Pampulha - Sáb, 14/11/2015 by Tecnologia Sempre Editora

turismo

almanaque

DESCUBRA POR QUE A CIDADE DO CABO É UMA DAS MAIS LINDAS DO MUNDO ...Páginas 27 a 32

JOHNNY HOOKER CANTA EM BH ...Página 10

estilo

UTILIZE ALGUNS INGREDIENTES DA COZINHA A FAVOR DA BELEZA ...Páginas 25 e 26

direção especial

DIVERSIFICAÇÃO E EVOLUÇÃO MARCAM OS ÚLTIMOS DEZ ANOS DA INDÚSTRIA ...Páginas 1 a 24

ERICA COLAÇO/DIVULGAÇÃO

pampulha 14 a 20 de novembro de 2015 ANO XXVII número 1320 faleconosco@jornalpampulha.com.br atendimento 2101.3838

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O SEMANÁRIO DE BELO HORIZONTE

MONTAGEM SOBRE FOTOS DE FERNANDA CARVALHO/GUTO MUNIZ/GUSTAVO CAMPOS/EDUARDO MOURA/NIDIN SANCHES, REDE GLOBO E CIRQUE DU SOLEIL/DIVULGAÇÃO

QUERO VER TEUDA

DAR SUA RISADA Prestes a completar 40 anos de carreira, a atriz Teuda Bara está a mil: estreia espetáculo neste final de semana, terá biografia lançada e trabalha no novo espetáculo do Galpão

opinião

pampulha jornalpampulha.com.br BELO HORIZONTE 14 a 20 de novembro de 2015

VITTORIO MEDIOLI

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Editorial

Enfaixado como múmia

debate mais acalorado, neste Já o Brasil, aumentando gradativamente o confisco, momento, se dá sobre as for- que chegou a 35%, cairá neste ano 3%, e o próximo, mas de se reativar a economia nas previsões, não será diferente. nacional. Seria desnecessário Pegando os últimos cinco anos, o Brasil não avanescrever, mas, com os despro- çou, a China cresceu seu PIB em 50%. pósitos que circulam, precisaUma viaja na velocidade de um avião, e outro se se lembrar que são as ativida- arrastando pelas trilhas mais absurdas. des “primárias” e de “transformação” que movimenSe a carga tributária é a maior vilã, o Estado podetam a roda. ria passar a se abster de atrapalhar, modernizar-se ou Parcela preponderante da elite nacional não é vo- ao menos desburocratizar. Ficar quieto já seria já cacionada ao produtivismo, continua convencida do uma excelente ação. Precisa voltar a ser Estado, e não patrimonialismo, e as coisas assim desandam. empecilho anacrônico e perverso gargalo das atividaA brusca freada das atividades produtivas vêm des econômicas, mantendo o potencial de desenvolvideixando para trás empregos, oportunidades de pro- mento engavetado e esperando nas mesas de quem gresso, competitividade e até arrecadação pública. não entendeu seu papel cívico e social; depende ainSomem por muita gente as formas de enfrentar deco- da de quem não dispõe de preparo. rosamente a vida. Os mais fracos são os tais que mais Apenas em Minas, cerca de 15 mil empreendimencaro pagam as consequências. tos aguardam autorização para se transformarem em A produção desencadeia relações atividade produtivas. Mais de econômicas em todas as direções, vertiO Brasil é o país três anos é o prazo que aguarcal e transversalmente. dam pela inadequação de leis. mais complicado Muitos projetos se “desaniPara quem tem dificuldade de visualizar um fenômeno a que me refiro, basmam”, a velocidade do Estado é do mundo, ta imaginar um mercadinho cheio de inadequada à modernidade. ilhado no seu bancas e sem produtos para vender. O O Brasil é o país mais complicomerciante, se é que vive da venda de cado do mundo, ilhado no seu anacronismo, algo que foi produzido, não ganhará anacronismo, convencido de convencido de ser grande apesar da pequenez com nada a vender. A multiplicação de valores, a distribuição de renda, se dá das ideias que o atrofiam. ser grande pelos salários e pelos reinvestimentos. O Estado se transformou apesar da Desculpo-me com a maioria dos leiem monstro, esqueceu-se até tores por tratar do elementar. Infelizde que ele é o maior perdedor pequenez das mente, muitos se esqueceram da dinâde sua lerdeza e complicação. ideias que o mica da roda e acreditam em Papai Não sabe mais que sobre tudo Noel. Deliram com aumento de imposque se produz cobra 35%, com atrofiam tos sobre uma produção menor, e não ou sem lucro do empreendipelo aumento dessa produção. Com mento. O ganho é dele, e o rismaior renda diminui a fila do SUS, que migra para os co é do empreendedor, que, se tudo der certo, fica planos de saúde, encurta-se da fila dos planos assis- nos 5% líquidos (média nacional). tenciais, e aumenta-se nos supermercados. A burocracia não simplifica, esgota a capacidade, Sobrecarregar o que já não suporta (mundo que perde de vista a função principal de fomento das ativiproduz), a carga vigente apenas faz com que os fra- dades que lhe geram, a ele, Estado, o sustento. cos morram, e quem tem pernas pra andar migre paAquilo que falta para crescer neste momento é rera longe procurando um país de economia estável, solver essa absurda equação, que chegou a inviabiliinteligente e estruturada. Exatamente o que falta zar por inteiro a economia e seu crescimento. aqui. Os 15 mil projetos que precisam de carimbos, cerTudo aquilo que a sociedade organizada pode fa- tidões, relatórios “arqueológicos”, entre outras firuzer bem tem que ser deixado a esta fazer. Até o social- las, dariam a Minas 450 mil empregos e uma arrecacomunismo chinês mostrou que, para distribuir pro- dação anual de alguns bilhões. Equivale a cerca de gresso e prosperidade, precisa crescer em tamanho seis empresas automobilísticas do tamanho da Fiat econômico. Por isso o Estado chinês protege e fomen- de Betim. ta atividades. A China ficou como segunda potência O mais grave é que não existe a consciência da econômica, se contentando com apenas 23% de car- justa via para solucionar a lerdeza da “máquina panga tributária. Saiu assim do gueto, deixando as em- tagruélica”. Existe o lamentável desnorteamento, e o presas reinvestirem e aplicarem em crescimento. país está sendo enfaixado como múmia (pela sua Nos últimos 20 anos deu uma arrancada portentosa. “burocracia”).

vittorio.medioli@otempo.com.br

Tecnologia já muda a forma de exercer a medicina HOSPITAL ISRAELITA ALBERT EINSTEIN/DIVULGAÇÃO

filósofo Hipócrates, que viveu no século V a.C., esta6 Obeleceu as bases da medicina há cerca de 2.500 anos.

De lá para cá, houve muitos avanços em termos de medicações, equipamentos, técnicas cirúrgicas. A tecnologia está, finalmente, caminhando para permitir novas formas de se exercer a medicina. Robôs-cirurgiões, wearables e telemedicina deixaram de ser promessas e são realidades palpáveis. Confira em nosso site!

Saúde ANTIDEPRESSIVOS DERRUBAM O DESEJO SEXUAL DAS MULHERES SHUTTERSTOCK

Os efeitos dos antidepressivos na libido da mulher são hoje um grande entrave ao tratamento dos transtornos mentais. Além de afetar de forma quase generalizada o desejo sexual, o uso prolongado desses medicamentos pode provocar um distúrbio que atinge cerca de 10% das mulheres, o Transtorno do Desejo Sexual Hipoativo. Leia mais sobre o assunto no nosso site!

Vittorio Medioli também escreve aos domingos no jornal O TEMPO

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O SEMANÁRIO DE BELO HORIZONTE

SEMPRE EDITORA LTDA. Av. Babita Camargos, 1645 Contagem/MG, Cep: 32210-180 TIRAGEM 121 mil exemplares, com distribuição domiciliar e gratuita

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reportagem

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TRAJETÓRIA>Aos 74 anos e prestes a completar 40 de carreira, Teuda Bara está a mil por hora FERNANDA CARVALHO

Está com tudo e não está prosa rigiu o Galpão nos espetáculos “Romeu e Julieta” (1992), “A Rua da Amargura” (1994) e “Os Gigantes da Montanha” (2013). “E ela deixa claro que é soberana, uma rainha, mas não édespótica. A Teuda éMinas.Depoisdos 50anos,agente não é mais aquilo que é, somos o currículo que temos e a Teuda é um currículo superlativo, que não se enquadra nos padrões convencionais de vida, de estrada”. Suasingularidade jácomeça pelo nome.

Era para ter sido Theoda, nome de origem grega que quer dizer “a enviada de deus”, como queria a mãe, dona Helena, que era enfermeira e quis homenagearumairmã decaridade da Santa Casa, onde trabalhou. Mas o cartório registrou Teuda. O sobrenome Magalhães Fernandes deu lugar ao Bara – referência e homenagem à estrela hollywoodiana Theda Bara, de “Cleópatra” (1917) –, depois de uma longa jornada que incluiu, entre outras estripulias, ser expulsa ( p o r

GUTO MUNIZ/DIVULGAÇÃO

SINGULAR “A Teuda é muito singular, única no mundo, daquelasque quantomais vocêviaja, conhece gente, mais ela faz falta na sua vida”,comenta o diretor Gabriel Villela,quedi-

que você é muito doida!”, lembra. “E ele tinha razão, eu precisava mesmo fazer teatro”. Para Eid, era preciso canalizar toda aquela energia criadora. “Ela é uma pessoa de personalidade muito marcante, muito esfuziante. Achava que no teatro podia se dar bem”, diz.

Teuda Bara brinca imitando as duas máscaras que representam o teatro: tragédia e comédia

“Romeu e Julieta”, 2012 Por Gabriel Villela, diretor “A Teuda funciona muito bem, mas se sentir em algum momento que seu espaço para se movimentar foi limitado, apita feito um chaleira japonesa. Ela é muito solar, um dínamo tocado por um modo contínuo, que não cansa. E consegue fazer uma tragédia provocar gargalhada. Tem um conhecimento de teatro muito avançado e ao mesmo tempo é uma grande mãe, a Pacha Mama dos povos Incas. Seu abraço é o abraço de todo o Galpão. O melhor é colocar a cabeça no colo dela e pedir uma história. Ela conta 20. E vira colo de Macondo, de Gabriel García Márquez. Mas tem raiva de mim (risos). Ela pergunta se tem um céu pra atores e outro pra diretores. Diz que se tiver um só, que ela prefere ir pro inferno. E ri...”

querer) de um colégio interno,terminarumnamorodeoito anos por uma simples ida ao edifício Maletta, namorar um ex-trapezista alemão do Circo Garcia, que deixou a trupe para ficar com ela e a seu lado conhecer todas as boates de Belo Horizonte da época, cursar ciências sociais, viver emcomunidades hippies e até ser convidada pelo Chacrinha em pessoa para se tornar chacrete.Tudoissoparafinalmente culminar no teatro. “Foi o Adyr Assumpção (seu companheiro em outro grupo que ajudou a fundar antes do Galpão, o Fulias Banana), quandoestávamos fazendo ‘Tripto-

lemo 17’ (em 1977) quem escolheu o sobrenome, eu nem fiquei sabendo. Ele deu uma entrevistaprum jornal e mecitou como a atriz Teuda Bara. Quando vi, até me assustei. Antes disso usava só Teuda, nem me considerava atriz ou artista,estavasó tateando nesse universo, querendo aprender”, diz. Um de seus grandes incentivadores foi o ator e diretor EidRibeiro. “Quandoeu resolvi abandonar as ciências sociais, a primeira coisa que fiz foiprocurá-lo, porqueelesempre me dizia ‘você tem que fazer teatro, você tem que fazer teatro. Por-

Por Eid Ribeiro, diretor “Nosso primeiro espetáculo, ‘Viva Olegário’, foi uma loucura total. Viajamos pro interior, pra São Paulo, pra Brasília. E a peça chegou a ser proibida por ter palavrões no texto. Fomos suspensos por 15 dias e tivemos até que apelar da decisão no Ministério da Justiça (na época não havia Ministério da Cultura). Mas acabamos retomando a peça com palavrão e tudo. Muitos anos depois, já em turnê com o Galpão pela Itália e pela França que durou três meses, estávamos viajando de trem e fizemos uma parada. Eu estava morrendo de sede e fui pedir uma água na lanchonete. Falo francês mal e porcamente, mas consigo me virar. Em seguida, veio a Teuda fazer seu pedido. Mas ela não fala francês. De repente, ela solta ‘je (eu em francês) vou ali e volto já’ e saiu. O moço do balcão ficou olhando sem entender nada e ela saiu andando. A gente se diverte muito com ela”.

ESTRADA Em quase quatro décadas – mais de três delas, no Galpão – não só as histórias são muitas, mas também as emoções. “É muito bonito ir a lugares onde não há espaços de teatro. Por isso é bom fazer teatro de rua”, afirma. “Na peça ‘Till’, tem uma hora que eu fico atrás do pano, esperando minha hora de entrar. É quando eu vejo a cara do público e é a coisa mais linda ver o povo rir, se assustar, se emocionar”. Além das experiências por todas as partes do Brasil, são muitas as memórias felizesnoexterior. “Agentequase nunca traduz e isso não comprometeemnada ointeresse do público. No Uruguai, por exemplo, nós já fomos umas quatro ou cinco vezes e sempre temos que abrir sessões extras”, diz. “Numa das idas, a gente morreu de rir quando viu: cinco senhorinhas de braços dados, indo ao teatro, todas enfeitadinhas, bonitinhas”. Foinumadessasapresentações no exterior que ela acabou indo parar no Cirque du Soleil. O diretor Robert Lepage a viu fazendo “Romeu e Julieta” no Shakespear’s Globe, em Londres. Convidadoparamontaroespetáculo “Kà” na companhia canadense, chamou Teuda para fazer testes para um papel. “Eu acabei enviando a fita fazendo o que eles pediramsó praverem queeu não dava conta”, lembra. Mas dava. E passou quatro anos em Las Vegas apresentando o espetáculo. Mas o Galpão estava sempre na cabeça. “Eu não consigo me imaginar sem eles. É o trabalho de toda uma vid a ” , diz. GUTO MUNIZ/DIVULGAÇÃO

Jessica Durante sua Almeida passagempelo Teatro Oficina, em São Paulo, no início dos anos 1980, a atriz Teuda Bara, 74, descobriu que estavagrávida de seu segundo filho. Recebeu, dos colegas de elenco, o conselho de que era melhor abortar, afinal, viver de teatro já era suficientemente difícil com um só. Dividida, ela sofriaentre o argumento racional da dificuldade de criar mais um filho e a vontade de ter o bebê. Um dia, enquanto o grupo tomava café, José Celso Martinez Correa, diretor do Oficina, a abraçou por trás, pôs as mãos em sua barriga e disse: “Não aborta! Não vai abortar! Vai ter esse filho, sim! Você quer, vai ter esse filho e vai tê-lo no palco! Ele vai nascer e ainda vai ser mais um artista pro mundo!”. A profecia de Zé Celso acabou se cumprindo. E é ao ladodofilho,AdmarFernandes, que ela sobe ao palco com o espetáculo “Doida”, emcartaz nestefimdesemanaemBH.Apeça, juntamente com o perfil biográfico “Comunista Demais para Ser Chacrete”, do escritor João Santos, a ser lançado em dezembro, celebra os quase 40 anos de carreira e 75 de vida – ambos completados ano que vem – de uma das atrizes mais conhecidas do teatro mineiro. Tambémuma das fundadoras do Grupo Galpão – e envolvida com o próximo trabalho da companhia, que realiza mostra de processo de ensaio de seu novo espetáculo em sua sede, do dia 22 ao 25 – é uma figura cuja gargalhada deliciosa “denuncia” sua presença e basta ter seu nome mencionado com quem a conhece de perto para fazer surgir histórias e mais histórias.

“Álbum de Família”, 1990

reportagem

pampulha jornalpampulha.com.br BELO HORIZONTE 14 a 20 de novembro de 2015 IMAGENS FILMES/DIVULGAÇÃO

Por João Santos, escritor Na estreia de ‘Till’, estava uma loucura, os atores se maquiando e ela vira pra produtora e diz ‘gatinha, tô desesperada, nem almocei hoje, queria uma palha italiana, arruma uma pra mim?’. Saiu a Bia Radicchi atrás da palha e conseguiu voltar só com um brigadeiro. A Teuda riu, abraçou o brigadeiro, agradeceu ‘que bom, graças a Deus’, o guardou e foi se maquiar. Na correria, chegou a Fernanda (Vianna) com a Júlia, sua filhinha com o Rodolfo (Vaz) e a Teuda começou a se derreter. ‘Júlia!!! Linda! Lindaaa!! Vem cá! Me dá um beijo!!!’ Deslumbrada com a menina, abriu mão do desejo e entregou o doce para ela. Esse caso pra mim é um símbolo da relação bonita que a Teuda tem com criança”.

Por Yara de Novaes, diretora “Eu me desesperava com ela quando estava dirigindo ‘Tio Vânia’. Depois dos ensaios, pegávamos carona com a Fernanda (Vianna) e ela nos deixava ali na rua da Bahia com Contorno, pertinho da casa da Teuda. Essa mulher descia do carro e saía atravessando a avenida, não importava se o sinal estava aberto ou não. Eu sempre ficava tentando entender aquela loucura, que talvez seja uma forma de ensimesmamento. Parece que é uma criança, você tem que dizer ‘não, Teuda, vem cá!’. Achava que fazia parte do folclore da Teuda, mas quando via ela já ia atravessando. Uma espécie de Moisés abrindo o mar. Mas a Teuda é tão grande, tão extensa, que todos os adjetivos bons cabem dentro dela”.

No filme “O Palhaço”

MARCANTE> Parceiros no teatro contam das lembranças e convivência com a atriz mineira

Um furacão delicado e afetivo LEO FONTES – 19.3.2009

Teuda Bara é Jessica uma figura Almeida tão marcante que pouca gente se esquece das primeiras impressões que tiveram ao conhecê-la. Inês Peixoto, sua companheira de Grupo Galpão e diretora do espetáculo “Doida”, lembra bem as suas. “Se não me engano, a primeira vez que a vi foi próximo ao teatro Marília, de blusa branca, sem sutiã, balançando aqueles peitos enormespela rua e com um sorrisão. Essa imagem ficou marcada”, diz. “Depois nós fomos trabalhar juntas e eu a conheci de fato, com sua simpatia e carisma transbordantes, coração aberto e espírito feliz”. A maneira livre como Teuda sempre levou a vida, mesmo num contexto de grande repressão à liberdade da mulher, mais que um exemplo, é uma inspiração. “Tenho muita admiração e respeito por essas mulheres que me antecederam no mundo da arte, da escolha de ser atriz”, declara Inês. “E toda essa história que ela constrói em cima da liberdade, de ser uma mulher transgressora, com certeza abriu caminho para mim e todas as outras que viemos depois

Teuda com a parceira de Grupo Galpão Inês Peixoto em ensaio aberto da peça “Till, A Saga de um Herói Torto”; Inês agora dirige a amiga no espetáculo “Doida”

dela na vida e na arte”. Essa força feminina combatente sempre foi uma referência muito forte dentro do Galpão,como conta o ator Rodolfo Vaz, ex-integrante do grupo. “É uma pessoa com muitas marcas, da luta contra a ditadura, de ser filha de militar, ter sido virgem até os 27 anos, ter criado dois filhos sem se casar e fazer teatro numa época muito mais difícil. Nesses 146 anos de vida, ela já passou por muitas opressões e enfrentou tudo”.

Onde quer que Teuda chegue, ela provoca uma revolução. É assim que Yara de Novaes, que a dirigiu no espetáculo “Tio Vânia (Aos que Vierem Depois de Nós)” (2011), define sua presença. “É difícil achar um adjetivo para ela, porque ela cabe em tantos. Sua figura provoca interesse porque ocupa espaço, transforma o lugar quando chega”, comenta. “E além de ser esse talento, essa performer – porqueelaéuma atriz,mas sobretudo éuma performer– é muito amorosa e delicada nas

suas relações, tem muita lealdade. É alguém desprovido de sarcasmo, de ironias. E isso, a meu ver, é muito louvável. Principalmente hoje, quando as pessoas estão sempre destruindo umas às outras com humor indireto”. ALGUÉM PARA CONTAR A HISTÓRIA Foi durante seu período como estagiário do Galpão que o escritor João Santos resolveu transformar Teuda em objeto de sua escrita. “Essa ideia de escrever sobre ela

sempre pairou pelos ares do Galpão, porque ela tem casos muito importantes, que têm a ver com a história de BH, do teatro”, diz. Então, para se formar em jornalismo, ele escolheu a atrizcomoobjeto deseutrabalho de conclusão de curso e escreveu o livro “Comunista Demais para Ser Chacrete”, que tem lançamento previsto para dezembro. “Durante o processo, o Galpão estava rodando com o ‘Tio Vânia’ e eles foram para o Rio. Eu, no meu desespe-

ro, resolvi ir atrás deles e fiquei a temporada inteira vendo o espetáculo todo dia e conversando com a Teuda nas horas vagas. Foi ótimo, porque como estava todo mundo no mesmo hotel, os atores do grupo também conversavam, provocavam. Afinal, são pessoas que estão com ela há mais de 30 anos”, conta. A história que dá título ao livro, João ouviu primeiro do ator Rodolfo Vaz: nos anos 1970, enquanto ainda era aluna de ciências sociais da Fafich, Teuda fez parte do grupo que recebeu Chacrinha em uma visita à UFMG. Sob um pé de manga na avenida do Contorno, Abelardo Barbosa passou uma noite inteira a convidando para ir embora para o Rio, integrar seu time de dançarinas. E ela dizia “eu não posso! Sou gorda, estudante de ciências sociais, comunista. Não posso ser chacrete!”. E ele rebatia “Eu faço programa pro trabalhador, classes C e D. O povo gosta de mulher assim!”. “E, no Galpão, ela é o contrário”, diz João. “É chacrete demais para ser comunista. Não que ela não seja politizada, mas o desbunde é de enormes proporções”.

Em “Meu Pedacinho de Chão” Por Inês Peixoto, atriz e diretora “Ela dá trabalho, porque some, se perde. Numa de nossas turnês pela Europa, ela sumiu na Holanda. Saímos do hotel para pegar um ônibus e ir para o aeroporto. Estávamos todos, mas ela se perdeu. Era uma cidadezinha minúscula, mas ninguém achava ela. Procuramos no banheiro, nas lojas por perto, ninguém achava a Teuda. Por fim, nossa produtora nos mandou ir embora, porque senão íamos perder o voo e ela ficou para continuar procurando. Chamaram a polícia, ligaram pro hospital. De repente, ela aparece feito louca no aeroporto, correndo. Quando saímos do hotel, ela virou pro lado oposto e acabou entrando num trem. Estava sem bilhete, acabou sendo mandada pra delegacia. E ela não fala nenhum outro idioma. Mas acabaram entendo que ela estava perdida e, como ela tinha um roteiro de viagem do Galpão, conseguiram mandá-la pro aeroporto a tempo. O anjo da guarda da Teuda precisa ser tão sensacional quanto ela pra dar conta de tudo o que ela apronta”.

Por Rodolfo Vaz, ator “Teuda na plateia a gente chama de ‘Teuda de meia casa’. Ela ri a qualquer hora, não interessa sé é drama ou comédia, na cabeça dela fica passando um outro filme. Durante a temporada do meu último espetáculo, ‘O Capote’, no CCBB, ela foi nos assistir e ficava dando as inconfundíveis gargalhadas, sei lá o que estava passando pela cabeça dela. Em determinado momento, eu tive que parar o espetáculo pra deixar a plateia apreciar a risada dela. Depois que a apresentação acabou, as poucas pessoas que não a conheciam vieram perguntar quem era aquela doida. Eu tenho na Teuda uma grande irmã e heroína, que também é chata e muito centrada nela, mas sempre com um olhar muito amoroso. Nós já tivemos brigas fenomenais, eu e todo o Galpão, mas que não duraram 20 minutos. Daí a pouco a gente tá se abraçando e beijando. É uma pessoa muito entregue, muito visceral. Ninguém tem os peitos daquele tamanho à toa. É teta pra todo mundo, pra muitos assuntos, muitas discussões”.

CIRQUE DU SOLEIL/DIVULGAÇÃO

RENATO ROCHA MIRANDA/DIVULGAÇÃO

No Cirque du Soleil

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CONTO>Ao lado do filho Admar Fernandes, Teuda apresenta peça baseada em Drummond

“Doida” é projeto pessoal EDUARDO MOURA/DIVULGAÇÃO

Jessica Foi durante o Almeida período que passaram em LasVegas, enquanto Teuda Bara integrou o elenco do espetáculo “Kà”, do Cirque du Soleil, que Admar Fernandes, seu filho, mostrou a ela o conto “A Doida”, deCarlos Drummondde Andrade. Ali, decidiram juntos transformar o texto num espetáculo e “Doida”, que estreia neste fim de semana é fruto dessa vontade. Foram quase dez anos da ideia à concretização do desejo. “De volta ao Brasil, fui sempre emendando um compromisso ao outro e nunca tive tempo de parar pra fazer. Até que eu e a Inês fomos fazer (a novela) ‘Meu Pedacinho de Chão’ juntas e, quando voltamos, o Galpão já estava com um espetáculo pronto. Nós ficamos de castigo”, brinca. “Então, eu falei, ‘mas é a hora da gente fazer isso!’, e a convidei para me dirigir”. “Achei bonito estar com

ela nesse momento, porque no Galpão são escolhas do grupo, aindaque sejam democráticas. Nesse caso, é um texto que ela escolheu fazer ao lado do filho, não tínhamos um tostão, uma equipe super enxuta”, diz Inês Peixoto. “Fiquei muito feliz de poder ter essa troca gostosa, de poder estarjunto com ela num projeto que é pessoal”. ENCORAJADORA O conto de Drummond traz a história de uma doida que mora sozinha e todos os dias é atazanada por meninos que jogam pedras em suas vidraças. Porém, a estrutura do texto é muito literária. Por isso, Teuda convidou João Santos, autor de seu perfil biográfico “Comunista Demais para Ser Chacrete”, para fazer a adaptação dramatúrgica. “Eu nunca tinha escrito nada pra teatro, mas ela chegou pra mim com o livrinho, falando que queria montar e eu não consegui falar não”, comenta. “Acho que ela me convidou mesmo para me puxar, por-

que é uma coisa que eu sempre quis fazer, mas tinha medo. E nada como a confiança de alguém como a Teuda para ganhar coragem”. O processo de adaptação implicou na criação de falas para a personagem de Teuda, que não tem voz no conto original. “Primeiro fomos atrás de personagens reais, da Stela do Patrocínio, do Hospital Colônia de Barbacena, do Profeta Gentileza. Depois, de outros autores, de Hilda Hilst, da obra poética de Drummond. E também trabalhamos muito a partir de histórias da família da própria Teuda, da mãe, das avós”, explica Santos. Admarzinho – como Teuda chama o filho – além de atuar, ficou responsável pela trilha sonora, que executa ao vivo no palco. “Eu chamaria de um exercício de teatro e emoção”, pontua Inês.

> Doida

Dir. Inês Peixoto Sesc Palladium (r. Rio de Janeiro, 1.046, centro, 3214-5350). Dias 14 e 15. Sábado, às 20h, e domingo, às 19h. Esgotado

“Doida” foi adaptado com referência a personagens reais, obras de outros autores e histórias da família de Teuda

reportagem

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SAÚDE E BEM-ESTAR VIDA SAUDÁVEL Dr. Telmo Diniz

(CRM-MG 25.398)

telmo.diniz@jornalpampulha.com.br

O chato

hato é um termo com diferentes significados. Pode se referir a uma superfície plana, que não tem relevo. Pode ser um tipo de parasita, conhecido por ser o piolho das partes íntimas (Pthirus pubis), que causa a pediculose pubiana etc. Entretanto, hoje, dedico a coluna a conhecermos um pouco melhor aqueles indivíduos que são incômodos e notada-

mente inoportunos. Características bem marcantes na maioria dos chatos é serem inconvenientes, repetitivos, geralmente se acham donos da verdade e, muita das vezes, são extremamente irritantes. O chato é uma pessoa que fala quando deveria escutar. É uma pessoa egoísta, fala de forma compulsiva e só quer propalar assuntos de seu interesse. São pessoas que acham que só têm direitos e nenhum dever. Se acham autorizados a fazer o que bem entendem. São impertinentes e não sabem se comportar em nível social. Não percebem que são e estão inadequados. A chatice só é percebida pelos outros e não pelo principal interessado. Os chatos são pessoas que não têm limites claros. Falam muito de perto, são pegajosos, ou seja, pegam o tempo todo no outro enquanto conversam. São pessoas que não percebem os limites do próximo. O chato não se dá conta de que está A ajuda de um sendo inoportuno, por bom psicólogo que o chateado normalmente não sinaliza em uma terapia que não está gostando. comportamental E este é um ponto importante a ser observapoderá ser de do. Caso você se veja grande utilidade junto a um chato, mostre claramente sua inpara fazer o satisfação. chato entender A voz, os gestos e o modo de se relacionar que deve mudar dão pistas sobre o grau sua postura de importunação dos chatos. Também são, de forma frequente, politicamente incorretos. O chato intelectual quer falar somente de suas ideias e projetos, além de ter uma grande dificuldade em relaxar. A repetição é uma característica e um traço forte do chato, podendo até fazer um certo paralelo com casos ansiosos e neuróticos do tipo transtorno obsessivo compulsivo (TOC). Poderia sugerir até uma nova nomenclatura para o chato: a “chatice neurótica”. O chato convicto aprendeu a viver à sua própria maneira e não sabe ser de outra forma. O chato desenvolve um maneirismo e se beneficia disso na medida em que fica acomodado com as situações. Uma marca dos chatos é a afirmação: “eu sou assim mesmo, não vou mudar”. É incrível como o chato sempre quer provar a sua sinceridade, falar da “sua verdade” e, principalmente, provar a sua infinita honestidade. Sempre pensa que o tempo é todo dele e que todos estão à sua disposição para ouvir suas colocações, sem tempo definido. Haja paciência! Teriam, então, os chatos uma saída terapêutica? Pois bem, eles podem perder empregos, amigos, oportunidades de negócios, vendas, além de vários outros problemas. Muitas vezes, eles não têm a humildade de perceber que estão perdendo para eles mesmos. A ajuda de um bom psicólogo em uma terapia comportamental poderá ser de grande utilidade para fazer o chato entender que deve mudar sua postura e melhorar suas relações interpessoais. Respondendo: chatos dispostos a fazer terapia podem melhorar sua chatice. Faça uma boa semana.

Glúteo forte previne lesão na coluna Malhação além da estética BODY TECH/DIVULGAÇÃO

Exercícios são mais comuns entre mulheres, mas benefícios independem do gênero

Grupomuscular temfunção estabilizadora quepode evitardores Verão chegando, academias enchendo, e várias pessoas começam a querer ficar com tudo em cima – inclusive o bumbum. O que esse pessoal não sabe é que eles miram a estética e acertam na saúde, pois glúteos fortes são a senha para manter a postura correta e proteger a coluna de possíveis lesões. O grupo muscular dos glúteos, formado pelos músculos máximos, médios e mínimos, é fundamental para a estabilização do osso da bacia e da coluna vertebral. Isso signiRaquel Sodré

fica que é o bumbum que nos ajuda a manter a posição correta de todo o corpo na hora de andar, fazer exercícios e até executar aquelas tarefas mais básicas do dia a dia, como agachar no chão para pegar algum objeto. “(Os glúteos) são músculos que, além de servirem para movimentar e levantar os membros inferiores, manter os pés fixos no chão, servem também para firmar a coluna. Todas as atividades feitas com os membros superiores, como o boxe e a esgrima, por exemplo, precisam de uma

base fundamental para coluna ficar certa e para iniciar o movimento. Quemdá essa base são os glúteos”, explica o ortopedista Rodrigo Otávio Dias de Araújo, que é médico do esporte e coordenador do serviço de ortopedia do PHD Pace Hospital. Araújo acrescenta, ainda, que uma pessoa que tem glúteos com bom tônuse boa força tem maiorprobabilidade de executar os movimentos com mais firmeza. Consequentemente, as chances de uma lesão, como uma hérniade disco, artrose, tendinite do glúteo médio, bursite

MALHAÇÃO ALIVIA DORES NA LOMBAR Uma musculatura forte pode ser o divisor de águas entre ter ou não qualidade de vida. Foi o que percebeu o empresário João Carlos Ervilha, 29, há cerca de cinco anos. “Começou com uma dor leve na lombar. Eu estava em um período de muito trabalho e fui deixando. A dor irradiou para a perna e, por fim, eu não conseguia caminhar nem um

quarteirão sem ajuda”, lembra. O problema era que a ponta de uma vértebra estava encostando em sua medula, causando a dor. Foi uma reabilitação com ginástica funcional, massagens e alongamentos que aliviou a dor, e uma cirurgia resolveu de vez o problema. “ Agora, estou ‘zerado’ desde que mantenha o fortalecimento dessa região”, conta.

do quadril e outras, são muito menores. “Uma pessoa jovem não irá se lesionar com tanta facilidade, mas o famoso ‘ai! Dei um jeito aqui’ pode acontecer”, afirma o treinador físico Igor Ravaiani, coordenador da musculação e de lutas da academia BodyTech Savassi. Segundo ele, junto com os glúteos, todos os músculos do abdômen e da região posterior das coxas também têm um papel importante na estabilização da coluna e em sua proteção contra lesões. Atividades que trabalham isoladamente os grupos musculares, como a musculação e o Pilates, são as mais indicadas para o fortalecimento dessas regiões do corpo. E Ravaiani alerta: “O trabalho tem que ser individualizado, e uma boa avaliação fisioterápica tem que ser feita para que o profissional possa saber as fraquezas, as possíveis disfunções ou encurtamentos musculares e, então, prescrever os exercícios”.

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SAÚDE E BEM-ESTAR EDITORIA DE ARTE / O TEMPO

BUMBUM SARADO Alguns exercícios são específicos para trabalhar a região dos glúteos. Veja alguns deles: AGACHAMENTO LIVRE Pés afastados na direção dos ombros e as pontas apontando ligeiramente para fora. Agache colocando o peso do corpo sobre os calcanhares. Você pode carregar uma barra com pesos sobre os ombros, ou fazer com os braços esticados para a frente.

ABDUÇÃO DE QUADRIL Deitado de lado com os joelhos flexionados, levante a perna de cima, mantendo os joelhos em um ângulo de 90º.

EXTENSÃO DE QUADRIL NA POSIÇÃO DE TRÊS APOIOS Apoiado nos cotovelos e um dos joelhos, levante a outra perna. O movimento não deve ultrapassar os 90º, que é o ângulo da coluna.

AGACHAMENTO UNILATERAL LIVRE Na mesma posição da passada à frente e segurando um halter de peso em uma das mãos, flexione ainda mais os joelhos e volte à posição inicial. O joelho não deve passar da linha da ponta dos pés.

SUBIDA UNILATERAL NO STEP Suba e desça do step. Quanto maior a altura, maior a exigência. O joelho e o quadril devem formar um ângulo de 90º, e o joelho não deve ser projetado para a frente na subida.

PASSADA À FRENTE UNILATERAL ABDUÇÃO HORIZONTAL DO QUADRIL Deitado de lado, forme um ângulo de 90º com o jo. Estique a perna de cima e faça o exercício subindo e descendo essa perna esticada. FONTE: ACADEMIA BODYTECH

PASSADA PARA TRÁS UNILATERAL Partindo de cima do step, faça o movimento de descida dando um passo para trás. O joelho não deve passar da linha dos dedos do pé.

De pé, dê grandes passadas. Flexione os joelhos até que o da frente atinja o ângulo de 90º. Cuidado: o joelho dianteiro não pode ultrapassar a linha da ponta do pé.

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DOLCEVITA TOP E PROFISSIONAL

em aí, dia 18, o 3º Prêmio Top Profissional, da revista “Exclusive” e Universidade Fumec, na boate naSala – um dos principais espaços de eventos da capital. O troféu vai para quem se destacou em 2015 na política, moda, no empreendedorismo e esporte, além da Personalidade do Ano.

FESTA IMODESTA

recente Conexão Empresarial da VB Comunicação recebeu o empresário Modesto “Drogaria” Araújo versando sobre o sucesso da marca e a crise no país. Modesto destacou que os governos estão mais preocupados em aumentar impostos, como o ICMS, e fiscalizar o comércio. Para ele, 2016 será um ano ainda mais difícil em relação à crise. E reforçou o compromisso em garantir os empregos que a empresa dele gera.

CONEXÃO SUCESSO

ão 109 anos de mercado, 29 lojas, um centro de distribuição com investimento de R$ 100 milhões e 7.000 funcionários. Ainda sobre a crise, Modesto lembrou de sua avó, que conheceu guerras, crises e revoluções e lhe disse: “Você está se estressando à toa. Porque isso passa e as coisas voltam ao normal. Trabalha menos, vai mais devagar que tudo passa”.

BELO EVENTO

cinematográfica Fazenda Riacho do Campo, da família Mendonça, em Inhaúma, abrigou o casamento de Luiza e Bernardo Cunha. Na pérgula da piscina, os noivos receberam a bênção, tendo como moldura o pôrdo-sol e as belezas do verde. Sob o toldo montado pela expert Denise Magalhães, tesouros líquidos e o melhor do Club do Chef. Tudo impecável, cerimônia, decoração, festa e a pista de dança para a moçada. Mamãe Haida se emocionou com a outra coruja, dona Dalva, que além de cortejar a neta, monitorava garçons oferecendo outro filho: o pão de queijo Forno de Minas.

ENXUGANDO EM BILHÕES

pesar do lucro de quase R$ 6 bilhões no 3º trimestre, o Itaú está encolhendo suas agências. Depois de fundir a da avenida do Contorno com a da Praça Marília de Dirceu, é a vez da Savassi, onde há cinco agências Itaú e uma Personnalité. A da Getúlio Vargas vai fundir com a da Pernambuco e a Personnalité da Cristovão Colombo vai fechar. De seis, restarão quatro, ou seja daqui a poucos dias, mais duas boas lojas na Savassi para alugar.

ALELUIA, ALELUIA

Paulo Navarro com Walter Navarro e Lídia Duarte pnc@pnc.com.br FOTOS PAULO NAVARRO/PNC/DIVULGAÇÃO

Haida Mendonça com a filhota Luiza e o noivo Bernardo Cunha no dia “D”, em Inhaúma

lançaperfume

Boulevard 6 OShopping inaugura a

decoração de Natal que tem como tema “Carrossel do Noel”. Recepção festiva neste sábado (14), às 10h30, com show do Circuito BroadUai. brilhos, luzes 6 Flores, e sorteio de 18 carros. Essa é a proposta do Pátio Savassi para o Natal. A festa começa neste sábado (14), com a chegada do Papai Noel.

Gerais. Finalmente, o aeroporto também será um dos melhores do Brasil, com perfeita infraestrutura para os milhares de passageiros que sofrem com a atual situação.

NOVELA REPETIDA

arece coisa do século passado. O número de smartphones rou-

bados em Belo Horizonte aumentou e muito. Não, isso não é distribuição de renda involuntária, nem vontade ou necessidade dos meliantes se comunicarem. Mesmo porque, estes telefones podem ser totalmente bloqueados e, se roubados, servem apenas como fornecedores de peças, o que não vale a pena. Mas os smartpho-

nes viram “moeda de troca”. Um aparelho destes, não bloqueado ou não rastreado, vale R$ 6 mil. Como moeda de troca, valem menos, mas o lucro é certo. Ou são trocados por drogas ou acabam como mercadoria destes shoppings populares que vendem tudo baratinho. E quem recebe ou compra também comete crime.

As gêmeas cidadãs do mundo, Emilia e Priscila Sobreira em pouso rápido por BH

hoje, às 18h, 6 Também o BH Shopping inaugura seu Natal com o tema “Cidade dos Sonhos”. Mais de 30 personagens dos clássicos infantis receberão Papai Noel. Associação 6 AComercial e Industrial

de Contagem, anualmente, reconhece destaques do segmento comercial, industrial e de serviços. Este ano, a eleita foi Maria Dalva Mendonça, da Forno de Minas. Morar realiza 6 AatéRede 15/12, o 1º Festival do

Aluguel em BH. É um “feirão” de imóveis para locação residenciais e comerciais. próximo dia 17, às 6 No 20h, acontece no Parque Avenida, na Raja, o coquetel de inauguração da mostra de decoração Ícones do Décor.

$ 750 milhões e mil empregos? É o Terminal 2 do aeroporto internacional Tancredo Neves, em 47 mil m2 e quatro andares. Assinando as obras, a BH Airport, concessionária do aeroporto. Tudo em curto prazo porque, finalmente, saiu, em setembro, a licença de instalação do Conselho de Política Ambiental de Minas

Clínica Eveline 6 ABartels comemora 10

anos em grande estilo, em parceria com a Chandon. Neste sábado (14), às 17h, no Mangabeiras. O som fica por conta do saxofonista George Israel e o DJ Leandro Rallo.

CENÁRIO BH J.R.DURAN/DIVULGAÇÃOO

J.R. Duran fala sobre obra e carreira na Casa Fiat A Casa Fiat de Cultura recebe na próxima semana o fotógrafo J. R. Duran para palestra no projeto Foto em Pauta. Considerado um dos mais premiados e admirados profissionais da área da atualidade, Duran exibirá parte de sua obra em projeções, conversará com público sobre sua carreira e apresentará a “Rev. Nacional”, revista com concepção autoral e edição de arte assinada por ele. Onde Casa Fiat de Cultura (Praça da Liberdade, 10 ). Quando Quinta-feira (17), às 19h30 Quanto Entrada Gratuita sujeita a lotação (200 lugares)

ED. JAGUATIRICA/DIVULGAÇÃO

André di Bernardi e Heleno Nunes lançam livro em BH O poeta mineiro André di Bernardi e o artista Heleno Nunes lançam, neste final de semana, o livro “Esse Bicho Sou Eu” (ed. Jaguatirica). Na obra, Bernardi faz um passeio por um zoológico de descobertas, cria seu bestiário particular, investiga a criação divina, observa o que vê dos bichos em cada homem, e o que vê de nós em cada bicho. Tudo captado com leveza e simplicidade por Nunes. Onde Shopping Via Werneck (avenida Mario Werneck, 1.480, Buritis) Quando Neste sábado (14), das 12h às 17h. Quanto Entrada gratuita. Os livros serão vendidos por R$ 30.

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ESPAÇO GOURMET

reportagem

ARQUIVO PESSOAL

DIEGO DE STÉFANO/DIVULGAÇÃO

MANJE ALIMENTOS/DIVULGAÇÃO

Comidinhas in vitro

Bolo no pote da Decuié mostra todas as camadas

Para comer direto do pote Vidrinhosde conservasãoas novasformas damarmita Não é de hoje que os recipientes de vidro têm um novo destino na cozinha além do lixo. Assim como virou moda servir drinques nos potes de vidro da maionese ou a da conserva de palmito, os mesmos vasilhames agora abrigam sucos, saladas e outras comidinhas e Lorena K. Martins

dão uma nova cara para as marmitas práticas e saborosa, além de super saudáveis. A onda dos potes começou quando a cozinheira e apresentadora do programa “Receita Prática”, do GNT, Rita Lobo, investiu em uma série de receitas de refeições feitas nos potes de vidro, ideais para serem levadas ao trabalho tanto para comer no próprio recipiente ou para apenas transportar a comida. Ela sugeriu, inclusive, reaproveitar os potes de conserva desde que estejam limpos com água e sabão e esterilizados da maneira correta – banho-maria, leve a água ao fogo alto e deixe ferver

Misto de cogumelos, tofu grelhado e pepino da Manjê

Montagem da salada no pote de vidro, opção saudável

por pelo menos 15 minutos. Depois, basta retirar os potes e deixá-los secar em um pano de prato limpo. Só assim utilize, após estiver bem secos, como ensina o blog “Panelinha”. Foi justamente esta a ideia da jornalista Catarina Furst, 37, que resolveu apostar nos vidrinhos para levar sua salada pro trabalho, após pesquisar várias receitas na internet. “Fiz camadas de grão de bico, cenoura ralada, brócolis, frango desfiado, tomate cereja e pepino. Deixei tudo no vina-

tudo no vidro, esses recipientes são ideais para o armazenamento de alimentos, já que o material pode ser facilmente higienizado, não interfere no sabor dos ingredientes, além de poder ser reutilizado em casa para a mesma finalidade. “A comida dura mais, conserva melhor os alimentos e elimina o problema do plástico, que contém bisfenol-A ou BPA, que é substância tóxica”, disse ela, que recomenda transportar os potinhos em uma bols térmica. Além da salada, ela arma-

gre por 20 minutos, lavei e sequei bem antes de começar a montagem”, ensina. Para durar mais, Catarina fez os potes com molho à parte para temperar na hora de comer e, assim, a salada na geladeira pode ficar até três dias sem murchar (saiba como montar sua salada abaixo). MARMITA SAUDÁVEL Para Carol Ribeiro, sócia da empresa Manjê Alimentos, que produz pratos saudáveis e sem conservantes,

MONTE SUA SALADA Para montar uma salada no pote, a Carol Ribeiro da Manjê Alimentos ensina o passo-apasso. Limpeza Comece higienizando todos os ingredientes e seque bastante para não acumular água.

Base Coloque o molho no fundo e comece montando em camadas. Centro Os grãos e os demais ingredientes mais densos vão na base, logo acima do molho. Topo Por último, acrescente os

ingredientes mais “sensíveis” como tomate e alface, rúcula ou agrião. Estes não podem ser temperados à parte porque podem perder água e textura. Sirva-se Antes de comer, basta sacudir o pote para misturar os ingredientes e o molho.

zena também compotas, sucos, frutas picadas e granolas e chutneys, que podem ser consumidos em vários momentos no dia. Ela indica novas sugestões de lanche no vidro, como creme de abacate com abacaxi, hortelã e chia. E recomenda também opções salgadas com massas e cuscuz, que podem ser aquecidos com água quente. VIDRINHO DOCE No vidro também vai o charmoso bolo no pote da Decuié. Diferentemente de uma simples fatia de bolo, desta forma a sobremesa é montada em camadas, alternando a massa com o recheio. “Como a embalagem é transparente, visualmente ele fica igual a um naked cake. E quando você come de colher, consegue alcanças todas as camadas, até o recheio”, contou o proprietário Diego de Stéfano.

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Volta

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Johnny foi regravado por Fafá de Belém: “Volta” está no CD “Do Tamanho Certo Para meu Sorriso”

MACUMBA>Vencedor na categoria cantor popular no Prêmio da Música Brasileira faz show em BH JDM MUSIC/DIVULGAÇÃO

Maldito! Hooker

O cantor se apresentou em BH em 2010, em turnê com antiga banda que passou também pelo interior mineiro

Ele tinha de 8 para 9 anos quando assistiu “Na Cama com Madonna” (1991) pela primeira vez. O VHS, que havia chegado meio desavisado em sua casa no Recife como produto de alguma assinatura, era preto e de plástico como qualquer outro, mas continha em si um potencial transformador inimaginável. Naquelas pouco mais de duas horas de filme, constituía-se um ídolo. “Fiquei completamente de queixo caído. Na hora, pensei, é isso que quero ser da vida! Quero ser e viver como essa mulher! Quero sair com minha trupe cigana pelo mundo e fazer ‘shows-teatros’! Quero provocar!”, lembra o, à época, John Donovan. Vinte anos se passaram e a profecia do VHS se fez. No próximo sábado (21), chega a Belo Horizonte Johnny Hooker, a versão Madonna do menino de outrora, que, com mais David Bowie e Caetano Veloso no caldeirão de referências, compõe um dos artistas mais provocantes do momento. Após participar da trilha e no elenco do filme “Tatuagem” (2013) e emBárbara França

placar música em duas novelas globais, “Geração Brasil” e “Babilônia”, ele vem a capital para lançar o primeiro disco de sua carreira solo, “Eu Vou Fazer Uma Macumba pra te Amarrar, Maldito!”. “O show é todo teatral, cinematográfico, dividido em atos. As cortinas se abrem e o personagem está ali, o deus do desejo, proclamando vingança a qualquer custo, até a chegada de um carnaval. Madonna e Bowie estão na performance, Caetano, na composição das músicas”, explica o músico, pontuando bem o lugar, no evento, do que ele chama de sua

“

Para mim, a Elza Soares é a maior voz do Brasil de todos os tempos. Ela não tem o espaço que merece na mídia

“santíssima trindade”. Mas “Eu vou Fazer uma Macumba…” dá muito mais pano pra manga. Associado ao axé, brega, frevo, rock, glam que traz em sua sonoridade, Johnny buscou na música pop o que já foi produzido de mais fossa envolvendo a temática dor-de-cotovelo. “Fiquei buscando na minha cabeça o que lembrava de álbum de separação. Me veio Amy Winehouse e o ‘Back to Black’, o “Nervos de Aço’, do Paulinho da Viola, até obras do Lupicínio Rodrigues e do Frank Sinatra”, destaca. Segundo ele, para compor as faixas, nada inspirou mais que a “sofrência”, tão intensa e visceral nos momentos de rompimento. “É um apanhado de situações, biográficas ou não, de histórias que eu vivo através de ami-

gos, de pessoas que eu conheço, a minha própria”. Os ritmos são bem populares e regionais, mas o argumento do disco é universal e, para Johnny, é isso que faz o disco uma obra acessível para qualquer público. E admirada também, por que não? “Considerar que a música popular é uma arte menor é uma visão completamente elitista da cultura. Isso tem que acabar, a gente tem que chegar e destruir isso. Eu tento contribuir com uma pequena partezinha através do meu trabalho. O samba é de qualidade, sim, a bossa nova também, mas tem tanta coisa maravilhosa na música pop, no sertanejo de raiz, no brega, na música do Belém do Pará… A gente tem que atentar para o que o povo gosta de ouvir. Não tem isso de ‘nós, intelec-

tuais’, ‘vocês, burros’. A sabedoria maior é a sabedoria do povo”, manifesta. PREMIADO Nordestino e gay, o músico já se acostumou a ouvir reduções desse tipo, vindas de quem tenta homogeneizar e deslegitimar identidades e manifestações culturais ligadas a minorias. Mas isso não quer dizer que ele aceite calado. De collant transparente, colares, penas e olhos delineados Johnny gosta mesmo é de dar a cara a tapa. “Eu acho que arte é provocação, arte tem que fazer as pessoas pensarem. Arte é pra começar uma discussão. Não que ela tenha que ser toda vez política, mas é mais instigante quando levanta uma discussão, toca. Agora, ser gay e nordestino nunca foi problema, sempre lidei de uma for-

TEM QUE DESTRUIR ISSO TUDO! Geração John Donavan adotou o nome “Hooker” (prostituta, em inglês), ainda na préadolescência. Apaixonado por uma menina criticada por viver sua sexualidade livremente, ele resolveu se unir contra o bullying e trouxe a alcunha para si. “Se querem chamá-la de puta, podem começar a me

chamar de puta também”. Foi nessa época que montou sua primeira banda, “Johnny Hooker & The Bitches From War”, com a qual compôs músicas presentes no seu repertório até hoje. Filho de fotógrafos que conviviam com a cena artística recifense e crescido em meio a uma geração crítica dos limites da

música e do gênero, Johnny se diz assustado com a onda conservadora no Congresso. “É mais conservador que na época da Ditadura. Mas ele são minoria. O problema é que esse pessoal faz muito barulho. A nossa geração está muito antenada, temos que discutir é pra não deixarmos acontecer isso de novo”.

ma muito natural e sempre senti orgulho disso”. No entanto, se ainda faltava algum motivo para que o músico fosse inteiramente respeitado na cena cultural brasileira, esse motivo veio com o Prêmio da Música Brasileira deste ano. Em sua 20ª edição, que homenageou os 50 anos de carreira da baiana Maria Bethânia, Johnny venceu a categoria “Melhor Cantor Popular”. Não bastasse a condecoração, ele ainda dividiu o palco com Alcione e recebeu, pessoalmente, elogios da Abelha Rainha e do seu ídolo Caetano. Oriundo da cena queer underground pernambucana, Johnny desfila entre o cult e o mainstream, sem, no entanto, negar as origens. “No Brasil, dentro do ambiente cultural, ambição ainda é vista de forma negativa, quando deveria ser o contrário. Já percebi que rola um papinho de, ‘ah, ele mudou, não é mais o mesmo’. Mas eu quero mesmo é que as pessoas escutem minha música”.

> Johnny Hooker

Music Hall (av. do Contorno, 3239, Sta. Efigênia, 3209-8686). R$ 70 (inteira 2º lote).

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MÚSICA Maratona para homenagear Raul O BAÚ DO RAUL/DIVULGAÇÃO

Sáb. 14.nov.

Dobradinha genial Gismonti & Holanda Sáb. 21.nov.

ÉLCIO PARAÍSO/BENDITA/DIVULGAÇÃO

Kika Seixas vai experimentar em BH o formato de festival para o tributo “Baú do Raul”

Gismonti se apresenta ao lado de Hamilton de Holanda na série BH Instrumental

Ninguém vai precisar gritar “Toca Raul!” durante o show deste fim de semana no Mineirinho. No ano em que completaria sete décadas de vida, RaulSeixas seráhomenageadoemBeloHorizonte.Acidade recebe pela primeira vez o tributo “O Baú do Raul”. O festival acontece neste sábado (14), no Mineirinho, com direitoashows euma exposição de fotos e manuscritos do Maluco Beleza. Diferentemente de tributos anteriores, em que artistas consagrados como Zélia Duncan e BNegão reviveram a obra de Raulzito, a edição mineira será a primeira em formato de festival, reunindo bandas de rock locaiscom repertório autoral, como Falcatrua e Concreto, além das bandas Balão Vermelho, Velotrol e Uai Horses. No show principal, a banda comandada por Marcelo Nova (vocais) terá Arnaldo Brandão(baixo),Rick Ferreira (guitarra), Luce Luciano

Quando foi convidado a se apresentar na série BH Instrumental, Egberto Gismonti, 68, não pensou duas vezes em quem chamaria para dividir o palco. “Quando me convidaram para participar, a primeirapessoa queme veioà cabeça foi o do Hamilton (de Holanda, bandolinista), sujeito competente, corre atrás e é daqueles que só de falar ‘oi’ já estamos tocando ”, revela Egberto, que toca no dia 21 (sábado), na praça Floriano Peixoto, no Santa Efigênia. Nascido em Carmo, interior do Rio, Gismonti desde cedo se sentiu atraído pela música.Netode um alfaiatecompositor, e sobrinho do músico da cidade, o tio Edgar, de quem serviu-se de inspiração e referência, o multiinstrumentista construiuuma carreirade quasemeio séculoemaisde 50discos gravados. A cidade em que nasceu fica na divisa entre Rio e Minas Gerais. Embora, fique do lado fluminense, as influências mineiras são presentes, talvez venha daí a fala mansa e o jeito tranquilo do músico, tal qual

Letícia Fontes (*)

(guitarra), Carlos Sales (bateria) e Ge Fonseca (teclados), além de Maurício Baia e Wilson Sideral se revezando nos vocais. Baia, inclusive, é o músico mais antigo do Baú do Raul, presente no primeiro evento, organizado em 1992, no Circo Voador, no Rio. A empresária e ex-mulher deRaul, Kika Seixas, organizadora do “Baú” desde 1992, conta que o desejo de realizar um festival em BH aconteceu pela potência das bandas mineirase porinauguraralgoinédito para o tributo. “Minas é um reduto do rock‘n’roll. O Estado tem uma cena forte, incomum em outros lugares”, conta Kika. “E pode ser um pontapé para outros festivais em cidades diferentes”, completa. Em novas versões ou interpretações fiéis à obra do “pai do rock brasileiro”, no line-up do evento, além das bandas mineiras, Sandra de Sá é umas das atrações. “Eu sempre faço questão de colocar artistas que tenham a ver com a obra do Raul e que possam dar um novo sopro às músicas. Raulzito influen-

ciou gerações de artistas, dos mais diferentes estilos. No caso da Sandra, além de ser uma voz feminina, ela é uma grande parceria na luta dos direitos autorais”, diz. RECORDAÇÕES Sobre o tal baú do Raul, ela revela:“Obaú físicoexistemesmo. Ele sempre teve a mania de guardar tudo, desde roupas a letras de músicas. E sempre dizia: ‘Posso me separar, ficar sem apartamento ou carro, mas o baú ninguém leva”. Kika antecipa que em 2017 será produzida uma exposição, em São Paulo, com roupas, discos de ouro e manuscritos. “O Raul sempre me dizia que não tinha medo de morrer, mas tinha medo de ser esquecido. Acho que com esses eventos e a sua obra mais atual do que nunca, Raul estaria feliz”. * Sob supervisão de Milton Luiz

> Baú do Raul

Mineirinho (av. Antônio Abrahão Caran, 1.000, São Luiz, 3499-1171). Neste sábado (14), às 15h. Ingressos a partir de R$ 30 (arquibancada, meia, 4° lote).

os mineiros. A origem interiorana é, para ele, motivo de orgulho. “Se não tivesse nascido no Carmo, não teria me transformadonoque souhoje”,afirma o músico. Nos últimos 15 anos, ele grava seus discos a partir das apresentações, sem precisar entrar no estúdio. “A música tem um monte de saída, e eu quero viver a música, confiar naquilo que faço e confiar em quem estiver tocando comigo”, determina. Perguntado sobre possíveis imprevistos, ele não hesita.“Do imprevisto podeaparecer coisas boas, como quando a corda do meu violão afrouxou na gravação de ‘Dança das Cabeças’ (gravado com o pernambucano Naná Vasconcelos, em 1977), e os críticos se perguntaram que efeito teria sido aquele”, lembra. O músico é um dos poucos a possuir direito sobre seu acervo. Segundo ele, essa consciência veio do tio Edgar, que conseguiu viver de música e sustentar a família em uma cidade de 3.000 habitantes. “Acredito que o músico

tem que saber tocar a própria vida, por isso acho importante ter conhecimento sobre direito autoral, mas isso é coisa de século XXI, músicos anteriores não precisavam disso”, diz. Lamentanãopoder distribuir seus discos ao público que vai vê-lo na Floriano Peixoto, como fez no Japão, quando entregou 4.000 caixas (cada uma com 18 álbuns) às pessoas que compareceramaoconcertode inauguração de um novo teatro. O músico deve lançar em breve o segundo volume de “Cartas de Amor”, disco que gravou ao vivo ao lado do saxofonista Jan Garbarek e do baixista Charlie Haden, em 1981, na Alemanha. (Franco Malheiro/Sob supervisão de Milton Luiz)

Egberto Gismonti >e Hamilton de Holanda

Na série BH Instrumental. Abertura: Rogério Delayon Quarteto Praça Floriano Peixoto, s/n°, Santa Efigênia. Dia 21 (sábado), às 21h. Gratuito.

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MÚSICA Enfim, Pearl Jam Em março

Lorena K. deste ano, Martins quando o

Pearl Jam anunciou que faria uma turnê pelo Brasil, os mineiros não esperavam que, entre as cinco cidades brasileiras, BH estaria na rota de divulgação de “Lightning Bolt” (2013), décimo álbum de estúdio dos roqueiros de Seattle (EUA). Pois na próxima sexta (20) finalmente esse encontro acontece. A apresentação na esplanada do Mineirão já pode ser considerada um marco, afinal, é a primeira vez que o quinteto norte-americano pisa em terras mineiras após visitar o Brasil em 2005 e em 2011. Quando a banda de Eddie Vedder subir ao palco, o jornalista Gabriel Pinheiro, 24, estará assistindo seu quarto show do Pearl – nos três anteriores precisou viajar para Rio e São Paulo. Isso sem contar o show solo do vocalis-

ta Vedder, no ano passado. Desde 2005, Gabriel dedica seu tempo também a organizar notícias, fotos, links e qualquer informação do grupo no blog “Pearl Jam Evolution”, um dos principais portais de notícias dedicados aos fãs. Enquanto o dia da estreia do Pearl em Minas não chega, Gabriel faz suas apostas do que pode estar no repertório. “Geralmente, são cantadas de 27 a 33 músicas, que somam três horas de duração de show. Espero ouvir ‘Light Years’, que ainda não escutei em nenhum show, e também o cover de ‘Redemption Song’, do Bob Marley, que eles fizeram em um show beneficente no Central Park, em Nova York, há pouco tempo”, especula. O motivo de tanta expectativa é que o quinteto, que coleciona uma dezena de grandes hits, não segue set list em suas apresentações. Não tenha, então, a certeza de ouvir as canções preferidas, tocadas em algum momento desta turnê, no show do Mineirão. “Eles nunca priorizam as músicas mais

MARCOS ZAN

sábado (14) BNEGÃO & SELETORES DE FREQUÊNCIA

Gravação do DVD “Encantos da Viola”. Teatro da Assembleia (rua Rodrigues Caldas, 30, Santo Agostinho, 2108-7826). Às 20h. Gratuito.

NET FESTIVAL 2015

No lançamento do CD “TransmutAção”. Spasso Escola de Circo (av. Francisco Sá, 16, Prado). Às 22h. R$ 35 (1º lote)

Festival da música eletrônica. Esplanada do Mineirão (av. Antônio Abrahão Caram, 1.001, Pampulha). Abertura às 14h. Ingressos a partir de R$ 260 (inteira)

FESTIVAL BRASIL VOCAL

O TEATRO MÁGICO

Atração: Barbatuques. CCBB (Circuito Cultural Praça da Liberdade, 450, Funcionários, 34319400). Às 19h. R$ 10 (inteira)

Sucessos de carreira e canções inéditas. Chevrolet Hall (av. Nossa Senhora do Carmo, 230, Savassi). Às 22h. R$ 100 (2º lote, inteira). Informações: 4003-5588

GERAIS CULTURA DE MINAS

SAMBA DA DÓRIS

Apresenta Chon Tai. Memorial Minas Gerais Vale (Circuito Cultural Praça da Liberdade, 640, Funcionários). Às 16h. Gratuito.

Cantando a história do samba. Centro Cultural Pampulha (r. Expedicionário Paulo de Souza, 185, Urca, 3277-9292). Às 16h. Gratuito.

famosas e nunca repetem os repertórios de um show pro outro. Por isso, muitos fãs seguem a banda pelo país inteiro, quando eles tocam em turnê. Nenhum show será igual ao outro”, garante. ESTREIA A primeira cidade a abrir a turnê brasileira foi Porto Alegre, na última quarta-feira (11), noite em que o Pearl Jam levou cerca de 32 mil fãs à Arena do Grêmio para assistir nada menos do que três horas de show com músicas que prezam pelo vocabulário roqueiro. Sem evitar, claro, os hits que popularizaram a banda e as inesperadas canções surpresas. Na capital mineira, são esperadas as proporções insanas de fãs que a banda arrasta desde seus primórdios, quando surgiu lá nos anos 90, como acredita o jornalista e crítico musical Thiago Pereira. “A visita do Pearl Jam a Belo Horizonte vem suprir uma carência de décadas de várias gerações que não puderam comparecer em outras oportunidades. A banda está inserida em um ‘mercado de nostalgia’, é um grupo ativo que existe há mais de 20 anos e continua produzindo e atraindo o público significativo, analisa. PRA ONDE FOR E por falar em público, nunca se viu um tão fiel

TRAÇO – MÚSICA E DESENHOS AO VIVO

Fernando Mascarenhas com Carol Merlo; Rafael Castro com Conrado Almada; Absinto Muito com Shiko. Foyer do Sesc Palladium (av. Augusto de Lima, 420, centro). Às 22h. Gratuito.

104 ALL STAR BAND

Convida Affonsinho. Café 104 (pça. Rui Barbosa, 104, centro, 3222-6457). Às 22h. R$ 20

domingo (15) FESTIVAL BRASIL VOCAL

Show das Chicas. CCBB (Circuito Cultural Praça da Liberdade, 450, Funcionários, 3431-9400). Às 19h. R$ 10 (inteira)

Sex. 20.nov.

DANNY CLINCH/DIVULGAÇÃO

A banda Pearl Jam está em turnê de divulgação do álbum “Lightning Bolt”

quanto o da banda norteamericana. Em meados dos anos 90, o Pearl Jam estourou com o carismático e então novo vocalista Eddie Vedder (em substituição a Andrew Wood, que morreu de overdose em 1990). Além do vocal marcante, o cantor trouxe um ar mais “surfista” – musicalmente falando – para a fria cidade de Seattle. “Eles surgiram com uma pegada mais radiofônica, pautada pelo barulho, na mesma época de Nirvana e Soundgarden”, lembra Pereira. Mesmo com o sucesso, desde o elogiado “Ten” (1991), eles fizeram de tu-

do para sair dos holofotes. “Um dos pontos importantes foi a briga contra a Ticketmaster, em 92, contra o suposto monopólio da venda de ingressos, o que afastou a popularidade e prejudicou a própria carreira. Além disso, eles cansaram da mega exposição no mainstream, pararam de dar entrevistas e de produzir clipes para a MTV, um dos principais meios de divulgação à época. Apesar disso tudo, eles conseguiram manter uma legião de fãs fiéis, que são seguidores da banda até hoje”, finaliza Pereira.

MANHÃS MUSICAIS

ja como “Seu Amor Ainda É Tudo”, “Nuvem de Lágrimas” e “Brincar de Ser Feliz”. Woods (alameda da Serra, 154, Nova Lima). Às 18h (abertura da casa). A partir de R$ 40 (casa aberta, feminino, 1º lote) e R$ 60 (casa aberta, masculino, 1º lote)

Com o Duo Breuninguer-Frazão (violino e piano), formado pelos músicos Laurent Albrecht Breuninger e Ana Flávia Frazão. No programa obras de Debussy, Villa-Lobos e Saint-Saens. Sala Sergio Magnani da Fundação de Educação Artística (r. Gonçalves Dias, 320, Funcionários, 3226-6866). Às 11h. R$ 20 (inteira).

segunda (16)

6º PRÊMIO DE MÚSICA BRASILEIRA

Maria Bethânia e os convidados Arlindo Cruz, Camila Pitanga, João Bosco, Lenine e Zélia Duncan. Chevrolet Hall (av. Nossa Senhora do Carmo, 230, Savassi, 4003-5588). Às 20h. R$ 150 (arquibancada, inteira); R$ 250 (mesa premium, individual); R$ 200 (mesa setor 1, individual).

CESAR MENOTTI & FABIANO

Na festa “Sertanejo dos Amigos”, em que cantam clássicos da música sertane-

PALCO LIVRE

Com João Paulo Avelar Quinteto. No repertório, jazz e música instrumental. Conservatório UFMG (av. Afonso Pena, 1.534, 3409-8300). Às 20h. Gratuito.

sexta (20)

PENÚLTIMA CIDADE Ingressos Pearl Jam traz a BH a turnê do álbum “Lightning bolt”. Local Esplanada do Mineirão (av. Antônio Abrahão Caram, 1.001, Pampulha), às 20h30. Ingresso de R$ 200 (cadeira superior) até R$ 500 (lounge). Depois de Belo Horizonte, o grupo segue com sua turnê para o Rio de Janeiro, onde se apresenta no próximo dia 22 (domingo).

CINARA RIBEIRO

No lançamento de seu primeiro CD, o independente “O Samba Mandou me Chamar”. Participação especial de Sergio Pererê, Douglas Din e Fernando Bento. Teatro Alterosa (av. Assis Chateaubriand, 499, Floresta). Às 21h. Gratuito, com ingressos sendo distribuídos a partir das 19h na bilheteria do teatro.

GUSTAVO MAGUÁ

No lançamento do CD "Esquema Fino". Mercado Distrital do Cruzeiro (r. Opala, S/Nº, Cruzeiro, 3284-0709). Às 20h. R$ 30 (antecipado) e R$ 35 (portaria).

ORQUESTRA OURO PRETO

No lançamento do CD “Orquestra Ouro Preto – The Beatles”. Sala Minas Gerais (r. Tenente Brito Melo, 1.090, 3219-9000). Às 20h30. Ingressos esgotados.

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ARTES CÊNICAS Corpo de volta Bárbara Antes de enFrança trar nos escri-

tórios, nas salas de reunião ou mesmo no palco de ensaios, quem chega à sede do Grupo Corpo, no Mangabeiras, se depara com a cozinha. Lugar de assar pão de queijo, bolinho de fubá e passar cafezinho, é na cozinha que a companhia se reúne antes de iniciar os trabalhos. “Acho que é ali que eles testam o convidado para ver se não é enjoado. Se for, não passa a próxima porta”, brincou Zé Miguel Wisnik, em texto publicado no jornal “O Globo” em setembro. Parceiro de longa data, o músico, compositor e ensaísta paulista, coautor da trilha de quatro balés, não só elogiava os 40 anos do grupo (celebrados com as estreias de “Dança Sinfônica” e “Suíte Branca”), como exaltava a hospitalidade mineira presente na sede do grupo. Agora, dando continuidade às comemorações do aniversário de quatro décadas, é o Corpo quem retribui a receptividade de Wisnik aos convites que rece-

beu da companhia. Nesta semana voltam aos palcos da capital “Parabelo” (1997) e “Onqotô” (2005). O primeiro é uma parceria de Wisnik com Tom Zé; e o segundo, uma dobradinha dele com Caetano Veloso. “Não foi proposital a ideia de trazer dois espetáculos com trilha do Wisnik. O fato é que são alguns dos balés que mais dançamos pelo mundo. Mas é inegável que o Wisnik é um irmão. Depois do Marco Antônio Guimarães, é nosso maior parceiro”, comenta Rodrigo Pederneiras. Aliás, é o coreógrafo que explica a história da cozinha. “Normalmente, quando a gente recebe as pessoas é na cozinha que começamos a conversa. É a partir daí, desse encontro mais solto e informal, que os projetos nascem. Lembro que eu não conhecia bem o Zé, já que quem fez o convite foi o Paulo (Pederneiras, diretor artístico, iluminador e cenógrafo), mas pouco tempo depois que começamos a conversar, já estávamos nos abraçando”, lembra Rodrigo. PÚBLICO Buscar uma linguagem própria e brasileira para a

JOSE LUIZ PEDERNEIRAS/DIVULGAÇÃO

Espetáculo “Parabelo”

DAQUI PRA FRENTE Novidade Em agosto, o Corpo expandiu sua função coreográfica e apresentou Cassi Abranches, ex-bailarina da companhia, à frente do balé “Suíte Branca”. Acostumados com o trabalho de Rodrigo Pederneiras, o público, segundo o coreógrafo, aprovou. “Jogamos Cassi na jaula e foi um sucesso, foi maravilhoso. As duas estreias foram a maior repercussão na história da companhia. Ela está superfeliz. Já estou com 60 anos, tenho que pensar na continuidade do grupo”.

dança contemporânea é caminho que o Corpo já trilha desde 1991, quando estreou “21” em parceria com o Uakti. E “Parabelo” segue essa trilha com uma exploração musical, cultural e corporal do sertão nordestino. O balé é considerado por Rodrigo, aliás, sua criação mais “regional”. Já em “Onqotô”, o Corpo expande a discussão e se inspira na pequenez do homem diante da vastidão do Universo. Fazendo uso da verticalidade e da horizontalidade, do caos e da ordenação nos

movimentos, a peça, no entanto, é igualmente “brasileira”. “‘Parabelo’ é nosso balé mais encomendado. O Wisnik e o Tom Zé vão lá no sertão e a gente segue essa trilha. ‘Onqotô’ também traz uma música muito brasileira e tem esse apelo local em vários quesitos. Ele conta com uma emoção muito grande, mexe com esse lado Brasil”, destaca Rodrigo. Segundo o coreógrafo, voltar com os dois espetáculos à terra do Corpo a preços populares foi um desejo de devolver ao público tudo o

carinho e a acompanhamento que eles têm recebido ao longo das quatro décadas de existência. “Fazer apresentações em casa é sempre uma delícia e nós sempre tivemos tanto do público de BH. Queremos fazer algo legal para essas pessoas também”.

Corpo – > Grupo “Onqotô” e “Parabelo”

Cine Theatro Brasil (r. dos Carijós, 258, centro, 3201-521, 3243-1964). Quarta (18), sexta (20) e sábado (21), às 20h30, domingo (22), às 19h. R$ 20 (inteira)

O desenvolvimento da cena Sáb. 21.nov.

JOÃO JULIO MELLO/DIVULGAÇÃO

“Casarão ao vento”, um dos vencedores da 6ª edição

Atores sem figurino, o tablado sem o cenário, o texto sendo gestado. A sétima edição do projeto “Seleção Brasil em Cena”, que chega a Belo Horizonte no dia 21 (sábado), no CCBB, vai proporcionar aos amantes do teatro a experiência de acompanhar a montagem de uma peça. Apresentando leituras dramáticas, até 6 de dezembro, a ideia é premiar jovens dramaturgos e movimentar a cadeia que envolve as artes cênicas na cidade. Dirigidos por Eid Ribeiro, Cida Falabella e Marcelo Bones, atores deescolas dramáticas vão encenar 12 obras selecionadas num universo de 265 textos oriundos de 13 Estados brasileiros (confira ao lado). Delas, três serão escolhidas para ganharem montagem até meados do ano que vem.Votam público e especialistas e os vencedores excursionam por capitais. “É um projeto de fomento que atinge toda a cadeia de produção do teatro. Os autores, os jovens atores da cida-

de, os diretores... Todo mundo é envolvido e acaba-se formando uma grande feira de SELECIONADOS “A Tropa”, de Gustavo Pinheiro “Algum Lugar Onde Nunca Estive”, de Bernardo Florim “Com as Mãos Vazias”, de Edih Longo “Elas”, de João Rodrigo Ostrower “Maioridade”, de Flávio Goldman “Mandíbula”, de Roberval Tamanho “Na Real”, de Rogério Corrêa “Obra do Acaso”, de Flavio Freitas “Princípios Transgredíveis para Amores Precários”, de Thales Paradela “Projeto Stockton”, de Carol Rainatto “Sobre Cordeiros, Navalhas e Dentes-de-Leão”, de André Luis Silva “Um Caminho para Sara”, de Thales Paradela

visibilidade para quem está envolvido com as artes cênicas”, comenta Sérgio Saboya, enfatizando que, com a chegada do projeto à capital, o intercâmbio entre o teatro mineiro e o que se faz em outros Estados tem tudo para ser potencializado. Para esta edição, concorrem textos de dramaturgos daBahia, do Rio e de São Paulo. Segundo Saboya, o critério de triagem não é outro senão a qualidade. Sem preferência por gênero, o que o júri, formadopor jornalistas, críticos e profissionais de teatro do Rio, Belo Horizonte e Brasília, buscou foi o potencial do texto em se tornar uma boa peça. INICIANTES Criado em 2006, o “Seleção Brasil em Cena” surgiu no Rio como uma iniciativa de darvisibilidade aos dramaturgos emergentes. “Afinal, diferente do escritor de literatura, o escritor para teatro só vê seu trabalho de fato realizado quando encenado por atores

no palco”, comenta Saboya, que sabe bem que esse encontro entre texto e montagem não é tão simples. Por falta de oportunidade e incentivo, espetáculos bons que poderiam surgir, ficam perdidos no trajeto. “Mas isso vem mudando. Desde que estamos em atividade, textos da dramaturgia brasileira já foram traduzidos para o inglês, francês, espanhol e italiano e já tivemos nosso modelo copiado em outros países”, destaca. O projeto oferece ainda oficinas de dramaturgia. “Na história do projeto, também já tivemos obras indicadas e agraciadas pelo Prêmio Shell. Aqui, globais e gente do teatro independente concorrem em pé de igualdade”. (Bárbara França)

>CenaSeleção Brasil em

CCBB (praça da Liberdade, 450, Funcionários, 3431-9400). De 21 a 6 de dezembro (sábados e domingos, às 19h e às 20h30). Entrada franca.

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ARTES CÊNICAS Bodas de prata do Armatrux BRUNO MAGALHÃES/NITRO IMAGENS/DIVULGAÇÃO

Bárbara Para celeFrança brarum quarto de século de existência, os belohorizontinos do Grupo de Teatro Armatrux resolveram fazer algo diferente das tradicionais retrospectivas comemorativas e escolheram focar no que eles consideram o momento mais potente de sua carreira: o agora. Com um repertório de mais de 20 montagens, a trupe apresenta, no palco do Galpão Cine Horto, até o dia 29, seus três últimos espetáculos: “Thácht” (2014), “No Pirex” (2009) e “De Banda pra Lua” (2007). “O legal de amadurecer no teatro é quando você começa a reconhecer uma linguagem, uma estética sua. Hoje, nas nossas improvisações, nas nossas criações, a gente vai vendo o quanto já desenvolvemos uma linguagem própria e isso vem muito da contribuição do Eid Ri-

beiro”, comenta a atriz Tina Dias, sobre o diretor que iniciou a parceira com o grupo à época da elaboração de “De Banda pra Lua”. Abordando um mundo onírico inspirado no ambiente rural, a montagem trouxe ao palco o uso das sombras, técnica que se tornou uma das marcas do Armatrux, junto com o uso de objetos e a influência do cinema. E, embora a tragicomédia musical “Thácht”, cheia de humor negro, tenha levado a criação a outro patamar, com a execução ao vivo de peças para piano e violino, “No Pirex” é, para Tina, a peça mais significativa. “Com ele foi que a gente firmou um caminho que queria seguir. Assinamos a dramaturgia com o Eid e foi um espetáculo que surgiu do impulso, um pouco do nada. A gente estava pesquisando aleatoriamente, naquele momento entre um espetáculo e outro, propondo atividades do zero, e assim criamos”, conta a atriz.

lebrações dos 25 anos uma exposição com várias peças do acervo cênico do Armatrux. Com curadoria do Núcleo de Cenografia do Galpão Cine Horto e coordenação do professor Cristiano Cezarino, a exposição ocupa três ambientes do 2º andar do prédio e também pode ser visitada até o dia 29. Discussões sobre o ‘modus operandi’ do Armatrux completam a programação. Toda tarde de sábado, até o dia 28, estão sendo divididos com o público temas como retrospectivas e expectativas, cenotécnica e maquiagem e a influência do cinema nos espetáculos. “De Banda pra Lua” é um dos espetáculos que são apresentados no Galpão Cine Horto

É “No Pirex”, inclusive, o responsável por uma das lembranças mais marcantes nos mais de 20 anos de Tina ao lado dos colegas do Armatrux. “Estávamos nos apresentando no Teatro Merco-

sul de Teatro, na Argentina e, ao final, as pessoas se levantaram para nos aplaudir. Aqui, isso é muito comum, mas dizem que lá não. Só que os aplausos duraram muito tempo. Sério, ficamos lá, em pé,

uns cinco minutos, se bobear, uns dez. Como falar qualquer coisa pra plateia depois daquilo? Foi muito emocionante”. ATIVIDADES Também faz parte das ce-

> 25Armatrux Anos

“Thácht”. Sextas e sábados às 21h, e domingo, às 20h. Até dia 29. “De Banda Pra Lua”. Neste domingo (15) e 22 (domingo), às 11h. “No Pirex”. Dias 19 (quinta) e 20 (sexta), às 21h. Galpão Cine Horto (r. Pitangui, 3.613, Horto, 3481-5580). Ingressos para todos os espetáculos custam R$ 20 (inteira). Mais informações no www.facebook. com.br/armatrux.grupodeteatro

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ARTES CÊNICAS MARCUS VALDETARO/DIVULGAÇÃO

teatro adulto DOIDA

Dir. Inês Peixoto Com Teuda Bara e Admar Fernandes (Leia mais nas págs. 3 e 4). Sesc Palladium (r. Rio de Janeiro, 1.046, centro). Neste sábado (14), às 20h, e domingo (15), às 19h. R$ 10 ou 1 kg de alimento não perecível.

DIVAS NO DIVÃ

Dir. Luiz Henrique Moura Com Cidah Viana e Bruno de Moura Cansada de viver uma grande quantidade de frustrações pessoais, uma mulher decide transformar sua vida por meio de uma divertida sessão de terapia, descobrindo a ciência da felicidade. Teatro Santo Agostinho (r. Aimorés, 2.679, Santo Agostinho, 2125-6810). Neste domingo (15), às 19h. R$ 40 (inteira) e R$ 15 (postos Sinparc).

GERTRUDE E MARINETE

Texto, dramaturgia e direção: Leonildo e Leosino Miranda Araújo Gertrude e Marinete, numa crise tremenda, se viram pra sair do buraco usando os meios mais eficazes da comunicação, com otimismo e alegria. Teatro de Câmara do Cine Theatro Brasil Vallourec (r. Carijós, 258, centro, 3201-5211). Neste sábado (14), às 21h; e domingo (15), às 19h. R$ 40 (inteira) e R$ 15 (postos Sinparc).

IGNORÂNCIA

RELATOS NÃO OFICIAIS SOBRE O ANDAR 43

Concepção geral: Thiago Cazado Com Joheber Duarte e Thiago Cazado Maurício e Bernardo, que não se conheciam, têm que lidar com a atração que surge um pelo outro e as descobertas de fatos escusos da companhia onde trabalham. Teatro Sesi Holcin (r. Padre Marinho, 60, Santa Efigênia, 3241-7181). Neste sábado (14), às 19h e 21h; e domingo (15), às 17h e 19h. R$ 50 (inteira).

THÁCHT – UMA TRAGICOMÉDIA MUSICAL

Com o Grupo Armatrux Dir. Eid Ribeiro Com muito humor negro, dois personagens cômicos desenvolvem um diálogo absurdo, usando de forma única a musicalidade nas palavras e instigando o imaginário do espectador. Galpão Cine Horto (r. Pitangui, 3.613, Horto). Sexta e sábado, às 21h; e domingo, às 20h. R$ 20 (inteira). Até 29/11.

VELÓRIO À BRASILEIRA

Dir. Pádua Teixeira Com Cidah Viana e Luiz Henrique Moura No velório de um funcionário público, descobre-se que ele e mais dois amigos ganharam na Mega-Sena, porém o bilhete some e todos se esquecem do morto. Teatro Santo Agostinho (r. Aimorés, 2.679, Santo Agostinho, 2125-6810). Neste sábado (14), às 21h. R$ 40 (inteira) e R$ 15 (postos Sinparc).

teatro infantil AS AVENTURAS DE ALICE: PATO FU & GIRAMUNDO

MALANDRO É MALANDRO, MANÉ É MANÉ

Cia. Les Voisins Baseado na obra homônima de Jutta Bauer, o espetáculo conta de forma poética e cheia de fantasia a alegria de viver e os momentos de raiva, confusão e de tristeza de uma pequena rainha temperamental. A trilha é executada ao vivo. CCBB – Teatro I (Circuito Cultural Praça da Liberdade, 450, Funcionários, 3431-9400). Neste sábado (14), às 20h; e domingo (15), às 16h e 20h. R$ 10 (inteira).

RAFINHA BASTOS E MARCELO MARROM

Stand up comedy. No palco, cada um apresenta diferentes tipos de humor, fazendo uma mistura de irreverência, sarcasmo, improviso e música. Grande Teatro do Cine Theatro Brasil Vallourec (r. Carijós, 258, centro, 3201-5211). Neste sábado (14), às 18h30 e 21h. R$ 100 (inteira).

Dir. Leonildo e Leosino Araújo Dois palhaços que se importam com um mundo sustentável, e, de maneira divertidíssima, interpretam a fala de alguns animais na tentativa de mostrar a importância do ser humano interagir com o mundo, preservando o meio ambiente para não comprometer os recursos naturais para as gerações futuras. Teatro de Câmara do Cine Theatro Brasil Vallourec (r. Carijós, 258, centro, 3201-5211). Neste sábado (14) e domingo (15), às 16h. R$ 30 (inteira) e R$ 12 (postos Sinparc).

Polêmico espetáculo “Relatos Não Oficiais Sobre o Andar 43” cumpre temporada no teatro Sesi Holcim

JOJÔ E PALITO EM: NOEL E OS DUENDES

Dir. Joselma Luchini Inspirada em fatos verdadeiros, conta a história de um velhinho, que catava brinquedo nos sacos de lixo deixados nas portas das casas e lojas. Espaço Cultural Lichini (r. Osório de Morais, 274, Ouro Preto, 9983-0600). Sábado, às 17h; e domingo, às 11h. R$ 30 (inteira) e R$ 15 (postos Sinparc). Até 6/12

LOS BEATERES

Cia El Chonchón O espetáculo vislumbra os traumas e o sentimento de solidão que perseguem Lennon. CCBB – Teatro II (Circuito Cultural Praça da Liberdade, 450, Funcionários, 3431-9400). Sábado (14) e domingo (15), às 19h. R$ 10 (inteira).

OS SALTIMBANCOS

Dir. Marcos Coletta e Assis Benevenuto Com o Grupo Quatroloscinco O espetáculo traça um recorte sobre a ignorância humana e o seu caminhar errante em direção ao que chamamos de progresso. Teatro João Ceschiatti do Palácio das Artes (av. Afonso Pena, 1.537, centro, 3236-7400). Sexta a domingo, às 20h. R$ 20 (inteira). Até 22/11

Dir. Atenágoras Gandra Comédia “politicamente incorreta” que narra a história de duas mulheres que se veem obrigadas a mudarem bruscamente seus modos de ver e estar na vida após a morte de “seus” maridos. Teatro Alterosa (av. Assis Chateaubriand, 499, Floresta, 3237-6611). Sábado, às 21h; e domingo, às 19h. R$ 40 (inteira) e R$ 16 (postos Sinparc). Até 22/11.

SUSTENTABILIDADE

Dir. John Ulhoa A montagem reúne bonecos e um ator em cena para contar a história da menina que mergulha em um universo fantástico. Teatro Bradesco (r. da Bahia 2.244, Lourdes, 3516-1360). Neste sábado (14), às 20h. R$ 2 (inteira).

A RAINHA DAS CORES

DE BANDA PRA LUA

Dir. Eid Ribeiro Tonico e Bié moram na roça com o pai e a mula Madrugada. Apaixonados pela lua e seus mistérios, os três vivenciam aventuras marcadas por encantamento, trapalhadas, risos e sustos. Galpão Cine Horto (r. Pitangui, 3.613, Horto, 3481-5580). Neste domingo (14), às 11h. R$ 20 (inteira). Até 22/11

JOJOCA E JEJECA: NA ERA DA

Dir. Farinelli Descontentes com a vida no campo, um jumento, um cachorro, uma gata e uma galinha partem para a cidade para tentarem a carreira musical. Coreto do Parque Ecológico da Pampulha (av. Otacílio Negrão de Lima, 7.111, Pampulha, 3277-7439). Neste domingo (14), às 11h. Gratuito.

PETER PAN

Dir. Brinca & Cia. História do garoto voador que vive na Terra do Nunca, um lugar onde as crianças nunca crescem. Piso 2 do Boulevard Shopping (av. dos Andradas, 3.000, Santa Efigênia, 2538-7438). Neste domingo (14), às 16h. Gratuito.

PINCELADAS DO SUDESTE

Dir. Roberta Luchini Boschi Nossos autores foram escolhidos a dedo e fazem parte todos eles do Sudeste brasileiro. Vamos tratar de gente da arte e do povo, refazendo algumas cenas, contando algumas histórias e discursando alguns poemas. Teatro Sesiminas (r. Padre Marinho, 60, Santa Efigênia, 3241-7181). Neste domingo (15), às 11h30. 1 kg de alimento não perecível.

teatro popular permanente ronaldo boschi

O PÃO QUE O DIABO AMASSOU

Dir. Argileu Rodrigues Um matador de moscas medroso em busca de trabalho chega ao sertão nordestino e encontra um casal de cangaceiros querendo casar sua filha feia. Um padeiro cansado de tanto trabalho foge do manguezal com a ajuda de uma família de moscas muito espertas. Venha ver como os destinos dessas pessoas se cruzam. Teatro Sesiminas (r. Padre Marinho, 60, Santa Efigênia, 3241-7181). Neste domingo (15), às 17h. 1 kg de alimento não perecível.

projeto conexões

DESENHO

Dir. Margô Assis e Eugênio Paccelli Horta Espaço de ações onde Margô, bailarina, e Eugênio, artista plástico, encontraram-se para dialogar e desenvolver as suas afinidades estéticas. Funarte MG – Galpão 6 (r. Januária, 68, centro, 3213-3084). Neste domingo (15), às 16h. R$ 8 (inteira).

ENCONTRO COM LATITUDES CONTEMPORAINES

Maria-Carmela Mini é diretora artística da associação francesa Latitudes Contemporaines que, desde 2003, apresenta ao público um festival de dança contemporânea, nas cidades de Lille, Roubaix e Tourcoing, dedicado a produções de caráter inovador e multidisciplinar. Centro Referencial de Moda (r. da Bahia, 1.149, centro, 3277-4384). Quarta (18), das 15h às 17h.

HISTOIRES DE GESTES O HOMEM PIANO

Dir. Sueli Araujo Neste espetáculo-instalação, ator e público compartilham o espaço-tempo do aqui e agora e, tecem juntos, a memória de um homem cuja história se constrói a partir de esquecimentos e lembranças coletivas. Funarte MG (r. Januária, 68, centro). Neste sábado (14), às 19h e 21h; e domingo (15), às 18h e 20h. R$ 10 (inteira).

fid CO ÊS

Dir. Patrick Acogny O espetáculo de dança “Co Ês” (com eles) é uma contação de história através dos gestos. Teatro Marília (av. Alfredo Balena, 586, Santa Efigênia, 3277- 4697). Quarta (16), às 20h. R$ 8 (inteira).

Isabelle Launay A partir do livro “Histoires de Gestes”, 2012 (Paris, Actes Sud), serão evocadas as linhas diretrizes de um trabalho sobre o gesto na dança, e como o campo da dança pode contribuir a uma história cultural do sensível. Sesc Palladium (av. Augusto de Lima, 420, centro, 3214-5350). Quinta (19), às 19h30. Gratuito.

INCERTO INSTANTE

Com Marise Dinis (dança) e Ailtom Gobira (poesia) Nos encontros semanais, vários formatos, várias provocações, leituras, imagens e inúmeras palavras, gestos e movimentos foram lançados no tempo e no espaço. No final desse período, vislumbrou-se um caminho para uma primeira etapa de um projeto maior, de instalação coreográfica que envolveria, além da dança e da poesia, as artes visuais. Galpão 6 da Funarte MG (r. Januária, 68, centro, 3213-3084). Sexta (19), às 15h. R$ 8 (inteira).

LA PART DU RITE

Dir. Ludovic Rivière Ao mesmo tempo conferência, performance, instalação, a peça investiga o vínculo entre a carne e as palavras para revelar suas zonas vazias, seus confrontos, resíduos e devires. Galpão 4 Funarte (r. Januária, 68, centro, 3213-3084). Terça (17), e quarta (18), às 21h. R$ 8.

PARQUEAR BANDO

Dança Multiplex Como revelar o onírico, o esticado, o espalhado, o lento e o veloz? Percurso inicial Sesc Palladium (entrada da av. Augusto de Lima), Percurso final Parque Municipal (na praça em frente ao Teatro Francisco Nunes). Neste sábado (14), às 20h. Gratuito.

TREASURED IN THE DARK

Dir. Thiago Granato O que podemos fazer com a presença daqueles que não estão mais aqui? Reagindo a essa pergunta, Thiago Granato convidou os coreógrafos falecidos Hijikata Tatsumi e Lennie Dale para colaborarem em um diálogo coreográfico ficcional, utilizando seu corpo como meio de comunicação. Teatro Francisco Nunes – Parque Municipal (av. Afonso Pena, s/nº, centro). Neste sábado (14), às 21h; e domingo (15), às 19h30. R$ 8 (inteira).

5 PERCEPÇÕES SOBRE SUPERFÍCIES

Grupo EntreCorpos Quando um corpo e uma superfície se encontram, o que podemos esperar desse encontro? Essa foi a pergunta que motivou nossa pesquisa-investigação. Espaço Cultural Ambiente (r. Grão Pará, 185, Santa Efigenia). Segunda (16), às 20h30. R$ 8 (inteira).

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ARTES VISUAIS Entrecorese luzesdacapital O artista plástico Umberto Nigi é um daqueles autointitulados cidadãos do mundo. Nascido na Toscana, na Itália, ele deixou o clima romântico de sua terra natal em busca de outras inspirações, percorrendo dezenas de cartões-postais por mais de duas dúzias de países. Mas foi apenas em Belo Horizonte, há cerca de 15 anos, que o pintor italiano encontrou um brilho a mais para suas telas. “A luz aqui é espetacular. Só vi uma igual em Saná, capital do Iêmen. Mas lá não tem as cores do Brasil, claro. Por isso, decidi fincar raízes aqui, acolhido por esta cidade que mudou minha pintura”, diz. Um pouco como agraLucas Simões

decimento pela bom relacionamento com BH e com a ideia de registrar um apanhado geral de sua carreira, Nigi faz, na Casa Fiat de Cultura, sua mais recente exposição, “Cores Cidadãs do Mundo”, que também reflete suas distintas fases criativas com a pintura. Reconhecido por exposições na Itália, nos Estados Unidos, no Sudão, no Iraque, na Líbia e, uma das mais importantes, em Nova York, na sede da Organização das Nações Unidas (ONU), em 2007, Nigi tem uma carreira oscilante entre os universos figurativo e abstrato, tendo como diferencial a utilização de materiais alternativos combinados com as tintas, como gesso, areia, metal e cola. JUTAS Apesar de ter deixado de

explorar toda a vertente desses materiais há alguns anos, o pintor encontrou no típico cafezinho brasileiro a vontade de retomar esse lado experimental. “Quando decidi vir ao Brasil, eu estava em um café em Roma e li em um desses sacos de jutas algo como ‘café importado do Brasil’. E aqueles sacos de 15 kg me chamaram tanto a atenção. Só em pensar no trajeto que eles fizeram para chegar à Europa, acabei descobrindo Minas Gerais e seu café maravilhoso. Além de aproveitar uma matériaprima que se joga fora por aqui”, diz o pintor. Em suas criações, além das tintas acrílicas que o artista importa periodicamente da Itália, seus quadros também são abastecidos por sacos de café de juta (fibra têxtil vegetal), que tanto o

fascinaram ainda em Roma. O curioso é que todo o material é recolhido gratuitamente com comerciantes do Mercado Central e não passa por nenhum tratamento. “Elas carregam consigo uma história, essência de cada lugar por onde passaram, e isso se torna parte da minha obra”, diz o artista, que mora no bairro San-

NEREU JÚNIOR/DIVULGAÇÃO

Nigi insere os sacos de café em suas telas de tinta acrílica

to Antônio, onde mantém seu ateliê. É baseado no descobrimento desse material alternativo que a exposição “Cores Cidadãs do Mundo” reune 44 obras, sendo 40 delas inéditas e produzidas nos últimos três anos a partir dos sacos de jutas. Outros quatro quadros representam as fases mais românticas e ini-

ciais da carreira de Nigi. Além das telas inéditas, a Casa Fiat de Cultura também exibe um documentário sobre a trajetória do artista.

> Umberto Nigi

Exposição “Cores Cidadãs do Mundo” Casa Fiat de Cultura (praça da Liberdade, 10, Funcionários). De 3ª a 6ª, das 10h às 21h; e sábado, domingo e feriados, das 10h às 18h. Até 10 de janeiro de 2016. Gratuita

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CINEMA Atenção! A programação dos cinemas muda a cada quinta-feira. Portanto, o roteiro abaixo é válido até quarta-feira, 18

HIPÓCRATES

(Hippocrate, França, 2014, 1h42, 12 anos) Dir. Thomas Lilti Com Vincent Lacoste e Jacques Gablin Benjamin tem certeza de que será um grande médico, mas sua primeira experiência como residente é um fracasso. Sob pressão, Benjamin testa seus limites e encara a vida adulta. Belas 1: 14h, 16h, 19h40, 21h40

O REINO GELADO 2

pré-estreias AWAKE – A VIDA DE YOGANANDA

(EUA, 2015, 1h27, livre) Dir. Paola di Florio e Lisa Leeman A vida de Yogananda, autor do clássico “Autobiografia de Yogi”. Na década de 20, ele trouxe a espiritualidade hindu para o Ocidente. Além de materiais de arquivo, o filme, gravado ao longo de três anos, conta com a participação de 30 grupos ao redor do mundo para demonstrar a importância desta figura para yoga, religião, ciência e, principalmente, para a humanidade. Belas 3: 19h20 (somente segunda, 16)

MISTRESS AMERICA

(Mistress America, EUA, 2015, 1h25, 12 anos) Dir. Noah Baumbach Com Greta Gerwig e Heather Lind Tracy leva uma vida solitária como estudante em Nova York. Até que certo dia ela conhece Brooke, a filha de seu futuro padrasto, e divide com ela seus planos de abrir um restaurante. Belas 3: 19h20 (somente neste sábado, 14)

estreias ALIANÇA DO CRIME

(Black Mass, EUA, 2015, 2h03, 16 anos) Dir. Scott Cooper Com Johnny Depp e Benedict Cumberbatch (Leia mais nesta página). Del Rey 7: 16h, 18h20, 20h50; Paragem 4: 13h40, 16h50, 18h30, 21h; Diamond 2: 13h, 15h50, 18h40, 21h45; Ponteio 4: 16h20, 18h45, 21h10; Pátio Savassi 3: 12h50, 15h50, 18h30, 21h15, 0h (última sessão somente neste sábado, 14)

AMIZADE DESFEITA

(Unfriended, EUA, 2015, 1h23, 16 anos) Dir. Levan Gabriadze Com Shelley Hennig e Moses Jacob Storm Após Laura ter um vídeo íntimo exposto na internet, ela comete suicídio na própria escola. Um ano depois seus ex-colegas conversam online e descobrem que há uma pessoa estranha no bate-papo. BH Shopping 9: 16h20, 18h30, 20h40; Itaú Power 5: 17h20, 19h10 e 21h (*); Metropolitan 7: 18h (*), 20h10 (*), 22h15 (*) Sessões dubladas

COMO SOBREVIVER A UM ATAQUE ZUMBI

(Scout’s Guide to the Zombie Apocalypse, EUA, 2015, 1h33, 14 anos) Dir. Christopher Landon Com Tye Sheridan e Joey Morgan Ben, Carter e Augie são três escoteiros que fogem do acampamento para ir a uma festa e, quando retornam, a cidade foi tomada por zumbis dispostos a matar qualquer um que surgir pela frente. BH Shopping 3: 12h30 (*), 14h50 (*), 17h10, 19h30, 21h50; Boulevard 1: 15h, 17h, 19h, 21h; Cidade 8: 11h40 (somente neste domingo, 15), 15h10, 17h10, 19h10, 21h10 (*); Contagem 3: 14h20 (*), 16h20, 18h20 (*), 20h20; Del Rey 6: 14h30 (*), 16h30, 18h30 (*), 20h20, 22h20 (*) (exceto neste domingo, 15); Itaú Power 3: 14h30, 16h30, 18h30, 20h30 (*); Minas 5: 14h30, 16h30, 18h30, 20h30 (*); Via Shopping 3: 14h30, 16h30, 18h30, 20h30 (*); Big 3: 14h40, 16h40, 18h40, 20h40 (*); Metropolitan 3: 14h30 (*), 16h50 (*), 19h15 (*), 21h30 (*) Sessões dubladas

(Snow Queen 2, Rússia, 2015, 1h18, livre) Dir. Aleksey Tsitsilin Após lutar contra a Rainha da Neve, o troll Orm deve combatê-la novamente quando ela lança uma maldição sobre seu espelho, fazendo com que as pessoas enxerguem apenas o pior de si mesmas. Via Shopping 4: 14h10, 15h50, 17h30 (*) Sessões 3D: BH Shopping 4: 11h10, 13h50, 15h55, 18h15, 20h25 (*); Boulevard 2: 13h, 14h40; 16h20 (*); Cidade 5: 12h (somente neste domingo, 15), 13h40, 15h25, 17h10 (*); Contagem 1: 13h40, 15h25, 17h10 (*); Del Rey 1: 13h40, 15h25, 17h10 (*); Itaú Power 6: 13h, 14h40, 16h20 (*); Minas 2: 13h, 14h40, 16h20 (*); Pampulha 6: 14h45, 16h25, 18h05, 19h45, 21h25 (*); Pátio Savassi 4: 11h20, 13h15, 15h15, 17h25, 19h30 (*) (*) Sessões dubladas

SAMBA & JAZZ

(Brasil, 2015, 1h26, livre) Dir. Jefferson Mello Há algo mágico e rítmico que une o samba e o jazz. Para mostrar essa semelhança, o documentário busca o depoimento de vários músicos que entendem do assunto. Belas 1: 18h

em cartaz 007 CONTRA SPECTRE

(Spectre, EUA, 2015, 2h28, 14 anos) Dir. Sam Mendes Com Daniel Craig e Christoph Waltz Uma mensagem póstuma de M coloca James Bond no rastro de uma misteriosa organização criminosa, sem o apoio de seus chefes na MI-6. BH Shopping 2: 11h20, 14h30, 17h50 e 21h15; BH Shopping 5: 12h20, 15h40, 18h50, 22h10; BH Shopping 7: 13h40, 16h50, 20h10; Betim 1: 14h30, 17h30 e 20h30 (*); Boulevard 2: 18h, 20h50; Boulevard 5: 15h, 17h50, 20h40; Cidade 2: 14h45, 17h45, 20h45 (*); Cidade 7: 15h50, 20h50; Contagem 2: 14h30 (*), 17h30 (*), 20h30; Del Rey 2: 14h30, 17h30, 20h30; Del Rey 5: 13h40 (exceto neste domingo, 15), 15h (somente neste domingo, 15), 16h40 (exceto neste domingo, 15), 17h50 (somente neste domingo, 15), 19h40 (exceto neste domingo, 15), 20h40 (somente neste domingo, 15) e 22h30 (exceto neste domingo, 15); Itaú Power 2: 14h40, 17h30, 20h30 (*); Itaú Power 6: 18h, 20h50; Minas 2: 18h (*), 20h50; Minas 3: 14h40, 17h30, 20h30 (*); Paragem 3: 15h, 17h50, 20h40; Via Shopping 2: 14h, 17h, 20h (*); Big 1: 14h30, 17h30, 20h30 (*); Norte 1: 14h30, 17h30, 20h30 (*); Diamond 1: 12h, 15h10, 18h20, 21h30; Diamond 4: 13h40, 17h10, 20h30; Metropolitan 1: 12h, 15h20, 18h30, 21h45; Metropolitan 2: 19h, 22h30 (*); Metropolitan 4: 11h, 14h15, 17h30, 20h50 (*); Monte Carmo 2: 14h20 (*), 17h20 (*), 20h20; Ponteio 2: 21h20; Ponteio Premier: 14h40, 17h40, 20h40; Pampulha 1: 20h25 (*); Pampulha 2: 15h30, 18h15, 21h (*); Pátio Savassi 5: 13h50, 17h10, 20h20, 23h30 (somente neste sábado, 14); Pátio Savassi 6: 15h, 18h50, 22h; Pátio Savassi 7: 17h50, 21h (*) Sessões dubladas

OS 33

(Los 33, Chile/EUA, 2015, 2h, 12 anos) Dir. Patricia Riggen Com Antonio Banderas, Rodrigo Santoro e Cote De Pablo No Chile, após um desmoronamento de terra, 33 mineradores ficam presos a 700 metros abaixo do nível do mar. As autoridades precisam lutar contra o tempo para salvar a vida dos trabalhadores. Ponteio 2: 14h50

A ACUSADA

(Accused, Holanda/Suécia, 2014, 1h33, 12 anos)

E Johnny Depp “voltou”... WARNER BROS./DIVULGAÇÃO

Daniel “Aliança do Oliveira Crime”, uma das estreias da semana (confira roteiro nesta página), pode não entrar para o panteão dos grandes filmes sobre a máfia. Mas tem ao menos uma contribuição incontestável, e muito bem-vinda, ao cinema: lembrar que Johnny Depp ainda sabe atuar. E bem, quando tem um material e direção adequados. E o grande segredo do diretor Scott Cooper (“Crazy Heart”, “Tudo pela Justiça”) para trazer o astro de volta do limbo criativo onde ele se encontra é conter o ator – usá-lo em doses homeopáticas. Depp não é nada senão uma presença hipnotizante e magnética em cena, um furacão sugando toda a atenção e energia em sua direção. E quanto menos você faz uso dela, mais forte essa presença é. A ironia é que, para isso, “Aliança do Crime” tenta abraçar uma vasta gama de personagens e histórias, que acabam tirando o foco de seu intrigante duo central. O longa conta a história real da aliança do título, entre o mafioso de Boston James “Whitey” Bulger (Depp) e o FBI entre os anos 1970 e 80. O criminoso fingia fornecer informações sobre a máfia italiana da cidade e, em troca, o agente John Connolly (Joel Edgerton), seu amigo de infância, fazia vista grossa para suas várias atividades ilegais. Essa complexa, e por vezes inacreditável, relação é a melhor parte do filme de Cooper. Especialmente porque é carregada por duas performances excelentes e diametralmente opostas. Depp faz de seu Bulger um vampiro, sugando sua

Dir. Paula Van der Oest Com Barry Atsma e Fedja Van Huet Baseado em um controverso processo judicial, Lucia, uma enfermeira, é sentenciada à prisão perpétua por ter matado pelo menos sete bebês e idosos, mas surgem dúvidas sobre sua culpa. Belas 2: 14h10

ATIVIDADE PARANORMAL 5 – DIMENSÃO FANTASMA

(Paranormal Activity: The Ghost Dimension, EUA, 2015, 1h28, 12 anos) Dir. Gregory Plotkin Com Chris J. Murray, Brittany Shaw e Olivia Taylor Dudley Quando se muda para uma nova casa com a família, Ryan Fleege encontra uma câmera capaz de registrar atividades paranormais e passa a gravar fenômenos malignos que os ameaçam ali. Boulevard 3: 14h e 18h30; Cidade 5: 18h50, 20h40 (*); Contagem 1: 18h50, 20h40 (*); Del Rey 1: 18h50, 20h40 (*); Itaú Power 5: 13h40, 15h30 (*); Minas 1: 19h10, 21h10 (*); Paragem 1: 18h30, 20h20; Via Shopping 4: 19h10, 21h (*); Big 5: 16h20, 18h20 e 20h20 (*); Norte 4: 14h40, 16h40, 18h40, 20h40 (*); Monte Carmo 3: 18h20,

Jhonny Depp, quase irreconhecível em “Aliança do Crime”

energia vital de todos ao seu redor até não precisar mais deles. E coerente com o estilo expressionista e visualmente transformativo do ator, isso está expresso no rosto e na atitude do personagem – Bulger é um psicopata, um monstro e não tem medo de extravasar sua violência. Já Edgerton (dos bons “Reino Animal” e “Warrior”) adota um estilo mais intimista, contido, e

seu rosto de bom rapaz para construir um Connolly que usa uma máscara e um figurino de herói para esconder sua ambição e sua falta de escrúpulos. Só que, enquanto o espectador deseja explorar mais as sombrias origens dessa fidelidade cega de Connolly a Bulger, “Aliança” abre seu foco para vários outros personagens – importantes, mas bem menos inte-

20h30 (*); Pampulha 5: 19h20, 21h10 (*) Sessões 3D: Metropolitan 6 (3D): 13h50, 15h50, 17h50, 19h50 (*)

DEPOIS DE TUDO

(*) Sessões dubladas

BEIRA-MAR

(Brasil, 2015, 1h23, 14 anos) Dir. Filipe Matzembacher e Marcio Reolon Com Mateus Almada e Elisa Brites Durante o inverno, dois jovens viajam ao litoral gaúcho e se abrigam em uma casa de vidro à beira-mar, a fim de fugir da rejeição familiar de Martin e da estranha distância que surgiu entre os dois. Belas 3: 21h30; Cine 104: 19h (exceto segunda, 16)

CIDADE DE DEUS – 10 ANOS DEPOIS

(Brasil, 2015, 1h10, 12 anos) Dir. Davi Borges e Luciano Vidigal Com Alice Braga e Seu Jorge O filme conta o que aconteceu com os atores do filme “Cidade de Deus”, de Fernando Meirelles e Katia Lund, dez anos após ser produzido. Belas 3: 15h30

(Brasil, 2015, 1h41, 12 anos) Dir. Johnny Araujo Com Marcelo Serrado, Maria Casadevall, Otávio Müller. Ney e Marcos dividem um apartamento, a paixão pela música e pela mesma garota. O tempo os distancia. Anos depois eles se reencontram revendo suas atitudes, emoções e lembranças. Boulevard 4: 13h10, 15h15; Cidade 4: 14h, 16h. 18h, 20h20; Contagem 7: 14h50, 16h50, 18h50, 20h50; Del Rey 4: 13h, 15h

DHEEPAN – O REFÚGIO

(Dheepan, França, 2015, 1h54, 12 anos) Dir. Jacques Audiard Com Antonythasan Jesuthasan, Claudine Vinasithamby e Kalieaswari Srinivasan. Dheepan, Yalini e a pequena Illayaal assumem identidades falsas para fugir do Sri Lanka, seu país natal, que está em guerra, mas encontram outra realidade violenta na França. Ponteio 4: 14h10

A FLORESTA QUE SE MOVE

ressantes. O elenco conta ainda com (respire) Benedict Cumberbatch, Kevin Bacon, Peter Sarsgaard, Corey Stoll, Adam Scott, Juno Temple, Julianne Nicholson – todos competentes e, por isso mesmo, parecendo merecer um filme só para eles. Dakota Johnson (“Cinquenta Tons de Cinza”), que vive Lindsey, esposa de Bulger, desaparece com pouco mais de meia hora de filme, sem muita explicação – provavelmente foi levar umas palmadas de Christian Grey por se envolver com a máfia. Isso é sintoma, na verdade, do forte caráter episódico do roteiro, que a montagem de David Rosenbloom nunca consegue disfarçar. Toda vez que a história está começando a ficar interessante, o longa dá um salto no tempo em vez de encarar as consequências dos atos de seus personagens. Esse coito interrompido é refletido na fotografia de Masanobu Takayanagi, que parece sempre parar antes que um movimento da câmera fique longo ou chamativo demais. O que, somado à trilha sóbria e pouco intrusiva, é claramente uma tentativa de Scott Cooper de desassociar seu longa da sombra inescapável de Martin Scorsese, e especialmente, “Os Bons Companheiros”, dada a estrutura do filme e seu universo. Para seu infortúnio, porém, o mestre já filmou uma versão da história de Bulger com Jack Nicholson em “Os Infiltrados”. E era melhor (porque ele é Scorsese). E Depp pode ser bom, mas nunca será um Nicholson.

(Brasil, 2015, 1h35, 16 anos) Dir. Vinícius Coimbra Com Gabriel Braga Nunes, Ana Paula Arósio e Nelson Xavier. Elias, um executivo prodígio, transforma-se em um assassino, com apoio da mulher, ao se deparar com a chance de ser presidente do banco em que trabalha. Paragem 5: 14h, 16h; Ponteio 2: 17h20, 19h20

GOOSEBUMPS – MONSTROS E ARREPIOS

(Goosebumps, EUA, 2015, 1h43, 10 anos) Dir. Rob Letterman Com Jack Black, Dylan Minnette e Odeya Rush A sobrinha do autor R.L. Stine, famoso pela série de horror “Arrepios”, une-se a um colega para enfrentar os demônios que escaparam dos livros do autor e ganharam vida em Greendale, Maryland. Contagem 8: 18h20, 20h30; Norte 5: 16h20, 18h20, 20h20; Pampulha 1: 14h40, 16h35, 18h30 (*) Sessões dubladas

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CINEMA em cartaz (continuação) GRACE DE MÔNACO

(Grace of Monaco, França/Bélgica/ EUA/Itália/Suíça, 2015, 1h42, 12 anos) Dir. Olivier Dahan Com Nicole Kidman e Frank Langella A história da crise no casamento e na identidade da ex-estrela de Hollywood Grace Kelly, durante uma disputa política entre seu marido, o Príncipe Rainier III de Mônaco, e o general francês Charles De Gaulle. Ponteio 3: 14h, 16h10

HOTEL TRANSILVÂNIA 2

(Hotel Transylvania 2, EUA, 2015, 1h29, livre) Dir. Genndy Tartakovsky Drácula e seus amigos tentam despertar o monstro em seu neto meio humano, meio vampiro, com o objetivo de impedir que Mason abandone o hotel. BH Shopping 1: 11h30, 13h45, 16h10 (*); Betim 3: 14h25 (*); Contagem 8: 14h30 (*); Minas 1: 13h40, 15h30, 17h20 (*); Paragem 1: 14h30, 16h20 (*); Big 5: 14h20 (*); Norte 5: 14h20 (*); Monte Carmo 3: 14h30, 16h20 (*); Pampulha 5: 15h40, 17h30 (*) (*) Sessões dubladas

MAMMA ROMA

(Mamma Roma, Itália, 1962, 1h46, 14 anos) Dir. Pier Paolo Pasolini Com Anna Magnani e Ettore Garofolo Mamma Roma é uma prostituta de meia-idade que sonha em mudar de classe social para poder voltar a viver com o filho adolescente, Ettore. Belas 2: 18h

OLMO E A GAIVOTA

(Olmo e a Gaivota, Brasil/ Portugal/ Dinamarca/ França, 2014, 1h27, 12 anos) Dir. Petra Costa e Lea Glob Com Olivia Corsini, Arman Saribekyan, Serge Nicolaï. Prestes a estrelar uma peça, a atriz Olivia engravida e, sob risco médico, é obrigada a passar os nove meses seguintes em repouso domiciliar. Belas 2: 16h10, 20h; Cine 104: 17h (exceto segunda, 16), 20h30 (exceto segunda, 16)

PERDIDO EM MARTE

(The Martian, EUA, 2015, 2h21, 12 anos) Dir. Ridley Scott

Com Matt Damon e Jessica Chastain Após ser deixado em Marte por sua equipe durante uma tempestade, o botânico Mark Watney precisa aprender a sobreviver no planeta até que uma missão de resgate chegue até lá. Sessões 3D: BH Shopping 1: 18h40, 22h; Pátio Savassi 2: 14h30, 17h40, 20h45

PETER PAN

(Pan, EUA, 2015, 1h41, 10 anos) Dir. Joe Wright Com Garrett Hedlund e Hugh Jackman, Levi Miller. Aos 12 anos, o rebelde órfão Peter recebe uma chamada para conhecer um mundo mágico: a Terra do Nunca. Lá, ele conhece novos amigos e enfrenta o pirata Barba Negra. BH Shopping 7: 11h (*); Contagem 8: 16h10; Del Rey 7: 13h50 (*); Diamond 5: 11h40 (*); Metropolitan 7: 12h20, 15h (*); Monte Carmo 4: 14h10 (*); Pátio Savassi 2: 11h50 (*) (*) Sessões dubladas

PONTE DOS ESPIÕES

(Bridge of Spies, EUA, 2015, 2h15, 12 anos) Dir. Steven Spielberg Com Tom Hanks, Mark Rylance, Scott Shepherd. Em plena Guerra Fria, o advogado James Donovan aceita defender Rudolf Abel, espião soviético descoberto, e acaba negociando sua troca por um prisioneiro norte-americano capturado pelos inimigos. Boulevard 3: 15h50, 20h20; Diamond 3: 14h; Diamond 5: 14h30, 17h40, 20h50; Ponteio 3: 18h20, 21h15

QUE HORAS ELA VOLTA?

(Brasil, 2015, 1h51, 14 anos) Direção: Anna Muylaert. Com Regina Casé, Camila Márdila, Michel Joelsas. Sem ver a filha Jéssica há mais de dez anos, a doméstica pernambucana Val reencontra a garota quando ela vem para São Paulo prestar vestibular, causando tensão na casa dos patrões onde a mãe mora. Belas 3: 17h10, 19h20 (exceto neste sábado, 14)

S.O.S. MULHERES AO MAR 2

(Brasil, 2015, 1h42, 12 anos) Dir. Cris Damato Com Giovanna Antonelli e Fabíula Nascimento Adriana, agora uma escritora bem-sucedida, descobre que a bela ex-noiva do namorado pretende se reconciliar com ele em um cruzeiro e convoca a irmã e sua ex-diarista para impedir a rival. BH Shopping 10: 12h35, 15h, 17h30, 19h55, 22h20; Betim 2: 14h20, 18h25, 20h40; Boulevard 4: 17h20, 19h25, 21h20; Cidade 6: 11h50(c), 15h15, 17h15,

19h15, 21h15; Contagem 5: 14h10, 16h20, 18h30, 20h40; Del Rey 4: 17h, 19h, 21h; Itaú Power 4: 14h20; Minas 6: 15h15, 19h15, 21h15; Paragem 5: 18h, 20h20; Via Shopping 5: 14h, 16h10, 18h20, 20h20; Big 4: 14h45, 16h45, 18h45, 20h45; Norte 3: 14h45, 16h45, 18h45, 20h45; Diamond 3: 14h, 16h40; Metropolitan 2: 14h, 16h30; Monte Carmo 1: 14h, 16h10, 18h20, 20h50; Pampulha 4: 15h05, 17h05, 19h05, 21h05; Pátio Savassi 7: 13h, 15h30

UM SENHOR ESTAGIÁRIO

(The Intern, EUA, 2015, 2h01, livre) Dir. Nancy Meyers Com Robert De Niro e Anne Hathaway, Jules, dona de um site de moda, passa a contar com um senhor de 70 anos, Ben, como seu novo estagiário. Enquanto ele busca novos desafios, ajuda Jules a lidar com desafios pessoais e profissionais. Pátio Savassi 8: 16h10, 19h, 21h45

O ÚLTIMO CAÇADOR DE BRUXAS

(The last witch hunter, EUA, 2015, 1h47, 12 anos) Dir. Breck Eisner Com Vin Diesel e Elijah Wood O filme acompanha um guerreiro que é forçado a unir forças com uma bruxa para impedir que uma praga se alastre e destrua a humanidade. BH Shopping 4: 22h30; BH Shopping 8: 13h55 (exceto neste domingo, 15), 16h35, 19h05, 21h35; Betim 3: 16h20, 18h30, 20h45 (*); Boulevard 6: 14h, 16h20, 18h40, 21h; Cidade 3: 13h50, 16h, 18h20, 20h40 (*); Cidade 7: 13h40, 18h40 (*); Contagem 4: 14h30(*), 16h40(*), 19h, 21h; Del Rey 3: 14h(*), 16h10, 18h20(*), 20h30, 22h50(*)(exceto neste domingo, 15); Itaú Power 1: 14h, 16h10, 18h20, 20h40 (*; Minas 4: 14h20, 16h40, 18h50, 21h10 (*); Paragem 2: 14h30, 16h40, 18h50, 21h; Via Shopping 1: 14h30, 16h40, 18h50, 20h50 (*); Big 2: 14h25, 16h25, 18h25, 20h25 (*); Norte 2: 14h25, 16h25, 18h25, 20h25 (*); Diamond 3: 19h20, 22h; Metropolitan 5: 13h30, 16h10, 18h45, 21h15 (*); Monte Carmo 4: 16h30(*), 18h40(*) e 20h50 Pampulha 3: 15h15(*), 17h15(*), 19h15, 21h15(*); Pátio Savassi 1: 14h50, 18h, 20h30; Pátio Savassi 4: 21h30 (*) Sessões dubladas

O ÚLTIMO POEMA

(Brasil, 2015, 1h10, livre) Dir. Mirela Kruel. A história da gaúcha Helena Maria, que se correspondeu com Carlos Drummond de Andrade durante 24 anos. Belas 3: 14h

VAI QUE COLA, O FILME

(Brasil, 2015, 1h34, 12 anos) Dir. César Rodrigues Com Paulo Gustavo e Cacau Protásio Quando finalmente aparece a oportunidade de recuperar a boa vida e sua cobertura de frente para o mar, Valdo terá de levar com ele toda a turma da pensão. BH Shopping 9: 11h40, 14h; Betim 2: 16h30; Cidade 1: 15h, 17h, 19h, 21h; Contagem 6: 14h, 16h, 18h, 20h; Itaú Power 4: 16h40, 18h50, 21h; Minas 6: 13h20, 17h20; Pátio Savassi 8: 14h

mostras CLÁSSICOS CINEMARK

A cada edição, longas considerados clássicos retornam às telonas em alta definição A Noviça Rebelde (The Sound of Music, Reino Unido/EUA, 1965, 2h54, 12 anos) Dir. Robert Wise Com Julie Andrews e Christopher Plummer No final da década de 1930, na Áustria, às vésperas do pesadelo nazista, uma noviça vai trabalhar como governanta na casa do capitão Von Trapp, que tem sete filhos, e traz alegria de volta à família. BH Shopping 8: 12h50 (somente neste domingo, 15); Pátio Savassi 1: 11h (somente neste domingo, 15), 23h(somente neste sábado, 14) Jogos Vorazes (The Hunger Games, EUA, 2011, 2h24, 12 anos) Dir. Gary Ross Com Jennifer Lawrence, Wes Bentley, Woody Harrelson. Depois da extinção da América do Norte, sua população é dividida em 13 distritos. Como num rito de passagem, todos os anos, dois jovens representantes de cada distrito são sorteados para participar dos Jogos Vorazes, um reality show mortal. Cidade 2: 21h (somente neste domingo, 15)

MOSTRA CINEMA E DIREITOS HUMANOS

A mostra levanta discussões contemporâneas sobre diversos temas como direitos das pessoas com deficiência; população LGBT, entre outros. Local: Cine Humberto Mauro do Palácio das Artes (av. Afonso Pena, 1.537, centro, 3236-7400). Gratuito. Neste sábado (14) 14h “Curta e Média” - Curta: “Meu Amigo

Nietzsche”, de Fáuston da Silva; média: “Silêncio das Inocentes”, de Ique Gazzola 16h “Porque Temos Esperança”, de Susanna Lira (Brasil, 2014, 1h11, 10 anos) 18h “Memórias para o Uso Diário”, de Beth Fromaggni (Brasil, 2007, 1h20, 12 anos) 20h “Betinho – A Esperança Equilibrista”, de Victor Lopes (Brasil, 2015, 1h29, livre) Neste domingo (16) 16h “Média” – “Nunca Mais Cochabamba, 11 de Janeiro de 2007”, de Roberto Alem 18h “Média” – “Correntes”, de Evelyn Kuriki, Caio Cavechini e Ivan Paganotti 20h “Curta e Média” – Curta: “Nau Insensata”, de Cristiano Sidoti; média: “Do Outro Lado da Cozinha”, de Jeanne Dosse Segunda (16) 15h “Gigantes da Alegria”, de Ricardo Rodrigues e Vitor Gracciano; “Encantados”, de Tizuka Yamasaki 17h Mostra Panorama – “Léo”, de Mariani Ferreiral; “Habita-me em Ti Transito”, de Claudia Rangel; “Quem Matou Eloá”, de Lívia Perez 19h Mostra Temática – “500 – Os Bebes Roubados Pela Ditadura Argentina”, de Alexandre Valenti; “Submarino”, de Rafael Aidar; “Quando meus Pais não Estão em Casa” Terça (17) 15h Mostra Temática Criança e Adolescente – “O Contador”, de Luiz Villaça 17h “Do Meu Lado”, de Tarcisio Lara Puiati; “Colegas”, de Marcelo Galvão 19h “Plantador de Quiabos”, de Coletivo Santa MaDeira; “Procura-se Janaína”, de Miriam Chnaiderman 21h “À Queima Roupa”, de Theresa Jessouroun

Janeiro, 1.046, centro, 3270-8100). Gratuito. Neste sábado (14) 17h “Marcas da Violência” (EUA, 2005, 1h36, 18 anos) 19h “Existenz” (Canadá, 1999, 1h37, 16 anos) Neste domingo (15) 15h “M. Butterfly” (EUA, 1993, 1h41, 16 anos) 17h “Videodrome – A Síndrome do Vídeo” (Canadá, 1983, 1h28, 18 anos)

O MUNDO MARAVILHOSO DE DISNEY

Animações do estúdio norte-americano divertem a criançada nas manhãs do fim de semana. A Princesa e o Sapo (The Princess and the Frog, EUA, 2009, 1h39, livre) Dir. Ron Clements e John Musker O amor inesquecível entre Tiana, primeira princesa negra dos estúdios Disney, e um sapo falante que se diz príncipe. BH Shopping 6: 12h40 (somente neste sábado, 14, e domingo, 15); Diamond 4: 11h20 (somente neste sábado, 14, e domingo, 15); Metropolitan 5: 11h10(somente neste sábado, 14, e domingo, 15); Pátio Savassi 6: 12h20 (somente neste sábado, 14, e domingo, 15) (*) Sessões dubladas BONFILM/DIVULGAÇÃO

Quarta (18) 15h Mostra Temática Criança e Adolescente – “A Visita”, de Leandro Corinto; “Alma da Gente”, de Helena Solbertg e Davis Meyer 17h “Numa Escola de Havana”, de Ernesto Daranas 19h “Na Direção do Som”, de Jonathan Gentil e Pedro Prado; “Ninguém Nasce no Paraíso”, de Alan Schvarsberg; “Feli, o Herói da Barra”, de Edson Fogaça 21h “Pele um Real”, de Aline Guimarães; “Muito Além do Peso”, de Estela Renner

MOSTRA DAVID CRONENBERG

A mostra almeja incitar os espectadores a pensarem sobre os caminhos das imagens e suas corporações no presente, tendo a instigante obra de David Cronenberg como o principal foco das visões. Local: Cine Sesc Palladium (r. Rio de

‘Hipócrates’ estreia em BH

almanaque

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Paulo Bressane bressane@otempo.com.br TIÃO MOURÃO/DIVULGAÇÃO

Exemplo alemão R

ecentemente, recebi o vídeo de um filme produzido na Alemanha, logo após o término da 2ª Guerra Mundial. Recuperado em HD e colorido, a peça é uma relíquia histórica. Aqui vai o link: vimeo.com/126267047. Nossos governantes têm muito que aprender com os alemães. Sob o jugo socialista dos nazistas, os alemães foram submetidos ao controle de preços, à burocracia, ao “capitalismo de

Boa gestão

Modesto e Silvia Araújo, à frente de uma das maiores redes de drogarias do país

compadres” (muito usado no Brasil atual) e à intromissão do governo nas grandes indústrias, ou seja, os produtores faziam o que os planejadores ordenavam, sob o lema de que servir ao Estado era o valor mais elevado. Logo após o embate mundial, com o país devastado e desmoralizado, chegou-se à conclusão de que era impossível conciliar os valores do ocidente com os da União Soviética, e o resultado foi a divisão entre Alemanha Ocidental e Alemanha Oriental.

PARA SORTE DOS ALEMÃES OCIDENTAIS, enquanto os aliados ainda não sabiam para onde levar a economia do país, o ministro da Economia, Ludwig Erhard, adepto do livre mercado, conseguiu colocar em prática um plano para restaurar a economia, combinando uma reforma monetária com a abolição dos controles econômicos. Para ele, os empreendimentos estatais nunca teriam capacidade de competir com o dinamismo do empresariado privado. Erhard defendeu um mercado sem privilégios e um Estado que deveria estabelecer as regras do jogo, mas deixar para a iniciativa privada a incumbência de tirar a economia da estagnação. Os resultados? Em dois anos, a produção industrial triplicou e nos anos 1960 a Alemanha Ocidental já era a terceira maior potência econômica do planeta.

entre a gente

Araújo foi o 6 Modesto palestrante na última

edição da Conexão Empresaria da VB Comunicação. Com o tema “O óbvio é sempre mais difícil de ver”, Modesto dissertou sobre as razões de sucesso da marca Araújo, contando um pouco do que a empresa faz para enfrentar a crise. A criatividade, por exemplo, é algo que sempre deve ser incentivado.

“

E nós, aqui, ainda discutindo o sexo dos anjos enquanto o país derrete sob o jugo petista

QUANTO À ALEMANHA ORIENTAL, na época submetida às imposições de um governo socialista, todos conhecem a história, ou seja, o regime levou o país ao fracasso porque insistiu em burlar as leis econômicas. O capitalismo onde o Estado exerce controle direto sobre uma grande parte da economia tem como resultado – como bem vemos aqui no presente momento – o suborno e a corrupção. A esquerda brasileira precisa entender que a economia privada é o caminho mais seguro para a prosperidade. A intervenção do Estado deve acontecer apenas para consertar suas falhas, evitar a concentração de poder e fornecer bens coletivos que o mercado não oferece. E nós, aqui, ainda discutindo o sexo dos anjos enquanto o país derrete sob o jugo petista.

compro6 Osvamnúmeros o sucesso da mar-

ca Drogaria Araújo, uma das maiores redes de varejo neste segmento no país: 109 anos de mercado; 150 lojas em BH e grande BH, 7.000 funcionários diretos e um faturamento anual na casa de R$ 1, 6 bilhão. Entre as novidades, está o primeiro Centro de Distribuição que consumiu investimentos de R$ 100 milhões e ficará pronto em meados de 2016.

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estilo

EM CASA> Saiba como incorporar certos ingredientes na sua rotina de cuidados de pele e cabelos

Beleza direto da cozinha MARIANA RODRIGUES/DIVULGAÇÃO

A terapeuta capilar Renata Fraga é adepta de tratamentos com produtos naturais e orgânicos

Já ouviu aquele papo de que problema de beleza se resolve em casa? Como uma alternativa mais barata para a manutenção da beleza, as receitas caseiras dos dias de hoje estão repaginadas, é fato. Tanto que, na internet, os tutoriais em vídeos e posts de blogs pipocam o tempotodo com várias alternativas incríveis – algumas até mirabolantes, mas garantemum resultado satisfatório. Algumas, inclusive, juram de pés juntos que esses truques são mais eficazes do que qualquer tecnologia na prateleira. Agora, antes de abrir a geladeira para procurar algo que possa ajudar na manutenção da beleza, o que vale levar em consideração são os ingredientes necessários e sua funcionalidade nos dias de hoje. Lorena K. Martins

De acordo com a dermatologista Daniela Ribeiro, os produtos que vêm da cozinha são muito mais naturais e costumam causar menos alergias de contato já que contêm menos conservantes e corantes sintéticos. “Não se esqueça de escolher ingredientes orgânicos, pois assim não têm conservantes e corantes. Para o cabelo, os ideais são os óleos, o abacate, o leite e o ovo. Já para a pele, o iogurte natural, a aveia, o mel e o açúcar mascavo são ótimos”, disse. Adepta dos cuidados caseiros, a jornalista Julia Nery, 25, investiu nas receitas depois de conhecer vários blogs e grupos na internet que ensinam muitos truques com ingredientes da cozinha. Foram justamente essas receitas e tutoriais divulgados que garantiram a ela cachos mais hidratadose naturais, após abandonar a progressiva que ela utilizou durante dez anos. “A pri-

meira coisa que eu testei foi dormir com óleo de coco nos fios. Hoje, eu misturo o açúcar no creme para hidratar e esfoliar o couro cabeludo e sigo as dicas de quem já testou”, explica ela, que alterna os ingredientes naturais com produtos de boa qualidade. “Já tem um ano e meio que uso e vejo meucabelo crescendo bem e sempre hidratado”. PROIBIDOS Apesar do resultado surpreendente de quem é adepto dos cuidados caseiros, alguns ingredientes devem ser evitados, de acordo com a dermatologista. “O figo, o limão, o caju são frutas que, quando expostos ao sol, podem causarqueimaduras de até segundo grau”. Quanto aos alérgicos a alguns alimentos, vale evitar o uso deles na pele. “Se você nunca ingeriu o alimento e for a primeira vez que for usar, deve testá-lo antes, na pele do braço, em pequena

quantidade,e aguardar 48 horas. Se não houver irritação o alimento pode ser usado”, alerta. Para Renata Fraga, terapeuta capilar e proprietária do salão Valentina, em Belo Horizonte, o principal vilão dos cabelos são os ingredientes à base de glúten, responsáveis por provocar a queda excessiva dos fios. “Ele forma uma espécie de cola, que adere ao intestino e gera uma inflamação, que reverbera em todo o corpo, principalmente nos fios”, explica. Ao contrário do “boom” dos tutoriais que ensinam hidratar os fios com amido de milho, acredita que seu uso não é eficaz. “A maisena é um pó que não contém nenhuma proteína. Então, ela pode ‘entupir’ o couro cabeludo, não indico usar”, conta. Para não restar dúvidas, selecionamos alguns truques caseiros para usar a cozinha a favor da sua beleza.

ABRA A GELADEIRA Confira os ingredientes simples que você pode encontrar no supermercado e cuide da pele e dos cabelos sem sair de casa. Confira algumas indicações preciosas, listadas pela dermatologista Daniela Ribeiro. Óleo de coco Excelente para a pele seca e também para o cabelo, além de retirar toda a sua maquiagem sem agredir a pele. Mel Auxilia no combate às rugas. Aplique puro na face, deixe agir por dez minutos e depois lave com água morna. Iogurte Para hidratar a pele, faça uma máscara colocando iogurte integral, aveia e um pouco de mel. Abacate Essa fruta tem óleos maravilhosos que são perfeitos para o cabelo. Use

como uma máscara hidratante ou misturada ao creme. Aveia Ela contém 18 aminoácidos diferentes, essenciais para a saúde da pele. Os aminoácidos agem como blocos de cimento, ajudando na reconstrução do tecido e na cicatrização da pele. Na forma de máscara, ajuda a eliminar cicatrizes, espinhas e machucados, além de reparar a pele. Pepino gelado Ele é um clássico para as olheiras. Corte duas rodelas de 2 cm de espessura cada, deixe gelar bem e aplique nos olhos durante 15 minutos. Assim que esquentar, já é o momento de retirar. “O peso e o fato de estar gelado é que ajudam a melhorar o inchaço e a fechar os vasos sanguíneos, diminuindo a cor arroxeada típica das olheiras”, disse.

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NÉCESSAIRE Listamos uma série de produtos para os cuidados da pele e dos cabelos com bases em ingredientes naturais que proporcionam um “up” na sua beleza. Confira!

6 Abacate Máscara de

hidratação e nutrição para os cabelos a base de óleo de abacate Onde thebeautybox.com. br Quanto R$ 37,90

Esfoliante corporal com 6 Detox açúcar mascavo e óleo de da-

masco, que cria uma textura deliciosa sem agredir a pele Onde sephora. com.br Quanto R$ 99

Hidratação Loção corporal com aloe vera, óleo de coco e óleo de semente de gergelim que revigora e hidrata a pele Onde weleda.com. br Quanto R$ 71,90

Para fazer em casa MARIANA RODRIGUES/DIVULGAÇÃO

Renata Fraga, terapeuta capilar e proprietária do salão Valentina, em Belo Horizonte, é adepta dos ingredientes naturais para a manutenção dos fios. Se você não resiste a um bom tratamento caseiro, confira algumas receitas para os fios com produtos do seu dia a dia.

BRILHO E MACIEZ Reza a lenda que a poderosa Cleópatra não abria mão de um banho de leite para renovar a pele e realçar a sua beleza. De acordo com o terapeuta capilar Renata Fraga, o leite é utilizado para hidratar os fios dos cabelos e mantê-los alinhados – o ácido lático é um alisante natural – e com brilho. “De fato, o leite tem ácidos maravilhosos para o fio, mas ele tem que ter procedência: deve ser orgânico, nada de industrializado. O leite de cabra é uma boa opção também”. Como fazer Para hidratar, use o leite com duas colheres de iogurte orgânico sem açúcar, ou uma colher de mel, ou, ainda, ¼ de abacate amassado. O cabelo tem que estar seco para absorver melhor a mistura. Aplique e deixe agir por 20 minutos. Exágue e depois lave com xampu e condicionador.

STOCKXPERT/ARQUIVO

Abacate contém óleos para hidratação

STOCKXPERT/ARQUIVO

Óleo de coco é excelente para o cabelo

DETOX CAPILAR ALEX DE JESUS -2.4.2008

MARIANA RODRIGUES/DIVULGAÇÃO

Máscara da Doctor 6 Selagem Hair com proteína hidrolisada

do trigo e manteiga de cupuaçu. Promove recuperação instantânea dos fios Onde doctorhair.com.br Quanto R$ 53,70

Alecrim é indicado para esfoliação do couro cabeludo TOCKXPERT/ARQUIVO

Reparador Sérum de óleos de coco, macadâmia, monoil e vitamina E que controla o frizz dos cabelos mais rebeldes Onde sensescosmeticos.com.br Quanto R$ 55

Açúcar é ótimo esfoliante também para o corpo e lábios

Mel aplicado na face ajuda no rejuvenescimento da pele Para livrar os fios daquele aspecto pesado, seco e oleoso, lavá-los com xampu e condicionador não é suficiente. Para isso, o detox capitar é útil, já que ele entra como uma opção para usar antes do xampu. “O resultado dessa limpeza profunda é a prevenção da queda dos cabelos, o fim da caspa e a eliminação do aspecto de sujo deixado pelos cabelos oleosos. Ao massagear o couro cabeludo, você estará desobstruindo os poros, fazendo com que os fios cresçam mais fortes e saudáveis”, explica a terapeuta

capilar Renata Fraga. Como fazer Use 5 colheres de sopa de vinagre, uma de alecrim e uma colher de chá de açúcar refinado. Misture tudo, deixe marinar por 15 minutos. Passe no couro cabeludo, com um algodão, massageando suavemente por dois minutos. Deixe agir por 10 minutos e, depois, lave normalmente. Use esse procedimento nos cabelos pelo menos duas vezes por semana.

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Relax

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A serra Cipó, perto de BH, é ótima para passar um fim de semana ... Pág. 35

CIDADE DO CABO >No extremo sul do continente africano, destino é uma ode à natureza e à beleza MATEUS BARANOWSKI/DIVULGAÇÃO

Panorâmica De cima, a Cidade do Cabo lembra o Rio de Janeiro

Cenário perfeito Paulo Campos

Cape Town (ou Cidade do Cabo, na tradução literal), a principal porta de entrada da África do Sul, ao lado de Johanesburgo, é a cidade mais turística do país, um lugar mágico, que seduz imediatamente o visitante pelas paisagens que misturam praias, rochas e montanhas e atmosfera europeia. Do alto, a Cidade do Cabo lembra muito o Rio de Janeiro. No lugar do Cristo Redentor está seu cartão-postal máximo, a Table Mountain (ou Montanha da Mesa, denominação traduzida do africâner

“Tafelberg”), uma moldura natural com cerca 1.800 m de altura e uma vista de 360º de tirar o fôlego. CHARME Na Cidade do Cabo, escolha hospedar-se em um hotel em local mais tranquilo e afastado do centro da cidade, como Tamboerskloof, um bairro residencial localizado atrás da Table Mountain e da Lion’s Head (Cabeça de Leão). Nossa escolha foi o aconchegante Cape Milner, um hotel-butique que mistura o contemporâneo ao charme do Velho Mundo. A cidade mais charmosa da África do Sul é cosmopolita, multicultural. Percebe-se

isso claramente no centro, pela convivência harmoniosa entre edifícios modernos e históricos. É impossível ficar indiferente às construções vitorianas, com varandas de ferro forjado, herança da colonização inglesa. A atmosfera europeia apanha logo o visitante na capital administrativa da África do Sul, sede do Parlamento Nacional e o lugar mais próximo do cabo da Boa Esperança, que você aprende, nas aulas de história, que se trata da confluência entre os oceanos Atlântico e Índico. O atrativo, dentro de uma reserva natural, pode ser atingido pela estrada de

Chapman’s Peak Drive, em meio a mata exuberante e próximo de praias de areias finas e águas gélidas. O local já serviu de cenário para o filme “O Piano”. A segunda maior cidade da África do Sul, depois de Johannesburgo, com cerca de 3,5 milhões de habitantes, é hoje o lugar preferido de intercambistas de várias partes do mundo. Foi descoberta em 1488 pelo português Bartolomeu Dias, em sua procura pelas Índias. A Cidade do Cabo foi logo tomada por ingleses e holandeses, o que explica sua atmosfera europeia. Você pode passar meses na cidade sem se dar conta de que

está na África. Pelas suas ruas circulam muçulmanos, judeus, negros, europeus e africâneres. TURISMO LGBT A Cidade do Cabo é um destino “gay friendly”, ou seja, olha de maneira amigável para lésbicas, gays, bissexuais, travestis, transexuais e transgêneros – na África do Sul, o casamento entre pessoas do mesmo sexo é permitido. O país foi um dos primeiros do mundo a garantir, em sua Constituição, o direito à livre orientação sexual. * Acesse www.capetown.travel ou www.capetown.gov.za ou www.tourismcapetown.co.za

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O ponto turístico mais importante da região e um dos símbolos da África do Sul é a Table Mountain (Montanha da Mesa)

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Paulo Campos paulocampos@otempo.com.br

Check incheck out

SALA VIP

Redes hoteleiras de luxo da África Uilalá! A querida Vilma Alagiwayanna, da agência VTours, representante da operadora de luxo Queensberry em Minas Gerais, reuniu quatro grandes redes hoteleiras – Saxon Hotel

Villas & Spa, Shambala Private Game Resort, One&Only e South Africa Finest – para um almoço no Max Savassi, no fim de outubro, para apresentar as novidades de hotéis de luxo no conti-

nente africano. O evento, concorridíssimo, contou com o prestígio dos melhores operadores e agentes de viagens de Belo Horizonte. Vilma aproveitou a ocasião para apresentar os pa-

cotes da Queensberry para o destino.”Essa foi uma nova oportunidade do mercado mineiro ter conhecimento das inovações dessas redes hoteleiras”, afirmou. FOTOS MARCUS VILELA/DIVULGAÇÃO

segmento 6 Novo Com o intuito de

conciliar a teoria e a prática, de promover a vivência e a interação do aluno com atividades de campo, a agência Turismo Estudantil (TE) vem conquistando o mercado acadêmico de Belo Horizonte e do interior de Minas. A TE atua ao lado de instituições de ensino, atendendo a demanda de alunos e professores. Para saber mais, acesse www.turismoestudantil.com.br.

TE/DIVULGAÇÃO

Vilma Alagiwayanna, a representante da Queensberry, em Belo Horizonte, faz a apresentação aos agentes de viagens

Andres Broson e Flávia Máximo (Queensberry), Vilma (VTours), Karen Van Schalkwyk (One& Only) e Miguel Brunido(SaxonCollection)

Carolina Oricchio, executiva de Vendas da companhia aérea South African Airlines, também esteve presente ao evento no Max

Turismo estudantil em Ouro Preto: um segmenti em crescimento no mercado

Embarque imediato Os agentes de viagens presentes tiveram a oportunidade de prestigiar pela segunda vez essas redes hoteliras em Belo Horizonte

Eloíza e Márcio Passos (DBrasil) fizeram parte do seleto grupo de agentes convidados pela VTours para o evento no Max

Da equipe de Vilma Alagiyawanna (à esquerda), Alessandra Silva e Elcilene Gouveia foram auxiliar os agentes de viagens convidados

voos 6 Novos Para atender à de-

Os antenados Dirceu Diniz (Mappa Turismo), Alberto Antonini (Porto Velho) e Fernando Pessoa Araújo (Destaque Turismo)

Flávia Máximo (Queensberry, de São Paulo) posa ao lado da agente de viagens Ana Paula Magalhães (Central do Estudante)

Beatriz Telles de Carvalho e Marcia Poeiras Santos também participaram do evento para descobrir novidades e pacotes do destino

Orlando 6 Para Falando em Azul,

O salão do Max Savassi ficou lotado para ouvir explanações de Vilma Alagiwanna (VTours) e Flávia Máximo (Queensberry)

As agentes Letícia Westin (FlyMe), Carolina Tolentino (ARC Turismo), Luciana Lessa (Tia Eliane) e Alessandra Lemos (FlyMe)

Paulo Camargo (ElloTurismo), Daura Alvarenga (freelancer), Ana Paula Magalhães (Central do Estudante) e Thelma Cristina

manda de verão, a Azul ofertará voos extras, entre dezembro e fevereiro, a partir do Aeroporto Internacional de Belo Horizonte. As operações complementares envolverão oito destinos (São Paulo, Natal, Porto Seguro, Cabo Frio, Maceió e Salvado, além dos temporários João Pessoa e Caldas Novas).

a companhia estreia na segunda-feira (16/11) o voo para Orlando do recém-inaugurado Terminal 3, no setor de Check-in 2. A Azul passará de 13 para 16 balcões, assim como totens de autoatendimento com balança, possibilitando a etiquetagem das bagagens pelos clientes.

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WATERFRONT >Revitalizada, área portuária tem shopping, roda gigante, oceanário e restaurantes

A cidade pulsa no porto “

FOTOS MATEUS BARANOWSKI/DIVULGAÇÃO

Paulo Próximo ao Campos centro, Victoria & Alfred Waterfront, ou a área do porto, é a primeira parada obrigatória na Cidade do Cabo. Na charmosa área portuária, estão os melhores restaurantes, discotecas, mercados, lojas de grife e uma bela vista para se relaxar. Também estão shoppings de compras, como o Victoria Wharf, o Food Market e o Craft Market (mercado de Artesanato). Construído em 1860 para funcionar como porto de abrigo às embarcações inglesas, Waterfront foi recuperado, assim como várias zonas portuárias no mundo. O píer lembra a atmosfera de Puerto Madero, em Buenos Aires. Duas das principais atrações são a roda-gigante e o oceanário.

MANDELA O local é ótimo para se tomar um drinque curtindo o pôr do sol. É nessa área também que os turistas partem de ferryboat para a Robben Island, prisão de alta segurança fechada em 2004 e onde esteve Nelson Mandela, ícone antiApartheid. Os passeios partem da Torre do Relógio em quatro horários diários (9h, 11h, 13h e 15h), e os ingressos devem ser adquiridos com antecedência pelo site www.robben-island.org. za. Muitos dos guias são ex-prisioneiros.

O apartheid foi um regime de segregação racial adotado de 1948 a 1994 pelos sucessivos governos da África do Sul

APARTHEID Se quiser mais informações sobre o apartheid, a dica é o District Six, demolido nos anos 60 para forçar a separação racial. Essa e outras histórias estão documentadas no District Six Museum, uma igreja transformada em museu com exposição permanente. Outro monumento que mantém viva a história do Apartheid é a gótica St. George’s Cathedral, o único local na cidade que aceitava frequentadores brancos e negros. O templo foi palco de sermões calorosos do arcebispo Desmond Tutu, ganhador do Prêmio Nobel da Paz. Para completar o tour histórico, adicione na sua programação o Castelo da Boa Esperança, fortaleza construída pelos holandeses entre 1660 e 1700, e o South African Museum and Planetarium, que ajuda a entender o passado do continente, com seus fósseis e objetos de história natural. CAPE MILNER/DIVULGAÇÃO

Cape Milner: quartos confortáveis, numa região tranquila

ONDE HOSPEDAR-SE Hotel Cape Milner Desenhos geométricos coloridos, artesanato africano e tetos cor de prata criam um santuário butique elegante para os viajantes corporativos e de lazer em uma arquitetura vitoriana. São três tipos de acomodação: executiva, luxo e standard , todas confortá-

veis e bm equipadas. Oferece estacionamento, recepção 24 horas, serviço de transporte de cortesia para Waterfront e o centro de Capetown, serviço de câmbio, academia, piscina, área de eventos e wi-fi com 200 MB livres, Diárias a partir de 80 rands. 2ª Milner Road, Tamboerskloof.

Waterfront é um lugar perfeito para passar o fim de tarde, contemplando o entardecer, os leões-marinhos e as aves

DESTAQUES

Roda-gigante Símbolo de Waterfront, à beira-mar, com cerca de 50 m de altura; um dos melhores momentos para fotografias é o pôr do sol

Farol Em Cape Point, esse é o melhor local para contemplar a vista do cabo da Boa Esperança, com o céu, as nuvens e o oceano em um mesmo nível

Uma história de 330 anos Os arredores da Cidade do Cabo são famosos pelas fazendas produtoras de vinhos. Para turistas que não pretendem afastar-se muito da cidade, Groot Constantia, a 45 minutos do centro, é uma ótima alternativa. Groot Constantia é a mais antiga propriedade produtora de vinho da África do Sul, com registro ininterrupto de produção de vinho desde 1685. Os vinhos ali produzidos chamaram a atenção de sommeliers do mundo todo. O estoque do produto é considerado precioso. Para se ter uma ideia, um copo de vinho Groot Cons-

tantia foi um dos últimos desejos de Napoleão antes de morrer no exílio em Santa Helena. Por esse motivo, Groot Constantia é monumento nacional e um museu com a tarefa de preservar a herança cultural da indústria do vinho sul-africana. Groot Constantia oferece tour pelos vinhedos, visitas às caves e degustação de vinhos a partir de 40 rands. Quem quiser estender a experiência, pode jantar em um dos dois restaurantes da fazenda, Jonkershuis e Simon, além de visitar o Museu Iziko, que abriga artefatos e fotos com a história da propriedade.

História Em 1966, durante o Apartheid, o Six District foi decretado área para brancos e suas casas demolidas; essa história é contada em museu

8 Direção Os ingleses ocuparam a Cidade do Cabo em 1795; por esse motivo, ela se internacionalizou rápido; até a mão da direção é inglesa

QUEM LEVA na em Victoria Falls. A partir de US$ 4.130. Inclui 21 noites, 21 cafés, 18 almoços e 12 jantares, além das atividades. Programas: South Africa Sel-Drive: Safári de 14 dias começa em Johanesburgo e termina na Cidade do Cabo, incluindo 13 dias de hospedagem com café da manhã. Preços sob consulta.

(*) Os preços incluem apenas a parte terrestre. Aéreo sob consulta. COMO IR Agência: SS Viagens

World in One Country: 20 dias de safári somente pela África do Sul, de Johanesburgo à Cidade do Cabo. Preços sob consulta.

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Highlights of Southern Africa: Uma combinação de Cidade do Cabo, Kruger National Park e migração em Victoria Falls. Preços sob consulta.

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Southern Experience: Começa na Cidade do Cabo e termi-

Email: info@jenman-safaris. com ou alessandra@jenmansafaris.com

O jornalista viajou com cobertura do seguro:

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CITY TOUR >Sightseeing percorre os atrativos FOTOS MATEUS BARANOWSKI/DIVULGAÇÃO

No Kirstenbosch National Botanical Garden

Para estar mais perto da natureza Um dia deve ser dedicado a Cape Point, 60 km a sudeste de Cape Town, no extremo sudeste da África. No Parque Nacional da Table Mountain, encontra-se o cabo da Boa Esperança, batizado inicialmente por Bartolomeu Dias como cabo das Tormentas, em 1488, e rebatizado depois por dom João II. O cenário natural imaculadoconta com umabela vista e um farol desativado, acessível por funicular. O local também pode ser acessado de bicicleta ou por caminhada. Se você tiver sorte, pode ver animais por lá, como avestruzes, babuínos e zebras, mas só a vista compensa todo o esforço. Paulo Campos

COLÔNIA Próximo dali, Boulders Penguin Colony, na Boulders Beach, élocal de preservação do pinguim africano, uma colônia única no mundo. A área foi inaugurada em 1982 com dois casais e atualmente tem mais de 3.000 aves. Depois de atravessar as catracas e pagar 60 rands, pode-se percorrer a faixa de areia e explorar as grandes pedrasde granito de 540 milhõesanos eas pequenas piscinas naturais. Para ver as aves de perto,

a Foxy Beach é o lugar mais indicado. As passarelas colocamos visitantes a poucosmetros das aves. O local tem restaurante, café e lojinhas. JARDINS No Kirstenbosch National Botanical Garden, o mais famoso jardim botânico da África do Sul, fundado em 1913 e declarado em 2004 patrimônio mundial pela Unesco, há espécies de plantas e flores de diversas regiões da África, como trilhas suspensas que levamàsencostasda montanha. Mas ninguém vai realmente a Cape Town se não fizer, pelo menos, dois programas: embarcar em um sightseeing, ônibus double deck aberto que percorre toda a cidade, e subir a Table Mountain. Os dois programas obrigatórios emCapetownpodem sercombinados facilmente.

Os ônibus partem diariamentedoTwoOceansAquarim, a cada 15 minutos, a partir das 9h, e o usuário podeusar oseu bilheteparasaltar em qualquer das paradas perto de um atrativo e apanharnovamenteoônibus seguinte. Os bilhetes para um dia custam 170 rands (equivale a R$ 44,81) e, para dois, 270 rands (R$ 71,16). O tour é a melhor escolha para se atingir a Table Mountain (ou Montanha da Mesa), onde se sobe – dependedas condições do tempo – de bondinho para se contemplar Cape Town de uma maneira arrasadora. Ao chegar lá, você irá entender a origem do nome da montanha. Turistas aventureiros dispensam o bondinho e preferem uma das trilhas sinuosas que levam ao cume da montanha.

Ônibus percorre duas rotas distintas (Vermelha e Azul)

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NO ENTORNO >Praias e Rota Jardim são alguns dos programas

Além dos tours convencionais A Cidade do Cabo está salpicada de praias, como a 3rd Beach, frequentada pelo público LGBT, e a naturista Sandy Beach, além de Bantry Bay, Sea Point e Green Point, essa última com um farol e com muitas pedras. Elas estão no caminho para o sofisticado balneário Camps Bay, que, além de faixa de areia fina e branquinha, oferece vista para o morro Doze Apóstolos e ótima infraestrutura à beira-mar. Boa parte das praias tem pedras e águas geladas. Paulo Campos

BALADAS No quesito balada, De Waterkant Village e Green Point são as áreas mais animadas da cidade. Mas há uma infinidade de bares e boates em bairros, como Tamboerskloof, Loop, Wale e Orange Street. Long Street é a mais agitada rua da cidade. ATRATIVOS Mas há outros atrativos na cidade que não devem ser ignorados, mesmo para quem dispõe de pouco tempo, como Two Oceans Aquarium, onde pode-se observar mais de 3.000 animais marinhos, o Museu Marítimo, com a maior coleção de

modelos de navios do hemisfério sul, o South African Museum e Planetarium, museu que abriga exposições de arte rupestre e que tem um planetário ao lado.

cem mais tempo, como tours de barcos que levam até Hermanus, para observar baleias, e a Gnsbaai, para mergulhar ao lado de tubarões.

MUÇULMANO Depois do Six District e de Woodstock, o Bo Kaap, bairro muçulmano, é muito interessante. Teve as suas habitações recuperadas e pintadas em tons fortes, coloridos. Nessa área, visite as mesquitas e o Bo Kaap Museum.

ROTA JARDIM Beirando o oceano Atlântico, a famosa “Rota Jardim” é um trajeto de carro que pode ser percorrido pelo litoral, de Western Cape a Eastern Cape, por uma estrada que corta a África do Sul. O nome jardim se deve às paisagens que misturam vegetação, montanhas e lagos. Port Elizabeth e Plettenberg Bay fazem parte do circuito.

TOURS Fora dos roteiros tradicionais, os arredores guardam passeios curiosos para os turistas que permane-

EDITORIA DE ARTE / O TEMPO

7 Boulders Penguin Colony Boulders Beach faz parte do parque Table Mountain National. Na cidade de Simon, está a praia que é o lar de uma colônia de reprodução de mais de 2.000 pinguins africanos em vias de extinção (60 rands)

9 District Six Museu (www.districtsix.co.za) reaviva as memórias dos habitantes que, em 1966, viram o seu perímetro ser declarado “zona branca” e, na década de 1970, assistiu à demolição de suas habitações. Hoje, é uma memória viva da época do aparthaid

6 Robben Island A 40 minutos de Cape Town, a ilha-museu é o local onde Nelson Mandela cumpriu 18 anos de prisão. Primeiro você dá uma volta de ônibus pela ilha e, depois, no interior da prisão, com explicação dos guias (220 rands)

8 City Seightseeing Uma ótima maneira de conhecer a cidade é através do Hop-On-Hop, um serviço em ônibus double deck aberto, que circula a cada 20 minutos e faz uma viagem de 80 minutos, parando em uma série de atrações turísticas

10 Woodstock Bairro abandonado e decadente foi revitalizado e transformado em um lugar cool e artístico, com lojas descoladas e ateliês. Aos sábados, acontece o Neighbourgoods Market, feira com barracas de roupa, comida e artesanato

CAPETOWN/DIVULGAÇÃO GROOT CONSTANTIA/DIVULGAÇÃO

É um lugar inevitável em Cape Town, ótimo para bater perna. Não deixe de visitar o mercado de Victoria Market & The Red Shed, com produtos interessantes e suvenires

CAPETOWN/DIVULGAÇÃO

4 Victoria & Albert Waterfront

MATEUS BARABOWSKI/DIVULGAÇÃO

A reserva leva até o Cabo da Boa Esperança, confluência entre os oceanos Atlântico e Índico. O atrativo pode ser atingido pela estrada de Chapmans Peak Drive, em meio a mata, e depois por teleférico (110 rands/adultos e 50 rands/crianças)

2 Long Street A rua turística oferece restaurantes, bares, antiquários, lojas de conveniência ou de roupas. Transborda de gente até a noite. Ótimo lugar para observar o cotidiano da cidade e para admirar a arquitetura vitoriana

CAPETOWN/DIVULGAÇÃO

5 Cape Point

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Mais antiga propriedade produtora de vinho da África do Sul, Groot Constantia ostenta 330 anos de vinhos lendários. O passeio oferece uma visita à antiga casa, degustação de vinhos e almoço em um dos restaurantes da fazenda

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3 Rotas do Vinho

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1 Table Mountain É como ir ao Rio de Janeiro e subir no Corcovado para avistar a cidade de cima. Suba de teleférico (195 rands) e desça a pé pelas inúmeras trilhas. Aproveite para tomar drinque no restaurante admirando a maravilhosa vista

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DEZ PASSEIOS OBRIGATÓRIOS

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GIRAMUNDO Natal iluminado em Pernambuco Enotel terá programação especial no período de Natal; operadora oferece pacote especial para colocar as famílias em clima natalino O complexo do Enotel, na vila de Porto de Galinhas (PE), surgirá no Natal como “Resort Luz” e dará as boas-vindas às famílias com uma festa iluminada, para celebrar a data com o verdadeiro espírito natalino. O pacote da operadora Abreu inclui passagem aérea (voando Gol), sete noites de hospedagem e traslado. O “Resort Luz” contará com banquete especialmente preparado para a data,

chegada-surpresa de Papai Noel, entrega de presentes dos pais às crianças pelo próprio Bom Velhinho, coral de Natal, presépio, desfile natalino musical, mesa natalina e atrações diurnas, como feirinha de artesanato, festa de espuma, churrasco e roda de samba. Há descontos para compras antecipadas até segunda feira, dia 16 de novembro. Na praia de Muro Alto, o Enotel é o único all inclusive da vila e oferece 348 apartamen-

tos bem-decorados, confortáveis e com ótima infraestrutura, dois parques aquáticos, kid’s club e três restaurantes contemplando as culinárias portuguesa, nordestina e asiática, além de spa, fitness center e entretenimento noturno. O preço está a partir de R$ 4.710 (com gratuidade de duas crianças só na hospedagem no mesmo apartamento dos pais). Consulte seu agente e peça esse pacote da operadora Abreutur. ENOTEL/DIVULGAÇÃO

Com o Galo nos EUA O Galo Camp é uma oportunidade de meninos de 12 a 17 anos treinarem nos EUA durante a pré-temporada do Atlético. Guias especializados e um treinador da categorias de base do clube coordenarão todos os passos e atividades do programa, com a supervisão do Fort Lauderdale Strikers. A True Experience oferece pa-

cote com aéreo, oito diárias em apartamento standard, dois guias especializados e dois treinadores, dois ingressos para jogos doAtlético, treinamentos diários, acesso a treinos abertos, ingressos para parques de Orlando e seguro de viagem. O custo é de US$ 760 (aéreo) e a partir de US$ 2.200 (hospedagem). Informações: (31) 3213-1033.

Roteiros de Charme A associação Roteiros de Charme ganhará três novos associados em 2016. Os hotéis selecionados para fazer parte do novo “Guia Passaporte Roteiros de Charme”,

em sua 24ª edição, são a pousada Mauá Brasil, em Visconde de Mauá (RJ), a pousada Bendito Seja, na praia do Espelho (BA), e o Zorah Beach, na praia de Guajiru (CE).

Maceió Em clima de Natal A Abreutur está convidando você a viajar para Maceió (AL) no período de Natal, hospedando-se no Maceió Mar Hotel. O programa inclui passagemaérea (voando Gol),sete noites de hospedagem com café da manhã, traslado, city tour e litoral sul. O preço está a partir de R$ 1.770 (com gratuidade de duas crianças somente na hospedagem no mesmo apartamento dos pais). No dia 24, o hotel oferece ceia, sobremesas, música ao vivo, taça de espumante e chegada do Papai Noel para presentear as crianças. No dia 25, haverá cantata natalina em frente ao hotel. Consulte o seu agente de viagens e peça esse pacote da Abreutur.

E MAIS... na Paraíba 6 Natal O Mussulo Resort está

com pacote de três noites (22 a 25/12), em sistema all inclusive, no período do Natal. O preço está a partir de R$ 2.445 em bangalô duplo, com opção de hospedar uma criança de até 12 anos e uma criança de até 3 anos no mesmo bangalô dos pais. Na programação, brindes, ceia, chegada de Papai Noel, coral infantil e recreação. Reservas: (83) 3298-2750.

MUSSULO/DIVULGAÇÃO

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SERRA DO CIPÓ>Trilhas levam a cânion, cachoeiras, lagos e a variadas fauna e flora típicas da região

Contato com a natureza EVERTON CAIRES/DIVULGAÇÃO

HENRIQUE MICHEL/DIVULGAÇÃO

Tânia Nestes temRamos pos de crise e

estresse em dobro, nada como o contato com a natureza para relaxar e recuperar o ânimo. Para isso, você não precisa ir muito longe nem depender de um feriado prolongado. A apenas 95 km de Belo Horizonte, a serra do Cipó é o destino ideal para quem busca sossego e, de quebra, nadar em cachoeiras de águas límpidas e refrescantes, além de contemplar serras, um cânion e vales intermináveis. O conjunto natural da serra do Cipó, que deve sua preservação à criação, em 1978, do Parque Nacional da Serra do Cipó, possui 12 cachoeiras – na região, são mais de 300 –, como Capão dos Palmitos, Farofa, das Andorinhas, Braúnas, Taioba, Tombador, do Congonha e Gavião, formadas ao longo do rio Cipó e de seus afluentes. Outra opção de lazer na região são as trilhas, para caminhadas de diversos níveis de dificuldade, principalmente por Vale do Bocaina, Circuito de Lagoas e Bambuzal. A trilha mais procurada é a do Travessão, a 9 km da sede do parque, a ser feita com acompanhamento de guia. Já a Trilha dos Escravos, de 3 km, exige um bom preparo físico. HOSPEDAGEM Aliás, se você não quiser ir muito longe, pode se limitar às proximidades da entrada do parque, on-

A cachoeira Grande, com 10 m de altura, é o cartão-postal da região

de o Cipó Veraneio Hotel, considerado “o mais tradicional da serra do Cipó, um paraíso na terra”, vai lhe garantir contato com a natureza, mas com total conforto. Situado às margens do rio Cipó e com uma bela vista da serra, ele oferece piscinas de água natural, de água tratada e infantil, sauna à vapor, ducha de água natural, quadra poliesportiva e mesa de sinuca. Na programação, jantares temáticos,música aovivo, oficinas artístico-culturais, atividadesde recreação, caminhadas guiadas, passeios de barco, canoagem e apresentaçõesculturais,alémdemassagens relaxantes.

ONDE FICAR Cipó Veraneio Hotel Inf.: (31) 3718-7343 Festa: Réveillon 2016 Preço: Varia de R$ 3.492 (ap. standard e superior junior) a R$ 3.744 (ap. superior) Pacote: De quatro diárias, de 30/12 a 3/01, inclui pensão completa, programação com música ao vivo, espumante, recreação diária (adultos e crianças, luau, festival de massas, show open bar com banda e DJ, mesa de frios, ceia e fogos de artifícios.

SAINT GERMAIN/DIVULGAÇÃO

Guest Service no La Torre Para melhorar o atendimento, o La Torre Resort, em Porto Seguro (BA), lançou o Guest Service para atendersolicitações de agências de viagens, com atendimentos diferenciados para datas especiais, como lua de mel, aniversário e comemorações de bodas, e reservas para o restaurante à la carte. “As novidades são para aumentar a proximidade com os hóspedes e criar um serviço personalizado”, disse o diretor geral Luigi Rotunno. Em seu processo de reposicionamento da marca, o resort também inaugurou o serviço volante de bebidas, com garçons para os hóspedes na piscina principal.

Diferente do Brasil, o Carnaval de Veneza tem máscaras

Folia e tour em Veneza e Bolonha A Saint Germain está com pacotepara oCarnaval em Veneza e Bolonha. O programa inclui cinco noites com café, transporte em veículo com arcondicionado, traslado, três jantares, passeio de vaporeto para dois dias, entrada no Pa-

lácio dos Doges, em Veneza, e na Basílica de San Vitale, em Ravena, guia falando português ou espanhol, seguro e bolsa de viagem. O preço está a partir de € 1.150 por pessoa emapto.duplo.Aéreosobconsulta. Inf.: (31) 3291-1630.

Cipó Veraneio Hotel é uma boa opção para quem procura maior conforto

crônica

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vida leve

Laura Medioli laura@otempo.com.br

SOUZZA

Meu dia de Marilyn

calor e s t á t ã o brabo ultimamente que, para trabalhar, aposentei meus jeans, camisas e sapatos sociais. Vestidos e saias já são meu uniforme pro verão, que nem sequer começou, e vejo que eles, assim feito as sandálias sem saltos ou de saltos altíssimos, passaram a ditar a moda da temporada. Baixinha, evito as rasteirinhas e as sapatilhas e vou atrás dos saltos médios. Desalentada, descubro nas vitrines sandálias elevadíssimas que, sinceramente, não entendo como uma mulher em bom juízo pode usar. Considerando apenas a questão estética, e ignorando a dor que causam, cair delas, imagino eu, deve ser mais ou menos como um salto das alturas, tamanho o despropósito da coisa. Outro dia, usando uma mais alta do que gostaria, por pouco não me espatifei no chão. Tropecei na calçada e fui salva por um homem que, mais rápido que eu, conseguiu

me aterrissar em segurança. Que mico!!! Desde então, aposentei a dita, para a alegria da minha amiga que dela se apossou. Dói, machuca, desequilibra, mas, e daí? São lindas e sexies, pensa a maioria das mulheres. Concordo, mas prefiro as lindas e sexies sem tamanho desconforto. Acredite, elas existem. Voltando ao calor, leio, desanimada, as inúmeras previsões para o verão 2015. Claro que, com a dupla “aquecimento global” e “fenômeno El Niño”, boa coisa não há de vir. Portanto, nos preparemos para temperaturas infernais, que nos últimos dias já deram o ar da graça, ou melhor, da sua desgraça. E, automaticamente, penso na questão energética: calor demanda água, ventiladores, geladeiras na potência máxima, ar-condicionado etc., etc. A chuva anda escassa, e daí... toctoc-toc... isola! Calor com apagão e falta de água, no meio de uma crise econômica e política, seria o fim do mundo. Também os animais sofrem com o clima. Tomo por base os cachorros de minha casa. Mesmo devidamente tosados, continuam irrequietos. Um, em

dia de desespero máximo, pulou na piscina, e o outro foi jogado propositalmente, isso para não dizer daquele terceiro que entrou enlouquecido na lagoa, com a desculpa de correr atrás de um pato. Outro dia eles babavam e ofegavam tanto que resolvemos dar-lhes um banho de mangueira. A da piscina, uma golden relativamente obesa, adorou a coisa, enquanto a pit-lata, sem entender o esguicho, correu léguas. Peguei a coleira e a trouxe de volta. Já sem medo e gostando da refrescada, ficou quietinha, enquanto meu marido a molhava. Até que ele, rindo, me deu um banho de cima a baixo. Sob o sol escaldante, parecia um bálsamo. E ficamos ali, tomando ducha de mangueira. Por pouco tempo, já que com a água em tempos de escassez não podemos nos dar esse luxo. Nem troquei de roupa, deixei o vestido secar no corpo. Delícia! Por falar em vestido, leio no blog de uma amiga que ela, sofrendo com o calor, colocou um daqueles bem confortáveis. E foi no meio da rua, após andar um quarteirão inteiro, que um garoto veio avisá-la. – Moça, sua calcinha es-

tá aparecendo... – Isso para não dizer outra coisa. E estava mesmo, com a veste levantada até as costas. E ela, sem perceber, tranquilamente fazia sua caminhada. Onde estavam as mulheres para alertá-la? Nada. Imagino a cena com um bando de marmanjos atrás dando risadinhas e apenas um garoto bem-intencionado para avisá-la. Um pesadelo sujeito a WhatsApp, YouTube e redes sociais que costumam viralizar na internet. Pior foi o que aconteceu comigo. Sofrendo com a alta temperatura, resolvi colocar um vestidinho leve e solto. Tão leve que na primeira oportunidade ele voou, literalmente falando. Saindo da casa de uma amiga, no alto de um morro, com um bolo de aniversário gigante nas mãos, junto a outra amiga, que carregava várias sacolas, de repente, enquanto nos dirigíamos ao carro, começou uma ventania. Em pânico, vi meu vestido tapar minha visão, o dito veio parar na cabeça. Com o bolo gigante nas mãos, não sabia o que fazer. Gritei pela amiga, que, cheia de coisas quebráveis nas sacolas, a única coisa que lhe restava fazer era

rir, ria tanto que se sentou na calçada. O carro estava longe, o nosso, claro, já que os da rua passavam devagarinho para olhar a cena e, Deus me livre, postar nas redes sociais. Larguei o bolo no chão e saí correndo. Fazer o quê? Afinal, com a força da natureza não se brinca. Concluí que esse meu dia de Marilyn Monroe foi um desastre e que no alto

de morros de ventos uivantes, nunca, jamais, never, devemos usar vestidinhos esvoaçantes. Fica aí o meu recado às desavisadas, principalmente àquelas que estiverem com um gigantesco bolo de chocolate nas mãos. Laura Medioli também escreve, aos Domingos, no caderno TEMPO LIVRE, de O TEMPO

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Especial 10 anos FOTOS DIVULGAÇÃO

Uma década acelerada Acompanhe a evolução da indústria automobilística e as mudanças no mercado na última década

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ESPECIAL>Nos últimos dez anos, mercado brasileiro bateu recordes, e perfil do consumidor mudou

Evolução em uma década Em um pisc a r d e olhos! Assim atravessamos uma década inteira trazendo para os leitores do caderno Direção tudo que cerca o mundo das quatro rodas. Nesses dez anos, o mercado automobilístico no Brasil amadureceu. Experimentamos números tão significativos em vendas que chegamos, mesmo, em algum momento nesse período, a superar a poderosa Alemanha – ficamos atrás apenas de China, Estados Unidos e Japão. Esses resultados tão positivos, que foram crescendo ano a ano, logo resultaram em novos e vultosos investimentos na expansão de nosso parque fabril. As indústrias, de modo geral, investiram pesado, acreditando que o viés de alta se manteria sustentado. Em dez anos, um semnúmero de novos produRaimundo Couto

tos foi lançado, outros tantos receberam mudanças significativas, buscando competitividade na briga por um lugar na garagem do consumidor, que, com tanto poder de escolha, se tornou cada vez mais exigente. Foi essa pressão em busca de qualidade, segurança e mais tecnologia embarcada que permitiu que os carros de hoje seguissem em constante evolução. Mas vamos ver que não só as máquinas se modificaram com o passar do tempo. Para comemorar com os nossos leitores todos esses anos em tão boa companhia, separamos nesta edição especial alguns momentos que mereceram destaque e que vivenciamos juntos. Afinal, recordar é viver. MUDANÇAS O perfil e a preferência do comprador mudaram. É a escolha por este ou aquele tipo de proposta oferecido por determinado produ-

FOTOS NISSAN/DIVULGAÇÃO

Desembarque Várias montadoras investiram em novas unidades no país

to que vem ditando, claramente, as tendências em que os fabricantes devem continuar investindo. Sedã, compacto, picape, perua ou hatch: eram essas as opções em um passado muito recente. Entre as muitas novidades nesta década, o grande destaque fica para a chegada definitiva de um novo tipo de conceito, os utilitários-esportivos, que vêm ganhando a preferência nítida de poucos anos para cá. Mas é isso. Anteciparse, pensar e antever o futuro faz com que uma marca, em detrimento de outra, saia na frente na disputa por fatias cada vez mais importante do bolo chamado “mercado”, que vem ganhando novos competidores a cada temporada. Apenas para refrescar a memória, três grandes fabricantes inauguraram novas fábricas por aqui: a Hyundai, a Nissan e a Jeep, esta sob o guardachuva da Fiat Chrysler.

Segurança dá salto

Airbag duplo e ABS são itens obrigatórios nos carros brasileiros desde o ano passado

A década que passou nos trouxe importantes e significativas mudanças de comportamento. A instauração da Lei Seca modificou hábitos, não agradou a muitos, mas vem contribuindo para inibir os que insistiam em beber e dirigir. Se ainda não tem a eficácia esperada, com maior rigor e frequência na fiscalização vamos, aos poucos, buscando diminuir o número de acidentes ocorridos em decorrência dessa gravíssima infração. O cenário também é muito diferente do de 2005 em relação à oferta de equipa-

mentos de segurança de série, mesmo nos modelos de entrada, que até então, eram chamados “populares”. Se hoje, ainda, não é um primor em termos de conteúdo, pelo menos não há o que se queixar quando o assunto é segurança. A obrigatoriedade por lei que determina que todo automóvel zero-quilômetro deixe a linha de montagem equipado, pelo menos, com duplo airbag e freios ABS é, sem dúvida, uma grande conquista. A segurança dos carros produzidos no Brasil está aos poucos seguindo os pa-

drões internacionais a partir dos testes do Latin NCAP, que estabelece referências em provas de impacto para determinar deformidade aceitáveis na carroceria, para proteger a vida dos ocupantes. A exigência do uso de cadeirinha para transporte de crianças é outro destaque a ser mencionado, como também a instalação do Programa de Etiquetagem Veicular do Inmetro, que verifica o nível de emissão de poluentes, preocupação cada vez mais pertinente nestes tempos que vivemos. (RC)

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ESPECIAL>Mesmo com a retração do mercado, fabricantes premium investem no Brasil

Modelos de luxo estão em alta ISABEL ALMEIDA/CZN

Crise à parRaimundo te, para um Couto s e t o r d o mercado o desaquecimento da economia não afeta com grande impacto o segmento premium. De olho nesse filão, as grandes fabricantes de veículos dessa categoria estão desembarcando no Brasil, construindo suas plantas e expandindo suas redes de concessionárias. Quando este suplemento ganhou vida, em 2005, acabava, em Juiz de Fora, a produção do Mercedes Classe A, uma retumbante decepção em vendas, mesmo ressalvadas as muitas qualidades do compacto mais seguro produzido até então. Como os tempos são outros, e o Brasil passou a ser um eldorado para essas marcas top, hoje, uma nova Classe A está à venda, importada, mas em breve um modelo que utiliza a mesma plataforma,

o GLA, um sofisticado SUV, terá produção nacional em Iracemápolis, em São Paulo, onde outra fábrica da Mercedes será inaugurada no primeiro semestre de 2016. De lá também sairá, e primeiro, o Classe C, um modelo de grande sucesso no portfólio da marca da estrela de três pontas. CONTERRÂNEAS Seguindo na trilha que nos levará ao luxo e à sofisticação, agora “made in Brazil”, temos outra marca de prestígio alemã, a Audi. Foi exatamente no começo de 2005 que a família Senna deixou de ser a representante oficial e exclusiva da montadora das quatro argolas no país. Disputando com a excelência de fabricantes como a MercedesBenz e a BMW, a Audi conquistou espaço nesse mercado de luxo. Moderno, avançado tecnologicamente e com design diferenciado, um Audi é objeto do desejo de muitos aficionados por

automóveis. Ainda neste ano, a Audi retoma no Brasil, no Paraná – a produção do modelo A3, dessa vez com carroceria sedã e motor 1.4 turbo. Terminando o capítulo das alemãs, a BMW já está em plena atividade em Santa Catarina, onde está produzindo três modelos: o Série 3, o Série 1 e o SUV X1. INGLESES Da Alemanha para a Inglaterra, quando 2016 chegar, outra marca emblemática entre os modelos premium estará desembarcando no Brasil. Falamos da Jaguar/Land Rover, que escolheu Itatiaia, no Rio de Janeiro, para erguer seu parque fabril. De lá sairá o substituto do descontinuado Freelander, o Discovery Sport, um utilitário-esportivo que já está sendo vendido no Brasil com motorização a gasolina e que, ainda este ano, passará a ser oferecido com propulsor a diesel. Por enquanto, apenas

Por aqui Audi A3 Sedan já foi nacionalizado

uma especulação não confirmada, um segundo produto poderá ganhar o “sotaque carioca”, o sedã esportivo Jaguar XE, lançado no Brasil há pouco tempo e

que pretende dificultar a vida do Mercedes Classe C e do Série 3, da BMW. Como ambos serão fabricados em solo nacional, se os ingleses quiserem mes-

mo competir com os alemães, terão que usar do mesmo expediente, ou seja, nacionalizar o modelo. Mas isso teremos que esperar para saber.

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LATIN NCAP/DIVULGAÇÃO

ESPECIAL>Equipamentos voltados à segurança

Tendência é a de exigir cada vez mais itens A incorporaAlexandre ção de equiCarneiro pamentos de segurança nos veículos, que aumentam a proteção em caso de acidentes ou até mesmo impedem que eles ocorram, é reflexo de uma demanda mundial por segurança, que, na última década, chegou ao Brasil. É o que explica Emerson Farias, coordenador técnico do Centro de Experimentação e Segurança Viária do Brasil (Cesvi-Brasil): “Se você analisar as décadas anteriores a esta, irá notar que a legislação era muito mais voltada para questões relacionadas à fiscalização. Nos últimos anos é que o governo começou a se preocu-

par mais com a segurança nos automóveis”, diz. De acordo com o especialista do Cesvi-Brasil, a exigência de equipamentos de segurança tem a vantagem de beneficiar não apenas os ocupantes do veículo, mas também todos que estão ao redor dele. “O freio ABS, por exemplo, é importante para quem viaja em outros carros.

“

O governo começou a se preocupar mais com a segurança nos automóveis

Os pedestres, inclusive, são beneficiados por esse item de segurança”, explica. Apesar dos avanços da segurança veicular na última década, Emerson Farias pondera que a legislação ainda precisa avançar. “O airbag, por exemplo, já era obrigatório em outros países muitos anos antes, mas só recentemente passou a ser exigido aqui”. O coordenador técnico do Cesvi-Brasil pontua que os veículos poderiam trazer mais equipamentos destinados à segurança e que eles devem se popularizar quando se tornarem obrigatórios. “Não sabemos o que o governo vai passar a exigir, mas há muita coisa para ser incorporada, como o controle de estabilidade, o ESP”, conclui.

Proteção Veículos mais seguros beneficiam os próprios ocupantes, outros motoristas e até pedestres

RENAULT/DIVULGAÇÃO

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ESPECIAL>Mudanças no comportamento do mercado são reflexos da indústria e da economia

Mesmo com a crise, opções ao consumidor se multiplicaram Em termos de volume de vendas, o mercado brasileiro foi do céu ao inferno na última década. A partir de 2007, quando foram comercializados 2.972.822 veículos (entre automóveis, comerciais leves, ônibus e caminhões), o setor automobilístico bateu recordes de vendas ano após ano, até chegar ao volume de 3.740.418 emplacamentos em 2013. Em 2014, porém, houve queda de 7,1%, com 3.498.012 novos veículos nas ruas. E, segundo a Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), 2015 deverá terminar com uma retração ainda mais acentuada, de pelo menos 27,4%. Paulo Garbossa, da consultoria ADK Automotive, explica que os ótimos resultados colhidos pelo setor automotivo até 2013 foram consequência do bom momento econômico que o país atravessava. “Havia uma série de fatores, como estabilidade de emprego, facilidade de compra e incentivos fiscais”, diz. A queda registrada nos anos seguintes reflete uma mudança nesse cenário. Com a crise econômica, o consultor aponta o advento de um novo problema para o setor automobilístico: a alta do dólar, que aumenta os custos de produ-

Alexandre Carneiro

ção e, consequentemente, o preço final dos produtos. “A tendência é que os carros subam de preço, inclusive os nacionais, porque eles têm componentes importados”, pondera. Apesar dos percalços que ocorreram em 2014 e em 2015, Paulo Garbossa acredita que a situação econômica do Brasil irá melhorar gradualmente já a partir de 2016, o que deverá voltar a trazer resultados positivos ao mercado de veículos.

“Em meados do ano que vem, as vendas irão voltar a subir. Pouco a pouco, mas vão subir”, prevê. CONCORRÊNCIA A boa notícia para o consumidor é que o bom momento que a indústria atravessou até 2013 fez com que surgissem novas marcas e modelos de veículos no mercado, aumentando consideravelmente o leque de opções. “Com isso, o mercado para o consumidor ficou me-

lhor que para as montadoras”, analisa o especialista da ADK Automotive. Paulo Garbossa explica que a chegada de novos veículos já provocou mudanças no comportamento dos compradores. Um exemplo é o Volkswagen Gol, que, após se manter como líder de vendas do mercado brasileiro por expressivos 27 anos, perdeu o posto, no ano passado, para o Fiat Palio. “Em 2009, eram vendidas aproximadamente 300 mil unida-

des anuais do Gol. Em 2014, o Palio foi líder com 160 mil emplacamentos”, aponta. Mais que a mudança de posição no ranking de vendas de veículos do Brasil, o consultor chama a atenção para a pulverização dos números entre diferentes modelos. “Novas opções, como o Chevrolet Onix e o Hyundai HB20, já abocanharam grande parcela do mercado pouco após serem lançados”, destaca. Neste ano, o HB20 já é o

terceiro veículo mais emplacado, na soma dos resultados de janeiro a outubro. Já o Onix é o segundo, mas pode terminar o ano em primeiro: é que o hatch da Chevrolet assumiu a liderança em agosto e, desde então, tem ficado à frente do Palio, que ainda é o mais vendido no resultado acumulado. Se mantiver a posição em novembro e em dezembro, o Onix deverá terminar o ano à frente do modelo da Fiat.

LEÔNIDAS CARDOSO/ESTADÃO CONTEÚDO – 10.6.2015

Vendas Até 2013, setor passou por fase de amplo crescimento e se tornou muito mais diversificado

HYUNDAI/DIVULGAÇÃO

Tecnologia veicular Atualmente, as tecnologias de conectividade são comuns nos automóveis. Centrais multimídia com recursos de integração a telefones celulares estão presentes até em modelos populares. O boom desses itens, de acordo com Paulo Garbossa, da consultoria ADK Automotive, surge a partir da demanda dos consumidores. “O público jovem, que compra majoritariamente carros de entrada, faz questão desses equipamentos”, explica. Para o especialista, a tendência é que sejam disponibilizados cada vez mais recursos digitais nos veículos. Ricardo Dilser, consultor técnico da Fiat-Chrysler Automobiles (grupo FCA), também aposta na integração entre o carro e o telefo-

ne celular. “Hoje, a Fiat tem os sistemas Connect, Blue and Me, Blue and Me Nav, EcoDrive, Uconnect, USB, interatividade com a maioria dos smartphones, Bluetooth, viva-voz, etc. A tendência é a de que essa conectividade se amplie e chegue definitivamente aos carros de entrada”, diz. Além da conectividade, o consultor técnico do Grupo FCA explica que as tecnologias voltadas para reduzir o consumo de combustível e os níveis de emissão de poluentes também ganharam forte impulso nos últimos anos, tanto por força da legislação quanto pela maior conscientização do consumidor, e a tendência é que elas se tornem cada vez mais presentes nos veículos. “Em linhas gerais, a evolução da frota brasileira

está pautada por carros mais ‘verdes’ e inteligentes”. Ele explica que alguns recursos já estão presentes em muitos modelos: “Pneus ‘verdes’ (que têm menor atrito com o solo), motores com variador de fase no comando de válvulas, calibração de pedal de acelerador e gerenciamento de motor mais eficiente, voltado para o baixo consumo de combustível, e redução nas emissões foram adotados na linha Economy da Fiat. Outra tendência apontada por Ricardo Dilser é o downsizing, que consiste na substituição de um motor de grande cilindrada por outro menor, porém turboalimentado. “Com isso, há menor consumo de combustível e menos emissão de CO2, sem perder potência e torque”, salienta. (AC)

Centrais multimídia com conectividade para celulares viraram exigência do consumidor

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ESPECIAL>Com conforto para até sete pessoas, Freemont Precision é o top de linha da Fiat

Familiar com ‘F’ maiúsculo FOTOS ISABEL ALMEIDA/CZN

Ao longo de Raffaele sua história, Grosso a Fiat sempre se destacou com seus carros compactos. Porém, a incorporação do grupo Chrysler e o crescimento da demanda global por utilitários-esportivos mudaram um pouco o espectro de modelos da marca italiana. A Fiat aproveitou o know-how das fabricantes norte-americanas para lançar, em 2011, o Freemont – primeiro fruto da fusão, que depois se tornou a atual Fiat Chrysler Automobiles, a desembarcar por aqui. Hoje, o modelo é comercializado em duas versões. A de entrada é a Emotion – com cinco lugares – e a top de linha é a Precision, que busca unir espaço, conforto e capacidade para até sete passageiros, para se destacar como um veículo familiar de respeito. De janeiro a setembro

deste ano, o Fiat Freemont emplacou 1.253 unidades – média mensal de 125 unidades –, e a versão Precision responde por 95% do share de vendas. Nessa variante, o Freemont tem preço inicial de R$ 119,9 mil – R$ 10,4 mil mais caro que a versão de entrada – e vem com o melhor que o modelo pode oferecer, desde sete lugares até itens tecnológicos e mimos para o conforto. Para justificar o valor inicial, o SUV vem com sistema keyless – partida por de botão –, bancos dianteiros elétricos, ar-condicionado de três zonas, com saídas de ventilação para passageiros traseiros, e tela tátil multimídia de 8,4 polegadas com funções de áudio, telefonia, GPS e bluetooth. Na área da segurança, estão presentes os airbags frontais, laterais e de cortina, os freios ABS com EBD, os controles eletrônicos de tração e estabilidade e a câmera de ré com sensor de estacionamento traseiro. A configuração top

JOGO RÁPIDO

Desenho Modelo foge do padrão visual da marca italiana

Versátil Entrar e sair do veículo é fácil devido ao grau de abertura das portas e aos bancos que podem ser facilmente rebatidos ou levantados; capacidade do porta-malas varia entre 145 e 2.301 l.

de linha dispõe também dos opcionais bancos aquecíveis, revestidos parcialmente em couro, teto solar e rodas de liga leve aro 19, que, ao serem adicionados, elevam o preço do SUV para

R$ 130.890. O modelo é uma “versão Fiat” do Dodge Journey, presente no país desde 2008, com o qual compartilha plataforma, tecnologia e carroceria. O Freemont tem o mo-

tor de 2.4 l de 172 cv de potência. Junto com o propulsor, trabalha sempre uma caixa de transmissão automática de seis velocidades, com opção de trocas manuais no câmbio, que substi-

tuiu a antiga, de quatro marchas, em 2013. A força gerada pelo bloco será sempre distribuída para as rodas dianteiras.

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ESPECIAL>Espaço interno é destaque do Freemont; motor e câmbio funcionam com suavidade

Conforto é o foco do crossover FOTOS ISABEL ALMEIDA/CZN

No Fiat FreeRaffaele mont, a posiGrosso* ção de dirigir é facilmente encontrada devido à regulagem de altura e profundidade do banco e do volante. Este último possui boa pegada e movimentos leves, ainda mais quando se trata de um veículo com mais de 1.800 kg. Os comandos no volante também são de fácil manuseio, assim como os da tela multimídia de 8,4 polegadas, com funções de áudio, bluetooth, telefonia, câmera de ré e outras. Em ação, o utilitário mantém a bordo a questão do conforto. A suspensão é bem macia, e, embora o modelo seja robusto, não chega a chacoalhar após passar por lombadas e buracos. Suas dimensões proporcionam conforto em demasia, embora no quesito desempenho não possa ser dito o mesmo. Arrancadas e retoma-

EM DETALHES

Por dentro Os bancos são bem macios e revestidos em couro. Passageiros da primeira e da segunda fileira contam com amplo espaço para pernas, joelhos e cabeça.

As portas e os bancos revestidos em couro bege transmitem ar de refinamento

das são um pouco demoradas, algo que faz falta em trechos urbanos. Em vias menos movimentadas, com velocidades maiores e constantes, o SUV se sai bem. O câmbio automático de seis velocidades, junto com o motor 2.4 l de 172 cv, trabalha de forma tranquila, sem

abusos nem carências. Para obter maior desempenho, é necessário rodar com rotações mais elevadas, já que a potência e o torque máximo só aparecem em 4.500 e 6.000 rpm, respectivamente. Porém, ao explorar o acelerador de forma mais rigorosa, o som emitido pelo mo-

tor começa a dar as caras. As opções para troca de marcha de modo manual na alavanca do câmbio são bem simples e agradáveis e, assim como no modo para trocas automáticas, não chegam a “soluçar” de maneira incômoda. * Auto Press

Consumo O modelo teve média de 7,1/10,7 km/litro em cidade/estrada de acordo com dados aferidos pelo programa de etiquetagem veicular do Inmetro.

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ESPECIAL>Nissan Sentra está no mesmo nível dos badalados Toyota Corolla e Honda Civic

No vácuo dos conterrâneos FOTOS PEDRO BICUDO/NISSAN/DIVULGAÇÃO

Se o Nissan Felipe Sentra não Boutros consegue repetir o mesmo sucesso dos seus conterrâneos Toyota Corolla e Honda Civic, ao menos, com a atual geração, ele conseguiu um lugar ao sol entre os sedãs médios e está entre os mais vendidos na categoria. Na linha 2016, poucas novidades foram introduzidas. Uma delas foi a criação da versão Unique, posicionada como a top de linha. Como diferencial, ela traz acabamento do interior e dos bancos em couro de tons claros e as soleiras das portas, iluminadas. Alarme volumétrico e frisos laterais na base das portas, na mesma cor da carroceria, também são de série na versão. Além disso, os tapetes e as rodas esportivas têm design exclusivo. O logotipo Unique ainda aparece em letras cromadas na tampa

EM DETALHES

Mecânica O motor permanece o mesmo 2.0 de 140 cv a 5.100 rpm e 20 kgfm a 4.800 giros, acoplado ao câmbio CVT. Ele obteve nota A do Inmetro na sua categoria.

Visual do sedã e mais conservador que o dos rivais

do porta-malas. Como atrativo, o Sentra traz um pacote de itens de série bem incrementado. Ele tem faróis de neblina, alarme, ABS com EBD, Isofix, trio elétrico, volante multifuncional, ar-condicionado digital de duas zonas, chave presencial, rodas de

liga leve de 17 polegadas, lanternas e faróis de LED, direção elétrica com assistência variável, volante multifuncional com acabamento em couro. Há ainda airbags frontais, laterais e de cortina, câmbio CVT, controle de velocidade de cruzeiro, controle eletrôni-

co de tração e estabilidade e sistema multimídia com tela colorida de 4,3 polegadas com rádio CD/Aux/ MP3/iPod/Bluetooth, GPS e seis alto-falantes. O pacote fica completo com teto solar.

Continua na página 10

Quanto custa O Sentra Unique está tabelado em R$ 88.490. O Civic EXR custa R$ 90,7 mil, e o Corolla Altis, R$ 101.990; os três são top de linha.

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ESPECIAL>Sedã médio da Nissan tem conjunto mecânico agradável e espaço interno generoso

Conforto é o foco do Sentra FOTOS PEDRO BICUDO/NISSAN/DIVULGAÇÃO

O foco do Luiz Nissan SenHumberto tra é o conPereira* forto. A direção é bastante eficiente: bem leve nas manobras e firme quando se atinge velocidades mais elevadas. O ajuste da suspensão, apesar de privilegiar o conforto, permite uma boa estabilidade e controle nas curvas. Filtra bem os buracos da pavimentação. Novidades da linha 2016, a partir da versão SV, os controles de tração e estabilidade reforçam a segurança. O motor 2.0 16V Flex, de 140 cv e 20 kgfm, se revela bastante elástico e funciona de forma harmônica com o câmbio CVT. O conjunto permite boas retomadas e ultrapassagens seguras, além de possibilitar velocidades de cruzeiro altas, com baixo giro do motor. Numa velocidade constante de 110 km/h, a rotação permane-

JOGO RÁPIDO Tecnologia O Sentra Unique adota também a plataforma Nissan Connect – a mesma já utilizada no March e no Versa. O sistema multimídia se comunica com smartphones para acessar redes sociais como o Facebook e a página de busca do Google. O objetivo é ganhar pontos no custo-benefício.

ce perto de 2.000 rpm. Nos bancos da frente, sobra espaço e conforto. Para os passageiros do banco traseiro também há generosidade nas áreas para joelhos e cabeça. O terceiro apoio de cabeça no banco central – um item de segurança importantíssimo em caso de colisões na traseira, pois reduz a chance de lesões cervicais – é de série desde a versão de entrada. E os cintos de segurança de três pontos também estão disponíveis para todos os passageiros do banco traseiro. * Auto Press

Desenho Por fora, rodas de 17” são exclusivas

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ESPECIAL>Jaguar aposta no requinte e na esportividade com o sedã XE

Pulo do gato nos premium A Jaguar explicita certa indiferença em relação aos modelos de entrada entre os sedãs médios premium. Inclusive porque o maior atrativo de seu novo XE é oferecer status e recursos que as marcas alemãs costumam “reservar” para os modelos maiores e mais caros. Por conta dessa política, o XE mais básico já tem um respeitável propulsor 2.0 turbo de 240 cv e com câmbio sequencial de oito marchas. Na versão S, na qual a marca busca reiterar sua esportividade, o propulsor é um 3.0 V6 Supercharged de 340 cv. No Brasil, esse conceito vem acompanhado de uma relação custo-benefício bem flagrante. Mesmo a versão mais barata, a PuEduardo Rocha

re, custa R$ 169,9 mil e preserva a ideia de requinte mediante equipamentos de conforto e revestimento em couro. E a linha vai em um crescente de equipamentos, com a Pure Tech, de R$ 177 mil, com a R Sport, de R$ 199,9 mil e, por fim, com a S, de R$ 299 mil. Cada uma das motorizações recebe uma calibragem de suspensão específica. Na R Sport, é mais rígida e, na S, tem controle de amortecimento. Desde o modelo básico, também o XE conta com paddle-shifts no volante e sistema de controle de condução, que altera a resposta de motor, direção, câmbio e nível de assistências dos controles de estabilidade e tração. No caso da versão S, que tem amortecedores ativos, muda também o comportamento da suspensão. Os modelos chegam bem

FOTOS EDUARDO ROCHA/CZN

Material Modelo tem 75% da sua construção feita de alumínio

completos desde a versão básica. Ela traz itens como faróis de xênon, start/stop, tela tátil de oito polegadas, controle de cruzeiro, sensor traseiro, GPS e ar de duas zonas. O pacote Tech adiciona sensor de chuva, teto solar e câmera de ré. A R Sport inclui, entre outros, bancos, suspensão e visual mais esportivos, rodas aro 18, sistema de som Meridian, ajustes elétricos de banco e de volante e teto panorâmico. A versão S traz tudo que o XE pode oferecer. Além do propulsor 3.0 V6 com compressor mecânico, de 340 cv, ela traz head-up display, faróis adaptativos, kit aerodinâmico, rodas de 19 polegadas, sistema de som de 380 W e sensores de estacionamento dianteiro e traseiro e câmera de ré.

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Sedã utiliza a plataforma Q1, que serve de base para outros modelos da marca inglesa

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ESPECIAL>Jaguar XE oferece facetas distintas de acordo com a versão

O Jaguar XE se impõe pelo porte, pela sofisticação e pelo espírito esportivo. As linhas dão um aspecto robusto e sólido ao sedã britânico. Mas, na verdade, há dois XEs diferentes. Nas versões com motor 2.0 turbo, de 240 cv, é um sedã ativo, bem-disposto, capaz de trafegar em velocidades de cruzeiro de “autobahn” alemã, mas sempre dócil a quem está no volante. A versão S, com seu 3.0 V6 Supercharged, de 340 cv, é uma fera, que se torna domável por conta dos variados controles eletrônicos disponíveis no modelo. Não por acaso, o test drive do primeiro Eduardo Rocha*

foi na rodovia, e o do segundo, no autódromo. A diferença de temperamento explica os R$ 100 mil a mais que a tabela aponta para a versão de topo. Na pista, o XE S mostra a eficácia da suspensão traseira integral link, uma espécie de multilink evoluída. A carroceria simplesmente se recusa a rolar nas curvas, e, mesmo com pisadas mais intensas, não há qualquer tendência de sobresterço, sem acusar a tração traseira. As arrancadas são daquelas que marcam as costuras do banco nas costas do piloto e o compressor deixa o motor sempre cheio – apesar de o torque máximo só aparecer a 4.500 rpm, desde os giros

Interior

EDUARDO ROCHA/CZN

Sedã tem dinâmica afiada

Qualidade no acabamento é digno da Jaguar e está no nível da categoria

mais baixos já se tem força suficiente para mover o sedã. Com a motorização 2.0, o XE fica 135 kg mais leve. Em vez da força bruta da versão S, a versão R-Sport tem a agilidade a seu favor. Na rodovia, impressiona a facilidade com que os ponteiros do velocímetro e do tacôme-

tro sobem. A suspensão tem bom compromisso entre estabilidade e conforto, mas sofre um pouco nos trechos com asfalto irregular. Mesmo que o XE seja classificado como sedã de luxo médio, o espaço traseiro é digno de ser ocupado por um executivo, com ótima

área para as pernas e a cabeça – até por isso, o assento traseiro é mais baixo que o dianteiro. Se bem que carros dessa categoria são pensados para que o dono assuma o volante. Os instrumentos, redondamente clássicos, são fundos a ponto de dificultarem que o carona bisbilhote

a velocidade. As regulagens elétricas de banco e volante são simples, mas há um excesso de comandos no console, no volante e nas hastes – ainda não descobriram como reduzir o número de botões em um carro com tantos recursos. * Auto Press

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ESPECIAL>Na versão top Ambition, o Audi TT reúne desempenho, tecnologia e requinte

Cupê alemão abusa do poder JORGE RODRIGUES JORGE/CZN

Apesar da criMárcio se, o país ainMaio da é um dos mercados mundiais com grande potencial de crescimento no segmento de luxo. E a Audi é uma das fabricantes estrangeiras que mais colhem frutos por aqui, com aumento de 40% nas vendas nos primeiros nove meses de 2015, ante o mesmo período de 2014. Nada mais natural que, além dos modelos de volume, ela se preocupe em trazer para cá seus carros de imagem. Caso da terceira geração do cupê esportivo TT. Certamente, o estiloso esportivo serve de chamariz nos showrooms da marca, pelo visual e pelas aptidões de fato “nervosas”. Principalmente na configuração de top, a Ambition. O cupê alemão utiliza a plataforma MQB do Grupo Volkswagen. Trata-se da mesma usada pela linha A3. Antes com a estrutura

em alumínio, agora ela é feita em aço. O metal é encontrado na carroceria, para ajudar na redução de peso – que da geração passada para a atual foi de cerca de 50 kg. Visualmente, as linhas nos remetem aos outros esportivos da marca das argolas (principalmente ao superesportivo R8, com vincos do capô e faróis afilados). O interior perdeu o monitor central e, consequentemente, alguns botões e comandos. A alteração veio por um bom motivo: o novo Virtual Cockpit. Trata-se de uma tela digital, instalada no cluster diante do motorista, onde normalmente se encontram os instrumentos tradicionais. Todas as informações cruciais para o motorista estão ali, incluindo o mapa do GPS do sistema multimídia MMI plus, dados do computador de bordo, velocímetro e conta-giros. O propulsor é um 2.0 turbo da família EA888, capaz de render 230 cv de potência e 37,8 kgfm de torque,

Design Linhas horizontais ampliam a impressão de largura do modelo

gerenciado por um câmbio automático sequencial de seis marchas e dupla embreagem. Bem moderno, ainda conta com duplo sistema de injeção e variação contínua no tempo de abertura das válvulas. A lista de itens de série é bem completa. Engloba ar-

condicionado digital integrado às saídas de ar, sensores de luz e chuva, sistema startstop – que desliga o motor nas paradas rápidas, como as de semáforo, religando-o ao tirar o pé do freio –, seis airbags, sistema MMI plus com navegador, faróis “full LEd”, volante multifuncio-

nal com paddle shifts para trocas manuais de marcha, rodas aro 19 – na configuração mais barata, a Attraction, elas são de 18 – e o Audi Drive Selective – que altera o comportamento de câmbio, direção e motor. Por esse pacote, a Audi cobra R$ 230.190. Apesar do preço, a

falta de concorrentes diretos com a mesma proposta e motorização semelhante se torna uma bela vantagem do cupê para incrementar, ainda que timidamente, os resultados da fabricante no Brasil.

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ESPECIAL>Tecnologia é diferencial na dirigibilidade do Audi TT; comportamento é bem esportivo

Interação eficiente ao volante FOTOS JORGE RODRIGUES JORGE/CZN

Márcio Alguns carMaio* ros não precisam estar em movimento ou mostrar suas aptidões dinâmicas para virarem o centro das atenções. E esse é o caso do Audi TT. O cupê esportivo arranca olhares em qualquer lugar em que esteja, principalmente na cor vermelha da unidade avaliada. E basta entrar no modelo para se sentir seduzido pelo charme tecnológico de sua cabine. Principalmente em função do novo Virtual Cockpit, uma tela em TFT que concentra todas as informações necessárias ao motorista no painel. O espaço é bom, caso o passeio seja a dois. Atrás, só mesmo crianças são capazes de viajar e, mesmo assim, passando apertos. Além do mais, não há muitos nichos para guardar objetos pessoais. A altura baixa dificulta pessoas com estatura avantajada na hora de entrar e sair do carro,

mas, uma vez lá dentro, é fácil encontrar a melhor posição tanto para o motorista quanto para o passageiro. O porta-malas carrega 305 l, um número que não impressiona, mas também não chega a decepcionar em um esportivo. DINÂMICA Em movimento, o TT entrega de fato boa esportividade. Seu motor 2.0 turbo de 230 cv e 37,8 kgfm se mostra vigoroso em qualquer faixa de giro – o torque máximo aparece já em 1.600 rpm. As retomadas são feitas sem esforço e as respostas às pisadas no pedal do acelerador são praticamente imediatas. Digna de elogios é a transmissão automatizada de dupla embreagem e seis velocidades do modelo. Ela trabalha em perfeita sintonia com o propulsor e se adapta perfeitamente à condução adotada pelo motorista, reduzindo, encurtando ou alongando as marchas de acordo com a pressão

JOGO RÁPIDO

Um aerofólio retrátil integrado à traseira se abre automaticamente depois dos 120 km/h

exercida pelo pé direito. Apesar da boa densidade dos bancos, o conforto a bordo fica comprometido em lugares como o Brasil, onde os desníveis no asfalto são constantes. A suspensão firme privilegia a esportividade e garante um comportamento bem neutro mesmo em curvas em alta velocidade. A contrapartida é que os passagei-

ros sentem os impactos das irregularidades do piso. Além disso, a partir dos 120 km/h, um aerofólio retrátil aparece e contribui para manter a traseira colada ao chão. Apesar de contar com aparatos como controle eletrônico de estabilidade, é bem difícil fazer com que tanta tecnologia precise se manifestar. * Auto Press

Motor O propulsor 2.0 do Audi TT, que tem quatro cilindros e 16 válvulas com duplo comando variável e é sobrealimentado por um turbocompressor, traz um sistema de injeção de combustível que funciona de maneira direta nas baixas rotações e indireta nas altas, e comando continuamente variável. O resultado é uma aceleração vigorosa, com disposição em todas as faixas de giro. O esportivo é oferecido no Brasil somente com tração dianteira.

Interior traz forração em Alcântara e apliques em alumínio

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ESPECIAL>Modelo da VW, que já tinha boa dirigibilidade, fica mais divertido com novo motor ISABEL ALMEIDA/CZN

Sutil Modelo ficou 4 cm mais comprido para acomodar o intercooler

up! turbo é compacto apimentado No meio automotivo, as marcas generalistas sempre criam muitas versões para os carros destinados a grandes volumes de venda. Não há mistério na estratégia: quanto mais opções na linha de produção, maior a capacidade de atrair consumidores diferentes. A Volkswagen segue essa estratégia com o up!, oferecendo diversas configurações. As mais recentes vieram com o novo motor 1.0 TSI, o único turbo com essa capacidade cúbica produzido atualmente no país. E, apesar de não ser exatamente a versão mais cara, posto ocupado pelo speed up!, é o red up! Márcio Maio

TSI – junto com o white e o black – o que melhor expressa a característica que a fabricante alemã mais tenta embutir no marketing do compacto: a de veículo jovem e despojado. O 1.0 TSI ganhou, com a inclusão do turbocompressor, 28% na potência e expressivos 62% de torque em relação aos modelos 1.0 aspirados. Ele entrega 101 cv e 105 cv, com gasolina e etanol, respectivamente. O torque passou para 16,8 kgfm com os dois combustíveis. Já a transmissão é sempre manual com cinco marchas, e há controle eletrônico de tração – mas não existe controle de estabilidade, que é de série na Europa. A lista de itens de série é

bem completa. Exceto pelo sistema Maps & More, que agrega GPS e informações do computador de bordo do carro em uma tela acoplável ao console central, o red up! sai de fábrica com ar-condicionado, direção com assistência elétrica, trava, retrovisores e vidros dianteiros elétricos, rádio com CD e MP3, alarme, sensor de estacionamento traseiro, faróis e lanternas de chuva, alarme e chave-canivete com comando de abertura das portas. Por esse pacote, a VW pede R$ 48.690. O valor sobe para R$ 50.206 completo, com a central multimídia.

Continua na página 18

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ESPECIAL>Motor de até 105 cv aliado ao baixo peso é combinação divertida no compacto FOTOS ISABEL ALMEIDA/CZN

Hatch da VW é valente e não se intimida Por fora, o Volkswagen up! pode parecer frágil em função do design. Mas a identidade jovial que a marca sempre quis transmitir com o modelo se expressa em sua melhor forma na versão red up! TSI. A própria cor vermelha já dá um tom descontraído ao compacto e aparece ainda em seu interior, no console central. As rodas com detalhes que acompanham a carroceria rubra complementam a estética. Mas é sob o capô que está o que o red up! TSI tem de melhor a oferecer. Sim, porque a versão existia com o propulsor convencional Márcio Maio*

Com motor turbo, hatch tem a tampa traseira na cor preta como diferencial visual

EM DETALHES Acabamento Os plásticos aparentam boa qualidade e têm encaixes bem-feitos. Nas versões coloridas, o painel central é na tonalidade da carroceria – semelhante ao que a Fiat faz com o 500. Esse, aliás, é um dos principais charmes do habitáculo, criando uma atmosfera ainda mais jovem para o modelo; na parte central, há um porta-copo e espaço para carteira, celular ou chaves.

1.0 de 82 cv com etanol, mas expressa uma esportividade ímpar em sua categoria com o novo propulsor turbinado de 105 cv. Aliado ao baixo peso do hatch – 1.000 kg – e ao torque de 16,8 kgfm na baixa rotação de 1.500 rpm, é possível partir do zero e chegar aos 100 km/h em apenas 9,1 s. Na prática, basta pisar o pedal direito com vontade para obter respostas imediatas e um desempenho facilmente comparado ao de um modelo 1.6 – em alguns casos, até acima. Desde as saídas de sinal até as ultrapassagens e as retomadas mais urgentes, a impressão é que não falta força para nada. A proposta está longe

da de um superesportivo, mas dá para se divertir bastante. Porém é bom se precaver e não abusar demais quando há muitas curvas: não há controle de estabilidade. A suspensão mais firme cobra seu preço nas pancadas mais secas ao se passar pelos buracos das ruas nacionais, e o conforto também é influenciado pelas saídas de ar-condicionado. No centro, elas são em cima do painel e se localizam atrás do opcional Maps & More. Estranho não apenas visualmente, mas também na hora de refrigerar o modelo. * Auto Press

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ESPECIAL>Sedã da GM traz apetrechos estéticos

FOTOS ISABEL ALMEIDA/CZN

Mecânica segue sem qualquer mudança

Visual é apelo em versão do sedã Cobalt No Brasil, com certa frequência, alguns automóveis recebem versões “especiais”. O Chevrolet Cobalt e sua edição limitada Graphite é uma delas. A série é a primeira edição especial do sedã e toma como base a configuração LTZ 1.8. O modelo parte de iniciais R$ 57.650, com transmissão manual de cinco marchas, e chega a R$ 61.190, na opção de câmbio automático de seis velocidades. O motor segue o mesmo 1.8 l de 108 cv de potência e 17,1 kgfm de torque. Em troca, o modelo traz alguns refinamentos Raffaele Grosso*

estéticos. Do lado externo, a grade dianteira tem pintura em preto brilhante com detalhes cromados e os faróis passam a contar com máscara negra e lâmpadas mais claras e brilhantes. Na lateral, as portas receberam frisos de proteção no tom da carroceria. As rodas são de 15 polegadas diamantadas. Dentro da cabine, o acabamento das portas passa a ser em preto, assim como o painel – nas demais configurações é cinza. Os tapetes deixam de ser emborrachados e passam a ser de carpete, as soleiras são cromadas com a inscrição “Graphite”, que também aparece nos bancos em couro sintético com costuras pespontadas. O volante multifuncional

passa a ser revestido em couro e logo a sua frente encontra-se o quadro de instrumentos, com o conta-giros analógico e o velocímetro digital. Ao centro do painel, está o sistema multimídia MyLink, acoplado a uma tela de sete polegadas sensível ao toque, com moldura em preto brilhante. Outra aposta da Chevrolet para o Cobalt Graphite está na lista de equipamentos de série. O sedã vem de fábrica com ar-condicionado, vidros, travas e retrovisores elétricos, direção hidráulica, sensor de estacionamento, faróis de neblina, freios ABS com EBD, bancos de couro e rodas de liga leve aro 15. * Auto Press

Pintura da grade e faróis com máscara negra são diferenciais

Por dentro, painel preto é exclusivo da versão Graphite

A versão Graphite não resolveu, mas amenizou a falta de graça do Cobalt. O sedã parece um pouco mais charmoso e menos rústico com rodas brilhantes e, dentro da cabine, revestimento em couro e detalhes em preto brilhante e cromado. Os bancos são macios, e há amplo espaço interno, o que facilita achar a melhor posição, tanto para o condutor quanto para o passageiro. Em movimento, o Cobalt privilegia o conforto. O isolamento acústico filtra bem os barulhos externos e os sons emitidos pelo motor. As trocas de marchas são corretas e suaves, e o sistema interpreta bem a intenção das pisadas do condutor. Arrancadas e retomadas também agradam, muito devido ao fato de o torque máximo estar disponível a partir dos 3.200 rpm. Isso faz o carro desenvolver velocidade sem muita demora. (RG/AP)

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ESPECIAL>Divisão de ônibus da marca teve crescimento de 106,5% no primeiro semestre

Iveco na contramão da crise EDUARDO LIOTTI/IVECO/DIVULGAÇÃO

Ao contráRaimundo rio do que Couto vem sendo publicado no noticiário econômico a respeito da retração de vendas, a italiana Iveco vem experimentando crescimento em seu volume comercializado no mercado brasileiro de ônibus urbanos e rodoviários no último período. A Iveco Bus, marca que é uma das mais conhecidas e respeitadas no transporte de passageiros no mercado europeu, divulgou os números da Associação Nacional dos Fabricantes de Veículos Automotores (Anfavea), que apontam crescimento de 106,5% nas vendas entre janeiro e julho de 2015, em relação ao mesmo período do ano passado, quando já operava por meio da Iveco. No segmento M3 – chassis de ônibus acima de 5 t –, o departamento de transporte coletivo da

marca italiana aumentou em 150% sua participação no mercado. No comparativo de janeiro a julho deste ano com o mesmo período do ano passado, o market share da Iveco no segmento M3 saltou de 2,7% para 7,3%. “O Daily Minibus e o CityClass já contavam com grande aceitação do mercado. O chassi 170S28, para ônibus de 17 t e com motor dianteiro, entrou para completar essa gama de soluções. Ser confiável e mais econômico que seus concorrentes diretos tem sido fundamental para o nosso crescimento”, afirma Humberto Spinetti, diretor de negócios de ônibus da Iveco Bus para a América Latina. PRINCIPAL Desenvolvido e fabricado em Sete Lagoas, o 170S28 é o principal produto do fabricante para atender o segmento de 17 t, o maior no país. Disponível em duas versões, urbano e fretamento, o veículo tem

Linha Chassi 170S atende os mercados urbano e rodoviário

seu ponto forte no baixo custo operacional. Conforto e alta tecnologia completam o pacote de sucesso. Atualmente, o chassi já roda em empresas de nove Estados. Projetar e produzir um veículo de transporte de passa-

geiros envolve tecnologia avançada para garantir conforto e bem-estar a bordo. O chassi 170S28 foi pensado também com esse objetivo. A transmissão utilizada é manual, de seis marchas, com escalonamento compa-

tível com as operações urbanas e rodoviárias. O sistema permite uma condução mais suave para o motorista e melhor desempenho operacional. O motor é o N67, da FPT Industrial, um seis cilindros em linha com com-

mon rail, turbocharger e aftercooler. Ele tem potência máxima de 280 cv, a maior do segmento. O torque chega a 96,9 kgfm, disponibilizados na faixa de 1.250 a 1.950 rpm. [Com Auto Press]

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ESPECIAL>Maior que as picapes compactas, Renault Duster Oroch se destaca pelo espaço interno

No meio-termo do mercado Até pouco tempo atrás, quem queria uma picape cabine dupla tinha que escolher entre as compactas, que, via de regra, têm pouco espaço no banco traseiro, e as grandes, que são consideravelmente mais caras. A Renault entra exatamente nesse nicho com a Oroch e, assim, inaugura um novo segmento. A base do projeto é o Duster, que emprestou o monobloco e algumas peças da carroceria, mas a caminhonete é mais longa, com 4,69 m de comprimento, e tem 16 cm a mais de distância entre eixos, totalizando 2,83 m. O maior trunfo da nova picape realmente é o espaço interno, que é suficiente para quatro adultos viajarem confortavelmente. Mesmo com cinco a bordo, Alexandre Carneiro

não há aperto excessivo, embora, nessa situação, também não haja folga. O único elemento que causa incômodo no banco traseiro é o encosto para a coluna muito vertical. Mas há três cintos de segurança de três pontos e três encostos de cabeça ali, o que garante proteção para todos os ocupantes. No mais, o habitáculo é muito semelhante ao do Duster: painel e forrações são compartilhados pelos dois modelos. O acabamento não chega a ser sofisticado, mas é correto, com plásticos bem-montados. A posição de dirigir é elevada, e o motorista conta com regulagem de altura do banco e do volante, embora este último fique devendo o ajuste em profundidade. Dois elementos que prejudicam a ergonomia foram herdados do Duster: as teclas dos vidros elétricos parcialmente obstruídas pelos puxa-

dores das portas dianteiras e o comando elétrico do retrovisor de difícil acesso, perto do freio de mão. A visibilidade traseira, como costuma ocorrer em picapes, não é das melhores. A Oroch traz sensores que amenizam esse problema, mas poderia haver também uma câmera de ré.

FOTOS ALEXANDRE CARNEIRO

Vista de frente, a Oroch assemelha-se bastante ao Duster, modelo do qual é derivada

CARGA Se em espaço interno a Oroch abre boa vantagem sobre as caminhonetes compactas, em capacidade de carga a superioridade não é tão evidente. Ela transporta até 650 kg, o mesmo que uma Strada com cabine dupla. Já o volume da caçamba é de 683 l: amplo, mas também não vai muito além das picapes menores. A vantagem é a possibilidade de ampliá-lo, graças a um extensor, vendido como acessório pela Renault.

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Das portas traseiras em diante, surgem as diferenças entre os dois utilitários da Renault

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ESPECIAL>Oroch Dynamique custa R$ 66.790

Picape é boa de dirigir O Direção avaliou a versão top de linha Dynamique, equipada com motor 1.6 16V, capaz de gerar 115 cv de potência com etanol e 110 cv com gasolina, além de 15,9 kgfm de torque com o primeiro combustível e 15,1 kgfm com o segundo, e câmbio manual de cinco marchas. Nessa configuração, a picape tem preço sugerido de R$ 66.790. Há ainda opção de propulsor 2.0 16V, acoplado a uma transmissão de seis velocidades, que eleva o preço em R$ 4.000. Esses conjuntos mecânicos são os mesmos que equipam o Duster. Câmbio automático e tração 4x4 ainda não são oferecidos. Nessa versão, a Oroch traz um pacote de itens de série bem completo, que inclui ar-condicionado, direção hidráulica, computador de bordo, vidros elétricos nas quatro portas, travas elétricas com acionamento Alexandre Carneiro

a distância e ativação automática quando o veículo atinge 6 km/h, função um-toque e sistema antiesmagamento, retrovisores elétricos, alarme, controlador de velocidade, rodas de liga leve de 16 polegadas, faróis de neblina e sistema multimídia com tela de sete polegadas sensível ao toque, entrada USB e conexão bluetooth, além dos obrigatórios por lei: freios ABS e airbags frontais. Os bancos revestidos em couro são opcionais e custam R$ 1.700. MECÂNICA O 1.6 16V está no limite para a Oroch. Isso porque a picape tem 1.292 kg de peso.

CONCORRÊNCIA Mercado A Oroch inaugurou um novo segmento de picapes, mas não permanecerá sozinha nele por muito tempo. Em 2016, a Fiat irá lançar a Toro, uma caminhonete de proposta e dimensões parecidas.

Sem carga na caçamba, ele consegue proporcionar alguma agilidade, mas a situação se torna desfavorável com o veículo pesado. Uma desvantagem é que esse motor mantém o sistema de partida a frio com tanquinho de gasolina. O câmbio tem relações curtas, para otimizar a força do propulsor. Os engates são um tanto longos, mas macios. Um componente que mostra ótimo acerto na Oroch é a suspensão. Enquanto no eixo dianteiro há um conjunto independente do tipo McPherson, comum tanto em automóveis quanto em utilitários, o traseiro traz um sistema multibraço, também independente, incomum em picapes, que costumam ter barra de torção com molas parabólicas. O resultado é uma dirigibilidade acertada: a caminhonete da Renault absorve com eficiência as imperfeições do solo e, em curvas, apresenta boa estabilidade para um veículo de altura elevada. FOTOS ALEXANDRE CARNEIRO

Quatro portas Acesso fácil ao banco traseiro é uma vantagem em relação às picapes compactas com cabine dupla

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habitar

MERCADO IMOBILIÁRIO: IMÓVEL EM PROMOÇÃO COM DESAQUECIMENTO DA ECONOMIA EXIGE CAUTELA

ARQUITETURA> Pé-direito alto interfere nos projetos e gera sensação de amplitude e de requinte

Charme para o lar HENRIQUE QUEIROGA / DIVULGAÇÃO

JOMAR BRAGANÇA / DIVULGAÇÃO

Monumental Beleza e sensação de amplitude com pé-direito alto

Quem está em Renata busca de uma Abritta a r q u i t e t u r a

moderna e com visual elegante, limpo e imponente tem como opção adotar o pé-direito alto em seu futuro lar. O recurso traz amplitude e integração, além de acrescentar luz e frescor aos espaços. “Ele cria a sensação de grandeza e imponência, além de deixar os espaços muito mais ventilados e iluminados”, afirma a arquiteta Nathália Otoni. “Todos querem a sensação de espaço, de luxo e de nobreza. Sem dúvida, um

“

No inverno do Sul do Brasil, o conforto do pé-direito alto fica comprometido. Já nas regiões mais quentes o frescor é maravilhoso

pé-direito alto contribui muito para isso”, destaca a arquiteta Estela Netto. Segundo ela, características como beleza e sensação de monumentalidade podem ser alcançadas com o uso desta opção. CAI BEM O pé-direito alto deve ser usado por quem tem bastante área disponível no terreno para a construção. “Isso porque, para a prefeitura, o pé-direito duplo, por exemplo, é considerado como sendo duas vezes a área construída. Sendo assim, é preciso ter

essa área no terreno. Ele exige espaços mais amplos. Se o ambiente for compacto e se usar um pédireito duplo pode criar uma sensação de sufocamento no espaço e, por isso, deve-se evitar esse tipo de construção”, alerta a arquiteta Luciana Araújo. UP Alguns adereços podem valorizar ainda mais o ambiente. “Isso é possível usando elementos também na vertical como lustre, cortinas e pendentes que vão evidenciar ainda mais toda a sua imponên-

“

Investindo em uma decoração cheia de texturas, adornos e objetos que tragam mais aconchego dá para apostar no pédireito alto sem medo

RODRIGO MARCANDIER / DIVULGAÇÃO

O recurso exige espaços amplos; mau uso cria sensação de sufocamento

cia. O uso de texturas nessa grande parede também é outra forma de destacar o pé-direito alto”, afirma Nathália. NÃO ERRE É preciso analisar cada caso e a região onde o imóvel se encontra pois, em algumas situações, o pé-direito alto pode tornar os ambientes mais frios. “No inverno do Sul do Brasil, o conforto térmico de um pé-direito alto fica comprometido, principalmente, no inverno. Já no calor do Norte, Nordeste e em algumas cidades do Su-

deste, o frescor que o pé-direito duplo traz é maravilhoso”, ressalta Estela. TRUQUES Algumas dicas podem ajudar na hora de fazer o projeto. “Tendo o cuidado de investir em uma decoração cheia de texturas, adornos, móveis e objetos que tragam mais aconchego e um clima até intimista ao espaço, dá para apostar no pé-direito alto sem medo. Essa solução arquitetônica é muito valorizada pelo mercado imobiliário e eleva os preços dos imóveis”, afirma Luciana. HENRIQUE QUEIROGA / DIVULGAÇÃO

O pé-direito alto é indicado para regiões mais quentes por refrescar

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DESAQUECIMENTO> Construtoras têm oferecido mais vantagens para a aquisição da casa própria

Imóvel em promoção exige cautela de clientes FOTOS LEO FONTES / 28.10.2011

Mercado. Vendas em baixa e grande oferta levaram à redução do preço dos imóveis

Após um longo período de aquecimento, o mercado imobiliário vem sentindo os efeitos da crise econômica que assola todo o país. Com a redução das vendas, é grande o número de imóveis que aguardam um comprador. A consequência foi a queda nos preços em várias cidades brasileiras. “Belo Horizonte segue a tendência das demais capitais. Embora não tenha tido queda, o preço subiu pouco ou está estabilizado, o que representa diminuição do preço real. Quem pretende adquirir certamente conseguirá boas opções de preço e forma de pagamento”, afirma Lúcio de Queiroz Delfino, advogado e presidente da Associação Brasileira dos Mutuários da Habitação (ABMH). De acordo com Delfino, essa situação deve se manter até o ano que vem. “Segundo os últimos levantamentos do índice FipeZap, houve uma queda do preço real dos imóveis, já que o aumento do metro quadrado foi menor do que a inflação. Renata Abritta

Essa tendência deve continuar pelo menos até o fim de 2016”, analisa o advogado. DIFERENCIAIS Apesar de o momento ser favorável para quem quer adquirir a casa própria, muita gente está apreensiva com a crise e há dificuldade para comercializar unidades. Uma saída buscada pelas construtoras foi a realização de promoções para tentar atrair clientes. Entre os atrativos, são PESQUISA APONTA QUEDA NOS PREÇOS

Recuo. No comparativo entre os meses de agosto e setembro de 2015, dados de um levantamento do índice FipeZap revelaram recuo no preço de imóveis nas seguintes cidades brasileiras: Rio de Janeiro (-0,52%), Porto Alegre (-1,26%), Florianópolis (-0,31%), Contagem (-0,22%), Brasília (-0,16%), Niterói (-0,15%), Goiânia (-0,09%) e Recife (-0,04%). A expectativa do setor é que essa tendência continue pelo menos até o fim do próximo ano.

oferecidos descontos e diferenciais como armários na cozinha e pisos cerâmicos ou de porcelanatos. Mas antes de fechar o negócio, é preciso avaliar bem tanto a idoneidade da construtora quanto as cláusulas do contrato. “Infelizmente, o risco de comprar um imóvel ou qualquer outro bem que ainda será fabricado/construído sempre existirá. Não existe garantia absoluta de que o incorporador concluirá o empreendimento. Entretanto, existem algumas garantias que – embora não sejam obrigatórias – podem trazer mais segurança ao comprador”, destaca Delfino. SEGURANÇA Segundo ele, a primeira garantia é observar se o incorporador instituiu o chamado patrimônio de afetação sobre o empreendimento. “Por este instituto jurídico, os bens, recursos financeiros e direitos de um determinado empreendimento imobiliário não se comunicam com o restante do patrimônio do incorporador ou com outras obras que também estejam sob o regime de afetação. Assim, em caso de falência do incorpo-

rador, as unidades daquela incorporação não serão incluídas na massa falida da empresa, tampouco responderão por dívidas que não sejam da própria edificação”, explica. Uma alternativa apontado pelo advogado é optar por empreendimentos financiados através do chamado crédito associativo, pelo qual o comprador tem a possibilidade de assinar o contrato de financiamento imobiliário antes da conclusão da obra. “Uma das vantagens desse sistema é que o banco passa a fiscalizar a evolução da obra e só repassa os recursos financeiros ao incorporador se o cronograma estiver sendo cumprido; assim, em caso de impossibilidade do incorporador inicialmente contratado dar continuidade à obra, os compradores (em conjunto com a instituição financeira) podem substituí-lo e dar continuidade ao projeto, já que os recursos necessários ao restante da construção ainda estarão na posse do banco”, ressalta. (Leia mais dicas de segurança no box ao lado). VALOR De acordo com o espe-

cialista, apesar de o momento ser de dificuldades e incertezas para a economia, adquirir um imóvel nunca é um mau negócio. “É importante lembrar que a compra de um imóvel, em geral, não representa somente um investimento financeiro, pois se trata da moradia de uma família, isso também precisa ser levado em consideração. Além disso, o imóvel é um investimento sólido, que a longo prazo sempre se valoriza, e que pode ser vendido ou alugado a qualquer momento”, conclui.

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O imóvel é um investimento sólido, que a longo prazo sempre se valoriza e que pode ser vendido ou alugado a qualquer momento

REDUZA OS RISCOS s Informe-se sobre a idoneidade do construtor, consulte o Procon e sites como “Reclame Aqui” para saber sobre problemas anteriores e visite outros empreendimentos do construtor; s Faça visitas periódicas à obra e certifique-se de que todas as promessas constam no contrato; s Guarde todo material (inclusive publicitário) e documentos relacionados ao empreendimento (físicos e virtuais), pois eles são parte integrante do contrato e geram obrigação ao construtor; s Em caso de vício de construção ou não cumprimento do contrato, procure um advogado. O Código de Defesa do Consumidor prevê que o prazo para acionar o construtor é de cinco anos contados a partir da data em que o proprietário tomou ciência do problema; s Em caso de vício de construção ou do não cumprimento do contrato, procure um advogado. A lei prevê prazo de cinco anos para acionar o construtor.

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10 PERGUNTAS PARA ... DIVULGAÇÃO/PARCELAR URBANISMO

Gustavo Lobato

Kênio Pereira

duvidaskenio@caixaimobiliaria.com.br

Convenção e suas cláusulas

DiretorcomercialdaParcelar Urbanismo AParcelarUrbanismopretende realizar25novosprojetosnos próximoanoseestádeolhonos municípioscomdesenvolvimento rápidoequecontamcomumgrande potencialdecrescimento A Parcelar Urbanismo investe em loteamentos no interior do Estado, atendendo a uma boa demanda para esse tipo de produtos. E as expectativas são boas. Até o fim do ano, espera comercializar 50% das opções disponíveis nas cidades de Três Maria, Caeté e Oliveira. Nesta entrevista para o jornal Pampulha, Gustavo Lobato, diretor comercial da empresa, fala mais acerca do empreendimento, do comportamento desse tipo de mercado atualmente e, também, acerca dos investimentos que estão sendo realizados. Juliana Siqueira

Quais são os diferenciais dos investimentos focados em cidades do interior? As cidades do interior ainda têm uma cultura do lote mais arraigada, além de a população desses lugares não possuir o costume de investir tanto em prédios, como nos grandes centros. Do ponto de vista econômico, o interior ainda conta com um custo de terra mais barato, o que o torna mais atrativo, apesar de a demanda ser menor também. Como foi feita a escolha dos municípios para a realização dos loteamentos? Dentro do nosso planejamento estratégico, definimos algumas premissas para a escolha das cidades. Levamos em consideração o seu tamanho, o produto interno bruto (PIB), o índice de desenvolvimento humano (IDH), a taxa de crescimento dos últimos anos e as principais atividades econômicas. São esses os fatores para a sele-

ção das cidades, mas a localização do terreno sempre é o fator determinante na escolha final. De que forma esses loteamentos são pensados e desenvolvidos? Sempre que definimos uma cidade para realizar o empreendimento, fazemos uma pesquisa de mercado para identificar quais são as necessidades da cidade, qual o tipo de bairro que melhor se adapta para a região e suas vocações mercadológicas. Desenvolvemos um projeto em cima do resultado dessa pesquisa. Como você classifica, hoje, esse mercado? A crise financeira tem grande impacto sobre o mercado imobiliário devido às suas taxas e elevado índice de endividamento. No entanto, mesmo com a crise, existem pessoas que investem em imóveis, uma vez que trata-se de um investimento com baixíssimo risco, já que o imóvel é a própria garantia. Esse produto sempre foi sinônimo de segurança e rentabilidade. Para os investidores, quais são os principais benefícios dos loteamentos? Todo investidor busca rentabilidade e valorização. Em momentos de crise, buscar rentabilidade

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Em momentos de crise, buscar rentabilidade com baixa exposição ao risco se tornou muito difícil

MERCADO IMOBILIÁRIO

Expansão. Expectativa é lançar três novos empreendimentos ainda em 2015

com baixa exposição ao risco se tornou muito difícil. O loteamento consegue disponibilizar isso. A compra do lote nas condições de lançamento, geralmente, ocorre abaixo do preço médio de mercado, portanto, já existe uma valorização real. O lote é um ativo que historicamente sempre se valorizou devido ao déficit populacional e constante crescimento da população. Ele é, também, a matériaprima dos principais programas do governo, o Minha Casa Minha Vida e o Programa de Aceleração do Crescimento (PAC), portanto, está em constante demanda. Há, ainda, o ponto de que o ativo do lote nunca irá se perder, estará sempre à disposição e pode ser utilizado para várias transações econômicas. Qual é o perfil dos consumidores desse tipo de produto? Pode haver variação de acordo com o público-alvo em determinada cidade. Hoje, nós trabalhamos com quatro produtos distintos, que são o “Residencial” (Classes C e D), “Parque” (Classe Média), “Reserva” (Classe A) e Business (Industrial e Comercial). A definição de qual item montar e o preço é feita através da pesquisa de mercado citada anteriormente. De quanto deve ser o investimento da empresa nesse setor nos próximos anos? Em quantos loteamentos e em quais cidades? O investimento nos próximos quatro anos será de cerca de R$ 50 milhões em 15 projetos distintos, nas cidades de Viçosa, Divinópolis, Caeté, Brumadinho, Sarzedo, Três Marias, São João Del Rey, Manhuaçu, Rio Acima, Igaratinga, João Monlevade, Matozinhos e Dia-

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O interior ainda conta com custo de terra mais barato, o que o torna mais atrativo mantina. Quais são as expectativas da empresa até o fim do ano? A empresa possui expectativa de lançar três empreendimentos ainda neste ano, sendo que o primeiro deles acontecerá em Três Marias, em breve. Quais são os projetos da Parcelar Urbanismo para 2016? Os principais projetos e lançamentos de 2016 são: São João de Rey, Manhuaçu, Sarzedo, Viçosa e também Igaratinga. Quais são os diferenciais da empresa que você destaca? A Parcelar possui atributos que vão além da simples valorização e comercialização dos lotes. A empresa se preocupa com o crescimento sustentável da região e com a qualidade de vida de seus clientes. Pensando nisso, desenvolve alguns diferenciais em seus empreendimentos, que são o conceito de urbanismo e crescimento sustentável; paisagismo; pórtico de entrada e de identificação do bairro; praças de convivência, saúde e lazer e a preservação do meio ambiente. Além disso, há uma infraestrutura oferecida com a certeza da utilização de produtos de qualidade.

om o objetivo de economizar, a maioria dasconstrutorasou dospróprios condôminos copia a convenção de um modelo ultrapassado, que muitas vezes é redigida por pessoas leigas, o que, consequentemente, acaba contendo diversos erros. Mas isso pouco importa, já que nenhum comprador analisa sua redação. São ignoradas as particularidades da edificação, a quantidade de unidades, o perfil dos ocupantes e a estipulação de quóruns adequados.O resultado é um desastre técnicoe jurídico dodocumento de suma importância para regulamentar os direitos e deveres dos condôminos.Quando o empreendimento é composto de vários blocos ou tem ocupação mista, ou seja, comercial e residencial, é comum ocorrerem conflitos administrativos que perduram por décadas por falta de orientação profissional. Diante dessa realidade, constata-se que grande parte dos processos judiciais decorre da convenção mal redigida, que levaà realização de assembleias confusas e à tomada de decisões que agravam os conflitos. A convenção elaborada de forma amadora deixa de abranger todas as situações que podem ocorrer em um condomínio, gera desgastes nos relacionamentos entre os moradores, dificulta a administração do empreendimento, estimula a inadimplência a ponto de acarretar a desvalorização do imóvel.

NORMAS QUE GERAM PREJUÍZO E CONFUSÃO Muitas convenções possuem regras ilegais e ilógicas como, por exemplo, a que permite a utilização irregular de áreas comuns (espaços laterais, na garagem, terraço ou fundos), possibilitando até a perda da propriedade coletiva para terceiro por meio da usucapião ou supressio por terceiros, causando prejuízos irreparáveis. Há construtor que insere na convenção cláusula que lhe concede um direito abusivo e para dificultar que os condôminosvenham eliminara irregularidade, estipula que a convenção poderá ser modificada somente com o quórum unânime, o que constitui afronta à regra da lei que estipula que a convenção pode ser rerratificada com os votosde 2/3 do condomínio. Para garantir a situação que o favorece, tem construtor que mantém uma unidade em seu nome para impedir a mudança da convenção. As pesquisas confirmam que, em média, comparecem apenas 17% dos condôminos às assembleias gerais, o que torna lamentável a estipulação de quóruns elevados, quase impossíveis de serem obtidos. Devemos refletir que até entre familiares é difícil conseguir consenso, muito menos unanimidade entre dezenas ou centenas de famílias com valores, culturas e conceitos diversos. Outra situação que fere a lógica é a cláusula que proíbe que o condômino vote em assembleia quanto ao assunto que seja de seu específico ou “particular interesse”. Quem estipulaessa pérola deincoerência ignora que o condomínio consiste na divisão de um bem, ou seja, que cada coproprietário detém uma cota de um todo. Se o dono do apartamento de cobertura solicita, por exemplo, a votação para eliminar o rateio pela fração ideal para que seja realizada a divisão das despesas de forma igualitária, por ser mais equilibrada e justa,logicamente que ele, bem como todos os demais, têm interesse em votar. Da mesma forma, se um condômino requer autorização para colocar o aparelho de ar-condicionado na janela, o fato das 4 fachadas serem área comum, a todos interessa votar, não só ao solicitante. São diversos os tipos de cláusulas absurdas, sendo que continuaremos a citar outros exemplos na próxima semana. * RÁDIO JUSTIÇA E TV BH NEWS Na minha coluna de Direito Imobiliário da Rádio Justiça do Supremo Tribunal Federal do dia 17/11, às 9h30, abordarei no Programa Revista Justiça sobre este tema “A enganação do aluguel garantido e como escolher uma imobiliária”. Ouça ao vivo na FM 104,7 Brasília ou no site www.radiojustica.jus.br. No dia 19/11, às 18h50 na Tv BH News, canal 9 da Net e na internet, com reprise na sexta-feira, dia 20/11, às 1h30 e 7h.

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