Cinema. Festival premiará filmes da periferia. Página 14
Transporte. Betim terá app exclusivo para mulheres. Página 9 SUELLEN EMERICK
Futevôlei.
Betim
12 a 18 de novembro de 2021 Ano XLVII - Número 1996 - - www.otempobetim.com.br
Esporte sobre a areia faz sucesso na cidade. Página 16
Postos itinerantes
MOBILIDADE URBANA
O que está por trás da obra do Rodoanel imposto pelo Estado Falta de transparência por parte do governo de Minas na escolha do traçado do corredor viário acende suspeita sobre projeto. Páginas 3 a 7
Mutirão vacinará contra a Covid Para facilitar o acesso de quem ainda não se vacinou contra a Covid à campanha de imunização, um vacimóvel irá a todas as regiões, inclusive em período noturno, levando doses do imunizante. O mutirão começa neste sábado (13). Página 11
624.523 Doses de vacina já foram aplicadas em Betim
FOTOS RONALDO SILVEIRA
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OPINIÃO
Betim - 12 a 18 de novembro de 2021
Vittorio Medioli
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vittorio.medioli@otempo.com.br Fax: (31) 2101-3903
Travessia ou Rodoanel s estudos dos impactos às reservas naturais, biodiversidade, nascentes hídricas já se encontram consagrados nas normas em vigor para licenciamento de obras, construções, plantio de lavouras, aberturas de rodovias, linhas de transmissão e muito mais. A bem da verdade, esses estudos e “condicionantes de licenciamento”, em alguns casos, no Brasil, conseguem ultrapassar em artificialismo (e dispensabilidade) as vigentes pelo mundo civilizado afora. A lógica liberalista considera: ingerência de quem não produz nos projetos de quem pretende produzir. A lógica política comum: gerar mais uma fonte de poder e de receitas. A lógica inconfessável: gerar burocracia para ganhos indevidos ou propinas. Isso, entretanto, não aflora nos debates públicos, pois gera constrangimentos a todas as partes. A luta se dá nos porões, com golpes de verdadeiros especialistas em técnicas infernais, mais que marciais. Não é incorreto exigir medidas preservacionistas (ou compensatórias onde se façam necessárias para atingir um fim correto), impõe-se como um dever de todos e um respeito à coletividade, embora, num país que precise tirar da miséria um terço da sua população, a demora implique a manutenção do sofrimento humano. “Ecologia” é a ciência que estuda as relações estabelecidas entre os seres vivos e destes com o meio ambiente em que vivem. O homem é o principal ser vivo a ser considerado, e os impactos, quaisquer que sejam, precisam considerar, além da sustentabilidade, as condições de alimentação, de saúde, de sustento, de geração de empregos, aumento da receita pública decorrentes das atividades pretendidas. Algumas delas irrenunciáveis para garantir o equilíbrio e a paz social. O negacionismo obtuso atrapalha sempre a melhor escolha, aquela que dá “a César o que é de César e a Deus o que é dEle”. O conflito, a exacerbação ocultam a incapacidade da escolha equilibrada. Não é preciso virar as costas ao meio ambiente, como fizeram algumas potências econômicas para elevar a qualquer custo sua produção e renda per capita. Entretanto, a urgência em melhorar as condições de vida que dependem das de ordem econômica deve correr sobre dois trilhos e juntas. O Brasil tem um papel-chave para a humanidade inteira, na necessidade do sequestro de CO2, de biodiversidade, contudo não pode essa missão ser pretexto para
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penalizar o anseio da nação e traiçoeiramente facilitar finalidades inconfessáveis e prevaricações que ocorrem em volta desse desafio. Fomentar atividades que gerem oportunidades é a principal meta chinesa; no Brasil, a principal é manter o poder e usar atalhos e complicações. O longo preâmbulo justifica as anotações e análise sobre o projeto do Rodoanel da RMBH, defendido com ímpeto pelo Estado de Minas Gerais. As ações do governo de Minas testam a capacidade de resistência dos municípios em aceitar o que se apresenta como grave prejuízo não só para os municípios, mas até para o próprio Estado, com reflexos para toda a população de Minas, concomitantemente aos ganhos imerecidos de empreiteiras (sempre as mesmas que deixaram crateras nos erários).
“Não é preciso virar as costas ao meio ambiente, como fizeram algumas potências econômicas para elevar a qualquer custo sua produção e renda per capita. Entretanto, a urgência em melhorar as condições de vida que dependem das de ordem econômica deve correr sobre dois trilhos e juntas.” As falhas em síntese: – Admissibilidade para um projeto de Anel Viário ou Rodoanel da RMBH que passa por dentro, e não por fora de regiões urbanas consolidadas, dividindo-as. Se é anel, precisa tangenciar as áreas densamente povoadas, e não as cortar. – Interferência em milhares de quilômetros de redes de drenagem, de esgotamento sanitário, de distribuição de água, de energia, de fibra ótica, de acessibilidade às escolas, à saúde, às rotas de transporte coletivo, à mobilidade urbana (ampliando em vários quilômetros os percursos e o tempo de viagem, os gastos com combustíveis, emissões de CO2). – Desvalorização e prejuízos econômicos aos empreendimentos existentes. Demolição de milhares de residências, êxodo de milhares de famílias que construíram seus lares. – Aumento de ruídos pelo trânsito incessante de veículos pesados em alta velocidade no meio de áreas densamente povoadas. – Cobrança de pedágio que resultará em privações da população para transitar numa via, construída integralmente com recursos indenizatórios decorrentes da tragédia de Brumadinho.
– Ausência da função de interceptar os veículos provenientes das BRs 381, 262 e 040 antes da entrada na zona povoada e urbanizada, que será trajeto, dessa forma, obrigatório de milhões de veículos a cada mês, impactando a mobilidade do sistema viário municipal. Ainda se faz imperioso lembrar as ausências de: – Estudos, e de sua divulgação, de impactos na rede viária metropolitana que não receberá benefício algum e terá aumento de complexidade em vias já precarizadas. – Demonstrações dos impactos sociais e humanos, legalmente obrigatórias, cuja ausência representa a desinformação e falta de transparência no maior projeto de infraestrutura de Minas Gerais. – Considerar o pedágio como irrenunciável à execução do projeto, enquanto a obra é coberta totalmente, dentro da correta valoração, por recursos indenizatórios da Vale. – Prever aporte de recursos públicos adicionais de R$ 2 bilhões – injustificados em relação aos valores legalmente vigentes. – Explicação das perdas econômicas de investimentos já consolidados, que serão destruídos ou alterados, perdendo-se ainda a possibilidade de áreas de desenvolvimento, reordenação habitacional e medidas de melhorias da mobilidade na RMBH. – Execução de duas em cada três transposições por viadutos e trincheiras que, caso executadas sucessivamente, serão suportadas pelo erário, cerca de R$ 1,4 bilhão. – Valores corretos nos gastos de implantação da iluminação da via que resulta superior ao que se adota em casos análogos. – Terceira pista pavimentada, já que no projeto são limitadas apenas a duas pistas de cada lado, iniciando-se insuficiente. – Estudo de volume de veículos que permanecerão transitando pelas vias municipais com transtornos e impacto na mobilidade e nos gastos municipais. A proposta do Estado é absurdamente negativa sobre a qualidade de vida, as perdas econômicas e a possibilidade de ampliar o desenvolvimento. Mais ainda inexplicável em relação ao meio ambiente a proposta de cortar em 13 km a Área de Preservação Ambiental da Várzea das Flores, em Contagem – desnecessária e colocando em risco o abastecimento, já problemático, de água na região. Espera-se que o governo ouça com atenção a voz dos municípios, e não a das sereias.
Tempo Bom Tempo bom para os animais e para o meio ambiente, que ganham grandes aliados dentro do Tampatinhas. O Grupo Sada abraçou o projeto e produziu urnas coletoras para que colaboradores ajudem depositando tampas de plástico – a renda obtida com a venda do material é revertida na castração de cães e gatos de rua. A prefeitura também aderiu ao projeto e instalou 30 PETs de coleta nas secretarias, para que os servidores contribuam.
Tempo bom para quem ainda não se vacinou contra a Covid-19. A prefeitura fará um mutirão entre este sábado (13) e 30 de novembro. Haverá postos volantes, inclusive à noite, por toda a cidade.
Tempo bom para os moradores do Jardim Brasília, onde um local que servia como bota-fora está sendo transformada em praça.
Tempo Ruim Tempo ruim para a falta de transparência do governo do Estado em relação à escolha do traçado do Rodoanel Metropolitano. Nomeações em órgãos públicos e entidades diretamente interessadas em concessões de rodovias colocam em xeque o projeto do governo de Minas.
Tempo ruim para os municípios da Grande BH e do Médio Paraopeba que se uniram em torno de um projeto alternativo para o Rodoanel, mais eficiente e barato. Técnicos do Estado estão visitando essas cidades, mas o governo de Minas já afirmou que não garante adotar traçado sugerido pelas cidades.
Tempo ruim para uma mulher de 26 anos que foi presa em Betim nesta semana suspeita de tráfico de drogas. Segundo a polícia, ela fugiu da Bahia com dois mandados em aberto por homicídios lá.
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Cidade
Previsão do tempo Segundo o Instituto Nacional de Meteorologia (Inmet), o céu ficará nublado, com pancadas de chuva e trovoadas isoladas, nesta sexta-feira (12). Os termômetros devem girar entre 18ºC e 22°C.
REPRODUÇÃO INTERNET
Rodoanel Metropolitano
Nomeações e artimanhas põem em xeque o projeto do Rodoanel Ex-secretário de MG representa empresas Da Redação daniele.marzano@otempobetim.com.br
da Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR), entidade privada que representa e defende as empresas de construção pesada e de cobrança de pedágios, que têm interesse no Rodoanel Metropolitano. Em nota divulgada pelo próprio Executivo em 24 de julho de 2020, data de sua saída, Barcelos declarou que “o
novo Rodoanel Metropolitano já estava em fase adiantada de estudos, com alguns dos melhores consultores do Brasil” e que “esses projetos têm licitações previstas para 2021”. No lugar do ex-secretário assumiu o também advogado Fernando Marcato, que deu continuidade a todos os projetos, aprovações ambientais e
processos de concessões de rodovias que já estavam em estado avançado de desenvolvimento na pasta. Concessões Logo no início de sua gestão à frente da ABCR, Barcelos foi responsável por grandes concessões, quase todas vencidas pelo Grupo CCR, conglomerado que tem como um dos
acionistas a construtora Andrade Gutierrez, conhecida nacionalmente e internacionalmente por escândalos de corrupção e que fechou acordo de leniência com o governo do Estado. Entre as concessões vencidas pelo CCR estão a do Aeroporto da Pampulha, por R$ 34 milhões, em outubro. A CCR detém o monopólio dos aeroportos na região CRISTIANE MATTOS/ O TEMPO
Uma das maiores obras públicas em Minas Gerais nas últimas décadas, a construção do Rodoanel Metropolitano, com previsão de início em 2023, está cerca da por uma série de artimanhas que levantam indagações difíceis de serem explicadas e entendidas. Entre os fatos que colocam em xeque o projeto estão nomeações na Secretaria de Estado de Infraestrutura e Mobilidade (Seinfra) e a proximidade suspeita entre gestores do Estado e empreiteiras interessadas na obra, já que a proposta do governo de Minas é que a empresa vencedora da licitação do Rodoanel explore a cobrança de pedágios no corredor viário metropolitano. A obra do Rodoanel foi idealizada pela Seinfra, que teve, entre janeiro de 2019 e julho de 2020, como gestor responsável o advogado Marco Aurélio Barcelos. Isso não chamaria a atenção se não fosse o fato de Barcelos ter assumido, apenas dois meses depois de pedir para deixar a pasta no Estado, o cargo de diretor-presidente
Metropolitano. Projeto do Rodoanel, que visa reduzir tráfego do Anel Rodoviário, tem causado revolta de municípios e polêmica
Acordo de leniência com AG na mira da Assembleia A proximidade da assinatura do acordo de leniência entre o Estado e a empreiteira Andrade Gutierrez – em que a empresa vai pagar R$ 128 milhões por reconhecer práticas corruptas no passado – com o edital para as obras do Rodoanel Metropolitano, previsto para dezembro, já começa a ventilar na Assembleia Legislativa de Minas Gerais (ALMG). Alguns deputados estranharam o fato de o acordo
ocorrer justamente às vésperas de um processo licitatório tão “atraente” como a construção do Rodoanel, projeto antigo que voltou ao radar do governo após ser viabilizado com os recursos advindos do acordo feito com a Vale por conta do rompimento da barragem em Brumadinho. Conforme quer o governo de Minas, a empresa que vencer a licitação poderá cobrar pedágio por 30 anos, que poderão gerar receita anual de
R$ 300 milhões, segundo cálculos da própria Seinfra. O acordo chamou a atenção de deputados estaduais. “Acredito que o acordo foi feito nesse momento até para dar oportunidade também de uma empresa do porte da Andrade Gutierrez poder participar de obras que virão. Só que isso não impede que a gente converse com o Ministério Público, a Ouvidoria, para tentar entender o motivo de esse acordo ter sido feito neste mo-
mento, já que é algo que se arrasta desde 2004. Se vai ser alvo de uma investigação na Assembleia ainda precisa ser discutido. Mas, que chama a atenção, chama”, declarou o deputado estadual Professor Cleiton (PSB). “Ainda estou me debruçando sobre o processo e acredito muito no que o Ministério Público fez. Mas, como legislador, tenho obrigação de me debruçar sobre o tema”, concluiu.
metropolitana de BH (veja mais na página 7). Para Guilherme Carvalho, secretário de Governo de Betim – município que está à frente de um movimento que tenta viabilizar um projeto alternativo para o Rodoanel, mais eficiente e com um custo de R$ 2 bilhões a menos –, causa estranheza Marco Aurélio Barcelos ter deixado o cargo do governo de Minas e assumido imediatamente o setor privado com interesse direto em projetos de concessões de rodovias. Para Carvalho, o caso pode configurar um conflito de interesse e gera muitas desconfianças. “É muito estranho e levanta suspeitas um agente público participar de um processo dentro do Estado, levantando informações, fazendo estudos, definindo critérios e, imediatamente, ir para o setor privado liderar uma entidade que tem interesse direto em obras como a do Rodoanel Metropolitano. Quem é que pode afirmar que ele (Marco Aurélio Barcelos) não tenha informação privilegiada desse processo, já que foi um dos que o criaram?”, indagou Carvalho. “E agora, o ex-secretário estadual representa a associação de concessionárias que têm todo o interesse nessas obras, sendo que, meses antes, ele idealizou todo o processo de concessão. Isso é, no mínimo, antiético e imoral na nossa visão”, completou o secretário betinense.
Cláusulas ainda são desconhecidas Mais de dois meses após a assinatura, o governo de Minas ainda não divulgou os detalhes do acordo de leniência fechado com a construtora Andrade Gutierrez. A empreiteira reconheceu a prática de atos ilícitos e concordou em pagar R$ 128,9 milhões aos cofres públicos estaduais. No entanto, as informações específicas sobre quais irregularidades a empresa admitiu ter
cometido não foram tornadas públicas. A Advocacia Geral do Estado, questionada sobre a falta de transparência do contrato de leniência assinado pelo governo com a Andrade Gutierrez, informou que “os anexos do acordo são sigilosos”. A Controladoria Geral do Estado , o Ministério Público de Minas Gerais e a Andrade Gutierrez não se manifestaram.
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CIDADE
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Rodoanel Metropolitano
MG não garante transparência na escolha do traçado do projeto FOTOS: RONALDO SILVEIRA
‘Consulta é pra inglês ver’, diz secretário Da Redação daniele.marzano@otempobetim.com.br
Um dos pontos mais questionáveis sobre quais seriam as verdadeiras intenções do governo de Minas em viabilizar o Rodoanel com o traçado original envolve a falta de transparência das consultas públicas realizadas pelo Estado, desde fevereiro, com a população e os municípios impactados. Apesar de a Secretaria de Estado de Infraestrutura e Mobilidade (Seinfra) ter argumentado que as consultas públicas têm como objetivo divulgar o projeto e receber as contribuições da sociedade sobre o modelo proposto, elas foram promovidas após o Estado já ter contratado uma empresa de consultoria que elaborou todos os estudos de engenharia necessários para que a obra seja licitada e executada. Prova maior disso ocorreu entre os dias 25 e 27 de outubro, quando a secretaria divulgou em seu site oficial docu-
mentos com detalhes de como será toda a construção do traçado original do Rodoanel. “Isso mostra que o governo estadual já estava desenvolvendo o projeto há muito tempo, antes das consultas públicas. Trata-se de um projeto executivo pronto para ser licitado. A elaboração de estudos complexos como esses demanda tempo de, no mínimo, um ano. Como eles podem, agora, alegar que estão em fase de aceitar sugestões para o novo traçado se já está tudo pronto? Para o Estado adotar as mudanças solicitadas pelos municípios, teria que contratar novos estudos, ou seja, começar tudo do zero e ter novos gastos”, afirmou a superintendente de Projetos Públicos da Secretaria de Ordenamento Territorial e Habitação
“Na verdade, o Estado já bateu o martelo sobre qual proposta vai adotar, ou seja, a original. Essa consulta pública é para inglês ver.” Marco Túlio Freitas secretário municipal
de Betim (Sorteh), a engenheira Giciele Vieira de Souza. Desde o mês passado, quando 11 municípios da Grande BH e do Médio Paraopeba – os que mais seriam mais impactados social, ambiental e economicamente com o Rodoanel do Estado – uniram forças contra o projeto original e passaram a reivindicar a adoção de uma proposta alternativa, o governo estadual declarou que abriria uma segunda consulta pública para discutir o assunto. A promessa, até então, era de que, até o dia 26 de novembro, a Seinfra promoveria audiências públicas e receberia sugestões. “É, no mínimo, estranho o Estado informar que ouviria as propostas do traçado alternativo, sendo que o projeto original já está totalmente consolidado. Isso demonstra que, mais uma vez, eles apenas fingem que estão ouvindo as reivindicações dos municípios. Estão fazendo com que os municípios percam tempo elaborando propostas alternativas e criando expectativas sobre mudanças que não acontecerão. Na primeira fase da consulta pública, apesar de Betim ter tentado apresentar o projeto alternativo duas vezes, o Estado negou”, afirmou o secretário de Ordenamento Territorial e Habitação de Betim, Marco Túlio Freitas.
Luta. Na semana passada, prefeitos se reuniram em Betim para tratar do projeto alternativo do Rodoanel
Prefeitos se unem por alternativa O projeto alternativo do Rodoanel proposto pelos municípios da Grande BH e do Médio Paraopeba, além de ser mais eficiente e com menor impacto socioambiental, custa R$ 2 bilhões a menos do que a proposta do governo de Minas. Nos cálculos da Seinfra, o projeto custará R$ 5,09 bilhões, com apenas duas pistas e 100,6 km de extensão. Já na proposta dos municípios, seriam três pistas, com extensão de 112,9 km, contornando a Área de Preservação Ambiental (APA) Várzea das Flores, e um custo de R$ 2,99 bilhões – com base em critérios da Prefeitura de Betim. Se fossem levados em consideração os critérios da Seinfra, o valor seria de R$ 3,403 bilhões – mesmo assim, R$ 1,6 bilhão a menos. O projeto alternativo não
Crítica. Marília cobrou mudança do Estado em reunião na segunda
passaria por centros urbanos, reduzindo as desapropriações e as obras que precisariam ser feitas. Um exemplo é que, para o Estado, o custo previsto
com desapropriação é de R$ 1,441 bilhão, enquanto o projeto dos municípios prevê um gasto de apenas R$ 231 milhões – ou seja, seis vezes me-
nor. “O traçado do Estado não considera os impactos sociais em uma área urbana, com a urbanização já consolidada. Vai afetar tudo: o transporte, a rede de energia, de esgoto, de água, o comércio local. E o governo subestimou o volume de obras complementares necessárias. Isso vai gerar um passivo muito grande”, enfatizou o prefeito de Betim, Vittorio Medioli. Segundo a prefeita de Contagem, Marília Campos (PT), o traçado do governo estadual pode trazer consequências ambientais futuras, como provocar o esvaziamento do espelho-d’água da Vargem das Flores e, com isso, comprometer o abastecimento em Contagem e nas cidades da região metropolitana. “Não podemos concordar com esse traçado”, pontuou a prefeita.
Visita à Prefeitura de Contagem 8 Sem garantia. Mesmo cien-
te de que o projeto do Rodoanel proposto por prefeitos do Médio Paraopeba e da Grande BH tem uma engenharia mais eficiente e custa R$ 2 bilhões a menos, além de não impactar a Área de Preservação Ambiental (APA) Vargem das Flores, o Estado informou ontem, por meio do subsecretário de Transportes e Mobilidade da Secretaria de Estado de Infraestrutura e Mobilidade (Seinfra), Gabriel Fajardo, que o governo de Minas não garante adotar o traçado alternativo. Segundo ele, que encabeçou uma comissão que visitou, nesta segunda (8), a Prefeitura de Contagem e, na sexta-feira (5), a Prefeitura Betim – cidades da região metropolitana que mais seriam impactadas com o Rodoanel do Estado –, o governo de Minas receberá, analisará e dará uma resposta a cada uma das propostas dos municípios envolvidos. Contudo, a decisão pelas mudanças dependerá de “es-
tudos técnicos do projeto”. “Agora, é o momento de a gente considerar todas essas contribuições e, depois, ver quais são possíveis de ser acatadas e quais não”, frisou o subsecretário de Estado.
8 Prazo mantido. Segundo o
subsecretário, o lançamento do edital da obra, previsto para dezembro, e a licitação, marcada para março de 2022, estão mantidos. “Vamos receber as contribuições e, se for necessário, analisar esse cronograma; por enquanto, é o que temos em mente”, afirmou Fajardo.
8 Justiça. Marília Campos
ressaltou que, caso as reivindicações não sejam atendidas pelo Estado, a situação poderá se encaminhar para uma disputa judicial. “Trata-se de uma área de preservação ambiental, regulamentada por lei estadual. Obviamente, teremos a Justiça como aliada”, declarou a prefeitura.
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Rodoanel Metropolitano EDITORIA DE ARTE / O TEMPO
O QUE PODE ESTAR POR TRÁS DO
RODOANEL METROPOLITANO 7
O advogado Marco Aurélio Barcelos assume, em 1º de janeiro de 2019, a Secretaria de Estado de Infraestrutura e Mobilidade (Seinfra). Antes disso, foi secretário de articulação para o Programa de Parcerias de Investimentos do Banco Nacional de Desenvolvimento Social (BNDES).
POSSE NA SEINFRA: MARCO AURÉLIO BARCELOS
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RODONAEL Entre os dias 25 e 27 de outubro, o Estado, pressionado por prefeituras que não aceitam sua proposta de traçado para o Rodoanel, publica em seu site todos os detalhes de como será feita a obra e sua concessão, o que deixa os prefeitos do Médio Paraopeba e da Grande BH, unidos em torno de um projeto alternativo para o corredor viário, ainda mais irritados, pois mostra que o objetivo alegado por técnicos do Estado que estão visitando as prefeituras para receber sugestões não procede. Até mesmo porque Marco Aurélio Barcelos, antes de deixar o cargo, anunciou que as decisões já estavam todas tomadas, inclusive com a possibilidade de o pedágio ser explorado pela própria empresa beneficiada pelo acordo de leniência que, às sombras das leis de transparência, ainda não foi tornado público pela pela Advocacia Geral do Estado.
SAÍDA DO ESTADO Em 24 de julho de 2020, deixa a pasta e diz em nota pública que o novo Rodoanel Metropolitano de Belo Horizonte já está em fase adiantada de estudos, com alguns dos melhores consultores do Brasil.
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ESCOLHA DO SUBSTITUTO: FERNANDO MARCATO
Na mesma data, assume a pasta o também advogado Fernando Marcato, que se mantém no cargo até hoje com a missão de dar prosseguimento a todos os projetos, aprovações ambientais e concessões de rodovias.
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CCR, ANDRADE GUTIERREZ E ESTADO
POSSE NA ABCR Enquanto se encarrega de colocar em seu lugar no Estado um homem de sua confiança, Marco Aurélio Barcelos assume também a presidência da Associação Brasileira de Concessões de Rodovias (ABCR), que é justamente a entidade que cuida e defende as empresas de construção pesada nos processos de privatizações e de exploração das praças de pedágios.
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EDITA RODO L DO O lanç ANEL a para a mento do e Rodoa construçã dital od ne para d l está prev o isto e z em licitaç ão, pa bro, e a ra do an o que março vem.
Em 18 de agosto, no momento em que se avança no projeto de concessões de Minas, a Advocacia Geral do Estado firma um acordo de leniência, no valor de R$ 128 milhões, o qual permite que a Andrade Gutierrez volte a participar de licitações públicas.
ABCR E CCR Logo no início de sua gestão à frente da ABCR, Marco Aurélio Barcelos foi responsável por grandes concessões, quase todas vencidas pelo Grupo CCR, que tem como um dos sócios a Construtora Andrade Gutierrez, empresa conhecida nacional e internacionalmente em vários escândalos de corrupção.
RESPOSTAS SEINFRA. O secretário Fernando Marcato declarou que o Estado abriu uma segunda consulta pública e que publicou as novas propostas “como parte do processo”. “No dia 27 de outubro, nós publicamos uma nova consulta pública com todos os documentos desse traçado que o Estado propôs, mas continuamos em ato contínuo com as prefeituras. Recebemos a proposta de Betim na sexta (dia 5), que ainda não analisamos completamente. Estamos solicitando informações dos municípios, nos reunindo com eles e colhendo as posições de cada um. Isso faz parte do trâmite”, disse.
ABCR. A Associação Brasileira de Concessionárias e Rodovias informou que o diretor-presidente da ABCR, Marco Aurélio Barcelos, não tem qualquer vínculo direto com qualquer das 47 concessionárias associadas, a quem, por força de estatuto, é garantido o tratamento equânime. Disse ainda que a associação tem entre seus pilares garantir a competitividade do setor.
GOVERNO DE MINAS. O Estado respondeu que o ex-secretário Marco Aurélio Barcelos prestou serviços ao Estado, “cumprindo seu dever público pautado pela idoneidade e por todos os critérios éticos que o cargo exige”. “Todos os processos de concessão seguem os ritos de divulgação legais, com audiências e consultas públicas, sob acompanhamento do Tribunal de Contas e do Ministério Público, além de consultorias externas do BNDES e BDMG”, declarou o governo. Sobre o Aeroporto da Pampulha, o Executivo afirmou que “houve a realização de uma licitação pública na modalidade de leilão, com participação de dois concorrentes em sessão pública na B3, na qual a empresa CCR saiu vencedora”. “Todo o processo foi realizado a partir dos critérios legais da concorrência pública”, diz a nota.
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Estado repassa responsabilidade de estudos do Rodoanel a Oscip SEINFRA / DIVULGAÇÃO
Repasse a organização privada se justifica por ‘ausência de ônus’, diz MG Da Redação daniele.marzano@otempobetim.com.br
O projeto do Rodoanel, além de levantar suspeitas sobre nomeações e artimanhas, conforme mostrou jornal O TEMPO desta quinta-feira (11), tem em seu processo outro fato que chama atenção: as consultorias feitas para a elaboração dos estudos do traçado. Isso porque, desde 2019, a responsabilidade da governança dos estudos de viabilidade do corredor viário está a cargo do Movimento Brasil Competitivo (MBC) – organização da sociedade civil composta por empresas fundadas há 20 anos que atua em várias frentes para aproximar o setor público do privado. O acordo firmado entre a Secretaria de Estado de Infraestrutura e Mobilidade (Seinfra) e o MBC visava, segundo o Estado, “viabilizar a estruturação de projeto para desenvolver os estudos de viabilidade e a modelagem, a manutenção e a operação” do Rodoanel. O governo afirma que não houve ônus para o Estado e que “todas as consultorias para o projeto foram contratadas diretamente pelo MBC”. Mas os estudos bancados pelo movimento descartaram a participação de municípios afetados, que alegam que não foram ouvidos nas discussões anteriores. A ação do Estado em jogar a governança dos estudos do Rodoanel para uma entidade civil causou estranheza ao deputado estadual Professor Cleiton (PSB). “Definitivamente, não é um procedimento comum. O que poderia acontecer é, diante de projetos muitos complexos, haver a necessidade de um suporte altamente especializado, o que não parece ser o caso. Todas essas questões precisam ser devidamente justificadas. Caso contrário, pode caracterizar até mesmo um desvio de finalidade com o objetivo de beneficiar alguma empresa em detrimento das demais. Importante reiterar que é um procedimento incomum”, disse. No dia 3 de novembro de 2020, a Seinfra divulgou em seu site que a mineradora e o MBC assinaram o acordo para viabilizar a estruturação dos es-
tudos de modelagem do Rodoanel e que a mineradora “doou os recursos financeiros ao MBC” – mesmo o Rodoanel sendo um projeto de Estado, construído com recurso público. O acordo entre a Seinfra e o MBC foi assinado quando Marco Aurélio Barcelos ainda era secretário da Seinfra, que idealizou o projeto de concessões de rodovias do Estado, entre eles o do Rodoanel. Ele deixou a pasta em julho de 2020 e assumiu, apenas dois meses depois de sair do governo, a direção da Associação Brasileira de Concessões de Rodovias (ABCR). Barcelos declarou, na época, que os programas de concessões e PPPs estavam “em fase avançada de estruturação, com consultores trabalhando na montagem dos editais de licitação e nas minutas dos futuros contratos de parceria”. Entre esses contratos estaria a proposta do Rodoanel.
Visita. Atual secretário da Seinfra, Fernando Marcato esteve, junto com consultores, em local onde passaria Rodoanel idealizado por MG WILLIAN DIAS / ALMG
Z Crítica. Para deputado estadual Professor Cleiton, questões sobre o processo do Rodoanel, como uma entidade ser responsável pelos estudos de viabilidade, precisam ser analisadas para que não haja dúvidas e suspeitas
“Todas essas questões precisam ser justificadas. Senão, pode caracterizar até um desvio de finalidade para beneficiar alguma empresa.” Deputado Professor Cleiton (PSB)
‘Trama difícil de ser entendida’ “É uma trama difícil de ser entendida. Não sabemos onde começa, onde termina, qual interesse está em jogo. O recurso que será usado na obra é público, mas o Estado falar que a responsabilidade da governança dos estudos é de uma entidade privada? Com essa trama sobre o Rodoanel que está sendo trazida à luz do dia, a gente percebe por que os impactos sociais na população estão sendo deixa-
dos em segundo, terceiro, quatro plano. Parecem que não se importam em passar uma muralha dessas dentro de centros urbanos, dividindo bairros ao meio, deixando as pessoas separadas de escolas, postos de saúde, igrejas, além de destruírem a economia local”, declarou o secretário de Governo de Betim, Guilherme Carvalho. De acordo com o professor de direito público do Centro Universitário UNA Carlos Barbosa,
o Marco Regulatório das Organizações da Sociedade Civil (MROSC), sancionado em 2014, estabelece regras para as parcerias entre o poder público e as organizações sem fins lucrativos. “Mesmo que a lei não expresse que o governo precisa publicar o chamamento, muitas vezes as próprias organizações fazem isso para que outras associações participem do projeto”, afirma Barbosa, completando: “A administração pública, não
basta ser honesta, tem que mostrar que é honesta. Isso se faz com transparência”. A Seinfra defendeu a parceria com o MBC. “Os estudos para o projeto são necessários para a completa configuração dos elementos técnicos, econômico-financeiros e jurídicos do projeto e são usuais em projetos dessa magnitude, como diversas experiências de Minas Gerais e outros Estados indicam”, afirmou.
Systra seria consultora Uma das empresas que estariam atuando no projeto do Rodoanel é a Systra Consultoria e Engenharia, que também elabora estudos para corporações privadas que têm interesse em obras de concessão. No seu próprio site, a Systra afirmou que “foi contratada por um grupo de empresas interessadas no sucesso do Programa de Concessão de Rodovias do Estado de Minas Gerais para realizar um estudo técnico capaz de avaliar o sistema rodoviário estadual e definir lotes passíveis de exploração”. A própria Systra pediu à Prefeitura de Betim, no início do ano, informações sobre a proposta alternativa do município. Representantes da empresa também participaram de audiências públicas do Estado. A Seinfra disse que não possui contrato com a Systra sobre estudos do Rodoanel. Procuradas, a Systra, a Vale e o Movimento Brasil Competitivo não responderam.
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Rodoanel Metropolitano
Monopólio da CCR pode causar danos a usuários da aviação Empresa que venceu leilão em MG também explora concessões de rodovias e fica livre de concorrência; movimento analisa documentação, e Cade pode ser acionado ALEX DE JESUS - 12/8/2020
Pampulha. Certame foi vencido pelo Grupo CCR em outubro deste ano por apenas R$ 34 milhões
Da Redação daniele.marzano@otempobetim.com.br
Se, até 2011, a Empresa Brasileira de Infraestrutura Aeroportuária (Infraero), estatal, detinha o monopólio da gestão de aeroportos no Brasil, o problema parece não ter sido resolvido com a gradual entrega dos terminais para a administração da iniciativa privada. Ao menos na região metropolitana de BH, a gestão dos aeroportos cada vez mais se concentra nas mãos de uma única empresa, da Companhia de Participações em Concessões (CCR), que também detém grande fatia do mercado de concessões de rodovias e transporte público no país. Por trás da CCR estão três grandes empresas da construção civil no país: Soares Penido, Camargo Corrêa e Andrade Gutierrez, estando esta última envolvida em inúmeros processos de corrupção. Responsável pela BH Airport, administradora do Aeroporto Internacional Tancredo Neves, em Confins, o grupo CCR venceu, em abril deste ano, o leilão de um bloco com 15 aeroportos federais, incluindo os terminais de Curitiba, Foz, Navegantes, Goiânia e São Luís. Seis meses depois, em outubro, o grupo volta a vencer um leilão, desta vez o do Aeroporto Carlos Drummond de Andrade (o aero-
porto da Pampulha), no valor de R$ 34 milhões. Dessa forma, uma mesma empresa fica à frente dos dois grandes aeroportos que atendem os usuários do transporte aéreo na região metropolitana de BH. Segundo fontes ouvidas pela reportagem, o leilão de concessão dos aeroportos teve a colaboração do ex-secretário de Infraestrutura e Mobilidade (Seinfra) Marco Aurélio Barcelos, que, dois meses após deixar o governo, assumiu a presidência da Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR), entidade privada que representa e defende as empresas de construção pesada e de cobrança de pedágio. O que causa estranheza às fontes é que Barcelos, logo no início de sua gestão na entidade, foi responsável por grandes concessões, quase todas vencidas justamente pelo Grupo CCR. Barcelos disse à reportagem que não representa o interesse de qualquer das 47 empresas que fazem parte do setor de concessão de rodovias. Também declarou que não tem qualquer ingerência sobre a pauta de aeroportos. De acordo com a apuração, uma representação será feita, nos próximos dias, ao Conselho Administrativo de Defesa Econômica (Cade) e também ao Tribunal de Justiça de Minas Ge-
rais (TJMG) para que a concessão da Pampulha seja anulada e colocada novamente em disputa no mercado. Para membros do Movimento Aeroporto da Pampulha Já, uma associação que reivindica a retomada dos voos comerciais no terminal, o fato de a CCR administrar as duas unidades da região deve ser considerado monopólio. O presidente da associação, o administrador Lúcio Flávio de Paula, considera que, no mínimo, existe um conflito de interesses que deveria impedir o grupo de assumir
UARLEN VALÉRIO - 1º/4/2020
Confins. CCR é responsável pela BH Airport, administradora do aeroporto internacional desde 2014
o Aeroporto da Pampulha. Para ele, o problema já começou no ano passado, quando o governo chamou as empresas para levantarem propostas de modelos que poderiam ser adotados na Pampulha. “O governo admitiu que ela já entrasse no processo de Procedimento de Manifestação de Interesse, e a empresa pôde apresentar projeto para dizer como o próprio concorrente deve operar. A CCR se tornou um operador econômico do concorrente. Isso configura um óbvio conflito de interesses”, explica.
Controle total impede valores mais baixos A concorrência no mercado de aeroportos poderia, por exemplo, permitir que os valores cobrados para os lojistas caíssem ou que os estacionamentos ficassem mais baratos, mesmo que o Aeroporto da Pampulha tenha um perfil diferente em relação ao de Confins – o Aeroporto Carlos Drummond de Andrade se dedica ao tráfego de aeronaves da aviação executiva e da aviação geral, além de ser um dos principais polos de manutenção
de aeronaves. “A empresa não tem qualquer estímulo para fazer um preço mais acessível para o consumidor”, diz o presidente do Movimento Aeroporto da Pampulha Já. Ele acrescentou que foram feitos muitos questionamentos para o governo de Minas durante a realização da audiência pública sobre o tema, em março deste ano, mas sem que fossem obtidas respostas para todos. (Da Redação)
Estado foi quem conduziu leilão da Pampulha Segundo Lúcio Flávio de Paula, o mercado já previa que a CCR acabaria ganhando o leilão, e, por isso, duas concorrentes desistiram de participar do certame. Segundo ele, o administrador de um aeroporto não pode mexer nas tarifas aéreas, que são reguladas pela Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), mas é responsável pela gestão de toda a estrutura, como estacionamento e aluguel de lojas. De acordo com o presidente da associação, a equipe do movimento está analisando os documentos referentes à licitação do Aeroporto da Pampulha para verificar o que pode ser feito para que não haja monopólio no atendimento à população da região metropolitana de BH. Procurada para se manifestar sobre o assunto, a Prefeitura de Belo Horizonte apenas sugeriu que a reportagem procurasse a Associa-
ção dos Municípios da Região Metropolitana de Belo Horizonte (Granbel), a Infraero e o Ministério da Infraestrutura (Minfra). A reportagem também acionou a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac), que respondeu o seguinte: “Em relação ao leilão do aeroporto da Pampulha, cabe destacar que este foi conduzido pelo Estado de Minas Gerais, órgão responsável por estabelecer as regras editalícias e contratuais mediante o acompanhamento do Ministério da Infraestrutura e do Tribunal de Contas da União (TCU). Procurada pela reportagem, a CCR enfatizou que, dentro de sua ambição estratégica para 2025, a empresa tem um programa pautado em cinco eixos, sendo que o primeiro deles é “o retorno ao acionista”. (Da Redação)
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CIDADE
TEMPO
DE
PET
Seu animalzinho SUMIU? Quer ADOTAR? Precisa dar o seu para ADOÇÃO? ARQUIVO PESSOAL
Negona
Maikinho
Pretinha
Esta é a Negona, uma cachorrinha muito dócil e brincalhona. Ela tem apenas 2 anos e está disponível para adoção. Mais informações: (31) 9923-2040.
Olha que fofo esse filhotinho macho de apenas 1 mês disponível para adoção. Ele já foi vermifugado e agora precisa de um lar. Para ficar com ele, ligue: (31) 98948-7012.
Esta lindeza precisa de um lar. A Pretinha tem apenas 1 ano e já é castrada, vermifugada e vacinada. Que tal adotar essa bonitona? Ligue: (31) 99741-1375.
Betim - 12 a 18 de novembro de 2021
Obra. Conclusão está prevista para o dia 30
Bota-fora irregular será transformado em área de lazer Construção de praça era uma antiga reivindicação dos moradores da região DIVULGAÇÃO / PREFEITURA DE BETIM
Belinha
Jonny
Esta filhotinha muito fofa, de apenas 2 meses, precisa de um lar. Ela já é vermifugada e tem porte médio. Para adotar essa lindeza, ligue para: (31) 98724-2024.
Esta fofa cachorrinha desapareceu na região do Conjunto Vargem das Flores. Caso tenha informações sobre o paradeiro dela, ligue: (31) 99230-6762.
Cachorro, de 2 anos, da raça Chow-chow, disponível para adoção. Já castrado. Não aconselhável para casas com crianças. Para ficar com ele, ligue: (31) 98663-1792.
Adotar é um gesto de amor IZABELA BRUM/SEPA DIVULGAÇÃO
suellen.silva@otempo.com.br
Os moradores do bairro Jardim Brasília, na região Alterosas, em Betim, ganharão um novo local de lazer. A área, que antes era um bota-fora irregular, agora está sendo transformada em uma praça. Localizada na rua do Contorno, atrás do campo de futebol Sete de Setembro, a obra é uma antiga reivindicação de quem mora nas imediações há anos. O aposentado José Camilo, de 88 anos, morador do bairro há quase 30 anos, conta que aguarda com ansiedade a conclusão da benfeitoria. “Eu achei que não viveria para ver ali sendo arrumado. Imagina só que coisa boa. Os velhos todos podendo sentar pra conversar pertinho de casa, colocar a prosa em dia. Vai ser bom demais da conta”, relata Camilo. A praça terá área gramada, espaço para recreação, além de bancos e mesas. Segundo a Prefeitura de Betim, a previsão é que as intervenções terminem já no dia 30 de novembro.
Entrega. Ações para revitalização da futura praça já foram iniciadas
Morador comemora início das obras SUELLEN EMERICK
Bella
Suellen Emerick
“Eu achei que não viveria para ver ali sendo arrumado viu. Imagina só que coisa boa. Os velhos todos podendo sentar pra conversar pertinho de casa. Colocar a prosa em dia. Vai ser bom demais da conta.” José Camilo, de 88 anos aposentado
Chuva. Ação preventiva visa evitar alagamentos na região
Córrego no Icaivera é limpo O sonho de você ter um animalzinho de estimação pode se tornar realidade. Para isso, basta você ir até a Superintendência de Proteção e Bem-Estar Animal (Sepa), que fica no parque de exposições. Os cães e gatos disponíveis para adoção são vermifugados e castrados. Mais informações, ligue: (31) 3531-3660.
Outubro foi um mês com recordes de altas temperaturas e chuvas fortes acima da média em toda a região metropolitana de Belo Horizonte. Para novembro, mais pancadas são esperadas, de acordo com o Climatempo. Como forma de prevenção do transbor-
damento das águas e de alagamentos, a Prefeitura de Betim está realizando uma limpeza no leito do córrego Água Suja, no bairro Icaivera. Nos últimos dias, o volume de chuva na região tem sido significativo, sendo um dos pontos mais afetados da
cidade. Segundo informações da administração municipal, a ação também visa à diminuição do mau cheiro e da aparição de animais peçonhentos próximo ao córrego. A previsão é que as obras sigam até o fim dessa semana. (Da Redação) CÉLIO MARTINS/ECOS/PREFEITURA DE BETIM
Prevenção. A limpeza também visa à diminuição do mau cheiro e da aparição de animais peçonhentos
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CIDADE
Betim - 12 a 18 de novembro de 2021
Novidade. Plataforma já possui 65 mil condutoras distribuídas em várias cidades do Brasil
Betim terá aplicativo só para transportar mulheres ARQUIVO PESSOAL
Motoristas da cidades podem se cadastrar
Arborização. São 20 espécies distintas
Viveiro municipal doa mudas de árvores nativas
Suellen Emerick suellen.silva@otempo.com.br
Betim é uma das primeiras cidades de Minas Gerais escolhidas para o lançamento de um aplicativo de transporte exclusivo para mulheres: o Lady Driver. Homem no carro? Só se for como acompanhante da passageira. A plataforma, que opera no Brasil há cinco anos, já possui 65 mil condutoras distribuídas em vários Estados do país. No município, o cadastramento para dirigir pelo aplicativo já começou. A betinense Fabrícia Santos, de 37 anos, moradora do bairro Cachoeira, que já trabalha como motorista, foi uma das primeiras a efetuar o cadastro. “Trabalho dirigindo ônibus, mas sempre hesitei ser motorista por aplicativo. O principal motivo era a insegurança de andar sozinha com um homem desconhecido no carro. Nós, mulheres, infelizmente, convivemos com o medo de passar por um abuso”, explica Fabrícia. O medo da motorista de vivenciar uma situação de assédio, compartilhado também por muitas outras mulheres, não é gratuito. Uma pesquisa realizada pelo Instituto Patrícia Galvão, com apoio da ONU Mulheres e da empresa Uber, divulgada em outubro deste
Motorista. A betinense Fabrícia Santos, de 37 anos, foi uma das primeiras a efetuar o cadastro no app
ano, apontou que oito em cada dez mulheres já sofreram alguma situação de violência durante deslocamentos urbanos nos mais diversos tipos de transportes. A fisioterapeuta e professora de dança Luiza Mansur, de 26 anos, moradora do bairro Espírito Santo, conta sobre o receio com carros de aplicativos dirigidos por homens: “Eu evito ao máximo andar de Uber sozinha, mas, quando preciso, fico torcendo para conseguir ser atendida por uma mulher. Já andei caindo
Motoristas
65 mil App. Esse é o número de mulheres que já se cadastraram no Lady Driver.
“Trabalho dirigindo ônibus, mas sempre hesitei ser motorista por aplicativo de transporte de passageiros. O principal motivo era a insegurança de andar sozinha com um homem desconhecido no carro. Nós mulheres, infelizmente, convivemos com o medo de passar por um abuso.” Fabrícia Santos, de 37 anos, moradora do bairro Cachoeira
de sono, mas me recusando a cochilar por medo”. Segundo a empresa Lady Driver, o aplicativo ainda não tem data certa para começar a atender as passageiras de Betim e demais cidades da região metropolitana de BH. Por enquanto, a etapa é somente para cadastramento das motoristas interessadas em trabalhar com a plataforma.
O período chuvoso tem sido intenso em Minas Gerais. O grande volume de água propicia condições favoráveis ao plantio de árvores. Para aproveitar esse momento, o Viveiro Municipal de Betim intensificou a doação de mais de 20 espécies de mudas para a população da cidade. O viveiro foi criado há 22 anos com o objetivo de produzir mudas arbóreas, ornamentais e frutíferas. As mudas são utilizadas nos projetos municipais de restauração florestal. Elas são distribuídas gratuitamente para pessoas físicas e jurídicas. O morador de Betim que se interessar pelas mudas deve procurar a Gerência de Parques e Jardins, na Diretoria de
Serviços Ambientais, no Centro Administrativo da Prefeitura (rua Pará de Minas, 640, no bairro Brasileia), das 9h às 16h, e apresentar documento de identidade com foto e uma cópia do comprovante de endereço. A retirada das doações será feita no Viveiro Municipal, localizado na rua José Balbino da Costa, no Pedreira. Confira algumas das espécies disponíveis no viveiro: Amora, Aroeira salsa, Cedro, Flaboyant Mirim, Ipê mirim, Ipê Branco, Ipê Rosa, Magnólia, Oiti, Palmeira licuri, Pitanga, Quaresmeira e Sapucaia. Outras informações sobre o viveiro e o processo de doação de mudas podem ser esclarecidas pelo telefone: 35123179. (Da Redação) DIVULGAÇÃO/PREFEITURA DE BETIM
Cadastro As motoristas interessadas devem ter carteira de habilitação B com o registro de EAR (Exerce Atividade Remunerada), celular com sistema Android, carro do ano 2011 ou superior, com quatro portas, cinco lugares e ar-condicionado. Para realizar o cadastro, é necessário entrar na loja de aplicativos da Google Play e baixar o Lady Driver. Preservação. Mais de 20 espécies de árvores estão sendo doadas
SEPA / DIVULGAÇÃO
Oportunidade. Curso acaba nesta sexta
Carroceiros participam de capacitação na cidade
Conteúdo. Treinamento é sobre manejo e alimentação de animais
Betim está promovendo uma capacitação para os carroceiros do município sobre o manejo e a alimentação de cavalos e outros equídeos. As aulas vão até esta sexta-feira (12). O curso está sendo ministrado pelo professor Paulo César de Freitas, instrutor do Serviço Nacional de Aprendizagem Rural (Senar).
Segundo a Prefeitura de Betim, carroceiros da cidade que ainda não tenham realizado o cadastramento municipal devem entrar em contato com a Superintendência de Defesa Animal (Sepa) por meio do telefone (31) 3531-3660 ou pessoalmente. A Sepa fica localizada dentro do parque de exposições, no bairro Angola. (Da Redação)
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Política
Reparação Foi prorrogada, até o dia 26, a consulta pública para que os moradores de Betim possam escolher os projetos que a Vale, responsável pelo rompimento da barragem em Brumadinho, executará na cidade.
REPRODUÇÃO INTERNET PREFEITURA DE BETIM / DIVULGAÇÃO
União. Parques serão criados
Plano Diretor
Audiência vai propor e debater mudanças
Vittorio vai a Brasília buscar apoio pra projetos Prefeito quer abrir centro de referência em saúde da mulher Lisley Alvarenga lisley.alvarenga@otempo.com.br
O prefeito de Betim, Vittorio Medioli (sem partido), acompanhado de sua vice, Cleusa Lara, e de alguns vereadores e secretários municipais, esteve em Brasília, nessa segunda
(8), para apresentar projetos desenvolvidos pelo município e buscar apoio para implementar importantes equipamentos públicos sociais em Betim. No gabinete da ministra da Mulher, da Família e dos Direitos Humanos, Damares Alves, o gestor do Executivo municipal falou ao coordenador da secretaria nacional, Carlos Alberto Soares, sobre a necessidade de se instalar em Betim um centro de referência em saúde da mulher. “Apresentamos a necessidade de um espaço adequado para atender as mulheres, que vai oferecer atendimento de ponta, e que poderá
Agenda. Comissão visitou o Ministério do Turismo e o gabinete da ministra da Mulher, Damares Alves
ser implantado no prédio da Maternidade do Imbiruçu assim que o Centro Materno-Infantil entrar em funcionamento”, afirmou Medioli em suas redes sociais. Na oportunidade, as equipes também falaram sobre projetos importantes para Betim, como o “Salve uma Mulher”, o “Maria da Penha Vai à Escola” e o Plano Nacional contra o Feminicídio, que será lançado em breve em Brasília. Já em reunião no Ministério do Turismo, Medioli apre-
sentou ao secretário-executivo Daniel Nepomusceno o projeto de criação de 12 parques ecológicos e turísticos na cidade. O espaços ficarão sob a responsabilidade da Fundação Betim Tecnologia e Arte (Beta), entidade que gerenciará e buscará atrair os recursos para os projetos. “Os espaços ecológicos criados contribuirão para o desenvolvimento econômico e sustentável, estimulando o turismo em nosso município”, destacou o prefeito em suas redes sociais.
Medioli também disse que aproveitou a oportunidade para pedir apoio ao governo federal para facilitar as últimas questões em suspenso para o início das obras do aeroporto em Betim, que, conforme o prefeito, poderá começar a operar menos de dois anos após o início de sua obra. “O aeroporto atrairá muitos empreendimentos do setor aeronáutico e de empresas que dependem do transporte aeronáutico para receber e expedir mercadorias”, salientou Medioli.
Uma audiência pública para apresentar e debater alterações no Plano Diretor do município será realizada pela prefeitura, na quinta (18), às 9h30. A discussão ocorrerá na Escola do Servidor, no Centro Administrativo, e poderá ser acompanhada em transmissão ao vivo pelo canal oficial da prefeitura no YouTube (youtube.com/prefeituradebetim). Conforme o secretário municipal de Ordenamento Territorial e Habitação, Marco Túlio Freitas, “a preocupação com o meio ambiente foi o principal vetor da alteração a ser enviada ao Poder Legislativo, com foco no planejamento e na ocupação do solo de maneira ordenada”. A superintendente de Projetos Públicos de Betim, Giciele Souza, disse que, entre as alterações propostas, está a criação na cidade de parques ecológicos e mais de dez Áreas de Proteção Ambiental (APAs).
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Coronavírus
Marca no país Dados do Ministério da Saúde mostram que o Brasil ultrapassou 610 mil mortes. A média móvel de óbitos está 25% menor do que há duas semanas.
REPRODUÇÃO INTERNET
Covid. Equipes estarão disponíveis aos fins de semana em períodos noturnos
Mutirão de vacinação terá postos volantes Objetivo é imunizar quem não se vacinou José Augusto Alves jose.augusto@otempobetim.com.br
Quem ainda não se vacinou contra a Covid-19 em Betim terá uma nova chance. A prefeitura vai realizar em novembro o chamado Mês D de Vacinação. O ob-
jetivo é fazer com que aquelas pessoas que já poderiam ter tomado a segunda dose e não tomaram possam completar o esquema vacinal, além de vacinar quem não tomou a primeira. O mutirão terá início neste sábado (13), com postos volantes aos sábados e aos domingos nos shoppings Partage e Monte Carmo, das 14h às 20h. As feiras livres nos bairros Teresópolis e Alterosas também receberão a ação nos fins de semana, das 8h às 12h. Já durante a semana, o vacimóvel, veículo equipado com sala de vacina, vai percorrer todas as regiões
da cidade entre 18h e 21h. Além disso, instituições de ensino superior também contarão com postos de imunização. As 37 Unidades Básicas de Saúde (UBSs) da cidade continuam oferecendo a imunização. “Temos 70% das pessoas aptas já imunizadas, mas não devemos abaixar a guarda nos cuidados de biossegurança. Isso é necessário para que possamos consolidar ainda mais o enfrentamento da Covid”, disse o secretário municipal de Saúde, Augusto Viana. Confira o cronograma em www.otempobetim.com.br.
Já em vigor
Decreto flexibiliza
PREFEITURA DE BETIM / DIVULGAÇÃO
Ação. Mutirão vai percorrer todas as regionais do município
Com mais de 70% da população-alvo totalmente imunizada contra a Covid, já está em vigor em Betim o Decreto 43.024, que flexibiliza algumas regras de biossegurança contra a disseminação da doença. A principal alteração refere-se ao distanciamento entre as pessoas, que deixa de ser obrigatório em qualquer ambiente – público ou privado. De acordo com o novo texto, a partir de agora, de domingo a quinta-feira, bares, restaurantes e lanchonetes poderão funcionar das 10h às 23h59. Já de sexta e sábado, poderão ficar abertos entre 10h e 1h. O novo decreto mantém como medidas obrigatórias de contenção da propagação do novo coronavírus o uso de máscaras e a disponibilização de álcool 70%.
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Shopping
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Novembro Azul. Doença é considerada o segundo tipo de câncer mais comum entre homens
Câncer de próstata: caem números de exames no país Dados da Sociedade Brasileira de Urologia revelam que, entre 2019 e 2020, o Brasil registrou queda de 21% nas biópsias; Inca estima 65 mil novos casos em 2021 CETUS/DIVULGAÇÃO
Publieditorial luciana.rodrigues@otempo.com.br
Uma pesquisa da Sociedade Brasileira de Urologia, em São Paulo, apresentou dados que causam preocupação neste penúltimo mês de 2021, quando acontece a campanha Novembro Azul, de prevenção do câncer de próstata, o segundo mais comum entre os homens. Isso porque muitos deles deixaram de fazer os exames preventivos por causa da pandemia o que aumentou o risco da doença. Entre 2019 e 2020, o Brasil registrou queda de 21% nas biópsias e de 27% no exame de sangue, o PSA, que auxilia os médicos no rastreamento da neoplasia. Para 2021, o Instituto Nacional do Câncer (Inca) estima o surgimento de 65 mil casos da enfermidade. Segundo o oncologista clínico Bráulio Nunes, que pertence ao corpo clínico da Cetus Oncologia – clínica especializada em tratamentos oncológicos com sede em Betim e unidades em Belo Horizonte e Contagem –, além de a pandemia ter provocado um afastamento dos homens dos consultórios médicos, a própria prevenção da doença já é carregada de preconceitos, falsas notícias e estereótipos. A fake news mais comum sobre o tema é que o exame de toque retal, uma das etapas de rastreamento do tumor, coloca em xeque a masculinidade e ainda pode causar impotência sexual. “O toque no reto sequer é indicado na maioria dos atendimentos. Ele se torna frequente apenas nas situações em que o homem tem um risco aumentado da enfermidade devido, por exemplo, do histórico familiar da doença ou se pertence à raça negra, entre outros fatores. Muitos morrem [de câncer de próstata] pelo simples temor a este método. Quando descobrem o diagnóstico, infelizmente o tumor
Conheça. A Cetus é uma clínica especializada em cuidados e tratamentos oncológicos com sede em Betim e também com unidades em Belo Horizonte e em Contagem
já está em fase metastática. Nesses casos, só enfrentam a situação pelo viés da dor e do sofrimento. É preciso quebrar esse ciclo de informação distorcida originado, principalmente pelo fato de vivermos em uma sociedade extremamente machista”, reflete. O médico ressalta que o melhor método para investigar neoplasias na próstata é mais simples do que muitos imaginam, por meio de um exame de sangue corriqueiro, feito em laboratório. Ele mede a dosagem de PSA, antígeno prostático específico, proteína produzida pelas células prostáticas que, em número elevado, acima de seis nanogramas por mililitro de sangue, podem ser um alerta de que o homem tem grandes chances de
ter ou já estar com um tumor na glândula. “Esse resultado, no entanto, não determina necessariamente a presença de câncer na próstata, pois, na maioria das vezes, os casos estão relacionados à inflamação, hiperplasia prostática benigna (crescimento da próstata), entre outras anormalidades”, explica Nunes.
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Fique atento aos sintomas Quando detectado precocemente, o câncer de próstata tem mais de 90% de chances de cura. Além disso, segundo o oncologista Bráulio Nunes, as temidas consequências do tratamento, entre elas impotência sexual e incontinência urinária, vêm ocorrendo cada vez menos devido à modernização das técnicas terapêuticas. “Na radioterapia, por exemplo, temos intervenções cada vez mais precisas que não comprometem a região, além da cirurgia robótica. O câncer de próstata, por sinal, é o carro-chefe da cirurgia ro-
bótica. O robô consegue identificar quaisquer nervos com facilidade sem lesá-los”, afirma. Mas, para que esse diagnóstico seja precoce, o médico enfatiza a importância de o público masculino estar atento à saúde, em todos os aspectos, e incorporar hábitos preventivos em seu dia a dia. “Mesmo antes da pandemia do coronavírus, muitos desses homens já não tinham o hábito de irem ao médico e nem de estarem ligados nesse assunto quanto as mulheres. Vários, inclusive, postergam dores e sintomas. É mais que necessário mudar essa chave
para garantir uma vida com mais saúde e mais qualidade de vida”, ressalta. É importante estar atento aos sinais da doença, que, em sua fase inicial, costuma ter uma evolução silenciosa. Muitos pacientes não apresentam nenhum sintoma ou, quando apresentam, eles são semelhantes aos do crescimento benigno da próstata: dificuldade de urinar e necessidade de urinar mais vezes durante o dia ou à noite. Na fase avançada, a doença pode causar dor óssea, sintomas urinários, infecção generalizada ou insuficiência renal.
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Cultura
Festival Mundo Jojoba O evento virtual voltado para a criançada e que será transmitido, entre os 16 e 20 de novembro, às 10h, no canal do festival no YouTube, tem participação da contadora de histórias Nana e do mágico Evan.
DIVULGAÇÃO ENCRUZA PRODUÇÕES
‘Doutro Lado’. Filmes escolhidos serão exibidos em dezembro
Cinema: evento premiará produções da periferia Moradores de Betim podem se inscrever até quarta (17) Lisley Alvarenga lisley.alvarenga@otempo.com.br
Produtores audiovisuais amadores e cineastas de Betim, que
têm mais de 18 anos e que vivem em aglomerados da cidade, podem inscrever, até quarta (17), longas, curtas e médias metragens produzidos, entre os anos
de 2018 e 2021, para participar do processo seletivo que vai premiar obras que serão exibidas no Festival Doutro Lado, evento que será realizado, entre os dias 13 e 17 de dezembro, em Betim. Podem se candidatar produções de todos os gêneros (exceto filmes publicitários e institucionais), finalizadas em qualquer
formato digital. A análise das obras, que receberão prêmios nos valores de R$ 800, R$ 1.200 e R$ 1.400, será feita por uma comissão com atuação na área cinematográfica. O resultado será divulgado nas redes do festival, no dia 29 de novembro. Mais informações no e-mail ( festivaldoutrolado@gmail.com).
Brasil. Evento quer incentivar o intercâmbio cultural das periferias
ACIR GALVÃO
Santinha Laura Medioli Mail: laura@otempo.com.br Fax: (31) 2101-3826
“Fiz questão de contar essa história para alertar a todos que amam seus animais. A cinomose é uma doença terrível.”
Encontrei-a sob um sol escaldante, deitada no asfalto quente de uma rua de Betim. Enquanto me aproximava, ela se encolhia com medo. Insisti na aproximação, falando baixinho até conquistar sua confiança. Me agachei para acariciá-la, e ela, surpresa, deixou-se tocar. Seus olhos me olhavam com ternura, enquanto, carente, repousou a cabeça em minha perna. Pouco antes já a havia visto lambendo um pedaço de picolé que alguém deixou cair no chão. Depois, com o rabo entre as pernas, dirigiu-se a uma poça de água suja, para matar a sede. Até que, cansada, se esticou no asfalto. Magrelinha, sem raça definida, costelinhas à vista, feridinhas na orelha, andar vagaroso, com aquela persistência de quem tenta sobreviver. Não era filhote nem adulta o suficiente, talvez uma mocinha que, embora jovem, já apanhou muito da vida, o rabo encolhido tinha sua razão de ser. Santinha foi o nome que lhe dei, o primeiro que me veio à cabeça. Ao se deitar na minha perna, me conquistou, e foi aí que decidi levá-la. Acreditava que, pela primeira vez, ela teria um lar de verdade. Desidratada, não conseguia comer nem um grão da ração que eu havia comprado, provavelmente nunca vira ração na vida. Comprei um patezinho de carne, que ela lambeu com vontade. No mesmo dia, o carro da clínica veterinária veio buscá-la. Pedi que fizessem todos os exames possíveis, todas as vacinas necessárias, pois era visível a fragilidade de sua saúde. Ficou na clínica durante duas semanas, num tratamento intensivo, sob a responsabilidade de duas anjas veterinárias, que, com pesar, me passaram seu diagnóstico. Lá ela não era Santinha, chamavam-na de Princesa. E a Princesa, infelizmente, estava muito doente. Os exames chegaram para comprovar o que eu temia: cinomo-
se e babesiose, ambas gravíssimas e que poderiam levá-la a óbito. Voltei no tempo, à casa de minha infância, onde dividíamos o espaço com vários bichos, entre eles alguns gatos e muitos cachorros. Cockers, dobermanns, dálmatas, vira-latas, cachorros emprestados, quando os donos viajavam e não tinham com quem deixar. Uma confusão de bichos, todos soltos e felizes. Numa panela gigante era cozido fubá com bofe, uma coisa horrorosa, mas que eles adoravam. Ração naquela época nem sei se existia. E eram todos saudáveis, com exceção de alguns filhotes, maiores vítimas da doença, que em pouco tempo os levava. Por meio do veterinário, descobrimos que a desgraça que pairava sobre eles se chamava “cinomose”. Nem sei precisar quantos cães perdemos, por isso desde criança nunca me esqueci desse nome. Já casada, continuei a ter meus cachorros, todos vacinados, vermifugados e castrados. Não comem angu com bofe, se alimentam de ração e, quando sobram, alguns pedacinhos de frutas ou casca de mamão, que adoram. Gostava de ir com minhas filhas ao canil municipal de Belo Horizonte para resgatar alguns dos cãezinhos sofridos que lá viviam. Sob o olhar delas, de pura compaixão, costumávamos adotar os mais tristes e debilitados. Antes de leválos para casa, deixava-os no veterinário para os cuidados necessários. Ficavam lá uma semana e depois morriam. O veterinário, cansado de ver a cena se repetir, me proibiu de escolher os mais enfermos: “Laurinha! Pegue um cachorrinho saudável, esses que vocês trazem vêm com muitas doenças, que podem passar para os outros cachorros da casa. Isso, se não morrerem antes”. Ao ver a situação da “princesa” Santinha, lembrei-me dos conselhos do dr. Geraldo. Mas decidi levar adiante, encarar dentro do que fosse possível as duas
doenças graves que a acometiam. Muitas vacinas, hidratação, injeções, medicamentos, internações... Até que, enfim, a liberaram, obviamente com um longo tratamento a ser administrado pela frente. Santinha capengava de uma perna, sintoma da cinomose. Por mais que se alimentasse, não parecia engordar. Os ossinhos à mostra eram prova disso. Arrumei para ela um jardim com gramado e uma varanda com colchãozinho onde pudesse dormir. Quando me via chegar, com esforço nas perninhas fracas, se aproximava sorrindo. Sim, os cachorros sorriem. E como era bom ver um pouco de alegria onde antes só havia tristeza. Os dias foram passando, e numa noite ela começou a chorar. Nós a cobrimos com uma toalha, embora não fizesse frio. Na noite seguinte, a mesma coisa, tomou dipirona para amenizar as dores, até que em certo momento suas patinhas traseiras paralisaram de vez, e o choro se fez constante. Era nítido o seu sofrimento, se alimentava pouco, já não se arrastava mais atrás de mim no gramado, sequer conseguia sair do lugar. Impotente diante da doença, eu já não sabia mais o que fazer. Liguei para uma das doutoras, que, com paciência e muito conhecimento, me explicou em pormenores os efeitos nocivos da cino-
mose. Nunca vi uma doença tão cruel, que leva à paralisação das pernas, à incapacidade de comer e tomar água, à cegueira e tantas outras coisas que nos fazem chorar só de imaginar. Insistir com os medicamentos? Eles surtirão o efeito desejado? Prolongar o sofrimento??? Que decisão difícil, meu Deus! E pelas mãos caridosas da doutora anja, Santinha se foi dormindo. Deixou de sorrir para sempre enquanto eu, abalada, não conseguia parar de chorar. Fiz questão de contar essa história para alertar a todos que amam seus animais. A cinomose é uma doença terrível, altamente contagiosa para outros cães. Não contamina os homens, mas nos destrói por dentro. Para combatê-la, existe uma vacina preventiva, dada quando são filhotes e uma vez por ano quando adultos. Não deixem de vaciná-los. O surto da doença está aí. Não permita que essa desgraça tire para sempre o sorriso de quem mais te ama. Para quem quiser adotar um animal, seja gato ou cachorrinho, haverá no dia 7 de novembro, das 9h às 13h, domingo, uma feira de adoção, com mais de 40 animais à espera de um lar. Local: Parque de Exposições, na rua do Rosário, 1.840, Betim.
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Sociedade
Adeilson Andrade adeilson.andrade@otempobetim.com.br Contato: (31) 9 9521-9045
NARTHIELY ANTONY
FOTOS: ADEILSON ANDRADE
Solidariedade
Vem aí o Bazar Solidário da Apae Betim, com grandes marcas Anote em sua agenda: entre os dias 9, 10 e 11 de dezembro, a Apae realizará o tradicional Bazar Solidário, no Horto, em Betim. No evento, serão comer-
cializados produtos de cama, mesa e banho, das marcas Artex, Santista, Buddemeyer, Karsten e muito mais. Tudo isso com superdescontos!
J Click. A estudante de odontologia Lívia Melo clicada para esta coluna durante a festa Secret Party ARQUIVO PESSOAL
3 Niver. O biólogo Cristian Melo trocou a idade no último dia 5
J Beleza. A modelo betinense Nathanielle Guimarães venceu, no último dia 30, a etapa estadual do concurso Miss Minas Gerais Unificado 2021. Agora, ela irá representar o Estado no Miss Brasil Unificado 2021, que será realizado na cidade de Santo André, em SP. EDSON DUTRA
J Aniversário. Natália Cristina Lara celebrou os 15 aninhos com uma superfesta no Salão Versailles, no último sábado (6). Na foto, ela com o pai, Cristian Souza Lara (Super Luna), e a mãe, Ester Pereira.
J Click 2. A estudante de jornalismo Gabriela Gomes também prestigiou a festa Secret Red Party.
3 Niver 2. O secretário adjunto de Comunicação da Prefeitura de Igarapé, Nykison Linhares, soprou velinhas no último dia 7
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Esportes
Orgulho pra cidade Moradores de Betim foram destaques na 12ª Copa Barbacena de Jiu-Jítsu disputada na última semana, em Barbacena. Ao todo, cinco atletas subiram ao pódio.
ARQUIVO PESSOAL
RONALDO SILVEIRA
Hobby. Práticas ao ar livre crescem
Futevôlei: clima praiano longe do litoral Esporte jogado em quadra de areia ganha espaço na cidade e o coração dos moradores Suellen Emerick suellen.silva@otempo.com.br
Bateu aquela vontade de colocar os pés na areia? Pois saiba que vários betinenses encontraram na cidade uma forma de fazer isso semanalmente. Durante a pandemia da Covid-19, a busca por esportes ao ar livre aumentou e fez com que novas modalidades se tornassem mais populares. Entre elas está o futevôlei, que tem angariado vários praticantes no município. O esporte nasceu no litoral do Rio de Janeiro, em meados da década de 60. Foi na região da famo-
sa praia de Copacabana que surgiram as primeiras quadras de areia destinadas ao futevôlei. Apesar dos mais de 400 Km de distância entre Betim e a capital carioca, e mesmo sem haver por aqui uma área litorânea, o esporte tem ganhado espaço no coração dos betinenses. A analista de marketing Maria Rita Vieira, de 27 anos, moradora do bairro Cidade Verde, foi uma
“Em um ano, conseguimos um número crescente de jogadores. Durante todos os dias da semana, os horários da noite ficam cheios.” Luiz Otávio, 4 anos, jogador/empresário
Regras. No futevôlei, as duplas podem realizar jogadas, em até três toques, usando os pés, as pernas e a cabeça.
das que apostaram na modalidade, em junho deste ano. “Durante a pandemia, eu parei de praticar exercícios. Foi aí que descobri o futevôlei, como uma opção de esporte mais seguro, com distanciamento físico e sem aglomeração. Fora a vibe de praia, né? É uma delícia sentir o pé na areia e ainda jogar ao som de música”, explica a analista de marketing. Assim como a betinense Maria Rita, a engenheira e cantora Karen Duarte, de 29 anos, moradora do bairro Alterosa, também começou a praticar a modalidade neste ano. A cantora trocou os campos gramados pela areia. “Eu praticava futebol, mas, por causa de um desgaste no joelho, precisei parar. O futevôlei foi uma alternativa porque não existe contato físico entre os jogadores, o que diminui muito as chances de lesões. Fora que a areia ajuda muito a amortecer o impacto dos pulos para no nosso corpo”, conta a engenheira. Apesar de praticar o esporte há pouco tempo, em outubro deste ano, Karen ganhou o seu primeiro campeonato de futevôlei, junto com o parceiro de quadra, Gustavo Ferreira, de 29 anos. “Chegar na final, em um campeonato com 12 duplas, foi algo muito bacana. Vencer e ficar com o troféu então, foi especial”, relata. A cantora, que afirma não almejar ser uma profissional no esporte, divide a rotina corrida, entre os palcos e os projetos de engenharia, com as pausas semanais na quadra de areia. Em Betim, os espaços voltados para a prática de futevôlei já se multiplicaram, e a cidade conta com unidades em diferentes regiões. Luiz Otávio da Silva, de 34 anos, morador do Novo
Equipes. No futevôlei, são comuns duplas mistas, formadas por homens e mulheres
Horizonte, sócio-proprietário de um complexo esportivo no bairro Santa Lúcia, conta que a procura pelo esporte tem aumentado: “Em um ano conseguimos um número bom e crescente de jogadores. Durante todos os dias da semana, os horários da noite ficam cheios. São mais de 50 alunos matriculados, fora os que vêm só para jogar mesmo e divertir com os amigos”. Democrático Diferente de outras modalidades esportivas populares no Brasil, como o
futebol e o basquete, no futevôlei é comum homens e mulheres jogarem juntos. Não são raros os campeonatos com categorias dedicadas às duplas mistas. O empreendedor Rafael Dinoá, de 20 anos, morador do Brasileia, é praticante do esporte e conta que poder jogar ao lado de uma mulher é uma experiência inclusiva: “É muito bacana a troca respeitosa e esportiva que acontece tanto nas resenhas como nos campeonatos. Todo mundo poder jogar junto. Além de democrático, é divertido”.