Propriedade: A MÓ · Associação do Vale do Neiva (Cultural, Património e Ambiente) | Barroselas Abril 2019 | Mensal · Nº60· Gratuito · Versão digital
Barroselas e Carvoeiro
N-Cooltura faz… a DIFERENÇA! P. 4e5
“Pão Nosso” encerrou o Festival Internacional de Teatro de Barcelos P. 7
N-Coooltura de mãos dadas P. 6
Barcelos
A Associação SOPRO já enviou para a Beira 8000€ P. 10
Angariação de fundos para a Festa da Sr.ª do Calvário P. 3 Sociedade
JS Alto Minho na Europa P. 9
Vila de Punhe
Desfile de Carnaval 2019 P. 2
Ambiente
Portugal em Seca Severa P. 25 Entrevista
ENTREVISTA AO SENHOR PADRE ERNESTO P. 14a17
Sugestão ao leitor
COM DUMBO EM FAMÍLIA P. 22e23
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Vila de Punhe
Desfile de Carnaval 2019 Cumprindo a tradição anual, no dia 1 de Março, sexta-feira, os alunos da Escola EB1 de
Vila de Punhe, acompanhados pelos participantes do grupo IDOSO+ATIVO, saíram à rua
para realizarem o seu Desfile até ao Largo das Neves aonde, juntamente com as crianças
do Centro Social e Paroquial, festejaram, com muita alegria e animação, o Carnaval.
Ficha técnica | Diretor: Tiago Lima Redação: Domingos Costa · José Miranda · Manuel Lima · José Rafael Soares Colaboradores: Alcino Pereira · Cristiana Félix · Adriano Jordão Design e Paginação: Inês Guia Contacto redação: Avenida S.Paulo da Cruz, Apartado 20 - Barroselas · redajornalvaledoneiva@gmail.com Periodicidade: Mensal Formato: Digital Distribuição: Gratuita Os artigos de opinião são da inteira responsabilidade dos seus autores, podendo ou não estar de acordo com as linhas editoriais deste jornal.
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Durrães e Tregosa
Angariação de fundos para A festa da Sr.ª do Calvário A festa de Nossa Senhora do Calvário, é a romaria mais importante da freguesia de Tregosa. Para que seja possível manter a sua tradição, as respetivas comissões, têm desde muito cedo começar a trabalhar, organizando esta ou aquela atividade no sentido de, apurar os fundos previstos para a sua realização. Não é uma tarefa fácil mas, com trabalho e dedicação das sucessivas comissões, a Sr.ª do Calvário tem visto a sua festa ser realizada durante o mês de agosto. A Comissão de festas do ano dois mil e dezanove (2019), promoveu no passado dia 31 de março um almoço convívio no restaurante Sol Doce e, verificou que, a população aderiu significativamente, mostrando querer que as festividades se realizem. Perante tal gesto, a Comissão do ano dois mil e dezanove(2019), sentiu-se muito grata e, ganhou animo para levar por diante os objetivos a que se entregou. Todos sabemos que, ao sentirmo-nos apoiados, a nossa dedicação por uma causa, torna-se mais reforçada e, doseada por um forte ânimo. Assim! Dá vontade de trabalhar. Durante o almoço, foram leiloados vários produtos que, também serviram para ajudar financeiramente as festividades. A Comissão, informou que, o número de participantes no almoço, rondou as cento e sessenta e cinco pessoas(165) o que numa breve análise considera-se positiva esta atitude. Informa-se que, as festividades em honra a Nª. Sr.ª do Calvário, terão inicio no dia 15 de agosto e terminam no dia 18. O Jornal “O Vale do Neiva”, deseja à Comissão de Festas de 2019 um bom trabalho e, sorte para conseguirem os objetivos a que se propuseram. Que a Sr.ª do Calvário lá no monte toda airosa, abençoe os Tregosenses e quem passa por Tregosa. J. Miranda PUB.
t. 963 316 769 · 966 334 363
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Barroselas e Carvoeiro
N-Cooltura faz… a DIFERENÇA! No passado dia 7 de março, quinta-feira, na Escola Básica e Secundária de Barroselas, realizou-se mais uma atividade do programa N-Cooltura 2018/2019; em parceria com a Escola, o Núcleo Promotor do Auto da Floripes 5 de Agosto e o Despertar (formação e psicologia), abordou-se o tema da Diferença dirigido aos alunos do 3º Ciclo e integrado no tema Cidadania e Escola Inclusiva. Tema pertinente, dado que vivemos numa sociedade que pressiona para a homogeneidade de comportamento e funcionamento e que nos incute a necessidade de atingirmos determinados “resultados”, aquilo que não segue essa “norma” socialmente, instituída é muitas vezes alvo de preconceito e discriminação. Patrícia Labandeiro, Psicóloga Clínica e Coach, Pós Graduada em Gestão da Formação falou-nos da Diferença Funcional e elucidou discentes e docentes sobre o facto de funcionarmos todos de forma diferente, de divergimos no nível de eficiência das nossas funcionalidades físicas, mentais, sensoriais e desenvolvimentais. Assim, a
Diferença Funcional é uma realidade inerente a todo o ser humano… e a sua acei-
tação ajuda-nos a atingir uma visão mais abrangente e integradora das necessida-
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duado em Psicologia da Justiça e mestrando em Comportamento Desviante, mostrou-nos como ajudar a combater a Pobreza e ciclos de exclusão: Uma vez que não nascemos todos no mesmo “berço” e circunstâncias que nos são completamente alheias determinam ainda uma parte considerável das oportunidades que nos estão acessíveis, apelou-nos a tentar compreender os ciclos, para que possamos ser agentes ativos a quebrá-los! Aprendemos e citando Gabriel Garcia Marquez que (…) só podemos olhar o Outro de cima para baixo para ajudá-lo a levantar-se (…). Mais uma atividade de sucesso…integradora, inclusiva, pertinente, atual e potenciadora de uma Cidadania ativa e multiplicadora. Escola, Parceiros e Comunidade de Mãos Dadas, na quebra incessante de barreiras e obstáculos a uma Escola Inclusiva. des educativas especiais e da deficiência que e pode levar à inclusão mais fluída e respeitosa de todas as crianças e adultos,
independentemente do seu nível de eficiência funcional. Daniel Gonçalves: Psicólogo, Pós Gra-
Conceição Gonçalves Docente da Escola Básica e Secundária de Barroselas
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N-Coooltura de mãos dadas “Quem sai aos seus não Degenera!” e “Bom filho à casa torna” foram os motes para o diálogo entre gerações. O diálogo intergeracional é a chave para uma comunidade sã. O saber e a experiência entrecruzam-se com a vontade e a energia de fazer mais e diferente numa atmosfera que contagia, tornando a comunidade mais participativa, justa, fértil e sustentável. Foi este o princípio para as várias atividades de encontro e partilha entre gerações nesta edição do N-Cooltura. No dia 13 de março, em Barroselas (sede da Associação de Reformados e Pensionistas
de Barroselas, A.R.P.B.), e no dia 14 do mesmo mês, na escola sede (Biblioteca), com o projeto vilapunhense Idoso+Ativo. O que há de comum entre os Mais velhos de Vila de Punhe, Mujães e União de Freguesias Barroselas Carvoeiro? Não é pergunta joker… é afirmação da mudança e pergunta para pensar… o grupo de alunos, que se auto intitulou « Tu Vales», e muito bem, preparou e concretizou, com êxito e sucesso duas atividades com os Idosos da área de influência do Agrupamento: «Os menos velhos » animaram o conto «O Batolas», que remete para a bucólica vida da
aldeia ---e os «mais velhos», presentearam com as suas recordações… Iniciativas a continuar…haja camaradagem e coragem…. A idade liga-nos … ao mundo real! Os parceiros: Núcleo Promotor do Auto da Floripes / Agrupamento de escolas de Barroselas/ Tu vales (alunos do 12ºano e membros da associação de estudantes) … e Juntas de Freguesia estão mãos dadas.
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Conceição Gonçalves
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Balugães
“Pão Nosso” encerrou o Festival Internacional de Teatro de Barcelos Terça –feira O FESTIBA - Festival Internacional de Teatro de Barcelos, que decorreu durante o mês de março no Theatro Gil Vicente em Barcelos, terminou no dia 31 de março com a apresentação da peça “Pão Nosso”. O espetáculo do Teatro de Balugas, com texto e encenação de Cândido Sobreiro, resulta de uma residência artística de teatro comunitário que foi uma das premiadas pelo Programa de Apoio ao Associativismo da Fundação INATEL, tendo a peça arrecadado o prémio de Melhor Espetáculo no Festival de Teatro de Barcelos, bem como os prémios de Melhor Cenário, Melhor Sonoplastia, Melhor Iluminação Cénica e Melhor Guarda-Roupa. O texto fala-nos da aldeia de Balugães, situada entre o Alto e o Baixo Minho, que foi terra onde já se amassou muito pão e onde se talharam muitas gamelas de pinho. O pão era o sustento, as gamelas também. Uma relação de pequenas histórias que contam mais do que o artefacto, o alimento, o labor. Uma recolha de memórias, ladainhas, cantigas e ofícios, recuperando utensílios e articulando artisticamente com a comunidade a criação do espetáculo. A partir daqui, o Teatro de Balugas aborda, de uma forma teatral e poética, o ciclo do pão na aldeia, reconstruindo-o a partir de princípios diferentes não tradicionais e quase oníricos.
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Neves
JUDAS E TESTAMENTO NO LARGO DAS NEVES A 20 DE ABRIL DE 2019 As autarquias de Mujães, Vila de Punhe e Barroselas e Carvoeiro mais o Núcleo Promotor do Auto da Floripes 5 de Agosto voltarão a organizar a Queimada do Judas. A Queimada do Judas tem como propósitos dinamizar a cultura popular e fortalecer a proatividade entre as três comunidades. A Queimada do Judas teve como inspiração a Queima do Judas que se realizou no Sábado de Aleluia de 1921 no Largo das Neves. Depois de 92 anos, de um suposto interregno, o Judas voltou, no sábado de aleluia, ao Largo das Neves para censurar e ser queimado na forca. Apesar de ter como base a tradicional Queima do Judas, a Queimada do Judas exibe-se como um conceito aberto e resiliente, permitindo novas e criativas roupagens. Sem deixar de manter na estrutura o testamento e o auto de fé do Judas, o conceito ajusta-se aos tempos de hoje e define como matriz diferenciadora a leitura do esconjuro acompanhado da tradicional queimada galega, com o intuito de, antes de ser queimado, exorcizar os pecados do Judas e permitir uma morte com absolvição e perdão. Este ano, na noite de 20 de abril, o Judas, o cenário e o cortejo terão tendências sul americanas. Antes do cortejo do Judas, terá lugar na capela da Senhora das Neves, a partir das 21h30, um concerto musical do grupo “Artmusic Ensemble”. A “Páscoa a Três” é um conjunto de iniciativas que se desenvolvem no período pascal nas comunidades que brindam na Mesa dos Três Abades – Barroselas, Mujães e Vila de Punhe -. A diversa programação, que conjuga a fé com a tradição e o profano, destina-se aos locais, aos filhos da terra que regressam na época festiva e
aos inúmeros curiosos que encontram um encanto especial nas tradições e nas vivências das gentes do vale do Neiva. Ao albergar as cerimónias da segunda-feira de Páscoa no Largo das Neves - que representam na plenitude a união, a coesão e a partilha entre as três comunidades – merecem destaque o “Encontro das Cruzes”, em frente ao Cruzeiro do Senhor da Saúde, o “Brinde na Mesa dos Três Abades” e o “Hastear da Bandeira”. De domingo para segunda, já no dia 22 de abril, a partir da meia-noite, a Comissão de Festas da Senhora das Neves voltará a proporcionar uma noite de diversão na discoteca barroselente “Seis’34”.
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Sociedade
JS Alto Minho na Europa No passado domingo em Seia, Guarda, num momento de preparação de mais umas eleições europeias, a Federação da Juventude Socialista do Alto Minho marcou presença na Comissão Nacional da Juventude Socialista - órgão máximo da estrutura - com dois comissários nacionais vianenses, Carlota Borges e Bruno Guimarães. Nesta Comissão Nacional discutiu-se a situação política e a preparação das eleições europeias, entre outros assuntos de interesse para a Juventude Socialista. A Comissão Nacional contou ainda com a presença de 4 dos 5 candidatos da JS pertencentes à lista apresentada pelo PS às próximas eleições europeias, entre eles dois alto minhotos, Tiago Rego e Carlota Borges. Estes jovens quadros, tiveram oportunidade de expor a sua visão de uma europa para jovens e com um forte pilar social. O candidato indicado pela Federação do PS de Viana do Castelo e presidente da Concelhia da JS Viana do Castelo, Tiago Rego, na sua intervenção referiu a importância de se renovar, afirmar e reforçar a cidadania europeia e o orgulho que tem em integrar uma lista renovada, paritária e jovem, que instigou e consciencializou o principal adversário do PS a apostar nos jovens. Este, afirmou ainda que o PS deu o exemplo ao apoiar as gerações mais novas na conquista do seu espaço nas listas às europeias, referindo o facto como uma
vitória do Partido Socialista, percursor de boas práticas que são acolhidas e replicadas por outros partidos. Por outro lado, Carlota Borges, Presidente da Federação da JS Alto Minho, reforça a ideia da necessidade dos autarcas e dos municípios interagirem diretamente com estas eleições de forma a demonstrar a importância das mesmas e ajudar a reduzir a abstenção colossal de cerca de 70% que existe nas eleições europeias. Na sua intervenção, referiu ainda a Agenda Social
como o grande projeto para a Europa, uma Europa que cresce a ritmos diferentes, mas que almeja uma maior coesão social e territorial através de políticas sociais fortes e necessárias. Os jovens socialistas altominhotos estão orgulhosos pelo facto de serem dois jovens, bem preparados e com ideias para esta jovem geração de europeus, os representantes do Alto Minho na lista do PS de candidatos ao Parlamento Europeu.
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Barcelos
A Associação SOPRO já enviou para a Beira 8000€ A Associação SOPRO já enviou para a Beira 8000€ resultantes do IRS solidário de 2018. 4000€ foram entregues para a Comunidade dos Irmãos de La Salle Moçambique que estão na Beira e gerem o Centro Educacional e Assistencial de La Salle, Colégio La Salle e Escola João XXIII, onde estão os 150 afilhados da SOPRO. Os Irmãos de La Salle já estão a entregar às famílias chapas de zinco para cobrir as casa e uma cesta básica com alimentos. Os outros 4000€ foram enviados para as Missões ESMABAMA para comprar alimentos e bens de primeira necessidade para dar a primeira ajuda às populações. A SOPRO já trabalha com os Irmãos de La Salle e ESMABAMA desde 1998, enviando voluntários, enviado
materiais e fundos para ajudar estas organizações em Moçambique.
Os fundos angariados já enviados são uma pequena ajuda para tantas necessidades. Por isso a SOPRO continua a angariar fundos em campanhas do Facebook, donativos, as latinhas solidárias que estão a ser deixadas e em estabelecimentos comerciais. Apelamos a todos os que possam organizar campanhas favor da Beira nas suas Paróquias, Freguesias, Associações, grupos de amigos, empresas ou através do Facebook que nos ajudem. Todas as ajudam são bem-vindas! Acreditamos que Pequenos Gestos Mudam o Mundo!
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Desporto Regional
IPVC arrecada Prata e Bronze nos Campeonatos Universitários de Atletismo de Pista Coberta Os atletas do Instituto Politécnico de Viana do Castelo conseguiram arrecadar prata e bronze nos Campeonatos Universitários de Atletismo de Pista Coberta, que se realizaram em Pombal, no passado domingo. Os atletas do IPVC garantiram ainda dois
lugares de finalistas, ou seja, ficaram entre os oito primeiros classificados. Fátima Pereira, da ESTG-IPVC, nos 3000 m marcha (7ºlugar) e Marina Gonçalves, ESTG-IPVC, na prova de salto em comprimento (7ºlugar). Scarlett Saleiro, estudante da Escola Superior de Tecnologia e Gestão, conquistou a medalha de prata na prova de salto em comprimento. A marca de 5.41m garantiu à estudante um lugar no pódio. Também Fátima Coutinho, estudante da Escola Superior de Educação garantiu um lugar no pódio na prova dos 60 metros. A estudante da ESE-IPVC arrecadou a medalha de bronze tendo ficado a uns escassos 0.01s da atleta que alcançou a medalha de prata.
Resumo dos resultados alcançados: - Scarlett Saleiro (ESTG-IPVC), salto em comprimento, 2º lugar com 5.41m; - Fátima Coutinho (ESE-IPVC), 60 metros, 3º lugar com 7.95s (a 0.01s da prata); - Fátima Pereira (ESTG-IPVC), 3000m marcha, 7º lugar com 18.43,74min; - Marina Gonçalves (ESTG-IPVC), salto em comprimento, 7º lugar com 4.78m; - João Vale (ESTG-IPVC), 400 metros, 9º lugar com 53.82s; - David Pedrosa (ESTG-IPVC), 3000 metros, 9º lugar com 9.13,09min; - João Vale (ESTG-IPVC), 60 metros, 11º lugar com 7.49s; - Marina Gonçalves (ESTG-IPVC), salto em altura, 11º lugar com 1.40m.
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Religião
Extratos da vida da Irmã Maria da Conceição Pinto da Rocha (nº. 28) Domingos Costa domingosdacunhacosta@gmail.com
“Há muito quem sonhe e passe o tempo a desejar o que não é…”. “Eu sou quem sou, mas só o serei se for capaz de me encontrar com os outros”. “Ser é sempre ser com o outro”. “Ninguém se vê só a si quando se olha por um espelho”. “Ser é amar”. “Quem ama não promete … dá”. São frases – entre muitas outras -, do livro “Amor, Silêncios e Tempestades” de José Luís Nunes Martins, que, provam amor. Provam partilha. Provam humildade. Provam generosidade. Provam fidelidade. Provam ternura. Promove Amor Consagrado. Maria da Conceição a “Serva de Deus”, defende e os registos doados provam a veracidade da supra referida frase, bem como de muitas outras não divulgadas. Desde novinha desprendeu-se do mundo material, para se prender numa plenitude desmedida ao amor da humanidade / espiritual: dar vida às almas. Alimentar as almas. Todas as almas. Para amar, é necessário desprender-se e validar as palavras, não deixar interroga-
tivas, torna-las, sim, em obras. Obras, que Deus as julgue certas. Que Deus se regozije, pela grandeza que representam. Que difundam a conversão humana.
Maria da Conceição, sabia que o Mundo não era verdadeiro. Que o amor do Mundo é vagabundo, marginal, e, comprometido com amor selvagem. Por isso, com tanto
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mal, sabia-se limitada. Sabia ainda, que a humanidade é um verdadeiro enigma. Todavia, a sua chave, não era universal para lhe permitir abrir todos os corações. Com ainda uma particularidade: a experiência evangélica alertava-a a insistir, porque a humanidade precisava dela. Do seu conforto, do seu transbordante amor. Embora, o falar ao coração, não é fácil. Porque, fala-se, mas para quem se fala, a forma é invisível e intocável. Acho que cada ser humano escolhe de livre e espontânea vontade a sua vida, ou seja, o caminho que pretende percorrer. Em princípio, os caminhos são decifráveis, farão parte integrante da vida de cada um. Todavia, do foro espiritual, não é bem assim: deve-se acreditar em Deus e, ter fé. Ter fé,
para cada dia sermos melhor. Mesmo com a nossa precaridade, tentar aproximar da verdadeira conduta evangélica de Maria da Conceição. Ela foi feliz porque estava com os outros. O seu amor fazia-os felizes. Fazia o bem, e sofreu por não conseguir fazer mais. Muito mais. O livro supra citado diz: “Ninguém nasce de si mesmo” Maria da Conceição, sabia-o. Se nascessem de si mesmo, a permanência no mundo não era orientada por Deus, mas, por si próprio. Por outro lado, sabia que foi sua mãe que a concebeu, que a educou com princípios religiosos, seguindo as leis divinas em comunhão com Deus. Exatamente por isso, lutava com todas as suas forças, para que, os não crentes se convertam.
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Também diz no livro: - “Amar é abdicar de si mesmo em favor do outro e implica cruas e duras consequências… duríssimas”. Também esta frase retrata exatamente “toda” a conduta de Maria da Conceição, a, “Serva de Deus”. Dir-se-á, então, que Maria da Conceição, amava, amava muito. Sobretudo, amava pela certeza. Só amando, o amor verdadeiro. PS: - Pensamento da Maria da Conceição – “A alma que faz seus os sentimentos do Coração de Jesus não poderá conter em si o zelo das almas, e arderá na ânsia de comunicar aos outros o fogo que Jesus veio trazer à terra”.
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Entrevista
ENTREVISTA AO SENHOR PADRE ERNESTO Filiação e naturalidade: - Ernesto Carvalho de Faria, nascido a 20-08-1937 na freguesia de Lemenhe, Vila Nova de Famalicão. Foi o quinto filho de José Gomes da Faria “Miranda” e de Maria da Costa Carvalho do elenco de 11 irmãos, sendo o primeiro e o quarto já falecidos. Os avós paternos é Henrique e Leopoldina Miranda e maternos Joaquim Carvalho e Albina Costa. Da parte da mãe como solteira, desconhece qualquer relato. Como casada era uma pessoa muito ativa, quer na casa quer na Igreja. Da parte do pai era trabalhador e exercia a autoridade na sociedade como regedor. Quanto à mãe foi da maior influência em me apontar o Seminário bem como outros meus irmãos. Sempre me amparou nos estudos bem como na vida sacerdotal até ao dia 3 de janeiro de 1990 em Cavalões, sendo sepultada em Lemenhe, onde tinha nascido. É importante sublinhar que foi incansável no trato com os seus filhos. O Padre Ernesto quando criança era traquina? Também é fácil que fosse traquina como é próprio da idade. Contou que quando pequeno, foi, juntamento com o irmão António aos ninhos, quando encontraram num ramo de choupo um buraco num ramo e logo o irmão subiu à árvore e dependurou-se no ramo e o mesmo partiu, e veio tudo parar ao chão, perante o acidente corri a casa a pedir socorro, mas só o susto bastou. Também, sempre que possível ajudava os pais na lavoura e guarda dos animais.
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Relativamente aos irmãos o relacionamento era favorável, embora também houve os amuos. Sobre a escola respondeu que fazia por aprender embora houvesse falhas. Geralmente gostava dos professores. Eram três irmãos em idade escolar, o terceiro e quarto irmão, incluindo como é óbvio o Pe. Ernesto. A escola situava-se em Viatodos, a 5 quilómetros da casa. A deslocação para a escola era efetuada a pé, sendo o horário escolar das 9 às 15,30 horas. Disse que o que mais gostava de fazer na escola era fazer desenhos. Quando frequentava a catequese, veio um missionário falar das missões de África e das vocações e projetou um filme missionário apelando aos jovens a necessidade de vocações quer religiosas quer missionárias fazendo um apelo aos jovens para ser padre ou missionário, dado haver ne-
cessidade de padres missionários. Quando deu conhecimento à família da sua intenção, o apoio da parte da mãe e dos irmãos foi total. Todavia, o estado de espírito era incerto, pois o percurso era longo, 12 anos. O tempo de seminário era complicado estando em tempo de guerra, tempo de fome e a disciplina da casa. A entrada para o seminário foi no princípio de outubro com a idade de onze anos. Éramos cerca de 120 alunos, para chegar ao fim do curso vinte e dois padres. Já no Seminário, referenciou que só tinham visita uma vez por mês. Por isso, tinha saudade da família e da casa paterna. Com a receção do diaconado, um novo compromisso se propunha de seguir Jesus Cristo e evangelizar o mundo. A Missa Nova foi dia de festa grande reali-
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zada ao ar livre, dado a igreja ser pequena para a assistência, e o coro de seminaristas atuou sob a regência do Pe. Benjamim Salgado. Da parte da tarde realizou-se o almoço convívio para os convidados com o meu agradecimento a todos os presentes na casa dos pais. Quanto a paróquias, paroquiou três em Ponte de Lima: Rendufe, Labrujó, Vilar do Monte e mais tarde em Labruja. Em 27 de Fevereiro de 1958, o Pe. Ernesto foi vítima de um acidente de viação em Paredes de Coura. Devido ao acidente de moto, houve um interregno de seis meses. No primeiro dia de setembro de 1968, foi paroquiar Gueral – Barcelos e algum tempo em Courel. Após a Páscoa de 1973, foi para Angola como Capelão Militar até ao fim de 1874.
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No ano de 1975 paroquiou Cavalões – Famalicão durante 15 anos, e daí em diante, já na data de 7 de outubro de 1990 em Aldreu e Tregosa, Barcelos como pároco, até quando Deus quiser.
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O seguir Deus é uma vocação e o Mestre Jesus Cristo diz que não ficará sem recompensa quem deixa casa, pai, mãe e família e daí a recompensa do Mestre Jesus Cristo.
Agora com a idade de 81 anos feitos é a misericórdia do Salvador quem me ilumina. - Diz o poeta: “O padre não é de si nem dos seus, mas sim de toda a gente”.
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Deus precisa do Sr. Padre Ernesto e o e Sr. Padre acedeu ao chamamento de Deus. Pergunto-lhe se sempre foi e ainda é difícil seguir Deus? Atendendo às comodidades dos tempos presentes parece ser mais fácil, mas o comodismo também cria dificul-
dades. É fácil evangelizar, embora a vida fácil afaste as almas de aproveitarem as ocasiões para ouvir e seguir o Mestre Jesus Cristo.
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Obrigado Senhor Padre Ernesto, pelo contributo à causa de Deus. Domingos Costa
Contactos úteis Viana do Castelo Camara Municipal de Viana do Castelo: 258 809 300 Bombeiros Voluntários de Viana do Castelo: 258 800 840 Bombeiros Municipais de Viana do Castelo: 258 840 400 Guarda Nacional Republicana: 258 840 470 Polícia de Segurança Pública: 258 809 880 Polícia Marítima: 258 822 168 Unidade de Saúde Local do Alto Minho (ULSAM): 258 802 100 Cruz Vermelha: 258 821 821 Centro de Saúde: 258 829 398 Hospital Particular de Viana do Castelo: 258 808 030 Unidade de Saúde Familiar Gil Eanes: 258 839 200 Interface de Transportes: 258 809 361
Caminhos de Ferro (CP): 258 825 001/808208208 Posto de Turismo de Viana do Castelo: 258 822 620 Turismo do Porto e Norte de Portugal, Entidade Regional: 258 820 270 Viana Welcome Center - Posto Municipal de Turismo: 258 098 415 CIAC - Centro de Informação Autárquico ao Consumidor: 258 780 626/2 Linha de Apoio ao Turista: 808 781 212 Serviço de Estrangeiros: 258 824 375 Defesa do Consumidor: 258 821 083 Posto de Fronteiras do SEF: 258 331 311 Arquivo Municipal de Viana do Castelo: 258 809 307 Centro de Estudos Regionais (Livraria Municipal): 258 828 192 Biblioteca Municipal de Viana do Castelo:
258 809 340 Museu de Artes Decorativas: 258 809/305 Museu do traje - 258 809/306 Teatro Municipal Sá de Miranda: 258 809 382 VianaFestas: 258 809 39
Barcelos Câmara Municipal de Barcelos: 253 809 600 Bombeiros Voluntários de Barcelos: 253 802 050 Hospital Sta. Maria Maior Barcelos: 253 809 200 Centro de Saúde de Barcelos: 253 808 300 PSP Barcelos: 253 823 660 Tribunal Judicial da Comarca de Barcelos: 253 823 773
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Agenda do mĂŞs (Viana do Castelo)
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Opinião
Os Caminhos de Ferro (Número 42)
Domingos Costa domingosdacunhacosta@gmail.com
Em continuação do artigo anterior, registo que 1 a 29 de novembro de 1894, Sua Majestade El-Rei, deferiu licença para que José António Duro, Bento Maria Barbosa e António Luís Pereira, construíssem e explorassem um troço de via americano com tração animal, no troço da estrada real n.º 23, - Caminha à fronteira por S. Gregório entre Valença e Monção. Por ter plena confiança a esta mesma equipa, foi, a 11 de janeiro de 1896, concedida autorização para explorarem o referido caminho-de-ferro americano com tração a vapor, através de alvará emitido pelo governo com autorização de Sua Majestade El Rei. A 12 de2 março de 1896, foi emitido alvará a fim de permitir “…trespasse da concessão de um caminho-de-ferro Americano, com tração animal, entre a nova avenida superior esquerda da ponte D. Luís I e a estação de Vila Nova de Gaia”. O trespasse foi entre José Leão e João César Pinto de Guimarães para António de Pádua Meneses Russel e João Batista de Carvalho. É importante ainda realçar, que através do alvará 3 de 31 de maio de 1897, foi concedido à companhia carris de ferro do Porto, autorização para construir um troço de via, rebocado a tração animal, dentro do lanço de estrada real n.º 33, passando pela rua do Bonfim, praça das Flores e rua da Lameira. Anoto 4 que a 2 de agosto de 1902, foi instituído decreto relativo a concurso para estabelecimento de caminhos-de-ferro americanos na cidade de Funchal. Esta decisão sucedeu baseado num parecer do Conselho Superior de Obras Públicas e Minas de 27 de fevereiro último, bem como da Procuradoria do Reino da Coroa e Fazenda, de 22 de julho também do corrente ano Considero importante informar ainda, que na construção do referido caminho-de-ferro, “…é proibido assentar carris nas ruas de largura inferior a 5 metros, bem como se a faixa exterior das caixas dos carros que se movam nos carris, fique a menos de um
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metro das fachadas das casas”. A fim de dissipar dúvidas, acrescento que das linhas férreas por mim referidas, nem todas foram construídas. Como ainda adiantarei, que outras, mais tarde apresentadas, também não tiveram o mesmo sucesso. A imprevisibilidade deve ser sempre reverenciada pelas preferências do Governo. Mencionei-as apenas para ver outros possíveis projetos de via férrea. Ainda direi ao prezado leitor, que muitas outras não se executaram por condicionalidades achadas insustentáveis. Também lembro, que, outras li-
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nhas deste tipo de transporte, não mencionadas, estiveram ao serviço público tal como estas. Todavia, ao não me referir a elas, não é minha intenção menospreza-las, porque, considero que as citadas, dão um parecer mais que suficiente da sua circulação nas vias de comunicação em todo o País. Poderia escrever muito mais sobre os caminhos-de-ferro-americano, todavia, considero que as citadas são suficientemente elucidativas. Por isso, finalizo neste artigo este meio de transporte, que por questões várias, foi extinto muito cedo. Finalizo com uma frase de Mário Gonçalves Viana: “Os comboios constituem uma universidade. É neles que todas as pessoas revelam a sua individualidade, ainda as mais prudentes e comedidas”. PS: - Fotografias do arquivo da (CP).
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Pág. 68 do livro de Legislação de 1897 a
1899. 2
Pág. 308 e 309 do livro de Legislação e Dis-
posições Regulamentares de 1875 a 1904.. 3
Pág. 362 a 364 do livro de Legislação e Dis-
posições Regulamentares de 1875 a 1904. 4
Pág. 533 a 546 do 3º. Fascículo do livro de
Legislação de 1900 a 1902
Fotografia fornecida por Fernando Ferraz
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Sugestão ao leitor
COM DUMBO EM FAMÍLIA Num domingo primaveril, fui solicitado pelo os meus estimados filhos, a ir ao cinema em família, ao qual a empresa Cineplace atribui um desconto considerável na factura final ao cliente, para estimular a anuência e participação de casais com filhos menores, numa congregação salutar e profícua, fazendo lembrar os tempos mais remotos e áureos do cinema, como entretenimento de referência transversal aos vários quadrantes da sociedade. Em face dessa modalidade, que algumas empresas do ramo utilizam para contornar e mitigar, os novos ramos de negócios oriundos das redes sociais, com o exemplo mais obvio da Netflix, como também a ardilosa constância da pirataria informática e a panóplia de filmes que passam nos canais generalistas das empresas da televisão por cabo ou fibra, não obstante estas razões lá tenho ido ao cinema a miúde e no dia 31 de Março de 2019, o filme escolhido foi uma das célebres obras icónicas de Walt Disney, um remake do clássico de animação “Dumbo” de 1941, que por acaso foi dos poucos filmes desta estirpe, que não me lembro de ter assistido. No aspecto fruidor, não tinha qualquer interesse ou disposição minimalista, para ir ver este filme, em abono da verdade, ultimamente tenho ido mais ao cinema, não propriamente porque os temas e os enredos me
cativam, mas porque a adesão é baseada nas persistentes escolhas dos meus filhos, portanto “Dumbo” enquadra-se no protótipo efusivo e histriónico, muito peculiar do estilo ansioso das crianças, quando desejam algo reluzente. Porém a indicação de “Dumbo” por parte da minha filha, suscitou me uma aparente afabilidade singular, por duas razões evidentes, contrariando a minha despiciente concepção inicial, a primeira razão justifica se porque nas ultimas vezes que fui ao cinema, tive que fazer um frete incomensurável, pois fui confrontado com escolhas estereotipadas do género belicista exacerbado, que se traduzem numa aberração paupérrima e inócua, como as aventuras do Thor, Vingadores, Captain Marvel e outras, que no meu ponto de vista excederam inequivocamente as piores expectativas, classificando este tipo de cinema da produtora MARVEL, como rotundo e conclusivo debacle, só como uma nuance inesperada, que por breves instantes consegui adormecer, pondo o sono em dia, portanto em face dessas evidências nocivas, que deturpam a minha semântica apreciação sobre o cinema em geral, a opção “Dumbo”, aparece como um mal menor, por se situar num enredo mais plausível e exequível com a realidade, apesar de conter laivos de fantasia, mas por outro lado está completamen-
te desprovido de violência ridícula e atroz, no que diz respeito á segunda razão, está indubitavelmente ligada á minha curiosidade adjacente, de ver transformar um clássico de animação, num género mais tipificado com o live-action, isto é fazer uma versão de “Dumbo”, com actores reais em detrimento das imagens animadas, como se sucedeu num passado recente em outras produções Disney, “Alice no País das Maravilhas”, “Maléfica”, “o Livro da Selva”, “A Bela e o Monstro”, que se notabilizaram como casos concretos de um empirismo assertivo, que se concretizou num êxito assinalável de bilheteira, adicionando aos aspectos benéficos desta via, que a realização do filme foi protagonizada por o multifacetado Tim Burton, que faz supor alguma credibilidade e fiabilidade produtiva, aliás pressuposto a ter em conta, devido em parte aos seus créditos firmados e concludentes, em realizações de filmes derivados de fantasia e ficção imaginativa, designadamente em Eduardo Mãos de Tesoura, A Lenda do Cavaleiro sem Cabeça, Frankenweenie, Planeta dos Macacos, O Estranho Mundo de Jack, entre outros, tendo em consideração essas premissas, constata se que o filme “Dumbo” pode quiçá se tornar uma agradável e inusitada surpresa, facto que se veio a verificar, para agrado sintomático de toda a minha famí-
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lia. Quando me instalei confortavelmente, no meu lugar destinado na sala de cinema, para visionar “Dumbo”, insolitamente e fora do comum, apercebi me que não tinha qualquer perspectiva sobre a sinopse do filme e portanto em face dessa constatação, não me é permitido fazer comparações entre a longínqua longa-metragem de 1941 e esta narrativa de 2018, mas apesar de haver supostamente divergências entre um e outro, não são certamente tão evidentes e lacónicas, a tal ponto de mexer com o conteúdo e o cariz da mensagem associado á obra de Walt Disney. Parafraseando o enredo desta obra original de animação, Dumbo é um bebé elefante de um circo que nasceu com orelhas enormes e por esse facto é altamente estigmatizado por todo o vernáculo associado á órbita do circo, mas quando se detecta que Dumbo, usando suas orelhas, é capaz de voar, com a mesma intensidade de uma ave normal, transforma se imediatamente na principal atracção de seu circo e suscita o interesse frenético, do poder económico do mundo do espectáculo. Após verificar que a narrativa da história, basicamente não se desvia praticamente um milímetro desta sinopse, o enredo em si contêm aspectos genéticos muito importantes, ao qual podemos extrair da obra, que são lições muito significativas para o próprio pulsar da vida em sociedade, a primeira observância a reter é dar o exemplo concreto de Dumbo e o seu aspecto desconchavado, ao qual nunca podemos ridicularizar, nem diminuir ninguém por ter um aspecto não conforme com habitual e os parâmetros normais, e a própria pessoa não se pode sentir cons-
trangida com isso, como se fosse um fatalismo redutor, deve procurar com resiliência formas apuradas de se destacar e de se afirmar, como fez Dumbo ao voar com aquele denodo e destreza, surpreendendo tudo e todos, deixando os literalmente de boca aberta, completamente estupefactos, o outro sinal conspecto do filme, tem a haver com o factor deslumbramento, atribuí-
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da á fama granjeada por Dumbo, quando ele passa de besta a bestial, passa a ser a grande vedeta do show, toda a gente o bajula de forma cínica e oportunista, isso é uma analogia ao que se passa nas incidências e vicissitudes da nossa sociedade, em que muita gente infelizmente actua e recorre, a esse tipo de expedientes capciosos, aproximando se de pessoas que estão no pináculo da sua popularidade ou no auge do poder económico, quanto ao ultimo aspecto vantajoso do filme, que quero realçar, é sobre o âmbito e os meandros afectivos do mundo do circo, ao qual este tipo de espectáculo faz me lembrar com nostalgia, a minha infância, em que o Circo era considerado o espectáculo mais mediático e sensacional, na década de 70, com famílias inteiras a irem assistir em massa, aos shows mais badalados, materializado por empresas de grande envergadura. Ao assistir a “Dumbo”, tive a percepção de cogitar entre o passado e o presente, pois certamente a obra indelével de Walt Disney, vai se perpetuar por tempo indeterminado, porque simplesmente a história singela do pequeno elefante, demonstra que os acasos anacrónicos do passado, sobre a periclitante vida em sociedade, são os mesmos do presente e possivelmente do futuro, e por isso considero este clássico, uma opção de cinema a ter em conta. Alcino Pereira
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Necrologia
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Ambiente
Portugal em Seca Severa Manuel Lima m.l.valedoneiva@gmail.com
Mais de 80% do País está em seca severa, isso é visível em muitos pontos do território Nacional. As culturas de regadio, estão em sérias dificuldades, o cultivo do arroz
está posto em causa, este ano, mas também nos anos anteriores os agricultores enfrentaram essa calamidade e tiveram muitos problemas com a falta de água, a produção baixou para metade, por esse motivo tiveram imensos prejuízos. Também a produção de carne e leite está afetada, as forragens para alimento dos animais não
se desenvolveram como deveriam, aumentando os custos com a alimentação dos animais. As alterações climáticas são uma evidencia inquestionável, afetando-nos cada vez mais a cada ano que passa. A humanidade tem de mudar de caminho, muito rapidamente, para bem de todos nós
Culinária
Panacota com frutos vermelhos Ingredientes: 6 folhas gelatina 1 dl leite 4 dl natas 150 g açúcar 1 lima (raspa) 100 g mirtilos 100 g amoras 100 g framboesas 150 g mistura de frutos secos
Preparação 1. Demolhe a gelatina em água fria. 2. Aqueça ligeiramente o leite e quando começar a ferver, retire-o do lume e adicione-lhe a gelatina bem escorrida, mexendo até dissolver. 3. Bata as natas, adicionando aos poucos o açúcar e a raspa de lima. Quando estiverem espessas, adicione o leite aos poucos e mexa para envolver.
4. Deite a mistura numa forma, de preferência quadrada (20x20cm), espalhe por cima os frutos vermelhos e, por fim, os frutos secos, ligeiramente triturados.
6. Leve ao frigorífico 2 a 4 horas antes de desenformar.
5. Pressione levemente para que se prendam ao preparado.
Bom apetite!
7. Corte em fatias e sirva.
Fonte: https://www.pingodoce.pt/receitas
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