Especial 'Mundial de Vôlei' - 17/10/2013

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MARIELA GUIMARÃES

www.otempo.com.br - Belo Horizonte - Quinta-feira, 17/10/2013

Semifinal à vista

OSadaCruzeironão tevedificuldadespara vencerontemoSfaxien, daTunísia,por3setsa0. Comasegundavitóriano torneio,aequipemineira estábempertodas semifinaisdoMundial deClubesdeVôlei,em Betim.Página3


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e.

|Mundial de Vôlei

O TEMPO Belo Horizonte QUINTA-FEIRA, 17 DE OUTUBRO DE 2013

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marcou o oposto Kunihiro Shimizu, do Panasonic, contra o Kaleh

pontos

Sonho de jogar no Brasil DENILTON DIAS

Opostojaponês KunihiroShimizu,do PanasonicPanthers, dizqueesperauma oportunidade ¬ DANIEL HOTT ¬ Antes do duelo entre Pa-

nasonic Panthers e Kaleh, quem olhasse para a quadra e visse o número 1 às costas de Kunihiro Shimizu teria uma dica de qual jogador iriaser o grande destaque do encontro. O oposto japonês honrou o número que ostenta e liderou a vitória de sua equipe, por 3 sets a 1, anotando incríveis 27 pontos. Canhoto, Shimizu causou muitos problemas para a defesa iraniana. Muito acionado pelo levantador Fukatsu, o oposto levou vantagem sobre o bloqueio adversário em boa parte do jogo. Foram 21 bolas viradas no ataque. “Honestamente, esse bom desempenho no ataque não chega a ser uma novidade para mim. Como sou oposto, essa é minha função, é o que mais treino todos os dias. Também busco me concentrar nos saques, outra arma forte do meu jo-

go. Consegui ter uma boa atuação diante dos iranianos, e isso me deixa satisfeito”, diz o camisa 1. Ao longo da partida, Shimizu teve seu nome gritado por alguns torcedores. Depois da vitória do Panthers, ele precisou atender alguns pedidos de fotos. O reconhecimento pelo grande desempenho deixou o oposto emocionado. “Estou muito feliz por esse reconhecimento, a valorização do meu trabalho. No Japão, já me conhecem bem, e espero ficar famoso também em outros cantos do planeta”, diz. Já experiente e com longa passagempelaseleção japonesa,Shimizu ainda não se vê totalmenterealizadoem suacarreira. Seu sonho é deixar a Vleague e conseguir atuar em outro país, para poder soltar o braço diante de novos adversários. “Penso em conseguir jogar fora do Japão, para conhecer outras ligas e evoluir meu jogo. Seja no Brasil ou na Europa, quero ter essa experiência um dia. Se aparecesse uma oportunidade para atuar no vôlei brasileiro, seria uma honra para mim”, diz. Leia mais sobre o jogo do Panasonic Panthers contra o Kaleh na página 5

x Shimizu OPOSTO DO PANTHERS

“Espero ficar famoso também em outros cantos do planeta. Penso em conseguir jogar fora do Japão, para conhecer outras ligas e evoluir meu jogo. Seja no Brasil ou na Europa, quero ter essa experiência. Se aparecesse uma oportunidade para atuar no vôlei brasileiro, seria uma honra para mim.” Sucesso. Após a partida, Shimizu foi assediado pelos fãs de vôlei no ginásio Divino Braga, em Betim EDITORIA DE ARTE / O TEMPO

TABELA GRUPO A

DIA

TIME

PONTOS

JOGOS

1

Trentino

3

1

2

UPCN

3

1

3

Panasonic Panthers

3

2

4

Kaleh Mazandaran

0

2

Terça-feira 15 de outubro

Quarta-feira 16 de outubro

GRUPO B TIME

PONTOS

JOGOS

1

Sada Cruzeiro

6

2

2

Lokomotiv

3

1

3

La Romana

0

2

4

Sfaxien

0

1

CIDADE

GINÁSIO

BETIM

G.P. DIVINO BRAGA

SEMIFINAl 13

Quinta-feira 17 de outubro

Sexta-feira 18 de outubro

HORA LOCAL

GRUPO

1

14h

A

TIMES

TRENTINO DIATEC

3x1

KALEH

2

17h

A

UPCN

3x1

PANASONIC PANTHERS

3

20h

B

SADA CRUZEIRO

3x0

LA ROMANA

4

14h

A

PANASONIC PANTHERS

3x1

KALEH

5

17h

B

LOKOMOTIV NOVOSIBIRSK

3x0

LA ROMANA

6

20h

B

SADA CRUZEIRO

3x0

CLUB SPORTIF SFAXIEN

7

14h

A

UPCN

x

TRENTINO DIATEC

8

17h

B

CLUB SPORTIF SFAXIEN

x

LA ROMANA

9

20h

B

SADA CRUZEIRO

x

LOKOMOTIV NOVOSIBIRSK

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14h

A

UPCN

x

KALEH

11

17h

B

LOKOMOTIV NOVOSIBIRSK

x

CLUB SPORTIF SFAXIEN

12

20h

A

TRENTINO DIATEC

x

PANASONIC PANTHERS

FINAL - Domingo - 20 de outubro - 16h

SEMIFINAl 14 Sábado - 19 de outubro

Sábado - 19 de outubro

18h

15h DISPUTA PELO 3º LUGAR - 13h


Mundial de Vôlei|

O TEMPO Belo Horizonte QUINTA-FEIRA, 17 DE OUTUBRO DE 2013

Em dois jogos tem a equipe do Sada Cruzeiro no Mundial de Vôlei, mesmo aproveitamento do Lokomotiv

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2 vitórias

Ainda mais perto da semifinal MARIELA GUIMARÃES

Semdificuldades, SadaCruzeirovence oSfaxien,daTunísia, ecaminhaparafase decisivadoMundial ¬ DANIEL HOTT ¬ Sem sustos, o Sada Cru-

zeiro obteve ontem à noite sua segunda vitória seguida e ganhou mais embalo na disputa do Mundial de Clubes de Vôlei. Dominando as ações do início ao fim, a equipe cruzeirense superou o Sfaxien, da Tunísia, por 3 sets a 0, com parciais de 25/16, 25/17 e 25/15. O palco do duelo foi o ginásio Divino Braga, em Betim. Com o triunfo, o Sada praticamente garantiu sua classificação à semifinal do torneio. Apenas uma improvável combinação de resultados, com duas vitórias do Sfaxien somadas à uma derrota cruzeirense no terceiro jogo, pode frustrar a vaga dos mineiros. Dependendo do resultado do encontro entre Sfaxien e La Romana, da República Dominicana, às 17h de hoje, o Cruzeiro pode até entrar em quadra classificado em seu último compromisso, diante do Lokomotiv Novosibirsk, da Rússia. Hoje, às 20h, o Sada Cruzeiro e o Lokomotiv farão o duelo mais aguardado da competição até aqui. A partida deve definir a liderança do grupo B. O primeiro set teve domínio total dos cruzeirenses. Muito bem na recepção, o Sada não tinha grandes problemas nas viradas, já que Willian trabalhava sempre com a bola nas mãos. Leal e Isac tinham muita liberdade nos ataques, quase sempre desmarcados do bloqueio tunisiano. Faltava ainda acertar o saque, que estava um pouco displicente e demorou a encaixar. Aos poucos, a equipe celeste começou a incomodar o passe do Sfaxien, o que resultou numa maior presença do bloqueio mineiro. Sem alarde, o primeiro set passou voando: 25 a 16. Na parcial seguinte, os tunisianos acertaram o sistema defensivo. O resultado foi um jogo de mais volume e cheio de contra-ataques, mas ainda com vanta-

SUPREMACIA.

Sem esforço. Sada Cruzeiro jogou bem, mas não precisou forçar para superar os rivais africanos por 3 sets a 0; hoje o time azul enfrenta o Lokomotiv, da Rússia às 20h

gem para o Sada. Nos momentos cruciais do set, a experiência celeste falou mais alto e, novamente com tranquilidade, o Cruzeiro confirmou sua superioridade técnica sobre os africanos. O ritmo se manteve no set derradeiro. O técnico celeste, Marcelo Mendez, aproveitou para fazer algumas mudanças na equipe e utilizou todos os jogadores do banco de reservas, descansando peças importantes como Willian, Wallace e Leal. Destaque para a entrada de Filipe, sempre ovacionado pela torcida azul. À exceção de alguns momentos positivos dos tunisianos, o Cruzeiro seguiu comandando as ações e não teve trabalho para fechar a parcial, sacramentando a vitória por 3 a 0.

Reconhecimento

Desempenho

“O Sada tem grandes jogadores, de nível internacional, como o Wallace, que todos conhecem da seleção brasileira. Eles têm um bom bloqueio e saques fortes. Acho até que eles viram um jogo fácil diante de nós e não jogaram 100% o tempo todo.”

“Fomos muito bem no ataque, que foi muito bem combinado. Também soubemos explorar o bloqueio-defesa. Tivemos um posicionamento muito acertado. Acho que foi uma das melhores partidas que jogamos neste ano.”

Mohame Ben Mustapha

Marcelo Mendez

TÉCNICO DO SFAXIEN

TÉCNICO DO SADA CRUZEIRO DENILTON DIAS

Noite feliz Tensão. Enquanto o Sada vencia com facilidade o Sfaxien, a torcida celeste se dividia entre o vôlei e o futebol. No mesmo horário, o Cruzeiro passava sufoco contra o Fluminense, mas venceu o jogo. Técnico Marcelo Mendez elogiou muito atuação de jogadores azuis

Superioridade

Para técnico azul, atuação foi uma das melhores de 2013 O técnico do Sada Cruzeiro, Marcelo Mendez, ficou satisfeito com a atuação de sua equipe e a vitória por 3 sets a 0 diante do Sfaxien, da Tunísia. Para ele, foi uma das atuações mais acertadas do Sada em toda a temporada 2013/2014. “Fomos muito bem no ataque, que foi muito bem combinado. Também soubemos explorar de maneira satisfatória o bloqueio-defesa. Tivemos um posicionamento muito acertado nesses dois fundamentos. Acho que foi uma das melhores partidas que jogamos neste ano, independente do nível do rival”, afirmou o treinador cruzeirense. Do outro lado da disputa, Mohame Ben Mustapha, técnico do Sfaxien, evitou adotar um tom de lamentação após a derrota de sua

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equipe. Segundo o treinador tunisiano, seus jogadores sabiam que iriam enfrentar uma equipe mais qualificada, o que, de alguma forma, diminui a responsabilidade dentro de quadra. “O vôlei brasileiro é muito forte. Não preciso detalhar muito isso. O Sada tem grandes jogadores, de nível internacional, como o Wallace, que todos conhecem da seleção brasileira. Eles têm um bom bloqueio e saques fortes. Acho até que eles viram um jogo fácil diante de nós e não jogaram 100% o tempo todo”, analisa. Mohame Ben Mustapha sabe que a classificação à próxima fase é algo complicado, já que depende de uma vitória sobre o Lokomotiv NovosibirskRUS, amanhã. (DH)


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O TEMPO Belo Horizonte QUINTA-FEIRA, 17 DE OUTUBRO DE 2013

Marcaram Lukas Divis e Pavel Moroz, ambos do Lokomotiv, os maiores pontuadores da partida

13 pontos

Russos batem os dominicanos JOÃO LÊUS

Apesar do placar dilatado, jogo foi bastante disputado

Lokomotivvence batalhacontraoLa Romanapor3setsa 0eganhamoralpara sequênciadoMundial ¬ GABRIELA PEDROSO THIAGO NOGUEIRA

¬ Verdadeiros

gigantes em quadra. Logo que entraram no ginásio Divino Braga, em Betim, a altura e seriedade do grupo de jogadores do time russo Lokomotiv Novosibirsk foram suficientes para intimidar os torcedores na arquiban-

cada, mas não o adversário. Equipe modesta, sem uma tradição no esporte como tem a Rússia, o La Romana, da República Dominicana, não conseguiu superar a qualidade e ofensividade do oponente, mas, com sua força de vontade, fez o Lokomotiv valorizar a partida. O placar terminou em 3 sets a 0 para o time russo, parciais de 25/20, 25/23 e 25/17. E, apesar de o duelo ter sido vencido em etapas diretas, o La Romana propiciou um confronto equilibrado com o adversário. O “paredão” formado pelo time russo na rede, por exemplo,

não foi empecilho para os pequeninos dominicanos, que saltavam o mais alto possível na tentativa de ultrapassar a barreira aparentemente intransponível. O Lokomotiv, estreando na competição, mostrou, no início do jogo, que ainda se adaptava ao torneio. No começo, só a ofensividade no ataque era suficiente para colocar o time russo à frente. Mas os dominicanos, precisando vencer para se manter com alguma chance no torneio – mesmo sabendo que uma vitória já seria um feito extraordinário –, foram para cima e o que se viu

foram os dois primeiros sets marcados pelo equilíbrio. Atuais campeões europeus, os russos chegaram para o Mundial de Clubes 2013 como uma das equi-

Jogão Duelo. O próximo compromisso dos russos do Lokomotiv é contra o Sada Cruzeiro, hoje, às 20h, no ginásio Divino Braga. O duelo de hoje entre as equipes promete ser emocionante e equilibrado.

pes mais badaladas, principalmente pela conquista continental. E, mesmo com um certo equilíbrio, eles sabiam que não precisariam de muito para bater o rival. No terceiro set, bastou administrar a vantagem. O ponteiro cubano Camejo deixou claro que a equipe russa pode e quer jogar ainda melhor. “A equipe ainda não mostrou o jeito que a gente joga. Ainda tem alguma coisa a ser melhorada. Pouco a pouco, vamos encontrando o nosso melhor jogo”, disse o atacante, que aproveitou para agradecer o carinho dos torcedores.

Aprendizado “O Sada é a melhor equipe da competição até aqui. Mais ainda tem o Trentino. Joguei aqui há três anos e posso passar o que aprendi aqui sobre o Cruzeiro.” “Ainda tem alguma coisa a ser melhorada (na nossa equipe).” Camejo PONTEIRO DO LOKOMOTIV

DENILTON DIAS

Considerações

Preparação

“Nossa proposta nesse jogo era trabalhar o máximo de situações já pensando no duelo com o Cruzeiro. A vitória foi importante, mas precisamos acertar alguns elementos em nosso jogo. A concentração, por exemplo, ficou abaixo do esperado.”

Foi treino de luxo, diz técnico Um treino de luxo. Foi assim que o técnico Andrey Voronkov, do Lokomotiv Novosibirsk, da Rússia, classificou a vitória por 3 sets a 0 conquistada por sua equipe sobre o La RomanaDOM, na noite de ontem. A partida marcou a estreia dos russos no Mundial de Clubes, mas o comandante admitiu que a cabeça já estava no duelo diante do Sada Cruzeiro, que acontece hoje, às 20h, no ginásio Divino Braga. As duas equipes são apontadas como as favoritas ao título do torneio. “Nossa proposta nesse jogo era trabalhar o máximo

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“Jogar diante do time anfitrião é sempre complicado” Andrey Voronkov TÉCNICO DO LOKOMOTIV

Andrey Voronkov orienta equipe em jogo no ginásio Divino Braga

de situações já pensando no duelo com o Cruzeiro. A vitória foi importante, mas precisamos acertar alguns elementos em nosso jogo. A concentração, por exemplo, ficou abaixo do esperado. Vamos ver como as coisas vão acontecer diante do Cruzeiro”, diz Voronkov. Antes mesmo de enfrentar os donos da casa, o treinador russo se mostrou preocupado com a pressão que a torcida celeste exerce dentro do ginásio Divino Braga. Segundo Voronkov, o Lokomotiv precisa elevar seu nível para igualar as forças celestes.

“Jogar diante do time anfitrião é sempre complicado. Para vencer, é preciso encontrar a melhor performance, porque os torcedores acabam fazendo a diferença”, acrescenta. Apesar da derrota, o técnico Oziel Vazquez valorizou a atuação do La Romana. Diante dos atuais campeões europeus, a equipe dominicana chegou a endurecer o jogo. Vazquez elogiou a performance de seus atletas, mas lamentou a falta de experiência de seus jogadores, que enfrentaram um adversário qualificado. (Daniel Hott)


Mundial de Vôlei|

O TEMPO Belo Horizonte QUINTA-FEIRA, 17 DE OUTUBRO DE 2013

durou o terceiro set da partida ontem entre Panthers e Kaleh; o jogo teve 1h59min de duração

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34 minutos

Panteras mostram sua força DENILTON DIAS

PanasonicPanthers, doJapão,faturaa primeiravitóriano Mundialcontraos iranianosdoKaleh ¬ GABRIELA PEDROSO ¬ Vibração, sorrisos, ner-

vosismo, lábios mordidos deram o tom de como foi o jogo de abertura do segundo dia do Mundial de Clubes, entre o Kaleh, do Irã, e o Panasonic Panthers, do Japão. No fim, prevaleceu a alegria apresentada pelos japoneses que, além de baterem os iranianos, conquistaram a torcida presente no ginásio Divino Braga, em Betim, que apoiou os Panteras do início ao fim. A vitória por 3 sets a 1, parciais de 25/19, 24/26, 30/28 e 25/16, foi a primeira do Panasonic no grupo A do Mundial, mantendo a equipe na briga por uma vaga nas semifinais, com três pontos ganhos, agora empatados com os outros integrantes da chave. Já o Kaleh acumulou sua segunda derrota seguida e complicou sua situação no grupo. Considerados os mais frágeis do grupo A, Kaleh e Panasonic Panthers sabiam que o confronto entre eles era fundamental na chave, já que tanto Trentino (ITA) como UPCN (ARG) estrearam com vitória. No jogo de ontem, os japoneses se destacaram pela vibração que apresentavam a cada ponto conquistado. Qualquer bola no chão era motivo para o levantador Fukatsu dar a sua tradicional e inusitada volta por toda a quadra, comemorando mais um passo dado rumo à vitória. E foi com essa energia que a equipe nipônica do ponteiro brasileiro Dante conseguiu arrancar na frente. O Kaleh até começou melhor a partida, abrindo três pontos de vantagem. Mas a vibração dos japoneses e o melhor entrosamento de Dante – em seu segundo jogo oficial pelo Panasonic – acabaram fazendo a diferença. A melhor imagem da empolgação dos orientais foi no ponto que fechou o primeiro set. Feliz pelo bloqueio feito, o ponteiro Ito percorreu a quadra buscando os seus companheiros e nem o fato deles terem o deixado “no vácuo” diminuiu a fes-

ta do vibrante jogador em quadra. A equipe iraniana sabia que precisava diminuir os erros e o nervosismo para buscar a reação. Mais concentrado, o Kaleh iniciou bem o segundo set, mas novamente viu a tensão atrapalhar o time. Em uma sequência de erros, o Panasonic Panthers, liderado pelo oposto Shimizu, tomou a frente. Mas, quando o set parecia perdido, os iranianos ressurgiram com vontade para deixar tudo igual no placar: 1 set a 1. SET LONGO. A expressão do ca-

pitão do Kaleh, Alireza Nadi, já mostrava que o terceiro set seria um teste de nervos. Ao longo de uma jogada de ataque, o jogador balançou os braços, nitidamente incomodado com a dificuldade para se colocar a bola no chão da quadra adversária. Ralis não faltaram na etapa, que ganhou contornos sofridos e teve final favorável ao Panasonic, que fez 30 a 28. Os iranianos sentiram o impacto do esforço na terceira etapa, enquanto os japoneses ainda voavam em quadra. Com a equipe mais inteira, os Panthers não tiveram dificuldades para levar a parcial seguinte para confirmar a sua primeira vitória no Mundial de Clubes.

Agenda Folga. Depois de jogar dois dias seguidos, o time japonês descansa hoje e só volta à quadra do ginásio Divino Braga, amanhã, às 20h, para encarar o adversário mais forte do grupo, o Trentino da Itália. Reação. Após ser derrotado na estreia para o UPCN, Panasonic Panthers segue vivo na disputa por uma vaga na semifinal do torneio MARIELA GUIMARÃES

BrasileiroDante, do Panthers, virao ‘queridinho’ da torcida

Dante marcou 16 pontos na partida de ontem e foi o terceiro maior pontuador da equipe japonesa

¬ A presença do ponteiro Dante na equipe do Panasonic Panthers bastou para que a torcida mineira presente no ginásio Divino Braga, em Betim, adotasse a equipe japonesa como o segundo time predileto. Durante todo o jogo de ontem, o brasileiro recebeu exaustivamente o apoio da torcida e não só quando ia para o saque. “Dante, Dante”, gritava o grupo o tempo todo. “Estamos torcendo para o time japonês por causa dele, mas também porque achamos que eles podem chegar à final. O

Dante para nós é uma estrela”, disse James Caio, 14, que joga na equipe pré-mirim do Betim. No primeiro dia, os fãs de Dante não conseguiram falar com o atletas, mas, até o fim do campeonato, eles prometem ficar em cima do ídolo. O jogador agradeceu o carinho. “Agradeço desde já. É interessante a gente se identificar com uma torcida, mesmo ela sendo toda para o Sada. Espero que eles possam continuar torcendo para a gente”, pediu Dante. (GP)


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É o que buscam os dirigentes do Voltaço, do Rio de Janeiro, no Mundial de Vôlei

1 reforço

ANA FLÁVIA Planejamento faz diferença ana.flavia@otempo.com.br

O Campeonato Mundial de Vôlei Sub-23 masculino foi um sucesso. A competição realizada no Brasil foi sediada em Uberlândia, no Triângulo Mineiro, e contou com um público amante do voleibol. Participaram do campeonato fortes equipes da Argentina, da Sérvia, da Rússia e do Brasil. Os jogos tiveram muita emoção. E o melhor: a competição apresentou uma geração brasileira com muito potencial. Já a seleção feminina terminou em sétimo lugar, que foi difícil de digerir. Foi um “junta” que não deu certo. A seleção não teve nem um mês de preparação, contando o tempo da competição. Tecnicamente, só a equipe da China era superior. O

que complicou a situação das meninas foi ter perdido para os Estados Unidos na classificação num jogo praticamente ganho. No planejamento, poderiam ter jogado o Campeonato Sul-Americano com a sub 23, aproveitando para treinar a equipe e poupar um pouco mais as adultas que vinham de uma competição longa e muito desgastante, o Grand Prix. O Mundial Sub23 é uma competição importante para os jogadores que precisam desse trampolim para chegar à categoria principal mais preparados. Infelizmente, a feminina foi prejudicada por falta de planejamento. O resultado não condiz com o trabalho que o vôlei brasileiro vem exercendo.

All Star Game. Mes-

“O Sada pode conquistar o único título que falta para a equipe. Os jogadores são experientes e acostumados a lidar com a pressão.”

mo com as conhecidas dificuldades financeiras, foi realizada, na Itália, a partida entre as melhores italianas e estrangeiras do campeonato daquele país. Houve muita festa para iniciar, nada mais nada menos, a edição de número 69 do Campeonato Italiano de vôlei feminino.

Mundial de Clubes. Ufa! Com três anos de exis- Escolha certa? DanO Sada estreou em um jogo nervoso. Somente no terceiro set é que a equipe jogou um pouco mais à vontade. Era de se esperar toda atenção voltada para a equipe mineira. O nível esta mais equilibrado, e o Sada pode conquistar o único título que falta para a equipe. Os jogadores são experientes e acostumados a lidar com a pressão, mas não é nada fácil.

tência, a equipe feminina do Sesi conquistou a primeira vitória contra o Osasco, pelo Campeonato Paulista. Apesar do baixo nível técnico, foi um jogo disputado, principalmente no quesito vibração. Na distribuição de jogo, a levantadora Carol fez a diferença. Fabiana chamou a atenção. Havia anos que não víamos a jogadora vibrar daquela forma...

te recusou a proposta do Sada, que vem conquistando posições na cena mundial, e optou pelo Panasonic, do Japão. Ele teve que mudar toda a estrutura familiar, além de ter que atacar mil bolas por partidacom um joelho que requer cuidados. Seria o maior salário do Brasil e poupado fisicamente. Tomara que tenha feito a escolha certa.

Descansar ‘carregando pedra’ DENILTON DIAS

TécnicodoUPCN,da Argentina,Fabián Armoa,abriumãode suafolgaparaver jogodeadversário

Voltaço

¬ GABRIELA PEDROSO

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Dirigentes buscam novo reforço

THIAGO NOGUEIRA

¬ O UPCN ganhou um dia

de folga, ontem, após a vitória no primeiro dia do Mundial de Clubes. Mas se engana quem achou que o técnico da equipe argentina, Fabián Armoa, ficou no hotel descansando ou aproveitou o tempo livre para conhecer um pouco mais do Estado de Minas Gerais. Na arquibancada inferior do ginásio Divino Braga, em Betim, longe dos flashes das câmeras, o treinador viu de perto a derrota daquele que será o seu último adversário na fase de grupos – o Kaleh, do Irã – para o japonês Panasonic Panthers. “Vim para acompanhar o jogo entre Kaleh e Panasonic. Acho que a equipe japonesa possui um grupo mais forte”, avaliou o técnico argentino, que acabou vendo seu prognóstico se confirmar ao fim da partida de ontem, com a vitória dos japoneses. Fabián, no entanto, não estava sozinho em sua empreitada. E não eram seus jogadores que o acompanhavam na tarefa de ver um jogo do futuro adversário. Para a surpresa do treinador da equipe argentina, sua esposa, a ex-jogadora de vôlei Carla Morel, chegou com os filhos Juan,

Em família. Trabalho do técnico do UPCN, da Argentina, Fabián Armoa, se transforma em diversão em família no ginásio Divino Braga

Maria Lúcia e Manoel, anteontem, a Belo Horizonte. Assim, Fabián aproveitou para fazer do momento de trabalho também um instan-

Bastidores Trabalho. Além dos treinadores, os auxiliares técnicos também têm feito bastante o trabalho de observação dos adversários, conforme O TEMPO mostrou na edição de ontem. Vale tudo pelo Mundial.

te de diversão em família, que respira vôlei. “É muito bom quando você recebe o apoio da família. Gostei da surpresa”, disse sorrindo o treinador da equipe da Argentina. JOGO DIFÍCIL. Antes de enfrentar o time iraniano, o UPCN, no entanto, tem um compromisso nada simples hoje, às 14h. Os argentinos enfrentam o Trentino, da Itália, atual tetracampeão do mundo, em confronto que pode deixar o vencedor com um pé nas semifinais. O time de Trento é considerado um

dos grandes favoritos à conquista do campeonato disputado em Betim, embora esteja totalmente reformulado, em relação ao time que venceu as últimas quatro edições da competição intercontinental. Com os resultados do segundo dia de jogos, o grupo A está embolado. Trentino, UPCN e Panasonic Panthers têm três pontos e uma vitória cada. O Kalleh, equipe mais fraca tecnicamente até agora, ocupa a lanterna, ainda sem conseguir somar sequer um ponto no Mundial de Vôlei.

Fala, treinador! “É muito bom quando você recebe o apoio da família. Gostei da surpresa.” “Vim para acompanhar o jogo entre Kaleh e Panasonic. Acho que a equipe japonesa possui um grupo mais forte.” Fabián Armoa TÉCNICO DO UPCN

Mesmo longe da disputa do Mundial de Clubes, o Voltaço-RJ, clube fluminense que disputa a Superliga Masculina, não deixou de comparecer ao ginásio Divino Braga. Anteontem, dia de estreia da competição, dois dirigentes do clube estiveram no local para observar jogadores estrangeiros. Eles vão permanecer até o fim do campeonato, no próximo domingo. Eduardo Fernandes, gerente da equipe de Volta Redonda, diz que o clube busca um reforço pontual para fechar a equipe para a disputa da Superliga. Ele está na cidade mineira ao lado de Rodrigo de Paiva, assistente técnico. “Temos uma carência de ponteiro atacante. Falta só isso para fechar de vez nosso grupo, porque estamos precisamos de um jogador para virar as bolas nos momentos finais do jogo, passar mais experiência”, explica Fernandes. De acordo com o dirigente, a busca por um atleta no mercado externo ocorre pela falta de opções dentro do Brasil. Fernandes lembra que as grandes equipes montaram grupos muito fortes nesta temporada, o que dificultou a ação dos clubes menores. (Daniel Hott)


Mundial de Vôlei|

O TEMPO Belo Horizonte QUINTA-FEIRA, 17 DE OUTUBRO DE 2013

O jogador mais alto do Mundial; Arkady Kozlov, do Lokomotiv Novosibirsk, de 2,08 m, tem

DENILTON DIAS

Defensiva. Momento de concentração do atleta dominicano durante partida entre o La Romana (DOM) e o Lokomotiv Novosibirsk (RUS) MARIELA GUIMARÃES

MARIELA GUIMARÃES

Atleta russo mostra toda sua flexibilidade no alongamento

32 anos

GALERIA DE FOTOS

Em clima de romance, casal brinca enquanto assiste aos jogos

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DENILTON DIAS

Jogador do Lokomotiv exibe tatuagem e boa forma em quadra DENILTON DIAS

Bendito tablet. Enquanto o jogo não começava, tinha gente pondo bolsa de água quente no pé e, quem sabe, até jogando Candy Crush MARIELA GUIMARÃES

Ops! Toma cuidado para não deixar a moça cair no chão, rapaz!

MARIELA GUIMARÃES

A turma da faxina não dá mole para a sujeira no Divino Braga


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O TEMPO Belo Horizonte QUINTA-FEIRA, 17 DE OUTUBRO DE 2013

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