O Retrato 480

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Edição 480 - Ano X | de 19 a 25 de agosto de 2016 | distribuição gratuita para pessoas modernas

Tatuapé, Mooca e região

Candidatos apresentam planos de governo com propostas genéricas Valmar Hupsel Filho e Bruno Ribeiro / AE Nos Planos de Governo apresentados à Justiça Eleitoral no registro de suas respectivas candidaturas, os postulantes à Prefeitura de São Paulo reforçam discursos de campanha e, desobrigados a apresentar metas claras e formas de execução de propostas, limitam-se a apresentar diretrizes que beiram à generalização. A lei estabelece que os candidatos devem apresentar o documento, mas não há qualquer fiscalização sobre o cumprimento do que está escrito. Candidato à reeleição, o prefeito Fernando Haddad (PT) dedicou grande parte de seu plano para fazer uma defesa de sua administração. Exaltou feitos como a negociação que resultou na redução da dívida pública do Município de R$ 74 bilhões para R$ 25 bilhões, a regulamentação do aplicativo Uber, que, segundo o documento, criou 24 mil novos empregos, e marcas de sua gestão como as ciclovias, as faixas exclusivas de ônibus e o programa Ruas Abertas. Haddad, Luiza Erundina (PSOL) e João Doria (PSDB) propõem avanços no tema da diversidade sexual e políticas voltadas para a inclusão da comunidade LGBT. Sexóloga e autora de proposta de união civil homoafetiva nos anos 1990 quando foi deputada federal, Marta (PMDB) ignora o tema em seu plano. No capítulo dedicado à política de inclusão, o documento cita a promoção de igualdade racial e autonomia para a mulher e pessoa com deficiência. O petista também cita como proposta para a Cidade a criação de um Conselho Municipal de Comunica-

ção, com a criação de uma TV e uma rádio públicas municipais. Haddad, ao avaliar sua gestão, vem afirmando que a "comunicação" foi a área em que teve pior desempenho, uma vez que não teria conseguido transmitir os feitos de sua gestão à população. Em contraponto ao petista, o candidato do PRB, Celso Russomanno, constrói a narrativa de seu plano de governo, um calhamaço de 74 páginas encadernadas em papel colorido, com dados oficiais para fundamentar suas críticas à atual gestão. A maior parte de seu conteúdo à exposição de dados relativos à cidade de São Paulo é extraída de dados oficiais como Programa das Nações Unidas para o Desenvolvimento (PNUD) e Ministério da Saúde. Entre as proposições do candidato do PRB estão a "conclusão das 22 Unidades Básicas de Saúde (USBs) inacabadas e a melhoria das existentes", a "finalização das 13 Unidades de Pronto-Atendimento (UPAs) não construídas e a reforma das seis UPAs programadas e não edificadas", a "conclusão das 11 unidades da Rede Hora Certa inacabadas e a substituição de sete unidades modulares existentes por unidades que serão construídas" e a "conclusão dos três hospitais prometidos pela atual gestão e não entregues em Parelheiros, Vila Matilde e Brasilândia". Na área de transportes e mobilidade urbana, Russomanno volta a falar em mudanças de critérios na cobrança de tarifas. O texto, no entanto, é mais genérico do que a proposta feita em 2012, que previa a cobrança de tarifa proporcional à quantidade de quilômetros rodados pelo passageiro. Naquele ano, a interpretação de que o usuário que mora mais longe iria pagar uma tarifa maior foi determinante para sua perda de intenção de votos.

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