.; N (C\ ~J e.--.
o.~jse cb
~:i.J/2J-O"'/2-0be/lh vlto/ltW'r .
êhr-<t:. S ( v1 de
UN I VERS IDADE FEDERAL DE sxo CARLOS . . J /•... VV CENTRO DE EDUCAÇM E C I ENC IAS HUK<\NIIS 0fA DEPARTAMENTO DE FUNDAMENTOS CIENTTFICOS E FILOSOFICOS
Prof. Celso Frederico
Sociologia
DA
EDUCAÇ~O
Industrial e do Trabalho
*+*+*+*+*+*+*+*+*+*+*+*+*+*+*t*+*+*+*i*+*+*+*+*+*+*+*+*t*+*+*+*t*+*+ SINDICALISMO
o
SINDICALISMO
NO BRASIL
ATE 1930
Para se entenderem as caracterIsticas brasileira
e a história
rra ís nada, discutir
G
da classe
do nosso sin:llcalisrro rro::b peculiar
é preciso;
de inplantação
00
operária
de
antes
capitalisrro
00
Brasil.
ra contrário
f
capitalisrro rios
rurais
trocinada
de muitos'pa1ses
signifioou
europeus,
(aenbozes feudais), pelos fazendeiros
00
00
Brasil
café.
A
a industrializaçã::>
oossa burgu~ia
/clesde o ccmeço, está profundarrente ligada mente ela não foi uma classe lisrro
00
onde o advento
carrpo, eliminancb o latifúndio
Além dísso , o Brasil mento em que a divisão
presas
estrangeiras
foi
~
i:'\dustrial,
ao latifÚrrliO.
revolucionária
H.Lstori~ -
capaz de impor.o capita-
improdutivo e tirando
der po l It Lco das ooos ôos "coronê ís " da oligarquia
o ccmeço, a burguesia
00
a liquidaçã::> cb p:x:ler cbs grandes proprietã
irrlustrializou-se
F2
o
agrária.
tarde
derra s, num rre í
a::nsunada. Desde
ôo rrezcaôo lll\.IIrlial já estava
bras í.Le.í.ra encontrou pela frente
as grandes
E!:)
que, além de rronopol.Laaremo rrercaôo mundial,v~'
ram para cá e se instalaram rní.a , O subdesenvolvicb
ros rarros maí.s rentáveis
capitalisno
brasileiro
da nossa econo-
ficaria
até os
dia.s
de l'Dje marcado por essa brigem e pagancb un pesado tr.1buto eo latifúrdio
e eo ~ialisrro. Nesse contexto,
escravidão
o proletariaOO
vai surgir
com a ab::>liç~ da
em 1888, sencb formaOOpasicarrei1te pelas levas de imigrll!}
tes europeus. Esses imigrantes "assoc íeçôes de resistência
W
fundaram diversas e, a ~
- 1-
-ligas
operãrtas"
,
de 190?, as priJneiras orça-
1Í1zaçi)eor con o .1\.5
T'\CrroP.
de
·RindjCAt-n,,· •
condíçôes de vida da classe operária
lo' XX eram e.xt.resremente difIceis.
Basta l~rar
00
que
rome:;ocb sécuO
pat.ronato ~
va até E!1W 8CÓstll1\éd:> a tratar ccrna nOO-de-OOra escrava e que, p.! ra o Estacb, a questão social será tratada até 1930 c:x:rtO UII caro de FOlIcia.
As tendências dentro do Movimento Sindical Três grarrles tendências dividiam a orientaçOOcb llOV1Irento s.1ndical até 1930: 1)
lmarqU1S11P. ~r oombateremo "princIpio da autoridade- , os anarquistas recusavam-sea participar de qualquer at:! vidade pol.It.í.co-part.ídâría ví.sanôo a tomadaôo poderI 1! mitand::>sua ação ã luta ecoo5micae a "~oo diret.:l" oo::! tra o Est.aôo,
Der! tro
das diversas concepções anarquistãs
a mais influente no Brasil foi a anarco-sindicalista via no sindicato o inst.rurrento capaz de liderar a contra
O
Est.aOO e.o núcleo que irá estruturar
socí.edade livre. O rrelo para se chegar à essa
a
que luta
futura
eocí.edade
é-c greve geral. 2) Reform1srro.Essa tendência era formadaFOr roc1alistas trabalhistas'~e catôl.í.cos, N:Joontrário ôos anarquistas
, I
os reformistas não pretendiam fazer nenhimarevol~oo. O objeti vo ví.sado era o de rrelh::>raras eondíçêes de 005
vida
trabalharores dentro ôo capitalisrro através de refoE
mas hurení.zaôoras, Para LssoI .eles procuravam organizar ~cbs
rolItioos
e influenciar a ~ão cpvernamental,
3) O:munisrro.O PCB foi fundaà:>em 1922'FOr trabalha:bres que abandonaramo ana.rquisrro.Criticancb essa oorrente , os commí.stas argunentavamque a luta sindical emsi
é
Insufãcí.ente para transformar a socieda::1e.'Para Isso , os operários deveriam se organizar dentro de'un putiOO IX'"" l!uoo.
N:> plano sindical os o::m.nistas deferrl.1an duas - 2-
teses: a) a necessidade de participação na vida sind1.cal. ccnsEGUência,eles rejeitam a criéção de órgQ
0Xr0
para-
lelos eo s:1n:licato, argurentanCb que eles só -dividera
e cx:mfuOOem a categoria bl a unídade s:1n:lical. cas e partidárias
As
I
diferentes
CXlflCE!PiX3es
ideolÓ<J1
nãJ devemdividir os . t.raba.lhaà:lres sindicais
de a
pol1t.i.a>-partidária de
cada
levan<:b-osa formaremvárias centrais corcb cem a preferência sindicato.
As primeiras lutas operãrias Fin 1906 realizou-se
o Pri.rreiro O:mqresso Operário Brasilei-
ro que aprovou a cr í.eçâo da Cbnfederação eparãria Brasil"eira, sob 2 rientação anarquista/ traball-o. Essa ~
que iria lutar pela jomada de oito boras
de
rei vindiccção reapareceu ro Seguncb Q:mgressO
.Q
perário Brasileiro, realizam em 1913. Ein 1914 o::xreçaa Pri.mei.raGuerra M.mc11al. O noviInentooper! rio entra em refluxo até 1917, aro emque ocorre ura inlX'rtante greve geral ~
são Paulo.
Na década de 20 os grandes aconteciIrentos sociais não con~ riam cem a partic1paçro ativa ôo rrovírrento sindical. sileira,
emcrise,
~siste
a
UM
A sociedade hr2.
.série de lutas que expressavam
deroontentarrento de setores da classe rrédia contra o p::>derdas qarquias rurais Cbluna Prestes).
(levante ôo fbrte de O:lpaca.bma,Revol1.çãode
o 01!
1924,
Essa situcção de convulsão social tÍouxe a decreta-
ção ôo estad::>de s It.ío (1924-1927)
e a repressão contra o -.mviJrmto
s1ndica.l. Essa pro.lorqeda' crise poHtica se resol.verâ cem a Revol1.ção
----..
de 1930 que,
entre outras coisas, trará o::nsicp UTa profurrla m:xiifi-
cação nas rel~
entre
'O
EstaD e a classe operária.
- 3 -
-
... 11 õ' SINDICATO
'~".
I
E ESTADO APOS A REVOLUÇ1l:0DE 1930
.... ,
- \, A ReYo1u;:ãode 30 não foi, a ri~, !-1M re\01\.Ção,~is. ptOfundamente 11 est.rctura da sociedade braslle1%-a.'
nio
a:-onsfotllOU
Não
houve una xuptura
revolucionária, mas sim una oonclliação, U\I rovo arranjo entre as classes dcÍÍdnantes que passaram a se o:::rtpJro:m 11
, queles se<JTIeI'ltos da classe mêdi.aque na década de 20 fazil!ll!\or:osiçã:> à Perü:Uica Velha. A
de GetÚlio Vargas ao poder foi ~
llSCe1São
una reestruturação merc;:ado interro
da ec:orania que iria
de
favorecer o crescimento
e o oon:;equente fortalec1Jrento da l:m'guesia
do indU!
trlal.. A expansão industrial
pSs-30 levará o gove.mJ Vargatl 11'
pt'eOC:Up!lr o:m o -"justamento da classe operária' \
8)
de pll.tcia,
11
88
nova órden, 'De ea-
a questã:> oocial passará a ser una questão pol!tica.O
oontrole do novilna1to operário se fará através d:> atrelamento d:> si!l cUcato ao EstaOOque ~
a reo;ular as rel.!ç3es
entre
t.rabal.ha-
ebres e ~ios.
A estrutura sindical No principais
medidas trabalhistas
~
por Vargas
009
primeiros aros do seu rpi.krrtJ foram as seguintes: 1. D:x:. 19.433 -, 26/11/30 - Cria o Ministério d:> Trabalh:> " IndÚstria 'e Ccrrércio. Há decretos regu.land::>seu furcionarrento e org! nização. 2. Dec. 19J342 - 12/12/30 - Lei dos 2/3 - limita de Ja. classe e fixa pr?j:X?rçãode trabalhadores
imigração
nacionais nas enpre-
sas, 3. Dec. 19.497 - 17/12/30 - cria caixas de Ap:?Sentacbrias e PerisÕes
para
pessoal cbsserviços
te1egratiaeradiotelegrUia,nas
de fOrça, luz, OOndes, telefones esrpresas p:iblicas e p:utio.llares.
4. Dec. 19.770 - 19/03/31 - Sindicalização
.
t:ralIl18
,
das classes
pa-
e operárias •
'
5. Dec. 19.808 - 28/03/31 - ~tabe.leoe rova lI'CJda.lidade de
- ..• -
O:mcessãode férias a operários e enpregacbs. Pelo Dec., 23.768
de
iJélstr1ais
é
18/01/34 - o direito restrito
rias e
às férias
aos trabalhadores
ros estabelecimentos
sindioallzaebs.
6. Dec. 20.459 - 30/09/31 - at.ril:m às Caixas de ~ o pagarrento 005 inativos FOr causas várias.
Pens?e5 (CAP)
7. Dec. 20.465 - 01/10/31 - Garante estabilidade ,00 enprecp para trabalhaoores an transfOrtes urbaros, luz e força, telefone, te l.é:Jra!o, portos,
águas
e e..~.
8. Dec. 21.175 - 21/03/32 - Institui
a carteira
profissio
-
, nal. 9. Dec. 21.186 - 22/03/32 - regula jornada de trabalh:> 10 horas no comércio.
de
10. Dec. 21.364 - 04/05/32 - Fixa jornada de trabalho de ooras
para
IDgo
a indústria.
a seguir 'diferentes
9
I
decretos est:abele -
para
cem a jornada de trabalOO de' 8 roras diversas cate9O;!;ias sionais da iOOústria, o:::rrércio, transfOrte e o::m.núcação.
prOtis .
I
11. Dec. 21.396 - 12/05/32 - Cria Comissões Mistas de Oonci liação s\!pstituídas
~las
Juntas de Conciliação e Julga:rente (Dec•••
22.132 - 25/11/32) às quais ro }X?deriamrecorrer os enpregaebs sirili calizados. 12. Dec. 21.147-A - 17/05/32, - Ps;Jula oondiç§es 00 trabalh::l fernin.iro na indústr':'a e CXlT'ércio. 13. !:ec. 21.580 - 29/06/32 - Cria InsJ:etorias regicnais
00
Ml'ICnos estaOOs para supervisionar aplicação da legislação social. 14. !:ec. 21.761 - 23/08/32·- Estabelece as
convenções
OU
oontratos oo1etivos de tl:al:e.lh:>. 15.
[)ec.
22.042 - 03/11/32 - Estabelece oordiçÕes 'de traba-
lho oos rner'Oresna indústria. 16. Dec. 22.564 - 21/03/32
- Cria DepartamentoNaciooal Cb
Trabalio pua se ocupar ooa assuntos relativos 17. Dec. 22.696 - 11/05/32 - Cria profissionais
à s1ndicalhaç~.
representação
das classes
na ASsenb1éia COnstituinte.
Essas e outras leis posteráorroente assinadas por Varças f0ram aistaTatizadas
an 1943 na Consolidação das leis
tre outras coísas,
a C.L.T. vai estabelecer:
rio 00 Trabalhl sotre
08
00 TrabalrD.
o oootrole do Ministé -
si.rXucatosl a manut:enção00 ~
-5-
Eh
a1ni1 -
"
I
.,. calJ a proibiç&> dos sirxticatos se f~:em clCJ\1l1s, a pt'Q1bição de s.e da legislação
trabalhista
foXJM.r
âO
\1M
às orqan1zaçõe&interna-
Q:ntral sindi.cal, a
cartp) (que ~·ir!
vigorar 20
extensão IU'V)S
~
. pois, .em 1963), ete.
o mOvimento
operário sc:bre a c.lasse operária levou ao fim cbs
A ofensiva estatal
existiam antes de 1930 e à cons:>lidação
"sJn11catos livres"que -sindicato
eD
de Estado". Até 1935,_os setores mais o::rnbativos da clas-
se trabalhadora se opuseram ao atrelaIrento do sindicato ao Estado,n~ .garoo-se a pedir o seu reconhecimento legal.
A
partir
dessa data
!l
repressão S)bre o JIOIfiJrentooperário acal:ou por EfiIU'ldrar definitivamente a vida sWical As diversas
das a se definir
no disFOsitivo nontado por Vargas.
correntes dentro do sirdicalisro
foram
obd~~
perante a nova realidade iJtt:osta à vida sWicall
1) os ariarquistas,
oficiais
se recusaram a participar oos sirdicatos e c:x:rnbaterjml qualquer atre.1.amentoao Estado. F2
ra dos sirdicatos
oficiais,
os anarquistas
perderiam
~_
fll,:m::ia sobre a classe operária e desapareceriam da vi-', da sWical
após 1935.
2) os refOrmi~s
aceitaram a tutela
base de suste:::1taçãoda polltica
estatal
e serviram
de
de Vargas junto a classe
operária. 3)
09
cxrnunistas
o:::rooçofizeram campanhacontra a inoor
00
poiãÇão ao sindicalisro
oficial.
Depois, sentinó:>
~
era irrposslvel nanter essa posição, resolveram partici
-
par eDS órgãos oficiais
2
para não se iS)larem da classe
perária que passava acobrar o registro der ter acesso aos direitos
o golpe
de Vargas
EflI
s1niica1 para p0-
trabalhistas.
1937 estabeleceu o Estado Novo,
forma aberta de ditadura que iria
se prol.Cl1ga.raté 1945. O JrCIV1Jre:nto
s1rd1..cal, em refluxo desde 1935, só iria a ditadura entrou em crise. - 6 -
UM
se reati var em 1943 quando
ItI.O
MOVIMENTOSINDICAL DE 1945 A 1964
.A partir de 1943 a ditadura getulista entra EI'I\crise, e 1n! c1a-se a cU.scussãosobre os destinos do reç1Jre. PressiCl'laà:>por toCbs os lados, Vargas tarou a iniciativa al.ian:b-se ao nov.irnentosindical.
na rederocratização
do pals,
Os aros 44/45 foram rrarcaà:Js pela ocorrência de nuitas greves e. pelo renasciIrento da vida sindica~l. O ponto C'I.11m1nantedesse processo será a formação de umórtJão centralizaCbr da ação S1n::lical1 o M.U.T. (lobv.irnento Unif1cador dos Trabalhac:bres), fundac.b EI'I\abril de 1945. O M.U.T. procuro.1 lutar CCIltra o atrelamento do
sind1cato '.
ao Estado. A sua plataforma reivind1~Va quatro pcntos básicos: 1) scberania das assE!11blêiassID:licais, ou seja,' eJ..iminãção· 00, r~esentante obrigatório 00 Mmistério do Traballi:>; 2) eleição e posse dos eleitos S61\ ' õepender da , do Ministério do Traballi:>;
aprovação'
•
3) autornnia administrativa,
ou seja, eliminação dos oon~
1es do Estado sobre a aplicáçã:> dos fundos
OOS
4) eliJn1nação da padronização legal
OOS
s1rd1catosl estatutos
dos s1nc1!
catos. A reativação do \TCI\Timento s1rd1ca1 e a aproximação de
Var
gas cem os setore,. !XJPUlaresapressou o golpe mi--r1tarque pôs
fim
ao Estado NOvo.'J.lJ1dicamente, o pais passava da ditadura para lICCracia. ~
~
~ classe operária a redemx:ratização
li
de-
significou
})<J +rVl-
re.pressão.• O\;ov# !>.ltra prcm..ügouo decreto-lei 9.070 que proibi~ as greves. Ale'n ~IjlSO, j,nte,ryeio em diversos s1rd1catos e utilizou o Ministério de '1'r~lli:> para controlar trutura\sind1cal,diada resUtência
de perto a vida sind1ca1. A ~
par VartJas manteve-se inalterada,
00 ~to
sindical
apesar
da
e das propostas de autoncm1adefE!l
didas por alguns ckp.Jtados na Assenbléia Nacional Constituinte. en 1946 #çaniza-se o Congresso sind1cal dos Trabalha(bres do Brasil que a+
a ciração da C.G.T.B. (Confederação Geral" 'oos
Trabalhadores do:·~il). das as reqi.Ões
~tms, :1
A C.G.T.B'. retresentaOOo sirdicatos encabeçou as lutas pela 1lut:x::n:niA
\
••
- 7 -
de t0-
s1ndic:al.O
C'/:Y --rn I k)
I',
. :":'
"
pr:~ama desta, entidade abrangia os seguintes,i~1 .•.(,),princIpio da verticalidade deve ~eiJm1naoo ção de sindicatos por . grupo proÚ~ional , por categoria" - não-padronização dos estatutos,
pela cri!
e não
' apenas
liberdade ~ s1nd1caliza-
ção para tcdos os trabalhadores,
siltpllfl~
do proces-
so de rEIIJistro,etc, - eleição nas empresas do delegado sindical; - direito
de greve
o ll'OVimentooperário sofreu um profunPQrevés Em1947. O 92 verro Outra adotou então. l.lIM série de rralidas repressivas: f~ to do C.G;T.B., cassação do registro eleitoral ção EmaproxiJradarnente400 sindicatos. O
Il'OVirnento sindical
do P.C.B,'., e in~
sarente se reativaria
a partir
de
1950, quando Vargas é eleito presidente da Re{:W1ica. No per'Ioôo que vai de 1950 a 1964 o rrov.iJrentosindical deflagrou diversas greves ~ rais.
Entre elas destacam-se:
•
1) 1953: a Greve dos 300 nú1 EmsãO Paulo. Dlrou 29 tendo a participação pinteiros,
cl.ia.8
C2!:
dos meta1iírgicos, ~eiros,
e trabalhadores da indústria de papel.
2) 1957: a Greve dós 400 mí.L, rmou 10 dias e envolveu 3)
mesnos setores que a greve de 53. ..... .., . ••.960: a Greve.da Paridade. O objetivo era a salarial
entre servidores civis. e nú.litares.
tingiu 400 nú1 trabalhadores portuários)
os
-
equ.1.paraçao A greve
(rrar!tiIros, ferroviários
! e
Emtodo o pais.
4) junh::>de 1962: a Greve Nacional do Gabinete Nacionalista
Essa greve tinha umafinalidade pol1tica: oorigar o parlamento a escolher un priJrei.ro-mini.stro que fosse nacíonalista
e favorável às "refonnas de base" ( o paIs vivia
então sOOregime parlamentarista
arde o pr1mei.ro-1ninis-
tro escolhia os ItlE!'I'bros do gabinete ministerial).
A gre-
ve atingiu basie:azrenteos trabalhaó::>res das enpresas e.!. tata1s (transporte terrestre, marIti.rrOe aéreo, ~'I!' finarias
da petrobrás) • - 8 -
;',<:;
"
,..'
-.;(~l;-,r!>:<-
'~
i 'S)·setetlbro de 1962, a GrfNeGeral do plebholto. pressi..ala.r o COngressoa realizar un plebiscito
l:ler se o . ciallsta.
queria eu não a volta cb reqiJne presiden ~trin9iu-se ao setor de transportes.
pc;IIIO
UM das principais
,
Visava' para sa-
caracterIstioas
desse perIodo de qrandes ~
I'
l'
':lutas. sociais é a criação de organizações intersindicais para celtr,!! '·ll2ar...:.e dirigir o l!OIIiJnentosindical. Essas organizações, enl:cra ll'Ill!.
I
I';
l
IA A ~ 'V'~\'t~
tas vezes tivessem un reconhec.1Jrentode fato por' parte das autor ida'des, nunca foram legalizadas. A legislação permite apenas ~ ~ lação vertical dentro do sindicallsrro: s1n:Uoato, federações e c;nfe .:I~_
-
-
'.~~açoes.
Nao obstante a lei,
os trabal.ha.OOresderam vida a diversas
orqan1.zaçõesror1.zontais: nelas os sirdicatos àn
oentralizaoo. Várias foram as organizações criadas: Aliança Sindical,
se.lh:>Sinllcal
-
Pacto
de
Unidadee h;ão, etc. Esse processo de organização inters1n:l.ioal oul~.1Q1mu ElII 1962 can a Cl.J.ação·ooC.G.T. (O::m:u'do Geral dos Trabalhado-
res) • N:J dia 19 de abrU de 1964, os mUitares dão un golpe de fecham o C.G.T. e reprimemduramente o noviJnento sindical.
E!.
IV. O MOVIMENTO SINDICAL APOS 1964 Un dos principais
objetivos 00 qolpe militar
ti a interv8)Ção em 350 sinclicatos, AlEmde reprimir,
de 64 foi o de
Entre as priJreiras tredidas tanadas e.!
reprimir o ll'OII.iJrento sindical.
22 federações e 6 oonfederêlÇÕes.
o gCNerromUitar adotou medidas dest.1.na-
das a efNilZiar as funçÕes desempenhadaspelo sirdicalisrro: - os aurrentos salariais
passaram a ser decretacbs pelo
verro, Cemisso, os dirdicatos : ,
92
perderam a sua função rel-
vindicativa 1 - as greves foram proibidas reivindicação
salarial
(decret:o-lei n9 4.330). ()lalquer
pode transfOOM.r-Be
<XIltra a Seg\lJ:'Im;a Nacicnál.
- 9 -
as!rlm emcrime
r
,'i '~J~ ~p N~!yv
.. •
a:n
Estadual, Conissão Permanente de Organização Sirdical
Fonm Sin:lical de Debates. Pacto de Unidade Intersirdical,
bdo,
Uy·'
se reuniam para foITMr.
CXIlW'ldo
1<
l y0
.
r
I t.:
r
[ ~
~
~
OC!!
As me:Udasde contenção do rroviJnentosindical deram as diçOOs para se iITplantar urra poUtica de arrocho salarial, feitos
sobre a sociOOadebrasileira
A partir' de 67/68 o rroviJnentosirdical para tx:rnl:ater o arrocho salarial. pelas passeatas estudantis inIcio da guerrilha ~rid.iib
cujos
e-
são bemconhecidos. procura organizar-se
Nesse nanento, o pals era sacu1ido
que desafiavam o reqi.Ire e prenunciavam o
urbana.. O rroviJnentosindical
apresenta":'Se então,
em três correntes:
\ .
1) o setor majoritário
era fomado pelos sindicalistas
lig!
dos ao M1n1stério do Trabalho que, evidentemente, fizeram para ~"Obilizar os tral:lalhidoresl
nad.\
2) a seguOOatendência era formada par setores que procuravam reviver as articulações vllnento sirrlical
sindicais
que lideraram o ~
antes de 1964. Emtom::>dessa corrente,
organizou-se en são Paulo o M.I.A. (MJvirnentoInter-S~, dical Anti-Arrocho) 3) a Ültima tendência tinha
expressão sindical.
E era
fonnada por operário~ jovens, descrentes da ação
sind!
!X'-1C2
cal, qu~ procuravam organizar os trabalhadores
em ~
sões de fábt"ica, scx::ie::lades' amigos de bairro, assoc"'.açOOs ete. Esse setor liderou duas greves em 68: ern
O:mtagero
(M.i.nasGerais) e osasco (são Paulo) • No final de 1968, o governo decretou o Ato Instituoional 5 que suprimiu o ~
n9
que havia de liberdade de expressão e organi-
zação. O rrovírrento operário,
na mira das autoridades,
ma apatia só quebrada por alguras greves setoriais
foi lan:;acb ~
espc:ntãneas e pe-
la ocorrência de operaçôes tartaruga.
o
renascimento do movimento sin9ical ÁS
greves só voltaram à rena em 1973/4, rrarento de crise do
"milagre brasileiro".
Essas greves de curta duração realizaram-se
revelia das direções sindicais, Ias "oposiçi:es sindicais".
à
sendo muitas delas incentivadas pe -
'
Mas as greves fariam reaparição em grande estilo 1979 e 1980. O IlOViIrentogrevista,
em
1978,
no período da "abertura polItica"
- 10 -
•
-.s:
teve
C:l':P pelo ~..'ID1ç'1:~ o !;!!-.::!ie~~~talú.rg!.~ d! S~:) ~
Carrp:l.O ~lo
ecx:nêrnioom::ntadopelo reg1rre militar
.
di,
ao coocentrar
capital e mão-de-dJra em alguns rarros da eooncmia, cx:ncentrou
tam-
bém as OCl'ltradiçãessociais que acabariam IX'r se manifestar de forma vigorosa e original na história
do 'sindicalisrro brasileiro.
A'.IX'nta.
. de lança do ll'OviJrentonão é mais, CXJ1'O no pré-64, o setor estatal
da
eo::nc:mia.Acpra o centro nerveso das greves são as m::rleITIas ElITFresas lllÜ tinaciooais • A atual reativaçãc do m::rr.nentosindical
levou os trabalha-
dores a orqanizarem centrais aí.ndí.caí.s, Aparecementão, em 1979, nidade Sindical,
a!!
agrupando diversos ~.iindicatos e, tarrbém, lJ1'aten~
tiva de fusão das d1amadas"oposi~
sindicais"
que em 1980 se reu-
niram no E.N.O.S. (Encootro Naciooa1 das OpooiçiíesSindicais) ~ EmagoSto de 1981 os trabalhadores realizaram.a Conferêrx:ia ~ac1aW. das Classes Trabalhadoras
(a.:NCl:M)
.r:
'''~t200 sindicatos.
Ve1 de ser mantida nos anos seguintes.
se no interior
em representantes
A unificação do JrOViIrentosindical não foi
de
poss!-'
Três teroéncias cristalizaram
do sindicallsno:
1) a prirreira é fo~
pelo
em,
IX'r algurras federações e
IX'r \lJl'ainfinidade de pequenos sindicatos que
deperdem
das feàe~ações para poderemscbreviver;
é fomada IX'r un OCl'ljuntode sindi~
2) a segunda ~ia
tos e associações que se afinam em a orientação do Partido dos Traba~res rente é a
•. 0. centro aglutinador dessa (Articulação Naciooal dos
J\NAMPa)
oo!
M:>viroentos
Populares e Oposições Sir.::licais) que em 1983 organizou a ~
são Bernardo de onde sai~ a
cur
(Central
única
dos Trabalhadores). 3) aúltim:l tendéncia é formadaIX'r sindicatos e aNl'lG-Baiv;v1a
Santista de cnàe saiu a
<XNCLt\T
ção Naciooal das Classes Traba.lhaOOras).
-11-
pela (Cbo~