Propriedade: A MÓ · Associação do Vale do Neiva (Cultural, Património e Ambiente) | Barroselas Outubro 2019 | Mensal · Nº66· Gratuito · Versão digital
Vila de Punhe
Baile Sénior em Vila de Punhe P. 4e5
Núcleo Promotor do Auto da Floripes 5 de Agosto 2019 P. 2e3
Desfolhada no Moinho do Inácio P. 6e7
Ambiente
Requalificação da praia da Amorosa P. 9
Teatro de Balugas leva "Pão Nosso" a Fafe P. 8 PUB.
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Opinião
Locomotiva C.P. 754 P. 16e17 Sugestão ao leitor t. 963 316 769 · 966 334 363
Os Filmes de Western P. 18e19
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Neves
Núcleo Promotor do Auto da Floripes 5 de Agosto 2019 O Núcleo Promotor do Auto da Floripes 5 de Agosto tem desenvolvido e participado, durante o ano 2019, num conjunto variado e significativo de ações que procuram contribuir para a salvaguarda do Auto da Floripes, a diversificação e a melhoraria da oferta cultural e o reforço da cooperação entre as três comunidades – Barroselas, Mujães e Vila de Punhe que partilham o Auto da Floripes como património cultural imaterial comum. Embora todo este esforço tenha sido alcançado através do trabalho e da perseverança de uma equipa estável, espe-
cífica e conhecedora, como é o caso da coletividade, a verdade é que todo este percurso intenso só foi possível através do envolvimento de inúmeras pessoas, nomeadamente os comediantes, e de diversas instituições, como as autarquias de Barroselas e Carvoeiro, Mujães e Vila de Punhe, a Câmara Municipal de Viana do Castelo, a Comissão de Festas da Senhora das Neves e o Agrupamento de Escolas de Barroselas. A todas as partes envolvidas manifestamos o nosso agradecimento, deixando votos que a confiança existente entre as partes continue a ser uma rea-
lidade a favor da comunidade. Resumo das atividades desenvolvidas, em 2019, pela coletividade Núcleo Promotor do Auto da Floripes 5 de Agosto: Ação de sensibilização do Auto da Floripes no Agrupamento de Escolas de Barroselas; Acervo e diversificados contatos associados ao Auto da Floripes e ao teatro popular; Representação do Auto da Floripes de Palmo e Meio pela C. S. P. de Vila de Punhe; Presença na comitiva da Comissão de Festas na visita à cidade de Viana do Castelo; Participação com o Auto da Floripes no cortejo etnográfico das Festas da Senhora das Ne-
ves; Representação no dia 5 de Agosto, no âmbito das Festas da Senhora das Neves; Participação em projeto internacional que cruzará o Auto da Floripes das Neves e o Auto de Floripes de S. Tomé e Príncipe; Protocolo de colaboração com o ISCTE-IUL para tese de mestrado em Antropologia pelo aluno brasileiro Douglas Santos; Prémio Literário Leandro Quintas Neves (2019) no Agrupamento de Escolas de Barroselas; Término da Fotonovela no primeiro período do ano letivo 2019/2020 pelos alunos do 2.º ciclo do Agrupamento de Escolas de Barroselas; Ecos
Ficha técnica | Diretor: Tiago Lima Redação: Domingos Costa · José Miranda · Manuel Lima · José Rafael Soares Colaboradores: Alcino Pereira · Cristiana Félix · Adriano Jordão Design e Paginação: Inês Guia Contacto redação: Avenida S.Paulo da Cruz, Apartado 20 - Barroselas · redajornalvaledoneiva@gmail.com Periodicidade: Mensal Formato: Digital Distribuição: Gratuita Os artigos de opinião são da inteira responsabilidade dos seus autores, podendo ou não estar de acordo com as linhas editoriais deste jornal.
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no Largo 2019 (Teatro Popular); N-Cooltura – Jornadas Culturais (“Carlos Magno e o Império Carolíngio” e “Europa sempre na Encruzilhada”); Páscoa a Três |Queimada do Judas; Caminhadas Noturnas Sexta-feira’13 (“Queimada em Roques” e “Queimada no Mercadinho”;
Lançamento do livro “Auto da Floripes” (até ao final do ano); Participação na realização dos tapetes floridos nas Festas da Senhora das Neves; Presença na Procissão da Senhora das Neves com o andor Santiago; Protocolo de colaboração com a Escola Secundária de Mon-
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serrate para a filmagem e um documentário sobre o Auto da Floripes; Preparação de um livro infantil sobre o Auto da Floripes; etc.. Agradecemos todo o apoio e confiança, bem como renovamos o compromisso de dar o nosso melhor no sentido de
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honrar as responsabilidades assumidas perante a comunidade. Núcleo Promotor do Auto da Floripes 5 de Agosto
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Vila de Punhe
Baile Sénior em Vila de Punhe Nos Decorreu, na tarde de quarta-feira, dia 18 de setembro, nas
instalações da sede do Centro Recreativo e Cultural das Ne-
ves mais uma edição do Baile Sénior, enquadrado no progra-
ma Envelhecer com Qualidade da Câmara Municipal, e envol-
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vendo os participantes vilapunhenses do projeto Idoso+Ativo. No evento marcou presença, em representação da Câmara Municipal, a Dra. Carlota Borges, vereadora da área Social, e o presidente da Junta de Freguesia, António Costa, os quais tiveram a oportunidade de interagir com os mais de 200 participantes das várias instituições de solidariedade social do concelho. Terminado o baile, animado pela monitora Adriana Morgado, foi servido um ligeiro lanche a todos os participantes. Um agradecimento especial às instituições intervenientes, que ao envolverem-se nestas atividades de lazer e de convívio estão a contribuir para a felicidades e bem-estar dos seus utentes. Um agradecimento ao CRCN pela cedência das suas instalações, possibilitando mais um evento de sucesso na nossa freguesia. Fonte Autárquica
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Desfolhada no Moinho do Inácio Na bucólica envolvência do Moinho do Inácio levou-se a efeito, no passado domingo, dia 22 de Setembro, mais uma tradicional desfolhada. Quando os milheiros ficaram à mercê das mãos das dezenas de pessoas, que os rodearam, despontou a alegria que uma desfolhada oferece. Tirados os folhelhos das espigas, em busca de uma vermelha, e levadas a cesto para a eira, iniciou-se a malhada. Todos estes momentos foram animados musicalmente com a atuação do grupo “Concertinas Foz do Lima”. Este reviver de atividades agrícolas do passado terminou com um lanche gratuito para todos os presentes. O Senhor presidente da Junta de freguesia de Vila de Punhe, António Costa, na qualidade de promotor deste evento, agradeceu a presença de todos, enal-
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teceu o ambiente de outrora que se criou pela participação e entrega dos presentes nas várias atividades e congratulou-se com os momentos de convívio que este acontecimento consegue gerar nos participantes. O senhor vereador do Município de Viana do Castelo, Luís Nobre, frisou que são estes projetos simples, mas implementa-
dos nos locais, que em tempos idos lhes deram origem, os que aproximam as pessoas e reforçam a identidade comunitária. Realçou o sucesso desta iniciativa, quando se referiu à adesão e à motivação dos presentes, agradecendo o empenho do presidente António Costa para que tal resultado tivesse sido alcançado.
A desfolhada teve como palco o terreno anexo ao moinho no qual a Junta de Freguesia tem investido em obras de melhoramento e embelezamento. Como tal, procedeu à plantação dos mais variados tipos de árvores silvestres e frutícolas, em particular, ao longo da faixa de terreno contigua ao ribeiro de Roques.
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Foi mais uma tarde que a Autarquia proporcionou a todos que quiseram confraternizar e reviver antigas tradições.
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Balugães
Teatro de Balugas leva "Pão Nosso" a Fafe O espetáculo “Pão Nosso” do Teatro de Balugas sobe ao palco do Teatro Cinema de Fafe, no dia 28 de setembro, às 21h30, integrando o programa do FAFENCENA - Festival de Teatro Amador de Fafe. A última produção do Teatro de Balugas resulta de uma residência artística de teatro comunitário que foi uma das premiadas pelo Programa de Apoio ao Associativismo da Fundação INATEL, tendo a peça arrecadado o prémio de Melhor Espetáculo no Festival de Teatro de Barcelos, bem como os prémios de Melhor Cenário, Melhor Sonoplastia, Melhor Iluminação Cénica e Melhor Guarda-Roupa. Este ano, a peça de teatro foi selecionada para apresentação no Festival Transfronteiriço de Teatro Amador PLATTA, em
Espanha. O texto fala-nos da aldeia de Balugães, situada entre o Alto e o Baixo Minho, que foi terra onde já se amassou muito pão e onde se talharam muitas gamelas de pinho. O pão era o sustento, as gamelas também. Uma relação de pequenas histórias que contam mais do que o artefacto, o alimento, o labor. Uma recolha de memórias, ladainhas, cantigas e ofícios, recuperando utensílios e ligando artisticamente com a comunidade a criação do espetáculo. A partir daqui, o Teatro de Balugas aborda de uma forma teatral e poética o ciclo do pão na aldeia, reconstruindo-o a partir de princípios diferentes não tradicionais e quase oníricos.
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Ambiente
Requalificação da praia da Amorosa Manuel Lima m.l.valedoneiva@gmail.com
O Os trabalhos de requalificação da praia da Amorosa, em Viana do Castelo, decorrem com alguma lentidão. Tiveram inicio esses trabalhos neste verão, a praia esteve condicionada nesse local. Com a chegada do inverno, as condições no local serão problemáticas, por esse motivo, não se compreende a razão da fraca progressão das obras. A construção e consolidação dos taludes de proteção dessa orla costeira, estão longe de estar concluídos e todos os restantes arranjos finais.
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Religião
Extratos da vida da Irmã Maria da Conceição Pinto da Rocha (nº. 33) Domingos Costa domingosdacunhacosta@gmail.com
Este artigo é baseado no livro Sanctorum, de Christo, de Su Santíssima May, e dos Santos e suas Festas de P. Fr. Diogo do Rosário, do ano 1.744. Deus, - segundo o supracitado livro -, fez o homem à sua imagem, disse para o imitar e seguir as suas pegadas. Seguidamente, diz que Deus, deu-lhe o que devia dar. Assim sendo, o homem, devia de ter uma conduta ao desejo e semelhança de Deus. Dado que, também Jesus, quando veio ao mundo encarnou, assumindo a carne, ao falar com os seus “Apóstolos e Discípulos” disse para serem misericordiosos como “Vosso Pai Celestial o é”. Poderemos, então dizer, que há uma significativa semelhança com o retrato espiritual de Maria da Conceição. Ela, é, “misericordiosa”, imitou Jesus, procurou seguir sempre as Suas pegadas, e, Jesus, conhecendo o seu coração
e pensamentos, sabia que ela tinha “… uma conduta ao desejo e semelhança de Deus”. Prezado leitor, por tudo quanto já escrevi, bem como outros que muito antes de mim, já o fizeram com todo o amor e carinho sobre a devota Maria da Conceição, a Serva de Deus, vou relembrar o prezado leitor, que, a mensagem supra referida no livro e tudo quanto se tem dito e escrito, está em perfeita sintonia com a Serva de Deus. Seguramente que, ela, se orgulha e está feliz, pelas benfeitorias praticadas neste mundo. Sintetizando: é, uma verdadeira Serva de Deus, uma devota e apaixonada por Deus e pela humanidade. Sem reticências, direi que, Maria da Conceição foi, e eternamente é, o presencial retrato de apostolado da misericórdia, de virtudes e graças. Também é, oferta com Cristo, de reparação expiadora, a que oferece a dor redentora e que sofria pela falta de amor, resultando daí – “amor-dor e a dor-amor”. O fecundo desejo de ser mãe da humanidade, o seu profundo amor pelo
Coração de Jesus, o desejo de que a face de Jesus represente o símbolo da sua congregação. Dir-se-á ainda, como se atreveu a dizer e chamar-lhe o Senhor Pe. José Craveiro, “a cordeira imolada”. O livro diz, “…entre todos os (…) amigos de Deus, a quem podemos e devemos imitar, tem em primeiro lugar a Virgem Santíssima Maria, Mãe de Jesus, porque mais que outro algum o seguiu, e imitou. Desta prodigiosa Senhora dizem os Sagrados Doutores da Igreja, que teve todas as graças, todas as virtudes, todas as prerrogativas, e excelências”. Mais uma vez é meu dever religioso, tecer um parecer justo, ao comparar – menos o penoso acompanhamento de Jesus com a Cruz -, com muita proximidade Maria da Conceição com Nossa Senhora. Maria da Conceição a “Serva de Deus, além do alimento e agasalho que distribuía aos necessitados, a nível material, também distribuía alimento e agasalho de essência Espiritual a quem necessitasse.
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É credível divulgar com relativa segurança, que Maria da Conceição, iluminou e continua a iluminar muitas almas dispersas pelo Mundo. Por outro lado, espero que de futuro eu esteja mais lucido e expres-
sivo nas minhas mensagens relativas à “Serva de Deus”. Porque ela merece, e, também, em face da sua sublimidade. Despeço-me desta mensagem com um pensamento de Maria da Conceição: - “Os
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meus caminhos são de abandono. Cheios de paz. Cheios de misericórdia do Senhor, porque dei tudo, totalmente me entreguei ao Senhor, renunciando a mim mesma em todas as coisas”.
Grupo 8º Ano 4
Contactos úteis Viana do Castelo Camara Municipal de Viana do Castelo: 258 809 300 Bombeiros Voluntários de Viana do Castelo: 258 800 840 Bombeiros Municipais de Viana do Castelo: 258 840 400 Guarda Nacional Republicana: 258 840 470 Polícia de Segurança Pública: 258 809 880 Polícia Marítima: 258 822 168 Unidade de Saúde Local do Alto Minho (ULSAM): 258 802 100 Cruz Vermelha: 258 821 821 Centro de Saúde: 258 829 398 Hospital Particular de Viana do Castelo: 258 808 030 Unidade de Saúde Familiar Gil Eanes: 258 839 200 Interface de Transportes: 258 809 361
Caminhos de Ferro (CP): 258 825 001/808208208 Posto de Turismo de Viana do Castelo: 258 822 620 Turismo do Porto e Norte de Portugal, Entidade Regional: 258 820 270 Viana Welcome Center - Posto Municipal de Turismo: 258 098 415 CIAC - Centro de Informação Autárquico ao Consumidor: 258 780 626/2 Linha de Apoio ao Turista: 808 781 212 Serviço de Estrangeiros: 258 824 375 Defesa do Consumidor: 258 821 083 Posto de Fronteiras do SEF: 258 331 311 Arquivo Municipal de Viana do Castelo: 258 809 307 Centro de Estudos Regionais (Livraria Municipal): 258 828 192 Biblioteca Municipal de Viana do Castelo:
258 809 340 Museu de Artes Decorativas: 258 809/305 Museu do traje - 258 809/306 Teatro Municipal Sá de Miranda: 258 809 382 VianaFestas: 258 809 39
Barcelos Câmara Municipal de Barcelos: 253 809 600 Bombeiros Voluntários de Barcelos: 253 802 050 Hospital Sta. Maria Maior Barcelos: 253 809 200 Centro de Saúde de Barcelos: 253 808 300 PSP Barcelos: 253 823 660 Tribunal Judicial da Comarca de Barcelos: 253 823 773
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Durrães e Tregosa
25º Grande Prémio de Atletismo Em Tregosa a 20 outubro 2019 O Jornal O Vale do Neiva em formato digital, (mas pode ser adquirido em papel na papelaria Hermes em Barroselas) passa a divulgar esta Grande Prova através de um cartaz (ver em anexo) fornecido à nossa Redação pelo Responsável da Associação Desportiva e Cultural de Tregosa e, membro da Organização. Agradecemos a informação recebida pois, é nosso desejo, divulgar o que acontece nas Terras do Vale do Neiva, nomeadamente em Tregosa. A Redação, faz votos, para que este Evento se torne num grande espetáculo, como já vem sem hábito. Assim, passamos a divulgar o referido cartaz, onde se encontra as datas limite para a inscrição, bem como, a documentação necessária, para poder participar neste Grande Prémio de Atletismo. Referimos que, este Grande Prémio, é apadrinhado pelo Atleta Hélio Gomes, um ex-atleta da A.D.C.Tregosa que atualmente, está ao serviço do Sporting Clube de Portugal. A organização, agradece todo o apoio prestado e, espera contar, com a presença de um grande número de público. Todos a aplaudir, faremos uma festa ainda Maior. BOA SORTE para a Organização e Atletas. A Redação
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Agenda do mĂŞs (Viana do Castelo)
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Agenda do mĂŞs (Barcelos)
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Agenda do mĂŞs (Ponte de Lima)
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Opinião
Locomotiva C.P. com o número 754 Domingos Costa
bitola 1668 mm.
domingosdacunhacosta@gmail.com
“É uma locomotiva a vapor com tender, de via larga com
Foi construída no ano de 1914, para a Companhia dos Caminhos de Ferro do Estado - Minho e Douro (MD).
Foram adquiridas 16 unidades desta série, numeradas de CP 751 a CP 766. Construtor – Berliner Maschinenbau L. Schwartzkopf, Ber-
lim, Alemanha O esforço de tração desta unidade é de 12532 Kg. Esta locomotiva tem a tara de
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111700 Kg, incluindo o tender. A sua capacidade de aprovisionamento é de 14600 litros de água e 5.000 Kg de carvão, ou 7100 litros de óleo combustível. Esta série de locomotiva Compound de influência norte americana fabricada em 1914 pela Berliner Maschinenbau L. Schwartzkopf na Alemanha. Dispõe de 2 distribuidores ci-
líndricos para os quatro cilindros da locomotiva, sendo uma locomotiva de boas prestações para a sua época. O principal serviço decorria entre o Porto e Régua. Percorriam frequentemente o ramal do Porto de Leixões para rebocar cargas. Pertenceu aos Depósitos de Porto Campanhã, Contumil e
Régua. De forma menos regular faziam os comboios de mercadorias na linha do Minho e o encaminhamento de composições de mercadorias entre as estações de Gaia e Porto Campanhã, substituindo as locomotivas que chegavam e partiam para o Sul, porque, devido a restrições de peso, não atravessavam a Ponte de D. Maria.
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A locomotiva C 754 foi convertida para queima de óleo e foi das últimas máquinas compound a circular nas linhas férreas Nacionais. Prestou serviço até 1972.” P. S. – Fotografias e dados sobre a locomotiva obtidos através do Museu Ferroviário do Entroncamento.
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Sugestão ao leitor
OS FILMES DE WESTERN Se há tipo de cinema, que se notabilizou de forma notória e dominante, em comparação com outros vernáculos cinematográficos, durante cerca de 50 anos, foi sem sombra de dúvidas os filmes de Western, ou se quiserem os filmes do faroeste, ou de cowboys, um género de clássico, oriundo do Estados Unidos, que foi determinante para afirmação unívoca do cinema, mais concretamente como uma opção lúdica indiscutível, que apresentava condimentos de acção, adrenalina, comédia, bravura, heroísmo, drama e tragédia, muito próprio do caracter incisivo e belicista, desta tipologia de narrativa, que vai ao encontro de muitos apologistas e indefectíveis adeptos da intensidade e de cenários eloquentes, que produzem o combate taxativo e inequívoco, entre o bem e o mal. Para este interesse inusitado dos cinéfilos, sobejamente concretizado durante o século XX, com grande enfoque para as décadas de 1930 até 1980, com um acervo considerável de produções cinematográficos, alguns factores contribuíram decisivamente para esse desiderato, a causa mais saliente para o espectador é o enredo em si, o estereótipo da narrativa, transversal a praticamente a todos os filmes, que preconiza uma tipologia de personagens centrada na figura de um cowboy solitário, que se pode caracterizar por um pistoleiro, Xerife, ou um mero viajante desconhecido á procura de um destino acolhedor, não trazendo consigo nenhuma bagagem, mas sim a roupa que tem no corpo, um revolver e um cavalo, esse cowboy normalmente destaca se ou afirma se como o justiceiro, o herói da contenda, enfrentando um bando ou um grupo de bandidos, com uma atitude perniciosa e hostil á sociedade, esse confronto normalmente faz se através de tiroteios ou em duelos individuais, em que a destreza e a frieza do manejador do revolver, é fulcral para determinar o vencedor, que por consequência dessa tendência belicosa, nos enredos é perceptível, uma grande instabilidade e insegurança nos modos de vida, com maior incidência nas viagens onde os criadores de gado, diligências e caravanas, passam por locais inóspitos e soturnos, onde o perigo ronda de forma eminente, como também nos bares e saloon existentes nas cidades, que representa o culminar da devassidão e do despiciente relacionamento humano, onde o jogo, álcool e a prostituição, provo-
HIGH NOON, de 1952
ca uma crispação geral, implacavelmente fatal, entre os frequentadores deste tipo de local, em que o desempenho do xerife da cidade, é crucial para manter a ordem, num ambiente manifestamente periclitante, outro aspecto conspecto para o sucesso deste género de Western, foi a época áurea e sublime dos anos 30, em que as produções de John Ford e Howard Hawks, com enredos bem sedimentados e pujantes, e escolhendo como protagonista a figura do conceituado John Wayne, que com o seu estilo providencial e categórico, foram elementos decisivos para dar um impulso afirmativo, a este tipo de cinema, cativando um maior número de adeptos, contribuindo também para a manutenção deste status de proeminência cinematográfica, o surgimento dos cowboys cantores na década de 40, apelando a uma vertente mais refinada, e na década de 60 e 70, o aparecimento de um estilo de realização, denominado Western Spaghetti, geralmente filmada em Espanha e Itália, que se designa mais expressivo e contundente, com a chancela do impetuoso e ribombante realizador Sérgio Leone, coadjuvado com uma banda sonora de alto gabarito e apropriada ás vicissitudes intrínsecas do enredo, produzida de forma exemplar por Ennio Morricone, culminou numa sinergia frutuosa, produzindo se bons filmes de Western, que ficaram consagrados indelevelmente no cinema, e que contou com o conceituado actor Clint Eastwood, como protagonista principal em quase todas as narrativas, que mostrando a sua mestria, ajustada incontestavelmente ás personagens representadas, deu um contributo
decisivo, para a entronização do género Western Spaghetti, como um estilo de excelência e de grande alcance. Certamente muitos filmes ainda pairam na memória de imensa gente, e apesar de atualmente as produções cinematográficas, acerca deste tema, serem praticamente residuais, muitas pessoas, mais concretamente os mais nostálgicos recorrem a esses filmes, com o intuito de deleitar se com uma salutar e excêntrica cowboyada, em face dessa realidade, indico alguns filmes, para quem quer rever ou assistir pela a primeira vez a um clássico desta natureza. HIGH NOON, de 1952- é um filme estadunidense, considerado um dos clássicos do cinema, que além de se constituir como um thriller de acção, associado ao suspense e transe, ao estilo do velho oeste, apela simultaneamente a uma componente humanística, a uma maior coesão, solidariedade, entre todos os intervenientes, de uma determinada cidade, perante o espectro de uma ameaça inexorável. O enredo conta à história do ex-agente da autoridade Will Kane, que se prepara para abandonar a pequena cidade de Hadleyville, que serviu com um brio profissional, bravura e civismo, em prol da segurança dos seus conterrâneos, no entanto nesse ínterim, tem conhecimento, que Frank Miller um criminoso local que foi preso há uns anos atrás por Will, foi libertado e vem ao seu encontro, juntamente com um bando de facínoras, com o intuito de se vingar implacavelmente de Will Kane. Diante dessa realidade atroz, Will tenta junto dos cida-
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dãos de Hadleyville, recrutar gente para enfrentar a obstinação de Frank Miller e o âmbito arisco dos seus capangas, no entanto é confrontando com a cobardia e egoísmo dos seus conterrâneos, tendo que sozinho assumir a luta tenaz pela a sua honra e vida. RIO BRAVO de 1957- é um filme estadunidense, que é um referencial indelével e um protótipo inequívoco, de um puro e duro Western, com um enredo peculiar e pragmático, considerado um padrão, o estereótipo mais bem sucedido, deste tipo de cinema, produzido de forma primorosa por Howard Hughes, contando também com a interpretação sublime e expressiva de John Wayne, coadjuvado por outra presença de grande valor, o actor Dean Martin. No que diz respeito, à narrativa, a história desenvolve se originada por um homicídio a sangue frio, cometido por um individuo de conduta execrável, no ambiente pernicioso e sinuoso dos saloons, neste caso na pequena cidade do Texas chamado Presidio. Tendo o Xerife T. Chance, com ajuda do seu ex auxiliar, o alcoólico Rude, consegue deter e prender o perigoso pistoleiro homicídia, Joe Burdette, porém essa abrupta detenção, vai gerar um mal estar veemente no irmão de Joe Burdette, Nathan que é o um poderoso rancheiro da região, que controla a cidade e possui inúmeros pistoleiros a seu serviço, Nathan fará tudo para livrar Joe da forca. Perante este perigo eminente e situação explosiva, o Xerife T.Chance e os seus ajudantes, terão que engredar e planear um grande mecanismo de defesa, que tem por base o espírito de sacrifício, resiliência e tenacidade, para fazer prevalecer a justiça. IMPERDOÁVEL de 1992- é um filme Estadunidense, também considerado um filme de culto do género Western, numa fase visível de decadência deste tipo de cinema, no entanto, graças a uma decisão inusita-
TRUE GRIT de 2010
da, do realizador Clint Eastwood, que ao produzir este filme, tenciona regressar às suas origens cinematográficas, enveredando por um enredo bem sedimentado, perfeitamente apropriado ao estilo retumbante e lacónico do Faroeste, imprimindo o seu cunho pessoal a uma realização ímpar, que além de contar com a sua interpretação, conseguiu convencer actores da melhor nata de créditos firmados, a juntar se a este projecto, designadamente Gene Hackman, Morgan Freeman e Ed Harris. Quanto à história do filme, a acção inicia se com a grotesca morta de uma prostituta, que fica completamente desfigurada, após o crime ter sido cometido por interpostos clientes e perante isso suas companheiras de bordel oferecem uma recompensa para quem encontrar os assassinos. Dois grupos de pistoleiros, um liderado pelo ex-bandido William Munny, um antigo e implacavel bandido reformado, que foi recrutado pelo o jovem pistoleiro Schofield Kid e o outro grupo personificado pelo o pistoleiro de eleição, o Inglês Bob Harris, tem a intenção de receber o prémio, e aparecem na cidade oferecendo os seus préstimos, às mulheres atingidas por esse crime, só que o Xerife local, Little Bill Daggett, um ho-
mem que se caracteriza pela a sua personalidade austera, exicial e prepotente, não se compadece, nem permite a presença de pistoleiros, na cidade, usando da violência atroz, para os escorraçar da região, só que esse comportamento inexorável e sevício, vai gerar um sentimento de vontade de vingança, por parte de William Munny. TRUE GRIT de 2010- é um dos filmes mais recentes do Western, que na sua génese mantém os mesmos atributos, associados aos aspectos intrínsecos do filmes de Faroeste. Quanto á sinopse do filme, tem todos os ingredientes de um filme típico, entusiasmante e expectante, que começa com um inicio fulgurante, com um bandido chamado Tom Chaney, a assassinar sem contemplações o pai de uma menina de 14 anos, Mattie Ross, que tem uma personalidade forte e um caracter destemido, e em face dessa realidade toma a iniciativa de contratar Rooster Cogburn, um embriagado homem da lei, com a finalidade de ajudá-la a encontrar Chaney e vingar seu pai . Esta dupla abstrusa que se forma, entre os dois, não está sozinha na busca incessante por Tom Chaney, um Texas Ranger, chamado LaBoeuf, também vem perseguindo Chaney por razões próprias, os três acabam por se juntar num objectivo comum, preparados para o que der e vier, numa aventura sem limites. Parafraseando a semântica e o simbolismo dos filmes de Western, só tenho a acrescentar que ficaram para sempre, nos lugares mais ilustres da história da sétima arte, se vão voltar à ribalta, tudo vai depender dos agentes, intervenientes e dos usufrutuários, e da idiossincrasia deambulante do mundo do cinema. Alcino Pereira
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Necrologia
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Belezas do Rio Neiva
Culinária
Mousse de pêssego e gengibre Ingredientes: 7 pêssegos 1 lata de leite condensado 200 ml de natas 2 folhas de gelatina Sumo de 1 limão Gengibre fresco q.b.
Preparação 1 - Descasque os pêssegos, corte-os em pedaços, eliminando o caroço, e deite no copo liquidificador. Junte os restantes ingredientes indicados (exceto a gelatina) ligue e deixe bater até obter um creme. 2 - Demolhe as folhas de gelatina em água fria, durante alguns minutos, e depois der-
reta-as, no micro-ondas ou em banho-maria, sem deixar ferver. 3 - Adicione a gelatina ao li-
quidificador e ligue-o mais um pouco. Transfira para uma taça e leve ao frio até ficar firme. Sirva com decoração a gosto.
Bom Apetite! Fonte: https://www.teleculinaria.pt
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