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no auge. e de saida Aos 58 anos, Roberto Setubal começa a preparar sua saída do Itaú. Ele se aproxima da idade em que o banco o obriga a se aposentar. Num mundo em que o envelhecimento é um dado da realidade, como as empresas devem aproveitar executivos como ele?
o
giuliana napolitano e lucas amorim
banqueiro Roberto Setubal está no auge — e está de saída. Aos 58 anos, desde os 39 na presidência do Itaú, Setubal é responsável por um
período de crescimento espetacular na história do banco. Em seu mandato, o valor de mercado do Itaú cresceu 40 vezes. Em 2008, costurou, com habilidade ímpar, a fusão com o Unibanco — criando o maior banco privado do país e encerrando um reinado de 62 anos do arquirrival Bradesco. Hoje, o banco tem 15 milhões de correntistas, quase 4 000 agências e pouco mais de 121 000 funcionários. Com esse tamanho todo, vive um momento particularmente complicado. Está em meio a um penoso processo de corte de custos, executivos acabam de ser trocados e, com a taxa de juro em seu patamar historicamente mais baixo, ganhar dinheiro está ficando mais difícil. É justamente nessas horas que executivos como Setubal têm mais valor para uma em-
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