PANROTAS 1.314

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Edição nº 1.314 - Ano 26 | 4 a 10 de abril de 2018 | www.panrotas.com.br

Quando eles nasceram, começava-se a cogitar a extinção das agências de viagens, e duas décadas depois eles se sustentam exercendo exatamente essa atividade. Eles estão loucos? Descubra como a geração de consumidores que tanto intriga os mais velhos está se saindo do outro lado do balcão

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Um dos destinos mais visitados da Flórida, The Palm Beaches tem um potencial de vendas enorme, mas muitos brasileiros ainda não descobriram a região. Esta edição da PANROTAS traz um guia para você ficar por dentro de algumas de suas especialidades

ÍNDICE

nº 1.314 | 4 a 10 de abril de 2018 | www.panrotas.com.br

16 Especial

Como atuam e o que pensam os agentes de viagens millennials

34 Pegasus e Disney

Em parceria, empresas capacitam o trade latino em Orlando

40 Só ganha da Venezuela A derrocada do Turismo brasileiro no cenário latino e mundial

44 ILTM Latin America Simon Mayle traça as perspectivas da principal feira de luxo da região

48 Visit Florida

Confira alguns dos produtos mais quentes do Estado tão amado pelos brasileiros

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PRESIDENTE

José Guillermo Condomí Alcorta CHIEF EXECUTIVE OFFICER (CEO) José Guilherme Condomí Alcorta (guilherme@panrotas.com.br)

CHIEF EVENTS OFFICER (CEVO) Heloisa Prass

CHIEF TECHNOLOGY OFFICER (CTO) Ricardo Jun Iti Tsugawa REDAÇÃO

CHIEF COMMUNICATION OFFICER (CCO) E EDITOR-CHEFE: Artur Luiz Andrade

(artur@panrotas.com.br) EDITOR: Renê Castro (rcastro@panrotas.com.br) Coordenador: Rodrigo Vieira Projetos especiais: Eduarda Chagas Reportagens: Beatrice Teizen, Henrique Santiago, Janize Colaço, Karina Cedeño e Raphael Silva Estagiários: Leonardo Ramos, Marcos Martins, Marina Marcondes (RJ) e Victor Fernandes Fotógrafos: Emerson de Souza, Jhonatan Soares e Marluce Balbino (RJ) MARKETING Analista: Erica Venturim Assistente: Renata Cruz (suportemkt@panrotas.com.br) CRIAÇÃO Direção de arte: Erick Motta (erick@panrotas.com.br), Assistentes de arte: Pedro Moreno (pedro@panrotas.com.br) e William Martins (willian@panrotas.com.br) COMERCIAL Executivos: Flávio Sica (sica@panrotas.com.br) Ivie Furlan (ivie@panrotas.com.br) Priscilla Ponce (priscilla@panrotas.com.br) Rene Amorim (rene@panrotas.com.br) Ricardo Sidaras (rsidaras@panrotas.com.br) Big Data: Igor Vianna (igorvianna@panrotas.com.br) Jéssica Andrade (jessica@panrotas.com.br) Assistentes: Ítalo Henrique (italo@panrotas.com.br) Rafaela Aragão (rafaela@panrotas.com.br) FALE CONOSCO Matriz: Avenida Jabaquara, 1.761 – Saúde São Paulo - Cep: 04045-901 Tel.: (11) 2764-4800 Brasília: Flavio Trombieri (flavio@panrotas.com.br) Tel: (61) 3224-9565 Rio de Janeiro: Simone Lara (simone@panrotas.com.br) Tel: (21) 2529-2415/98873-2415 MARKETING DE DESTINOS Pires e Associados (jeanine@pireseassociados.com.br) ASSINATURAS Chefe de Assinaturas: Valderez Wallner Para assinar, ligue no (11) 2764-4816 ou acesse o site www.panrotas.com.br Assinatura anual: R$ 468 Impresso na Referência Gráfica (São Paulo/SP)

Media Partner

Associações

Parceria Estratégica

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Editorial

AGENTES DO MILÊNIO

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ão há uma fórmula única para vender mais e melhor. Para fidelizar. Para estar sempre na mente do seu cliente. Há sim uma série de boas práticas e muita subjetividade, que inclui métodos pessoais de relacionamento com o consumidor e até conjunturas de mercado. Mas uma quase unanimidade ou a regra número um é: conheça bem o seu cliente. Seja com robozinhos que vasculham o hábito na internet ou com um bom bate papo olho no olho, buscar dicas de comportamento e consumo, dados pessoais e conhecer gostos e interesses de quem está comprando é um grande passo para oferecer o que ele quer e até o que ele não quer, mantê-lo satisfeito e, melhor, a seu lado. Uma das mais recentes unanimidades (que já nem é mais, diga-se) na hora de aplicar técnicas para conhecer melhor o consumidor é dividi-lo por gerações. Os millennials, então, viraram os queridinhos de pesquisas, apresentações e campanhas, como a geração que está ascendendo ao poder. Uma boa estratégia de marketing e vendas, em geral, não irá limitar suas armas no foco por gerações. Já está provada, afinal, a longevidade das gerações como consumidoras e como a tecnologia permite que cada geração usufrua de elementos de outra. Afinal, convivemos no mesmo mundo, muitas vezes nos mesmos locais, e a teoria da geração dominante vai se dissolvendo à medida em que, nas empresas, funcionários de várias idades e escolas dividem o poder, e o dinheiro está espalhado por diversos representantes de faixas etárias diferentes.

Sim, em alguns momentos a indústria de cinema ou de games ou de roupas ou de viagens ou de qualquer segmento vai escolher falar para a maioria, para a massa dominante. Mas mesmo essa massa está cada vez mais diversa à medida em que ganham voz as minorias, os então excluídos e até as maiorias oprimidas (por exemplo, a classe C, as mulheres ou os negros, que, no caso do Brasil, não são minoria na população mas sim em oportunidades em diversos momentos). Nesta edição da revista PANROTAS (novo nome do Jornal PANROTAS, veículo semanal para os profissionais de Viagens e Turismo), nossa reportagem de capa enfoca os agentes de viagens millennials. Como eles transformaram essa atividade e por que escolheram abraçar uma profissão que há pelo menos 20 anos estão dizendo que será extinta. Vamos descobrir nesses oito depoimentos que a profissão de agente de viagens sim já foi extinta. Ao menos como era há mais de duas décadas. E que ela se transformou com a ajuda desses novos profissionais, da tecnologia, dos cenários da distribuição de viagens e, claro, com o comportamento do consumidor, seja ele millennial ou não. Veremos também que millennial não vende só para millennials e que a expertise em qualquer área, aliada à criatividade, ao bom uso das ferramentas e à paixão pelo seu trabalho, são os grandes motores para se ter êxito na profissão. Curiosos para conhecer esses novos agentes de viagens? Boa leitura e aguardamos seus comentários e observações.n

Artur Luiz Andrade Editor-chefe e Chief Communication Officer da PANROTAS artur@panrotas.com.br

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Check-in +Lidas da semana 1 Azul revela 25 novos destinos para próximos anos; veja lista – em 26/03

2 CVC Corp confirma Fogaça para suceder Falco como CEO – em 26/03

3 Piloto da Tap é detido por

VITRINE DE CAPACITAÇÃO

Uma das principais novidades do novo Portal PANROTAS é a Central de Cursos e Treinamentos. A página reúne as opções existentes no mercado para agentes de viagens, operadores e demais distribuidores de indústria. Trata-se de uma vitrine com cursos gratuitos ou pagos, sobre produtos, destinos, tecnologia, técnicas de vendas e marketing e qualquer outro tema inclinado ao trade. Envie suas opções para jessica@panrotas.com.br.

embriaguez antes da decolagem – em 26/03

4 American deixa de voar a BH e reduz voos em SP e RJ – em 28/03

5 Tap voa pela primeira vez com Airbus 330-900neo – em 22/03

6 Royal Air Maroc terá voo direto entre Fortaleza e Casablanca – em 22/03

7 Flytour MMT anuncia parceria

EXPANSÃO PELO BRASIL

com programa do SBT - em 22/03

A Cep Transportes pretende abrir dez unidades até o ano que vem. Manaus, Macaé (RJ), Ribeirão Preto (SP), Santos (SP), São Carlos (SP), Barretos (SP), Londrina (PR), Cuiabá e Natal devem receber a marca, além de uma loja no Aeroporto de Curitiba. Para este ano, crescer 30% em vendas é a meta da empresa, que investe em capacitações e em tecnologia. “Os treinamentos continuam como foco principal dos nossos investimentos, buscando excelência dia a dia na prestação de serviço”, diz o presidente Fernando Cavalheiro.

8 Veja fotos do 1º Encontro Flytour MMT, em São Paulo – em 25/03

9 Portal PANROTAS reunirá cursos para agentes; envie o seu – em 27/03

10 Maior navio de cruzeiros do mundo é entregue; detalhes – em 26/03

11 Grupo Expedia: “novo nome Acompanhe essas matérias e muito mais no

PANROTAS.COM.BR

reflete grandeza da OTA” – em 26/03

12 Tap cancela 36 voos de Lisboa desde segunda, incluindo RJ – em 27/03

13 Tui tem plano ambicioso para Siga a PANROTAS portalpanrotas

14 Tap estreará novas rotas diárias

portalpanrotas

de Porto a 4 destinos – em 23/03

PANROTAS Editora portalpanrotas

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o verão do ano que vem – em 26/03

15 Relais & Châteaux tem novo representante exclusivo no País – em 27/03

Fonte: Portal PANROTAS

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+Lidas Gente 1 CVC Corp confirma Fogaça para suceder Falco como CEO - em 26/03

2 Relais & Châteaux tem novo

representante exclusivo no País – em 27/03

3 Agaxtur, Omnibees e Latam Travel contratam; veja vagas – em 26/03

Luiz Fernando Fogaça, Luiz Eduardo Falco e Leopoldo Saboya

4 Veja os promovidos e contratados da semana no Turismo

5 Porto Seguro Praia Resort tem novo gerente comercial – em 22/03 Fonte: Portal PANROTAS

FALCO EM TRANSIÇÃO

As previsões do mercado foram confirmadas e o substituto de Luiz Eduardo Falco como CEO da CVC Corp será Luiz Fernando Fogaça, atual CFO da companhia, cadeira essa que será ocupada por Leopoldo Saboya, recém-chegado da

Patria Investimentos, mas com passagens por BRF e Copersucar. Fogaça assume como CEO em 1º de janeiro de 2019, e Saboya já assumiu como CFO. Falco, por sua vez, ganha cadeira no Conselho de Administração. n

REPRESENTAÇÃO DE LUXO

Jean-Bruno Gillot, ex-Cap Amazon e fundador da Experanto

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O portfólio de hotéis de luxo Relais & Châteaux agora é representado no Brasil pela recém-fundada Experanto, do ex-Cap Amazon Jean-Bruno Gillot. Todos os assuntos comerciais e promocionais dos mais de 550 hotéis e restaurantes de da associação serão tratados com a empresa de Gillot. A R&C espera do executi-

vo o aumento de pernoites de brasileiros pelos seus canais de venda por meio de novas parcerias e relacionamento mais próximo com as agências que têm o respaldo do selo de luxo no País. Continua também no Brasil Nelly Pager, diretora de Serviços aos Membros, que é responsável pelos 29 membros da zona América do Sul e Central.n

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+Lidas Aviação 1 American deixa de voar a BH e reduz voos em SP e RJ – em 28/03

2 Conheça o centro operacional e museu da Delta, em Atlanta em 26/03

3 Easyjet adiciona novos aeroportos e fecha parcerias com aéreas - em 27/03

4 Viagens aéreas dos EUA

chegam a quase 1 bilhão de passageiros - em 27/03

5 Aérea da Air France para millennials lança voos de longa distância - em 27/03 Fonte: Portal PANROTAS

SINAL ABERTO AOS CHARTERS

Os voos fretados, ou charters, foram facilitados no Brasil. Operações desse modelo não precisam mais da autorização prévia da Anac para acontecer. Segundo o MTur, a redução da burocracia contribuirá com a melhoria da infraestrutura de pequenos aeroportos e incentivará as empresas a operarem esse tipo de serviço. n

AINDA MAIS REGIONAL

Após inaugurar os voos de Recife para Córdoba e Rosário, na Argentina, a Azul revelou uma relação de 25 destinos regionais aos quais deseja voar nos próximos anos. A lista, que pode chegar a 35 cidades, deve ser quase toda contemplada com o ATR 72-600 (foto). n

Destino

Estado

Destino

Estado

Caruaru

PE

Mossoró

Araguaina

TO

RN

Linhares

ES

Guarapuava

PR

Paranaguá

PR

Toledo

PR

Teófilo Otoni

MG

Umuarama

PR

Bagé

RS

Serra Talhada

PE

Barretos

SP

Pato Branco

PR

Catalão

GO

Santos

SP

Itaituba

PA

Franca

SP

Tangará da Serra

MT

Macaé

RJ

Balsas

MA

Sobral

CE

Guanambi

BA

Santana do Livramento

RS

Caçador

SC

Ponta Porã

MS

ÁFRICA MAIS PERTO

A Royal Air Maroc é mais uma companhia internacional a se interessar por Fortaleza. A aérea pretende operar em breve uma rota direta entre Casablanca, no Marrocos, e a capital cearense. n 4 a 10 de abril de 2018 — PANROTAS

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+Lidas Eventos 1 Veja fotos do 1º Encontro

Flytour MMT, em São Paulo em 25/03

2 Portal PANROTAS reunirá

cursos para agentes; envie o seu - em 27/03

3 Termina o Encontro Braztoa RJ; confira as fotos do - em 22/03

4 CVC Corp inicia eventos de apresentação do grupo - em 28/03

5 Abav-SP realiza Fórum

Executivo em SP; veja fotos em 27/03

Fonte: Portal PANROTAS

Os campeões de Copas Mengálvio, Pepe e Clodoaldo; presentes nos voos 1962, 1958 e 1970, respectivamente

VOA, CANARINHO

Na semana passada, a Gol realizou seis voos temáticos da Seleção Brasileira de Futebol, da qual é patrocinadora e transportadora oficial, sendo cinco conexões São Paulo-Rio de Janeiro, com a ilustre presença de campeões mundiais em cada conquista da Canarinho, e um sexto voo de São Paulo a Recife em homenagem a Copa do Mundo da Rússia. Os passageiros foram presenteados com a camisa da Seleção do ano homenageado pela operação, e no último voo foi entregue a camisa oficial da Seleção da Copa de 2018. “Isso mostra que a Gol é uma marca positiva e conectada com o que os brasileiros mais gostam”, avalia o diretor de Marketing da aérea, Maurício Parise.n

AGORA É SÓ VENDER

A Flytour MMT prometeu para essa semana o portal unificado da operadora do Grupo Flytour após a fusão. O presidente da companhia, Michael Barkoczy, garante uma plataforma moderna, ágil e completa para os agentes de viagens. As principais novidades são a entrada da venda direta Disney e algumas abas para nichos. Confira: www.flytourmmt.com.br. Além do novo canal de vendas, a Flytour MMT informa ao mercado que um dia antes do Hiper Feirão em Santos (SP), que vai de 31 de agosto a 2 de setembro, a operadora realizará na mesma cidade o Mundo Flytour, uma mega capacitação para agentes de viagens, feita com seus principais parceiros. Já o feirão de Campinas (SP) está marcado de 14 a 16 de setembro. A holding que detém a operadora, Grupo Flytour, encerrou 2017 com um faturamento de R$ 5,5 bilhões, crescimento de 11%, ou R$ 553 milhões, em relação a 2016.n Michael Barkoczy, presidente da Flytour MMT

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+Lidas pancorp 1 Reservas EUA-Brasil

saltam 37% após o visto eletrônico - em 28/03

2 Senac RJ promove debate sobre o turismo no Rio de Janeiro - em 23/03

3 Kontik Viagens realiza

encontro de gestores em SP; veja fotos - em 26/03

4 Startup reúne opções de seguro viagem a custo mais baixo - em 23/03

5 Branding e seu papel

de conquistar os consumidores - em 28/03

Fonte: www.pancorp.com.br

CORTE COLETIVO

Oswaldo Melantonio Filho e Oskar Kedor

MAIORIDADE

A Mobility comemorou os seus 18 anos na semana passada em meio a carros luxuosos na loja premium da Eurobike, em São Paulo. “Estamos retomando o crescimento de mais de dois dígitos este ano e expandiremos nossa atuação no Brasil e na América Latina”, destacou o presidente da empresa, Oswaldo Melantonio Filho, que se tornou sócio há dois anos.

No planejamento traçado até 2023, a empresa pretende investir em tecnologia e em capacitações. “O foco está na experiência do cliente. A locação ainda tem uma série de ruídos e, ao conseguir antecipar esses problemas, teremos o cliente ao nosso lado”, afirmou o CEO e fundador, Oskar Kedor. O executivo aproveitou ainda para celebrar a transformação da empresa em uma S.A.n

Belo Horizonte perde o voo da American Airlines com destino a Miami a partir de 21 de agosto. Na mesma data, a aérea também cancela um dos três voos, o diurno, entre São Paulo e o destino da Flórida. A capital paulista ainda sofre a redução de uma das cinco ligações semanais diretas para Los Angeles de 19 de dezembro em diante. O Rio de Janeiro também foi alvo do corte da companhia: a rota até Dallas deixa de existir a partir de dezembro, e o voo até JFK, em Nova York, será reduzido a cinco vezes semanais em agosto, e depois se torna sazonal, durante o nosso verão, encerrando em 16 de março de 2019. Com 59 voos semanais remanescentes, a AA ainda é a companhia norte-americana que mais serve o País (GRU, GIG, BSB e MAO), e atribui os cortes à lenta recuperação da economia brasileira. n 4 a 10 de abril de 2018 — PANROTAS

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Principal associação de operadoras do Brasil revela crescimento em comparação com o ano anterior. “Os dados representam uma grande vitória e mostram o olhar atento e o esforço contínuo dos nossos associados em oferecerem ao mercado produtos cada vez mais exclusivos e conectados com os diferentes perfis de viajantes”, avalia a presidente Magda Nassar.

62 operadoras associadas, que representam

90% das viagens de lazer

pela cadeia produtiva do Brasil

2014 6,01 milhões 2015 5,07 milhões 2016 5,12 milhões

alta de

7,8% 5,52 milhões

Passageiros embarcados

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alta de

8%

R$ 12,22 bilhões

2014 R$ 11,87 bilhões 2015 R$ 11,01 bilhões 2016 R$ 11,33 bilhões

Faturamento das operadoras

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Europa 345 mil

Embarques ao Exterior

alta de

América do Sul (exceto Brasil) 311 mil

26%

1,2 milhão

América do Norte 273 mil

Embarques nacionais

alta de

4%

4,32 milhões

Nordeste 2,7 milhões

América Central e Caribe 229 mil

Sudeste 652 mil

Ásia, África e Oceania 47 mil

Sul 650 mil Norte e Centro-Oeste 318 mil

Impacto na cadeia produtiva do Turismo doméstico

R$ 10,8 bilhões

Gastos extras, não incorporados nos pacotes

R$ 3,6 bilhões

Gasto médio diário R$ 205

queda de 2,9%

Duração média da viagem 4,1 dias

Meios de pagamento Acima de 5x – 62% À vista – 23% Em até 4x – 14%

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Tipos de viagens vendidos Aéreo + terrestre – 57% Somente terrestre – 19% Marítimo – 13% Somente aéreo – 10 Outros – 1% Fonte: Braztoa

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Reportagem especial Rodrigo Vieira

AGENTES

DA NOVA GERAÇÃO

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Voltamos a falar sobre a geração Y. Eles, os chamados millennials, que dão nó na cabeça dos analistas de mercado e se situam longe da zona de conforto da maioria dos tomadores de decisão no Turismo. São esses jovens, hoje com poder de consumo global avaliado em US$ 82,4 trilhões, que representarão a “força dominante” do mercado em alguns anos, e poucas (ou nenhuma) transições de geração na história foram tão disruptivas como a atual. Os millennials já são os protagonistas na mudança do modelo de negócios no Turismo (e todas as gerações se beneficiam de sua inquietude, vale dizer). Se tecnologia, foco nas experiências, hospedagens compartilhadas e maior engajamento social e ambiental são novos alicerces na indústria, muito se deve a eles. Mas como a geração Y está se saindo “do outro lado do balcão”? Isto é, qual é o desempenho dos millennials como empreendedores do Turismo? Aliás, eles existem? Há uma classe que possa ser classificada como “os novos agentes de viagens”? Há mesmo pessoas corajosas o suficiente para encarar o desafio de enfrentar o agenciamento no período mais desafiador da atividade no Brasil? A resposta é: sim. Eles existem. São de lazer, luxo, franqueados, vendem a granel, customizam, empacotam, estão nos eventos, nas excursões, no aéreo, no terrestre... até no corporativo! Orgulham-se em ser os donos do próprio negócio (uma característica dessa geração, que não curte muito hierarquias e planos de carreira em grandes empresas). Em tempos que a venda de commodities é tratada como o caminho do fracasso, eles assumem nichos, entendem a necessidade de fazer diferente, de oferecer algo que a internet não consegue, afinal, cresceram no boom do mundo on-line, sabem melhor do que ninguém de tudo o que são capazes ao clique de um mouse, e não estão no mercado para isso. Tanto que eles não vendem apenas a seus contemporâneos. Todas as outras gerações, incluindo a terceira idade, também estão pegando o gosto de comprar com os millennials, que também diversificam as classes sociais na hora de vender, do alto luxo aos pacotões. Os novos protagonistas do consumo estão enfrentando o voraz mundo do empreendedorismo e, com tanta energia,

podem, sim, ser uma ameaça (ou servir de exemplo) para velhos lobos que vivem aos lamentos. Os millennials estão na idade ideal para fazer sucesso no Turismo. Enquanto muitos figurões quebram a cabeça para agradar o novo perfil de consumidor, essa geração, justamente quem dita essas tendências, atingiu maturidade para empreender, e a combina com um arrojo que às vezes beira a falta de juízo. PRAZER EM TRABALHAR Se os jovens de hoje só compram viagens com algum significado, eles também desejam o mesmo para suas vendas. A trajetória dos millennials na indústria geralmente é despertada pela paixão por viajar, empreender, explorar terrenos desconhecidos. Ora, poucos cases de sucesso no nosso setor não encontram ao menos uma dose de loucura – e de prazer em exercer a atividade. A nova geração é movida a trabalhar com o que gosta. A ansiedade para que tudo dê certo com cada passageiro embarcado é o que tira o sono dos novos agentes. A mensagem de gratidão no pós-venda, por outro lado, é o que faz tudo valer a pena. “Tenho aqui mais um cliente fiel, e tudo o que preciso são clientes fiéis.” DIVERSIDADE Embora cada um tenha seu modelo de negócio, que modifica bastante conforme o público e principalmente a localização, há muitas similaridades entre os empreendedores da nova geração. Aquele associativismo ao qual o trade está acostumado é um deles: nenhum dos millennials ouvidos pela PANROTAS é associado à Abav Nacional ou congêneres. A maioria não se vê representada no modelo atual proposto por essas entidades. Feiras? Poucos participam. Capacitações? Preferem as dos próprios fornecedores, principalmente pelo networking, ou então colocam a mão na massa por conta própria. INTERNET Uma das regras é tratar a internet como um aliada, jamais como inimiga. Aliás, para serem considerados OTAs, os agentes da geração Y só precisariam emitir com ferramentas on-line – alguns até o fazem por meio de white label, embora esse não seja o core de nenhum dos entrevistados. É muito comum para os agentes de

viagens millennials embarcar clientes sem nem mesmo conhecê-los pessoalmente. Eles fidelizam passageiros de cidades e às vezes até Estados diferentes, graças às indicações de clientes e à forte dedicação às redes sociais. “Se não pode vencê-los, junte-se a eles”. É assim que a geração Y trata as OTAs. Para não desperdiçar as oportunidades, quase todos os entrevistados são também afiliados aos programas das gigantes online, como Decolar e Expedia. Os agentes mais jovens ainda têm de passar grande parte de seu tempo educando os clientes sobre algo que eles garantem ser um dos maiores mitos do Turismo, de que seus preços são maiores do que os das concorrentes on-line. RELAÇÃO COM FORNECEDORES Na busca por fornecedores, os millennials procuram exatamente o que tentam ser como profissionais, isto é, empresas que ofereçam agilidade na resposta, alto nível de atendimento e produtos fora do lugar-comum. Poucos deles acreditam que as operadoras conseguem oferecer todos esses aspectos, portanto, ao invés de empacotar, optam geralmente por fragmentar as viagens em cada nível, buscando as melhores tarifas e os produtos que melhor se encaixam conforme o comprador do momento. NEGÓCIO LUCRATIVO O retorno financeiro vai muito bem, obrigado. Muitos dos millennials entraram no segmento com ajuda financeira, seja dos pais, seja de sócios mais experientes, mas não há qualquer tipo de reclamação com o sustento que o Turismo traz a eles. O rápido retorno sobre investimento e o crescimento ano após ano os motivam a acreditar que as agências de viagens físicas não correm risco de extinção e que eles, os jovens empreendedores, vieram para ficar no Turismo. Quem sabe para salvar a categoria! Isso pode servir de alento a quem vive se queixando das dificuldades que a atividade enfrenta nos dias de hoje. INSPIRE-SE Para a maioria dos autores e sociólogos, os millennials são a geração nascida de 1981 até meados dos anos 1990, mas a PANROTAS optou pelo recorte dos jovens nascidos a partir de 1987. Inspire-se com alguns deles. E, por que não, faça muitos negócios com eles. t 4 a 10 de abril de 2018 — PANROTAS

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GERAÇÃO AGUERRIDA Vini Salvador homenageado por Antonio Carlos Padula, presidente da Federação Paulista de Golfe

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Quem conhece a história de Elói D’Avila de Oliveira tem tudo para acreditar no potencial de Vinicius Ricardo Salvador da Silva, ou como um bom millennial, Vini Salvador. Pura superação, ele faz os mais antigos lembrarem do fundador da Flytour pela característica aguerrida e as poucas ferramentas que tinha quando tudo começou. Aos 31 anos, o empresário que hoje comanda três companhias relembra o período em que dormiu na rua de São Paulo e recolheu 18

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latinhas para sobreviver. Tudo parte de um passado que ele não quer esquecer, pois a humildade, a vontade de crescer e a disposição são tidas como a principal formação do jovem paulistano cujo currículo não registra ensino superior. Poucas pessoas acreditariam que o hoje sócio de figuras como Galvão Bueno, Douglas Delamar e Yuji Oiwa alcançaria um patamar tão alto. Talvez nenhuma, exceto ele mesmo. Em 2005, aos 18, era vendedor em uma loja de surfwear no

shopping Plaza Sul, na capital paulista. Em seu intervalo, pediu um cigarro ao homem que mudaria o rumo da sua vida dali para frente. Era Francisco Moreira, franqueado da Tam Viagens (hoje Latam Travel) naquele centro comercial. E esse foi o trampolim com o qual Vini Salvador saltou em direção ao Turismo. Trabalhou por cerca de cinco anos na franquia, tempo em que começou de baixo, só observando, perguntando, errando e acertando. “Eu sabia vender, só

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foi mais uma dessas ferramentas que fazia Salvador se capacitar. VOOS MAIS ALTOS Quando o agente já tinha mais de cinco anos de casa, um importante cliente daquela franquia pediu que Vini Salvador fosse a uma reunião externa, mas dessa vez não era para pedir emissão. “Era Yuji Oiwa. Ele me perguntou se eu sabia como funciona uma franquia da Tam Viagens, e eu respirava aquilo, tinha tudo na ponta da língua. Respondi que tinha vontade, só não tinha dinheiro”, relembra sincero, com um misto de emoção e bom humor. “Cerca de três meses depois eu estava com minha primeira loja, na qual não investi nada, mas ganhei 25% de participação societária em troca do meu know how e atendimento.” Surgia então a Latam Travel do Shopping Raposo. “Em um ano e meio obtive o retorno dos R$ 500 mil investidos e adquiri mais 25% da sociedade, para ficar com metade dos negócios.”

não sabia algumas particularidades do Turismo, dos sistemas, da linguagem”, justifica o jovem empresário. “Fui crescendo, assumi posições de liderança, virei supervisor e gerente da loja, tudo na base da vontade de aprender. Peguei gosto por Estados Unidos e me especializei muito nos produtos do país, como a própria Disney, marca que me reconheceu como um dos melhores vendedores do Brasil em 2007.” Autodidata, o millennial usava todas as ferramentas possíveis para se capacitar. Ele conta que fechava pelo menos seis pacotes por semana para Orlando e Miami sem nunca ter pisado nos Estados Unidos. Dava total atenção às histórias dos clientes no pósvenda, pois era dali que saberia o que seria certeiro nas próximas ocasiões. O Google Street View, em que você “passeia virtualmente” por uma cidade,

CORPORATIVO, TACADA CERTEIRA Tudo o que Vini Salvador tem hoje é um império se comparado a uma única franquia Latam Travel. Fanático por golfe, seu sócio tratou logo de envolvê-lo no mundo desse esporte, famoso por ter o prestígio das mais altas classes da sociedade. Não demorou muito para o millennial começar a vender viagens para os golfistas amadores, que aos poucos confiaram as viagens de suas empresas ao jovem agente. Foi o suficiente para a criação da My Viagens, sua agência “butique” corporativa e de incentivos. “Só atendo cliente por indicação. O foco da minha agência de viagens corporativas é qualitativo, e não quantitativo. Hoje faturamos cerca de R$ 1 milhão mensais com algo em torno de 15 empresas atendidas, e não quero ampliar, pois dar crédito hoje é a coisa mais fácil que tem. Sinto o mercado estranho, e o tombo pode ser grande”, receia o sócio da My Viagens, cuja estrutura tem três atendentes e um supervisor. “Todas essas práticas que são debatidas no mercado, como savings, gestão de despesas e bleisure são coisas que aprendemos aos poucos, ‘na marra’.” Foi também no golfe que o narrador Galvão Bueno e Douglas Delamar (sócio e diretor da Bueno Wines)

entraram na vida do agente millennial. Amante do esporte, o global é sócio de Vini Salvador no ramo de eventos, na My Events, spin-off da própria agência corporativa, e a criatura já superou a criadora. “As oportunidades aparecem e temos de agarrá-las. Há dois anos, um cliente corporativo muito próximo pediu ajuda com um problema que enfrentava em um evento. Eu nunca tinha empreendido neste meio, mas sabia o que era certo e errado e do que ele gostava. Arrisquei e deu certo. Era uma convenção de vendas para 800 pessoas e o evento teve 98% de satisfação dos participantes”, registra o agente millennial. “A My Viagens vende em torno de R$ 12 milhões por ano e, a My Events, mais do que o dobro desse valor. A franquia Latam Travel, por fim, por volta de R$ 7 milhões anuais”, revela a sócia e esposa de Vinícius, Patrícia Xavier, executiva da My Viagens. O próximo passo da My Events é seguir a metodologia europeia de eventos, em que tudo é reunido em apenas uma empresa, sem a necessidade de um intermediário para cada serviço, como é no Brasil. “Estamos fechando com nossos principais fornecedores para que eles nos sirvam exclusivamente. A My Events cuidará de tudo, logística, entrega, soluções... Vamos aproveitar o poder midiático dos sócios para mostrar que temos o melhor serviço do mercado. Confiamos nisso e pretendemos continuar crescendo exponencialmente”, afirma o empreendedor, que não se dá ao direito de reclamar de sua vida financeira. “Vou continuar com a loja da Latam Travel, pois acredito na marca e foi ela que me proporcionou este início, mas no futuro tenho planos de ser um franqueador. Já me ofereceram outras unidades da marca, porém acho muito difícil achar pessoas comprometidas com o negócio, e eu mesmo não posso estar integralmente cuidando disso. Vejo muito de meus contemporâneos encostados, se contentando com pouco. O mercado está escasso de pessoas confiáveis e capacitadas para gerir um negócio à altura de uma franquia como a Latam Travel. Portanto, estou mudando meu business para a área de investimento, sem esquecer minhas origens, nem na vida e nem no Turismo.” t 4 a 10 de abril de 2018 — PANROTAS

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A ocasião faz o empreendedor. Cada millennial tem seu motivo para entrar no Turismo e encontra o nicho conforme as oportunidades que aparecem. Por mais que a maioria acredite que só é possível sobreviver vendendo de maneira personalizada, Carolina Dolazza, de 30 anos, é a exceção à regra e mostra que ainda existe espaço para o agente de viagens tradicional: a principal atividade de sua agência é a emissão de passagens aéreas, seguida de perto pela venda de pacotes. Isso porque o consumidor padrão da franquia CVC no Hipermercado D’Avó, de São Bernardo do Campo (SP), da qual Carol é dona, está acima da faixa dos 40 anos e inserido nas classes C e D. “Nossos clientes geralmente têm dificuldade de comprar via internet. São pessoas humildes e muitas vêm à loja para realizar o sonho de visitar a família em regiões distantes do Sudeste”, relata a franqueada CVC, que, presente em Dubai, na Convenção de Vendas da operadora em fevereiro, afirma ter sido premiada como uma das 12 lojas de destaque do ano. Em sua avaliação, a migração para a compra de viagens online é algo inevitável, mas acontece majoritariamente entre os millennials e pessoas com maior acesso a uma educação de qualidade. Contudo, a democratização da aviação comercial brasileira abre o leque para outros públicos que não podem ser esquecidos, um terreno ainda com muita possibilidade a ser explorada. Afinal uma geração não mata a outra – há uma convivência multigeracional por anos e isso só tende a crescer. “O volume das OTAs só aumenta, mas por outro lado o que não falta

é brasileiro a fim de viajar e com dificuldade e insegurança na hora de comprar on-line”, justifica a agente, cujo único ativo on-line são a publicidade via Facebook. “A queda nas tarifas da aviação e a facilidade de pagamento oferecida pela CVC, com parcelamento sem juros no cartão e no boleto, são os diferenciais que podemos oferecer. Já a segurança e o conforto cabem a mim e meus atendentes. Não é porque sou franqueada CVC que não posso oferecer diferenciais. Aqui prezamos por um atendimento cortês e capacitado, aplicado no pré, durante e pós-venda. É assim que trazemos o viajante para a agência CVC do Hipermercado D’Avó e não para a da outra esquina”, completa Carol, com a palavra de quem ouve esse tipo de dicas diretamente de seus pais... franqueados CVC. EM FAMÍLIA Carol Dolazza cursava nutrição e via pouco interesse em um mercado “pouco valorizado e reconhecido”. Franqueado CVC no ABC Paulista, onde mora toda família, seu pai viu seus negócios crescerem e, precisando de ajuda, recrutou os dois filhos para ampliar o número de unidades da marca. A loja que Carol Dolazza administra tem um ano de atividade, mas sua experiência no ramo já é mais extensa: foram três anos na CVC da avenida Taboão, em Santo André, até abrir, em 2017, a atual loja, que atingiu retorno sobre investimento em quatro meses de atividade. “Abrir uma franquia CVC é um excelente investimento para millennials . A marca é sinônimo de credibilidade, principalmente com o público que eu lido. Em poucos meses atingi o breakeven e estou conseguindo cada vez mais clientes. Além de um serviço

de qualidade, o jovem franqueado tem de entender o contexto em que está inserido, isto é, o público que vai lidar, quem são as pessoas que por ali passam, suas classes sociais, seus interesses em viajar”, aconselha Carolina. “Não pretendemos parar tão cedo. Assim que acharmos a oportunidade ideal, devemos ampliar o número de lojas, que provavelmente será fora do ABC, região que está saturada de congêneres”, afirma a millennial , responsável por uma loja, mas inserida em um contexto familiar. A estrutura da loja de Carolina tem, além dela como gestora, mais duas pessoas no atendimento. Os produtos mais vendidos são bilhetes aéreos avulsos, mas pacotes para o Nordeste também são muito procurados. O internacional é pouco procurado em sua unidade, mas quando sai geralmente são circuitos europeus. Cruzeiros, nos mares brasileiros. Seu principal trabalho agora está sendo em divulgar o que muita gente não sabe sobre a CVC: “as agências reservam carros, emitem cartões de assistência... Pouca gente sabe do potencial de produtos auxiliares da CVC, e estamos tentando divulgar com comunicação visual e publicidade no Facebook”. Carol não é associada a nenhuma entidade do Turismo, e a internet jamais a assustou “pois nas outras lojas também via a dificuldade e insegurança dos clientes com o meio on-line”. Para se capacitar sobre destinos, ela conta com os treinamentos da própria CVC. “Isso ajuda muito, são materiais enviados diariamente, não só a respeito dos destinos, mas também educação sobre gestão e vendas”. t 4 a 10 de abril de 2018 — PANROTAS

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FAZENDO DIREITO Da paixão em fazer eventos universitários surgiu a conveniente ideia de abandonar a carreira em direito para se aventurar no Turismo. Jovens, amigos, uma porção de ideias e vontade de fazer o que gosta. O que pode ser mais millennial? Rodolfo Albuquerque Maçan, 30, e Ivan Carmello Monti, 26, graduaram-se em direito na capital paulista, mas resolveram seguir o instinto de ganhar mais dinheiro e qualidade de vida no setor de viagens. Abriram a Destino Brasil em 2015, com a proposta de oferecer o que classificam de “terrestre low cost”. “Tem muita gente a fim de viajar, conhecer o País, mas em tempos de crise o orçamento para um bem como esse fica para segundo plano. Pensamos em abrir uma franquia, mas queríamos ter liberdade para dar a nossa cara na agência, e esse modelo limita as ações”, descreve Ivan Monti. “Tivemos a ideia de criar um site de compra coletiva, como um Groupon dedicado a Turismo, e as coisas evoluíram em um sentido parecido.” Nasceu a empresa baseada no centro de São Paulo, hoje com quatro funcionários dedicados a logística, operações, preparação, reservas e atendimento, além de 18 monitores. Sim, monitores. Com a cara dos seus donos, a Destino Brasil é multifuncional. Seu portal tem motor de reserva integrado pela Decolar.

com, mas isso apenas para não perder uma venda em potencial. Os jovens ainda fazem acompanhamento online de viagens mais personalizadas a destinos nacionais e internacionais, mas a maior fonte de receita vem das viagens terrestres em grandes grupos, acompanhados por monitores frequentemente capacitados. “Contamos com professores de Turismo que vêm de outros Estados para treinar nossos guias trimestralmente.” Destinos como Paraty, Angra dos Reis, Cabo Frio e Arraial do Cabo, no Rio de Janeiro, Capitólio, Monte Verde e São Thomé das Letras, em Minas Gerais, e outros mais próximos da capital paulista, são alguns exemplos do que eles chamam de “Day Use”, que têm em torno de 50 saídas por mês. Entretanto, viagens mais longas, como Santa Catarina e outras regiões do Brasil, também são frequentes. “São Paulo tem muita gente sem tempo e com muita vontade de viajar. No último feriado de aniversário da cidade, embarcamos 600 passageiros em 17 ônibus para passar um final de semana no Rio de Janeiro”, relata Rodolfo Maçan. O principal desafio dos agentes é manter o nível de excelência, tanto da equipe interna quanto dos fornecedores. “Trabalhar com terceirização, como no caso dos receptivos, é complicado. É preciso certificar de que todas as

normas estão sendo seguidas, todas as autorizações cumpridas”, admite Maçan. “O mesmo com os monitores e guias. Todos os níveis de padronização, do atendimento à qualidade do serviço, é o que mais prezamos. É isso que traz a fidelidade do cliente e, consequentemente os reviews positivos nas redes sociais. Essa reputação online é fundamental para nosso negócio”, completa Monti. Sem loja aberta ao público, os jovens trabalham restritamente on-line, daí a dependência de um engajamento positivo no Facebook, onde contam com mais de 90 mil curtidas. “Porém, temos de tomar todo cuidado para não parecermos agência de redes sociais ou página fake. É aí que entra nosso suporte por telefone ou até mesmo presencial, garantindo total confiança. Na internet você está sujeito ao fracasso no primeiro sinal de deslize no atendimento.” Arrependimento por ter deixado uma carreira tão conceituada como a da área jurídica é algo que nem passa pela cabeça dos millennials. Em 2017, a Destino Brasil cresceu 150% em faturamento na comparação com o ano anterior, com um número de embarques “bem superior” ao de 2016. Aos poucos, os mesmos clientes que usufruem do terrestre low cost solicitam, via e-mail, viagens individuais mais incrementadas ao Exterior. t

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NICHO E CONTEÚDO PANROTAS — 4 a 10 de abril de 2018

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A SD Student Travel é um bom exemplo do instinto caçador de oportunidades que aos millennials é atribuído. Chega a ser até complicado definir a área de atuação do casal Marcos Talarico e Stephanie Achcar Talarico, ambos com 29 anos. Tanto que os empresários, desde os 21 anos no negócio, se veem praticamente sem concorrência no modelo que propõem. Há disputas pontuais em uma ou outra finalidade da agência, a exemplo da venda de intercâmbio, “mas full service, como fazemos, não”, justifica Marcos Talarico, diretor comercial, enquanto a esposa é diretora operacional e financeira. E nadam de braçada. Em 2017, a agência paulistana cresceu 20% em comparação com o ano anterior. Desde 2009, o casal nunca enfrentou um ano sem crescimento, embora a crise do câmbio tenha dificultado bastante as coisas. “Hoje aprendemos a trabalhar com câmbio, mas esse foi o maior vilão em toda nossa experiência de empreendedores. Quase quebramos quando, no meio do caminho, o dólar dobrou de R$ 2 para R$ 4”, revela o jovem empresário. A agência é 100% focada no nicho de estudantes. Como um bom empreendimento dirigido por millennials , rotula-se como uma organização especializada em experiências, educacionais, no Brasil e Exterior. A proposta é oferecer não só a estudantes, mas também educadores, práticas e conhecimentos para impulsionar o crescimento do ensino por meio de pacotes de viagens em parceria com escolas e universidades. “Atendemos instituições de ensino de educação básica, ensino superior e agências de viagens que têm escolas ou faculdades como clientes. Na prática operamos tudo diretamente com os fornecedores e organizamos todas as excursões de grupos nacionais e internacionais, além de alunos que buscam individualmente experiências para criar um impacto no currículo”, descreve o millennial. “Já embarcamos mais de 200 mil

passageiros e estamos presentes em mais de 600 escolas e universidades do Brasil, em especial com nossas parcerias com os principais museus, exposições e universidades norteamericanas. Outro sucesso é o programa de Turismo cívicopedagógico em Brasília com visitas oficiais na sede dos poderes executivo, legislativo, judiciário e demais tribunais superiores.” ATENDIMENTO ESPECIALIZADO Como principal diferencial, além da atuação em todas as etapas da viagem, o casal aponta o atendimento especializado para os gestores das instituições de ensino, emissão de nota fiscal para todas as atividades, guias especializados e credenciados, além de monitoramento dos menores idade. Algo bem familiar na vida dos jovens paulistas, a internet também entrou naturalmente nos negócios da SD Travel. A relação da internet com a agência de Marcos e Stephanie é de total harmonia. Eles não vendem on-line, mas o suporte está todo tempo ligado no site e nas redes sociais, ciente de seu público e de que nenhuma compra é feita sem ao menos uma consulta na internet. A relação da empresa com as OTAs está longe de ser concorrencial. “Meu segmento convive bem com elas, inclusive tenho excelentes parcerias com alguns e-commerces de viagens, mas isso é para viagens mais pontuais. Nosso maior volume vem das escolas e faculdades, e dificilmente essas instituições compram algo pela internet. Ou a instituição chancela ou é olho no olho, e aí o atendimento é o diferencial”, explica o diretor da agência que tem oito funcionários no escritório na Unibes Cultural e dois no Rio de Janeiro. Talarico revela que realiza uma ou outra venda pontual no varejo, mas

a comercialização de pacotes não é algo que a SD Travel prospecta. Na hora de escolher um fornecedor, ele busca excelência de atendimento e produto. “Preço é o terceiro item que olho.” Outra função da internet em sua vida é justamente encontrar os fornecedores. “A maior parte dos transportes, hotéis e atrações nós encontramos on-line, para depois fazer a visita presencial, para ver se o que oferecem é real. É crucial fazer esse filtro e visitar o local durante essa seleção.” Seu time comercial atende uma série de escolas na Grande São Paulo. Viagens mais práticas, como visitas a museus, exposições e atrações culturais próximas, podem ser processadas pela internet, mas em vendas mais complexas, como intercâmbios e destinos distantes, demandam visitas presenciais, às vezes várias reuniões. DIVERSIFICAÇÃO As viagens internacionais, aliás, são as mais rentáveis da SD Travel, mas o volume de passageiros em excursões, faz com que as margens de lucro sejam tão atrativas quanto os intercâmbios. Para se capacitar, Marcos e Stephanie Talarico preferem a experiência e os recursos próprios às feiras e workshops. “É que dentro do meu segmento não apresentam nada que me atraia muito. A maior parte dessas capacitações é voltada para lazer, algo que não adianta muito para o nicho de educação.” Prova de que “nasceu para vender e nunca teve medo de arregaçar as mangas”, como o próprio millennial se descreve, são os eventos criados em 2010 pela própria empresa: SDay e Educaweek, em que já participaram, entre outras figuras, diretores da Universidade de Stanford e o professor e filósofo Mário Sérgio Cortella. Esses eventos são destinados exclusivamente aos melhores clientes, gestores das instituições de ensino. t 4 a 10 de abril de 2018 — PANROTAS

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MILLENNIAL SOB MEDIDA

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Se há millennial para todas as prateleiras no Turismo, o mais resiliente dos nichos jamais seria um desfalque. As viagens de luxo são o core business de Giovanna Afonso, 27 anos, sócia-diretora da Prima Turismo em São Paulo. Essa é daquelas que orgulhosamente podem dizer que transformaram o hobby em lucro. Um clichê millennial. Giovanna desistiu do curso de direito. Não se adaptou. Graduou-se em administração de empresas, trabalhou nos mercados financeiro e de tecnologia, mas foi a paixão por viajar que surgiu como o destino para tanto desencontro. “Faço não só o que gosto, mas no meu horário, sem rotina definida; para mim isso é inestimável. Nem o fato de ficar de plantão enquanto um passageiro está viajando é um ônus neste cenário”, desfruta a jovem, que revela um passado de mochileira e o entusiasmo ao analisar mapas e traçar roteiros feitos sob medida. A Prima Turismo atua em São Paulo e no Rio de Janeiro. A responsável pelos viajantes de luxo cariocas é a sócia Suzana Ferraz, ex-Pasárgada Turismo, atual mulher do pai de Giovanna. “Ela me ensinou muito e continua me ensinando, embora cada uma tenha sua rotina.” Um laptop e um telefone. Esse é todo o material de trabalho da jovem consultora, que nem cogita ter um escritório. A divulgação da agência butique é propositalmente tímida. “Eu mal propago a marca, pois fica difícil dar conta de tantas viagens simultaneamente, e temo que ampliar a estrutura possa ser sinônimo de perda de qualidade. Fui convidada por um renomado portfólio de luxo para que a Prima fosse uma de suas influencers, mas esse não é nosso objetivo. O boca a boca é nosso principal marketing. É um prazer, e uma responsabilidade muito grande atender amigos, casais, lua de mel, todo tipo de viagem de lazer”, compartilha Giovanna. Na realidade, a agente é influencer de seu próprio negócio, uma vez que sua conta pessoal no Instagram desperta o interesse de um círculo próximo de

clientes. Assim, o maior vetor de vendas da Prima Turismo em São Paulo são os famturs. Ao mesmo tempo em que dão propriedade ao traçar roteiros e captar os detalhes mais intrínsecos, é durante um fam que as fotos mais atrativas surgem. “Acabei de fechar a lua de mel de uma passageira que viu no meu Instagram pessoal”, conta Giovanna à PANROTAS. Outra característica tradicional da atividade que impacta o trabalho da Giovanna são os eventos de fornecedores. Ela faz o que pode para estar em todos, pois, no modelo home office, acredita que o networking é importantíssimo. “Isso é uma característica bem importante do Turismo. É bem legal fazer parte dessas capacitações, onde troco experiências com pessoas mais vividas no setor e trago novas ideias de destinos e produtos.” Mas nem só de eventos se compõe o “material didático” da jovem agente, viciada confessa em reviews do Tripadvisor, Booking.com e similares. “Tive medo da internet quando entrei para a agência, mas isso logo se dissipou conforme as primeiras vendas iriam aparecendo. A web hoje está longe de ser uma ameaça, pois meus clientes não têm perfil de reservar on-line. E olha que a maioria dos meus viajantes tem a minha idade!” Clientes de alto padrão também barganham, e na hora que desafiam Giovanna com as tarifas de OTAs, ela é categórica. “Em mais de 95% das vezes consigo bater a tarifa com meu consolidador. Já estou acostumada a mostrar ao cliente que as tarifas on-line são maquiadas com câmbio fictício e taxas adicionais e estão bem longe de oferecer o serviço que eles procuram, pois lido com gente jovem, que não tem tempo a perder.” Para não deixar passar nenhuma venda, contudo, ela é afiliada ao programa de agentes de viagens da Expedia, o Taap, responsável por R$ 500 mil em vendas na Prima Turismo ano passado. “Eles têm um pós-venda muito interessante.”

PRODUTOS Cerca de 90% dos destinos vendidos pela Prima Turismo são internacionais. “Muitos roteiros personalizados em Europa e Ásia”, relaciona. “África também está em uma crescente vertiginosa, puxada principalmente por África do Sul. Tal como Seychelles, o país tem forte apelo de viagens nupciais e de desconexão, isto é, imersão na natureza.” Giovanna é mais uma que procura em um fornecedor exatamente o que ela oferece, isto é, atendimento personalizado. A agente millennial faz questão de ter apenas um funcionário dentro de cada empresa parceira. “Só compro com quem conheço. Eu não comprava com a Rextur Advance até um executivo muito competente, que eu já conhecia, ser anunciado pela consolidadora. Isso funciona com todos meus parceiros: Queensberry, Abreu, Viagens e Cia, Interep, High Light, Ancoradouro, Affinity... Só compro com quem já me conhece, e, por consequência, conhece nossos clientes. Essa relação direta com eles sempre rende diferenciais como uma lembrança no quarto e outros detalhes que no luxo fazem toda diferença. Isso sem falar do pósvenda, etapa crucial da viagem.” O que deixa a agente de viagens de luxo mais feliz é a gratidão do cliente, nem que seja em uma simples mensagem. O que tira o sono é exatamente o que está fora de seu alcance. “Greve de companhia aérea, interrupções de voos por clima... São coisas que estragam a viagem e desperdiçam o valioso tempo dos clientes, mas que nem sempre posso ajudar.” Associadas à Abav por alguns meses, as sócias não se sentiam representadas pela entidade e decidiram desfazer a inscrição. Por outro lado, feiras como WTM, Abav Expo e principalmente o expoente do luxo ILTM Latin America (antiga Travelweek) são presença indispensável na agenda das empresárias. t 4 a 10 de abril de 2018 — PANROTAS

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CHEGA MAIS PERTO

t O Turismo corre nas veias de Nayana Gungel, e não é só pelo fato da millennial viver em um dos principais destinos do Brasil. Aos 31 anos, ela é sócia-proprietária da Imagine Viagens, ao lado de Daniel Souza, de 32, em Florianópolis. Formada em planejamento turístico e com MBAs em gestão empresarial e gestão de pessoas, Nay já foi vários elos da cadeia do Turismo. 28

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Quando adolescente, ajudava na pousada do seu pai, na Guarda do Embaú, ao sul da capital catarinense. Os primeiros passos profissionais foram na Trend, Europlus e Interep e, após três anos e meio nesta última empresa, chegou a hora de ceder a uma paixão antiga, o atendimento ao consumidor. A considerável experiência no lado distribuidor da moeda, avalia

a empreendedora, deu muito conhecimento para desenvolver a Imagine. Tanto que a agência foi aberta durante uma das piores crises já amargadas pelo Turismo no Brasil, em 2015/16, com agravantes como a alta do IRRF e a queda brutal nas emissões internacionais. “Muita gente me considerou maluca, mas eu tinha vivência no setor, sabia como poderia inovar, e enfrentei, fui para a

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linha de frente”, conta a catarinense. Com “inovação”, a jovem se refere a fazer viagens sob medida, algo escasso no mercado de Floripa. “Não abrimos uma agência de viagens, mas uma consultoria. O agente tirador de pedidos está fadado ao fracasso, mas nós somos consultores, nos dedicamos, estudamos cada roteiro, ganhamos a compaixão do cliente e, a partir daí estamos escrevendo a receita do sucesso, que é o boca a boca. Nosso círculo social de clientes se conhece, e as indicações são fundamentais para chegarmos até aqui. Cada passageiro atrai mais três.” Os clientes em comum são tão importantes para a Imagine Viagens que Nay deixou de atender sem indicações. Isso eleva a personalização a um outro nível, já que sua loja não tem portas abertas ao público. “Acabei de mudar meu espaço da Lagoa da Conceição ao novo Multi Open Shopping, o primeiro shopping do sul da Ilha, mas continuaremos com loja fechada, em que atendemos sob medida, não é qualquer um que chega e pede uma viagem. O cliente vê que é especial, buscamos todo lado sensitivo para ele ver a diferença entre nós e o clique do mouse”, justifica a millennial. Outro motivo para fechar as portas da rua é a alta procura. Uma vez que os catarinenses descobriram a Imagine, o volume disparou, e ficou excessivo para os quatro funcionários. “Tanto que hoje temos uma pessoa estritamente focada em detalhes operacionais: confirmação de reserva, poltrona, carta para o hotel, solicitação de amenities, conferência em tempo real para os clientes, isso faz muita diferença”, ilustra Nay. A solução foi encontrar um modelo de trabalho que tem tudo a ver com a geração, algo bem similar ao que chamam de nômades digitais, os freelancers.

A Imagine tem hoje três freelancers nas ruas, e poderia ter mais, não fosse o criterioso processo de escolha feito por Nayana e Daniel. “São pessoas tão capacitadas como nós, amigos que preferem não abrir suas próprias empresas. Eles usam nosso nome, nosso material e até espaço físico, se for preciso. Porém, eles estão quase sempre em externa, atendendo os clientes mais atarefados, mais uma prova da nossa obsessão por personalização”, afirma. Cada freelancer consolida em média dez vendas semanais, com a devida comissão da Imagine. “Essas 120 vendas por mês arcam com todas as despesas mensais da agência”, revela a empreendedora. INTERNET A internet é um concorrente brutal, mas ao mesmo tempo é um dos maiores aliados de um agente de viagens habilidoso, na visão de Nay. “O profissional que disser que nunca perdeu uma venda para uma OTA está mentindo, mas, por outro lado, se não existisse a internet, ficariam remotas as chances de mostrar a utilidade do meu trabalho e o valor agregado à minha venda”, avalia. “Além disso, a internet serve para divulgar a agência, e isso já me trouxe vários clientes que nem são de Florianópolis. Embarquei passageiros sem nunca vê-los, mas sempre via indicação.” Há dois tipos de viajantes de lazer que buscam a Imagine: quem chega com a página da OTA impressa pedindo para a agência bater o preço, público composto pelos mais jovens, e quem pede conselhos de viagens com base no orçamento, composto geralmente por pessoas de maior poder aquisitivo e menos tempo para traçar planos. “No primeiro caso, temos de desmistificar que é mais caro comprando conosco,

e quando de fato o preço on-line está imbatível, mostramos todos os nossos diferenciais. No segundo, geralmente são executivos acima de 40 anos que pretendem viajar com a família para o Exterior, mas têm vida muito atribulada. Tratamos os dois com a mesma responsabilidade.” A fama no lazer levou alguns clientes a confiarem as viagens corporativas à Imagine, que atende seis empresas de pequeno porte. Aos poucos, a empresa vai se especializando também nesse tipo de embarque. Quando busca um consolidador, operador, hoteleiro ou outro fornecedor, Nayana procura principalmente quem oferece alto suporte durante a viagem. “Agilidade no pré-venda e transparência são cruciais, e o pós-venda jamais pode ser esquecido, pois é nele que preciso verificar as taxas cobradas principalmente na hotelaria. É um trabalho diário, já que fragmentamos 80% das viagens vendidas, negociando aéreo, hotel, seguro. Raramente compro empacotado, a não ser quando o preço fixo vale muito a pena”, conclui a agente, que não é associada a nenhuma entidade, mas gosta dos eventos Braztoa. “Acredito que a Abav não tem um marketing bom o suficiente para o cliente final. É isso que queríamos de uma associação, um trabalho dedicado ao consumidor, mostrar para ele que agência não é mais cara do que o on-line.” t

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SINTONIZADOS

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Na faculdade de Hotelaria começava a história de amor e empreendedorismo de Karen Akiko Mariano, de 27 anos, e Daniel Delarissa Barros, de 28. Depois de algum tempo no setor de hospitalidade, o casal de viajantes resolveu transformar paixão em negócio. Criaram, então, a Sintonia Turismo, nome fiel ao modelo de negócio da agência do ABC Paulista. Quem vê a estrutura enxuta na casa em que moram pode não acreditar em seu volume de negócios. A Sintonia começou em julho de 2014, no boom da crise, quando todas as previsões apontavam para o caos no agenciamento de viagens do Brasil. “Enquanto muitos falavam em fechar, achamos que ali havia uma lacuna de mercado. As coisas deram tão certo que hoje até corporativo atendemos. Somos parceiros de agências maiores que atendem contas como HP, Dell e Smart Fit, além do agenciamento direto com empresas de menor porte. 30

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São clientes bem exigentes, mas hoje esse segmento representa 30% de nosso volume de negócios”, revela Barros. Do alto de seu patamar atual, a Sintonia começou com uma lenta divulgação entre amigos, e a rede de clientes foi crescendo, crescendo e “hoje devemos estar na sexta cadeia de indicação”, aponta Karina. “Antes conhecíamos todos os contatos, agora aparece gente que foi indicada, mas nem sempre sabemos de onde. Gostamos sempre de tentar mapear nossos clientes, pois indicação é sinônimo de fidelidade, e nosso contato é tão próximo que podemos desvendar o perfil do cliente a depender de quem indicou”, completa. Surpreendentemente, toda essa cadeia de amigos em comum não surgiu na internet. O casal de millennials bem que tentou utilizar as mídias sociais para atingir seu público, mas notou pouco resultado. “Temos

nossos canais nas principais redes, mas por credibilidade em caso de busca do cliente. Em termos de venda, pouquíssimo foi convergido on-line, e como não trazia resultados, cessamos os posts patrocinados”, justifica Daniel Barros. AMIGOS DAS OTAS Mas isso não significa guerra ao mundo on-line, aliás, muito pelo contrário. Ignorar a internet seria suicídio para os dois agentes home office. Whatsapp e e-mail são ferramentas cruciais de trabalho, obviamente, mas as OTAs, tão massacradas por grande parte da categoria, também são aliadas do casal. Decolar, Expedia, Booking e Hoteis.com e seus programas de afiliados são seus fornecedores, não concorrentes. “Eles não querem nos engolir”, afirma Daniel. “Em 2017, cerca de 5% de nosso faturamento veio via OTAs,

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algo em torno de R$ 115 mil. Isso para o terrestre, pois passagem aérea evitamos emitir com as OTAs, que têm atendimento mais engessado e ficamos muito dependentes. Isso vai contra tudo o que pregamos na Sintonia, que é agilidade na resolução dos problemas.” A agência faturou R$ 2,2 milhões em 2017, crescimento de 70% em comparação ao ano anterior. Outra ferramenta “amiga” é o Trivago. Os agentes buscam reviews, imagens e preços no site e, na maioria das vezes, conseguem condições melhores com seus próprios brokers. Amiga de um lado, percalço de outro. Uma das práticas que mais demandam tempo desses millennials é quando o cliente, que varia de 18 a 45 anos, duvida de seus valores e até idoneidade ao compará-los com o das agências on-line. “Gastamos boa parte do nosso dia com isso. Sempre vem gente com reserva de Booking, taxas escondidas, câmbio diferente. Passageiro que acha que estamos tentando enganá-lo, pois tem muito cliente que não engole essa história de valor agregado de serviço”, afirma Karen. “O que tira nosso sono é gente

que faz todo serviço conosco e acaba fechando via OTA.” Mas como uma agência que presta serviços desta maneira consegue se diferenciar a ponto de ter faturamento milionário mesmo com uma estrutura tão enxuta? Como alguém que recorre às OTAs ganhou importantes contas corporativas? VERSATIBILIDADE Com flexibilidade. De pagamento, atendimento, ferramentas, fornecedor. Como no interior, as pessoas se conhecem no ABC Paulista, e o casal quer estar na boca do povo. “Trabalhamos muito em cima de cada cliente, só assim o pós-venda será sinônimo de indicação. Se identificarmos que um pacote de uma grande operadora para Porto Seguro ou Serra Gaúcha satisfaz o cliente, é nele que vamos. Se notarmos um viajante de perfil mais exigente, com maior poder aquisitivo, buscamos sua viagem ideal à Europa. Serviço por serviço, montamos os pacotes em cima disso”, afirma Karen, com elogios a Interep, Trend e CVC. “Mais um diferencial é flexibilidade de pagamento, respeitando o caixa, os

fornecedores, entre outras condições”, continua o marido e sócio. Flexibilidade também nos destinos. Em um 2016 com dólar exorbitante, “racharam de vender” Peru e vizinhos sul-americanos. Em 2017, Orlando, Miami, Nova York e Europa voltaram forte. No doméstico “temos dificuldade de vender por falta de infraestrutura, mas ainda assim acontece. Sentimos muita falta dos órgãos competentes investindo nesse potencial todo do Brasil”. Por ter formação na área, o casal, que sempre gostou de viajar, priorizava os agentes, mas sentia que não recebia um atendimento adequado na região. Isso motivou Daniel e Karen a abrirem a Sintonia, e hoje as perspectivas são das mais animadoras possíveis. “Não devemos fechar o ano com menos de 15% de incremento em comparação ao 2017. Estamos no caminho certo, fazendo sobretudo com amor, carinho, fazendo o que gostamos. Isso nos faz ver cinco, dez anos atendendo mais gente, quem sabe com uma estrutura maior. Pouca coisa é tão boa quanto um feedback positivo”, concorda o casal. t 4 a 10 de abril de 2018 — PANROTAS

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AMIGAS, AMIGAS

t Duas amigas apaixonadas por Turismo. Uma pelo marcante intercâmbio, outra pelo prazer em vender. Amigas desde a infância, Natacha Hessel Fanganiello e Rafaela Vieira de Souza, seguiram caminhos diferentes que levaram ao mesmo lugar: uma agência de viagens e intercâmbio em Tatuí, cidade a 150 quilômetros de São Paulo. As jovens de 28 anos hoje compartilham, além da amizade, o espaço físico, o know how e as experiências, mas não são sócias. Há aproximadamente oito anos, Natacha passou pela “melhor experiência de sua vida”. Intercâmbios geralmente costumam tocar o coração dos jovens brasileiros, mas com ela o encanto foi em um nível além. Assim que voltou, estava decidida a compartilhar ao menos um pouco do que viveu no Canadá com outros estudantes. Começou a trabalhar em uma agência da capital paulista e, daí para empreender, foi rápido. 32

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Em 2013, aos 22 anos, voltou para a cidade natal para ser a dona da única loja exclusivamente de intercâmbios de Tatuí. E assim continua. Já Rafa trabalhava em uma drogaria da cidade e, a fim de mudar de ramo, deixou o currículo na franquia local da CVC. Comunicativa, entendia mais de vendas do que de viagens, mas conseguiu o emprego e daí, com a antena ligada, rapidamente se entrosou com a linguagem, os produtos e as técnicas do Turismo. Após alguns anos na franquia, sentiu que o modelo a limitava e queria criar mais, incrementar as vendas. “Eu via coisas melhores na concorrência e nem sempre podia cobrir. Devo muito à CVC, mas as coisas melhoraram quando virei dona do meu próprio negócio.” Hoje a Imagine Intercâmbio, de cinco anos, divide espaço com a Le Monde Viagens, de pouco mais de um ano, por uma questão de conveniência. Ali

dividem as despesas da loja, das contas de energia à publicidade, e fazem do local um hub de viagens na cidade de aproximadamente 120 mil habitantes. Quem pretende deixar Tatuí para viajar, seja de férias ou para estudar, tem à disposição “o point das millennials”, que também opera câmbio e, por que não, serve um cafezinho em espaço confortável. IMAGINE INTERCÂMBIO Por mais que a agência seja física, um volume considerável de vendas é realizado para intercambistas que Natacha Fanganiello nem mesmo conhece. Tudo isso graças ao forte investimento da Imagine no Facebook, com mais de 30 mil curtidas, e no Instagram, além das recomendações de clientes fiéis. A millennial tem base de clientes fixa em Indaiatuba, Campinas, Jundiaí, Guarulhos e até

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Rafa Souza e Natacha Fanganiello

São Paulo (capital), cidades maiores e que nem pertencem à região de Tatuí. “Eles nos encontram em pesquisa na internet. No começo eu ficava até surpresa com esse fluxo, mas hoje já virou uma realidade. Embarco muitos passageiros sem nem mesmo conhecê-los, como uma agente de viagens humana, mas de maneira remota, o que é diferente de falar com um robô”, contrasta Natacha. “Por ser agência de intercâmbio, raramente sofremos com o peso de um cliente nos confrontando com promoções e tarifas enganadoras de OTAs. Quando isso acontece, a Ancoradouro cobre a maioria desses preços.” O fato de não ser uma agência tão grande, a ponto de ser considerada artesanal, abre muitas portas para a Imagine. Natacha garante que não cobra a chamada “taxa de administração” das grandes concorrentes, e isso barateia o custo final do viajante. Outro benefício de ter uma estrutura enxuta e estar inserida em uma cidade de interior é a flexibilidade para se fazer acordos. Em parceria com colégios de ensino

fundamental e médio e escolas de idiomas da região, Natacha realiza palestras aos alunos para mostrar os benefícios de um intercâmbio para vida pessoal e profissional, e esse é um de seus maiores vetores de venda. Canadá, Irlanda e Austrália são seus destinos mais vendidos. Os Estados Unidos são líder em procura, mas fraco em conversão, devido ao câmbio, vistos e ausência de uma identidade multicultural. O que tira o sono da agente de intercâmbio são o homestay, modelo em que seu cliente se instala na casa de uma família no Exterior. “Enquanto o cliente não chega e diz que foi bem recebido, é um sufoco.” Por outro lado, o que faz tudo valer a pena é ver que participou de um momento espetacular da vida do cliente. “Não tem como não se sensibilizar com isso, o carinho e a emoção. Não tem dinheiro que pague essa conquista”, confessa Natacha. É óbvio, entretanto, que lucrar é sim, muito importante, e esse é outro aspecto que também satisfaz. “Claro que tem meses de alta e baixa, mas no geral estou muito feliz com o retorno financeiro”, aponta, traçando planos para o futuro. “Talvez eu não tenha mais necessidade do espaço físico. É possível que o número de agências tradicionais diminua por conta da internet, mas no interior isso está longe de acontecer, pois aqui a amizade, confiança e olho no olho ainda são imprescindíveis.” LE MONDE Quem também se beneficia da localização são Rafaela Souza e sua sócia Alessandra, com seus mais de 17 anos de Turismo. A millennial relembra que todo receio vivido ao abrir o negócio foi dissipado ao, na primeira semana, fechar um grupo para o Marrocos e, na semana seguinte, 50 passageiros para Natal. Ali naturalmente se definia um nicho, apontado por especialistas como um dos mais rentáveis do Turismo: a venda de grandes grupos. Se a internet atrapalha as vendas no meio físico com os clientes millennials, há muito aposentado querendo viajar e sem habilidade com a web. “O público de terceira idade no interior ama viajar em grupo, e eles não gostam de se sentir desamparados nem antes e nem durante a viagem. Eles vêm à Le Monde

buscando confiança e segurança. Na maior parte das vezes são nossos conhecidos e querem que uma de nós embarque junto”, conta Rafa, feliz por ter encontrado seu nicho. “E assim foi: Terra Santa, Espanha, Chile, Peru, Portugal, circuitos europeus, Jericoacoara, resorts Iberostar, Grand Palladium... tudo na base de 30, 40 passageiros. Nesse um ano, contratamos mais duas funcionárias e o volume só aumenta.” As facilidades para os viajantes mais velhos são opções de pagamento como boleto, pois nem todos têm cartão de crédito, as reuniões préviagem em ambiente propício, para acertar qualquer tipo de desencontro de informações, o que é fundamental para um grupo, principalmente com idade tão avançada, e plantão 24 horas durante todos os dias da semana. Mas não é só de grupos e nem de idosos que vive a Le Monde. A agência também recebe viajantes mais novos interessados em viajar sozinhos, ou em família. Nesses casos, a solução é fragmentar a venda com diferentes intermediários e, por que não, consultar os empacotados. “Muitas vezes eles satisfazem os clientes. Tem muita gente que eu conhecia da franquia cujo potencial de vendas é enorme. Gente que viaja com frequência e leva a família. Consulto Visual, Flytour Viagens (hoje Flytour MMT), Ancoradouro, e até a própria CVC. Trabalho com cerca de 15 operadoras, me dedico à viagem de cada cliente para achar o melhor custo-benefício.” Outra fonte de receita que enche os olhos (e os bolsos) Rafa são os produtos auxiliares. Cartões de assistência GTA e aluguel de carros, principalmente com a Mobility, são os principais. “São produtos que aos poucos incrementam a receita, e quando conseguimos convencer o grupo da importância do seguro, por exemplo, essa venda em volume dá um bom retorno.” Os próximos passos de Rafa e sua sócia devem ser abrir filial em cidades vizinhas. “Boituva tem um ótimo mercado. Já emitimos passageiros de lá e outros locais da região, tudo pela indicação, que é muito forte no interior e sua elite empoderada.” Nenhuma das agentes é associada a qualquer entidade, e as feiras e capacitações atraem mais a Rafa do que Natacha. n 4 a 10 de abril de 2018 — PANROTAS

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Mercado

Janize Colaço — Orlando (EUA)

UNIDAS EM CAPACITAÇÃO

Pegasus Transportation e Disney receberam 28 agentes e operadores latinos para capacitação em Orlando

Em parceria, o receptivo Pegasus Transportation, de Orlando, e o Walt Disney World levaram 28 agentes de viagens e operadores da América Latina a um dos destinos norte-americanos que mais recebe visitantes da região. Com uma série intensiva de treinamentos, que se estenderam dos dias 13 a 15 de março, os profissionais puderam conhecer de perto os principais resorts do complexo Disney, um de seus navios, além de saberem mais detalhes dos produtos oferecidos pelo receptivo dirigido por brasileiros na Flórida. As agências e operadoras escolhidas, segundo a organização, passaram por 34

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critérios minuciosos. “Levamos em conta tanto os bons desempenhos históricos quanto empresas que têm potencial de crescer [em vendas e parcerias]”, explica a chief financial officer da Pegasus Transportation, Fernanda Vanetta. Ao todo, foram dez empresas brasileiras convidadas: Aerotur, Elite Travel, Heron Tour, Intercâmbio Global, Interglobe Tours, Magic Blue Turismo, Orinter, Virazóm, Travel Logic e Yume Travel. Ter a maioria de brasileiros no treinamento não é mera coincidência: o País continua a ser o principal emissor latino – e um dos top mundiais – em Orlando. Sem detalhar em números, a CFO ainda afirma

Fernanda Vanetta, CFO da Pegasus Transportation

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que apenas os três primeiros meses do ano já demonstram otimismo em relação a 2017. “O brasileiro jamais deixou Orlando, porém nos últimos anos acabou diminuindo a sua frequência. Entre o fim do ano passado e o início deste, entretanto, temos percebido a retomada desse público”, pontua Fernanda. E a recíproca é verdadeira. Em suas duas décadas de atividades, a Pegasus disputa continuamente a preferência do brasileiro e do latino. De acordo com Fernanda, os parques temáticos, bem como as diversas opções de compras, continuam a ser os principais apelos de visita, para os mais diferentes segmentos.

IN LOCO Na hora do treinamento dentro das intermediações do complexo, com direito a visitas técnicas, a gerente de Vendas Internacionais da Disney, Deborah Baldin, que atende a Pegasus e todos os receptivos focados no Brasil, salientou a estratégia de auxiliar os profissionais em uma capacitação realmente eficaz. Nada como estar presente. “Parece que estamos repetindo

a mesma coisa, porém é fato: a capacitação se torna realmente completa quando os agentes e operadores vêm até aqui, conhecem o produto e voltam preparados para atender os hóspedes”, pontua Deborah, que se diz satisfeita com o grupo recebido. “Todos se mostraram bastante comprometidos e focados em aprender cada vez mais.” Em convivência direta com os “alunos”, os gerentes de Treinamentos, Gabriela Delai e Eduardo Rocha, conduziram as visitas técnicas em três resorts, o Beach

Club, Port Orleans e Art of Animation. Além disso, os agentes e operadores puderam conhecer de perto o Disney Wonder — produto que ainda tem uma presença consideravelmente tímida de brasileiros. “É preciso deixar claro que os cruzeiros da Disney não são feitos exclusivamente para as crianças, mas na verdade são para toda família. O que não falta são opções de entretenimento para os adultos, estejam eles acompanhados dos filhos ou não”, esclarece Gabriela. t A equipe da Disney, composta por Eduardo Rocha, Deborah Baldin e Gabriela Delai

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Capacitação contemplou tudo o que os participantes precisavam saber sobre Disney

t TOY STORY LAND VEM AÍ Tanto por parte do parque temático quanto do trade brasileiro, a expectativa é alta para a inauguração do Toy Story Land. O espaço, localizado no Disney’s Hollywood Studios, será inaugurado no dia 30 de junho. “É uma franquia que tem uma recepção muito boa pelos brasileiros e haverá atrações que irão atrair o público das mais diferentes idades”, afirma a gerente de Treinamentos. Entre as atrações já confirmadas do novo espaço, Gabriela destaca a montanharussa Slinky Dog Dash, com capacidade para até 18 pessoas, e um brinquedo galáctico com os alienígenas verdes da Planet Pizza. ESTACIONAMENTO COBRADO Como uma nota à parte das atrações, uma informação que circulava de maneira não-oficial foi confirmada durante o famtur. As reservas com datas a partir de 9 de abril terão estacionamento cobrado dos hóspedes de acordo com a categoria e as noites usadas. Os estacionamentos dos parques, contudo, 36

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permanecerão isentos. “Esta é uma prática que outros parques da Disney já adotam e agora Orlando também se alinhará”, justifica Gabriela. Com a mudança a tabela de preços fica da seguinte maneira: resorts econômicos custarão US$ 13 por noite; nos resorts moderados, US$ 19; e nos resorts deluxe, US$ 24 por noite. NOVOS MERCADOS Além de produtos tradicionais como os pacotes de parques da Disney, Universal e Sea World, a Pegasus ainda conta com opções como Merlin Entertainments (que incluem o Sea Life Aquarium, o Madame Toussauds e a roda gigante Orlando Eye), Kennedy Spacey, Legoland Florida, Wild Florida, Go Card City, City Pass, Cirque du Soleil Las Vegas, além de hotéis e outros produtos disponíveis no Grand Canyon, Los Angeles, Nova York, San Diego e São Francisco. Com o novo escritório no Canadá, novos destinos também serão contemplados. Atendendo todo o Brasil, o receptivo

visa se consolidar também fora do eixo Rio-São Paulo — a fim de conquistar os mercados do interior paulista, bem como o Nordeste e o Norte. O caminho, para a CFO, é o atendimento prestado. “Nosso diferencial é a assistência que oferecemos aos nossos clientes. Temos produtos muito complexos, sejam eles destinados a grupos ou individuais, que demandam desde o serviço aéreo quanto a hospedagem e o transporte local, temos uma equipe capacitada para atender seja em português, espanhol e inglês”, finaliza Fernanda. Para negociar, capacitar e entender melhor a Pegasus, o trade brasileiro conta com a representação da Ideas 4 Brand no território nacional. A empresa é dirigida por Maria Camilla Alcorta, que acompanhou os agentes de viagens latinos na capacitação. Seu e-mail: mariacamilla@ideas4brand.com n

PANROTAS viajou a convite da Pegasus e da Disney, com proteção GTA

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Famtur Pegasus e Disney

Giovanna Paulineli, da Orinter, e Renata Colpo, da Stella Barros

Luciana Mitri, da Intercâmbio Global, e Joseline Ramos, da Interglobe Tour

Robinson Moreira, da Virazóm, e Alessandra Ueno, da Pegasus Transportation

Mickey Mouse entre Eduardo Rocha, Dessie Dulakis, da Disney, Fernanda Vanetta, da Pegasus Transportation, e Deborah Baldin e Gabriela Delai, ambas da Disney Caitlyn Best, do Orlando Magic, e Fernanda Vanetta, da Pegasus Transportation

Maria Camilla Alcorta, da Ideas 4 Brand/Pegasus, Fernanda Vanetta, da Pegasus Transportation, Leonardo Leite, da Disney, e Ingrid Facchinette, da Ideas 4 Brand/Pegasus

José Junior, da Yume Travel, com Sergio Viola e Robinson Moreira, ambos da Virazóm A equipe da Pegasus Transportation com os 28 agentes e operadores da América Latina, na partida de basquete do Orlando Magic contra o Milwaukee Bucks

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LGBTravel

Marcos Martins

NOVO DIRETOR

A Câmara de Comércio e Turismo LGBT do Brasil anunciou Alan Gattiboni como novo diretor de Turismo da entidade. O executivo possui 12 anos de experiência no setor com passagens por Accor e Expedia, além de participar da criação do aplicativo Sonder, que funciona como guia turístico. Ele assume o antigo cargo de Rafael Leick, que deixou o posto para investir em projetos pessoais. Uma das primeiras funções de Gattiboni será o trabalho de coordenação e promoção da Conferência Internacional de Diversidade e Turismo LGBT, programada para 24 a 26 de abril em São Paulo, que contará com apoio da PANROTAS. O novo profissional é bacharel em Administração Hoteleira pela Castelli, Escola Superior de Hotelaria em Canela (RS) e possui especialização em Essentials of Corporate Financial Analysis and Decision-Making pela University of Melbourne/ BNY Mellon e em Financial Engineering and Risk Management – pela Columbia University. n

Alan Gattiboni assume cargo na Câmara LGBT

CONFERÊNCIA INTERNACIONAL

A Câmara de Comércio e Turismo LGBT do Brasil realizará nos dias 24 a 26 de abril, em São Paulo, a segunda edição da Conferência Internacional da Diversidade e Turismo LGBT, que tem a PANROTAS como media partner. As inscrições são gratuitas e o encontro reunirá empresários, poder público e autoridades internacionais, que vão discutir novas práticas para tornar a diversidade um elemento constante no mercado. A programação terá piquenique de grupo com deficiência e discussões sobre Direitos Humanos e comprometimento das instituições com a causa. Site: www.camaralgbt.com.br n

VIAGEM NO ARMÁRIO Apesar de muitos países apresentarem leis favoráveis à comunidade LGBT, um desafio para os gerentes de viagens corporativas é manter a segurança dos seus funcionários quando o destino não é receptivo. A questão é que, embora uma determinada empresa desenvolva uma cultura interna que incentive a diversidade, seus fornecedores em outras partes do mundo podem não compartilhar esses pontos de vista e complicar a experiência. Um levantamento do portal Skift revelou que mais de 70 países ainda criminalizam relacionamentos entre pessoas do mesmo sexo e promovem até mesmo um tipo de “caça às bruxas”. O simples fato de viajar com o parceiro em viagem a trabalho ou utilizar aplicativos gays no tempo livre pode ser crucial. No Egito, por exemplo, a polícia já rastreou o app Grindr para 38

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prender pessoas com a justificativa de “devassidão habitual”, já que a homossexualidade não é proibida no país. Outro exemplo é os Estados Unidos. Ao mesmo tempo em que possui destinos gay friendly como São Francisco e Nova York, o país também conta com leis atrasadas em Estados como o Mississippi, que permitiu aos empresários negar serviços a pessoas LGBTQ com base em crenças religiosas. A principal dica para os gestores é “entrar em contato com organizações de comunidade gay no país de destino” e “divulgar informações gerais aos funcionários”, sem se dirigir ou questionar a sexualidade deles, de maneira que todos estejam cientes e, possivelmente, recusem, caso sintam-se desconfortáveis – sem serem punidos por essa decisão. n

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Sem tĂ­tulo-12 38

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Diagnóstico

Henrique Santiago

LONGE

DO IDEAL A indústria de Turismo vive em constante ascensão. Após superar crises políticas e econômicas globais no início do século, o setor acumulou seu sétimo ano consecutivo de crescimento acima da economia mundial. Entre janeiro e dezembro de 2017, o Turismo cresceu 4,6%, enquanto o PIB global acumulou alta de 3% diante do ano anterior. Esses números foram compilados e divulgados pelo Conselho Mundial de Viagens e Turismo (WTTC). O estudo abrange 185 países e 25 regiões distantes e aponta que a 40

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contribuição direta do Turismo à economia foi de US$ 8,3 trilhões, 10,4% do total PIB global, além de 313 milhões de postos de trabalho, entre diretos e indiretos. Mesmo diante de políticas separatistas, como ameaças de construção de muro na fronteira do México pelo presidente norte-americano Donald Trump, assim como o veto a muçulmanos, a indústria de viagem cresceu em exportações de visitantes. Ao todo, os turistas injetaram US$ 1,5 trilhão em gastos. O segmento de lazer lidera com

folga os motivos de deslocamento pelo mundo, com 77,5% de turistas optando por investir em viagens de férias de pequena, média ou curta duração. O setor corporativo complementa a oferta, com 22,5% de mulheres e homens de negócios adaptando trabalho com diversão, o chamado bleisure. A escolha de destinos domésticos ainda é massiva, com 72,7% de viajantes escolhendo – ou cumprindo reuniões – dentro de seus países. A ida a destinos internacionais compreende 27,3% do total de viagens em todo o mundo.

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EM 2018 Para este ano, as projeções de crescimento seguem animadoras, de 4%, ainda que o desempenho possa ser mais lento daqui em diante, devido à adoção de políticas monetárias conservadoras de Estados Unidos, China, Reino Unido e da Zona do Euro, sendo que esses últimos ainda vivem os embates acerca do Brexit. As regiões Sul e Sudeste da Ásia devem apresentar uma performance acima da média, com altas de 7,2% e 5,9%, respectivamente, consolidando ainda mais a presença asiática como emissor e receptor de turistas. BRASIL LADEIRA ABAIXO A performance da América Latina poderia ter sido melhor se não fosse a degringolada brasileira no Turis-

mo. Em indicadores cruciais, como contribuição direta do setor ao PIB, o País figurou apenas na 118ª posição em uma listagem com 185 nações. Dentro da América Latina, para se ter uma ideia, a indústria nacional esteve à frente apenas da Venezuela, a 131ª colocada, que vivencia um caos político e econômico nos últimos anos, acentuado em 2017 e 2018. A contribuição total ao PIB brasileiro foi de R$ 520,5 bilhões (7,9%), nos posicionando apenas no 117º lugar. Para se ter uma ideia, o setor de viagens contribuiu com 16% da soma de todas as riquezas do México e 12,9% da Costa Rica, e a média global é de 10,4% Em outra análise, o WTTC reforça como o setor é impactante na em-

pregabilidade de profissionais no Brasil. Em 2018, houve contribuição direta na criação de 2,3 milhões de empregos, 2,6% do total da força de trabalho do País. O setor gerou 6,6 milhões de novos postos diretos e indiretos. Mas ao colocar a porcentagem de contribuição direta a empregos, o Brasil despenca para a 123ª posição. As ações efetuadas no fim do ano passado, como a liberação do visto eletrônico para Estados Unidos, Canadá, Austrália e Japão, não trazem indicadores tão animadores a visão WTTC, diferentemente das projeções locais. Em 2028, a instituição global estima que dez milhões de estrangeiros visitarão o Brasil – muito abaixo dos 12 milhões almejados pela Embratur em cinco anos. 4 a 10 de abril de 2018 — PANROTAS

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Memória

Henrique Santiago

FORA DO MAPA No início da década de 1990, o mundo passava por uma enxurrada de transformações geopolíticas e, sem tecnologia de ponta, o acesso à informação não era tão fácil e barato como hoje. Isso representava riscos aos agentes de viagens que, frente a frente com um cliente, poderiam não saber, por exemplo, em que países a União Soviética havia se fragmentado. Há quase 25 anos, o Jornal PANROTAS abordou a desinformação que rondava agências de viagens de todo o Brasil. Diretores da Queensberry e Flot até os dias de hoje, Martin Jensen e Eduardo Barbosa, 42

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respectivamente, já temiam o despreparo de seus distribuidores. A segunda operadora percorreu seus principais mercados para atualizar os parceiros sobre questões do tipo. Em 1993, a PANROTAS, por meio da edição 39 do JP já se mostrava ao lado do agente alertando para causas imprescindíveis em sua atividade. Com a evolução das plataformas tecnológicas, a última novidade da empresa na capacitação de agentes será, este ano, a Central de Cursos e Treinamentos dedicados ao trade em seu portal (veja na página 8).

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A FEIRA EM IGUAZÚ

A primeira edição da Feira de Turismo Regional de Iguazú (Fetur) espera reunir expositores de alto nível com todas as suas ofertas, aproveitando o potencial da localização como destino turístico e sua posição estratégica de ponto de entrada na Argentina. O evento será nos dias 14 e 15 de junho no centro de convenções do Hotel Amérian, em Puerto Iguazu, na tríplice fronteira. “Destinos argentinos, brasileiros, paraguaios e de outras partes do mundo estarão presentes e a ideia é que exponham toda a sua oferta”, afirmou o presidente do Ente Municipal de Turismo de Iguazú (Iturem), Leopoldo Lucas. “Temos o valor agregado de o evento ser realizado na cidade que abriga as Cataratas do Iguaçu, um ponto turístico estratégico que pode ser um ponto de entrada interessante para a Argentina, somado ao enorme potencial que temos pela proximidade com o Brasil e o Paraguai.” Com relação ao desenvolvimento do evento, Lucas especificou que os destinos que estarão na feira para se promover devem pensar que se tratam de mais de dois milhões de potenciais clientes que amam a Argentina. “Sabemos e reconhecemos que tanto brasileiros quanto paraguaios vêm a Puerto Iguazú buscar pacotes turísticos para conhecer o nosso país. É por isso que queremos dar a entender que a feira servirá para ter mais mercado e também para gerar conhecimento no que se refere à promoção da conectividade aérea, pois existem novas empresas com voos diretos”, destacou.

No ano passado, o Parque Nacional Iguazú teve recorde de visitas e, pela primeira vez, superou os mais de 1,4 milhão de visitantes. Janeiro e fevereiro tiveram um aumento de 7% no número de visitantes em comparação com o ano anterior. “O destino segue crescendo O presidente do Iturem, Leopoldo e acreditamos que somar Lucas atrativos, como a feira regional, agregará ainda mais valor a ele. Por isso convidamos para que trabalhem conosco”, completou Lucas. “Vale a pena destacar que Iguazú é puramente turístico e o fato de podermos mostrar à nossa comunidade o trabalho em uma feira de Turismo, ter a presença de outros destinos do mundo e que eles tenham a possibilidade de comprar, para nós é maravilhoso. A partir disso, acreditamos que a sustentabilidade, a conscientização do turista, o interesse da comunidade na atividade serão fortalecidos, que são pontos que estamos trabalhando em conjunto com o prefeito de Puerto Iguazú, Claudio Raúl Filippa, e estamos felizes em dar esse pontapé inicial que será histórico.”n

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Entrevista

Rodrigo Vieira

LUXO INTELI GENTE Simon Mayle, diretor da ILTM Latin America, promete uma feira de nível internacional, mas focada no trade latino-americano

A elite do luxo do Brasil e da América Latina se encontra todos os anos no Pavilhão da Bienal, em São Paulo, para a principal feira de Turismo de alto padrão da região. A ILTM Latin America 2018 acontecerá de 8 a 11 de maio, e a estreia com esse nome, depois de sete anos como Travelweek São Paulo, é apenas uma das novidades do evento. É a oportunidade de dividir espaço com os mais requintados players do Turismo e fazer negócios no mais resiliente dos nichos da indústria. O diretor do evento, Simon Mayle, está determinado a entregar aos participantes as principais tendências das viagens de alto luxo, mas com todo cuidado de transmitir um recorte brasileiro e latino aos expositores e compradores da ILTM Latin America. Ele conta à PANROTAS sobre algumas das marcas que vão expor esse ano, que estão bem além do paralelo destino-hotel, como companhias aéreas, cruzeiros e centros de compras. O britânico também fala sobre as festas propícias ao networking, como a abertura no Palácio Tangará, e dá dados que comprovam a retomada do Brasil no mercado emissor. 44

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PANROTAS — Quais são os destinos e hotéis com que os compradores vão se entusiasmar nesta edição? SIMON MAYLE — O Caribe está de volta com tudo! A região é um case de recuperação, sustentabilidade e determinação. Estamos muito orgulhosos em dar as boas-vindas a participantes da região, como as Bahamas (Baha Mar com Grand Hyatt, Rosewood e SLS Baha Mar), Costa Rica, Cuba, St. Barts, St. Kitts, St. Martin e Turks and Caicos. Além disso, a Europa está melhor do que nunca. Da Turquia à França, da Itália ao Reino Unido, estamos sendo positivamente impactados com produtos fantásticos de cidades e regiões próximas às capitais culturais do mundo. Entre as novas propriedades que merecem registro estão o Las Catalinas, da Costa Rica, São Lourenço do Barrocal, em Portugal, e o Mirante do Gavião Lodge, inserido no meio da Amazônia brasileira. Mas Four Seasons São Paulo, Kempinski Grand Hotel Mazana, em Cuba, e Park Hyatt St. Kitts também não podem ficar de fora da lista. Tem muita coisa boa para 2018.

PANROTAS — Na última edição, você estava empolgado com o crescente número de companhias aéreas investindo no luxo. Voltaremos a vêlas? Por favor, comente sobre outros produtos além de destinos e hotéis que vão expor em 2018. MAYLE — Além de fantásticas aéreas da Oneworld, como British Airways, Iberia e Qatar, nunca se viu tantas companhias de cruzeiros investindo no Turismo de luxo daqui, incluindo Crystal Cruises, Oceania Cruises, Regent Seven Seas, Seabourn e Silversea Cruises. Os trens também estão em alta, e contaremos com o completo portfólio ferroviário da Belmond, que atua em Ásia, Europa e América do Sul, além da Jungfrau Railway, na Suíça. Para quem busca opções de compras, o Freeport Lisboa Fashion Outlet e Vila do Conde Porto Fashion Outlet estarão presentes, além das experiências do poderoso Barcelona Football Club. Estamos igualmente entusiasmados com a presença de alguns líderes brasileiros em operação e consolidação, como Ancoradouro, Nova Operadora, Queensberry, Sete Mares, Signature Travel, Teresa Perez, TGK Tour Operator e Viagens & Cia.

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PANROTAS — Em relação aos buyers, o que esperar esse ano? MAYLE — Temos 12 países latinoamericanos representados, e do Brasil vão agentes convidados de 25 cidades. Os argentinos são os segundos mais presentes. O país vizinho está em uma nítida crescente no mercado de luxo, seguido por México, Peru e Colômbia. Os estreantes do ano são buyers do Uruguai e do Paraguai. PANROTAS — Parece que essa edição está mais focada em networking do que nunca. MAYLE — É maravilhoso celebrar nossa festa de abertura novamente no Palácio Tangará, onde apresentaremos nosso fórum, seguido por um coquetel de boas-vindas. Repetiremos o formato do ano passado, com um programa que reúne palestrantes de alto nível e um networking com a elite de agentes e fornecedores do Turismo de luxo latinoamericano. Ouviremos sobre o cenário econômico local com o especialista em América Latina Marcos Troyjo. Em seguida, temos o prazer em anunciar a volta de Carlos Ferreirinha, um dos mais

conceituados experts em business intelligence do setor de luxo na América Latina, que abordará justamente o que os viajantes locais buscam e como alcançá-los. Na noite de quarta-feira teremos um divertido coquetel patrocinado pelo Turismo de Portugal para todos os participantes após o primeiro longo dia de reuniões. E, como já é tradição, o Hotel Unique recebe nossa icônica festa de encerramento, na sexta-feira, dia em que levamos os convidados à loucura com muito samba. PANROTAS — Quais são as principais tendências vistas na ILTM Cannes que você traz esse ano para a América Latina? MAYLE — O tema da ILTM Cannes 2017 foi #keeptheworldmoving. Uma combinação de grito de guerra e celebração, esse tema busca destacar o impacto que nossa incrível rede global de luxo tem no mundo em que vivemos. Vimos isso no ILTM Global Forum, em Cannes, em que exploramos o futuro do trabalho, da política, dos negócios e da tecnologia como temas-chave.

Seguindo o mesmo tom, mas com recorte local, o tema do nosso fórum no Palácio Tangará será “De olho no Futuro — como será seu negócio na América Latina”. PANROTAS — O Nordeste do Brasil está atraindo os olhos do mercado internacional, a exemplo do novo hub da Air France-KLM em Fortaleza. Isso afeta a ILTM Latin America de alguma maneira? MAYLE — Em janeiro deste ano, os brasileiros gastaram US$ 2 bilhões em viagens ao Exterior, 26,7% mais do que em janeiro de 2017. Brasileiros com alto poder de consumo adoram viajar para celebrar. Até 22 de fevereiro eles já tinham gasto US$ 1,1 bilhão em viagens internacionais. Esse valor é impressionante! E o crescimento está sendo notado em todo território nacional, com o Nordeste sendo mais um vetor de emissão ao mundo todo. Além do mais, a abertura realizada pela Air France-KLM é incrível para muitos europeus, que são loucos para conhecer e descobrir a região, incluindo Jericoacoara e Lençóis Maranhenses, para citar poucos deles.n

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ATENDI MENTO PESSOAL O diretor de Operações e Tecnologia da Ancoradouro, Robson Camargo

Relacionamento: esta é a palavra-chave do atendimento da Ancoradouro. Seja de forma presencial, por telefone, Skype ou e-mail, a consolidadora aposta em personalização para atender a agentes de viagens, com plantão 24 horas, o que tem lhe rendido parcerias duradouras. “O atendimento é feito por uma equipe qualificada treinada unicamente a servir os agentes de viagens”, explica o diretor de Operações e Tecnologia, Robson Camargo. “Nesse setor damos todo o suporte às necessidades dos agentes quanto a reservas, tarifas e emissão em departamentos setorizados contribuindo assim em um melhor conhecimento das companhias aéreas, suas regras e particularidades”.

O presidente da Wings Turismo, William Périco

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Ao longo do ano, a empresa realiza ainda uma série de treinamentos e workshops para capacitar e aumentar a interação da consolidadora com os agentes de viagens. Já bem conhecido na indústria, o Encontro Ancoradouro é o principal deles. Este ano, o evento chega à sua 27ª edição, do dia 3 a 6 de maio e espera reunir 750 profissionais do Turismo, entre clientes e fornecedores. RELAÇÕES DURADOURAS A Wings Turismo, por exemplo, é cliente fiel da Ancoradouro há mais de 30 anos, desde que foi fundada. “As vantagens são muitas, pois conseguimos informar nossos clientes com rapidez e com condições sempre muito competitivas no mercado”, afirma o presidente da agência, William José Périco. Outra relação estável é com a MT Vector Travel Solutions. Cumplicidade, amizade e profissionalismo são, segundo a diretora Fernanda Tedesco, os fatores que contribuem para a parceria, que já dura 26 anos. Já a dona da Café Viagens, Mariana Góes, conta que é cliente Ancoradouro há mais de 11 anos. “Foi o primeiro fornecedor com quem fizemos cadastro”, diz. Para ela, o grande diferencial da empresa é o atendimento pessoal. “Somos parceiros e não Cliente - Fornecedor”.n

#MEULUGARANCORADOURO O atendimento e as parcerias duradouras com os clientes são foco da nova campanha de marketing da Ancoradouro, chamada #MeuLugarAncoradouro. A proposta é espalhar a hashtag pelos quatro cantos - de redes sociais, sites, a eventos da própria empresa e visitas a agências – e convidar parceiros a prestarem depoimentos. “A ideia é mostrar a todos nossos parceiros que, apesar de vivermos em um mercado muito dinâmico e de sofrermos diversas influências macroambientais que transformam o nosso dia a dia, a Ancoradouro se mantém fiel ao agente de viagens e que, por conta disso e de seu atendimento exclusivo e acolhimento caloroso, a família Ancoradouro cresce a cada ano”, explica o gerente de Marketing, Kauê Freitas.

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Rodrigo Vieira

MSC IDs FB: Facebook/ MSC.Cruzeiros.Brazil Instagram: @msccruisesofficial (global) Twitter: @MSCCruzeiros

Em rápida interação, a MSC Cruzeiros respondeu ao relato de um usuário que elogiou uma experiência a bordo de um dos navios da empresa. A armadora também compartilhou o mesmo coração azul – em alusão à cor de identidade da MSC – com outro, e não repetiu o mesmo com os demais, o que demonstra atendimento personalizado e sem padrão automático de interação.

SEGUIDORES/ ENGAJAMENTO Facebook: 4.568.903 curtidas na página/455 interações em um post Instagram: 169,4 mil seguidores Twitter: 27,2 mil seguidores/25 interações em um post Outro usuário entrou em contato com a conta no Twitter para parabenizar a equipe em uma viagem recente. Novamente em pronta resposta, atendimento interagiu retribuindo o carinho de seu cliente.

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Visit Florida ......................... 50 Aventura Mall ....................... 52 Loews Miami Beach Hotel ......................... 54 St. Petersburg........................56 Universal Orlando ................. 58

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EVERGLADES:

Pouco explorada, Everglades é ótimo destino para ecoturismo

ECOTURISMO E DIVERSÃO

Se você nunca ouviu falar de Everglades ou de sua cidade vizinha, Chokoloskee, você não está sozinho! Mas a região é cheia de possibilidades. Everglades é a capital mundial do caranguejo de pedra, fica a 90 minutos a oeste de Miami e a 48 quilômetros a leste de Naples. É também um destino excelente para ecoturismo, caiaque, canoagem e pescaria. Os programas de pescaria são family friendly porque a atividade é em águas rasas, perto da costa em sua maioria, ao longo de riachos margeados por manguezais, perto de bares de ostras e planícies arenosas. Há sempre algo para observar. Minha parte favorita, entretanto, é que você não só está cercado por um cenário lindo, como também pela vida selvagem. Na tarde em que fomos, um grupo de golfinhos seguiu nosso barco e brincou no rastro! Nós também vimos uma águia-careca (bald eagle), pelicanos, ibis, garças, caranguejos azuis e 50

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um peixe-boi. O capitão Gary Byrd, nosso guia contratado para o dia, disse que um lince estava na costa poucas semanas antes. Para nos acomodarmos, ficamos no Miller’s World, do outro lado do Parque Nacional Everglades. E estou falado exatamente do outro lado da rua. O Miller’s World é onde você encontra o Glades Haven Cozy Cabins and Marina. Eles também têm uma loja de conveniência no local com mantimentos e doces, o famoso bar e restaurante Famous Oyster House, uma piscina e muito mais. Ficamos em uma cabine com ar condicionado, com uma varanda envidraçada, e pudemos caminhar da nossa porta até o barco para jantar, ou para ir até o Parque Nacional Everglades. Não é o Ritz (a palavra rústica vem em minha mente), mas é um jeito civilizado de experimentar ótimas áreas ao ar livre. O Miller’s World conta também com casas de madeira para

alugar ou comprar. Nós realmente aproveitamos. Adeptos ao caiaque amarão o destino. Do Miller’s World você pode ir com ou sem guias; eles podem te deixar em vários lugares e você pode voltar feliz para o hotel de paddle. Uma dessas corridas pode ser até o Rio Turner. São entre cinco e seis horas de rio e de vistas gloriosas para a Velha Flórida. A temporada para Everglades e Chokoloskee coincide diretamente com a temporada de caranguejo, de 15 de outubro e 15 de maio. Não há escassez de mercados de frutos do mar para encontrar esses pedaços saborosos de casca grossa. Traga um cooler e leve alguns para casa. Se você está a fim de natureza e aventura, siga para a cidade de Everglades. Para aprender sobre sua fascinante história, visite a loja Ted Smallwood. Ela é repleta de todos os tipos de lembranças e souvenirs, e autores locais podem estar por lá para autografar livros.n

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AVENTURA MALL LANÇA NOVA ALA

A Aventura Slide Tower na nova ala do Aventura Mall

Um encontro de cultura, estilo e bom gosto. A nova ala de expansão de três níveis do Aventura Mall traz novas atrações do Arts Aventura Mall e ofertas de alimentação e compras.

ARTE E ARQUITETURA Um destaque é o escorregador espiral de quase 28 metros de altura, a Aventura Slide Tower. Projetada pelo artista alemão Carsten Höller, a atração é um marco imponente, além de um emocionante tobogã para a diversão de todos. Projetado pelo renomado arquiteto Carlos Zapata, os três principais pontos de design da ala de expansão — transparência, conectividade e integração — oferecem uma experiência única para os visitantes. Uma parede de vidro na entrada oferece uma vista panorâmica da paisagem. Além disso, uma claraboia contínua de 105 metros 52

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proporciona abundante luz natural. “Criamos um local de encontro que celebra a criatividade e oferece aos clientes um lugar para apreciar trabalhos transformadores, normalmente reservados para galerias e museus”, disse a co-presidente e CEO da Turnberry Associates, proprietária e administradora do Aventura Mall, Jackie Soffer. COMPRAS E GASTRONOMIA A nova ala de 96 mil metros quadrados é também um paraíso para os compradores. A primeira Topshop Topman de dois níveis da Flórida é um exemplo. A Zara também fez seu retorno ao Aventura Mall, com a abertura de uma nova loja de dois andares. Tesla, Tumi, Pomellato e Adidas estão entre as novas marcas famosas na ala de expansão. Várias novas opções de alimentação também estão presentes nas partes

interna e externa, incluindo CVI.CHE 105, Genuine Pizza, do premiado James Beard Michael Schwartz, e Blue Bottle. No terceiro andar, o Treats Food Hall oferece uma praça de alimentação e uma gama diversificada de restaurantes locais e nacionais. No último andar da ala de expansão, um salão VIP de mais de 2,1 mil metros quadrados, que será inaugurado até junho de 2018, servirá como um oásis privativo para os visitantes mais exigentes. “Estamos sempre inovando para estarmos sempre à frente da média”, disse Soffer. “O Aventura Mall é mais do que um shopping center. É um local dinâmico e interativo com uma variedade de experiências em moda, cultura, jantares e muito mais.” Para mais informações sobre o Aventura Mall, acesse www. aventuramall.com. n

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Resort tem programação diária para as crianças

DIVERSÃO EM FAMÍLIA Férias são um período para as famílias escaparem, em que memórias para a vida inteira são construídas. Um ótimo lugar para esses momentos especiais é South Beach, no icônico Loews Miami Beach Hotel. Destino de luxo favorito para muitas famílias há anos, o resort à beiramar acaba de passar por uma reforma de US$ 50 milhões e tem mais atividades para as crianças do que nunca. As ofertas do resort incluem atividades diárias no novo SoBe Kids Club, culinária deliciosa para pais e filhos, uma piscina reformada, cabanas privativas e muito mais. Um salva-vidas dá as boas-vindas ao seu menor viajante no SoBe Kids Club do hotel. Com programação durante o dia inteiro ou em período parcial, o SoBe Kids Club tem aventuras no interior e ao ar livre, todas supervisionadas pela equipe especializada do hotel. Jogos, incluindo gincanas, corridas de revezamento e busca de tesouros também fazem parte da diversão diária. Para os pequenos chefs da família, o Loews Miami Beach Hotel oferece aulas de preparação de pizza. 54

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Viaja com adolescentes e jovens? Há opções para eles também. O novo centro de jogos Rec Room oferece entretenimento para os não tão pequenos, com atividades que variam de arcade clássico aos novos videogames. O acesso direto à praia representa um bônus para quem deseja relaxar. No entanto, se a areia e o surfe não estiverem na agenda, as famílias podem mergulhar direto na nova piscina do Loews Miami Beach Hotel. Para as crianças, há macarrão e boias. Para a melhor experiência VIP, o luxuoso SOAK Cabanas do resort vem completo, com ar-condicionado, banheiros, TVs de tela plana, terraços na cobertura, mordomos privativos e outras comodidades exclusivas para até seis membros da família. É a melhor maneira de passar o dia ao lado da piscina. CONFORTO Com relação à gastronomia, o Loews Miami Beach Hotel também coloca a família em primeiro lugar, com cardápios

especiais para crianças em cada um de seus novos restaurantes, incluindo o Preston’s Market, o Miami Joe Coffee Co, o Nautilus e o Bar Collins. As crianças podem desfrutar de opções de entretenimento, como giz de cera, diagramas de colorir e brinquedos interativos enquanto esperam por sua refeição. iPads com fones de ouvido também estão disponíveis, equipados com jogos e filmes. E como o conforto do hóspede é a chave no Loews Miami Beach Hotel, o programa “Deixe para o Loews” do resort garante que qualquer item esquecido esteja disponível para as famílias durante a estada. Esqueceu do tapete de banho ou do brinquedo? O hotel pode fornecer um conjunto adicional de itens para crianças que vão desde berços a luzes noturnas, leitores de DVD, banheiras de bebê e muito mais, mediante solicitação. Os hóspedes também podem fazer compras nas lojas de varejo Splash and Splish. Para mais informações sobre o Loews Miami Beach Hotel, acesse loewshotels.com/miami-beach.n

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MELHORES PRAIAS Já está virando tradição. O Tripadvisor selecionou duas praias de St. Petersburg/Clearwater entre as melhores dos Estados Unidos. O destino é o único da Flórida que aparece duas vezes no Top 10. Com diversas opções de diversão para todas as idades e areia branca, Clearwater Beach conquistou, pela segunda vez, o topo do ranking. St. Pete Beach também teve destaque, com a sétima posição. Clearwater Beach também figura entre as 25 melhores praias do mundo do Tripadvisor, no sétimo lugar (é a única dos Estados Unidos entre as dez primeiras da lista). A lista anual é votada pelos membros da maior comunidade de viagens on-line do mundo. Os vencedores são determinados com base na qualidade e quantidade de avaliações de viajantes e classificações médias coletadas ao longo de 12 meses. 56

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ALÉM DO PÉ NA AREIA Clearwater Beach tem alternativas tanto para quem deseja tranquilidade quanto para quem busca agito. A badalação está no Píer 60 e na marina de Clearwater. Lá, é possível alugar bicicletas que levam de quatro a seis pessoas, conferir lojas de surfe ou apreciar uma maravilhosa gastronomia ao longo da orla. Diversos restaurantes locais, inclusive, unem boa cozinha a entretenimento, com shows de música ao vivo, como o Frenchy’s Rockaway Grill, o Shephard’s Tiki Beach Bar and Grill e o Palm Pavilion Beachside Grill & Bar. Além disso, o Festival Uncorked de comidas e vinhos é um dos eventos gastronômicos mais esperados do ano na praia. Para relaxar, a melhor dica é alugar um gazebo ou um guarda-sol dos comerciantes locais ou caminhar em direção ao norte, parte mais residencial da praia. Nada como sombra e água fresca.

Clearwater Beach foi eleita a melhor paia dos Estados Unidos

Já St. Pete Beach abriga a mais longa extensão de praias públicas intactas da região. Lá, é possível praticar uma variedade de esportes aquáticos, desde parasail e stand-up paddle até windsurf e kitesurf. Há ainda muitos lugares para se hospedar em St. Pete Beach: as praias da cidade estão repletas de nostálgicos motéis e pousadas da Velha Flórida. Para quem opta pela experiência em um hotel cinco estrelas, o Don CeSar, conhecido como “Palácio Rosa”, ou os Tradewinds Island Resorts, oferecem vista para o mar e instalações com serviços completos. Para se divertir longe da praia, vá ao distrito Corey Avenue. Por mais de seis décadas, a Corey Avenue prospera no coração de St. Pete Beach. Há uma variedade de lojas, bem como galerias, restaurantes, o clássico Teatro Beach (Beach Theatre) e muito mais. O ideal é reservar uma hora ou uma tarde inteira somente nessa parte da cidade. n

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EXPERIÊNCIAS INOVADORAS E INCRÍVEIS Nos últimos 25 anos, o Universal Orlando Resort tem proporcionado experiências incríveis que colocam os visitantes no coração de aventuras e histórias poderosas em seus três parques temáticos – Universal Studios Florida, Universal’s Islands of Adventure e Universal’s Volcano Bay – e cinco hotéis dentro do Complexo. Agora, em noites selecionadas, os visitantes já podem ver o “The Nighttime Lights at Hogwarts Castle”, no The Wizarding World of Harry Potter – Hogsmeade. A experiência de projeção mapeada transforma o castelo

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de Hogwarts com apresentações em vídeos deslumbrantes, efeitos especiais e luzes. Em apenas alguns meses, Fast & Furious: Supercharged se juntará ao impressionante line-up de atrações no Universal Studios Florida. Em uma jornada explosiva, os visitantes encontrarão a família Velozes e Furiosos e 15 carros tunados. Já o Universal’s Aventura Hotel dará as boas-vindas ao seu primeiro hóspede em 16 de agosto. Reservas já estão sendo aceitas, com tarifas a partir de US$ 97 (sete noites) e US$ 116 (quatro

noites). O hotel oferecerá benefícios, como entrada antecipada aos parques e transporte cortesia dentro do Complexo. Um novo show noturno em uma lagoa também está chegando ao Universal Studios Florida, com novas animações, músicas e efeitos especiais. Este ano ainda, uma loja Voodoo Doughnut será aberta no Universal CityWalk. Amada por suas criações deliciosamente pecaminosas, ela oferecerá exclusividades únicas como Dirt Doughnut, Bacon Maple Bar, Grape Ape e, é claro, donuts Voodoo Doll. n

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