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VIAJOLOGIA

Boulevard Olímpico da Rio 2016 traz novas cores ao velho cais do porto Entre museus contemporâneos e murais multicoloridos, público invade Porto Maravilha durante Jogos Olímpicos HAROLDO CASTRO (TEXTO E FOTOS) | DO RIO DE JANEIRO 16/08/2016 - 15h26 - Atualizado 16/08/2016 15h26 Compartilhar

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Turistas e cariocas trouxeram brilho e alegria às areias da praia de Copacabana. Mas nada disso é novo para a Princesinha do Mar, um dos pontos de encontro mais óbvios do Rio de Janeiro. A grandíssima novidade na cidade foi mesmo a abertura do Boulevard Olímpico, uma região revitalizada no centro. RECOMENDADO PARA VOCÊ AARTGRAF.COM.BR

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Neste fim de semana, visitei o bairro para ver a Pira Olímpica e fiquei encantado. Não esperava tanto. Confesso que quando a Prefeitura do Rio informou, há alguns anos, que o Elevado da Perimetral seria destruído, não gostei da ideia. Hoje, retiro qualquer crítica: a região do Boulevard Olímpico, da Praça Quinze até o Cais do Porto, ficou um luxo! Difícil definir qual espaço é o mais sensacional, começando pelo fato que dois museus se tornaram o coração do Boulevard. Mas o mural “Somos Todos Um” é, sem dúvida, o lugar mais colorido de todos. Para dar vida à um paredão esquecido na avenida Rodrigues Alves, o grafiteiro paulistano Carlos Eduardo Fernandes Leo, conhecido como Kobra, foi convidado a usar muita criatividade e muita tinta.

Mural Etnias no Boulevard Olímpico é considerado como o maior do mundo (Foto: © Haroldo Castro/Época)

Kobra tem fama internacional e seus retângulos e triângulos preenchem paredes e muros em diversos países. Já retratou de Bob Dylan a Ayrton Senna e de Oscar Niemeyer a Abraham Lincoln. Mas a encomenda do Comitê Olímpico foi um desafio e tanto: pintar uma imensa parede de 180 metros de comprimento e 17 metros de altura. Inspirado no ideal olímpico da paz mundial, Kobra escolheu desenhar os rostos de cinco etnias nativas, número dos anéis das Olimpíadas e de continentes. Tendo viajado por tantos lugares longínquos, logo que chego resolvo quebrar a cabeça para tentar identificar os povos escolhidos por Kobra. O primeiro não é difícil: os adereços e argolas sobre a cabeça e ao lado das orelhas só pode ser dos Mursi, uma das tribos do vale do rio Omo, no sul da Etiópia, que visitei em 2015. O segundo painel, de uma mulher com argolas douradas no pescoço, também se Época a partir de R$Karen 19,90 de porMianmar mês revela: são as chamadasAssine mulheres-girafas da etnia e da Tailândia. Elas colocam argolas desde criança para que seus pescoços fiquem


Tailândia. Elas colocam argolas desde criança para que seus pescoços fiquem bem decorados e, aparentemente, mais longos.

Início do mural com nativo africano Mursi da Etiópia e, ao fundo, mulher Karen asiática (Foto: © Haroldo Castro/Época)

A terceira figura, a do centro, é de um nativo brasileiro. Fico em dúvida se é um Kayapó ou um Tapajó, pois ambos usam cocares de penas da arara-azul, a principal característica da pintura de Kobra. Continuo andando. Depois dos representantes da África, da Ásia e das Américas, a quarta pintura é a de algum povo do norte da Europa, dentro do Círculo Ártico. Como só conheço os habitantes da Lapônia que se vestem de vermelho – cor ausente no mural – entrego o ponto. Finalmente, para fechar o planeta, um representante da Oceania como quinta figura. O rosto é extremamente familiar: barba cerrada, pintura vermelha ao redor dos olhos e amarela em grande parte da face. Os únicos que se pintam dessa maneira para seus festivais de danças, os sing-sing, são os Huli, uma tribo das montanhas de Papua-Nova Guiné.


Vista noturna de um homem Huli de Papua-Nova Guiné, com suas pinturas faciais típicas em amarelo e vermelho (Foto: © Haroldo Castro/Época)

Kobra e sua equipe usaram 3 mil latas de spray e mais de 2.500 litros de tinta. Mas o que mais impressiona é a área pintada: cerca de 3 mil metros quadrados. Como, até agora, o maior mural do mundo pintado em Buenos Aires tem 2 mil metros quadrados, a obra de Kobra logo estará no Livro de Recordes Guiness. Com tantos paredões cinzas e sujos na região do Cais do Porto, muitas outras obras serão criadas para adicionar cor ao bairro que está sendo revigorado. Já existem ao menos seis outros murais que transformam a região dos armazéns em um museu de grafiteiros a céu aberto. Um trabalho tão colorido e refinado como o do Kobra é o mural de Panmela Castro, uma artista carioca. A ativista feminista criou um belíssimo painel celebrando a vitória da deusa grega Nice (ou Nike).


O rosto de Nice, deusa da Vitória na mitologia grega, obra de Panmela Castro (Foto: © Haroldo Castro/Época)

O novo Boulevard Olímpico tem tantos chamativos que estes não cabem dentro de apenas uma crônica escrita. Os dois museus situados na Praça Mauá são os núcleos dessa efervescência cultural. De um lado dos trilhos do novo VLT está o Museu de Arte do Rio, o MAR. Inaugurado em março de 2013, foi a âncora do movimento revitalizador do bairro.


O sol se põe atrás do Museu de Arte do Rio, com ênfase nos visitantes que estão no último andar (Foto: © Haroldo Castro/Época)

Entre os dois museus, uma criança brinca na letra A da marca

Cidade Olímpica

(Foto: © Haroldo

Castro/Época)

Do outro lado da praça, o Museu do Amanhã – dedicado a explorar, pensar e


Do outro lado da praça, o Museu do Amanhã – dedicado a explorar, pensar e projetar o futuro – vem recebendo uma enxurrada de visitantes desde a abertura das portas. O que mais impressiona é seu desenho arquitetônico, algo parecido com uma baleia ou um esqueleto de dinossauro, talvez mais pelo tamanho do que pelo desenho. O convite a entender melhor a sustentabilidade do planeta começa pelo seu exterior. Mais de 5 mil painéis solares, em forma de espinhas, seguem o movimento do sol. Um dos espaços mais fotogênicos do Museu do Amanhã é o espelho d’água em frente à Baía de Guanabara. Do centro da “piscina”, brota uma estrela de 20 pontas e seis metros de diâmetro, criada pelo escultor norte-americano Frank Stella. A figura pontiaguda e prateada é alvo de dezenas de selfies por minuto!

Entardecer na entrada do Museu do Amanhã (Foto: © Haroldo Castro/Época)


Pôr-do-sol atrás da escultura Pu

ed Star II (Estrela Inchada), no espelho de água do Museu do

Amanhã (Foto: © Haroldo Castro/Época)

Minha maratona pelo Boulevard finalmente termina em frente à Igreja da Candelária, onde arde a Pira Olímpica, dia e noite. Desde a abertura, os organizadores se orgulham do fato que as Olimpíadas Rio 2016 possuem dois fogos queimando, um no Maracanã – o inicial – e outro na Candelária, na pira do povo. Ponto final – ou inicial – do Boulevard, a Pira é outro dos pontos preferidos para selfies no Rio.


Na escultura do artista norte-americano Anthony Howe, um cata-vento se movimenta e re

ete a

luz da chama da Pira Olímpica (Foto: © Haroldo Castro/Época)

TAGS: VIAJOLOGIA OLIMPÍADA RIO DE JANEIRO

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