Maio2016

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Propriedade: A MÓ · Associação do Vale do Neiva (Cultural, Património e Ambiente) | Barroselas Maio 2016 | Mensal · Nº25 · Gratuito · Versão digital

Entrevista Presidente da Associação Musical de Vila Nova de Anha PÁG. 17 Durrães e Tregosa

Inauguração do novo cemitério em Durrães

Cidade [Barcelos]

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Vila de Punhe

Grande Prémio de Atletismo 1º de Maio

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Invasão de pétalas e cor na maior Batalha das Flores de sempre

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t. 963 316 769 · 966 334 363

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Poesia Ana Lima

José Serra

Estimados leitores... Esta é uma edição muito especial, porque se trata da comemoração do 2º aniversário do Jornal, desde a sua reativação. Sempre desenvolvido com muito trabalho, o Jornal o Vale do Neiva levou, ao longo destes dois anos, a conhecer, entender, presenciar e fazer parte da história de toda uma região. Assumimos responsabilidades que muitas vezes nos afastam da nossa vida pessoal, justamente por entender a importância de participar e noticiar os mais diversos acontecimentos que tem relevância

problema escreva um poema dilema que verbo que sujeito que mau jeito escreva um cinema mude o lema sem esquema sem escama rebole na lama mas não tema escreva um poema um teatro uma cena um poema um problema.

para toda a região. Tudo o que fazemos é para que nossos leitores possam acompanhar o desenvolvimento da região. Por isso, dedicamos o nosso trabalho a todos os nossos leitores e a todos que sempre estiveram ao nosso lado como parceiros comerciais que, com o tempo, também se transformaram em amigos. Amigos porque são pessoas em quem podemos confiar, porque também somos confiáveis. Muito obrigada por estarem connosco, apoiando e admirando o trabalho da equipa do Jornal O Vale do Neiva.

Sugestão ao leitor

Sugestão cinematográfica

Le fabuleux destin d’Amélie Poulain Sinopse O filme narra a história de Amélie, uma menina que cresce isolada das outras crianças. Isso acontece porque o seu pai acha que Amélie possui uma anomalia no coração, já que este bate muito rápido durante os exames mensais que o pai faz na menina. Na verdade, Amélie fica nervosa com este raro contato físico com o pai. Por isso, e somente por isso, o seu coração bate mais rápido que o normal. Seus pais, então, privam Amélie de frequentar escola e ter contato com outras crianças. A sua mãe, que é professora, é quem a alfabetiza até falecer. A sua infância e a morte prematura de sua mãe acabam por influenciar fortemente o desenvolvimento de Amélie e a forma como ela se relaciona com as pessoas e com o mundo depois de adulta.

Após a sua maioridade, muda-se do subúrbio para o bairro parisiense de Montmartre, onde começa a trabalhar como garçonete. Certo dia, encontra no banheiro do seu apartamento uma caixinha com brinquedos e figurinhas pertencentes ao antigo morador do apartamento. Decide procurá-lo e entregar o pertence ao seu dono, Dominique, anonimamente. Ao notar que ele chora de alegria ao reaver o seu objeto, a moça fica impressionada e remodela a sua visão do mundo. A partir de então, Amélie engaja-se na realização de pequenos gestos a fim de ajudar e tornar mais felizes as pessoas ao seu redor. Ela ganha aí um novo sentido para a sua existência. Numa destas pequenas grandes ações, ela encontra um homem. E então o seu destino muda para sempre. Fonte: wikipédia

Ficha técnica | Diretora: Ana Patrícia Lima Vice-diretora: Isabel Queiroga Redação: Domingos Costa · José Miranda · Manuel Lima · José Rafael Soares Colaboradores: Elisabete Gonçalves Design e Paginação: Isabel Queiroga Contacto redação: Rua do Sião, Apartado 20 - Barroselas · redajornalvaledoneiva@gmail.com Periodicidade: Mensal Formato: Digital Distribuição: Gratuita Os artigos de opinião são da inteira responsabilidade dos seus autores, podendo ou não estar de acordo com as linhas editoriais deste jornal.


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Alvarães

Festa de Santa Cruz Andores Floridos Fonte: Correio do Minho Os andores floridos, decorados com milhares de pétalas coladas de forma a criar motivos religiosos, paisagísticos e monumentais, são os “ex-libris” da Festa de Santa Cruz, que sábado dia 14 Maio domingo 15 Maio decorre em Alvarães, Viana do Castelo. O trabalho de confeção dos onze andores tem lugar, normalmente, no pátio das casas dos mordomos e decorre praticamente ao longo de toda a semana que antecede a festa, só sendo dado por concluído no fim da tarde de sábado dia 14. Chegam a juntar-se, à volta de cada andor, três dezenas de “artífices”, gente de todas as idades e profissões que, pétala a pétala, criam autênticas obras de arte popular. As pétalas são coladas com cola feita à base de farinha, cuja humidade permite que elas se aguentem por vários dias viçosas e coloridas. Cada lugar da freguesia tem o seu andor e ainda se cultiva uma sã rivalidade entre os vários lugares, pelo que as temáticas escolhidas são mantidas em segredo até à tarde de sábado, altura em que os andores são transportados para a Igreja Paroquial. Domingo, os andores são levados em pro-

cissão aos ombros dos mordomos, para admiração dos milhares de forasteiros que todos os anos se deslocam a Alvarães para apreciar aquelas autênticas obras de arte popular. “São andores únicos no País, ‘bordados’ pétala a pétala pelas mãos sábias da gente da terra, pelo que este é um património de Alvarães que não se pode perder e que merece ser perpetuado”. Foi em Maio de 1946 que se fez em Alvarães o primeiro andor em flores naturais, cujo objetivo era a coroação da imagem de Nossa Senhora de Fátima. Em Outubro daquele ano, numa procissão que percorreu quase toda a freguesia em acção de graças pelo fim da II Guerra Mundial, mais quatro andores foram confeccionados com flores naturais, transportando as imagens de Nossa Senhora de Fátima, de Nossa Senhora do Livramento, de Nossa Senhora do Rosário e de S. Sebastião. Em 1947, o então pároco da freguesia, cónego Cepa, sugeriu que na Festa das Cruzes os andores fossem novamente feitos com flores naturais, argumentando que os ornamentos que então os enfeitavam “cheiravam a mofo”. A ideia foi bem aceite pela população e assim surgiram os primeiros andores de flo-

res naturais, que em nada se assemelhavam aos atuais, pois a estrutura era ainda feita nos armadores e depois eram compostos com solitários e jarras de flores. No ano seguinte surgiu a ideia de se começar a colar as pétalas de flores em andores já feitos por cada lugar da freguesia e de acordo com a imagem do santo que iriam transportar. Um dos andores mais pesados é o consagrado a S. Sebastião, que representa um castelo quase totalmente revestido de musgo e cujo transporte chega a “reclamar” os ombros de seis homens.

Barroselas e Carvoeiro

Grupo S. Paulo da Cruz inicia comemorações dos 50 anos Domingos Costa Na sequência do programa, dos 50 anos do Grupo S. Paulo da Cruz, no dia 30 de Abril de 2016 às 21:30 horas, realizou-se no Convento dos Passionistas uma noite de Fados. A noite iniciou com a Escola de Música Amadeus, finalizando com Cantares de Coimbra. Apresento de seguida o restante programa destinado a todos quantos se associam a esta efeméride. 28 De Maio às 21:30 horas, realizam uma Tertúlia (com elementos do início até à atualidade).

1 a 3 de Julho - Festa de S. Pedro de Barroselas (dia 3, às 18,00 horas Festival Folclore). 15 de Agosto às 15,00 horas encontro com antigos membros do GSPC. 29 de Agosto a 4 de Setembro - Participação/Organização XX Festival Internacional de Folclore do Alto-Minho. 23 a 26 de Setembro - Peregrinação a Roma (só para membros ativos). Setembro - Concerto da Banda de Escuteiros de Barroselas com Coral. 1 de Outubro a 3 de Dezembro às 21:00 horas - Formação em Espiritualidade Pas-

sionista. 19 de Outubro às 21:30 horas - Apresentação do inteiro postal e carimbo com AFCVN. 23 de Outubro às 9:30 horas - Eucaristia solene comemorativa dos 50 anos do GSPC. 6 e 20 de Novembro - Missas de sufrágio em Barroselas e Carvoeiro. 13 de Novembro - tarde Magusto Comunitário de Barroselas-Carvoeiro. 20 de Dezembro às 21:00 horas - Encerramento das comemorações – Presépio da APPCDM, com 1.ª parte da Banda Velha de Barroselas.


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Ordenação a Diácono Fábio Carvalho pela Diocese de Viana do Castelo Domingos Costa Às 15.30 horas do dia 10 de Abril de 2016, a Diocese de Viana do Castelo, celebrou na Catedral uma Ordenação Diaconal, e Instituição de Ministérios de Leitores e Acólitos, aos Seminaristas. Fábio Jorge Araújo de Carvalho, pertencente à paróquia de Nossa Senhora da Expectação de Carvoeiro, foi o candidato ao Diaconado. O candidato ao Ministério de Acólito foi Vítor Miguel Rodrigues Gonçalves Rocha, da paróquia de São Pedro e São Paulo de Serreleis. Ao Ministério de Leitores foram: João Martinho Rodrigues Amorim, da paróquia de Santa Eulália de Rio de Moinhos; Luís Armando Barroso Martins, da paróquia de São Tiago de Poiares e Rogério Fernandes Rodrigues, da paróquia de São Tomé de Cousso. Passando agora para a cerimónia, inicio pela fulgurante entrada do corpo eclesiástico na Catedral. A mesma foi aclamada entre Nações, nas maravilhas e glória do Senhor. Reforçando que, “O Senhor é grande e digno de Louvor.” Seguidamente, foi invocada a “Glória de Deus nas alturas, e paz na terra aos homens por Ele amados.” Dir-se-á, que a cerimónia foi frutífera na comunicação com Deus, evocando paz, alegria e amor a Ele, o Rei dos Céus, o Deus todo-poderoso, aquele que nós devemos glorificar, que não devemos esquecer de O bendizer, adorar e louvar. Porque, só Ele que tem piedade de nós perdoa os nossos pecados e acolhe as nossas súplicas. Também, só Ele é o Santo, o Altíssimo “com o Espírito Santo, na Glória de Deus Pai.” A cerimónia prosseguiu, abordando com supremacia o milagre da abundante pesca, - numa altura de escassez de peixe, sublinhou o escutar e obedecer, o seguir e servir, e amar gratuitamente. Quando saciados com o peixe e das palavras sadias de Jesus, Jesus, perguntou por três vezes

a Simão Pedro se o Amava; Simão Pedro respondeu, Tu sabes que Te amo, e na terceira vez, Pedro um pouco triste por voltar a perguntar, respondeu: “…Senhor, Tu sabes tudo, bem sabes que Te amo.” - Confesso pertinente assinalar que, Dom Anacleto, quando se dirigiu aos cincos seminaristas instituídos, as perguntas que lhes fez, foram feitas, uma só vez. - Mais tarde, Jesus, no momento de despedida, pediu para “… apascentar as minhas ovelhas”. O momento alto da cerimónia aconteceu, com a chamada dos seminaristas: um a um, aproximou-se de Sua Excelência Reverendíssima o Bispo Anacleto. Os candidatos a leitores receberam o Ministério dos Leitores; o candidato a Acólito recebeu o Ministério dos Acólitos e finalmente, o Candidatado ao Diaconado, recebeu a Ordenação a Diácono. Todos os candidatos aceitaram as condições que a Igreja deseja, para que possam desempenhar com sã dignidade a missão confiada. Este testemunho, foi assegurado pelo Bispo que preside a Diocese e pelo Bispo – Emérito - antecessor, restante clero, bem como, toda a assistência. Confesso importante destacar, a importância que todas estas cerimónias têm para a nossa Religião. Todavia, a de Diácono, é exigente e de acrescido apreço, dado ser, a última fase de mediação para o sacerdócio. Exatamente por isso destacarei de seguida o Fábio, referindo que ele, não estava só na Catedral. Porque, a sua postura no seio da igreja e socialmente, arrastou o povo de Carvoeiro e muitos outros devotos, para, testemunharem a relevante ordenação diaconal. Sabemos que, este ato por ele desejado, para servir a humanidade, é extremamente exigente e importante. Agora, espera-se que, o Fábio consiga transladar melhorias para a paz do Mundo, e, por inerência, vita-

lize a nossa religião. A cerimónia decorreu no respeito evangélico e na alegria e amor em Deus. Colmatando na elevação à palavra de Deus, cantado: “Fui Eu que vos escolhi, vos chamei a mim e vos ungi. Ide, ide, ide e frutificai.” Muitas felicidades para os empossados.


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Durrães e Tregosa

Inauguração do novo cemitério em Durrães José Miranda Dez de abril foi a data escolhida pelas autoridades para a inauguração do novo cemitério na freguesia de Durrães. O tempo embora nublado e com alguma chuva apresentou-se de tempos a tempos com algumas abertas o que permitiu com tempo enxuto a realização das cerimónias respeitantes à bênção do campo Santo. Já no novo cemitério as autoridades descerraram a lápide alusiva ao evento seguindo-se os discursos pela autarquia de Durrães e Tregosa na qualidade do Sr. Presidente José Dias e pela edilidade Barcelense na qualidade do Sr. Presidente da Câmara Miguel Costa Gomes. Foram dois discursos que centraram toda a atenção na estreita colaboração entre a Junta de Freguesia e a Câmara Municipal com o objetivo de concluir alguns projetos já iniciados e outros que poderão vir a ser planeados. Foi notória a boa relação entre as duas entidades manifestada durante o desenrolar dos diferentes discursos. Os habitantes participaram em bom número e seguiram com atenção todo o desenrolar das cerimónias.

Pela edilidade barcelense estiveram presentes o Sr. Presidente da Câmara, Dr. Miguel da Costa Gomes, o Sr. Vice-Presidente da Câmara, Dr. Domingos Ribeiro e o Sr. Adjunto à Presidência, Dr. Vasco Real. Pela autarquia local estiveram presentes o Sr. Presidente da Junta, José Dias e o Sr. Secretário, Batista Leite. Em relação à obra trata-se de um novo campo Santo onde as novas regras e normas vigentes estão patentes em toda a sua estrutura. Uma saudação muito especial à Fábrica da Igreja, Câmara de Barcelos e Junta de freguesia pelo empenho e dedicação a esta obra que é sem dúvida de grande interesse para a freguesia.

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Vila de Punhe

Grande Prémio de Atletismo 1º de Maio Manuel Lima m.l.valedoneiva@gmail.com Grupo Juvenil de Vila de Punhe, no Grande Prémio de Atletismo 1º de Maio do ano de 2016, destacou-se pela positiva nas excelentes classificações obtidas pelos seus atletas, nas Equipas, Juvenil Masculina, Júnior Masculina, Sénior Masculina, Veteranos Masculinos. O Grupo Juvenil de Vila de Punhe, tem desenvolvido ao longo destes anos um trabalho de excelência no atletismo, com grandes dificuldades financeiras, não possuindo também instalações adequadas, para os seus jovens obterem ainda melhores resultados, mesPUB.

mo assim, tem conseguido resultados muito positivos, pois cativam a juventude para a prática do atletismo, muito difícil nos tempos que correm. Parabéns a todos, pelo Grande Prémio de Atletismo, do Grupo Juvenil de Vila de Punhe. As Classificações foram as seguintes: 1º Juvenil - Ivo Gonçalves 2º Júnior - Tiago Rodrigues 3º Júnior - Kristof Silva 2º Júnior - Liliana Araújo 2º Sénior - Marcelo Costa 3º Sénior - Sérgio Lima 2º Veterano - Eugénio Barros 1º Veterano II - Manuel Branquinho 1ºVeterana II - Fátima Dantas


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Cidade [Viana do Castelo]

Grupo Folclórico de Santa Marta de Portuzelo vai representar Portugal nas Folkloriadas, no México O CIOFF - Conselho Internacional das Organizações de Festivais de Folclore português acaba de comunicar que o Grupo Folclórico de Santa Marta de Portuzelo e dois artesãos de Viana do Castelo vão representar Portugal no Festival Mundial Folkloriadas, a realizar em Zacatecas, no México, entre 30 de julho e 14 de agosto e que representa a maior montra artística do CIOFF Internacional. A escolha recaiu depois de um processo que envolveu o CIOFF nacional, que solicitou em 2015 à Câmara Municipal de Viana do Castelo apoio na escolha, sendo que a autarquia decidiu propor este grupo uma vez que, no mesmo ano, o grupo assinalou 75 anos de existência. Assim, 28 elementos deste grupo, juntamente com a bordadeira Conceição Pimenta e o artesão de cabeçudos Francisco Cruz, vão representar Portugal neste evento mundial. O Grupo Folclórico de Santa Marta de Portuzelo foi fundado em 28 de Maio de 1940. Fez a sua primeira atuação em públiPUB.

co na cidade de Guimarães, durante o terceiro centenário da Independência de Portugal. Desde então, tem sido solicitado para participar em diversos festivais e romarias, quer em Portugal, quer no estrangeiro. Este foi o primeiro Grupo Folclórico a estar presente no estrangeiro, a maior parte das vezes em representação oficial. Fez diversas digressões a Espanha, França, Alemanha, Inglaterra, Holanda, Bélgica, Itália, Senegal, Finlândia, Brasil, Suécia, Dinamarca, Canadá e Estados Unidos da América. É considerado Instituição de Utilidade Pública e está filiado no Inatel (CCD nº 3275). Foi membro fundador da Federação do Folclore Português e da Associação dos Grupos Folclóricos do Alto Minho. O Grupo é normalmente constituído por 50 elementos: 30 mulheres e 20 homens. Os membros do grupo demonstram grande preocupação em recolher, preservar, e divulgar os usos e costumes dos seus antepassados


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Praia Norte considerada de utilidade pública No dia 28 de abril, a Assembleia Municipal de Viana do Castelo aprovou a renovação da Declaração de Utilidade Pública relativa à intervenção da defesa costeira da Praia Norte que permitirá a aquisição dos terrenos para a execução das obras da praia no âmbito da Polis Litoral Norte. São duas as fases de intervenção na praia Norte: a primeira empreitada de Defesa Costeira e Protecção de Pessoas e Bens na frente Marítima da Praia Norte e, a segunda fase, a Requalificação da Frente Marítima, que pretende assegurar a manutenção equilibrada desta faixa da orla costeira. Na primeira fase, estão previstas obras de consolidação de infra-estruturas de protecção da erosão costeiras, redes de infraestruturas necessárias e o reordenamento do estacionamento. Na segunda fase, está prevista a execução de praças temáticas, instalação de mobiliário urbano e equipamento de recolha de lixo, árvores e vegetação, sinalização e iluminação pública e remates de infra-estruturas. Estas intervenções permitirão criar novas áreas destinadas à prática desportiva e de lazer, complementares ao uso balnear, um posto de leitura pública associada a uma área expositiva e cultura, a implementação de um equipamento de apoio à interpretação ambiental do espaço natural envolvente, destacando-se as vertentes biológica e geológica, bem como das práticas tradicionais associadas ao mar como a pesca, o sargaço e a terapêutica. Prevê igualmente o recuo do muro de protecção e a contenção da linha da costa, concentra o estacionamento e circulação

automóvel na via a nascente e liberta a marginal deste tipo de função para a reservar para uso pedonal em exclusividade, promovendo espaços de recreio e lazer, como o percurso da ecovia do litoral que liga o actual troço do Forte do Castelo Velho à Avenida do Atlântico. Nesta área de intervenção de cerca de 40 mil metros quadrados, estão previstos 288 lugares de estacionamento formais e 14 áreas de estacionamento para pessoas com mobilidade reduzida e ainda 5 autocarros. O passeio marítimo contemplará duas rampas de acesso à praia e a área útil de praia será ampliada em cerca de 30 por cento em função da construção do novo murete de protecção e defesa costeira.

Cidade [Barcelos]

Invasão de pétalas e cor na maior Batalha das Flores de sempre

Cerca de três toneladas de pétalas de flores naturais vão estar “em guerra aberta” no próximo dia 1 de maio, domingo, pelas 15h00, em Barcelos, no âmbito da Festa das Cruzes. Esta edição da Batalha das Flores já atingiu números recorde com a participação de 24 associações do concelho, e respetivos carros alegóricos, e cerca de mil pessoas envolvidas. O Presidente da Câmara, Miguel Costa Gomes, relembra que a iniciativa só é possível dada “a relação de grande proximidade entre as associações e autarquia”. A apanha das pétalas é levada a cabo pelas associações, e posteriomente, no cortejo, as flores são lançadas sobre a assistência revestindo as ruas da

cidade com um tapete de cor. Forasteiros e peregrinos estarão na primeira linha de combate da Batalha das Flores, já que os Caminhos de Santiago são o tema central da edição deste ano. O Município tem apostado na promoção do concelho como ponto de passagem de referência patrimonial nos caminhos, tendo realizado várias atividades nesse sentido, nomeadamente a exposição “Recantos - Barcelos no Caminho de Santiago”, de João Sousa, patente na Casa da Azenha. A luta de flores constitui um momento “simbólico” que permite expor “a tradição e a identidade cultural de cada freguesia a participar e do município em geral”, explica a Vereadora do Pelouro da Cultura, Elisa Braga. A origem da Batalha das Flores remonta ao início do século XX e era, inicialmente, uma parada agrícola em que os trabalhadores traziam as flores dos campos espalhando-as pela cidade num ato catártico de celebração da primavera. A Festa das Cruzes é primeira grande romaria do Minho e a sua diversidade permite aliar na perfeição o caráter religioso e popular, como são exemplo a Batalha das Flores e a Procissão da Invenção da Santa Cruz, a acontecer no dia 3 de maio, feriado municipal.


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Saúde

Como se proteger do sol

Dr. Jorge Neves

A melhor proteção para a pele começa no uso de roupa adequada (camisola, calças, chapéu). As zonas da pele não cobertas por roupa deverão ser protegidas com um protetor solar contendo filtros para UVA e UVB. Durante as primeiras exposições ao sol recomenda-se o uso de um protetor com Fator de Proteção Solar (FPS ou SPF) igual ou superior a 30. Como prevenir as queimaduras solares Têm maior risco as pessoas de pele clara com muitas sardas e sinais, cabelos claros ou ruivos e que não se bronzeiam ou bronzeiam mal. Evite o excesso de exposição ao sol, especialmente entre as 11 e as 16 horas; Utilize sempre protetor solar adequado ao seu tipo de pele e que proteja dos raios nocivos. Mesmo depois de já estarmos bronzeados devemos continuar a usar protetor solar; Use vestuário, chapéu e óculos de sol, principalmente entre as 11 e as 16 horas. Função dos filtros químicos e físicos num protetor solar Os protetores solares atenuam a transmissão da radiação e têm na sua composição filtros químicos e físicos. Os filtros químicos, como o mexoril e o tinosorb, penetram na pele e absorvem parte do espetro da radiação solar lesiva, transformando a sua energia em formas inofensivas. Os filtros físicos, como o dióxido de titânio e o óxido de zinco, formam uma fina película sobre a pele, refletindo a radiação solar. São os ecrãns físicos que conferem a coloração branca e o aspeto opaco dos protetores solares. O desenvolvimento de partículas de dióxido de titânio de menor dimensão (nanopartículas) tem melhorado o aspeto cosmético dos protetores solares. O que é o fator de proteção solar (FPS) O fator de proteção solar (apresentado pelos protetores solares existentes no mercado) é determinado com base na razão entre as quantidades de radiação UV necessárias para que ocorra a queimadura solar, com protetor solar e sem protetor solar. Por

outras palavras, se a pele não protegida tiver uma queimadura solar após 10 minutos de exposição solar, com a aplicação de um protetor solar com um FPS 10 a mesma pele terá uma queimadura solar após 100 minutos e com um FPS 30 ao fim de 300 minutos (minutos necessários para ter uma queimadura solar a multiplicar pelo FPS). É importante saber que este efeito de proteção não aumenta linearmente com o FPS. Por exemplo, um FPS de 10 reduz em cerca de 85% a radiação UVB, um FPS de 20 em cerca 95% e um FPS de 30 reduzirá adicionalmente apenas um pouco mais. Como aplicar o protetor solar Tão importante quanto a escolha do produto é a sua correta aplicação. Por exemplo, para se conseguir a proteção indicada com o «fator de proteção solar», é necessária uma quantidade de 2mg/cm². Para cobrir todo o corpo, pode ser necessário até metade de uma embalagem pequena. Acresce que esta quantidade deve ser aplicada 30 minutos antes do início da exposição solar (de preferência antes de sair de casa), de 2 em 2 horas durante a exposição solar e sempre após os banhos de mar ou piscina. Quando aplicar o protetor solar Devemos aplicar protetor solar sempre que nos expomos à radiação solar. O protetor solar não deve ser aplicado unicamente na praia ou na piscina, mas sim durante todas as atividades quotidianas (profissionais e lúdicas). 60 minutos de sol na praia têm o mesmo efeito na pele que 60 minutos de sol a praticar ciclismo ou 60 minutos de sol no exercicio de uma atividade profissional na rua de uma localidade. O fator de proteção solar protege contra a radiação UVB e UVA O «fator de proteção solar» refere-se à proteção para a radiação UVB (que causam queimaduras solares) mas não à radiação UVA (que contribui de forma significativa para agravar o risco de cancro cutâneo e o envelhecimento da pele). Ainda não existem métodos de ensaio uniformes para comparar a intensidade da proteção anti-UVA, utilizando cada fabricante o seu próprio método para medir e indicar o índice de proteção. Protetores solares não garantem uma proteção total Não existem protetores solares que ofereçam proteção total. Apesar de ser frequente encontrarmos indicações como «proteção total» e «ecrã total», nenhum produto deste tipo protege completamente contra

as radiações UV, o que obriga a respeitar as outras regras de proteção solar, nomeadamente, a utilização de vestuário e o cumprimento de correto horário de exposição solar. Protetores solares e «resistência à água» Não existem protetores completamente resistentes à água, pelo que é necessário reaplicar o protetor solar após os banhos. De salientar, ainda, que a radiação UV penetra até 50 cm na água. Este fenómeno é responsável por queimaduras solares na face, ombros e dorso de indivíduos enquanto se banham ou nadam, facto que pode ser evitado com a utilização de protetores solares. Protetor solar para um bebé/criança Devem ser escolhidos protetores solares hipoalergénicos, dando-se preferência aos filtros físicos. Os produtos de proteção solar não devem dar a impressão enganosa de que podem proteger suficientemente bebés e crianças pequenas. Os bebés não devem estar expostos diretamente à radiação solar devendo, além da aplicação do protetor solar e do cumprimento de um correto horário de exposição solar, ser protegidos com vestuário e chapéu de sol. A aplicação de protetor solar deve sempre ser acompanhada de outras medidas Devemos, sem dúvida, utilizar produtos de proteção solar e recomenda-se a escolha de protetores solares contra radiações UVA e UVB. É importante que os consumidores saibam que os produtos de proteção solar devem ser apenas uma entre várias medidas de proteção contra as radiações solares UV, como: Evitar exposições prolongadas nas horas de maior intensidade solar; Não dispensar a t-shirt, o chapéu e os óculos de sol; Não expor bebés e crianças pequenas à luz solar direta.


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Cuidados paliativos- a quem se destinam e onde são prestados

Dr. Jorge Neves

Segundo a Organização Munidal de Saúde, os cuidados paliativos definem-se como uma resposta ativa aos problemas decorrentes da doença prolongada, incurável e progressiva, na tentativa de prevenir o sofrimento que ela gera e de proporcionar a máxima qualidade de vida possível a estes doentes e as suas famílias. O objetivo não é curar. Os cuidados paliativos podem ser denominados como cuidados de conforto, cuidados de suporte e controlo de sintomas; são prestados por equipas e unidades específicas de cuidados paliativos, em internamento ou no domicílio e que combinam ciência e humanismo. Os cuidados paliativos têm como componentes essenciais o alívio dos sintomas, o apoio psicológico, espiritual e emocional do doente, o apoio à família e a preparação do luto. A QUEM SE DESTINA OS CUIDADOS PALIATIVOS? Destinam-se a doentes que, cumulativamente, não têm perspectiva de tratamento

curativo, com doença que progride rapidamente e cuja expectativa de vida é limitada, o seu sofrimento é intenso e têm problemas e necessidades de difícil resolução que exigem apoio específico, organizado e interdisciplinar. Os cuidados paliativos não se destinam, por isso, a doentes em situação clínica aguda, em recuperação ou em convalescença ou, ainda, com incapacidades de longa duração, mesmo que se encontrem em situação de condição irreversível. QUANDO E DURANTE QUANTO TEMPO OS DOENTES PODEM BENEFICIAR DE CUIDADOS PALIATIVOS Os cuidados paliativos dirigem-se prioritariamente à fase final da vida, mas não se destinam, apenas, aos doentes agónicos (doentes que estão nas últimas horas ou dias de vida). Muitos doentes necessitam de ser acompanhados durante semanas, ou meses antes do fim de vida. Doenças como o cancro, a sida e doenças neurológicas graves e rapidamente progressivas implicam frequentemente a necessidade de cuidados paliativos. METADE DOS DOENTES COM CANCRO MORRE SEM TER ACESSO A CUIDADOS PALIATIVOS Numa notícia recente, o presidente da Associação Portuguesa de Cuidados Paliativos (APCP), Manuel Luís Capelas sublinhou que dois terços dos doentes oncológicos incuráveis (e são cerca de 25 mil os que morrem em cada ano) necessitam de cuidados paliativos, no entanto entre a re-

ferenciação dos doentes oncológicos graves para os cuidados paliativos e o acesso a uma unidade e a uma equipa com formação nesta área “mais de metade acaba por morrer” porque chega numa fase tardia e fica a aguardar demasiado tempo. Se tivermos em conta todos os outros doentes que necessitam de cuidados paliativos em Portugal, além dos oncológicos, a situação ainda é pior: “Cobrimos apenas cerca de 10% da população portuguesa que precisa de paliativos”. A IMPORTÂNCIA DE MORRER NO SÍTIO QUE SE QUER A escolha do local onde se prefere passar os últimos dias de vida e receber cuidados de saúde numa situação de doença avançada e incurável, é uma escolha importante nos cuidados paliativos e a importância desta escolha aumenta significativamente com a idade. Morrer no sítio que se quer é a primeira ou segunda prioridade dos doentes agónicos. É fundamental respeitar a autonomia e as preferências daqueles que se debatem com uma situação de doença avançada e incurável. A MAIOR PARTE DAS PESSOAS PREFERE MORRER EM CASA. Um inquérito (1) recentemente efectuado demonstrou que 51% dos portugueses preferem morrer em casa, 36% em unidades de cuidados paliativos e apenas 8% referiram o hospital como o seu local preferido, no entanto, actualmente, mais de 60% dos portugueses morrem nos hospitais.

Legenda Vale do neiva visto do Monte da Padela


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Ambiente

Herbicidas e o Ambiente Manuel Lima m.l.valedoneiva@gmail.com Notícias recentes nos vários órgãos de comunicação social relativas ao uso de herbicidas para vários fins, causam alarme social, pois o glifosato tem grandes efeitos nefastos no meio ambiente, sendo suscetível de provocar doenças cancerígenas, nas pessoas e animais. Estas “ suspeitas” não são novidade infelizmente, pois à muito se equaciona essa possibilidade. As grandes Multinacionais vão-se movimentando, no sentido de prolongar ao máximo o uso desse tóxico no mundo, por mais alguns anos. A Comunidade Europeia, parece que prolongou o uso dos herbicidas por mais sete anos, para já, grandes interesses económicos se movem nos bastidores por todo o mundo, sabemos todos que é assim. Mas também sabemos dos efeitos nefastos na cadeia alimentar, humana e animal. Não há herbicidas amigos do

ambiente, ponto final, os organismos geneticamente modificados resistem ao tóxico, os “transgénicos” estão no topo e na ordem do dia. Produção em larga escala é essencial, pois o fator lucro fala mais alto a nível mundial. NÃO AO USO INDESCRIMADO DE HERBICIDAS, os solos inférteis são uma evidência incontornável provocada por esses tóxicos, diga sim à agricul-

tura biológica e também à “Permacultura”, para um mundo mais sustentável. A morte de milhares de espécies de insetos, aves e plantas, e o desaparecimento de muitas espécies, são um facto, infelizmente consumado. Energia Nuclear, Combustíveis Fósseis e Herbicidas, deveriam se erradicados da face do Planeta Terra, para bem do Homem e da Humanidade.

Cultura

1º de Maio dia de Comemorações Manuel Lima m.l.valedoneiva@gmail.com Este 1º de Maio do ano de 2016 foi o dia do Trabalhador e também o dia da Mãe. Na praça da República, em Viana do Castelo, fizeram-se várias atividades para comemorar o dia, tais como, provas de atletismo, atuação dos ranchos folclóricos de Castelo do Neiva, e da Areosa, o grupo de cantares tradicionais «Modilhas do Neiva» da Mó Associação do Vale do Neiva, finalizando com o grupo musical Tope 5. Um dia de sol que ajudou, e muito na festa, que se desenrolou durante a tarde e noite. Um evento com muita qualidade, pois os vários intervenientes assim o demonstraram nas suas atuações, A responsabilidade da organiza-

ção do evento, foi da Central Sindical C. G. T. P. IN., e teve o apoio de várias Entidades. O Grupo «Modilhas do Neiva» participou

pela primeira nas comemorações do 1º de Maio, por esse motivo e pelo trabalho apresentado, está pois, de parabéns.

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Opinião

Como controlar a Dor

“Todo mundo é capaz de dominar uma dor, exceto quem a sente”. William Shakespeare

Cristiana Félix Na nossa sociedade, muitas vezes somos questionados sobre como dominar uma dor que nos apareceu há uns dias atrás e que acabou por controlar todo o nosso corpo. Quando surge uma dor inesperada esta acaba por dominar o nosso pensamento interferindo com o nosso dia-a-dia, o que pode modificar em grande parte as nossas rotinas. Surge então a necessidade de procurar um clínico que possa ajudar a ultrapassar e a diminuir o impacto causado pela dor e com ele a ansiedade antecipatória em relação aos possíveis resultados subjacentes. A dor é composta por vários componentes como a parte sensorial, cognitiva, afetiva e comportamental, sendo que a junção de ambas as partes é que nos permite experienciar a dor. Um dos primeiros passos passa por conhecer e desmistificar o que é a dor e os seus contornos assim como as possibilidades de tratamento, de modo a diminuir a ansiedade causada pela incógnita em relação à dor. Quanto menos específica for a dor, maior é a preocupação na pessoa, assim como a procura de um profissional que possa ajudar a compreender e identificar o que está na causa da dor. A dor surge nos indivíduos como uma forma de alerta para alguma coisa que não está bem no nosso corpo, neste momento, na nossa sociedade a dor acaba por ter um conjunto de implicações terapêuticas. Não é necessário que haja lesão por parte dos

tecidos para que haja dor, ou seja, ela pode existir mesmo sem haver lesão. No entanto, para a maioria das pessoas sempre que existe uma dor têm que haver uma causa física, para que possa ser aceite e tratada. Neste campo da dor, a ansiedade tem um papel fundamental porque afeta diretamente a forma como sentimos e a percecionamos. Quando não conseguimos controlar a ansiedade, a dor acaba por ser exacerbada aumentando assim a sensação dolorosa sentida. Deste modo torna-se fundamental que os pacientes sejam transparentes em relação à forma como lidam e descrevem os sintomas, quanto mais transparentes forem com os clínicos mais facilmente a dor é identificada e tratada. No nosso dia-a-dia é cada vez mais importante as unidades de intervenção na dor, na qual podemos encontrar técnicos especializados que o vão ajudar a controlar a dor, fornecendo-lhes as técnicas necessárias

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não só em termos farmacológicos, mas também em termos psicoterapêuticos. Relembro ainda que existem vários tipos de dor sendo assim importante saber de que tipo de dor se trata para que assim possamos diminuir mais facilmente o seu impacto. Nestes casos a família tem um papel fundamental no que se refere à perceção e ao modo como lidamos com a dor. Não deixe que a dor condicione a sua vida e ao mesmo tempo limite a forma como age, evitando assim que entre numa espiral na qual vai aumentando assim o nível de limitações. O objetivo passa por sabermos como controlar a dor e ao mesmo tempo aprender a viver com a mesma diminuindo o impacto. Não se isole e procure um clínico especializado que o possa ensinar a lidar com a dor e potenciar a sua qualidade de vida. A Psicóloga Cristiana Félix


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Os Caminhos de Ferro (Número 8)

Domingos Costa domingoscunhacosta@gmail.com Em sequência ao artigo anterior, li que, em Portugal, sucedeu algo temeroso e mesmo com elevado nível de selvajaria. Certo dia, a população da aldeia de Fornos, entre Lagoaça e Carviçais, na linha de Sabor, atacou o comboio quando ele efetuava o transporte de adubos. O objetivo do ataque era impedir a sua circulação. Para concretizar o desígnio, chegaram a disparar vários tiros contra o comboio, tendo um dos projeteis, atingido a cabeça do ferroviário “Joaquim Monteiro”. A seguir, os sinos tocaram a rebate e, acicatado certamente por alguns loucos, todo o povo se dirigiu para a estação de Lagoaça, com a intenção de incendiar o comboio, aí estacionado. Situação análoga sucedeu na Inglaterra, quando efetivamente se “organizou um serviço público de diligências”. Alegaram pareceres que tinham semelhanças com os dos Portugueses! Também li que um Português, maldizente e indignado, disse, entre outras coisas: “…o caminho-de-ferro é uma relíquia de outra civilização, uma velharia inútil, uma instituição moribunda, a resguardar em breve nos museus, para deleite dos antiquários e pasmo de turistas”. Pela própria história do progresso, e particularmente no que aos meios de transporte diz respeito, sabe-se que não foi o caminho-de-ferro o primeiro a ser inventado. Todavia, como a invenção do automóvel foi claramente precoce, viu-se ultrapassado. Exatamente por isso acho pertinente transcrever aquilo que o Professor Vicente Ferreira escreveu, a dado passo, em “Os Caminhos-de-ferro na Organização Nacional dos Transportes”: “…não julguem que me estou referindo ao informe trator inventado por Cugnot em 1769, que deu umas

voltas nas ruas de Paris e logo recolheu desconjuntado a um museu. Tão pouco me refiro ao embrião do triciclo automóvel, construído alguns anos depois pelo Inglês Murdock e que não teve aplicação prática. Refiro-me, em primeiro lugar, à locomotiva de estrada de Ricardo Trevithick, experimentada em 1801 e que o inventor levou de Camborne, em Cornwall, a Londres, rebocando 10 toneladas de ferro em um vagão, e 75 homens em 5 vagões, e que andava a 8 quilómetros (5 milhas) por hora”. Continuando sobre determinados pareceres, desfavoráveis, anotarei em oposição: que estudiosos, competentes e dedicados à causa, compararam as linhas de caminho-de-ferro terrestre como um órgão muito importante que nós temos no nosso corpo humano, “…o funcionamento das artérias e veias do corpo humano, transportavam a seiva e a vida…”. Também são claros e expressivos alguns outros, quando se afirma, mesmo que com algum exagero, mas compreensivo: “…se porventura oscaminhos-de-ferro fossem extintos, mataria a economia de qualquer país. Também, o homem morreria de imediato”. Além-fronteiras, no outro lado do Atlântico, Harrisson Hobart, em perfeita sintonia com Eisenhower, discursou, um dia, sobre os caminhos ferroviários: “…é bom recordar que a América, é um país em que o automobilismo e aviação tinham alcançado um prestígio soberbo, pelo desempenho eficaz prestado à Nação…” disse ainda, “… sou de opinião que aqueles que escreveram que os caminhos-de-ferro são uma empresa em declínio, entoaram em vão um canto fúnebre…”. Dizendo de seguida ter percorrido os Estados Unidos em todos os sentidos, e, concluir, que “…os caminhos-de-ferro são a espinha dorsal do nosso país”. O Coronel de Engenharia Albino Francisco de Figueiredo e Almeida, Lente da Escola Politécnica, no livro que escreveu sobre Vias de Comunicações diz, em determinado passo: “…Todos se acham impacientes de ver o país dotado de alguma linha de caminho-de-ferro, porque ninguém há

a quem não pareça indecoroso o sono letárgico em que temos vívido”. Mais um, portanto, entre muitos críticos ao próprio avanço, denunciando a passividade na implementação das linhas do caminhode-ferro. PS: - Fotografias do arquivo da (CP).


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Refugiados

Domingos Costa domingoscunhacosta@gmail.com Por mero acaso, algo me surpreendeu, com duas curiosas notícias encontradas nos meus arquivos. Por as considerar interessantes, e por retratarem a generosidade do Povo/Estado Português com refugiados, achei por bem publicá-las. Uma notícia foi retirada do livro: “FAMOSOS ESCRITORES INGLESES PRESTAM HOMENAGEM A PORTUGAL” dele, recolhi esta linda mensagem: “…a França e Inglaterra e mais tarde os Estados Unidos receberam exilados. Porem, quando a França se rendeu e a Grã-Bretanha estava ameaçada de invasão, a única porta que se oferecia aos exilados, seria o Ocidente”. Só que, Espanha, recusou em recebe-los. Apenas, permitia passagem. Por isso, Portugal, com dignidade concedeu refúgio aos perseguidos. Em destaque, os escritores referiram, que, Portugal não recebia turis-

tas abastados, mas sim, refugiados mendicantes, vindos do lado de lá dos Pireneus. Portugal, ao assim proceder, provou generosidade desinteressada, bem como, caridade e justiça social; porque, sabia que, foi a devastadora guerra que os fez migrar. Os escritores referem ainda, que, para a Inglaterra, é uma honra ter Portugal como seu aliado. Também dizem que, “…a prudência política poderia ter ditado uma atitude menos generosa”. Dizem ainda que “… Muitos dos refugiados eram gente média, peões involuntários do duro xadrez da guerra europeia, havia alguns cujo regresso, a Alemanha muito estimaria.” Com ênfase, escrevem que os Portugueses, tanto pobres como ricos, acolheram e trataram com carinho e decência os carentes refugiados. A finalizar, ainda disseram que numa pequena cidade a cerca de 100Km de Lisboa, foram instalados em situação provisória, 500 refugiados. Toda a população se prestou em contribuir, para lhes proporcionar o melhor conforto possível. Para o efeito, organizaram um hotel, com camas, roupa, alimentação e assistência médica gratuita. Dizendo ainda a finalizar: “… os Portugueses compreendem bem as suas responsabilidades de cristãos europeus, no momento em que as paredes de Civilização Ocidental parecem estalar, pondo em

perigo toda a estrutura”. A segunda notícia, vem no Boletim dos Caminhos-de-ferro, de 1948. Destaca uma minúscula notícia ilustrada, aquando da chegada de um comboio de crianças Austríacas a Lisboa. A fotografia, mostra bem as crianças, com a sua identificação sobreposta no vestuário superior. Pelo que diz a notícia, são cerca de 500 crianças pobres, vítimas da guerra. Depois de descansarem umas horas em Lisboa, foram encaminhadas para diversos pontos do País. Aí, seriam acolhidas há hospitalidade Portuguesa, sobre a mediação da “Caritas”, Organização Católica, que, carinhosamente tratou de as instalar em casas particulares. As fotografias, mostram as crianças dos dois sexos, e acompanhadas por entidades policiais e Oficiais, uma delas, vê-se o nosso ilustre – descendente - “Vianense” O Sr. Engenheiro Espregueira Mendes, Diretor Geral dos Caminhos-de-ferro. Esta notícia é pertinente, porque, mesmo com a crise que nos assola, mais uma vez Portugal, prova a sua generosidade perante o Mundo, ao acolher, dignamente mais refugiados. Seguramente, muitas outras boas obras foram, e continuaram a ser consumadas, pelo nobre povo Português.

O signo da rejeição

A Martinho, que afinou o meu relógio a tempo José Serra Este texto é uma homenagem aos homens e às mulheres do meu tempo. Este texto é também uma ode ao próprio tempo, escultor hodierno de uma sociedade que se multiplica numa rapidez nunca antes vista. Mas a humanidade que pretendo homenagear é a dos humanos lentos, votados à negação da actualidade emergente, à dos que olham para baixo, que vestem mal, que sonham cansados. Aos que vivem sob o signo da rejeição. Tudo aponta contra a existência de homens como nós. Cabe-nos resistir. Li uma vez um livro sueco, de Lars Gustafsson, que repetia incessantemente “Resistimos. Não nos rendemos”. Para os rejeitados os livros contam mais do que os gadgets, e pelo preço destes últimos podíamos comprar dezenas de obras literárias. Os rejeitados não se rendem na era do consumo

do século vinte e um. Aprendi uma vez com Joyce e a sua patética figura de Little Chandler que a rendição é a aceitação de que somos submissos devido aos feitos dos outros e à vida que levam. E se Ginzburg não nos tivesse mostrado a incrível estória de Menocchio durante a Inquisição, estaríamos hoje muito menos informados sobre a real capacidade de um letrado mudar o seu mundo. Mas para que é que isto serve? O livro não vai impedir um tiro de canhão ou um crash na bolsa, mas é o que a humanidade faz com ele que transforma todas estas equações. A extrema desigualdade na valorização profissional tornou, hoje, um licenciado em História ou Arqueologia num pessimista e acabrunhado indivíduo. A morte das humanidades, tão anunciada, veio para ficar nos discursos e está a contaminar os imberbes argumentos da comunidade académica. Não basta dizer

que há desinvestimento generalizado nas universidades e nas plataformas educativas. É preciso criticar o actual estado das coisas e do tempo, da lógica dominante do ser lúdico e até das iníquas relações familiares. Claro que há um sentimento generalizado que isto que fazemos não serve. Os mais extremistas dirão que ninguém gosta do livro e de quem os lê, de quem faz disso profissão, de quem faz do estudo das letras uma ciência. Mas em tempos tão mortos, do ponto de vista da explosão do estudo das Humanidades, realça-se a crença de quem executa um caminho tortuoso e sem fim à vista. É uma via sacra para os estudiosos destas ciências menorizadas. Para a afirmação plena do conjunto de rejeitados, seria preciso que vissem na sua própria formação o sabor lento do tempo, essa fractura, esse distanciamento capaz de nos oferecer uma interessante e útil ma-


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turidade. O cenário não é apaziguador se pensarmos que poucos estudantes lêem para lá do livro proposto pelo professor, ou se virmos que a sua ignorância face aos grandes acontecimentos da actualidade é simplesmente grotesca. No actual estado das coisas, parece ser muito mais fácil ganhar a consciência de ser engenheiro, de ser médico ou uma outra qualquer profissão valorizada no panorama da sociedade ocidental. Mas isto acontece porque o século vinte e um está cheio de

armadilhas e com uma energia que não convida à reflexão do passado, à valsa lenta dos papéis. Até por isso não deixa de ser relevante que vários jornalistas estejam peritos em vender História. A persistência da memória, como aliás Dali tão bem codificou no seu célebre quadro dos relógios em processo de desintegração, é um fardo do homem. Os rejeitados a que fiz alusão carregam um embrulho opaco e pouco apetecível. Têm que se tornar úteis, como Nuccio Ordine

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defendeu num recente manifesto. Têm que ser bibliófilos, ir para além do visto, humanizar a experiência intelectual, oferecer-se às causas que protegem os mais débeis. Ou dizemos que vamos para acertar o relógio ou o mesmo acabará por nos derreter. Isto é o signo da rejeição, o signo dos nossos tempos: um tratado de como aprender a ter consciência de que se é rejeitado, de que este é o mundo que nos pariu e que daqui não saímos sem um globo melhorado. Não nos rendemos.

Sociedade

União europeia assinou em Nova Iorque o “Acordo De Paris Sobre As Alterações Climáticas”

A União Europeia assinou esta sexta-feira, dia 22 de abril, em Nova Iorque, o Acordo de Paris sobre as Alterações Climáticas. O Acordo foi depositado na sede da Organização das Nações Unidas (Nova York) nesta data e permanecerá aberta à assinatura pelo período de um ano. A cerimónia de assinatura, convocada pelo Secretário-Geral das Nações Unidas, Ban Ki-moon, surge na sequência da adoção por 195 países do primeiro acordo mundial sobre o clima em Paris, em 12 de dezembro de 2015. O Acordo entrará em vigor após o depósito dos instrumentos de ratificação por 55 países desde que representem pelo menos 55% das emissões globais. O Vice-Presidente da Comissão Europeia, responsável pela União da Energia, Maroš Šefčovič, e o Comissário europeu responsável pela Ação Climática e Energia, Miguel Arias Cañete, participaram na cerimónia de alto nível, em nome do Presidente da Comissão Europeia, Jean-Claude Juncker. A UE esteve sempre na vanguarda dos esforços internacionais para alcançar este acordo global sobre o clima. Para o conseguir, foi necessário reunir um consenso amplo e ambicioso, com a participação e empenho dos países desenvolvi-

dos e em desenvolvimento e desta forma criar condições para ultrapassar a limitada adesão ao Protocolo de Quioto, em que estiveram ausentes os dois países com maiores responsabilidades na emissões de gases com efeito de estufa, China e Estados Unidos da América e vencer o “trauma” da falta de acordo na Cimeira de 2009 (COP 15), em Copenhaga que se traduziu num falhanço e numa grande desilusão. Todo este trabalho de preparação e de conciliação de interesses, levado a cabo ao longo dos últimos anos, prenunciava o sucesso da conferência de Paris. A União Europeia desde há muito tempo que vem dando o exemplo do seu empenho na luta contra as alterações climáticas que se tornou evidente ao estabelecer unilateralmente o chamado pacote 2020. As metas foram estabelecidas pelos líderes da UE em 2007 e a legislação foi aprovada em 2009. O Pacote 20/20/20 constituiu um conjunto de legislação vinculativa para os estados membros que visou garantir que a UE iria cumprir as suas metas climáticas e de energia para o ano 2020. Estas metas são também objetivos da Estratégia Europa 2020 para um crescimento inteligente, sustentável e inclusivo.

O Pacote 20/20/20 definiu três objetivos principais: · 20 % de redução nas emissões dos gases de efeito estufa (em relação aos níveis de 1990) · 20% de produção de energia da UE a partir de fontes renováveis · Melhoria de 20% na eficiência energética Os indicadores que têm sido revelados mostram que a UE está no bom caminho para atingir as suas metas climáticas e de energia para o ano 2020. Em março de 2015, a UE foi também a primeira grande economia a apresentar a suas propostas de contribuição para o novo acordo e já está a tomar medidas para atingir o objetivo de reduzir as emissões em pelo menos 40% até 2030. http://europa.eu/rapid/press-release_IP15-6308_pt.htm A União Europeia foi líder na apresentação do seu compromisso na perspetiva da Conferência de Paris sobre o clima (COP 21) , e aguarda com expectativa a ratificação do Acordo e a sua célere entrada em vigor. PONTOS PRINCIPAIS DO ACORDO DE PARIS PARA AS ALTERAÇÕES CLIMÁTICAS. O Acordo de Paris que constitui uma ponte entre as políticas atuais e neutralidade climática que devem existir no final deste século, assenta em: 1-Mitigação: isto é, a redução das emissões de gases com efeito de estufa Antes e durante a conferência de Paris, os países apresentaram seus planos gerais nacionais de ação contra as alterações climáticas. Embora os planos não sejam suficientes para manter o aquecimento global abaixo dos 2 ° C, o acordo aponta o


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cer objetivos mais ambiciosos com base em critérios científicos -Informar os outros governos e a opinião pública sobre os progressos conseguidos

caminho para alcançar esse objetivo. Os Governos acordaram em: -Um objetivo a longo prazo de manter o aumento da temperatura média global bem abaixo de 2 ° C acima dos níveis pré-industriais -Limitar o aumento a 1,5 ° C, o que reduz consideravelmente os riscos e os impactos das mudanças climáticas -As emissões globais atingirem um máximo o mais rapidamente possível, embora reconhecendo que nos países em desenvolvimento o processo será mais longo. -Em seguida, serem aplicadas reduções rápidas com base nas melhores critérios científicos disponíveis. 2-Transparência e equilíbrio mundial A este nível os Governos acordaram em: -Reunir a cada cinco anos para estabele-

-Avaliar o progresso em direção à meta de longo prazo através de um forte mecanismo de transparência e prestação de contas. 3- Adaptação às alterações climáticas em curso Fruto do aquecimento global em curso é necessário desenvolver estratégias de adaptação às alterações climáticas. Os Governos acordaram em: -Fortalecer a capacidade das sociedades no momento de enfrentar as consequências das alterações climáticas. -Dar aos países em desenvolvimento mais e melhor ajuda á adaptação permanente.

4-Danos e prejuízos Além disso, o Acordo: -Reconhece a importância de evitar, minimizar e cuidar de danos devido aos efeitos adversos da mudança climática -Reconhece a necessidade de cooperar e melhorar a compreensão, desempenho e apoio em diversas áreas: sistemas de alerta precoce, preparação para emergências e seguros contra os riscos. Apoio -A UE e outros países desenvolvidos continuarão a apoiar a ação climática para reduzir as emissões e aumentar a resistência às consequências das alterações climáticas nos países em desenvolvimento. -O Acordo incentiva os países a prestar ou continuar a prestar esse apoio de forma voluntária. Os países desenvolvidos mantem a meta atual de mobilizar anualmente 100.000 milhões de dólares EUA até 2025, ano em que será definida uma nova meta. Ação Agenda Lima-Paris Para apoiar o novo acordo, a Ação Agenda Lima-Paris uma iniciativa das presidências peruana e francesa da COP, Secretário-geral das Nações Unidas Ban Ki-moon e o Secretariado da Unidade da Convenção para as Alterações Climáticas, reúne países, cidades, empresas e agentes da sociedade civil visando a cooperação com o objetivo de acelerar iniciativas de luta contra as alterações climáticas. Centro Europe Direct de Ponte de Lima Associação Portuguesa de Criadores de Bovinos da Raça Minhota Largo Conselheiro Norton de Matos nº37 4990 -144 PONTE DE LIMA europedirect.ptl@gmail.com www.europedirectpontedelima.pt

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Entrevista

À conversa com Presidente da Associação Musical de Vila Nova de Anha Tudo começou a 16 de dezembro de 2011. Nesse dia um conjunto de pessoas decidiu que, em Vila Nova de Anha, iria existir uma nova associação musical. Quisemos criar uma associação sem qualquer dependência ideológica, política, económica e que não tivesse fins lucrativos. Assim sendo, e tendo por base todos estes valores e ideologias fundamos a Associação Musical de Vila Nova de Anha (A.M.V.N.A.). A Associação pode atuar em vários contextos e eventos desde festas religiosas, casamentos, romarias e muitos outros eventos em que a música pode estar presente. Para isso temos as nossas três valências: Banda Filarmónica, Orquestra Ligeira e Classes de Conjunto. Com a Banda Filarmónica a A.M.V.N.A. tem participado nas mais típicas romarias do Alto Minho como as Festas de Nossa Senhora d’Agonia (Viana do Castelo), S. João d’Arga (Caminha), Fão (Esposende), Festas Concelhias de Cerveira (Vila Nova de Cerveira), por exemplo. Mais recentemente foram à Ilha Terceira, nos Açores, para a participação no Festival de Filarmónicas da Terceira, estiveram presentes no 4° Desfile Nacional de Bandas Filarmónicas, em Lisboa e realizaram um Concerto de Natal na Igreja das Taipas, no Porto. Claro que faltam muitas outras não menos importantes. Para além disto, a Associação conta também com a sua Orquestra Ligeira e as Classes de Conjunto, permitindo animar eventos mais pequenos. Com as Classes de Conjunto a A.M.V.N.A. já marcou presença em vários casamentos, eventos particulares, jantares e comemorações religiosas, por exemplo. Por outro lado, a Orquestra Ligeira da Associação Musical de Vila Nova de Anha tem vindo a participar em arraiais e eventos distintos como o caso das comemorações dos Santos Populares ou festas de Natal. Os projetos para futuro, ainda estão a ser preparados. O presidente da associação afirma que “sabemos que temos já vários compromissos como as festas e romarias contudo, temos em vista outros projetos. Ainda não há datas definidas mas estamos a estudar a hipótese de criar e apresentar um concerto original, no sentido de ser diferente do que estamos habituados a ver, e temos também em mente o lançamento de um novo número da revista “Oitava Acima”. Estes são os projetos que tentaremos realizar a mais curto prazo mas, com certeza, que durante o ano aparecerão novas ideias para levar a cabo.” Curiosamente destaca-se que nos últimos 4 anos e 3 meses, ou seja, desde que a associação foi criada, tiveram cerca de 215 ati-

vidades, sendo que a cada ano que passa o número de presenças em eventos, projetos ou festas tem aumentado. Isto quer dizer que são cerca de 53 compromissos por cada ano, em média. Assegura ainda o presidente que este aumento é de louvar “o que nos torna gratos pelo carinho e apreço que as pessoas têm por nós”. Agradecem cima de tudo a quem os acompanha. Cada um à sua maneira e cada um com a sua ajuda. Claro que de maneira mais direta agradecem aos companheiros de direção e a toda a equipa que, mesmo não estando nos órgãos socias, desempenham tarefas fulcrais para que a A.M.V.N.A. se possa apresentar dignamente em cada evento em que participa. O presidente agradece ainda “à minha família e à família de todos os músicos, direção e colaboradores pela paciência e compreensão visto que muitas vezes estamos ocupados quando todos estão de férias ou de fimde-semana, por exemplo. Por último, mas não menos importante, a todos os músicos que me acompanham e que fazem com que seja possível levar a música e alegria a todos os projetos que organizamos ou participamos”.


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Agenda do mĂŞs [Concelho Barcelos]

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Agenda do mĂŞs [Concelho Viana do Castelo]

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Agenda do mĂŞs [Concelho Ponte de Lima]

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Culinária

Bolo de chocolate com iogurte e cereja Ingredientes · 6 ovo · 2 xícaras (chá) de açúcar · 3/4 xícaras (chá) de farinha de trigo · 1/2 xícara (chá) de amido de milho · 3/4 xícaras (chá) de cacau em pó · 300 gramas de creme de leite fresco · 500 gramas de iogurte · 150 gramas de nata · 2 raspas de limão · 1 envelope de gelatina incolor · 200 gramas de framboesa congeladas · 1 pote de geleia de framboesa Modo de preparação Unte com margarina uma forma de 26 cm de diâmetro com fundo removível. Reserve. Na batedeira, bata as gemas com 1/2 xícara (chá) de açúcar. Bata as claras em neve com 1/2 xícara (chá) de açúcar. Misture as claras com o creme de gemas e reserve. Junte a farinha, o amido e o cacau em pó e misture com o creme. Coloque na forma e asse por 30 minutos.

Deixe amornar, desenforme, e corte o bolo ao meio. Bata o creme de leite em ponto de chantili. Prepare a gelatina conforme as instruções da embalagem. À parte, bata o iogurte, a nata, 1 xícara (chá) de açúcar e as raspas de limão e misture a gelatina. Leve à geladeira até endurecer. Retire, misture metade das framboesas e o chantili. Na mesma forma, coloque um disco de bolo e cubra com metade da geleia e do creme de iogurte. Coloque o outro disco, a geleia e o creme e leve à geladeira. Desenforme, decore com raspas de chocolate e framboesas. Fonte: www.mdemulher.abril.com.br

Contactos úteis Viana do Castelo Camara Municipal de Viana do Castelo - 258 809 300 Bombeiros Voluntários de Viana do Castelo - 258 800 840 Bombeiros Municipais de Viana do Castelo - 258 840 400 Guarda Nacional Republicana - 258 840 470 Polícia de Segurança Pública - 258 809 880 Polícia Marítima - 258 822 168 Unidade de Saúde Local do Alto Minho (ULSAM) - 258 802 100 Cruz Vermelha - 258 821 821 Centro de Saúde - 258 829 398 Hospital Particular de Viana do Castelo - 258 808 030 Unidade de Saúde Familiar Gil Eanes - 258 839 200 Interface de Transportes - 258 809 361 Caminhos de Ferro (CP) - 258 825 001/808208208 Posto de Turismo de Viana do Castelo - 258 822 620 Turismo do Porto e Norte de Portugal, Entidade Regional 258 820 270 Viana Welcome Center - Posto Municipal de Turismo - 258 098 415 CIAC - Centro de Informação Autárquico ao Consumidor -

258 780 626/2 Linha de Apoio ao Turista - 808 781 212 Serviço de Estrangeiros - 258 824 375 Defesa do Consumidor - 258 821 083 Posto de Fronteiras do SEF - 258 331 311 Arquivo Municipal de Viana do Castelo - 258 809 307 Centro de Estudos Regionais (Livraria Municipal) - 258 828 192 Biblioteca Municipal de Viana do Castelo - 258 809 340 Museu de Artes Decorativas - 258 809/305 Museu do traje - 258 809/306 Teatro Municipal Sá de Miranda - 258 809 382 VianaFestas - 258 809 39 Barcelos Câmara Municipal de Barcelos - 253 809 600 Bombeiros Voluntários de Barcelos- 253 802 050 Hospital Sta. Maria Maior Barcelos - 253 809 200 Centro de Saúde de Barcelos - 253 808 300 PSP Barcelos -253 823 660 Tribunal Judicial da Comarca de Barcelos - 253 823 773


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Património

Cruzeiro de S. Sebastião

Antigamente o cruzeiro estava situado onde hoje é a subida para a Casa do Povo. Existiam também várias cruzes, uma espécie de Calvário. A Capela de S. Sebastião foi local de muitos romeiros, acorriam ao Santo em tempo de fome, peste e guerra. Actualmente levanta-se no largo fronteiriço à capela um cruzeiro de talha simples, com uma peanha octagonal todo ele em pedra, rodeado por árvores raquíticas e um «muro da vergonha», e de quando em quando um rebanho, que lhe dá uma

graça de tipicismo rural. O cruzeiro actual tem uma história simples mas bela; contada por um dos autores vivos, Sr. José Rodrigues Barbosa, em 1942 havia uma comissão de racionamento de milho e sulfato, (estamos em tempo de guerra) e eu pertencia a essa comissão. Um dia eu e o Joaquim « Ferrador», pensamos recuperar o Cruzeiro. Até que começamos a apanhar todos os restos do milho que caia no chão, juntando com este resíduos cerca de 250$00 Escudos. Este milho era vendido

ao Sr. Augusto da Esquina. Com os 250$00 fez-se o Cruzeiro, onde foram os pedreiros o Sr. Domingos «Formiga» e irmãos. Aqui fica o apontamento que fará parte da história. Agradeço a participação do Sr. José Rodrigues da Silva Barbosa.

Manuel Delfim da Silva Pereira In Jornal «O Vale do Neiva» Julho 1985 A Redação


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