O Vale do Neiva - Edição Setembro 2018

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Propriedade: A MÓ · Associação do Vale do Neiva (Cultural, Património e Ambiente) | Barroselas Setembro 2018 | Mensal · Nº53 · Gratuito · Versão digital

Durrães e Tregosa

Tregosa “Arredou” durante três dias P. 7

Sra. D`Agonia a Romaria das Romarias de Portugal P. 10

Núcleo cultural da Mó em movimento P. 6

Balugães

TERREIRO Espetáculo de teatro comunitário P. 5

Cerimónia oficial do 140º aniversário da ponte Eiffel P. 8 e 9 Neves

Romaria da Sra. das Neves P. 3

Auto da Floripes: A identidade das nossas gentes voltou a falar mais alto P. 4

Opinião

EXPOSIÇÃO CARITATIVA, NA SEDE DA ASSOCIAÇÃO DOS REFORMADOS E PENSIONISTAS DE BARROSELAS P. 18 e 19 Sugestão ao leitor

Filmes sobre os Direitos Humanos P. 20 e 21


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Vila de Punhe

Capela de Repouso Erigida no ano de 1897, nela foram exumados os três últimos párocos da freguesia, relembrados pelos quadros fotográficos nela expostos. Sempre bem cuidada pela Autarquia, em 2018, teve mais uma intervenção ao nível da lavagem das cantarias e pintura, da substituição do piso de cimento por granito, do restauro da imagem de Cristo (1897) e das molduras dos quadros. Este restauro vem no seguimento da recuperação do jazigo ofertado, em 2016, à Junta de Freguesia de Vila de Punhe pelos herdeiros de Manuel Afonso de Carvalho Júnior. A autarquia ao preservar o património cultural e histórico recebido transmite formas de viver e agir de gerações passadas.

Fonte do Souto A Junta de Freguesia de Vila de Punhe acabou de executar obras de beneficiação na Fonte do Souto, lugar de Milhões, procedendo à demolição da cobertura de cimento devido ao estado de degradação em que se encontrava, à lavagem das pedras do lavadouro e fontanário, à limpeza da nascente, e ao embelezamento do recinto com a construção de pequenos canteiros para flores. Trata-se de mais uma beneficiação, no âmbito da recuperação e preservação das antigas fontes da freguesia.

Ficha técnica | Diretor: Tiago Lima Redação: Domingos Costa · José Miranda · Manuel Lima · José Rafael Soares Colaboradores: Alcino Pereira · Cristiana Félix · Adriano Jordão Design e Paginação: Inês Guia Contacto redação: Avenida S.Paulo da Cruz, Apartado 20 - Barroselas · redajornalvaledoneiva@gmail.com Periodicidade: Mensal Formato: Digital Distribuição: Gratuita Os artigos de opinião são da inteira responsabilidade dos seus autores, podendo ou não estar de acordo com as linhas editoriais deste jornal.


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Neves

Romaria da Sra.das Neves Cumpriu-se mais um ano neste mês agosto, as tradicionais Festas em Honra de Nossa Senhora das Neves. O ponto alto das festas, a Majestosa Procissão, os tapetes coloridos, onde mordomos e mordomas levaram os respetivos andores, com flores naturais e alguns com flores artificiais, terminando a Procissão com os atos religiosos. No profano destacou-se, o popular Auto da Floripes, parte integrante das Festas das Neves, que mais uma vez foi à cena. Estiveram presentes as Autoridades Religiosas e Civis, e público em geral. A Redação

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Auto da Floripes: A identidade das nossas gentes voltou a falar mais alto Mais um 5 de agosto e, mais uma vez, cumpriu-se a tradição! Há um fio condutor que liga várias gerações da nossa Terra ao longo de um período temporal bem extenso: o Auto da Floripes. Este ano, removeu-se a cobertura do palco, tal como era desejado há muito tempo, e reintroduziram-se as espadas metálicas nos turcos e nos cristãos. Depois da presença ministerial em 1962, foi Sua excelência, o Sr. Ministro da Educação, Tiago Brandão Rodrigues, que desta vez nos deu a honra de aceitar o convite em estar presente no Largo das Neves para assistir ao Auto da Floripes. O Sr. Presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo, José

Maria Costa, e o Sr. Deputado, José Manuel Carpinteira, também estiveram presentes entre o numeroso público. Os comediantes Avelino Liquito e Joaquim Frutuoso assinalaram os 50 anos da primeira representação nas Comédias das Neves. Estamos todos muito gratos! Contudo, estas particularidades não foram suficientes para mudar o rumo da história, já que os cristãos, na proteção da Senhora das Neves, voltaram a vencer sem apelo nem agravo os turcos. Regalem-se meus senhores, até ao ano que vem.


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Balugães

TERREIRO - Espetáculo de teatro comunitário De dois em dois anos, na primeira semana de agosto, a aldeia de Balugães e a companhia de teatro local, o Teatro de Balugas, levam ao adro da Igreja Românica de São Martinho de Balugães um espetáculo de teatro comunitário e de forte identidade local, intitulado TERREIRO, assente numa cultura de valorização do espaço e na materialização artística da memória coletiva da aldeia.

Inserido nas Jornadas Culturais de Balugães, o TERREIRO apresentou no passado sábado, para uma plateia cheia, a comédia “Abaixo o Aeroporto em São Martinho de Balugães”, uma produção do Teatro de Balugas, com a participação da Ronda Típica da Ponte das Tábuas e da aldeia de Balugães. O diretor artístico da companhia de teatro, Cândido Sobreiro, resumia que “a terra e o palco assumem-se como dois planos que são indissociáveis da sobrevivência espiritual do homem, mas também da natureza de um teatro comunitário que sempre foi feito do povo, para o povo, e a partir de uma ideia de pertença coletiva a um património imaterial comum”. Para transformar este espetáculo de teatro comunitário de realização bienal num ponto de interesse do roteiro cultural do Caminho Português de Santiago de Compostela, foi criado um plano de comunicação para o evento, divulgando-o em língua inglesa junto dos

Albergues de Peregrinos no Caminho Português de Santiago de Compostela e de outros promotores, instituições e plataformas. Outra aposta para essa visibilidade foi a colocação de uma placa sinalética do evento nas imediações da Igre-

ja Românica de São Martinho de Balugães que “informa os peregrinos sobre a realização do espetáculo de teatro comunitário e assinala o local numa conjugação de identidade, património e cultura”, adianta Cândido Sobreiro.


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Durrães e Tregosa

Núcleo cultural da Mó em movimento O Núcleo Cultural da Mó residente em Tregosa Concelho de Barcelos, participou no dia 18 e 19 de agosto no cortejo Etnográfico e Festa do traje na cidade de Viana do Castelo. No cortejo Etnográfico, os elementos participantes seguiram à frente de uma réplica de locomotiva a vapor que, há 140 anos (Julho de 1878) fez a travessia sobre a ponte metálica Eiffel. Um dos objetivos durante o percurso, era mostrar admiração e espanto por ver aquela “bruta”máquina de ferro a movimentar-se a caminho de Viana. Terminado o percurso, (que foi árduo quer pelo calor como pela sua extensão), entendeu o Diretor do Grupo que, chegara o momento de retemperar o esforço despendido, dando por isso indicações aos participantes que, o ponto de encontro

para lanchar, seria na pastelaria Meadela. No meio de risos e peripécias ocorridas durante o percurso, a malta lá ia enchendo o estômago. Findo o lanche, regressaram a casa felizes e contentes por mais um evento cumprido. O transporte do pessoal, foi assegurado por uma carrinha de nove lugares, propriedade da 5 Sensi (Unidade de cuidados intensivos). Aproveitamos a oportunidade, para agradecer a simpatia e a gentileza da Administração daquela Empresa. No dia seguinte (domingo dia 19 de agosto) pelas 21:00 horas chegou o momento da participação na Festa do Traje. O grupo Modilhas participou com quatro elementos dois no quadro de trabalho e os outros dois no quadro de ida à erva. A tesoura de podar, espadanas

desfiadas e o molho das podas fizeram parte do quadro de trabalho. A foicinha e o molho da erva fizeram parte do quadro de ir à erva. O Grupo Modilhas mais uma vez esteve à altura das exigências que um evento desta natureza impõe aos gru-

pos participantes. O regresso foi de felicidade estampada nos rostos por termos cumprido com rigor os quadros que a Organização nos confiou. Valeu a pena participar. José Miranda


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Tregosa “Arredou” durante três dias Durante três dias (30, 31 de agosto e 1 de setembro) Tregosa viveu momentos únicos de música, convívio e alegria. A juventude, chegou a Tregosa por todos os lados e, nos mais variados meios de transporte. Por todo o espaço, via-se mochilas e jovens de todos os pontos do País a conversarem e, a combinar encontros com conhecidos ou a criar novas amizades, para que estes três dias fossem “curtidos “ ao máximo. Os que vieram pela primeira vez a Tregosa, estavam deslumbrantes por tudo o que presenciavam, ou seja:- a localização do Festival, zona envolvente e a beleza que a própria natureza dotou este local. Quem veio até Tregosa para se divertir, encontrou tudo o

que precisava para se sentir feliz e poder desfrutar de todo o envolvimento deste certame, vejamos:-

Uma praça da alimentação bem recheada, a música ambiente, o parque de campismo dotado de água quente (gratuito), ótimas bandas, grupos musicais e finalmente a simpatia da gente de Tregosa. O povo de todas as idades afluiu ao local, mas a malta jovem foi batedora de um recorde único em todas as dimensões. Convenhamos que, até o tempo ajudou à saída de casa, pois as temperaturas durante o dia rondaram os quarenta graus. Foram sem dúvida três dias que resultaram em nota positiva, quer pela excelente organização como também, pela divulgação da nossa terra através dos diferentes órgãos da comunicação social . Força malta e continuem a “ARREDAR”, porque este evento já está dar cartas a outros do mesmo género. Tregosa tem gente e meios para continuar a afirmar-se através do rigor e da qualidade. Até ao ano malta da pesada. José Miranda


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Cidade [Viana do Castelo]

Cerimónia oficial do 140º aniversário da ponte Eiffel Domingos Costa domingosdacunhacosta@gmail.com

No dia 30 de Junho de 2018, - em cerimónia oficial - foi recordado o aniversário da ponte Eiffel de Viana do Castelo. A comemoração decorreu no Teatro Sá de Miranda, e, antes de finalizar a cerimónia, foi colocada uma lápide alusiva à data, junto da referida ponte. A cerimónia foi apresentada pelo presidente da autarquia, José Maria da Cunha Costa. A ordem dos trabalhos do 140º. aniversário da ponte Eiffel em Viana do Castelo iniciou às 10H00; seguiu-se, Mesa Redonda sobre a referida ponte às 10H30; a qual, teve como oradores, António Vasconcelos, José M. Andrade Gil, e Rui Maia; às 11H30 sucedeu a reconstituição de episódios relativos à abertura da ponte Eiffel – CDV – Teatro Noroeste; às 12H00 foi a apresentação do livro de Rui A. Faria Viana, bem como edição do bilhete-postal alusivo à efeméride, também no encerramento da sessão falou o Sr. Secretario de Estado das Infraestruturas, Dr. Guilherme d’Oliveira

Martins; às 12H30 descerramento da placa na Ponte Eiffel. Considero importante divulgar, a comunicabilidade entre as duas margens do rio Lima, antes da construção da supracitada ponte. O livro fala em barcos até 1819, entrando nesta data ao serviço, uma ponte de madeira até 1880. A ponte de madeira, foi construída propriamente em um ano. Todavia, o estudo sobre ela começou no início do ano 1806. Por isso, verifica-se, que esteve envolta em empecilhos. Fizeram questão de sublinhar que a pon-

te de madeira quando foi construída, tinha como finalidade, amealhar dinheiro na portagem, para, mais tarde, construir uma ponte de madeira e pedra. Só que, o dinheiro que se obtinha na portagem, propriamente era absorvido na manutenção. Creio justo também referenciar, que a referida ponte de madeira, foi considerada a maior ponte construída em Portugal e talvez na Europa. Sobre a Ponte Eiffel e da sua postura ao serviço público, diremos que é invejável não só pela sua beleza, mas também pela


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longevidade. Também, os oradores que intervieram na festividade da efeméride corresponderam ao solicitado. Acerca da sua construção, vou ser sucinto na divulgação de pormenores: A 31 de Outubro de 1876 na cidade do Porto, foi celebrado contrato entre a Direção do Caminho-de-Ferro do Minho e a Casa Eiffel. Foi, de certa forma, uma novidade, dado ser a primeira ponte metálica construída em Portugal e no Mundo, de maior comprimento e com dois tabuleiros. No caso, o superior para peões e carros rodoviários, e, o inferior, para a circulação de comboios. Para a sustentação da ponte, foram construídos onze pilares no total. O comprimento máximo é cerca de 913 metros integrando as rampas nos extremos da ponte. Para a sua construção, foram necessárias mais de duas toneladas de ferro. A ponte foi dada pronta, apenas para o movimento de comboios, dado o tabuleiro superior – para a circulação de carros e peões – ainda faltar colocar o gradeamento lateral, bem como pavimentar o tabuleiro. Todavia a 16 de Fevereiro de 1880 a ponte de madeira foi derrubada devido a uma forte cheia. Entrando de seguida ao

serviço o tabuleiro superior da ponte Eiffel. A ponte ao longo destes longos anos, esteve sujeita a diversas reparações. Graças a essas intervenções, a mesma, tem correspondido aos propósitos definidos.

Os 140 anos - da ponte Eiffel -, de circulação de comboios na linha do Minho, contribuíram sobremaneira no desenvolvimento da região e em particular do povo de Viana do Castelo.

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t. 963 316 769 · 966 334 363


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Sra. D`Agonia a Romaria das Romarias de Portugal A Romaria da Sra. D’Agonia neste mês agosto, a maior festa do Alto Minho, uma referência a nível nacional e além fronteiras. A devoção à Santa é muito evidente, um misto de fé e de agradeci-

mento invade o coração de imensa gente. A Procissão e a Procissão ao mar da comunidade piscatória, onde se destaca, os tapetes coloridos de sal nas ruas, por onde passa a Procissão, levando a

Sra. D’Agonia para as águas do rio Lima e a foz no mar, os pescadores com os seus barcos enfeitados de flores e outros adereços. O ponto mais alto da Romaria, de reflexão para a imensa multidão que acompanhou as cerimónias religiosas. Também o profano se destacou, com o trajar e o ourar tradicional, cá da nossa região, no Cortejo Histórico e Etnográfico e Festa do Traje, foram bem destacados esses pormenores. A tradicional Serenata no rio e na ponte Eiffel, aconteceu uma semana depois do final das festas, por imposição do Governo, ao abrigo da lei da prevenção dos fogos florestais. No entanto, o saldo final foi muito positivo, pois milhares de pessoas deslocaram-se a Viana do Castelo, para ver a Romaria das Romarias de Portugal. A Redação


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Religião

Ordenação Presbiteral, Colocação e Recolocação de Padres do Vale Do Neiva Domingos Costa domingosdacunhacosta@gmail.com

No dia 30 de Julho do ano 2018, decorreu na Catedral de Viana do Castelo, uma cerimónia para ordenar a Presbíteros, os Diáconos João Martinho Rodrigues Amorim e Luís Armando Barroso Martins. João Martinho é natural da Paróquia Santa Eulália de Rio de Moinhos, Arciprestado de Arcos de Valdevez, tendo realizado o estágio Pastoral na Paróquia de Vila Praia de Âncora e Luís Martins, natural da Paróquia de São Tiago de Poiares, Arciprestado de Ponte de Lima e realizou o seu estágio nas Paróquias de Moledo, Cristelo, Vilarelho e Caminha. Este acontecimento é enquadrado de elevada religiosidade, nele participarem muitos fiéis de diversas Paróquias, particularmente os familiares e amigos, das Paróquias dos dois novos Padres; dezenas de Padres e o Senhor Bispo que presidiu a

cerimónia. Este nobre acontecimento teve ainda uma particularidade: aconteceu na efeméride (quarenta e dois anos de existência) da Diocese de Viana do Castelo. Narrarei agora a colocação e recolocação de Padres de importância “Vale do Neiva”. O Pe. José Domingos de Oliveira Gomes é dispensado da Paróquia de São Pedro de Barroselas e Nossa Senhora da Expectação de Carvoeiro do Arciprestado de Viana do Castelo, e, é nomeado Reitor do Seminário Diocesano Frei Bartolomeu dos Mártires, acumulando outros ofícios incumbidos. O Pe. Padre José Domingos é apoiado na sua nova função, pelo Rer. Pe. Renato Filipe da Silva Oliveira, e pelo recém-ordenado Padre - no dia 30 de Junho de 2018 -,

o Rer. Pe. João Martinho Rodrigues Amorim. O Pe. Padre Luís Armando Barroso Martins é nomeado Vigário Paroquial, - coadjutor do Pe. João Paulo Torres Vieira -, das seguintes Paróquias: Santa Maria de Refoios do Lima, Santa Marinha de Arcozelo, Divino Salvador de Bertiandos, Santa Maria de Sá e São Silvestre de Santa Comba, no Arcebispado de Ponte de Lima. O Pe. Fábio Jorge Araújo Carvalho, é dispensado de Vigário Paroquial das Paróquias de São Pedro de Barroselas e Nossa Senhora da Expectação de Carvoeiro, no Arciprestado de Viana do Castelo, e nomeado Diretor do Secretariado Diocesano Pastoral da Saúde, conservando outros ofícios incumbidos.


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Congregação das Irmãs Reparadoras Missionárias da Santa Face de Viana Do Castelo Domingos Costa domingosdacunhacosta@gmail.com

A Congregação das Irmãs Reparadoras Missionárias da Santa Face, realizou na sua casa de Viana do Castelo, mais uma Conferência, no dia 24 de Junho de 2018. O Sr. Pe. Armando Dias, - habitual Conferencista -, com a sua radiosa graça, iluminou a plateia ao falar do “Sagrado Coração de Jesus”. Tema sem dúvida alguma importante para ser falado e refletido. Seguidamente engrandeceu ainda mais o seu reportório, ao aconselhar a plateia, para que vivam com alegria e amor, de forma a receber o Coração de Jesus. Mencionou, que a humanidade, esquece-se de Jesus. Calculadamente adiantou, quão injusto é o ser humano. Acomoda-se, e, abdica, em beber na fonte da Sagrada

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Escritura. Ao se saber que Deus é amor, e que a todos ama, sem olhar a quem. Também, que é compassivo, bondoso, carinhoso, misericordioso e sem preconceitos. Exatamente por isso, diz-se, que quer a total felicidade e fraternidade na humanidade. Recordou, que a Bíblia, tem o condão de colocar o coração a pensar, a agir e seguir a rota da concórdia e do amor. Anotou que, o Coração, é símbolo de tudo. Ele é sensível, e, nota-se-lhe as marcas do sofrimento e dos maus pensamentos. Também, na componente física, é, peça basilar e vital na vida humana. Dado ser, o motor que difunde cadentemente o fluxo sanguíneo. O ter – bom – coração, é o mesmo que dizer: é boa pessoa e sabe amar. Quer dizer, que, não tem importância a forma como o amor é revelado. Tanto vale que tenha sido por palavras, por gestos, por atitudes ou por ações. O importante é amar. Segredou-nos de seguida, que, o que verdadeiramente Deus quer, é que estejamos

sempre próximos dEle. Porque, ao nos adorar, ampara-nos, impedindo-nos o caminho do pecado. O Sr. Pe. Armando Dias, com a sua docilidade, levou-nos a ver a Majestosidade de Deus. As Maravilhas de Deus, a Magnificência de Deus. Com sentido Eucarístico, lembrou esse momento Sagrado. Identificado como: “Momento Único”. O qual, deve ser vivido com fervoroso amor. É claro que, também é importante, vive-lo em intensa meditação, a fim de se alimentar Espiritualmente. Porque, nEle, é-nos concedido maravilhas de Deus. Paralelamente, permite-nos saborear, o amor presente de Jesus, e, óbvia existência, de transcendente encanto. Facilmente se resume: No altar, Jesus, é, indubitavelmente a combinação do pão e do vinho. O mesmo dizer: o “Corpo e Sangue” de “Nosso Senhor”. Também, Deus, ao ser nosso Pai, inequivocamente é Amor. É Amor, em Jesus Cristo. É, manifestamente, o verdadeiro Salvador. Oh Deus, Amor. Orienta-nos.

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Extratos da vida da Irmã Maria da Conceição Pinto da Rocha (nº. 21) Domingos Costa domingosdacunhacosta@gmail.com

“Espero que não faça com este livro o que eu faço, por vezes, com livros semelhantes: ler os comentários e sugestões do autor saltando por cima dos textos bíblicos! Pelo contrário, leia os textos evangélicos como quem lê uma carta de amor: com tempo, de coração aberto, buscando o que vai nas entrelinhas e – sobretudo – tentando ver e imaginar Jesus a falar e a agir”. Achei por bem Iniciar de forma diferente este artigo. Apresentei uma frase que retirei do livro “Textos para Rezar” de Nuno Tovar de Lemos, S.J. Em face do alerta e riqueza do supracitado, apelo, reforçando o desejo do autor. Leiam, leiam tudo. Leiam, os livros de Maria da Conceição. Leiam, temas religiosos, para verificarem a sublimidade espiritual que gratuitamente oferendem. Prezado leitor, como ainda está a ler, dirijo-me a si, não despreze os valores de natureza religiosa, são valores que, ao alimentar-nos a alma, também, ministram-nos medicamentos bem doseados, a fim de curar, tratar, as fragelidades que existem no nosso ser. Temos que nos lembrar, que, com a contaminação existente, é muito difícil alimentar e sarar feridas espirituais. Por isso, apelo também, para lerem temas que alegram, e dão alento, ao nosso espírito. Do mesmo livro, apresento mais uma frase que simboliza plenamente os compenetrados desígnios de Maria da Conceição: “À medida que anos vão passando há muitas certezas que vão caindo. Mas as que ficam, ficam muito mais fortes. E uma das minhas (poucas) certezas é esta: tudo o que realmente interessa saber da vida Jesus sabia-o e deu-o a conhecer”. Ainda sobre o livro, vou escrever uma oração. Uma oração para refletir. Ousadamente, lembro o estimado leitor, que esta oração não é a melhor que o livro contem, apenas a que revela a mesma força anímica contida em Maria da Conceição: “Eu pedi forças e Deus deu-me dificuldades para me fazer forte; Eu pedi sabedoria e Deus deu-me problemas para resolver; Eu pedi prosperidade e Deus deu-me cérebro e músculos para trabalhar; Eu pedi coragem e Deus deu-me obstáculos para superar; Eu pedir amor e Deus deu-me pessoas com problemas para ajudar;

Grupo 8º Ano3

Jovens

Eu pedi favores e Deus deu-me oportunidades. Eu não recebi nada do que pedi, mas recebi tudo o que precisava. Mais uma vez, sublinho: Maria da Conceição ao viver vigorosamente a piedade do Coração de Jesus, ama-Lo, porque Ele, é “… símbolo do Amor que se imolou por nós”. Por isso, a Serva de Deus, honra Deus, o Coração de Jesus, Nossa Senhora e, nunca esquecendo a sua inequívoca certeza de empenhamento e devoção na salvação de toda a humanidade. Antes de finalizar, sublinho que Maria da Conceição, com o seu dócil coração, roga para que toda a humanidade se ame, porque, desta forma, encontra a diretriz certa e mais rápida “… para amar o próprio Jesus e reparar o seu Coração dos pecados dos homens”.

São, seguramente, os votos fervorosos de Maria da Conceição em ter um “… coração como o de Jesus.” Mais, “… aprender com o Coração de Jesus a ser mansa, humilde, misericordiosa, bondosa, paciente e dedicada.” Por isso, quer viver intensamente, seguindo o exemplo do Coração de Jesus, de “… coração rasgado, aberto para a todos acolher (…) e derramar à sua volta, mais amor, mais justiça, mais misericórdia, mais carinho, mais ternura (…) sempre em busca incessante das ovelhas perdidas”. Em suma: apaixonar-se como Jesus pelo Pai, bem como pela humanidade inteira, para, a todos acolher, no regaço de seu coração. Finalizo com um pensamento de Maria da Conceção: - “O abandono ao sofrimento deve ser pronto, generoso e puro”.


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Agenda do mĂŞs (Viana do Castelo)

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SETEMBRO 2018

Agenda do mês (Ponte de Lima)

Agenda do mês (Barcelos)

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Opinião

Os Caminhos de Ferro (Número 35)

Domingos Costa domingosdacunhacosta@gmail.com

A1 título de curiosidade, vou apresentar o maior número possível de personalidades, que foram convidadas a participar na inauguração da ponte D. Maria Pia: Camaristas de Sua Majestade El-Rei D. Luiz Conde de Linhares Marquês d’Alvito Conde de Mafra Conde de Ficalho D. Pedro José de Noronha. Viadores de Sua Majestade a Rainha Duque de Loulé Visconde de Lançada Visconde de Moçâmedes Ajudantes de campo de Sua Majestade El-Rei Teixeira Metelo General Cunha D. Luís de Mascarenhas Luís de Sousa Folque José Maria da Cunha D. Francisco D’Almeida Oficiais às ordens Carlos Possolo Folque Tomaz de Sousa Rosa Tito Moreira Teixeira de Carvalho Gromicho Couceiro D. Manuel de Mello Médicos Magalhães Coutinho Dr. Barbosa Dr. Lima Dr. May Figueira Dr. Teixeira Dr. Herculano Visconde de Santa Mónica Corpo diplomático D. Glinka, E. E. e M. P. de S. M. o Imperador de todas as Rússias. A. Koudriaski, secretário da legação da

Rússia H. W. Dyman, cônsul encarregado da ligação d’América Marquez de Balbi, encarregado dos negócios d’Itália Frederico Crusenstolpz, Ministro Rezte de S. M. o Rei da Suécia Barão de S. Jorge, secretário da legação da Suécia Barão de Dumreicger, E. E. e M. P. de S. M. imperial e Real Apostólica Barão de Salzberg, secretário da legação de Áustria A. Masel, Ministro Rezte de S. M. o Rei dos Países Baixos. Barão de Pirch, E. E. e M. P. de S. M. o imperador da Alemanha. Arcebispo de Pharol, no meio apostólico. D. Ricardo Larius e de Sigura, encarregado de negócios de Espanha. R. B. D. Morier, E. E. e M. P. de S. M. Britânica. Barão de Maynarde, encarregado de negócios de França. Barão de Pittenro Hugaerts, ministro Rezte de S. M. o Rei dos Belgas. E. d’Athayde Moncorvo. Sir. Georg Bonhan. Visconde de Laguna, adido à embaixada d’Espanha Marin, adido à delegação de França. Beltrão, adido à delegação do Brasil. Pares do reino e convidados Marques d’Avila e Bolama. Conde de Castro. Duque de Loulé. Duque de Palmela. Marques d’Alvito. Marques d’Angeja. Marques de Ficalho Marques de Fronteira Marques de Monfalim. Marques de Pombal. Marques de Ponte de Lima. Marques de Sabugosa. Marques de Sousa Holstein. Marques de Valada. Marques de Viana. Arcebispo de Braga. Arcebispo de Évora. Bispo Conde de Coimbra. Conde das Alcaçovas. Conde de Avilez. Conde de Sobral. Conde de Azinhaga. Conde de Bonfim. Conde de Casal Ribeiro. Conde de Cavaleiros. Conde de Farrobo.

Ponte em construção, Dona Maria Pia (1)

Ponte em construção, Dona Maria Pia (2)

Ponte em construção, Dona Maria Pia (3)

Ponte em construção, Dona Maria Pia (4)


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Conde da Fonte Nova. Conde de Cabral. Conde de Fornos de Algodre. Conde das Galveias. Conde da Graciosa. Conde de Linhares. Conde de Lousã. Conde de Mesquitela. Conde de Paraty. Conde de Podentes. Conde da Ribeira Grande. Conde de Rio Maior. Conde de Samodães. Conde de Tomar. Conde da Torre. Bispo de Bragança Bispo de Lamego. Bispo do Porto. Bispo de Viseu. Visconde de Algés. Visconde de Almeidinha. Visconde de Alves de Sã. Visconde de Asseca. Visconde de Vivar. Visconde da Borralha. Visconde de Chanceleiros. Visconde de Condeixa. Visconde de Fonte Arcada. Visconde de S. Jerónimo. Visconde das Laranjeiras. Visconde de Monforte. Visconde dos Olivais. Visconde de Ovar. Visconde da Paradinha. Visconde de Porto Covo da Bandeira. Visconde de Porto Carrero. Visconde da Praia Grande. Visconde de Macau. Visconde da Vila da Praia. Visconde de Seabra. Visconde de Seisal. Visconde da Silva Carvalho. Visconde de Soares Franco. Visconde da Vargem da Ordem. Visconde de Vila Maior. Visconde de S. Pedro. D. Afonso de Serpa Leitão Pimentel. António Maria de Fontes Pereira de Melo. Conde de Bertiandos. Muitas outras personalidades foram convidadas – em número 358 - e estiveram presente na inauguração desta grande obra de arte. Apenas direi, que, além dos

supracitados, estiveram presentes outros Viscondes, Conselheiros, Bispos, Cônsules, Presidentes de diversos domínios, Generais, Comissários, Chefes de Departamentos, Governadores Civis, Diretores, Reitores, Procuradores Régios, Administradores de diversos domínios, Chefes de Departamentos, Delegados de Tesouro, Auditores de Divisão, Comandantes, Secretários de Bispos e de Câmaras, Inspetores, Chefes de Departamentos Marítimo, Vogais do Con-

celho de Distrito, Presidentes do Concelho de Guerra, Conservadores do Registo Predial, Juízes Curadores e de outros domínios, Delegados, Provedor da Misericórdia, Guarda-Mor.

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Locomotiva no Museu de Lousado. Fotografia de Fernando Abel (CP)

Carruagem com 1ª. classe, 2ª. classe e 3ª. classe, do comboio histórico - contumil 1990

P:S: - Fotografias não identificadas são do arquivo da CP.

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Este artigo é extraído das págs. 123 a 135 do livro de Legis-

lação e Disposições Regulamentares de 1916


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EXPOSIÇÃO CARITATIVA, NA SEDE DA ASSOCIAÇÃO DOS REFORMADOS E PENSIONISTAS DE BARROSELAS Esta notícia já foi divulgada em reportagem do mês anterior. Todavia, pretendo salientar pormenores, que, deve apenas, ser divulgado em “artigo de opinião”. Pelo exposto, seguidamente narrarei o meu parecer sobre a benfeitoria. As Associadas, da Associação de Reformados e Pensionistas de Barroselas, com sede na antiga Escola Primária da Igreja, dignamente apresentaram uma coleção de roupa destinada a crianças das antigas Colónias Ultramarinas “Portuguesas”. É, legítimo, antes de prosseguir endereçar parabéns a todas as participantes, a quem mediou, e, ainda, as empresas que emprestaram as máquinas e ofereceram diversos tecidos. O gesto simboliza uma graça de Deus, e é, sem dúvida alguma, digno de louvor. E, o mérito do donativo, é, resultado, de “partilha”. É importante realçar, que, depois de concretizada definitivamente a ideia, as dinâmicas senhoras, prontamente - de semblante jubiloso - acederam ao apelo. Direi: Acederam em uníssono e de manifesta alegria. Porque, estava em causa “Ajudar”. Então. As obreiras. Com o som do “Hino do Amor”, as Sócias, descomprometidas e trabalhadoras ativas da Associação” levaram avante uma “Bem-Aventurança”. Por inerência, a obra floriu em proveito de um bem social. No caso: “CRIANÇAS CARENTES AFRICANAS”. Seguramente que a confeção desta magnífica obra, foi, com esmero, amor, paciência e sobretudo vontade de partilhar concebida pelas digníssimas Associadas, e, continuará a sê-lo, até Abril de 2019. Prezado leitor: hoje, o mundo, está contaminado. Todavia, neste pequeno Portugal, nesta pequena província minhota e mais precisamente neste lugar pouco falado e conhecido - à socapa da maldade -, faz-se obra maravilhosa. Endereço, redobrados Parabéns pela caridosa iniciativa. Foi um gesto digno, um gesto surpreendente, um gesto que originou um trabalho diligente. Parabéns. Foi, por mim dito. Disse parabéns, porque, atos análogos neste nosso mundo, são raros. Portando, há obrigatoriedade de os divulgar, bem como valorizar.

Prezado leitor ou prezada leitora: Não fique surpreendido (a) por a Associação dos Reformados, estar representada - nesta benemérita mensagem -, apenas por elementos do sexo feminino. Atesto que, narrarei com todo o gosto, amor e carinho, iniciativas similares produzidas pelos cavalheiros sócios desta Associação, ou, qualquer outra Associação, ou ainda, grupo de voluntários. Pelo referido, anoto que, nem todos os corações são sensíveis a minimizar carências. As digníssimas senhoras, quando solicitadas para participar no projeto, disseram: vamos trabalhar, vamos ajudar alguém. Sem nunca saber, nem querer saber quem é. Apenas, é alguém. Alguém, que necessita.


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É assim caros leitores, almas bondosas e caridosas. Elas, talvez sem noção do tempo passar, bem como o sacrifício, assumiram dignamente esta justa e valiosa dádiva social. O espectável leitor naturalmente interroga-se: o Domin-

gos Costa está a exagerar, está a enaltecer exageradamente uma coisa singela. É verdade, leitor. Gesto singelo. Todavia, reproduz efeitos piedosos valiosos. Direi: dignos de averbamento. A finalizar, faço questão de

deleitar os estimados leitores, com fotografias que apenas ilustra uma pequena percentagem, das roupas confecionadas pelas benfeitoras da Associação dos Reformados. E, lembrem-se, que as caridosas almas, gratuitamente - sem

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contrapartidas -, acederam ao apelo dos mediadores. Que Deus com a Divina Graça agracie as magnas benfeitoras. Bem-haja . Domingos Costa


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Sugestão ao leitor

FILMES SOBRE OS DIREITOS HUMANOS A sétima arte é o veiculo primordial de demonstração inequívoca, da transversalidade e prevalência dos direitos humanos, na suas mais elementares prerrogativas, que estão consagrados da carta da ONU e que estão rectificados em grande parte dos Países distribuídos pelo o mundo, para que não haja a tentação de serem postos em causa, pelo um poder politico despótico e tirano ou pelas as maiorias (povo em geral), que se designam e se elencam preconceituosas, racistas e xenófobas. Parafraseando e realçando esse tema com vital importância e destaque, o cinema através de ficção ou baseando se em factos verídicos, procura dimensionar e indagar constantemente, com uma grande componente histórica alicerçada, promovendo enredos com pressupostos coerentes, assertivos e explícitos, com a conivência e patrocínio das altas esferas da Academia de Hollywood, com o intuito dessa mensagem perpetuar se e consignar se no espectador em geral, para que as matizes da lei universal, se mantenham inquebráveis e perenes, na transumância das gerações. Portanto o cinema ao invocar e narrar situações pejorativas e de profanação dos direitos humanos, tem tendência para mencionar e tipificar aquelas são mais clamorosas, nomeadamente aquelas que dizem respeito aos direitos civis e políticos, que são imperativos e mais determinantes, como o direito á vida, o direito á propriedade privada, liberdade de pensamento e expressão, o direito á igualdade perante a lei, o direito á crença religiosa, o direito ao voto, aliás valores indicativos da proeminência da plena liberdade do cidadão, ao qual destas premissas foram apenas asseguradas e concretizadas, em grandes jornadas de luta e revindicação, com denodo e intensificação durante a vigência do século XX, não obstante a prioridade que a sétima arte dá com mais enfase aos direitos civis, existem os outros direitos que também são cate-

goricamente arrimados no contexto cinematográfico, designadamente o direito á paz, o direito á autodeterminação dos povos, o direito ao trabalho e saúde, entre outros, que podem ser enunciadas como dependentes de um cenário histórico ou de fundamentações implícitas, abordadas de forma oportuna numa narrativa. Tendo como pano de fundo este tema e a sua semântica vinculativa, recomendo alguns filmes que são ilustrativos, da espoliação desses direitos e outros sintomáticos dessas conquistas, que se singraram de forma concludente. Trumbo de 2015 e Na lista Negra de 1991- São dois filmes norte-americanos, que muito tem em comum, porque retractam uma época donde a suspeição, paranóia, coacção e proselitismo exacerbado contra uma determinada facção politica, era por mais evidente e perscrutante nos Estados Unidos, essencialmente em finais da década de 40 e início dos anos 50, por causa da Guerra Fria entre o Estados Unidos e URSS, ao qual a crispação e tensão política, estava no auge da efervescência da sua perturbação, no âmbito da politica externa, entre as duas super potências. Com o avançar da ideologia comunista, originada pela a sua consolidação politica na Rússia, nos anos 30 a sua influência e implementação na Europa e nos Estados Unidos, nos Sindicatos e nos trabalhadores em geral, era uma realidade indesmentível e intencional, devido em parte originada pela a grande depressão de 1929 e 1930, uma crise económica de larga escala, originada pelo o capitalismo selvagem, que se iniciou no Estados Unidos com as suas implicações colaterais e que fez surgir num ápice a ideologia bolchevique da luta do proletariado. Em face desta evidência, foi criado em 1938 um Comité de Actividades Anti-Americanas indicado pelo o senado Americano, com o desiderato de inves-


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tigar supostas deslealdade politica e actos subversivos contra o estado, por eventuais ligações ao partido comunista, ao qual essa comissão esteve permanentemente activa e mais obstinada, a partir do fim da 2ª Guerra Mundial, com o agudizar da Guerra Fria. Nos dois filmes que recomendo, era saliente e muito claro, o processo de averiguação e intimidação no mundo das artes e na industria cinematográfica, sobre eventuais susceptibilidades que circulavam em redor deste grupo de cineastas, actores e argumentistas, em que o senado suspeitava estarem conectados e com tendências de índole comunista, tanto no filme Trumbo, que é baseado em factos reais, sobre James Dalton Trumbo, um notável roteirista e romancista, que era membro do partido comunista, que se recusou a testemunhar a esta comissão parlamentar de inquérito, sobre o envolvimento e infiltração de comunistas, que em face dessa posição, viu a sua vida estragada e carreira lapidada durante uns bons anos, o mesmo se sucedeu no outro filme a Lista Negra, com David Merrill, uma personagem de ficção, que na trama é um director de filmes que participou em algumas reuniões do partido comunista e por isso é incluído numa Lista Negra, para ser indiciado numa audição ao comité das actividades Anti-Americanas, para fazer uma delação sobre as pessoas que tinham participado nessas reuniões, privilegiando o seu caracter, dever de consciência e o seu direito á privacidade, ele no depoimento que faz ao senado, recusa liminarmente indicar esses nomes, mostrando o seu desagrado e repúdio categórico, contra aquela comissão, estando sujeito aos efeitos contraproducentes, vendo a sua vida afectada a todos os níveis. São estes actos de coragem que devem prevalecer na atitude do homem, o direito á liberdade de pensamento, reunião e opinião politica, é um direito adquirido e irrevogável, que deve sempre subsistir contra climas opressivos, promovido por governos ditatoriais. Selma: A Marcha da Liberdade, 2014- Este filme Norte-Americano, é talvez dos mais marcantes que há memoria, sobre a luta sem tréguas contra a segregação racial nos Estados Unidos e por consequência o direito ao voto, que era sonegado aos afrodescendentes, designadamente nos Estados da América, como o caso concreto do estado do Alabama. Os anos 60 nos Estados Unidos, foram palcos de múltiplas acções perniciosas e de uma inexorabilidade implacável contra a raça negra, como o surgimento da organização Ku Klux Klan, que praticava actos inconcebíveis de acção terrorista contra os afroamericanos, com a conivência e complacência propositada dos governos federais Alabama, Mississippi e outros, que mantinham as leis emanadas de um preconceito generalizado, a favor de uma segregação racial, que

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frisava e era sintomático, na descriminação constante em praticamente todos os lugares e serviços públicos. O filme é elucidativo a realçar os contornos desta segregação absurda, que vai culminar numa intervenção proactiva e fulcral de Martin Luther King, na resolução deste diferendo, para participação dos afroamericanos na vitalidade democrática, promovendo uma caminhada épica de Selma a Montgomery, no Alabama, enfrentando de peito aberto as autoridades do Alabama, que tinham intenções agressivas e hostis para parar esta manifestação, conseguindo a comunidade negra com perseverança, bravura e capacidade de sofrimento, chamar a atenção da opinião pública americana e do Presidente Lyndon Johnson, que aplicou sem precedentes a Lei geral do Direito ao Voto, para todos os Americanos, que significou mais uma batalha ganha, para instituir em definitivo os direitos civis e políticos. Francisco o Papa do Povo, 2016- Um filme Italo/Argentina, sobre a biografia de Jorge Mário Bergoglio, que vai desde a sua infância até á sua eleição como sumo pontífice e que enumera as diversas fases que passou pela a hierarquia da igreja Argentina, que foram conseguidas por força da sua intervenção, personalidade, mérito indiscutível e tenacidade social. Este filme é elucidativo na abordagem á instabilidade proscrita pelas as ditaduras militares, que perfilavam e proliferavam na América do Sul, nomeadamente entre os anos 60 e 80, ao qual a Argentina não esteve isenta, com ditaduras despicientes originadas por sucessivos golpes de estado, sendo que a narrativa indica sistemáticamente a actuação de Jorge Bergoglio, que foi simplesmente temerária e arrojada, na defesa intransigente dos mais pobres e oprimidos, inclusive na protecção daqueles que eram perseguidos politicamente pelo o governo militar, salvando imensa gente da morte ou de prisões indiscriminadas. A essência do filme demonstra que a influência da igreja e de um homem com valores humanistas, foi determinante na labuta constante pela a afirmação de direitos imprescindíveis e mais elementares, como o direito á vida, ao trabalho e também direitos sociais e políticos . Acredito firmemente que apesar das diversas mutações e evoluções a todos os níveis, que o mundo seguramente estará sujeito no trespassar das gerações, acho que o ser humano dotado de razão e de consciência empírica, irá fazer valer os direitos mais básicos, associados á fraternidade e tolerância, de uns com os outros. Alcino Pereira


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Necrologia

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Culinária

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Poesia

Bolo de Claras Adriano Jordão

INGREDIENTES 5 claras 100g de manteiga 150g de açucar 200g de farinha branca de neve 1 colher de chà de fermento em po raspa de um limão Amendoa laminada qb.

PREPARAÇÃO

Recordações

Deixo me embriagar de amor Na imagem da tua presença

É o início do fim... Palpite inequívoco De uma certeza anunciada Morte efusiva de um amor celebrado

Parto sem te ver Ofuscado pela tentação Fios entrelaçados Pela inveja e maldição

Raízes cortadas Sentimentos em vão Olhares dilacerados Sonhos destroçados Os passos cedem a tentação grito abafado ecoa no coração Lágrimas inundam o meu ser Mil tormentos a acontecer Dou asas a solidão Refúgio me dentro de mim Sangro de raiva e dor É o princípio do fim

3. Numa tigela junte o açúcar, a manteiga derretida e a raspa do limao, bata muito bem.

Olhei te nos olhos pela última vez O pesar mortal da tua pequenez Fizeram me adivinhar a razão Pela qual dilaceras te meu coração

4. Junte a farinha com o fermento e com uma colher de pau misture as claras em castelo.

Um suspiro , uma certeza Na inquietude da indiferença

1. Bata as claras em castelo. 2. Numa tigela junte o açúcar, a manteiga derretida e a raspa do limao, bata muito bem.

5.. Leve ao forno a 180°C numa forma untada com manteiga e por cima deite a amendoa laminada. Retifique com um palito antes de tirar se està cozido.

Bom apetite! Fonte: https://asreceitasladecasa.blogspot.pt/

Dói demais sentir que te perdi Sinto me aprisionado sem saber Mas uma certeza eu tenho Amamo nos a valer.................... Por mais sorrisos que venham Ou mesmo tempestades virtuais Todo o tempo é um tempo E eu amo te demais Sim, dizes tu Com lágrimas a condizer Aceita o meu amor Vamos ser felizes até morrer . Mesmo na distância Amando cada momento Evoco o teu lindo nome Na retina e no pensamento Sim eu sei Que estás a olhar para mim Que amas e proteges Este amor sem FIM


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