516/05/2016 Não Me Kahlo

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Não Me Kahlo Arte e Cultura para mulheres que lutam e não se calam!

O grafite é uma forma de arte que vem crescendo no mundo. As intervenções urbanas ganham destaque midiático, e seus artistas renome, fama e prestígio. Como infelizmente nosso contexto social é patriarcal, o destaque vai para os homens, e a cultura do grafite é considerada predominantemente masculina. No entanto, algumas mulheres ,corajosamente, estão penetrando esse universo.


(Nina Pandolfo) O termo corajosamente não é usado em vão: entrar nesse meio é duplamente transgressor. Primeiramente porque grafitar é uma forma de arte que já questiona as barreiras entre público e privado , e se propõe a romper a relação de posse autoritária do espaço publico que a ordem vigente estabelece. Isso é naturalmente mais arraigado para as mulheres, que por tantos séculos são culturalmente confinadas ao espaço privado. E em segundo lugar, uma mulher no grafite está rompendo também barreiras de gênero, existentes em quase todas as formas de arte. A professora Margarida Morena escreveu um artigo sobre o assunto, na qual diz: “Porém a execução do grafite é uma tarefa que requer tempo, ou seja,


exposição no ambiente, esforço físico, já que muitos são executados em locais de difícil acesso, e risco. Os desenhos são feitos em locais perigosos e não autorizados e corre­se o risco de confronto com a polícia. Mesmo com essa aparente impossibilidade da participação feminina, através da dicotomia construída socialmente em relação às atividades masculinas e femininas, as mulheres vêm disputando esse espaço.”

(Mag Magrela)


No entanto, Nina Pandolfo, Panmela Castro e Mag Magrela são grafiteiras que ganham cada vez mais destaque. O trabalho delas é bastante sensível no que tange as diversas nuances e sutilezas que regem o considerado universo feminino. Quando questionada durante uma entrevista sobre já ter sofrido preconceito no grafite, Nina respondeu: “Já (sofri) sim, mas acho que todas as mulheres sofrem em todas as áreas que alguns julgam ser para homens. Mas isto nunca me afetou. Quando se gosta do que faz, não existem palavras que me desmotivem.”



(Panmela Castro) Leia mais: http://www.correiobraziliense.com.br/app/noticia/diversao­e­ arte/2014/09/01/interna_diversao_arte,444985/grafite­de­mulheres­mostram­a­ alma­feminina­em­diversas­nuances.shtml http://www.cult.ufba.br/enecult2009/19477.pdf http://www.panmelacastro.com/ MAY. 16 2015

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