Propriedade: A MÓ · Associação do Vale do Neiva (Cultural, Património e Ambiente) | Barroselas Novembro 2018 | Mensal · Nº55 · Gratuito · Versão digital
Ambiente
Odores em Estações de Tratamento de Águas Residuais Urbanas P. 6
A cidade Invicta foi escolhida para Convívio do Grupo Coral P. 3
Nacional
Caminhos de Santiago P. 8
Vila de Punhe
13º. Convívio dos Domingos P. 4e5
Visita à EB1 Vila de Punhe P. 2
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Sugestão ao leitor
STEVEN SPIELBERG (2ª Parte) P. 14e15
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Vila de Punhe
Visita à EB1 Vila de Punhe A fim de realçar a importância das relações entre as pessoas, os lugares e a sua história, e o valor da partilha de memórias culturais entre gerações, a Junta de Freguesia de Vila de Punhe organizou a “Desfolhada’18”, tendo como parceiros a Associação das Cantadeiras do Vale do Neiva, a Comissão de Festas de Santa Eulália e a Associação Renascer Padela. A atividade iniciou-se com uma caminhada, com saída do adro da Igreja Paroquial de Vila de Punhe, rumo ao Moinho do Inácio. Neste local, desfolhadas as espigas do milho, seguiu-se a malhada na eira e a colocação da palha em medas. De salientar que a malhada foi realizada, pela primeira vez, na réplica de uma eira tradicional, em granito, recentemente construída pela Junta de Freguesia. Após tão grande lida, na tarde do passado domingo, dia 23 de setembro, os participantes petiscaram umas fêveras no pão e vinho a acompanhar, ofertadas pela Organização. Não quis deixar de participar neste evento de revivalismo tradi-
cional a Câmara Municipal, fazendo-se representar, para tal, pelo seu vereador Luís Nobre. A animação foi assegurada pelas Cantadeiras do Vale do Neiva e pelo Grupo Musical Renascer Padela. Conseguiu, assim, a Organização levar os participantes a experimentarem ou relembrarem, com êxito, a desfolhada e as suas variadas tarefas, em ambiente de confraternização e alegria.
Ficha técnica | Diretor: Tiago Lima Redação: Domingos Costa · José Miranda · Manuel Lima · José Rafael Soares Colaboradores: Alcino Pereira · Cristiana Félix · Adriano Jordão Design e Paginação: Inês Guia Contacto redação: Avenida S.Paulo da Cruz, Apartado 20 - Barroselas · redajornalvaledoneiva@gmail.com Periodicidade: Mensal Formato: Digital Distribuição: Gratuita Os artigos de opinião são da inteira responsabilidade dos seus autores, podendo ou não estar de acordo com as linhas editoriais deste jornal.
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Durrães e Tregosa
A cidade Invicta foi escolhida para Convívio do Grupo Coral Este ano, a Direção do Grupo Coral de Sta. Maria de Tregosa, escolheu a capital do Norte (Porto) para realizar mais um convívio com os seus elementos, familiares e amigos. Temeu-se alguns períodos de chuva mas, tanto de manhã como de tarde, o tempo portou-se bem para que, pudéssemos desfrutar sem embaraço da beleza e encanto que esta cidade encerra. Oito horas e trinta minutos, já todo o pessoal (23 elementos) estava na estação de Barroselas para embarcar e, fazer o percurso de comboio até à cidade do Porto. Considera-se uma ótima ideia, pois vai-se mais à vontade e, a interação entre pessoas é mais próxima.
Chegados a Porto S. Bento, o Grupo deslocou-se para uma pastelaria na Avenida da Liberdade onde, cada um, pediu o que bem entendeu. A dado momento, fomos informados para deslocarmo-nos para o local de embarque, onde estava para chegar um autocarro turístico (com piso superior descoberto) que, nos levaria a passear pela cidade e arredores durante uma hora e trinta minutos. Terminado o passeio turístico, (já a hora ia adiantada), o Grupo dirigiu-se para o Restaurante e saciou o estômago com as variadas ementas previamente confecionadas. Já bem atestados, recebemos a informação que até às dezoito e trinta minutos cada um passaria a gerir o tempo conforme bem entendesse. Chegadas as dezoito e trinta, já o comboio de regresso estava estacionado na estação de S. Bento. Às dezoito e quarenta minutos o Grupo partiu rumo a Barroselas onde chegou sensivelmente pelas vinte e uma horas. É sempre positivo a reunião entre pessoas porque, permite o conhecimento de diferentes personalidades, a alegria de conviver, a partilha de histórias ou acontecimentos, o humor e finalmente a diversão que nos causa bem estar. Felicita-se mais uma vez a Direção do Grupo Coral por mais uma iniciativa de índole sociocultural. J. Miranda
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13º. Convívio dos Domingos Domingos Costa domingosdacunhacosta@gmail.com
À semelhança dos anos anteriores, decorreu no dia 23 de setembro do presente ano, mais um convívio dos Domingos. Este ano, fomos agradavelmente surpreendidos, direi, agraciados, devido a uma participação de convivas assinalável. Iniciamos este convívio há 13 anos, com intenção de perdurar no tempo. Todavia decorrido alguns anos, esse pensamento não é tão animador, dado, verificar-se uma diminuição acentuada na atribuição do nome de Domingos. Em face do referido, e, em consulta aos Domingos presentes no convívio, conclui-se e ficou decidido unanimemente que nos futuros convívios, qualquer Domingos sem residência em Durrães também pode participar no convívio. Ou seja, está aberto a todos os Domingos sem exceção. Pelo referido, caríssimo leitor, caso seja Domingos e nos próximos anos pretenda associar-se ao convívio dos Domingos, contate Domingos Figueiras Grilo com telefone nº. 92 68 71 980 ou, Domingos Costa através de 96 11 74 384. Endereço, através deste prestigiado jornal, um muito obrigado de cada Domingos, pela participação - neste grande dia - no convívio dos Domingos, família e amigos. Este ano, além de se cantar os parabéns – com respetivo bolo e champanhe - do aniversário convival dos Domingos, tam-
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Domingos Marques festejou o aniversário do seu
bém se festejou, o aniversário do neto do Domingos Marques. Antes de finalizar, pretendo dizer que todos os Domingos, família e amigos viveram um dia feliz. Deduz-se então, que, sentimo-nos lisonjeados por ter proporcionado um ambiente acolhedor e feliz neste Domingo dos Domingos. Para o ano, tudo será feito
para que se repita um alegre dia de convívio no dia 22 de setembro. Finalizo, recordando, que você Domingos, a partir de agora, é a sua exclusiva vontade que conta, para que possa participar neste nosso dia. Quero, ainda lembrar, dado o resultado desta decisão ter sido totalmente unâni-
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neto no convívio dos Domingos
me, não receia em se inscrever, é, seguramente, carinhosamente aceite na família dos Domingos. A sua inscrição pode ser oficializada, a qualquer momento.
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Ana Lima
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Ambiente
Odores em Estações de Tratamento de Águas Residuais Urbanas No Jornal de Noticias de 1 de Novembro de 2018, somos alertados para uma descarga poluente ocorrida ontem para o rio Vizela, alegadamente a partir da (ETAR) de Serzedo (Guimarães), situada a montante de Vizela. A empresa pública Águas do Norte, responsável pela gestão da estação de tratamento comunicou de imediato esse facto às entidades competentes, nomeadamente, Agência Portuguesa do Ambiente (APA) e, Serviço de proteção da Natureza (SEPNA) da GNR. Perante tal facto a Câmara emitiu um comunicado em que considera profundamente lamentável tal ocorrência.
Como sabemos, o rio Vizela tem sido flagelado por imensos focos de poluição, ocupa um lugar cimeiro na forte degradação da qualidade da água, no entanto, tem vindo a melhorar esses parâmetros. A tecnologia ainda hoje aplicada no tratamento de odores das águas residuais urbanas, consiste na absorção e oxidação química, seguida de biofiltração e por absorção em carvão activado, aparentemente, a selecção das tecnologias não estão aparentemente compatibilizadas com as dimensões das ETAR no que respeita a caudal e odores. Verifica-se em muitos casos a não monito-
rização dos odores, limitando assim a correta avaliação dos processos de tratamento. As várias ocorrências que se verificam nas (ETAR) tem múltiplos fatores negativos associados, no entanto esses riscos terão de ser acautelados evitando possíveis riscos ambientais que daí possam ocorrer. Informações recentes alegam também para problemas na (ETAR) em Barroselas, que deverão ser corrigidos urgentemente, para bem da qualidade da água do rio Neiva, fauna e flora
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Departamento de Biologia do (EcoNeiva)
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Religião
Extratos da vida da Irmã Maria da Conceição Pinto da Rocha (nº. 23) Domingos Costa domingosdacunhacosta@gmail.com
Logo no início do oitavo capítulo do livro “Vida em Plenitude de Amor” compara, e para mim, muito bem: “a Face de Jesus, do Verbo encarnado, é resplendor da glória do Pai. É a Face Santíssima de Jesus Cristo, Homem e Deus verdadeiro. Face venerada por tantos e místicos”. É, baseado na Face bendita de Jesus, que, Maria da Conceição efetivamente se apaixona. Os registos por ela deixados, datados de 1930, dizem-nos: “Sempre amante da Santa Face, pedi ao divino Esposo, a imprimisse verdadeiramente no meu coração”, continua dizendo que “Sentia como que um desejo que esta imagem fosse impressa em cada religiosa da Fundação (…) A devoção que consagro à Santa Face nasceu na minha alma aos dezanove anos, quando li a vida de Santa Teresinha; deve ser pois já há 21 anos que consagro grande amor à Santa Face de Nosso Senhor, dedicando a minha vida de oração diante do sacrário e consagrando a minha capelinha a Jesus no Horto e à Santa Face”. Um pouco mais tarde, volta a manifestar a sua vontade: “Santa Face” “título que devo dar a esta Fundação, desde 29 de Junho de 1931”. Com este apelo, é, sem dúvida alguma, exteriorizada por Maria da Conceição a sua paixão pela Face de Cristo, dizendo ao mundo que este nome, foi escolhido, e batizado por Deus. É, sem dúvida alguma, uma forte devoção
à Santa Face. Convicta veneranda a Jesus Cristo, Homem verdadeiramente humano, assim sendo, com face humana. Por isso, podemos e devemos contemplar com verdadeiro amor a Sua Face bendita. Essa mesma Face, que Maria da Conceição aprendeu a encontrar Jesus. O seu grande Amor, que lhe dá alento para amar toda a humanidade. A sua Imaculada Face, surge, sucessivas vezes nos Evangelhos e noutros livros ligados à nossa Religião. São, explícitos olhares, direcionados à Face de Jesus. Essa contemplação era permanentemente observada pelos seguidores de Jesus, e, a que seduziu a Serva de Deus. É também importante considerar que Jesus ao ser homem, tinha face humana, por isso, “…é Verbo encarnado no seio da Virgem Maria”. Por outro lado, ao se contemplar a Face de Jesus, a oração tem abrangência universal. Maria da Conceição empenhou-se muito pela humanidade. Trabalhou afincadamente até ao limiar das suas forças. Na altura certa, foi acometida por uma doença avassaladora, com atroz sofrimento - consagrada por Deus - levando-a em pouco tempo à morte física. Mesmo com dores angustiantes, mantinha a mesma docilidade na fé em Deus, e ativamente servir a humanidade. Tinha, sempre presente, uma palavra de conforto e de uma generosidade num coeficiente muito superior às suas capacidades. Porque, a sua forma espiritual de estar no Mundo, era pura e intima com Deus, e, também, porque “… o seu amor a Deus era toda a sua força”. Acres-
centarei ainda: “Foi uma escola de humildade verdadeira, de bondade, de caridade e de aceitação de todas as provações como vindas da mão de Deus”. Lamentavelmente a Serva de Deus, morreu fisicamente, sem concretizar os seus propósitos. Todavia, as suas leais discípulas, com transparência, brio, amor e devoção a Deus, deram continuidade aos seus desígnios. Finalizo com um pensamento de Maria da Conceição: “O humilde é forte porque se apoiou no Deus de toda a fortaleza”.
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Nacional
Caminhos de Santiago Manuel Lima m.l.valedoneiva@gmail.com
Os caminhos portugueses (o Central e o da Costa) com destino a Santiago de Compostela registam uma afluência cada vez maior, entre junho e Setembro aproximadamente 50 mil pessoas percorreram estas duas rotas, com o objetivo de chegar à Oficina do Peregrino, para obter a Compostela, documento que atesta que cumpriram a peregrinação. O número total de peregrinos será cerca de 204 mil nos dois caminhos, o caminho Central foi seguido por aproximadamente por 40 mil pessoas (+ 11,7 %), já o caminho da Costa registou a preferência de 8710 peregrinos (+ 82 %), verifica-se assim um aumento significativo de utilizadores. Pessoas oriundas de várias nacionalidades fazem os caminhos, os espanhóis em maior número (Portugueses, Alemães, Italianos), mas atraem também gente dos quatro cantos do mundo. A grande procura cada vez maior do caminho de Santiago, por motivações religiosas ou não, tem contribuído para a dinamização da economia ao longo dos caminhos, onde não passa o turismo de massas. Ascende a 300 mil o número de pessoas que até ao final do mês de Outubro de 2018 tinham chegado a Santiago de Compostela, a grande maioria caminhantes (89,5%) fazem-no a pé, depois de bicicleta (11%) e, por último a cavalo (0,2%).
Para obtenção da Compostela, terão todos os aventureiros dos caminhos, aqueles que vão a pé e a cavalo terão de percorrer os últimos 100 quilómetros, os de bicicleta (200). Acrescento que já vivi a experiência do caminho Central em bicicleta, São Pedro de Rates (Póvoa de Varzim) rumo a
Santiago de Compostela, uma semana repleta de imensas emoções nos caminhos da vida, uma aventura marcante que nos ensina a reflectir, numa viagem ao centro da nossa existência, que nos faz medir os nossos limites enquanto seres humanos, lá voltarei um dia ao meu Santo de eleição.
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Agenda do mĂŞs (Viana do Castelo)
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Agenda do mĂŞs (Ponte de Lima)
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Agenda do mĂŞs (Barcelos)
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Opinião
Os Caminhos de Ferro (Número 37)
Domingos Costa domingosdacunhacosta@gmail.com
Ainda 1sobre a inauguração, direi que, afluíram dezenas de milhares de pessoas das povoações próximas, bem como muitos funcionários das estações espelhados na zona envolvente e em barcos, como também, um considerável número de altas personalidades do País. Todos, fizeram questão em presenciar um ato perdurável na história. Sobre a ponte, 2adiantarei que, o seu comprimento é de 352,875 metros entre os paramentos de encontro. Ficando o rail à altura de 62,40 metros acima do plano de comparação geral, sendo este plano 1,20 metros, inferior ao nível da baixa-mar. Em 3sessão realizada no dia 6 de setem-
bro, convocada pelo conselho da companhia de caminhos-de-ferro Portugueses, o Diretor da companhia informou que tinha sido informado do interesse em que uma miniatura da ponte fosse exposta em Paris. Inauguração realizada, logo no dia seguinte, os comboios começaram a circular livremente. Estabelecendo, assim, a tão desejada ligação direta entre Lisboa e Porto. Julgo importante efetuar uma pausa, sobre a construção da via férrea, em via de bitola com via larga. Passarei a divulgar, um transporte alternativo que vigorou no serviço de transportes no nosso País. Direi que, mesmo com o inovador meio de transporte em alta, ainda havia quem desejasse mais. Por isso, e sem demora, decidiram implementar em Portugal outro meio de transporte – com características diferentes -, já em serviço em outros continentes. Esse meio de transporte, foi designado e batizado: “Caminhos-de-Ferro-Americano”. Para surpresa de muitos, por decreto de (1) 4 de Dezembro de 1857, tinha sido lavrado “… contrato provisório, entre o Governo de Sua Majestade El-Rei e Luiz Vicente de
Fotografia de Armindo Ferreira Loc vapor 718 tirada em Contumil 1975
Afonseca e ainda Alfredo Courson, súbdito Francês, para a formação de uma companhia destinada a construir “estradas férreas” auxiliares no continente do Reino. Hoje, também conhecidas, pelo nome de “vias férreas americanas”. Este meio de transporte, destinava-se a circular em estradas ou ruas sem perturbar outros meios de circulação ordinária. A 4sua construção, consistiu na colocação de barras de ferro ou longarinas para assentar os carris, exatamente nas estradas reais, ou, em novas estradas construídas para o efeito. Este meio de transporte, também conhecido “de sistema de viação e locomoção denominado viação carril vicinal urbano, ou sistema americano”. Tendo, as referidas estradas, - a partir desse momento, - múltipla circulação. O referido meio de transporte, seria rebocado por cavalos ou locomotivas. Dir-se-á, então, que os referidos comboios americanos, tinham leito reservado para circular. Quando estes não circulassem, havia plena liberdade de circulação dos outros. Lembro, que, este meio de transporte foi usado com alguma grandeza, na América
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por sua conta um caminho-de-ferro americano entre as Minas do Braçal da Malhada e Cova da Mó. No Concelho de Sever do Vouga. Os comboios tipo americano, vislumbravam sucesso, por isso, o Governo, a 25 de Agosto de 1870, “…atendendo ao que representou o barão da Trovisqueira; e tendo ouvido as Câmaras Municipais dos Concelhos do Porto e de Bouças, e o Chefe da 5.ª Divisão de Obras Públicas; e conformando-se com o parecer do Procurador-Geral da Coroa e Fazenda: Hei por bem conceder ao mencionado Barão…” a construção de um caminho-de-ferro americano, servido por cavalos, entre a cidade do Porto e a povoação da Foz do rio Douro. Sendo mais tarde previsível, aumentar o seu percurso até Matosinhos, a fim de assegurar o transporte de mercadorias e passageiros. PS: - Fotografias do arquivo da (CP).
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Pág. 138 a 142 do livro de Legislação e Compilação de Diver-
sos Documentos de 1916. 2
Pág. 114 a 142 do livro de Legislação e Compilação de Diver-
sos Documentos de 1916. 3
Pág. 28 do livro de Legislação e Compilação de Diversos Do-
cumentos de 1916. 4
e Europa. A 27 de Agosto de 1864, foi celebrado con-
trato entre o Alemão Diederich Mathias Feuerheerd Senior, no sentido de construir
Loc. 004 Centro de Formação do Entroncamento tirada em Abril de 1979 por Armindo Ferreira
Pág. 231 e 232 do livro de Legislação e Disposições Regula-
mentares de 1876.
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Sugestão ao leitor
STEVEN SPIELBERG (2ª Parte) Como faz uma grande vedeta e artista conceituado, para se manter na ribalta de forma perene, após ter granjeado sucesso inequívoco, que o pontificou a nível mundial e de forma transversal, na sua fama e consagração imediata? Essencialmente devido a Spielberg ter realizado com ensejo, denodo e aptidão indescritível, muitos bons filmes na década de 80, que deixaram a sua marca e se tornaram indeléveis no mundo da sétima arte. Para manter o rótulo e a projecção que Spielberg arrecadou, um dos atributos indispensáveis é a necessidade de manter a chama acesa, isto é que a paixão e o prazer verossímil não se desvaneçam, esse é sem duvidas um foco para continuar na senda do sucesso, com o factor motivacional em alta, as faculdades natas e o medrado tácito, mantem se inquebráveis e o seu constante desenvolvimento pode prosseguir, em bom nível com o passar dos anos, não obstante estes predicados, a experiencia adquirida na produção e realização dos outros filmes, é outro aspecto fulcral e determinante, para encenar e realizar de forma categórica, em projectos de grande alcance e com argumentos ambiciosos, claro que existem outras premissas associadas, que são alicerces á sua manutenção como um realizador de Top, nomeadamente ter na sua equipe um conjunto de assessores, capazes de o auxiliar, de forma eficiente, em inovação tecnológica, especialização temática e indagação sobre componente histórica e por fim ter a percepção e a intuição de aceitar conduzir e realizar filmes, que tenham enredos e narrativas exequíveis e que aspirem ao êxito incontestável, que sejam essencialmente um desafio constante e um teste às suas capacidades intrínsecas. Perante estas evidências ilustrativas de sucesso, Spielberg confirmou a sua notoriedade aliada a sua sapiência, que em constante mutação permitiu continuar a realizar filmes, com um sucesso estrondoso e acla-
mados por todo o mundo, designadamente em alguns exemplos, que a seguir vou indicar, numa breve súmula. Jurassic Park de 1993- é talvez dos filmes mais icónicos e intemporais, que a realça a realização fulgurante, arrojada e incomensuravelmente imponente na sua magnificência, em que Spielberg foi capaz de dirigir esta produção portentosa, só comparável em termos de plano com King Kong de 1933, que para a época se considerou uma realização surpreendente e sumptuosa, para os meios escassos que existiam na altura. Com um anacronismo inusitado e eloquente, “Jurassic Park” recria e ressuscita os gigantescos Dinossauros, que se julga que apareceram há pelo menos 233 milhões de anos, e que, por mais de 167 milhões de anos, foram o grupo animal dominante na Terra, confirmado por evidências cientificas associadas á geologia e registo fóssil, sendo para evidenciar as características heterogéneas e endógenos do mundo Jurássico, Spielberg terá que recorrer á tecnologia de ponta, às montagens através de simulação por computador, para cimentar mais esta produção, dar lhe um maior realismo inequívoco, que vai ser fundamental para cativar atenção generalizada dos espectadores. Quanto ao argumento em si, acho que a narrativa não podia ser mais apropriada, para combinar este ressurgimento dos Dinossauros, nos dias de hoje, com uma ilha supostamente localizada perto da Costa Rica, que alberga os ditos dinossauros criados a partir de DNA pré-histórico, o mentor que concebe este projecto paradoxal é o bilionário John Hammond, que acredita que é possível fazer deste Parque Jurássico, um retumbante sucesso á esfera mundial e para isso convida um grupo de eleição, designadamente técnicos ligados á paleontologia, para conferir a veracidade e a fiabilidade do parque, que perante este desígnio, os
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convidados deambulam entre a admiração e a petrificação. Todavia numa visita guiada ao parque, os visitantes são confrontados com um imenso temporal, que vai gerar uma queda de energia momentânea, que vai permitir em conjugação com o desactivar do sistema de segurança, perpetuada pelo um espião a soldo que pretendia roubar embriões de dinossauros fertilizados, perante esta contingência, os dinossauros mais ferozes evadem se do local onde estavam retidos, provocando o caos, o pânico, entre esse grupo e os funcionários do parque, que num fenómeno em catadupa, todos vão ter que lutar em uníssono pela a sobrevivência. Lista de Schindler de 1993- após ter realizado de forma notável o filme “Salteadores da Arca Perdida”, na década de 80, em que o espectro da 2ª Guerra Mundial estava consignado, no enredo ficcional desse filme de aventuras, Spielberg tem o ensejo de regressar a este momento critico da história contemporânea, esboçando o lado mais cruel, inóspito e degradante do Nazismo, destacando os aspectos sombrios do holocausto e as suas atrocidades e genocídio contra o povo judeu, designando um herói improvável, mas providencial e decisivo, o alemão Oscar Schindler. Aceitando este desafio, de realizar um filme baseado em factos verídicos, de índole biográfica sobre o período determinante e fulcral, em que o alemão Oscar Schindler que foi um industrial alemão conceituado, espião e membro do Partido Nazi, terá salvo da morte 1200 judeus durante o Holocausto, empregando-os nas suas fábricas de esmaltes e munições, localizadas nas actuais Polónia e República Checa, respectivamente. Apesar de numa fase inicial, Schindler pretende desenvolver a sua industria, tirando proveito efectivo da longevidade da guerra, usando mão de obra débil e extremamente precária, mas com avançar de aspereza da guerra e com os crimes bárbaros contra os judeus, em que Spielberg invoca no filme, por diversas vezes, essa realidade agreste e perniciosa, é perceptível em Schindler, a sua angústia, sensibilidade e apoio afectivo, designadamente com o povo judeu e o seu sofrimento permanente, desencadeando nele próprio uma atitude pro-activa e inexcedível dedicação, com o objectivo de salvar as vidas dos seus empregados judeus, constando se que até terá perdido a sua fortuna pessoal, em prol desse desiderato. Um magnifico filme que fica nos anais da história da sétima arte, com o cunho mais uma vez de Steven Spielberg. Relatório Minoritário de 2002- é um dos filmes produzidos por Steven Spielberg, com menos reputação, mas que recomendo essencialmente pela a critica velada que é latente no enredo do filme, ao perfeccionismo e á fatalidade das inovações técnico/ cientificas e empirismo tecnológico, em que Spielberg aprofunda essa divergência com o destino inevitável, produzindo um enre-
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do simplista, ficcional e futurista, que colide no essencial, com os direitos mais consentâneos da vida do homem, que é o direito á privacidade. No que concerne á epítome do filme, a história retracta o ano de 2054, em que existe um sistema infalível que permite descortinar eventuais crimes que sejam descobertos atempadamente, antes da sua concretização, recorrendo á tecnologia psíquica, o que faz com que a taxa de assassinatos caia drasticamente. Todavia num súbito dia, quando um dos maiores correligionários deste organismo e principal agente no combate ao crime, o detetive John Anderton, descobre que foi previsto um assassinato que ele mesmo irá cometer, ele vai encetar numa corrida incessante contra o tempo, tendo que provar sua inocência e comutativamente dissecar e por em causa a suposta fiabilidade do sistema. The Post de 2017- este é o ultimo e mais recente filme, que tive o privilégio de assistir, realizado de forma magistral por Steven Spielberg, contando com Tom Hanks e Meryl Streep, em bom plano, nos principais papéis. Um filme baseado em factos verídicos, que regressa ao ano de 1971, em que dois editores do Washington Post, tem acesso a segredo de Estado, que põe em causa de forma taxativa, o envolvimento dos Estados Unidos da América na guerra do Vietnam, em que nesse relatório evidencia aspectos pertinentes, que confluem que a invasão ao Vietnam era contraproducente e que se podia concretizar num debacle bélico. Ao decidirem publicar no jornal essa matéria incomensuravelmente sigilosa, que Nixon havia proibido o Jornal “The Times” de o publicar, estão a por em causa as suas carreiras, mas o que estava em cima da mesa, era demasiado obvio, e é aqui que Spielberg intervém mostrando as calorosas discussões, as indefinições, os recuos e os avanços, dos gestores do Jornal, designadamente quando se deparam com a premência documental desta natureza, mas também relacionando a oportunidade desta semântica documental, para dirimir a situação económica periclitante do jornal. Apesar da polémica publicação, a justiça americana deu razão aos dois jornais, citando que liberdade de informação e de transparência, deve prevalecer acima de tudo, mesmo que envolva hipotéticos segredos do Estado. Nesta crónica dividida em duas partes, sobre o grande realizador Steven Spielberg, indica que em praticamente todos os filmes, se extraiu uma mensagem significativa, que nos ajuda a perceber o mundo, num passado remoto e actual, no nosso presente e aquilo que poderá ser as perspectivas de futuro. Alcino Pereira
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Necrologia
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Culinária
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Poesia
Bolo de castanhas Adriano Jordão
Sem querer Sem querer... Descobri a simplicidade do teu olhar Desvendei segredos que pairavam no ar Ilustrei o mundo com mil sorrisos Entreguei me nos momentos precisos.
Ingredientes: 500 gr castanhas 100 gr margarina vegetal 250 gr açúcar amarelo 2 colheres de chá fermento em pó 5 ovos
PREPARAÇÃO 1. Cozer e passar as castanhas em puré. 2. Bater bem o açúcar com a manteiga e juntar as gemas. Acrescentar o puré de castanhas, o fermento e, por fim as claras em castelo. 3. Levar ao forno em forma untada com manteiga e farinha. 4. Retirar o bolo quando estiver húmido.
Notas: Decore o seu Bolo de castanhas com passas, pinhões e castanhas a gosto. Bom apetite! Fonte: https://www.saborintenso.com
Sem querer... Rubriquei o timbre da tua voz Naveguei numa onda de emoções Esculpi sentimentos a sós Na inquietude dos nossos corações. Sem querer... Redigi poemas sem fim Soletrei o verbo amar só para mim Insisti na preserverança Procurei nos sonhos a minha esperança. Sem querer... Flutuei na melodia do teu ser Soltei a pronúncia da paixão Refugiei me nos recantos proibidos Entregando me de alma e coração.
Sem querer... Inundei me de desejos Retorqui por entre abraços e beijos Refleti a alegria de viver Numa essência de carinho e prazer. Sem querer... Explorei o teu mundo secreto Fintei as curvas do teu olhar Curtei as amarras do pensamento E só pensei em te beijar O beijo lá chegou Acompanhado de muitas razões Nas profundezas do teu corpo Descobri mil e uma emoções. O tempo parecia parar Nada mais havia a dizer Juntos numa linda melodia Fizemos o amor acontecer A pronúncia estava certa Nada disso era improviso Imploras te no meu ouvido Faz amor comigo.... O amor aconteceu ...... E nunca mais morreu.
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