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Betinense ajudou vítimas dos terremotos na Turquia
resgate não chegou, com carros próprios, levando doações como fraldas, absorventes, comida e água. Eles também ficam por 24 horas servindo chá e café para todos, para amenizar as baixas temperaturas na região.
risco de cair e colocar em risco os próprios profissionais. “Tem muita gente viva e morta que não podem ser procuradas”, lamenta.
Serviço
Sara Lira sara.carvalho@otempo.com.br
Uma betinense de 32 anos está na Turquia atuando como voluntária em apoio às vítimas do terremoto. A publicitária Roberta Letícia mora no país desde 2020 e ficou por alguns dias na cidade de Hatay, ao sul do país, uma das atingidas pelo tremor que aconteceu no dia 6 de fevereiro e impactou a Turquia e a Síria.
Ela está com um grupo de outros voluntários pela organização Borders of Love (Fronteiras de Amor). “Estamos trabalhando tanto com os voluntários quanto com a equipe de resgate, servido a eles comida, água e produtos de higiene pessoal”, conta a betinense.
Ela relata que também tem dado suporte aos moradores da região que perderam tudo. O grupo vai às vilas, aonde o
Segundo Roberta, o trabalho é oferecer o suporte necessário para a equipe de apoio e para as vítimas: “Não estamos resgatando as pessoas dos escombros. Mas estamos ao redor, ajudando da forma como podemos. A gente está abraçando as pessoas, estreitando relacionamento, chorando e orando com elas”, conta.
Tristeza
Até o momento, cerca de 50 mil pessoas já morreram em decorrência dos terremotos –houve ao menos mais um em Hatay. Equipes de resgate atuamsemparar desde 6 defevereiro revirando escombros.
Roberta relata que conversou com socorristas ao longo desses dias e que várias informações a deixaram impactada. O que mais a chocou foi a notícia de que alguns prédios infelizmente não podem ser acessados pelos socorristas, pois os profissionais correm o
Roberta está em Istambul nesta semana, mas retornará a Hatay nos próximos dias. Ela e os demais voluntários vão se instalar em um salão de festas para servir almoço e jantar a socorristas e vítimas, um total de 1.000 marmitex em cada refeição, além de chá e café. Eles também fazem atendimento social e acolhimento.
Outrotrabalhorealizadopor Robertaéodetradutoranasambulâncias. Muitos médicos falam inglês ou espanhol, e, como eladominaoidiomaturco,pode traduziros atendimentos.
“Os socorristas nos contaram que, quando são resgatadas, as pessoas estão num nível de estresse muito alto, porque estavam no escuro, no frio, sozinhas, com cheiro de mortos ao redor. O cheiro de morte aqui está muito forte. É cena de filme de terror.”
Roberta Letícia Voluntária na Turquia