Propriedade: A MÓ · Associação do Vale do Neiva (Cultural, Património e Ambiente) | Barroselas Abril 2018 | Mensal · Nº48 · Gratuito · Versão digital
Balugães
O Teatro de Balugas estreia na Galiza P. 7
Durrães e Tregosa
A Tradição da Mesa dos Três Abades P.3
Tregosa recebeu o Teatro da Associação dos Reformados e Pensionistas de Barroselas P. 2
Entrevista
Kin Jong Un nas Neves para a Queimada do Judas P. 5 PUB.
Entrevista à Irmã Teresa Ribeiro de Miranda P. 10a12
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Nacional
Eletrificação da Linha Férrea do MinhoP. 9 Sugestão ao leitor
ALFRED HITCHCOCK NO CINEVIANA P. 18e19
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Durrães e Tregosa
Tregosa recebeu o Teatro da Associação dos Reformados e Pensionistas de Barroselas No dia 18 de março, o Teatro da Associação dos Reformados e Pensionistas de Barroselas, esteve em Tregosa a convite do Grupo TeatroNeiva. Trouxeram uma peça intitulada “Azenhas Moleiros e Moleiras” cuja a representação, foi bem conseguida, relembrando todo um passado, relacionado com as azenhas e moinhos, espalhados pelo nosso rio Neiva. Notou-se nos atores e atrizes, a preocupação no trajar e no bem representar, para além, do cumprimento das regras mais elementares, quando se pisa um palco pela primeira vez. Como se tratou de uma ação conjunta, o Grupo TeatroNeiva, também teve a sua participação, levando à cena o Sketch “ Lavar roupa no Rio”. Foi, sem dúvida, uma tarde bem passada, onde o público se divertiu e mostrou-se recetivo a este género de espetáculo. O teatro, é para continuar, disse com um ar de felicidade, o Dr. Sérgio Gonçalves Diretor da Associação dos Reformados e Pensionistas de Barroselas na apresentação das atividades da Associação. A Autarquia de Barroselas e Carvoeiro, fez-se representar na pessoa do Sr. Marçal Almeida (Secretário) bem como, o Reverendo Padre Ernesto Faria, Pároco da freguesia de Tregosa. A finalizar este espetáculo, e como no dia seguinte seria o dia do Pai, a Srª Fernanda declamou um poema muito sentido e comovente, dirigido a todos os pais presentes que, das mãos de duas senhoras, receberam uma rosa vermelha símbolo de amor e carinho. Tratou-se de um gesto muito simpático e, bem acolhido por todos. O pano fechou mas, a festa continuou nos bastidores, com a apresentação de variadas iguarias, habilmente confecionadas pelas mãos das atrizes, gerando assim um salutar convívio entre os presentes. Ações deste género são sempre bem vindas. Viva o teatro. José Miranda
Ficha técnica | Diretor: Tiago Lima Redação: Domingos Costa · José Miranda · Manuel Lima · José Rafael Soares Colaboradores: Alcino Pereira · Cristiana Félix · Adriano Jordão Design e Paginação: Inês Guia Contacto redação: Avenida S.Paulo da Cruz, Apartado 20 - Barroselas · redajornalvaledoneiva@gmail.com Periodicidade: Mensal Formato: Digital Distribuição: Gratuita Os artigos de opinião são da inteira responsabilidade dos seus autores, podendo ou não estar de acordo com as linhas editoriais deste jornal.
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Neves
A Tradição da Mesa dos Três Abades Cumpriu-se uma vez mais nesta segunda feira de Páscoa com tempo chuvoso, a Tradição na Mesa dos Três Abades, no lugar das Neves, local de partilha de três Freguesias, União de Freguesias Barroselas e Carvoeiro, Vila de Punhe e Mujães do Concelho e Distrito de Viana do Castelo. Local emblemático, onde todos os anos se encontram os três Compassos Pascais e as respetivas Autoridades Civis, depois todos trocam cumprimentos, dirigindo-se de seguida para a Mesa dos Três Abades. Aí os espera o Porto de Honra e os tradicionais doces gema brancos, e todos brindam ao bom entendimento das três comunidades, pois era nesse local no passado, onde se resolviam algumas contendas e se decidiam assuntos de interesse geral. A Filarmónica presente executou o toque da contradança do multissecular “Auto da Floripes”, e assim se procedeu ao içar da Bandeira da Festa da Senhora das Neves, pela Comissão de Festas, anunciando assim, as festividades para o inicio do próximo mês de agosto, não faltando os foguetes para assinalar esse facto. Este ano tivemos uma inovação, depois de o içar da Bandeira a jovem Ana Beatriz vestida a rigor, natural de Barroselas, cantou o tema “Aleluia” sendo muito aplaudida, uma voz que promete. Uma vez mais a população não faltou à festa, mostrando o seu agrado pelas nossas Tradições aqui no Vale do Neiva. A Redação
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Auto da Floripes no VI Encontro Astur-Luso A Auto da Floripes esteve presente, no âmbito do VI Encontro Astur-Luso, nas “XI Xornaes de Mazcaraes d’Iviernu”, nos dias 3 e 4 de março em Siero, Oviedo. No dia 3 de março o Auto da Floripes foi representado no fantástico Teatro-Auditório de Siero, enquanto no dia 4 de março participou no desfile que teve lugar em Valdesoto. A Banda Nova de Barroselas, através de alguns músicos, assegurou o acompanhamento e a animação musical, onde as contra-danças foram o mote para a dança e a alegria. Aliás, boa disposição e convívio não faltaram, bem como orgulho e brio na tradição exibida. O Núcleo Promotor do Auto da Floripes 5 de
Agosto, que contou com o apoio da Comissão de Festas da Senhora das Neves, das autarquias locais e da Câmara Municipal de Viana do Castelo, considera que foi uma
oportunidade interessante representar na região asturiana, onde, precisamente, teve início a reconquista cristã, mas também em Siero, uma vez que Valdesoto preserva com afinco a tradição los “Sidros Y Comedies”. Ao ser representado, no âmbito da gala Astur-Luso, a presença do Auto da Floripes, como único representante português, contribuiu para a promoção ibérica do património e da comunidade que lhe serve de suporte, mas também para a sensibilização local e para a motivação e a coesão dos comediantes. Núcleo Promotor do Auto da Floripes
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Kin Jong Un nas Neves para a Queimada do Judas No passado sábado de aleluia, 31 de março, voltou-se a realizar no Largo das Neves a Queimada do Judas. Kin Jong Un, líder da Coreia do Norte, foi o tema escolhido. Levado para a forca por quatro “Samurais” e em cima de uma “bomba radioativa”, o Judas (Kin Jong Un) esteve acompanhado no cortejo, em jeito de paródia, por música e inúmeros figurantes alusivos ao sudeste asiático e ao perigo nuclear. O testamento, apesar de alguns alertas, foi meigo e deixou sossegado os mais medrosos. No entanto, deixou várias relíquias para os autarcas e associações locais, bem como para as figuras da política nacional e internacional. Se antes da Queimada do Judas, teve lugar na capela da Senhora das Neves um concerto brilhante dos Contraponto, no fim, e em ambiente de confraternização, foi lido o esconjuro e servida a tradicional queimada galega. A Queimada do Judas, depois de realizada cinco anos consecutivos, é já um número aguardado pela população e já se assevera como uma das atividades culturais mais interessantes do Largo das Neves. O Largo das Neves esteve em festa e voltou a ser um palco privilegiado para a cultura popular e berço especial para a harmonia entre as três comunidades. “Já parecia um dia de festa” comentaram muitos. Organizada pelo Núcleo Promotor do Auto da Floripes 5 de Agosto e pelas três autarquias que partilham a “Mesa dos Três Aba-
des” (Barroselas e Carvoeiro, Mujães e Vila de Punhe), a Queimada do Judas, enquanto espetáculo profundamente popular, é concretizada por gerações distintas e por diversas associações e grupos das três co-
munidades. Um agradecimento especial às pessoas envolvidas – José Gonçalves, Agostinho Cerquido e Rogério Pereira -, às associações – Escuteiros de Mujães, Grupo S. Paulo – e aos grupos – Luar’13 e Idoso + Ativo. A Queimada do Judas teve como inspiração a Queima do Judas que se realizou no Sábado de Aleluia de 1921 no Largo das Neves. Depois de 92 anos, de um suposto interregno, o Judas voltou, no sábado de aleluia, ao Largo das Neves para censurar e ser queimado na forca. Embora tenha como base a tradicional Queima do Judas, a Queimada do Judas apresenta-se como um conceito aberto e resiliente, permitindo novas e criativas roupagens. Sem deixar de manter na estrutura o testamento e o auto de fé do Judas, o conceito ajusta-se aos tempos de hoje e define como matriz diferenciadora a leitura do esconjuro acompanhado da tradicional queimada galega, com o intuito de, antes de ser queimado, exorcizar os pecados do Judas e permitir uma morte com absolvição e perdão. A organização
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Vila de Punhe
Queimada No Bonfim Com o fechar do inverno, está aí a primeira sexta-feira’13 do ano 2018. Em abril, e já com a Páscoa passada, regressa uma atividade que já faz parte do calendário cultural da nossa região. A 13 de abril, a autarquia de Vila de Punhe em conjunto com o Núcleo Promotor do Auto da Floripes 5 de Agosto vão organizar uma caminhada noturna ao Parque do Bonfim. Esta iniciativa denominada de “Queimada no Bonfim”, vem no seguimento das várias organizadas no âmbito da “Sexta-feira’13 Queimada”, a referir: “Queimada na Pegada”, “Queimada no Calvário”, “Queimada no Santinho”, “Queimada no Velasco”, “Queimada na Pedra da Mulher”, “Queimada na Mesa dos Três Abades”, “Queimada na Lagoa da Infia” e “Queimada no Picoto”. A caminhada noturna ironiza o espírito de misticismo que envolve a sexta-feira’13 para, num ambiente de convívio, juntar aventura com cultura. Situado no lugar de Arques, o Parque do Bonfim localiza-se no sopé de duas Quintas, estando arborizado entre uma fonte, um lavadouro e uma pequena presa. Com o ponto de partida no adro da igreja paroquial de Vila de Punhe, os caminhantes rumarão ao lugar de Arques, mais concretamente ao Parque do Bonfim para assistirem à coreografia e ao esconjuro, bem como para provarem a queimada galega. O percurso, antes de entrar na Estrada Real, percorrerá diversas ruas do norte da
freguesia. O ambiente será de festejo com os bombos e os cantares, mas estejam vigilantes e tomem cuidado com as manhas que despontarão no decorrer do percurso. A autarquia e a associação revelam que é viável, com resultados seguros e motivadores, melhorar a oferta cultural, trabalhar em cooperação e promover a participação das pessoas e das instituições. O Luar’13 e o projeto “Idoso + Ativo” continuarão como parceiros e estarão envolvidos na animação.
São estas iniciativas reconhecidas que proporcionam o convívio, a coesão e cooperação, como também hábitos saudáveis e uma necessária sensibilização para o património natural e cultural da nossa região. Inscrições: http://bit.ly/Queimadanobonfim Informações: sexta13queimada@gmail.com ou Junta de Freguesia
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Balugães
O Teatro de Balugas estreia na Galiza No passado dia 10 de março, o Teatro de Balugas estreou nova produção em Rianxo, terra de Castelao, Dieste e Manuel Antonio, nomes incontornáveis da literatura galega, e palco da companhia de teatro mais antiga daquela região, o Teatro Airiños. A nova produção intitulada em galego “Abaixo o Aeroporto en Rianxo” é uma divertida comédia dedicada a essa vila piscatória da província da Corunha, onde o português, o galego e castelhano se misturam na história da mais pequena comunidade portuguesa radicada na Galiza, da qual o Governo Português nunca deve ter ouvido falar. Ti Abílio há muito que ouve mal, diz que foi da fome que passou. Zé Bidão é dançarino de danças de salão nas horas vagas e biscateiro de profissão. O romeno Yuran, ilegalmente a trabalhar em Espanha, fala mal a língua de Cervantes, mas entende bem a preguiça de Zé Bidão. Ele veio à procura de fortuna e vê-se metido na maior alhada da sua vida, quando Ti Abílio inocentemente entendeu que ia ser ali o aeroporto e a notícia correu rápido. A partir daqui, Zé Bidão de biscateiro passa a engenheiro da empreitada. Como rapidamente surge a notícia, rapidamente cai também por terra o aeroporto de Rianxo: um político de Lisboa aproveita-se da situação transfronteiriça, argumentando que ali não pode ser construído, devido um corredor aéreo da avifauna, em especial de rolas turcas. A polícia é chamada a intervir, há um motim originado por Maria das Dores, mãe solteira que aproveita a presença de um canal televisivo sensacio-
nalista de Madrid. Apesar da fronteira física, a matriz sociocultural que sustenta a linha artística da companhia de Balugães mostrou que
o teatro não tem limites. A peça pode ser vista no dia 14 de abril no Theatro Gil Vicente (Barcelos) e a 19 de maio em Arentim (Braga).
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Mujães
Convite A direção da Associação Cultural de Mujães convida todos os seus sócios, amigos e publico em geral a participarem na apresentação do livro “ACM – Uma Associação há 25 anos”, no dia 22 de abril, pelas 10h, na sua sede. Trata-se de mais uma das iniciativas que assinala o ano das comemorações dos seus 25 anos de existência. O programa inicia pelas 10h com a abertura de uma exposição de colecionismo a cargo da Associação de filatelia e Colecionismo do Vale do Neiva. Pelas 10h30 seguir-se-á a apresentação formal do livro contando com a presença das entidades locais e do município. Trata-se de um livro com um carater histórico e cronológico da vida associativa da instituição, rico em testemunhos e registos fotográficos.
Será também apresentado um selo e um carimbo dos CTT que eternizarão o momento pela importância que tem para toda a comunidade de Mujães e do Vale do Neiva. Para encerrar a cerimónia será servido
um Porto de Honra a todos os presentes, que proporcionará um momento de partilha e confraternização entre todos os que se quiserem juntar ao momento. A Associação agradece a presença de todos.
Barroselas e Carvoeiro
Associação de Reformados e Pensionistas de Barroselas vai celebrar o seu aniversário no próximo dia 22 de Abril “A ARPB-Associação de Reformados e Pensionistas de Barroselas vai celebrar o seu aniversário no próximo dia 22 de Abril. A ARPB foi criada a 17 de Abril de 2009 por um pequeno grupo de Reformados e possui, hoje em dia, cerca de 350 associados ativos. O seu objetivo foi constituir uma Associação que acautelasse a continua integração dos associados na sociedade, independentemente da sua origem social ou percurso profissional. A Associação funciona em “regime aberto”, como espaço onde os associados entram e saiem a qualquer hora, dentro do seu periodo de funcionamento, convivem e desenvolvem atividades em completa integração. Para isso a Associação desenvolve um conjunto de atividades durante os vários dias da semana e de forma permanente: sala de convívio; sala de artesanato e bordados; ginástia de Pilates para seniors, Yoga e Ginástica de psicomotricidade; atividades teatrais, dança e o Grupo Musical Entardecer. Tem ainda, neste momento, quatro projetos em desenvolvimento com muita espe-
tativa e entusiasmo: 1. Combate à solidão dedicado aos associados que em virtude da sua pouca mobilidade ou saúde são impedidos de se deslocarem até à Sede, com visitas sociais dos outros associados; 2. Implementação de uma Biblioteca dedicada a todo o Vale do Neiva, cuja implementação já se iniciou, e que se espera inaugurar no aniversário de 2019, altura dos 10 anos de funcionameno; 3. Informática para todos, com disponibilização de alguns computadores para que os associados possam aceder às novas tecnologias. De salientar que cerca de 95% dos associados nunca teve contato com esta realidade. Este projeto sera inaugurado no dia do aniversário da Associação. 4. Projeto de colaboração com África através da ação mediadora das Missões Católicas em Angola e Moçambique. Este projeto terá o seu epílogo no aniversário de 2019, em que será entrega do produto resultante da atividade desta Associação: vestuário confecionado pelas próprias associadas.
Para toda esta atividade temos contado com a ajuda inestimável da Câmara Municipal e da Junta de Freguesia, para além da energia, entusiasmo e entrega dos nossos associados, naturalmente.”
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Nacional
Eletrificação da Linha Férrea do Minho Manuel Lima m.l.valedoneiva@gmail.com
No âmbito da modernização da linha férrea do Minho, a Refer está a proceder à eletrificação da via, bem como à remodelação, ampliação e construção de novas Estações ferroviárias. Midões será dotada de uma Estação técnica e Barroselas verá a sua Estação melhorada, no seu comprimento útil. Um investimento previsto, de 80 milhões de euros. Os trabalhos no percurso entre Nine e Viana do Castelo, tiveram início em janeiro de 2017 e a previsão de conclusão 2º trimestre de 2018. Já entre Viana e Valença, iniciaram-se os trabalhos em Janeiro de 2018, prevendo-se a conclusão no 3º trimestre de 2019. A intervenção, permitirá diariamente, um aumento de circulação do material circulante, dos atuais 15 comboios de 300mts.,
para 20 de 750mts. Por essa via, irá ser triplicada a oferta, com redução do tempo de trajeto, e maior conforto. Finalmente, a li-
nha ferroviária do Minho entra na rota do progresso, ligando-nos à Europa aqui tão perto, mas que parece estar muito longe.
Desporto Regional
Ginástica - Invasão Amarela e Negra em S. João de Ver Escola Desportiva de Viana A secção de ginástica da Escola Desportiva de Viana invadiu literalmente o Pavilhão Municipal de S. João de Ver, participando com 29 ginastas, no Campeonato Distrital de Duplo-Mini Trampolim, que teve lugar a 10 de março, conseguindo excelentes resultados e cumprindo os objectivos traçados para esta competição. Orgulhosamente presente com a maior comitiva de entre todos os clube que compõem a Associação de Ginástica do Norte, (AGN), a EDV participou em todos os escalões/géneros. De realçar a presença dos mais recentes ginastas, no escalão Infantil, masculino e feminino, que na sua primeira competição oficial demonstraram muita qualidade e garantia futura de grandes resultados desportivos individuais e colectivos. Esta competição tinha como propósito o apuramento dos ginastas para o Campeo-
nato Nacional de Duplo Mini-Trampolim e Tumbling, que se irá realizar no Centro Cultural, em Viana do Castelo, nos próximos dias 28 e 29 de abril de 2018. Vários ginastas e as ginastas da EDV atingiram essa qualificação, e o clube irá apresentar em todos os escalões e géneros,
vários atletas que irão representar o clube e a cidade, com a maior comitiva alguma vez apresentada pelo clube, num Nacional desta Modalidade. Aguardamos a publicação oficial dos resultados para aí sim anunciar todos os ginastas apurados.
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Entrevista
Entrevista à Irmã Teresa Ribeiro de Miranda
Filiação da Irmã Tersa: filha de Gremino Fernandes de Miranda e de Olívia Ribeiro de Miranda, nasceu na freguesia de Tregosa, Concelho de Barcelos e Distrito de Braga. Infância: - Uma infância normal. A minha Família era grande vivia sob a atenção dos Pais e até já dos irmãos mais velhos de quem recebia orientação e obediência, lembra-me das minhas traquinices, mas também já era inclinada para o espiritual e atos de piedade. Chamamento: - Em relação a um chamamento vocacional nada entendia. Simpatizava com as Religiosas que na altura eram (mendicantes) passavam pela Paróquia penso que uma vez no ano e algumas vezes eram acompanhadas às casas pelas minhas irmãs já jovens. Lembra-me que na escola um dia a professora mandou fazer uma redação para dizermos o que queríamos ser mais tarde, na minha redação disse que queria ser Religiosa, a professora apoiou-me muito mas os colegas começaram-me a chamar “freirinha “eram a brincar, mas eu nunca liguei. Mais tarde fui como as outras jovens do tempo, falei com alguns jovens, mas com experiências passageiras. De alguns bem me livrou o Senhor. Um dia num passeio a Braga vi um grande grupo de Religiosas e disse a uma senhora que ia connosco, gostava de passar algum tempo num convento para ver se tinha vocação, e ela disse-me para saber se tinha vocação que procurasse um Padre Espiritual para fazer um discernimento, ela própria me levou a um Sr. Padre Passionista ao convento de Barroselas e ainda vive lá hoje. Fui falando com ele. Umas vezes eu estava animada outras vezes queria desistir não me achava digna. Um dia fui lá mesmo pronta a desistir dizendo porquê, ele ralhou tanto comigo, disse-me que digno não era ninguém e que quando Deus chama não se brinca… Esta última frase nunca a esqueci e vim
na altura todo caminho para casa a repeti -la. Esta frase ficou-me gravada noite e dia e resolvi continuar a caminhada. Apoio familiar no chamamento: - Quanto ao apoio familiar, eu fui pondo o problema muito ao de leve. Em relação ao meu Pai pareceu-me que ficou muito Feliz, a minha Mãe opunha-se severamente, ao ponto de ir falar sem eu saber, com o Sacerdote que me acompanhava, e disse-me depois como uma grande vitória! O Sr. Padre não me disse, no entanto deu-me a entender que eu tinha que aguardar mais tempo, porque a minha Mãe não estava preparada para me ver sair… Os meus irmãos admiravam a minha atitude depois de verem tanta oposição da minha Mãe. A minha irmã mais velha acompanhou-me desde o primeiro momento, sempre com muito carinho, só ela sabia as minhas confidências. Eu não tinha coragem para informar os Pais do dia da saída, mas ela esteve sempre comigo, dando-me conselhos e ainda me acompanhou em todas as dificuldades até aos dias de hoje. Partida ao encontro de Deus - Deixei a casa de meus Pais aos 24 anos, foi um processo bastante longo, primeiro eu visitava as Irmãs Missionárias de Maria em Arcozelo Barcelos, gostava muito daquele convívio tinham bastantes noviças e eu já assistia a alguns encontros de formação, sentia muita simpatia, mas não tinha tido “aquele toque” principal no profundo da alma para dizer o “SIM”. Também percebia que o Sacerdote que me orientava, tinha uma grande admiração, pela Espiritualidade da Serva de Deus Maria da Conceição Pinto da Rocha, ia dando umas pagelazinhas sobre ela e com escritos dela que de início nada me diziam. Mas quando foi editada a primeira Autobiografia, com alguns escritos da Serva de Deus, ele emprestou-ma e eu li e reli este livro e encontrei nele a semente da minha vocação que permanecia em mim escondida há muito tempo e que eu sem saber ia abafando por outros caminhos normais a toda pessoa humana. Não sei o dia nem o mês, mas sei que passei uma noite inteira de joelhos junto à minha cama dizendo o meu Sim a Jesus, para uma entrega com Ele e com Maria junto à Cruz. Esta noite e este Sim têm-me acompanha a vida inteira, principalmente nos momentos difíceis da vida, em todos os momentos de solidão e fracasso, na aridez, incompreensões, nas fragilidades
e nas tentações de desistir… E então – no dia 31 de Janeiro de 1969, saí pela primeira vez da casa de meus Pais. Um dia que só há UM e que o não Consigo descrever!!!! Instituição de Ministérios: - Não percebo bem esta pergunta, nós religiosos e Religiosas da Vida Consagrada, não pertencemos à Hierarquia da Igreja, estamos inseridos no Sacramento do Matrimónio, é um Matrimónio com Cristo para O seguir segundo o carisma de cada Instituto. O Carisma das Irmãs Reparadoras Missionárias da Santa Face, resumido pela Fundadora é: “É continuar a Oferta Redentora de Cristo no Calvário e a Missão de Maria junto à Cruz, em comunhão com o CORPO MISTICO DE CRISTO na IGREJA, participando nos Méritos de Cristo, em Mistério Pascal pela Salvação do Mundo. Definição de “Vida” - Quando penso na minha vida ou na vida de todos os seres humanos, desde que nascem até ao momento da partida para Deus, lembra-me sempre o GRANDE MISTÉRIO do ACTO DE HUMILDADE DE DEUS AO FAZER-SE HOMEM. É analogia com vinda de Jesus ao mundo. Deus tomou Corpo humana em tudo igual aos homens, menos no pecado. Assim Jesus ao nascer assumiu a condição humana com todas as fragilidades,
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teve que fazer toda a aprendizagem, também foi tentado, as mesmas tentações que todos nós temos, disse Sim ao Pai, assumindo todas as consequências, tornando-Se assim para cada um de nós: O CAMINHO A VERDADE E A VIDA. Assumindo o pecado de toda Humanidade, segue até à Cruz, cumprindo a Missão que o Pai Lhe confiara até à Plenitude do seu Infinito AMOR! A cada um de nós acontece o mesmo, nascemos, trazemos uma missão connosco, que nos acompanha por altos e baixos, com o dom da liberdade e com a graça de Deus… e, só Deus sabe, onde cada um pode chegar. Virtude Religiosa: - A virtude que eu mais admiro numa Religiosa é o silêncio, mas aquele silêncio transparente, aquele silêncio que passa despercebido, anónimo, sem desejar a admiração que só a Deus pertence. Percurso: - Não sei, já tenho tantos anos de Vida Religiosa, com muitos êxitos e muitos fracassos. A minha vida evangélica, de início trabalhava nos bairros pobres de Lisboa, visitas a doentes inscritos numa Assistência Paroquial, como catequista noutros bairros pobres. Lembro tudo, por vezes, com muita saudade e também com ação de graças. No meio de muitas experiências vou contar uma que também nunca me esqueceu. Visitava um hospital com um grupo organizado, um dia por semana, a mim e a outra Religiosa, naquela altura bastante mais idosa que eu e de outra Congregação, foi-nos confiada uma enfermaria com cerca de 60 homens, alguns destes doentes permaneciam na enfermaria bastante tempo, eles ficavam muito felizes quando nos viam, a mim chamavam-me a “menina” formava-se ali como uma grande Família no Senhor. Reparei que havia ali um que nunca tinha visitas de família e estava ali há muito tempo, conversava-se um bocadinho com todos, mas como eram muitos não dava tempo
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para grandes conversas, era regra do grupo não pôr imposições espirituais a nenhum doente, as visitas eram uma presença fraterna e de comunhão em nome da Igreja em geral. Como aquele senhor estava ali há tanto tempo, um dia lembrei-me de falar com ele mais longamente, então soube que ele não tinha nenhuma família e que estava ali até que decidissem dele. Perguntei-lhe se não gostaria de falar um pouco com algum Sacerdote e respondeu que sim com um sorriso, como nunca vi lá o Capelão, embora soubesse que de vez enquanto havia Missa no hospital, lembrei-me de escrever um bilhete e colocá-lo debaixo da porta da capela, entretanto disseram-me que a capela estava inativa e estava a servir para arrumos e quando havia Missa em dias de Festa era celebrada nas enfermarias. Fiquei triste, mas pela graça de Deus, alguém foi lá colocar arrumos e viu o bilhete levando-o, talvez, ao próprio Capelão. Na semana seguinte ia com a ideia de continuar aquela missão, e qual foi o meu espanto o senhor estava morto no chão e estavam a arranjar a cama para lá porem outro… Tive um aperto no meu coração, já não podia falar mais com ele… o almoço ainda estava inteiro na mesinha da cabeceira. Perguntei a um que estava numa cama perto dele, quando é que ele morreu? Há um bocadinho. Perguntei: o Sr. Padre esteve aqui? Respondeu-me: Sim menina, sim menina. Olhe, o Sr. Padre veio hoje, esteve a falar com ele, depois mais tarde ele partiu. Compreendi que aquele senhor há tanto tempo abandonado estava à espera daquele momento! Não somos nós que fazemos nada, o Senhor por vezes pede-nos apenas um passo. Alma febril: - Para mim uma alma febril, é uma alma que é capaz de correr o infinito para a maior glória de Deus que é a Salvação de todo o mundo. Completo o pensamento com uma frase da nossa fundadora: «Ser Missionária oculta, escondida no Coração de Jesus, n`Ele e com Ele ir pelos desertos sem Deus, sem pão sem amor». Profissão: - Um Varredor de rua, é um profissional que cumpre o seu trabalho com toda a dignidade e nobreza como um Presidente da Republica, um Primeiro-ministro, um Médico, um Professor, etc. Cada um à sua medida cumpre a missão que lhe foi confiada, para o bem comum, continuando e colaborando na Missão Criadora de Deus. Missão: - Ao longo da minha vida, o senhor deu-me bastante experiência de conviver com pessoas na fase final, onde me vejo cada vez mais retratada, mais serenos ou menos serenos todos temos esse combate que nasce connosco. Todos os homens e mulheres, travaram uma batalha, ao longo da sua existência, para terem uma vida digna, esta batalha só termina, quando nós terminamos a nossa missão na terra. Na fase final o Senhor revela-nos, ao mesmo tempo, o rosto mais profundo que Ele revelou na Cruz: a Face Humilhada do Servo Sofredor, que é o Rosto da Misericórdia do Pai! Olho, olhando…para mim mesma e creio que todo o sofrimento foi e é assumido pela Cruz gloriosa de Cristo! Quando vou distribuir a comunhão aos doentes encontro quase em todos uma ânsia de receber Jesus na Eucaristia. Por vezes dizem agora já não posso ir à Igreja… Digo-lhe: quando podíamos ir fomos, agora vem Ele a nós para nos consolar, para ficar no nosso coração, para nos pedir a nossa Oferta com Ele, continuando a Redenção do Mundo. Arrependimento: - Desejo ser cautelosa tanto no que digo como no que faço, nem tudo corre bem, temos que contar com as nossas fragilidades humanas, que muitas vezes se impõem sem o desejarmos. Mas tenho a dizer que muitas vezes me arrependo mais pelo que digo do que pelo que faço. Perspetivas: - Como gostaria de ser fiel até ao fim! Não sei o tempo que me resta, cada dia, é um dia, sinto-o como uma manifestação clara da Misericórdia do Pai, que Se manifesta em Cristo Crucificado e Ressuscitado. Como gostava de viver profundamente este Mistério Pascal de morte e ressurreição!
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nho de tudo e não podemos negar que a vida para muitos é difícil. Medito muitas vezes nos casais jovens dos nossos tempos as dificuldades que têm para conciliar o trabalho com a formação duma Família. A vida é um combate permanente! Mas em relação ao transcendente, Jesus deixou-nos lições profundas, podemos meditá-las nas suas Parábolas, em todo o Novo Testamento, mas muito em particular nos Evangelistas S. Mateus e S. Lucas! Leitura: - Tenho já bastantes anos de Vida Religiosa que me deram oportunidade de ler muitos livros, recordo alguns que me ajudaram muito: Stª Teresa de Ávila, S. João da Cruz, Stº Agostinho, Columba Marmion, Cafarel, François Varillon S.J e para a Oração sobretudo as Cartas de S. Paulo e os livros de Jeon Lafrance, não esquecendo nas “horas” mais amargas a “Imitação de Cristo” Reflexão: - Por agora gostaria de ficar por aqui, resumia um pouco da minha súplica ao Senhor com um Hino do Ofício de Leituras da Liturgia das Horas: Um novo coração me dá Senhor O qual a Ti só teme, a Ti só ame, A ti meu Deus, meu Pai, meu Redentor. Por Ti suspire sempre, por ti chame, Por Ti me negue a mim e tudo negue, Por ti saudosas lágrimas derrame.
Despertador: - Para mim representa a presença do Espírito Santo, no nosso coração, todos nós experimentamos os gemidos do Espírito, que clama em nós dia e noite, com apelos ao Infinito! Assim como o Espírito Santo atua no mundo e na Igreja para nos purificar do pecado, atua também no coração de cada cristão. Dizia Jesus: ”Quem tem ouvidos oiça….” Já sabemos que todos temos que passar a conhecer o Silêncio do Sábado Santo, que desemboca na alegria do Domingo de Páscoa! Acordar: - Não é fácil acordar os que estão dormindo, também não é fácil acordar a mim mesma…conheci algumas pessoas na minha vida que muito admirava, pela sua loucura de amor, algumas vi chorar por sentirem que Deus não era amado e por todas as formas elas mostravam o zelo pela glória de Deus. Conheci uma que me acordava e ainda me acorda a mim própria, pois nós de tudo podemos fazer um ato de amor pela glória de Deus e pela salvação do mundo! Há “Responsabilidades”, a quem muito foi dado muito será pedido… Lembro-me muitas vezes a definição do monge: “O Monge é um homem que reza e que chora pelo mundo inteiro”. Diz Jeon Lafrance: “Quando não houver pessoas a rezar pelo mundo, o mundo acaba”. Cairá sobre ele a maldade dos homens. Sinto muitas vezes angustia, pensando nisto… ao mesmo tempo tenho confiança em milhões de anónimos que entregam a sua vida no silêncio da oração, no abandono e no sacrifício, suplicando a Deus Misericórdia e Deus assim a tem manifestado, vemos através dos Santos que se Têm revelado nos últimos tempos!... À sombra da bananeira: - Infelizmente todos temos um bocadiPUB.
A Ti busque, a Ti ache, a Ti me entregue, Com tão intenso amor, com tal vontade, Que nunca mais de Ti me desapegue. Ó bom Jesus por tua piedade, Não Te escondas de mim, isto Te peço; Que sem Ti tudo enfim é só vaidade. Muito pedi, Senhor, pouco mereço; Tão pouco, que não Te mereço nada, Se o teu muito ao meu nada, não dá preço. Esta alma tantas vezes desviada Do caminho do Céu, Tu encaminha; Que se por Ti não vai, vai muito errada, Doce Jesus, doce esperança minha. A finalizar a entrevista, a Irmã Teresa abriu o seu coração revelando o seu amor e proximidade com o povo de Tregosa: Uma terra que muito amo e da qual nunca perdi a união e comunhão com este bom povo, o qual admiro também pela sua própria unidade e colaboração em tudo o que é “Bem-fazer”, tanto ao nível humano como ao nível espiritual. Sinto admiração e amizade por toda aquela gente linda, da qual também sinto todo o carinho, até dos mais novos… que de alguns já conheci os “Trisavós”. Muito vos amo ó gente linda da minha terra. A finalizar: Com muita amizade no Senhor a Irmã Tersa Miranda. PUB.
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Opinião
Os Caminhos de Ferro (Número 31) Domingos Costa domingoscunhacosta@gmail.com
Como anteriormente referi, é óbvio o interesse em expandir a ramificação a nível dos caminhos-de-ferro em todo Portugal. Baseado nisso, sucessivamente são abertos novos troços de via. Vejamos: 1 Por portaria de 24 de Fevereiro de 1864, a companhia real dos caminhos-de-ferro portugueses, recebeu autorização para abrir à circulação pública, o troço de via de Estarreja a Coimbra. A segunda seção de via entre Taveiro e Coimbra, entrou ao serviço a 10 de Abril de 1864. No mês 1 seguinte - a 10 de Maio, - foi concedida autorização para abrir à circulação pública em regime provisório, o troço de via entre Entroncamento e Soure. Sendo a abertura definitiva à circulação pública, no dia 22 do mesmo mês e ano. Ainda, por nova portaria, no dia 7 do mês seguinte, o Governo autoriza que a companhia real dos caminhos-de-ferro, abra à circulação o troço de via, entre Soure e Taveiro. Logo a 1 7 de Julho de 1864 foi autorizada a abertura para a cir-
Fotografia do arquivo da (CP)3
culação pública em situação provisória, o troço de via de Soure a Taveiro. Por achar interessante, vou descrever a linha férrea de Coimbra a Gaia: Ao partir 2 de Coimbra, a linha férrea, segue até Ribeira de Fornos pelo vale de Mondego, seguidamente sobe até Pampilhosa. A direção da linha continua pelo interior, e, entre o rio Mondego e Vouga, até Mogofores. A partir daí, desvia-se e desce para o litoral em direção a Aveiro. Depois de Aveiro, atravessa o rio Vouga através de uma grande ponte. Passa de seguida por Salreu, Estarreja e Ovar. Tem de agora atravessar um longo pinheiral até Esmoriz e Espinho. De seguida, passa no lugar do Senhor da Pedra “Mi-
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existentes, não satisfazem em pleno os utentes, que, por diversos motivos, se deslocam essencialmente entre Devesas e Porto. Este traçado, ao ser mais difícil de negociar, - em diversos domínios -,
Carruagem no Museu de Lousado. Fotografia de Fernando Abel (CP)
ramar”, subindo a partir daí até Valadares. Atingido este ponto, está-se muito perto de Vila Nova de Gaia. Em face de tudo quanto tenho divulgado até este momento, depreende-se, que, o funcionamento do caminho-de-ferro em Portugal está em franca expansão. Todavia, os regulamentos estão desatualizados, é necessário ajusta-los no tempo. Sua Majestade El-Rei, através de decreto por si emanado às entidades competentes, ordenou que fossem atualizados: “Por esta ocasião Manda o Mesmo Augusto Senhor, que a sobredita Direção, providencie a devida regularidade no serviço da linha férrea, cumpre que ela trate de completar os seus regulamentos…” É 3 manifestamente reconfortante o já referido. Contudo, o traçado de via-férrea relativo ao quinto troço, manteve-se problemático durante muito tempo. Embora, todos sabiam, de quão importante seria o desejado acordo. Isto, porque, os meios de transportes
014 no Posto Manutenção em Contumil em Abril de 1990
é, considerado legítimo. Também não se pode desprezar, a gigantesca obra de arte a construir e outras relativas ao percurso, bem como a localização da estação do Porto. Todavia, é reconhecível adiantar, que – finalmente - as obras do referido quinto troço iniciaram no dia 26 de Abril de 1875. PS: - Fotografias do arquivo da (CP).
1Pág. 132 a 147 do livro de Legislação e Disposições Regulamentares de 1883. 2Pág. 335 a 341 do livro de Caminhos de Ferro Portugueses – Esboço de Sua História 3Pág. 114, 115 e 508 do livro de Legislação e Disposições Regulamentares de 1916.
A sobredotação e as habilidades das crianças Cristiana Félix Psicóloga
Nos dias de hoje torna-se fundamental ter um ensino adaptado às várias necessidades educativas das crianças, promovendo assim a inclusão de todas as crianças na aprendizagem. As crianças com características de superdotação constituem um grupo demasiado heterogéneo quer em termos de habilidades, quer em termos físicos, sociais e emocionais, ou seja, uma grande maioria das vezes as características apresentadas pelas crianças não são constantes em termos de grupos, o que faz com que não seja linear a forma como vão ser estruturadas os programas de intervenção. Uma criança com um grande desenvolvimento intelectual pode ser demasiado imatura, deste modo torna-se fundamental fazer uma avaliação precoce no sentido de perceber os pontos fortes e os pontos fracos
da criança. As crianças superdotadas apresentam na grande maioria dos casos, em idade pré-escolar: •Alto teor de curiosidade • Boa memória • Atenção concentrada • Iniciativa • Liderança • Autonomia e interesse por diversos tópicos • Vocabulário avançado para a idade • Habilidades para considerar os pontos de vista de outras pessoas • Habilidades para lidar com ideias abstratas • Interesse por diferentes livros • Persistentes em vários conhecimentos • Originalidade avançada para a resolução de vários problemas Deste modo torna-se fundamental prestar atenção a todos estes fatores e verificar quais são as várias áreas mais desenvolvidas e mais deficitárias e perceber se com a entrada para a escola as áreas não passam a ter todas a mesma performance. Posteriormente durante o período escolar tirar boas notas, gosta de fazer perguntas,
aprende com rapidez, apresenta longos períodos de concentração, tem boa memória, busca ativamente novas aprendizagens. Existem muitas estratégias que podem ser utilizadas para potenciar estas habilidades. Posteriormente após avaliação do QI torna-se fundamental a realização de estratégias benéficas para cada uma das crianças em função dos seus pontos fortes e pontos fracos. Promovendo assim as habilidades do aluno, incentivando ao crescimento do mesmo, em função do seu ritmo de aprendizagem das sua habilidades/necessidades. Em suma, torna-se fundamental que os ritmos de aprendizagem sejam adequadas a cada criança de forma a manter a atenção e a motivação por parte das crianças. Quando as exigências são muito abaixo das suas competências passam a ficar desmotivada, podendo mesmo em alguns casos prejudicar o nível de aprendizagens e potenciação das capacidades. Deste modo torna-se fundamental prestar atenção a estas crianças no sentido de motivar as suas aprendizagens e valorizar as suas capacidades.
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Sugestão ao leitor
ALFRED HITCHCOCK NO CINEVIANA (2ª Parte Psico) No Depois do rescaldo de Vertigo, um filme verdadeiramente arrebatador, paradoxal e sui generis, que me surpreendeu pela a originalidade do enredo e realização impar, o meu interesse aumentou significativamente e as expectativas subiram de tom, relativo ao filme do dia seguinte Psico, esse claramente mais badalado e descrito com mais impacto, sobre quem teve a vantagem e a prorrogativa de assistir ao filme anteriormente. Nesse sábado á noite, procurei me por ao corrente sobre os outros filmes, que passaram durante a semana de 2ª a 6ª nesse evento, e claro após estes anos todos, posso vos recomenda los a todos, cada um com o seu enredo peculiar e intrínseco, mas prevalecendo em ambos o toque magistral e imponente de Hitchcock, absolutamente crucial para os sucessos dos mesmos, e por consequência acho que seria oportuno, fazer uma breve alusão a esses filmes, antes de passarmos ao filme do dia seguinte, ao qual eu e os meus amigos tivemos o privilégio de ver no festival: Segunda-Feira- 1º Filme: Intriga Internacional de 1959, Sinopse: Por uma casualidade tremenda e de forma caricata, um executivo de publicidade Roger Thornhill é confundido com um agente chamado George Kaplan, e acaba por ser perseguido por todo os Estados Unidos por agentes de uma obscura e estranha organização, pois acreditam que ele esteja envolvido num roubo de um microfilme secreto. Em face deste mal entendido, Roger acaba por se meter em diversas situações embaraçosas, acabando por ter que fugir e ter que sozinho desvendar o imbróglio deste caso intricado, um filme empolgante e que prende os espectadores. Terça-Feira- 2º Filme: O Desconhecido de Norte-Expresso de 1951, Sinopse: Um jovem aristocrata e psicopata Bruno Anthony encontra casualmente numa viagem de comboio, um tenista de eleição Guy Haines, ao qual Bruno nutre por ele, uma simpatia considerável ao ponto de ser seu fã e acabam por manter um dialogo frutuoso, até que ocorre a Bruno uma ideia ignóbil de propor a troca de eventuais crimes, Bruno mataria mulher de Guy, para favorecer o tenista para este poder se ca-
sar com a sua amante e Guy teria que matar o pai de Bruno, com esta teoria sarcástica, no entendimento de Bruno nunca seriam descobertos. Quarta-Feira 3º Filme: Chamada para a morte de 1954, Sinopse: Tony Wendice descobre que a sua noiva Margot tem um envolvimento com outro homem, então elabora um plano macabro mas ao mesmo tempo genial, para matar a sua noiva milionária, para isso chantageia Charles um antigo amigo para que este mate sua esposa. Todavia, no dia que estava marcado para que o facto fosse consumado, Margot em legitima defesa mata Charles, e Tony consegue com sangue frio e destreza, elaborar um plano B, que pode levar Margot á prisão. Quinta-Feira 4º Filme: Janela Indiscreta de 1954, Sinopse: Jeffries, um fotografo profissional está retido no seu apartamento por ter partido uma perna, então gere o seu tempo a observar com um binoculo, a actividade e as incidências dos seus vizinhos, até que um dia verifica anormalidades e procedimentos fora do comum, que o fazem suspeitar de um cenário de crime. Considerado pela a critica um dos melhores filmes da obra do realizador, uns dos mais conceituados e projectados, tendo passado por diversas vezes na RTP1. Sexta-Feira 5 º Filme- O Falso Culpado de 1956, Sinopse: Um filme baseado em factos verídicos, que casou á vitima grandes transtornos, sociais, familiares e psicológicos. Manny” Balestrero é um músico, de personalidade simplista e honesto, que trabalha no Bar Club de Nova Iorque e como a sua esposa precisa de um tratamento médico urgente, Manny dirige-se ao escritório de seguros para tentar angariar algum dinheiro, e aí depara-se com uma situação inusitada e de uma gravidade atroz, porque os empregados confundem-no com o assaltante que os roubou no ano anterior. A polícia entra em cena, e esta injustiça acaba por tornar a vida de Manny, num grande pesadelo. Um bom filme de suspense dramático, apesar de ser pouco rotulado pela critica. Preparados para mais uma rodada de cinema, lá chegamos ao dia de domingo, para ir assistir ao filme de Domingo, “Psico”,
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eu próprio já notei nos meus colegas, uma certa sintonização com estilo do realizador Alfred Hitchcock, mais optimistas em relação ao próximo filme, sem verbalizar aquelas graçolas pífias do dia anterior. Com uma banda sonora mais sinistra e aterradora, que o filme do dia anterior, que abruptamente suscitou uma declaração contundente de um dos meus colegas “Se isto for um filme de terror, vou me embora”, apreensivo com um eventual cenário de filme de terror extremo, então o filme inicia-se com uma aparente relação amorosa de um jovem casal, que depois posteriormente trocaram umas breves palavras sobre o estado do seu relacionamento. Essa jovem Marion Crane, trabalha numa imobiliária em Phoenix (Arizona), e vê a oportunidade da sua vida quando está incumbida de fazer um depósito de 40 mil dólares num banco, mas em vez de concretizar a regularização desse acto financeiro, decide apropriar se do dinheiro e fugir, numa decisão que mostra um desequilíbrio momentâneo, sem reflectir devidamente para as consequências. Desde momento que pega no seu carro para fugir, a musica do filme entre num tom sinistro, que visa objectivamente demonstrar o momento apreensivo, frenético de Marion, numa simbiose perfeita entre a filmagem do seu olhar tenso e expressivo e a banda sonora intrigante. Marion desde que começa a conduzir em direcção ao desconhecido e ao incógnito, é confrontada com algumas peripécias, que a metem em apuros e com o receio de ser capturada, designadamente á saída da cidade, numa fila de trânsito, deparando se com o seu chefe a atravessar a estrada, mesmo em frente á sua viatura, que a detêm com um olhar suspicaz e receoso, por a ver aquela hora, ao qual terá lhe causado estranheza, outro incidente ocorreu quando foi acordada sobressaltada com um policia que abordou ao amanhecer, após ter adormecido exausta depois de uma longa viagem, obviamente que o ar assustado e angustiante de Marion, produziu na autoridade as devidas suspeitas, seguindo a durante alguns quilómetros os seus passos, mas sem nada de tangível e conclusivo, deixou a seguir viagem sem rumo certo. Com estas incidências, com o conjugar da banda sonora com uma tonalidade arrepiante e o olhar vertiginoso de Marion, o realizador mantem nos compenetrados, galvanizados e expectantes com o desenrolar do filme, até que chega o momento vital e determinante da narrativa, quando ela no meio de uma tempestade decide pernoitar no Motel Bates, um lugar decadente, que quase fechou suas portas após o desvio
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da auto-estrada. No Motel é recepcionada por um simpático, mas estranho e desusado rapaz chamado Norman Bates, Norman convida Marion para degustarem uma ligeira refeição em sua casa, mas sua mãe aparentemente arrogante e pretensiosa diz que não quer que ele jante com Marion, porém eles decidem comer em uma saleta do hotel, onde trocam umas breves impressões e Norman deixa no ar um suposto eventual interesse por Marion, mais uma vez aqui Alfred Hitchcock e como sucedeu no filme no dia anterior, permite que o espectador seja mitigado e manipulado, para que seja tentado a pensar que o filme vai entrar por uma via monótona e serena, com uma musica que nos convida á letargia, propicio ao romance, e por isso vamos ser completamente apanhados desprevenidos e por nos num sobressalto emocional, quando Marion decide tomar um banho e por trás das cortinas subitamente aparece uma silhueta de uma mulher alta que impõe uma faca afiada e de forma abrupta e sem contemplações esfaqueia fervorosamente Marion, que não tem outro instinto senão gritar desalmadamente para o seu fim fatídico, com a musica do filme a trespassar da tranquilidade melodiosa, para um som tenebroso e aterrorizante, num ilustrar da perfeição de uma cena que aborda o ato violento com laivos catatónicos coadjuvado com o definhar do leito da morte, que é chocante e terrível, mas ao mesmo tempo indutor de uma realização brilhante, que ficou referenciado e se perpetuou na história do cinema. Perante a evidência da morte de Mary, Norman corre desenfreadamente a limpar os vestígios, ficando no ar implícito que teria sido a sua mãe a cometer o crime. Quanto aos 40 mil dólares roubados, Norman pelos vistos não deu por eles? Que tipo de relação estranha e complexa tem Norman e sua Mãe, a tal ponto de serem os grandes suspeitos de terem cometido este crime hediondo? Perguntas e questões pertinentes que indiciaram um facto notável e inusitado na narrativa, pois consegue se introduzir dois tipos de enredos diferentes na mesma historia, sendo que na primeira parte do filme tratava-se de um roubo e consequente fuga, e na segunda parte do filme tenta se descobrir um caso de crime passional, desvalorizando se o aspecto do furto em si, aspectos que são determinantes para entender a semântica de um estilo inovador e paradigmático no cinema, que me ajudou a ser um adepto indefectível de Alfred Hitchcock. Alcino Pereira
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Religião
Extratos da vida da Irmã Maria da Conceição Pinto da Rocha (nº. 17) Domingos Costa domingoscunhacosta@gmail.com
Maria da Conceição frequentemente comentava, que assistia a muitos desabafos desagradáveis, sobre o caminho seguido pela humanidade. Também referia, ser mais importante hoje que no passado, unir esforços com o fim de promover com mais vigor a missão evangélica. Por isso, menciona com dor, um sofrimento atroz ao assistir a crueldades contra as leis divinas, como: as premeditadas guerras, drogas, prostituição, os abortos, adultérios, a sida. Enfim: tudo o que fosse contra a própria humanidade que literalmente a leva, no rumo da destruição. Caríssimo leitor, o tema obriga-me a perguntar que percentagem da humanidade, livremente se prontifica – com tanta oferta neste mundo de luxúria para prazer mundano -, a sofrer como Jesus, como os Santos e como Maria da Conceição. Direi: os supracitados, silenciosamente sofreram pelo amor a Deus e pela expiação do pecado, foram – mártires – compassivo
com o bondoso Deus. É importante sublinhar, que, as Religiosas da Congregação das Irmãs Reparadoras Missionárias da Santa Face, além dos três votos “Castidade, Pobreza e Obediência, também fazem o voto de “Vítima”. Foi integrado este voto, para respeitar a Espiritualidade da Fundadora, numa entrega total a Deus com Cristo Redentor, a “Serva de Deus”. Ao serem fieis ao princípio religioso da Fundadora, são, efetivamente generosas, com capacidade para serem ofertas com Cristo Vítima. Como o foi, Maria na crucial caminhada e, junto à Cruz de Jesus, também se identificam, como “Mães da humanidade de coração universal”, para que, “… todos os que sofrem, todos os pecadores, todas as situações mais dolorosas da humanidade, sobretudo onde há mais mal e mais pecado…” possam coabitar no seu regaço. Considero oportuno, fazer um parenteses para relembrar que o prazer religioso não proporciona luxúria mundana, conduz sim, a uma vida espiritual pura e sadia, recheada de uma felicidade como sobrena-
tural que, pode apresentar-se incomodativa, porque esse amor feliz, amando em plenitude Deus, também exige que cada um transporte a sua cruz. Que não olhe ao peso que ela tem, deve sim, sentir-se feliz por a transportar em tempo e distância, da vida de cada um. Dir-se-á: transportada com Paixão. Foi este o amoroso desígnio que Maria da Conceição desde tenra idade abraçou. Como foi abraçado por amor, num amor único, partilhado na plenitude por toda a humanidade. Para que, todos, possam viver sãmente com Jesus. A(o)s agregada(o)s, - são leigas, que vivem no mundo segundo o Carísma da Fundadora, fazem Promessas Consagrando a sua vida numa entrega com Cristo e com Maria junto à cruz como nos legou a Fundadora. Os ensinamentos previamente ministrados e, também, o seu absoluto querer, porque assumiram livremente o compromisso vocacional, numa missão grandiosa como mediadoras de Deus, na salvação da humanidade. Ainda pretendo reforçar, a importante prestação que a(o)s Agregada(o)s desem-
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penham na sociedade, dado que, “também se empenham em viver como Maria junto à Cruz, para serem, no seio da humanidade,
como leigas, fermento de graça e de santidade, presença de Cristo vivo, portadoras de conversão e colaboradoras na salvação”.
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É de notar, que, Maria da Conceição, como já referi, a sua devoção e Amor pelo Coração de Jesus foi despoletado na infância, tornando-se gradualmente solidificado por âncoras muito bem sustentadas. Assim sendo, foi “… atraída para o ministério do Amor revelado no Coração do Redentor. Mais tarde, essa «devoção» foi aumentando e ocupou um lugar privilegiado na sua vida e na sua espiritualidade”. É de notar, que, teve ao longo da sua vida, uma predileção com o Santuário do Coração de Jesus em “Santa Luzia”. Essa intimidade, aumentou de forma progressiva com assinalável sustentação a sua espiritualidade, por forma a gerar amor a Jesus “… revelado no símbolo do Coração de Jesus”. Finalizo com um pensamento de Maria da Conceição: - “A ânsia que me consome é dar às almas e as almas a Jesus”.
Conferência na Casa das Irmãs Reparadoras Missionárias da Santa Face em Viana do Castelo Domingos Costa domingoscunhacosta@gmail.com
À semelhança das anteriores, realizou-se nova Conferência no dia 18 de Fevereiro de 2018, na Casa das Irmãs Reparadores Missionárias da Santa Face, em Viana do Castelo. Nesta Conferência, o Sr. Pe. Armando Dias, abordou novamente a “Carta Pastoral” do Senhor Bispo Dom Anacleto. Sublinhou o valor acrescido que tem a Quaresma. Período precedente da Páscoa, que conduz a uma entrada meditativa na vida espiritual. Também disse, que é, momento propício para refletir, comungar orando, e jejuar. Disse, para em retiro, ouvir o que nos diz, e, aguardar o que nos espera. Sempre, com epicentro, no amor, alegria, bem-fazer, e, na morte e ressurreição de Jesus. Todos os anos, é-se festejado com muita devoção, o retrato fidedigno vivido aquando da morte do Redentor. O Messias. O Conciliador. O Catalisador, O Mensageiro da boa-nova. O testemunhado Testemunho. O Chamamento. A Missão dos Após-
tolos. A Existência de Deus na Terra, e, ainda: aquele que, tudo dá, sem troca. Com intenso e fervoroso sentido religioso, - seu paradigma - disse, para não deixar resfriar o amor. Lembrou e reforçou, que o amor é sempre belo, porque, é consagrado. Ele existe, porque foi concebido por Deus. Disse ainda, que, ao ser abrangente, tem o condão de proporcionar a mais pura e sã vivência na humanidade. Em esclarecedor apontamento, anotou a diferença entre o Padre e o Profeta. Do Padre enalteceu a evangelização direta em contato permanente com o povo. Também, a sua romagem, vai ao encontro dos peregrinos. Enquanto o Profeta, tem uma missão bem mais complexa. Porque, as suas relações religiosas, estão direcionadas com os grandes. Por isso, poder-se-á dizer: é mais fácil ser Padre, que Profeta. Sensibilizou os presentes com a mensagem do Papa Francisco, lembrando que, os ensinamentos religiosos devem ser ministrados rigorosamente em doses equilibradas. Recordou, e incentivou, para aprendermos a alimentarmo-nos e medicarmo-nos de forma sensata. Falou ainda do apelo do Papa Francisco, dizendo para estarmos num alerta rigoroso para não nos deixarmos iludir pelos charlatões ou falsos profetas. Porque, infelizmente, - os malfeitores - deambulam com sede faminta, em todo o lado. Mesmo, nos locais mais inóspitos.
Aconchegou os presentes, dizendo que, é necessário e importante ter presente que Deus, ao nos AMAR – porque Ele é Amor, sendo esse, “SEU” lema - na infinita intimidade, estabelece uma franca e sólida ligação umbilical de forma a permanecer indefinidamente connosco. Com o seu sentido profético, sensibilizou os presentes, para estarem em alerta máxima relativamente à sagaz ganância instalada, aquela, que alimenta a frieza do amor. Digamos que é, sem dúvida alguma, o culminar do verdadeiro amor, e, início, do amor tóxico. Em suma: a morte. Em jeito do calendário civil, disse que, Deus, é a Primavera, porque, transmite Alegria, Brilho, e, o mais perfeito estímulo em todos os domínios da génese. Em incentivo ao amor, afirmou, que na nossa vida, é premente, “DAR E AMAR”. Sabendo-se que, todos os caminhos de Deus: são, “AMOR E VERDADE”. Antes de finalizar abordou a questão da Canonização do Papa Paulo VI, a coincidir com os quarenta anos de existência da Diocese de Viana do Castelo. Relembrou os presentes, que a Diocese de Viana do Castelo, foi instituída pelo Papa Paulo VI. Finalizo com um pensamento de Maria da Conceição Pinto da Rocha: - “aos 24 anos adoeci… Senti-me doada a um amor crucificado. Amor sem consolação”. Parabéns Sr. Padre Armando Dias, pelo qualificado dom de “BOM PASTOR”.
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Necrologia
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Culinária
MOUSSE DE LIMA
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Poesia
Adriano Jordão
Amor divino Neste embalo fraterno Respiro graças e louvor Conto com a tua gratidão E com o teu divino amor Quero ir bem longe Em salpicos de felicidade Perpetuar junto de ti A minha eterna mocidade Jamais farei o ideal... Tentarei sempre idealizar Pergaminhos de ternura Fiéis ao verbo amar
INGREDIENTES Sumo de 4 limas 400 ml de natas para bater 350 g de leite condensado 1 colher de sopa de açúcar em pó
PREPARAÇÃO PASSO 1 Numa taça, bata as natas com uma colher de açúcar em pó até ficarem bem firmes. PASSO 2 Adicione o leite condensado e envolva com cuidado com uma espátula. PASSO 3 Deite o sumo de lima e envolva até o creme começar a engrossar ligeiramente. PASSO 4 Deite a mousse em taças individuais e leve ao frigorífico cerca de 2 horas. PASSO 5 Retire a mousse do frigorífico, decore com raspas de lima e sirva. Bom apetite! Fonte: http://www.foodfromportugal.com/
Volto atrás na esperança De conquistar teu coração Rejubilo freneticamente Pois sinto o com emoção Terás tu te apaixonado Ou recusas o dizer Mesmo não dizendo, eu sinto Vamos nos amar até morrer Recuso me a julgar Seja ele quem for Mas atrevo me a elogiar O meu grande Amor Desejo apenas ficar Para sempre no teu coração Partilhar lindas histórias De alegria e emoção
Falo te com entusiasmo Neste oásis de felicidade Anúncio te muito amor E um império de fidelidade Sempre presente e atento As cicatrizes que a vida trará Com fé e muito amor Tudo se resolverá E assim deixo me embalar Por mais amplo que seja o desejo Beijar esses teus lábios E voltar a repetir esse beijo
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