Propriedade: A MÓ · Associação do Vale do Neiva (Cultural, Património e Ambiente) | Barroselas Janeiro 2018 | Mensal · Nº45 · Gratuito · Versão digital
Freguesia de Carvoeiro inaugura Casa Mortuária P.2 Vila de Punhe Rota das Memórias: «Viagem à minha terra» P.5 PUB.
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Vila de Punhe
Inaugurado o Trilho das Quintas (PR26) em Vila de Punhe P.4
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Barroselas e Carvoeiro
Freguesia de Carvoeiro inaugura Casa Mortuária Manuel Lima m.l.valedoneiva@gmail.com Foi inaugurada, a Casa Mortuária da Freguesia de Carvoeiro, no dia 17 de Dezembro de 2017 pelas 16h00. Estiveram presentes nessa inauguração, o Presidente da Câmara Municipal de Viana do Castelo Eng. José Maria Costa, o Vice-Presidente Eng. Vítor Lemos e o Vereador Vítor Nobre. O Presidente da União de Freguesias Barroselas e Carvoeiro Sr. Rui Sousa, e o seu executivo, a Presidente da Assembleia da União de Freguesias Dra. Sofia Silva, e membros da Assembleia, o Arquitecto Dr. Ramos autor do projeto, convidados e público geral. O Sr. Padre Domingos, Pároco da União de Freguesias, procedeu à bênção das instalações da Casa Mortuária. Foram feitos os discursos habituais, que pautaram pelo elogio da obra edificada, esta uma mais-valia para Carvoeiro, esperada há alguns anos, mas finalmente com o empenho de todos, felizmente concretizada. O forte apoio da Câmara Municipal foi decisivo, confirmado pelo Presidente Rui Sousa, no uso da palavra. O Sr. Presidente da Câmara frisou, que vai continuar na rota do progresso e do desenvolvimento, que está programado para todas as Freguesias.
Ficha técnica | Diretora: Ana Patrícia Lima Redação: Domingos Costa · José Miranda · Manuel Lima · José Rafael Soares Colaboradores: Elisabete Gonçalves Design e Paginação: Isabel Queiroga Contacto redação: Rua do Sião, Apartado 20 - Barroselas · redajornalvaledoneiva@gmail.com Periodicidade: Mensal Formato: Digital Distribuição: Gratuita Os artigos de opinião são da inteira responsabilidade dos seus autores, podendo ou não estar de acordo com as linhas editoriais deste jornal.
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Mujães
Associação Cultural de Mujães comemoração dos 25 anos A Associação Cultural de Mujães comemora os seus 25 anos de existência no início do próximo ano, mais precisamente a 28 de janeiro de 2018. Para esse dia está organizado o seguinte programa: Pelas 10h30 será celebrada uma missa solene cantada pelo Grupo de Cavaquinhos da A. C. Mujães para homenagear os fundadores e dirigentes já falecidos. No final da missa será feita uma romagem ao cemitério para a colocação de uma coroa de flores aos falecidos; seguir-se-á um almoço na Quinta do Carvalho, em Santa Marta de Portuzelo, um local aprazível, e muito acolhedor onde decorrerá o banquete com o menu em anexo. Ao longo da tarde haverá animação musical pelo gru-
po de cavaquinhos, e outras surpresas. O almoço será aberto a todos que queiram participar, sendo o custo de 19,50 € por pessoa, crianças dos 0 aos 4 anos não pagam, e com idades entre os 5 e 9 anos pagarão apenas 9,50 €. As marcações podem ser feitas junto dos elementos da direção: Isabel Queirós - 963419511, Luciano Pinto - 965561881, Marco Costa - 963773657, Fernando Rodrigues - 936548301, Emília Oliveira 963411438, José Nicolau 962830268, Zé Carlos Padela - 965857242, Lúcia Dias 963960567 e Tone Carvalha - 914794615. A ACM faz o convite a todos os sócios, amigos e simpatizantes para se juntarem a si num dos momentos mais importan-
tes, o dia do seu 25º aniversário. As marcações terminam a 7 de janeiro, ou ao atingir a lotação do salão.
Neves
Inauguração da 11ª Edição do Presépio no Largo das Neves, na freguesia de Vila de Punhe, realizada no dia 9 dezembro
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Vila de Punhe
Inaugurado o Trilho das Quintas (PR26) em Vila de Punhe
As quintas que moldam de branco a encosta sul do monte de Roques constituem o grande património edificado da freguesia de Vila de Punhe. Inclui-las num único roteiro ambiental, paisagístico e cultural, que abrange o período desde o séc. XVII, com a casa dos Espina Velasco e a Quinta do Monte, até aos anos 40 do século passado, com a quinta do Cruzeiro, foi conseguido, em 16 de dezembro, com a inauguração do percurso pedestre PR26, denominado “Trilho das Quintas”, integrado na Rede Municipal de Percursos Pedestres do Município Vianense. O Trilho das Quintas (PR26) tem início no largo das Neves onde se toma a direção para Norte até à quinta do Bonfim. A partir deste local, passando pelo Calvário de Arques e quinta da Senhora do Carmo, o percurso coincide com a antiga Estrada Real. Aqui vislumbra-se a imponente fachada da casa dos Espina Velasco bem como a quinta do Monte e a quinta da Bouça D`Arques, atualmente ocupadas para Turismo de Habitação e referenciadas nas revistas da especialidade. Finda esta parte do percurso volta-se para Sul, deixando para trás as quintas da Portela, do Pereira, do Cruzeiro e dos Vianas até se atingir o Moinho do Inácio. De porta aberta, o moinho satisfez a curiosidade das dezenas de participantes e para ajudar a recuperar energias, a autarquia vilapunhense ofertou um lanche composto por licores, pão e mel. Caminhando ao longo do regato das Boucinhas, seguiu-se o trajeto final até ao largo das
Neves, terminando junto à quinta dos Arrais. Este trilho, com 8,6 km de extensão, promovido pela Camara Municipal de Viana do Castelo e Junta de Freguesia de Vila de Punhe, oferece à população mais um meio para conhecer o património vilapunhense cuja informação pode ser consultada no painel colocado no Largo das Neves a par do Trilho do Monte de Roques (PR19).
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Rota das Memórias: «Viagem à minha terra»
No passado dia 30/11/2017 decorreu na Escola Básica de Vila de Punhe a atividade “Viagem à minha terra”, integrada na ação “Rota das Memórias”, promovida pelo CLDS 3G Viana Sul, em parceria com a Junta de Freguesia de Vila de Punhe. Juntamos miúdos e graúdos para falar sobre as tradições, artes e ofícios de Vila de Punhe, algumas delas já extintas. Assim, houve possibilidade de assistir à exposição sobre a vida e obra do funileiro Manuel Liquito, já falecido, bem como sobre as sardinheiras e doceiras de Vila de Punhe. Os alunos tiveram a possibilidade de realizar uma entrevista à D. Esperan-
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ça, sardinheira que vendia pelas feiras do concelho, natural de Vila de Punhe. Realizou-se ainda uma oficina sobre o mel dinamizada pela “Casa das Bétulas”. De salientar ainda que esta atividade integrou o programa promovido pela Junta de Freguesia de Vila de Punhe “Idoso+Ativo”. Com este tipo de atividades, o CLDS 3G Viana Sul pretende promover ações que fomentem a criação de circuitos de produção, divulgação e comercialização de produtos locais, como é o caso do mel, de modo a potenciar o território e a empregabilidade.
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Cidade [Viana do Castelo]
Operação prato limpo nas cantinas do IPVC Em seis meses o desperdício alimentar foi reduzido em 12 por cento Lançada pelos Serviços de Ação Social do Instituto Politécnico de Viana do Castelo (SAS-IPVC), no passado mês de junho, a campanha “OPERAÇÃO PRATO LIMPO” apresenta já resultados muito positivos. Uma redução de cerca de 12 por cento de desperdício alimentar em todas as cantinas do IPVC. O objetivo dos SAS-IPVC é aumentar ainda mais essa redução de forma a tornar praticamente residual o desperdício alimentar nas suas cantinas. O objetivo da iniciativa era o de sensibilizar toda a comunidade académia para o volume de alimentos que diariamente iam para o lixo. Numa análise inicial os SAS-IPVC detetaram que mensalmente iam para o lixo cerca de 1 tonelada de alimentos, o que corresponde a um desperdício
de 20% dos alimentos servidos. Para por face ao desperdício, no passado mês de junho, os SAS-IPVC arrancaram com a campanha para a redução do desperdício alimentar. Uma iniciativa que faz parte da Política de Responsabilidade Social dos SAS-IPVC. O administrador dos SAS-IPVC, Diogo Moreira, adianta que o desperdício alimentar “acarreta consequências ao nível ambiental, social, económico e na saúde humana. Queremos continuar com a tendência de redução do desperdício alimentar e, para tal, mais uma vez solicitamos a colaboração de toda a comunidade académica através de passos simples”. A campanha centra-se em três orientações simples, mas importantes para que o desperdício alimentar diminua consideravelmente: “Pede apenas a quantidade de
alimentos que desejas consumir; serve-te com a quantidade de alimentos que desejas consumir; vamos diminuir a capitação dos alimentos mais desperdiçados, devendo quem desejar solicitar maior quantidade ao colaborador da cantina”. Paralelamente os SAS combatem o desperdício alimentar através da doação de refeições produzidas e não servidas à organização RE-FOOD que, por sua vez, as distribui por famílias carenciadas.
Ambiente
“Autarquias Sem Glifosato/Herbicidas” Chegaram finalmente as primeiras chuvas, depois de uma seca extrema, e de uma enorme vaga de incêndios em vários pontos do nosso território, a natureza co-
meça a regenerar, o ciclo da água acontece para felicidade de pessoas e animais. Certamente voltaremos ao equilíbrio natural, entre o homem e a natureza. Os rios voltarão a ter vida abundante, apesar de alguns desequilíbrios ocasionados por vários fatores, em tempos de seca extrema, e poluição acentuada. O Vale do Neiva a bacia hidrográfica do Neiva e o Rio Neiva, não escaparam a todas essas adversidades conhecidas. Como sabemos, é prática comum, o uso de herbicidas em contexto urbano, para controlar as infestantes que nascem nas bermas das estradas, ruas, caminhos e atalhos. Falamos de uso intensivo, numa escala industrial. Essa quantidade astronómica de Glifosato, entra rapidamente na cadeia alimentar de pessoas
e animais, por via das chuvas abundantes que agora começaram. Os vários efluentes da bacia hidrográfica do Neiva já estão em plena atividade, deslocando essa carga tóxica para o curso fluvial, destino final o mar! afetando e destruindo todo o ecossistema na sua passagem. Urge mudar de estratégias, adotando comportamentos mais sustentáveis e amigos do ambiente, não ao uso do “Glifosato” do interesse financeiro das grandes multinacionais, uma delas sobejamente conhecida a gigante “Monsanto”. As Câmaras, Autarquias e o cidadão comum, terão uma palavra muito importante a dizer nesta matéria, muito problemática neste mundo mais “Global”. Departamento de “Ecologia e Biologia” do EcoNeiva
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t. 963 316 769 · 966 334 363
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Cultura
Convívio de Natal de A Mó Associação do Vale do Neiva
O dia 16 de dezembro, (sábado) foi escolhido para todos os associados da Mó e seus colaboradores se juntarem e conviverem em espirito natalício. Assim, pelas 20:00 horas, começavam a chegar ao restaurante Sol Doce as primeiras pessoas e, respetivas autoridades. Já todos servidos, trocaram-se impressões, reviveram-se amizades, e falou-se um pouco de tudo. Já toda a gente mais sossegada, as autoridades proferiram curtos discursos mas, todos eles centrados no bom desempenho de A Mó
e, fez-se votos, para que todos projetos planeados pela Direção, sejam executados em 2018. E já que falamos de autoridades ,passa-se à sua identificação: Dr. Vasco Real - Ajunto do Sr. Presidente Miguel Costa Gomes C.M. Barcelos Sr. Vitor Ferreira - Ajunto da Dr.ª Armandina Saleiro (Pelouro da Cultura) C.M. Barcelos Sr. Rui Sousa - Presidente da Junta da União de Freguesias de Barroselas e Carvoeiro Sr. José Dias - Presidente da Junta da União de Freguesias de Durrães e Tregosa Andreia Castro - Tesoureira da junta da União de Freguesias de Durrães e Tregosa Alice Miranda - Presidente da Assembleia de a Mó José Miranda - Presidente da Associação a Mó Seguiu-se a animação abrilhantada por um grupo musical que, devido ao seu variado reportório ,fez com que toda a malta fosse dar o seu pezinho de dança. A Direção de A Mó, sente-se orgulhosa dos seus associados, amigos e colaboradores por ter verificado durante este convívio, uma sã camaradagem e muita alegria. Todos unidos faremos desta Associação uma Instituição mais forte e com novos horizontes. J. Miranda
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Religião
Extratos da vida da Irmã Maria da Conceição Pinto da Rocha (nº. 14) Domingos Costa domingoscunhacosta@gmail.com
A Serva de Deus diz que, quando estamos preparados e atentos, é, facilmente sentido o apelo de Deus. É sinal que temos condições para assumir o Seu projeto, tal como Maria da Conceição. Como ela própria diz: “Jesus escondido no íntimo da nossa alma, viveu e deu a vida por nós e assim espera que O sigamos. Por isso vem de porta em porta pedir aos nossos corações”: “Se me amas, segue-Me” O projeto de amor sugerido por Ele, somente pedindo para nos inspirarmos interiormente n’Ele, e que assim, é possível o plano salvífico. Quando se adere, é despoletada inspiração interior, que, por inerência, “…dizemos sim, estamos a ser Maria, estamos a emita-La”. “Deus está em nós e nós podemos dá-Lo ao mundo, através do sim, da resposta generosa…” Diremos então, ao ser-se Maria, é ser uma mãe carinhosa, protetora, dedicada, conselheira, amorosa, com total dádiva e generosidade sem medida. É um desejo, que, qualquer mãe – Cristã - ambiciona. Maria da Conceição é retrato fidedigno de mãe Cristã. Maria, a sofredora mãe de Jesus, com dor, e, sabedora da importância de Jesus no
Mundo, acompanhou-O na última caminhada de vida terrena. Foi, sem dúvida alguma, uma caminhada dolorosa para seu amado filho. Todavia, mesmo nessas circunstâncias, Maria mostrou-O “…aos pastores e aos Magos e O ofereceu no Templo e Calvário. Dizendo-Lhe: <sim> Deus encarna em nós o seu amor, correspondendo à nossa felicidade”. De seguida, podemos em qualquer lugar ou momento, “…dá-lo, mostrá-lo, anunciá-lo…”, com as nossas palavras e vida, porque Ele está presente em nós, fazendo com que fiquemos Cristos Vivos. Prezado leitor, foi, sem dúvida alguma, “… esta a paixão que devorou e incendiou o coração de Maria da Conceição”. Sem magia entregou-se de forma incondicional e totalmente a Deus. Fazendo com que, Jesus, passasse através dela para o coração dos outros. Foi sempre lema, ou seja, desejo assumido de Maria da Conceição, ser uma verdadeira Mãe de toda a humanidade, com todas as forças do seu coração, bem como de igual amor, proporcionar a todos os seus filhos a paz necessária e ideal para que espiritualmente possam viver em Jesus, com Deus, e, com graça Santificada. É brilhante este testemunho de Maria da Conceição, com a sua humildade, dá brilhantes exemplos para que todos vivam
Arquivo de Museu
amando Deus. Porém, o que se verifica é que, divorciaram-se de Deus. Passaram a ter, pensamentos egoístas, o seu lema de vida é a miséria moral, comungam a mentira, o vício nefasto, sem nenhuma graça santificante e outras formas perniciosas que infelizmente num passado longínquo fizeram com que os incautos levassem Jesus ao suplício. Contudo, hoje, para nosso mal – e das intenções de Maria da Conceição - a <Serva de Deus> -, Jesus contínua a ser cruxificado de forma brutal e ininterrupta. Finalizo com mais uma manifesta prova de amor de Maria da Conceição a Deus, e a forma sincera e firme como sofre como Ele os desamores humanos. Ela diz: “Há desertos sem Deus, sem pão, sem amor”. Ela sabia muito bem das carências humanas, exatamente por isso, redobrou esforços, e, de ânsia empenhada construiu o seu coração com o zelo de coração de mãe. Dir-se-á: O nobre - generoso e confortável -, coração da Serva de Deus, com a sua magnânima maternidade espiritual, desabrocha e promove vida amorosa em todos os corações. Os quais, simultaneamente, promovem uma perfeita cadência divina. Ela própria diz:”A ânsia que me consome é dar Jesus às almas e as almas a Jesus”
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Conferência na Casa das Irmãs Reparadores Missionárias Domingos Costa domingoscunhacosta@gmail.com
À semelhança das anteriores, realizou-se nova Conferência no dia 19 de Novembro de 2017, na Casa das Irmãs Reparadores Missionárias da Santa Face em Viana do Castelo. Na Conferência em epígrafe, o Sr. Pe. Armando Dias, abordou em primeiro lugar a causa de Clausura de Maria da Conceição Pinto da Rocha a “Serva de Deus”. Dado que, no dia 17 de Outubro de 2017, se ter realizado na Cúria Diocesana do Convento de São Domingos em Viana do Castelo, a solenidade sobre a Clausura do Processo Supletivo a favor de Maria da Conceição. Pelo acima referido, o Sr. Padre manifestou sensibilidade e felicidade, por se tratar de alguém com assinaláveis dotes a nível religioso, bem como, ser nossa conterrânea. Reconheceu que Maria da Conceição, teve uma vivência exemplar no meio social/religioso. Por isso, é de crer, que, o desfecho de clausura será breve e justo. Ou seja, que muito em breve, seja modestamente – igual a ela - colocada no lugar merecido. “Altar”. Com palavras recheadas de amor, alegria e de bem-haja, enalteceu o incondicional empenho que Maria da Conceição, a íntegra “Serva de Deus” tinha em apoiar, - até desmedidamente - todos os que necessitavam de apoio material, e, ou espiritual. Concluída a importante e distinta abordagem sobre a “Serva de Deus”. O Sr. Pe. Armando falou dos 40 anos, que a Diocese de Viana do Castelo está a comemorar.
Destapou que, para a assinalar com mais ênfase - no sentido religioso -, o Sr. Bispo concebeu, também, uma carta Pastoral. O conteúdo da carta Pastoral é amplo, e, de especial carinho. Poderemos então dizer, que é uma carta simplesmente simples, apaziguadora, e, tem o condão de estimular a reza, a conquistar a paz, a praticar boas ações, incentivar a razoabilidade, incluindo como é óbvio amor ao próximo. Tem ainda, a componente triste, resultante de múltiplas razões, e, com manifesto agrado, coisas sérias. Enalteceu o ser Pastor. O elevado dom que um Pastor tem de possuir, para gerir uma Diocese com uma área geográfica de dimensão assinalável, - como é o caso a de Viana do Castelo – com a finalidade de saciar todas as almas. Nela, também consta, as dores do mundo atual, dizendo que, são dores penosas. Sublinhou de seguida, que, viver sem dores, não é viver no mundo bom. Por outro lado, frisou para que não tenhamos
medo das dores, porque, para se viver segundo os preceitos religiosos, o nosso estado físico e especialmente a componente espiritual tem de estar bem preparado, e, em perfeita sincronia com Deus. De seguida, destacou que, ao se criar uma Diocese, certamente não é concretizada pacificamente, porque, normalmente surgem forças menos recetivas. Todavia, elas não foram criadas para dividir, nem para reivindicar o que quer que seja. São, sim, tornar mais responsável e dar robustez ao projeto concebido. Por outro lado, o pensamento de quem programa, é sempre, para tornar mais próxima a palavra de Deus. Aproveito para elucidar o estimado leitor, que poderá obter mais detalhadas informações na Internet. Deixo-os com um pensamento de Maria da Conceição: “Não nos afastemos dos trabalhos que nos humilham, nem fujamos à verdade que nos contraria e esmaga o nosso eu”.
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Agenda do mês (Barcelos)
Agenda do mês (Ponte de Lima)
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Agenda do mĂŞs (Viana do Castelo)
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Sugestão ao leitor
INVICTUS Existem dois filmes “Mandela – Longo caminho para a liberdade” e “Invictus”, que de forma inequívoca e com algum pragmatismo e clarividência, á mistura, narram a vida de Nelson Mandela, ex-líder do ANC e posteriormente Presidente da África do Sul, que sem dúvidas foi considerado uma das personalidades mais carismáticas e incontornáveis do séc. XX, que desde 1948, lutou abnegadamente contra a política de segregação racial, conhecido por “ Apartheid”, instituído pela minoria branca da África do Sul, sobre a maioria negra, que viria a desencadear na sua prisão em 1962, mas depois de tanto sofrimento, resiliência, e capacidade mental de superação, acabou por culminar na sua libertação em 1990, devido essencialmente á pressão internacional, e sobretudo ao esvaziamento político do regime. A partir do momento que é libertado, Mandela foi entronizado num homem providencial, um vencedor invicto, que chegou a Presidente do seu país, governando de forma exemplar, rejeitando qualquer traço de tecnocracia, e de ressabiamento com a comunidade branca, mostrando ser uma figura hábil e inteligente, promovendo uma política de refundação, com base no apaziguamento e unificação, introduzindo paulatinamente as mudanças necessárias para tornar o país numa sociedade multiétnica, e por consequência mais atractivo ao investimento estrangeiro. Porém, para quem não está minimamente interessado, em ir ao Wikipédia ou não seja um apreciador dos documentários biográficos, tem estas duas sugestões cinematográficas, que em duas fases distintas, dão a perceber a perspectiva fidedigna, da personalidade de Nelson Mandela e da África do Sul do séc. XX. Mandela-Longo Caminho para a Liberdade, de 2013- É um filme Anglo/Sul Africano, de ficção biográfica, que retracta a vida de Nelson Mandela, que vai desde as suas origens, até ao momento em que se torna o primeiro presidente eleito democraticamente na África do Sul. Uma obra que reflecte e demonstra ao pormenor, a importância da actuação deste homem, numa conjuntura altamente crucial e decisiva, em que a sua raça, estava a ser destituída dos seus direitos, liberdades e garantias, ao qual teve que forçosamente abdicar da sua vida familiar e felicidade conjugal, para defender com caracter e estoicismo, o seu povo, de um governo tirano, racista e disfuncional. Nascido numa família de índole tribal, é incutido a Mandela em criança e na adolescência, a projecção da sua mente, para a sua valorização pessoal, e dos seus valores vingarem na sua performance como homem, requisitos que serão determinantes, para fazer face aos diversos problemas que lhe vão ser colocados, durante a vida. Tornando se um jovem promissor PUB.
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e conceituado advogado, nomeadamente na defesa de acusações infundadas a pessoas de cor negra, acaba por ser convidado a fazer parte do ANC (Congresso Nacional Africano), num momento em que o Partido Nacional chega ao poder em 1948, e instaura a segregação racial no país, Mandela e os seus camaradas do ANC, assumem uma atitude pro activa, numa labuta permanente contra esta lei profundamente injusta, fazendo manifestações e actos públicos de insubordinação de índole pacífica, mas sem resultados práticos, acabando por se suceder mais violência, designadamente no massacre de Sharpeville em 1960, perpetrado pela a policia contra manifestantes, que custou a vida de 69 pessoas. Sendo posteriormente extinto o CNA, pela a acrimónia enquistada do poder politico, Mandela e os seus correligionários, são condenados a prisão perpétua, por supostos actos de terrorismo e traição, pelo um poder judicial maniatado, e ambos acabam enviados para uma prisão de alta segurança da Ilha de Robben, altamente hostil, que tinha como o objectivo enfraquecer os presos, gerando uma tibieza redutora, que os podia conduzir a uma morte lenta, no entanto Mandela consegue incentivar os seus colegas, a fazerem pequenas revindicações, de forma a atenuar o sofrimento, das provocações e actos obscenos, propositadamente mandatados pelo o prepotente director da prisão. Mandela esteve preso 27 anos, as suas condições de detenção, foram melhorando ao longo do tempo gradualmente, tendo sido transferido para outras duas prisões, essas claras melhorias já na fase final do seu encarceramento, são em parte devido á campanha internacional contra o Apartheid e a prisão de Mandela, que se agudizou com mais saliência a partir dos anos 80, e também porque não é viável e duradouro, manter uma repressão e usurpação dos direitos a 80% da população, de modo infinito. Sobretudo nos finais da década de 80, começa a ser evidente, que o Governo do Apartheid entra num período de declínio e desmoronamento ideológico e politico, tentando um acordo impensável e irrealista com Mandela, que redundou num absoluto fracasso, que posteriormente e por força das circunstâncias, veria a culminar na sua libertação, numa altura que grassava a violência étnica no país, caminhando para uma guerra civil. Invictus de 2009- Um filme Norte-Americano que relata a chegada ao poder de Nelson Mandela, que destaca a sua natureza altruísta e o seu esforço inabalável de impor a paz social, a um país dividido por facções étnicas e uma minoria branca que com desdenho e profunda angustia, de terem sido despojados de um poder politico que lhes convinha, e comutativamente ficarem desprovidos de uma sobranceria e supremacia, sobre PUB.
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a raça negra que vigorava no tempo do Apartheid. Perante este dilema, Mandela e os aficionados do ANC, chegaram á conclusão que aplicar uma receita revolucionária, seria impraticável e ilacerável, porque a comunidade branca detinha grande parte do poder económico, e também podia significar a perca do apoio internacional, que granjeou com efectivo sucesso. O filme inicia-se recordando uma frase de Mandela, na sua tomada de posse, em 1994, que foi absolutamente decisiva para o rumo do país: “Nunca mais esta linda terra, sofrerá a opressão de uns pelos os outros, nem sofrerá a dignidade, de ser a escumalha do mundo.”, esta frase com um sentido contundente e clarificador, renega liminarmente o regresso ao passado, e a uma semântica de profanação dos direitos humanos. Contudo o enredo desta obra, está claramente relacionada com o apoio pessoal de Nelson Mandela á selecção Sul-Africana de Rugby, os denominados “Springboks”,
designadamente na organização do campeonato do mundo em 1995, apesar de os correligionários e camaradas de Mandela, terem tentado destituir o emblema dos “Springboks”, por esta organização na sua génese e nos seus estatutos, estar eternamente ligada á comunidade branca, como um desporto de elites, porém Mandela interveio indicando a acepção favorável á manutenção da estrutura da equipe de rugby, por estar perfeitamente convicto, que este desporto e o evento do mundial de rugby, pode ter um efeito catalisador e unificador do país. Sendo coerente com esta opção, Nelson Mandela promove uma audiência ao capitão da equipe dos “Springboks” François Pienaar, ao qual no meu entendimento significa um dos momentos mais altos do filme, nesse encontro Mandela incentiva Pienaar, a motivar a sua equipe, indicando-lhe a trajectória para a glória final, que com perseverança, unidade, persistência, coragem e resiliência, é perfeita-
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mente atingível a meta de vencer o mundial, pois na concepção do presidente, é absolutamente crucial para a concórdia definitiva, de um povo desavindo. Depois do proeminente diálogo com o Chefe de Estado, François Pienaar perfeitamente sintonizado com as palavras do chefe de estado, ganha um novo alento e consegue incutir nos colegas da equipe, um espirito vencedor, que vai conduzir á vitoria final, para gáudio de toda a África do Sul. Excelente filme que contou com uma realização sublime de Clint Eastwood, e grandes interpretações de Morgan Freeman e Matt Damon. A lição que se tira destes dois filmes biográficos de Nelson Mandela, que é sobretudo nos momentos mais difíceis, que tudo parece estar irremediavelmente perdido, que devemos tentar exceder as nossas expectativas, porque desse modo, podemos a voltar a ter a oportunidade de sermos felizes. Alcino Pereira
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Opinião
Os Caminhos de Ferro (Número 28) Domingos Costa domingoscunhacosta@gmail.com
O referido – no artigo anterior sobre - arrendamento só se concretizou, depois de cotados administradores provarem o normal equilíbrio das finanças dos supracitados troços de via. Direi ainda, que, a causa da instabilidade financeira, deveu-se, sobretudo, à proclamação da República a 5 de Outubro de 1910. Depois de concluída a aludida 1 apreciação, volto a dar seguimento ao desenvolvimento dos caminhos-de-ferro, e direi que - a 22 de Junho de 1860 – foi nomeado como comissário do governo junto da companhia Real dos Caminhos-de-Ferro, para chefe de repartição do Ministério das Obras Públicas, o Sr. António Augusto de Mello Archer. Por sua vez, a 25 de Junho do mesmo mês, “manda Sua Majestade El-Rei, pelo Ministro das Obras Públicas, Comércio e Industria, comunicar ao síndico da Camara dos Corretores na Praça do Comércio em Lisboa…” a constituição dos membros do Concelho de Administração da Companhia Real dos Caminhos de Ferro Portugueses: Marechal Duque de Saldanha, Visconde Paiva, Fortunato Chamiço, João Gomes Roldan, D. José de Salamanca, A. Lorente, J. Zaragoza, De la Gandara, José de la Fuente, E. Blount, Lichtlin, José de la Bouillerie, Chatelus, Visconde Paul Daru, Gustavo Delahante, Dalloz, Thomaz Rotornillo. Como Portugal estava apostado em expandir mais o caminho-de-ferro, optou construir duas linhas, uma para o Porto e outra para Badajoz. Por isso, empenharam-se para que, com a maior brevidade, o projeto em causa fosse concretizado. Dado que, a ligação a Espanha e resto da Europa, seria muito importante para o reino português. Inicialmente o itinerário delineado pelos Engenheiros da linha para o Porto, não havia dúvidas de maior. Apenas surgiram incertezas se passaria por Rio Maior ou Tomar. Todavia, essas dúvidas, mais tarde desvaneceram com a passagem por Tomar, dado penetrar com mais intensidade nas zonas férteis do País. Conquanto, a ligação para Espanha, não oferecia tantas certezas. Foram equacionados díspares itinerários entre diversas cidades, e, a importância que tinha cada um. Também se chegou a pensar, – como alternativa – que a linha férrea deveria partir das proximidades do Barreiro, com ligação a Badajoz, por existir um bom serviço marítimo de forma a ligar Lisboa a Barreiro. Por outro lado, também é importante reconhecer que os ares em Espanha, não estavam muito seguros sobre o encontro das duas vias ferroviárias. Todavia, será necessário salientar, que, as coisas continuavam em mudanças, porque, a 4 de Julho de 1860, o Ministro das Obras
Boltim da cp 1945
Redonda
Públicas, por mera questão política, é substituído por Thiago Augusto Veloso da Horta. Crê-se que, por esse motivo, a 10 de Novembro de 1860, foi novamente apreciada e retificada nova tarifa nos transportes dos caminhos-de-ferro. Como curiosidade, destaco o artigo 38: “os passageiros não poderão levar consigo nas carruagens mais de 8 quilos em dinheiro; quando exceder o peso, será todo registado e sujeito ao pagamento do precedente transporte.” O artigo 39, exemplifica o que representa dinheiro: ouro, prata em barra, platina, joias e pedras preciosas. Refere ainda que, o transporte de notas do banco, letras de câmbio, ações e qualquer outra classe de valores em posse, seria analisado para acordo entre as duas partes. 1) Pág. 658 e 659 do livro Compilação de Diversos Documentos de 1844 a 1860 PS: _ Fotografias do arquivo da (CP).
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Viver em soluços Domingos Costa domingoscunhacosta@gmail.com
Porque somos humanos e com alguma permissividade a ajudar; somos – por conveniência ou não – distraídos. Somos tentados, a levar a vida a brincar; somos - quando podemos –, fanfarrões; ou seja: somos o que somos, e, para o que não queremos ser. Este é um tema inquietante do foro emocional, certamente apetecível, dado estarmos no início do ano. Com algumas certezas, iniciarei com o controlo. O controlo que temos sobre nós mesmos. Direi que, ocasiões há, que é, - autenticamente - vadio. Esquecemo-nos que é peça fundamental na vivência humana, e que, a falta de polidez do cérebro, gera desequilíbrio. Muitas vezes, até contrariamos o nosso desígnio, porque, a agitação intelectual é medonha, não permitindo em muitíssimos casos que se tenha uma vivência equilibrada. Também se sabe que, ao sermos residentes em Portugal, pertencentes aos Países da Europa Ocidental, é perfeitamente legítimo. O livro de José Tolentino Mendonça “A Mística do Instante” alerta e sugere que,
quando algo de negativo nos sucede, inquieta-nos sobremaneira. Se porventura fomos possuídos por uma dor, ele diz que é “…como uma tempestade estranha que se abate sobre nós, tirânica e inexplicável. Quando ela chega, só conseguimos sentir-nos capturados por ela, e os nossos sentidos tornam-se como persianas que, mesmo inconscientemente baixamos. A luz já não nos é grata, as cores deixam de levar-nos consigo na sua ligeireza, os odores atormentam-nos, ignoramos os prazeres, evitamos a melodia das coisas. Damos por nós ausentes, nessa combustão silenciosa e fechada onde parece que o interesse sensorial pela vida arde. Marguerite Duras, diz que <A dor é tão grande, a dor sufoca, já não tem ar. A dor precisa de espaço>. …”. Este, é, o retrato fidedigno da dor com os indesejáveis efeitos colaterais que normalmente tem. Porque, o equilíbrio mental ao ser perturbado, promove insegurança devido ao transtorno do sensor da dor. Exatamente por isso, ficamos aprisionados, limitados e impotentes para discernir seja o que for. Porque, a dor, concentra tudo nela, dominando por completo o nosso todo. Com elevado sentido de crer, ser, e direito,
poder-se-á dizer, que, o descontrolo sucede mesmo com os sentidos ativos “olfato, tato, paladar e visão”. Todavia, se me referir à dor sentimental, seguramente que os efeitos negativos são deveras – acentuadamente - avassaladores e penetrantes. Faz esquecer a felicidade obtida até então, passando ininterruptamente a contar a escuridão da vida. Será também importante assinalar, que, essa dor angustiante e devastadora – que altera a saudável rotina de vida -, pode ter nascido com a chancela de perda; pela queda da cumplicidade de uma vida cheia de felicidade; por uma morte - luto sentido -, ou ainda, ausência prolongada indesejada. Estas fatalidades, promovem um profundo abalo no estado psicológico dos atingidos. Pelo exposto, será legítimo alertar os potenciais lesados para refletirem, para que, não fiquem adormecidos e anestesiados. A vida, deve, ser vivida e continuada. Finalizo com a mensagem do Salmo bíblico contida no livro “A Mística do Instante” a propósito dos ídolos: “Têm boca, mas não falam; olhos têm, mas não veem; têm ouvidos, mas não ouvem; narizes têm, mas não cheiram; têm mãos, mas não apalpam”.
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Culinária
Tarte de pastel de nata
INGREDIENTES 200 g de massa folhada 2 colheres de sopa de farinha maisena 6 gemas de ovo 200 g de açúcar 450 ml de leite Casca de um limão 1 pau de canela PREPARAÇÃO 1. Numa taça, dissolva a maisena em 50 ml do leite. 2. Num tacho, deite o restante leite, a casca de limão, o pau de canela, a farinha maisena dissolvida e o açúcar. Mexa e leve a lume brando, mexendo de vez em quando. Quando começar a ferver, retire a casca de limão e o pau de canela (reserve ambos). Desligue por momentos o lume e adicione as gemas de ovo uma a uma sem parar de mexer. Adicione a casca de limão e o pau de canela e leve novamente a lume brando até obter uma mistura cremosa, cerca de 3 a 4 minutos, mexendo de vez em quando. 3. Entretanto, pré-aqueça o forno a 180ºC. Forre uma tarteira (aproximadamente 24 centímetros) com a massa folhada e pique o fundo com um garfo. 4. Desligue o lume e retire a casca de limão e o pau de canela. Deite o creme sobre a massae leve ao forno cerca de 25 a 30 minutos. 5. Retire do forno, deixe arrefecer e sirva. SOBRE A RECEITA PARA: 12 fatias T. PREPARAÇÃO: 30m TEMPO DE COZEDURA: 45m PRONTO EM: 1:15 h Fonte: http://www.foodfromportugal.com
Poesia " Amo-te" Vou embalado na beleza triunfal do teu olhar Perco me na profundidade do teu carinho Elevo me no leito do teu pensar Crio e recrio me para alcançar o teu beijinho Retiro me no encalço do teu ser Finjo dormir ,sem adormecer Atrevo me a vaguear pela noite Abraço te com a intensidade de um açoite Sinto o calor que faz arrepiar Magia pura no teu respirar Devoro a ânsia que me faz descontrolar Atiro te ao chão , quero te amar Redijo palavras soltas Na luz suave do entardecer Busco a minha felicidade Nos lábios que me fazem enlouquecer Sinto me em sintonia Vagueio pela noite sem fim Dou asas a imaginação Que irrompe dentro de mim E tudo se desvaneia por dentro Meu amor , meu sentimento Aclamo a Deus nas alturas Que me livrou do Caminho das amarguras E se possível vou beijar o sol e a lua Numa mensagem só minha e tua Escapar por entre dedos Os meus mais delicados segredos Vivo na imensidão do teu amor Perpétuo em ti a delicadeza Oculto me da solidão e da dor Amo te com toda a certeza. Adriano Jordão
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Necrologia
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Património
O Natal nas Tradições do Vale do Neiva “O NATAL é a festa das lágrimas para todos aqueles para quem ELE não é a festa da inexperiência” Ramalho Ortigão “As Farpas I” Natal, 25 de Dezembro, data lembrada e respeitada por todo o mundo cristão. Em Portugal a quadra Natalícia, nunca foi festejada da mesma maneira em todas as regiões, mas uma celebração que foi sempre igual em todo o País, foi a Missa do Galo. Diz-se, “Missa do Galo”, porque sendo os galos os cantores da madrugada e como acordavam ao ouvir o povo que ia e vinha da missa, vendo ao mesmo tempo claridade feita por lumieiras “ estas feitas de colmo de palha centeia” ou lampiões de azeite, punham-se a cantar, confundidos que já era ora de despertar. Em algumas freguesias do Vale do Neiva ainda se conserva esse costume, embora fosse sobre ela “missa” pouca reverência e religiosidade. Como se sabe a Missa do Galo, é a seguir à grande noite de Consoada, onde até os hipertensos não olham a mais um copo, nem menos uma posta de bacalhau. Recordo-me de quando pequeno ir a uma “Missa do Galo” a Tregosa, e fui para o coro da Igreja, onde estavam adultos, jovens e crianças, era uma brincadeira pegada, pois alguns estavam com o “grão na asa” e outros arrotavam a couves regadas com molho fervido, e quando num certo momento as couves do estômago de um certo senhor não estavam bem dentro dele vai de mandar uma chuva de couves para cima de quem estava devotamente a rezar na parte das mulheres. Riso apertado para o Senhor Abade não mandar evacuar todo o coro. Mas vamos ao dia de Natal, que sempre foi considerado dia de festa religiosa e festa de família. Os familiares ausentes vêm à terra reunir-se à família para consoarem juntos. É ainda tradição matar o porco no mês de Dezembro, pois já fazia parte dos preparativos para a grande Ceia. A Ceia de Natal é no Vale do Neiva um momento alto das celebrações Natalícias, há um espírito diferente, um ambiente de alegria, há qualquer coisa de espiritual que nos leva nesta noite a confraternizar com a família e amigos. As tradições alimentares vão-se respeitando de pais para filhos, é o bacalhau com batatas e couve penca, regado com molho fervido ou azeite cru vindo do lagar. São os mexidos, as rabanadas de vinho e café, aletria e arroz doce, são as so-
pas de vinho feitas numa panela de ferro, e servidas em malgas acompanhando o jantar ou a ceia. Abria-se o melhor vinho servido numa caneca de barro, que dava para toda a noite acompanhando até ao fim as nozes, os figos de ceira, as amêndoas e os pinhões tirados das pinhas que foram postas junto ao canhoto na lareira. Jogavam cartas os maiores, os garotos, esses entretinham-se a virar as pinhas ao lume e a jogar ao “rapa-tira-deixa e põe” até se zangarem. Todos tínhamos umas sacas de pano, que nos era dada pela mãe para aquela altura, onde botávamos os pinhões, as amêndoas e as nozes. Naqueles dias de festa era em cada esquina um grupo de garotos a jogarem às amêndoas contra uma pedra. Jogava-se também ao pernão e aos pares. No Natal tudo era bonito e natural no Vale do Neiva, era a casa farta, era o aconchego do lar, era a casa quentinha, era até o próprio fumar das chaminés que parecia diferente. No dia a chegar à noite de Natal, acordava-se mais tarde com a boca um pouco agreste, mas mesmo assim ainda se comia a “Roupa Velha”, preparada com os restos do bacalhau, batatas e couves. Para o jantar de Natal “almoço agora”, 25 de Dezembro, era morto o melhor galo do bando dos galináceos que era cozido com arroz e chouriço de carne. Nestes dias tudo se conservava sobre a mesa para se algum amigo ou familiar viesse participar nesta festa. Muitas destas tradições ainda se conservam na casa de muitos habitantes do Vale do Neiva e é bom que se conservem, pois são as nossas raízes tradicionais e culturais. No entanto de algum tempo para cá na quadra de
Natal algumas pessoas tomaram um uso que veio não sei bem de onde, adornar as salas e cozinhas com o chamado pinheiro do Natal, este roubado, ou comprado a quem o roubou em qualquer pinhal para o vender, que espetam num vaso e enfeitam com bolinhas cintilantes e luzes a fazer pisca-pisca. Há muitas pessoas que fazem um conjunto decorativo onde um pinheiro acompanha um presépio, há nisto um pouco de ignorância, pois o pinheiro nada tem a ver com o nascimento ou com o lugar onde nasceu Jesus, que como se sabe, foi em Belém, nu Judeia, pertencente à casa do Rei David, terra onde não existem pinheiros. O presépio, esse foi criado e imaginado por São Francisco de Assis, Itália. Vamos procurar conservar as nossas raízes e identificação cultural. Manuel Delfim Silva Pereira In “Jornal Vale do Neiva” Dezembro 1989 A Redação
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