O Retrato 603

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Informação e cultura

toda semana! Edição 603 - Ano XI | 19 a 25 de abril de 2019 | distribuição gratuita para pessoas modernas

Sete em cada dez consumidores devem ir às compras na Páscoa de 2019 A expectativa é de que 113,2 milhões realizem gastos na data; 86% farão pesquisa de preços e 41% acreditam que produtos estão mais caros este ano. Gasto médio das compras será de R$ 196 A Páscoa já faz parte do calendário da maioria dos brasileiros e promete movimentar o comércio no segundo trimestre. Um levantamento realizado pela Confederação Nacional de Dirigentes Lojistas (CNDL) e pelo Serviço de Proteção ao Crédito (SPC Brasil) em todas as capitais do país aponta que sete em cada dez (72%) consumidores pretendem ir às compras no período. Desses, 35% disseram que vão desembolsar a mesma quantia do ano passado, 32% devem gastar mais e 25% menos. O valor do tíquete médio será de R$195,52. Para os que esperam ter um aumento de gastos este ano, a principal justificativa está relacionada à intenção de compras de um volume maior de produtos (41%). Outros 25% atribuem ao fato de os itens estarem mais caros e 19% afirmam que os itens estão com bom preço e, portanto, aproveitarão a oportunidade. A sondagem também mostra que 43% dos consumidores irão adquirir a mesma quantidade de produtos da Páscoa de 2018, 41% desejam com-

prar mais e 11% menos. Em média, a expectativa é de que os consumidores comprem seis produtos. Os principais presenteados serão os filhos (59%), os cônjuges (42%), a mãe (41%) e os sobrinhos (33%). Já 27% vão presentear a si próprios. Este ano, estima-se que cerca de 113, 2 milhões de pessoas gastem com a compra de presentes e chocolates durante a Páscoa. Um comportamento observado pela pesquisa revela que o brasileiro busca manter alguns hábitos de consumo adquiridos durante a crise. A maioria (86%) dos consumidores disse que pretende pesquisar preços antes de levar os ovos ou demais produtos para casa, sendo que os locais preferidos para fazer essa comparação são supermercados (73%), internet (48%) e lojas em shoppings (40%). Considerando aqueles que não pretendem ter despesas relacionadas a presentes ou ovos de Páscoa e chocolates, 23% disseram que irão priorizar o pagamento de dívidas. Já 21% mencionaram que estão desempregados e, por essa razão, não devem sair

às compras. Há ainda os que não gostam ou não têm o costume de presentear na Páscoa ou mesmo comemorar a data, o que correspondem a 16% dos entrevistados da amostra. “O consumidor brasileiro vem aprendendo que para conquistar uma vida financeira saudável, o segredo é administrar bem o orçamento. Evitar comprar logo na primeira loja e buscar preços que caibam no bolso são atitudes inteligentes. Outra dica é se planejar com antecedência, usar a internet para pesquisar e só tomar decisões depois de ter comparado os preços praticados em vários lugares”, orienta a economista-chefe do SPC Brasil, Marcela Kawauti. Questionados sobre a forma como planejam pagar suas compras de Páscoa, 78% dos consumidores disseram que farão à vista, seja em dinheiro (66%) ou no débito (28%). Outros 43% irão pagar a prazo, sendo que 20% usarão o cartão de crédito em parcela única, enquanto 23% preferem o cartão de crédito parcelado. Dentre os que optarão pelo parcelamento, a média será de quase quatro prestações.


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teatro

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exposição Divulgação

Última semana da artista Zica Bergami Artista multifacetada, compôs grandes sucessos musicais da década de 1950, escreveu livros de poesia e produziu pinturas de temática popular que conquistaram o Brasil e o mundo

Programação no Centro tem teatro e dança no Poupatempo Sé O Sesc Carmo realiza uma série de atividades no Poupatempo Sé, durante o mês de abril, de graça: tem teatro e dança: o grupo mineiro BeHoppers com Lindy Hop (dia 22 de abril) e o espetáculo teatral Um Canto para Carolina (dia 23 de abril). DANÇA Lindy Hop com o grupo mineiro BeHoppers Dia 22 de abril, segunda, das 14h30 às 15h30, no Poupatempo Sé. Quer aprimorar os passos pra fazer bonito no salão? O Sesc Carmo convida os pés de valsa para curtirem e aprenderem - quem sabe até se torrnar um hopper - com a apresentação do estilo de dança chamado Lindy Hop, com os BeHoppers no dia 22 de abril, segunda, das 14h30 às 15h30, no Poupatempo Sé. Os BeHoppers são um grupo criado em Belo Horizonte com o objetivo de promover o Lindy Hop, dança surgida no fim dos anos 1920 no Harlem, Nova York. Os BeHoppers, nome inspirado nas iniciais da capital mineira, agregam cada

vez mais pessoas e espalham o espírito de alegria do Lindy Hop, estilo dançado ao som do swing jazz eternizado por músicos como Chick Webb, Louis Armstrong, Count Basie, Duke Ellington, Ella Fitzgerald, entre outros. Os BeHoppers participam de diversos eventos, ao ar livre ou não, ensinando crianças, jovens e adultos a dançar lindy hop e charleston e até a improvisar alguns passos de jazz para dançar individualmente. Agregando cada vez mais pessoas e propagando o espírito de alegria desse estilo de dança, eles estendem a todo mundo o convite para se tornar um hopper. TEATRO Um Canto para Carolina Dia 23 de abril. Terça-feira, das 14h30 às 15h30. No Poupatempo Sé. Também com o objetivo de fortalecer e disseminar a linguagem do teatro de rua no centro da cidade, a Cia dos Inventivos apresenta o espetáculo Um Canto para Carolina no dia 23 de abril, terça-feira, das 14h30 às 15h30, no Poupatempo Sé.

Inspirada na obra Quarto de Despejo: Diário de uma Favelada, da autora Carolina Maria de Jesus (19141977), uma das primeiras e mais destacadas escritoras negras do País, a peça é um convite para partilhar a experiência de Carolina e seus filhos na luta pela sobrevivência e por uma vida com mais alegrias. Na peça, os irmãos João, José e Vera recebem de presente o primeiro exemplar da publicação do livro-diário, escrito por sua mãe. Mergulhando no cotidiano registrado por ela, os filhos revivem suas histórias de luta por uma vida melhor. No livro, Carolina relata seu dia a dia como catadora de papelão e moradora da favela do Canindé. Uma obra que correu o mundo revelando as mazelas dos excluídos.

A Galeria Jacques Ardies traz a individual de Zica Bergami, sob curadoria de Jacques Ardies. Composta por 50 desenhos em nanquim sobre papel, a mostra apresenta trabalhos raros coloridos e em preto e branco, os quais destacam uma produção da artista datada entre 1987 e 2009, sendo a maior parte do final do século 20. Autora de grandes sucessos musicais a partir da década de 1950, como “Lampião de Gás” - canção que foi símbolo da cidade de São Paulo de antigamente, gravada por Inezita Barroso, em 1958 -, “O Batateiro”, “Chuvarada”, entre outros, Zica Bergami foi uma artista multifacetada que, além de composições musicais, também escreveu livros de poesia. Começou a desenhar após a morte de seu marido, e seus desenhos conquistaram não apenas o público brasileiro, mas foram expostos também em Paris, Portugal, Tel Aviv, Nápoles e na Holanda. Como descrito no Catálogo POP BRASIL: A arte popular e o popular na arte (CCBB - Gama, 2002): “Há muito tempo que ela faz uma boa figura e apresenta excelentes trabalhos nos salões e mostras de arte,

revelando sua inconfundível maneira de desenhar com a tinta nanquim. Ela tinha muitas histórias para contar, dos bons tempos no interior, de um passado fulgurante na capital dos paulistas. Em seus desenhos fica patente o olhar cândido para as situações humanas, com um resultado que atinge a universalidade através de simples traços negros sobre a alvura do papel”. Nesta mostra inédita, o público paulistano pode ter acesso a esta verdadeira artista naïf, que se dedicou à temática popular, em paisagens não apenas rurais, mas também urbanas como parques, circos, apresentações, festas e cenas do cotidiano. Serviço: Individual Zica Bergami Galeria Jacques Ardies Rua Morgado de Mateus, 579 – Vila Mariana www.ardies.com Até 20 de abril Horário: Sexta-feira, das 10 às 17h30 / Sábado, das 10 às 16h Tel.: 11 5539-7500

SERVIÇO: Lindy Hop com BeHoppers. Dia 22 de abril, das 14h30 às 15h30. Um Canto para Carolina . Dia 23 de abril, terça-feira, das 14h30 às 15h30. Poupatempo Sé. Praça do Carmo, s/n - Estação Sé do Metrô - Sé EXPEDIENTE

Diretor - Paulo César Cardoso UL - paulopat@pacprommos.com.br Gerente Geral - Maria Fernanda Zuber Rosa - fernanda@pacprommos.com.br Diretor de Arte - Fábio Vieira Penteado - jornalismo@jornaloretrato.com.br Projeto Gráfico - PAC/prommos - Impressão Folha Gráfica Colaboradores - Adriano dos Santos, Carlos Sisteroli, Dona Pri, Francisco Cardoso, Luciano Guastaferro, Márcia C. Ungri, Marcos Rodolpho, Vani Rodrigues e Vera Lúcia Cardoso. O jornal O RETRATO é uma publicação da PAC/Prommos Comunicação e não se responsabiliza por eventuais mudanças na programação fornecida, bem como pelas opiniões emitidas nesta edição. O conteúdo dos anúncios publicados no jornal O RETRATO é de total responsabilidade dos anunciantes.

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decoração

4 dicas para preparar a mesa de Páscoa Fotos: Divulgação

Está chegando mais uma data daquelas que temos vontade de reunir todas as pessoas queridas para celebrar: a Páscoa. Como a reunião sempre começa em torno de uma boa mesa, a Mobly, o maior ecommerce de móveis e de coração do país, em parceria com a produtora de ambientes Cláudia Pixu, levantou algumas dicas especiais para deixar a mesa posta ainda mais linda (e pascalina!). Confira:

1. A p o s t e e m e l e m e n t o s outonais O que o outono e a Páscoa têm a ver? As tendências! Aproveitar o que a estação tem a oferecer como os galhos secos, que podem facilmente ser encontrados pelas ruas, e incorporá-los na decoração funciona muito bem. É possível utilizá-los como arranjos na mesa de Páscoa, substituindo ou completando as flores, e mantê-los na decoração depois. Para deixar com uma cara mais pascoal, a dica

é pendurar ovinhos de plástico nos galhos. Outra dica, para quem não tem anel de guardanapo, é fazer um laço com uma fita xadrez - outra tendência outonal, mas que é a cara da Páscoa! Ele garantirá mais elegância, além de mostrar o cuidado que você teve para produzir a mesa. 2. Guardanapos personalizados Esses elementos fazem toda a diferença em uma mesa posta e são simples de fazer. É possível, por exemplo, usar os ovinhos de plástico como base e, com um guardanapo de tecido dobrado em tira, passar em volta do ovo, como se ele estivesse com 'dor de dente'. Após amarrar com uma fita, você terá o formato de um coelho com orelhinhas e tudo! 3. Criatividade é a palavra de ordem Use e abuse dos musgos! Eles funcionam perfeitamente como arranjos de centro de mesa. Se tiverem ovos espalhados por ele, garantem ainda

mais a cara da Páscoa. Para isso, é possível usar ovos de verdade, mas cozidos para não correr o risco de quebrarem. Se quiser ir além e exercer ainda mais a criatividade, use esses mesmos ovos, mas desenhados – coloque a mão na massa e produza o seu DIY com tintas ou canetas a base de água. Funcionam muito bem como arranjos também dentro de potes de vidro.

do com muito carinho e especialmente para você é gratificante, né? Seguindo a dica acima, ao invés de pintar ou desenhar, você pode escrever o nome do convidado em cada ovo. Aqui, vale preencher uma xícara com musgo para servir de apoio e posicioná-la a frente de cada lugar. Sabe aquele detalhe que faz a maior diferença? Então... Invista nele!

4. Cuidado especial Ir à casa de alguém e sentir que a pessoa preparou tu-

Serviço: MOBLY www.mobly.com.br

receita

Páscoa: aprenda a fazer um ovo de páscoa vegano A receita é indicada também para quem é diabético ou tem intolerância ao glúten ou à lactose A Páscoa está chegando e com ela o desejo quase irresistível de comer ovos de chocolate. Mas nem todo mundo pode comer as opções convencionais disponíveis no mercado, seja por questões de saúde ou por convicções pessoais. A cozinheira Lúcia Guimarães, que atende pelo GetNinjas, maior plataforma de contratação de serviços da América Latina, selecionou uma receita simples e prática de ovo de páscoa vegano. A sugestão também é uma ótima pedida para quem é diabético ou tem intolerância ao glúten ou à lactose. Confira abaixo o passo a passo: Ingredientes do ovo: - 300g de chocolate sem lactose (chocolate a base de soja diet) - 1 forma de silicone de 300g - Ingredientes do recheio (ganache): - 200g de chocolate sem lactose

- 1 caixinha de creme de leite vegetal - 1 colher de sopa de óleo de coco - 300g de morango ou uvas verdes - Amêndoas para finalizar Modo de preparo: Derreta os 200g de chocolate em banhomaria, junte o creme vegetal, o óleo de coco e reserve (essa mistura, o ganache, será o recheio do ovo); Corte 300g de chocolate em pedaços pequenos e derreta em banho maria ou micro-ondas; Preencha e espalhe na forma o chocolate, não deixe a camada muito grossa, leve à geladeira por 5 minutos e repita esse processo por mais três vezes; Desenforme, recheie o ovo com o ganache, cubra com morangos e finalize com as amêndoas.


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viagem

Feriado da Páscoa é oportunidade de aprender mais sobre o programa espacial americano no NASA Kennedy Space Center Visitor Complex NASA Kennedy Space Center Visitor Complex oferece atrações aventureiras e educativas Fotos: Divulgação

Para os viajantes que estarão em Orlando durante o feriado da Páscoa, é imperdível visitar o NASA Kennedy Space Center Visitor Complex para ficar pertinho da história espacial norte-americana, que tem dado importantes passos para o futuro. Localizado a 45 minutos do Aeroporto Internacional de Orlando, o complexo permite que os visitantes saibam mais sobre a história da NASA e seus lançamentos de missões espaciais do passado e também descubram os planos para o futuro. Atualmente, o complexo tem investido em atrações que fomentam a imaginação dos visitantes, convidandoos a fazer parte do futuro da humanidade. Como a Journey to Mars: Procuram-se Exploradores, que contam sobre os planos de colonizar Marte e as atrações ATX e Mars Base 1 com si-

muladores para os visitantes sobreviverem no planeta vermelho! Também no NASA Kennedy Space Center Visitor Complex, os visitantes podem assistir de perto ao lançamento de missões, ficar frente a frente com foguetes que foram fundamentais para alçar o homem até a Lua. Por um preço adicional, dois Tours de Interesse Especial são oferecidas para descobrir ainda mais sobre os bastidores dos programas. A entrada comum do parque oferece diversas atrações, entre elas, o tour de ônibus pelas plataformas e edifícios de controle de lançamentos, incluindo visita ao centro Apollo/ Saturn V, em que há uma exposição memorável da missão Apollo, e exibição do mais potente foguete já utilizado, o Saturn V. Outro destaque é a visita ao ônibus espacial AtlantisSM,

com diversos simuladores, como o Shuttle Launch Experience. E mais: Universe Theatre, Almoço com Astronauta, Science on a Sphere, Jardim de Foguetes, Cosmic Quest e Heroes & Legends, apresentando o U.S. Astronaut Hall of Fame, além de filmes espaciais em 3D, incluindo "A Beautiful Planet" e "Journey to Space 3D". Sobre o Kennedy Space Center Visitor Complex O NASA Kennedy Space Center Visitor Complex dá vida à épica história do programa espacial estadunidense, oferecendo um ou mais dias completos de atividades divertidas, inspiradoras e educacionais, incluindo o novo Astronaut Training Experience Exploring with Lockheed Martin, assim como o Heroes & Legends exibindo o US Astronaut Hall of Fame, apresentado pela Boeing, o Kennedy Space Center Tour até o Apollo/Saturn V Center, com o foguete Saturn V real, Space Shuttle Atlantis, Shuttle Launch Experience®, os filmes IMAX A Beautiful Planet 3D e Journey To Space 3D, Astronaut Encounter, Journey To Mars: Explorers Wanted, Science on a Sphere®, Rocket Garden, e Cosmic Quest. Para mais informações acesse: www.KennedySpaceCenter.com


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saúde

Medicamentos podem interferir no resultado de exames laboratoriais Paracetamol, por exemplo, pode alterar os níveis de enzimas hepáticas Informar ao laboratório de análises clínicas sobre todos os medicamentos que o paciente faz uso, seja de uso continuado ou esporadicamente, pode ser decisivo para o resultado correto de um exame. Se o paciente não informa os medicamentos que utilizou, o resultado do exame pode vir alterado, o que pode dificultar o diagnóstico correto do problema de saúde e prejudicar o tratamento do próprio paciente. Mesmo medicamentos isentos de prescrição, como um simples analgésico, podem ter interferência direta no resultado. Por exemplo, o paciente que tomar altas doses de ácido acetilsalicílico (AAS, aspirina etc.) pode apresentar baixa no hormônio T4 e ter hipoglicemia por potencializar o efeito de insulina. Cabe ao laboratório orientar o

paciente sobre a importância de relatar o uso do medicamento e ao paciente informar todo o tipo de medicamento utilizado. O presidente do Conselho Regional de Farmácia de São Paulo, Dr. Marcos Machado, especialista em Análises Clínicas, ressalta que essas informações e o material coletado para o exame devem ser enviados conjuntamente para análise. "Algumas vezes o paciente não informa sobre o uso de medicamentos e culpa o laboratório ao se deparar com uma alteração improvável, já que o exame pode ser repetido, em outro lugar, e apresentar resultados diferentes. Nesse momento, ninguém pensa que pode ter sido um medicamento que o paciente usou antes do primeiro exame e não do segundo", destaca.

VEJA A RELAÇÃO DE MEDICAMENTOS QUE PODEM INTERFERIR NOS RESULTADOS DE EXAMES LABORATORIAIS EXEMPLOS DE MEDICAMENTOS VENDIDOS SOB PRESCRIÇÃO QUE ALTERAM EXAMES LABORATORIAIS MEDICAMENTO

INDICAÇÃO

ALTERAÇÃO PROVOCADA

Estatinas

Reduzem taxas de colesterol

Podem elevar enzimas CK (Creatina Quinase)

Fluconazol

Antifúngico

Eleva enzimas hepáticas quando o paciente apresentar alguma toxicidade hepática causada pelo uso do fluconazol

Prednisolona

Corticoide

Pode elevar a glicemia sanguínea

Antagonista de Beto-adrenérgicos (usados para hipertensão)

Pode causar alterações no exames de dosagens de enzimas hepáticas (ALT,AST,LDH) e também na dosagem de ureia que é utilizada para verificar funcionamento renal.

Tetraciclinas

Antibiótico

As tetraciclinas podem produzir falsas elevações das catecolaminas urinárias; podem alterar a concentração de ureia sérica por seu efeito antianabólico. Concentrações séricas de transaminase glutâmico-pirúvica (TGP), fosfatase alcalina, amilase, transaminase glutâmico-oxalacético e bilirrubinas podem estar aumentadas com a administração de tetraciclinas.

Cetoconazol

Agentes antifúngicos

Pode causar alterações nas enzimas hepáticas

Propanolol

teatro Regina Duarte sobe ao palco do Teatro Fernando Torres Conhecida nacionalmente por protagonizar diversas novelas de televisão, mas sem jamais deixar de fazer teatro ao longo de suas mais de cinco décadas de carreira, a atriz Regina Duarte encabeça o elenco e dirige o espetáculo Volta ao Lar, do dramaturgo Harold Pinter, ganhador de um Prêmio Nobel de Literatura. A montagem terá uma única apresentação em São Paulo, no Teatro Fernando Torres, na quarta (24/04) às 21h. Volta ao Lar coloca em cena uma família inglesa órfã de mãe, composta pelo pai açougueiro Max (Igor Kowalewski), os filhos Lenny (Rodrigo de Castro) e Joey (João Carlos Filho) e o tio Sam (Ivan Bellangero). Eles são homens à deriva, brutalizados e carentes de uma figura feminina. Depois de muitos anos estudando e lecionando filosofia nos Estados Unidos, Teddy (Mauricio Agrela), o primogênito do clã, faz uma visita inesperada ao lar de sua família, acompanhado por Ruth (Regina Duarte), sua mulher e mãe de seus filhos. Ruth é

Divulgação

um mistério que o feminino encerra e que a direção pretende preservar, cultuar, proteger. A presença feminina provoca alterações impensáveis naqueles homens. SERVIÇO: Volta ao Lar - Teatro Fernando Torres R. Padre Estevão Pernet, 588 - Tatuapé Dia 24 abril (quarta), às 21h Ingressos: R$ 90 (inteira), R$45 (meia), R$ 70 (antecipado). Ponto de venda: Bilheteria do Teatro Fernando Torres. Vendas on-line: ingressorapido.com. br. Informações: (11) 2227 – 1025. Classificação: 14 anos.

MEDICAMENTOS ISENTOS DE PRESCRIÇÃO TAMBÉM PODEM CAUSAR ALTERAÇÕES MEDICAMENTO

INDICAÇÃO

ALTERAÇÃO PROVOCADA

Anti-inflamatório / analgésico

Altas doses de ácido acetilsalicílico podem baixar hormônio T4 / Pode reduzir a agregação das plaquetas / Pode causar hipoglicemia por potencializar o efeito de insulina

Paracetamol

Analgésico e antipirético

Aumenta o nível de enzimas hepáticas / Pode causar resultado falsamente diminuído de glicemia

L-Carnitina

Mobilização de gorduras do tecido adiposo

Po de causar aumento de triglicérides

Ácido acetilsalicílico


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saúde Conhecimento judaico cabalístico localiza razão de doença por meio da idade

Abril Lilás

Rabino Dor Leon Attar ensina técnica no livro O segredo da prosperidade judaica

campanha alerta para o câncer de testículo

Rafael Buta, médico urologista, fala sobre a doença que é responsável por 5% dos tumores masculinos. O médico separou ainda dicas para realizar o autoexame nos testículos. Confira Abril é o mês de combate e prevenção ao câncer de testículo, que corresponde a 5% do total de casos de câncer em homens, de acordo com o Instituto Nacional de Câncer (Inca). Apesar de rara, a doença é preocupante, pois atinge, em sua maioria, homens em idade produtiva, ou seja, dos 15 aos 50 anos, podendo ser muito agressiva e se espalhar para outras partes do corpo rapidamente. Mas há tratamento e grandes chances de cura. E como a doença aparece? Rafael Buta, médico urologista da Aliança Instituto de Oncologia, explica que o principal sintoma é o surgimento de um nódulo endurecido ou aumento no tamanho do testículo, que geralmente não acompanha dor. O especialista acrescenta que a enfermidade pode surgir por quatro motivos: histórico familiar, lesões e traumas na bolsa escrotal, exposição a agrotóxicos, e criptorquidia, quando a criança apresenta

um testículo que não desceu para a bolsa testicular. Diagnóstico e tratamento Buta aponta que o diagnós tico p o de ser feito p or meio de e xames f ísicos ou complementares, como ul trassonografias e exames de laboratório. "O primeiro passo do tratamento é sempre cirúrgico, com remoção do testículo acometido. Muitas vezes pode ser colocada uma prótese de silicone no local do testículo que foi retirado, para manter a aparência normal da bolsa testicular", afirma Dr Rafael. Após a cirurgia, segundo o médico, a decisão de realizar tratamento complementar, com quimio e/ou radioterapia baseia-se principalmente em dois fatores: o tipo de célula presente no tumor, e se houve disseminação da doença para outras partes do corpo. "Quando o diagnóstico é feito na fase inicial da doença, as chances de cura chegam a 100%", ressalta o especialista.

Fique ligado! Rafael Buta destaca ain da a importância do autoexame nos testículos. Ele preparou três dicas de como fazer o teste. Confira: - Obser ve a pele da bols a tes ticular, e p erceb a s e há alguma alteração na sua aparência; - Segure um testículo de cada vez, utilizando os dedos de ambas às mãos, e deslize os dedos pela super fície do testículo (ela deve ser lisa). Na parte de cima e atrás do testículo é possível sentir outra estrutura, o epidídimo (semelhante a um cordão). É normal que um testículo seja ligeiramente maior que o outro; - Caso perceba durante o autoexame algum nódulo, região endurecida ou dolorosa, crescimento anormal do testículo ou alteração no seu formato, procure o urologista para que este realize uma avaliação mais detalhada.

A medicina ocidental, comumente praticada em hospitais, muitas vezes trata apenas os sintomas de uma doença, segundo a medicina oriental. Assim, se você está com dor de estômago, recebe um medicamento para que ela seja aliviada, mas dificilmente se procura saber o porquê de estar sentindo aquilo, qual o motivo verdadeiro que gerou essa sensação. e não apenas a manifestação física do tal. Segundo o Rabino Dor Leon Attar, terapeuta formado em medicina chinesa e especializado em acupuntura coreana, todas as "doenças" que apresentamos fisiologicamente possuem uma razão emocional mal resolvida e, na maioria das vezes, não identificada. No livro O segredo da prosperidade judaica, ele ensina como buscar essa situação emocional traumatizante por meio de uma conta: 1. Anote a idade quando se manifestaram os primeiros sintomas da doença; 2. Tente lembrar um evento emocional que aconteceu um ano antes da manifestação dos primeiros sintomas (normalmente eventos emocionais demoram um ano para se manifestar); 3. Caso não tenha acontecido nada significante, divida essa última idade por dois. Se não encontrar, siga dividindo por dois. 4. Se chegar na idade entre um e nove anos, o evento emocional pode ter acontecido nos meses de gestação, quando a mãe passou por algo que marcou o nenê (a idade de um a nove corresponde ao nove meses da gestação). A técnica é utilizada por diversos rabinos renomados ao redor do mundo, e o R. Dor Leon Attar estudou com alguns deles em Israel. Em seu livro, conta alguns casos em que ajudou a identificar qual evento emocional estava desencadeando determinados sintomas nas pessoas. Após essa identificação, é preciso confrontar e superar o acontecido, para que assim a pessoa seja curada. Porém, o rabino não descarta a importância de uma consulta com médicos especialistas. Dessa forma, segundo o conhecimento judaico cabalístico, "toda doença ou desequilíbrio físico é derivado de um desequilíbrio emocional espiritual, que pode demorar anos para manifestar, mas se não for tratado, apare-

cerá como doença física", explica o escritor. Para entender melhor, o autor ainda sep ara uma relação de órgãos e quais emoções os afetam: Raiva – fígado Tristeza e mágoa – pulmão Angústiaepreocupação – estômago Estresse e ansiedade – coração Medo e fobia – rins Importante ressaltar que o tratamento e acompanhamento da medicina ocidental, que utilizamos hoje, é muito importante e não estamos falando que a medicina oriental deva entrar no lugar dele. Um trata os sintomas e alivia as dores e o outro levara o paciente para o equilíbrio e a verdadeira cura. Sobre o Rabino Dor Leon Attar Nascido em Israel, R. Dor Leon Attar é sargento da reserva da Força de Defesa Israelense, é empresário investidor em várias áreas de atuação. É também escritor, além de formado em acupuntura Coreana e medicina chinesa. R. Dor Leon é um palestrante transformador, pois realiza diversos eventos em todo Brasil tendo como assunto central temas unicamente relativos ao judaísmo e Mentalidade Positiva Judaica, assuntos nos quais R. Dor Leon é treinador especialista e tem ajudado centenas de milhares de pessoas em todo o Brasil a conhecerem profundamente o verdadeiro judaísmo e a transformarem suas vidas. Residente no Brasil há mais de dez anos, tendo já obtido a cidadania brasileira, fundador da Associação Judaísmo em Ação (AJA – judaísmo), que tem por finalidade de promover a verdade sobre o judaísmo e a sabedoria milenar judaica.


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direito

Child Free: a polêmica dos estabelecimentos A Água é um negócio ou com restrições as crianças um direito? Movimento que começou na década de 1980 nos Estados Unidos e Canadá para pessoas que não queriam ter filhos, hoje recebeu um novo sentido e restringe a entrada de crianças em estabelecimentos comerciais. O Brasil, porém, possui leis que respaldam o direito dos pais e crianças

O movimento ‘Child Free’ (livre de crianças), inicialmente, surgiu para apoiar as pessoas que optaram por não serem pais e se sentiam desprestigiadas por isso, por irem contra uma “imposição da sociedade”. Hoje, no entanto, este movimento seguiu outros passos e ganhou um novo significado, no qual os estabelecimentos comerciais escolhem por proibir a entrada e permanência de crianças. Pe l o s q u at ro c a nto s d o mundo, existem restauran tes, pousadas e albergues onde não é permitida a entrada de crianças com justificativas variadas, tais como: o espaço não é adaptado para recebêlas ou garantir a tranquilidade dos demais clientes. D e um la d o, e x is te uma vertente onde a omissão dos pais, diante do mal comportam ento das crianças, pre judica o funcionamento do local e incomoda as pesso as presentes. Mas, sob outra

análise, trata-se de uma forma d e dis cr imina ç ã o, uma ve z que p ais e f ilhos es tão sendo lesados pelos seus direitos fundamentais. Para a advogada Dra. C h r i s t i a n e Fa t u r i A n g e l o Afonso, a forma como o Child Free tem sido adotada é contraditória dentro de uma sociedade que defende a inclusão e igualdade de todos. “Se continuarmos nessa linha de raciocínio, logo haverá estabelecimentos privados que se recusarão a receber ido sos, negros, mulheres, pessoas com deficiência, homossexuais ou qualquer pessoa que não esteja dentro do padrão que acreditam ser o correto”, opina a advogada. N o B r asil, e x is te re sp al d o jur ídico p ela Co ns titui ção Fe deral, para prote ção da criança e do adolescen te, nos ar tigos 1º, II (cidadania) e III (dignidade da pessoa humana), 3º IV ( promover o bem de todos, sem pre-

conceitos de origem, r aç a, sexo, cor, idade e quaisquer outras formas de discriminação), 5º XLI (a lei punirá qualquer discriminação atentatória dos direitos e liberdades fundamentais) e 227 (é dever da família, da sociedade e do Estado assegurar à criança, a d o l e s ce nte e j ovem , co m a b s o l u t a p r i o r i d a d e, o d i reito à vida, saúde, alimentação, educação, lazer, pro fissionalização, cultura, dignidade, respeito, liberdade e convivência familiar e comunitária, além de colocá-los a salvo de toda forma de ne gligência, discriminação, exploração, violência, crueldade e opressão). A Dra. Christiane salienta, ainda, que esse movimento é sinônimo da falta de empatia com as pessoas, pois a infância é uma fase fundamental na vida do ser humano, na qual as descob er tas e a socialização fazem par te do desenvolvimento do indivíduo, afinal, até os defensores do Child Free, foram crianças u m d i a , co m c u r i o s i d a d e s inerentes a sua faixa etária. “Essa segregação é ilegal e nitidamente discriminatória e não pode ser aceita. Dessa forma, entendo que não cabe a pousadas, hotéis e restaurantes proibirem o acesso de crianças e adolescentes, sob o pretexto de serem p r i v a d o s . E s s a d is c r i m i n a ção e constrangimento não p o dem s er aceitos, deven do ser denunciado ao Ministério Público e, também, no Procon, especialmente quando os pais são surpreendidos co m a i n f o r m a ç ã o d e q u e seu filho não é aceito e nada lhes foi dito no momento da contratação”, finaliza Dra. Christiane.

Temos muitas razões para lembrar da importância do Dia Mundial da Água, instituído pela ONU em 22 de março de 1992. Algumas delas, como a quantidade de água potável no planeta ou a porcentagem de água do corpo do ser humano, são dados que acabamos aprendendo na escola, porém, muitas vezes esquecemos ou não ligamos. Mas quando falta água ou quando é demasiado o montante, vide as enchentes desta época no sudeste do país, vira tema de jornais, noticiários e redes sociais. E o mais interessante é que, rapidamente, todos viram especialistas sobre o tema e defendem ou atacam. Um dos 17 Objetivos do Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU, estabelecido em 2015, como um “sonho” comum dos seres humanos deste planeta, é o ODS número 6, que é sobre “Água Potável e Saneamento”. Neste ODS 6 (https://nacoesunidas.org/pos2015/ods6) o objetivo é assegurar a disponibilidade e a gestão sustentável da água e saneamento para todos. E quebra em mais metas, como até 2030 alcançar o acesso universal e equitativo a água potável e segura para todos. E tem uma meta muito instigante, que é apoiar e fortalecer a participação das comunidades locais para melhorar a gestão da água e saneamento. São seis metas neste objetivo e dois subtópicos. Grandes empresas acabam não gerenciando os seus riscos ambientais e poluindo rios e mares com os seus produtos ou subprodutos do seu processo produtivo como vemos no Brasil e no mundo. Dois terços da população mundial em 2017 vivem em áreas que passam pela escassez de água pelo menos um mês por ano. Relatórios sobre estes dados são feitos anualmente como o Relatório Mundial das Nações Unidas sobre o Desenvolvimento dos Recursos Hídricos (World Water Development Report – WWDR) (http://www.unesco.org/new/ pt/brasilia/natural-sciences/environment/wwdr/). Então, o problema não é a falta de pesquisas, dados ou alertas de especialistas e estudiosos. Temos inclusive uma lei no Brasil, desde janeiro de 1997, conhecida como Lei das Águas que instituiu a Política Nacional de Recursos Hídricos (PNRH). Ela coloca que a água é considerada um bem de domínio público e um recurso natural limitado, dotado de valor econômico. Esta gestão da água deve proporcionar os seus vários usos de

forma descentralizada e participativa. E tem que contar com a participação do Poder Público, dos usuários e da comunidade. E se tiver uma situação de escassez o uso prioritário é para o consumo humano e para a dessedentação de animais. E o segundo artigo da Lei é mais bacana: “Assegurar a disponibilidade de água de qualidade às gerações presentes e futuras, promover uma utilização racional e integrada dos recursos hídricos e a prevenção e defesa contra eventos hidrológicos (chuvas, secas e enchentes), sejam eles naturais, sejam decorrentes do mau uso dos recursos naturais”. As empresas sabem disso muito bem, principalmente, para que seus negócios continuem, tenham perenidade e se sustentem. As empresas de bebidas alcóolicas e não alcóolicas, por exemplo, dependem da água como o seu insumo principal. A agricultura e a pecuária dependem deste recurso para trabalhar e produzir. A mineração, as montadoras, os megacomputadores dos bancos e muitas outras empresas dependem da energia que vem da água das hidrelétricas, nossa maior matriz. Ou seja, a água é essencial na nossa cadeia produtiva e no PIB do país. Tenho um grande amigo professor que sempre dizia que, na verdade, não exportamos grãos, cana, carne, minério de ferro ou qualquer outro insumo para os outros países. Na verdade, exportamos água em forma de carne, grãos, minério de ferro, etc. Os nossos principais negócios dependem diretamente ou indiretamente da água. A água é um dos pilares da economia brasileira e só continuaremos tendo esta abundância se cuidarmos das nossas fontes, não poluirmos e tudo o que geralmente se aprende na escola (de novo). Mas precisamos sair do conceito e das leis escritas e passarmos para a ação, cobrança e fiscalização. E isso é trabalho do governo, da sociedade e das empresas. Se não fizermos isso urgente não conseguiremos “assegurar a disponibilidade de água de qualidade às gerações presentes e futuras”. Comemore, estude, engaje mais pessoas e ajude a garantir o nosso futuro! *Marcus Nakagawa é professor da ESPM; coordenador do Centro ESPM de Desenvolvimento Socioambiental (CEDS); idealizador e diretor da Abraps; e palestrante sobre sustentabilidade, empreendedorismo e estilo de vida. www.marcusnakagawa.com, www.blogmarcusnakagawa.com


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curiosidade

Chuvas e raios

O que acontece quando atingem uma aeronave? Aviões parecem não combinar com fenômenos climáticos, no entanto, são atingidos cerca de 50 vezes por dia no espaço aéreo e são capazes de suportar isso muito bem. Todos os dias, cerca de 50 aeronaves são atingidas por raios enquanto estão operando. Os passageiros podem até ouvir o trovão e ver o relâmpago, além de terem conhecimento sobre a chuva torrencial no exterior da cabine, mas as aeronaves estão totalmente preparadas para que tudo isso aconteça. O que acontece quando um avião é atingido por um raio? Aeronaves acabam funcionando como um para-raios; o relâmpago frequentemente atinge as extremidades, como a ponta da asa, o cockpit ou a cauda, então viaja pela fuselagem, para enfim deixar a aeronave por outro ponto, em direção ao solo. Durante uma tempestade, partículas negativas e positivas participam de uma espécie de dança de guerra, por isso, quando uma aeronave voa no meio delas, acabam agindo como um para-raios devido ao atrito. O que os passageiros percebem no interior da aeronave? E o piloto? Os passageiros não percebem muita coisa no interior da cabine. É possível ouvir um estrondo, às vezes bem alto. Já os pilotos, contam com uma visibilidade melhor e conseguem vê-los. Em seguida, é necessário tomar algumas providências para garantir a segurança de todos e a integridade da aeronave, por isso eles notificam imediatamente as torres de controle, assim as tripulações de voos próximos também são informadas e a aeronave pode ser examinada quando estiver em terra. O que é a Gaiola de Faraday? Este experimento que muitos aprendem na aula de física no ensino médio é o que expli-

ca o motivo pelo qual o interior da cabine de um avião é totalmente seguro, quando atingida por um raio. As aeronaves contam com uma fuselagem de metal, criando um campo elétrico estático, e conduzem a eletricidade da mesma maneira que uma Gaiola de Faraday. É por isso que elas são uma parte do caminho do raio para o chão. Aeronaves de projetos mais antigos, como os Boeing 747 e 777, são feitas de alumínio. Já os modelos mais novos, como os Boeing 787 Dreamliner, Embraer e Airbus 350, são feitos de materiais compostos mais leves, como o plástico, mas possuem uma camada feita de malha de cobre ultrafina ou tinta de alumínio especial para conduzir a eletricidade. É tudo muito rápido Ainda que os raios sejam quase que imperceptíveis para os passageiros, em geral, eles significam muito trabalho para o pessoal de terra. O protocolo exige que a aeronave pas-

se por uma inspeção visual pelo departamento de manutenção antes da próxima partida. Um relâmpago pode fazer com que a tinta escorra e deixe marcas na borda traseira das asas e extremidades da cauda. O engenheiro de chão inspeciona tudo e procura os pontos na fuselagem onde o raio a atingiu e o ponto onde o raio deixou a aeronave, que pode ser tão pequeno quanto a ponta de um lápis.

sar nenhum dano grave, é que existem "wicks estáticos" (fios de metal finos atrás das asas), que garantem que a carga acumulada seja liberada durante o voo. Aeronaves têm todos os tipos de mecanismos para evitar que seus sistemas eletrônicos não sejam afetados por um raio. As situações são amplamente simuladas antes que um avião entre em operação, com raios na fuselagem e componentes internos.

Drones para o resgate Pa r a e n co nt r a r o p o nto onde o raio atingiu o avião, a equipe de solo precisa percorrer todos os 36 metros de fuselagem. São necessárias quatro horas no hangar para a detecção de qualquer dano à aeronave e, em 80% dos casos, ela fica disponível para operação novamente após 20 horas.

Raio induzido por aeronave Aero nave s fo r mam uma ponte entre as partículas positivas e negativa durante uma tempestade. Podem até ge rar seu próprio raio, particularmente no outono e no inverno, se o ar relativamente quente colidir com ar nebuloso, instável e frio e a aeronave voar por meio dele. Isto acontece, apesar de as Nuvens Cumulus em Torre (TCU) e Cumulonimbus (CB) normalmente não gerarem raios em ares frios (cerca de -10 °C). Assim, em 90% dos

Segurança acima de tudo Para que os 200 mil amperes de um raio percorram a fuselagem de um avião sem cau-

casos, as aeronaves criam os raios elas mesmas. Abaixo, seguem fatos curiosos sobre raios e aeronaves: - A KLM Cityhopper, frota de aeronaves dedicada a voos de curta duração, na Europa, recebe cerca de 50 raios por ano. Com um total de 49 aviões, isso significa que, em média, cada um é atingido por um raio uma vez por ano. - Um raio pode chegar a temperatura de cerca de 30.000 °C. - Os relâmpagos ocorrem com maior frequência em altitudes entre 5 e 20.000 pés (1,5 e 6 km), geralmente durante a decolagem e o pouso. - A maioria dos raios ocorre quando há turbulência moderada ou intensa e em temperaturas próximas ao ponto de congelamento. - 90% dos impactos de raios são causados pela própria aeronave. Esse fenômeno é conhecido como Raio Induzido por Aeronave (AIL).


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