9anos
Edição 476 - Ano IX | de 22 a 28 de julho de 2016 | distribuição gratuita para pessoas modernas
Olimpíadas
Tatuapé, Mooca e região
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Ministro diz que plano de ataques no Rio-2016 motivou prisões, mas minimiza risco O ministro da Justiça, Alexandre de Moraes, afirmou em entrevista coletiva para detalhar a operação da Polícia Federal nas prisões de suspeitos de terrorismo, que a ação foi decidida após os grupos iniciarem atos preparatórios para possíveis ataques na Olimpíada do Rio de Janeiro. Cinema | pág. 10
Em nova versão, A Lenda de Tarzan estreia nos cinemas
Leitura Rápida
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Mulheres e idosos são autorizados a desembarcar fora dos pontos
Em Foco
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Maracatu e Skate agitam o Tatuapé
Teatro
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Confissões das Mulheres de Quarenta só este fim de semana no Teatro Bibi Ferreira
CET está há 6 meses sem acesso a Boletins de Ocorrência Bruno Ribeiro / AE A Companhia de Engenharia de Tráfego (CET), órgão administrado pela gestão Fernando Haddad (PT), está há seis meses sem saber onde acontecem todos os acidentes registrados na Capital, com ou sem vítima. Isso porque a Secretaria de Estado da Segurança Pública, vinculada ao governo Geraldo Alckmin (PSDB), cortou o envio de boletins de ocorrência dos acidentes para a Prefeitura. Dessa forma, os técnicos sabem apenas das ocorrências em que agentes da companhia participam do atendimento. Segundo a Prefeitura, o governo do Estado não dá nenhuma explicação sobre a suspensão do envio dos boletins de ocorrência. Questionada pelo jornal O Estado de S. Paulo sobre os motivos da suspensão, a pasta limitou-se a divulgar nota em que informa que o serviço será regularizado: "A Secretaria da Se-
gurança Pública informa que os dados serão disponibilizados a partir da próxima semana". Segundo o diretor de Planejamento da CET, Tadeu Leite Duarte, os BOs são "muito importantes" para a análise dos acidentes de trânsito da Cidade. "Minha fonte de dados sempre foi o boletim de ocorrência. É parte da nossa metodologia. Cruzamos informações do BO com a prancheta do Instituto Médico-Legal (IML) e com os nossos registros. As informações do local, com dado relacionado, são muito importantes. Não preciso do nome da pessoa nem saber se tem antecedentes, informações jurídicas. Mas preciso saber a idade, a profissão, dados socioeconômicos que depois me ajudam a entender por que teve aquele acidente naquela região e se estão acontecendo mais", disse. "E, o mais importante: preciso saber o local do acidente", enfatizou o diretor de Planejamento. O acompanhamento de ações
para redução de acidentes nas Marginais do Pinheiros e do Tietê, por exemplo, após a redução da velocidade das vias, estaria prejudicado por causa da suspensão dessa troca de informações. "Temos muito pouca coisa sobre os dados de 2016. Os que temos são referentes a nossos boletins internos", continuou Duarte. O governo Alckmin impôs sigilo à integra dos BOs registrados no Estado, sob a justificativa de que a publicação dos registros poderia violar a privacidade de vítimas. Duarte informou não saber se esse é o motivo que fez a secretaria parar de enviar BOs. "Não sabemos, porque nossos ofícios não são nem respondidos. Eles argumentam que o sistema não está disponível e que é preciso rever um termo de cooperação. Mas não há termo de cooperação. O que existe é uma resolução do Departamento Nacional de Trânsito (Denatran) que determina o compartilhamento das informações", afirmou.