Luiz Massaretto
“Minhas Lembranças”
Edição do autor Campo Mourão – PR Dezembro de 2014.
Copyright © 2014 Luiz Massaretto Todos os direitos reservados. Nenhuma parte desta obra pode ser reproduzida, arquivada ou transmitida de nenhuma forma ou por meio sem permissão escrita do autor. Projeto Gráfico Lucas Mantuan Diagramação Cleverson Lima Pesquisa, elaboração e coordenação Jair Elias dos Santos Júnior Revisão de Textos Aline Rodrigues Produção Gráfica Gráfica Mourão Ltda
Ficha catalográfica Dados internacionais de catalogação na publicação Bibliotecária responsável: Mara Rejane Vicente Teixeira Massareto, Luiz, 1928Minhas lembranças / Luiz Massareto. - Campo Mourão, PR : Edição do autor, 2014. 162 p. : il. ; 23 cm. ISBN 1.Massareto, Luiz, 1928-. 2. Paraná – História. I. Título. CDD ( 22ª ed.) 920.71
Dedicado à Angelina, minha esposa e companheira. À minha filha, genro, netos e bisnetos. E aos meus companheiros de Rotary Campo Mourão que por mais de quatro décadas compartilhamos o lema “Dar de si antes de pensar em si”.
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Prefácio
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ste livro pretende perpetuar a vida e a memória de Luiz Massaretto. A escritora Flora Camargo Munhoz da Rocha, falecida recentemente, ensinou que “a história da vida de cada pessoa é essencial e permanecerá eterna se escrita”. Não tenho dúvida que este livro vai eternizar a vida e os exemplos de Luiz Massaretto. Defino o autor desta obra como um homem modesto, honesto nos seus negócios, focado nos seus projetos, dedicado nas suas lides, chefe de família exemplar e rotariano de primeira grandeza. Como membro do Rotary Campo Mourão, desde a sua fundação em 1968, Luiz foi um perseguidor combatente do lema “dar de si antes de pensar em si”. O relato de sua vida transborda de emoção, simplicidade, determinação e coragem. Esta lista de adjetivos seria maior, tal a estima e admiração dos seus familiares, amigos e contemporâneos. Da maneira mais modesta, fui convocado pelo “Seo Massaretto” para colaborar na feitura desta obra. Este simples livro, além do relato de uma vida, também representa um sonho do homenageado. Minhas Lembranças presta a Campo Mourão um grande serviço ao nos dar esta imagem de Luiz Massaretto, o homem. Ao nos oferecer suas lembranças, Luiz Massaretto mostra que a cidade é fruto da construção de gerações. Ela não ficou pronta de um ano para outro. E sim ao passar das décadas, geração a geração. E Luiz foi um dos seus construtores, da sua maneira, sempre cordial e discreta. Também nos dá um vislumbre da vida que Luiz Massaretto viveu. Aqui, o vemos como o pai amoroso, o rotariano exemplar, o líder visionário e pragmático. Ao mostrar esse retrato de corpo inteiro, Luiz Massaretto nos lembra que não foi um homem perfeito. Como todos nós, ele tem suas falhas. Mas é precisamente essa imperfeição que deve inspirar a todos nós. A história contida neste pequeno livro – e a história contada pela vida de Luiz Massaretto – não é a de seres humanos infalíveis
e de triunfo inevitável. É a história de um homem cônscio de suas responsabilidades com a coletividade mourãoense e que trabalhou arduamente para instituir um tipo de vida que faz do mundo um lugar melhor. O perfil deste homem cabe perfeitamente dentro do pensamento de Guimarães Rosa: “A vida é assim: esquenta e esfria, aperta e daí afrouxa, sossega e depois desinquieta. O que ela quer da gente é coragem”. Minhas Lembranças é uma leitura inspiradora, contemplada em boas lembranças, uma autobiografia feita sem exageros. Um livro que perpetua a vida de um homem e do seu legado e da sua participação efetiva na construção coletiva da Campo Mourão de todos nós. Jair Elias dos Santos Júnior
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Licenciado em história, presidente da Academia Mourãoense de Letras.
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Apresentação
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iquei muito lisonjeado em ser convidado a escrever sobre meu amigo e companheiro rotariano, Luiz Massaretto. Meu primeiro contato com o “Massa”, maneira carinhosa que sempre o tenho chamado, se remete a 1992. Ainda morávamos em Curitiba, quando em uma visita a Campo Mourão, fomos levados pelo Vicente, meu sogro, a uma reunião festiva campestre do Rotary Campo Mourão. Minha apresentação ao Rotary, além do Vicente, foi através do Massaretto, que nos recebeu de maneira gentil e não perdeu a oportunidade em iniciar o “evangelho” rotário. De pronto, fiquei impressionado com sua memória, quando me contou a história de fundação do Rotary Campo Mourão, com datas, nomes, fatos, feito este que ele repetiu por inúmeras vezes em nossas reuniões rotárias, sempre com a mesma precisão. Tão logo nos mudamos para Campo Mourão, em 1993, comecei a frequentar o Rotary Campo Mourão como convidado, e já nas primeiras reuniões ouvi um pronunciamento do Massa, que hoje eu entendo, mas que naquele dia me pareceu um assunto secreto de Rotary: “Para admitir alguém em Rotary é preciso respeitar a classificação e seguir os trâmites legais”. Logo pensei que para ser rotariano você deveria fazer um concurso e conforme a sua classificação, você seria chamado. Felizmente eu estava errado, pois ele se referia à profissão do futuro associado. Mas com o tempo, eu entendi a preocupação do Massa, aliás, preocupação que ele mantém até hoje, e com razão, pois também se tornou a minha preocupação. Nestes meus 20 anos de Rotary, acompanhei com muita atenção e carinho todos os ensinamentos que o Massa nos passou. Exemplo de amor ao Rotary, frequência 100%, atenção sempre redobrada com os novos candidatos e preocupação com o nosso futuro, sempre nos dando bons exemplos. Toda vez que o Massa usa a palavra em nossas reuniões, logo em seguida ele se preocupa com a repercussão do que foi dito, gosta de ouvir a minha opinião, a opinião do Ademar, com a
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intensão de saber se não magoou ninguém. Seu exemplo de fidalguia muito me ajudou para que me tornasse mais tolerante. Pela minha profissão e interesse pela saúde e bem estar dos outros, tive a oportunidade de me aproximar do Massaretto quando, em uma ocasião, ele apareceu na reunião com uma lesão na face, a qual chamou minha atenção. Mas o Massa não gosta muito de ir ao médico, então para que ele fizesse uma pequena cirurgia foi preciso que eu combinasse com sua filha Marlene. Sem que ele soubesse, nós o levamos ao hospital como acompanhante e somente lá ele soube que ele seria o paciente. Ele foi submetido a uma pequena cirurgia, o que foi suficiente para que ele se tornasse além de companheiro, um verdadeiro amigo. Na história rotária de Massaretto, o feito pelo qual ele mais tem carinho, é a sua participação na fundação do Rotary Campo Mourão, desde a sua primeira reunião em 1969. Como sócio fundador, participou de todos os momentos de nossa história até o dia de hoje. Massaretto foi o responsável pela construção da Casa da Amizade, presidiu a Conferência Distrital do Governador Ivaldo Horta e teve a possibilidade de se tornar o Governador do Distrito, mas naquele momento, por compromissos profissionais, este sonho não foi possível de ser realizado. Ainda na minha lembrança, vem o dia em que o Massaretto foi escolhido pelo Interact de Campo Mourão para ser homenageado como o “Pai do Rotary”, homenagem merecida, que até hoje ele guarda com enorme carinho e se emociona sempre que se lembra do fato. Para mim, é impossível pensar em Rotary Campo Mourão e não me lembrar do meu amigo Massa que, confesso, por muitas vezes o tive, e tenho, como referência de pai. Pela perda precoce de meu pai, minha referência passou a ser meu sogro Vicente e meu amigo Massa, pessoas que tenho o maior carinho do mundo e fiz questão de externar isto na minha apresentação como Governador Eleito, no Teatro Calil “Minhas Lembranças” | Luiz Massaretto
Haddad em Maringá, fato que tenho certeza também representou muito para o Massa. Agora, no exercício da Governadoria do Distrito, eu tenho recebido o apoio incondicional do Massa e sempre que possível, procuro corresponder a este tratamento especial existente apenas entre grandes amigos. Parabéns Luiz Massaretto, meu amigo Massa, exemplo de amor à vida, ao Rotary, aos amigos e à família. Muito obrigado por fazer parte de minha vida Antônio Carlos Cardoso
Governador Distrito 4630 e amigo do Massa. Campo Mourão, 17 de abril de 2014.
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Sumário
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Minha viagem à Itália
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udo começou com uma ideia, um desejo de viajar para a terra de onde nossos antepassados vieram. A partir desse desejo, começamos uma busca para saber de onde exatamente eles tinham vindo, afinal, somente sabíamos que vieram da região norte da Itália, próximo a Veneza. Comecei a busca, então, a partir de dados que obtive com o meu avô Luiz, sua irmã Alzira e seu primo Álvaro. Com as informações que me passaram, fui atrás de algum lugar onde poderia buscar os registros de nascimento. Nessa busca, primeiro foram encontradas as informações sobre quando e com quem os antepassados haviam chegado ao Brasil e, mais tarde, descobri que a Igreja de Jesus Cristo dos Santos dos Últimos Dias possui um banco de dados com os registros de nascimentos do mundo inteiro. á sabendo a provável localização de onde o meu tataravô tinha nascido, fui até a Igreja e solicitei os microfilmes com as certidões de nascimento da região de Veneza e, após alguns dias de busca, encontrei o registro de nascimento. Isso despertou uma curiosidade ainda maior de conhecer a terra de nossos antepassados e, a partir de então, começamos a nos preparar para conhecer a tão esperada Itália. Após comprar as passagens, eu e meu avô nos arrumamos e, dentro de alguns meses, embarcamos para Londrina pegar o avião para São Paulo e de lá pegamos um voo direto para Milão. Lá chegando, nosso roteiro começou em Mantova, uma pequena cidade próxima a Milão. Apesar de ser uma cidade pequena, possui uma das mais belas paisagens do país, com o Castello de San Giorgio na entrada da cidade. Em Mantova, conhecemos o Museu Francesco Gonzaga e
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o Palácio Ducale, passeamos pela bela Praça Virgiliana, a histórica Praça Sordello, a catedral e a Praça Dante. Andamos pelos belos lagos que circundam a cidade, dentre outros belíssimos lugares. Após uma breve estadia em Mantova, continuamos nossa jornada, pegando um trem para a famosa cidade de Veneza. Ao chegarmos lá, fomos conhecer os famosos canais e, indo à Praça São Marcos, passamos pelo belo palácio, pela Basílica e não resistimos à tentação de subir no Campanário de São Marcos. Após dois dias passeando pelos canais, rumamos à pequena vila em que meu tataravô nasceu: a cidade de Cona – Veneta. Lá, pudemos conhecer um pouco mais de nossas raízes, vendo o livro de registro original da certidão de Giovani Massaretto e caminhando pela pequena cidade dos nossos antepassados. De Cona, embarcamos para Treviso, uma cidade histórica, com belíssimas construções em suas ruas estreitas, mais as belas paisagens e grandes muralhas circundando-a. A nossa próxima parada foi em Roma, onde pudemos visitar grandes monumentos como o Coliseu, o Castelo de Santo Ângelo, o Panteão, a belíssima vista da cidade do alto do monumento de Vittorio Emanuele II, dentre outros lugares. Mas um local que merece destaque é o Vaticano, onde, durante nossa visita, andamos pela Praça São Pedro, subimos na cúpula da Basílica de São Pedro, pelas suas longas escadas, mas com uma gratificante vista no final. Após dois dias andando por Roma e pelo Vaticano, seguimos rumo a Florença, a fim de vermos as belas igrejas e de visitar os belíssimos museus, repletos de pinturas e esculturas indescritíveis. Na estadia em Florença, aproveitamos para dar uma passada em Pisa conhecer o famoso Campanário de Pisa, mais conhecido como Torre de Pisa, e a bela catedral a seu lado. De Pisa, seguimos novamente para Milão, só que agora com mais calma e tempo para podermos andar tranqui“Minhas Lembranças” | Luiz Massaretto
lamente pela cidade. Fomos à catedral, ao Palácio Sforzesco, visitamos a Piazza Santa Maria dele Grazie, onde fica a famosa pintura da última ceia de Leonardo da Vinci, entre outros lugares. Após conhecer um pouco mais de nossa história e todos estes lugares deslumbrantes, a viagem chegou ao fim e embarcamos de volta para o Brasil.
Trajeto Itália
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Chegada aeroporto Milão Trem para Mantova Ônibus para Mestre Veneza com parada em Verona Ônibus para Veneza Trem para Cona, Pergolotte Trem para Mestre Veneza Trem para Treviso Trem para Mantova Ônibus para San Giorgio de Mantova Trem para Roma Ônibus para Vaticano Trem para Firenze – Florença Trem para Pisa Trem para Milão
A história do sobrenome Massaretto
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sse sobrenome é derivado do termo “massari”, que, por sua vez, vem do Latim, “massarus”, identificando o profissional ou mestre agrícola (aquele que trabalha na lavoura). O sobrenome foi registrado pela primeira vez no ano de 1039 através de uma pessoa que se chamava Guido Massarus.
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Meus avós, casal Gio Batista Massaretto e Tereza de Carlo
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entre várias cidades da província de Veneza, a família Massaretto escolheu a pequenina Cona, hoje com 3.489 habitantes, para viver e criar seus filhos. Entretanto, no final do século XIX a situação presente na Itália não permitia aos Massaretto vislumbrarem um futuro promissor. As dificuldades eram muitas e pioravam no inverno, quando a neve cobria de branco as lavouras. Buscando trabalho em lugares cada vez mais distantes, alguns chefes de família da pequena Cona resolveram deixar definitivamente a Itália. Naquele momento, Antônio Massaretto, com 45 anos, reúne todas as suas forças e toma uma decisão: vir para o Brasil. Com o passaporte carimbado no dia 27 de novembro de 1888, na manhã seguinte partia em um vapor rumo ao porto de Santos. Acompanhando o senhor Antonio, estavam sua esposa Rosa Agostini (41 anos) e seus filhos José (20), Beatrice (17), Giovani (14), Santo (10), Gio Batista (7) e Ferrucio (4). O desembarque ocorreu no dia 23 de dezembro de 1888. Alguns dias depois da chegada ao novo país, todos já estavam trabalhando como colonos em uma fazenda de café na região de Campinas, São Paulo. Da vinda da família Massaretto à nossa região, uma questão histórica de suma importância merece ser registrada: os Massaretto foram uma das primeiras famílias a se utilizarem dos serviços da “Sociedade Promotora de Imigração”, criada em 1886, pelo conde de Parnaíba. Nesse sentido, a família Massaretto pode
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ser considerada uma das pioneiras no serviço organizado de imigração italiana no Brasil. Aqui, o casal Antônio e Rosa teve mais dois filhos, Romano e Maria. Apesar da fácil adaptação dos Massaretto no Brasil, eles nunca se esqueceram da Itália. A maioria de seus utensílios era de sua terra natal e o Sr. Antonio pouco falava Português, preferindo se comunicar na Língua Italiana. Da fazenda em Campinas, a família veio para Itatiba, São Paulo, indo trabalhar na fazenda Barreiro. Com o decorrer do tempo, o Sr. Antonio conseguiu adquirir um sítio no bairro da Ponte Nova. Logo após o falecimento do patriarca, a propriedade foi dividida entre os filhos. Estes, por sua vez, preferiram viver na cidade e, aos poucos, as terras foram vendidas. O único a permanecer no antigo sítio, foi Gio Batista. Porém, com seu falecimento, em 1966, a última parcela das terras foi vendida. Os descendentes do casal pioneiro também constituíram suas próprias famílias.
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Minhas raízes
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arlos Massaretto nasceu em 6 de janeiro de 1908 (faleceu em 1973) e Sebastiana Oliveira Massaretto nasceu em 11 de fevereiro de 1909 (faleceu em 1952), ambos em Itatiba. Casaram-se em 1927. O primogênito do casal, batizado com o nome de Luiz, nasceu em 28 de junho de 1928. Depois dele, nasceram Augusto e Helena. Carlos Massaretto procurou um lugar melhor para viver com sua família. Deixaram Itatiba, SP, e se deslocaram para Araçatuba, também no interior de São Paulo. O pequeno povoado era um local muito bom de viver. Sua população era composta por imigrantes japoneses. Carlos comprou um sítio na localidade conhecida como Corredeira. O pai de Carlos comprou também outro sítio, perto das terras do filho. Nesta localidade, nasceu Alzira, a caçula da família. Recordo que o local não oferecia conforto condizente, mas que, por outro lado, ofertava alimentação farta, com frutas, verduras, legumes, peixes, aves, bovinos, suínos e animais silvestres. Preocupado com a ausência de escolas, Carlos reuniu os filhos em uma noite. “Naquele momento, o pai contou 25 notas de 50 contos de réis, uma em cima da outra”, lembro-me. E então, decidiram se mudar para o Paraná. A primeira parada da família nas terras paranaenses foi em Nova Dantzig, atualmente conhecida como Cambé. A viagem foi marcada por muita chuva e por “um barro que não acabava mais”. Carlos Massaretto, assim que se fixou em Nova Dantzig, colocou os filhos na escola. Com todos matriculados, era vez de procurar uma atividade profissional. Neste período, um comerciante local precisava de um sócio.
Carlos se interessou e logo aceitou fazer o negócio. A sociedade durou dois anos. Em Apucarana, abriram uma filial da “Casa do Povo”, que funcionou de maneira ininterrupta por 14 anos.
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FOTO 7A Pedro Massaretto, juntamente com sua esposa Adelina tornaram-se sócios nesse empreendimento em Apucarana, onde também tiverem seu filho Álvaro, em 1943. Quando terminou os estudos, Augusto, o segundo irmão, decidiu ir para São Paulo tentar o seu ingresso no curso de Direito. Ele fez o Clássico durante três anos, prestou o vestibular e conseguiu realizar seu sonho. Foi aprovado no vestibular da Universidade Presbiteriana Mackenzie. Augusto, com o curso concluído, foi delegado em São Paulo, onde constituiu família com Nilza Junqueira. Juntos tiveram duas filhas, Eliane e Rejane. O meu segundo irmão sempre incentivava a seguir seus mesmos passos. Ele insistiu para que eu fizesse o curso para detetive. Fiz o curso somente por três meses e não o terminei. Também estudei para Técnico de Contabilidade, aperfeiçoando, assim, a minha área profissional. Também me especializou em contabilidade comercial, industrial, agropecuária, bancária e pública. “Minhas Lembranças” | Luiz Massaretto
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Carlos Massaretto, meu pai
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s pioneiros de Apucarana se lembram do primeiro prefeito que elegeram, recordando suas evidentes características que não são esquecidas até os dias atuais. “Era um homem de grande visão para o futuro, honesto, dinâmico, dedicado, muito trabalhador e um bom exemplo a ser seguido”. Assim me recordo do meu pai, Carlos Massaretto, que foi prefeito de Apucarana entre os anos de 1947 e 1951. Existem homens que se tornam grandes exemplos para a humanidade, através de seus feitos e conduta ilibada. Não foi diferente com o Carlos Massaretto, que, ao longo de sua vida, formou sua imagem de sucesso registrada até hoje, e, nesse sentido, semeou prosperidade por onde passava, irradiando, assim, melhores oportunidades para a sociedade apucaranense. Sua ilustre trajetória começa em 1908, quando nasce no dia 06 de janeiro, na pequena cidade de Itatiba, no estado de São Paulo. Carlos foi filho de João Massaretto e Regina Carli, imigrantes italianos da região de Veneza. Em 1927, Carlos casou-se com Sebastiana de Oliveira, tendo quatro filhos (Luiz, Augusto, Helena e Alzira. Morou em Itatiba até 1932, quando foi morar em Araçatuba, no Noroeste do Estado de São Paulo. Em Araçatuba, residiu até 1941 e depois foi para o Estado do Paraná, na cidade de Nova Dantzig, atualmente chamada de Cambé. Em 1942, mudou-se para Apucarana. Chegando lá, encontrou um pequeno vilarejo com aproximadamente 150 casas de madeira. Com sua visão empreendedora, instalou
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uma casa comercial chamada Casa do Povo. Neste período, foi atuante no desenvolvimento da cidade, participando das atividades esportivas e culturais. Assim, colaborou com a fundação do GERA (Grêmio Esportivo e Recreativo Apucaranense), bem como, com a construção de sua sede social. Dinâmico em seus atos, sempre trabalhou em prol da comunidade, visando o desenvolvimento de Apucarana. Nesse sentido, buscava grandes benfeitorias para o município. Foi lá que Carlos deu inicio a sua trajetória de sucesso, que o levou a se tornar um ícone para a história regional do interior do Paraná. Em 1947, foi eleito, democraticamente, o primeiro prefeito de Apucarana. Enquanto prefeito tinha como lema “Trabalhar pela educação e construir estradas para viabilizar o crescimento da cidade”. A minha irmã Helena Massaretto recorda que o nosso pai comentava: “vou investir em educação e estradas e deixarei para meus sucessores a tarefa de embelezar a cidade”. E brilhante foi sua administração quanto à educação. Pois, neste interim, fundou o Ginásio (Colégio) Municipal, que passou a ser, posteriormente, Ginásio (Colégio) Estadual e, também, a Escola Normal Regional de Apucarana, que formava professoras para o ensino primário. Quanto às estradas, também relevante foi sua contribuição, pois criou novas estradas de acesso à Apucarana, novas estradas rurais e também trabalhou na manutenção e conservação das estradas de terra existentes, que ao todo, eram em torno de 800 quilômetros no município. Com sua grande visão em sua gestão, viabilizou a construção da Santa Casa, do Aeroporto, do Fórum, da Escola Agrícola e, também, da Praça Municipal e da Catedral Nossa Senhora de Lurdes. Em âmbito estadual, atuou como vice-presidente da Companhia Paranaense de Energia Elétrica e Distribuição de Água, proporcionando a construção da primeira usina piloto em Campo Mourão, dentre outros feitos na Região. “Minhas Lembranças” | Luiz Massaretto
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Em 1952, falece sua querida esposa Sebastiana, fato que muito lhe entristeceu, pois Carlos valorizava muito a família, sendo um bom marido e bom pai. Um exemplo para seus filhos. Em meados do ano de 1956, mudou-se para Campo Mourão, passando a trabalhar no ramo da agricultura, pecuária e indústria de madeiras com seus irmãos e filhos. Em 1957, teve novas núpcias com Dirce Bassete. Desta união, nasceu o filho Armando Massaretto. Com 65 anos, Carlos Massaretto veio a falecer, em novembro de 1973, deixando saudades e boas recordações aos seus familiares e amigos. Nesse sentido, até hoje é fonte de inspiração aos seus descendentes e a todos que conhecem a sua trajetória de sucesso. Quando era criança, eu gostava de jogar bola e de nadar. Foi chamado ainda pequeno para as responsabilidades familiares. Com apenas nove anos, trabalhava com afinco na roça. Todos os filhos de Carlos Massaretto tinham responsabilidades. Mesmo com as tarefas familiares, eu fiz muitos amigos na infância, principalmente na escola. Cada um dos seus quarenta e seis amigos de classe fizeram dedicatórias em um pequeno livro, guardado por mim por mais de seis décadas.
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Minha vida em Apucarana
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período no qual residimos em Apucarana foi um dos mais felizes da minha vida. Na pequena cidade, fundei, juntamente com o meu irmão, Augusto, o jornal O Estudante. Eu guardo até hoje como relíquia a carteira de repórter. Outro documento que guardo com muito carinho é a certidão de garimpeiro, apesar de nunca ter exercido a função. Meu nome foi emprestado a um amigo de meu pai para atuar nessa atividade, nas barrancas do Rio Ivaí. Em Apucarana, eu minha irmã Alzira, se formaram juntos como Técnicos em Contabilidade, no ano de 1955. Meu pai era um homem de visão, de resolver as pendências administrativas no mesmo dia. Não postergava uma decisão para amanhã, como é comum na administração pública dos tempos atuais. Foi o primeiro prefeito eleito de Apucarana, depois da ditadura Vargas. Hoje, Carlos Massaretto é lembrado na cidade que administrou por um portal feito em sua homenagem na praça da cidade, e também como o patrono de uma escola. Aliás, foi ele quem trouxe e abriu diversas escolas na cidade. “Apucarana não pode ficar sem escolas”, era um de seus lemas. Meu pai era um homem enérgico. Ele dava dinheiro para os filhos e todos tinham que prestar contas dele. O primogênito começou a trabalhar com nove anos. Com treze, assumiu a liderança da família, a qual manteve por 71 anos. Coube a mim a organização da parte de finanças e burocrática. O meu segundo irmão prestou concurso para juiz substituto. Aprovado, foi designado para Foz do Iguaçu. No
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episódio da cassação do juiz Joaquim Euzébio Figueiredo, em 1964, foi nomeado para Campo Mourão. Atuou em Carlópolis, Cambará e, por fim, em Londrina. Augusto atuou em Londrina por 20 anos. Ele chegou a construir o prédio de um dos fóruns da cidade, faleceu em 1998. A minha irmã do meio, Helena, é professora e mora em Curitiba. Formada em Letras, tem dois filhos, formados em Medicina e Engenharia Civil. Alzira, a caçula, mora em Campo Mourão. Viúva do pioneiro Arnaldo Walter Bronzel (1998) é mãe de Cézar, que atua em Comércio Exterior e de Regina, nossa prefeita de Campo Mourão, eleita em 2012 pela vontade dos mourãoenses. Armando, o meu irmão caçula, é fruto da segunda união de meu pai que se deu em 1957. Lembro-me da ternura da minha mãe. Ela era muito doce. Desde que nasci, até a morte, ela vivia sempre doente. A minha mãe faleceu em 1952, vitimada por um câncer. Ela deixou muitas saudades. Em relação ao meu pai, mesmo não tento muito estudo, ele guardava tudo na cabeça. Foi o prefeito responsável por 800 quilômetros de estradas rurais de um dos maiores municípios, na época, do estado do Paraná No primeiro período administrativo de Apucarana, a estrada de ferro ainda não chegava à cidade. Os moradores viviam o drama da poeira e da lama que assolava todos os pequenos municípios do noroeste do Paraná. Fixei em Campo Mourão, lugar onde definitivamente firmei minhas raízes.
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Minha passagem no Exército
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m Curitiba, fui servir no 3º Regimento de Artilharia Montada da 5ª Região Militar, durante o período de 1º de fevereiro de 1946 a 31 de janeiro de 1947, na função de sinaleiro telefonista. O quartel funcionava no atual Shopping Curitiba. Permaneci durante um ano no exército. Foi uma experiência satisfatória, oportunidade na qual fiz diversas amizades, principalmente com o comandante do Regimento. Durante esse período, fui designado para trabalhar no anexo do gabinete do comandante, junto com os outros colegas militares. Permaneci durante uma temporada perto do gabinete. Naquela época, a unidade militar em Curitiba era composta por cerca de 1200 soldados. O serviço militar respirava o fim da sangrenta Segunda Guerra Mundial. Paralelo às atividades no quartel, eu era um forte atleta, 63 quilos e corria 12 quilômetros por dia. Naquele período, também havia disputa entre os quartéis. Fui designado para trabalhar no quartel general, localizado próximo ao Passeio Público. Porém, antes da transferência, eu e meus amigos exigiram a confecção de uniforme novo, composto por quepe, túnica, bota e espora. Atendida a reivindicação, aceitei o novo desafio. No quartel general, o expediente iniciava ao meio-dia e terminava às 19h. Minha tarefa era fiscalizar os militares que atuavam nas ruas de Curitiba. Ali vi a possibilidade de ir para a Itália com um grupo. A tarefa na Itália consistia em montar a guarda no Cemitério de Pistoia, criado na região da Toscana. O cemitério permitiu reunir, num único local,
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com quadras apropriadas e devidamente demarcadas, os restos mortais dos combatentes do teatro de operações de guerra italiano, ao final do conflito, em maio de 1945. Porém, a possibilidade não foi consumada com a não permissão da viagem pelo meu pai. A minha mãe encontrava-se muito doente e necessitava da ajuda dos filhos. Não sofri nenhuma penalidade no período em que permaneci no exército. Ao ser licenciado, fui elogiado por não ter sofrido punição alguma durante o seu tempo de serviço. Terminada a tarefa no exército, voltei para a terra dos meus pais, Apucarana, oportunidade na qual conclui a terceira série do ginásio.
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Angelina, meu grande amor
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omecei a namorar a Angelina em 1948. Um pequeno desentendimento nos afastou por um curto período. Ao reatarem o namoro, pedi a mão de Angelina em casamento. Em 21 de dezembro de 1950, nós dois apaixonados nos casaram. O ano de 1950 foi considerado um ano santo para os católicos, devido ao congresso eucarístico que se realizava no Rio de Janeiro, que era o Distrito Federal naquela época. No ano seguinte ao nosso casamento, nasceu nossa filha Marlene. Ela é casada com o empresário Adalberto Ronauro Alves de Gouveia, que também como eu, foi presidente do Rotary Campo Mourão.
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Em Campo Mourão definitivamente
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m 1956, eu cheguei definitivamente em Campo Mourão, no ano anterior, meu pai Carlos, meu tio Pedro e eu decidimos encerrar a atividade em Apucarana, pois a família estava aumentando. Decidimos, então, abrir uma serraria no novo município. Meu saudoso pai abriu 20 quilômetros de estrada até a propriedade rural. Porém eu tive que permanecer na antiga cidade, durante o ano de 1955, para terminar o curso de Técnico em Contabilidade e para liquidar a Casa do Povo. Vendi a propriedade que tínhamos lá e a propriedade rural em Itapejara. Em Campo Mourão, as atividades comerciais voltaram-se somente para a serraria. Quando estas se firmaram e com a necessidade de Marlene dar início aos estudos, resolvi mudar para a cidade com minha família. Fixamo-nos lá em 6 de janeiro de 1958, no mesmo local onde residimos até hoje. A casa era de madeira, depois foi reconstruída em alvenaria. Eu estava na cidade para cuidar dos interesses da firma, porém, esta contava com somente dois ou três formados em contabilidade. Fui procurado pela primeira vez pela família Ferrari e, com o passar do tempo, estabeleci boa clientela. A cidade contava com três cinemas e eu tive a oportunidade de participar da sociedade de um deles, arrumei a personalidade jurídica da empresa de “S/A” para “Ltda.”. Surgiu também a oportunidade com o Posto Avenida. Também estabeleci sociedade com um grupo em Curitiba, ocasião que foram construídos 32 apartamentos e várias residências na capital. O cuidado com os negócios ficava por conta do meu cunhado
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enquanto eu ia acompanhar o andamento dos trabalhos por lá. Em determinado momento fui procurado por Élio Rodrigo de Matos para ajudá-lo na abertura de uma construtora, resolvi ajudá-lo nesse empreendimento, porém mantendo o negócio somente no nome dele. Trabalhamos com um contrato particular durante cinco anos, quando resolvi não mais continuar. Durante o período em que estive na construtora, foram construídas 154 edificações. Conseguimos 98 financiamentos para nossos clientes. Todo esse trabalho era realizado em equipe na construtora, fazenda ou cinema. Quando viajava, delegava funções. Porém, eu procurava controlar todas as funções das empresas. Getúlio Ferrari cuidava da parte administrativa do cinema. Fiz laços afetivos muito fortes com essa família, o pai de Getúlio, o Sr. Alfredo, considerava-me como a um filho. Aqui formamos um grupo meu pai Carlos e meu tio Pedro Massaretto. Trabalhava muito, não tinha descanso. Os empreendimentos tiveram mais de 100 funcionários em todas as firmas. Nunca mandei nenhum funcionário embora. Também não tive nenhum desentendimento com meus sócios. Na serraria, havia 40 funcionários, em determinada época, havia 80 pilhas de madeira. A maior parte da madeira foi destinada à construção de Brasília, mas também foi vendida para Rio de Janeiro e São Paulo (Jaú e Ribeirão Preto). Na época, o maior madeireiro era Rosalino Mansuetto Salvadori a quem eu sempre procurava, juntamente com o Ivo Mário Trombini para trocarmos ideias sobre o ramo. A propriedade localizada em Nova Cantu estava, além de meu nome e de minha esposa Angelina, nos nomes de meus pais Carlos Massaretto e Sebastiana de Oliveira, e dos meus tios Pedro e Adelina Massaretto. Com o falecimento de minha mãe, veio o primeiro inventário. Em 1973, faleceu meu pai, então fizemos toda a divisão dos bens. A sociedade com meu tio terminou em 1980. A divisão foi feita de manei“Minhas Lembranças” | Luiz Massaretto
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ra agradável e com toda a compreensão da nossa família. Em Campo Mourão, também tive a oportunidade de desenvolver trabalho social. Fui fundador da Coamo, sob o número 418, e fiz parte do seu conselho fiscal por quatro anos. Durante trinta anos, fui jurado. Participei da fundação da Faculdade de Filosofia e Letras de Campo Mourão, nessa oportunidade tive o privilégio de atuar na doação dos primeiros livros da instituição. Participei do Conselho Fiscal da Codusa e das empresas de automóveis da cidade. Todas essas funções, sem remuneração! Esses trabalhos que desenvolvi ao longo de minha vida me renderam, além de satisfação, homenagens feitas pelo jornal Tribuna do Interior e pelo Estado do Paraná. Não tive inimigos e pretendo morrer sem eles. Hoje, meu pensamento é outro, bem diferente de quando era jovem. Aos 84 anos não penso mais em adquirir bens ou participar de outras entidades. Não me interessa mais aumentar meu patrimônio. Diálogo é o maior segredo do casamento duradouro. O respeito com sua parceira também! Angelina foi minha única namorada. Procurei dar a minha filha, Marlene, boa educação, formou-se em piano em Londrina e na escola normal, fez também dois anos de Ciências Econômicas.
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Autoridades da Família Carlos Massaretto
O primeiro prefeito eleito de Apucarana
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Nasceu no dia 6 de janeiro de 1908, na cidade paulista de Itatiba, filho de João e Regina Carli Massaretto, imigrantes italianos da região de Veneza. Em 1927 casou-se com Sebastiana de Oliveria, tendo o casal quatro filhos: Luiz, Augusto, Helena e Alzira. Residiu em sua cidade natal até 1932, mudando-se posteriormente para a também cidade paulista de Araçatuba, onde residiu até 1941, transferindo-se posteriormente para o então patrimônio de Nova Dantzig, atual cidade de Cambé. Em 1942, mudou-se para Apucarana, então um pequeno vilarejo com aproximadamente 150 casas de madeira. Com sua visão empreendedora, instalou o estabelecimento comercial Casa do Povo, localizada Av. Curitiba (proximidades da atual Rua Osvaldo Cruz). Atuando, desde então, com grande dedicação, para o desenvolvimento do patrimônio, participando, inclusive, com inigualável dedicação, das atividades esportivas e culturais, colaborando para a fundação do GERA (Grêmio Esportivo e Recreativo Apucaranense) e a construção de sua sede própria, à Rua Reserva. Atual Rua Prof. João Cândido Ferreira, nas proximidades da Praça Palmas, atual Praça Rui Barbosa. Buscando sempre melhoramentos para o patrimônio e posteriormente para o município, criado pelo decreto-lei nº 199, de 30 de dezembro de 1943, pelo interventor Manoel Ribas, no dia 16 de novembro de 1947, concorreu ao cargo
de prefeito municipal pelo PSD (Partido Social Democrático), obtendo 1.300 votos, derrotando seu opositor, Rubens Pazanezzi, pela coligação UDN (União Democrática Nacional), PTB (Partido Trabalhista Brasileiro) e PRP (Partido de Representação Popular, que obteve 1249 votos.
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Posse
Transcrevemos o termo de abertura e a ata de posse do prefeito Carlos Massaretto e dos vereadores, nos seguintes termos: “Servirá o presente livro de cincoenta folhas tipograficamente numeradas, e todas elas rubricadas com a rubrica “C. Corrêa” de meu uso e servirá para atas da Câmara Municipal e compromissos de seus membros, levando no final o termo de encerramento. Apucarana, 11 de dezembro de 1947. a) Adelino Honório Corrêa, Prefeito Municipal”. “Ata da Sessão Extraordinária da Câmara Municipal de Apucarana, da posse do Sr. Prefeito Municipal eleito dia 16 de novembro de 1947. Aos doze dias do mês de dezembro de mil novecentos e quarenta e sete, nesta cidade de Apucarana, em recinto do cinema local, sob a presidência do sr. Jorge Amin Maia, reuniu-se a Câmara Municipal com a presença dos seguintes membros: Hidelbrando Ferreira de Camargo, Dagoberto Pusch, Eliseu Cilião de Moura, João Batista Alberto Gnoato, Romeu Beligni, Renê Camargo de Azambuja, José Martins de Oliveira, José Ribeiro de Souza, Adelino Honório Corrêa e Henrique Victor Giublin e presentes ainda altas autoridades e pessoas gradas. Foi eleito pelo Sr. Presidente dito que a sessão tinha por objetivo deferir ao senhor Carlos Massaretto, Prefeito eleito em dezesseis de novembro último, o compromisso legal, convidando S.S. de prestar, perante a Câmara, nos precisos termos do art. 7º do Ato das Disposições Constitucionais Transitória da nossa Carta Magna Estadual, o compromisso de, com honra e lealdade exercer as funções de Prefeito Municipal de Apucarana, o que foi feito sob brilhante salva de palmas. Em seguida declarou o Sr. “Minhas Lembranças” | Luiz Massaretto
Presidente livre a palavra para quem dela quisesse fazer uso”.
Oradores
Lema
Ao assumir o mandato, o prefeito Carlos Massaretto adotou como lema “Trabalhar pela educação e construir estradas”, visando o desenvolvimento do município e “deixando para seus sucessores a tarefa de embelezar a cidade”, afirmava. No setor educacional, reivindicou do então governador do Estado, Moysés Lupion, a construção do atual prédio que abriga o Grupo Escolar Santos Dumont, a criação e instalação do Ginásio e da Escola Normal Municipal, que posteriormente foram estadualizados, abriu e construiu estradas rurais, num total de 800 quilômetros, visando facilitar o acesso à sede municipal, viabilizou a construções do Aeroporto Municipal (onde hoje se encontra o núcleo habitacional Castelo Branco, os prédios do Fórum ( na Praça Rui Barbosa) e a delegacia de polícia, na Rua Erssto Gaertner, a construção da “Minhas Lembranças” | Luiz Massaretto
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Prossegue a ata dizendo que “pediram a palavra os vereadores empossados João Batista Alberto Gnoato e Renê Camargo de Azambuja, que proferiram brilhantes orações alusivas ao ato. Falaram a seguir o cidadão Joaquim Ramalho e o Reverendíssimo Padre Vigário desta cidade que produziram brilhantes alocuções, tendo sido todos oradores grandemente aplaudidos. Encerrando a sessão, mandou o Sr. Presidente que se lavrasse a presente ata que lida e achada conforme vai assinada pelo Sr. Prefeito compromissado, pelos membros da Câmara e demais autoridades presentes. Eu, Adelino Honório Corrêa, primeiro secretário a escrevi”. Seguem as assinaturas de Jorge Amin Maia, Carlos Massaretto, Dagoberto Pusch,Hidelbrando Ferreira de Camargo, Romeu Beligni, João Batista Alberto Gnoato, Henrique Victor Giublin, Renê Camargo de Azambuja, José Martins de Oliveira, José Ribeiro de Souza e Eliseu Cilião de Moura.
Estrada de Ferro Central do Paraná, partindo de Apucarana, a construção do prédio da Empresa Hidroelétrica do Vale do Ivaí, nas proximidades da estação ferroviária e outros melhoramentos de responsabilidade da administração municipal.
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Fim do mandato
Transferiu o cargo para seu sucessor, Tenente-Coronel Luiz José dos Santos, no dia 12 de dezembro de 1951, eleito que fora nas eleições municipais realizadas no dia 22 de julho daquele ano. No dia 1º de novembro de 1952, faleceu sua esposa Sebastiana de Oliveira Massaretto, que se encontra sepultada no Cemitério da Saudade em Apucarana. Em meados de 1956, mudou-se para a cidade de Campo Mourão, passando a trabalhar com seus irmãos e filhos. No ano de 1957 construiu novas núpcias com Dirce Bassete, advindo desta união o filho Armando Massaretto. No mês de novembro de 1973, com 65 anos, após uma existência frutífera para sua família e às comunidades onde atuou, veio a falecer, deixando saudades e boas recordações aos seus familiares e seu vasto círculo de amigos. O Partido Social Democrático, que é o partido a que pertence o Sr. Moysés Lupion, recomenda ao eleitorado de Apucarana a seguinte chapa para as eleições de 16 de novembro: PARA PREFEITO: CARLOS MASSARETTO PARA VEREADORES: Adelino Honório Correia, Adriano Correia, Juvenal Cantador, João Batista Gnoato, Henrique Victor Giublin, Jorge Maia, benedito José dos Reis, Tapir Lopes, Izauro de Oliveira, Hidelbrando pereira Camargo, Romeu e D. Ana Maria Almeida Kuke “Minhas Lembranças” | Luiz Massaretto
Carlos Massaretto, candidato que o povo conhece desde o começo de Apucarana.
Homens de Apucarana
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Cidadão honesto: É chegada a hora do empreendimento popular. Apucarana precisa de sua gente! Estamos dispostos a lutar pelos direitos do povo. Democrata e liberal, nossa campanha iniciar-se-á com este grito de guerra: Abaixo a camarilha de cretinos e incompetentes, sob a chefia de um Carlos Massaretto! Apucarana precisa de homens... e mais que homens – pede a luz! Daremos a Apucarana aquilo que precisa: LUZ E HOMENS Comerciantes, médicos, advogados, sitiantes – serremos fileiras para salvar este município! Nada de promessas: teremos fatos! Cidadãos honestos de Apucarana: Aguardem o grande Comício dos Amigos da cidade, no próximo dia 02!
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REGINA MASSARETTO BRONZEL DUBAY
Regina Massaretto Bronzel Dubay foi eleita em 2012 a primeira prefeita de Campo Mourão, pelo Partido de República-PR, para governar a cidade dos anos de 2013 a 2016. Sobrinha de Luiz Massaretto, Regina é filha de Alzira Massaretto Bronzel, viúva de Arnaldo Walter Bronzel. A prefeita é casada com o agricultor Laércio Dubay, com quem tem dois filhos: Anelise (Secretária da Mulher do Município) e o médico Carlos Eduardo. Pedagoga e pós graduada em psicopedagogia pela Fecilcam (Faculdade Estadual de Ciências e Letras de Campo Mourão), foi proprietária da pré-escola Pingo de Gente, e na comunidade sempre se destacou por participar de campanhas que buscavam soluções para questões socioeconômicas e políticas para a cidade. Em 2005, foi convidada pelo então prefeito Nelson Tureck para ser a primeira Secretária da Mulher de Campo mourão. Abnegada e comprometida, buscou apoio com lider“Minhas Lembranças” | Luiz Massaretto
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anças nacionais em Brasília e, no seu primeiro no de atuação, conseguiu a construção do Centro de Referência da Mulher no jardim San Marino e da Casa Abrigo (para mulheres em situação de violência), além de veículos para atendimento à clientela dessa pasta. Também conseguiu instalar na cidade uma Delegacia Especializada em violência contra a Mulher e difundiu a importância da Lei Maria da Penha de defesa dos direitos da mulher e combate à violência doméstica. Além disso, a Secretária ampliou o número de Clubes de Mães de 7 para 32, promovendo cursos de geração de renda e esclarecimentos sobre seus direitos. Em 2008, foi eleita vice-prefeita para o segundo mandato do prefeito Nelson tureck, consolidando a Secretaria da Mulher de Campo Mourão que serviu de referência para várias cidades do Brasil. Como vice-prefeita, ainda acumulou a pasta da Secretaria da Ação Social, onde lutou para ampliação dos programas e da estrutura de serviço, beneficiando milhares de famílias de baixa renda. Pela credibilidade alcançada no primeiro ano de mandato, aprovou diversos projetos junto aos órgãos federais para Campo Mourão, a fim de que fossem investidos especialmente na educação e na saúde e iniciou processo para implantação do curso de medicina na cidade. Em seu primeiro ano de atuação, recebeu na cidade a Presidenta da República Dilma Houssef, que lhe fez referências públicas em discurso para milhares de pessoas no Parque de Exposições da cidade.
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AUGUSTO MASSARETTO
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Nasceu em Itatiba, Estado de São Paulo, no dia 16 de dezembro de 1929, filho de Carlos Massaretto e de Sebastiana de Oliveira Massaretto, ele é um dos pioneiros da cidade de Apucarana. Ingressou na Faculdade de Direito da Universidade Mackenzie de São Paulo, onde se formou. Foi Diretor do Departamento de Assistência Judiciária do Centro Acadêmico João Mendes Júnior da Faculdade de Direito. Estagiou na Secretaria de Segurança Pública do Estado de São Paulo, junto às 1ª. e 6ª. Divisão Policial, no plantão da Zona Leste e Centro. Lecionou as disciplinas de Geografia e Organização Social e Política Brasileira no Colégio Estadual de Campo Mourão. Exerceu a advocacia nas comarcas de São Paulo, Peabiru e Campo Mourão. Iniciou a carreira na Magistratura como Juiz Substituto em 03 de julho de 1964, na 19ª. Seção Judiciária em Foz do Iguaçu, passando em seguida pelas Seções Judiciárias de Maringá e Campo Mourão. Como Juiz Titular, esteve em Carlópolis, Mandaguaçu, Santa Izabel do Ivaí, Cambará e Londrina. Assumiu em 19 de fevereiro de 1971 a 2ª. Vara Criminal de Londrina, permanecendo à frente da mesma durante dez anos, cumulando por sete anos a presidência do Tribunal do Júri. Por opção, foi removido para a 1ª. Vara Cível e, com a elevação da comarca para entrância final, foi promovido para a 6ª. Vara Cível, retornando em seguida para a 1ª. Vara Cível, respondendo pela Direção do Fórum de 1980 a 1990. Exerceu a função de Juiz Eleitoral da 42ª Zona no período de janeiro de 1978 a setembro de 1978. Devido a problemas de saúde, aposentou-se, a pedido, em outubro de 1993. Fez vários cursos de extensão universitária, tais como Direito Penal, Direito Processual Civil, Sexologia Forense, Crimes contra o Patrimônio, Direito Administrativo, Direito Comercial, e outros. Participou do Ciclo de Estudos da ADESG (Associação dos Diplomados da escola Superior de Guerra) no
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ano de 1976. Recebeu várias homenagens, entre as quais a medalha, com diploma, “Monumento Marechal Humberto de Alencar Castelo Branco”, conferida pelo Centro de Estudos de Ciências Jurídicas e Sociais do Brasil (São Paulo, 1978). Faleceu em data de 23 de julho de 1998. Foi casado com Maria Nilza Junqueira Massaretto, com quem teve duas filhas: Eliane e Rejane. Eficiente no trabalho, humano no agir. Possuía uma personalidade cordial e atenciosa. Simples, humilde, afável e, apesar disso não perdeu a autoridade. Austero e firme em suas decisões, caráter sólido, granjeou respeito e simpatia por onde passou, dignificando a magistratura paranaense. Mesmo após deixar o mundo dos vivos, é lembrado pelo seu exemplo.
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A DAMA DA SEMANA
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Nossa entrevistada de hoje, como a dama da semana é a senhora Angelina Moradore Massaretto, esposa do empresário Luiz Massaretto, um dos casais mais conhecidos e estimados da cidade. Dona Angelina nasceu em Coroados, estado de São Paulo, vindo para o Paraná em 1942 e para Campo Mourão em 1956. É casada há 26 anos de cuja feliz união tem uma filha, de nome Marlene, casada com o Sr. Adalberto Ronauro Gouveia, sendo que suas duas netinhas, Caroline e Denise, são parte ativa de sua vida. Como grau de instrução, possui curso científico; pertence à associação das damas de rotarianos, da qual ocupou por duas vezes o cargo de presidente e tesoureira, atualmente ocupando o cargo de secretaria daquela entidade. Considera-se pioneira de Campo Mourão, pois assistiu seus primeiros passos e acompanhou seu progresso, que, atualmente, está em fase de desenvolvimento. Destaca a presença de muitos homens inteligentes a testa dos cargos públicos, achando que Campo Mourão, muito em breve, vai liderar o Oeste do Paraná. Acha que no momento atual em que se vive os mais intensos movimentos feministas, nos quais a mulher procura galgar algo mais importante na posição social, a mulher mourãoense contribui com uma parcela de dinamismo e não deixa por menos. Sobre a parte cultural, diz: “Não se pode dizer que Campo Mourão está em precárias condições, mas também não pode se parar de reivindicar cursos, principalmente para o setor masculino, como administração, direito e agronomia, etc. Isso viria a evitar inúmeras circunstâncias difíceis de transpor, como: locomoção dispendiosa e riscos nas estradas”. Finalizando o seu contato com o titular desta página, dona Angelina Moradore Massaretto dirigiu a seguinte mensagem de otimismo para o povo de Campo Mourão: “Só
se constrói algo positivo, se fizermos com amor e dedicação. Essa é a arte de dar com uma mão sem que a outra tome conhecimento”.
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Extraído do livro dos pioneiros de Campo Mourão, do ano de 2010:
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ANGELINA MORADORE MASSARETTO
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Filha de João Moradore e Josephina Moradore. Nasceu em outubro de 1929 em Coroados – (SP). “Éramos sete irmãos. Já faleceram dois. Meu pai tinha fazenda, trabalhava com café. A gente sempre foi criada na fazenda. E minha infância foi muito boa, porque a gente na época estudava naquelas escolinhas que pertenciam a Coroados e depois eu fiz o primeiro grau, quando ainda estava na fazenda. Depois, quando a gente mudou para Apucarana parei uma temporada, mas iniciei de novo. Consegui fazer o científico. Papai vendeu as terras de lá (São Paulo) e achou que aqui era melhor. Terra nova, tinha mais progresso. Eu tinha 13 anos. Papai comprou umas terras e a gente ficou na cidade de Apucarana. Ali trabalhei no Correio, em casas de comércio. A minha irmã era cabeleireira e a gente sempre ajudava também no orçamento familiar. Casei-me no ano de 1950, no dia 21 de dezembro, com Luiz Massaretto, e nesta época meu sogro era o Prefeito de Apucarana. Conheci o meu marido num circo e daí a gente começou a flertar. Era mais um passatempo. Namoramos, desistimos e depois voltamos de novo. Daí foi para valer. Eu tinha 17 anos e casei com 21 anos. Deste casamento, tivemos uma filha que se chama Marlene. É casada com Ronauro Gouveia. Temos quatro netos: Caroline, Denise, Alisson e Rony e quatro bisnetos, todos casados. Em Apucarana meu esposo estudava e trabalhava em Casas de Comércio – a Casa do Povo – de secos e molhados. Depois de casada, passei a exercer a função de dona de casa, cuidando mais do lar. Ficamos cinco anos em Apucarana. Depois, ficamos dois anos na fazenda.
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Em 1948 já tínhamos adquirido terras em Campo Mourão e viemos para cá em 1956, na fazenda, e aqui na cidade 06 de janeiro de 1958. Seu esposo atuava na escrita, no financeiro, tudo era dado a ele. E atendia a fazenda, com plantio de pasto e serraria. Disse que nunca teve feriado. Trabalhou de cedo à noite. Quando viemos para Campo Mourão, era muito pó, não tinha asfalto. Era muita terra. Era uma cidade pequena, o começo. Só depois, com o passar do tempo que foi se desenvolvendo. Amo muito esta cidade na qual encontrei muitos amigos. Meu marido foi um dos primeiros presidentes do Rotary de Campo Mourão e por duas vezes presidente. Há 40 anos continua participando. Tive muita satisfação de pertencer à Associação de Senhoras de Rotarianos, sendo por duas vezes a presidente, quatro vezes tesoureira e tive outros cargos. Dediquei dois anos como tesoureira na creche Nossa senhora Aparecida. Sou muito religiosa, pertenço ao apostolado da oração, faço parte do grupo Unidos em Cristo. Agradeço a deus por ser escolhida a vir ao mundo participar de tantas graças. Angelina é cercada de carinho por todos que a conhecem. Atualmente reside na área central da cidade, com seu esposo.
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Cidadão Honorário de Campo Mourão
Matéria divulgada pelo jornal Tribuna do Interior de 16/03/2013:
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esmo com muita chuva, a Casa da Amizade de Campo Mourão ficou lotada na noite desta quinta-feira (14/3) com a realização da sessão solene da Câmara de Vereadores para a entrega do Título de Cidadão Honorária do Município ao pioneiro Luiz Massaretto. O evento reuniu autoridades, lideranças, familiares do homenageado, pioneiros e um grande número de rotarianos mourãoenses. A outorga do principal título honorífico do Município a Luiz Massaretto resultou de projeto de autoria do ex-vereador e advogado Edoel Rocha, que foi subscrito por todos os demais vereadores da legislatura passada. Na votação secreta em plenário, o projeto de resolução foi aprovado por unanimidade. A honraria foi aprovada pela Câmara Municipal no início do ano passado. Aberta a sessão solene, o homenageado foi conduzido a mesa principal pelas vereadoras Elvira Schen e Nelita Piacentini. Em seguida foi executado o Hino Nacional e o vereador Toninho Machado fez a leitura de um trecho bíblico. O primeiro a discursar foi o autor do projeto que concedeu a honraria, Edoel Rocha. Juntamente com a prefeita Regina Dubay (que é sobrinha do homenageado), Edoel Rocha fez a entrega do diploma a Luiz Massaretto. A cerimônia prosseguiu com os pronunciamentos do homenageado, da sua filha, Marlene Massaretto Gouveia; do governador do Distrito 4630 do Rotary Internacional, Antonio Carlos Cardoso; da prefeita Regina Dubay e do presidente da Câmara Municipal, Pedro Nespolo. Também discursou um
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neto de Luiz Massaretto. O cerimonial foi encerrado com a execução do Hino de Campo Mourão e um coquetel. Luiz Massaretto nasceu em 28 de junho de 1928, na cidade de Itatiba (SP). No dia 21 de dezembro de 1950 casou-se com Angelina Moradore Massaretto. Ele tem uma filha: Marlene Massaretto Gouveia. O novo cidadão honorário do Município radicou-se na zona rural de Campo Mourão em 1956. Oito anos antes, ele esteve na cidade para supervisionar a construção de uma hidrelétrica piloto. Quando fixou residência no Município, Luiz Massaretto passou a atuar com pecuária e uma serraria. Em seguida, foi sócio proprietário de cinemas em Campo Mourão (Cine Mourão, Cine Império e Cine Plaza), teve posto de combustíveis (Posto Avenida) e investiu ainda em construção civil. Seu currículo aponta ainda que foi um dos primeiros cooperados da Coamo, participou do Conselho Fiscal da extinta Associação de Pecuaristas da Região de Campo Mourão (Aprecampo), da Codusa e de concessionárias de veículos. Também aponta que foi o primeiro sócio-fundador do Rotary Campo Mourão (em 1969) e participou da fundação da Faculdade de Ciências e Letras (Fecilcam), onde encampada pela Universidade Estadual do Paraná (Unespar). O novo Cidadão Honorário de Campo Mourão é considerado o pai do Rotary Clube no Município. Pronunciamentos:
Palavras da filha Marlene Massaretto Gouveia: Quero agradecer a Câmara Municipal de Campo Mourão, em nome do presidente, Sr. Pedro Rogério Lourenço Nespolo. Agradeço também o ex-vereador Edoel Rocha, autor desta preposição de conceder o título de cidadão honorário de “Minhas Lembranças” | Luiz Massaretto
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Campo Mourão ao meu pai. Agradeço também nossa prefeita, Regina Massaretto Bronzel Dubay, demais autoridades e membros desta mesa aqui já nominados; Companheiros rotarianos, amigos, convidados e familiares. É com muita emoção e alegria que vou contar um pouco da história do meu pai, o Sr. Luiz Massaretto. Tudo começou em 1927, na cidade de Itatiba, estado de São Paulo, quando meus avós Sebastiana e Carlos Massaretto se casaram. Desta união, nasceu meu pai Luiz, depois seus irmãos Augusto, Helena, Alzira e Armando. Durante 6 anos, meu avô permaneceu em Itatiba, mas em busca de melhorias, e até mesmo aventura, mudou-se para Araçatuba, onde adquiriu uma pequena propriedade rural. Mas ainda não estava contente. Nesta época, falavam que o Paraná estava se desenvolvendo muito e prometia bons negócios. Mudaram-se novamente para a cidade de Cambé. Somente nessa época, foi que meu pai começou a frequentar uma escola. Após 2 anos, vô Carlos se mudou para Apucarana, onde montou uma casa de comércio junto ao seu irmão, Pedro, que era seu sócio. Meu pai terminou o primário, fez o ginásio e o curso de contabilidade em Apucarana. Seu CRC no Paraná tem número 4200. Nessa época, ele fundou o Jornal do Estudante. Buscando sempre aprimorar seus conhecimentos, aperfeiçoou-se em Contabilidade Comercial, Industrial e Agropecuária. Fez cursos complementares nas áreas humana e pública. Com 18 anos, foi para o Exército, em Curitiba. Como sempre muito disciplinado, foi escolhido para trabalhar junto ao Coronel. Participou do Quartel General, fazendo patrulhas na cidade de Curitiba. Sua honestidade e conduta exemplares como militar, fez com que ele fosse escolhido para ir até a Itália, onde seria guarda na cidade de Pistoia, mas não aceitou ao convite, devido sua mãe estar muito doente, a qual veio a falecer.
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Resolveu, então, voltar para Apucarana. Foi quando conheceu, como diz ele, o amor da sua vida, minha mãe, Angelina. Casaram-se em 1950 e estão juntos há 63 anos. Ainda em Apucarana, meu avô foi o primeiro prefeito eleito pelo povo, mais tarde foi o vice-presidente da empresa de luz, água e esgoto do Paraná, a qual estudava um projeto de construção da usina Mourão, havendo a necessidade de uma usina piloto. Foi então que, em 1948, pela primeira vez, meu pai veio a Campo Mourão, como representante, acompanhar os trabalhadores na usina. Em 1956, mudamos para a fazenda localizada no município de Campo Mourão, onde funcionava uma serraria e atividade agropecuária. Após dois anos de moradia na área rural, mudamos para a cidade, onde meu pai pode fazer o que mais gostava: trabalhar com a parte administrativa. Montou seu escritório na Av. Capitão Índio Bandeira, onde representava a família. Tanta dedicação e esforço fizeram com que se envolvesse em outros negócios. Foi sócio administrador do cinema por vários anos, o antigo Cine Plaza. Também administrou o posto de gasolina Avenida. Trabalhou na construtora, em sociedade com o Sr. Élio Rodrigues de Matos, no qual construiu 151 residências e 3 hospitais. Seu anseio de melhorar sempre esteve à frente, por isso se associou à Cooperativa Coamo, sob o número 418. Por sua honestidade, fez parte 4 vezes do conselho fiscal da Coamo; da Coduza, da Aprecampo, foi jurado por 30 anos, foi um dos fundadores da faculdade municipal de Campo Mourão, participou de sociedade em todos os clubes da cidade, foi eleito 4 vezes Personalidade do Ano pelo jornal Estado do paraná e Tribuna do Interior. Toda sua vida foi dedicada aos números. Ele sempre administrava a parte financeira da família. Com o falecimento do meu avô, Carlos, terminou a sociedade e meu pai ficou com a parte da fazenda que se encontra no mesmo local e com a mesma característica. Claro que com muito mais estrutura e modernidade, contando com a parceria do seu neto Alisson, engenheiro agrônomo da fazenda. “Minhas Lembranças” | Luiz Massaretto
Meu pai está com quase 85 anos, continua com seu escritório, fazendo o que gosta. Reclamando um pouco que não enxerga. Podem ter certeza de sua capacidade de analisar, calcular e compreender, fazer contas e lembrar datas. Adora e vive para sua família, seu genro, seus netos, bisnetos, irmãos e demais familiares. Outra grande paixão são seus amigos e companheiros rotarianos, que ele diz ser sua segunda família. Quero agradecer a todos os presentes. Obrigada por esta homenagem ao meu querido pai. Nossa família está muito feliz e orgulhosa e tenho certeza que este momento especial e inesquecível ficará marcado para sempre. Pai, você é um ser privilegiado. Com certeza Deus o abençoou com tantas coisas boas na sua vida. Todos te amamos muito! Muito obrigada.
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Foto Revista Rotary
Objetivos do Rotary PRIMEIRO: O desenvolvimento do companheirismo como elemento capaz de proporcionar oportunidades de servir; SEGUNDO: O reconhecimento do mérito de toda ocupação útil e a difusão das normas de ética profissional; TERCEIRO: A melhoria da comunicação pela conduta exemplar de cada um na vida pública e privada;
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QUARTO: A aproximação dos profissionais de todo o mundo, visando à consolidação das boas relações, de cooperação e de paz entre as nações
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Minha vida no Rotary
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or meados de 1969, o distrito do Rotary Internacional 463 pertencia a todo o Estado do Paraná, onde o Governador era da cidade de Londrina, o saudoso Odésio Franciscon, que, na tentativa de fundar um Rotary na região de Campo Mourão, nomeou como seu representante Emílio Germani, do Rotary Club de Maringá. No dia 16 de abril de 1969, nas dependências do restaurante do Clube 10 de Outubro, realizou-se a primeira reunião, que contou com a presença dos rotarianos de Maringá, que se tornaram mais tarde padrinhos do nosso clube. Eu estava presente nesta reunião, sendo considerado o primeiro e número um dos seis fundadores do Rotary Campo Mourão. Presentes estiveram na reunião as seguintes pessoas: José Afonso André, Getúlio Ferrari, João Pacheco Gomes e eu. A segunda reunião aconteceu no dia 23 de abril no antigo Restaurante Azul, onde hoje funciona o Supermercados Carreira. Nesta reunião se fizeram presentes os rotarianos Emílio Germani e Ivaldo Borges Horta, que fizeram amplos esclarecimentos aos fundadores do Rotary mourãoense. Em 30 de abril, no Restaurante Azul, foi eleita a primeira diretoria provisória que dirigiu o Rotary até 30 de junho de 1970, composta por: Jorge Elizardo Garcia Árias (presidente), Getúlio Ferrari (vice-presidente), José Afonso André (secretário), Nelson Jaime Galbieri (tesoureiro), Dickson Fragoso Veras, Alceu David Pacheco, Iracy Ferrari e João Pacheco Gomes (diretores sem pasta). Além destes companheiros, passaram a constituir o quadro associativo as presenças de: Ady Rosa Vital Marchinni, José Roberto Teixeira Pinto, Lau-
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rindo Takasse, Luiz Massaretto, Manoel Nascimento e Nelson Teodoro de Oliveira. Nesta reunião deliberamos que as reuniões seriam realizadas todas as quintas-feiras no salão do Restaurante Azul, sempre às 20 horas. A instalação provisória do Rotary Campo Mourão ocorreu em 8 de maio de 1969, com a presença dos governadores Odésio Franciscon e Alceu Vezozzo. Estiveram nesta reunião: Getúlio Ferrari, Iracy Ferrari, Agostinho Grasso, Dickson Fragoso Veras, Vicente Urbano Leite Filho, Laurindo Takasse, João Pacheco Gomes, Íris Antônio Mazzuchetti, Agostinho Bukoski, Manoel Nascimento, Arthur Tramujas Filho, Roberto Galeano, Sérgio Sebastião Miguel, José Aroldo Gallassini, Nelson Teodoro de Oliveira, Ademaro Alberto Ferreira, Lauro Alves, Martin Merklin, Analtivo Ribeiro, Valfrido Tokarski, Sérgio Luiz Panceri, Fukami, Alceu Pacheco, José Roberto Teixeira Pinto, Leonel Sonsin, Nelson Jayme Galbieri, Valdemor Vigilato e eu, totalizando assim, 31 pessoas. E o tão esperado dia chegou. Em 17 de maio o Rotary Club Campo Mourão foi admitido em Rotary International, com sede nos Estados Unidos, sendo expedida a carta constitutiva assinada pelo presidente de RI Kiyoshi Iogahara. No dia 22, em reunião informal foi entregue os distintivos na residência do companheiro Ady Marchini, posteriormente, em 29 de junho, foi a posse do Conselho Diretor, em festiva realizada na Churrascaria Rainha do Oeste, com a presença do governador Odésio Franciscon e de seu representante Emílio Germani. Em seguida, discorrendo sobre as finalidades do Rotary, usou da palavra o governador Onésio Franciscon que fez a entrega da bandeira do Rotary e de um martelo, para vibrar o sino nas reuniões rotárias. O presidente do Rotary de Maringá, Newman da Silva Gomes, congratulando-se com os novos rotarianos de Campo Mourão, ofereceu em nome do seu clube, um sino para as reuniões, o mesmo que usamos até na atualidade. O marcante acontecimento reuniu, além das comitivas de rotarianos de Maringá, São Pedro do Ivaí, Lon“Minhas Lembranças” | Luiz Massaretto
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drina e Apucarana, autoridades e sociedade mourãoense. Na gestão de 1970/1971, fiz parte do Conselho Diretor como Primeiro Tesoureiro e, novamente, na gestão 1971/1972, representei o clube nas Assembleias e Conferências Distritais em Cianorte, Maringá, Apucarana, Arapongas, Rolândia, Londrina, Cornélio Procópio e Curitiba. Estivemos ainda na instalação do Rotary coirmão de Puerto Iguazu. Fui honrado e agraciado com meu empenho diante da presidência do Rotary no ano de 1972-1973, que, nesta época, era governado pelo companheiro Hilton de Trevizan, de Curitiba. Estive a frente de todos os cargos do Rotary, inclusive da presidência da construção da Casa da Amizade, que hoje se encontra no local uma belíssima construção. O meu Conselho Diretor era composto por: Ademaro Alves Ferreira (vice-presidente), Ayton Jaime Dezan (primeiro-secretário), Luiz Gonçalves (segundo secretário), Sérgio Luiz Panceri (terceiro secretário), Luiz Izaguirr (primeiro tesoureiro), Vicente Urbano Leite Filho (segundo tesoureiro), Íris Antônio Mazzuchetti, Getúlio Ferrari e Ariovaldo Gavioli (diretores de protocolo), João Pacheco Gomes, Iraci Ferrari e Roberto Estevam Galeano (diretores sem pasta) e Luiz Gonçalves e Doracy Scorsato (boletim). De janeiro a julho de 1974 voltei a ocupar novamente a presidência. Fui secretário, serviços internos, vice-presidente. Pertenci, ainda, a diversas subcomissões, tais como: frequência, admissão, classificação, boletim por cinco vezes e outras mais. Fui cinco vezes representantes do Governador do Distrito 463 do Rotary Internacional na região, também coordenei diversos fóruns rotários e os festejos alusivos aos 15 anos do nosso clube. Além de ter sido presidente executivo da Conferência Distrital, realizada em Campo Mourão, em abril de 1976. Participei nesses anos, de diversas excursões promovidas pelo Rotary, entre elas para Assunção, Buenos Aires, montevidéu, porto Alegre, Florianópolis, Curitiba, Rio
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de janeiro, Petrópolis, Niterói, São Paulo, Campos do Jordão, Brasília e Pousadas Quentes em Goiás. Estive também na Conferência Internacional do Rotary em São Paulo, onde diversos países se fizeram presentes. Participei da fundação do Rotary Clube de Goioerê e ainda fui presidente da construção da Casa da Amizade, desde seu início até o seu término. Juntamente com minha esposa, Angelina Moradore Massaretto, participamos de todas as campanhas encetadas pelo nosso Rotary Clube de Campo Mourão. O Distrito 463 compreendia todo o Estado do Paraná, posteriormente desmembrando-se em dois. Atualmente, são quatro. É uma bela trajetória. Hoje, com mais de 80 anos de idade e nada mais do que quatro décadas dedicados ao Rotary, isso me deu o “Título de Companheiro de Rotary mais idoso da Região”. Com 100% de frequência, inclusive com a visita a outros Rotarys, como em Assunção (PY), Buenos Aires (AR), Montevidéu (UR), Itália e várias cidades do Brasil. Não posso também deixar de citar as homenagens que recebi. Foram doze, entre Rotary Campo Mourão, Distrital e Internacional. Dentre as principais, destaco: - Título de pai dos Rotary de Campo Mourão, uma homenagem que me deixou muito emocionado - Troféu Emílio Germani; - Na Conferência Distrital em Maringá, diante de mais de 70 Clubes reunidos, recebi homenagem do Governador do Rotary Internacional Campo Mourão 2013-2014, Antônio Carlos Cardoso, sendo considerado seu segundo pai; - Maior Comenda do Rotary Internacional, o título de “Companheiro Paul Harris”, reconhecimento por serviços prestados à Fundação Rotaria, contribuindo para a erradicação da Polio“Minhas Lembranças” | Luiz Massaretto
mielite no mundo. No decorrer destes anos, o Rotary editou cinco livros: I – Pelo companheiro Luiz Massaretto – Meta de Ação 1972/1973 II – Pelo Companheiro Ayton Jayme Dezan – Plano de Atividades 1974/1975 III- Coordenado pelo companheiro Massaretto – 15 anos de união e trabalho 1984/1985 IV – 18 anos de União e Trabalho 1986/1987 V - Coord. Massaretto – 25 anos de União e Trabalho 17/05/1994
Primeiramente quero agradecer ao Conselho Diretor do Rotary Campo Mourão, pelo privilégio me concedido, para a realização dentro dos programas do Rotary Campo Mourão, da apresentação curricular profissional, social e familiar de alguém que é muito especial para nós rotarianos mourãoenses, de alguém que fez e faz parte de uma história gloriada de êxitos e, por certo, perpetuada em nossos corações. Queremos que o companheiro entenda que, através de nossas humildes palavras, não esteja somente sua apresentação curricular, mas uma singela homenagem, onde, com certeza, não conseguiremos enaltecê-lo como merece. Mas com certeza a cada dia, nossos laços de amizade e companheirismo estarão mais sólidos. Ao fazer uso destas palavras, quero pedir ao vosso companheiro, Luiz Massaretto, que se coloque em pé à frente da “Minhas Lembranças” | Luiz Massaretto
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Mensagem ao companheiro Massaretto, proferida em 3 de abril de 2003:
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mesa diretiva. Vinte e oito de junho de 1928, o dia escolhido por Deus para colocar neste mundo, em Itatiba, pequena cidade do interior do Estado de São Paulo, Luiz Massaretto, filho de Carlos Massaretto e Sebastiana Oliveira Massaretto, ambos de nacionalidade brasileira. Os primeiros anos de vida do companheiro Luiz Massaretto se passaram também na cidade de Itatiba, posteriormente sua família mudou-se para um sítio localizado a 30 quilômetros da cidade de Araçatuba, também no Estado de São Paulo, onde, mesmo ainda jovem, começou seus primeiros trabalhos na lavoura, sob orientação do seu querido pai, onde permaneceram até o ano de 1941, quando, então, o desbravador Carlos Massaretto, decidiu tentar uma nova vida na cidade de Nova Dantzig, atualmente a cidade de Cambé, neste querido Estado do Paraná. Nesta época, o companheiro Luiz Massaretto já tinha 13 anos de idade e ainda não havia frequentado nenhuma escola. O companheiro Massaretto matriculou-se no grupo escolar daquela cidade, onde frequentou as aulas por apenas 6 meses, pois mudara então para a cidade de Apucarana, onde continuou estudando apenas até o terceiro ano primário, quando resolveu parar os estudos por se achar já bastante adulto. Aos vinte anos de idade, o companheiro Massaretto voltou a estudar, sendo aprovado com muita dificuldade no exame de admissão, pois há muito não estudava, sendo que até o término do curso ginasial não foi reprovado e nem chegou a prestar exame de segunda época. Um aluno exemplar, em cuja escola teve o privilégio de fazer parte da primeira turma a se formar, sendo a escola fundada pelo município e mais tarde estadualizada. Nesta época, seus pais eram proprietários de uma casa de secos e molhados, na qual trabalhou por 14 anos. Terminado o curso ginasial, Massaretto passou a estudar e concluiu, em dezembro de 1955 o curso de Técnico em Contabilidade, fazendo também parte da primeira turma a se formar neste curso na escola pública de Apucarana, obtendo, “Minhas Lembranças” | Luiz Massaretto
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posteriormente, seu registro junto ao Conselho Regional de Contabilidade do Paraná com o n´º 4445. Durante o tempo em que estava ainda nos bancos escolares, Massaretto desempenhou diversos cargos, como diretor social, tesoureiro e outros, na Associação Estudantil da cidade de Apucarana. Ali também ajudou a fundar um Jornal, uma discoteca e um time de futebol, sendo detentor até hoje do diploma de atleta amador. Aos 19 anos, embalado pelo cupido, o companheiro teve sua primeira e eterna namorada, com quem se casou em 1950, nossa querida companheira Angelina. Completarão neste ano, 53 anos de feliz união matrimonial. No ano seguinte ao seu matrimônio, veio a sua primeira e única filha, Marlene, esposa do nosso companheiro Ronauro. Em 1956, Massaretto mudou-se para sua fazenda, distante 70 quilômetros de Campo Mourão, onde atuou ativamente na montagem de uma serraria, a Indústria de Madeiras Massaretto, Ltda. Em 1958, quando sua filha Marlene já estava na idade escolar, mudou-se para Campo Mourão, de onde comandava todos os negócios da firma. Em Campo Mourão, seus negócios prosperaram, com a aquisição do antigo Posto Avenida, participação na sociedade dos três cinemas que existiram em Campo Mourão, participação na construção de três blocos de apartamentos na cidade de Curitiba e como sócio-proprietário da Construtora Hélio Rodrigues de Matos, através da qual edificou 150 obras, entre as casas residenciais e imóveis comerciais, além da participação na construção de dois hospitais em nossa cidade. Na época, somente o companheiro Massaretto e mais dois colegas eram os únicos formados em cursos técnicos na região de Campo Mourão, sendo muito requisitados para prestarem serviços. Massaretto prestou o serviço militar em Curitiba por um ano, onde hoje é o atual Shopping Cidade, na rua Sete de Setembro. Um fato curioso ocorrido com o companheiro Massaretto foi quando ao cadastrá-lo no exército, o funcionário
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perguntou-lhe qual era sua profissão, quando então o companheiro Massaretto lhe respondeu que era “caixeiro” e o funcionário entendeu “carteiro”. Com isso, Massaretto deixou de ser soldado raso e após 6 meses de serviço militar passou a trabalhar fazendo patrulhamento nas ruas de Curitiba somente no período diurno, das 6h00 às 18h00. Aos 41 anos de idade e experiências diversas já vividas, família formada, mas com um espírito idealizador, Massaretto conhece a organização rotária e se identifica com o ideal de servir apregoado pelo Rotary. A força de vontade prosperou entre inúmeras barreiras, mas em 16 de abril de 1969, em Campo Mourão, foi realizada a primeira reunião rotária com a presença dos rotarianos Emílio Germani e Castelães, sócios do Rotary Maringá, que vieram para auxiliar na fundação do Rotary Campo Mourão, em cuja reunião participaram o médico Jorge Elizardo Garcia Arias, o bancário Nelson Galbieri, o agropecuarista Getúlio Ferrari, o serventuário de justiça João Pacheco Gomes e o empresário Luiz Massaretto, sendo este o primeiro integrante do Rotary Campo Mourão, ou seja, o sócio número 1 e ainda em plena atividade. Na primeira gestão do Rotary Campo Mourão, 70/71, Massaretto foi o tesoureiro, cargo que ocupou também na gestão 71/72. Massaretto assume a presidência do Rotary Campo Mourão na gestão 72/73 e, posteriormente, reassume no período de janeiro a julho de 1974. Desde então, o companheiro Massaretto tem participado ativamente das atividades desenvolvidas pelo Rotary Campo Mourão, tendo sido companheiro 100% durante todos os 33 anos de história dentro desta casa. Já ocupou todos os cargos do Conselho Diretor e comissões diversas, sempre com o mesmo fervor da primeira reunião, além de que, foi, por cinco vezes, representante do Governador do Distrito. Participou da fundação do Rotary de Goioerê e coordenou a construção desta Casa da Amizade até “Minhas Lembranças” | Luiz Massaretto
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a sua conclusão. Histórias e aprendizados em sua vida rotária ele tem muitos para nos contar, pois representou o Clube nas Assembleias e Conferências Distritais em cidades como a de Cianorte, Maringá, Apucarana, Arapongas, Rolândia, Londrina, Cornélio Procópio e Curitiba. Presidindo a primeira Conferência Distrital, em Campo Mourão, ocasião em que plantou uma árvore na Praça da Catedral São José. Na Conferência Internacional do Rotary, em São Paulo, ele também se fez presente. Participou das excursões promovidas pelo Rotary, entre elas para: Assunção, Buenos Aires, Montevidéu, Porto Alegre, Florianópolis, Curitiba, Rio de Janeiro, Petrópolis, São Paulo, Campos do Jordão, Brasília e Pousadas Quentes, em Goiás. Massaretto já foi homenageado pelo Rotary várias vezes, bem como destacado com o título de Personalidade do Ano já por cinco vezes na área de Prestação de Serviço à Comunidade de Campo Mourão, em promoção do Jornal Tribuna do Interior e o Estado do Paraná. Massaretto atuou na concretização do Rotaract e Interact de nossa cidade, onde seu neto mais novo ingressou e, através do Rotary, participou do Intercâmbio Internacional de Jovens, ficando no Japão por um ano. No Rotary, Massaretto é padrinho do companheiro Adalberto Ronauro Alves de Gouveia, seu genro. Tem total apoio de sua família e sua esposa, dona Angelina, além da participação com sua filha, que já foi presidente da Associação de Senhoras de Rotarianos de Campo Mourão. Dentro de sua vida rotária, o que muito marca o companheiro Massaretto e lhe dá orgulho, é o carinho e companheirismo recebido de todos os companheiros, pois é considerado por todos o “Pai” do Rotary Campo Mourão, fato que lhe comove e lhe dá grande satisfação por ter dedicado e contribuído parte dos seus 65 anos de vida à nossa comunidade. O companheiro Massaretto possui duas netas e dois netos, sendo um agrônomo, outro cursa administração e auxiliando os pais nos negócios da família e as duas netas com seus
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próprios empreendimentos. Massaretto, ao longo de sua vida, não fez sequer um inimigo. Gosta e tem muitas recordações do passado, todas guardadas e com muito carinho, inclusive um álbum de recordações de seus familiares e colegas de estudo. Atualmente, Massaretto trabalha somente na lavoura e de vez em quando quebra um galho para a família, auxiliando na administração das lojas, mas sua prioridade é repassar seus aprendizados ao neto agrônomo e cumprir com seu papel de avô. Companheiro Massaretto, pelo exemplo de vida que você nos dá, como pai, como profissional competente e bem sucedido, como uma pessoa que tem se doado às causas humanitárias e, acima de tudo, pela imensidão da sua ternura, pela constância da sua dedicação e pela vossa presença em todos os momentos da sua família e da nossa comunidade, é que muito lhe admiramos. Que Deus continue a lhe proporcionar o fôlego da vida, sabedoria e a inteligência, pois isso é o mínimo que podemos pedir, intercedendo por você. Companheiro Massaretto, muito obrigado por você existir e conviver entre nós.
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Liderança & Comunidade
Coluna de Joani Teixeira no jornal Tribuna do Interior, 1972.
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ocaliza, hoje o atual Presidente do Rotary Clube de nossa cidade, Sr. Luiz Massaretto, natural da pequena cidade do interior paulista, Itatiba, a 28 de junho de 1926, sendo seus pais: Carlos Massaretto e dona Sebastiana de Oliveira Massaretto, ambos de nacionalidade brasileira. Os primeiros anos de sua vida passou em Itatiba, para ele talvez, os melhores. Posteriormente, sua família transferiu-se a 30 quilometros além de Araçatuba, também no Estado de São Paulo, sendo que ali, começou com os primeiros trabalhos na lavoura, sobre orientação de seu pai. Nesse sitio ficou até 1941 quando seu pai quis tentar vida nova no Paraná, vindo residir então em Nova Dantzig, atualmente Cambé. Nesta época Luiz, já tinha 13 anos e ainda não havia frequentado nenhuma escola. Matriculou-se no grupo escolar daquela cidade, mas foi apenas seis meses a escola, pois mudou para Apucarana. Matriculando-se então em nova escola e logo a seguir no grupo escolar, lá permanecendo até o terceiro ano primário, depois a seguir não quis mais frequentá-lo porque achava que era bastante adulto. Aos vinte anos voltou novamente a estudar, tentando exame de admissão sendo aprovado com muita dificuldade, pois a muito não estudava. Nessa época seus pais eram proprietários de uma casa de comércio, na qual trabalhou quatorze anos. Durante o período de curso ginasial, não foi reprovado e nem prestou exame de segunda época. Teve o privilégio de ser da primeira turma a se formar naquele estabelecimento de ensino, fundado como municipal e mais tarde, estadualizado. A seguir fez o curso Técnico de Contabilidade na escola de Apu-
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carana, formando-se também na primeira turma em dezembro de 1955. Durante o tempo de estudante, exerceu diversos cargos, como: diretor social, tesoureiro, etc. Ajudou a fundar um jornal, uma discoteca e um time de futebol. Inclusive tem um diploma de atleta amador. Aos 19 anos teve sua primeira namorada, que atualmente é sua esposa, casou-se em 1950 e no ano seguinte veio sua primeira e única filha, Marlene. Em 1956, transferiu-se de Campo Mourão 70 quilômetros, tomando parte ativa na montagem da serraria, que lá se encontra com o nome de Indústria de Madeiras Massaretto Ltda. Em 1958, quando sua filha Marlene, estava em idade escolar, mudou-se para o Município Modelo, ficando então encarregado da venda de madeiras, enfim, de todos os negócios da firma, comprando em seguida o atual Posto Avenida, ou seja, Comercial Campo Mourão Ltda, entrando na sociedade dos cinemas, fazendo parte em três conjuntos de construções em Curitiba. Construiu e está construindo casas de alvenaria para vender, aqui em Campo Mourão. Politicamente goza de bom prestigio, sendo que seu pai foi o primeiro Prefeito eleito pelo regime democrático em Apucarana, onde dominou a política local por 10 anos. Tem cinco irmãos, entre eles, um que é juiz de Direito. Certas pessoas dizem que Massaretto é dinheirista, mas estão completamente enganadas, pois o mesmo trabalha com o ideal de progredir, o que achamos muito correto. Com a idade que tem não possui um inimigo sequer, conforme sua declaração, sempre se conduz com calma, pois acha que a discussão não leva a um denominador comum. É muito sentimentalista e têm muitas recordações de seu passado, todas guardadas e com muito carinho, inclusive um álbum de recordações de seus familiares e colegas de estudo. Só pensa no trabalho e em coisas a realizar. Ainda não encontrou o que apreciar, quanto ao divertimento. “Minhas Lembranças” | Luiz Massaretto
É um homem viajado, conhece diversas localidades como Rio de Janeiro, Santos, São Paulo, Foz do Iguaçu, além da Argentina e do Paraguai. Tem contatos e tem como amigos pessoas ilustres. Atualmente, exerce diversas atividades: é proprietário da fazenda, construtor, industrial, comerciário, sócio da Empresa Cinematográfica Oeste Ltda, etc. No Rotary Clube de Campo Mourão foi diretor tesoureiro, por duas gestões, sendo atualmente o Presidente. Já empreendeu várias campanhas de Assistência Social em Campo Mourão, sempre procurando dar um pouco de si aos menos favorecidos pela sorte. Joani Teixeira.
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Pai
Queremos nesta noite fazer uma singela homenagem, porém para alguém muito especial, uma homenagem à você que é pai, que comercialmente é lembrado somente no mês de agosto, mas sua presença no seio da família é sentida a cada momento. Queremos falar a você que é pai, seja pai de geração ou pai de criação, pois ser pai não é apenas gerar um filho, mas fazer deste filho, através do bom exemplo de pai, alguém muito especial. Pois é através do seu bom exemplo de pai que, acima de tudo, para seu filho, você é um pai muito especial. Pois tenha a certeza de que tu és para ele:
Um ótimo companheiro no lazer; O amigo fiel nas horas amargas; Pois na tristeza você é a alegria; Na educação você é o mestre; Você é a fonte que sacia a sede. Para ser pai, é preciso ser tudo isso. Para ser pai, o importante é saber amar. Amar seus filhos, sua esposa e a si mesmo. Pois o bom pai é aquele, que pela sua própria dedicação, faz germinar o amor dentro do lar, é aquele que sabe educar seus filhos, não com força brutal, mas por meio do diálogo, da “Minhas Lembranças” | Luiz Massaretto
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O pai amigo! O pai herói! O pai perfeito! O pai compreensivo! O pai sorridente! O pai que está sempre ao seu lado! O pai que assim és, torna-se para a família o símbolo do “AMOR”;
amizade, da compreensão, do bom humor, do companheirismo e acima de tudo, pelo seu exemplo de vida. Com isso, podemos concluir que a missão de um pai não é fácil, é bastante difícil e exige muita dedicação e responsabilidade. Mas para que isto possa verdadeiramente acontecer, é preciso pai que, acima de tudo, seja um:
Missionário
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Pai missionário do AMOR que na maior parte das vezes não prega, não fala, mas torna presente o amor. Isto através do olhar compreensivo, das repreensões, na firmeza das decisões e, muito mais, na busca incansável da união de sua família. É preciso pai, que acima de tudo você seja:
Luz
O pai luz jamais deixa que as trevas da ignorância sufoquem seu lar, tanto diante das verdades divinas como diante das verdades da vida e do mundo. É preciso pai, que acima de tudo você seja:
Timoneiro
O pai timoneiro conduz a família pelo mar bravio da vida, com coragem e dinamismo, pois sabe que na outra margem do mar, encontrará a recompensa. É preciso pai, que acima de tudo você seja:
Fiel
O pai fiel sustenta todo o edifício familiar pela fidelidade, que reflete e traz confiança e segurança da esposa e dos filhos. Neste prisma, os filhos, que se sentem atraídos pelas ações maléficas e distorcidas do mundo, sabem que o pai é alguém “Minhas Lembranças” | Luiz Massaretto
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em quem se pode confiar e recorrer, fazendo com que sua presença seja fundamental no seio da família. Assim sendo, o homem encontra sua realização, como pessoa humana e como pai, sendo continuador de Deus na obra da criação. Enfim, criado e nascido para amar, o ser humano realiza a sua principal função e missão ao se tornar pai, não somente por colocar alguém no mundo, mas por fazer deste alguém uma pessoa humana em toda sua plenitude. O nosso desejo era chamar cada pai aqui à frente, porém, para representar todos os pais do Rotary Campo Mourão, queremos convidar para que esteja à frente da mesa diretiva para receber uma lembrança em nome de todos os pais, aquele que tem se identificado com o pai que acabamos de descrever, aquele que é um dos pais do Rotary Campo Mourão, pelo seu amor e pelo seu carinho, dedicados não só à sua família, mas a cada companheiro, no convívio que nos une em torno do mesmo ideal que alicerça esta casa, o nosso pai Luiz Massaretto. Uma salva de palmas a Luiz Massaretto e a todos os pais presentes.
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Homenagem de aniversário apresentada por Mayara e família
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“Quem é você mesmo?” “Eu te conheço?” “Estou tão cansado...” “Eu não faço diferença com meus netos, gosto deles todos por igual” O dono dessas frases, acredito, que todos aqui sabem quem é! Uma pessoa que com seu jeitinho carinhoso, manhoso, consegue roubar a atenção de qualquer um por longos minutos... Histórias, ele tem muitas... e Deus lhe privilegiou, porque hoje está completando 80 anos de vida e ele ainda pode contá-las. Mas agora, é ele quem vai escutar... “e deixa eu falar”, como ele diz. Há 80 anos, nascia um menino. Ninguém sabia qual seria seu destino, somente O Criador... No seio de sua família, o garoto logo cedo conheceu o sentido das palavras “trabalho”, “responsabilidade” e, quando jovem, “amor”. Casou-se e constituiu sua família, muitas batalhas, muitas conquistas e algumas dificuldades, estas sempre o fazendo crescer... Hoje com oitenta anos, tem o presente mais valioso que
a humanidade pode ter: o passado de uma vida vivida em plenitude, refletindo em um hoje com muitos frutos, como sua esposa, filha, genro, netos e bisnetos e a oportunidade de almejar um futuro... Futuro? Claro! Porque 80 anos ainda é pouco, quando se pode ter mais... Luiz Massaretto, marido, pai, vô Luiz, ou melhor... bisavô... É com muito amor e carinho que sua família comemora esta data tão especial e deseja ao senhor mais muitos e muitos anos de vida! Simplesmente porque te amamos!!!
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Campo Mourão, 28 de julho de 2008. (Escrito por Mayara A. S. Gouveia)
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Minha família Augusto Massaretto (1929 – 1998)
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Nascido em Itatiba, Estado de São Paulo, fez os estudos primários em Araçatuba. Ainda menino, veio com a família para o Paraná. Pioneiros em busca de novas oportunidades. Após uma rápida passagem por Cambé, seguiram para Apucarana, onde concluiu o curso ginasial. Prosseguiu os estudos em São Paulo, cursando o “clássico” no Colégio Santa Mônica, enquanto os familiares transferiram residência para Campo Mourão. Ingressou na Faculdade de Direito da Universidade Mackenzie de São Paulo, na qual se formou. Exerceu a advocacia em São Paulo, Peabiru e Campo Mourão. Aprovado em concurso público, iniciou na carreira da magistratura em julho de 1964. Foi Juiz Substituto nas seções judiciárias de Foz do Iguaçu, Maringá e Campo Mourão. Foi Juiz Titular nas comarcas de Carlópolis, Mandaguaçu, Santa Izabel do Ivaí, Cambará e Londrina. Quando ainda morava na cidade de São Paulo, apaixonou-se por uma jovem professora de Franca, Estado de são Paulo, Maria Nilza Junqueira, com quem se casou. Em sua cidade natal, Maria Nilza teve breve, porém, marcante atuação na carreira escolhida, a qual deixou de lado para acompanhar o marido. A retidão de caráter foi a principal característica ao longo de sua carreira na judicatura paranaense. Uma vida pautada na dignidade, lealdade para com a instituição a que pertencia e pelo atendimento a todos os que
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dele se aproximavam. Mesmo adoentado, não se deu por vencido. Trabalhou tanto quanto suas forças aguentaram. Com seu falecimento, o sonho de galgar mais um passo na carreira foi interrompido. Mas sua missão foi cumprida.A palavra conduz, o exemplo arrasta. Podemos afirmar que o maior tesouro que ele nos deixou foi o seu exemplo. E, para preservar sua memória, seu exemplo, é que, após seu falecimento, sua esposa, com o apoio das filhas, dedicou-se com afinco à atividade paralela exercida pelo marido quando recebeu a herança de seu pai: a pecuária. Como homenagem e expressão de seu amor, batizou o seu quinhão com o nome da amada: Maria Nilza. Por sua vez, sua esposa, como homenagem e expressão de seu amor, procura cultivar cada palmo de terra, mantendo-o exatamente como sonhava seu amado.
O casal teve duas filhas: Eliane e Rejane.
Eliane cursou Direito, Ciências Contábeis e a EMAP/ Londrina (Escola de Magistratura de Londrina), estudou inglês, francês, espanhol e é iniciante do hebraico. Foi uma das primeiras mulheres a participar de um Rotary Club em seu distrito (4710) como rotariana, sendo sócia-fundadora do Rotary Club Londrina Alvorada, onde teve atuação preponderante, ocupando inúmeros cargos tanto no clube, quanto na Governadoria do Distrito. Assim como o pai, Eliane também concluiu a Adesg (Associação dos Diplomados da Escola Superior de Guerra), com destaque. Rejane cursou Administração de Empresas e estudou alemão. Ela tem o dom da arte e de desenhar e é autodidata, nos auxiliando inúmeras vezes com suas importantes opin“Minhas Lembranças” | Luiz Massaretto
iões. Eliane e Rejane escreveram a seguinte mensagem quando da elaboração deste livro: Apesar de vivermos num mundo onde tantas coisas são efêmeras e superficiais, as lições que recolhemos do convívio em família jamais passarão e são o que mais de precioso temos. Jamais esqueceremos o pai e esposo dedicado e amoroso que tivemos, preocupando em formar uma família baseada em valores, sempre tendo em mente o respeito ao próximo. Aproveitamos para homenagear o idealizador deste projeto, o nosso estimado Tio Luiz, protagonista de uma história feita de desafios, lutas e vitórias. Uma pessoa que sabe muito bem como cultivar uma amizade. Possui um coração de ouro. È alguém que nos cativa, nos estimula e nos inspira a viver o ideal rotário “dar de si sem pensar em si” e cujos feitos ficarão preservados na memória de cada um de nós.
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Helena Sou da terceira geração da família Massaretto e muito me orgulho! Em Apucarana, Paraná, no ano de 1956, casavam-se Helena Massaretto e Althamyr Ferreira Biacchi. Dessa união, nasceram dois filhos: Carlos Roberto e Paulo Roberto. Carlos Roberto hoje é médico e é primogênito e nos dá muito amor. Casou-se e é pai de dois filhos: Júnior e Elaine. Júnior é universitário. Eliane, médica, casou-se e tem uma filha, a pequena Maria Eduarda. Paulo Roberto está solteiro e nos protege com seu amor. É engenheiro e o filho caçula. Aos 58 anos de casados, eu com 80 anos e o “Mir” com 84, temos dois filhos, um neto, uma neta e uma bisneta. “Minhas Lembranças” | Luiz Massaretto
Com as bênçãos de Deus! Curitiba, janeiro de 2014. Helena Massaretto Biacchi.
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Alzira Massaretto Bronzel Aproveitando esse relato da vida de meu irmão, Luiz, e sua família, eu, Alzira Massaretto Bronzel, gostaria de falar um pouco sobre nossa mãe, Sebastiana de Oliveira Rodrigues Massaretto. Nossos pais se casaram em Itatiba, São Paulo, berço de ambas as famílias. Meus irmãos Luiz, Augusto e Helena, nasceram em Itatiba. Nosso pai, homem empreendedor e trabalhador, resolveu se mudar com a família para Araçatuba, interior de São Paulo. Meu avô materno os acompanhou até a nova morada, fazendo companhia por dois meses à sua filha, nossa mãe. Logo em seguida, eu nasci. O lugar que morávamos era uma floresta. Nossa mãe foi uma heroína por enfrentar tantas dificuldades e desafios ao viver num lugar tão desprovido de recursos e de conforto. Araçatuba, a cidade mais próxima, ficava a aproximadamente 20 quilômetros de distância. Nosso único meio de locomoção até lá era uma charrete conduzida por cavalos. Eu nasci nessa floresta. Meu pai já plantara muitos pés de frutas, havia porcos, galinhas e vacas. Verduras, de toda espécie. Só não tínhamos assistência médica, nem escolar. Nossa mãe, apesar do pequeno porte físico, era uma grande pessoa. Corajosa, trabalhadora e muito amorosa, sempre apoiava e ajudava nosso pai. Um tempo depois, ela enfrentou novamente uma mudança, em todos os aspectos, quando nos mudamos, na década de 40, para o Paraná, em busca de melhores condições para toda a família. Moramos durante alguns anos em Apuca“Minhas Lembranças” | Luiz Massaretto
CASAMENTO CARLOS E DIRCE 25/04/1956 NASCIMENTO ARMANDO 13/04/1957 CASAMENTO ARMANDO E LUCIMARA 14/07/1984 “Minhas Lembranças” | Luiz Massaretto
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rana, onde ela veio a falecer em 11 de janeiro de 1952, depois de longa enfermidade. Após algum tempo, nos mudamos para Campo Mourão, cidade onde conheci meu marido e tivemos nossos filhos. Local onde continuo vivendo. No ano de 1961, casei-me com Arnaldo Walter Bronzel, e dessa união tivemos nossos dois queridos filhos: Cezar e Regina. Cezar Augusto Massaretto Bronzel, formado em Comércio Exterior, é casado com Fabrícia Juliana de Araújo Bronzel, formada em Geografia e Turismo e Meio Ambiente. Os dois tiveram um casal de filhos: Rômulo e Juliana. Regina Massaretto Bronzel Dubay, formada em Pedagogia e Psicopedagogia, é casada com Laércio José Dubay. Os dois, mantendo a tradição, também tiveram um casal de filhos: Carlos e Anelise. Meus netos são muito amorosos e atenciosos. Rômulo Augusto Araujo Bronzel, o que nasceu primeiro, é formado em Direito e casado com Rosane. Os dois nos deram um lindo bisneto, Lorenzo Augusto Vargaz Bronzel. Carlos Eduardo Bronzel Dubay formou-se em Medicina e faz residência em cardiologia. Juliana Elisa Araujo Bronzel, formou-se, também, em Direito. Anelise Bronzel Dubay é graduada em Administração de empresas. Graças a Deus que tenho esta família maravilhosa, que me faz viver feliz.
PAULA - MEDICINA VETERINÁRIA ANA CRISTINA – ANÁLISE E DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS - PEDAGOGIA -PSICOPEDAGOGIA FABIANA – FARMÁCIA ARMANDO MASSARETTO – AGROPECUARISTA CURSO SUPERIOR EM BACHAREL DE DIREITO INCOMPLETO
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LUCIMARA C MASSARETTO – CURSO SUPERIOR EM CIÊNCIAS CONTÁBEIS INCOMPLETO PAULA FERNANDA MASSARETTO – CURSO DE MEDICINA VETERINÁRIA – ATUA NA PROPRIEDADE DO PAI ANA CRISTINA MASSARETTO – CURSO DE TECNOLOGIA ANÁLISE E DESENVOLVIMENTO DE SISTEMAS – CUROS SUPERIOR EM PEDAGOGIA, PÓS GRADUAÇÃO EM PSICOPEDAGOGIA – ATUALMENTE ATUA COMO PROFESSORA. FABIANA MARA MASSARETTO – FAZ FACULDADE DE FARMÁCIA
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Caroline Massaretto Gouveia Caroline Massaretto Gouveia é a neta mais velha de Luiz e Angelina. Nasceu em Campo Mourão em 23 de maio. Estudou o primário no Colégio Santa Cruz, até a oitava série, sendo que, no último ano, foi a Presidente de Formatura e organizou uma viagem ao Playcenter, em São Paulo. Junto com a escola, estudou 7 anos de piano, formando-se em Teoria Musical. Sempre gostou de dança e frequentou a Escola Municipal de Ballet Clássico e Jazz. Com 18 anos, foi para a Disney em uma excursão organizada pelo pai, ocasião em que ela e sua irmã passaram 15 dias de muita diversão. Passou em 6º lugar no seu primeiro vestibular no curso de Administração na Faculdade de Ciências e Letras de Campo Mourão. Conciliou seus estudos com “Minhas Lembranças” | Luiz Massaretto
o trabalho no comércio da família. Com a conclusão da faculdade, ingressa no curso Técnico em Óptica no SENAR Saúde SP para aprimorar os conhecimentos e exercer melhor sua atividade profissional. Casou-se em 2003 com Nobutoshi Kimura, este formado em Direito pela Faculdade Integrado e graduado em Óptica pelo SENAR Maringá. Juntos, os dois têm dois filhos: Seiji (6 anos) e Kenzo (4).
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Foto 36 Alisson Massaretto Gouveia Alisson Massaretto Gouveia, nascido em 3 de outubro de 1978, na cidade de Campo Mourão. Estudou no Colégio Santa Cruz até a oitava série, fazendo o segundo grau no colégio Integrado. Praticou Judô na academia do Sensei Matsumi, parando na faixa marrom. Ao prestar vestibular para agronomia, uma grata surpresa: passou em 3º lugar na Unimar e em 6º na UEM, optando por estudar em Marília, já que sua irmã já estudava nessa universidade. Ao terminar o segundo ano de agronomia, iniciou também a faculdade de Processamento de Dados no período noturno, fazendo assim um curso durante o dia e “Minhas Lembranças” | Luiz Massaretto
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outro durante a noite. Foi coordenador de curso da SECAM (Semana de Ciências Agrárias de Marília) por dois anos. Participou do corpo discente da Faculdade de Ciências Agrárias também por dois anos, representando os alunos de Agronomia. Fez estágio em vários setores da fazenda experimental da Unimar, como olericultura, estufas, hidroponia, bananicultura e experimentos voltados para orgânicos (substratos, armadilhas, alho e outros), sendo um destes experimentos apresentado na Semana de Iniciação Científica da instituição. Realizou, aos 20, uma especialização em fertilidade de solos na Fecilcam, em parceria com a Associação dos Engenheiros Agrônomos de Campo Mourão. Ao terminar a faculdade, voltou para Campo Mourão, onde iniciou os trabalhos com seu avô, Luiz Massaretto, na fazenda onde até hoje é o responsável pela condução das lavouras de soja, milho e feijão e realiza a integração lavoura-pecuária. E 2004 ao não convencer o seu Luiz a acabar com as vaquinhas de leite, resolveu profissionalizar a leiteria que é hoje, juntamente com a soja, a principal atividade da fazenda, chegando a produzir 2.000 litros por dia. Juntamente com seu cunhado Kimura, durante dois anos, aos fins de semana, fez o curso de Técnico em Óptica pelo SENAR de Maringá e, com seu irmão Roni fez o curso de Optometria na Universidade do Contestado, na cidade de Canoinhas, Santa Catarina, estes voltados para as lojas da família. É casado com Adriana Trojan Fenerich, formada em Zootecnia, pela Universidade Estadual de Maringá e especialista em integração lavoura-pecuária pela Universidade Federal do Paraná. Desde que se formou, em 2007, ela ajuda nas atividades técnicas da fazenda do Vô Luiz e também é professora das disciplinas de pecuária do Colégio Agrícola de Campo Mourão, onde atualmente ocupa o cargo de direção da fazenda.
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Ronauro Massaretto Gouveia Carinhosamente chamado de Roni, nasceu em Campo Mourão, estudou no Colégio Santa Cruz durante o primário e no Colégio Integrado fez o Ensino Médio. Na adolescência fez parte da comissão fundadora do Interact. Formou-se em Administração de Empresas. Estudou Judô com o professor Matsumi e conseguiu a faixa preta no Japão, através do intercâmbio de um ano feito pelo Rotary Club de Campo Mourão. Fez também o curso de Técnico em Óptica e concluiu, na Faculdade do Contestado de Canoinhas (SC), a Faculdade de Optometria. Morou em Mantova, na Itália, onde retornou posteriormente a passeio com seu avô Luiz, resgatando as origens e memórias da família Massaretto e conquistando, assim, sua cidadania Italiana. Reside em Cascavel desde 2007, onde exerce sua profissão de Administração de Empresa e Óptica do Grupo Gouveia. Casado com Mayara Stella Gouveia, bióloga e professora, formada em Ciências Aplicadas às Plantas Medicinais na UEM, Educação de Jovens e Adultos e Educação Especial “Minhas Lembranças” | Luiz Massaretto
na Univale. Técnica em Óptica. Em 2014 nasce a primeira filha do casal e bisneta de Luiz e Angelina, Stella Gouveia.
Denise Massaretto Gouveia Nasceu em Campo Mourão, estudou até a 8ª série no colégio Santa Cruz. Fez ballet e piano no Conservatório Municipal. Fez a faculdade de Arquitetura e Urbanismo em Marília, e pós graduação em Decoração de Interiores no SENAC dessa mesma cidade. Iniciou mestrado em Engenharia Civil em Florianópolis, na Universidade de santa Catarina. Em Londrina, fez curso Técnico em Óptica. Atualmente morando em Porto Velho, Rondônia, trabalha no Senai como orientadora do curso de Edificações e trabalha na parte financeira das lojas Gouveia na cidade onde mora. Casada com Paulo Gonçalves Moreira, Engenheiro Civil, Técnico em Óptica. Juntos, têm dois filhos, Paulo e Ricardo.
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“Na história rotária de Massaretto, o feito pelo qual ele mais tem carinho, é a sua participação na fundação do Rotary Campo Mourão, desde a sua primeira reunião em 1969. Como sócio fundador, participou de todos os momentos de nossa história até o dia de hoje. Massaretto foi o responsável pela construção da Casa da Amizade, presidiu a Conferência Distrital do Governador Ivaldo Horta e teve a possibilidade de se tornar o Governador do Distrito, mas naquele momento, por compromissos profissionais, este sonho não foi possível de ser realizado. Ainda na minha lembrança, vem o dia em que o Massaretto foi escolhido pelo Interact de Campo Mourão para ser homenageado como o “Pai do Rotary”, homenagem merecida, que até hoje ele guarda com enorme carinho e se emociona sempre que se lembra do fato.”
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Antônio Carlos Cardoso
Governador do distrito 4630 de Rotary Internacional – Ano Rotário 2013/14.
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Jair Elias dos Santos Júnior
Historiador e presidente da Academia Mourãoense de Letras.
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“Minhas Lembranças presta a Campo Mourão um grande serviço ao nos dar esta imagem de Luiz Massaretto, o homem. Ao nos oferecer suas lembranças, Luiz Massaretto mostra que a cidade é fruto da construção de gerações. Ela não ficou pronta de um ano para outro. E sim ao passar das décadas, geração a geração. E Luiz foi um dos seus construtores, da sua maneira, sempre cordial e discreta. Também nos dá um vislumbre da vida que Luiz Massaretto viveu. Aqui, o vemos como o pai amoroso, o rotariano exemplar, o líder visionário e pragmático. Ao mostrar esse retrato de corpo inteiro, Luiz Massaretto nos lembra que não foi um homem perfeito. Como todos nós, ele tem suas falhas. Mas é precisamente essa imperfeição que deve inspirar a todos nós. A história contida neste pequeno livro – e a história contada pela vida de Luiz Massaretto – não é a de seres humanos infalíveis e de triunfo inevitável. É a história de um homem cônscio de suas responsabilidades com a coletividade mourãoense e que trabalhou arduamente para instituir um tipo de vida que faz do mundo um lugar melhor.”
Referências bibliográficas VEIGA, Pedro da Veiga. Campo Mourão Centro do Progresso. Maringá: Gráfica Bertoni, 1999. Jornal Tribuna do Interior (edições de 1972 e 2013) Publicações internas do Rotary Campo Mourão (1969 a 2013). Créditos de imagem Acervo do autor e da família Massaretto
Este livro foi composto nas fontes _____ e impresso em _____ pela Gráfica, miolo em papel ______e capa em papel____.