O Vale do Neiva - Edição Janeiro 2020

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Propriedade: A MÓ · Associação do Vale do Neiva (Cultural, Património e Ambiente) | Barroselas Janeiro 2020 | Mensal · Nº69· Gratuito · Versão digital

Vila de Punhe

QUEIMADA NO MERCADINHO P. 6e7

Lançamento do Postal e Carimbo Comemorativo da 13.ª Edição do Presépio no Largo das Neves P. 4e5

IV Milha Santa Eulália P. 2e3

Religião

Teatro de Balugas distinguido com o prémio de “Melhor Espetáculo” no Festival de Teatro de Barcelos P. 8 PUB.

Conferência realizada a 15 de dezembro de 2019, na casa das Irmãs Reparadoras Missionárias da Santa Face em Viana do Castelo. P. 12e13

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Opinião

Locomotiva Pejão P. 16e17

Sugestão ao leitor t. 963 316 769 · 966 334 363

AS SUFRAGISTAS P. 18e19


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Vila de Punhe

IV Milha Santa Eulália O Largo das Neves foi, mais uma vez, o palco da partida e chegada dos atletas que cumpriram os 1609 metros da IV Milha Santa Eulália. O tempo

Ficha técnica | Diretor: Tiago Lima Redação: Domingos Costa · José Miranda · Manuel Lima · José Rafael Soares Colaboradores: Alcino Pereira · Cristiana Félix · Adriano Jordão Design e Paginação: Inês Guia Contacto redação: Avenida S.Paulo da Cruz, Apartado 20 - Barroselas · redajornalvaledoneiva@gmail.com Periodicidade: Mensal Formato: Digital Distribuição: Gratuita Os artigos de opinião são da inteira responsabilidade dos seus autores, podendo ou não estar de acordo com as linhas editoriais deste jornal.


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agreste que se fez sentir, não foi, suficientemente, desmotivador para as sete equipas de atletismo inscritas na prova: o Grupo Juvenil de Vila de Punhe, AD Correlhã, AD Darquense, Cyclones Sanitop, C.A. Arcos

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de Valdevez, C.A. de Mazarefes e Escola de atletismo da Trofa. Organizada, no passado sábado, dia 14 de dezembro, pela Junta de Vila de Punhe, em parceria com o Grupo Juvenil, de novo,

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primou pela boa organização. Todos os que não ocuparam os lugares no pódio foram agraciados com uma medalha de participação, entregue pela Autarquia Vilapunhense.

Sendo o último evento desportivo do ano, nesta freguesia, regista-se, com agrado, o empenho dos promotores e patrocinadores para que o sucesso fosse alcançado, tal como veio a acontecer.

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Uns dizem que a beleza vem de dentro, outros dizem que vem de fora. Com a DOGTYBY vem dos dois lados.

Ana Lima Tlm. (351) 939 530 171 Viana do Castelo dogtyby@gmail.com www.facebook.com/dogtyby


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Lançamento do Postal e Carimbo Comemorativo da 13.ª Edição do Presépio no Largo das Neves No passado dia 14 de dezembro de 2019 foi inaugurado o carimbo comemorativo da 13.ª Edição do Presépio, no Largo das Neves, emitido pelos Correios de Portugal (CTT), acompanhado pelo respetivo postal ilustrado. Nesta iniciativa da autarquia de Vila de Punhe, inserida na programação do Mercadinho de Natal, e resultante da parceria com a Associação de Filatelia e Colecionismo do Vale do Neiva, estiveram presentes a vereadora Dra. Carlota Borges, em representação do município, e o antropólogo Doutor Álvaro Campelo. O Presidente da Junta, António Costa, iniciou a sessão afirmando, em traços gerais, que a origem da primeira edição do Presépio, no Largo das Neves, no Natal de 2007, resultara do voluntarismo de um grupo orientado por Fernando da Palmira e composto por Amadeu Silva, Conceição Gonçalves, António Veiga e Manuel Queira (estes dois já falecidos), os quais aceitaram

o convite da autarquia liderada, na época, por António Moreira. Ocupando uma área

de cerca de 50.00m2 do espaço central do Largo das Neves, não têm faltado, ao longo


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destes ininterruptos 13 anos, qualidade e criatividade artística à equipa responsável pela sua elaboração. Associado ao evento do “Mercadinho de Natal”, continua a ser sempre mais apreciado, valorizado e visitado o que contribui, de uma forma social, recreativa, cultural e coletiva para a dinamização do comércio local. Finalizou a sua intervenção agradecendo a participação e o empenho do atual grupo de colaboradores, formado pelos senhores Fernando da Palmira, Manuel Costa, António Pereira, Adriano Costa, Agostinho Morgado, bem como pelos funcionários da autarquia, os quais, ao longo de uma semana, imbuídos por um forte espírito comunitário, demonstram grande carinho e esmero na sua execução. O Doutor Álvaro Campelo deu uma pequena aula sobre as tradições, nomeadamente, as contextualizadas com o solstício de inverno e, consequentemente, com a época natalícia. Explicou a sobreposição da data de celebração do nascimento de Jesus Cristo, o surgimento e a evolução do presépio, a árvore de Natal, entre outros símbolos e simbologias associadas à celebração do Natal. No fundo, mais uma bela e oportuna intervenção de um académico que tem manifestado uma disponibilidade ímpar e um carinho muito grande pela nossa região. Encerrando a sessão, a Vereadora Dr. Carlota Borges enalteceu o trabalho desenvol-

vido pela autarquia vilapunhense sempre muito bem apoiada pelas associações locais que, em conjunto, têm desenvolvido um profícuo trabalho em prol da defesa, preservação e valorização das suas tradições e valores culturais. No salão esteve patente o quadro filatélico, “O Presépio - da origem à tradição”, da conterrânea Susana Pereira, para além dos trabalhos realizados, o ano transato, pelos alunos da EB1 de Vila de Punhe, alusivos

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ao tema do Natal. Estiveram, ainda, expostas fotografias das anteriores 12 edições do Postal de Natal relativo ao presépio no Largo das Neves. Espera-se que esta iniciativa, feita de forma singela, sirva de fonte inspiradora de paz e de harmonia e de franca confraternização entre toda a nossa comunidade. Fonte Autárquica


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QUEIMADA NO MERCADINHO Com o frio e a chuva já de Inverno e com o Natal à porta, chegou a última sexta-feira’13 do ano 2019. Já em ambiente natalício e de transição para o novo ano, fez-se o último esconjuro que, por um lado, afugentou as maleitas e infortúnios de 2019 e, por outro, impedirá, por certo, que as mesmas transitem para o ano 2020. Com o ponto de partida do adro da igreja paroquial de Vila de Punhe, os participantes caminharam até ao Largo das Neves onde se realizou o Mercadinho de Natal. Com muita e variada animação ao longo do percurso (a cargo dos jovens), a caminhada terminou com uma exibição popular que incluiu coreografias, esconjuro e queimada galega. O percurso passou pelas diversas ruas e caminhos da freguesia vilapunhense. Apesar da chuva e do frio condicionarem a iniciativa, a mesma não se deixou de realizar nem os participantes ficaram desiludidos ao saírem do conforto das suas casas para participarem numa atividade carregada de convívio, misticismo, aventura e cultura. Esta iniciativa denominada de "Queimada no Mercadinho", foi a XII edição e vem no seguimento das várias organizadas

no âmbito da “Sexta-feira’13 Queimada”, a referir: “Queima-

da na Pegada”, “Queimada no Calvário”, “Queimada no San-

tinho”, “Queimada no Velasco”, “Queimada na Pedra da Mu-


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lher”, “Queimada na Mesa dos Três Abades”, “Queimada na Lagoa da Infia”, “Queimada no Picoto”, “Queimada no Bonfim”, “Queimada no Souto” e "Queimada em Roques". A autarquia e o Núcleo Promotor do Auto da Floripes 5 de Agosto, bem como os demais parceiros, revelaram que é viável melhorar a oferta cultural, trabalhar em cooperação e promover a participação das pessoas e das instituições. O "Luar'13", o projeto "Idoso + Ativo" e as Cantadeiras do Vale do Neiva voltaram, com o mesmo empenho e num cruzamento de gerações, a participar na animação e na coreografia. A Organização

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Balugães

Teatro de Balugas distinguido novamente com o prémio de “Melhor Espetáculo” no Festival de Teatro de Barcelos A peça de teatro “Raposos”, do Teatro de Balugas, venceu o prémio de Melhor Espetáculo no Festival de Teatro de Barcelos, tendo sido ainda contemplada com os prémios de Melhor Cenário, Melhor Sonoplastia, Melhor Iluminação Cénica e Melhor Guarda-Roupa. Depois de, em 2018, ter vencido, com a peça “Pão Nosso”, o prémio de Melhor Espetáculo no mesmo Festival, a companhia de teatro de Balugães apresentou novamente, no Theatro Gil Vicente, um texto de Cândido Sobreiro que desta vez é um alerta sobre a propriedade da terra e os seus elementos naturais. A história fala-nos de uma barragem abandonada na construção, que não passou o tamanho das portadas da igreja da localidade, ao contrário das grandes barragens que engoliram aldeias inteiras, aqui o rio pressentindo tamanha clausura secou. Entre as árvores cortadas e a aldeia abandonada, os que ficaram, entre homens e bichos, tudo tentam para encontrar o rio

novamente, algum sinal de água. Esta é uma procura efabulada sobre esconderijos,

animais e homens antigos.


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Desporto Regional

Natação - Alexandre Ribas sagra-se Vice-Campeão Nacional aos 100m Livres Durante os dias 20, 21 e 22 de dezembro de 2019, decorreram os Campeonatos Nacionais de Piscina Curta de Juniores e Seniores, na Piscina Municipal de Felgueiras. A Escola Desportiva de Viana esteve representada pelo atleta Alexandre Ribas, acompanhado pelo seu treinador Rafael Ribas. Ambos tinham definido como objetivos principais, quebrar a barreira dos 50 segundos aos 100m livres, quebrar a barreira dos 25 segundos aos 50m mariposa e obter um tempo aos 50m livres abaixo dos 23 segundos. Aos 50 mariposa, o Alexandre nadou as eliminatórias com o tempo de 24.74, apurando-se para a final A que se iria realizar durante a tarde. Na sessão da tarde nadou em 24.79, ficando em 6º classificado, no esca-

lão de sénior. Com a marca de 24.74, estabeleceu novo Recorde Regional Sénior e Absoluto, que datava de dezembro de 2015, pertencente a João Lopes com 25.16. Aos 50 livres, o Alexandre nadou as eliminatórias em 23.01, garantindo assim o acesso à Final A que se iria realizar na sessão da tarde. Esta prova teve um nível competitivo muito elevado, uma vez que durante as eliminatórias, 14 nadadores nadaram abaixo dos 24 segundos. Na final, o Alex nadou em 22.87, ficando em 4º classificado a escassos 8 centésimos do 2º classificado e 7 centésimos do 3º. Com este tempo, estabeleceu novo Recorde Regional Sénior e Absoluto, que já lhe pertencia desde Campeonato Nacional de Clubes 2ª Divisão (15 dezembro 2019), onde tinha nadado em 23.26. Aos 100 Livres, o Alex registou o tempo de 49.53 nas eliminatórias, estabelecendo novo Recorde Regional Sénior e Absoluto, ultrapassando a anterior marca de 50.30, pertencente a Ivo Carneiro desde dezembro de 2004. Na final A, na parte da tarde, registou o tempo de 49.91, sagrando-se Vice-Campeão Nacional Sénior aos 100 Livres. O balanço final destas provas é muito positivo, visto que todos os objetivos foram alcançados. Com estes campeonatos, fica o registo na história da natação, sendo o primeiro atleta minhoto a baixar a mítica barreira dos 50 segundos aos 100 livres! .


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Religião

Extratos da vida da Irmã Maria da Conceição Pinto da Rocha (nº. 36) Domingos Costa domingosdacunhacosta@gmail.com

Já abordei em artigos anteriores a morte física da “Serva de Deus” Maria da Conceição, todavia há algo em mim que me está a inquietar, e, força-me de novo a falar da sua morte e do alimento espiritual que com suavidade, alivia a dor das almas. Habitualmente dizemos quando ocorre a morte de um nosso ente-querido, além ficarmos sentidos e lamuriosos, em desabafo dizemos mais ou menos assim: “morreu um pouco de nós”. É verdade, já senti essa dor, e, estou seguro que o leitor, também infelizmente a tenha sentido. Anoto, que, estas situações desagradáveis manifestam-se no seio familiar e amigos. Porém, a morte de Maria da Conceição é mais complexa, dado ser embaixadora mundial da doutrina de Jesus. Ao ser mais dolorosa, é ainda de elevada abrangência. A sua morte, é sentida na família, nas Discípulas e admiradoras, e alem disso, tantas almas localizadas nos quatro cantos do Mundo. Narrei o desaparecimento material, falarei agora do Imaterial. É mais difícil, porque o sofrimento Espiritual, abala ainda mais a nossa alma. Como não é físico, é deveras difícil descodificar. Temos sim, um só órgão que o sente em profundidade: o coração. Ao senti-lo, fica magoado. É um impiedoso martírio. Na pág. 282/3 do livro de Dr. Georges Surbled com o título “A Moral nas Suas Relações com Medicina e a Higiene”, a dado paço, diz que, quando se está próximo da morte, alguns cérebros mantêm-se imunes da doença - Outros, é ligeiramente afetado. Outros ainda, ficam em coma. Acresce dizer, que a “… moral não está em relação com o físico e não sofre obrigatoriamente a decadência do corpo. Vê-se em situações desesperadas, a alma a conservar o seu domínio e a sua serenidade após traumatismos espantosos (…) está provado que os moribundos conservam muitas vezes, apesar de tudo, uma força de espírito notável, e que Deus concede a muitos a graça de caírem em si no último instante…” para reconhecer os seus erros, e, de

Ainda recordando o Nascimento do Menino Jesus

forma suprema rogando supremamente ao Senhor o perdão, para obter a salvação. Maria da Conceição, sabia que a medicina não era solução para todos os males. Sabia perfeitamente – como diz o livro - que “Há curas milagrosas, isto é, que ultrapassam os recursos da natureza e as previsões da ciência”. Também sabia que Deus, não era insensível, prestava sim, atenção às preces e sofrimento dos enfermos, quer do

domínio Espiritual ou físico. Em suma: Maria da Conceição incansavelmente lutou – sacrificando-se – para que o Mundo se reconciliasse e, amasse Deus. Com oração, Maria da Conceição obteve a graça divina. Uma alma com graça suprema. Nessas circunstâncias as linhas mestras responsáveis pelas Espiritualidade multiplicavam-se. Dir-se-á: com alma sã, Maria da Conceição sofre profundamente


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pelos males dos outros Finalizo: - empenhemo-nos e aguardemos por uma luz milagrosa. Quem conhece a

Ainda recordando o Nascimento do Menino Jesus

“Serva de Deus” Maria da Conceição, sabe que, tinha algo especial, seguramente concedido por Deus. Com esperança. Aguardemos.

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Pensamento de Maria da Conceição: - “Sejamos verdadeiros templos do Deus vivo, onde o Seu amor não sofre resistências”.


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Conferência realizada a 15 de dezembro de 2019, na casa das Irmãs Reparadoras Missionárias da Santa Face em Viana do Castelo. Domingos Costa domingosdacunhacosta@gmail.com

Sr. Pe. Armando Dias, abordou novamente a Carta Pastoral do Sr. Bispo da Diocese de Viana do Castelo. É, como já referi, tema importante e pertinente na promoção da paz. A sua abrangência, vai de encontro ao amor, à felicidade e em perfeita combinação com o mundo da oração. Porque, a oração, é estar com o mundo. Dir-se-á então, é maravilhosa e dinâmica, emanando sentimentos fervorosos. Também disse, porque é obviamente certo, que a base da nossa vida, é sustentada na Carta Pastoral. Dado ter o dom de acolher, e, acolher é renovar, é limpar, é, sobretudo, estar com Deus. Falou na preciosa palavra “Amor”, dado que, a mesma, ao ter significado ilimitado, é sem dúvida alguma um dom de Deus. Disse: caso não haja oração, não há amor. Acrescentou ainda que o verdadeiro Deus para o mundo do amor, é o Deus das Bem-Aventuranças. Sensibilizou o auditório ao dizer que é difícil orar, porquanto, a oração é exigente, e ao o ser, é virgem, é original, é inequivocamente amor. Rematou: a oração verdadeira é “Cristificada”. O Sr. Padre sublinhou que a oração, diligencia um andar seguro, de encontro ao caminho celestial. Por outro lado, destacou que a oração tem de desafiar a vida, e a vida tem de desafiar a oração Impressionou a plateia dizendo que a sociedade a nível mundial, tem um grave problema. Porque? É fechada, de coração débil e viciosa. Devia antes ser uma sociedade de Santidade. Clarificou: o Deus da Bíblia, é Deus desafiador, diligencia mudanças, e é, questionador. Também disse que muitas vezes, Deus não responde, mas pergunta. Por isso, será importante prestar atenção aos sinais. O Sr. Padre Armando Dias, acrescentou que todas as pessoas que mantêm uma

vida lutadora e empenhada, são as que vivem em comunhão com Deus, vivem uma vida pacífica, sempre direcionada no caminho de Deus. Com essa unicidade, vivem sãmente. Sublinhou de seguida, que a mansidão é uma dádiva alojada no coração dos pobres. Por indissociabilidade, exala um saudável bem-estar. Ou seja: com um benigno

estado de espírito, diligencia um sono reconfortante e não cria inimigos. Quase a finalizar, disse que muitas vezes andamos muito distraídos e com o estado de espírito triste. Porque, não nos apercebemos das coisas boas que Deus nos oferece. De seguida, justificou ser resultado da inexistente confiança em Deus, assim como não ter sido estabelecido uma liga-


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ção total a Deus. Por isso, será importante considerar que se o problema perturba, é aconselhável orar e pensar no interior da transcendência para ultrapassar a inquietude.

Dir-se-á então, que escolher Deus para O seguir, é complicado e exigente. Dado traduzir uma mudança de vida. Uma vida dedicada à oração, para assim nos transformarmos em Cristo.

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Finalizo com um pensamento de Maria da Conceição: - “Ser Santo é ser filho perfeito das virtudes do Pai celeste”.

A Ilustração da minha mensagem retrata a quadra que recentemente terminou. Dada a importância da quadra festiva, volto a apresentar a mesma ilustração. Aproveito para apresentar uma frase da altura do Natal de Sua Santidade o Papa Francisco: “jesus pede para que sejamos semelhantes a Ele, tal como Ele se fez semelhante a nós”.


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Agenda do mĂŞs (Viana do Castelo)

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Agenda do mês (Barcelos)

Agenda do mês (Ponte de Lima)

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Opinião

Locomotiva Pejão Domingos Costa domingosdacunhacosta@gmail.com

É uma locomotiva tanque a vapor industrial. A locomotiva tem a bitola de

600 milímetros. O construtor foi Robert Hudson L.td – Gildersome Foundry, Leeds, Inglaterra. Foi construída no ano 1918, de número de série Única. Tem o peso em Tara, 6 tonela-

das Esta locomotiva fez parte de uma fundição parceira do construtor, destinada a pequenas linhas férreas industriais. Dadas as caraterísticas desta locomotiva, terá tido utiliza-

ção militar pelo Departamento de Guerra Britânico nas linhas férreas temporárias da 1ª. Guerra Mundial, no abastecimento de comunicações, víveres e armamento nas trincheiras e frente de batalha.


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Esta locomotiva, bem como todas as locomotivas utilizadas na guerra, voltaram ao fabricante, que as revendeu. Foi adquirida em 1922, pela empresa Carbonífera do Douro (sediada em Pedorido, concelho de Castelo de Paiva, distrito de Aveiro), com o fim de melhorar o sistema de transporte de minério. As locomotivas mineiras não

tinham números, apenas nomes. Esta tinha o nome de Pejão. Esteve ao serviço do caminho de ferro do Couto Mineiro do Pejão, onde existiam várias explorações de carvão, entre elas as do Pejão, Fojo e Germunde. Este Couto abrangia uma área à volta de 10 quilómetros, desde Germunde até ao alto do Pejão, aí efetuavam-se trabalhos de

prospeção, pesquisa e exploração subterrânea de carvão. Efetuava trabalhos de manobras e transportava os vagões carregados com carvão entre os poços das minas e o cais fluvial do rio Douro, a fim de ai a carga ser carregada nas barcaças. No ano de 1974 em resultado do fim da operação ferroviária e fluvial no transporte do car-

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vão, a locomotiva ficou a pertencer à Direcção-Geral da Minas, mais tarde foi transferida para as oficinas da CP em Porto Campanhã, tendo em vista a sua reparação e preservação. P. S. – Fotografias e dados sobre a locomotiva foram obtidos através do Museu Ferroviário do Entroncamento.


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Sugestão ao leitor

AS SUFRAGISTAS O termo "Sufragistas" procede de um direito à aquiescencia de um povo, à escolha dos seus destinos, de indicar um caminho, de se pronunciar perante as opções decisivas e periclitantes, que estão em cima da mesa, no que diz respeito à sua governança, à sua autonomia, ou em temas fracturantes. Porém a semântica associada à denominação de Sufragistas, não é restritivo ou confinado, a um juízo genérico, pois a palavra também pode ser uma analogia, aos movimentos feministas, que eclodiram em momentos chave e que foram determinantes, para a alteração substancial dos preceitos, que visavam uma afirmação mais concludente da mulher, perante a sociedade, num invocar paulatino e gradual dos seus direitos, em comparação com os atributos e desígnios, alcançados ao longo dos tempos pelo o homem, que devido à sua natureza tribalista, obteu a supremacia através de um maniqueísmo lapidar, que reduziu a mulher à subalternização e a uma expressão meramente residual e minimalista. Esses movimentos "sufragistas" das mulheres, tiveram o seu apogeu e consolidação categórica, nocauteado em três fases distintas, a primeira nos finais do século XIX e inícios do século XX, ao qual reivindicavam um cabaz significativo de pressupostos e exigências robustas, como o direito ao voto, à educação, ao divórcio e ao trabalho, conquistas que se concretizaram, como mais incidência e veemência a partir da Grã Bretanha, mas depressa chegaram a outros paises e continentes, numa segunda vaga feminista, que decorreu nos anos 60, mais uma vez com grande expressão nos paises anglo saxónicos e na europa, esse movimento eloquente tinha a intenção de exigir à sociedade, às instituições, a liberdade sexual e a maternidade, como o tópico mais verosímil, dinâmico e incisivo, no pulsar da vida, e conceptualmente influente para o trespassar das gerações, de cortar a eito e drasticamente com a submissão aos ditames do homem, quanto ao terceiro movimento feminista, que sucedeu se nos anos 90, tem como desiderato, um conceito mais igualitário e vasto nos direitos em comparação com os dos homens, perspectivando um cardápio mais abrangente e univoco, lutando por uma maior paridade nos serviços públicos, igualdade salarial, o direito ao aborto, criminalização da violência doméstica e assédio sexual, liberta-

ção dos padrões de beleza impostos pela a sociedade, entre outras exigências e indignações. Por essas razões exequíveis e pertinentes, as artes cénicas assumem se como prodigiosas na realização de filmes e historias, umas com uma forte componente histórica, outras certamente baseadas em factos verídicos, ou inclusive casos de pura ficção, mas que nos vários cenários e enredos, procedem e demonstram todas as sevícias sociais e conjugais que as mulheres sofreram, por questões culturais e religiosas, que entretanto grande parte delas foram superadas, durante a vigência do século XX, mas que ainda em algumas partes do mundo, ainda estão sujeitas a um total ostracismo e à sujeição e obediência do dirigismo do homem, em que os direitos de igualdade continuam calcinados, em conformidade com uma mantra de dogmas de cariz constitucional, religioso e cultural, que dificulta a emancipação da mulher, nessas regiões, associadas a esses vernáculos. No realçar desta luta constante da mulher, designadamente quando os seus direitos são cirurgicamente escamoteados, devido ao atavismo da sociedade, que se revê nos preconceitos e estereótipos do passado, recomendo alguns filmes, que ilustrem a irreverência, capacidade de sofrimento e persistência, da mulher, na tentativa de fazer valer as prerrogativas de uma sociedade mais justa, no relacionamento e igualdade de oportunidades, entre o homem e a mulher. Acusados, 1988-é um filme canado-estadunidense, de género dramático, ao qual a narrativa debruça se sobre um estado de

sobranceria lacónica, um machismo disruptivo, por parte de um grupo de homens, que frequentam um bar nocturno, que implicitamente defendem um estilo áspero e de indiferença grotesca, no que concerne ao âmbito sexual, em que a mulher deve ter um papel secundário, que em face dessa postura, apelam á violência e á cópula desenfreada, tratando a mulher como um objecto, para satisfazer o tropismo, do desejo e excitação sexual. Nessa história, a protagonista Sarah Tobias pontifica se como o centro das atenções deste enredo, quando decide ir para um bar nocturno divertir se, dançando com desfrute, intenção e imbuída de um charme apelativo, e devido ao seu aspecto sensual e tentador, estimula de forma latente, a atenção da generalidade dos homens, presentes nas imediações, acabando pelo o envolvimento circunstancial, numa espécie de empatia verificada pelo o calor intrínseco do ambiente nocturno, por ser brutalmente estuprada por três dos homens, enquanto outros assistem e incentivam o acto selvagem, regozijando se com gáudio, perante o sofrimento impotente de Sarah, abafado pelo o som estridente da sala. Recorrendo às barras do tribunais, Sarah solicita a advogada Kathryn Murphy, responsável pelo caso, para pedir aos jurados, uma punição severa para este acto bárbaro, não só para aqueles homens que a violaram, como também aqueles que encorajaram o crime de estupro, e por esse prisma Sarah e a sua advogada, vão ter que lutar abnegadamente por provas e testemunhos, em Tribunal, para provar toda a esta conjura inconcebível e lancinante, que se formou naquela fatídica noite.


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Rapto em Teerão 1991- é um filme estadunidense, de género drama/ thriller, baseado em factos verídicos, que demonstra de forma muito efusiva e perceptível, a espoliação dos direitos afectos á mulher, em proporção com os do homem, numa sociedade Iraniana do Século XX, que fundamenta os preceitos do Alcorão para estigmatizar e oprimir a intervenção da mulher, nesse agremiado regional. A narrativa foca se sobre a vida de um casal, neste caso Betty uma dona-de-casa do Michigan, que é casada com um médico de origem iraniana alcunhado de "Moody", e que ambos tem uma filha de nome Mahtob, num certo dia a família resolve por determinação de Moody, visitar a família dele em Teerão, numa viagem que se estima não exceder as duas semanas. Quando chegam ao Irão, Betty denota um excessivo ambiente pernicioso e despiciente em relações ás mulheres, devido ás regras instituídas, como o tradicional véu preto, e outras limitações de origem dogmáticos, com a agravante da família do marido ser formada por muçulmanos conservadores que estão muito insatisfeitos com a "americanização" de Moody. Porém a viagem de férias, para o casal, começa se a tornar se insustentável para Betty, quando de forma inusitada e paradigmática, Moody revela a Betty que foi despedido do seu emprego em Michigan e que decidiu permanecer no Irão, onde à falta de médicos é imprescindível, devido à Guerra Irão-Iraque, ficando Betty petrificada com essa notícia e com a viragem gradual para um comportamento agressivo e despiciente de Moody, Betty fica completamente aterrada, e sem grandes alternativas, tendo que forçosamente cumprir escrupulosamente, com a doutrina de esposa muçulmana devota, tentando recuperar a confiança do marido, para tentar o ensejo ténue de saída do País. Entretanto quando Betty descobre que o seu pai está muito doente, Moody diante dessa axioma, toma a iniciativa de fazer planos, para que ela retorne aos Estados Unidos, todavia a sua felicidade esvanece profundamente, quando ela descobre que Moody não vai permitir que Mathob, viaja com a mãe. Perante este cenário dantesco, ela não tem outro remédio, senão de se encorajar de arrojo e intrepidez, características absolutamente indispensáveis, para ter a faculdade de escapar com a sua filha, a um modo de vida restritivo e confrangedor, lançando se numa aventura sinuosa e sombria, pelos desertos e montanhas do norte do país, até chegar à almejada fronteira com a Turquia. Sufragistas de 2015- é um filme Franco-Britânico, que conta a história heróica de um grupo de mulheres, imbuidas no espiri-

to e semântica dos primeiros movimentos feministas, que se catapultaram incisivamente no século XX, neste caso concreto no Reino Unido, exigindo o acesso ao voto, à escolha de âmbito politico, consubstanciado com maior igualdade e liberdade, como prerrogativas elementares de participação cívica, fecundado com os valores mais íntegros, democráticos e iluministas, provenientes das aspirações da Revolução Francesa. Esse grupo de mulheres que se formou aleatóriamente da sociedade civil, através de contactos em fábricas e manifestações de rua, tentaram inicialmente a sua jornada de luta, através de actos pacíficos, mas sem aparente resposta afirmativa das autoridades, intensificaram a sua acção de uma forma mais vil, partindo vidraças de lojas, enquadradas em arruaças, para agitar meticulosamente a sociedade civil, para as suas reivindicações. Contando com uma idiossincrasia despiciente, por parte do poder político, em que só o homem era detentor desse privilégio de sufragar e liderar os destinos do País, esse grupo de mulheres foi alvo das maiores opressões, calúnias e humilhações, por parte da sociedade, da hostilidade policial, violência conjugal e afastamento forçado da família, mas apesar desses dissabores, que tinham um intuito dissuasor, esse conjunto de mulheres foi capaz de conseguir esse desiderato, graças ao carácter, tenacidade, resiliência, perseverança e união, que foi uma conquista determinante para a consagração dos direitos das mulheres, em todo o mundo. Colette de 2018- é um filme Britânico Estadunidense, de índole biográfico, que relata a auspicioso talento de uma escritora feminista de nome Colette, que além dos dotes literários, se pautou por uma irreverência e inconformismo desmedido, que causou algum choque e perplexidade à sociedade preconceituosa e retrógrada do princípio do século XX. Nascida e criada num ambiente rural, ela casa, em 1893,

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com Henry Gauthier-Villars, um escritor sedutor, com uma projecção relevante na sociedade, conhecido pelo os media pelo o pseudónimo Willy. Confrontado com talento natural para a escrita de Colette, Henry desafia-a a escrever romances para serem publicados em nome dele. Assim, em 1900, surge a obra “Claudine à l'École”, que teve por base incidências do pulsar da vida de Colette, preconizando as aventuras de uma adolescente indomável, que desafiava a moral, a ética e os pressupostos conservadores da época. O formato ambicioso da obra, que continha laivos de excentricidade e atrevimento lacónico, permitiu para uma inusitada ascensão da obra, com mais três volumes rotulados de sucesso, que se notabilizaram, especialmente junto das mulheres mais jovens. Enquanto o falso predestinado "Willy", obtia os louros, da prestação literária de Colette, ela andava distraída com a sua homossexualidade latente, até que os idos consecutivos da fama da saga, assinada por Willy, começam a deixar Colette desconfortável e indignada com o acordo. Diante dessa realidade pungente, decide enfrentar o marido e reclamar os direitos da sua obra, divorciando se em 1905, lançando se de imediato na carreira de escritora independente, e comutativamente actriz no teatro de revista, mantendo o registo de sucesso, na área literária, sendo hoje considerada como uma das escritoras, mais ínclitas e incontornáveis do século passado, que se notabilizou categóricamente na França. A cultura e a sétima arte, já demonstraram estar indubitavelmente lado a lado, neste objetivo permanente e secular, que os direitos mais basilares e profícuos do homem, deve sempre prevalecer, da tentação pejorativa de âmbito misógino, que durante séculos descriminou indevidamente, a referência e a salubridade da mulher Alcino Pereira


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Necrologia

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Belezas do Rio Neiva

Culinária

Bolo de bolacha Ingredientes: 300 g de manteiga 400 g de bolachas Maria + 50g de bolachas Maria moídas 200 g de açúcar em pó 2 gemas 3 colheres (sopa) de café forte frio Café para demolhar

Preparação 1. Para preparar esta receita de bolo de bolacha, numa tigela misture a manteiga com o café, o açúcar em pó e as gemas e bata tudo muito bem. 2. Disponha num prato de servir camadas de bolachas, previamente demolhadas em café, intercaladas com o creme de manteiga. Repita as camadas até terminarem os

ingredientes. 3. No final, polvilhe a superfície com os 50 g de bolacha moída, coloque no frio e, no momento de servir, decore o bolo de bola-

cha a gosto. Bom Apetite! Fonte: https://www.teleculinaria.pt/


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