Claudia De Mello

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Currículo

Formada na faculdade de Arquitetura e Desenho Industrial da Universidade Mackenzie, a artista Maria Claudia Boranga Solon de Mello trabalhou muitos anos como produtora de cena em diversos filmes publicitários, tendo sempre em paralelo estudado desenho e escultura ao longo dos anos. Frequentou cursos de psicologia e, por sete anos, dedicou-se totalmente ao estudo da simbologia e arquétipos, o que levou a artista, novamente, para a prática escultórica.

Sua pesquisa se desenvolve hoje dentro da plataforma tridimensional, utilizando materiais como bronze e mármore em um processo criativo que parte do estudo de situações humanas arquetípicas.

Apresentação

A artista trabalha revertendo as lógicas naturais e revelando a infinidade de contradições e emoções possíveis dentro de uma situação amorosa. Esta linha de pesquisa aparece fortemente na série “É sempre complicado”, onde a artista cria situações móveis entre casais, transformando situações que poderiam ser lidas como eróticas em um jogo amoroso sutil e complexo trazendo a tona a beleza contida nos seres únicos que compõem cada cenário. As duplas de peças são construídas para serem repensadas em suas relações espaciais, esta característica lúdica que também se reflete no encaixe ou não das peças, nos remete aos bonecos de nossas infâncias e seguimentos da trajetória dos sonhos e destino indefinidos. Assim é sempre possível construir novas narrativas que acabam por revelar o atrito entre as intenções da artista e o imaginário do público. Em todas as tentativas possíveis de combinação as estranhas figuras revelam o distanciamento de olhares e intenções. O jogo nunca se resolve e nele a artista capta as infinitas possibilidades do instante em figuras que refletem o espectador.

Composições da Série: “É sempre complicado” Obras: Da série “É sempre complicado”/ Obra “Até quando” 2013

Na obra “Até quando”, vemos um homem observando uma mulher jogada no seu colo. Uma posição que simbolicamente denota submissão, neste cenário se reverte: a mulher é quem parece controlar a situação. O conflito é evidente e a cena vertiginosa parece tender para uma queda concreta das figuras, colocando a própria instabilidade do objeto artístico em questão.

Série “’É sempre complicado/ “Em vias de”2013

Na obra “Em vias de”, a artista trabalha a distância e a proximidade das figuras que são feitas para pouco se tocarem, apesar de estarem em uma situação de extrema proximidade. Esta tensão se fortalece cada vez que novos encaixes são experimentados.

Série “É sempre complicado”/“Diferenças”2013

“Diferenças”, traz uma situação de desencontro em um momento de intimidade. Um homem sentado olha para baixo, enquanto uma mulher espera deitada, um encontro ou uma resolução.

A solução é impossível e qualquer tentativa de encontro das figuras é desastrosa. As diferenças entre as imagens tornam o cenário tenso e quase irreal.

Claudia Mello Contatos: (11) 99944 4212 Email: claudiasolondemello@gmail.com www.facebook.com/claudiaborangademello

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