19/08/2016 Sopa Cultural

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O Corpo da Mulher Como Campo de Batalha, com Ester Jablonski e Fernanda Nobre encerra a temporada com debates após as apresentações Espetáculo do romeno Matéi Visniec é dirigido por Fernando Philbert e retrata a violência contra a mulher nas guerras e no dia a dia Por Redação - 19 de agosto de 2016

O Corpo (foto: Nil Caniné)

O Corpo da Mulher como Campo de Batalha, de Matéi Visniec, com Ester Jablonski e Fernanda Nobre encerra sua temporada dia 28, no Teatro Poeira. A direção é de Fernando Philbert. A história fala menos de uma única guerra. Ela fala de um crime contra a humanidade. A violência, o estupro contra a mulher é uma estatística que só cresce, nunca zera. O Corpo da Mulher como Campo de Batalha conta a história de uma moça que foi violentada por vários homens na guerra, perdeu tudo, não tem mais nada além de si mesma, e de uma americana que vai para tentar ajudar, mas não consegue resolver as suas próprias questões. Mas ambas encontram um jeito de continuar vivendo. Porque elas têm que continuar vivendo. Portanto, mais que uma história que discute a violência e o aborto, o espetáculo fala de superação.


Através de Kate (Ester Jablonski), uma psicoterapeuta americana que trabalha como voluntária, e Dorra (Fernanda Nobre), uma refugiada bósnia vítima de estupro, Visniec deflagra um grito sobre a condição da mulher durante a guerra, quando o estupro era a tática mais utilizada para humilhar e derrotar o inimigo de ambos os lados. A dramaturgia de Matéi Visniec, aliada à direção de Fernando Philbert, tem a potência de traduzir o ser humano ao trazer para a cena a questão da violência contra a mulher sem derrotismo, mas sob o ponto de vista da luta e resistência em todas as guerras, até mesmo as do dia a dia. E neste último fim de semana, as atrizes Ester Jablonski e Fernanda Nobre vão receber escritoras, grafiteiras, artistas, psicanalistas, ativistas e professoras para discutir sobre o direito e o papel da mulher na sociedade. Os debates acontecerão após as apresentações que acontecem de quinta a sábado, às 21h e domingo, às 19h. Programação: Dia 25/8, 5a feira: Silvia Alexim Nunes – psicanalista, integrante do Espaço Brasileiro de Estudos Psicanalíticos e pesquisadora do grupo Epos. Fez doutorado em saúde coletiva pelo Instituto de Medicina Social da UERJ. Pesquisadora do grupo Epos, genealogias, subjetivações e violências. Autora de O corpo do diabo entre a cruz e a caldeirinha: um estudo sobre a mulher, o masoquismo e a feminilidade. Fernanda Costa Moura – psicanalista, membro do Tempo Freudiano, professora do Programa de Teoria Psicanalítica da UFRJ. Tatiana Salem Levy – escritora, vencedora do Prêmio São Paulo de 2008 na categoria Melhor Livro de Autor Estreante. Também foi finalista do Prêmio Jabuti e do Zaffari&Bourbon. Foi publicada também na França, Itália, Espanha, Romênia, Turquia, Austrália. Sua obra estará também em breve no Reino Unido e na Croácia. Seu mais recente romance, “Paraíso”, foi publicado no Brasil no final de 2014, pela editora Foz. No romance a personagem principal é vítima de estupro. Dia 26/8, 6a feira: Panmela Castro – artista plástica e grafiteira. Seu trabalho de arte aborda questões sobre o corpo feminino em diálogo com a paisagem urbana. Ela faz parte da Rede NAMI que se propõe a fazer um trabalho artístico de combate à violência de gênero. Um de seus painéis pode ser visto atualmente no Boulevard Olímpico.


Clarisse Fukelman – doutora em Literatura Brasileira, professora no Departamento de Comunicação Social da PUC­Rio e curadora de exposições e projetos culturais. Dia 28/8, domingo: Ana Arruda Callado – escritora, autora de diversos livros sobre personalidades femininas. Foi casada com o escritor Antonio Callado Schuma Schumaher – Coordenadora Executiva da Redeh e integrante do movimento de mulheres Antônia Pellegrino – uma das criadoras do blog Agora é que São Elas. Ficha Técnica: Texto: Matéi Visniec Tradução Alexandre David Direção: Fernando Philbert Elenco: Ester Jablonski Fernanda Nobre Iluminação: Vilmar Olos Cenário e Figurino: Natália Lana Trilha / Música Original: Tato Taborda Direção de Movimento: Marina Salomon Direção de Produção: Sergio Canizio Realização: Jablonsky Produções Artísticas Ltda Assessoria de Imprensa: Lu Nabuco Assessoria em Comunicação Coordenação dos debates: Adriana Novis Leite Pinto


SERVIÇO: O CORPO DA MULHER COMO CAMPO DE BATALHA Nova Temporada: 4 a 28 de agosto Horários: Quintas aos sábados, às 21h e domingos, às 19h Local: Teatro Poeira – Rua São João Batista 104, Botafogo Valor Ingresso: R$50,00 (inteira) Bilheteria: Terça a sábado a partir das 15h às 21h. Domingo: 15h às 19h. Vendas de Ingressos online: Ingresso.com Duração: 70 minutos Classificação: 14 anos Gênero: Drama Capacidade: 135 lugares

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