Informação e cultura
toda semana! Edição 662 - Ano XII | 5 a 11 de junho de 2020 | distribuição gratuita para pessoas modernas
Senadores aprovam PL que inclui quimioterapia domiciliar na cobertura de planos de saúde Aprovado no Senado nessa quarta-feira, o projeto já passou pela Câmara e agora vai a sanção do presidente da República Senadores aprovaram, nessa quarta-feira (3) um Projeto de Lei que obriga a cobertura de tratamento de quimioterapia domiciliar, contra o câncer, pelas operadoras de plano de saúde. A proposta facilita o atendimento em casa aos pacientes que precisam de acompanhamento para se tratar da doença. O projeto foca no tratamento domiciliar oral realizado com antineoplásicos, que são medicamentos usados para evitar o crescimento e a disseminação de tumores. O autor do projeto, senador Reguffe (Podemos-DF) argumentou que pacientes reclamam dos planos de saúde, que se negam a pagar este tipo de tratamento, porque os remédios não estão na lista da Agência Nacional de Saúde Suplementar, apesar de registrados na Anvisa. O senador Reguffe explicou que a proposta passa a exigir apenas a autorização da Anvisa. Com isso, os planos de saúde ficam obrigados a custear os medicamentos. O senador Romário (Podemos-RJ), relator da proposta, definiu o prazo de 48 horas para a liberação do tratamento. Desta forma, pelo texto, os remédios da quimioterapia oral deverão ser entregues aos pacientes, em até 2 dias. Nesta quinta-feira (4), os senadores se reuniram para votar projetos que garantem apoio financeiro aos trabalhadores do setor cultural, aos asilos e instituições de permanência de idosos . Também esteve na pauta a proposta que torna obrigatório o uso das máscaras de proteção em locais públicos e privados enquanto durar a pandemia do novo coronavírus. As três matérias já passaram pela Câmara. Fonte: EBC.
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online
Consumo de vídeo e áudio online cresce no Brasil, aponta pesquisa Mais de 70% dos internautas assistiram vídeo ou áudio online em 2019 O consumo de vídeo e áudio online (o chamado streaming) aumentou e se consolidou no Brasil. Entre os usuários de internet, 74% assistiram a programas, filmes, vídeos ou séries e 72% ouviram música online em 2019. As informações são da pesquisa TIC Domicílios 2019, mais importante levantamento sobre acesso a tecnologias da informação e comunicação, realizada pelo Centro Regional para o Desenvolvimento de Estudos sobre a Sociedade da Informação (Cetic.br), vinculado ao Comitê Gestor da Internet no Brasil. Vídeo online O consumo de vídeo online é bastante diferente quando observadas as condições econômicas e a escolaridade. A prática foi registrada em 87% dos entrevistados da classe A, enquanto nas classes D e E o percentual foi de 65%. O hábito ficou em 83% para aqueles com ensino superior completo, contra 45% para os analfabetos ou que fizeram até a educação infantil. A prática de assistir a vídeos foi mais comum nas áreas urbanas (75%) do que rurais (63%); e entre homens (79%) do que entre mulheres (69%). No recorte por cor e raça, o índice apenas oscila entre brancos, pretos e pardos. O carregamento de arquivos (download) de filmes ficou em patamar bem menor, de
23%. Este era o principal canal de consumo de vídeos na década passada e início da atual. Áudio online O ato de ouvir música pela internet também difere pelos mesmos indicadores. Na classe A, ele foi identificado em 79% dos ouvidos, enquanto nas classes D e E foi relatado por 68% dos entrevistados. Entre os usuários com ensino superior, alcançou 80%, contra 52% entre os analfabetos e pessoas que tiveram até a educação infantil. As músicas online são ouvidas por 73% dos entrevistados nas cidades e por 64% no campo. Os homens apareceram com índice maior (76%) do que as mulheres (70%). No recorte
por cor e raça, as respostas ficaram em patamares semelhantes. Já os downloads de músicas ainda permanecem como opção para 41% dos ouvidos. A pesquisa incluiu a análise sobre o consumo de programas de áudio online, os chamados podcasts. Dos usuários ouvidos, 13% contaram consumir este tipo de conteúdo. Na classe A, este percentual sobe para 37%. Criação de conteúdos A pesquisa também perguntou aos entrevistados sobre práticas de criação e compartilhamento de conteúdos na internet. Dos ouvidos, 19% relataram produzir ou atualizar blogs ou páginas na web e 36% publicaram textos, imagens, fotos ou ví-
deos que criaram na rede mundial de computadores. Os índices também crescem de acordo com a renda e a escolaridade. Já o ato de compartilhar conteúdos de terceiros foi mais comum, sendo confirmado por 73% dos entrevistados pela pequisa. Avaliação Na avaliação do gerente do Cetic.br, Alexandre Barbosa, o Brasil passou da situação no passado recente de pessoas que faziam download de músicas e vídeos para hoje fazer esse consumo de forma online. A proporção dos usuários que assistem conteúdo de streaming está relacionada aos que usam por múltiplos dispositivos, com
índices maiores para este tipo de consumo na banda larga fixa do que na móvel. “A questão do pagamento está atrelada à classe social e renda. Famílias de renda mais altas pagam por estes conteúdos, enquanto famílias de renda mais baixa não. Há uma baixa proporção da população que está criando seu próprio conteúdo. É mais fácil consumir notícias em redes sociais do que produzir conteúdo, seja num blog do que em um conteúdo mais qualificado”, observa Barbosa. Para Rafael Evangelista, pesquisador do Laboratório de Estudos Avançados em Jornalismo da Unicamp, o consumo de vídeo tem se dado fortemente pelos serviços de mensagem, como o Whatsapp. Como muitas pessoas só acessam a internet do celular e possuem pacotes de dados limitados, ficam reféns dos serviços gratuitos dessas redes sociais, que fazem acordo com as operadoras para não contar no consumo de dados. “Há uma concentração na informação neste desenho que é muito restrito a certas aplicações. Tem problema que não consegue verificar a informação e não tem acesso livre, para que você escolha o que você está consumindo. Está consumindo aquilo que recebe nos grupos. É um problema que indica o poder dessas empresas que fazem acordos de concentração do mercado. Como vai ter competição no mercado de aplicativos que não sejam os controlados por Google ou Facebook?”, indaga. Fonte: EBC.
EXPEDIENTE Diretor - Paulo César Cardoso UL - paulopat@pacprommos.com.br Gerente Geral - Maria Fernanda Zuber Rosa - fernanda@pacprommos.com.br Diretor de Arte - Fábio Vieira Penteado - jornalismo@jornaloretrato.com.br Projeto Gráfico - PAC/prommos - Impressão Folha Gráfica Colaboradores - Adriano dos Santos, Carlos Sisteroli, Dona Pri, Francisco Cardoso, Luciano Guastaferro, Márcia C. Ungri, Marcos Rodolpho, Vani Rodrigues e Vera Lúcia Cardoso. O jornal O RETRATO é uma publicação da PAC/Prommos Comunicação e não se responsabiliza por eventuais mudanças na programação fornecida, bem como pelas opiniões emitidas nesta edição. O conteúdo dos anúncios publicados no jornal O RETRATO é de total responsabilidade dos anunciantes.
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gripe
Vacinação é prorrogada para público de todas as fases da campanha Prazo agora vai até o dia 30 deste mês Diante de um baixo índice de vacinação de grupos prioritários, a Campanha Nacional de Vacinação contra a Gripe teve seu prazo ampliado e agora vai até o dia 30 deste mês. Segundo o Ministério da Saúde, dos 77,7 milhões de pessoas consideradas público prioritário, 63,53% receberam a vacina. Com a prorrogação, a expectativa é vacinar mais 28,3 milhões de pessoas. A campanha teve três fases. Dividida em duas etapas, a terceira e última fase, iniciada em 11 de maio, tinha previsão de vacinar 90% do grupo considerado prioritário até o dia 5 de junho. Como o resultado ainda está aquém do esperado, o governo adotou a estratégia de prorrogar a data final para
o dia 30. Segundo o Ministério da Saúde, até o último fim de semana 25,7% de 36,1 milhões de pessoas estimadas nesta terceira fase foram vacinadas. “Desde o início da ação nacional, em 23 de março, 50 milhões de pessoas foram vacinadas, faltando ainda 28,3 milhões que ainda não receberam a vacina”, informou a pasta. Nesta segunda etapa, a campanha tem como foco principal os professores de escolas públicas e privadas e adultos de 55 a 59 anos. Já a primeira etapa (da terceira fase da campanha) teve como público-alvo pessoas com deficiência; crianças de 6 meses a menores de 6 anos; gestantes e mães no pósparto até 45 dias. Em nota, o secretário substituto de Vigilância em Saúde do Ministério da Saúde, Eduardo Macário, disse
que, além de ser importante para reduzir complicações e óbitos em decorrência da gripe influenza, a pror-
rogação da campanha é “mais uma oportunidade para que os públicos de todas as fases, que ainda não se
vacinaram, possam procurar de forma organizada as unidades de saúde”. Fonte e foto: EBC.
acidentes
Junho Laranja alerta para acidentes domésticos e queimaduras Pais e filhos em casa, por conta da pandemia, e uso inadequado de álcool provocaram o aumento desse tipo de acidente O Lema É “Com Fogo Não Se Brinca”, e as ações terão como foco o público infantil, que é vítima de 40% desse tipo de acidentes. A grande preocupação do médico José Adorno, presidente da Sociedade Brasileira de Queimaduras (SBQ), é com aumento das ocorrências provocado pela cultura do uso do álcool na limpeza doméstica. Os registros indicam que o número desses acidentes dobrou durante a pandemia. Um portaria da Anvisa permitiu a volta da comercialização, durante a pandemia, do álcool líquido a 70%,
que antes era proibido. A utilização desse tipo de álcool, altamente inflamável, traz mais preocupações para especialistas. A Sociedade Brasileira de Queimaduras reforça inclusive que álcool em gel também é inflamável, mas tem menor potencial de alastrar algu-
ma queimadura pelo corpo, como o álcool líquido José Adorno orienta a usar o álcool, apenas para as mãos, quando estiver fora de casa. No ambiente doméstico, deve-se lavar as mãos com água e sabão e usar para limpeza outros produtos, como a água sanitária.
Mas a preocupação das famílias não devem se restringir ao uso do álcool. Tomadas elétricas também devem ser vedadas, como forma de proteção para crianças. Além disso, líquidos e panelas quentes devem ser motivos de atenção redobrada dos pais na cozinha,
evitando a presença de crianças durante a utilização de fogão. A administradora Fernanda Ferro, conta que há 5 anos, sua filha teve um acidente com um copo de leite quente, causando queimaduras pelo corpo. Com o acidente, Fernanda afirma que as preocupações em casa passaram a ser redobradas, principalmente nesse período de pandemia. O médico José Adorno dá dicas sobre como prevenir acidentes com crianças em casa. A campanha “Junho Laranja” irá iluminar diversos prédios e monumentos públicos pelo país, para sensibilizar a sociedade sobre os cuidados para evitar as queimaduras, que podem deixar sequelas permanentes nas vítimas. Em 2019, dados do Ministério da Saúde, mostram que mais de 20 mil crianças foram vítimas de queimaduras no país Fonte: e foto: EBC.
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em foco Índice de Confiança Empresarial sobe 9,8 pontos em maio recuperando 24% da queda de março e abril O Índice de Confiança Empresarial, medido pela Fundação Getulio Vargas (FGV), subiu 9,8 pontos em maio, atingindo 65,5 pontos, e recuperou 24% da queda acumulada em março e abril por causa da pandemia do novo coronavírus. O ICE consolida os índices de confiança dos quatro setores cobertos pelas Sondagens Empresariais produzidas pela FGV. E, em maio, houve aumento da confiança da indústria, serviços, comércio e construção. No mês de maio, o índice que retrata a situação atual dos negócios subiu 2,5 pontos, recuperando 8% das perdas do bimestre marçoabril. Já o índice que mede as expectativas no futuro teve uma alta maior, de 11,5 pontos, e recuperou 23% da queda no mesmo período. Apesar da alta, ambos os valores foram os segundos menores de suas séries históricas.
Cidades com menos de 15 mil habitantes devem usar pregão eletrônico Os municípios com menos de 15 mil habitantes terão de utilizar o pregão eletrônico em todas as aquisições de bens e serviços comuns, realizadas com recursos decorrentes de Transferências Voluntárias da União, a partir de hoje (1º). Estão nesta situação 3.165 cidades, espalhadas por todas as regiões do Brasil. Segundo levantamento do Ministério da Economia, os convênios com esses municípios movimentaram mais de R$ 2,2 bilhões em 2019. “Este é um movimento para tornar as contratações públicas mais eficientes, aumentando a concorrência nas licitações e gerando economia para o município. É também uma forma de ampliar a transparência sobre a utilização dos recursos das transferências voluntárias, pois o andamento de um pregão eletrônico pode ser acompanhado por qualquer cidadão interes-
abril) e Recife (-0,22% em maio ante -0,01% em abril).
Matrícula no ensino superior a distância aumentou 45% de 2016 a 2018
Concessões de crédito atingem quase R$ 1 trilhão, diz Febraban sado no controle social”, explica o secretário de Gestão do Ministério da Economia, Cristiano Heckert, em nota. De acordo com a secretaria, o Sistema de Compras do Governo Federal (Comprasnet) está disponível de forma gratuita para todos os municípios. Para usar o sistema, é necessário celebrar um acordo com o Ministério da Economia. Até o momento, 1.808 cidades utilizam a ferramenta.
Concessões de crédito atingem quase R$ 1 trilhão, diz Febraban As concessões de crédito no período de 1º de março a 22 de maio de 2020 somaram R$ 914,2 bilhões, incluindo contratações, renovações e suspensão de parcelas, segundo a Federação Brasileira de Bancos (Febraban). Segundo a federação, nesse período os bancos negociaram 9,7 milhões de contratos com operações em dia, com saldo devedor de R$ 550,1 bilhões. A soma das parcelas suspensas dessas operações repactuadas totaliza R$ 61,5 bilhões. Empresas e consumidores passaram a ter uma carência entre 60 a 180 dias para pagar suas prestações. De acordo com a Febraban, a maioria dos agentes beneficiados com prorrogação de parcelas é representada por pequenas empresas e pessoas físicas (R$ 33,1 bilhões). De acordo com a Febraban, a taxa de juros para o conjunto das operações de crédito recuou de 23,1% para 21,5% ao ano. E o spread (diferença entre taxa de captação de recursos pelos bancos e a
cobrada dos clientes) médio das operações de crédito caiu de 18,6% para 17,2%.
Mais de R$ 2 bilhões do Fundo Eleitoral já estão com o TSE Mais de R$ 2 bilhões destinados ao Fundo Especial de Financiamento de Campanha, o chamado Fundo Eleitoral, já estão com o Tribunal Superior Eleitoral (TSE) para serem distribuídos entre os partidos políticos. O total de R$ 2.034.954.824,00 foram repassados nessa segundafeira (1º) ao TSE. O dinheiro deverá ser empregado pelos partidos no financiamento de suas campanhas nas eleições municipais deste ano. De acordo com o tribunal, 30% desses recursos serão destinados às candidaturas femininas. O fundo é constituído por valores do Orçamento da União em ano eleitoral.
IPC-S fecha maio com queda de preços nas sete capitais pesquisadas O Índice de Preços ao Consumidor Semanal (IPC-S) fechou maio com deflação (queda de preços) nas sete capitais pesquisadas pela Fundação Getulio Vargas (FGV). A menor taxa foi observada em Belo Horizonte (-0,75%). Em abril, a capital mineira havia registrado deflação de 0,16%. Outras três capitais tiveram deflação mais intensa em maio, na comparação com as taxas do mês anterior: Salvador (-0,39% em maio, ante -0,16% em abril), São Paulo (0,60% em maio ante -0,46% em
O número de matriculados em instituições de ensino superior público na modalidade a distância aumentou 45% entre 2016 e 2018. A taxa de matrícula alcançou 173 mil estudantes, segundo informações do Censo da Educação Superior de 2018. Os dados foram levantados pela plataforma interativa Quero Bolsa, criada para estudantes buscarem auxílio e descontos para inscrição em faculdades particulares. Esse aumento ocorre depois de anos consecutivos de queda constante. Em 2010, o número de estudantes matriculados no ensino público a distância era de 182 mil, representando queda de 34%. São Paulo é o estado com maior número de matriculados, com mais de 42 mil alunos. Em último lugar, aparece o Distrito Federal, com apenas 4. Confira os cinco estados com maior número de inscritos: São Paulo - 42.787; Rio de Janeiro - 35.226; Piauí - 11.928; Paraná - 10.349 e Maranhão - 8.306.
Estados e municípios têm limite de crédito ampliado em R$ 4 bi Os estados e os municípios poderão pegar R$ 4 bilhões adicionais emprestados no sistema financeiro sem garantia do Tesouro Nacional. Em reunião extraordinária, o Conselho Monetário Na-
cional (CMN) ampliou de R$ 3,5 bilhões para R$ 7,5 bilhões o limite para a contratação de operações do tipo em 2020. A medida ajuda os governos locais a pegarem dinheiro emprestado em bancos ou organismos multilaterais sem a necessidade de que o Tesouro dê garantias e cubra eventuais calotes. Com a medida, o limite global para todas as operações de crédito de estados, de municípios e da União passou de até R$ 8,4 bilhões para até R$ 12,4 bilhões em 2020. O teto de operações com garantia da União – quando o Tesouro cobre a inadimplência dos governos locais – foi mantido em R$ 4,5 bilhões, e o limite para contratação pela União continua em R$ 400 milhões.
Protestos de grupos políticos divergentes não poderão ocorrer no mesmo dia em SP O governador de São Paulo, João Dória, disse que protestos antagônicos, como os que ocuparam a avenida paulista nesse domingo (31), vão ter que acontecer em dias e horários diferentes. No domingo, um grupo de manifestantes contra o governo se reuniu na Avenida Paulista, e na sequência houve confronto com um grupo de apoio ao governo de Jair Bolsonaro. A Polícia Militar usou bombas de gás para dispersar o grupo que não apoia o governo, medida que não foi adotada em outras manifestações que fecharam a Avenida Paulista nos últimos meses, algumas, inclusive, impedido a passagem de ambulâncias. Fonte e fotos: EBC
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ciências
Jovens cientistas terão R$ 2,3 milhões para pesquisas Selecionados terão acesso a treinamento
O Instituto Serrapilheira, primeira instituição privada e sem fins lucrativos de fomento à ciência no Brasil, anunciou hoje (29), no Rio de Janeiro, investimento de R$ 2,3 milhões em 23 jovens cientistas brasileiros, selecionados pela 3ª Chamada Pública de Apoio à Ciência. Os pesquisadores vão receber até R$ 100 mil cada para investir em projetos nas áreas de ciências naturais, ciência da computação e matemática. Com esse novo aporte, o instituto totaliza R$ 31,3 milhões investidos em ciência no período de três anos. Segundo afirmou o diretor-presidente da entidade, Hugo Aguilaniu, a importância do investimento na pesquisa básica ficou mais evidente na pandemia do novo coronavírus. “A ciência está em ação neste momento para entender a velocidade do contágio, nossa resposta imunológica e desenhar estratégias para diminuir o impacto do novo coronavírus. Este é o resultado de décadas de investimento em ciência fundamental". A diretora de Ciência da instituição, Cristina Caldas, acrescentou que “apoiar jovens cientistas em um momento especialmente difícil como esse nos traz um novo ânimo”.
Os cientistas selecionados terão acesso a treinamentos, eventos de integração e iniciativas de colaboração, sempre pautados pelos valores da ciência aberta e diversidade na ciência. Eles serão reavaliados após um ano, quando até três deles serão escolhidos para receber apoio de R$ 1 milhão por três anos, sendo R$ 300 mil de bônus, destinados à integração e à formação de pessoas de grupos sub-representados na ciência. Pesquisas Os pesquisadores selecionados são em Ciência da Computação: Rodrigo Barros, da Pontifícia Universidade Católica do Rio Grande do Sul (RS), com a pesquisa Inteligência Artificial (IA) para o bem-estar social: construção de redes neurais justas, explicáveis, resistentes a fatores de confusão e com supervisão limitada; Ricardo Cerri, da Universidade Federal de São Carlos (SP), com Evolução automática de redes neurais profundas; Igor Dantas dos Santos Miranda, da Universidade Federal do Recôncavo da Bahia (BA), com Supersensores minimalistas: algoritmos e arquiteturas de hardware para arranjos de sensores de 1 bit. Em Ciências da Vida, os selecionados são: Cecilia Andreazzi, da Fundação Oswaldo Cruz (RJ), com a pesquisa Ecologia de meta-comunidades de
doenças: movendo do efeito diluidor para paisagens diluidoras; Frederico Henning, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (RJ), com A evolução é previsível? Sobre as causas proximais da convergência evolutiva e suas relações com a origem da biodiversidade; Ricardo Martinez Garcia, do Instituto Sul-Americano para Física Fundamental/ Ictp-Unesp (SP), com Compreendendo a ecologia e evolução de comportamentos sociais microbianos em ambientes turbulentos: cooperação como um estudo de caso; Tiago Gräff, da Fundação Oswaldo Cruz (BA), com Identificação de vírus neuro-invasivos em casos de encefalite aguda no nordeste do Brasil; Fabio Gomes, da Universidade Federal do Rio de Janeiro (RJ), com Efeito de malnutrição em vertebrados na competência vetorial de Aedes aegypti; Danilo Neves, da Universidade Federal de Minas Gerais (MG), com Evolução de nicho em biomas tropicais e suas consequências; Vania Pankievicz - GoGenetic (PR), com Entendendo o papel do microbioma no fluxo de nitrogênio de solos sustentáveis, acoplando sequenciamento de DNA e estudo de isótopo estável 15N; Angelica Vieira, da Universidade Federal de Minas Gerais (MG), com Alterações na microbiota intestinal contribuem para a seleção e disseminação de resistência antimicro-
biana; e Eduardo Zimmer, da Universidade Federal do Rio Grande do Sul (RS), com As origens da vulnerabilidade e resistência à neurodegeneração em mamíferos. Física, Geociências, Matemática e Química Na área da Física, os contemplados são Farinaldo Queiroz, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (RN), com a pesquisa O Universo é escuro; Alexandre Bergantini de Souza, do Centro Federal de Educação Tecnológica Celso Suckow da Fonseca (RJ), com Investigação em laboratório sobre a síntese de moléculas orgânicas complexas por radiação ionizante no meio interestelar; e Daniel Valente, da Universidade Federal de Mato Grosso (MT), com Princípios físicos do comportamento vivo. Em Geociências, foram selecionados Fabricio Caxito, da Universidade Federal de Minas Gerais (MG), com o Projeto MOBILE: cadeias de montanhas e o aparecimento de vida complexa na Terra; Fernanda Gervasoni, da Universidade Federal de Goiás (GO), com Voláteis e sua influência no manto terrestre abaixo da região Centro-Oeste do Brasil registradas em inclusões de minerais primários e acessórios em rochas alcalinas; Renata Nagai, da Universidade Federal do Paraná (PR), com O
passado do Oceano Atlântico Sudoeste e perspectivas sobre as mudanças climáticas futuras. Em Matemática, os cientistas são Matías Delgadino, da Pontifícia Universidade Católica do Rio de Janeiro (RJ), com Descrições estatísticas de longo tempo de sistemas de partículas em interação e flutuações em torno de seu limite termodinâmico; Jethro van Ekeren, da Universidade Federal Fluminense (RJ), com Teoria de representações de álgebras de vértices; María Salazar, da Universidade Federal Fluminense (RJ), com Grupoides e algebroides de Lie: teoria estrutural e aplicações. Na área de Química, foram selecionados os pesquisadores Taicia Fil, da Universidade Estadual de Campinas (SP), com o projeto Resgatando a citricultura brasileira do greening: uma estratégia para desarmar o vilão; e Murilo Santhiago, do Centro Nacional de Pesquisa em Energia e Materiais (SP), com Compreendendo defeitos químicos no plano basal de materiais 2D em direção a reação de evolução de hidrogênio. O instituto atua em duas frentes: ciência e divulgação científica. Desde sua criação, em 2017, ele já apoiou 98 pesquisadores e 34 projetos de divulgação científica. Fonte e foto: EBC.
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medicina
Um em cada 5 médicos diz que está capacitado para atender covid-19 Pesquisa é da Associação Paulista de Medicina Apenas 22,3% dos médicos um em cada cinco - diz estar plenamente capacitado para atender os pacientes com covid-19 em qualquer fase da doença, de casos leves a graves e sob tratamento intensivo. Levantamento feito pela Associação Paulista de Medicina (APM) considerou os profissionais que atuam na linha de frente do combate à pandemia – aqueles que trabalham em hospitais, incluindo os de campanha, totalizando 1.385 profissionais. O resultado faz parte de pesquisa realizada pela associação, entre 15 e 25 de maio, sobre os problemas dos médicos no enfrentamento à covid-19. A amostragem total – incluindo os profissionais que não trabalham nos hospitais – contou com a participação de 2.808 médicos de todo o país. Em relação à capacitação, a APM avalia que há uma deficiência do setor público. Atualmente, 38,5% dos médicos da linha de frente recebem atualização científica dos hospitais, 38% têm acesso a conhecimento científico por meio de associações médicas e 61,5% pesquisam diretamente na
literatura médica. Já o Ministério da Saúde e as secretarias estaduais e municipais ficam entre os menores índices, com 31,5%, 17,5% e 18,5%, respectivamente. Isolamento social Três em cada quatro médicos (75,3%) avaliam que o isolamento social é bom ou importante no contexto da pandemia do novo coronavírus, considerando a amostra total. Além disso, a avaliação desses profissionais sobre a atuação do Ministério da Saúde teve queda em maio na comparação com abril, passando de 72% de aprovação - boa e ótima - para 17,9%. Os profissionais de medicina em geral não demonstraram otimismo quanto ao futuro imediato da pandemia em São Paulo e no Brasil. Ao contrário, 84,5% consideram que o país ainda não atravessou a pior onda da covid-19. Os médicos da linha de frente, por sua vez, estão apreensivos, pessimistas, deprimidos, insatisfeitos e revoltados – somando 79,3%. Somente 20,7% dividem-se entre otimistas (5,3%) e tranquilos (15,4%).
A apuração mostrou também que 96,6% de todos os médicos entrevistados admitem a possibilidade de faltar profissionais para o atendimento dos infectados pela doença. Somente 3,4% disseram ser improvável faltar médicos para cuidar dos infectados. Para 34,4% daqueles que estão na linha de frente, já há falta de médicos e outros profissionais da saúde nas unidades em que trabalham. Integridade dos médicos A APM relatou preocupação sobre dados que dizem respeito à integridade dos médicos, já que 58,5% presenciaram ou souberam de casos de violência contra médicos e outros profissionais da saúde por causa da pandemia. “O mais grave é que 17% desses episódios são de agressão física”, informou a entidade. Outro risco considerado iminente pela associação é o fato de que 64% dos médicos da linha de frente não foram testados para covid-19. “Quer dizer, são profissionais vulneráveis, assim como os pacientes que assistem”, segundo a APM. De acordo com o levantamento, apenas 58,7% rela-
taram que, quando algum profissional da saúde tem sintomas que possam ser atribuídos à covid-19, ele é sistematicamente submetido ao teste para confirmação diagnóstica. A população também sofre com a falta de testagem. Conforme aponta a pesquisa, 54,3% dos médicos da linha de frente afirmaram que faltam testes para todos os pacientes com suspeita da doença nos locais em que trabalham. Nos locais em que esses profissionais prestam atendimento, apenas 12,2% disseram haver testes disponíveis para todas as pessoas; 39,4% afirmaram que só há testes para os pacientes com sintomas graves; e 9,1% relatam não existir testes em seus locais de trabalho, ou seja, nem casos com sintomas graves são testados. Estrutura e insumos Para 50,3% daqueles que estão atendendo pacientes com covid-19 na linha de frente, os médicos e profissionais da saúde não estão trabalhando com estrutura física, insumos adequados e segurança. Eles indicaram deficiências que têm encontrado nos locais
onde trabalham para atendimento aos pacientes com covid-19: 33% dizem que faltam máscaras N95, PFF2 ou equivalente (N99, N100 ou PFF3) nos hospitais em que atendem. Há também carência de leitos para pacientes que precisam de internação em unidades de terapia intensiva (UTI) (18%) e de leitos para os pacientes que precisam de internação em unidades regulares (12,2%), sendo que no levantamento de abril esses índices eram menores: 11% e 5,7%, respectivamente. No período de realização da pesquisa, um em cada quatro médicos da linha de frente (24,7%) chegou a atender de seis a mais de 20 infectados pelo novo coronavírus ou com suspeita da doença, o que foi considerada uma “desumana e arriscada carga” pela APM. O restante dos profissionais (75,3%) atendiam até cinco desses pacientes. Dos profissionais da linha de frente do combate à pandemia, 33,7% tiveram pacientes que morreram com suspeita ou confirmação da doença e 7,3% já viram morrer entre seis até mais de 20 pessoas. Fonte: EBC.
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ensino
horóscopo
ELIANE LIMA MEYER*
Rádio substitui salas de aulas fechadas pela pandemia de coronavírus no Maranhão
Áries (21/03 a 20/04) Conflitos no trabalho poderão atrasar alguns dos recebimentos desta semana. Atue com determinação, organização e foco, há uma grande tendência à dispersão. Atenção também às promessas e expectativas emocionais com as pessoas próximas.
Câncer (21/06 a 21/07) Nesta semana você vai precisar elaborar as emoções adequadamente para bem definir os paradigmas que ainda fazem sentido para esse momento da sua vida. Talvez uma interiorização seja necessária para melhor processar os sentimentos.
Touro (21/04 a 20/05) O setor financeiro estará favorecido com as devidas recompensas pelos seus esforços. Controle a ansiedade para aproveitar melhor as oportunidades geradas pelos objetivos em equipe. Use a criatividade para dar vida aos seus projetos.
Leão (22/07 a 22/08) Persistência, estratégia e organização são ingredientes fundamentais para alcançar os objetivos propostos. Amigos queridos estarão dando o suporte que você necessita, apenas cerifique-se de que as metas são viáveis para o momento.
Gêmeos (21/05 a 20/06) Você deverá estar atento para evitar a dispersão e alheamento no ambiente de trabalho ocasionado pela falta de objetividade emocional. Este período estará propício para os entendimentos afetivos com a resolução de problemas pendentes.
Virgem (23/08 a 22/09) Os caminhos estarão abertos para fazer uso do romantismo com criatividade e reacender a chama do amor, deixando a vida a dois mais leve e solta. Isso vai favorecer a libertação de bloqueios emocionais que atrapalham sua vida afetiva.
Libra (23/09 a 22/10) Esteja atento para os sinais que o corpo está enviando. Aprender a lidar com as sensações amplia seu poder de ação para atuar em prol de sua saúde física e mental. Neste momento a intuição é uma verdadeira aliada para mostrar o melhor caminho.
Capricórnio (22/12 a 20/01) A saúde e boa disposição estarão diretamente relacionados com a maneira de administrar e organizar sua vida. O ambiente mais próximo será uma agradável fonte de inspiração. Siga o fluxo da intuição e terá momentos de puro êxtase.
Escorpião (23/10 a 21/11) As incertezas que permeiam sua vida afetiva poderão ser rapidamente dissipadas se você usar seu charme com o parceiro, evitando as críticas e reações passionais. Não coloque seu relacionamento em risco, seja romântico com inovação.
Aquário (21/01 a 19/02) Converse com seus familiares de maneira que a troca afetiva traga sentimentos de união e afeto. O ambiente doméstico precisa ser renovado com transformações que contribuam para dar mais estabilidade emocional e financeira à família.
Sagitário (22/11 a 21/12) Para aliviar a tensão e a ansiedade desta fase será salutar para a sua saúde fazer uma revisão dos conceitos e valores adquiridos no âmbito familiar. O foco deverá ser o de resguardar aquilo que lhe dá segurança emocional e afetiva.
Peixes (20/02 a 20/03) Novas amizades vão proporcionar alegrias e diálogos interessantes auxiliando a despertar sua generosidade. Com a ajuda dos familiares seus sonhos poderão se tornar realidade através do planejamento adequado e esforço que eles merecem.
* Eliane Lima Meyer é Astróloga formada pela Gaia-Escola de Astrologia, Taróloga, Terapeuta Floral e Reikiana. Bacharel em Ciências Contábeis pela FEA-USP, há 20 anos trabalha com autoconhecimento. Para dúvidas e sugestões entre em contato pelo telefone 9 9970-3827 ou pelo e-mail elianemeyer@gmail.com
PALAVRAS CRUZADAS DIRETAS
jornal
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Green (?), o visto de permanência nos EUA Agravamento (de doença) Letra do Robin (HQ) Patrocinador em TV ou rádio
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9 7 6 5 4 8 1 3 2
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Em cada linha há 3 números aparecendo. Em cada coluna também. Nos Sudokus usuais a distribuição dos números é mais aleatória. Os números de 1 a 9 precisam entrar nas diagonais principais, sem repetição. Nos Sudokus usuais as repetições não podem ocorrer nas horizontais, verticais e subquadrantes apenas, sem o critério das diagonais. Este Sudoku pode ser resolvido sem o critério das diagonais principais. Para quem gosta de Sudoku, é um desafio a mais conseguir resolver considerando as repetições nas diagonais.
BANCO
Insensível; desumano Lúcio Costa, arquiteto
(?) Sater, músico Quadril; cadeira Sistema de freios que evita derrapagens
Objeto em forma de leque
SOLUÇÃO
INSTRUÇÕES
Certas pessoas Dança da debutante Espaço em garagens Sacerdote judeu
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5
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Coletivo de "cavalo" (?) Paes, atriz
4
2 9
9
Consoantes de "fiado" Marca facial de velhice
Região da cidade Másculo; forte
Novo Testamento (abrev.)
(?) qual: exatamente o mesmo 26
Solução
P O S L A O R A D A S
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Modelo de saia Grama (símbolo)
C R U E L
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Participante da última etapa da competição
Brincadeira entre torcidas
N E O N
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(?) de lado: desprezar Fonte de açúcar
Cilindro para esticar massa
F I N A L I S T A
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V I R I L
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Esporte com cavalo Musculosas (pop.)
Que não enxerga bem de longe
Maternal e jardim de infância
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© Revistas COQUETEL
Reação Gás de à piada letreiros luminosos De muita sorte
U B
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Panturrilha (Anat.) Rãs e sapos (Zool.)
B A P R R M I G C A D C A P E R A N A
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www.coquetel.com.br
R M F I B I E S C O L O P I C E Z O NA A L A R R A U D V AG O R A A L M A B S NC I A N A NO T
sudoku
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Léguas à pé, viagem de barco, ônibus, bicicleta, motocicleta... é assim que muitos alunos percorrem as longas distâncias até a escola. Dificuldade e distância que parecem menores quando a única opção para acompanhar as aulas durante a pandeia passou ser a televisão, sites ou o aplicativos no celular. Só que num país desigual, 40% da população não tem acesso à internet, segundo pesquisa do IBGE, alguns gestores encontraram no rádio a melhor forma de chegar aos estudantes. No Maranhão, a Rádio Timbira e as emissoras repetidoras do interior do estado estão transmitindo aulas pelo rádio. As aulas são transmitidas em horários determinados. Para a turma da Leanny Pinheiro, aluna do 2º ano do Ensino Médio, as aulas são à tarde. Ela estuda na escola Rio Grande do Norte, em São Luís. Mesmo morando na capital maranhense, ela tem dificuldade de acompanhar o conteúdo por outras plataformas. Leanny não tem celular. Por isso, o rádio é a opção preferida da estudante. Para o professor Elvis John, o rádio está sendo fundamental e pode se consolidar mesmo depois do fim da suspensão das aulas por causa do novo coronavírus. O professor já tinha experiência em rádio, porque produzia conteúdo como dicas para o Enem, mas aula é uma novidade. Secretária Adjunta da Gestão da Rede e Aprendizagem, da Secretaria de Educação do Maranhão, Nádya Dutra afirma que as radioaulas tem uma boa adesão, principalmente no interior. Segundo a secretária, é possível ter índice de aprendizagem pelas aulas à distância. Ela afirma que os estudantes serão avaliados no retorno às aulas presenciais. Além do estado do Maranhão, algumas prefeituras também têm realizado aulas pelo rádio. É o caso de Serra Negra do Norte e Candelária, no Rio Grande do Norte. Fonte: EBC.
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5 a 11 de junho de 2020
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O JORNAL DO TATUAPÉ, MOOCA E REGIÃO
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esporte
O que esperar do esporte de alto rendimento após a pandemia? Pesquisadores tentam apontar tendências após impacto da covid-19 A pandemia do novo coronavírus (covid-19) obrigou a humanidade a parar. A parar, repensar e mudar vários aspectos da vida. Diante de um vírus que se espalha com muita facilidade, um novo normal começa a se estabelecer a partir de alguns princípios: restrições de movimentação, menor interação social e cuidados extremos de higiene. No mundo do esporte de alto rendimento não é diferente. Grandes eventos, como os Jogos Olímpicos, a Copa América, a Eurocopa e campeonatos nacionais de futebol, tiveram de ser adiados ou cancelados enquanto se pensa em formas de realizá-los com segurança. E é para tentar imaginar as mudanças que a prática esportiva de alto rendimento sofrerá em um futuro próximo que a Agência Brasil conversou com dois pesquisadores que tem o universo do esporte como seu objeto de estudo, o sociólogo e professor da Faculdade de Comunicação Social da Universidade do Rio de Janeiro (Uerj) Ronaldo Helal e o professor da Escola de Ciências Sociais/FGV-CPDOC Bernardo Buarque de Hollanda. Bernardo também aponta o Alemão como o campeonato a ser observado, pois é a primeira das principais competições nacionais do Velho Continente a reiniciar após a pandemia, mas afirma que a realização das partidas sem a presença de torcidas não vai servir para todos os clubes, mas apenas para aqueles que estão na “vitrine do futebol mundial […], tendo exibição e alcance planetário”. No entendimento do pesquisador, estes conseguem, minimamente, “contornar o atual momento” com as receitas provenientes de
transmissões televisivas. Ronaldo diz que a primeira mudança causada pela ausência de torcedores nos estádios é percebida na performance dos atletas: “Você perde muito. Um espetáculo de massa, sem a massa. Mesmo transmitido pela televisão. É o mesmo que um teatro vazio. A tendência dos atores é não ter uma performance tão motivada por adrenalina como tem com a presença do público. Isso pode acontecer também no caso do futebol, sem o incentivo da torcida. Mas é o que se pode fazer no momento. Não sabemos quanto tempo vai durar. Acho que o público não vai se sentir nem satisfeito, nem insatisfeito, mas acho que vai enten-
der que isso é o que é possível fazer no momento”. Porém, em suas observações Bernardo identifica grupos que não receberam bem esta nova forma de consumir o futebol: “É interessante que, no caso da Europa, algumas torcidas organizadas estão promovendo campanhas contra a volta dos campeonatos. Partem da ideia de que, se não vai ter torcida, é melhor não ter futebol”. Em meio a tantas incertezas, e pensando na realidade brasileira, o pesquisador da FGV afirma que “é muito pouco provável que aconteça algum campeonato com a presença do público no Brasil em 2020”. Disputa e torcida à distância Para o esporte brasileiro, que ainda está pensando em formas de retorno aos treinos, imaginar formas alternativas de torcer ainda parece algo distante. Mas na Dinamarca esta já é uma realidade. O campeonato nacional do país europeu optou por “levar” a torcida ao estádio através de telões instalados nas arquibancadas nos quais os jogadores veem imagens dos torcedores transmitidas por aplicativos de teleconferência. Para Bernardo, em um contex-
to de agravamento da pandemia, as novas tecnologias não devem se restringir ao ato de torcer, mas também podem ser usadas para permitir que atletas que estejam em locais diferentes possam competir entre si: “Estamos em um ponto de inflexão em que paradigmas são repensados. Até que ponto podem ser criadas formas de cobrir performances esportivas nas quais as pessoas não estejam presentes? Isto pode ser especulado. Os atletas não estarão no mesmo locus presencialmente, mas você pode criar formas de competição filmada. Soa absurdo e especulativo hoje, mas de fato ainda estamos em um momento nebuloso no qual não conseguimos discernir o que acontecerá adiante”. Jogos para celebrar a humanidade Um dos paradigmas que pode vir a ser questionado caso a pandemia perdure por um período de tempo muito longo é o da realização de grandes eventos esportivos no atual formato. “O formato tradicional de um encontro a cada quatro anos, que reúne todos [os atletas] no mesmo local, com vila olímpica, pode ter de ser refeito […]. En-
tendo que, assim como todas as áreas estão se adaptando, pode ser que muitas coisas no âmbito do esporte que sejam consideradas imprescindíveis, das quais não se abre mão, sejam reinventadas”, diz o pesquisador da FGV. Mas algo que os dois pesquisadores afirmam torcer para não mudar, quando se fala em grandes eventos esportivos, é que eles continuem a ser entendidos como momentos de celebração da humanidade. “Entendo também [assim como o presidente do Comitê Olímpico Internacional, o alemão Thomas Bach] a ideia dos Jogos como uma celebração da humanidade após a pandemia. Tomara que sejam vistos desta maneira mesmo. Porque há uma metáfora nos Jogos Olímpicos de uma união entre nações. O esporte proporciona um pouco isso. De as regras serem as mesmas para todos, que o melhor vence pelos seus méritos. Se superarmos esta pandemia, se já tivermos uma vacina, e espero que sim, espero que seja uma grande celebração da humanidade [os Jogos de Tóquio], da vida após a pandemia, de união entre as nações e povos”, conclui Ronaldo. Fonte: EBC.
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