Monografia book

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FACULDADE METROPOLITANAS UNIDAS GRADUAÇÃO EM DESIGN GRAFICO

O USO DA INTERAÇÃO DO DESIGN E DA MUSICA, PARA O DESENVOLVIMENTO DE UMA REVISTA DE MUSICA

Pâmela Paulino Mônica Regina Vello Daniel Hernane Silva

SÃO PAULO - SP 2013


FACULDADE METROPOLITANAS UNIDAS GRADUAÇÃO EM DESIGN GRAFICO

O USO DA INTERAÇÃO DO DESIGN E DA MUSICA, PARA O DESENVOLVIMENTO DE UMA REVISTA DE MUSICA

Trabalho de conclusão de Curso apresentado como requisito para colação de grau em Design Grafico, sob a orientação dos Professores Luiz Porto, Juliano Carvalho, Gustavo Cavalheiro, Fabio Goulart e Erica de Andrade

SÃO PAULO - SP 2013


AGRADECIMENTOS Hoje, vivemos uma realidade que parece um sonho, mas foi preciso muito esforço, determinação, paciência, perseverança, ousadia e maleabilidade para chegar até aqui, e nada disso seria possível se estivéssemos sozinhos. Nossa eterna gratidão a todos aqueles que colaboraram para que este sonho pudesse ser concretizado. Agradecemos aos nossos pais por cada incentivo e orientação, pelas orações em nosso favor e pela preocupação. Aos professores Luis Porto, Juliano Carvalho, Gustavo Cavalheiro, Fabio Goulart e Erica de Andrade, que com muita paciência e atenção, dedicaram tempo para nos orientar em cada passo deste trabalho e pela contribuição na nossa vida acadêmica. Aos nossos colegas de classe, por todos os momentos em que fomos estudiosos, brincalhões, atletas, músicos e cúmplices. Aos nossos amigos por todo apoio e cumplicidade, porque mesmo quando distantes, estavam presentes em nossas vidas. Obrigado a todos que, mesmo não estando citados aqui, tanto contribuíram para a conclusão desta etapa.

FIGURA 1 TOCANDO VIOLÃO http://www.criatives.com.br/wp-content/uploads/2013/09/water-wigs_Tim-Tadder-FullyM1-zupi.jpg

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SUMÁRIO

FIGURA 2 BALADA

AGRADECIMENTOS ..................................................................................7 LISTA DE FIGURAS....................................................................................11 RESUMO...................................................................................................15 ABSTRACT ...............................................................................................17 INTRODUÇÃO...........................................................................................19 1.1 PROPOSTA .........................................................................................23 1.2 JUSTIFICATIVA....................................................................................23 1.3 OBJETO DE ESTUDO ..........................................................................23 1.4 OBJETIVOS DO PROJETO ...................................................................23 1.5 RESULTADOS ESPERADOS .................................................................23 2. DESIGN EDITORAL...............................................................................25 2.1 O DESIGN EDITORAL..........................................................................27 2.2 A REVISTA...........................................................................................31 2.3 A HISTORIA DA REVISTA ...................................................................32 2.4 LINHA DO TEMPO DA REVISTA ........................................................34 2.5 REVISTA DE VANGUARDA ................................................................ 38 2.6 SEGMENTO DE REVISTA.....................................................................42 2.7 TIPOGRAFIA.......................................................................................45 2.7.1 TIPOGRAFIA EM REVISTAS...............................................................47 2.8 GRID..................................................................................................49 3. REVISTAS COMERCIAIS COM TEMA MUSICA......................................53 3.1 PESQUISA DE MACRO E MICRO AMBIENTES.....................................59 4. DEFESA DE CRIAÇÃO.................................................................................................73 4.1 MAPA MENTAL...................................................................................77 4.2 PAINEIS SEMÂNTICOS.......................................................................78 4.3 LOGO.................................................................................................82 4.4 CAMPANHAS......................................................................................87 4.5 MOBILIARIO URBANO........................................................................91 4.6 REDES SOCIAIS...................................................................................92 CONSIDERAÇÕES.....................................................................................95 BIBLIOGRAFIA..........................................................................................97 APÊNDICE..............................................................................................102

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FIGURA 3 GUITARRA

LISTA DE FIGURAS

Figura 17 : Correio Braziliense..................35

Figura 1 : Tocando Violão...........................6

Figura 18 : Harper´s Bazzar.......................35

Figura 2 : Balada.........................................8

Figura 19 : Klaxon......................................35

Figura 3 : Guitarra.....................................10

Figura 20 : O Cruzeiro...............................36

Figura 4 : Guitarra2...................................12

Figura 21 : PlayBoy....................................37

Figura 5 : Roqueiro....................................14

Figura 22 : La Revue..................................37

Figura 6 : Roqueiro2..................................16

Figura 23 : Flair.........................................37

Figura 7 : Cidade de São Paulo..................18

Figura 24 : Real Simples............................37

Figura 8 : Cidade de São Paulo2...............20

Figura 25 : Revista Vanguarda..................39

Figura 9 : Cidade de São Paulo Viaduto....22

Figura 26 : MTV…......................................40

Figura 10 : Studio 1D7...............................24

Figura 27 : Billboard…...............................40

Figura 11 : Heller.......................................26

Figura 28 : Rolling Stone…........................41

Figura 12 : Violino.....................................28

Figura 29 : Lounge…..................................41

Figura 13 : Página em Branco..................30

Figura 30 : Capas de Revistas...................42

Figura 14 : Capa de revista........................33

Figura 31 : Work + Play.............................44

Figura 15 : The Spectatro…........................34

Figura 32 : Tipografia................................47

Figura 16 : The Gentleman´s Magazine….34

Figura 33 : Trendy Fun & Versatile...........48

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Figura 34 : The Grid System…...................51 Figura 51 : Campanha...............................86 Figura 35 : Quest For The Student…..........52 Figura 52 : Cartaz......................................88 Figura 36 : Rave.........................................58 Figura 53 : Cartaz 2..................................89 Figura 37 : Alvo.............................,............63 Figura 54 : Cartaz 3..................................89 Figura 38 : Painel do Público.....................69 Figura 55 : Mobiliário Urbano..................90 Figura 39 : Analise SWOT............................71 Figura 40 : Mesa Digitalizadora.................72

Figura 56 : Mídias sociais.........................93

Figura 41 : Metodologia do Projeto...........74

Figura 57 : Considerações.........................94

Figura 42 : Mapa Mental............................76

Figura 58 : Bibliografia..............................96

Figura 43 : Cubo Painel Semântico............78 Figura 44 : Painel Semântico Dinâmico....79 Figura 45 :Painel Semântico Movimento..80 Figura 46 : Painel Semântico Conteúdo....81 Figura 47 : Rough......................................82 Figura 48 : Logo.........................................83 Figura 49 : Medidas do Logo......................84 FIGURA 4 GUITARRA2

Figura 50 : Cores do Logo.........................85

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Resumo

FIGURA 5 ROQUEIRO

Este trabalho monográfico realizado para a conclusão de curso tem como tema base Design e Música. Dentro deste tema, fora escolhido a parte editorial, para a realização de uma revista de música. Fora realizado estudos e pesquisas sobre vários elementos do design de revistas, porém o foco sempre foram aquelas com conteúdo musical, como a Rolling Stones, Billboard, Lounge e a antiga MTV. O desenvolvimento do projeto aconteceu dois momentos. O primeiro fora a parte de pesquisa histórica, conceitos de revista e toda a parte de fundamentação teórica da revista. Num segundo momento, aconteceu o inicio da construção da revista, visando as possíveis utilizações, o mercado e concorrentes, além dos conceitos para a criação da revista. No decorrer do projeto, foram realizadas pesquisas de campo com o nosso publico alvo e com os possíveis pontos de venda da revista. Também foram realizados estudos para descobrir as melhores formas de divulgação da revista, visando sempre os locais que nosso público frequenta. Após a fundamentação teórica estar finalizada, os estudos de logo foram iniciados, mas antes desses, foi criado um mapa mental e um brainstorm para encontrar os conceitos da revista. Quando

os conceitos foram decididos, deram inicio aos estudos de cores, formatos e tamanhos. Quando o logo e suas características foram decididas, a parte de aplicações e métodos de divulgação foram iniciados. Além da revista será usado mídia impressa, posteres, folderes, cartazes, mídia kit, como também mídia digital, site e redes sociais. Palavras chaves: Revista; Divulgação; Pesquisa Teórica; Características; Música.

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Abstract

FIGURA 6 ROQUEIRO2

This monographic carried out for the completion of course is topic based Design and Music. Within this theme , the editorial piece was chosen for the realization of a music magazine . Carried out studies and research on various elements of design magazines , but the focus has always been those with musical content , as the Rolling Stones , Billboard , Lounge and former MTV . The development of the project came two times. The first part out of historical research , concepts magazine and all part of the theoretical foundation of the magazine . Secondly , there was the beginning of the construction of the magazine , aimed at the possible uses of the market and competitors as well the concepts for the creation of the magazine . During the project, we carried out field research with our target audience and the possible outlets of the magazine . Studies were also conducted to find out the best ways to release the magazine , always seeking the places that our audience frequents . After the theoretical foundation is finished , the studies were soon started , but before those , was created a mind map and brainstorming to find the concepts of the magazine . When concepts were decided , given the early studies of colors ,

shapes and sizes . When the logo and its characteristics have been decided , the party applications and reporting methods were initiated . Besides the magazine will use print media , posters , brochures , posters, media kit , as well as digital media and social networking site . Keywords: Magazine; Disclosure; Theoretical Research; Features; Music.

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Introdução

FIGURA 7 CIDADE DE SÃO PAULO

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Este trabalho de conclusão de curso cujo tema é design e a música tem como objetivo apresentar um projeto gráfico editorial para uma nova revista de música. Para embasar a pesquisa do projeto foi feito estudo bibliográfico sobre os seguintes assuntos: O design gráfico do século XX, o design editorial, a história da revista, e projetos de revistas experimentais. Para o assunto foram estudados previamente principais movimentos estéticos e estilos tipográficos. Em editorial foi pesquisado designers que se destacaram com projetos para revistas inovadores, como Alexey Brodovich e Bea Feitler na Harper´s Bazaar, Neville Brody, David Carson, Martin Venesky e Rico Lins. Projetos de revistas como a The face, do Neville Brody, e a Ray Gun, do David Carson, foram destacados pela importância que tiveram para a história do design. A revista da MTV também foi estudada por ter trazido ao Brasil, os conceitos contemporâneos de design editorial. Nesta monografia serão abordados os assuntos sobre design editorial, que se trata da evolução do design, sobre a estrutura e evolução de revistas até a atualidade e por fim será abordado o este mercado e publico consumidos de revistas de assuntos musicais. FIGURA 8 CIDADE DE SÃO PAULO2

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1.1 Proposta

1.4 Objetivo do projeto

Após o estudo e levantamento do material pesquisado, a proposta do projeto é o desenvolvimento de uma revista de música.

A proposta desenvolvida neste projeto é a criação de uma revista de variedade cultural musical que atinge principalmente a região metropolitana de São Paulo. Dentro deste projeto está envolvida uma ação de marketing onde delimita-se o público-alvo, a concorrência e a estratégia e a veiculação utilizando como base de criação revistas já existentes no mercado, como a Rolling Stones, Lounge e Billboard.

1.2 Justificativa De acordo com os estudos realizados durante o decorrer do projeto, fora encontrado uma lacuna em relação a meios de divulgação de novas bandas e também locais de shows. Com o intuito de preencher essa lacuna, foi criada uma revista onde será abordado assuntos de música como também divulgação de bandas e/ou músicas novas como também os locais de apresentação.

1.3 Objeto de estudo Resume-se a relação do design e da música com a revista.

1.5 Resultados Esperados O principal resultado esperado deste projeto é o fácil acesso a novas informações referente a locais que tocam música, locais de shows e eventos, divulgação de novas bandas e músicas, como também ser uma referência editorial para futuros trabalhos e estudos.

FIGURA 9 CIDADE DE SÃO PAULO VIADUTO

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2. Design Editorial

FIGURA 10 STUDIO 1D7

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O design editorial tem por objetivos, assim como as outras disciplinas do design, fornecer produtos em série, a preços baixos, aliando à estes valores estéticos e a característica fundamental que qualquer produto feito por um designer deve ter: a sua funcionalidade. O design editorial atua na edição e produção de brochuras, livros, revistas, jornais e afins. É a vertente do design onde convergem produções oriundas de várias disciplinas, como: jornalismo, fotografia, escrita criativa, infográfica, ilustração. Exigindo do designer editorial um repertorio cultural, além de uma relação próxima com estas áreas. O bom design de revistas não é simplesmente um processo de imposição de fórmulas testadas a aprovadas, mas o processo de criação de soluções que complementem um ponto de vista editorial. Todavia, muito do design de revistas é feito com fórmulas prontas, porque os editores almejam segurança, uma vez que os anunciantes preferem que seja assim. (HELLER, 2004, p158).

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2.1 O designer editorial

FIGURA 11 HELLER

A tendência do design contemporâneo é criar um novo olhar em relação ao que já existe, sem abandonar a liberdade de expressão individual. Para tanto, a integração de formas geométricas com formas orgânicas, da simplicidade com o caos – torna-se terreno fértil e instiga a experimentação. O avanço da tecnologia digital e a evolução dos programas de edição de imagens e editoração favorecem essas tendências do design contemporâneo por proporcionarem acesso fácil à manipulação de imagens e texto a qualquer usuário. Porém, a tentação de utilizar o computador como ferramenta principal da criação impede níveis mais profundos de pesquisa e reflexão.

É possível atribuir qualquer forma visual a uma idéia. A tarefa do designer, em colaboração com o editor, é determinar qual será a melhor forma. Na maioria das vezes, o editor já determinou o tipo de publicação aplicará o conteúdo. [...] Em outros casos, o editor e o designer podem desenvolver juntos a forma da publicação. Em qualquer das situações, o papel do designer é examinar o conteúdo e começar a pensar em sua aparência e sensação, em relação ás suas mensagens. (SAMARA, 2011, p. 13). O designer tem de dar “identidade”, expressão e personalidade aos diversos componentes, para que estas possam ser reconhecidas como um todo coerente e original, atraindo o leitor num primeiro momento e depois construindo a fidelidade da marca. Os elementos têm de ser organizados de tal modo que o leitor possa encontrar rapidamente os itens individuais nos quais está interessado. O designer de uma revista e, seu diretor de arte, desempenham várias funções que têm de coexistir harmoniosamente se pre-

tendem que a revista funcione como um todo. Estas tornam a revista mais apelativa para os seus leitores, dão-lhes uma personalidade ou identidade distintiva, e apresentam os conteúdos de modo a que os leitores achem útil na “navegação” através da revista. Brody recorreu a sua experiência no trabalho com revistas, mesclando habilmente um layout editorial arrojado com uma simplicidade digna de livros de arte para unificar uma vasta coleção de imagens poderosas. (SAMARA, 2010, p. 78). Existem vários elementos de construção gráfica que devem ser observados no momento da criação de um projeto, como veremos a seguir.

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Alinhamento

Harmonia

No princípio do alinhamento, nada deve ser colocado aleatoriamente em uma página. Cada item deve ter uma conexão visual com algo na página, como o texto pode ter uma ligação com a imagem de fundo por exemplo. E um das regras mais conhecidas é do alinhamento na página (ou alinhamento direito ou esquerdo) quando os itens são alinhados na página, há uma unidade coesa, mais forte.

Uma imagem – ou parte dela – é considerada harmoniosa quando seus elementos fundamentais compositivos (unidades, formas, cores, tons, etc.) dispõem-se organizadamente, completando-se, combinando-se e integrando-se em um todo homogêneo.

Repetição No design, a repetição de elementos unifica e fortalece o material, agrupando elementos que apareceriam como separados. O recurso pode ser útil em peças de uma só página e é essencial em documentos de muitas páginas, dando-lhes consistência. Por exemplo, usar a mesma cor do logotipo em elementos no layout de um jornal para criar uma unidade visual.

Agrupamento

FIGURA 12 VIOLINO

A sensação de agrupamento de determinados elementos visuais é intensificada pela relação de proximidade e semelhança entre eles. Agrupando elementos em uma composição visual é uma estratégia eficiente para: favorecer a segregação de partes da imagem e fortalecer a formação de unidades visuais.

Contraste Além da harmonia, o emprego de contrastes no corpo da composição é um instrumento de extremo valor estratégico para favorecer a definição de unidades visuais. Por outro lado, a técnica de aplicação de contrastes é o melhor recurso existente para estipular e enfatizar a segregação das diferentes unidades presentes em uma imagem.

Espaços em Branco O espaço em branco também atua como elemento de criação, servindo tanto para unificar e segregar partes de uma composição visual quanto para criar e intensificar contrastes. Eles são capazes de distanciar as unidades visuais apresentadas em uma imagem, assim como de fortalecer as conexões entre suas partes e elementos.

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2.2 A REVISTA

FIGURA 13 PÁGINA EM BRANCO

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Uma revista é uma publicação periódica de cunho informativo, jornalístico ou de entretenimento, geralmente voltada para o público em geral. Consideradas como histórias vivas, as revistas refletem a sociedade do seu tempo, como: mudanças políticas, econômicas, sociais, novos comportamentos, tendências e inovações. Os jornais e as revistas são publicações periódicas, ou seja, são publicadas em intervalos de tempo regulares, estas publicações tiveram papel fundamental no processo de democratização da maior parte dos países, oferecendo vários assuntos, como por exemplo: entretenimentos divertidos e curiosos, costumes, estilos, cultura do mundo moderno e também assuntos políticos e sociais.

2.3 História da Revista Elas surgiram no século XVII, durante o Iluminismo, publicadas por academias e sociedades científicas para promover a colaboração sistemática entre cientistas, pesquisadores e eruditos. Muitos escritores e filósofos da época defendiam o avanço

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científico contra a religião e a autoridade tradicional e em favor do desenvolvimento da liberdade de expressão e pensamento. Nesse período, a ciência desenvolvia-se principalmente em instituições científicas, como a Royal Society da Inglaterra, a Académie da França, que tiveram papel fundamental na gênese do mercado de revistas. (ALI, 2013 – pág. 308) A primeira revista surgiu na Alemanha, em 1663 com o nome de Erbauliche Monaths-Unterredungen (Edificantes Discussões Mensais), 200 anos antes dessa publicação pioneira, o artesão Johannes Gutenberg desenvolveu a impressão com tipos móveis, técnica usada sem grandes alterações até o século XX para imprimir jornais, livros e revistas. Com a invenção de Gutenberg, panfletos esporádicos - que podiam, por exemplo, trazer relatos sobre uma importante batalha - passaram a ser publicados em intervalos cada vez mais regulares, tornandose embriões das primeiras revistas dignas desse nome, ou seja, um meio-termo entre os jornais com notícias relativamente recentes e os livros. Além da Erbauliche alemã, outros títulos apareceram ainda no século

XVII, como a francesa Le Mercure (1672) e a inglesa The Athenian Gazette (1690). Ainda no século XVII, as revistas abordavam assuntos específicos e pareciam mais coletâneas de textos com caráter puramente didático. No início do século 19, começaram a ganhar espaço títulos sobre interesses gerais, que tratavam de entretenimento às questões da vida familiar. É nesse período também que surge a primeira revista feita no Brasil: As Variedades ou Ensaios de Literatura, criada em 1812, em Salvador, e que, na verdade, tinha muito mais cara de livro, abordando temas eruditos. Poucas décadas depois, em 1839, nasceria a Revista do Instituto Histórico e Geographico Brazileiro. Incentivando discussões culturais e científicas, ela é a revista mais antiga ainda em circulação no nosso país. No século XX, com o aprimoramento das técnicas de impressão, o barateamento do papel e a ampliação do uso da publicidade como forma de bancar os custos de produção, as revistas explodiram no mundo todo, com títulos cada vez mais segmentados, destinados a públicos com interesses super específicos.

FIGURA 14 CAPA DE REVISTA

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2.4 Linha do tempo da revista

FIGURA 15 THE SPECTATRO

A partir da leitura de ALI (2013), foi desenvolvida uma timeline com foco na história da revista:

CORREIO BRASILIENSE: Tinha 120 páginas, era escrita, editada, impressa e publicada mensalmente em Londres por José Hipólito da Costa. Circulava clandestinamente no Brasil e em Portugal, distribuído por escritórios comerciais e por viajantes. (1808-1822 - Brasil)

ERBAULICHE MONATHS UNTERREDUNGEN (Edificantes Discussões Mensais): Segundo a Enciclopédia Britânica, a primeira revista de que se tem conhecimento foi fundada em Hamburgo por Johann Rist, teólogo, poeta e autor de hinos religiosos. (1663-1668 - Alemanha)

REVUE DES DEUX MONDES (Revista dos Dois Mundos): Importante revista literária da França, teve grande papel relevante na vida política francesa e tornou-se o símbolo de elite conservadora composta de acadêmicos, políticos e oficiais. (1829-até hoje - França)

THE SPECTATOR (O Observador): Uma revista inovadora. Inaugurou a tradição de revista diária que não publicava notícias, mas comportamento e etiqueta. Teve grande influência não somente pelo seu estilo literário mas também pelo seu design. (1711-1714 - Inglaterra) FOR GENTLEMAN´S MAGAZINE (A Revista do Cavalheiro): Edward Cave é o criador do termo ‘magazine’ no sentido de ‘depósito de informações’, e do formato de revista moderna. Seu conteúdo combinava textos tirados dos jornais com trechos dos últimos lança-

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mentos de livros, além de textos originais e matérias ilustradas com gravuras. (1731-1914 - Inglaterra)

FIGURA 16 THE GENTLEMAN´S MAGAZINE

HARPER’S BAZAAR (O Bazar de Harper): Roupas eram sua principal atração. As gravuras e os textos em alemão vinham diretamente da revista Der Bazar com descrições das novas tendências da Europa. Tornou-se sofisticada com o tempo e ganhou um segundo “a” no título e passou a determinar as tendências de moda e o design de revista. (1867-até hoje - EUA)

FIGURA 17 CORREIO BRAZILIENSE

FIGURA 18 HARPER´S BAZZAR

FIGURA 19 KLAXON

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KLAXON: Revista de arte, de caráter anárquico, buscava romper as estruturas do passado publicando poemas e criticas de literatura, artes plásticas, música e cinema. Inovadora e original, a revista anunciava a modernidade, abrindo passagem no século 20. (19221923 - Brasil) O CRUZEIRO: O conteúdo consistia em uma resenha dos assuntos nacionais e internacionais, com muitas fotográficas, textos literários e uma série de colunas com assuntos variados. (1928-1975 - Brasil)

marcas mais conhecidas em todo o mundo. (1953-até hoje - EUA) REAL SIMPLE (Realmente Simples): É talvez a maior história de sucesso dos últimos tempos no mercado de revistas. Suas matérias são relacionadas a cuidados com a casa, crianças, cozinha e bem-estar. Como o nome sugere, as ideias são básicas e simples. Se destaca de outras revistas pelo visual com grandes espaços em branco, limpo, organizado e simples. (2000-até hoje - EUA)

FIGURA 23 FLAIR

FLAIR (estilo): Representou uma inovação no design, esbanjava artifícios gráficos e uma variedade de tipos de papel. No inicio, o conteúdo incluía culinária, que foi substituída por humor, que depois foi eliminado. Não possuía um publico-alvo definido -”um publico interessado em arte, moda e viagens-. (1950-1951 - EUA) PLAYBOY: Além de mulheres nuas, a revista incluía ficção de primeira qualidade, artigos sobre restaurantes, vinhos e os prazeres da vida, com colaboradores de prestigio e entrevistas que ficaram famosas. É uma das

FIGURA 21 PLAYBOY

FIGURA 20 O CRUZEIRO

FIGURA 24 REAL SIMPLES

FIGURA 22 LA REVUE

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2.5 Revistas de vanguarda Umas das definições para a palavra vanguarda segundo o dicionário Aurélio,é movimento inovador (FERREIRA, 2011, p.702) e é nesse contexto de introdução de novidade que as revistas, Emigre, The Face, e Ray Gun, merecem destaque na história do design gráfico editorial. Surgiram entre meados da década de 1980 e início da década de 1990, marcando os primeiros passos do design contemporâneo. “A revista que ignora fronteiras” é com essa proposta estampada na capa da sua primeira edição que Rudi Vander Lans fundador da Emigre apresenta em 1984 a revista ao mundo. A Emigre não respeitava limites e tampouco possuía um projeto gráfico estável. A cada exemplar se apresentavam novos experimentos visuais, com colunas desalinhadas, textos justapostos e principalmente tipos novos. Mais tarde em 1987, Suzana Licko começa a trabalhar desenhando novos tipos para a Emigre. Teve sua última edição publicada em 2005 depois de 69 edições seguindo o mesmo conceito da edição de estréia em 1984. Também da década de 1980 a revista The

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Face falava de música e cultura em geral e tinha como diretor de arte o designer Neville Brody. A capa não seguia um padrão para a posição do logo que podia aparecer na horizontal em uma edição, ou rotacionado na horizontal em outra. A estética retro da revista deve-se ao fato de Neville ser influenciado pelos construtivistas russos e pelo dadaísmo. (MEGGS, 1997, 452-453). A revista norte-americana Ray Gun foi lançada em 1992. Seu foco era a rock music, e desde o início sua proposta era apresentar algo diferente ao seu público. O designer encarregado dessa tarefa foi David Carson. Com a liberdade de poder optar por um design de atitude, Carson explorou ao máximo a quebra de regras, onde em muitas vezes a legibilidade era considerada tarefa menor. Capas com tipos feitos a mão, fotos de má qualidade, sujeira e rabiscos como ornamentos, são somente alguns dos recursos que Carson se utilizava em suas experimentações. O interior assim como as capas também não obedecia a parâmetros que privilegiem a leitura. Na Ray Gun as palavras falam mais que o design. Mais do que ler as matérias suas matérias era necessário tradu-

zi-las. De acordo com Michel Maffesoli (1995), essa profusão de imagens faz com que ela seja consumida no seu instante, no aqui e agora. Serve de fator de agregação, permite perceber o mundo e não representá-lo.

FIGURA 25 REVISTA VANGUARDA

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Revista MTV

Revista Billboard

Revista Rolling Stone Brasil

Revista Lounge

A Revista MTV foi criada em 15 de março de 2001. Seu principal público são jovens de ambos os sexos da classe média e alta brasileira, com idade entre 15 e 24 anos. Distribuída mensalmente, a revista englobava temas como música, diversão comportamento, compras, religião e malhação. Com um visual atraente e design moderno, a publicação chamou a atenção da crítica especializada que a considerou, na época do seu lançamento, uma revista de música diferenciada e com um projeto inovador.

Billboard é uma revista semanal norteamericana especializada em informações sobre a indústria musical. Conhecida também como The Music Bible (“A bíblia da música”) foi fundada em 1894, tendo como foco inicial o mercado publicitário, mas passou a tratar apenas de música a partir desde anos de 1950. E faz parte da Prometheus Global Media.

Rolling Stone Brasil é uma revista publicada no Brasil desde outubro de 2006 pela editora Spring. É uma das diversas versões internacionais da Rolling Stone, publicada nos Estados Unidos desde 1967. Esta é a segunda versão publicada no Brasil; em 1972 a revista havia sido editada de forma independente, sendo considerada uma versão não autorizada da Rolling Stone. Com um público mais sério, a revista possui um conteúdo mais voltado para politica e questões mundiais.

A revista lounge* é uma publicação especial voltada para comportamento, cultura e estilo de vida, que desde 2003 encontra-se no mercado. Desde sua concepção a preocupação de toda a equipe é produzir uma publicação de alta qualidade tanto editorial quanto impressa, com conteúdos e matérias inovadoras com uma grande variedade de assuntos que atendam a necessidade e curiosidade de nossos leitores cada dia mais exigentes. Tudo o que é diferente a sua maneira, único, excepcional faz parte da lounge* e é o que sempre procuramos difundir para nossos leitores.

FIGURA 26 MTV

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FIGURA 27 BILLBOARD FIGURA 28 ROLLING STONE

FIGURA 29 LOUNGE

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2.6 Segmentos de revistas È possível dividir segmentos de revista. De acordo com a jornalista Fátima ALI são divididas em: • • • • • • •

Revistas de Consumo Revistas Segmentada por interesses Revistas segmentadas por público Revistas Profissionais Revistas Sob Medida e Customizada Revistas Institucionais Zines.

FIGURA 30 CAPAS DE REVISTAS , montagem criada por Pâmela Paulino

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2.7 TIPOGRAFIA

FIGURA 31 WORK + PLAY

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Desde muito tempo atrás, a humanidade vem aperfeiçoando o método de comunicação, antes com pictogramas e com o passar do tempo, estes pictogramas foram traduzidos por pequenos símbolos, que juntos formam um palavra, uma frase, um parágrafo e assim por diante. Com isso temos um leque enorme de tipografia, mas não são todas que nos ajudam em textos corridos ou em títulos. Para transmitir alguma informação deve-se trabalhar com fontes que priorizem a legibilidade deve ser levada em conta a forma da tipografia, o espaçamento entrelinhas, o kerning (espaçamento entre caracteres) e o tamanho que a fonte deve ser utilizada para atender a necessidade do usuário. Á seguir será apresentado exemplos de quais fontes seriam ideais para serem usadas em revistas, tanto em textos corridos, chamadas ou títulos, visando sempre a melhor e mais clara forma de comunicação.

Lapidárias É uma das fontes mais conhecidas e usadas por todos na digitação de textos. Os desenhos da fonte não possuem serifa e é uni-

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forme, que tornam esta família a mais legível de todas, sendo indicada no uso dos textos publicitários e de embalagens. Não são recomendados para textos longos.

Egípcias Essa fonte tem em seu formato e principalmente graças ao formato das hastes consegue transmitir uma dose de vitalidade, principalmente em títulos; porém, graças as serifas de formato retangular, não é indicado o uso em textos longos por torná-los pesados demais.

Romanas Antigas Graças ao desenho simples, leve e sofisticado das serifas, que são finas e modernas, essa fonte traz um descanso visual ao leitor, São muito usadas na área editorial para grandes volumes de textos, com o maior grau de legibilidade de todas as famílias.

Cursivas São todas as fontes coma semelhança de

escrita, ou seja, que foi escrita a mão livre. Por possuírem baixa legibilidade, não é recomendado o uso em textos longos.

Decorativas ou fantasia

Usadas apenas por estática, não deve ser usada em textos longos, em títulos poderá ser utilizada, mas com uma boa análise de legibilidade.

2.7.1Tipografia em revistas A tipografia à ser utilizada em revista, terá de ter relação com o tema da revista e seu público. Por exemplo, a Revista Veja, usa a fonte “Times New Roman” do estilo romana antiga, pois se trata de um público mais formal, e conteúdo mais jornalístico. Já a revista “Superinteressante”, por abranger um público mais diversificado, utiliza diversas fontes, que estão de acordo com o que está sendo dito, assim como a revista “Mundo Estranho”. Revistas como “TRIP”, “Tribo Skate”, entre outras, também seguem este formato de utilizar diversas fontes.

FIGURA 32 TIPOGRAFIA

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2.8 GRID

FIGURA 33 TRENDY FUN & VERSATILE

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Grid é a junção de todos os elementos visuais que são as margens, guia horizontal, colunas, módulos, zonas espaciais e marcadores.Com a utilização do grid, existem muitas vantagens, como clareza e eficiência na transmissão de informação. Margens: são os espaços que sobram entre o limite da folha e o espaço da diagramação ou o espaço entre duas colunas e guias. Essa área é usada para colocar informações secundárias ou para área de descanso para os olhos. Guia Horizontal: são faixas horizontais, que ajudam no alinhamento do texto e imagens. Colunas: são os alinhamentos verticais, que se cruzam com as guias horizontais, que criam divisões horizontais entre as margens.

Zonas Espaciais: é um grupo de módulos, que formam campos separados. Cada campo pode receber um tipo específico de informação. Marcadores: Encontrados na parte externa, na margem, são os indicadores para textos secundários ou informações constantes, como cabeçalho, rodapé ou um elemento que ocupe sempre o mesmo lugar na página, como por exemplo, o nome do livro ou a página do mesmo. O modo como uma página é composta graficamente deve estar em sincronia com diversos fatores editoriais como: • Ordem de leitura; • Facilidade de percepção; • Rapidez na transmissão da informação; • Facilidade na localização de assuntos.

Módulos: são unidades individuais, como se fossem quadrados formados pela junção da coluna com a guia horizontal, e são separadas em espaços de tamanhos iguais, que repetidas por toda a página, criam colunas e linhas. FIGURA 34 THE GRID SYSTEM http://www.webdesignstuff.co.uk/di101/files/2012/01/picture-4.png

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3. Revistas comerciais com o tema música

FIGURA 35 QUEST FOR THE STUDENT

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Nesse capitulo analisaremos sobre o aspecto do design gráfico as principais revistas publicadas no Brasil que tem a música como tema central. São elas, a revista MTV, Rolling Stone, e Lounge.

Revista MTV

Revista Rolling Stone A versão brasileira da clássica revista norte-americana de cultura pop segue o mesmo padrão de design da versão original.

A proposta gráfica da revista MTV, dentre as analisadas é a que possui um projeto gráfico mais inovador e desprendido de regras estabelecidas pelo mercado editorial. Este posicionamento visual pode ser notado diretamente em suas capas que ao longo de 7 anos de existência o único elemento que se repetia era o logo.

TABELA 2, criada por Mônica Regina Vello

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TABELA 1, criada por Mônica Regina Vello

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Revista Lounge

Revista Billboard

A revista longe é uma publicação brasileira bimestral de música com foco na cena noturna. Procura passar uma imagem elegante alinhada com o público destes eventos.

A revista Billboard é a mais conhecida até hoje, por possuir uma lista das melhores músicas desde sua criação, além de estar sempre de acordo com as tendências musicais e trazendo essas informações para o público

TABELA 3, criada por Mônica Regina Vello

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TABELA 4, criada por Mônica Regina Vello

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3.1 PESQUISA DE MACRO E MICRO AMBIENTES

FIGURA 36 RAVE

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Pesquisa de Campo Que estilo?

Eletrônica 10% Musica Clássica 11% MPB 13% Outros 18% Pop 20% Rock 46%

Porcentagem por genero:

Mulheres 61 % Homens 39 % Costuma frequentar lugares que tocam música? Gosta de Música?

Sim 99 %

Sim 73% Não 27%

Não 1 %

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Com um preço acessível, compraria uma revista com que frequencia?

Tem o hábito de comprar revistas?

Sim 23% Não 77%

Anualmente 0% Diariamente 6% Esporadicamente 13% Mensalmente 25% Semanalmente 56%

O que te leva a comprar uma revista? Compra ou compraria revista de música?

Tendência 6% Preço 13% Sim 47% Não53%

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Conteúdo 81%

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A pesquisa de campo procede à observação de fatos e fenômenos exatamente como ocorrem no real, à coleta de dados referentes aos mesmos e, finalmente, à análise e interpretação desses dados, com base numa fundamentação teórica consistente, objetivando compreender e explicar o problema pesquisado. Como qualquer outro tipo de pesquisa, a de campo parte do levantamento bibliográfico, exige também a determinação das técnicas de coleta de dados mais apropriadas à natureza do tema e, ainda, a definição das técnicas que serão empregadas para o registro e análise. Dependendo das técnicas de coleta, análise e interpretação dos dados, a pesquisa de campo poderá ser classificada como de abordagem predominantemente quantitativa ou qualitativa. Numa pesquisa em que a abordagem é basicamente quantitativa, o pesquisador se limita à descrição factual deste ou daquele evento, ignorando a complexidade da realidade social.

Ao ser realizada a pesquisa, via internet com pessoas e pessoalmente em pontos de venda, os resultados mostraram que a música é uma parte essencial da vida de uma pessoa, sendo que está além de marcar algum evento importante ou especial, também transmite sensações agradáveis ou não para o usuário. Os resultados também mostram que revistas, sejam elas virtuais ou reais, são considerados importantes, uma vez que nela há informação necessária para o público, como por exemplo divulgação de locais que vendem música (shows, baladas). Para a venda da Revista SP, de acordo com a pesquisa realizada, ficou claro que bancas de jornais e livrarias são as formas mais convencionais, sendo estas as formas escolhidas para venda.

FIGURA 37 ALVO

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Macro Ambiente: O macro ambiente consiste em forças sociais maiores que afetam todo o microambiente : forças demográficas, econômicas, naturais, tecnológicas, políticas e culturais.

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O público-alvo da revista se trata de pessoas que gostem de sair de casa para ouvir musica, que goste de sair da rotina para se divertir. São pessoas que tem condição financeira para gastar saindo de casa, são pessoas que estão sempre procurando novidades na cidade, que sempre esta por dentro de qualquer assunto. È um público dinâmico, que não tem um estilo especifico, mas têm algumas características em comum, como as citadas anteriormente.

FIGURA 38 PAINEL DO PÚBLICO, criado por Pâmela Paulino

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Economia e Crédito: Ao vender por assinatura, podemos verificar a disponibilidade de oferecer descontos e melhores formas de pagamento, ou também na hora de cobrar o cliente. Assim ele se sente confortável e não irá perder o interesse pela revista. Natural: A principal matéria prima a ser utilizada neste projeto é o papel, levando em consideração a possível escassez do material e também os avanços tecnológicos, visamos a implantação de uma possível distribuição online desta revista, através do tumbler criado para a divulgação da revista

Micro Ambiente O Ambiente interno e suas variáveis controláveis. O sucesso de qualquer negócio não está somente em saber avaliar as oportunidades atraentes do mercado, mas sim, o quanto estamos capacitados a explorar essas oportunidades, imediatamente, a médio ou longo prazo e, acima de tudo, o quanto são realmente factíveis. Concorrentes: Nossos concorrentes são MTV, Rolling Stones Brasil e Lounge.

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Distribuição: Venda em bancas de jornal, livrarias, galerias de música, além de assinaturas mensais, via internet. Fornecedores: Os fornecedores são um elo importante no sistema geral de entrega de valor da empresa ao consumidor. Eles provêm os recursos necessários para a empresa produzir seus bens e serviços, e podem afetar seriamente o marketing.

Forças

Fraquezas

Ameaças

Revista musical e guia cultural.

Revista nova no mercado.

Mercado de revistas perdendo espaço para outras midias.

Oportunidades Sem concorrentes diretos.

Vendida também em locais ligados à música (lojas de cd, galerias). Formato compacto.

Marketing Organização Liderança visionária; Funcionários dedicados; Orientação empreendedora; Flexibilidade ou boa capacidade de resposta; As relações de trabalho interdepartamentais.

FIGURA 39 ANALISE SWOT, criado por Daniel Hernane Silva

Proposta de Valor O diferencial da revista proposta é de relacionar a música como atividade, mostrar uma visão moderna da música.

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4. DEFESA DE CRIAÇÃO

FIGURA 40 MESA DIGITALIZADORA

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METODOLOGIA DO PROJETO Este projeto adota a metodologia descrita por Bruno Munari no livro Das coisas nascem coisas, Munari explica que o problema dever analisado e separado profundamente antes de o designer tentar buscar uma solução mágica, segundo ele, deve-se separar o problema e seus subcomponentes em problemas menores mais simples de serem solucionados.

Metodologia do projeto

Abaixo a representação das etapas da metodologia de Munari: P – problema è DP – definição do problema è CP – componentes do problema è CD – coleta de dados è AD – analise de dados è C – conceituação è MT – materiais e tecnologia è E – experimentação è M – modelo è V – Verificação è DC – desenho de construção è S – solução.

Definição do problema Coleta de dados

Problema Componentes do problema Ferramentas projetuais:

Pesquisa bibliografica Pesquisa de campo Mood board’s Briefing

Análise de dados

Conceituação

Materiais e modelo

Painéis semânticos

Brainstorming

Boneco

Mapa mental

Roughs

Prototipos

Verificação

Diagrama de afinidades

Desenho de construção

Solução

Diagramação

Sketch’s

FIGURA 41 METODOLOGIA DO PROJETO, criado por Daniel Hernane Silva

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4.1 MAPA MENTAL Foi realizado um mapa mental da revista, onde através dele fora filtradas palavras chave que definem o conceito da revista. Estas palavras são: • Movimento • Conteúdo • Dinâmico

FIGURA 42 MAPA MENTAL, criado por Mônica, Pâmela, Daniel

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4.2 Painéis Semânticos Os seguintes painéis semânticos foram desenvolvidos a partir de um mapa mental de palavras que definem o conceito da revista. Após os conceitos da revista serem selecionados, fora elaborado um painel semântico para cada um deles, na intenção de reproduzir a palavra em imagem. O conceito de movimento na revista referese a ação de um corpo deslocar-se. Está ligado a música, a dança e os movimentos que ela faz.

O conceito de conteúdo na revista refere-se ao teor de informação. Os assuntos abordados e pré-definidos de acordo com o publico alvo. O conceito de dinâmico na revista refere-se a quantidade de informação que terá entre estilos musicais e matérias de assuntos variados.

Dinâmico

FIGURA 43 CUBO PAINEL SEMÂNTICO, criado por Pâmela Paulino

78 FIGURA 44 PAINEL SEMÂNTICO DINÂMICO, criado por Pâmela, Mônica, Daniel


Movimento

Conteúdo

FIGURA 45 PAINEL SEMÂNTICO MOVIMENTO, criado por Pâmela, Mônica, Daniel

FIGURA 46 PAINEL SEMÂNTICO CONTEÚDO, criado por Pâmela, Mônica, Daniel


ROUGH LOGO

O logotipo da revista SP foi criado para representar a música que acontece pela cidade, é composto por uma barra equalizadora que remete aos edifícios da cidade. O símbolo gráfico do equalizador será apresentado com variações em seu desenho, sugerindo o movimento musical pela cidade. O logotipo da revista SP foi criado para representar a musica que acontece pela cidade, é composto por uma barra equalizadora que remete aos edifícios da cidade.

4.3 LOGO Os estudos feitos para elaboração do logo foi com base em uma idéia de que não fique preso a cores padrão, o logo da Revista SP será representado por diversas cores e texturas.

FIGURA 48 LOGO FIGURA 47 ROUGH

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Tamanhos e Cores

Seguindo o conceito de cambialiadade do logotipo, em cada edição ele poderá ser apresentado em uma cor diferente. Seguindo o conceito de cambialidade do logotipo, em cada edição ele poderá ser apresentado em uma cor diferente.

Respeitar a área de interferência do logo que é igual a duas vezes a largura das barras verticais. Para preservar a legibilidade não reduzir o logo a uma altura inferior a 1,5 cm.

FIGURA 49 MEDIDAS DO LOGO

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FIGURA 50 CORES DO LOGO

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4.4 CAMPANHA

FIGURA 51 CAMPANHA

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Para realizar a divulgação da revista em diferentes lugares, fora criado diversas peças entre eles: cartazes, folders, intervenções urbanas, mídia kit, entre outros. Cada um de acordo com um estilo musical que é abordado na revista. A exposição dessas peças acontecerão em locais estratégicos para fazer com que nosso publico consuma a revista.

FIGURA 53 CARTAZ 2

FIGURA 54 CARTAZ3

FIGURA 52 CARTAZ, criado por Daniel Hernane Silva

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4.5 Mobiliario Urbano

Mobiliário Urbano são objetos e equipamentos instalados em ruas e estradas para propósito de uso dos cidadãos ou para suporte de divulgação de serviços de empresas. Alguns exemplos destes objetos são: Cabines de segurança, ponto de ônibus, relógios, e etc.

FIGURA 55 MOBILIARIO URBANO, criado por Pâmela Paulino

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Redes sociais: A divulgação por meio de redes sociais, como por exemplo o facebook ou o Instagram, ajudam a revista SP pelo simples motivo de atrair mais consumidores, fazendo com que além de ser divulgada gratuitamente, também traga resultados rápidos de pesquisas ou reconhecimento do produto. O Facebook é, de longe, a rede de relacionamento mais popular da atualidade e isso se deve principalmente à sua versatilidade. Através da rede, os usuários podem compartilhar suas preferências, vídeos, fotos, gostos, assuntos de seus interesses, conversar através de vídeo chat e muito mais. As opções de curtir e compartilhar que a ferramenta disponibiliza quando um usuário gosta de determinada postagem de amigo ou conhecido ele tem a opção de clicar no “botão curtir” com o objetivo de acenar ao amigo que gostou do que foi postado, ou então clicar em “compartilhar” que fará com que o conteúdo do amigo seja copiado para seu próprio perfil, fazendo assim com que to-

dos os amigos vejam também tal postagem, o que acaba gerando um fantástico efeito viral. E isso ajudaria a divulgação da revista. Instagram é outra rede que têm se destacado na atualidade, a ideia da rede é permitir que usuários de celulares e outros dispositivos móveis possam registrar, através de seus aparelhos, os momentos únicos da vida e o que mais desejar em forma de foto, e através das ferramentas do aplicativo possa modificar e dar vida à essas imagens compartilhando em tempo real com amigos cada momento da sua vida em imagens.

FIGURA 56 MIDIAS SOCIAIS

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CONSIDERAÇÕES Após diversas pesquisas para a realização do trabalho, ficou evidente que a revista, sendo impressa ou digital, é sempre bemvinda pelo público. O tema música pode ser abordado de diversas maneiras e sempre é aceito de maneira positiva, independente do local. Existe uma lacuna no mercado em relação a divulgação de locais que a música é o produto e, na intenção de preencher essa lacuna, a Revista SP fora criada. Uma revista que serve também como um guia musical na região Metropolitana da cidade de São Paulo. Os resultados das pesquisas também mostram que criar uma revista para um perfil único de publico pode trazer uma rejeição maior, por isso o foco da Revista SP é atingir consumidores de música, independente do seu estilo musical, seja ele rock, funk, música clássica ou eletrônica. O publico alvo é diversificado, logo a revista também possui essa característica, tanto em seu conteúdo como na forma

em que o conteúdo é apresentado. Não há razões para deixar um estilo prevalecer sendo que a intenção é completamente o oposto. Dançar, ouvir música, se divertir e curtir. Essas são algumas das palavras que melhor podem descrever a Revista SP. Não importa o lugar. Não importa o estilo. Na Revista SP há de tudo.

FIGURA 57 CONsiderações

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Bibliografia

FIGURA 58 BIBLIOGRAFIA

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LIVROS ALI, Fátima. A Arte de editar revistas. Companhia editora nacional. 2009. POYNOR, Rick. Abaixo as regras design gráfico e pós-modernismo. Bookman. 2010. KOOP, Rudinei. Design gráfico cambiante. Edunisc. 2004. HODIK, Bárbara e Roger Remington. Nove pioneiros em design gráfico americano. The MIT Press. 1989. HELLER, Steven. Linguagens do Design. 2004. KROEGER, Michael. Conversas com Paul Rand. 2010.

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HARPER, Laurel. Radical Graphics. 1999. FEITLER, Bruno. O Design de Bea Feitler. 2012.

HEITLINGER, Paulo. Tipografos.net. Disponível em: <http://tipografos.net/designers/ brody.html>.Acesso em: 10 de Fevereiro de 2013

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HEITLINGER, Paulo. Tipografos.net. Disponível em: <http://tipografos.net/designers/ carson.html>.Acesso em: 10 de Fevereiro de 2013

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SAMARA, Timothy. Guia de Design Editorial. 2005. SAMARA, Timothy. Guia de Princípios Básicos do Design. 2008.

SITES HEITLINGER, Paulo. Tipografos.net. Disponível em: <http://tipografos.net/magazines/brodovitch.html>.Acesso em: 10 de Fevereiro de 2013 HEITLINGER, Paulo. Tipografos.net. Disponível em: <http://tipografos.net/designers/ rand.htm>.Acesso em: 10 de Fevereiro de 2013

Marketdesign. disponível em: <http://www. marketdesign.com.br/o-que-e-design.php>. Acesso em: 10 de Fevereiro de 2013 Ultradownloads. Disponível em: <http:// download.ultradownloads.com.br/ wallpaper/117060_Papel-de-ParedeRoqueiro_1024x768.jpg>.Acesso em: 10 de Outubro de 2013 Uol. Disponível em: <http://mulher.uol.com. br/moda/album/2013/09/21/leilao-em-londres-reune-retratos-famosos-da-top-katemoss.htm#fotoNav=5>.Acesso em: 10 de Outubro de 2013

Guia da Semana. Disponível em:<http:// www.guiadasemana.com.br/system/pictures/2012/12/62798/cropped/mocidadealegre.jpg>.Acesso em: 10 de Outubro de 2013 Kofan. Disponível em: <http://www.kofan. com/pt/files/2013/08/jewerly-kpop-hq-kpop. jpg>.Acesso em: 10 de Outubro de 2013 Static. Disponível em: <http://static.tumblr. com/8128e81d8ce62ff9e23019c1393bcf76/ otc039e/v3Kmpldqu/tumblr_static_cowboy1. jpg>.Acesso em: 10 de Outubro de 2013

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Skycrapercity. Disponível em: <http:// www.skyscrapercity.com/showthread. php?t=1001255>.Acesso em: 10 de Outubro de 2013

ID 7. Disponível em: <http://id7.com.br/estudio-de-design/>.Acesso em: 10 de Outubro de 2013

Blogs sapo. Disponível em: <http://evoraviva. blogs.sapo.pt/145658.html>.Acesso em: 10 de Outubro de 2013 Desbaratinando. Disponível em: <http:// www.desbaratinando.com/2012/09/cabelodagua.html>.Acesso em: 10 de Outubro de 2013

ID 7. Disponível em: <http://id7.com.br/a-funcao-de-um-estudio-de-design/>.Acesso em: 10 de Outubro de 2013

Criatives. Disponível em: <http://www.criatives.com.br/wp-content/uploads/2013/09/ water-wigs_Tim-Tadder-FullyM1-zupi.jpg>. Acesso em: 10 de Outubro de 2013 Criatives. Disponível em: <http://www.criatives.com.br/2013/09/a-arte-em-grades-dezebrating/>.Acesso em: 10 de Outubro de 2013

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Fef Ufg. Disponível em: <http://www.fef.ufg. br/pages/40406>.Acesso em: 10 de Outubro de 2013

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APÊNDICE

ano 1 número 1

1 a música que acontece na metrópole.

ELES VOLTARAM!!!

red hot chili peppers voltam a tocar em sampa após 2 anos

TECNOLOGIA

Os melhores aparelhos blu-ray

PLANETA TERRA Tudo o que rolou no festival

$13,50

guia com shows pela cidade

revista sp n 1

revista sp n 1

$13,50

UMA RUA QUE NUNCA DORME A agitação musical do baixo augusta 2 Home do site da revista SP criado por: Pâmela Paulino, Daniel Hernane e Mônica Vello. Exemplos de capas da revista SP, criadas por: Daniel Hernane, Mônica Vello e Pâmela Paulino


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