UNIVERSIDADE ANHANGUERA DE SÃO PAULO UNIAN - SP
PÂMELA PAULINO DE BRITO LEMOS
LA MADRE ONDE NASCEM MÃES MATERNIDADE E CENTRO DE APOIO A MÃES
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como exigência parcial para a obtenção do grau de Bacharelado em Arquitetura e Urbanismo a Universidade Anhanguera de São Paulo - Unian - SP Orientador: Prof. João Toniolo
SANTO ANDRÉ - SP 2019
PÂMELA PAULINO DE BRITO LEMOS
LA MADRE ONDE NASCEM MÃES MATERNIDADE E CENTRO DE APOIO A MÃES
Trabalho de Conclusão de Curso apresentado como exigência parcial para a obtenção do grau de Bacharelado em Arquitetura e Urbanismo á Faculdade Anhanguera.
Aprovada em: _______/________/________ Banca examinadona: Professor______________________________ Professor______________________________ Professor______________________________
SANTO ANDRÉ - SP 2019
agradecimentos
gradeço primeiramente a Deus, pela oportunidade de ter me proporcionado essa experiencia inesquecível, todo o aprendizado que tive acesso, e todas as pessoas que tive o prazer de conhecer. Aos meus pais, Ivone e José Roberto, que sempre estiveram ao meu lado me apoiando e se desdobrando da maneira que puderam para que eu conseguisse realizar este curso e me tornar melhor a cada dia. A meu marido Geovani que me ajudou muito em todos os momentos, para que eu da melhor forma possível pudesse realizar este curso, que me ajudou em diversos trabalhos e principalmente na finalização deste trabalho final de graduação. A Edna Campana e Paulo Henrique, que puderam fornecer seu tempo e boa vontade para me ajudar na elaboração desta monografia. Ao Rodrigo Luciano e Leticia Macceu, que também colaboraram para a elaboração de detalhes importantes do projeto e monografia. Aos meus companheiros da MultiArqui que me auxiliaram na elaboração do meu projeto e imagens ilustrativas. Agradeço aos meus professores que me ajudaram a conquistar conhecimento para a elaboração deste trabalho, em especial a meu orientador João Toniolo que me auxiliou durante toda a elaboração do meu TFG. De forma geral agradeço a todos que me ajudaram e fizeram parte deste processo, através de palavras e conselhos em momentos que precisei.
ãe é quem fica. Depois que todos vão. Depois que a luz apaga. Depois que todos dormem. Mãe fica. Às vezes não fica em presença física. Mas mãe sempre fica. Uma vez que você tenha um filho, nunca mais seu coração estará inteiramente onde você estiver. Uma parte sempre fica. Fica neles. Se eles comeram. Se dormiram na hora certa. Se brincaram como deveriam. Se a professora da escola é gentil. Se o amiguinho parou de bater. Se o pai lembrou de dar o remédio. Mãe fica. Fica entalada no escorregador do espaço kids, pra brincar com a cria. Fica espremida no canto da cama de madrugada pra se certificar que a tosse melhorou. Fica com o resto da comida do filho, pra não perder mais tempo cozinhando. É quando a gente fica que nasce a mãe. Na presença inteira. No olhar atento. Nos braços que embalam. No colo que acolhe. Mãe é quem fica. Quando o chão some sob os pés. Quando todo mundo vai embora. Quando as certezas se desfazem. Mãe fica. Mãe é a teimosia do amor, que insiste em permanecer e ocupar todos os cantos. É caminho de cura. Nada jamais será mais transformador do que amar um filho. E nada jamais será mais fortalecedor que ser amado por uma mãe. É porque a mãe fica, que o filho vai. E no filho que vai, sempre fica um pouco da mãe : em um jeito peculiar de dobrar as roupas. Na mania de empilhar a louça só do lado esquerdo da pia. No hábito de sempre avisar que está entrando no banho. Na compaixão pelos outros. No olhar sensível. Na força pra lutar. No coração do filho, mãe fica. Texto de Bruna Estrela
esumo A criação de um local adequado para o parto e atendimento das necessidades das mães e do bebe. Através da Arquitetura é possível criar esse espaço adequado para atender as necessidades em questão, pois os ambientes de uma maternidade tem total influencia neurológica nos pacientes, possibilitando melhoras consideráveis quando bem elaborados. Além de uma percepção adequada, este projeto tem por objetivo utilizar das novas tecnologias da melhor forma possível para criar um ambiente que não só atenda as necessidades básicas de uma maternidade, mas torne essa vivencias única, que possa descaracterizar a maternidade comum, de forma a introduzir elementos complexos a esse tipo de projeto, algo inovador e humano, aproximando a tecnologia do ser humano de forma a não desvalorizar nenhum dos dois pontos de apoio da atualidade, fazer com que duas questões que hoje são opostas se aproximarem da melhor forma possível. Palavras Chave: Arquitetura Hospitalar, Centro de Apoio, Maternidade.
bstract Creating a suitable place for childbirth and meeting the needs of mothers and babies. Through Architecture, it is possible to create this adequate space to meet the needs in question, since the environments of a maternity hospital have a total neurological influence on patients, enabling considerable improvements when well designed. In addition to a proper perception, this project aims to make the best use of new technologies to create an environment that not only meets the basic needs of a motherhood, but makes these experiences unique, which can disrupt the common motherhood, so as to introduce complex elements to this kind of project, something innovative and human, bringing technology closer to the human being so as not to devalue either of the two support points of today, to bring two issues that are opposite today as close as possible. Keywords: Hospital Architecture, Support Center, Maternity
ista de imagens Imagem 1 Mãe e filho_______________________________________________________16 Imagem 2 Mãe e filha_________________________________________________________20 Imagem 3 Maternidade Humanizada ___________________________________________27 Imagem 4 Corredor_________________________________________________________28 Imagem 5 CHRISTÓVÃO DA GAMA____________________________________________31 Imagem 6 Mapa 1 Christovão_________________________________________________32 Imagem 7 Mapa 2 Christovão_________________________________________________33 Imagem 8 Hospital Sarah Kubitschek Salvador___________________________________35 Imagem 9 Hospital Sarah Kubitschek Salvador planta_____________________________35 Imagem 10 Hospital Sarah Kubitschek Salvador Imagens____________________________37 Imagem 11 Vista e Corte Swiss Re______________________________________________39 Imagem 12 Swiss Re Detalhes_________________________________________________40 Imagem 13 Swiss Re Plantas__________________________________________________41 Imagem 14 Local___________________________________________________________42 Imagem 15 Local 3D________________________________________________________45 Imagem 16 Mapa Usos______________________________________________________46 Imagem 17 Mapa Zoneamento________________________________________________46 Imagem 18 Mapa Fluxo______________________________________________________47 Imagem 19 Mapa Viário_____________________________________________________47 Imagem 20 Mapa Gabarito__________________________________________________48 Imagem 21Gabarito________________________________________________________48 Imagem 22 Estado de conservação____________________________________________49 Imagem 23 Mapa Cheios e Vazios_____________________________________________49 Imagem 24 Amor de mãe_____________________________________________________50 Imagem 25 Gravida_________________________________________________________52 Imagem 26 ETFE ___________________________________________________________56 Imagem 27 ETFE Filme______________________________________________________56 Imagem 28 Cobertura da Mesquita Quba em Madinah__________________________57 Imagem 29 Mush-balloon___________________________________________________57 Imagem 30 Corredor Hospital _________________________________________________58 Imagem 31 Corredor Hospital 2_______________________________________________58 Imagem 32 Epoxi___________________________________________________________58 Imagem 33 Piso centro cirurgico______________________________________________59 Imagem 34 Centro cirurgico__________________________________________________59 Imagem 35 Rodapé_________________________________________________________60 Imagem 36 Rodapé detalhe__________________________________________________60 Imagem 37 Bate-maca______________________________________________________60 Imagem 38 Bate-maca detalhe_______________________________________________60 Imagem 39 Laje verde______________________________________________________61 Imagem 40 Parede de contenção_______________________________________________61 Imagem 41 Praia___________________________________________________________62 Imagem 42 Abraço__________________________________________________________64 Imagem 43 Gerador_________________________________________________________68 Imagem 44 Laje nervurada____________________________________________________69 Imagem 45 Carta Solar_______________________________________________________70
Imagem 46 Rosa dos Ventos__________________________________________________71 Imagem 47 Carta Solar 2 ____________________________________________________72 Imagem 48 Rosa dos Ventos 2 ________________________________________________73
ista de Tabelas Tabela 1 Programa de necessidades com base na RDC 50_____________________________53 Tabela 2 Programa de necessidades com base na RDC 50_____________________________54 Tabela 3 Programa de necessidades com base na RDC 50_____________________________55 Tabela 4 Relatorio funcionรกrios por leito_________________________________________65 Tabela 5 Elevadores ________________________________________________________66 Tabela 6 Reservatรณrio_______________________________________________________67
umário 1. Introdução_____________________________________________________17 1.1 Objetivo Geral_____________________________________________17 1.2 Objetivo Específico_________________________________________17 1.3 Justificativa________________________________________________18 1.4 Metodologia_______________________________________________19 1.5 Publico Alvo_______________________________________________19 2. Fundamentação Teórica__________________________________________21 2.1 Arquitetura Hospitalar e PNH_________________________________22 2.2 Legislações Pertinentes______________________________________23 2.3 Cor e Percepção Visual______________________________________26 3. Estudos de caso________________________________________________29 3.1 Hospital e maternidade Dr. Christóvão da Gama__________________30 3.2 Hospital Sarah Kubitschek Salvador_____________________________20 3.3 SWISS RE__________________________________________________38 4.Entorno_____________________________________________________________43 5. Projeto_______________________________________________________50 5.1 Programa de necessidades___________________________________52 5.2 Elementos Construtivos______________________________________56 5.2.1 Almofadas de ETFE_______________________________________56 5.2.2 PISO VINÍLICO___________________________________________58 5.2.3 Parede, teto e porta _______________________________________59 5.2.4 Rodapé e Soleiras________________________________________60 5.2.5 Bate-maca e Proteções____________________________________60 5.2.6 Laje verde______________________________________________61 5.2.7 Parede Contenção________________________________________61 6. Conclusão____________________________________________________63 7.Anexos_____________________________________________________________64 8. Referencias_____________________________________________________90
Imagem 01 - Mãe e Filho Fonte: Pexel
1.
NTRODUÇÃO
A presente monografia é resultado de uma pesquisa realizada para fundamentar o projeto arquitetônico de uma Maternidade localizada na cidade de Santo André – SP. “La Madre, onde nascem mães”, já dá uma ideia do tema tratado nesta monografia, que tem como principal característica tornar o espaço da maternidade mais humano e adequado não somente aos recém nascidos como também as mulheres que precisam de tanto apoio após o parto. A realização deste projeto segue as normas necessárias que regulamentam o planejamento de centros obstétricos, e também esta de acordo com as normas estabelecidas pelo município de Santo André.
1.1 OBJETIVO GERAL Esta monografia tem como objetivo a criação de uma maternidade e centro de apoio a mães, atendendo a todas as necessidades da gestante fornecera o que for necessário para atender a mulher que acaba de dar a luz e seu bebe, garantindo o monitoramento da mulher e do recém-nascido, conforme protocolos institucionais. Proporcionando um atendimento humanizado.
1.2 OBJETIVO ESPECIFICO - Avaliar as condições de parto normal e cesariana. - Analisar os Centros de apoio disponíveis na região. - Utilizar a legislação a favor da criação de um Centro de apoio e Maternidade. - Analisar a Arquitetura Hospitalar e a utilizar da melhor forma.
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1.3 JUSTIFICATIVA No Brasil o primeiro hospital foi fundado por Brás Cubas em Santos 1543. “No Brasil, as experiencias mais marcantes foram a organização e construção da Santa Casa de Misericórdia de Santos, o Hospital das Clinicas, da universidade de São Paulo, o prédio da Faculdade de Medicina de São Paulo de Ramos de Azevedo e o chamado Movimento de Recife, com o DAU, equipe do arquiteto Luis Carlos Nunes.
“O movimento contra a violência obstétrica no Brasil é derivado das críticas crescentes que os diferentes grupos vêm fazendo a respeito da assistência ao parto no país, sendo considerado como um “movimento em prol da humanização do parto e nascimento”, que envolve diversos profissionais e instâncias da sociedade. Tal movimento se baseia no reconhecimento da participação ativa da mulher e de seu protagonismo no processo de parto, com ênfase nos aspectos emocionais e no reconhecimento dos direitos reprodutivos femininos.” (SENA; TESSER, 2017). Este trabalho visa analisar as formas de atendimento melhor atendimento aos pacientes em questão que são gestantes, mulheres que já deram a luz e crianças desde o momento do nascimento até a idade de 3 anos. Tem como objetivo utilizar de influencias visuais, conforto térmico, luminoso e da arquitetura de forma geral em prol da humanização da Maternidade. A maternidade, o cuidado e carinhos com sua prole, são os primeiros deveres da mulher ... E a mulher que não for boa mãe, deixa, por isso mesmo, de ser mulher. Vida Doméstica, 16 jun. 1921
É de fato um grande tabu ser mãe, não pelo simplesmente pela dificuldade que é cuidar de uma criança, mas também pela grande expectativas das pessoas em relação a como uma mãe deve ser, e isso acaba por idealizar uma fantasia inalcançável que prejudica a mãe de primeira viagem em especial, por conta da inexperiência. Por mais que hoje a população seja a mais privilegiada da história da humanidade em relação a facilidade de obter informação é possível observar uma grande falha da forma como são passadas essas informações e também uma dificuldade de encontrar fontes realmente seguras. Através de um breve questionário realizado á 50 mães é possível observar alguns pontos a serem melhorados. A seguir o resultado da pesquisa: Pergunta 01: Com quantos anos teve seu primeiro filho: De todas as questionadas a idade máxima em que tiveram o primeiro filho foi de 25 a 35 anos, sendo a maioria (52,2%), a minoria são de 15 a 25(47,8%). • Pergunta 02: O médico que a acompanhou no parto foi seu obstetra durante toda a gestação? A maior parte das mulheres (65,2%) tem preferência pelo acompanhamento do mesmo obstetra durante o pré natal e na hora do parto, o que esclarece também a base de uma boa comunicação e entrosamento com o profissional. • Pergunta 03: Você acha que tinha informação suficiente de como seria após o nascimento do bebe? 89,5 da mães entrevistadas acreditam ter informações suficientes sobre a maternidade em questão. • Pergunta 04: Informações sobre amamentação Em uma escala de 1 a 10 esse tipo de informação teve nota 7.1, o que começa a dar indícios sobre a contradição sobre o conhecimento da maternidade • Pergunta 05 e 06: Informações sobre a seu corpo pós parto e utensílios para mãe de primeira viagem Na escala de avaliação teve um total de 6,7
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• Pergunta 07: Ciência da dificuldade de ser mão recém-parida Aqui é bem visível a drástica queda no grau de avaliação, onde foi de 5.7 Quem lida com uma criança é como quem equilibra um mimo leve frágil que à menor distração, pode cair e quebrar-se. A estatística, cada vez maior, da mortalidade infantil apavora como a de uma guerra sangrenta, e tal calamidade é, principalmente, devida à falta de higiene, ou seja – de conhecimentos indispensáveis à criação do infante e tanto ela se manifesta em palácio como em cabanas – em uns, por excesso, em outros por míngua, dois males que correm paralelos encontrando-se no infinito, que é a morte. Vida Doméstica, n.118, jan. 1928
É de extrema importância que a gestante tenha acesso com facilidade a um local que atenda a todas as necessidades, que não só possua boas instalações e profissionais, mas também um acesso a ajuda e informações necessária. A falta de informação sobre o parto e pós-parto gera diversas dificuldades, no sentido de talvez poder ter tido um melhor parto, de poder entender os benefícios de cada tipo de procedimento, se preparar melhor para situações que podem vir a ocorrer durante e depois do parto. Hoje segundo o Ministério da saúde o Brasil é o segundo país com os maiores números de cesáreas no mundo, isso por conta também da desinformação, pois em diversos casos esse tipo de procedimento cirúrgico poderia ter sido evitado e ter dado abertura a um processo natural para a mulher, dessa forma as cesáreas seriam melhor opção para quem realmente precisa, e esses leitos ocupados por pessoas que não tem tanta necessidade de um maior atendimento médico poderiam ser liberados para reais emergências.
1.4 METODOLOGIA O método usado para o desenvolvimento dessa monografia foi baseado em diversas pesquisas bibliográficas, levantamento de dados, e analises de documentos necessários para o entendimento de como funciona e de como é feito os espaços destinados a maternidades, adequado para os usuários em questão. As fases definidas para o desenvolvimento do TFG foram: Estudos de localização e Leis vigentes , Pesquisa de campo, Estudo de pesquisas bibliográficas, Estudo da arquitetura hospitalar, Estudos de caso Desenvolvimento do projeto de uma maternidade. O caráter da instituição, se pública ou privada, é um falso dilema. As atividades tem de ser remuneradas em ambos os casos. O importante é que sejam dadas as condições de acesso e uso a camadas cada vez maiores da população. Já está comprovado que mesmo instituições privadas tem dificuldades de gestão econômico-financeira, sem os recursos públicos, sejam os do SUS ou outro qualquer. (GÓES, 2011)
1.5 PÚBLICO ALVO
Recém-nascido - 0 a 28 dias; Gestantes; Crianças de 1 a 2 anos
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Imagem 02 - Mãe e Filha Fonte: Pexel
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undamentação Teórica
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2.
UNDAMENTAÇÃO TEÓRICA
2.1 ARQUITETURA HOSPITALAR E PNH A Política Nacional de Humanização (PNH) foi criada em 2003 com o intuito de melhorar os serviços de saúde do SUS. Humanização é entendida pelos autores do “Documento base para Gestores e Trabalhadores do SUS” (M.S., 2004) como: Valorização dos diferentes sujeitos implicados no processo de produção de saúde: • Usuários, trabalhadores e gestores. • Fomento da autonomia e do protagonismo desses sujeitos. • Aumento do grau de corresponsabilidade na produção de saúde e de sujeitos. • Estabelecimentos de vínculos solidários e de participação coletiva no processo de gestão. • Identificação das necessidades sociais de saúde. • Mudança nos modelos de atenção e gestão dos processos de trabalho tendo como foco as necessidades dos cidadãos e a produção de saúde. • Compromisso com a ambiência, melhoria das condições de trabalho e de atendimento. Segundo a RDC 2008, a humanização do meio hospitalar tem por principal objetivo a valorização social, em suas práticas de atenção e gestão, atendendo de melhor forma as necessidades do cidadão respeitando o mesmo levando em conta a sua raça, gênero, etnia, orientação sexual e todas as características de cada um, também sobre seus profissionais. O usuário merece um ambiente adequadamente elaborado para suprir suas necessidades de forma eficaz, através do conforto ambiental, profissionais treinados para atender as pessoas de forma eficaz e confortável. O arquiteto acaba não só sendo responsável pelo projeto do hospital, mas também faz parte da cura do paciente, de como o mesmo vai levar isso para a vida, evidentemente muitas vezes também acaba por ser responsável pela vida do paciente. Segundo Lelé (2012) com a grande avanço tecnológico e grande facilidade de acesso ao
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mesmo, os ambientes hospitalares acabaram se tornando menos humanos, o ser humano em questão acabou ficando em segundo plano, a preocupação com a cura através da tecnologia acabou por deixar de lado questões básicas para o melhor tratamento das pessoas, trazendo ao paciente estado psicológico depressivo, criando uma maior demanda de tempo de cura. 2.2 LEGISLAÇÕES PERTINENTES PARA A REALIZAÇÃO DE PROJETOS RESOLUÇÃO Nº 50, DE 21 DE FEVEREIRO DE 2002 dispõe sobre o Regulamento Técnico para planejamento, programação, elaboração e avaliação de projetos físicos de estabelecimentos assistenciais de saúde, adiante alguns pontos importantes para a elaboração do projeto segundo a lei em questão: -Internação de recém-nascidos até 28 dias (neonatologia): 3.2.1-alojar e manter sob cuidados recém-nascidos sadios; 3.2.2-proporcionar condições de internar recém-nascidos, patológicos, prematuros e externos que necessitam de observação; 3.2.3-proporcionar condições de internar pacientes críticos em regime intensivo; 3.2.4-executar e registrar a assistência médica diária; 3.2.5-executar e registrar a assistência de enfermagem, administrando as diferentes intervenções sobre o paciente; 3.2.6-prestar assistência nutricional e dar alimentação aos recém-nascidos; 3.2.7-executar o controle de entrada e saída de RN. Realização de partos normais, cirúrgicos e intercorrências obstétricas: 4.7.1-recepcionar e transferir parturientes; 4.7.2-examinar e higienizar parturiente;
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4.7.3-assistir parturientes em trabalho de parto; 4.7.4-assegurar a execução dos procedimentos pré-anestésicos e anestésicos; 4.7.5-proceder a lavagem e antissepsia cirúrgica das mãos, nos casos de partos cirúrgicos; 4.7.6-assistir partos normais; 4.7.7-realizar partos cirúrgicos; 4.7.8-assegurar condições para que acompanhantes das parturientes possam assistir ao pré-parto, parto e pós-parto, a critério médico; 4.7.9-realizar curetagens com anestesia geral; 4.7.10-realizar aspiração manual intra-uterina-AMIU; 4.7.11-prestar assistência médica e de enfermagem ao RN, envolvendo avaliação de vitalidade, identificação, reanimação (quando necessário) e higienização; 4.7.12-realizar relatórios médicos e de enfermagem e registro de parto; 4.7.13-proporcionar cuidados pós-anestésicos e pós-parto; e 4.7.14-garantir o apoio diagnóstico necessário. Desenvolvimento de atividades relacionadas ao leite humano 4.13.1-recepcionar, registrar e fazer a triagem das doadoras; 4.13.2-preparar a doadora; 4.13.3-coletar leite humano (colostro, leite de transição e leite maduro), intra ou extra estabelecimento;
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4.13.4-fazer o processamento do leite coletado, compreendendo as etapas de seleção, classificação, tratamento e acondicionamento; 4.13.5-fazer a estocagem do leite processado; 4.13.6-fazer o controle de qualidade do leite coletado e processado; 4.13.7-distribuir leite humano; 4.13.8-promover ações de educação no âmbito do aleitamento materno, através de palestras, demonstrações e treinamento “in loco”; e 4.13.9-proporcionar condições de conforto aos lactentes acompanhantes da doadora. RESOLUÇÃO Nº 36, DE 3 DE JUNHO DE 2008 Dispõe sobre Regulamento Técnico para Funcionamento dos Serviços de Atenção Obstétrica e Neonatal. Infra-estrutura Física 5.1 O Serviço de Atenção Obstétrica e Neonatal deve dispor de infra-estrutura física baseada na proposta assistencial, atribuições, atividades, complexidade, porte, grau de risco, com ambientes e instalações necessários à assistência e à realização dos procedimentos com segurança e qualidade. 5.2 A infra-estrutura física do Serviço de Atenção Obstétrica e Neonatal deve atender aos requisitos constantes no Anexo II desta Resolução, que alteram os itens referentes à atenção obstétrica e neonatal da RDC/Anvisa n. 50, de 21 de fevereiro -NBR 13700 Áreas limpas - Classificação e controle de contaminação - Processamento de Artigos e Superfícies em Estabelecimentos de Saúde -NBR 12188 Sistemas centralizados de oxigênio, ar, óxido nitroso e vácuo para uso medicinal em estabelecimentos assistenciais de saúde
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2.3 COR E PERCEPÇÃO VISUAL Através da cor é possível despertar diversos sentimentos, é possível estabelecer uma identidade visual a pessoas e ambientes. É possível diferenciar e ressaltar elementos pontuais, tonar o ambiente mais agradável, passar a sensação correta para cada situação, uma cor utilizada de forma errada pode até mesmo fazer um grande comercio ir por água abaixo. Toda cor faz aflorar um sentimento em quem as observa. Seguindo a linha de raciocínio sobre a importância da parte visual de uma maternidade aqui estão alguns argumentos de extrema relevância sobre o assunto: • Lei da Unidade : percepção de um elemento pode ser construído por uma ou até mesmo várias partes; • Lei da Segregação: isolar, evidenciar ou identificar objetos; • Lei da Unificação: igualdade ou equilíbrio de estímulos em todos os elementos; • Lei do Fechamento: formação de imagens completas quando vemos apenas formas inacabadas ou silhuetas; • Lei da Continuidade: forma como a sucessão de elementos e o fluxo de informações; • Lei da Proximidade: elementos distintos que se posicionam de formas muito próximas uns dos outros tendem a ser percebidos juntos; • Lei da Semelhança: objetos que possuem formas, cores ou aparência geral semelhante também tendem a ser interpretados como uma só unidade; • Lei da Pregnância: princípio básico da percepção visual da Gestalt. Sempre enxergamos a composição visual geral como um todo;
Para a precursora da enfermagem moderna, Florence Nightingale, os ambientes contribuem na restauração da saúde dos pacientes, destacando ainda para a importância da cura pela natureza, em que ambientes arejados e adequadamente iluminados, além de ruídos suavizados seriam alguns dos fatores de bem estar para o restabelecimento e conforto dos clientes. (UNICAMP et al., 2007)
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Imagem 3 : Maternidade Humanizada Fonte: engeplus
Imagem 4 - Corredor Fonte: Pexel
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studos de caso
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STUDOS DE CASO
3.1 HOSPITAL E MATERNIDADE DR. CHRISTÓVÃO DA GAMA • Inauguração: 30 de Setembro de 1954 • Em 18 de março de 1969 construção do segundo Prédio, projeto de João Batista Vilanova Atrigas • Está localizado na região de Santo André, Vila assunção • Avenida Dr. Erasmo / Rua Guilherme Marconi Essa parte do projeto é o primeiro prédio construído em 1954, no térreo estão localizados os centros cirúrgicos, áreas de atendimento, triagem e toda essa parte de primeiros atendimentos, como também a parte de comercio(lanchonete). Aqui a iluminação se da na maior parte por meios artificiais, a iluminação natural é através de janelas, mas nos corredores por exemplo é basicamente toda artificial. As circulações verticais estão distribuídas de forma a atender todo o prédio sem causar tumulto.
Imagem 5 - CHRISTÓVÃO DA GAMA Fonte: Google Maps
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1°PAVIMENTO
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2°PAVIMENTO
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3.2 Hospital Sarah Kubitschek Salvador Ficha Técnica • Hospital Sarah Kubitschek • Local Rio de Janeiro, RJ • Início do projeto 2001 • Conclusão da obra 2008 • Área do terreno 80.000 m2
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• Área construída 52.000 m2 • Arquitetura João Filgueiras Lima (autor); Ana Amélia Monteiro e André Borém (equipe) • Superintendência administrativa Francisco A. N. Filho • Coordenação técnica Adriana Filgueiras Lima • Coordenação administrativa Walmir Bulhon • Paisagismo Beatriz Secco • Obras de arte Athos Bulcão • Instalações Kouzo Nishiguti • Estrutura Roberto Vitorino • Conforto térmico George Raulino
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I
Imagem 08 - Hospital Sarah Kubitschek Salvador Fonte: Google Maps
Imagem 09 - Hospital Sarah Kubitschek Salvador planta Fonte: Google
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Este estudo de caso foi muito relevante no sentido de como é utilizada a iluminação e ventilação natural, isso através da ventilação cruzada e efeito chaminé que é possível em todas as coberturas da construção.
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Imagem 10 - Hospital Sarah Kubitschek Salvador Imagens Fonte: Google
3.3 SWISS RE Projeto: Swiss Re House, Headquarters Localização: Londres, latitude 52o Norte Cliente/investidor:Swiss Reinsurance Company Arquitetura e urbanismo: Foster and Partners Estrutura: Ove Arup and Partners, Londres Engenharia mecânica e elétrica: Consultores: Gardiner and Theobald, Hilson Moran Partnership Ltd., BDSP Partnership, Ove Arup and PartnersLondon, RWG Associates, Sandy Brown Associates. Usos do empreendimento: escritórios na torre e comércio na base Número de pavimentos: 41 Altura: 180 metros Área total construída: 76.400 m2 Status/fase: concluído em 2004 (30 meses de projeto)
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Imagem 11 - Vista e Corte Swiss Re Fonte: Foster And Partners
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Imagem 12 - Swiss Re Detalhes Fonte: Archweb
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Neste projeto em questão faz-se o uso da ventilação tipo chaminé para solucionar questões de aquecimento interno da obra. As lajes não encontram nas peles de vidro, oque permite que o ar frio entre pela parte de baixo e suba sentido cobertura e saia pela parte superior do prédio.
Imagem 13 - Swiss Re Plantas Fonte: Archweb
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Imagem 14 - Local Fonte: Google Earth
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ntorno
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NTORNO
4.1 ENTORNO PROJETO Será implantado na cidade de Santo André, uma construção que terá como finalidade ser uma maternidade e centro de apoio a gestante, mulheres que já deram a luz e crianças de até 3 anos de idade. Nessa cidade em questão não existe um local onde é possível ter todas essas atividades, também tem a ideia de ser público e privado, possibilitando um maior atendimento a pessoas com necessidades econômicas reduzidas, e direitos iguais de um atendimento digno. A cidade de Santo André conta no total segundo o IBGE com 7 estabelecimentos de atendimento de emergência em obstetrícia e pediatria. O terreno escolhido é bem localizado, de fácil acesso devido as possibilidades “chegada”, sendo possível por ônibus, que vem diretamente da estação de santo André, acesso de carros por se tratar uma Avenida bem movimentada, tambem considerado bem localizado devido a proximidade a estação de trem e terminal de ônibus. 4.2 Condicionantes Legais O terreno está localizado em uma ZONA DE QUALIFICACAO URBANA, com classificação fiscal 03.043.603, as testadas principais são, Rua Catequese e AVN JOSÉ ANTONIO DE ALMEIDA AMAZONAS com uma área de 2900.05m². Segundo a LEI Nº 8.966, DE 12 DE JULHO DE 2007 e a Lei nº 9.924/2016: • Permeabilidade = 10 % em terrenos de 1000 a 3000m² • Em hospitais fica estabelecido as seguintes informações : • Taxa de Ocupação : 80%; • Coeficiente de Aproveitamento : 2,5; para zonas de qualificação urbana; • Recuo de frente: 5m; • Com outorga a edificação poderá atingir o CA: 5.6;
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Imagem 15 - Local 3D Fonte: Google Earth
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MAPA DE USOS
Por mais que se trate de uma localização central nas proximidades existe uma grande mistura de usos, tanto residências como comércios.
Imagem 16 - Mapa Usos Fonte: Elaborado pela autora MAPA DE ZONEAMENTO
Como já citada anteriormente o terreno onde o projeto será realizado se trata de uma ZONA DE QUALIFICAÇÃO URBANA.
ZEIP VILA GUIOMAR ZONA DE QUALIFICAÇÃO URBANA Imagem 17 - Mapa Zoneamento Fonte: Elaborado pela autora
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MAPA DE FLUXOS Terreno está localizado em uma área central onde nas ruas de acesso existe a passagem de carros e ônibus, com ponto de ônibus próximo ao local. As calçadas estão em qualidade ruim e esburacadas, necessitando de manutenção para melhor atender o publico. Nestas ruas não existe acessibilidade e nem a existência de ciclovias ou ciclofaixas, mas nas proximidades aos domingos e feita a organização de ciclofaixas.
ONIBUS,CARROS E PEDESTRES Imagem 18 - Mapa Fluxos Fonte: Elaborado pela autora MAPA DE HIERARQUIA VIÁRIA vias arteriais primárias, destinadas a possibilitar o trânsito entre as regiões da cidade, caracterizando-se por interseções em nível, geralmente controladas por semáforo, com acessibilidade aos lotes lindeiros e às vias secundárias e locais; vias coletoras secundárias, com a mesma função das vias coletoras primárias e menor carregamento de tráfego; vias coletoras primárias: destinadas a coletar e distribuir o trânsito que tenha necessidade de entrar ou sair das vias metropolitanas ou arteriais, possibilitando o trânsito dentro das regiões da cidade; Imagem 19 - Mapa Viário : Elaborado pela autora
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MAPA GABARITO No terreno estudado onde será implantado o projeto deste TFG tem o gabarito maxi de 21 pavimentos, atualmente se encontra sem construção existente. O entorno é bem marcado por prédios de alto gabarito, e onde as construções são baixas a altura máxima permitida também é bem elevada, mas os moradores e comerciantes em questão podem optar ou não por utilizar essa possibilidade de construção.
Imagem 20 - Mapa Gabarito : Elaborado pela autora
Imagem 21 - Gabarito : Google Earth
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MAPA ESTADO DE CONSERVAÇÃO
Imagem 22 - Estado de conservação Fonte: Fotos autorais, e mapa elaborado pela autora MAPA CHEIOS E VAZIOS
Imagem 23 - Mapa Cheios e Vazios Fonte: Elaborado pela autora
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Imagem 24 - Amor de mĂŁe e Vazios Fonte: Pexel
5.
rojeto
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Imagem 25 - Gravida Fonte:.Pexel
5.1 Programa de necessidades
Para o programa de necessidades foram levadas em consideração algumas normas pré-estabelecidas pela Agência Nacional de Vigilãncia Sanitária, a Resolução – RDC nº 50, de 21 de fevereiro de 2002.
Tabela 01 - Programa de necessidades com base na RDC 50. Elaborada pela autora
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Tabela 02 - Programa de necessidades com base na RDC 50. Elaborada pela autora
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Tabela 03 - Programa de necessidades com base na RDC 50. Elaborada pela autora
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5.2 ELEMENTOS CONSTRUTIVOS 5.2.1 ALMOFADAS DE ETFE
A instalação é feita inicialmente pela estrutura metalica, depois são acrescentadas as almofadas e fixadas atraves de soldagem em uma moldura de aluminio e depois é encaixado na estrutura.
Almofadas de ETFE (etilena-tetra-fluoro-etilena, um copolímero de etilina e Teflon), são transparências insufilmadas presas por uma estrutura metálica, é consideravelmente mais leve que o vidro. • Peso reduzido • Pode ser colorido, impresso e iluminado • Elevada transparência (95% luz visível / 85% luz ultravioleta) • Faixa de temperatura de uso contínuo de -200°C a 200°C • Resistente ao impacto de baixa temperatura até -80°C
Imagem 26 : ETFE Fonte: Foster and Partners Imagem 60 ETFE Fonte:Foster and Partners
• Impermeável • Auto limpeza com água da chuva • Permeável aos raios UVA, impede a passagem dos raios UVC • Manutenção mínima • Muito resistente à intempérie
Imagem 27 : ETFE Filme Fonte: Sasquia Hizuru Obata
• Reciclável • Boa resistência ao impacto (granizo, etc.) • Sem deterioração mecânica visível • Sem descoloração nem endurecimento com o passar dos anos Esse matéria é conhecido como plastico da era espacial, permita a criação de formas orgânicas, e tem ótima durabilidade superior a 25 anos.
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A proteção solar se da por meio da colocação de filmes intermediários, de preferencia três camadas de filme para controlar essa passagem de lus e calor. A transparência também é garantida de acordo com a pigmentação ou impressão que é realizada no material antes de sua aplicação.
Imagem 28: Cobertura da Mesquita Quba em Madinah Fonte: Sasquia Hizuru Obata Imagem 29: Mush-balloon Fonte: Sasquia Hizuru Obata
5.2.2 PISO VINÍLICO Resistentes ao tráfego pesado e duráveis, compostos de 100% de PVC, sendo 67% de material reciclável. “Os pisos vinílicos possuem o selo da Sustentax, ou seja, são avaliados e atestados como socioambientalmente corretos, pontuando para certificação LEED de construções sustentáveis” 100% PVC;
Imagem 30 : Corredor Hospital Fonte: Autoral
100% reciclável; 100% resistente à água; Resistente a riscos e manchas; Hipoalergênico, não desenvolve bactérias; Absorve ruídos; Confortável e durável; Não deforma e não empena;
Imagem 31 : Corredor Hospital 2 Fonte: Autoral Imagem 32 : Epoxi Fonte: Google
Fácil de instalar, não faz barulho, nem sujeira; Simples de limpar e manter;
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Piso Epóxi, autonivelante e sem juntas, especialmente recomendado para setores com pacientes imunodeprimidos. O Epóxi é um piso a base de resina que faz com que o piso se torne imermeavel e com uma superficie continua sem nenhuma porosidade. Possui alta resistencia mecanica, quimica e abrasiva.
Tipo de aplicação: multicamadas, autonivelante ou espatulado.Tratamento prévio da base ou substrato que receberá o material.Definição de cores e adição de eventuais agregados decorativos. Requisitos específicos: resistência química, resistência mecânica,resistência à compressão, acabamento de auto brilho etc. (EBSERH, 2018)
5.2.3 PAREDE TETO E PORTA As paredes dos centros cirúrgicos e salas de parto necessitam ser lisas, uniformes, os tetos devem ser igualmente uniformes, sem aplicação de forro removível, as portas devem ser revestidas por material lavável. Todos os elementos devem ser de fácil higienização e resistente a esses processos de higienização. Forro monolítico de gesso, uma vez que o acabamento deve ser totalmente livre de emendas para evitar o risco de contaminação. O forro modular, removível, pode ser empregado em outras áreas do hospital que não sejam de auto risco. A tinta a ser utilizada na construção é a Tinta Acrílica, por sua facilidade de limpeza, durabilidade e baixo custo em relação a outras pinturas. E esta de acordo com a ABNT NBR 14941:2011 que estabelece os parametros para desempenho de tintas nas edificações.
59
Imagem 33 : Piso centro cirurgico Fonte: Autoral Imagem 34 : Centro cirurgico Fonte: Autoral
5.2.4 RODAPÉS E SOLEIRAS Segundo a RDC-50 ANVISA (2002), é importante garantir que a junção entre o rodapé e a parede seja feita de forma continua, sem emendas marcadas ou espaços, os quais podem acumular poeira, verificando que não podem existir cantos de dificil limpeza, logo devera ser como na figura a seguir.
Imagem 35 : Rodapé Fonte: Autoral
Imagem 36 : Rodapé detalhe Fonte: Google
5.2.5 BATE-MACAS E PROTEÇÃO Tem como finalidade proteger as paredes do contato com macas e objetos que possam denifica-la. Bate maca de vinil com capa vinílica de alto impacto e amortecedor interno, fixado na parede por presilhas de alumínio e peças de acabamento injetadas em ABS.
Imagem 37 : Bate-maca Fonte: Autoral
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Imagem 38 : Bate-maca detalhe Fonte: inpro
5.2.6 LAJE VERDE O método da figura ao lado será utilizado nas sacadas com acesso aos pacientes e trabalhadores do hospital proporcionando uma melhor aproveitamento dessas áreas e tambem possibilitando um melhor conforto térmico a essa edificação.
Imagem 39 : Laje verde Fonte: Ecobrasil 5.2.7 PAREDE DE CONTENÇÃO
Imagem 40 : Parede de contenção Fonte: Google
61
Imagem 41 - Praia Fonte: Pexel
6.
onclusão
O desenvolvimento do projeto arquitetônico de uma maternidade seguindo as diretrizes e exigências para um bom funcionamento e conforto de seus usuários. Cada dia mais é colocado em foco a necessidade da humanização de todos os meios de serviços, para melhor atender aos seres humanos de forma mais digna. Durante o desenvolvimento deste trabalho foi possível identificar a importância de um bom projeto para a criação de um espaço humanizado que atenda da melhor forma possível as mães e recém nascidos. Por fim é possível desenvolver um espaço mais humano seguindo todas as normas e leis exigidas neste tipo de unidade hospitalar, visando primeiramente a mulher independente da sua classe social, cor, cultura e etc. O nome escolhido para essa maternidade foi “La madre, onde nascem mães”, isso por conta de que não só o bebe deve ser levado em consideração, mas também a mulher recém parida que tão vulnerável se encontra neste momento, pensar que alem do bebe também acaba de nascer uma mãe que precisa de tantos cuidados e atenção.
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7.
Imagem 42 - Abraรงo : Janko Ferlic
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NEXOS
INFORMAÇÕES PARA ELABORAÇÃO DO PROJETO CALCULO DE NUMERO DE FUNCIONÁRIOS SEGUNDO COFEN
5 fun x 3 turnos = 15 funcionários
104 Leitos
Total: 240 enfermeiros
7 Leitos UTI Adulto 7 Leitos UTI Pediatria 104 Leitos Calculo por andar 1 Enfermeiro responsável por turno, sendo 3 turnos = 3 enfermeiros
Tabela 04 - Relação funcionários por leito
2 Técnicos de enfermagem por turno, sendo 3 turnos = 6 tec. Enf
Considerando a tabela acima: 5,1 x 118 leitos : 602 funcionarios no total.
4 Auxiliares de enfermagem por turno, sendo 3 turnos = 12 aux Enf Totalizando: 7 funcionários por andar em cada turno – 7x3=21 funcionários por turno Sendo 10 andares com 21 funcionários – 210 fun 7 Leitos UTI Adulto 5 fun x 3 turnos = 15 funcionários 7 Leitos UTI Pediatria
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CALCULO DE TRAFEGO ELEVADORES Destinação de Uso:
Hospitais SEM Duto de Lixo e Monta Cargas
POPULAÇÃO:
Composição: Relação
População total
Porcetagem mínima a ser transportada
Intervalo de Trafego Máximo admissível (s)
ELEVADORES
1Unidades no Grupo 2Capacidade 3Paradas
(passageiros)
4Paradas Prováveis 5Percurso (m)
TEMPOS ADOTADOS
9Aceleração e retardamento
10Abertura e fechamento
de passageiros
TEMPOS TOTAIS CALCULADOS 12T1-Percurso Total
13T2-Aceleração e retardamento
14T3-Abertura e fechamento das portas 15T4-Entrada e saida de passageiros
Soma parcial (T1+T2+T3+T4) Adicional 10% (T3+T4)
- Tempo total de viagem
- Intervalo de tráfego (s)
18Capacidade 19Capacidade
de transporte (passageiros) de tráfego (passageiros)
Tabela 05 - Elevadores Fonte: Schindler
66
45
4
20 14
11,38
AC
8Abertura Livre (m)
17I
84,24
3,5
7Tipo de Portas
16T
702
45
6Velocidade (m/s)
11Entrada e saida
12%
1,10
6,0
. .
. .
3,9 2,0
25,71 34,14 44,38 40,00
144,24
8,44
152,67
38,17 39,30
157,20
38,17
157,20
CALCULO DE RESERVATÓRIO 702 pessoas x 250 litros : 175500 175500 x 2: 351000 litros Reservatório superior : 2/5 de 280800 : 140400 litros Reservatório Inferior : 3/5 de 280800 : 210600 litros Reservatório de Incêndio:
Tabela 06 - Reservatório Fonte:
V=Qxt V = (100 + 100) x 60 V = 200 x 60 V = 12.000 litros
67
CALCULO DE GERADOR 2 Elevadores – 23kW / Unidade
Gerador Toyama Tdmg125Se3 Diesel Trifásico 380V 125KVA – R$77.000,00
Total 46kW 200 Lâmpadas no total – Mantendo como emergência apenas metade – 100 lâmpadas de 50W cada Total 5kW 2 Geladeiras para armazenagem de exames de sangue – 1520W / Unidade Total 3,04kW 2 Eletrocardiógrafo (Modelo MEBT-100) 1 para cada sala de cirurgia – 3kW Total 6kW Considerando um gerador com FP (Fator de potência de 0,8) é será necessário: Total de Potência = (46 + 5 + 3,04 + 6) = 60,04kW Como o gerador tem a perda de 20%, a potência mínima necessária para um gerador seria de 60,04kW * 1,2 = 72,048kW. Um modelo que atenderia com eficiência seria o:
68
Imagem 43 : Gerador Fonte: lojamatergi
PILAR Pilar a partir do 2 pavto= 0.85 x 0.85 C at = a inf x p sobrec x y posição x n pav C: 96.50 x 1200 x 2,2 x 11 = 2802360
LAJE NERVURADA H:13.2 X 12% : 1.60
A: Cat / Oadm
N: 4%X24.35 / 2 : 0.50
A:2802360 / 200
BW:0.32
A:140118
D: 4
Pilar Subsolos/Terreo e 1 Pavto = 1.00 x 1.50
C at = a inf x p sobrec x y posição x n pav
Imagem 44 : Laje nervurada Fonte: Google
C: 68.23 x 1200 x 2,5 x 7 = 12608904
A: Cat / Oadm A: 12608904 / 200 A: 6304452
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Imagem 45 : CARTA SOLAR Fonte: SOL-AR
Frente Rua Catequese
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Imagem 46 : Rosa dos ventos Fonte: SOL-AR
Frente Rua Catequese
71
Imagem 47 : CARTA SOLAR 2 Fonte: SOL-AR
Frente Av. José Antônio de Almeida Amazonas
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Imagem 48 : Rosa dos ventos 2 Fonte: SOL-AR
Frente Av. José Antônio de Almeida Amazonas
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Área de convivência externa
Capela
Fachada 01
Área de convivência funcionários
Estar de funcionรกrios
Restaurante de Funcionรกrios
Estudo de fachada rua catequese
Estudo de fachada av. jose antonio
Quarto do andar laranja
Espera UTI
Restaurante
Hall andar Oliva
DIAGRAMAS PARA CHEGAR A FORMA ESCOLHIDA
8.
EFERENCIAS
FREIRE, Maria Martha de Luna. ‘Ser mãeé uma ciência’: mulheres, médicos e aconstrução da maternidade científica nadécada de 1920. História, Ciências,Saúde – Manguinhos, Rio de Janeiro, v.15,supl., p.153-171, jun. 2008. UNICAMP et al (Org.). A Linguagem Sígnica das Cores na Resignificação (Humanização) de Ambientes Hospitalares. 2007. Disponível em: <https://www.iar.unicamp.br/lab/luz/ ld/Arquitetural/Pesquisa/a_linguagem_signica_das_cores_na_resiginificacao_de_ambientes_hospitalares.pdf>. Acesso em: 21 mar. 2019. ELIAS, Ana Edméa Teixeira. O lugar de nascer: Centro de parto humanizado e clínica obstétrica na cidade de Fortaleza. 2016. 108 f. TCC (Graduação) - Curso de Arquitetura e Urbanismo, Universidade de Fortaleza, Fortaleza, 2017. Disponível em: <https://issuu.com/anaelias85/docs/combinepdf__1_>. Acesso em: 21 mar. 2019. SILVA, Larissa Costa da. Casa Maria: A Humanização da Arquitetura no Ambiente Hospitalar. 2017. 150 f. TCC (Graduação) - Curso de Arquitetura e Urbanismo, Centro Universitário Senac, São Paulo, 2017. Disponível em: <https://issuu.com/senacbau2013_2017/ docs/casa_maria_a_humaniza____o_da_arq>. Acesso em: 21 mar. 2019. GÓES, Ronald de. Manual Prático de Arquitetura Hospitalar. 2. ed. São Paulo: Edgard Blucher Ltda., 2011. 285 p. GOETHE, Johann Wolfgang. Doutrina das Cores. São Paulp: Nova Alexandria Ltda, 1993. 174 p. PREFEITURA DE SANTO ANDRÉ (Município). Lei nº 9.924, de 21 de dezembro de 2016. Em atendimento às disposições do artigo 100 da Lei Municipal nº 8.696, de 17 de dezembro de 2004, que instituiu o Plano Diretor de Santo André, e em conformidade com o Estatuto da Cidade, Lei Federal nº 10.257 de 10 de julho de 2001, fica aprovada a Lei de Uso, Ocupação e Parcelamento do Solo da Macrozona Urbana e da Macrozona de Proteção Ambiental.. Lei de Uso, Ocupação e Parcelamento do Solo da Macrozona Urbana e da Macrozona de Proteção Ambiental.. Santo André, SP, p. 1-170.
90
BRASIL (Estado). Norma Técnica nº 12188, de 23 de maio de 2003. A ABNT – Associação Brasileira de Normas Técnicas – é o Fórum Nacional de Normalização. As Normas Brasileiras, cujo conteúdo é de responsabilidade dos Comitês Brasileiros (ABNT/CB) e dos Organismos de Normalização Setorial (ABNT/ONS), são elaboradas por Comissões de Estudo (CE), formadas por representantes dos setores envolvidos, delas fazendo parte: produtores, consumidores e neutros (universidades, laboratórios e outros).. Sistemas Centralizados de Oxigênio, Ar, óxido Nitroso e Vácuo Para Uso Medicinal em Estabelecimentos Assistenciais de Saúde. Rio de Janeiro, RJ, 23 maio 2003. p. 1-25. BRASIL. Regulamento Técnico nº 50, de 21 de fevereiro de 2002. Dispõe Sobre O Regulamento Técnico Para Planejamento, Programação, Elaboração e Avaliação de Projetos Físicos de Estabelecimentos Assistenciais de Saúde.. São Paulo, SP, p. 1-144. Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2002/res0050_21_02_2002.html>. Acesso em: 29 ago. 2019. BRASIL. Regulamento Técnico nº 36, de 03 de junho de 2008. Dispõe sobre Regulamento Técnico para Funcionamento dos Serviços de Atenção Obstétrica e Neonatal.. . São Paulo, SP, Disponível em: <http://bvsms.saude.gov.br/bvs/saudelegis/anvisa/2008/ res0036_03_06_2008_rep.html>. Acesso em: 29 ago. 2019. BRASIL. Norma Técnica nº 13700, de 29 de julho de 1996. Esta Norma estabelece classes-padrão de limpeza do ar e provê classes intermediárias para salas e zonas de trabalho limpas, baseadas em concentrações especificadas de partículas em suspensão no ar. Prescreve métodos para verificação da classe e requer um plano estabelecido para monitoramento de limpeza do ar. Também fornece um método para determinação e descrição das concentrações (indicador U) de partículas ultrafinas.. Áreas Limpas - Classificação e Controle de Contaminação. Rio de Janeiro, RJ, p. 1-29. SANTO ANDRÉ. Lei nº 9.394, de 17 de dezembro de 2004. A presente lei altera disposições da Lei nº 8.696, de 17 de dezembro de 2004, que dispõe sobre o Plano Diretor do Município de Santo André, atendido o art. 181 da mesma lei, que prevê a revisão do Plano Diretor no segundo ano de cada mandato, bem como, o art. 182 da Constituição Federal; o Capítulo III, da Lei 10.257, de 10 de julho de 2001 - Estatuto da Cidade e o Título V, Capítulo III, da Lei Orgânica do Município de Santo André.. Plano Diretor. Santo André, SP, p. 1-144. SANTO ANDRÉ. Lei nº 8.065, de 13 de julho de 2000. INSTITUI o Código de Obras e Edificações do Município de Santo André. . Santo André, SP, p. 1-61. SANTO ANDRÉ. Decreto nº 14.587, de 13 de julho de 2000. REGULAMENTA a Lei n.º 8.065, de 13 de julho de 2000, que instituiu o Código de Obras e Edificações e dá outras providências.. Decreto Nº 14.587. Santo André, SP, p. 1-15.
91
5OSA. Swiss Re. 2008. Disponível em: <https://5osa.com/entry/Norman-Foster-Swiss-Re-London-Headquarters>. Acesso em: 04 set. 2019. ZUCCHI, Paola; BITTAR, OlÍmpio J.n.v.. Funcionários por leito: estudo em alguns hospitais públicos e privados. 2002. Disponível em: <file:///C:/Users/Multiarqui/Downloads/ARTIGORAS14%20(1).pdf>. Acesso em: 02 out. 2019. SANTANA, Laís. PLANEJAMENTO F SICO DE COZINHAS HOSPITALARES. Disponível em: <https://www.passeidireto.com/arquivo/44687559/aula-8-planejamento-f-sico-de-cozinhas-hospitalares>. Acesso em: 02 out. 2019. BRASIL. Norma Técnica nº 13714, de 29 de fevereiro de 2000. Fire. Hydrant. Hose reel. Hose. Installation. Sistemas de Hidrantes e de Mangotinhos Para Combate A Incêndio. Rio de Janeiro, RJ, 29 fev. 2000. p. 1-25. Disponível em: <http://www.gmfmontagens.com.br/ assets/content/downloads/031ac17ce13bc628f426873fd98b386b.pdf>. Acesso em: 04 out. 2019. OBATA, Sasquia Hizuru. Etfe. Disponível em: <http://tede.mackenzie.br/jspui/bitstream/ tede/2575/3/Sasquia%20Hizuru%20Obata3.pdf>. Acesso em: 25 out. 2019. EBSERH. Manual de Especicação de Materiais de Revestimento Manual de Especicação de Materiais de Revestimento em Hospitais Universitários em Hospitais Universitários. 2018. Disponível em: <https://www.ebserh.gov.br/sites/default/files/legislacao/2019-02/Manual%20de%20Especifica%C3%A7%C3%A3o%20de%20Materiais%20de%20Revestimento%20em%20Hosptais%20Universit%C3%A1rios.pdf>. Acesso em: 29 out. 2019.
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