Pampulha - Sáb, 31/10/2015

turismo

CRUZEIRO PELO RIO AMAZONAS MOSTRA OS ENCANTOS DE SUAS ÁGUAS E FLORESTA ...Páginas 40 a 43

CARMO DALLA VECHIA/DIVULGAÇÃO

almanaque

direção

CACO CIOCLER E CARMO DALLA VECHIA TRAZEM SHAKESPEARE A BH ...Página 14

PEUGEOT 308 GANHA FACELIFT E MAIS EQUIPAMENTOS NA LINHA 2016 ...Páginas 34 e 35

pampulha 31 de outubro a 6 de novembro de 2015 ANO XXVII número 1318 faleconosco@jornalpampulha.com.br atendimento 2101.3838

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O SEMANÁRIO DE BELO HORIZONTE EDITORIA DE ARTE SOBRE FOTO REDE GLOBO/DIVULGAÇÃO

Os personagens Lívia e Felipe no final do século XIX e nos dias de hoje: segunda oportunidade

Novela global “Além do Tempo” faz sucesso ao abordar a evolução espiritual por meio da temática da reencarnação

UMA NOVA CHANCE

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opinião

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BELO HORIZONTE 31 de outubro

VITTORIO MEDIOLI

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Editorial

Desapego e evolução

E

nsina a doutrina que a percep- condensações térreas e egoísticas, permite ver as coição e a intuição mais corretas sas assim como são, e não distorcidas por aquilo que nascem de uma disposição in- gostaríamos que fossem. O desapego permite a pleniterior que se alcança com dis- tude da intuição. Mas quem é desapegado? Um inteciplina e autocontrole (via do resse quase sempre temos.

Dharma), permitindo a tomaNão é o desejo do Mal (pior de todos) ou o desejo da de consciência gradual da- do Bem (menos mal), mas a falta de desejo que deterquilo que somos, de onde viemos e para onde cami- mina o desapego e faz silenciar a mente inferior. Henhamos. No Universo, tudo é progressivo e tende a lena Blavatsky escreveu sua obra-prima, “A Voz do se expandir num espaço que não sabemos o que é, Silêncio”, justamente para abreviar a compreensão mas que se atribui a uma qualidade do Criador. O da circunstância.

Universo seria o local “em que cada ponto é o cenNo meio dos extremos, o ser Intuitivo, necessariatro, e a circunferência está em nenhum”. mente desapegado e iluminado, e o ser Obscurecido, Autores iluminados, como Herman Hesse, defi- normalmente egoísta, apegado, tomado de ansiedanem o ser humano como o “andarilho das estrelas”, des, sobrevivem os graus intermediários, aqueles o “eterno peregrino”. Palavras que tentam explicar a que, embora sem “vidência”, desenvolveram graus “mônada” (ocidental), de Leibniz, ou o verdadeiro perceptivos intermediários, nem totalmente livres EU, a centelha divina que evolui cumprindo o desejo de apegos, e em parte auxiliados pelos conhecimenda vontade que a gerou. tos e pela capacidade de elaboração mental, intelecA “mônada” parte do Um indivisítualidade. vel, já parece um não-senso da douOs santos católicos, envoltos O budista não em auréolas emanando luz, em trina oriental, dificilmente decifrável na letra morta das escrituras. Aí é eles se encontra a comuvê a desventura todos que se requer um salto no abismo da nhão com o desapego. Algo que como um compreensão. Bem por isso, a quesse aproxima da compaixão butão se transfere a uma esfera “eso-tedista, pregada pelo dalai-lama, episódio rica”, na qual “eso” quer dizer “para sentimento que uma tradução poucos”, e “terica” é igual a “teoria” negativo, mas na “neutralidade amorosa”, que (“estudo”). Uma nítida dissociação a humana desvennecessário para compreende da guerra terrestre que é a sobrevitura, a deixa fluir acompanhada vência pagando tributos aos desejos de sentimentos misericordiosos a evolução. ilusórios. Quando se usa o termo e de amor. O budista não vê a Mortifica a “esotérico”, mais que conceitos absdesventura como um episódio trusos, se entende um conhecimento negativo, mas necessário para a matéria e que vai além da mera materialidade, evolução. Mortifica a matéria e os desejos um passo além da caverna. os desejos. Doa a carne dos seus Platão tentou explicar com o Mientes falecidos aos abutres para to da Caverna, e das sombras refletidas em seu fun- que sirva a eles. do, o mundo comezinho das lutas fisiológicas do hoNo monastério zen informam ao recém-chegado: mem (individualidade pensante), que teima em des- “Quem desperdiçar um grão de arroz não entrará no conhecer o universo externo, bilhões de vezes céu (Nirvana)”. Disso, o chela (aluno), ao lavar sua maior, mais belo que o esquálido cubículo em que se vasilha, bebe a lavagem. encontra acorrentado. Existem pessoas que posPodemos dizer que a diferença chega de quem suem consciência do mundo de fora da caverna. São desenvolve a compreensão mais elevada (intuitiva), essas que desanuviam a visão e abrem a janela da deixa a calculadora mecânica de manivela (década intuição, um meio de percepção milhões de vezes de 50) para usar um chip que instantaneamente reamais rápido que a mecânica de uma mente inferior. liza qualquer operação matemática. A máquina meQuem mais e quem menos tem direito às suas cânica desgasta, enferruja, necessita de graxa e conintuições, momentos fulgurantes e instantâneos sertos periódicos; a digital, além de instantânea, duque revelam um oceano de verdades. Essas pes- ra para sempre. soas, na realidade, são raras, capazes de encontrar Considerando-se as humanas desventuras pelas nos meandros da maior complicação, quando não quais o Brasil passa, notamos que “desapego” está estão envolvidas pelo interesse material, a fórmula em falta, que dever foi esquecido, que compaixão de decifrar enigmas, de desvendar o insolúvel ao não é praticada, impossibilitando, assim, que o Bem simples mortal; já outras personalidades, as mais flua e cumpra sua ação. Entretanto, vale lembrar que comuns, como diz o ditado, não enxergam um pal- o mal não é eterno e serve de lição. mo à frente do nariz.

O desapego funciona para as primeiras como limpador de para-brisa numa chuva de lama. Dissipa as vittorio.medioli@otempo.com.br

Pais não podem ser escravos das birras, diz ‘SuperNanny’ SBT/DIVULGAÇÃOC

anos se dedicando à educação infantil, Cris 6 HáPoli,40a “SuperNanny” brasileira, é conhecida do grande público pelo programa que apresenta no SBT. Nele, essa argentina radicada no Brasil visita as casas de famílias que estão com problemas para controlar os filhos e auxilia os pais a manter as rédeas. Confira entrevista da educadora no nosso site, na qual ela fala da dificuldade que os pais têm em colocar os limites em diferentes situações do dia a dia.

Kit ajudará crianças queimadas DEBORAH MAX E GUSTAVO

Mayla Tanferri estava realizando o sonho de ser modelo quando, aos 18 anos, um acidente queimou 40% de seu corpo. Anos depois, formada em design, ela desenvolveu um kit para ajudar crianças e adolescentes que também foram vítimas de grandes queimaduras em sua ressocialização. I O Kit Empatia foi desenvolvido por ela e duplamente premiado na 11ª Bienal de Design Gráfico. Saiba mais em nosso site.

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ARRAIS/DIVULGAÇÃO

Vittorio Medioli também escreve aos domingos no jornal O TEMPO

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O SEMANÁRIO DE BELO HORIZONTE

SEMPRE EDITORA LTDA. Av. Babita Camargos, 1645 Contagem/MG, Cep: 32210-180 TIRAGEM 121 mil exemplares, com distribuição domiciliar e gratuita

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“ALÉM DO TEMPO”> Sucesso da novela da Globo revela o fascínio da reencarnação sobre o brasileiro Interior do Rio Grande do Sul, final do século XIX. Depois de uma série de percalços, o conde Felipe e sua amada Lívia finalmente conseguem ficar juntos. Porém, a felicidade do casal é precocemente interrompida durante um passeio à beira de um penhasco pelos mordidos Pedro e Melissa, rejeitados pelos dois. Entre um duelo de espadas, um empurrão e um golpe cheio de rancor, terminam quase todos mortos.

Mas a história não terminou ali. Mais de um século depois, os envolvidos na tragédia estão novamente na Terra em outras vidas e mais uma vez interligados terão nova oportunidade para resolver as pendências que ficaram de outros tempos. É essa a principal trama que quem assiste à atual novela das 18h da Rede Globo, “Além do Tempo”, está acompanhando.

Depois de uma primeira fase no século XIX, o folhetim deu um salto de cerca de 120 anos para mostrar esses e outros personagens nos dias atuais, submetidos a outras condições.

Mais que uma proposta tão ousada quanto bem-sucedida, a novela tem demonstrado o quanto o tema da reencarnação é algo que fascina e gera comoção entre os brasileiros. Logo que começou, em julho, já foi a melhor estreia do horário em quatro anos, e desde então segue registrando bons índices de audiência.

No capítulo em que a trama deu um salto no tempo, há pouco mais de uma semana, não só entrou nos trending topics (assuntos mais comentados) mundiais do Twitter, com 48 mil menções à hashtag #alemdotempo, como superou o “Jornal Nacional” no Ibope da Grande São Paulo, com 24,3 pontos, contra 22,6 do noticiário.

Ainda que seja professada por várias crenças e religiões, a reencarnação ainda carece de comprovações científicas. No entanto, as evidências são muitas. Há 50 anos, o departamento de Estudos da Percepção, da Universidade de Virginia, nos Estados Unidos, realiza pesquisas sobre o assunto. Um grupo liderado pelo psiquiatra Ian Stevenson (19182007) documentou milhares de casos de crianças que pareciam lembrar de suas vidas passadas e ganhou o respeito da comunidade científica por suas análises sóbrias, mesmo que não tenha convencido a todos de que a reencarnação definitivamente exista.

Sucessor de Stevenson, o psicólogo e psiquiatra Jim Tucker dá continuidade às pesquisas. Em visita Jessica Almeida

ça. Com isso, o seu carma, que poderia ser uma coisa terrível, pode mudar. Neste sentido, a novela também traz uma esperança para as pessoas se perdoarem. Porque, na verdade, é uma segunda chance. Todas as pessoas que voltam têm uma segunda chance, mesmo que não saibam o que aconteceu em uma outra vida. Se você está aqui, é para tentar evoluir”.

A lei do retorno FOTOS REDE GLOBO/DIVULGAÇÃO

Após terem sua história de amor terminada em tragédia, Felipe e Lívia retornam comprometidos com seus algozes na vida passada, Melissa e Pedro

Inimigas no passado, Vitória (Irene Ravache, à esq.) e Emília (Ana Beatriz Nogueira) voltam como mãe e filha para resolverem suas questões e exercitarem o perdão

ao Brasil no fim do ano passado, Tucker explicou seu método de investigação. “Nos últimos 15 anos, temos estudado mais de 25 mil crianças. O objetivo é verificar se o que elas descrevem bate com detalhes de pessoas já falecidas”, disse em entrevista ao jornal “O Globo”. “Para nós, a questão é documentar evidências de que a criança teve conexão com uma vida passada. Fiquei mais convencido de que não existe apenas o

mundo físico. Casos como os que estudamos trazem evidências de que memórias e emoções podem sobreviver ao corpo, e que nossas mentes não são completamente dependentes do cérebro”.

TEMÁTICA Não é a primeira vez que a autora, Elizabeth Jhin, trata de questões espirituais.

Outros trabalhos seus, como “Escrito nas Estrelas” (2010), “Amor Eterno

Amor” (2012) e “Eterna Magia” (2007), abordaram a temática, também alcançando bons números no ibope.

Em “Além do Tempo”, porém, há uma mudança estrutural: em vez de apresentar a história já no contexto atual e trazer as vidas passadas por meio de flashbacks ou sonhos, como costumava fazer, ela optou por criar uma introdução completa no passado.

“A mensagem que quero

dar é que a gente não está no mundo a passeio, tem um sentido, que é evoluir enquanto ser humano. A vida vale a pena por causa disso.

Todo mundo tem novas chances de fazer as coisas diferentes”, disse a autora, à época do lançamento da novela. Jhin ainda afirma que acredita que as pessoas podem mudar seu carma pela lei da graça. “Você pode receber uma graça muito grande, por alguma coisa que fa-

ECUMÊNICA Embora tenha formação católica, Jhin, que é mineira de Belo Horizonte, diz não ser vinculada a nenhuma religião, apesar de gostar do budismo, ser simpatizante do espiritismo, usar fita do Senhor do Bonfim e, no candomblé, ser filha de Xangô. Além dessa bagagem pessoal ecumênica, para esta obra estudou também a cabala.

Marcelo Gardini, um dos diretores da União Espírita Mineira, acompanha o folhetim e considera a visão que ele apresenta plausível se analisada sob o viés do espiritismo. “Ela é um pouco floreada, traz um ponto de vista bastante romanceado, mas há situações que batem muito com a doutrina e se aproximam muito da teoria. Além de ter uma mensagem interessante”, diz.

Quanto ao apelo que a história exerce, Gardini acredita que seja por encontrarmos nela respostas plausíveis para perguntas que todo mundo, eventualmente, se faz. “As pessoas estão, independentemente de serem ou não vinculadas ao espiritismo ou mesmo a qualquer outra religião, em busca de explicações sobre a vida após a morte. Eu, particularmente, fico feliz que ‘Além do Tempo’ esteja sendo bemrecebida, afinal, percebemos recentemente que a intolerância pode ser capaz até de mobilizar forças para atrapalhar o percurso de uma obra, simplesmente por abordar determinados assuntos”, afirma, em referência ao boicote imposto à penúltima novela das 21h, “Babilônia”, por tratar da homossexualidade de forma natural.

Apesar da rejeição por parte da população, a psicóloga, psicanalista e especialista em terapia de vidas passadas Carmem Farage entende que tanto a homossexualidade quanto a reencarnação foram parar na dramaturgia porque a sociedade está preparada para a discussão. “Não é a novela que está instigando, é o contrário. A mídia acompanha a cabeça das pessoas. Então, se estão falando de espiritualidade e questões relacionadas ao pós-morte é porque certamente existe interesse”.

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IMATERIAIS> Tanto habilidades quanto problemas podem ser transmitidos de uma vida a outra ARQUIVO PESSOAL

Corpos carregam memórias Grandes rivais na primeira fase de “Além do Tempo”, a condessa Vitória Castellini (Irene Ravache) e Emília Diffiori (Ana Beatriz Nogueira) retornam à Terra mais de cem anos depois como mãe e filha. De acordo com os preceitos do espiritismo, essa é uma possibilidade muito provável. “Os espíritos evoluem em grupo. Por isso, Deus muitasvezes coloca pessoas que foram antagônicas em vidas passadas numa mesma família, para facilitar o processo de evolução de ambas”, explica Pedro Fagundes Azevedo, expresidente e conselheiro da Sociedade Legião Espírita, de Porto Alegre. “Mas é por isso também que às vezes há tanto conflito entre parentes”.

Embora não sejamos capazesde lembrarvoluntariamente das experiências anteriores, o entendimento de quemacredita na reencarnação é de que nossos corpos são carregados de memória.

Demaneira positiva, issopoderia resultar num talento inexplicável. “Nós passamos por um processo de esquecimento entre uma vida e outra, mas às vezes alguns resquícios permanecem”,explica Marcelo Gardini, um dos presidentes da União Espírita Mineira. “Determinados gostos ou habilidades, a facilidade para aprender uma nova língua ou instrumento musical muitas vezes são rastros do passado. Os gênios da humanidade trouxeram grandes recordações”.

Demaneira análoga, problemas como enxaqueca, asma ou claustrofobia também podem ter a ver com alJessica Almeida

guma experiência mal resolvida em outra vida, como aponta a psicóloga, psicanalista e terapeuta de vidas passadas Carmem Farage. Seriam problemas psicossomáticos, ou seja, causados ou agravados por algo que está na mente e não no corpo. Nesses casos, é comum as pessoas tratarem a questão por meio da regressão. “Uma pessoa que se suicidou enforcada pode nascer com alguma obstrução nas vias respiratórias. Mas quando ela acessa a memória pode retirar esses registros, e a tendência é que os sintomas, que estavam num lugar entre o corpo e o espírito, desapareçam”, diz.

Por mais que a reencarnação seja um preceito presente na doutrina de diversas religiões, como o budismo, o hinduísmoe o espiritismo,a prática da regressão a vidas passadas não é um procedimento religioso. “A terapia de vidas passadas é um recurso terapêutico científico sem nenhuma conotação religiosa ou esotérica”, explica Carmem.

ATIVIDADE CEREBRAL A pessoa que se submete ao procedimento não é hipnotizada e se mantém acorda-

“

É preciso que você mesmo acesse a memória e não que alguém as conte Carmem Farage, terapeuta de vidas passadas

da. Seu cérebro é induzido a um estado de consciência é ligeiramente alterado, funcionando em uma vibração elétrica por volta de 7 hertz (em atividade normal, esse número é próximo de 13 e, ao dormirmos, quando quase não há atividade, de 0) e entrando em relaxamento profundo. Dessa forma, é possível acessar o consciente e o inconsciente. Estudos realizados no início dos anos 2000 no Hospital Beneficência Portuguesa, em São Paulo, constataram que as áreas do cérebro mais acessadas no processo de regressão são as responsáveis pela memória e a emoção e não pela imaginação.

A ausência de reconhecimento da regressão por parte órgãos oficiais como os conselhos de psicologia e medicina não é uma preocupação para a terapeuta. “Por muitos anos, a psicanálise também não foi reconhecida e, até hoje, há físicos cartesianos que nãoreconhecem a física quântica”, explica. De toda forma, ela orienta que o interessado busqueum profissional de respaldo. “Sempre falo que ninguém pode ver sua história, só você mesmo. Portanto, se a pessoa a que você recorrer começar a te contar seu passado, desconfie”, sugere.

Desde o ano passado, o estudante Kurt Peifer, 21, faz acompanhamento com Carmem. “É algo que me ajuda a pensar que as coisas não terminam aqui. Eu tive perdas na família de pessoas próximas e hoje eu consigo lidar melhor com isso”, diz. “Não só isso, estou conseguindo conduzir minha vida de outra maneira, resolvi mudar de curso na faculdade, comecei a praticar natação e melhorei meus relacionamentos de uma maneira geral”.

Compreensão Entender o que vivemos antes ajuda a lidar com o presente, diz terapeuta

CURIOSIDADES

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Dalai Lama Considerado uma encarnação de Buda, o 14º dalai lama, Tenzin Gyatso, declarou recentemente que sua morte poderia não ser reencarnada. O líder espiritual tibetano de 79 anos, que fugiu para a Índia em 1959, disse que prefere ser o último dessa tradição de séculos a ter um “estúpido” como sucessor. O governo chinês reagiu reclamando o direito de nomear o 15º Dalai Lama. A posição da China é: se o Dalai Lama não controla a próxima vida, nós fazemos isso.

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Aviador de guerra Em suas pesquisas, o psicólogo e psiquiátra norte-americano Jim Tucker encontrou um caso marcante: o do garoto James Leininger. Aos 2 anos, ele tinha pesadelos com um avião caindo e disse aos seus pais que tinha sido um piloto e que seu avião fora abatido pelos japoneses em Iwo Jima. Também deu o nome de uma pessoa que estava com ele, Jack Larsen. De fato, houve um porta-aviões em Iwo Jima cujo piloto, James Huston, morreu. E Jack Larsen era seu companheiro, que estava no avião seguinte.

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Não sou Emmanuel Médium desde que nasceu, o jovem Guilherme Romano, 21, precisa explicar com frequência que não se trata da reencarnação de Emmanuel, espírito que teria auxiliado Chico Xavier (1910-2002). Embora sua vida tenha similaridades com a previsão realizada pelo médium mineiro – nasceu numa família kardecista, no interior de SP, tem dotes mediúnicos e pretenda ser professor – o jovem nasceu em 1993. Porém, o benfeitor de Chico teria deixado o médium somente por volta de 1996.

A REENCARNAÇÃO SOB O VIÉS DE VÁRIAS DOUTRINAS Espiritismo O denominador comum a todos no plano físico é a evolução. Porém, os indivíduos têm livre arbítrio. Evoluir é responsabilidade de cada um. Quando atinge o estágio máximo de depuração, a alma passa a habitar outros planos, que po-

dem ser, inclusive, outros planetas.

Evangelho “Além de seguir os ensinamentos de Allan Kardec, a Bíblia também é uma referência para nós”, explica um dos presidentes da União Espírita Mineira, Marcelo Gardini.

Cabala Conjunto de ensinamentos sobre Deus, o Homem, o Universo, a Criação, o Caminho, a Verdade e coisas afins, a cabala transmitidos por meio da tradição judaica.

Livros Os principais livros da doutrina, “Zohar” e “Ari”, falam

de reencarnação. “No nosso modo de entender, somos a nossa alma. É como se o corpo fosse a roupa da alma”, explica o professor de cabala Shmuel Lemle.

retornam em animais, vegetais ou até em objetos inanimados.

Também fala de almas masculinas e femininas e almas gêmeas.

Níveis O livro “Ari” discute a reencarnação em níveis inferiores, isto é, almas humanas que

Budismo Também chamada de renascimento, a reencarnação no budismo é entendida

como o processo pelo qual a mente passa até atingir a iluminação. Ápice A iluminação é o estado de uma mente completamente pura e perfeita. Quando atinge esse ponto, ela se torna livre pra renascer ou não.

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PUBLIEDITORIAL

PRONATEC MINAS> Novo padrão do programa no Estado pretende servir de exemplo para o Brasil

ModelodegestãopioneiroemMG FOTOS TETÊ RIOS/ASCOM UTRAMIG/DIVULGAÇÃO

Pronatec Minas fará o encaminhamento dos estudantes para o mercado de trabalho mineiro

Cursos técnicos e profissionalizantes do Pronatec facilitam o acesso ao ensino de qualidade

O Programa Nacional de Acesso ao Ensino Técnico e Emprego (Pronatec), que visa facilitar a busca pelo primeiro emprego e o acesso ao ensino de qualidade, ofertando cursos técnicos e profissionalizantes, principalmente para a população de baixa renda, ganhou um no-

de emprego e de renda.

Da Redação

vo modelo de gestão em Minas Gerais, que será pioneiro e pretende servir como um exemplo para o Brasil.

Criado pela Secretaria de Estado de Trabalho e Desenvolvimento Social (Sedese) em parceria com demais órgãos do Governo de Minas Gerais, o novo modelo de gestão tem nove etapas, que envolvem treinamento das equipes

do Sistema Nacional de Emprego e das Diretorias Regionais da Sedese, monitoramento dos cursos, encaminhamento dos egressos para o mercado de trabalho e levantamento das demandas para o ano subsequente.

A iniciativa garante ao cidadão mineiro, em especial às pessoas em situação de vulnerabilidade, mais acesso às oportunidades

EXPECTATIVA O projeto já conta com a participação de mais de 330 cidades mineiras, e a expectativa é atrair a adesão de todos os 853 municípios do Estado, com a nova metodologia de gestão integrada e descentralizada do Pronatec .

A previsão para este ano é a de que o Pronatec ofere-

ça mais de 33 mil vagas, sendo a maioria delas em 1.060 cursos na modalidade de Formação Inicial e Continuada (FIC). Já na modalidade de cursos técnicos, são mais de 180 oportunidades.

BALANÇO Segundo dados da Sedese, em 2015 Minas Gerais foi o Estado que mais demandou cursos de FIC do

programa.

Para realizar um curso do Pronatec em Minas Gerais e participar da metodologia do programa, basta procurar a Secretaria Municipal de Assistência Social ou o Sistema Nacional de Emprego de sua cidade para fazer a prématrícula. Mais informações podem ser obtidas pelo telefone (31) 3916-9120.

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SAÚDE E BEM-ESTAR VIDA SAUDÁVEL Dr. Telmo Diniz

Câncer de boca (CRM-MG 25.398)

telmo.diniz@jornalpampulha.com.br

Carnes e câncer

C

omer carne processada, como salsichas, hambúrgueres e bacon, aumenta o risco de câncer. Esta foi a conclusão final de especialistas integrantes da Organização Mundial de Saúde (OMS).

O documento concluiu que este tipo de alimento é carcinogênico para as pessoas, igualando a substâncias reconhecidamente cancerígenas como o cigarro, o plutônio e a poluição ambiental. Já a carne vermelha (vaca, porco, cavalo, cordeiro, cabra etc) também foi apontada como carcinogênica, porém de forma menos agressiva. Se esta conclusão for uma verdade absoluta, somente os veganos estarão a salvo.

O estudo da OMS considerou carne processada “qualquer tipo de carne que foi transformada com sal ou através do processo da fermentação (curada ou defumada), para melhorar o sabor e preservar o alimento”. Isso inclui salsichas e hambúrgueres de carne moída e também embutidos. Embora a maioria deles seja de carne de vaca ou porco, esse grupo também inclui embutidos feitos com sangue, carne moída de ave e vísceras.

A maior parte das evidências citadas no sumário de suas conclusões foram publicadas no “The Lancet Oncology” e se basearam em estudos epidemiológicos realizados em vários países europeus e outras partes do mundo. Esses trabalhos O recomendado mostram que este tié manter uma po de produto está associado a uma maior alimentação incidência de câncer saudável, que colorretal. O estudo encontrou uma assomescle carne ciação direta entre esvermelha com tes alimentos e esse tipo de câncer em 12 peixes, ovos dos 18 estudos. e vegetais Mas o que levaria esses produtos a sede forma rem cancerígenos? O igualitária que me vem a cabeça, e o que me parece mais provável, é a presença dos nitratos nesse tipo de alimento. O nitrato de sódio (NaNO3) e o nitrito de sódio (NaNO2) são conservantes encontrados em muitas carnes processadas. Alimentos como salame, cachorro quente, pepperoni, mortadela, presunto, bacon e carnes em conserva normalmente contêm nitrato de sódio como um de seus ingredientes. São os nitratos que conservam o produto, além de fornecerem uma coloração mais avermelhada, dando uma melhor aparência aos produtos.

Os nitratos também inibem o crescimento do clostridium botulinum (que causa o botulismo) e previne a formação de toxinas nos produtos defumados. Entretanto, quando consumimos esses produtos conservados com nitratos, eles se transformam no organismo em nitrosamimas, substâncias que irão provocar as mudanças celulares, culminando em neoplasias.

As sociedades brasileira e americana de oncologia recomendam um consumo de até meio quilo de carne vermelha por semana, o que equivale a 100g por dia — já que elas são ricas em proteínas, ferro e vitamina B12. Já as processadas, pela grande quantidade de conservantes e de sal, devem ser consumidas em quantidades bem menores. Portanto, o recomendado é manter uma alimentação saudável, que mescle carne vermelha com peixes, ovos e vegetais de forma igualitária. Enfim, o mais indicado é equilibrar todos os alimentos ao longo da semana. Mais uma vez, a moderação e o equilíbrio são as palavras de ordem. Faça uma boa semana.

LEO FONTES - 14.4.2009

Registrode tumoresdeve alcançar15mil casosnopaíse 1.520emMinas “O Brasil deixou de ser um país de desdentados e passou a ser um país sem cárie”. A frase do presidente do Conselho Regional de Odontologia de Minas Gerais (CROMG), Luciano Elói, resume bem a evolução da melhoria da saúde bucal do brasileiro nos últimos anos, mas não esconde, porém, os desafios que o país tem pela frente. Somente neste ano, o câncer de boca deve alcançar 15.290 novos casos no país e 1.520 em Minas Gerais, segundo estimativa do Instituto Nacional do Câncer (Inca).

Longe das cadeiras dos dentistas e abusando dos principais fatores de risco – tabagismo, consumo de bebida alcoólica, exposição prolongada a luz solar (para o câncer de lábio) e prática de sexo oral desprotegido –, o brasileiro vem contribuindo para o aumento Litza Mattos

do câncer da cavidade oral, que é o sétimo mais incidente em todo o munao.

A doença, muitas vezes de difícil visualização para o paciente, também tem seu diagnóstico prejudicado por não apresentar sintomas nas fases iniciais, não causar dor ou desconforto. Por isso, a avaliação deve ser feita por um estomatologista. “Somente esse especialista em todos os tipos de lesões na boca é capaz de detectar as mudanças na estrutura da língua e do palato, neoplasias (câncer), eritoplasias (placa vermelha), manchas brancas, herpes e cândida, dentre outras”, diz Elói.

MALIGNO De acordo com a dentista responsável pelo Oncocentro Minas Gerais, Renata Lemos Ferrari, o câncer bucal é a quarta neoplasia maligna mais frequente no homem e a oitava na mulher.

“Cerca de 70% dos tumores malignos são diagnosticados em estado clínico avançado. Pacientes e profissionais devem ficar atentos para úlceras que não cicatrizam”, reforça.

O tamanho e o local do tumor são fatores que devem ser considerados para a definição do tratamento que pode envolver cirurgia, radioterapia e quimioterapia.

Tabagismo ainda é um dos principais fatores de risco

EDITORIA DE ARTE / O TEMPO

SAÚDE ORAL

Quando não há uma boa higiene bucal, bactérias se multiplicam atacando a gengiva e o periodonto, tecido que fixa os dentes nos ossos, causando a periodontite. Durante esse processo, o corpo libera substâncias inflamatórias na corrente sanguínea. Essas substâncias, junto as bactérias, podem desencadear vários problemas no organismo. Veja alguns: AVC

CÂNCER DE BOCA

A INFLAMAÇÃO NA BOCA CONTRIBUI PARA O AUMENTO DAS PLACAS DE GORDURA QUE JÁ SE ENCONTRAM NAS PAREDES DAS ARTÉRIAS. O ROMPIMENTO DESSAS LIBERA PEDAÇOS DE GORDURA NA CORRENTE SANGUÍNEA. UM PEDAÇO LEVADO PELO SANGUE ATÉ O CÉREBRO PODE ENTUPIR UM VASINHO E CAUSAR A MORTE DE NEURÔNIOS

ALGUNS DOS PRINCIPAIS FATORES DE RISCO SÃO A FALTA DE HIGIENE BUCAL, FUMO, CONSUMO DE BEBIDAS ALCOÓLICAS E A ALIMENTAÇÃO POBRE EM VITAMINAS E MINERAIS, PRINCIPALMENTE EM VITAMINA C. A EXPOSIÇÃO EXCESSIVA AO SOL TAMBÉM AUMENTA O RISCO DE DESENVOLVIMENTO DO CÂNCER DO LÁBIO

Principais sintomas: Feridas na boca que não cicatrizam em uma semana.

Ucerações superficiais, com menos de 2 cm de diâmetro.

Manchas esbranquiçadas ou avermelhadas. Dificuldade para falar, mastigar e engolir

PROBLEMAS PULMONARES

ENDOCARDITE BACTERIANA

AS BACTÉRIAS DA PERIODONTITE E A INFLAMAÇÃO DESENCADEADA POR ELAS PODEM PREJUDICAR O ESTADO DOS BRÔNQUIOS, PRINCIPALMENTE EM PESSOAS IDOSAS QUE SOFREM DE PROBLEMAS RESPIRATÓRIOS OU PNEUMONIA

AS BACTÉRIAS DA PERIODONTITE ATINGEM O CORAÇÃO E UMA VEZ ALI, AS BACTÉRIAS SE REPRODUZEM E DANIFICAM A VÁLVULA CARDÍACA. O CORAÇÃO FICA SOBRECARREGADO E PODE LEVAR O INDIVÍDUO A MORTE

PARTO PREMATURO AS BACTÉRIAS E AS SUBSTÂNCIAS INFLAMATÓRIAS ESCAPAM PARA A CIRCULAÇÃO E, NO CORPO DA GESTANTE, CHEGAM ATÉ A PLACENTA. COMO UMA REAÇÃO PARA SALVAR A CRIANÇA, O CORPO PODE ENTRAR EM TRABALHO DE PARTO, CAUSANDO O NASCIMENTO PREMATURO DO BEBÊ

26%

40% dos pacientes com endocardite bacteriana têm a origem na má higienização bucal, sendo que 20% delas vão a óbito, de acordo com os dados do Instituto do Coração

foi a queda na incidência de cárie na xa etária de 12 anos, entre 2003 e 2010, faixa segundo a Pesquisa Nacional de Saúde Bucal

FONTES: SOCIEDADE BRASILEIRA DE ESTOMATOLOGIA E PATOLOGIA ORAL, CÂNCER HOJE, ONCOCLÍNICAS, ONCOCENTRO AC CAMARGO, PRESIDENTE DO CRO-MG, LUCIANO ELÓI

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SAÚDE E BEM-ESTAR

a ainda desafia Cenário preocupante

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mil novos casos de câncer bucal devem ser diagnosticados e aproximadamente 4.000 pessoas vão perder a vida devido à doença, segundo o Instituto Nacional do Câncer Causas

90

por cento dos casos estão ligados ao tabagismo, podendo aumentar o risco se a pessoa combina álcool com o cigarro; má higiene bucal também pode causar a doença, assim como próteses mal ajustada s

Fluoretação das águas ajudou na redução dos índices de cáries Os avanços alcançados pelo país até hoje fazem parte não somente da vontade política dos governantes, mas, para o presidente do CROMG, Luciano Elói, derivam também de um intenso trabalho dos profissionais da odontologia para a valorização da saúde bucal. “Em 1986 foi feito um levantamento epidemiológico que mostrava os índices de cárie aos 12 anos em 6,8%. Hoje está em torno de 2%. Houve uma redução drástica, muito grande”, aponta.

Um dos destaques, segundo o presidente, é o programa Brasil Sorridente, lança-

do em 2004. “Ele organizou a assistência odontológica em três níveis de estrutura nacional: primário (clínica básica), secundária (tratamento de canal e próteses) e terciária (traumatologia buco-maxilo-facial)”, afirma o presidente do CRO-MG. Em 2014, o programa beneficiava 70,6 milhões de brasileiros em 4.903 municípios.

Outro fator apontado por Elói para ajudar a reduzir os índice de cáries foi a fluoretação das águas usadas no abastecimento público e dos cremes dentais. “O flúor age remineralizando o esmalte, que é a primeira su-

perfície do dente. A cárie é fruto da desmineralização provocada pela placa bacteriana que metaboliza o açúcar. Isso, por sua vez, produz um ácido, que desmineraliza e corrói a estrutura do esmalte. O flúor repõe esse cálcio e neutraliza essa ação”, explica Elói A prática de adicionar fluoretos à água tratada dos sistemas de abastecimento começou na década de 40, nos EUA, como medida de saúde pública para controle da cárie dentária.

Hoje, mas de 70% da população norte-americana bebe água com flúor. (LM)

Bacon não prejudica tanto quanto o tabaco Os amantes de embutidos comobacon, linguiça, presuntoesalsicha não precisam abolir de vez esses produtos do cardápio, apesar de a Agência Internacional de Pesquisa sobreo Câncer (Iarc), daOrganização Mundial da Saúde (OMS), ter afirmado que o consumo de carne processada favorece o desenvolvimento de câncer colorretal.

Pelo menos é o que afirma o cirurgião oncologista SamuelAguiarJr., diretordo Núcleo de Câncer Colorretal do A. C. Camargo, em São Paulo.

Para ele, há uma grande diferença entre consumir bacon e se expor a substâncias como amianto e tabaco. “Quando você compara o valor do risco, ele não é como o do cigarro, por exemplo, em que a recomendação não é fumar menos, mas não fumar. A recomendação é de que você não inclua essas carnes na sua dieta regular, evitando o consumoexcessivo”,explica.Ospesquisadores chegaram à conclusão de que o consumo de 50 g de carne processada por

dia aumenta o risco de câncer colorretal em 18%. “Embutidonão deve fazerparte da dieta diária”, afirma o médico.

Esse tipo de alimento foi colocado no grupo 1 de risco da agência, que inclui produtos com tabaco, álcool,amianto e radiação solar. O grupo é determinado pelo fato de haver evidências científicas suficientes de que determinado agente causa câncer.

A própria Iarc ressalta que a classificação feita pela agência se baseia na evidência de que existe um risco, mas não trata do nível dessa probabilidade. “Com base no grande númerode pessoasque consomem carne processada, o impacto global sobre a incidência de câncer é uma questão de saúde pública”, diz o texto.

O consumo de carne vermelha,por sua vez, foi classificado como “provavelmente carcinogênico”, com base em evidências de que comer esse tipo de carne causa câncer.

Aassociação foi observada no câncer colorretal, de pâncreas e próstata.

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BICHOS E CAPRICHOS

Vamos esterilizar?

ARQUIVO

Procedimentoéimportanteparao controlepopulacionaldecãesegatos eparamelhoranasaúdedosanimais Belo Horizonte possui 283 mil cães e 64 mil gatos, segundo dados do Censo Animal de 2014.

Uma grande parcela deles vive perdida ou abandonada pelas ruas, outros têm dono, mas não há controle populacional, o que faz aumentar, cada vez mais, o número de cães e gatos nas ruas.

Diante desse cenário, tornase importante a reflexão a respeito da esterilização desses animais.

Além de reduzir a alta taxa de crescimento e abandono, a esterilização de cães e gatos promove a prevenção Da redação

de quase todos os tumores relacionados ao sistema reprodutor, prevenindo a morte precoce causada, por exemplo, por doenças nas mamas, útero e próstata, melhorando a qualidade de vida do animal.

A castração cirúrgica é um serviço oferecido gratuitamente pela Prefeitura de BH, que inaugurou no último sábado (24) o Centro de Esterilização de Cães e Gatos Barreiro (avenida Antônio Praça Piedade, 68, no Bairro Bonsucesso). O espaço tem capacidade para fazer 1.200 cirurgias por mês e é a quarta unidade fixa da cidade.

Para as regiões que não possuem uma unidade fixa

de atendimento, é disponibilizada uma unidade móvel, que tem capacidade para realizar aproximadamente 400 cirurgias de esterilização por mês.

Além da nova unidade no Barreiro, está prevista a realização de mutirões aos sábados nos outros centros de esterilização, e implantação – prevista para 2016 – de mais duas unidades, nas regiões Leste e Nordeste.

mente habilitados.

idade. Para as fêmeas é recomendado castrar antes do primeiro cio.

SAIBA MAIS O que é Consiste na retirada do útero, trompas e ovários, no caso das fêmeas. Nos machos, na retirada dos testículos.

Procedimento A cirurgia, feita com anestesia geral, é simples, mas deve ser executada apenas por veterinários devida-

Recuperação Em torno de uma semana o animal estará totalmente recuperado e levando uma vida normal.

Idade A castração pode ser feita a partir dos dois meses de

Números Em seis anos, uma cadela e seus descendentes podem gerar 64 mil filhotes.

No caso das gatas, esse número é ainda maior

CIRCUITO PELA PAZ>Projeto busca incentivar esporte e é gratuito para moradores das comunidades

Corrida agitou Vespasiano FOTOS MICHEL REZENDE / DIVULGAÇÃO

No último domingo (25), Vespasiano, na região metropolitana de Belo Horizonte, recebeu a 4ª etapa do 3° Circuito pela Paz - Corrida na Comunidade. O evento, promovido pelo jornal Super Notícia com apoio do Governo de Minas, foi realizado no bairro Morro Alto com percursos de 5 km e 1 km (inRenata Abritta

fantil). A proposta da iniciativa é levar lazer, incentivar o esporte e integrar as comunidades.

A prova atraiu pessoas de várias cidades. A estudante Amanda Santos, 38, saiu da capital para acompanhar o evento. “Pratico corrida há cinco anos, porém, desta vez, vim só para observar e para prestigiar. Achei muito interessante o foco da corrida em promover a paz nas comunidades”, destacou.

O casal Pedro e Gabriela Maillo levou a união e a parceria para o percurso. “Na última, que ocorreu em Santa Luzia, só o meu marido participou. Eu gostei de ver e, agora, quis correr também.

Na próxima, já combinamos de ir juntos de novo”, afirmou a professora.

A dona de casa Maria de Lourdes Alves, 63, completou o percurso caminhando.

“Achei beleza, foi puxado, mas consegui chegar. É bom para incentivar os jovens”, disse.

SUPERAÇÃO O para-atleta Ronan do Espírito Santo deu exemplo de superação. Ele corre há 16 anos usando uma prótese de perna. “Com a corrida, todo dia eu consigo ser melhor do que eu fui ontem e acredito que as outras pessoas também conseguem.

Assim, vou conseguir ficar bem de saúde, bem no meu trabalho e bem comigo mesmo”, afirmou o atleta.

Para-atleta deu exemplo de superação em percurso de 5 km

RECORDE Mais uma vez, o cam-

Percurso.

Atletas profissionais e amadores participaram de prova de 5 km peão na categoria profissional foi João Gari, 36. Desde 2013 ele participa do Circuito pela Paz, e subiu ao ponto mais alto do pódio todas as vezes. “Trabalhei 11 anos como gari. Corri todas essas etapas para incentivar outras pessoas porque eu nasci, cresci e, até hoje, moro na favela. Para mim foi uma honra correr nas comunidades onde já passei pegando lixo”, comenta. Depois de

anos no Cruzeiro, atualmente o atleta está sem patrocínio. “Trabalho muito, a cada dia busco mais e espero ser reconhecido e receber apoio”, afirmou o atleta.

Mesmo resfriada, a atleta Érica Vieira, de Conselheiro Lafaiete, cruzou a linha de chegada em primeiro lugar na categoria feminina.

“Eu acho este um excelente projeto que deve continuar porque incentiva crianças e

adolescentes a irem para o mundo do esporte e não para caminhos obscuros”, disse.

MORADOR O servente de pedreiro Orlando Silveira, 23, ficou em primeiro lugar na categoria masculina da comunidade. “Procuro sempre treinar. O percurso foi difícil, mas consegui. Estou muito feliz”, comemorou.

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ESPAÇO GOURMET

Bolas de sabor

DE BANDEJA ARQUIVO PESSOAL

Sagu nas criações gastronômicas MOISES SILVA

Esferasderivadas damandioca também auxiliamnadieta Numa rápida passada de olho pelo Instagram dá pra perceber. A turma que adora clicar comida anda de olho em um “novo” ingrediente, que na verdade tem aparecido constantemente nos perfis dos adeptos de uma vida saudável. Trata-se do sagu, espécies de bolinhas extraída da fécula da mandioca, que se parece com um isoporzinho.

Assim como a tapioca se tornou rainha das refeições pra quem segue a linha fitness, o sagu – apelidado de pérola de tapioca – hoje está entre as sugestões para quem também quer manter o peso em dia – apesar de ser calórico, não contém glúten e sacia a vontade de comer doce. A produtora de moda Ana Luiza Ballesteros conheceu o sagu ainda quando criança. “Em vez de comer chocolate, eu sempre comi sagu pra matar a vontade. E eu gosto por causa da textura das bolinhas. Ele também dá uma sensação de saciedade”, comenta. O motivo?

O sagu, quando hidratado, satisfaz, como a chia, por exemplo.

Novidade para cervejeiros

Lorena K. Martins

QUASE UM DOCE Mas deixando a balança de lado, aqui no Brasil a história do sagu é pautada

Sagu ao vinho com creme de baunilha, criação do chef Pablo Prado do Baby Beef

como uma sobremesa típica na região Sul do Brasil, feita com vinho e geralmente servida acompanhada de creme de baunilha. É justamente essa a opção ideal que a chef Tatiana Bicalho, do restaurante Casa de Jantar, utiliza em sua cozinha. “Dá pra fazer criações com prato salgado, mas aqui em Minas ele é mais comum como ingrediente de doce”, comenta a chef, que gosta de usar o sagu pra fazer sobremesas (confira receita nesta página).

Já no restaurante Pomodori, em São Paulo, o sagu acompanha a entrada chamada de falso ovo de galinha, feita com couve-flor, creme de cabra e sagu em pérolas imitando o caviar, criação da chef Tássia Magalhães.

Ainda de acordo com Tatiana, o preparo requer paciência pois, assim como a

tapioca, trata-se de uma goma. “Deixe o sagu de molho na água fria durante uma hora e troque a água.

Depois, cozinhe na água quente e vá mexendo durante a fervura. O ponto correto é até que ele fique transparente. Retire do fogo, coe e lave com bastante água corrente para tirar toda a goma. Depois dele pronto, você pode fazer qualquer receita”, explica.

BOA PEDIDA Como diz a tradição, uma das maneira mais conhecidas de servir o sagu é ele cozido com vinho tinto.

O chef Pablo Prado, do Baby Beef, cozinha o ingrediente no vinho, suco de uva, cravo e canela em pó e serve com creme de baunilha. “Você pode alterar também o sabor do sagu, basta modificar o molho e servir sempre gelado”, sugere.

LUIS VINHÃO/DIVULGAÇÃO

Falso ovo de galinha com queijo de cabra e sagu do restaurante Pomodori, em São Paulo

RECEITA

Sagu ao vinho com creme diplomata Receita da chef Tatiana Bicalho, do Casa de Jantar Ingredientes - 2 xícaras de sagu - 3 litros de água - 2 xícaras de vinho tinto - 2 paus de canela - 2 anis estrelados - 1 ½ xícara de açúcar Creme diplomata - 250 ml de creme de leite fresco para chantilly - 300ml de leite - 3 gemas de ovo - 80 gramas de açúcar - 50 gramas de farinha de trigo - Baunilha (½ fava ou colher de café de essência) Modo de preparo Coloque o sagu em água fria durante uma hora.

Descarte a água. Leve o sagu ao fogo brando com 3 litros de água e deixe cozinhar por aproximadamente dez minutos, mexendo sempre até que as bolinhas fiquem completamente transparentes e com um ponto opaco no centro.

Desligue o fogo e deixe esfriando na própria panela.

Coe o sagu e lave em água fria e corrente até sair toda a goma. Depois, volte o sagu para a panela e adicione o restante dos ingredientes, mexendo sempre até ferver. Deixe esfriar. Para o creme, esquente o leite em uma panela com a baunilha e a farinha de trigo, mexendo bem para não formar caroços. Tire o leite do fogo e coloque em uma mistura feita com as gemas e o açúcar, aos poucos para não cozinhar as gemas. Volte para a panela até obter a consistência de creme de confeiteiro.

Bata o creme de leite fresco até virar chantilly e misture com o creme de confeiteiro para fazer o creme diplomata.

Montagem Em uma taça, coloque no fundo o creme diplomata e, por cima, o sagu. Leve à geladeira por uma hora e sirva.

Os amantes da boa cerveja podem comemorar: A capital mineira acaba de ganhar um novo espaço, o Wäls Gastropub. Fruto de uma parceria entre o grupo GaD e a cervejaria mineira Wäls, a casa, que agora ocupa o lugar do antigo CCCP, na Savassi (rua Levindo Lopes, 358), conta com 15 torneiras de chope com todos os rótulos da marca, além das reservadas para outras cervejarias e marcas importadas. Pra quem quer variar, o pub também possui uma carta de drinques que levam a bebida.

Um diferencial que o Wäls Gastropub oferece aos clientes são as tábuas de harmonização. São estilos variados da bebida, harmonizados com petiscos. Uma boa pedida é começar pela “Noviça Rebelde”, que conta com a Session Sintra (Session IPA – 3,9% alc/vol) acompanhada de um espeto caprese; Witte (WitBier – 5,0% alc/vol) harmonizada com queijo da serra do salitre com creme balsâmico, e a Dubbel (Belgian Strong Ale - 7,5% alc/vol) acompanhada de um brigadeiro de cacau. Vale ressaltar que, em 2014, a Dubbel Wäls recebeu a medalha de ouro na Word Beer Cup como a melhor da categoria, concorrendo com cervejarias belgas e holandesas seculares.

O menu da casa, assinado pelo chef Renato Quintino, tem como especialidade cortes nobres de carnes grelhadas, além de uma grande variedade de petiscos, que utilizam ingredientes locais e regionais. A casa funciona todos os dias, no almoço e à noite.

O ambiente é agradável e a decoração mescla o tradicional ao moderno. Uma boa pedida para o happy hour com os amigos.

A carta Wäls, que recentemente entrou para o portfólio Ambev, possui uma variedade de 14 rótulos de estilos diferentes. Para os apreciadores de cervejas fortes e encorpadas, a Petroleum (Russian Imperial Stout 12% alc/vol) é a indicada e harmoniza bem com carnes e sobremesas a base de chocolate. Outras indicadas para paladares mais “brutos” são as de estilo Belgian Strong Ale: Dubbel, Trippel e Quadrupel (medalha de prata na Word Cup Beer, 2014). (Franco Malheiro/Sob supervisão de Lorena K. Martins) FRANCISCO DUMONT/DIVULGAÇÃO

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sociedade

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DOLCEVITA LITERALMENTE NA PAUTA prefeito de Tiradentes, Ralph Justino, continua com suas boas ideias para atrair mais turistas.

Vem aí o 1º Encontro de Jornalistas em Tiradentes, de 13 a 15 de novembro. São seminários, conversas, palestras e lançamentos de livros, com os mais variados temas e convidados. Entre as estrelas, tratando de política, ética e economia, Zuenir Ventura, Domingos Meirelles e Miriam Leitão. A curadoria é de Audálio Dantas e Eduardo Ribeiro. Mui honradamente, o titular desta coluna, assim como Heron Guimarães, diretor executivo do jornal O TEMPO, são os jornalistas convidados de Belo Horizonte.

O

NA 68 LA PIZZERIA articipamos da degustação da deliciosa novidade Chandon Passion Ice, a promessa para o verão.

Bebida rosé servida com gelo. Outros lançamentos: 1º de novembro, em Escarpas do Lago. Dia 2, volta à 68 La Pizzeria, e dia 14, na clínica de Eveline Bartels, no Mangabeiras. O saxofonista George Israel será a atração nos eventos.

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PÉROLAS AOS POUCOS a academia BodyTech, bela “atleta” contava sobre o mais perfeito investimento de seu marido: uma bolsa da Chanel e outra da Louis Vuitton,

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Paulo Navarro com Walter Navarro e Lídia Duarte pnc@pnc.com.br PNC/DIVULGAÇÃO

com o dólar valendo “apenas” R$ 2. Comentário de um gaiato: “o maridão deve estar louco para revender as bolsas e pagar o açougue”.

empresário sensato vai investir em uma cidade cujo aeroporto não ofereça conforto mínimo. Vaias para os que dirigem o turismo em nosso Estado. Não dá mais para calar diante da mediocridade que tomou conta de Minas e dessa cidade. Fica o protesto de um profissional de turismo que procura enxergar além das montanhas”.

45 RETRATOS epois do sucesso de sua exposição de retratos a óleo, “Expressões da Minha Gente”, no Inimá de Paula, a artista Mônica Mendes estará no Ponteio Lar Shopping.

De 3 a 17 de novembro.

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MÁ NOTÍCIA

presidente da Câmara Municipal, Wellington Magalhães defende a volta dos bons tempos do aeroporto da Pampulha, contra os moradores que temem insegurança e barulho. Mas quem chegou primeiro, aeroporto ou moradores?

Anac e Infraero não autorizariam se tivesse problema. O interesse de poucos não pode se sobrepor ao de 6 milhões de pessoas, ávidas por emprego, renda, desenvolvimento e comodidade. Empresários e eventos evitam BH pelo alto custo de táxi, distância e trânsito caótico para Confins.

ntre as rodas sociais de habitués de Rubens Menim em Miami presentes no Automóvel Clube, ouviu-se no coquetel do Prêmio Minas – Desempenho Empresarial, a indignação com a história da interdição por falta de higiene do restaurante italiano Carpaccio, localizado no shopping Bal Harbour. O local é conhecido como “templo dos mineiros” em Miami Beach. A inspeção sanitária encontrou várias irregularidades, entre elas, 14 baratas vivas na cozinha do estabelecimento. O mall muito frequentado por brasileiros de alto poder aquisitivo abriga grifes como Prada, Chanel e Bvlgari.

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CHARME VOADOR

O

No restaurante Cipriani, Miami, a bela Renata Abreu e Paulo Navarro

mos sem reclamar. Parece rodoviária do interior.

Não é possível que os mais interessados, autoridades e responsáveis não se manifestem”.

VERGONHA DO BRASIL

“

Confins não é recomendável nem para voos regionais. Nenhum

EDY FERNANDES

VERGONHA DE MINAS e José Aparecido Ribeiro, consultor em assuntos urbanos: “É deprimente a estrutura do Aeroporto Internacional Tancredo Neves, Confins. O banheiro não permite mais de cinco pessoas ao mesmo tempo.

Obesos têm dificuldade no vaso sanitário, num cubículo com menos de 2 m quadrados. E nós aceita-

lançaperfume

(Haida Couto de 6 Luiza Mendonça e Luiz Carlos M. Ferreira) e Bernardo (Silvana Regino Guimarães e Anibal Cordeiro da Cunha) convidam para cerimônia restrita à família e chegados de primeira hora, em 7 de novembro, às 17h, na Fazenda Riacho do Campo, em Inhaúma. por aí que 6 Falam-se começam em fevereiro de 2016 as obras de construção de um resort dentro do complexo de Inhotim. Será do grupo de resorts Txai e teria 40 quartos na primeira fase, prevista para ficar pronta em fevereiro de 2017. O projeto arquitetônico é da mineira Freusa Zechmeister.

Mônica 6 Prestigiando Gonçalves de Souza franqueada da Trousseau em BH, no jantar de lançamento da Coleção Verão 2016, no Olga Nur essa semana os fundadores da grife: Romeu e Adriana Trussardi. na última quinta, 6 Foi no The One Business, a posse do presidente do Sindicato da Indústria da Construção Civil – Sinduscon/ MG, André de Sousa Lima Campos; sua diretoria, conselhos fiscais e delegados representantes.

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Orquestra Ouro 6 APreto lança hoje, o No jantar promovido pelo Ouro Minas Palace Hotel, o renomado chef Claude Troisgros entre Roberta Borges e Fábio Ferreira

disco Concertos para Cordas – com obras de Antonio Vivaldi. No MM Gerdau, às 16h.

CENÁRIO BH EDUARDO TROPIA/DIVULGAÇÃO

Ouro Preto recebe 11ª edição do Fórum das Letras Idealizado e coordenado pela escritora Guiomar de Grammont (foto), evento reunirá grandes autores, entre eles Paulina Chiziane, a primeira mulher moçambicana a publicar um romance, o português José Luís Peixoto, os angolanos José Eduardo Agualusa e Lopito Feijoó e o jornalista norte-americano John Dinges, referência internacional sobre as atividades da Operação Condor na América Latina. Onde Ouro Preto Quando 4 a 8 de novembro Quanto Gratuito Informações www.forumdasletras.ufop.br.

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Catarinense lança livro em Belo Horizonte O escritor catarinense Carlos Henrique Schroeder lança em Belo Horizonte o romance “História da Chuva” (Editora Record). A obra. cuja trama se passa em BH e Betim, é um mosaico criativo que parte da intrincada relação de Arhur e Lauro, diretores de um grupo de teatro de animação. O livro foi contemplado com a Bolsa de Criação Literária do Programa Petrobras Cultural 2012.

Onde Livraria Scriptum (Fernandes Tourinho, 99, Savassi) Quando Neste sábado (31), às 10h Quanto A entrada é gratuita. O livro custa R$ 40.

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Em casa

almanaque

Os cenários dos espetáculos estrangeiros estão sendo produzidos na sede da Catibrum

TÍTERES>Festival Internacional de Teatro de Bonecos comemora na capital 15 anos de história Abertura 4.nov.

MARTA VIDANES/DIVULGAÇÃO

‘L’Avar’

Espetáculo espanhol, sucesso em outras edições do FITB, retorna a BH a pedido do público

Debutante Há 15 anos, Lelo Silva e Adriana Focas acreditaram que os títeres poderiam transformar a maneira como os belo-horizontinos olhavam para as coisas do mundo e se relacionavam com as manifestações artísticas.

Hoje, os fundadores do centro de produção cultural Catibrum continuam acreditando nisso, mas têm na consolidação do Festival Internacional de Teatro de Bonecos, que chega à sua 15ª edição a partir de quarta-feira (4) no CCBB, o testemunho de que eles muito avançaram em direção ao sonho primeiro.

“Quando começamos, lá em 2000, grande parte das pessoas ainda considerava o teatro de animação uma arte qualquer, inferior e infantil. As coisas mudaram e é possível dizer que o público de BH agora vê os bonecos de outra forma, com muito respeito e admiração. Sabem que não são só ‘fantochinhos’.

Chego a essa edição comemorativa com a sensação de dever cumprido e com muito orgulho do que fazemos”, comenta Lelo. Dois espetáculos já aclamados em outras edições e seis esBárbara França

treias, além de um encontro de caixas de teatro e uma exposição retrospectiva com 250 fotografias de Guto Muniz sobre os 14 eventos anteriores compõem a programação do FITB 2015.

NOVIDADES “Los Beateres”, da Cia. El Chonchón (Argentina), “André y Dorine”, da Cia. Kulunka (Espanha), “Dans L’Atelier”, do Tof Theatre (Bélgica), “Plural”, da Cia Nu Escuro (Goiás), “O Gigante Egoísta”, da Cia Artesanal (Rio de Janeiro) e “Aventuras de Alice no País das Maravilhas”, do Giramundo (Minas Gerais), foram as escolhas da curado-

“

Quando começamos, não tinha nem internet direito.

Foi um desafio e uma responsabilidade Adriana Focas, co-fundadora da Catibrum

ria de Lelo e Adriana para apresentar o que há de novo no mundo dos títeres. Mais que a qualidade e o ineditismo nas peças, a vontade de trazê-las está relacionada à inovação na linguagem que elas apresentam e à importância da temática. “‘André y Dorine’ é um espetáculo de máscaras super interessante, que recebeu um prêmio importante em Los Angeles (EUA) de melhor produção. Eles abordam a questão da velhice e do Alzheimer. Já o pessoal da Chonchón traz uma história bem-humorada sobre os Beatles, focando principalmente na solidão e nos traumas do personagem Lennon. O ‘Dans L’Atelier’ é curto, mas incrível. Em 18 minutos, eles operam uma desconstrução do manipulador e do boneco”, destaca Adriana. Lelo, por sua vez, cita “Plural” como exemplo de Espetáculos

que, hoje em dia, as fronteiras entre o teatro de bonecos e o teatro convencional estão cada vez mais fluídas.

“Contando a história de uma menina, com seus dramas e sua poesia, o ‘Plural’ é de uma companhia de atores, mas usam bonecos e usam superbem. Isso foi uma coisa que eu fiz questão de mostrar: não é uma companhia de teatro de bonecos, e olha o trabalho deles!”, comenta Lelo.

Esse aspecto é o que Adriana percebe como certa tendência da produção de artes cênicas na atualidade em comparação com o que era feito há 15 anos. “Vários grupos que trabalham com o teatro físico passaram a adotar formas animadas, inserindo bonecos ou outros objetos em suas produções. As artes cênicas hoje não são delimitadas em dança, boneco ou o que quer que seja. Os inte-

resses são mais variados”, frisa Adriana. “Agora, o ‘Alice’, não poderíamos deixar de fora”, aponta Lelo, sobre o espetáculo do tradicional grupo mineiro.

De todo o mundo

Espectadores

239 22 espetáculos foram apresentados ao longo de 14 edições, totalizando 1.326 apresentações

países, dos cinco continentes, já foram representados com seus espetáculos no FITB

VETERANOS Como não poderia deixar de ser, o Festival Internacional de Teatro de Bonecos ainda dedica parte de sua programação a olhar para o passado e resgatar peças que marcaram a história do evento. “L’Avar”, da Cia. Tabola Rassa, da Espanha, adaptação de “O Avarento” de Molière, e “Rainha da Cores”, da Cia. Les Voisins, da Alemanha, baseado na obra homônima de Jutta Bauer, fizeram parte do programa do FITB em 2003 e 2006 e em 2006 e 2009, respectivamente, e retornam a BH a pedido do público.

“Quando realizávamos o Prêmio Magda Modesto,

350 mil pessoas é o público total estimado do festival desde o ano de 2000

eram escolhidos os melhores espetáculos do festival.

‘L’Avar’ e ‘Rainha das Cores’ ganharam e eram constantemente lembrados por quem os assistiu. As pessoas ficavam nos cobrando: ‘quando é que vamos ver aquelas peças de novo?’”, conta Adriana, para quem ainda existem vários outros títulos que merecem voltar. Um deles é “Un Jour Il Vite une Pie”, da companhia Les Ateliers de la Boule Bleue, da Coreia, o preferido de Lelo, considerando todas as edições.

“Era um espetáculo curto, de 28 minutos. Sempre me lembro dele por causa do texto e da simplicidade. Víamos um papel de arroz que ia circulando entre dois cilindros e a história ia se desenhando. A ideia era expressar que todo ser humano é tão frágil quanto uma folha de papel. O ‘Un Jour Il Vite une Pie’ não existe mais, mas fui presenteado com o papel e guardo essa relíquia até hoje”.

Festival >Internacional de Teatro de Bonecos

CCBB (Praça da Liberdade, 450, Funcionários, 3431-9400). De 4 a 22 (de quarta a segunda, de 9h às 21h). R$ 10 (inteira)

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ARTES CÊNICAS Vivendo no mundo de Rita Lee Mel Lisboa tem 33 anos, passou a adolescência nos anos 1990, mas adoraria ter vivido a era do amor & paz. Como voltar no tempo até então não é uma tecnologia disponível, feliz dela que é atriz e pode se transportar a diferentes épocas numa mesma vida. Mel só não imaginava que teria a oportunidade de desembarcar nos anos 1960 na pele da musa flower power brasileira Rita Lee, 67.

“Sabe quando você sente saudades do que não viveu? É isso que acontece comigo. Gosto bastante dos Mutantes, acho uma fase divertida, gosto das músicas. Então, essa é uma forma que tenho, no palco, de ter essas experiências que não pude ter. Me divirto bastante fazendo a peça”, garante a atriz, sobre o “Rita Lee Mora so Lado”, que retorna a BH no próximo fim de semana para curta temporada (dias 7 e 8), no Cine Theatro Brasil.

Com direção artística de Marcio Macena e Débora Dubois, o musical é uma adaptação teatral do livro “Rita Lee Mora ao Lado – Uma Biografia Alucinada da Rainha do Rock”, de Henrique Bartsch.

Nele, a personagem Bárbara Farniente é a responBárbara França

sável por oferecer detalhes da vida da ‘Ovelha Negra’ da música brasileira, desde seu nascimento até o sucesso, uma vez que a vida das duas (de Rita e Bárbara) se cruzam em vários momentos. Filha de uma mulher apaixonada pelo pai de Rita, Bárbara nasceu no mesmo dia e hora que a roqueira e, morando no apartamento ao lado, acompanha cada passo de sua trajetória.

Misturando ficção e realidade, o foco da montagem é a trajetória de Rita em suas várias facetas, como mulher e rainha do rock, abarcando sua infância, adolescência, música e amores. A sua relação com outros astros da música brasileira também aparece na trama, como Tim Maia, Elis Regina, Gal Costa e outros. Da passagem em que Rita faz um dueto com João Gilberto, em 1980 (em programa exibido pela Rede Globo), Mel guarda inclusive o emblemático vestido usado na ocasião.

“Rita tem um acervo de figurinos históricos, e ela tinha esse vestido, que, a pedido de João Gilberto, era mais romântico, mais delicado. Quando ela foi assistir à peça pela primeira vez, me presenteou com a peça.

Achei fantástico, foi generoso da parte dela. Tenho um bem valiosíssimo!”, comemora a atriz, que afirma: “Rita Lee adorou o espetáculo”.

Também pudera, Mel já se dizia fã da carreira da artista, costumava ouvir seus discos desde criança na casa de seus pais e dedicou boa parte de seu tempo a se transformar na rainha do rock. Desde que recebeu o convite para viver a ruiva, passou a frequentar aulas de violão e canto, algo que ainda pratica hoje em dia. “Tenho praticado

também o piano, que ajuda quem lida com a voz”, conta.

LIBERDADE Paralelamente à “Rita Lee Mora ao Lado”, a atriz também está em cartaz pelo Brasil com “Otelo”, interpretando Desdêmona, seu primeiro papel shakespeariano. “Venho da realização de várias dramaturgias contemporâ-

neas, estava querendo me aventurar por um texto clássico”, conta.

Na TV, Mel também está encarando desafios. Prestes a filmar no interior de São Paulo a série “A Herança” (a ser negociada para um canal a cabo), ela resolveu não mais trabalhar por contratos fixos com emissoras. “Com a forma como lido com minha

profissão hoje, não faz sentido ficar presa. Quero ser livre para fazer os trabalhos que eu quiser”.

Lee > Rita Mora ao Lado

Cine Theatro Brasil Vallourec (praça Sete, centro, 3201-5211, 3243-1964). Dias 7 (sábado), às 20h; e 8 (domingo), às 19h). R$ 120 (plateia 1A, fila A até I, inteira), R$ 100 (plateia 1B, fila J até P, inteira) e R$ 80 (plateia 2, inteira)

DIRCEU ALVES JR./DIVULGAÇÃO

Sáb. e dom.

7 e 8.nov.

Ruiva e ostentando a famosa franjinha de Rita Lee, Mel Lisboa canta clássicos como “Agora Só Falta Você” e “Saúde”

Quando a risada pode curar Abertura 4.nov.

FABIANO LANA/DIVULGAÇÃO

Espetáculo “Rir é o Melhor Remédio” no ‘Drops Uniclown’

Certa vez, visitando Araxá, no interior mineiro, Rodrigo Robleño cometeu uma gafe.

Travestido de seu principal personagem, o palhaço Viralata, ele visitava um lar de idosos na cidade quando ouviu de uma das moradoras do local que gostaria muito de poder levantar e dançar com ele lá fora, onde havia música. “Quando fui trazêla comigo, vi que a senhora não tinha as duas pernas.

Morri de vergonha, mas entreguei uma gaita que trazia comigo para um fotógrafo da equipe, deitei da cama e fiz como se dançasse com ela, enquanto ele tocava.

Ela ficou tão feliz”, lembra.

“Quando saí do quarto, estava a equipe toda e eu com lágrima nos olhos”.

Episódio com no mínimo 15 anos, à época Robleño considerou que já recompensava todo seu trabalho.

Anos depois, a vida só foi se

encarregando de incluir mais e mais momentos marcantes em sua carreira e parte dessa extensa biografia dedicada a fazer do riso um remédio virou livro. O lançamento de “Viralata: o Palhaço Tá Solto!” acontece na próxima quarta (4), abrindo a programação do Drops Uniclown, projeto criado para reunir praticantes e pesquisadores sobre o universo do nariz vermelho.

Até domingo (8), também serão oferecidas rodas de conversa com diferentes abordagens sobre a palhaçaria entre grupos nacionais e internacionais, curso sobre os primeiros passos do palhaço e o espetáculo “Rir é o Melhor Remédio”, do grupo Uniclown. “Nosso foco maior é trazer pessoas que já estejam envolvidas com o mundo do palhaço ou no uso do nariz em visitas a hospitais, asilos e instituições do

tipo. Tem gente que não tem formação nenhuma em palhaçaria e realiza o trabalho.

Então, vamos reunir essas pessoas para compartilharem experiências”, comenta Robleño, o curador.

VISITADOR O artista mineiro já integrou a companhia canadense Cirque du Soleil e trabalhou com o médico norteamericano Patch Adams, que inspirou o filme homônimo, famoso pela atuação de Robin Williams. A partir dessas vivências, ele passou a colocar em prática o conceito de um “palhaço visitador”. “Diferente dos Doutores Palhaços, a gente entende que o palhaço só existe com e para o público. Entendemos que o público não é recebe a ação do palhaço, mas ele constrói a ação do palhaço conjuntamente. Trabalhamos é com a arte do en-

contro”, explica.

Essa é a ideia que move o “Drops”. Abordando temas como “palhaço e hospitais”, “palhaço e idosos” e a “ludicidade do palhaço”, o projeto quer desconstruir a crença de que para ser palhaço só boa vontade basta. “Tem muita gente com as melhores intenções, mas falta técnica. Além do mais, lidar com pessoas em situações de fragilidade tem demandas próprias. É preciso ter jeito, mais cuidado. Não é tão simples”. Mais informações no site www.uniclown.org . (Bárbara França)

> Drops Uniclown

Spetáculo Casa de Artes (r. Pouso Alegre, 1568. Floresta, 3841-1670). De quarta a sexta (4 a g), lLançamento do livro e rodas de conversa às 20h, entrada franca. Sábado e domingo (7 e 8), curso de 9h às 12h, inscrições gratuitas por contato@uniclown.org, e espetáculo às 19h. R$ 20 (inteira).

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ARTES CÊNICAS SAMUEL CASAGRANDE/DIVULGAÇÃO

teatro adulto AQUELES DOIS Com a Cia. Luna Lunera Raul e Saul, dois novos funcionários de uma repartição com ambiente rotineiro e burocrático, desenvolvem laços de amizade e despertam dúvidas nos outros colegas de profissão.

Teatro Marília (av. Alfredo Balena, 586, centro, 3272 4697). Neste domingo (1º), às 19h. R$ 20 (inteira).

A MORTE BATE À SUA PORTA Dir. Wesley Marchiori Com Nilo Faustino Bruno Righi e Glória Petinelli Em uma noite tranquila como todas, Paulo está prestes a receber sua namorada para um jantar romântico. Porém, ele receberá uma visita muito inusitada, a de sua morte.

Teatro Nossa Sra. da Dores (av.

Francisco Sales, 77, Floresta, 32269459). R$ 40 (inteira).

ASSEMBLEIA COMUM Com o Núcleo de Teatro do Espaço Comum Luiz Estrela Uma assembleia comum, nem pública nem privada. O comum tomado como verbo, o fazer-com marcado pela abertura, autonomia, horizontalidade, cooperação e antagonismo. Tudo começa e termina na cozinha, em ritmo de festa: um banquete comum.

Praça Floriano Peixoto (Santa Efigênia). Neste sábado (31), domingo (1º) e segunda (2), às 20h. Entrada franca.

DESCE DAÍ, PESTE! Dir. Luciano Lupp.

Conta a história do nordestino Viriato Batista que sai de Orobó (PE) para São Paulo em busca de ascensão sócio-econômica. Na metrópole, ele se submete a condições de vida pouco favoráveis como: subemprego, preconceitos, moradia precária e choque cultural.

Teatro da Maçonaria (av. Brasil, 478, Santa Efigênia, 3213-4959).

Neste sábado (31), às 20h; e domingo (1º), às 19h. R$ 30 (inteira).

HISTÓRIAS PARA VIVER O TEMPO COMO UM PRESENTE Projeto Ouço, Crio e Recrio Narrativas colaborativas conduzidas por Kiara Terra são um convite para que, mediante a narração de histórias brasileiras, os participantes encontrem e partilhem as histórias vividas.

Foyer do Sesc Palladium (av. Augusto de Lima, 420, centro,3270-8100).

Neste sábado (31), às 16h. Entrada gratuita mediante agendamento.

IGNORÂNCIA Dir. Marcos Coletta e Assis Benevenuto Com o Grupo Quatroloscinco O espetáculo traça um recorte sobre a ignorância humana e o seu caminhar

errante em direção ao que chamamos de progresso.

Funarte MG (r. Januária, 68, Floresta).

Neste sábado (31), às 21h. R$ 20 (inteira).

JANEIROS Com a Companhia Carroça de Mamulengos Dir. Rodolfo Vaz Com os brincantes Maria Gomide, João Gomide, Isabel Gomide, Luzia Gomide e Ana Gomide O espetáculo é mais um capítulo da história e da vida de uma família formada por brincantes, atores, músicos, bonequeiros, contadores de histórias e palhaços e que se prepara para comemorar seus 40 anos em 2017. Com lirismos e brincadeiras, "Janeiros" conta a história de um homem que plantou seu sustento por onde passou. Em suas andanças, ele encontrou a velha mais velha da terra, a mãe coragem que ousou domar o Boi Bravo do Tempo.

Praça da Liberdade. Neste sábado (31), às 18h. Entrada gratuita.

MACBETH De William Shakespeare Dir. Ron Daniels Com Marco Antônio Pâmio, Luisa Thiré, Thiago Lacerda e Giulia Gam Um general corajoso, ao voltar triunfante da guerra, encontra três criaturas misteriosas, videntes que lhe fazem a seguinte profecia: Macbeth será rei em um futuro próximo. A ambiciosa Lady Macbeth, esposa de Macbeth, ao ficar sabendo da profecia, instiga seu marido a matar Duncan, o atual rei.

Cine Theatro Brasil Vallourec (r. Carijós, 258, centro, 3201-5211). Neste domingo (1º), às 19h. R$ 70 (plateia 1A, inteira); R$ 60 (plateia 1B, inteira); R$ 50 (plateia 2, inteira).

MEDIDA POR MEDIDA De William Shakespeare Dir. Ron Daniels Com Marco Antônio Pâmio, Luisa Thiré, Thiago Lacerda e Giulia Gam Alarmado com a imoralidade e a corrupção que tomaram conta de sua cidade, o Duque resolve reintroduzir uma antiga lei que pune todo e qualquer abuso sexual com a morte. Contudo, ele deixa que a lei seja implementada por seu vice, ngelo, a quem transfere o poder por um período, enquanto ele se disfarça de frei para observar tudo à distância.

Cine Theatro Brasil Vallourec (r. Carijós, 258, centro, 3201-5211). Neste sábado (31), às 21h. R$ 70 (Plateia 1A, inteira); R$ 60 (plateia 1B, inteira); R$ 50 (plateia 2, inteira).

MEMÓRIAS DE UM CÃO Dir. Márcio Marciano.

Com o Coletivo de Teatro Alfenim (João Pessoa-PB) O espetáculo parte do estudo da obra de Machado de Assis para propor uma abordagem crítica das estratégias de dissimulação, engodo e autoengano que marcam no campo subjetivo e político as relações sociais do Brasil.

Sesc Palladium – teatro de bolso (R. Rio de Janeiro, 1.046, centro, 32708100). Neste sábado (31), às 19h e 21h.

Gratuito. Até este sábado (31).

NEM TODO LADRÃO VEM PARA ROUBAR Com o Coletivo Teatro Commune (SP).

A comédia conta a história de um ladrão que entra numa casa para roubar e vira refém do marido e sua amante que pensam que ele é um espião à serviço da esposa.

Galpão Cine Horto (r. Pitangui, 3.613, Horto). Neste sábado (31), às 21h; e domingo (1º), às 18h. R$ 20 (inteira).

O CAPOTE Dir. Yara de Novaes.

Com Rodolfo Vaz, Rodrigo Fregnan e Marcelo Villas Boas Inspirado na obra de Nikolai Gógol (18211881), o espetáculo trata das desventuras de Akaki Akakievich, um escrevente de uma repartição pública de São Petersburgo, que precisa submeter-se a severas restrições para conseguir economizar dinheiro para comprar um novo capote.

CCBB (Circuito Cultural Praça da Liberdade, 450, Funcionários, 3431-9400).

De sexta a domingo, às 20h. R$ 10 (inteira). Até 9/11.

OS EXORCISTAS Dir. Evandro Antunes.

Com Thiago Comédia e Ricardo Elias.

Com muito bom humor, uma “inocente” menina possuída é exorcizada por dois padres que topam tudo por dinheiro.

Teatro Alterosa (Av. Assis Chateaubriand, 499, Floresta, 3237-6611).

Neste sábado (31), às 21h. R$ 40 (inteira); R$ 20 (preço único/ postos Sinparc).

OS HOMENS QUEREM CASAR E AS MULHERES QUEREM SEXO De Carlos Simões e Marcelo Ricco.

Dir. Carlos Nunes.

Com Marcelo Ricco.

A comédia conta a história de um homem que quer encontrar uma mulher para casar.

Teatro de Câmara do Cine Theatro Brasil Vallourec (r. Carijós, 258, centro, 3201-5211). Sexta e sábado, às 20h30; e domingo, às 19h. R$ 40 (inteira); R$ 15 (preço único, postos Sinparc).

Até 8/11.

PRAZER Com a Cia. Luna Lunera.

Num país qualquer, distante do Brasil, quatro amigos se reencontram. E apesar das suas angústias, seus impasses cotidianos, suas frustrações, eles tentam a coragem de buscar a alegria.

Teatro Marília (av. Alfredo Balena, 586, centro, 3272 4697). Neste sábado (31) , às 20h. R$ 20 (inteira).

SHAKESPEARE – LIVROS PARA SOBREVIVER Com o Grupo Madame Teatro.

Texto do dramaturgo português Mickael de Oliveira serve de base para o solo de Diego Bagagal.

Academia Mineira de Letras (r. da Bahia, 1.466, Lourdes, 3222-5764).

Sextas, às 19h30, 20h30 e 21h30. R$ 40 (inteira). Público máximo: 8 pessoas por sessão. Até 6/11.

TODOMUNDO Dir. Jordan Baêsso.

De uma forma muito engraçada, “Todomundo” se encontra com a Morte. Você estará preparado quando ela vier te buscar.

Palácio das Artes – Sala Ceschiatti (av. Afonso Pena, 1.537, centro, 32367400). Neste sábado (31), às 20h; e neste domingo (1º), às 19h. R$ 30 (inteira).

Companhia Carroça de Mamulengos se apresenta no dia 31

teatro infantil A CIGARRA E A FORMIGA Com a Lupercus Cia. De Teatro.

A formiga se preparou muito para a chegada do inverno, trabalhou duro para guardar Alimentos e ter uma casa quentinha. Enquanto isso a cigarra só queria saber de cantar. Mas o inverno chegou e a cigarra estava quase congelando. Sabe para quem ela foi pedir ajuda?

Espaço Cultural da Concessionária Recreio (av. Barão Homem de Melo, 3.535, Estoril, 3319-9000). Neste domingo (24), às 10h30. Gratuito.

AVENTURA CONGELANTE – BRINCANDO NA NEVE Dir. Roberto Freitas.

A princesa Elza tem o poder de congelar tudo a sua frente. Depois de machucar sua irmã Ana, as duas são separadas e só se encontram novamente no dia em que Elza vai ser coroada rainha.

Teatro da Biblioteca Pública Luiz de Bessa (Circuito Cultural Praça da Liberdade, 21, Funcionários, 3269-1166).

Sábado, às 17h15; e domingo, às 17h.

R$ 32 (inteira); R$ 15 (preço único/ postos Sinparc). Até 8/11

CINDERELA POCKET SHOW Dir. Fernando Bustamante Conta a história de uma jovem que é obrigada pela madrasta a vestir andrajos e forçada a trabalhar de empregada. Ela tem como únicos amigos os animaizinhos. A fada madrinha lhe dá um lindo vestido de presente, para que ela possa ir ao baile, mas a moça precisa estar de volta até a meia-noite, pois o encanto se desfaz.

Teatro Bradesco (r. da Bahia 2.244, Lourdes, 3516-1360). Neste domingo (1º), às 16h. R$ 20 (inteira).

MEU PRIMO ILUSTRE Com a Lupercus Cia. de Teatro.

Uma história de conscientização ambiental. Carlos Eduardo é famoso por ser uma criança inteligente, preocupada com o meio ambiente e com o futuro do planeta. Cadú, é um expert em responsabilidade social, porém só na teoria e nos discursos prontos do priminho.

Espaço Cultural da Concessionária Recreio (av. Barão Homem de Melo, 3.535, Estoril, 3319-9000). Neste domingo (1), às 10h30.

PINÓQUIO Brincar&Cia. Teatro de Fantoches. Num passe de mágica e com a ajuda de uma fada madrinha, o brinquedo ganha vida e um

sonho: ser um menino de verdade.

Piso 2 do Boulevard Shopping (av. dos Andradas, 3.000, Santa Efigênia, 2538-7438). Neste domingo (1), às 16h.Gratuito.

O MENINO MAIS RICO DO MUNDO Dir. Diego Benicá.

Um “pequeno” catador de papel, que é rico, mas de sonhos e de imaginação, convida a plateia para um dedo de prosa, na qual a educação ambiental é abordada de forma bastante divertida.

Cine Theatro Brasil Vallourec (r. Carijós, 258, centro, 3201-5211). Sábado e domingo, às 16h. R$ 40 (inteira); R$ 15 (postos Sinparc). Até 8/11.

OS TRÊS PORQUINHOS Dir. Roberto de Freitas.

Para fugir do terrível Lobo Mau, os três porquinhos resolvem fazer cada um sua casinha de palha, madeira e tijolos.

Teatro da Assembleia (r. Rodrigues Caldas, 30, Santo Agostinho, 21087826). Sábado, às 16h; e domingo, às 11h. R$ 34 (inteira). Até 8/11.

OS SALTIMBANCOS Com a Cia. Partiu Não satisfeitos com a vida no campo, um jumento, um cachorro, uma gata e uma galinha vão para cidade para tentar a carreira musical.

Centro Cultural Padre Eustáquio (r.

Jacutinga, 821, Padre Eustáquio, 32778394). Neste sábado(31), às 17h. Gratuito.

OS SALTIMBANCOS Na trama, quatro personagens se revoltam contra as obrigações impostas por seus patrões, criando várias confusões.

Esopo – A Taberna dos Tempos (alameda dos Flamboyants, 285, Vale do Sereno, 3286-3412). Neste sábado (31), às 23h. R$ 35 (Inteira).

dança MULA Dir. Guilherme Morais.

O espetáculo parte da pesquisa de Guilherme Morais sobre o hibridismo, os avanços tecnológicos da sociedade na globalização e o que descartamos neste processo.

Funarte MG (r. Januária, 68, centro).Neste sábado(31), às 20h; e neste domingo (1), às 19h. R$ 10 (inteira).

MUSICAL Chico Ruim e Zé Cruel Dir. Ricardo Batista com Ricardo Batista e Renato Parara Dois irmãos unidos pela música e separados por um mistério do passado. Mentiras, amores, traições, morte e é claro, muita música pra você gemer sem sentir dor!

Teatro da Biblioteca da Pública (Praça da Liberdade, da Liberdade, 21, Lourdes, 3269-1166). Sexta e sábado, às 21h; e domingo, às 20h.

(Excepcionalmente no dia 31/10, sábado, a sessão será às 19h).R$ 40 (inteira).16 anos. Até 8/11.

SOBRE DINOSSAUROS, GALINHAS E DRAGÕES Com a Primeira Campainha Comédia existencial e absurda onde as atrizes constroem um almanaque de pós modernidade repleto de citações, clichês, referências à cultura pop, nerd, trash, cinematográfica e musical.

CCBB (Circuito Cultural Praça da Liberdade, 450, Funcionários, 34319400). Sexta e domingo, às 19h; e sábado, às 17h e 19h. R$ 10 (inteira).

Até 9/11.

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ARTES CÊNICAS A contradição dos discursos CARMO DALLA VECCHIA/DIVULGAÇÃO

Assistindo aos discursos políticos na véspera do segundo turno das eleições presidenciais do ano passado, só vinha à mente do diretor Roberto Alvim uma passagem da peça de William Shakespeare (1564-1616) “Julius Caesar”. Após a morte do imperador romano, Brutus vai a público e convence a todos o porquê do assassinato, argumentando que Caesar se tornaria um ditador e é ovacionado. Marco Antônio, por sua vez, declara que tudo não passava de uma traição e, com uma fala bem diferente, traz os olhares para a oposição.

“Caramba! Como um texto de 1599 continua sendo tão contemporâneo. Política é isso, um intercambiamento de discursos que não têm necessariamente um dono e era o que a gente estava vendo há um ano, na TV e nas redes sociais”, comenta Caco Ciocler, que, ao lado de Carmo Dalla Vecchia, estreia “Caesar – Como Construir Um Império” em Belo Horizonte no próxima fim de semana (dias 6, sexta, e 7, sábado).

Baseada no texto do bardo inglês, a peça apresenta apenas dois atores em cena. Sem a rigidez de um papel único, eles se revezam entre os vários envolvidos no caso, ora ocupando o lugar de César, ora de Brutus,

ATIVIDADE

Bárbara França

Abertura 2.nov.

Produção intensa No próximo ano, Caco Ciocler se prepara para um fase de muito cinema. Pelo menos dois filmes em que ele figura no elenco devem estrear em 2016. “Elis” é um deles. Obra sobre a vida da cantora brasileira, Ciocler vive Cesar Camargo Mariano, o grande amor da Pimentinha. Contracenando com Ingrid Guimarães, o ator também participa da comédia romântica “Um Namorado Para Minha Mulher”. Na TV, ele grava uma série para o canal Universal que deve ir ao ar ainda no primeiro semestre do ano.

Em “Unidade Básica”, Ciocler é o protagonista do drama que aborda a medicina atual.

Caco Ciocler e Carmo Dalla Vecchia trazem a Belo Horizonte peça com texto de Shakespeare sobre os jogos do poder

ora de Marco Antônio.

Com moedas espalhadas pelo tablado e ossadas humanas dependuradas, na montagem os discursos são matérias que, dependendo da situação, adotam corpos diferentes e discutem a ideia de tomadas de posições por conveniência e interesse.

“Alvim quis brincar com isso. Em cada momento, os discursos podem ser da oposição, podem ser da situação, podem ser da esquerda, po-

FID/DIVULGAÇÃO

fID vai reunir extensa programação ao longo de 27 dias

dem ser da direita. A gente acaba se perguntando: mas isso não era pauta do outro partido? Não era isso que eles estavam defendendo e agora estão criticando? Afinal, quem disse isso?”, provoca.

Para Ciocler, a inimizade e o desinteresse na escuta do outro foram as maiores causa de descontentamento durante o pleito e que perduram até hoje. “Cada um falava o que queria, mas ninguém se preocupava em ouvir o ou-

tro. ‘Se você é do PT, não quero conversa!’. A mesma coisa diziam para os apoiadores do PSDB. Ainda estamos assim, na base do ‘nós contra eles’”, critica o ator, que já soma o quinto trabalho ao lado de Alvim.

TRILHA Talvez mais que os discursos, exerce papel determinante em “Caesar” a trilha composta por Vladimir Safatle.

Reproduzida ao vivo pelo filó-

sofo no piano e composta anteriormente aos ensaios, ela é responsável por gerar o clima um tanto incômodo que Alvim desejou que os atores experimentassem.

“Começamos a ensaiar em uma sala muito pequena e o som do piano chegava a ‘atrapalhar’ um pouco, quase não conseguíamos ouvir nossas falas. Não dá para baixar o volume de um instrumento daquele. Gerou em mim até certa irritação. Mas, conver-

sando com Safatle, percebi que a ideia era essa mesma.

Os políticos devem se manifestar independente da situação, do humor, da saúde. A música nos impunha a necessidade de lidar com algo maior que nós e, de alguma forma, isso representa a vida pública”.

Caesar – Como >Construir Um Império Teatro Marília (Av. Prof. Alfredo Balena, 256, Santa Efigênia, 3277-4697). Dias 6 (sexta), às 21h; e 7 (sábado), às 20h. R$ 40 (inteira).

Atenção: a bilheteria do teatro Marília não aceita cartões de débito e crédito.

O pagamento tem que ser feito em espécie

FID celebra 20 anos São 20 anos no papel de fomentador da dança contemporânea, abrindo espaço para apresentações – locais, nacionais e internacionais – e gerando debates, residências e registros de apresentações artísticas. Com programação distribuída por oito espaços, as comemorações das duas décadas do Fórum Internacional da Dança (FID) têm início na segunda-feira (2) e segue ao longo de 27 dias com extensa programação com artistas do Brasil, Alemanha, Bélgica, França, Nova Zelândia e Marrocos.

A data comemorativa não leva o FID a olhar para o passado, embora carregue os frutos de sua história.

Sem pensar em uma retrospectiva, aponta para o momento presente. E pensando

em questões da atualidade, num cenário de intolerância, o evento abre sua programação com o espetáculo marroquino “HA!”, da Compagnie O, da coreógrafa Bouchra Ouizguen.

Outro destaque vai para o brasileiro radicado na Alemanha Thiago Granato. Ele apresenta dois espetáculos, sendo “Plano B”, inspirado na obra de Banksy, artista de rua, grafiteiro e ativista político britânico. Já “Treasured in the Dark”, que faz sua estreia no FID, é a primeira parte da trilogia que busca em coreógrafos de referência formas de afetação no corpo.

Presença marcante da programação é a francesa Isabelle Launay, renomada crítica e historiada da dança, que irá lançar seu livro “História de Gesto”, no dia 19, às

19h30, no Sesc Palladium.

Ela também participa do espetáculo “La Part du Rita”, ao lado da dançarina Latifa Laâbissi.

Como tradição, os espetáculos locais seguem com seu espaço. Por meio do programa FID Território Minas, organizado sem curadoria neste ano, os artistas mineiros puderam propor quais espetáculos seriam apresentados no evento, sendo trabalhos conhecidos ou não.

Já na programação do FIDinho, voltado para o público infantil, destaca-se o trabalho da Cia de Dança do Palácio das Artes, com o espetáculo “Do Verbo Jogar”, que será apresentado no Parque Municipal, no dia 8 de novembro.

Além dos espetáculos, o FID traz uma intervenção

que se mistura nas fronteiras da performance, do teatro e do vídeo. Em “Worktable”, a artista neozelandesa Kate McIntosh provoca o público a participar da sua criação. Dentro do trabalho que será instalado no mezanino do Sesc Palladium, o visitante receberá orientações e equipamentos para trabalhar com os diversos objetos que lhe estarão à disposição. (Joyce Athiê)

> FID

Abertura com o espetáculo “HA!”, da Compagnie O (FRA) Grande Teatro do Sesc Palladium (rua Rio de Janeiro, 1.046, centro). Segunda (2), às às 20h30. R$ 8 (inteira).

Com exceção dos espetáculos, toda a programação do FID 2015 é gratuita. As inscrições para residências e debates podem ser feitas pelo e-mail inscricaopalladium@ sescmg.com.br Confira programaçãoem www.fid.com.br

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MÚSICA ‘Black is beautiful’ Franco Racismo é alMalheiro go que sempre (*) existiu no Bra-

sil. Recentemente, como reação aos avanços dos movimentos sociais, o discurso conservador e de ódio se intensificou, principalmente nas redes sociais. Foi para combater esse preconceito e também celebrar a diversidadequeaMacacoPregoArteeCulturaidealizouoFestival Sarará. Em sua primeira edição, o evento reuniu mais de 5.000 pessoas no parque das Mangueiras.

No próximo sábado (7), quando Seu Jorge, o rapper Flávio Renegado, o bloco Baianas Ozadas e o Samba de Santa Clara se apresentam no mesmo parque das Mangabeiras, como atração da segunda edição, a expectativa é que esse número seja superado. Mariana de Amar, uma das idealizado-

ras e organizadoras do Sarará, conta que a ideia é mesmo aproveitar o mês da consciêncianegraparacelebrara diversidade e dar espaço à cultura negra. “Nosso discurso é contra o preconceito. Na primeira edição, ano passado, o tema era o ‘Amor’”. diz.

Uma das atrações do Sarará deste ano, Renegado tem em seu trabalho engajamento e luta em prol de causas sociais. Nascido e criado na comunidade do Alto Vera Cruz, nazona leste de Belo Horizonte,o rapperutilizaa músicacomo arma de combate ao preconceito e discriminação e como instrumento de construção social.

Para ele, projetos como o Sarará são de suma importância para a luta e a valorização da causa negra. “Projetos como estes são importantes, principalmente partindo da iniciativa privada, já que o poder público, muitas vezes, dei-

KADU VIANA

sábado (31) BAGACEIRA CULT + PAGODIN RETRÔ Com os músicos Rodrigo Torino, Davi Fonseca, William Alves, Alexis Martins e Douglas Silva.

Gruta! Espaço de Arte (r. Pitangui, 3.613 C, Horto). Às 23h. R$ 15 (até 0h) e R$ 20 (após)

FESTIVAL DE CHORO LIVRE – 4ª EDIÇÃO Roda de choro com Assanhado, Isto É Nosso e H-Fieira. Participações especiais: Hamilton de Holanda, Marcelo Chiaretti, Juliana Perdigão e Sílvio Carlos (homenageado).

Mercado Distrital do Cruzeiro (r.

Ouro Fino, 452). Às 15h. Gratuito.

No lançamento do CD “Say Something”.

Teatro Bradesco ( r. da Bahia 2244, Lourdes, 3516-1360). Às 21h. R$ 30 (inteira).

ORQUESTRA OURO PRETO Lançamento do CD “Concertos para Cordas – Antonio Vivaldi”.

Memorial Minas Gerais Vale (Circuito Cultural Praça da Liberdade, 640, Funcionários, 3343-7317). Às 16h.

Gratuito.

SOMBA Show e lançamento do videoclipe “Correria”.

A Autêntica (r.Alagoas 1.172, Savassi). Às 22h. R$ 15 (antecipado) e R$ 20 (portaria)

UMMAGUMMA Cover do Pink Floyd.

a 6 de novembro de 2015

Sáb.

7 de out.

xa a questão de lado”, afirma.

No palco, ele vai trazer sucessos da carreira e músicas do seu novo EP, “Relatos de um Conflito Particular”, que será lançado este ano. O novo trabalho, segundo Flávio, é uma leitura dos sete pecados capitais, e traz canções gravadas em parceria com Alexandre Carlo, do Natirutes, e Samuel Rosa, do Skank.

Renegado vê na juventude a saída para um país melhor e de mais inclusão. “O racismo sempre existiu no país, mas era colocado para debaixo do tapete, mas agora o tapete en-

VOLUME 2 Seu Jorge Outra atração do Sarará será o show com cantor e compositor Seu Jorge, em seu novo trabalho “Músicas Para Churrasco Volume II”.

ReencontroSegundo o crítico carioca Mauro Ferreira, embora não seja algo oficial, existe nos bastidores da música comentários sobre a possibilidade do reencontro entre Seu Jorge e Ana Carolina, em um DVD volume dois. Os dois gravaram juntos há 10 anos atrás, trabalho que marcou a venda de discos de ambos.

Chevrolet Hall (av. Nossa Senhora do Carmo, 230, Savassi, 4003-5588). Às 22h. R$ 60 (arquibancada, inteira, 2º lote) e R$ 100 (pista VIP, inteira).

domingo (1º) CONCERTOS PARA A JUVENTUDE Orquestra Filarmônica de Minas Gerais, sob a regência do maestro Eduardo Hazan, apresenta obras de Tchaikovsky.

Sala Minas Gerais (r. Tenente Brito Melo, 1.090, Barro Preto, 3219-9000). Às 11h. Ingressos esgotados.

TEMPO PLÁSTICO Lançamento do álbum “It” e show com a banda Cachorro Grande.

A Autêntica (r. Alagoas 1.172, Savassi). Às 21h. R$ 30

ATHOS SOUZA/DIVULGAÇÃO

cheu. E essa juventude negra, pobre que agora frequenta as universidades formou e não vai aceitar mais violência, esse racismo tem hora para acabar”, acredita.

Recentemente, o rapper participou da campanha do Ministério Público de Minas Gerais, “Que Diferença Faz?”.

Ainiciativabuscaatravésdevídeos veiculados às emissoras levar informação e conscientização contra a discriminação.

OUTRAS ATRAÇÕES Seu Jorge deve trazer o show do álbum “Músicas para ChurrascoVolumeII”, eo Santa de Santa Clara vai mostrar sua bem-sucedida proposta de mesclar os sucessos de Jorge Ben Jor ao ritmo de samba.

Além das atrações musicais, esta edição contará com DJs e comumfeiradeartesindependente. Artistas de Belo Horizonte foram convidados para criarobras exclusivas, de acordo com o conceito do festival, e que serão expostas e comercializadas. * Sob supervisão de Milton Luiz

> Festival Sarará

Com Seu Jorge, Flávio Renegado, Baianas Ozadas e Samba de Santa Clara.

Parque das Mangabeiras. Dia 7 (sábado), a partir das 14h. R$ 60.

terça (3) PROJETO ELAS: LÍGIA JACQUES Interpreta canções que marcaram sua trajetória desde seu primeiro CD, “Choro Barroco”, como “Passarim”, de Tom Jobim, “Porto” de Dori Caymmi, “Aqui, Oh!”, de Toninho Horta e Fernando Brant.

Cine Theatro Brasil (r. dos Carijós, 258, centro, 3201-5211). Às 19h30. R$ 30

Renegado deve antecipar canções do CD que vai lançar

Cine Theatro Brasil (r. dos Carijós, 258, centro, 3201-5211). Às 19h30. R$ 30.

quinta (5) DI SOUZA Em seu primeiro disco, “Não Devo Nada pra Ninguém” (independente), Di Souza, foi dirigido por Maurício Ribeiro.

Teatro Bradesco ( r. da Bahia 2244, Lourdes, Belo Horizonte,3516-1360). Às 20h30. R$ 20.

FERNANDO MUZZI

quarta (4) PROJETO CANTO & VIOLA: PEREIRA DA VIOLA Neste show o artista vai mostrar composições próprias, parcerias e clássicos do universo da viola.

MPB #Navaranda Cine Theatro Brasil (r. dos Carijós, 258, centro, 3201-5211). Às 18h. Gratuito.

ROBERTA CAMPOS Lançamento de seu mais novo disco, "Todo Caminho é Sorte".

Cine Theatro Brasil (r. dos Carijós,

258, Centro, 3201-5211). Às 21h. R$ 60.

sexta (6) BIANCA GISMONTI No lançamento do CD "Primeiro Céu".

Conservatório UFMG (av. Afonso Pena, 1.534, centro). Às 20h. Gratuito.

MARCELO D2 E FILIPE RET O show duplo faz parte da comemoração de um ano da Bounce, que promove este e outros eventos musicais na cidade. Mix Garden (Rua Projetada, 65 - Jardim Canadá). às 22h. R$ 50 (preço único).

PADRE FÁBIO DE MELO No show “Voz e Piano”.

Cine Theatro Brasil Vallourec (r. dos Carijós, 258, Centro, 3201-5211). Às 21h. Ingressos esgotados.

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MÚSICA Rei do camarote em BH Em tempos de desapego nosrelacionamentos afetivos, algumas cançõesparecem ter sidofeitas para ‘dialogar’ com os dois grupos distintos que vivem a experiência do póstérmino. De um lado, está os que curtem o luto e optam por canções que possam curar o coração partido enquanto se ensaia um pedido de segunda chance. Do outro, estão o que querem dar avoltaporcimaapósotérmino. Afinal, é vida que segue.

Sãojustamentepara essesúltimos que são feitos os forrós de Wesley Safadão, 27.

Artista que fazia muito sucesso no Nordeste, o cearenseganhou de vez o público do Sul Maravilha com o hit “Camarote”. O sucesso pelas bandas de cá tem sido tão grande que Safadão deLorena K. Martins

sembarca na cidade no próximo sábado (7) como uma das atrações do Bloco Pirraça, ao lado da dupla sertaneja Jorge & Mateus e da cantora Ivete Sangalo – com essa, inclusive, ele dividiu os vocais de “Parece que o Vento”, música lançadana semana passada e gravada durante encontro da dupla em Salvador, em outubro.

CAMAROTE Com o refrão “chiclete” (sim, porque gruda no ouvido)de“Camarote” –“agoraassistaaídecamarote/Eubebendo gela, tomando Cîroc/ Curtindona balada, sódandovirote/ E você de bobeira sem ninguémna geladeira” –, Safadão atingiu 1 milhão de visualizações no YouTube em apenas seis dias após o lançamento do clipe, em janeiro. “Nós já estávamos com o mercado bem trabalhado em boa parte do Brasil. Mas, graças à ‘Camaro-

Sáb.

7.nov.

SOM LIVRE/DIVULGAÇÃO

conversa. “Meu empresário é quem sabe dessas coisas.

Quer o telefone dele (risos)?

Brincadeira.Mas,falandosério: acho que não existe cachê caro. Existem cachês que se pagam pelo retorno que o show dá e os que não.

Hoje nós damos”, afirma.

Wesley Safadão é uma das atrações do Bloco Pirraça, junto com Ivete e Jorge & Mateus

“

Os mineiros vão se render ao ritmo mais gostoso de ouvir e cantar no mundo. Pelo menos pra mim

te’, a parte do país que não me conhecia passou a me conhecer”, diz o cantor.

Safadão, sem dúvida, não esperava desfrutar de tamanho sucesso quando tudo começou, em 2003. Aliás, antes disso nem se imaginava cantor. “A banda (Garota Safada)foi criadapelomeutioDudu e minha mãe. Certo dia, quando a banda já era profissional, faltava pouco tempo pra começar um show e o vocalista disse que iria cantar.

Eu vi minha mãe triste, sem saber o que fazer, daí disse ‘mãe, vou cantar’”, lembra.

É tempo de sorte A mineira Roberta Campos segue seu caminho suave. Certa de que está entre as hitmakers radiofônicas mais queridinhas do movimento indie brasileiro, mesmo sem fazer tanto estardalhaço em cima disso, a cantora e compositora (nascida em Caetanópolis, terra de Clara Nunes, e radicada em São Paulo) parece não ter problemas com a entressafra de dois anos sem um novo disco.

Agora ela volta aos palcos da capital exatamente para lançar seu quarto álbum, “Todo Caminho É Sorte” (Deckdisc), em show único, na quinta (5), no Cine Teatro Brasil.

Conhecida do grande público pela música “De Janeiro a Janeiro”, registrada em duo com o ex-Titã Nando Reis e que foi incluída na novela “Sangue Bom”(exibida pela Rede Globo em 2013), Roberta segue a trilha habitual em 11 novas canções. Dando voz a amores e desamores, a cantora e compositora afirma que, apesar da te-

mática, o novo trabalho foi um desafio.

“Fiquei tanto tempo sem gravar porque não tive necessidade, mas acho que foi uma pausa importante para o meu amadurecimento em todos os sentidos. Refleti, tive crise existencial e a partir daí vi qual caminho seguir.

A sorte estava ali, em não estar sozinha. Nesse disco tive um produtor e uma galera que gravou comigo. Foi uma experiência diferente”, explica ela.

Entre os convidados especiais de “Todo Caminho É Sorte” estão os cantores e compositores Marcelo Camelo e Marcelo Jeneci (na faixa “Amiúde”), além de uma parceria com Fernanda Takai em “Abrigo”. A canção ganhou letra da vocalista do Pato Fu, mas é cantada apenas por Roberta no CD. “Tenho uma história interessante com a Fernanda.

Há muito tempo gravei uma fita e mandei uma carta para o Patu Fu oferecendo minhas músicas. Fernanda me respondeu com uma carta que guardo ate hoje. Aca-

bou que não mandei as músicas de tão emocionada, mas hoje é um acerto com esse passado. Estou feliz com essas parcerias porque, antes de músicos e parceiros, são ídolos para mim”, afirma.

Além de 11 inéditas, Roberta regravou “Casinha Branca”, sucesso de Gilson nos anos 1970. “Aos 4 ou 5 anos de idade, me lembro de um dia ver o meu tio tocar violão e cantar. Sinto como hoje a sensação boa que me invadiu quando ouvi meu tio cantar ‘Casinha Branca’. Foi ali que despertei para a música, me apaixonei pelo violão e desde esse momento nunca quis outra coisa que não fosse viver da música. Por muito tempo ‘Casinha Branca’ foi minha canção preferida. Hoje completo a minha felicidade e gratidão por todos os momentos em que a vida nos responde com pequenos gestos, gravando a canção no meu álbum”, diz.

LITERATURA Há muito tempo, Rober-

Depoisdaí, ascoisascomeçaram a acontecer. O sucesso é inquestionável. Além das filas quilométricas de fãs ansiosos para entrar no camarim apósosshows, Safadãojáprotagonizou também o que chama de “virote” – quando em junho deste ano fez quatro apresentações no mesmo dia.

“Foi o máximo. O primeiro showcomeçouà tardee o último terminou já na madrugada do dia seguinte”, conta.

Há rumores de que seu cachê hoje seja o segundo maior do showbiz brasileiro, beirando os R$ 400 mil. Mas ele des-

Qui. 5.nov.

SÓ NO NOME Por “ironia do destino”, o sobrenome artístico do cantoraindabrincacomum estilo de vida que, segundo ele, faz sentido somente dentro da sua casa. “Faço o safadão só com minha mulher. Entre quatro paredes e com quem se ama vale tudo. Fora isso, sou quietinho (risos)”, garante. Ele, que não escapou dos memes da Internet, diz se divertir com a criatividade de todos eles. Por conta dos seus longos cabelos – apologia aos metaleiros – , uma campanha na web pedia para ele abrir a turnê do Iron Maiden no Brasil, em outubro deste ano.

Agora ele prepara o lançamento de seu novo DVD, gravado para uma plateia de 50 mil pessoas. “Não sei explicar o sucesso. Só agradeço a Deus”, finaliza.

> Bloco Pirraça

Com Wesley Safadão, Ivete Sangalo e Jorge & Mateus Mega Space (Av. das Indústrias, 3.000, Santa Luzia). Dia 7 (sábado), às 15h. R$ 140 (pista).

NÓS MESMOS PRODUÇÕES/DIVULGAÇÃO

ta queria reunir suas poesias em um livro. A oportunidade chegou com “Tudo o que Pertence ao meu Futuro e ao Seu” (Matrix Editora), com trabalhos antigos e recentes.

A obra é separada pelas quatro estações. Poemas mais ensolarados no verão, mais floridos na primavera, mais introspectivos no outono, mais tristes no inverno.

E tem ainda a primavera particular da autora. “É bem diferente escrever poesia e compor. Não consigo juntar as duas coisas ainda, mas sempre gostei de escrever.

Participava de concurso de poesia na escola, então lançar esse livro é um sonho.

Me inspirei em Manoel de Barros (1916-2014). Ele sempre foi o meu poeta preferido e nele encontro a leveza da vida”, conta. (Letícia Fontes/Sob supervisão de Milton Luiz)

> Roberta Campos

Lança "Todo Caminho é Sorte" Cine Theatro Brasil Vallourec – Teatro da Câmara (av. Amazonas, 315, centro, 222-4389). Quinta (5), às 21h. R$ 60 (inteira). Livre.

Roberta Campos volta para lançar seu novo álbum em BH

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ARTES VISUAIS Cores vibrantes de Carretero O solar sul da Espanha rende tradições que extrapolam suas fronteiras. Colorida, a região do país tem uma cultura festiva e hedonista. Essa intensidade está presente na obra do artista espanhol Carlos Carretero, que – mesmo não tendo nascido no Sul (nasceu em Madri), cresceu em Granada e se mudou para o Brasil, ainda nos 1970 –, mantém suas pinceladas com cores alegres e fortes.

Entre os dias 4 (quarta) e 15, Carretero fará um leilão de parede de vários de seus quadros, em seu ateliê na Savassi. “A Espanha tem seus lugares mais sombrios também, mas não no Sul. O meu trabalho vem da tradição da pintura que existe no país, mas mais colorido, com mais cores”, comenta Carretero.

Nos quadros que serão leiloados, além da presença forte de cores – destaque para os tons de vermelho e preto –, é possível ver as temáticas que interessam ao artista, como os nus femininos, quadros que dialogam com a realidade atual do cenário político brasileiro, como “Só São Jorge Pode nos Salvar”, e também a série “Paisagem Desolada”, que reflete a seca, os dias quentes e os impactos do aquecimento global. Com exceGustavo Rocha

exposições CIRCUNSTÂNCIAS Vera Godoi é uma street photographer. Seu interesse está na rua, no mundo e nas pessoas, que fotografa com ética e comprometimento.

Memorial Minas Gerais Vale (pça. da Liberdade, s/nº, Savassi). Domingo, das 10h às 15h; de 3ª a sábado, das 10h às 17h; e 5ª, das 10h às 21h. Até 15/11.

EM BUSCA DO PATRIMÔNIO PERDIDO São 22 painéis e totens informativos com fotos encaminhadas por diversos municípios mineiros para o Ministério Público, com imagens de bens sacros que foram desviados de suas comunidades e ainda não foram encontrados.

Museu Mineiro (av. João Pinheiro, 342, Funcionários, 3269-1103). 3ª, 4ª e 6ª, das 10h às 19h; 5ª, das 12h às 21h; e sáb. e dom., das 12h às 19h.

Até 15/11.

ENTREPOSTO Compreende três mostras individuais simultâneas. O conjunto parte de uma série de trabalhos de Mário Azevedo – desenhos/pinturas/colagens, tiras, livros-de-artista e objetos – e suas derivações, produzidos entre os anos de 2006 a 2012, expostos apenas fora de Belo Horizonte e inéditos por aqui.

Já em Belo Horizonte, tem focado a atenção nas exposições em torno do novo trabalho do artista plástico – as séries fotográficas “Escadarias” (2012)

ção de uma única obra, todos as outras são óleo sobre tela e representam a produção dos últimos cinco anos do artista.

A pintura “entrou” na vida de Carretero pelo olfato.

“Desde pequeno sempre senti o aroma das tintas dos quadros pintados pelo meu pai”, revela ele. Depois de ganhar alguns prêmios, ele ganhou uma bolsa para estudar na Escola de Artes e Ofícios de Granada, passou pelo Círculo Artístico São Lucas, em Barcelona, por Paris e desembarcou no Brasil.

“Cheguei ao Brasil com um

LINCON ZARBIETTI

Carlos Carretero promove a partir do dia 4 leilão de parede de vários de seus quadros, em seu ateliê na Savassi

LEILÃO DE PAREDE Ao contrário da imagem que se vê no cinema, os leilões de parede dispensam a figura do leiloeiro e acontecem em um ambiente muito mais tranquilo.

Se a pessoa se interessar por uma das obras de Carretero, ela cola um adesivo com seu nome e o valor ao lado do quadro. Além disso, ela pode voltar, quantas vezes quiser, para fazer novos lances, conversar com o artista e tomar uma taça de vinho.

atingiu a perfeição, bem como Rembrant. Gosto muito de Di Greco”, pontua.

Endereço Rua Antônio de Albuquerque, 290, na Savassi. Os quadros leiloados podem ser vistos na página www.carloscarretero. blogspot.com

estilo formado, não me influenciei tanto depois da vinda para cá”, ressalta.

A Espanha, talvez, tenha sido o país que mais artistas plásticos de destaque revelou ao mundo: Picasso, Miró, Salvador da Dali... A lista é extensa. Carretero admira particularmentes os quadros que Francisco de Goya pintou da realeza. “Ele influenciou muito o meu trabalho, sua série de tauromaquia, a ironia com que ele retratava a realeza. E também Velásquez, que eu acho que

e “Gradeados” (2013).

Centro Cultural da UFMG (av. Santos Dumont, 174, centro, 3409- 8290). 3ª a 6ª, das 10h às 21h; e sábado e domingo, das 10h às 18h. Entrada franca.

Biblioteca Pública Estadual (pça. da Liberdade, 21, Funcionários, 3269-12166). 2ª a 6ª, das 8h às 18h; e sábado, das 8h às 12h. Entrada franca.

Até 30/11.

FIF 2015: MUNDO, IMAGEM, MUNDO

GRUPO MINEIRO DE MODA – # NA VANGUARDA DOS ANOS 80

Funcionários). 3ª, 4ª, 6ª e sáb., das 10h às 17h30, com permanência até as 18h; 5ª, das 10h às 21h30, com permanência até as 22h; dom., das 10h às 15h30, com permanência até as 16h.

Até 1/11.

A exposição recebe obras selecionadas entre mais de 1.450 inscrições, vindas de 48 países para integrar o Festival Internacional de Fotografia – FIF. Ela também é composta por 13 trabalhos em vídeo, com obras que transitam entre o experimental e o cinematográfico em interseção com a fotografia.

Galeria Alberto da Veiga Guignard do Palácio das Artes (av. Afonso Pena, 1.537, centro, 3236-7400). De 3ª a sábado, das 9h30 às 21h; e domingo, das 16h às 21h. Até 19/10.

CâmeraSete – Casa da Fotografia de Minas Gerais (av. Afonso Pena, 737, centro, 3236-7400). De 3ª a sáb., das 9h30 às 21h. Até 19/10.

CentoeQuatro (praça Ruy Barbosa, 104, centro). De terça a sexta, das 12h às 22h; sábado e domingo, das 16h às 22h. Até 8/11.

GRANDE OTELLO E CARLOS DRUMMOND DE ANDRADE: DOIS MINEIROS QUE GANHARAM O MUNDO Comemora dois mineiros, dois aniversariantes de outubro, duas personalidades que marcaram época: o ator, escritor e compositor Grande Otello aparece em belos pôsteres da sua carreira no cinema nacional, e o poeta e autor Carlos Drummond de Andrade é o foco da exposição do acervo, que traz livros de e sobre Drummond.

Retrospectiva do grupo de estilistas que colocou a capital mineira no mapa da moda nacional.

CRModa (r. da Bahia, 1.149, centro, 3277-4384). De 3ª a 6ª, das 9h às 21h; w sáb. e dom., das 10h às 14h. Até 20/12.

HABITÁCULO Com curadoria de Fabíola Moulin e Marconi Drummond, o projeto propõe a realização de uma mostra coletiva, a partir dos trabalhos dos mineiros Nydia Negromonte, Carlos Teixeira, Coletivo Micrópolis, O Grivo e Wilson Baptista. As obras representam um diálogo entre os resíduos arquitetônicos do Cine Brasil e o resgate histórico.

Cine Theatro Brasil Vallourec – 5º e 6º andares (r. Carijós, 258, centro, 32015211). Terça a sábado, das 11h às 21h; e domingo, das 14h às 19h. Entrada franca. Até 20/12.

INFÂNCIAS GUARDADAS Com o subtítulo “APM 120 Anos... nas Gavetas do Arquivo Público Mineiro”, em homenagem ao Mês das Crianças, a mostra apresenta parte do acervo iconográfico do APM que apresentam imagens que retratam a infância ao longo dos séculos XIX e XX. Memorial Minas Gerais Vale (Circuito Cultural Praça da Liberdade, 640,

INVASÃO Há alguns anos, o ateliê de Carretero foi invadido e parte de suas obras sofreram algumas “interferências” dos invasores, que não lhe roubaram nada, mas partiram para aquilo – que ele – considera “alucinação causada por alguma droga”. O caso mais emblemático é de “Crucificado”, quadro que traz um Cristo de cabeça pa-

JOSÉ LARA A mostra “Diante da Matéria”, trata-se de um conjunto de 17 trabalhos desenvolvidos com as técnicas desenho e monotipia, que investigam subjetivamente uma relação com componentes típicos da paisagem natural, como rochas, minerais e formas de relevo, relacionados à memória de vivência do artista no interior de Minas Gerais, e à inquietação existente na relação entre o homem e estes elementos.

Galeria de Arte Copasa (r. Mar de Espanha, 525, Santo Antônio). Diariamente, das 8h às 19h. Até 22/11.

LELLA CASTELLO Apresenta a mostra “Parâmetro da Liberdade”, composta por dez esculturas em bronze e alumínio.

Memorial Minas Gerais Vale (Circuito Cultural Praça da Liberdade, 640, Funcionários, 3343-7317). 3ª, 4ª, 6ª e sáb., das 10h às 17h30, com permanência até as 18h; e 5ª, das 10h às 21h30, com permanência até as 22h; dom., das 10h às 15h30, com permanência até as 16h. Até 8/11.

LUCAS DUPIN Em “Entre Relevos”, o artista estabelece uma ligação entre duas culturas de diferentes regiões brasileiras: a xilogravura feita na cidade de Bezerros, em Pernambuco, e a produção dos doces de mamão bordado de Carmo do Rio Claro, em

ra baixo e que sofreu uma intervenção, uma pichação que dizia “Menos Crack Mais Amor” e alguns corações. “Eles quebraram algumas coisas, tomaram um vinho, jogaram xadrez, urinaram em meus tapetes e estragaram alguns de meus quadros. Além disso, fizeram uma espécie de instalação, que parecia um altar. Tinha um quadro meu e uma revista ‘Veja’”, relembra.

Embora tenha tido parte de seu acervo arruinado, o artista optou por assumir al-

gumas das intervenções dos anônimos e os manteve como estão. É o caso de “Crucificado”. “Me pareceu como uma interferência que retratava os tempos atuais e resolvi deixar como estava. Além disso, alguns mulheres que estavam nuas receberam uns corações como tapa-sexo.

O que mais me impressionou foi que eles quebraram os espelhos, alguns bem grandes. Imagino que a imagem refletida os incomodou”, filosofa o pintor.

Minas Gerais.

Sesc Palladium – Galeria GTO (r. Rio de Janeiro, 1.046, centro, 3214-5350).

De 3ª a dom., das 9h às 21h. Até 25/11.

e 6ª, das 10h às 19h; e 4ª, das 10h às 14h. Até 8/11.

MUMIA

Na fachada digital do Espaço do Conhecimento UFMG são exibidas imagens do inventário cultural do rio São Francisco. Esse material fotográfico serviu também de inspiração para a mostra “Alameda São Francisco: o Rio inunda a Cidade”, que ocupa a Praça da Liberdade e tem a curadoria de Tereza Bruzzi e Alexandre Rousset.

Fachada Digital Espaço do Conhecimento UFMG (pça. da Liberdade, 700, Funcionários, 3409-8350). Das 19h às 23h. Até 2/11.

Exposição de cartazes da Mostra Udigrudi Mundial de Animação.

Centro Cultural Padre Eustáquio (r, Jacutinga, 821, Padre Eustáquio). De 2ª a sáb., das 8h às 17h. Até este sábado (31).

REGISTROS DO QUE NÃO SE VÊ Conta com 21 fotografias do artista Daniel Gonçalves, onde ele revela seu olhar sobre o cotidiano, desconstruindo e ressignificando por meio de cortes inusitados, os locais de uma cidade já saturada aos olhos de quem caminha por ela, em piloto automático.

PDD – Espaço de Arte (r. Fernandes Tourinho, 145, Savassi, 3223-5414). 2ª a 6ª, das 9h às 19h; e sábado, das 9h às 14h. Entrada franca. Até 7/11.

TRADIÇÕES DO SÃO FRANCISCO

WARLEY DESALI Apresenta uma instalação e três quadros de sua série “Nacional”.

Café com Letras (r. Antônio de Albuquerque, 781, Savassi, 3225-9973).

De 2ª a 5ª, das 12h a 0h; sex., e sáb., das 12h à 1h; e dom., das 17h às 23h.

Até 8/11.

RICK RODRIGUES Em “O que Dizer Sobre o Nada Sei”, o artista apresenta cerca de 30 desenhos monocromáticos e cenários surrealistas, inspirados nas memórias de infância.

Salão Cultural da Aliança Francesa (r.

Tomé de Souza, 1.418, Savassi, 32915187). De 2ª a 5ª, das 8h às 21h; e sex. e sáb., das 8h às 16h30. Até 11/11.

TODOS ANDRÉ Conta com 33 artistas do Brasil e exterior e reúne 50 obras em gravura em metal, serigrafia, litografia e xilogravura.

Casa – Obras Sobre Papel (av. Brasil, 75, Santa Efigênia, 2534-9899). 3ª, 5ª

ZEITGEIST – A ARTE DA NOVA BERLIM Reúne um panorama consistente da respeitada comunidade artística de Berlim, traduzindo o espírito de uma época marcada por contradições e reinvenções. A mostra é composta por pintura, fotografia, videoarte, performance, instalação e a cultura dos clubes berlinenses, na visão de 29 renomados artistas.

CCBB (Circuito Cultural Praça da Liberdade, 450, Funcionários, 3431-9400). De 4ª a 2ª, das 9h às 21h. Até 11/1/2016.

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CINEMA Atenção!

A programação dos cinemas muda a cada quinta-feira.

Portanto, o roteiro abaixo é válido até quarta-feira, 4

pré-estreias A ACUSADA (Accused, Holanda/Suécia, 2014, 1h33, 12 anos) Dir. Paula Van der Oest.

Com Barry Atsma, Fedja Van Huet, Marwan Kenzari. Baseado em um controverso processo judicial, Lucia, uma enfermeira, é sentenciada à prisão perpétua por ter matado pelo menos sete bebês e idosos, mas surgem dúvidas sobre sua culpa.

Belas 1: 21h40 (somente neste sábado, 31)

DHEEPAN – O REFÚGIO (Dheepan, França, 2015, 1h54, 12 anos) Dir. Jacques Audiard.

Com Antonythasan Jesuthasan, Claudine Vinasithamby, Kalieaswari Srinivasan. Dheepan, Yalini e a pequena Illayaal assumem identidades falsas para fugir do Sri Lanka, seu país natal, que está em guerra.

Belas 3: 21h40 (somente neste sábado, 31); Ponteio 2: 19h

estreias OS 33 (Los 33, Chile/EUA, 2015, 2h, 12 anos) Dir. Patricia Riggen.

Com Antonio Banderas, Cote De Pablo, Juan Pablo Raba.

No Chile, após um desmoronamento de terra, 33 mineradores ficam presos a 700 metros abaixo do nível do mar.

As autoridades precisam lutar contra o tempo para salvar a vida dos trabalhadores.

Boulevard 5: 16h, 20h30; Cidade 8: 14h, 18h40, 21h15; Diamond 1: 13h40, 16h20, 19h20, 22h10; Ponteio 3: 21h20; Ponteio Premier: 13h40, 18h25; Pátio Savassi 4: 18h50, 21h45

45 ANOS (45 Years, Reino Unido, 2015, 1h33, 12 anos) Dir. Andrew Haigh.

Com Charlotte Rampling, Geraldine James, Tom Courtenay. Às vésperas da celebração de 45 anos de casamento, Geoff descobre que o corpo de seu primeiro amor foi encontrado congelado no meio dos Alpes Suíços.

Belas 2: 14h, 17h40, 21h20

AQUI DESTE LUGAR (Brasil, 2015, 1h50, 14 anos) Dir. Sérgio Machado, Fernando Coimbra.

Em virtude de programas de distribuição de renda como o Bolsa Família, milhões de brasileiros conseguirem sair da situação de pobreza extrema.

O filme retrata a vida de três famílias no Ceará, São Paulo e Rio Grande do Sul. Belas 1: 11h (somente neste sábado, 31) (*) Clube do professor. Necessário a comprovação do mesmo

BETINHO – A ESPERANÇA EQUILIBRISTA (Brasil, 2015, 1h30, livre) Dir. Victor Lopes.

O documentário aborda a vida do sociólogo e ativista Hebert de Souza, conhecido como Betinho, e sua luta pela igualdade e contra a fome.

Belas 1: 14h, 18h, 19h50; BH Shopping 6: 14h10

GRACE DE MÔNACO (Grace of Monaco, França/Bélgica/ EUA/Itália/Suíça, 2015, 1h42, 12 anos) Dir. Olivier Dahan.

Com Nicole Kidman, Frank Langella, Tim Roth.

A história da crise no casamento e na identidade da ex-estrela de Hollywood Grace Kelly, durante uma

disputa política entre seu marido, o Príncipe Rainier III de Mônaco, e o general francês Charles De Gaulle.

BH Shopping 9: 17h05, 19h40, 22h10; Del Rey 7: 13h40, 18h40; Ponteio 4: 19h; Ponteio Premier: 16h15, 21h

Cenas de um casamento

SEM FILHOS

IMOVISION/DIVULGAÇÃO

(Sin hijos, Argentina/Espanha, 2015, 1h30, 12h) Dir. Ariel Winograd.

Com Diego Peretti, Guadalupe Manent, Maribel Verdú.

Um homem divorciado adora sua filha, mas deve escondê-la quando descobre que sua nova namorada não quer ter filhos. Com o tempo, ele tentará conciliar a convivência das duas.

Belas 2: 15h50, 19h30; BH Shopping 10: 13h45, 19h10; Boulevard 5: 14h, 18h30

STRAIGHT OUTTA COMPTON – A HISTÓRIA DO N.W.A. (Straight Outta Compton, EUA, 2015, 1h57, 12 anos) Dir. F. Gary Gray.

Com O’Shea Jackson Jr., Corey Hawkins, Jason Mitchell.

Cinco jovens da Califórnia da década de 80 usam suas experiências pessoais na produção de músicas contra o sistema.

Surge o N.W.A. (Niggaz Wit Attitudes), que dá voz a uma geração e promove a explosão do rap.

BH Shopping 10: 16h, 21h25; Contagem 5: 14h40 (*), 17h30 (*), 20h20; Del Rey 7: 16h, 20h50; Pampulha 3: 15h30, 20h55 (*) (*) Sessões dubladas

O ÚLTIMO CAÇADOR DE BRUXAS (The Last Witch Hunter, EUA, 2015, 1h47, 12 anos) Dir Breck Eisner.

Com Vin Diesel, Elijah Wood, Rose Leslie.

O filme acompanha um guerreiro que é forçado a unir forças com uma bruxa para impedir que uma praga se alastre e destrua a humanidade.

Betim 2: 14h10 (*); Betim 3: 16h20, 18h30, 20h45 (*); BH Shopping 2: 12h, 14h30, 17h, 19h30, 22h; BH Shopping 8: 13h, 15h30, 18h, 20h30; Big 5: 14h25, 16h25, 18h25, 20h25 (*); Boulevard 4: 18h30 (*); Boulevard 6: 14h, 16h20, 18h40, 21h; Cidade 3: 12h (somente neste domingo, 1º), 13h50, 16h, 18h20, 20h40 (*); Cidade 7: 14h30, 16h40, 18h50, 21h (*); Cidade 8: 16h30; Contagem 4: 14h30 (*), 16h40 (*), 18h50, 21h; Contagem 6: 14h, 16h10, 18h20, 20h30 (*); Del Rey 1: 19h (*); Del Rey 5: 14h, 16h10, 18h20, 20h30, 22h40 (exceto este domingo, 1º) (*); Del Rey 6: 14h30, 16h40, 18h50, 21h, 23h10 (exceto este domingo, 1º); Diamond 4: 15h10, 17h50, 20h30; Estação BH 3: 13h20, 15h50, 18h40, 21h10 (*); Estação BH 4: 14h20 (*), 16h50 (*), 19h40, 22h30 (*); Itaú Power 1: 14h, 16h10, 18h20, 20h30 (*); Itaú Power 2: 14h30 (*), 16h40 (*), 18h50, 20h50; Metropolitan 6: 16h50 (*), 19h20, 22h (*); Minas 3: 14h, 16h10, 18h20, 20h40 (*); Minas 4: 14h30(*), 16h40, 18h50 (*), 21h; Monte Carmo 3: 14h20, 16h30, 18h40 (*); Paragem 2: 14h30, 16h40, 18h50, 21h; Metropolitan 1: 13h30 (*), 16h, 18h30 (*) 21h10; Monte Carmo 4: 20h30; Norte 5: 14h25, 16h25, 18h25, 20h25 (*); Pampulha 2: 15h15 (*), 17h15 (*), 19h15, 21h15 (*); Pátio Savassi 5: 13h30, 16h, 18h30, 21h, 23h30 (somente neste sábado, 31); Pátio Savassi 6: 14h40, 17h05, 19h30, 22h; Via Shopping 1: 14h30 (*), 16h40 (*), 18h50 (*), 21h; Via Shopping 3: 14h, 16h10, 18h20, 20h30 (*) (*) Sessões dubladas

SESSÃO ESPECIAL ANDRÉ RIEU – CONCERTO MAASTRICHT (André Rieu Concert Maastricht, Holanda, 2015, 3h, 12 anos) Conhecido como o “Rei da Valsa”, André realiza uma série de shows em sua cidade natal, Maastricht, na Holanda, todos os anos. Os shows acontecem para milhares de fãs e em meio a um belo cenário medieval de sua cidade.

Pátio Savassi 4: 15h (somente neste domingo, 1º)

em cartaz A COLINA ESCARLATE (Crimson Peak, EUA, 2015, 1h59, 16 anos) Dir. Guillermo Del Toro.

Com Mia Wasikowska, Jessica Chastain, Tom Hiddleston. Apaixonada pelo miste-

Os veteranos atores ingleses Tom Courtenay e Charlotte Rampling foram premiados no último Festival de Berlim

Há algumas semanas, Guillermo Del Toro tentou contar uma história de fantasmas em “A Colina Escarlate”.Oresultado foibonitinho, mas nada que você já não tivesse visto antes. Em “45 Anos”, uma das estreias da semana (confira roteiro na página), o cineasta inglês Andrew Haigh (“Weekend”, “Looking”) prova que assombrações existem de verdade: seufilme é umacrônica incondicionalmente realista (como todo seu trabalho) sobre fantasmas, como eles são capazes de assombrar, destruir e, uma vez invocados, “mancham e contaminam tudo”.

O longa acompanha Kate (Charlotte Rampling) e Geoff Mercer (Tom Courtenay) durantea semanaem que vão celebrar 45 anos de casados. Ele recebe uma carta informando que o corpo de Katya, seu amor da juventude, foi encontrado em uma geleira na Suíça, onde ela havia desaparecido há 50 anos. E enquanto Kate organiza os preparativos da comemoração, vê o marido deixar transparecer mais do que gostaria sob o efeito da re-

velação, trazendo à tona os fantasmas da vida real.

Não espere do longa uma grandecenaemqueaprotagonista confronta o marido sobre o que Katya realmente significou para ele. O filme não se chama “45 Anos” por acaso. Não faz sentido discutir: a vida já foi vivida. As escolhas já foram feitas. Restam apenas as consequências: os fantasmas com os quais se deve viverparasempre. Oquea carta, e a reação de Geoff a ela, fazem é Kate questionar o valordisso tudo.Seseucasamento tem o mesmo significado para ela e para o marido. E questionar 45 anos de uma relação é questionar a vida.

Na inquietude de Geoff, a esposa se dá conta de que Katya é a paixão da juventude perdida, o cinema, o sonho que poderia ter sido. Como o Metric canta em “Other Side”, uma das melhores músicas do ano, “tudo que nós queremos é sentir que tudo que temos não veio às custas de todo o resto. Quem sou eu do outro lado?”. E quando Geoff começaa sefazer essapergunta, Kate percebe ser o amor conformado, a velhice, a realidade que jamais poderia competir

com a idealização nostálgica desse sonho dourado da juventude.

Mas Kate éuma mulher racional, e uma mulher inglesa, então ela vai guardar tudo isso dentro dela. Não há explosão. E é isso que faz de “45 Anos” a perfeita definição do drama: o conflito entre o que umpersonagem diz ou faz, e o que ele realmente está sentindo ou pensando interiormente. E o maior mérito de Haigh é ter escalado Rampling para encenar esse conflito. O diretor desenha todo o seu filme nas expressões, emoções e no olhar do rosto da veterana atrizinglesa,namelhorperformance de sua vasta e rica carreira.

“45 Anos” é um longa sobre reações, sobre como uma revelação pode virar nossa vidadoavesso “comoum tsunami”e, por mais queCourtenay também esteja excelente, o guia e o olhar do espectador na história é o de Kate. Tanto que, durante o belíssimo monólogo de Geoff sobre como ele perdeu Katya, Haigh mantém o foco na esposa. Porque é a reação dela que interessa, reconhecendo na história sua situação atual – algo que o fil-

me reflete na bela metáfora visual de seus passeios matinais com o cachorro, que vai cada vez mais se distanciando dela.

São nos momentos como esse monólogo que Haigh se confirma como um dos melhores diretores de ator do cinema contemporâneo. Assim como no excelente “Weekend”, ele demonstra um talento bergmaniano para extrair do rosto de RamplingeCourtenayuma riqueza e uma vida interiores com um roteiro bem escrito e uma câmera compassiva, que observa e oferece mais doque pede. Seo longa anterior foi sua revelação, “45 Anos” prova que Haigh veio para ficar, algo confirmado por uma cena final que, ao sintetizar e concluir o filme perfeitamente, vai permanecer com você por meses na música cantada pelo The Platters: “me perguntaram como eu sabia que meu amor era de verdade. Eu disse que algo aqui dentro não podia ser negado. Eles disseram que todos que amam são cegos. Quando seu coração está em chamas, fumaça entra nos seus olhos”.

rioso Sir Thomas Sharpe, a escritora Edith Cushing muda-se para sua sombria mansão no alto de uma colina, habitada também por sua fria cunhada, Lucille Sharpe.

Boulevard 4: 16h10; Cidade 1: 18h50, 21h10 (*); Contagem 8: 20h40

des paranormais e passa a gravar fenômenos malignos que os ameaçam ali.

Betim 2: 16h40, 18h40, 20h40 (*); Cidade 5: 17h30, 21h10 (*) Contagem 1: 17h20, 21h (*); Del Rey 2: 17h20 (*), 21h, 23h (*) (exceto neste domingo, 1º); Itaú Power 5: 18h40, 20h50 (*); Minas 2: 20h30 (*); Paragem 5: 14h30 (*), 16h30 (*), 18h30, 20h30; Via Shopping 4: 17h30, 21h (*); Monte Carmo 3: 20h30 (*); Monte Carmo 4: 16h20, 18h20 (*); Pampulha 1: 15h25, 19h10, 21h (*)

15h40, 19h20 (*); Contagem 1: 15h30 (*), 19h10; Del Rey 2: 15h30, 19h10 (*); Diamond 5: 12h (sessão 3D); Estação BH 2: 15h, 17h30, 20h, 22h10 (*); Itaú Power 5: 14h40, 16h40 (*); Metropolitan 4: 14h20 (*), 16h30, 18h40 (*), 20h50 (sessões 3D); Minas 2: 14h30k, 16h30, 18h30 (*); Norte 2: 16h45, 18h45, 20h45 (*); Pátio Savassi 2: 13h45, 15h50, 18h, 20h15 (sessões 3D); Via Shopping 4: 15h40, 19h20 (*)

Sessões 3D: BH Shopping 3: 12h50, 15h, 17h10, 19h20, 21h40; Big 1: 16h45, 18h45, 20h45 (*); Boulevard 2: 15h40 (*), 17h30 (*), 19h20, 21h15; Cidade 5:

HOTEL TRANSILVÂNIA 2 (*)

Drácula e seus amigos tentam despertar o monstro em seu neto meio humano, meio vampiro, com o objetivo de impedir que Mason abandone o hotel.

Betim 1: 14h20; BH Shopping 7: 14h20, 16h40, 19h; Big 3: 14h30; Boulevard 4: 14h20; Cidade 1: 14h; Contagem 1: 13h40; Del Rey 3: 13h, 14h50; Diamond 2: 12h50; Estação BH 5: 14h; Itaú Power 3: 13h30, 15h20; Metropolitan 5: 13h, 15h15, 17h55, 20h20 (exceto este sábado, 31); Monte Carmo 4: 14h30; Minas 1: 15h30, 17h20, 19h10; Norte 3: 14h30; Pampulha 5: 15h20, 17h10; Paragem 1: 15h40, 17h30; Pátio Savassi 6: 12h30 (somente neste sábado, 31); Via Shopping 5: 15h20

Daniel Oliveira

(*) Sessões dubladas

ATIVIDADE PARANORMAL 5 – DIMENSÃO FANTASMA (Paranormal Activity: The Ghost Dimension, EUA, 2015, 1h28, 12 anos) Dir. Gregory Plotkin. Com Chris J. Murray, Brittany Shaw, Olivia Taylor Dudley.

Quando se muda para uma nova casa com a família, Ryan Fleege encontra uma câmera capaz de registrar ativida-

(*) Sessões dubladas

(Hotel Transylvania 2, EUA, 2015, 1h29, livre) Dir. Genndy Tartakovsky.

(*) Sessões dubladas

pampulha jornalpampulha.com.br BELO HORIZONTE 31 de outubro

almanaque

a 6 de novembro de 2015

21

CINEMA PLAYARTE PICTURES/DIVULGAÇÃO

em cartaz (continuação) GOOSEBUMPS – MONSTROS E ARREPIOS (*) (Goosebumps, EUA, 2015, 1h43, 10 anos) Dir. Rob Letterman.

Com Jack Black, Dylan Minnette, Odeya Rush.

A sobrinha do autor R.L. Stine, famoso pela série de horror “Arrepios”, une-se a um colega para enfrentar os demônios que escaparam dos livros do autor e ganharam vida em Greendale, Maryland.

BH Shopping 9: 12h30 (somente este sábado, 31), 14h50; Cidade 4: 13h15, 17h05; Contagem 7: 13h30, 15h20, 17h10, 19h; Del Rey 1: 15h20; Estação BH 6: 13h40, 16h; Itaú Power 6: 20h30; Paragem 1: 19h20, 21h10; Via Shopping 5: 13h20, 17h05, 19h05; Big 3: 16h30, 18h30, 20h30; Norte 3: 16h30, 18h30, 20h30; Metropolitan 7: 16h15, 19h

Kristen Wiig.

Após ser deixado em Marte por sua equipe durante uma tempestade, o botânico Mark Watney precisa aprender a sobreviver no planeta até que uma missão de resgate chegue até lá.

Sessões 3D: BH Shopping 1: 15h20, 18h25, 21h30 Minas 1: 21h (*); Diamond 5: 21h30; Pátio Savassi 3: 15h10, 18h15, 21h30 (*) Sessões dubladas

PETER PAN (*) (Peter Pan, EUA, 2015, 1h41, 10 anos) Dir. Joe Wright.

Com Garrett Hedlund, Hugh Jackman, Levi Miller.

Aos 12 anos, o rebelde órfão Peter recebe uma chamada para conhecer um mundo mágico: a Terra do Nunca. Lá, ele conhece novos amigos e enfrenta o pirata Barba Negra.

Betim 3: 14h; Boulevard 2: 13h30; Cidade 5: 13h30; Contagem 8: 14h, 16h20; Del Rey 2: 13h20; Estação BH 5: 16h30, 19h; Itaú Power 6: 14h20; Minas 1: 13h20; Monte Carmo 2: 14h30; Paragem 1: 13h30; Pampulha 5: 19h, 21h10; Via Shopping 4: 13h20

Sessões 3D: BH Shopping 4: 17h30; Cidade 4: 15h10, 19h; Del Rey 1: 13h30, 17h10; Itaú Power 6: 16h30, 18h30; Pampulha 6: 14h50, 16h50, 18h50, 20h50; Pátio Savassi 4: 14h10 (exceto este domingo, 1º) e 16h30 (exceto este domingo, 1º)

Sessões 3D: BH Shopping 4: 12h35 (somente este domingo, 1º), 19h50, 22h30; Big 1: 14h40; Norte 1: 14h40; Diamond 5: 14h20; Metropolitan 6: 14h10; Pátio Savassi 3: 12h15

(*) Sessões dubladas

PONTE DOS ESPIÕES

JAUJA (Argentina/Dinamarca/França/México/ EUA/Alemanha/Holanda/Brasil, 2015, 1h50, 12 anos) Dir. Lisandro Alonso.

Com Viggo Mortensen, Ghita Norby, Viilbjørk Malling Agger.

Um homem e sua filha embarcam numa viagem que tem como destino um deserto localizado no fim do mundo. Esta é uma empreitada na qual muitos já se aventuraram, mas poucos conseguiram concluir com sucesso.

Cine 104: 19h

LULU, NUA E CRUA (Lulu Femme Nue, França, 2013, 1h27, 18 anos) Dir. Solveig Anspach.

Com Karin Viard, Bouli Lanners, Claude Gensac.

Após uma entrevista de emprego malsucedida, Lulu não volta para casa e parte deixando seu marido e os três filhos. No caminho, ela cruza com pessoas também à margem do mundo.

Belas 3: 16h

MEIA HORA E AS MANCHETES VIRAM MANCHETE (Brasil, 2015, 1h21, 12 anos) Dir. Angelo Defanti.

As capas do jornal “Meia Hora” sempre chamam a atenção. Viraram sucesso na internet e nas ruas por conta de suas abordagens inusitadas e bem-humoradas. O documentário mostra como funciona essa construção de notícias a partir do olhar dos editores da publicação.

Cine 104: 17h

OPERAÇÕES ESPECIAIS (Brasil, 2015, 1h30, 14 anos) Dir. Tomas Portella.

Com Cléo Pires, Fabrício Boliveira, Marcos Caruso.

A policial civil novata Francis lida com suas inseguranças e o machismo dos colegas, enquanto faz parte de um grupo especial que combate a corrupção e criminalidade de uma pequena cidade.

Boulevard 3: 16h30; Cidade 2: 13h, 15h; Contagem 8: 18h40; Del Rey 4: 17h10; Itaú Power 4: 14h10; Metropolitan 7: 21h30; Minas 6: 15h; Monte Carmo 2: 16h40; Paragem 4: 14h20; Via Shopping 2: 14h

ORESTES (Brasil, 2015, 1h33, 12 anos) Dir. Rodrigo Siqueira.

Uma série de personagens reais se confronta com os mecanismos da Justiça e as possibilidades de resgatar culpas e dívidas de várias gerações.

Belas 3: 17h40

PERDIDO EM MARTE (The Martian, EUA, 2015, 2h21, 12 anos) Dir. Ridley Scott.

Com Matt Damon, Jessica Chastain,

(*) Sessões dubladas (Bridge of Spies, EUA, 2015, 2h15, 12 anos) Dir Steven Spielberg.

Com Tom Hanks, Mark Rylance, Scott Shepherd.

Em plena Guerra Fria, o advogado James Donovan aceita defender Rudolf Abel, espião soviético descoberto, e acaba negociando sua troca por um prisioneiro norte-americano capturado pelos inimigos.

BH Shopping 6: 18h40, 21h50; Big 4: 20h40 (*); Boulevard 4: 20h40; Cidade 1: 16h; Contagem 7: 20h50; Del Rey 1: 20h50; Diamond 2: 15h30, 18h40, 21h50; Norte 4: 20h40 (*); Pampulha 3: 18h15; Ponteio 3: 13h20, 16h, 18h40 (*) Sessões dubladas

QUE HORAS ELA VOLTA? (Brasil, 2015, 1h51, 14 anos) Dir. Anna Muylaert.

Com Regina Casé, Camila Márdila, Michel Joelsas.

Sem ver a filha Jéssica há mais de dez anos, a doméstica pernambucana Val reencontra a garota quando ela vem para São Paulo prestar vestibular, causando tensão na casa dos patrões onde a mãe mora.

Belas 1: 15h50 e 21h40 (exceto este sábado, 31); Cine 104: 21h

S.O.S. MULHERES AO MAR 2 (Brasil, 2015, 1h42, 12 anos) Dir. Cris Damato.

Com Giovanna Antonelli, Fabíula Nascimento, Reynaldo Gianecchini.

Adriana, agora uma escritora bem-sucedida, descobre que a bela ex-noiva do namorado pretende se reconciliar com ele em um cruzeiro e convoca a irmã e sua ex-diarista para impedir a rival.

BH Shopping 4: 13h40, 16h10, 18h50, 21h20; Big 2: 14h20, 16h20, 18h20, 20h20; Boulevard 1: 16h30, 18h40, 20h50; Cidade 6: 12h (somente este domingo, 1º), 14h20, 16h30, 18h40, 20h50; Contagem 2: 14h10, 16h20, 18h30, 20h40; Del Rey 3: 16h40, 18h45, 20h50, 22h50 (exceto este domingo, 1º); Diamond 3: 14h, 16h40, 19h30, 22h; Estação BH 1: 14h40, 17h, 19h20, 21h50; Itaú Power 4: 16h20, 18h30, 20h40; Metropolitan 3: 12h10, 14h40, 17h10, 19h40, 22h15; Metropolitan 5: 14h10, 16h20, 18h30, 20h50; Monte Carmo 1: 14h, 16h10, 18h20, 20h50; Norte 4: 14h20, 18h20; Pampulha 4: 15h05, 17h05, 19h05, 21h05; Paragem 3: 14h, 16h10, 18h20, 20h40; Pátio Savassi 7: 13h10, 15h30, 17h50, 20h40; Ponteio 4: 14h40, 16h50, 21h10; Via Shopping 2: 16h10, 18h20, 20h40

UM AMOR A CADA ESQUINA (She’s funny that way, EUA/ Alemanha, 2015, 1h33, 12 anos) Dir. Peter Bogdanovich.

Com Imogen Poots, Kathryn Hahn, Owen Wilson.

O diretor de teatro Arnold Albertson se apaixona pela prostituta Isabella e tenta ajudá-la a se tornar uma atriz, mas eles terão que lidar com a mulher dele, a atriz

Delta, e um ator interessado nela.

Ponteio 2: 16h40

UM SENHOR ESTAGIÁRIO (The Intern, EUA, 2015, 2h01, livre) Dir. Nancy Meyers.

Com Robert De Niro, Anne Hathaway, Rene Russo.

Jules, dona de um site de moda, passa a contar com um senhor de 70 anos, Ben, como seu novo estagiário. Enquanto ele busca novos desafios, ajuda Jules a lidar com desafios pessoais e profissionais.

Pátio Savassi 1: 16h15, 19h, 22h10 Ponteio 2: 14h10, 21h15

SICÁRIO: TERRA DE NINGUÉM (Sicario, EUA, 2015, 2h01, 16 anos) Dir. Denis Villeneuve.

Com Emily Blunt, Benicio del Toro, Josh Brolin.

Na crescente fronteira sem lei entre os EUA e o México, uma agente do FBI é exposta ao mundo brutal do tráfico de drogas ao ser escalada para derrotar o chefe de um cartel mexicano.

Belas 3: 19h30; Boulevard 1: 14h; Cidade 4: 20h50

TERRA DE MARIA (*) (Mary’s Land, Espanha, 2014, 1h59, livre) Dir. Juan Manuel Cotelo.

Com Clara Cotelo, Juan Manuel Cotelo, Carmen Losa.

O Advogado do Diabo recebe uma nova missão: investigar sem medo aqueles que ainda confiam nas fórmulas do Céu. As descobertas dele definirão o futuro da raça humana.

BH Shopping 7: 21h10; Metropolitan 5: 20h20 (somente este sábado, 31)

Nicole Kidman protagoniza o drama biográfico “Grace de Mônaco”, uma das estreias

(*) Sessões dubladas

VAI QUE COLA, O FILME (Brasil, 2015, 1h34, 12 anos) Dir. César Rodrigues.

Com Paulo Gustavo, Cacau Protásio, Catarina Abdalla.

Quando finalmente aparece a oportunidade de recuperar a boa vida e sua cobertura de frente para o mar, Valdo terá de levar com ele toda a turma da pensão.

Betim 1: 16h30, 18h30, 20h30; BH Shopping 4: 15h10; BH Shopping 6: 11h40, 16h20; Big 4: 14h35, 16h35, 18h35; Boulevard 3: 14h30, 18h30, 20h30; Cidade 2: 17h, 19h, 21h; Contagem 3: 14h30, 16h40, 18h50, 20h50; Del Rey 4: 13h10, 15h10, 19h10, 21h10; Diamond 5: 16h55, 19h10; Estação BH 6: 18h20, 20h30; Itaú Power 3: 17h10, 19h05, 21h; Metropolitan 2: 12h50, 15h20, 17h40, 20h, 22h30 (*); Metropolitan 7: 14h; Minas 6: 17h, 19h, 21h; Monte Carmo 2: 18h40, 20h40; Norte 4: 16h20; Pampulha 1: 17h15; Paragem 4: 16h20, 18h20, 20h20; Pátio Savassi 1: 14h; Via Shopping 5: 21h (*) Sessões dubladas

VIVER É FÁCIL COM OS OLHOS FECHADOS (Vivir es Fácil con los Ojos Cerrados, Espanha, 2013, 1h49, 14 anos) Dir. David Trueba.

Com Javier Cámara, Francesc Colomer, Natalia de Molina.

Um professor que utiliza as músicas dos Beatles para ensinar inglês na Espanha de 1966 descobre que John Lennon está em Almería rodando um filme e decide ir conhecê-lo.

Belas 3: 14h, 21h40 (exceto este sábado, 31)

CLÁSSICOS CINEMARK Sexta-Feira 13 (Friday the 13th, EUA, 1980, 1h35, 14 anos) Dir. Sean S. Cunningham.

Com Betsy Palmer, Adrienne King, Jeannine Taylor.

Após o assassinato de um casal, o acampamento Crystal Lake é reaberto, mas os novos monitores são assassinados brutalmente, um por um.

BH Shopping 9: 12h30 (somente este domingo, 1º); Pátio Savassi 2: 11h30 (somente este domingo, 1º), 23h (somente este sábado, 31)

CLÁSSICOS DA DISNEY Carros (*) (Cars, EUA, 2006, 1h36, livre) Dir. John Lasseter.

Relâmpago McQueen é um carro de corridas ambicioso, que já em sua 1ª temporada na Copa Pistão torna-se um astro. Ele sonha em se tornar o 1º estreante a vencer o campeonato, o que possibilitaria que assinasse um patrocínio com a cobiçada Dinoco.

BH Shopping 1: 12h20; Diamond 4: 12h20; Metropolitan 4: 11h30; Pátio

Savassi 6: 12h (somente este domingo, 1º) (*) Sessões dubladas

mostras MOSTRA CINEASTAS MINEIRAS (*) “A Mulher que Amou o Vento” (2014, 1h07, livre) Dir. Ana Moravi.

Uma mulher vive solitária no alto de uma montanha, onde se envolve intimamente com o vento. A imagem como um vento que se lança livre na direção das coisas.

Neste sábado (31), às 16h “Morada” (2010, 1h18, livre) Dir. Joana Oliveira.

Dona Virgínia, há mais de 50 anos, aguarda a desapropriação de sua casa. Ano após ano, o governo ameaça destruir o lugar onde ela guarda seu passado e suas memórias vivas.

Neste sábado (31), às 18h “Nas Minhas Mãos Eu Não Quero Pregos” (2012, 1h10, 14 anos) Dir. Cris Ventura.

Escultor reconhecido internacionalmente, Maurino de Araújo tem uma vasta produção de obras em madeira, vive numa casa modesta e dança pelas ruas com seu guarda-chuva em dias de sol.

Neste sábado (31), às 20h “Ô de Casa!”

(2007, 1h10, livre) Dir. Clarisse Alvarenga.

Crianças e adolescentes se apropriam de espaços públicos ociosos para brincar de construir casinhas e cabaninhas. Em cada casinha, uma pequena história se passa.

Neste domingo (1º), às 16h “Nos Olhos de Mariquinha” (2008, 1h20, 14 anos) Dir. Júnia Torres e Cláudia Mesquita.

Documentário sobre Dona Mariquinha, antiga moradora da Vila Nossa Senhora de Fátima, uma das comunidades que compõem a Favela da Serra, que traz consigo a história desse espaço.

Neste domingo (1º), às 18h

Um peixe extraordinário subverte as leis naturais e aterroriza o imaginário popular no interior de Minas Gerais. Alguns dizem que é impossível capturá-lo vivo.

Outros atribuem a ele o desaparecimento de várias pessoas e animais.

Segunda (2), às 17h “Roda” (2011, 1h10, livre) Dir. Carla Maia e Raquel Junqueira Entre sambas e memórias, compositores, intérpretes e instrumentistas da Velha Guarda do Samba de Belo Horizonte fazem roda.

Segunda (2), às 19h “Vão dos Buracos" (2006, 1h, livre) Dir. Aline X Em "Vão dos Buracos" o tempo é marcado pela luz do sol e pelo breu da noite, até que a chegada da luz elétricaanuncia a possibilidade de uma nova rotina.

Segunda (2), às 21h Curtas Simone Cortezão "Até que Chegue o Fresco do Dia", de Simone Cortezão; "Vago Vizinho", de Simone Cortezão e Ramilson Noronha; "Subsolos", de Simone Cortezão Terça (3), às 17h "Acácio" (2008, 1h28, livre) Dir. Marília Rocha Depois de trinta anos vivendo em Angola, o etnólogo português Acácio Videira, acompanhado por sua esposa, Maria da Conceição, muda-se para o Brasil, trazendo na bagagem um extenso registro material da vida dos povos angolanos e dos colonos portugueses.

Terça (3), às 19h Curtas Maria de Fátima Augusto "Todo Dia na Rua", "Crônicas da Vida" e "Pela Noite" Terça (3), às 21h Curtas Maria de Fátima Augusto 2 "Luz da Vida Inteira", "Olhos de Mulher" e "Armazém de Imagens" Quarta (4), às 17h

Curtas Cristina Maure, Joana Oliveira e Ana Moravi “Rio de Mulheres”, de Cristina Maure e Joana Oliveira; “Diário do Não ver”, de Cristina Maure e Joana Oliveira; “Antes Pássaro, Agora Peixe”, de Ana Moravi e Dellani Lima; “Vento de Feição”, de Ana Moravi.

Neste domingo (1º), às 20h

“Quando os Yãmiy Vêm Dançar Conosco” (2011, livre, 57min) Dir. Suely Maxakali, Isael Maxakali e Renata Otto Isael e Suely são um casal Maxakali. São professores, em aldeia Verde, uma comunidade Maxakali ransferida para uma terra indígena, adquirida pela Funai em 2007, no município de Ladainha, Minas Gerais. Apesar de sua história antiga de contato com os brancos, desde o século XVI, os Maxakali mantiveram sua língua e sua relativa autonomia em relação à sociedade nacional.

Quarta (4), às 19h

“O Bagre Africano de Ataleia” (2014, 1h10, 14 anos) Dir. Aline X e Gustavo Jardim

Curtas Tania Anaya “Balançando na Gangorra”, “Castelos de

Vento”, “Ãgtux” e “Coração Tambor” Quarta (4), às 20h “Retratos de Identificação” (2014, 12 anos, 1h11) Dir. Anita Leandro Dois ex-guerrilheiros que lutaram contra a ditadura militar no Brasil se deparam, pela primeira vez, com fotografias tiradas pela polícia no momento de suas respectivas prisões. O passado retorna, com uma história de crimes que ainda não foram julgados.

Quinta (5), às 15h “Jeanne Dielman” (Bélgica, França, 1975, 3h21) Dir. Chantal Akerman Três dias na vida de Jeanne Dielman, uma mulher ainda jovem, porém viúva, que mora com o filho adolescente.

A rotina enfadonha e a clareza de pequenos gestos e detalhes dessa mulher que cuida da casa enquanto o filho está na escola e se prostitui ocasionalmente. A junção do sufocamento pela rotina com o fato dela atender aos clientes em casa conduzem Jeanne a um trágico final.

Quinta (5), às 17h “A Mulher que Amou o Vento” (2014, livre, 1h07) Dir. Ana Moravi Uma mulher vive solitária no alto de uma montanha, onde se envolve intimamente com o vento. A imagem como um vento que se lança livre na direção das coisas.

Quinta (5), às 21h (*) Cine Humberto Mauro do Palácio das Artes (av. Afonso Pena, 1.537, centro, 3236-7400). Entrada gratuita, com distribuição de ingressos 30 minutos antes da sessão.

MOSTRA DAVID CRONENBERG “Mapa para as Estrelas” (EUA, 2014, 1h41, 16 anos) Agatha Weiss chega a Los Angeles e começa a trabalhar para Havana Segrand, atriz decadente. Exibição do curta “Câmera”.

Cine Sesc Palladium (r. Rio de Janeiro, 1.046, centro, 3270-8100). Neste domingo (1º), às 19h. Entrada gratuita.

CINE SESC “O Menino da Floresta” (França, 2011, 1h35, livre) Dir. Jean-Christophe Dessaint.

No coração de uma grande floresta habitada por animais e espíritos, vive um jovem selvagem de dez anos. Um dia, para salvar seu pai ferido, o rapaz se aventura num mundo desconhecido.

Sesc Venda Nova (r. Maria Borboleta, s/nº, Novo Letícia). Neste sábado (31), às 15h. Entrada gratuita.

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sociedade

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a 6 de novembro de 2015

Paulo Bressane bressane@otempo.com.br EDY FERNANDES

Renuncie, presidente C

erta vez, escrevi uma coluna dizendo que a senhora só venceu as eleições devido à força monumental da máquina de ilusões da propaganda petista. Disse ainda que seus votos pertenceram à desinformação, ao analfabetismo, ao oportunismo, ao clientelismo, aos ávidos por benesses no poder e à utopia dos bem-intencionados, mas funcionalmente equi-

vocados. Mas, ainda assim, não quis julgá-la nos cem primeiros dias de seu governo, ao contrário, torci para que, como mulher, a senhora fosse eternizada pela força da razão e a coragem de mudar.

Pedi que trabalhasse para que seu legado jamais se perdesse com o tempo. Que não se pautasse pela ideologia do estatismo apodrecido, que exigisse uma reforma prómercado, e que mostrasse, enfim, a força de suas saias.

NÃO FOSSE A SENHORA TÃO, digamos, teimosa – para mantermos o nível nos adjetivos – certamente não estaríamos nesta situação catastrófica. Sua opção pelo socialismo com políticas intervencionistas nos levou ao abismo econômico-social. Infelizmente, a senhora abraçou a ideologia do fracasso, e se pautou pelo obscurantismo do jogo de cartas marcadas, cujos players, enxergando a derrota do time, já a abandonaram à própria sorte. Não insista em continuar tentando “estocar o vento” da discórdia, ele já se espalhou “de lá pra lá, de cá pra lá” e se transformou em um furacão devastador. Pare de se alimentar com essa falsa ideia de “golpismo”, os governos petistas foram marcados pela incompetência e manchados pelos maiores escândalos de corrupção do planeta. Chega, nos deixe respirar.

entre a gente

Associação de Diri6 Agentes Cristãos de Em-

Encontro

Rodrigo Constantino e Modesto Araújo, durante o almoço do Fórum da Liberdade

“

Basta senhora presidente, se atenha às pedaladas para o exercício físico, que têm lhe feito tão bem

RENUNCIE, SENHORA PRESIDENTE, a luta acabou.

Como era previsto, o intervencionismo ideológico populista pregado por seu partido, desde a era Lula, foi vencido pela realidade dos números. A ditadura da propina, largamente usada para se alcançar o sonho de poder eterno, foi desmascarada, e continuar dando murros em ponta de faca irá feri-la ainda mais. Lembre-se de que, citando apenas dois dos índices negativos provenientes de suas escolhas, a queda no PIB e o número de vagas de trabalho fechadas na cara do povo, foram os maiores nos últimos 25 anos. Basta senhora presidente, se atenha às pedaladas para o exercício físico, que têm lhe feito tão bem. É hora de despertar a autocrítica, de reconhecer os erros, e deixar o país seguir o rumo da liberdade. Renuncie.

presa promoveu uma edição especial do seu “Almoço Palestra”. O presidente da Uniapac Latino-Americana e ADCE Brasil, Sérgio Cavalieri, e o presidente da ADCE Minas, Sérgio Frade, falaram sobre o legado deixado pelo Congresso Mundial da ADCE/Uniapac e do Seminário Internacional de Sustentabilidade promovido pela Fiemg, realizado recentemente no Palácio das Artes. dia 11 de 6 No novembro, será realizado no Iate Tênis Clube o “Bazar de Natal” das Obras Sociais da Pampulha – OSP, entidade filantrópica que atende 190 crianças de 0 a 8 anos. Este evento visa arrecadar fundos em prol da entidade e já se tornou tradicional na nossa cidade pela sua excelência e pelo seu objetivo social.

GAROTO E GAROTA SUPER >Venda de ingressos para a última etapa do concurso está a todo vapor

CésarMenottieFabianonafinal MARCOS HERMES/DIVULGAÇÃO

Dayse A venda de Resende i n g r e s s o s para a grande final do Garoto e Garota Super 2015, que acontecerá no dia 21 de novembro, no Chevrolet Hall, em Belo Horizonte, começou nesta sexta-feira (30) e já está a todo vapor.

Neste ano, a grande atração, além dos candidatos que disputam o título de mais belos do Estado, será a dupla César Menotti e Fabiano irão.

Com sertanejo embalado por vários hits de sucesso, os mineiros prometem animar o público e a última etapa da competição.

As entradas para a arquibancada/pista são vendidas por R$ 20 (inteira) e R$ 10 (meia). Os leitores que recortarem o anúncio promocional pu-

blicado no jornal Super Notícia nas próximas semanas e apresentarem nos pontos de vendas pagarão apenas R$ 11. Mas atenção, os ingressos promocionais são limitados.

Os pontos de venda são: Chevrolet Hall, na avenida Senhora do Carmo, 230, na Savassi; Só Marcas Outlet, na avenida Cardeal Eugênio Pacelli, 1336, Cidade Industrial, Contagem; Shopping Oiapoque, na avenida Oiapoque, 156, centro, Belo Horizonte; lojas do Super Notícia, na rua da Bahia, 495, centro, Belo Horizonte, e avenida Babita Camargos, 1.645, Contagem.

Mais informações, (31) 2138-3935.

VOTAÇÃO POPULAR Enquanto o dia da final não chega, aproveite para votar nos candidatos da se-

Atração.

Dupla promete agitar a última etapa do concurso gunda fase. Dez meninos e dez meninas foram escolhidos por um júri especial.

Para eleger o seu participante preferido, basta re-

cortar e preencher as cédulas publicadas no jornal Super Notícia, marcar no cupom o número do candidato e encaminhar

ou entregar nos pontos descritos no regulamento do concurso.

Também é possível votar por meio do hotsite do

concurso, que tem acesso pelo site www.supernoticia.com.br. A votação da segunda etapa termina nesta terça (3).

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Especial

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Projeto Especial

RENATO COBUCCI/IMPRENSA MG

AGENCIA VALE/09.03.2010

DIVULGAÇÃO

Energia e Sustentabilidade

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PEDRO SILVEIRA/O TEMPO

Diantedacrisehídricaedoaumentodaemissãodegasesdeefeitoestufa, nuncafoitãourgenteinvestiremfontesenergéticasealternativassustentáveis.

EmMinase,maisespecificamente,emBH,nãoédiferente.Empresasepessoas investemcadavezmaisnessesetor.Paraexemplificar,atualmentemaisde30 milmineirosjáusamogásnatural.Aenergiasolareaeólicatambémsão apostassustentáveis.

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Especial

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IMPACTO >Índice aponta que 78% das cidades mineiras são muito sensíveis à seca ou à chuva

Altavulnerabilidade ao clima mostraurgência de mudanças EDITORIA DE ARTE / O TEMPO BETIM

SITUAÇÃO EM MINAS VULNERABILIDADE ÀS MUDANÇAS CLIMÁTICAS

Veja resultados do Índice Mineiro de Vulnerabilidade Climática (IMVC)

Vulnerabilidade

Categoria Municípios

Extrema

15%

1,76 milhão 10,6%

Muito alta

64

7,5%

0,80 milhão 24,4%

Alta

79

9,26%

1,88 milhão 30,4%

Moderada

308

36,10%

Relativamente baixa

274

32,12% 10,28 milhões 22,3%

32% A PESQUISA

45% (383)

853

das cidades têm dificuldade alta ou extrema de adaptação às mudanças climáticas

78% (666)

15% (128)

das cidades mineiras têm sensibilidade alta às mudanças climáticas

dos municípios estão em áreas mais expostas às variações climáticas

Score: cerca de 3 milhões de habitantes

Score: cerca de 2 milhões de habitantes

municípios de Minas pesquisados Desenvolvida em parceria com a Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD)

28

indicadores

Área

128

Score:

OUTROS DADOS

População

CRITÉRIOS ANALISADOS A vulnerabilidade de um território indica o grau em que ele é suscetível aos efeitos adversos do clima. O índice apresentado é formado por três componentes principais:

6,06 milhões

12,3%

dos municípios mineiros têm vulnerabilidade entre alta, muito alta e extrema

Sensibilidade (analisa o número de famílias em programas sociais, a falta de acesso a saneamento básico, problemas de drenagem, etc.)

Exposição ao clima (localização geográfica do município e características climáticas do local) Capacidade de adaptação (renda per capita do município, investimentos feitos em projetos de saneamento, sustentabilidade, etc.)

FONTE: Fundação Estadual do Meio Ambiente (FEAM)

Com o aumentodaspoLuciene pulações e do Câmara c o n s u m o , cresce anualmente a demanda mundial por energia, e, consequentemente, aumentam as emissões de gases de efeito estufa. No entanto, ao mesmo tempo que se gasta mais, pouco se investe em fontes energéticas alternativas e mais sustentáveis. O resultado são impactos ambientais que se refletem em mudan-

çasclimáticascadavezmaisseveras. Estudo inédito feito pela Fundação Estadual do Meio Ambiente(Feam),ligada àSecretaria de Estado de Meio Ambiente e Desenvolvimento Sustentável, revela que 78% dos municípios mineiros são altamente sensíveis às transformaçõesdo clima, o quecorresponde a 666 cidades, com uma população estimada de 3 milhões de habitantes.

Os dados fazem parte do Índice Mineiro de Vulnerabilidade Climática (IMVC), ferramenta inédita lançada na semana passada pelo governo doEstadoe elaborada emparceria com a Agência Francesa de Desenvolvimento (AFD).

O estudo não só mostra que Minas já sente os impactos das mudanças climáticas, com secas mais prolongadas em algumas regiões e chuvas torrenciais em outras, como também evidencia a falta de preparo dos municípios para lidar com a situação. “Precisamos de ações estruturantes de

médio e longo prazos e de outras mais urgentes que priorizemas localidades com vulnerabilidade extrema”, afirmou ogerente deenergia emudanças climáticas da Feam, Felipe Nunes.

Os 78% dos municípios que têm sensibilidade alta às variações do clima são aqueles que apresentaram baixo desempenho em ações sociais e infraestrutura, como grande número de moradores dependentes de programas de renda do governo (Bolsa Família, etc.), falta de acesso a saneamento básico e deficiências em sistemas de drenagem e cobertura do solo. “Regiões maispobresconsequentementesofremmais com asmudanças climáticas”, disse Nunes.

O índice revela ainda que 15% das cidades mineiras são extremamente vulneráveis às mudanças do clima, o que equivale a 128 localidades e 1,76 milhão de habitantes.

Em situação parecida estão outros 64 municípios (7,5%),

com vulnerabilidade muitoalta, e mais 79 (9,26%), com alta. “Os dados mostram que as mudanças climáticas já trazem impactos hoje”, completou.

Avulnerabilidadeapresentada na pesquisa é medida com base em três indicadores (veja acima), o que, na prática, aponta municípios alta-

“

Os dados do estudo feito pelo Feam mostram que as mudanças climáticas não são previsões para o futuro, elas já trazem impactos hoje

mente sensíveis, que geograficamente estão em locais com maior incidência de seca ou chuvaequepossuem baixacapacidade de adaptação.

SOLUÇÕES O IMVC faz parte do Plano deEnergiaeMudanças Climáticas do Estado e tem o objetivo de oferecer à sociedade e aosgestoresmunicipais eestaduais bases técnicas para o desenvolvimentodeprojetossustentáveis, como os que utilizemfontes de energiaalternativas. “O índice é um importante instrumento para criar políticas públicas e adaptar as cidades às mudanças do clima”, ressaltou o presidente da Feam, Diogo Franco.

A Feam também se comprometeu a fazer chamadas públicas, a partir de 2016, para a capacitação de gestores mineiros que desejarem receber apoio técnico do Estado para desenvolver projetos e políticas públicas. “Sabemos da dificuldade dos municípios

em elaborar propostas e, por isso, queremos fazer oficinas regionais. Eles podem elaborar inúmeros projetos, por exemplo, para fins de incremento da cobertura vegetal e obras de infraestrutura de painéissolareseenergia eólica”, exemplificou Franco.

Outramedida foi o lançamento, junto com o IMVC, de edital do Banco de Desenvolvimento de Minas Gerais (BDMG) que disponibiliza uma linha de crédito no valor de R$ 50 milhões para financiar projetos de infraestrutura voltados para questões climáticas e para a universalização deserviços básicos.Um dos critérios a serem avaliados é a posição do município no IMVC. SERVIÇO. Os municípios interessados em obter recursos da linha crédito do BDMGdevempreencherformuláriodisponível no sitewww. bdmg.mg.gov.br até 15 de dezembro. L

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Especial

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SOLUÇÃO> Fontes menos poluentes e renováveis, como os biocombustíveis, ainda são pouco usadas

Sustentabilidade é o caminho O que o consumo Luciene de energia Câmara t e m a v e r com as mudanças climáticas? Pouca gente associa, mas a escolha da fonte de combustível em casa, no carro ou na indústria interfere diretamente no meio ambiente e na qualidade de vida.

“Um dos maiores fatores da alteração do clima é a emissão de gases de efeito estufa”, expli-

ca a engenheira de energia da Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam), Morjana Moreira dos Anjos.

Por isso, cada setor da sociedade pode e deve buscar fontes mais sustentáveis. O gás natural, por exemplo, extraído de estruturas geológicas sedimentares e obtido da decomposição de plantas e animais, é um combustível fóssil, mas considerado mais limpo e menos poluente que o gás lique-

feito de petróleo (GLP) – o vendido em botijões e usado para cozinhar – e os óleos combustíveis – óleo diesel, por exemplo.

Há, também, as fontes renováveis, como o biogás (extraído de lixo orgânico na superfície), a energia eólica (do vento) e a solar, que são as mais sustentáveis, porém, ainda pouco exploradas em Minas e no Brasil. O Vale do Jequitinhonha, por exemplo, uma das regiões com o maior

índice de vulnerabilidade às mudanças do clima – segundo o Índice Mineiro de Vulnerabilidade Climática (IMVC), do governo do Estado –, tem radiação solar mais forte e, consequentemente, potencial para a produção de energia solar.

“Se houvesse investimento nessa área, seria uma forma de tornar a região menos suscetível aos efeitos das mudanças do clima”, avaliou Morjana.

RENATO COBUCCI / IMPRENSA-MG - 13.11.2013

MAIOR DEMANDA Atualmente, as fontes de energia mais utilizadas no Estado são o petróleo, o gás natural e derivados, com 37,5%, segundo o Balanço Energético de Minas de Gerais, divulgado pela Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig) em 2013 (último levantamento).

Em seguida, vêm a lenha e derivados, com 20,3%; a energia hidráulica, com 14,7%; deriva-

dos da cana-de-açúcar, com 13,3%; carvão mineral e derivados, com 11,5%; solar e eólica, com 1,8%; e outras fontes, como biodiesel, com 0,8%.

Segundo a especialista, a adoção de fontes de energia mais sustentáveis ajudaria a reduzir a vulnerabilidade do Estado e os impactos ambientais, sociais e econômicos. Veja abaixo quais são as fontes renováveis:

LEO FONTES / 23.11.2009

BIOCOMBUSTÍVEIS Diferentemente dos combustíveis de origem fóssil (extraídos do seio da terra) e não-renováveis, os biocombustíveis são fontes renováveis e mais sustentáveis, produzidas por meio de lixo orgânico, como cascas de frutas e verduras e excrementos de animais. Exemplos são o biogás e o etanol (feito por meio da cana-de-açúcar). As variações climáticas, entretanto, podem interferir e até prejudicar a produção desse tipo de produto.

Em Minas, o governo busca incentivar a produção da bioquerosene de macaúba, planta nativa que gera combustível com forte potencial energético para a aviação.

DIDA SAMPAIO/AE - 11.06.2001

EÓLICA

SOLAR É obtida por meio de painéis solares fotovoltaicos, geralmente feitos de silício. A luz do sol atinge os painéis e automaticamente é convertida em eletricidade.

Especialistas garantem que essa energia limpa é acessível, barata e eficiente. Em Minas, é produzida por alguns consumidores individuais, mas ainda é pouco usada. Em Pirapora, no Norte de Minas, será construída a primeira grande usina fotovoltaica (além da que já existe no Mineirão, na capital), com cinco parques de energia. Ainda não há previsão para o início da operação.

DP/ AFP PHOTO - 2.7.2011

É produzida por meio de cataventos que transformam os ventos captados pelas pás em energia elétrica. É uma forma de energia limpa e ainda pouco utilizada, devido, principalmente, ao seu impacto visual e sonoro e das interrupções de ventos, que nem sempre sopram quando há necessidade de energia. Em Minas, ainda é pouco desenvolvida. Há uma usina de geração distribuída em Iturama, no Triângulo Mineiro, com produção de 156 kWp, o que é considerado quase irrisório. Porém, a técnica é incentivada no Plano de Energia e Meio Ambiente de Minas.

REPRODUÇÃO YOUTUBE

PLANTAÇÕES

MARÉS

Um arrozal capaz de produzir eletricidade dia e noite para uma aldeia isolada da Ásia é um sonho que toma forma na Holanda. A tecnologia é baseada na fotossíntese. A planta produz matéria orgânica e o excedente emerge do solo através das raízes. Com eletrodos de carbono perto das raízes, “são coletados” os elétrons e é possível gerar corrente elétrica. A vantagem desse sistema em comparação com o eólico ou o solar é que ele funciona mesmo durante a noite e quando não há vento.

Capta-se a força das ondas por meio de uma turbina, e a energia elétrica é produzida por um gerador.

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Especial

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GÁS NATURAL> Muito usado na cozinha de casas e restaurantes, fonte já é opção de 3 mil mineiros PEDRO SILVEIRA / O TEMPO. 10.11.2009

Mais limpo, seguro e econômico Na tentativa de buscar fontes de energia Luciene mais sustentáveis, o Câmara gás natural é uma das opções em uso atualmente. Assim como o gás liquefeito do petróleo (GLP) – muito usado como gás de cozinha –, é um combustível fóssil (extraído do subsolo ou do fundo do mar) e não renovável (advindo de plantas e animais em decomposição). A diferença é que se trata de uma fonte energética mais limpa, pois emite menos poluentes na atmosfera.

Atualmente, 3.030 mineiros fazem uso do gás natural no Estado, sendo 2.647 residências, 201 comércios, 112 indústrias, duas termelétricas, 61 postos de combustíveis, entre outros.

A engenheira de energia e analista ambiental da Gerência de Energia e Mudanças Climáticas da Fundação Estadual do Meio Ambiente (Feam), Morjana Moreira dos Anjos, acredita que o gás natural é uma alternativa para transição a curto prazo. “É uma opção mais limpa frente a outros combustíveis fósseis, como óleo diesel e gasolina. Segundo a União Internacional de Gás, ele gera, em média, de 20% a 30% menos CO2 (dióxido de carbono) quando compara-

Rede. O gás

natural que chega até Minas vem do Rio de Janeiro e da Bolívia

do a outros combustíveis”, afirma.

Ela ressalta, também, a importância de se investir, como solução a longo prazo, nos biocombustíveis e outras fontes renováveis.

Benefícios. Por ser um combustível mais limpo, o gás natural também é aprovado por aumentar a vida útil dos equipamentos. “Além de ser um produto que tem menor impacto ambiental, traz um grau de limpeza muito grande em comparação com a lenha ou o óleo combustível. Isso traz facilidade operacional e tem gerado boa aceitação no mercado”, afirma o gerente de meio ambiente da Federação das Indústrias do Estado de Minas Gerais (Fiemg), Wagner Soares Costa. Outra vantagem que atrai usuários é o fator financeiro. Para os consumidores do gás natural veicular (GNV), após os últimos reajustes do etanol e da gasolina, a economia pode chegar a 50%.

O tenente da Divisão de Pesquisa do Corpo de Bombeiros, João Gustavo de Souza Cruz, explica que o gás natural também é mais seguro, por ser menos denso em relação ao GLP. “Ele tende a se dissipar mais no espaço e oferece menor risco de explosão. Além disso, é canalizado e não precisa ser armazenado em botijões, o que é um risco a menos para o consumidor”, explicou o tenente.

“

O aquecimento global e os recordes de calor chamam a atenção das pessoas para a consciência ecológica. Nesse contexto, o gás natural é um combustível que reduz a poluição e os impactos ambientais CHARLES SILVA DUARTE/ ARQUIVO

100

Como tudo iniciou

milhões de m³/dia é a atual produção nacional, segundo último balanço do governo federal

Instalação da rede de transporte de gás segue norma rígida de segurança

Apesar de já existir na natureza há milhões de anos, o gás natural só começou a ser usado pelo homem cerca de mil anos antes de Cristo. O primeiro uso registrado na história ocorreu na China, onde o gás era distribuído por meio de um sistema de bambus e utilizado principalmente para iluminação.

No Ocidente, o gás natural foi descoberto pelo cientista italiano Alessandro Volta. Segundo relatos, ele caminhava pelas margens do Lago Maior, no norte da Itália, quando percebeu por acaso que, agitando as águas de um pântano com uma vareta, era possível ver bolhas que exalavam um gás inflamá-

vel. No século XVIII, foram definidas pela ciência as características dos gases inflamáveis. Alessandro Volta e outros cientistas identificaram o metano, principal elemento da constituição do gás natural.

A exploração comercial começou em 1820, com a descoberta de uma jazida na Pensilvânia (EUA).

Em 1930, foram descobertas outras jazidas, o que incentivou pesquisas sobre os melhores equipamentos para exploração e distribuição. Outro avanço ocorreu com as grandes jazidas no Mar do Norte, em 1965. Calcula-se que a reserva mundial de gás natural hoje seja de cerca de 150 trilhões de m³.

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Especial

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EDITORIA DE ARTE / O TEMPO

ENTENDA

ONDE PODE SER USADO DIFERENÇA PARA:

É um combustível fóssil encontrado em estruturas geológicas sedimentares, como no subsolo ou no fundo do mar. Associado ou não ao petróleo, é uma fonte esgotável e não renovável. Sua origem vem da decomposição de plantas e animais, resultado de um processo de milhões de anos.

IMPORTANTE: Além de mais econômico, o gás natural polui menos e apresenta maior eficiência calorífica.

É obtido por meio de lixo orgânico, como cascas de frutas e verduras e excrementos de animais, que são convertidos em gás. É um combustível renovável.

ELEMENTOS Metano/ 89% Etano/ 6%

C4+/ 1%

COMPOSIÇÃO

Indústrias

É um subproduto do petróleo usado principalmente para cozinhar.

CO2/ 1,5% N2/ 0,7%

Comércio

Gás Liquefeito de Petróleo (GLP):

Propano/ 1,8%

O gás natural é formado por uma cadeia de hidrocarbonetos, compostos químicos formados basicamente por átomos de carbono e hidrogênio. O componente principal do gás natural é o metano (CH4). O restante de sua composição é formado por pequenas parcelas de etano, propano e outros hidrocarbonetos de maior peso molecular. O que faz dele um combustível menos poluente é o fato de apresentar como produtos de combustão, além de vapor d’água e dióxido de carbono, baixos índices de óxidos de enxofre e fuligem.

Residências

Biogás:

O QUE É O GÁS NATURAL

Veículos

CARACTERÍSTICAS

Geração e cogeração de energia

O gás natural é incolor e inodoro em seu estado natural. O cheiro característico (mistura de mercaptana) é inserido em sua composição para facilitar a identificação de eventuais vazamentos.

TRANSPORTE E DISTRIBUIÇÃO

MAPA DE DISTRIBUIÇÃO

Rio de Janeiro Boa parte do gás distribuído em Minas vem da bacia de Campos, no Rio de Janeiro, por meio do gasoduto de transporte Gasbel

Bolívia A outra parte vem da Bolívia, por meio do gasoduto de transporte Gasbel

VANTAGENS E BENEFÍCIOS O consumidor só paga pela energia efetivamente consumida, e o fornecimento é controlado A tarifa é escalonada, ou seja, quanto maior o volume contratado, menor será o preço médio da tarifa O pagamento só é efetuado após o consumo O consumo global de energia é reduzido O custo de instalação é mais baixo que o custo total de instalações elétricas O combustível é limpo e isento de enxofre, o que aumenta a vida útil dos equipamentos De todos os combustíveis utilizados atualmente, o gás natural é um dos menos poluentes, dispensando, desse modo, equipamento de filtragem dos gases combustíveis.

Os gases gerados na combustão são limpos e podem ser lançados diretamente na atmosfera

FONTE: PESQUISA DIRETA

Sua densidade relativa é igual a 0,6. Isso significa que ele é mais leve que o ar e, em caso de vazamento, sobe para a atmosfera rapidamente, garantindo maior segurança O gás natural é inflamável apenas quando atinge temperaturas superiores a 622ºC, o que dificulta qualquer tipo de queima acidental Diferentemente do gás de cozinha (GLP), o gás natural não é explosivo. Se houver combustão, ele manterá a chama sem explosões até que seu suprimento se esgote O gás chega através de tubulações, dispensando manuseio de botijões e controles diários. Assim, aumenta-se a área útil do estabelecimento, pois o gás não precisa ser estocado Há redução do custo de seguro, transporte e armazenagem. O gás natural é canalizado, sendo acessível pela simples abertura de válvulas

PEDRO SILVEIRA O TEMPO

Através desses extensos gasodutos subterrâneos, o gás chega até as estações de recebimento de gás (ERG), de onde partem as redes de distribuição de gás natural que irão levá-lo até os clientes em diversas regiões do Estado

TABELA DE CONVERSÃO DE COMBUSTÍVEL Quantidades equivalentes ao m³ de gás natural

Combustível

PCS (kcal/kg)

PCI (kcal/kg)

Densidade (kg/m³)

Eficiência queima

Fator de conversão ersão

Óleo combustível A 1

10.000

9.500

1.000

0,90

1,00

Gás Liquefeito de Petróleo (GLP)

11.850

11.000

550

0,95

1,25

Óleo diesel

10.750

10.100

840

0,90

1,08

Carvão vegetal

6.900

6.460

250

0,85

0,66

Lenha mista

3.330

3.100

345

0,75

0,28

Carvão mineral 6.000

6.000

5.700

-

0,70

0,47

Carvão mineral 4.500

4.500

4.250

-

0,70

0,35

Coque de petróleo

9.140

8.390

-

0,85

0,87

GASODUTOS

Utilização: Multiplique a quantidade em kg do combustível em análise pelo FATOR de CONVERSÃO para obter a quantidade equivalente em m³ de gás natural.

Exemplo:

Se o consumo atual de GLP é de

100.000 kg/mês

100.000 x 1,25 125.000m³

por mês de gás natural.

São sistemas especiais de tubulação que possibilitam o transporte rápido e seguro do gás natural

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Especial

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BELO HORIZONTE 31 de outubro

a 6 de novembro de 2015 ALEXANDRE C MOTA/ 04.11.2004

Vantagens. Além do benefício ambiental, motoristas que optam pelo gás natural veicular chegam a economizar entre 30% e 50% no abastecimento em comparação com a gasolina

EXPERIÊNCIA> Muitos belo-horizontinos já optam por fonte mais sustentável e aprovam eficiência

Comredeemexpansão,cresce consumodogásnaturalemBH Paraqueogás natural possa ser usado na cozinha, nos veículosouna indústria, ele precisa de uma rede de distribuição, recurso queestáemexpansãoemMinas.EmBeloHorizonte,oserviço começou a ser ofertado para residências e comércio em 2013, nos bairros Santo Agostinho e Lourdes, na região Centro-Sul. Em 2014, chegou a parte do Buritis, na região Oeste, e, em agosto desteano,aoSioneaoCruzeiro,tambémnaregiãoCentroSul,eaoViladaSerra,emNova Lima, naregião metropolitana.Até 2018, a Companhia de Gás de Minas Gerais (Gasmig) pretende alcançar 80 milclientesna capitaleemcidadesdo entorno.

Os locaisjá atendidos têm como principal característica a verticalização, onde construtoras optam pelo sistema canalizado como forma de aproveitar espaços dentro e foradosapartamentos.OcondomínioLePremierefoiopriLuciene Câmara

meiro a adotar o modelo no ViladaSerra.São130apartamentosemumprédiocom24andares. “A área onde antes funcionava a central de gás para estocagemdecilindrosdegásliquefeitodepetróleo(GLP)foitransformada em jardim e rampa”, conta um dos supervisores de obrasdo edifício, Igor Valente.

Dentro dos apartamentos, o produto também tem atendido à exigência dos consumidores.“Oprédioénovo,temoscercade 60% deocupação no momento, e estamos satisfeitos com a eficiência do gás”, afirmou a síndica Eliane Nacif.

A economia média do gás natural em relação ao GLP é de 21%seconsideradoumcondomínioqueconsome gásapenas para cocção e de 24% para aqueles que usam na cozinha e também para aquecimento de água.

“

Com o gás canalizado, o condomínio ganhou mais espaço de lazer

Taxistas aprovam GNV ALEX DOUGLAS / DIVULGAÇÃO

“

Vale a pena do ponto de vista econômico e, também, ambiental ALEX DOUGLAS / DIVULGAÇÃO

O taxista Geovanini Faedda economiza cerca de R$ 700 por mês usando o gás natural

Igor Valente mostra como a rede de gás ocupou pouco espaço

Atualmente, existem cerca de 2.000 táxis movidos a gás natural veicular (GNV) em Minas Gerais. Desses, aproximadamente 1.500 estão em Belo Horizonte, o que representa 21% da frota da capital. O Sindicato Intermunicipal dos Condutores Autônomos de Veículos Rodoviários, Taxistas e Transportadores Rodoviários Autônomos de Bens de Minas Gerais (Sincavir-MG) infor-

mou que busca parcerias para desburocratizar a implantação do sistema e aumentar a adesão.

“Além de uma economia de cerca de 30% no abastecimento do combustível, estamos ajudando na sustentabilidade do planeta”, disse o diretor-presidente do SincavirMG, Ricardo Luiz Faedda. O custo da instalação dos cilindros de GNV nos táxis tem saído na faixa de R$ 4.000.

“Compensa, porque a economia no abastecimento cobre o capital investido e dá retorno”, afirmou.

Taxista há 23 anos, Geovanini Faedda, 55, foi um dos primeiros a adotar o GNV, em 1995. Ele disse que a economia atual, em comparação com a gasolina, chega a R$ 700 por mês. “Para mim, foi uma troca benéfica”, concluiu.

(LC)

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Especial

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EXEMPLO>Feira reuniu restaurantes em praça de BH e usou gás natural na preparação dos pratos

Evento gastronômico sai na frente em sustentabilidade MOISES SILVA / ARQUIVO 3.10.2015

O uso do gás natural gaLuciene nhou as ruas Câmara de Belo Horizontenosdias 3 e 4 de outubro, durante o Gastronomia na Praça, realizadonapraça doPapa.O festival lançou moda ao utilizar, pela primeiravezem eventos desse porte, a fonte para o preparo de todos os alimentos servidos no local. “A alternativa se mostrou mais sustentável,ecologicamentecorreta,ebemmaiseconômica”, afirmouoorganizadordaatividade, Cristiano Rocco.

Segundoele, foimontada uma central de distribuição do gás natural na praça, com cilindros e técnicos para dar apoio.Os20restaurantesparticipantesdafeiratambémlevaram fogões industriais com adaptadores. “Os chefs puderam ter um contato mais próximo com essa fonte de energia e demonstraram grande interesse”, comentou o organizador.

Alémdisso,ainiciativatambém chamou a atenção da população para o uso de combustíveis mais sustentáveis. A estimativa é que 22 mil pessoas tenham passado pelo Gastronomia na Praça deste ano, que completou sua terceira edição em Belo Horizonte.

“A população ainda não tem muito conhecimento sobre o gás natural, então, e foi bom para disseminar informação”, completou. Ele diz que pretendeusarogásnaturalnas próximas edições da feira.

“Acredito que um evento em praçapúblicadevecausaromínimo de impacto ambiental possível, por isso tivemos essa ideia”.

SUSTENTÁVEL Com sua primeira edição em 2013, o Gastronomia na Praça surgiu como uma forma dedemocratizar o acessoà alta gastronomiae,aomesmotempo, propor ações sociais e de sustentabilidade. Para participar do evento, é preciso doar

ALGUMAS DICAS s Quem quer mudar de atitude pode se atualizar sobre as novas tecnologias e as fontes sustentáveis;

Na praça.

Chefs de cozinha e visitantes do festival puderam conferir de perto o uso do gás natural

s 0 Adotar ferramentas como lâmpadas eficientes (LED), reguladores de vazão de água, aquecedor solar, etc.; s 0 Escolher eletrodomésticos que têm baixo consumo; s 0 Dar preferência a produtos com selo de desempenho.

alimentos. Só neste ano foram arrecadadas 40 toneladas, que serão usadas no projeto Chefes doBem, grupo de profissionais de gastronomia que se reúne para preparar alimentos para moradoresderua,entreoutras ações. “Considero que é um eventoquegerasustentabilidade em todos os sentidos, além de empregos diretos e indiretos”, conclui Rocco.

Gigante na produção de energia Não só de jogos e gols “vive” o Mineirão. Desde que foi reformado para a Copa do Mun-

RENATO COBUCCI/IMPRENSA-MG

1.500 residências podem ser abastecidas com usina

Usina no estádio do Mineirão gera 1.825 megawatts/ hora

EXPEDIENTE Gerente comercial: Alessandra Soares Coordenador de projetos especiais: Tadeu Campos Editora de projetos especiais: Dayse Resende Diagramação e infografia: André Luiz Barros Silva e Márcia Bergo Textos: Luciene Câmara Revisão: Naísa Gécida / Este caderno é parte integrante do jornal Pampulha e não pode ser vendido separadamente

do de 2014, o gigante da Pampulha, na capital, conta com uma usina fotovoltaica capaz de gerar 1.825 MWh (megawatts/hora), o suficiente para abastecer cerca de 1.400 residências de médio porte.

A usina possui aproximadamente 6.000 módulos fotovoltaicos na cobertura do estádio. “É uma das maiores instaladas em arenas esportivas do mundo”, afirma o gerente-técnico do Mineirão, Otávio Goes. A potência é de 1,42 MWp (megawatts/pico).

O local ainda conta com duas subestações próprias e redes de alimentação exclusivas, conectadas ao sistema da Companhia Energética de Minas Gerais (Cemig). A energia elétrica gerada é injetada na rede da Cemig, na subestação de alimentação do estádio, se misturando à energia elétrica de outras duas redes da Cemig que atendem ao Mineirão.

ECONOMIA Como a energia gerada é jogada na rede Cemig, o Mineirão realiza o consumo normal de energia da rede.

No fim de cada mês, é feito um encontro de contas (energia consumida menos energia gerada).

“O investimento para a viabilização da usina foi de cerca de R$ 10,5 milhões. A manutenção é realizada pela Cemig”, explicou Goes. O estádio poupa energia de outras formas, como no uso controlado da energia elétrica e na especificação de equipamentos eficientes.

Esses procedimentos renderam ao Mineirão o selo LEED Platinum da GBC – Green Building Council (Construindo um Futuro Sustentável) –, ONG que busca fomentar a indústria de construção sustentável. (LC)

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estilo

TRANÇADO>Saiba como usar o penteado que será tendência nas madeixas na próxima estação LECA NOVO/DIVULGAÇÃO

Rapunzel No salão Tif’s, em BH, as apostas do verão são torcidinhos, rabos e tranças espinhais, segundo a sócia Ana Assis; a modelo Norah Lapertosa usa make e hair de Léo Batista MARCELO SOUBHIA/FOTOSITE

PAULO REIS/FOTOSITE

PAULO REIS/FOTOSITE

Tranças rastafári da Colcci no desfile de verão 2016

Estilo Rapunzel na beleza de Fernanda Yamamoto, no SPFW

Beleza do desfile da PatBo com minitranças embutidas

Quer saber qual foi a protagonista das últimas semanas de moda? A trança. Nenhum penteado fez tanto sucesso quanto elas. Atemporais, voltam com um novo fôlego e propostas diferenciadas para amenizar os dias de calor.

Uma das apostas que promete vingar de vez é a versão embutida, que relembra o cabelo estilo hiphop, lá dos anos 90, chama-

da Yamamoto, também durante a temporada paulistana de inverno 2016, usou e abusou do penteado. Foram 35 tranças desfiladas na passarela, em várias versões diferentes, criadas por Marcos Costa, responsável pela beleza do desfile.

Elas surgiram também em modelos mais românticos, mais soltinhas, bem estilo Rapunzel. Outra aposta são as minitranças por cima dos fios ou de um rabo de cavalo, meio rastafári. Um dos mais comentados, entretan-

de sol.

“As tranças chegam ao verão para compor um look prático e rápido. Também é uma ótima opção quando surgir um compromisso de última hora, como um happy hour”, explica.

Lorena K. Martins

da agora de “cornrow”.

Surgiu também o modelo moicano, no alto da cabeça, sugestão ótima para o penteado festivo. Elas foram sucesso, inclusive, no desfile de inverno 2016 da PatBo, durante o último São Paulo Fashion Week (SPFW), repeteco da Colcci, Lilly Sarti e Água de Coco, que apostaram na mesma beleza no ano passado como tendência para este verão.

Outras marcas também foram responsáveis pelo retorno da tendência. Fernan-

to, foi uma coroa de trança que dá volta na cabeça, opção para substituir o coque básico. Os modelos são ideais para arriscar em casa como uma nova forma de penteado. Chega daqueles fios lisos e sem graça, né?

De acordo com o beauty artist Washington Rodrigues, do Camilla Silva Beauty House, por mais que a temporada de inverno tenha reforçado o hit do penteado, ele é uma ótima opção para aderir desde já para deixar a nuca fresca durante os dias

PREPARAÇÃO Vale ressaltar que, para aderir ao visual, os fios precisam estar o mais soltos possível. O truque é simples. “Contamos com o xampu seco no momento do preparo do cabelo, que vai tirar o excesso

de oleosidade e criar textura para facilitar a modelagem da trança”, conta.

Para quem tem fios muito lisos, o truque sugerido pelo beauty artist é simples: “utilize mousse ou spray para dar forma e textura aos fios. Assim, é possível criar inúmeros penteados, como o coque, o rabo de cavalo e as tranças laterais, para as mais românticas”, disse. Para aderir, selecionamos o passo-a-passo de alguns modelos hits a seguir. Confira na página 32.

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estilo

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NÉCESSAIRE

Passo a passo das tranças FOTOS LEO FONTES

O beauty artist Washington Rodrigues, do Camilla Silva Beauty House, faz um tutorial de como aderir aos principais penteados de tranças inspirados nas passarelas brasileiras. Para isso, a modelo Eduarda Mello, da Woll Agency, empresta sua beleza. Anote os passos e se jogue no visual da temporada.

Um penteado não fica com acabamento tão perfeito se não tiver uma ajudinha milagrosa dos finalizadores. Aproveite o mood das tranças para abastecer a penteadeira com os produtos a seguir e arrasar no penteado.

6 ParaEstilizar criar mais textura, o surf breeze é ideal para usar nos cabelos secos e amassar as mechas com as mãos Quanto R$ 47,90 Onde thebeautybox.com.br

TRANÇA LATERAL Primeiro passo Com o cabelo partido de lado, faça uma trança embutida grossa. Do outro lado, deixe uma mecha de quatro dedos de largura acima da orelha e faça outra trança.

Segundo passo Com o resto do cabelo, faça um rabo de cavalo lateral e simples.

Terceiro passo Una as duas tranças e o rabo, formando uma terceira trança.

O penteado tem um aspecto bastante leve e romântico.

TRANÇAS COM EFEITO HIP-HOP Primeiro passo Divida o cabelo de orelha a orelha e, com a parte da frente, faça quatro tranças de três pontas.

Segundo Passo Faça um rabo de cavalo alto, unindo as quatro tranças.

Utilize um elástico e o esconda-o utili-

zando uma fina mecha de cabelo ao redor dele.

Terceiro Passo O rabo pode ganhar tranças aleatórias, de vários tamanhos, espessuras e comprimentos para deixar o look mais despojado.

OUTRAS VARIAÇÕES Efeito Rapunzel Divida o cabelo ao meio e também de orelha a orelha.

Faça uma trança de cada lado e una com a parte de trás, fazendo outra trança de três pontas. Prenda a trança com elástico. Deixe a trança mais solta para contribuir com o aspecto “podrinho”. Outra opção é o coque com tranças por cima do cabelo. Pode-se utilizar um spray de fixação média para finalizar e criar a textura.

Pomada para fixar e 6 Modelar sustentar o penteado, sem tirar a maleabilidade do cabelo ou deixálo pesado ou oleoso. Para usar nos fios secos e limpos Quanto R$ 34,90 Onde acquafloracosmeticos.com.br

6 Acabamento Pó modelador a seco, que proporciona volume extra com efeito mate, para o penteado.

Use na raiz dos fios Quanto R$ 45 Onde batiste.com.br

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direção

VOLVO/DIVULGAÇÃO

Serviço

Postura correta ao volante traz conforto e segurança ao motorista ... Página 37

FOTOS PEDRO BICUDO/PEUGEOT/DIVULGAÇÃO

Desenho Novo visual se concentra na dianteira do hatch médio

LANÇAMENTO>Renovado, Peugeot 308 tem a relação custo-benefício como argumento de venda

Opção de mais por menos A Peugeot lançou o renovado 308.

O hatch médio passou por uma reestilização e discretas mudanças mecânicas. A chegada do modelo faz parte do plano de reposicionamento da linha da marca francesa, que começou no ano passado, com o lançamento do hatch compacto 208. Agora, a Peugeot foca apenas os modelos premium, abrindo mão de brigar entre as versões de entrada, como já fez com o 206, que chegou a ser vendido, inclusive, com motor 1.0.

As mudanças no viFelipe Boutros*

sual tentam aproximar, pelo menos visualmente, o 308 vendido no Brasil com o que é comercializado na Europa. Mas vale lembrar que o que nós temos em nosso mercado, na verdade, já circula no Velho Continente desde 2007 – e ganhou nova geração em

EM DETALHES Economia A versão 1.6 agora é equipada com o Gear Shift Indicator (GSI), um indicador do melhor momento para trocar a marcha.

Desempenho O propulsor 1.6 tem 122 cv de potência a

2013. Por aqui, ele desembarcou apenas em 2012 e ganha, agora, o seu primeiro facelift. A Peugeot até cogita vender o 308 europeu no Brasil, sem descartar o atual, o posicionando em um segmento superior, para rivalizar, por exemplo, com os modelos de en-

5.800 rpm quando abastecido com etanol, e torque máximo de 16,4 kgfm a 4.000 rpm. Ao se utilizar gasolina, a potência é de 115 cv a 6.000 rpm e 15,5 kgfm de torque. Ele tem sistema que dispensa o tanque de partida a frio

trada das marcas alemãs.

Mas a atual situação do mercado fez os franceses colocarem esses planos em pausa.

Com uma plataforma envelhecida em relação aos dois principais produtos do segmento – Ford Focus e Volkswagen Golf –, a Peugeot aposta na relação custo-benefício para atrair clientes. De acordo com executivos da marca, o 308, quando comparado aos outros hatches médios, custa mais barato quando os concorrentes estão com o mesmo nível de equipamentos. * Viajou para o Guarujá (SP) a convite da Peugeot

EM DETALHES

Melhorias Motor THP 1.6 combina turbocompressor com injeção direta de combustível; flex, ele rende até 173 cv quando abastecido com etanol.

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FOTOS PEDRO BICUDO/PEUGEOT/DIVULGAÇÃO

LANÇAMENTO>Propulsor é destaque da linha

Motor THP é eficiente A configuração de entrada do Peugeot 308 é Allure 1.6 com câmbio manual de cinco marchas. Com preço de R$ 69.990, ela traz de série seis airbags, ABS com repartidor e auxílio de frenagem de emergência, Isofix para retenção de cadeiras infantis, sensor de estacionamento traseiro, faróis de neblina, luzes diurnas (DRL) em LED e retrovisores com piscaalerta integrados. Há também ar-condicionado de duas zonas, teto panorâmico, acionamento automático do farol e do limpador de para-brisa, regulador e limitador de velocidade e central multimídia com tela sensível ao toque de sete polegadas, com possibilidade de espelhamento do smartphone tanto para os equipados com Android quanto para os com iOS, entre outros.

A versão intermediária é a Allure 2.0 com câmbio automático – de seis marchas –, tabelada em R$ 75.990. A única diferença em relação à configuração de entrada é a adição de controle de estabilidade.

A top de linha é a Griffe. Ela é equipada com o motor THP 1.6 turbo com injeção direta de combustível que, agora, é flex.

Além de todos os equipamentos presentes nas versões anteriores, ela acrescenta sensor de estacionamento dianteiro e câmera de ré. Há também bancos em couro perfurado e rodas diamantadas de 17 polegadas. O sistema multimídia ainda agrega naveFelipe Boutros

gação por GPS. VISUAL As principais mudanças no desenho do 308 se concentram na dianteira, que adotou a identidade que a Peugeot passou a utilizar em seus modelos. A nova grade chama a atenção, com o nome da marca gravado acima do leão que a representa. Os faróis têm novo desenho interno e máscara negra.

A frente também integra um novo para-choque, que possui na área inferior uma grade em acabamento preto que atravessa todo o veículo para destacar sutilmente sua largura. A peça abriga as luzes diurnas em LED e os faróis de neblina, ambos itens de série desde a primeira versão. Rodas de 17 polegadas também estão presentes em todas as configurações. Na traseira, as lanternas também são novas e em LED. Por dentro, as principais novidades do 308 são o painel de instrumentos – com nova grafia – e modificações em sua estrutura interna e na densidade na espuma.

MECÂNICA Todas as versões ganharam suspensão revista com novas articulações associadas às novas calibrações nos amortecedores dianteiros e traseiros. Mas a top de linha Griffe é que tem mais novidades. O motor 1.6 THP agora é flex e rende até 173 cv de potência quando abastecido com etanol. O torque máximo, de 24,5 kgfm, já aparece a 1.400 rpm, permanecendo constante até 4.000 rpm. O câmbio também é novo.

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Démodé Saídas de escape falsas têm gosto duvidoso

Embora também seja automático de seis marchas, como o da versão Allure, ela é denominada EAT6.

A versão recebeu algumas modificações que visam a economia de combustível. Uma delas e a adoção da função Eco, que, quando acionada, muda o mapeamento do motor e o tempo para as passagens de marchas. As relações do câmbio foram alongadas em 11% e a calibragem do acelerador foi suavizada, entre outras mudanças.

Há também a função RDT (Redução de Tração), que diminui as vibrações em marcha lenta quando a transmissão se encontra na posição Drive e que também o consumo de combustível em uso urbano até 1%.

IMPRESSÕES No test drive de lançamento, andamos na versão top de linha do 308. O teste seguiu pelas boas rodovias de São Paulo, onde o bom torque, aliado ao novo câmbio, permitiu ao motor sempre trabalhar com rotações mais baixas, contribuindo para reduzir o consumo e o silêncio a bordo. Este, aliás, é um dos pontos fortes do modelo: o nível de ruídos no interior é baixíssimo. O desempenho é elogiável O painel é bem-acabado, com material emborrachado. Os bancos são confortáveis e a posição de dirigir é fácil de encontrar.

Justiça seja feita, apesar do envelhecimento técnico do 308 frente a alguns concorrentes, o conjunto formado pelo motor THP e o câmbio EAT6 é um dos mais eficientes do segmento.

Visual

Desempenho

Força

17

151

173

polegadas é o tamanho das rodas que equipam todas as versões; acabamento varia.

cavalos é a potência do motor 2.0 da versão intermediária; o torque é de 22 kgfm

cavalos são gerados pelo motor THP 1.6 turbo; o torque é de 24,5 kgfm.

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LEGISLAÇÃO>Transportadores escolares irão ganhar mais tempo

INTER CÂMBIO

Cadeirinhas adiadas Raimundo Couto

raimundocouto@otempo.com.br

Minha filha é penta

G

eralmente, quando usamos este espaço para que experiências pessoais possam ser relatadas, a repercussão é grande. E assim foi quando falamos sobre as agruras pelas quais passam os candidatos à carteira de motorista. Nesse sentido, recebemos um e-mail do empresário Vinicius Pompeu, que nos conta o périplo de sua filha Mariana na busca da permissão para ir e vir dirigindo.

“Foram quatro tentativas, e finalmente, aos 45 minutos do segundo tempo, a glória. Depois de quase um ano (faltavam três dias para o fim do prazo), Mariana passou no exame de rua. Ganhou o tão esperado carimbo de aprovada. Foram mais de 60 aulas e muito estresse após cada reprovação, e a carteira de habilitação foi o troféu ao calvário em duas autoescolas ao longo de 362 dias. E agora? Está apta a dirigir pelo mundo afora? Dois meses se passaram depois da aprovação, e começo a sentir mais segurança na minha filha para dirigir (já pegou até estrada). Mas, para isso, tive que fazer a função de pai apaixonado e dar algumas aulas e dicas que nenhuma autoescola ensina.

Tirei minha carteira em 1986. Os tempos eram outros; a exigência de cinto de segurança, a Lei Seca e, agora, a obrigatoriedade de ABS nos veículos passavam longe dos órgãos de trânsito. Aprendi a dirigir nas famosas Brasílias, sem direção assistida, ar, ABS e, geralmente, com folga no volante. Aprendi a fazer baliza no meio de carros, a entrar e sair E agora? Está de uma garagem, estaapta a dirigir cionar em estacionamentos fechados e recepelo mundo bi muitas dicas de um afora? profissional que, com 20 aulas, me fez passar no primeiro exame que fiz. Pasmem, no dia da prova, um sábado, fiz uma aula das 11h às 12h e, logo depois, eu e meu instrutor fomos tomar uma ‘cervejinha’ com torresmo, aguardando a hora, pode? Naquela época, isso passava desapercebido.

Paixão passada de pai para filho, os carros sempre exerceram em mim um fascínio. Hoje tenho um veículo que, quando garoto, nunca sonhei que teria um dia: ABS, câmbio automático, câmera de ré, acionamento do motor a distância, sensores de aproximação nos retrovisores. As leis de trânsito e as exigências também buscam a melhoria, mas e as autoescolas? Evoluíram?

No meu ponto de vista, de 1986 para cá, o que ocorreu foi uma estagnação, para não dizer um retrocesso. Elas ensinam os alunos a passar em teste de rua, e pronto. Será que realmente esses candidatos estão aptos a encarar funções simples como entrar em um shopping, fazer baliza entre dois veículos, trocar um pneu, usar um ABS, dirigir um carro automático? Para que um simulador, se não ensinam aos alunos a importância de se ler um manual do veículo?

Na semana passada, ao sair de um posto de gasolina, estava a minha frente um Honda City que aguardava para entrar na avenida. Eu esperava pacientemente quando, de repente, ele engatou a ré e acelerou na minha direção, batendo sua traseira na grade do para-choque dianteiro do meu veículo. Quem dirigia? Um rapaz com uma semana de carteira na mão. Do lado do passageiro, saiu o pai com cara de envergonhado e, sem graça, me disse: ‘Desculpe, ele não aprendeu a dirigir carro automático, e estou ensinando’. Resumo da ópera: precisamos evoluir muito na questão dos testes de rua e no que devemos aprender nas autoescolas, que não ensinam coisas importantes como o uso do freio ABS, a fazer baliza na esquerda (hoje só ensinam a fazer do lado direito da via). O mais importante nas aulas é colocar o bracinho para fora sinalizando a parada. Ridículo! Quem faz isso? Aliás, quem tem coragem de fazer isso?

Aprender a dirigir tem que ser algo prazeroso e com responsabilidade, que chame a paixão e o senso crítico desses jovens que tomaram a decisão de enfrentar um automóvel, mostrando a eles que em suas mãos existe uma máquina, que é útil, mas que malconduzida ou mal-utilizada, pode machucar e matar. Meu desejo é para que os Detrans da vida não fiquem estacionados (entre cones ou cabos de vassoura) no tempo”.

DAIMLER AG/DIVULGAÇÃO

Da O presidente redação do Conselho Nacional de Trânsito (Contran), Alberto Angerami, disse, durante uma audiência pública realizada na última quarta-feira (28), que o prazo para os motoristas de transporte escolar equiparem seus veículos com cadeirinhas e assentos de elevação para crianças até dez anos será aumentado.

A Resolução 533, que prevê a obrigatoriedade do item, começaria a valer a partir de 1º de fevereiro de 2016. A ausência acarretará multa, retenção do veículo e registro de sete pontos na carteira de habilitação do condutor. Em uma nova reunião, marcada para 17 de novembro, o adiamento da medida deverá ser protocolado.

O adiamento foi uma resposta aos motoristas de transporte escolar, que alegam não ter como cumprir a exigência do Contran.

Além do fim da exigência

BMW Série 1 Hatch já é feito no Brasil O BMW Série 1 já está saindo das linhas de montagem da fábrica da BMW em Araquari (SC). O modelo nacional traz a reestilização apresentada em março último no Salão do Automóvel de Genebra, na Suíça, que alterou faróis, parachoques e lanternas do modelo. No Brasil, são produzidas as versões 120i Sport e 120i Sport GP, com preços de R$ 109.950 e R$ 119.950, respectivamente. Ambas são equipadas com motor 2.0 16V turbo-

Novo motor Discovery Sport a diesel O Land Rover Discovery Sport, que até o momento era vendido no Brasil apenas com o motor a gasolina, agora também dispõe de um propulsor 2.2 turbodiesel, capaz de desenvolver 190 cv de potência e 43 kgfm de torque. O sistema de transmissão inclui câmbio automático de nove marchas e tração 4x4. A novidade é comercializada em três versões de acabamento: SE, que custa R$ 218,1 mil, HSE, que sai por

Resolução tornaria os equipamentos de retenção infantil obrigatórios em 1º de fevereiro

das cadeirinhas, os representantes da classe reivindicam incentivos fiscais, como financiamentos para a renovação de frota, com juros baixos e condições vantajosas, a exemplo do que acontece com os taxistas.

PROTESTOS Por meio de nota, a Associação de Consumidores (Proteste) e a ONG Criança Segura classificaram como

lamentável a decisão do Contran de adiar o prazo para a exigência dos equipamentos de retenção infantil nos veículos de transporte escolar. Ambas as entidades informaram que pedirão ao Conselho a definição de uma nova data, até junho de 2016, para que a medida comece a vigorar. Os dois órgãos ainda irão propor a criação de uma comissão composta por especialistas

em segurança veicular, que apresentem soluções técnicas que viabilizem a instalação dos dispositivos no transporte escolar para cintos de segurança de dois e três pontos.

As entidades avaliam que é fundamental garantir a segurança das crianças por meio do uso de dispositivos que aumentem a proteção em caso de acidentes.

BMW/DIVULGAÇÃO

Pare! janeiro será iniciada a segun6 Em da fase do Promot M4 (a primeira

flex, capaz de desenvolver 184 cv de potência e 27,5 kgfm, e câmbio automático de oito marchas. A tração é traseira. A BMW também irá nacionalizar a configuração 125i M Sport, mas apenas em 2016. Atualmente, além do Série 1, a marca alemã já fabrica os modelos Série 3, X1 e Mini Countryman no Brasil.

LAND ROVER/DIVULGAÇÃO

começou em 1º de janeiro de 2014). De acordo com a resolução nº 432 do Conselho Nacional do Meio Ambiente (Conama), os limites de hidrocarbonetos e óxidos de nitrogênio lançados ao ar passarão, respectivamente, de 0,8 g/km e 0,15 g/km nos modelos que atingem até 130 km/h para 0,56 g/km e 0,13 g/km, e de 0,3 g/km e 0,15 g/km para 0,25 g/km e 0,17 g/km nos que atingem velocidade superior. O valor permitido de emissão de monóxido de carbono seguirá inalterado em 2 g /km. semana, os veículos movi6 Nesta dos unicamente a eletricidade ou hidrogênio, com autonomia superior a 80 km, passaram a ser isentos de impostos de importação no Brasil. Para os híbridos, o tributo foi reduzido de 35% para valores entre 2% e 7%, dependendo da eficiência energética. A medida foi aprovada pela Câmara de Comércio Exterior (Camex) e é valida também para unidades desmontadas ou semidesmontadas.

JORGE RODRIGUES JORGE/CZN

R$ 242,7 mil, e HSE Luxury, que chega a R$ 270,7 mil.

Toda a linha traz controles de tração e estabilidade, assistente de partida em rampa, chave presencial, ar-condicionado digital de duas zonas, sensor de estacionamento com câmera de ré e sistema de entretenimento com tela de oito polegadas.

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SERVIÇO>Além do condutor, os passageiros também precisam se acomodar do modo correto

Boa postura traz conforto e segurança ao motorista VOLVO/DIVULGAÇÃO

Da Pode parecer redação algo sem importância, mas manter uma postura correta ao dirigir faz toda a diferença para o bem-estar do condutor. Conduziro veículo em posição inadequada pode causar dores, cansaço e incômodo. No caso de motoristas profissionais ou de pessoas que enfrentam longos percursosdiariamente, esses problemas se tornam ainda mais evidentes. À medida que o trânsito nas grandes cidades vai piorando, todos os condutores tendem a permanecer cada vez mais tempo ao volante, evidenciando a importância da postura para quem dirige. Assim, o Centro de Experimentaçãoe SegurançaViária do Brasil (Cesvi-Brasil) enumerou alguns procedimentossimples,masque podem fazer a diferença para a coluna, o pescoço e outras partes do corpo.

Logo ao se sentar no carro, o motorista deve posicionar o banco de modo que seja possível acessar todos os comandos do painel e visualizar os instrumentos, os retrovisores eo exterior doveículosemter demudardeposição.Utilizetambéma regulagemdealturadobanco,caso o veículo seja equipado com ela. Em todo caso, a distância até os pedais deve ser suficiente para acioná-los com a sola do pé, e não com a ponta dos dedos. As pernas não devem ficar nem muito esticadas nem muito flexionadas. O encosto deve formar um ângulo próximo a90grauscomoassento, para permitir que as costas do condutor fiquem inteiramente apoiadas.

Ao segurar o volante, o motorista não deve deixar os braços nem muito esticados nem muito flexionados.

Para manuseá-lo, é preciso

utilizar as duas mãos, na posição “9h15”. Se o veículo tiver regulagem de altura e distância do volante, utilize-as para assegurar uma postura mais adequada.

PROTEÇÃO A má postura causa não apenas desconforto, mas também falta de segurança: afinal, um motorista em posição correta visualizae operaos comandos com maior facilidade, tornando-se, assim, mais apto a enfrentar situações de emergência. Os retrovisores externos devem ser ajustados de modo a permitir a maior visualização possível das áreas lateraisao veículo.Para enxergá-los, o motorista não deve movimentaro corpo.A regulagem do retrovisor interno deve seguir os mesmos parâmetros: o maior campo visual possível,semqueseja necessário se mover para visualizá-lo.

Os encostos de cabeça do veículonão servem apenas como apoios. São eles os responsáveis por evitar o chamado efeito chicote que ocorre em colisões, no qual o corpo é jogadoviolentamentepara frente e para trás, o que pode gerar sérias lesões cervicais. Regule-o de modo a alinhá-lo perfeitamente com a cabeça: o encosto não deve ficar nem muito alto nem muito baixo.

Isso vale também para os ocupantes do banco traseiro.

Assim como o motorista, os demaisocupantes doveículo não podem andar com o banco muito reclinado, para evitar o chamado efeito-submarino, que acontece quando ocorpopassa sobo cinto desegurança em caso de colisão.

Além disso, o passageiro do banco dianteiro não deve circular com os pés sobre o painel, pelo mesmo motivo, e também para não ser ferido pelo airbag durante um eventual acionamento, caso o carro seja equipado com esse item.

Corpo apoiado O encosto e o assento do banco devem formar um ângulo de 90 graus

MOISÉS SILVA – 3.7.2015

Uso do cinto é fundamental

Cinto deve ser utilizado por todos a bordo do veículo

Algumas pessoas reclamam de incômodo ao utilizar ocintodesegurança.Isso,todavia, não é motivo para deixar de usar o equipamento. Na maioria dos automóveis, esse equipamento conta com regulagem de altura, que assegura a utilização do modo correto.

Ajuste o cinto de modo que a faixatransversalpassepelopeito, e não pelo pescoço. A faixa horizontaldevepassarpeloabdômem. Ambas as tiras devem estar firmes junto ao corpo.

Mulheres grávidas e pessoas obesas devem utilizar o cinto seguindo os mesmos parâmetros, sempre posicionando as tiras sobre o peito e o abdômem. Vale lembrar que todos a bordo veículo, inclusive ospassageiros dobancotraseiro,devem utilizaro cintosese-

gurançademodopermanente. Caso contrário, eles podem ser projetados contra os bancos dianteiros em uma colisão, gerando lesões a todos os ocupantes.

As crianças também devem estar em posição ergonômica e segura. Assim, elas devem ser acomodadas em cadeirinhas ou em assentos de elevação, dependendo da idadeedo tipo físico. Apenas crianças acima de 36 kg ou com idade a partir de 10 anos podem usar cinto de segurança de três pontos sem suportede segurança.Testes de colisão demonstram que, num acidente com velocidade de 50 km/h, as crianças soltas são jogadas para frente com uma força 40 a 50 vezes maior que o peso delas.

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Feira

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MinasTur 2015 reuniu em BH os principais nomes do trade nacional ... Pág. 39

AMAZÔNIA> Fazer turismo embarcado permite uma completa imersão na cultura ribeirinha

FOTOS MURILO ROCHA

Vista de dentro

GrandAmazoncompletadezanos comoopçãoparaseconhecerafloresta eassurpresasemsuaságuas

Preguiça é um dos animais encontrados às margens do rio

Programação do cruzeiro prevê um passeio pela mata

Caju e beiju (origem indígena) integram o cardápio ribeirinho

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Paulo Campos paulocampos@otempo.com.br

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Confira minha nova fanpage no Facebook Vamos com Paulo Campos

SALA VIP

Força do trade mineiro A décima edição da MinasTur, recém-realizada no Minascentro, atraiu à capital mineira operadores, destinos e órgãos oficiais de turismo do país todo, além de representantes da Argentina.

A estratégia da feira, segundo a organizadora Cláudia Miranda, foi oferecer espaço de capacitação de destinos para atender os agentes de viagens, que vieram em

FOTOS MARCUS VILELA/DIVULGAÇÃO

caravanas do Rio e do interior de Minas.

Entre os destaques do evento, o concorrido coquetel de encerramento, promovido pelos expositores do destino Porto Seguro, situado na Costa do Descobrimento (BA), que já estava divulgando, entre os agentes de viagens mineiros e os visitantes, seu 2º Show Tour, a ser realizado no mês de agosto de 2016.

Nélio Junior, da Aerolineas Argentinas, e Jaime Ríos, superintendente no Brasil do Inprotur, órgão de divulgação da Argentina

Equipe da CVC presente à MinasTur: Wellington Lemos, Rafael Nunes, Breno Pádua, Igor Ferrarezi e Emanuel Coelho

Euler Vieira, Marlene Carvalho,Kariny Moura, Claudia Bacim, Ronson Montenegro, Sérgio Schultz, Francisca França, Thais Krebs e Elson

Representantes do Estado da Bahia: Mauro Figueiredo, Marly Trindade e Luiz Castro (Bahia Turismo), com Cláudia Miranda

Fabiola Ribeiro (Setur Natal), Beth Cerqueira (Costa do Atlântico), Cláudia Miranda e Ana Rita Salgado (Emprotur)

Cléa Regina Cortez, do Riotur, Cláudia Miranda e Andréa Revoredo, do Rio Convention & Visitors Bureau

Equipe da Azul (aéreo e viagens) em Minas: Rodrigo Mendicino, Izabella Lessa e Izabella Moura, com Cláudia Miranda

Representantes da Flytour: Fábio Gontijo, Débora Oliveira, Wellington Coutinho, Letícia Alvarega e Washington Silva

Kênia Cândida (Golden Dolphin), Marcos Faria (Caldas Novas C&VB), Cláudia, Eliane Marques e Ricardo Saito (Saiyo Thermas)

Cristiano Medeiros, representante do Club Med, com Cláudia Miranda, da Feira Promove (organizadora da MinasTur)

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AMAZÔNIA>Como uma espécie de hotel flutuante, navio permite desbravar a selva FOTOS MURILO ROCHA

Alvorada Lancha sai do navio antes das 6h

Janela para a vastidão amazônica Da janela lateral de todas as 75 cabines do Grand Amazon, a paisagem, ao longo de quatro dias, é incansavelmente a mesma: as águas escuras do volumoso rio Negro, a vastidão da floresta amazônica e o céu da região Norte do país, acompanhados de um clima quente e úmido. Do fim do dia de segunda-feira, quando sai de Manaus, até a manhã de sexta-feira, quando retorna ao porto da capital do Amazonas, o navio da rede Iberostar, com seus 82 m de comprimento por 16 m de largura, desliza sobre cerca de 200 km do canal principal do rio Negro, revelando um cenário ainda preservado, onde é a natureza e suas intempéries que determina o ritmo da vida.

A viagem é uma experiência única, principalmente para quem está tendo o primeiro contato com a selva, pois combina, na medida certa, conforto dentro da embarcação com incursões pelas águas e matas da maior floresta tropical do planeta. Se não é uma aventura extrema, a jornada fluvial a bordo do Grand Amazon também está longe de ser um burocrático Murilo Rocha

“jungle tour”.

“A Amazônia é um grande mistério, então, mesmo sabendo os roteiros, não há rotina. Os passeios nunca são iguais uns aos outros, porque nunca sabemos o que vamos encontrar”, revela o coordenador do grupo de guias da tripulação, André Luiz Costa Albuquerque, 39. Durante a viagem, há pelo menos sete saídas de lancha (chamadas de “voadeiras”), com no mínimo uma hora e meia de duração cada uma. E isso por si só já vale a escolha do roteiro.

JACARÉ E BOTOS Equipadas com potentes motores, as voadeiras (cada uma leva 20 pessoas) deixam o navio ancorado em um ponto do canal principal e se embrenham em braços do rio Negro – alguns muito estreitos exigem habilidade dos barqueiros – e também em outros rios da região, como o Ariaú. Um dos pontos altos é a navegação pelo arquipélago de Anavilhanas, parque nacional considerado o segundo maior conjunto de ilhas fluviais do mundo – são cerca de 400.

Entre as programações favoritas dos turistas estão a caminhada na selva, a focagem do jacaré e o contato com os botos. “O contato com os animais é um

Macacos invadem barco atrás de comida e diversão entre os turistas presentes

OPÇÕES DE VIAGEM NO GRAND AMAZON

dos grandes diferenciais.

Os turistas ficam impressionados de vê-los em seu hábitat sem serem adestrados”, destaca o guia.

ENCANTAMENTO No entanto, para o advogado da República Dominicana Cesar Vargas, 39, o mais impressionante é o gigantismo apresentado pela natureza amazônica. Ele e mais três amigos já conheciam o Brasil, mas a viagem a bordo do Grand Amazon foi a primeira vez do grupo na floresta. “A imensidão do rio assusta e fascina. É uma área selvagem muito grande e com pouca gente morando aqui”, resume. Em um dos pontos, o rio Negro chega a 22 km de largura (uma margem a outra) e tem uma profundidade média de 15 m no canal principal durante o período de seca.

Além da opção da viagem pelo rio Negro, da qual a reportagem do Pampulha participou, o Grand Amazon também faz a navegação pelo rio Solimões.

“No rio Negro, vemos uma natureza mais intocada, com áreas menos povoadas e uma água também mais bonita. No Solimões, porém, podemos perceber um rio mais movimentado, com mais embarcações e cidades ribeirinhas. É a vida na Amazônia”, resume André Costa.

Rio Negro Duração: quatro noites Saída: segunda-feira Retorno: sexta-feira Embarque e desembarque: porto de Manaus * Os preços de cada pacote estão na página 6 Rio Solimões Duração: três noites Saída: sexta-feira Retorno: segunda-feira Embarque e desembarque: porto de Manaus No arquipélago Anavilhanas, árvores no espelho d’água

* Há opção de sete noites de viagem pelos dois rios

Águas de Coca-Cola e poucos mosquitos O rio Negro, assim como quase toda a Amazônia, é um lugar de superlativos.

“Maior afluente da margem esquerda do rio Amazonas, é também o mais extenso rio de água negra do mundo e o segundo maior em volume de água – atrás somente do Amazonas, o qual ajuda a formar”, explica um vídeo de boas-vindas no navio e corroborando uma pesquisa no Wikipe-

dia. Ao todo, são 720 km navegáveis, com a nascente do rio na Colômbia e a foz em Manaus.

Outra curiosidade é sobre a cor escura das águas.

Conforme explicam os guias, elas têm a cor de Coca-Cola porque são coloridas pelos ácidos liberados nos processos de decomposição de um grande número de sedimentos orgânicos – folhas, arbustos, troncos

– arrastados para o leito do rio.

Além disso, as águas do Negro correm em uma região de formação geológica muito antiga. “Em razão desse nível diferenciado de acidez, há poucos mosquitos nas margens do rio Negro. Mas, claro, não venha para cá esperando não ser importunado por nenhum inseto”, observa o guia Luiz Epifânio.

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AMAZÔNIA> Com ar-condicionado, piscina e sistema all inclusive, navio é porto seguro na floresta

Aventura e conforto a bordo FOTOS MURILO ROCHA

Murilo A ideia de Rocha ter um navio de grande porte em plena floresta amazônica foi inspirada nos cruzeiros do rio Nilo, no Egito, mas o Grand Amazon foi todo planejado e construído em Manaus, com um objetivo claro: reunir o conforto e os serviços de um hotel de alta qualidade, dentro de uma embarcação, em meio a um ecossistema selvagem. E, após dez anos de operação nos rios Negro e Solimões, a sensação dos empreendedores é de dever cumprido, atraindo hoje turistas do mundo inteiro durante todo o ano.

O navio tem capacidade máxima para 150 passageiros, em 75 cabines equipadas com ar-condicionado e uma pequena varanda, além de banheiros espaçosos, principalmente se comparados aos de cruzeiros marítimos. A embarcação se organiza em quatro andares, além de um deque superior com piscina e bar – é o lugar mais agradável do barco também para apreciar a paisagem a qualquer hora do dia. Há ainda um restau-

rante principal e outras conveniências a bordo.

“O proprietário da Iberostar se apaixonou pela região e pelo barco. A ideia era ter um navio confortável e com segurança em uma região selvagem e com fatores adversos”, explica o diretor do Grand Amazon, August StraBer, alemão radicado no Brasil há mais de 20 anos.

AtripulaçãodoGrandAmazon, em sua maioria moradoresdasregiõesNorte eNordestedopaís,éumdosdiferencias da embarcação. Além do conhecimento da biodiversidade da floresta, exibido pela equipe de guias, e da presteza no atendimento de garçons e barmen (prove a caipirinha de limãocommorango),hánogrupo um prazer em mostrar a região para o turista.

Deque No piso superior do navio, funciona um bar e a área da piscina com muitas mesas e espreguiçadeiras

COMIDAS No restaurante, a dica é não se perder no excesso de variedades do buffet e se concentrar nas especialidades da região, servidas sem muita propaganda em almoços e jantares. Entre os peixes destacam-se o pirarucu, o tambaqui e o matrinxã, servidos refogados, assados ou fritos. Atenção também aos sorvetes de taperebá, buriti e cupuaçu.

“Voadeiras”: Lanchas possuem dois motores de 110 hp e transportam até 120 pessoas

RAIO X DO NAVIO Capacidade 150 passageiros e 75 tripulantes Andares quatro Cabines 75 Comprimento 82 metros Largura 16 metros Motores dois motores de 1.200 hp com hélice Velocidade média: 14 a 16 nós (29 km/h a 30 km/h) Energia quatro geradores Destinação do lixo O lixo produzido no navio é congelado e descarregado no porto de Manaus Água Há um tanque de 250 mil l de água potável. O esgoto é tratado em uma mini-estação antes de ser lançada no rio

Conforto Bem espaçosas e confortáveis, as cabines do Grand Amazon têm, em sua maioria, 23 m²; na foto, uma suíte especial, que possui uma varanda maior e sala de estar

Brasileiro é quem mais viaja Segundo o diretor do Iberostar Grand Amazon, August StraBer, no início das operações, em 2005, as viagens atraíam mais turistas de fora do país, mas há algum tempo são os brasileiros os responsáveis pela maior ocupação do barco, seguidos por norte-americanos e espanhóis.

Em média, o viajante tem mais de 40 anos e viaja em casal. A idade mínima para o passeio é 8

anos. “É impressionante, mas os estrangeiros sabem mais sobre a Amazônia se comparados aos brasileiros.

Eles têm mais informações e também ficam mais deslumbrados com tudo”, compara o guia André Luiz.

O aposentado Zuriel Carvalho Rios, 65, e sua mulher, Maria das Graças, confessam esse pouco conhecimento sobre a floresta antes da viagem. Natural do Maranhão, mas mo-

rando há 37 anos em Minas Gerais, o casal ficou admirado com a experiência na Amazônia.

“Só sabíamos do calor de Manaus e dos muitos mosquitos”, brinca Maria das Graças. “A água do rio Negro é incrível. O custo-benefício da viagem é muito bom. É um destino nacional comparável com um internacional”, acrescenta Zuriel. Para os dois, a viagem com dois dias em Manaus,

além dos dias embarcados, custou cerca de R$ 9.000, incluindo os voos de ida e volta, entre Belo Horizonte e Manaus.

De acordo com a tripulação do Grand Amazon, não há uma época do ano melhor para conhecer a Amazônia, pois cada período tem suas peculiaridades. O tempo de cheia dos rios ocorre no primeiro semestre, e a estação seca, no segundo.

Vista Seja nas áreas externas do navio-hotel, nas varandas dos quartos ou na parte interna, a paisagem, sempre exuberante e singular, constitui um momento único para levar na memória

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AMAZÔNIA>Fora do navio, conhecem-se mais de perto a selva amazônica, aves, botos e ribeirinhos

Dentro da floresta e dos rios FOTOS MURILO ROCHA

Murilo Apesar de toRocha do o conforto e da vista privilegiada da floresta de dentro do Grand Amazon, a expectativa de quem compra a viagem é o contato direto com o universo da Amazônia. A primeira experiência é uma caminhada pela manhã, de cerca de uma hora e meia, por uma trilha em meio à mata fechada, na região do igarapé de Jaraqui.

O grupo, de 20 pessoas, deixa o navio a bordo de uma voadeira até o ponto de desembarque. Lá, um guia comanda a caminhada selva adentro, apresenta características da fauna e da flora naquele ponto e ensina algumas técnicas básicas de sobrevivência.

A caminhada é fácil e pode ser feita, inclusive, por idosos. Os adversários mais fortes são o calor e a umidade, agravados pelo uso de calças compridas e blusas de mangas longas, recomendação (não obrigatória, mas bem-vinda) contra os insetos e a vegetação densa. Ao contrário da expectativa de muitos viajantes, quase não se veem bichos durante o percurso.

Além do calor nas áreas mais próximas das margens do rio, a presença do homem empurra os animais para regiões mais remotas da floresta.

Um dos passeios mais interessantes, pelo arquipélago fluvial de Anavilhanas, ocorre no fim do dia e permite ao turista observar a imensidão do rio (com inúmeros braços e passagens estreitas), a variedade das árvores e também

das aves. A reportagem visitou a região durante o mês de outubro, época da seca, sendo possível observar uma vegetação completamente encoberta pela água em outros períodos do ano. O nível das águas, de uma estação para a outra, varia mais de 10 m e pode ser observada nas marcas nos troncos das árvores mais altas.

O contato com os botos, espécie em grande quantidade na região, é um dos preferidos dos turistas, sendo possível nadar com eles junto a uma plataforma no meio do rio Negro. Os animais são atraídos até o local por iscas de peixe dadas por um ribeirinho e se aproximam de forma meio estabanada, resvalando a pele emborrachada entre as pernas de quem se aventurou a entrar na água.

Os botos medem cerca de 2 m e pesam mais de 150 kg.

QUEM LEVA

‘Esbarrões’ Nadar com os botos envolve até algumas trombadas

Crianças da tribo Cambeda: tradição e uso de tecnologia

Um dia é do guia e o outro do jacaré Silêncio total na lancha. Com o motor desligado, o barqueiro a faz deslizar suavemente em direção à margem do rio Ariaú.

Claridade, só da lua e do foco de luz do silibim (lanterna especial), que varre rapidamente a água e a mata num vai e vem sem parar.

De repente, o foco de luz se aquieta em um ponto próximo da margem. Dois pontinhos de cor meio amarelada brilham, e o guia se debruça para frente no barco para dar o bo-

te. Na mão, um pedaço de madeira e uma corda. Ninguém respira. Em meio à escuridão, vê-se o vulto do guia em movimento, ouvese o barulho de algo se debatendo na água e depois um lamento: “Ahhh”. Decepção dentro da lancha. O jacaré percebeu o movimento do algoz, talvez ajudado pela lua cheia, se afundou no rio e, por uma fração de segundo, escapou da armadilha. No barco ao lado, a sorte é diferente, e o turista francês, ao fim do passeio, mostra eufó-

rico, na tela da máquina, o jacaré de quase 2 m capturado e depois solto pelo guia.

No passeio noturno, a bordo das voadeiras, para a focagem dos jacarés, tão fascinante quanto se aproximar do animal numa simulação de caça é, na volta, apreciar os sons e o breu da floresta quando o barqueiro desliga os dois motores de 110 cavalos cada e apaga as luzes do silibim. “Vamos ouvir os sons da floresta e enxergar na escuridão”, diz. É de arrepiar.

A operadora Interpool Viagens já vende pacotes para a baixa temporada do Grand Amazon Iberostar em 2016. Estão incluídos nos preços o sistema all inclusive dentro do navio e todos os passeios previstos, além dos trechos aéreos de ida e volta (Belo HorizonteManaus), traslados e um city tour em Manaus.

Rio Solimões (Três noites) A partir de $ 3.440 à vista ou entrada de R$ 1.028 e o saldo em até 9 x R$ 268. Há desconto de R$ 360 por pessoa para compra em novembro.

Rio Negro (Quatro noites) A partir de R$ 4.570 à vista por pessoa ou entrada de R$ 1.366 e o saldo em até 9 x R$ 356. Há desconto de R$ 480 para compra em novembro.

Mais informações: www.interpoolviagens.com.br ou (31) 3194-7050

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crônica

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vida leve E

stava à toa na vida,eoseu amor não a chamou. E ela lá, na praça, contando passarinhos numtotalabandono.

–Quetédio!–pensava,desolada,enquantofaziaumaretrospectiva dos acontecidos.

Primeiro foi o emprego. Ah! Também aquilo ali não era pra ela, e, além do mais, ganhava uma mixaria... Depois, foi o Astolfo. Aaah... stolfo!!!

Que lhe causou frissons e suspiros quando apareceu de repente na sala, dando um “esparrama” na secretária. Tudo bem, o homem era um grosso,masasecretária,donaMarli...Oqueeraaquilo?Mal-educada, mal-amada e não saía doseupé...Bemfeito!

– Joana d’Arc, cadê o relatório que lhe pedi? Joana d’Arc,emeucafé?

–...

– Joana d’Arc! Quer perderseuemprego?

Ainda fazia terrorismo – a sujeita com ares de “chefa”.

Imagine!

Depois da entrada do dr.

Astolfo (Aaahhh... stolfo!!!), compreendeu que a outra era tão subordinada quanto ela, embora, na escadinha da empresa, estivesse uns cinco degraus acima. Voltando ao Astolfo, descobriu que se tratava do presidente do escritório de advocaciaem queforarecémcontratada. Em outras palavras: seu patrão. Com ele, foi mais ou menos assim: “amor ao primeiro choque”, até porque, depois do esculacho que

Laura Medioli laura@otempo.com.br

Celuliticamente correta ACIR GALVÃO

eledeunacompanheiradesala, levou tanto susto que ficou assim, perplexa, olhando a figura esguiaeimponenteasuafrente.

Só não poderia imaginar que, no fim, fosse sobrar para ela, umasimplesdigitadora.

Droga! Que culpa tinha ela se a letra do patrão era ilegível?

Como decifrar aquele garrancho todo, com palavras e termos tão complicados? Só sabia que,numa das petições, em vez de“Excelentíssimojulgador”,escreveu, sem querer, em negrito e caixa-alta, um “Excelentíssimo sugador”. Foi mal; o doutor ficou uma arara ao ler a cópia do original, entregue às pressas esemasdevidascorreçõesàexcelência em questão. Culpa de quem?Dela?Acoitadaque não tinha tempo nem para ir ao banheiro?Dasecretária,quedeveria ter lido antes? Do patrão, comsualetrailegível?

E que, apesar de doutor, nem sequer sabia distinguir uma Olivetti de um computador?Adivinha!!!

Mas ainda não foi dessa vez que perdeu o emprego. A “chefa”, assim que o patrão saiu, já foi olhando com aquela cara tipo “sai da frente, senão, te mato!”. Nem precisou falar nada, foi o que ela fez. Saiu correndo pro banheiro antes que perdesse de verdade a cabeça, quer dizer,oemprego.

Voltou mansinha, oferecendocafezinho,prontificando-sea

ir, no fim de semana (e no fim do mundo se preciso fosse), comprar aquele anticelulítico milagrosopeloquala“chefa”havia se interessado, e, para finalizar, humildemente pediu desculpas, desarmando por completoaoutra,enfurecida.

Depois disso, só foi ver o Astolfotrêsdiasmaistarde,quando umaloironavestidaparaarrasar entrou na sua sala. Era hora do almoço,metadedoescritóriojátinha saído, e, naturalmente, sobrouparaelaatenderamulher.

– A senhora sente-se, por favor, que eu vou ver se o Astolfo...seodoutorAstolfoseencontranomomento.

Não se sabe bem por quê, mas cismou que a mulher o aguardava.Ealoura,quenema do filme, sentou-se com uma cruzada fatalíssima de pernas,

deixando à mostra, em rápidos segundos, a calcinha preta de rendinhas (as “rendinhas” já erampor conta desua imaginação,claro!).Ofereceucafezinho e, antes mesmo de perguntar o nome da “cliente”, foi pegando ointerfone: – Doutor Astolfo, tem uma pessoaaquiquerendofalarcom osenhor.Osenhoratende?

–Como?Quepessoa?

–Umaloira...Boniiiiita...

–Escuta,queméqueestáfalandoaí?

–Soueu,Joanad’Arc...

– Ô senhorita, você poderia ser mais objetiva e fazer o favor de dizer o nome da pessoa que aíseencontra?

–Desculpe...éque...Ei!Qual émesmoonomedasenhora?

Sabiaquepisaranabola.Fazeroquê?Impressionou-setan-

to com a mulher que até se esqueceudeperguntarseunome.

Tudo bem, ainda estava em tempodeconsertarascoisas.

– Katrirrone Steiner. Eu não agendeiantesporque...

–Comoéqueé?

E, para não piorar a situação,dizaochefe: – Doutor Astolfo, é a senhoraCatarrone,dizqueestáagendada... Sim, sim, vou pedir pra entrar...

Putz! Como é que uma mulherdaquelapodeterumnome desses? Será que é alemão?

Continuava pensando, até ser despertadapelointerfone.Erao patrãopedindocafezinho.

Entrou na sala do chefe, aquela coisa enorme e suntuosa. Sempre imaginou que fosse assim mesmo, que nem ele. No canto, umaspoltronas de couro e, no meio, a loira fenomenal, com aquela cruzada básica sob os olhares lânguidos do doutor, a sua frente.Serviu o café e saiu do recinto. Passaram-se 15 minutos,eointerfonetocou.Era o patrão comunicando que sairia para o almoço. Estranho, o homemnuncaalmoçavafora,pensou, enquanto, com o rabo do olho,observavapelajanelaocasal se dirigindo ao carro. Dali a pouco, chegou a “chefa”, com a caraatarracadadesempre.

– Ô Joana! Por acaso não veiouma mulher aqui meprocurando, não? Uma tal de Katrirrone?

“Xiii!”, pensou, preocupada.

– Não, acho que não, quer dizer, não sei, não... – respondeu,gaguejante.

–Hum!Essasrepresentantes de cosméticos... são todas iguais! Marcam, e nunca aparecem! Também, perdeu umaboacomissão!Euiacomprar horrores daquele anticelulíticodequelhefalei!

E, do seu canto, digitando alhos por bugalhos, Joana d’Arc pensou: “Das duas, uma: ou serei promovida, ou, napiordashipóteses,rebaixada”.Acabousendodemitida.

Olhoumaisumavezorelógio... as horas custavam a passar.Continuavaacontarpassarinhos, enquanto, distraída, pensava na loura do nome esquisito,agrandeculpadadetudo. A loura que, além de bonita,usavacalcinhadefiníssimas rendas pretas. E, como se não bastasse,semcelulite!Droga!

* PS: Acabei de ler o ótimo “Ócio doOfício”,deminhaxaráLauraBarreto. Divertida, sensível, sensata, mãe, mulher, semfrescuras,sem papas na língua.Pormeiodesuaescrita,descobriumaprovávelgrandeamiga.Obrigada, Laura, seu livro é uma delícia! * PS2: Por se tratar de uma edição independente, para quem tiver curiosidade e quiser adquiri-lo, o contato da autora é: laubarreto11@hotmail.com.

Laura Medioli também escreve, aos Domingos, no caderno TEMPO LIVRE, de O TEMPO

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habitar

MERCADO IMOBILIÁRIO: ESPECIALISTA ALERTA PARA OS CUIDADOS QUE SE DEVE TER COM AS IMOBILIÁRIAS

Hora de mobiliar

Praticidade Boa circulação e harmonia entre mobília, objetos e cores são fundamentais

DANIELLE MAGERO/ DIVULGAÇÃO

DÉCOR> Escolher o móvel ideal para cada cômodo da casa não é tarefa fácil; veja dicas na página 2

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BELO HORIZONTE 31 de outubro

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INTERIOR> Optar por uma mobília funcional, condizente com a rotina dos moradores, é essencial

Saiba como não errar na escolha dos móveis de casa EUDES SANTANA/DIVULGAÇÃO

Estilo Tapetes e outros adornos deixam os ambientes confortáveis e elegantes

A maioria das pessoas, quiçá todas elas, deseja ter uma casa bem decorada, no estilo cena de novela. Mas, por mais inspirações que existam, segundo especialistas, na hora de colocar em prática tal vontade, as opções são tantas que muita gente acaba surpreendida por uma série de dúvidas e de dificuldades, principalmente quando se trata da escolha da mobília.

“As dúvidas são muitas. Mas, no geral, todos querem saber se as cores que gostariam em seu mobiliário combinam. Os clientes têm medo de utilizar mais de uma tonalidaMárcia Xavier

de ou tipo de madeira em um mesmo ambiente. Podemos, sim, utilizar cores diferentes. E, quanto maior o espaço, mais liberdade teremos para compô-lo”, diz a designer de interiores Sabrina Peres.

ESCOLHA Segundo ela, independentemente do tamanho do cômodo a ser decorado, o primeiro passo indicado, de forma geral, é analisar o espaço disponível para poder decidir o tipo de móvel ideal.

A designer e arquiteta Katalin Stammer concorda e afirma que é importante sempre prever um mínimo de circulação no entorno dos móveis e, também, simular as

aberturas de portas e gavetas com folga para os usuários.

“A funcionalidade e a praticidade devem sempre ser analisadas. É muito importante que a decoração combine com a rotina dos moradores para que eles, além de se sentirem bem, consigam interagir com o espaço proposto”, comenta.

E, muito além da rotina, Katalin frisa que o importante é que a proposta tenha personalidade.

TENDÊNCIA Sobre o que está em alta, Sabrina diz que a mescla de tons tem sido bastante usada. “Vemos uma forte tendência em misturar cores de móveis em um mesmo ambiente ou no mesmo mó-

vel. Pode ser um rack com duas ou três cores, em laca, por exemplo. Ou a cabeceira de uma cama. O legal do design é ser diferente. Único, quando possível”, frisa a designer, que diz ainda que móveis planejados continuam em voga e podem suprir as necessidades dos clientes.

“As vantagens são incríveis. Eu, particularmente, utilizo muito os móveis sob medida em meus projetos.

Estão em alta, sobretudo por causa da possibilidade de tornar os espaços locais únicos e bem aproveitados.

O número de marcenarias hoje no país é altíssimo, e não falta trabalho”, afirma.

Porém, embora os planejados otimizem espaços, Sa-

LIDER INTERIORES/ DIVULGAÇÃO

brina alerta que eles não são fáceis de serem montados por qualquer pessoa, nem sempre podem ser reaproveitados em caso de mudança e têm uma média de 60 dias para a entrega e montagem.

SEGURANÇA Para quem quer ter certeza se está fazendo a aposta certa, apoio profissional pode ser uma boa alternativa.

Porém, de acordo com Sabrina, quem não pode contratar esse auxílio deve ficar atento ao comprar todas as peças para a casa. Segundo ela, é preciso, entre outras ações, medir as paredes e não se esquecer de descontar o rodapé para não adquirir móveis que não caibam no espaço ou que

impeçam a funcionalidade do ambiente.

COMPOSIÇÕES Sabrina diz ainda que, além da escolha da mobília, também é preciso pensar nas cores do cômodo e nos objetos. “Uma boa maneira de valorizar um ambiente, até mesmo quando se quer dar uma “nova cara” a ele, é investir nos adornos. As cortinas e os tapetes transformam ambientes simples em elegantes e até luxuosos. Mas nada valoriza mais do que um projeto de iluminação bem executado. A luz pode valorizar e mudar o ambiente mesmo que não troque nenhum adorno dentro dele”, ressalta.

JOMAR BRAGANÇA/DIVULGAÇÃO

DICAS PARA O DÉCOR - Aposte em móveis que não interfiram na circulação; - Não tenha medo de ousar e fazer uso das cores; - Use adornos e a iluminação correta para valorizar os espaços; - Opte por móveis planejados se precisar otimizar espaços;

O uso de móveis planejados pode contribuir para otimizar e para personalizar os espaços

- Em caso de dúvidas, conte com auxílio profissional.

Misturar cores em um mesmo móvel é tendência atualmente

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11 PERGUNTAS PARA ...

HELDNER COSTA/DIVULGAÇÃO

Ricardo Ventura

A Boconcept é a primeira loja da cadeia global de mobiliário dinamarquês no Brasil e é liderada pelos sócios Paula Rezende e Ricardo Ventura, tendo como sócia-investidora, além de Ricardo, a empresária Tetê Rezende.

Fundada no ano de 1952, a marca representa toda a essência do design escandinavo de estilo urbano e conta com todos os seus produtos fabricados na Dinamarca.

Nesta entrevista para o Pampulha, Ricardo Ventura fala a respeito do mercado no país, o cenário atual e também acerca dos diferenciais da marca.

Quais são as expectativas da marca ao desembarcar agora na capital mineira? A BoConcept já

buscava parceiros no Brasil há bastante tempo.

Quando apresentamos a capital mineira com seu grande apelo cultural e forte inspiração artística, a expectativa não poderia ser melhor. Temos certeza de que os mineiros vão se encantar com o design dinamarquês.

Acerca dos diferenciais do empreendimento, quais você destaca? Por

se tratar de uma empresa europeia com mais de 60 anos de mercado, o profissionalismo e seriedade são, de longe, os melhores atrativos. Há, também, o fato de ser uma empresa conhecida por aqueles que trabalham com design e que estão habituados a viajar por outros países.

Como você avalia o mercado mineiro hoje para esse tipo de negócio?

Venho dizendo sempre que Minas Gerias tem excelentes profissionais na área do design. Belo Horizonte tem as melhores mostras de arquitetura, e os mineiros sabem apreciar um produto de qualidade. O mercado mineiro vem crescendo muito, principalmente nesse segmento de luxo. Apesar de a economia estar como está, a perspectiva é de que haja um crescimento neste mercado também em 2015. Eu enxergo um grande potencial. Belo Horizonte tem ainda muito o que se explorar, principalmente na área de móveis.

A que se deve esse crescimento? Tem havido um

grande crescimento no número de condomínios horizontais e verticais. Há muitas unidades para vendas.

E quem compra imóvel vai mobiliar, quer buscar novas oportunidades.

Como a marca cuida do atendimento? Temos um

modo diferente de atender. Os nossos vendedores são altamente treinados no que diz respeito a pro-

“

Nosso maior desafio no momento é mostrar ao consumidor e seus designers que mesmo se tratando de um produto importado, nossas peças são acessíveis

MERCADO IMOBILIÁRIO Kênio Pereira

duvidaskenio@caixaimobiliaria.com.br

Cuidado com a “azar” imóveis

SóciodaBoConceptBrasil A BoConcept Brasil desembarca na capital mineira trazendo um conceito diferenciado no que diz respeito à funcionalidade dos móveis e pretende conquistar os consumidores Belo-horizontinos com o design dinamarquês Juliana Siqueira

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Requinte Ventura diz que cada design traz um estilo para a peça

dutos, sistema ou vendas, por exemplo.

Quando uma marca vem de fora, em geral, tenta se adaptar também aos gostos regionais. A BoConcept foca nisso? Nós nos

preocupamos em agradar o gosto brasileiro, em trazer o que mais agrada as pessoas do país. Agora, a gente começa a melhorar ainda mais isso, de acordo com o retorno que recebemos, que é bem específico. E isso muda de acordo com cada Estado também.

Minas Gerais tem certas preferências e São Paulo, por exemplo, possui outras, gosta de acabamentos diferentes. A marca está sempre dialogando com os clientes para que consiga se adequar a isso.

Todosositensdamarcapodem ser personalizados.

Esse tipo de característica é algo que tem sido muito buscado atualmente? Qua-

se todos os itens podem ser personalizadosquanto atecidos, acabamentos etc. Porém, o ponto forte de nossa personalização é a adequação a diferentes ambientes e espaços. Nossos móveis se encaixam perfeitamente em ambientes menores e grandes áreas, a critério e estilo dos profissionais e clientes.

A BoConcept possui parceria com designers internacionais e renomados. De quemaneiraisso é percebido em cada peça? Cada de-

sign traz para sua peça um momento de sua criação, um estilo de ser e estar.

A funcionalidade é uma das características positivas dos itens. Como, na prática, o consumidor usufrui dela? Uma mesma pe-

ça pode atender a vários tipos de ambientes. Uma mesa pode receber 4, 6 ou 8 pessoas, por exemplo; é

“

Temos um modo diferente de atender. Nossos vendedores são altamente treinados no que diz respeito a produtos, sistema ou vendas, por exemplo possível transformá-la de uma maneira rápida e fácil. Já um modelo de mesa de centro pode se transformar em uma mesa de jogos, pois você consegue regular a altura. O dinamarquês é muito simples na forma de viver, gosta de luxo, mas também de coisas fáceis.

Quais são os principais desafios da área hoje?

Nosso maior desafio no momento é mostrar ao consumidor e seus designers que mesmo se tratando de um produto importado, nossas peças são acessíveis ao público brasileiro. Partindo daí, nosso desafio é, hoje, como o de todo empresário, vencer um momento tão difícil na economia brasileira.

Quais são as projeções que você faz para o ano que vem? Certos do su-

cesso da BoConcept Belo Horizonte, no segundo semestre de 2016 vamos iniciar os projetos para a abertura da BoConcept São Paulo. Estamos investindo nessa ideia, sendo que esse é um projeto audacioso. Esperamos mostrar bem todo o nosso trabalho.

scolher uma imobiliária exige reflexão para evitar aborrecimentos e prejuízos, sendo fundamental apurar a conduta profissional de quem a dirige. O proprietário, ao assinar o Mandato de Administração autorizando a imobiliária a promover a locação do seu imóvel, concede poderes para o corretor avaliar, analisar o cadastro e assinar o contrato, de forma que tudo que ele fizer refletirá no bolso do locador. É o mesmo que assinar um cheque em branco e, logicamente, ninguém outorga uma procuração para quem não é confiável, honesto e responsável.

O administrador de uma locação tem o dever de respeitar as leis, em especial a Lei nº 6.530/78, o Decreto nº 81.871/78, que regulamentam a profissão de corretor de imóveis, bem como o Código de Ética, pois deve fazer jus à confiança do cliente que lhe entrega seu patrimônio. Os dispositivos legais citados contêm quatro artigos que esclarecem ser ilegal a postura de colocar várias placas de imobiliárias diferentes no mesmo imóvel, pois tal conduta estimula golpes, além de desvalorizar o bem.

Cabe ao proprietário autorizar somente uma imobiliária para ter como exigir compromisso na prestação de serviços, nos termos do Código de Ética: “Art. 4º Cumpre ao Corretor de Imóveis, em relação aos clientes: apresentar, ao oferecer um negócio, dados rigorosamente certos, nunca omitindo detalhes que o depreciem, informando o cliente dos riscos e demais circunstâncias que possam comprometer o negócio; zelar pela sua competência exclusiva na orientação técnica do negócio, reservando ao cliente a decisão do que lhe interessar pessoalmente.”

E

ESCOLHA BEM PARA NÃO DAR AZAR Recebemos um e-mail de um locador que, certamente, não pesquisou no site do TJMG sobre a imobiliária (que tem mais de cem processos), que o seduziu com uma bela sede, com o oferecimento de pagar aluguel adiantado e com o fato de ser premiada por uma entidade.

No dia em que solicitou o aluguel adiantado, foi surpreendido com juros de agiotagem. Já quanto a ser “premiada”, vemos, a todo momento, empresas “comprando” premiação, pois várias entidades criam eventos apenas para lucrar. Algumas imobiliárias, para captar o cliente, chegam a enganá-lo com a promessa do aluguel garantido, proposta criminosa e tão complexa, que será o tema do artigo da próxima semana.

O locador relatou que o aluguel de seu imóvel foi reajustado para R$2.000,00, tendo o inquilino solicitado a redução para R$1.500,00. Por corresponder ao preço de mercado, o locador aceitou a proposta para não perder o inquilino, e assim, acreditou que receberia líquido o valor de R$1.350,00, já que foi contratada a comissão de 10% da imobiliária.

Para sua surpresa, a “azar imóveis” cobrou R$200,00 a título de comissão, tendo alegado o direito a cobrar sobre o valor decorrente do reajuste anual. E, ainda, ele ficou sabendo que a imobiliária ficava com a multa que era paga pelo inquilino quando atrasava o pagamento. Essa atitude é abusiva, fere o art. 6º do Código de Ética e o art. 20 da Lei 6.530/78 que veda o corretor: “prejudicar, por dolo ou culpa, os interesses que lhe forem confiados”. Cabe a imobiliária receber somente os R$150,00, e quanto à multa, só poderia retê-la se tivesse pago em dia o locador com os recursos dela. * RÁDIO JUSTIÇA E TV BH NEWS Na minha coluna de Direito Imobiliário da Rádio Justiça do Supremo Tribunal Federal do dia 03/11, às 09h30, abordarei o tema: “Como escolher uma administradora de imóveis e evitar prejuízos”. Ouça ao vivo na FM 104,7 Brasília ou no site www.radiojustica.jus.br e no dia 05/11, às 18h50 na Tv BH News, canal 9 da Net e na internet.

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