a gente Declaro o meu amor à minha linda amada!

Daniel Alves do Quental, 6ºB


Vivendo... MENTES BRILHANTES No dia 29 de Maio participámos na 6ª edição do concurso “Mentes Brilhantes”, dinamizado pela Escola Superior de Educação de Viseu. A nossa equipa era formada por três alunos do 6º ano (Mariana Figueiredo - nº 19, turma A; Renato Campo – nº 20, turma B e Ricardo Santos – nº21, turma B). Participaram, neste concurso, 75 alunos de 25 escolas do distrito de Viseu. As provas do concurso decorreram, durante a manhã, em três fases: I Jogo do 24; II - questionário de escolha múltipla; e III - tarefa matemática. As provas correram-nos muito bem. Trabalhámos sempre em equipa e tivemos oportunidade de conhecer muitos colegas que também partilham connosco o gosto pela Matemática. Da parte da tarde fizeram-nos uma surpresa, oferecendo-nos um momento de animação com

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a participação de um grupo muito engraçado que nos trouxe “O espantalho e o cego”, uma actuação que nos fez rir e descontrair. Seguiu-se o momento por que todos, ansiosamente, esperávamos: a entrega de prémios. E mais uma vez a nossa escola foi premiada! Ficámos em 3º lugar! Gostámos muito de participar nesta actividade e

viver um dia fantástico com a Matemática. Para os leitores deste jornal terem uma ideia das provas que realizámos, deixamos aqui “um cheirinho” de uma delas: ESTRANHA REPETIÇÃO?! 1. Escrevam um número de três algarismos quaisquer. 2. Escrevam agora um outro número, de seis algarismos, repetindo o número anterior (por exemplo, se o número de três algarismos for 348, o de seis algarismos será 348 348). 3. Dividam o número de seis algarismos por 13. Dividam o resultado obtido por 11. Dividam este último resultado por 7. O que acontece? Experimentem com outros números (escolham três algarismos, escrevam um número de seis…) O que acontece? Por que é que isto acontece sempre? Elaborem um pequeno relatório, explicando e justificando todas as conclusões. A equipa participante

A leitura em tempo de férias SABEDORIA POPULAR EM FÉRIAS…

Não deixes para amanhã o que podes descansar hoje! Deitar cedo e cedo erguer dá saúde, mas agora é para esquecer! Filho de peixe sabe nadar. Como não tens barbatanas, há que o mar vigiar!

Isabel Carvalho

Um livro é um bom companheiro para o tempo de férias que se aproxima. Ler é um dos melhores prazeres, quando descobrimos os segredos das palavras escritas pelas mãos dos escritores. Ler é uma forma de se informar, aprender e de lazer. Algumas propostas de leituras para crianças e jovens: -”Artur e os Minimeus” de Luc Besson - “O rapaz do pijama às riscas” de John Boyne; - “O rapaz do espelho” de Álvaro Magalhães - “Um menino que sonhava chegar à lua” de Sally Nicholls - “O Romance de Rita R.” de Ana Saldanha - “Amados gatos” de José Jorge Letria - “Vem aí o Zé das Moscas e outras histórias” de António Torrado - “Poemas da mentira e da verdade” de Luísa Ducla Soares 4 Livros Crepúsculo – “Crepúsculo”, “Lua Nova”, “Eclipse” e “Amanhecer” de Stephenie Meyer Para adultos:

- “Lavagante: encontro desabitado” de José Cardoso Pires - “Escuta a minha voz” de Susanna Tamaro - “Viagem sem regresso” de Katy Gardner - “Inés da minha alma” de Isabel Allende - “A flor de sal” de Rosa Lobato Faria - “Abandonada” de Anya Peters - “Uma Promessa de Amor” de Tiago Rebelo - “Um homem com sorte” de Nicholas Sparks - “Casamento em Dezembro” de Anita Shreve A coordenadora da BE Isilda Menezes

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Reflexões

Reflectindo…educação Durante muitos anos fomos assistindo à discussão sobre a importância do investimento em educação. Somos daqueles que continuamos a acreditar que o desenvolvimento de um país continua a medir-se pelo nível educacional da sua população, não pelos litros de petróleo explorado e muito menos pelos quilates do ouro ou diamante descoberto. A educação é uma riqueza que não é, aparentemente, negociada nas bolsas internacionais. Bem sabemos que nem sempre os investimentos efectuados na educação surtiram efeito. Eventualmente pelo mau hábito de querermos alterar constantemente sem avaliarmos o que falhou e porque falhou. Correu mal? Altera-se! Mas o quê e como? Andamos a julgar o sistema de ensino, os professores, o bom e o mau investimento financeiro na educação, a avaliação dos professores e então, não se avalia o que se ensina? Só se avalia como se ensina? Todos sabemos hoje que os nossos alunos passam muitas horas na escola, mas não se queira afirmar que só passando 24 horas nas escolas é que eles aprendem. Será que nada do que se ensina está mal? Que dizer dos nossos programas? Será que a única forma de sucesso para aqueles que andaram um rol de anos e não conseguiram obter a escolaridade obrigatória passa por proporcionar a frequência de um EFA? Temos de ter consciência que a resolução dos problemas da educação não passa por um estudo sobre avaliação de professores, de escolas, de pessoal não docente quando afinal, o problema está a montante. Haja coragem e conhecimento para se adaptar o ensino e os currículos às necessidades do mundo moderno. Haja coragem de admitir que a falha do “extermínio” do antes conhecido ensino comercial e industrial foi um erro crasso que nos atrasou o desenvolvimento e colocou em causa a escolaridade de muita gente. O “ensino de funil”, como sempre lhe chamámos, orientou todos os nossos estudantes para o ensino universitário. Hoje ficamos muito admirados ao vermos tantos ex-universitários a trabalhar em áreas que nada têm a ver com a sua formação superior. Bem sei que a crise é para todos e que ao contrário do que muitos apregoam, o desemprego leva ao desespero. Se outros indicadores não houvesse, verifique-se o número de

pessoas que diariamente aumentam as listas dos beneficiários do Banco Alimentar contra a Fome. Não queremos ajudar a construir uma sociedade triste, cabisbaixa, sem futuro, amorfa, mas antes construir e ajudar a construir seres adultos responsáveis, qualificados, interventores, alegres e dotados de valores que lhes facilite uma participação activa na construção de um melhor país, uma melhor sociedade, um mundo melhor. O sonho comanda a vida. Parece que hoje se perdeu um pouco o habitual questionário aos nossos jovens: “O que queres ser quando fores grande?”. E o sonho desenvolvia-se na ponta da língua: “Polícia! Bombeiro! Cabeleireira! Médico! Professora! Costureira! Fotógrafo!...” e tantas outras profissões que hoje nem ouvimos falar. Sinal dos tempos! É essa alegria sobre o futuro que eu falo. Nós, educadores, temos a missão de não deixar esmorecer esse entusiasmo pelo futuro desejado. Bem sei que não é fácil nos dias de hoje! Os problemas sociais e familiares entram pela nossa escola todos os dias. Mas temos a convicção de que trabalhamos com afinco para esse fim. E vamos todos continuar a acreditar que desenvolvemos um trabalho nobre e ajudamos a formar algumas gerações que irão, de certeza pôr em prática muitos dos nossos ensinamentos. A todos os nossos alunos, os que partem à procura de novos caminhos, aos que entram ávidos de aprendizagens, aos que ficam na continuidade de novos conhecimentos, obrigado por participarem nesta alegria de pensar o futuro, mas um futuro cada vez melhor e mais feliz. Neste final de ano lectivo, queremos expressar a todas as instituições, aos pais e encarregados de educação, ao pessoal docente e não docente a nossa gratidão pela forma como colaboraram na educação dos nossos jovens. Os seus resultados são a nossa alegria e, por essa razão, vamos lutar para que continuem a aprender e que sejam felizes na plenitude do termo. A todos boas e merecidas férias!

F s oa

s a i ér

B

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