Especial 'Mundial de Vôlei' - Sex, 18/10/2013

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JOÃO GODINHO

www.otempo.com.br - Belo Horizonte - Sexta-feira, 18/10/2013

Vôlei de alto nível Comtrêspartidaseletrizantesetodasdecididasnotie-break,terceirodiadoMundialdeClubes deVôleiterminacomUPCNeSadaCruzeiroclassificadosparaassemifinais;equipecruzeirense perdeuparaoLokomotivNovosibirsk(RUS),ontem,comlancepolêmiconofim.Página3


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e.

|Mundial de Vôlei

O TEMPO Belo Horizonte SEXTA-FEIRA, 18 DE OUTUBRO DE 2013

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por semana, em média, é quanto treina, Lucas, que agora vai ganhar uma cadeira adaptada

vezes

Jovem sonha chegar à Paralimpíada JOÃO GODINHO

MoradordeBetim, LucasAlves,14,se encontracomDante edesejasetornar atletaparaolímpico ¬ DANIEL HOTT ¬ Nada melhor para um jo-

vem que sonha em ser atleta do que conhecer um ídolo campeão olímpico. Lucas Alves, 14, já o realizou. Morador de Betim, o adolescente teve a oportunidade de conhecer o ponteiro Dante, medalhista de ouro nos Jogos Olímpicos de 2004 pela seleção brasileira e ponteiro do Panasonic Panthers, do Japão. Lucas esteve no ginásio Divino Braga para acompanhar o Mundial de Clubes. O encontro foi rápido, mas serviu para deixar o garoto ainda mais motivado. Ele nasceu com mielomeningocele, uma doença que lhe tirou os movimentos das pernas. Lucas disputa provas de atletismo sobre cadeira de rodas e ficou satisfeito pelo bate-papo com Dante. “Para mim, é uma honra. Muitos que estão iniciando a carreira sonham em conhecer um ídolo como o Dante. É fabulo-

so estar ao lado dele. Estou emocionado”, destaca o garoto, que não tirou o sorriso do rosto por um segundo sequer. Dante ficou comovido com a história de superação de Lucas. Dono de longa trajetória no esporte, o ponteiro fez questão de passar forças ao jovem paratleta. “Acima de tudo, persistir no sonho é fundamental. Ele precisa almejar o que quer, trabalhar e treinar muito. Desejo a ele toda a felicidade e sorte do mundo. Que ele possa traçar um caminho decente e profissional, que seja maravilhoso”, diz. Sonhando em disputar os Jogos Paralímpicos, Lucas perguntou a Dante sobre a sensação de subir no lugar mais alto do pódio. O ídolo da seleção brasileira respondeu prontamente. “Ganhar um ouro olímpico é o melhor sentimento de todos. Não existe nada acima. É a realização de todo um trabalho árduo, fica a sensação de que tudo valeu a pena”, afirma Dante, que faz uma previsão otimista sobre o futuro do jovem. “Quem sabe um dia não me encontro com ele na Olimpíada? Uns estão saindo e outros chegando, mas podemos nos ver em algum canto. Seria especial”, completa o jo-

gador do Panthers, de 33 anos. Morador de Betim, Lucas cursa a 9ª série e treina, em média, três vezes na semana, utilizando as instalações do Horto Municipal, em frente ao ginásio Divino Braga. A especialidade do jovem é a disputa dos 100 m, prova em que ele se dedica quase que integralmente. Mas os treinamentos têm sido atrapalhados pela falta de estrutura. O garoto ainda não teve condições financeiras de comprar uma cadeira de rodas adaptada, o que facilitaria seu desempenho.

Frases “Meu sonho maior é ser um atleta. Vou trabalhar forte para realizá-lo. É meu desejo desde sempre. Com a nova cadeira adaptada, vou ter condições de chegar ainda mais longe ” “Minha família me apoia todos os dias, nunca me deixa ficar desmotivado. Quando estou desanimado, são eles que me colocam para cima e me ajudam a vencer cada batalha”

Pedido atendido

Lucas Alves

Mudança. Dentro de pouco tempo, a realidade de Lucas vai ser outra. O jovem vai receber a cadeira de rodas adaptada da Fundação Medioli, instituição que realiza ações sociais para crianças carentes. Doação. Recentemente, a fundação recebeu o pedido de ajuda do garoto sobre o equipamento e vai atendê-lo. “Meu sonho é ser um atleta, desde sempre. Vou trabalhar forte para realizá-lo”,disse o entusiasmado jovem.

ESTUDANTE

“Quem sabe um dia não me encontro com ele na Olimpíada? Uns estão saindo e outros chegando, mas podemos nos ver em algum canto. Seria especial” Dante JOGADOR DO PANASONIC PANTHERS A emoção tomou conta do jovem paratleta e do veterano Dante EDITORIA DE ARTE / O TEMPO

TABELA GRUPO A

DIA

TIME

PONTOS

JOGOS

1

UPCN

5

2

2

Trentino

4

2

3

Panasonic Panthers

3

2

4

Kaleh Mazandaran

0

2

Terça-feira 15 de outubro

Quarta-feira 16 de outubro

GRUPO B TIME

PONTOS

JOGOS

1

Sada Cruzeiro

7

3

2

Lokomotiv

5

2

3

Sfaxien

2

2

4

La Romana

1

3

CIDADE

GINÁSIO

BETIM

G.P. DIVINO BRAGA

SEMIFINAl 13

Quinta-feira 17 de outubro

Sexta-feira 18 de outubro

HORA LOCAL

GRUPO

1

14h

A

TIMES

TRENTINO DIATEC

3x1

KALEH

2

17h

A

UPCN

3x1

PANASONIC PANTHERS

3

20h

B

SADA CRUZEIRO

3x0

LA ROMANA

4

14h

A

PANASONIC PANTHERS

3x1

KALEH

5

17h

B

LOKOMOTIV NOVOSIBIRSK

3x0

LA ROMANA

6

20h

B

SADA CRUZEIRO

3x0

CLUB SPORTIF SFAXIEN

7

14h

A

UPCN

3x2

TRENTINO DIATEC

8

17h

B

CLUB SPORTIF SFAXIEN

3x2

LA ROMANA

9

20h

B

SADA CRUZEIRO

2x3

LOKOMOTIV NOVOSIBIRSK

10

14h

A

UPCN

x

KALEH

11

17h

B

LOKOMOTIV NOVOSIBIRSK

x

CLUB SPORTIF SFAXIEN

12

20h

A

TRENTINO DIATEC

x

PANASONIC PANTHERS

FINAL - Domingo - 20 de outubro - 16h

Sábado - 19 de outubro

SEMIFINAl 14 Sábado - 19 de outubro

15h

18h DISPUTA PELO 3º LUGAR - 13h


Mundial de Vôlei|

O TEMPO Belo Horizonte SEXTA-FEIRA, 18 DE OUTUBRO DE 2013

soma o Sada Cruzeiro na liderança do grupo B do Mundial; o Lokomotiv está logo atrás com 5 pontos

e. 3

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pontos

Sada avança para a semifinal Emjogodignode decisão,Lokomotiv Novosibirskvenceu aequipeceleste, ontem,notie-break ¬ DANIEL HOTT ¬ O duelo entre Sada Cru-

zeiro e Lokomotiv Novosibirsk-RUS, na noite de ontem, em Betim, teve todos os ingredientes de uma grande final. A vitória russa por 3 sets a 2, com parciais de 22/25, 25/21, 22/25, 25/19 e 16/14, teve alto nível técnico, provocações, muita emoção e inversões no placar. O duelo bem que poderia ter definido o novo campeão mundial, mas valia apenas a liderança do grupo B. Melhor para o Lokomotiv, que praticamente garantiu a ponta ao superar o time brasilei-

ro. O time celeste já entrou em quadra classificado à semifinal, mas, nem por isso, deixou de imprimir um ritmo forte diante do adversário mais aguardado da temporada. Os russos exigiram uma atuação de gala do Sada, que suou para superar os bloqueios de Volvich e Astashenkov, de 2,08 m e 2,04 m, respectivamente. Mesmo assim, diante da frieza dos rivais, os cruzeirenses sucumbiram. Destaque para o ponteiro Moroz, dono de incríveis 26 pontos em quadra. A batalha não se restringiu as aspectos técnicos e também exigiu dos jogadores uma forte carga emocional. Em diversos momentos os ânimos ficam quentes, com encaradas ríspidas vindas dos dois lados. Wallace e Divis eram os quem mais tentaram intimidar com os olhares. O russo chegou a

ser advertido pela arbitragem. Em marcações duvidosas, a rede se tornava um palco de discussões entre os rivais. Encerrada sua participação na primeira fase, a equipe celeste descansa hoje quando não tem compromissos e aguarda pela definição das chaves para conhecer seu adversário na semi de amanhã no ginásio Divino Braga. Os dois sets iniciais tiveram histórias parecidas, mas desfechos distintos. A diferença no placar nunca foi elástica, mas sempre houve uma equipe comandando as ações. O Sada iniciou com mais eficiência e tinha no cubano Leal um ponto de desequilíbrio, principalmente nos saques. Com a recepção encaixada, o bloqueio russo não incomodou tanto quanto se esperava. Empurrado pela O JOGO.

torcida, o Cruzeiro fechou em 25/22. Na segunda partida, o Lokomotiv logo se colocou em vantagem e teve tranquilidade para administra-lá. Para piorar a situação mineira, logo nos primeiros pontos o central Isac se lesionou e precisou deixar o jogo para a entrada de Douglas Cordeiro. Com ótima variação nos saques, o time russo quebrou a recepção celeste em momentos cruciais, forçando o Cruzeiro aos erros.

Destaques Pontuadores. Pelo Sada, quem mais anotou pontos ontem foi Leal Hidalgo, virando 20 bolas em quadra. Pavel Moroz, do time russo, foi o maior pontuador da partida, marcou 26 ao logo dos cinco sets da partida.

Com 25/21, os europeus empataram o jogo. O Sada sentiu o golpe e começou o terceiro set atordoado, dando a impressão de que iria deixar a partida escapar naquele momento. Mas foi apenas uma impressão. Douglas Cordeiro apareceu bem, tanto nos bloqueios como nas jogadas rápidas pelo meio, e uma virada improvável aconteceu. O Lokomotiv parou nos 18 pontos e esbarrou em fez três bloqueios seguidos dos mineiros, que viraram o placar. Com a torcida eufórica, o Sada fechou a parcial em 25/22. Quando o Cruzeiro dava indícios de que ia embalar, a frieza russa apareceu. Com saques violentos e muito precisos, o Lokomotiv voltou a complicar o jogo celeste. Moroz seguia inapelável nos ataques e a confiança celeste foi se esvaindo. O tie-break foi inevitá-

vel. A história do quarto set se repetiu na parcial final. Os russos seguiram soltando o braço no saque e induzindo o Cruzeiro ao erro. Atéu que Marcelo Mendez tentou melhorar o passe do time, colocando Filipe no lugar de Diaz e o Sada recuperou uma desvantagem de quatro pontos. O jogo ficou aberto e foi decidido em duas marcações polêmicas, porém corretas, da arbitragem contra o Sada, que deram ao Novosibirsk a vantagem necessária para vencer. Sada e Lokomotiv saíram da quadra como os mais novos arquirrivais do vôlei mundial, deixando a dúvida de como seria um encontro na verdadeira final. No próximo domingo a resposta pode vir. FIM POLÊMICO.

MARIELA GUIMARÃES

Jogo contra os atuais campeões europeus foi emocionante


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sofreu o Trentino ontem considerando-se as últimas cinco edições do Mundial de Vôlei

1ª derrota

Italianos são surpreendidos FOTOS JOÃO GODINHO

Disputa acirrada marcou jogo de ontem entre Trentino e UPCN

Emjogohistórico, UPCN(ARG)derrota oTrentino(ITA),por 3setsa2,echegaà semifinaldotorneio ¬ GABRIELA PEDROSO ¬ A ordem dos dois lados

parecia ter sido a mesma: “Entrar com tudo” e, se possível, mais um pouco. Ainda no aquecimento de rede, jogadores de Trentino (ITA) e UPCN (ARG) “soltavam a mão” no saque, apenas uma prévia do que viria pela frente. Equilíbrio foi a tônica do confronto de ontem. Mas a raça acabou sendo o grande diferencial para o UPCN derrubar o temido gigante tetra-

campeão mundial Trentino, naquele que foi o primeiro tie-break do Mundial 2013. As parciais do confronto ficaram em 22/25, 25/23, 25/22, 16/25 e 15/13. O resultado é um feito histórico, já que esta foi a primeira derrota da equipe italiana na história da competição. O resultado também classificou os argentinos para a semifinal da competição. Tanto italianos quanto argentinos sabiam que qualquer vacilo seria utilizado como arma pelo rival. Além dessa preocupação, os atletas do UPCN tinham outra: parar o gigante búlgaro Sokolov. Para isso, era primordial que o saque funcionasse, impedindo que a bola chegasse até o levantador Suxho e fosse parar no opos-

to. Mas o nervosismo de enfrentar o tetracampeão do mundo pesou para os argentinos na etapa inicial. Quatro primeiros saques, quatro erros. Um prato cheio para o Trentino, que ia se distanciando na parcial. Sokolov era a referência dos italianos e virava tudo o que chegava até ele. O búlgaro foi o maior pontuador do primeiro set, com seis pontos marcados. Quando ia para o saque, fazia estragos. O resultado disso foi um placar de 25/22 para o atual campeão mundial no primeiro set. REAÇÃO. O UPCN precisava fa-

zer mais para vencer o adversário e sabia disso. Assim como no jogo contra o Panasonic Panthers (JAP), na es-

treia, o oposto brasileiro Théo chamou o jogo para si e liderou a reação dos argentinos na segunda etapa. O jogador, aliás, tinha um motivo especial para vencer o duelo. Na arquibancada, estava sua mãe, que se deslocou até Betim especialmente para torcer pelo filho. E, mais que o empate, o atacan-

Aprendizado Cabeça erguida. Após a derrota, os jogadores do Trentino afirmaram que o resultado ajuda no amadurecimento da equipe, que foi totalmente reformulada entre a última e a atual temporada.

te viu a sua equipe conseguir a virada ao vencer também o terceiro set. Além dele, outro brasileiro também foi fundamental na reação do UPCN: o central Júnior. No quarto set, a torcida italiana gritava por Sokolov, e o oposto tratou de responder em quadra. Um pouco sumido no jogo, o atacante voltou a desequilibrar para o Trentino e viu o seu time deslanchar e fechar a parcial. No tie-break, as duas equipes alternavam a pontuação e, em dois erros seguidos de Sokolov, o Trentino viu o UPCN passar à frente em um momento crucial. E a doação em quadra dos argentinos foi recompensada no final, com a histórica vitória sobre o Trentino.

O que disseram “Estamos contentes e muito felizes. Ganhar do Trentino, um tetracampeão do mundo, é algo diferente. Estamos muito felizes e certamente não esperávamos isso.” Demián Gonzalez CAPITÃO DO UPCN

“Toda derrota tem suas lições. Às vezes, faz parte do amadurecimento.” Alexandre Ferreira PONTEIRO DO TRENTINO

Números

UPCN

20

Vencer os campeões era sonho

era o número de vitórias seguidas do Trentino nos Mundiais

4 são os títulos conquistados de forma consecutiva pela equipe

63 pontos marcaram os italianos na partida de ontem

Ganhar dos atuais tetracampeões mundiais era apenas um sonho, mas se tornou realidade para o UPCN, da Argentina. Ontem, os argentinos protagonizaram uma verdadeira batalha com o italiano Trentino. Ao fim da partida, o time de San Juan fez muita festa nos arredores da quadra e comemorou a vitória como um verdadeiro título. O capitão Demián Gonza-

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Atletas argentinos comemoram ponto sobre italianos do Trentino

lez resumiu o sentimento de todos os atletas do UPCN. “Estamos contentes e muito felizes. Ganhar do Trentino, um tetracampeão do mundo, é algo diferente. Estamos muito felizes e, certamente, não esperávamos isso. Sabíamos que teríamos que dar o máximo para conseguir um bom resultado, e nosso time está de parabéns porque foi muito aguerrido”, afirmou o camisa 8,

sem esconder um largo sorriso no rosto. Segundo Gonzalez, além da dedicação máxima, os argentinos souberam igualar a qualidade dos italianos, atuando em ritmo forte desde o começo das parciais. “Nos sets que ganhamos, imprimimos um ritmo forte desde os primeiros pontos e não deixamos eles pensarem muito”. (Daniel Hott)


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fez Ben Abdallah, do Sfaxien, e foi o maior pontuador do time no jogo contra o La Romana

e. 5

23 pontos

Sfaxien conquista 1ª vitória FOTOS JOÃO GODINHO

Noconfrontodos azarões,timeda TunísiavenceLa Romana(DOM) por3setsa2

Despedida “Lamento pelo fato de sairmos sem uma vitória. Começamos muito bem o jogo, vencemos os dois primeiros sets, mas deixamos o nosso nível cair. Até na parte motivacional isso ficou evidente. É frustrante e triste ter que se despedir da competição desta forma.”

¬ DANIEL OTTONI ¬ O segundo jogo de on-

tem, pelo Mundial de clubes, que acontece no ginásio Divino Braga, em Betim, reservou um encontro entre azarões. Os desconhecidos, mas não menos motivados Sfaxien (TUN), atual campeão africano, e La Romana (DOM) fizeram um duelo disputado e marcado pelo ponto a ponto, que terminou com vitória do time da Tunísia por 3 sets a 2 (23/25, 22/25, 25/23, 25/14 e 15/11). A exceção no equilíbrio ficou no quarto set, quando o time do Caribe caiu drasticamente de rendimento. “Acredito que esta pode ser uma partida boa para triunfarmos e conquistarmos uma vitória em nossa primeira participação. Estamos aqui para ganhar experiência”, já projetava Yhonastan Fabian, assistentetécnico do time dominicano, que saiu na frente do placar, mas não soube manter a vantagem nas parciais seguintes. Depois de dois bons primeiros sets, com muito equilíbrio, o La Romana caiu de rendimento. As melhores jogadas de ataque, armadas pelo levantador Castro, sempre encontravam o oposto Tapia e o ponta Contrera em boas condições de finalizar. Mas, nos sets finais, a dupla errou

Pequero LÍBERO DO LA ROMANA

Valorizada. O Sfaxien, da Tunísia, conquistou a primeira vitória no Mundial de Clubes de Vôlei em cima do La Romana ontem, em Betim

muito, mandando ataques para fora e desperdiçando chances de incomodar os africanos. O Sfaxien mostrou boa condição defensiva, com muitos pontos de bloqueio, formando paredões sobre os avanços dominicanos. A boa marcação foi reconhecida pelo líbero Pequero, do La Romana. “Temos que valorizar a qualidade do time deles,

que acabou aparecendo em muitos momentos, sobressaindo à nossa. Saímos frustrados do campeonato, pois esta era uma chance real de conseguirmos uma vitória. Começamos bem, mas depois nosso rendimento caiu”, lamentou o defensor. A qualidade técnica inferior, principalmente se comparada às principais escolas do vôlei mundial, ficou evi-

Contrera Última vez. O ponta Contrera, do La Romana, fez sua última partida pela equipe de seu país. Em breve, ele será integrado ao elenco do Funvic-Taubaté (SP), que disputa a Superliga masculina de vôlei.

La Romana

Eliminado

Jogador valoriza evolução no torneio

“Fizemos o nosso melhor. Infelizmente, não foi o suficiente. Temos jogadores de bom nível, que jogam na seleção nacional e cumprem bem seu papel. Agora é voltar e focar no campeonato local, onde entramos como uma das melhores equipes. O time deles foi bem, nos marcou e soube aproveitar os bons momentos. Erramos muitos, mas é a vida que segue.”

O jogo de ontem foi o último do La Romana no Mundial. Mesmo com o saldo negativo de três derrotas, a equipe acredita que cumpriu bem seu papel no campeonato, no qual esteve pela primeira vez. “Essa competição certamente será útil para nossa evolução. Temos bons jogadores, que estão na seleção local e que cumpriram bem seu papel. Fizemos o que podíamos. Infelizmente, a vitória não veio. Agora é focar nos próximos compromissos”, rela-

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Pequero LÍBERO DO LA ROMANA

dente, mas também colaborou para equilibrar a partida, que terminou sob aplausos da torcida, que reconheceu o esforço dos jogadores. Os times procuraram compensar a fragilidade tática com muita força física e determinação, fazendo o impossível para impedir que a bola caísse. Bons ralis puderam ser vistos, do começo ao fim. Ali estava, para os dois,

uma oportunidade única de sair do Mundial com uma vitória. Afinal, os outros dois adversários da chave – Sada Cruzeiro e Lokomotiv, da Rússia – certamente não dariam chances para os clubes de escolas pouco tradicionais. Apesar de erros cometidos dos dois lados, os ataques sobressaíram e mostraram uma característica importante dos dois times no aspecto físico. A participação em outras edições do Mundial certamente será útil para que clubes como La Romana e Sfaxien continuem melhorando e tendo oportunidades de crescer jogando contra equipes de mais peso. A presença de times de países com pouca força no vôlei internacional serve para mostrar o trabalho de muito comprometimento que é feito em lugares onde a modalidade ainda busca por resultados expressivos.

Realidade. Apesar de três derrotas no Mundial de Clubes, líbero do La Romana valorizar participação

ta o líbero Pequero. Hoje, no último dia da fase de classificação, o Sfaxien tem um encontro complicado diante dos atuais campeões europeus do Lokomotiv. Mesmo sabendo da tarefa quase impossível de vencer os russos, o time tunisiano já sente que fez bastante ao conquistar uma importante vitória. A comemoração dos jogadores e da comissão técnica deixou claro que as expectativas iniciais foram atingidas. (DO)


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em dois jogos conquistou o UPCN, equipe dos brasileiros Théo, Júnior e Rodrigo Lopes

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vitórias

Brasileiros ‘quase’ argentinos MOISES SILVA/ OTEMPO

Júnior,Rodrigo LopeseThéo,que defendemoUPCN, seidentificaram comnossosvizinhos ¬ GABRIELA PEDROSO DANIEL HOTT

¬ Para

grande parte dos brasileiros, a relação com a Argentina é sinônimo de muita rivalidade, muito por conta da paixão dos dois países pelo futebol, esporte em que vivem se confrontando. Mas para os brasileiros que representam as cores do UPCN, a história é outra. Há cinco anos morando em solo hermano, o central Júnior é um dos exemplos disso. O atacante diz já ser “quase um argentino”, o que mostra o sentimento de carinho do baiano pelo país sul-americano. “A cidade de San Juan é muito bonita e acolhedora. Isso eu pude perceber bem. Me encontrei com tudo lá e é por isso que estou na Argentina há cinco anos e me naturalizei. A mistura de acarajé com churrasco deu certo”, disse o meio-de-rede. “Já tenho identidade, residência fixa e sou muito grato ao país. Eles me adotaram de várias maneiras, a qualidade de vida é boa, o time é bom. Enquanto me quiserem, vou ficando por lá. Por enquanto, não tenho intenção de voltar ao Brasil. O trabalho lá vale a pena para mim”, completou. O ponteiro Rodrigo Lopes foi outro brasileiro que se apaixonou pelo povo argentino. Logo no começo de sua carreira como profissional no vôlei, o jogador atuou por três temporadas pelo River Plate, e nem a passagem pela Finlândia foi capaz de afastar o atacante do país. Rodrigo, que é noivo de uma argentina, já tem uma relação tão forte com o país vizinho que revela estar mais acostumado com o espanhol do que o português, atualmente. “São muitos anos vivendo na Argentina. Já me acostumei a falar o espanhol, quase não falo mais o português. Às vezes, é até difícil voltar a falar português. Venho para o Brasil apenas nas férias e fico a maior parte do tempo lá”, declarou o jogador, que afirma que sente

Destaque. O central Júnior é um dos brasileiros que joga pela equipe argentina; há cinco anos morando no país vizinho, ele é um dos principais jogadores do time

saudades da culinária brasileira e dos familiares. “Sinto muita falta da comida e da família. O resto, a gente se adapta”, contou Rodrigo.

Torcida especial

Théo conta com apoio dos pais MARIELA GUIMARÃES

NOVATO. O oposto Théo, con-

tratado pelo UPCN nesta temporada, parece ir pelo mesmo caminho. O jogador, que chegou como a maior contratação da equipe hermana, inclusive, destaca a hospitalidade dos argentinos. “Eles me ajudam muito, todos os dias, e esse suporte faz uma grande diferença. Normalmente, nos encontramos nas horas vagas, eles falam sobre o que é preciso aprender em um primeiro momento, contam coisas da cultura e da gastronomia. Sempre que dá, estamos juntos. O povo argentino recebe muito bem”, elogiou o oposto brasileiro.

Números

20 vezes pontuou Júnior no jogo do UPCN contra o Trentino

14 pontos marcou Théo na partida, o segundo maior pontuador

A vitória de ontem teve um sabor especial para o oposto Théo. Enquanto ele se esforçava em quadra, nas arquibancadas do ginásio Divino Braga estavam seus pais, Ronaldo e Maria Naide, que saíram de Brasília somente para acompanhar o filho neste Mundial de Clubes. “Eles são fanáticos pelo vôlei e estão sempre me acompanhando. Minha mãe já foi até ao Japão para me ver jogar. Foram eles que sempre me incentivaram no esporte e é uma motivação a mais. Acho importantíssimo tê-los ao lado”, destaca o oposto, que costuma ter sorte quando atua próximo da família. “Não me lembro de ter perdido na presença deles. Tomara que continuem vindo”, brinca o jogador. Ronaldo fala com muito orgulho sobre Théo. Ele afirma que o filho concretizou seu sonho não realizado. “Toda vida sonhei em jogar vôlei, mas nunca tive a oportunidade certa. Poder acompanhá-lo é uma realização para mim. Ele tem uma carreira brilhante e isso me deixa muito feliz”, ressalta o

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Torcida. O oposto Théo fez a alegria dos pais, Ronaldo e Maria Naide, ao vencer o Trentino ontem

pai do jogador brasileiro. Durante a vitória sobre o Trentino, a mãe de Théo ficou bastante agitada na arquibancada e vibrou muito a cada ponto do UPCN. “Eu fico nervosa, vibro, xingo, assovio. Dou o maior vexame, mas isso não importa quando ele sai de quadra vitorioso”, afirma. INQUIETA.

Maria Naide mostra otimismo sobre as chances de ver o filho campeão do mundo e até faz algumas críticas construtivas ao time argentino. “Acho que é possível conquistar o título. Precisam errar um pouco menos, acertar os saques e ter mais concentração”, acrescenta a mãe do atleta, dando uma de técnica. (Daniel Hott)

Incentivo “Foram eles que me incentivaram e é uma motivação a mais. Acho importantíssimo tê-los ao lado.” Théo OPOSTO DO UCPN


Mundial de Vôlei|

O TEMPO Belo Horizonte SEXTA-FEIRA, 18 DE OUTUBRO DE 2013

O UPCN venceu o Campeonato Sul-Americano desse ano e participa do Mundial de Clubes pela

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1ª vez

No ritmo do rock e la cumbia Novestiário,atletas doUPCNbotam somnacaixae,nos ouvidos,paraficar relaxnopré-jogo ¬ DANIEL HOTT ¬ Vestiários esportivos ge-

ralmente são locais sagrados e de pouca interação com o mundo externo. Mas o UPCN, da Argentina, foi a exceção à regra neste Mundial de Clubes. A reportagem de O TEMPO teve acesso exclusivo às instalações dos argentinos minutos antes do duelo contra o italiano Trentino, ontem, e encontrou um ambiente totalmente diferente do imaginado. Descontraídos, os atletas nem pareciam que teriam uma verdadeira decisão pela frente em instantes. Enquanto vestiam os uniformes, os argentinos ouviam música alta às custas de dois DJ's bem peculiares: o levantador Gonzalez e o ponteiro Alexandru Olteanu. Segundo o romeno, ouvir música alta antes das partidas é uma tradi-

JOÃO GODINHO

ção no UPCN. Esse é apenas um ingrediente da fórmula de sucesso do clube, que é o atual tricampeão nacional e campeão sul-americano. “Se não colocamos a música, não saímos para a quadra. Todos ficam na mesma sintonia, é bem divertido”, garante Olteanu. O ponteiro acrescentou: “Como é uma tradição, fazemos sempre o mesmo ritual. O Gonzalez escolhe três músicas e depois eu escolho três. Só depois saímos para a quadra”. A trilha musical vem dos celulares dos dois jogadores, que ficam conectados a uma potente caixa de som. Mesmo com o vestiário localizado no fim de um longo corredor do ginásio Divino Braga, é impossível não escutar os ritmos que embalam os argentinos. A escolha das músicas é uma tarefa difícil para a dupla de DJs. Para agradar a todos os companheiros de time, eles buscam variar os estilos. O romeno tem uma pegada mais internacional, extremamente voltada ao rock. Antes do jogo com o Trentino, por exemplo, ele optou por By The Way, do

Brasileirinho Preferências. O oposto Théo foi contratado recentemente ao UPCN e ainda não se credenciou a escolher alguma música no vestiário. O brasileiro, no entanto, garante que logo vai introduzir algum ritmo do país no cotidiano dos argentinos.

Agito. Jogadores do UPCN, da Argentina, curtem música no vestiário antes de vencer o Trentino

Red Hot Chili Peppers, Sweet Child O'Mine, sucesso histórico do Guns N' Roses, e Smells Like Teen Spirit, do Nirvana. “Gosto muito de rock e acho importante ouvir esse tipo de música antes de cada partida, nos dá uma energia forte, uma gana maior para jogar. O Gonzalez tem outro estilo, prefere coisas

mais nacionais. Ele costuma colocar ritmos argentinos, como a cumbia. É uma mistura legal”, revela o romeno. O clima sereno do vestiário antes das partidas é uma espécie de pacto selado pelos argentinos. “Não temos motivos para ficarmos sérios ou com um clima ruim”, finaliza Olteanu.

JOÃO GODINHO

A hora é essa Ápice. Olteanu destaca que o Mundial é o grande momento da carreira da maioria dos atletas do UPCN. “Para nós, jogar o Mundial é um prazer, algo único em nossas carreiras”, conclui.

Sertanejo. Nascido em Brasília, Théo gosta muito de música sertaneja e diz que aguarda uma brecha na hora certa para colocar um som tradicionalmente tupiniquim para tocar em bom som. “Ainda não coloquei nada para tocar. Mas em breve vou pedir um espaço e sugerir algumas coisas. Brincadeira. “As músicas escolhidas do Olteanu e do Gonzalez não estão muito boas. Tenho que aceitar alguns tipos de música, nem sempre o ritmo que eles escolhem é legal. Mas como estamos em um grupo, temos que aceitar as diferenças”, brincou o brasileiro.

JOÃO GODINHO

Energia

Quebra-gelo

“Se não colocamos a música, não saímos para a quadra. Todos ficam na mesma sintonia, é bem divertido. Como é uma tradição, fazemos sempre o mesmo ritual. O Gonzalez escolhe três músicas e depois eu escolho três.”

“Como sou brasileiro, já estou acostumado com essa bagunça organizada no vestiário. Por onde passei foi assim. Eu acho muito legal, ajuda a quebrar um pouco o clima do jogo e ainda deixa os jogadores mais próximos.”

Alexandru Olteanu PONTEIRO DO UPCN

Théo Leandro Lardone (d), preparador físico do UPCN, entra no clima

Ponteiro Alexandru Olteanu seleciona a trilha: rock para os colegas

OPOSTO DO UPCN DENILTON DIAS - 16.10.2013

Falta ataque. Equipe japonesa foca muito em defesas e bloqueios

Técnico dos Panthers detecta problemas ¬ THIAGO NOGUEIRA ¬ Os japoneses são conhe-

cidos por serem desbravadores, estudiosos, estarem sempre atrás do perfeccionismo. No Mundial de Vôlei, o Panasonic Panthers também faz da competição um momento de aprendizado. Após duas partidas – derrota para o UPCN e vitória sobre o Kaleh –, o

técnico Masashi Nambu já detectou uma deficiência que precisa ser melhorada. “Depois de ter jogado contra os times da Argentina e do Irã, é nítida a diferença física para os atletas japoneses. É essa experiência que quermos levar para o Japão para melhorar nosso vôlei”, analisou o treinador. O intercâmbio com o vô-

lei brasileiro faz parte da estratégia. “É a primeira vez que participo de um Mundial. Estamos contanto com a força do Dante para a próxima temporada. Se não tivesse a ajuda de um estrangeiro no nosso time, não conseguiríamos participar deste torneio no mesmo nível”, destacou Nambu. Mesmo com apenas duas

partidas com a equipe japonesa, o ponteiro Dante já tem diagnosticadas as carências da vôlei asiático. “Lá eles são muito rigorosos com bloqueio e defesa, principalmente com a defesa. Mas eles têm que aprimorar um pouco o ataque. É o que vai dar um ‘up’. Eu procuro passar isso para eles”, ponderou o brasileiro.

Técnico Masashi Nambu avalia equipe durante jogos do torneio


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e.

|Mundial de Vôlei

O TEMPO Belo Horizonte SEXTA-FEIRA, 18 DE OUTUBRO DE 2013

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foi o tempo gasto para toda a organização da disputa do Mundial de Vôlei, em Betim

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JOÃO GODINHO

JOÃO GODINHO

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JOÃO GODINHO

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