Edição nº 1.330 - Ano 26 | 25 a 31 de julho de 2018 | www.panrotas.com.br
R$ 11,00
Como fazer negócios com e para o público formado por gays, lésbicas, bissexuais, transexuais e toda a diversidade ligada ao gênero e à orientação sexual? Respeito e tolerância são os primeiros passos. Mas há muito mais a aprender
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PRESIDENTE
José Guillermo Condomí Alcorta CHIEF EXECUTIVE OFFICER (CEO)
ÍNDICE nº 1.330 | 25 a 31 de julho de 2018 | www.panrotas.com.br
José Guilherme Condomí Alcorta
SEÇÕES
CHIEF EVENTS OFFICER (CEVO)
04 Editorial
(guilherme@panrotas.com.br)
Heloisa Prass
CHIEF TECHNOLOGY OFFICER (CTO) Ricardo Jun Iti Tsugawa REDAÇÃO
CHIEF COMMUNICATION OFFICER (CCO) E EDITOR-CHEFE: Artur Luiz Andrade
(artur@panrotas.com.br) Coordenadores: Eduarda Chagas, Henrique Santiago e Rodrigo Vieira Reportagens: Beatrice Teizen, Janize Colaço, Karina Cedeño, Marcel Buono e Raphael Silva Estagiários: Felipe Lima, Leonardo Ramos, Marcos Martins e Marina Marcondes (RJ) Fotógrafos: Emerson de Souza, Jhonatan Soares e Marluce Balbino (RJ) MARKETING Analista: Erica Venturim Assistente: Renata Cruz (suportemkt@panrotas.com.br) PRODUÇÃO Aline Monteiro (aline@panrotas.com.br), Pedro Moreno (pedro@panrotas.com.br) e William Martins (willian@panrotas.com.br) COMERCIAL Executivos: Flávio Sica (sica@panrotas.com.br) Ivie Furlan (ivie@panrotas.com.br) Priscilla Ponce (priscilla@panrotas.com.br) Rene Amorim (rene@panrotas.com.br) Ricardo Sidaras (rsidaras@panrotas.com.br) Big Data: Igor Vianna (igorvianna@panrotas.com.br) Jéssica Andrade (jessica@panrotas.com.br) Assistentes: Ítalo Henrique (italo@panrotas.com.br) Rafaela Aragão (rafaela@panrotas.com.br) FALE CONOSCO Matriz: Avenida Jabaquara, 1.761 – Saúde São Paulo - Cep: 04045-901 Tel.: (11) 2764-4800 Brasília: Flavio Trombieri (flavio@panrotas.com.br) Tel: (61) 3224-9565 Rio de Janeiro: Simone Lara (simone@panrotas.com.br) Tel: (21) 2529-2415/98873-2415
A vida sexual dos viajantes...
05 Check-In
Rodrigo Napoli na GJP
12 Infográfico 32 Diagnóstico
Momento delicado para a consolidação
42 Memória 54 Ladevi - Notícias da Argentina 58 Follow
Redes sociais e o Turismo LGBT
14 LGBTravel
Tudo sobre um dos principais nichos do Turismo mundial
36 Hot Wheels no Beto Carrero World Confira a nova área temática
MARKETING DE DESTINOS Pires e Associados (jeanine@pireseassociados.com.br) ASSINATURAS Chefe de Assinaturas: Valderez Wallner Para assinar, ligue no (11) 2764-4816 ou acesse o site www.panrotas.com.br Assinatura anual: R$ 468 Impresso na Referência Gráfica (São Paulo/SP)
Media Partner
44 St. Martin - O Caribe francês
Destino se recompõe após furacão Irma
Associações
Parceria Estratégica
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Editorial
...
A VIDA SEXUAL DOS VIAJANTES...
não interessa a ninguém, como, apesar da curiosidade patética de nós seres humanos, estarmos sempre conjecturando, especulando e imaginando coisas a respeito do tema. Do ponto de vista dos negócios em Viagens e Turismo, ou mesmo em sua empresa, sempre vem o questionamento: como tratar o viajante LGBT? Com a mesma atenção e naturalidade que se atende um casal heterossexual que vai viajar com os filhos para Cancun. O profissional da indústria, seja ele o vendedor ou facilitador da viagem ou o prestador de serviços, deve focar em atender bem aquele cliente, conhecendo suas necessidades, gostos e pedidos e especiais. No geral, o viajante não quer ser reconhecido por sua orientação sexual, pois isso não deveria ser objeto de curiosidade ou classificação. Ele não quer fazer turismo em guetos. Mas, novamente, como em qualquer segmento, grupo ou nicho, a diversidade dentro da comunidade LGBT é grande e requer um aprofundamento do conhecimento em relação ao cliente, para 1) não constrangê-lo; 2) atendê-lo da melhor forma; e 3) mantê-lo em segurança durante a viagem. E mais uma vez podemos aplicar esses mesmos objetivos a qualquer tipo de turista. Um pai viajando com a filha ficará constrangido se o hotel oferecer uma cama de casal. Ou um casal com diferença de idade não tem que ficar dando explicações sobre a reserva feita. Um idoso pode estar fazendo uma viagem ligada a esportes. Para além do constrangimento, aliás, há os crimes, quando se envolve racismo, ataques à moral e outras deturpações que podem vir do desconhecimento sobre o cliente e dos preconceitos pré-era da diversidade. Atender da melhor forma um casal formado por duas mulheres pode ser oferecer dicas dos melhores restaurantes, shows e praias. Mas pode ser que elas queiram visitar um bar LGBT. Pode ser que não. Deixe que elas procurem, se informem, digam seus gostos. Por outro lado, atender duas mulheres requer de um hotel, por exemplo, amenidades para duas mulheres (se possível sabendo de seus gostos pessoais). Com relação à segurança, a maior diferença vai ser em relação à legislação de alguns países. Como já ocorre
com as mulheres, em certos países árabes. Ou com a diferença da idade legal para bebida alcóolica ou jogo (em alguns destinos 18 anos, em outros 21...). Informação é tudo para o profissional, que deve repassá-la ao viajante. E quem nunca ouviu o caso do passageiro que chegou ao aeroporto com o visto vencido? Ou sem o certificado de vacinação contra a febre amarela? Ou aquele que lotou a mala de frutas brasileiras para levar aos amigos do Exterior... Se beijar em público, claro, em alguns lugares pode ter consequências maiores. De novo: o profissional (agente de viagens, operador, gestor de viagens corporativas, consultor) e o prestador de serviço (hotel, receptivo, tours, passeios, atrações, parques etc.) devem estar bem informados sobre quem é o seu cliente e o que vai fazer. O mapa da homofobia ou das restrições a demonstrações de afeto LGBT pode ser achado facilmente na internet, em sites de entidades como a IGLTA e a OMT, e de associações que lutam pelos direitos LGBT. É complicado (atender ao público LGBT) como é complexo atender aos diferentes gostos das pessoas em geral. Ou a nichos tão diversos como Esportes, Agronegócio, Mice, Observação de Pássaros e Volunturismo. Educação, respeito e tolerância permeiam tudo. E conhecer quem é e o que deseja o seu cliente. A partir daí, você pode montar uma viagem ou experiência inesquecível, seja no topo de um balão na Turquia, vendo os Guerreiros de Xian na China, em uma praia nudista em St. Maarten, observando baleias, leões ou pinguins, ajudando refugiados da Síria ou Venezuela, ou no fervo de São Francisco, Sydney, Buenos Aires e Rio de Janeiro. Qual é o seu cliente? O que você pode fazer por ele? Dar serviço e informação. Não há dúvidas. E ajudar a espalhar o respeito e a tolerância à diversidade. Toda ela. Aproveitem nossa edição especial LGBTravel, uma extensão de nossa coluna semanal e de nossa parceria com a IGLTA e com a Braztoa, que terá continuidade em ações e eventos, como o Experiência LGBTravel, dia 9 de outubro, em São Paulo. Um evento para todos que querem fazer negócios com o público LGBT e também para que esse público conheça o que nossa indústria tem a oferecer a ele.n
Artur Luiz Andrade Editor-chefe e Chief Communication Officer da PANROTAS artur@panrotas.com.br 4
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+Lidas da semana Portal PANROTAS 1 Consolidadoras em debate - parte 1: cessão de crédito é solução ou vilã?
2 Latam muda alteração de voos e cobra marcação de assento
3 Turista morre em nova atração do Beach Park (CE)
4 Consolidadoras em debate - parte 2: há espaço para outro intermediário?
5 Nova aérea de David Neeleman encomenda 60 A220-300
6 Consolidadoras em Debate - parte 3: agentes exigem transparência
7 Singapore é eleita melhor do mundo; Azul a melhor aérea do Brasil
8 Beach Park (CE) inaugura atração radical Vainkará
9 Quem melhor vende cruzeiros em São Paulo? Veja no ranking
10 Imposições de Trump tornam Cuba
Check-in Aviação
LATAM COBRA PARA MARCAR ASSENTO A partir de 16 de agosto, passageiros Latam enquadrados nas tarifas Light, Plus e Top poderão antecipar ou adiar suas viagens para voos na mesma data, ação permitida com até uma hora de antecedência do horário original. Para os clientes com bilhetes Light, o valor de cada um dos serviços será de R$ 75, os quais poderão ser adquiridos pelo site com cartão de crédito ou débito. Quem tem Latam Fidelidade das categorias Black Signature, Black e Platinum, além de passageiros com bilhetes comprados nas tarifas Top e Plus, não pagam por esses serviços. Os usuários da categoria Gold também contarão com a gratuidade até dezembro deste ano. Outra alteração prevista para o mesmo dia diz respeito às regras de marcação de assento, cuja escolha poderá ser feita até 40 minutos antes do horário de partida do voo. O valor cobrado pela escolha do assento será de R$ 15 para tarifa Light e R$ 25 para Promo. Além dos cartões pelo site da aérea, esse auxiliar pode ser comprado diretamente no aeroporto. Não pagam por nenhum dos serviços os clientes Latam Fidelidade das categorias Black Signature, Black e Platinum, além de passageiros com bilhetes comprados nas tarifas Top e Plus. Para os passageiros que optarem em não escolher seu assento, a seleção será feita de forma automática, 48 horas antes do voo.n
‘mais visitável’ este ano
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SINGAPORE, QATAR E AZUL
Aviação +Lidas aviação 1 Singapore é eleita melhor do mundo; Azul a melhor aérea do Brasil
2 Azul Cargo recebe seu primeiro avião cargueiro
3 Florianópolis pode ganhar voos diretos da Tap e Copa
4 Gol amplia pedidos do B737 Max 8 e encomenda B737 Max 10
5 Passaredo troca voo de Três Lagoas
A Singapore Airlines desbancou a Qatar Airways como a melhor companhia aérea do mundo, e a Azul é a melhor do Brasil. Quem banca as informações é o mais respeitado prêmio da aviação mundial, o World Airline Awards, da Skytrax, que somou mais de 20 milhões de avaliações entre agosto de 2017 e maio de 2018, de passageiros de 100 países. A primeira brasileira a figurar no Top 100 é a Azul, na 53ª posição, caindo uma posição em relação ao ano passado — a Avianca aparece em 51a, porém sem a distinção entre “Holding” (a empresa da Colômbia) ou “Brasil”. A Avianca também ganhou como melhor classe econômica da América do Sul. A Latam é a 63ª e ganhou como melhor sala vip da América do Sul. A Gol não está no Top 100, mas é a terceira entre as low cost da América do Sul. Foram 335 companhias aéreas avaliadas, levando em conta aspectos como atendimento no aeroporto e a bordo — o que inclui check-in, embarque, conforto dos assentos, limpeza de cabine, alimentos e bebidas, entretenimento e serviço prestado pelos colaboradores.n
(MS) para Rondonópolis (MT)
6 Aérea argentina reprograma início de voos a Foz do Iguaçu
7 Em renovação, United compra 25 aviões Embraer e 4 Boeing
8 Azul terá mais dois voos
semanais entre Mossoró (RN) e Recife
9 Azul encomenda mais 21
Embraer 195 E-2, chegando a total de 51
10 Azul e Tap serão parceiras da nova aérea de Neeleman
MELHORES AÉREAS
MELHORES DA AMÉRICA DO SUL
1o
Singapore Airlines
Avianca
2
Qatar Airways
Azul
3o
All Nipon Airways (ANA)
Latam
4o
Emirates
Sky
5
Eva Air
Aerolíneas
6o
Cathay Pacific Airways
Tame
7o
Lufthansa
Easyfly
8
o
Hainan Airlines
Gol
9
o
Garuda Indonesia
Austral
Thai Airways
Starperu
o
o
10o
COPA EM FORTALEZA
Na virada de quarta (18) para quinta-feira, a Copa Airlines deu início a sua operação entre Fortaleza e a Cidade do Panamá, conectando a capital cearense com 79 destinos em 32 países a partir do Aeroporto Internacional de Tocumen, seu “hub das Américas”. A nova rota coloca o Brasil como o segundo país com mais cidades atendidas pela Copa, com oito, atrás apenas dos Estados Unidos. A nova rota é operada por aeronaves Boeing 737-800 com capacidade para 160 passageiros, sendo 16 na classe executiva e 144 na econômica. Às quartas-feiras e aos domingos, o voo CM 342 sai da Cidade do Panamá às 15h30 (no horário local) e aterrissa em Fortaleza à 00h20 (horário de Brasília). Já o CM 343, que faz o caminho inverso, sai da capital cearense às segundas e quintas-feiras à 1h25. Nesta semana, no dia 24, Salvador será o nono destino brasileiro da Copa.n
COMPRA CONSCIENTE
As seis unidades B737 Max 8 da Gol encomendadas para 2018 começaram a chegar ao Brasil recentemente, e a companhia já assinou um novo contrato com a Boeing para a aquisição adicional de 15 jatos do modelo. Agora serão 135 unidades, além da conversão de 30 pedidos atuais de Max 8 para 737 Max 10. Espera-se que todas essas encomendas cheguem durante os próximos nove anos.n
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+Lidas gente 1 Turista morre em nova atração do Beach Park (CE)
2 Aruba e Trend promovem jantar sensorial com 15 agências em SP
3 Infinity Blue anuncia ex-CVC Corp
Gente
DE VOLTA À HOTELARIA Rodrigo Napoli, agora na GJP, depois de mais de seis anos e meio na Avianca
como diretor geral
4 Ministério do Turismo tem nova diretora de Marketing; conheça
5 Rextur Advance recontrata
executivo para Vendas em MG
6 Rodrigo Napoli é novo diretor de Vendas da GJP Hotels
7 Hiper Feirão Flytour confirma a presença de Kissimmee
8 Veja os promovidos e contratados da semana no Turismo
9 Dez razões para ir ao La Cita, nos Estados Unidos
10 Hotelbeds anuncia nova diretora de Vendas para Operadoras
Rodrigo Napoli é novo diretor de Vendas da GJP Hotels & Resorts. O ex-diretor comercial da Avianca Brasil, que também soma passagens em Hyatt, Accor e Mercure, voltou à hotelaria para substituir Juan Andrade, que agora assume como diretor de Revenue Management. A rede está focada em hotéis próprios e investindo em reformas completas de seus hotéis, como ocorreu com o Wish Natal (antigo Pestana Natal), reaberto com novo conceito e padrão. Contatos: rodrigo.napoli@gjphotels.com e (11) 3730-4000. Confira a estrutura de Vendas da GJP: Fábio Godinho – Vice-presidente geral da rede Rodrigo Napoli – Diretor nacional de Vendas Juan Andrade – Diretor de Revenue Management Marcos Pessuto – Gerente nacional de Vendas Lazer Vanessa Esteves – Gerente nacional de Vendas Corporativo A GJP foi fundada em 2005 por Guilherme Paulus e conta com dois mil colaboradores.n
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Pancorp
Foto: flickr-zoonyzoozoodazoo
+Lidas pancorp
NEGÓCIO DA CHINA
1 Latam muda alteração de voos e cobra marcação de assento
2 Nova aérea de David Neeleman encomenda 60 A220-300
3 Gestão de viagens na China:
tecnologia oriental com políticas ocidentais
4 Gol aumenta presença em
Campinas com voos a Brasília
5 Como a Kellogg economizou US$
40 milhões em viagens; novo vídeo
6 Ferramenta da CWT refaz
reservas ao encontrar economia
7 Veja os 5 melhores e piores aeroportos dos EUA para o corporativo
8 Embratur abre inscrições para
sete feiras do segundo semestre
9 Delta estuda aumento de
tarifas para compensar alta de combustível
10 Segurança em hospedagem
é desafio para programas de viagens
Pequim é uma potência natural para as viagens corporativas
Os chineses estão gastando grandes quantias em viagens corporativas. Segundo uma pesquisa da GBTA, em 2016, a República Popular da China figurou no primeiro lugar em gastos totais com deslocamentos a negócios, tornando-se o maior mercado de viagens a trabalho no mundo, superando os Estados Unidos. Em 2017, os gastos dos chineses foram de US$ 344,6 bilhões. De acordo com a Cits American Express Global Business Travel, a primeira joint venture sino-americana na China a fornecer serviços de gestão de viagens corporativas, 90% das empresas chinesas esperam ver um aumento na receita vindo do crescimento dessas viagens. O vice-presidente da Cits Amex GBT, Kevin Tan, afirma que muitas das companhias estatais na China estão descentralizadas e têm programas de deslocamentos a trabalho não gerenciados. A maioria dos clientes da TMC é formada por multinacionais americanas e europeias, com viajantes chineses que se adaptaram a um estilo de gestão ocidental, com políticas estabelecidas e aprovações prévias à viagem. É por isso que a empresa vem trabalhando para instruir as empresas chinesas sobre como uma abordagem de gestão ocidental pode levar a oportunidades adicionais de economia de custos, ajudar a cumprir as obrigações do duty of care e a fornecer mais informações sobre o programa. Embora o conceito esteja começando a pegar em cidades como Pequim e Xangai, muitas corporações ainda estão tentando entender o que é uma TMC e como um sistema mais rígido pode ser adotado pelos chineses, especialmente quando os colaboradores se acostumarem com ferramentas tecnológicas avançadas que não são tão disponíveis em programas gerenciados.n
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VCP-BSB AEROPORTOS NORTE-AMERICANOS Las Vegas, Charlotte, Phoenix, Salt Lake City e San Diego têm os melhores aeroportos dos Estados Unidos para o viajante corporativo. Os dados são da Travelbank, que considera fatores como desempenho de chegada no horário, trânsito do aeroporto, preços do estacionamento, qualidade e serviços. Já os terminais de pior avaliação são os dois de Nova York (La Guardia e Joh F Kennedy), Newark, São Francisco e Los Angeles.n
A Gol expande sua presença em Campinas (SP), via aeroporto de Viracopos, com o lançamento de voos diretos para Brasília a partir de 2 de agosto. Trata-se do segundo destino operado pela transportadora desde o terminal de Campinas. Atualmente, voa para o Rio de Janeiro, no Galeão, diariamente. A rota será diária e operada com o Boeing 737-800, com capacidade para 186 passageiros. O serviço de bordo inclui snacks integrais e bebidas gratuitas, além do entretenimento com a plataforma Gol online, que oferece conexão à internet e disponibiliza filmes, séries e acesso à TV ao vivo durante a viagem, sem custos. O G3 1771 parte de Campinas às 6h50 e desembarca em Brasília às 8h25. No sentido inverso, o G3 1772 deixa a capital federal às 21h e chega na cidade interiorana às 22h40.n
Aeroporto de Las Vegas é um dos mais queridos pelo passageiro corporativo nos Estados Unidos
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Hotelaria
Belmond Hotel das Cataratas
Gerard J. Inzerillo, CEO Forbes Travel Guide
SERVIÇO AO VIAJANTE PERSPICAZ O Forbes Travel Guide é uma dessas referências incontestáveis do setor de hospitalidade. A maioria dos hotéis de luxo do mundo busca estrelas da publicação anual. Em tempos de influenciadores digitais e redes sociais, o guia de viagens que leva o nome da revista norte-americana dos bilionários certamente continua sendo um confiável parâmetro para uma legião de turistas com alto poder aquisitivo no mundo todo. O sistema de classificação global independente de hotéis, restaurantes e spas de luxo começou como Guia de Viagens da Mobil, em 1958. Depois, a empresa criou o primeiro sistema de classificação cinco estrelas nos Estados Unidos. Hoje, os avaliadores incógnitos do Guia de Viagens da Forbes viajam pelo mundo classificando estabelecimentos com base em até 900 critérios rigorosos e objetivos. O Belmond Hotel das Cataratas, em Foz do Iguaçu (PR), é na verdade o primeiro sul-americano a conquistar cinco estrelas no disputado guia. Além desta propriedade, o Brasil tem outros sete hotéis classificados com quatro estrelas. A PANROTAS conversou com o CEO do Forbes Travel Guide, Gerard J. Inzerillo, que falou um pouco sobre a conquista do hotel paranaense e posicionou o Brasil no cenário do luxo internacional. PANROTAS – Comente sobre o critério de seleção dos hotéis no Forbes Travel Guide. GERARD J. INZERILLO – Todos os hotéis classificados pelo Forbes Travel Guide provam-se dedicados à excelência em servir o cliente. Por mais que a qualidade e o design das instalações sejam, claro, de suma importância, nosso algoritmo considera 75% serviço e 25% para o restante, e isso permite com que os hotéis cujas equipes têm toda habilidade e gentileza para servir cresçam em nosso sistema. PANROTAS – Como o Brasil se posiciona como um destino de luxo no Exterior? Somos vistos como exóticos, de natureza, de gastronomia, de festa? 10 5 a 11.indd 10
Rodrigo Vieira
INZERILLO – Estamos notando um crescente interesse em destinos de natureza e aventura, e há muitos hotéis mostrando que esse tipo de viagem pode ser luxuosa, enquanto oferecem experiências únicas, daquelas inesquecíveis, que se vivem uma vez na vida. Um exemplo no Brasil é o hotel localizado dentro do Parque Nacional do Iguaçu, que por sinal é uma propriedade cinco estrelas dentro de nosso guia, o Belmond Hotel das Cataratas. Situado entre vegetação nativa e as famosas Cataratas, esse exclusivo hotel oferece ao hóspede a melhor vista dessa maravilha natural. O novo e luxuoso Palácio Tangará também fica imerso na natureza, mas esse oásis urbano é situado no meio de São Paulo, no Parque Burle Marx. Claro que o Brasil também é muito forte como destino de praia, com hotéis quatro estrelas como o Belmond Copacabana Palace e o Fasano Rio de Janeiro e suas ofertas de experiências de luxo de areia e surfe. PANROTAS – Como o Brasil poderia ser um destino receptivo mais forte no segmento de luxo? INZERILLO – Creio que se o País continuar a otimizar suas rotas aéreas internacionais, investir em segurança pública e se engajar em atrair o que há de melhor e mais brilhante na indústria de hospitalidade, isso vai garantir um futuro de sucesso em longo prazo no cenário do Turismo de luxo. PANROTAS – Muitos especialistas apontam que o luxo está sendo redefinido na indústria de viagens. Como o Forbes Travel Guide enxerga essa possível alteração de comportamento? INZERILLO – Nós concordamos. Ao longo da década passada, e certamente ainda mais relevante nos últimos anos com o avanço das redes sociais, isso nunca foi tão verdadeiro. Por isso, nós refinamos nosso padrão global todos os anos para assegurar que estamos indo ao encontro deste novo e perspicaz viajante. Por mais que as
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toalhas de mesa de linho sejam luxuosas, não é isso que vai definir uma experiência de luxo, e em nosso sistema nós selecionamos cuidadosamente os padrões de luxo para permitir que cada propriedade decida dentro de uma estrutura mais ampla de critérios. O importante é questionar: afinal, o que é luxo em seu hotel e o que mais importa para seu hóspede? PANROTAS – Para o senhor, quais são algumas das melhores propriedades de luxo? INZERILLO – Claro que todas as propriedades que estão na nossa lista entregam o melhor do luxo. Independentemente se alcançam pelo nível de prêmio recomendando ou o fazem para conseguir uma honra de cinco estrelas, todos os hotéis classificados entendem por que o hóspede está lá e atendem a essa necessidade. Em alguns casos, um hotel atinge o luxo sendo discreto, enquanto, em outros, há necessidade de um programa de entretenimento 24 horas por dia, sete dias por semana. O hóspede dita a experiência que quer e os melhores hotéis são aqueles que reconhecem essas necessidades e as entregam de maneira personalizada.
No Brasil, o cinco estrelas Belmond Hotel das Cataratas mostra o caminho para outras propriedades de luxo. Eles sabem como orquestrar um serviço excepcional ao cliente, de maneira personalizada, genuína e próxima, ao mesmo tempo em que mantêm uma gastronomia fenomenal. PANROTAS – Quais são os principais destinos de luxo no mundo? INZERILLO – São muitos para ser nomeados! Porém, claro que do ponto de vista de dedicação ao serviço ao consumidor de luxo e de maior oferta de acomodações, Macau, com seus 12 hotéis cinco estrelas, seguida por Paris e Nova York, cada um com dez hotéis neste patamar. Ninguém nega que destinos consagrados como Paris e Nova York oferecem hotéis de ponta e têm a economia turbinada pelo Turismo há décadas, mas nós amamos ver estrelas crescendo, e Macau é um grande exemplo de como o PIB pode ser impactado exponencialmente nos últimos anos, e definitivamente não mostra que isso está próximo de acabar.n
Acompanhe essas e outras notícias no
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Infogrรกfico
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Você muito provavelmente está familiarizado com a marca Sucrilhos, o cereal da Kellogg’s, mas talvez não saiba que por trás dela há um enorme conglomerado norte-americano que movimenta cifras milionárias em viagens corporativas. Está no ar mais um episódio da série Connect Stories, produzida pela PANROTAS em parceria com Gol, Delta e Air FranceKLM. Trata-se do segundo de 12 vídeos exclusivos com alguns dos maiores tomadores de decisão do mundo de viagens corporativas, gestores de grandes empresas, como a Kellogg.
7 MIL COLABORADORES em viagem por ano US$ 60 MILHÕES COM DESPESAS EM 2017 Economia de US$ 40 milhões em comparação com 2016, desde a nova política implementada pela diretora de Serviços Corporativos, Cecile Mutch
175 EVENTOS POR ANO
80% DO FLUXO CONCENTRADO NOS ESTADOS UNIDOS
TMCs POR TRÁS DAS VIAGENS BCD Travel – atua no mundo inteiro (exceto Ásia/Pacífico) e tem papel fundamental em uma das viradas da empresa, com o uso das ferramentas Concur FCm – apenas para Ásia/Pacífico
RESULTADOS DE 2016 PARA 2017 • 99% de satisfação dos viajantes; • 68% de aumento de reservas domésticas com 21 dias de antecedência; • 13% de redução no custo neto por milha voada; • 11% de redução na tarifa hoteleira com a ferramenta da Concur; • 10% de aumento em reservas on-line; • 26% de aumento em tarifas acordo com hotéis; • Demonstração da relação direta entre os esforços do programa de viagens com o guideline da companhia.
Assista ao vídeo: panrotas.com.br/connectstories Info1330.indd 13
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ESPECIAL
LGBTravel
Marcos Martins
O PODER DA
DI VER SI DA DE
A questão da diversidade (e da tolerância e respeito a ela) tornouse presente no dia a dia de grandes instituições nos últimos anos, e não é por acaso. Hoje não basta uma marca ou empresa ser eficiente no que se propõe, mas também deve gerar empatia e representatividade, algo que a médio e longo prazos torna-se um diferencial de mercado. Nos últimos anos, o Turismo global passou a vestir a camisa em prol dos Direitos Humanos e visa atender melhor ao público LGBT, formado por lésbicas, gays, bissexuais e transexuais, que detêm hoje um poder de consumo com viagens que está na casa dos bilhões de dólares em nível global, o chamado pink money. Para entender esse segmento, que é algo novo para a maioria dos profissionais do Turismo, é importante prestar atenção nos detalhes. A PANROTAS e a Braztoa realizarão, em 9 de outubro, em São Paulo, o primeiro Experiência LGBTravel, evento para ajudar os profissionais de Viagens e Turismo a fazer negócios com e para esse segmento e para que o público final conheça as novidades da indústria. Já como preparação para o evento e marcando nossa parceria com a International Gay & Lesbian Travel Association (IGLTA), preparamos essa edição especial da revista PANROTAS sobre viagens LGBT — ou LGBTravel. Segundo a IGLTA, o Turismo LGBT refere-se ao desenvolvimento e comercialização de produtos e serviços turísticos para essa comunidade específica. No entanto, é comum encontrar outras composições da sigla como LGBTQ – incluindo os Queer, que rompem com o padrão de heteronormatividade e mesclam características dos gêneros masculino e feminino,
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Walter Wlodarczyk/ NYC & Company
Nova York, nos Estados Unidos, será um dos grandes destaques do segmento em 2019
ou simplesmente de nenhum destes, sendo que o termo é mais utilizado no Exterior. Além disso, não é raro encontrar a sigla LGBT+ que simboliza as variações de sexualidade e gênero que não estão representadas diretamente por esta variação de sigla. E até LGBTI, última terminologia. O importante é saber que são viajantes como qualquer outro, até com mais poder aquisitivo, e que podem ou não ter pedidos e interesses específicos (como qualquer viajante). Neste sentido, vários produtos e serviços podem ser criados ou oferecidos especificamente para os viajantes LGBT pelas agências e operadoras, como as luas de mel, passeios em grupo, eventos e roteiros temáticos, tendo em conta se são ambientes, empreendimentos
e destinos abertos ou receptivos a casais fora do padrão homem + mulher. As famílias em todo o mundo mudaram de cara (em vários aspectos, inclusive o gênero) e o Turismo precisa estar alinhado com as mudanças, se quer ter negócios com todo tipo de família e consumidor. É comum notar também um movimento positivo de autoridades, companhias aéreas e redes de hotéis que buscam garantir que o consumidor, ao visitar os destinos e consumir os produtos, se sintam acolhidos e respeitados como qualquer outra pessoa. Alguns destinos requerem avisos mais reforçados por considerarem crime qualquer manifestação pública de afeto entre pessoas do mesmo gênero ou de “novos
gêneros”. Outros, não recriminam oficialmente, mas na prática, caso da Rússia, fazem repressão ao afeto homoafetivo ou entre gêneros que são “novidade” para muitos no planeta. A Organização Mundial do Turismo (UNWTO) lançou em 2017 a segunda edição do Global Report sobre Turismo LGBT, no qual destaca os avanços na garantia de Direitos Humanos. De acordo com o estudo, as principais conquistas foram a descriminalização de relacionamentos entre pessoas do mesmo sexo, reconhecimento legal do casamento e identidade de gênero em registro civil em vários territórios, além de sanções contra a homofobia, mas vale lembrar que esta não é uma unanimidade ao redor do mundo. 25 a 31 de julho de 2018 — PANROTAS
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DESAFIO NACIONAL A IGLTA trabalha no Brasil apoiada na figura de Clóvis Casemiro, atual coordenador da associação no nosso mercado e incentivador das viagens para o público LGBT há um par de décadas. O executivo trabalha ativamente para estreitar laços comerciais e chegar a novos mercados como Belo Horizonte, Porto Alegre, Curitiba e Brasília, além de fortificar os já consagrados São Paulo e Rio de Janeiro. “Estamos levando ao mercado local destas cidades as informações sobre os membros da IGLTA e como aproveitar dos negócios”, detalha. Outra novidade é que, agora, a IGLTA muda de foco e passa a abranger também o B2C. “Há cinco anos, o número de clientes finais que buscam dicas aumentou muito e resolvemos assumir essa postura, abrindo um blog. Nele, os nossos membros também podem escrever e falar sobre as suas novidades e experiências para atrair o consumidor final de maneira mais compreensível. Dessa maneira, entrou no ar o nosso novo site, que fala tanto com o turista quanto com o profissional.” Para o agente e operador iniciante que deseja entrar de vez no segmento, Casemiro explica que é necessário participar de grupos, reuniões e definir se tem mercado para a empresa neste nicho, alinhando o interesse. A comunidade LGBT possui vários desejos de consumo, mas ele ressalta que nenhum número surgirá imediatamente.
PONTAPÉ INICIAL Com o seu novo formato de revista, a PANROTAS iniciou a publicação da coluna semanal LGBTravel para oferecer espaço ao segmento. Em paralelo à nova seção, houve o anúncio da Experiência LGBTravel, em parceria com a Braztoa. O evento acontece no dia 9 de outubro, das 14h às 20h no Unibes Cultural, em São Paulo, que vai apresentar novas possibilidades de negócios e capacitar agentes e operadores. O evento também será aberto a consumidores. “O Turismo ainda está começando uma trilha para esse público, que não é isolado ou específico, mas tem que ser bem entendido e atendido. Estamos iniciando um novo caminho, que tem se mostrado construtivo, mas não é tão fácil entender este universo imenso, até por sua diversidade. Abrimos uma nova vertente de negócios para os associados e nos unimos a associações e à PANROTAS para fornecer conhecimento sobre esses produtos LGBT-friendly voltados para
Coordenador para o Brasil da IGLTA, Clóvis Casemiro
“O primeiro erro é achar que ao abrir negócio já aparecerão resultados. É preciso criar a sua carteira e saber quem são as pessoas com que deseja falar, mas as pessoas investem sem entender do assunto. Não é porque existe uma comunidade enorme que haverá uma série de resultados positivos automaticamente. O turista LGBT é um recorte de todos os mercados, já que alguns gostam mais de esportes, outros de cultura, e dessa maneira segue.” Fale com ele no clovis.casemiro@iglta.org. n
Presidente da Braztoa, Magda Nassar
consumidores de alto valor”, afirma a presidente da Braztoa, Magda Nassar. “Nossa equipe tem ido a vários encontros e resolvemos criar um evento de conteúdo importante, tanto para o consumidor quanto para os agentes de viagens e operadores”, ressalta. A Experiência LGBTravel debaterá questões de produtos, serviços, hotelaria, destinos e diferentes modelos de famílias LGBT com olhar mais sensível para o tema e há expectativa de grandes
lançamentos, é o que adianta Magda. “Quando falamos em festas, o Brasil tem várias importantíssimas, incluindo a maior Parada LGBT do mundo, em São Paulo. É um segmento que só tende a crescer e, quanto mais falamos, mais promovemos o respeito, pois o nosso País é um dos que mais matam homossexuais, e isso é inadmissível. Temos que dar voz e promover inclusão, o que vai além das festas, obviamente”, finaliza.
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Divulgação
Vereadora Adriana Ramalho, ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes, presidente da Câmara LGBT, Ricardo Gomes, e a embaixadora Débora Barenboim-Salej, do MRE
NOVAS ALIANÇAS O presidente da Câmara de Comércio e Turismo LGBT do Brasil, Ricardo Gomes, participou de uma reunião estratégica com o ministro das Relações Exteriores, Aloysio Nunes, a embaixadora Débora BarenboimSalej e a vereadora Adriana Ramalho, com o objetivo de debater parcerias estratégias com câmaras de outros países. O ministro se prontificou no apoio da formação da Confederação Latino Americana de Economia Social Diversa (CLESD), que tem como signatárias as Câmaras LGBT do Brasil, Chile, El Salvador, Guatemala, Honduras, México, Paraguai e República Dominicana. A cerimônia oficial do grupo acontecerá em setembro, na cidade de Montevidéu, no Uruguai. “Com este acordo fica mais fácil porque toda vez que temos um evento ou associado que está começando o seu trabalho LGBT, servimos de intermediários e contamos com a ajuda de outras
câmaras, que acabam servindo como um parceiro que vai apoiar os nossos membros”, argumenta Gomes. Recentemente, a Câmara LGBT do Brasil assinou um acordo de cooperação de cinco anos com a Embratur e o Ministério de Turismo para realização de ações conjuntas para promover o Brasil LGBT no Exterior e ajudar os destinos a se tornarem receptivos à comunidade. A primeira ação conjunta da Câmara e Embratur será uma apresentação no evento Gnetwork 360, em Buenos Aires, com o tema #HappyByNature: Um Novo Brasil para o Turismo LGBTI+. Será traçado um panorama do País além do sol e das praias, destacando os avanços no desenvolvimento de destinos turísticos e produtos. Além disso, haverá um happy hour na Embaixada do Brasil na capital argentina para operadoras, agências de viagens e influenciadores. n 25 a 31 de julho de 2018 — PANROTAS
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Divulgação/ Ente de Turismo de la Ciudad de Buenos Aires
Buenos Aires é referência em Turismo LGBT
HERMANOS NA FRENTE Nos últimos anos, a Argentina tem dado lições valiosas de como trabalhar o segmento LGBT. O país foi o primeiro da América Latina a aprovar a união entre pessoas do mesmo sexo, em 2010, com a Lei do Matrimônio Igualitário, e soma avanços nas leis de Igualdade de Casamento, Identidade de Gênero e anti-discriminação com apoio do governo. Neste cenário, o setor privado começou a investir em estrutura de bares, discotecas e restaurantes com essa atmosfera. “O Turismo gerado pelo grupo LGBT+ se tornou, ao longo da última década, um segmento chave capaz de garantir o aumento das receitas em diferentes destinos ao redor do mundo. Como o desenvolvimento, é necessário um compromisso social e trabalho de cooperação entre os diferentes setores públicos e privados envolvidos”, argumenta o presidente da Câmara de Comércio Gay Lésbica Argentina (CCGLAR), Pablo de Luca. “Esse panorama da Argentina se
repetiu em diferentes graus em toda a América Latina. Dez anos atrás, apenas o Rio de Janeiro ou Buenos Aires apareciam no radar de turistas como destinos LGBT. Hoje vemos não apenas Argentina ou Brasil, mas também Uruguai, Colômbia, Chile, Costa Rica, México e Peru na promoção dos seus destinos para o público LGBT.” Para manter esse padrão de experiência, o Ministério do Turismo da Nação por meio do Instituto Nacional de Turismo (Inprotur), em conjunto com a CCGLAR e a Câmara Argentina de Turismo (CAT), realiza oficinas de conscientização e treinamento em todo o País com centenas de prestadores de serviços turísticos privados. REFERÊNCIA SUL-AMERICANA Porta de entrada na Argentina, a cidade de Buenos Aires recebe mais de 500 mil turistas LGBT por ano, sendo que 70% permanecem na cidade e o restante viaja pelo país. Neste ano, o segmento já cresceu 4,1% na capital, em relação ao ano passado, e o objetivo é continuar
com estes índices expressivos. “É bom notar que toda a cidade está aberta sobre este assunto. Embora existam lugares LGBT específicos, o turista consome todos os segmentos como lojas e design, gastronomia, cultura e noite, sem haver um bairro específico LGBT, mesmo que tenhamos as regiões de foco na promoção. Toda a cidade é diversa e plural, onde o vizinho está aberto ao respeito e os turistas se sentem confortáveis para se expressar como quiserem”, explica o coordenador do segmento na Junta de Turismo de Buenos Aires, Felipe Crevatini. Um dos principais circuitos da comunidade em Buenos Aires está localizado paralelamente à avenida central Santa Fé, da esquina da rua Rodríguez Peña até o cruzamento com a avenida Coronel Díaz, no Barrio Norte. Nos arredores estão agrupados os endereços de boates mais tradicionais da cena LGBT da cidade, que abrem a partir da meia-noite.
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Ação do Turismo de Buenos Aires
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PERFIL DOS TURISTAS A comunidade LGBT é tão diversa quanto qualquer outra e, para utilizar como exemplo, entre os norte-americanos desse público que visitaram o país em 2017, a maioria é composta por homens acima de 40 anos, sendo 75% deles casados ou em relacionamento sério e 54% moradores de grandes centros urbanos. O público LGBT americano realiza de quatro a seis viagens de lazer por ano, contra de uma a duas da média global. A principal motivação de viagem foi explorar os lugares e vivenciar novas experiências (84%), à frente do foco em gastronomia (75%). “De qualquer forma, não existe um perfil turístico LGBT que nos permita definir uma única estratégia. Cada destino, provedor e empresa deve estudar e investigar que parte do nosso grupo responde melhor à oferta que eles têm.” Segundo Pablo de Luca, mais de 30% dos LGBT levam em consideração os eventos na decisão pelos destinos ou produtos turísticos que vão comprar. O destaque são as paradas e competições esportivas, como os Gay Games, além de cruzeiros gays, festivais lésbicos e resorts exclusivos. Mas há uma grande parcela do público LGBT que viaja pelo mundo, sem estar atrelada a eventos específicos ou a interesses da comunidade LGBT. n
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Divulgação/ Ente de Turismo de la Ciudad de Buenos Aires
Tango Queer é uma das atrações culturais
DESTINO EM ALTA
“Nos próximos meses, vamos continuar o trabalho de promoção no Exterior. Em setembro, teremos ação no Chile e, em novembro, uma missão comercial para apresentar a cidade em Washington DC para embaixadas, operadores locais e agências, logo após a participação no Gnetwork 360”, adianta Crevatini. Vale lembrar que, de 21 a 24 de agosto, acontece no Alvear Palace Hotel, em Buenos Aires, a 11ª edição do Gnetwork 360, conferência internacional da CCGLAR. O evento reúne mais de 1,5 mil participantes de 18 países durante quatro dias de programação, incluindo oficinas, apresentações, workshops, conferências e reuniões de negócios, gerando novas parcerias B2B. NO RETROVISOR O Rio de Janeiro perdeu destaque para Buenos Aires na cena LGBT da América do Sul, mas o Rio Convention & Visitors Bureau segue empenhado em melhorar esta situação. “Temos um mercado LGBT que se mostra viável financeiramente e parece voltado apenas para festividade, mas é muito sério. A capital está no imaginário natural dos estrangeiros como gay-friendly, mas eles têm pouca informação sobre o destino, e isso inclui detalhes de programação, eventos e o que temos a oferecer”, ressalta o coordenador de Congressos e Eventos do Rio CVB, Eric Boulanger. A imagem do País, de violência em geral e contra o público LGBT especificamente, não ajuda, mas o Rio ainda é no imaginário em geral sonho de consumo. Em relação aos lugares mais visitados, o executivo destaca que há os mais
Entre os mais de 39 milhões de turistas internacionais que o México recebe, estimase que, desse número, cerca de três milhões de pessoas fazem parte da comunidade LGBT. Para impulsionar os resultados, há um programa de capacitação LGBT-friendly tendo como foco Puerto Vallarta, Cancún, Riviera Maya e Cidade do México que, por consequência, são os mais populares entre esses viajantes. “O objetivo é fazer com que
populares na comunidade gay, como a orla no Posto 9, a Lapa e o “baixo Ipanema”, mas os pontos turísticos famosos nunca saem de moda, incluindo o Corcovado, Pão de Açúcar e o novo Boulevard Olímpico. “Ipanema e Copacabana são as regiões mais tradicionais, mas a Barra da Tijuca nos últimos seis anos tem despontado em vários cenários. É um Rio moderno, com muita vida, mas a comunidade participa de atividades como qualquer outra, só que com o viés de respeito e tratamento”, ressalta. DESTAQUE GLOBAL A cidade de São Paulo é famosa por realizar a maior parada LGBT do mundo. Neste ano, três milhões de pessoas marcaram presença no evento que teve 18 trios, de acordo com informações da APOGLBT-SP, ONG que realiza o evento. A ocupação hoteleira foi de 75% no final de semana da parada, considerando sábado e domingo, e 58% somente para o domingo, em relação aos hotéis consultados pelo Observatório de Turismo e Eventos da SP Turis (OTE). Em entrevista com 1,1 mil participantes da parada de 2017, cerca de 51,3% eram gays, 19,3% héteros, 18,9% lésbicas e 10,5% bissexuais. Os brasileiros foram maioria absoluta (99%) com destaque para residentes da cidade de São Paulo (75,7%), sendo que 72,3% do público presente em 2016 também compareceu em 2017. O gasto médio pessoal dos paulistanos durante a parada foi de R$ 103,27 e, em relação aos turistas, eles ficaram 2,1 dias, em média, com gasto de R$ 1.112,17 na sua permanência.
mais destinos mexicanos possam desenvolver produtos e se promover internacionalmente”, explica o diretor para a Flórida e Caribe do Mexico Tourism Board, Ivan Martinez-Vega. De acordo com o órgão mexicano, os turistas da comunidade LGBT são jovens, viajam não apenas em temporadas, mas em qualquer época do ano, costumam fazer roteiros em casal, possuem boa posição financeira, já acabaram os estudos e não têm filhos. n
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Entrevista Divulgação/ Marriott
Apoorva Gandhi, vicepresidente de Assuntos Multiculturais da Marriott International
PANROTAS — Como a Marriott trabalha a questão da diversidade? APOORVA GANDHI — Esta tem sido uma jornada muito longa. O valor da diversidade e inclusão está em nosso próprio DNA desde o início. Quase 20 anos atrás, em 1999, fomos a primeira grande empresa hoteleira a oferecer benefícios iguais e cobertura de seguro de saúde para parceiros domésticos do mesmo sexo de nossos associados. Apoiar e melhorar o Turismo LGBTQ é mais uma forma significativa para a Marriott expressar nossos valores e comprometimento inabalável com a inclusão.
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PANROTAS — De que maneira os hotéis estão preparados? GANDHI — As propriedades hoteleiras e suas equipes compartilham a visão da Marriott quando o assunto é receber a todos. Nosso presidente, Bill Marriott, frequentemente nos lembra que, se cuidarmos de nossos associados, eles cuidarão de nossos hóspedes. Entendemos nossas responsabilidades para definir o maior exemplo possível. Dedicamos recursos para educar e inspirar nosso pessoal a entender o valor das diferenças e dar as boas-vindas a todos os hóspedes. Muitos de nossos hotéis hospedam conferências LGBTQ, exposições e festas de gala, além de ajudar muitos casais gays e lésbicas a celebrar seus casamentos. PANROTAS — Qual análise você faz da indústria hoteleira com a diversidade? GANDHI — Pela nossa experiência, a indústria da hospitalidade e viagens tem sido pioneira no avanço da inclusão. Também reconhecemos que este pode ser um desafio para os viajantes LGBT, pois as leis e os costumes em algumas partes do mundo podem ser desrespeitosos, até hostis na pior
das hipóteses. O que os líderes de hospitalidade podem garantir é que todos, independentemente de quem sejam ou amem, devem se sentir seguros, bem-vindos e confortáveis. PANROTAS — Quais serão as próximas ações da Marriott? GANDHI — Um de nossos objetivos é continuar expandindo nossa competência cultural para incentivar os associados a dar mais um passo com confiança para cada hóspede. Na minha função, penso nisso como uma ponte, mentora e parceira de todas as nossas marcas, para ver nossos clientes como realmente são e aprender o que os manterá voltando de novo. PANROTAS — Qual a sua mensagem para os profissionais brasileiros do setor? GANDHI — O Brasil é um destino maravilhoso para todos os viajantes e conhecido por sua cultura única e hospitalidade muito calorosa. Não é surpresa que os visitantes LGBTQ estejam entusiasmados em viajar ao País. Os viajantes LGBTQ não estão à procura de tratamento especial ou privilégios, mas simplesmente receber as mesmas boasvindas que você dá a todos. n
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Divulgação/ Sonder
Casal viajou para Seychelles e desenvolveu guia de atrações para aplicativo
6 DICAS PARA ENTRAR NO MERCADO LGBT+ POR ED SALVATO, AUTOR DO LIVRO HANDBOOK OF LGBT TOURISM AND HOSPITALITY: A GUIDE FOR BUSINESS PRACTICE 1 - INVISTA EM EDUCAÇÃO E TREINAMENTO A falta de consciência é o maior obstáculo para alcançar os viajantes LGBT. Os objetivos das aulas são simples: atender melhor aos convidados LGBT e evitar comentários descuidados 2 - PASSE IMAGEM DE LGBT-FRIENDLY É importante demonstrar ativamente que a sua empresa é uma aliada 3 - MARKETING DIRETO PARA O SEGMENTO É FUNDAMENTAL A rede LGBTQ está conectada fortemente dentro do segmento e, quando você ganha conexões, sua rede começa a se expandir no “boca a boca” 4 - CRIE PRODUTOS ESPECÍFICOS A venda de produtos LGBTQ é a chave para alcançar o mercado 5 - FIQUE LIGADO ÀS TENDÊNCIAS Conhecidos como trendsetters, há muito a aprender com esse viajante sobre o que é novo e atraente, e esses dados podem ser utilizados para atraí-los ao seu negócio 6 - SIGA OS PRINCIPAIS INFLUENCIADORES Descubra quem são os principais instagrammers, influenciadores de mídia, figuras públicas, e acompanhe sobre o que eles estão interessados e para onde estão viajando
OUTROS DESTINOS
A IGLTA fez uma parceria com a Comissão Europeia de Turismo (ETC) e o Visit Flanders para lançar o The Handbook on LGBTQ Tourism in Europe. O guia está disponível para download gratuito e reúne percepções de viajantes LGBTQ sobre 35 partes da Europa em cinco mercados de longa distância: Rússia, China, Japão, Brasil e Estados Unidos. Para baixar, acesse: iglta.org/ research. E neste cenário europeu, a Alemanha desponta com o seu lado colorido, tendo como carros-chefes Berlim, Munique, Colônia e Frankfurt. Na capital, onde vivem mais de 300 mil homossexuais, de acordo com o Germany Travel, o destaque da hotelaria é a Pink Pillow Collection, uma lista de hotéis gay-friendly que assinaram compromisso para receber melhor o viajante. “Esperamos que cada vez mais as pessoas conheçam esse lado da Alemanha, que possui atrações o ano inteiro, não apenas durante as paradas”, ressalta a diretora do DZT (Centro de Turismo Alemão) no Brasil, Margaret Grantham. Na lista de atrações interessantes, além das paradas e festas, são abertos a partir de novembro vários mercados de Natal com a temática LGBT. Em Colônia, a Christmas Avenue fica no chamado Triângulo das Bermudas, uma área entre as ruas Schaafenstrasse e Pilgrimstrasse, sendo o maior mercado natalino do gênero no país. Além disso Munique tem o Pink Christmas, no quarteirão Glockenbach, e Frankfurt também tem a sua versão.
CIDADE LUZ Destaque mundial pelas suas atrações históricas, Paris vai sediar entre 4 e 12 de agosto o Gay Games 2018. A competição esportiva já conta com 10,3 mil inscritos para as 36 modalidades. Além disso, a programação terá 14 atividades culturais e a expectativa é receber mais de 70 nacionalidades. “O evento, que podemos chamar de Jogos Olímpicos LGBT, reúne pessoas de todas as origens, sem discriminação, em torno dos valores de diversidade, respeito, igualdade, solidariedade e partilha”, conta a diretora do receptivo Hola Tour na França, Silvia Helena de Cerqueira, também blogueira no Portal PANROTAS, com o Direto de Paris. Vale lembrar que o bairro Marais é considerado o centro da vida gay parisiense e uma das opções de atividades mais populares é o Cabaré Artishow, com as personagens Framboesa, Lulubelle e Petúnia, que agitam o espaço com as suas performances musicais. NOVOS GUIAS O Principado de Mônaco, a Noruega e as Ilhas Seychelles fazem parte do portfólio da GVA - Global Vision Access no Brasil e são membros da Câmara LGBT, e até o final do ano todos terão guias mobile de Turismo para os viajantes. “O sócio-fundador do aplicativo gay Sonder, Rangel Vilas Boas, viajou para Seychelles em 2017 com seu marido, e o guia sobre o arquipélago foi lançado no app no começo deste ano, com dicas do que fazer no destino, onde se hospedar e como se planejar. Em outubro, os dois irão para Mônaco com outro casal de amigos e, e em seguida, viajarão para a Noruega. Como resultado das viagens, serão lançados guias de cada destino”, explica a diretora da GVA, Gisele Abrahão.
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RIVIERA GAY A região de Miami, nos Estados Unidos, sempre apreciou a comunidade LGBTQ e o Greater Miami Convention & Visitors Bureau tem liderado o trabalho de promoção do destino. Um dos principais parceiros é Richard Murry, fundador e presidente da The Murry Agency, empresa de Relações Públicas especializada no nicho LGBTQ. “Para residentes e empresas em Miami, estabelecemos proativamente as leis de Direitos Humanos, registros de parceria e políticas de contratação de fornecedores inclusivos”, resume. O Miami CVB atua também com o LGBT Visitor Center em South Beach, que fornece dados, publicações e eventos semanais da comunidade. além de apoiar instituições como o Save Dade, National LGBTQ Task Force e Pridelines Youth Services. No cenário internacional, Miami é reconhecida também por eventos de renome como o Festival Gay 8, a Winter Party, o OUTshine Festival de Cinema, o Aqua Girl e a White Party Week. Além disso, a cidade realiza o Miami Beach Gay Pride, festival anual de dois dias que reúne empresas LGBT-friendly, celebridades, performances, opções gastronômicas e uma área de lazer familiar. n
Divulgação
ALTO MAR
Outra possibilidade de produto são os cruzeiros ao redor do mundo e cada vez mais essa indústria tem apostado no segmento LGBT. O diretor geral da Velle Representações, Ricardo Alves, explica o que há de mais atrativo entre as marcas que representa. “A Emerald, por exemplo, é muito procurada por casais LGBTs que procuram tranquilidade e convívio com a cultura local. Os roteiros contam com períodos livres, sem atividade programada, onde os passageiros podem se aventurar pelas cidades. Já a U by Uniworld é mais procurada por jovens que buscam agito e querem conhecer a vida noturna dos destinos.” Alves ressalta também que, ao longo do ano, há roteiros temáticos e boa parte deles têm grande apelo ao público LGBT, como saídas de vinhos e outras com foco em gastronomia e bem-estar, que conta com salas de musculação, aulas de ginástica, opções de massagem e serviços de beleza a bordo. n
Navio The A, da U by Uniworld, faz roteiros com foco em público jovem
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CALENDÁRIO DAS PRÓXIMAS PARADAS DO ORGULHO LGBT EVENTO
DATA
LOCAL
Pride Winnipeg
20 a 29 de julho
Winnipeg, Canadá
Frankfurt Pride
20 a 22 de julho
Frankfurt, Alemanha
PDX Latinx Pride
20 a 22 de julho
Portland, Estados Unidos
Stockholm Pride
27 de julho a 5 de agosto
Estocolmo, Suécia
Christopher Street Day
28 de julho
Berlim, Alemanha
Amsterdam Pride
28 de julho a 5 de agosto
Amsterdã, Holanda
Cork LGBT Pride Festival
30 de julho a 6 de agosto
Cork, Irlanda
Nice Pink Parade
4 de agosto
Nice, França
Hamburg Pride
4 de agosto
Hamburgo, Alemanha
Vancouver Pride
5 de agosto
Vancouver, Canadá
Brighton & Hove Pride
5 de agosto
Brighton, Reino Unido
Prague Pride Parade
6 de agosto
Praga, República Tcheca
Reykjavik Pride
7 de agosto
Reykjavík, Islândia
Montreal LGBTQ Pride
9 a 19 de agosto
Quebec, Canadá
Antwerp Pride
12 de agosto
Antuérpia, Bélgica
Copenhagen Pride
13 a 19 de agosto
Copenhague, Dinamarca
Manchester Pride
24 de agosto
Manchester, Reino Unido
Parada LGBT de Florianópolis
9 de setembro
Florianópolis, Brasil
Dallas Pride
15 e 16 de setembro
Dallas, Estados Unidos
Caribbean Pride
15 a 22 de setembro
Punta Cana, República Dominicana
Malta Pride
15 de setembro
Valletta, Malta
Curaçao Pride
27 a 30 de setembro
Willemstad, Curaçao
Atlanta Pride
13 e 14 de outubro
Atlanta, Estados Unidos
Come Out With Pride Orlando
14 de outubro
Orlando, Estados Unidos
Las Vegas Pride
19 de outubro
Las Vegas, Estados Unidos
Greater Palm Springs Pride
4 de novembro
Palm Springs, Estados Unidos
Buenos Aires Gay Pride
10 de novembro
Buenos Aires, Argentina
Stonewall 50 Worldwide
1º a 30 de junho de 2019
Nova York, Estados Unidos
Europride 2019
1º a 16 de junho de 2019
Viena, Áustria
Parada do Orgulho LGBT de São Paulo
23 de junho de 2019
São Paulo, Brasil
Entrevista
Jerry Mosiello, vice-presidente de Desenvolvimento de Negócios Internacionais da Enterprise Holdings Inc.
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PANROTAS — A Alamo tem alguma política de atendimento para o público LGBT? MOSIELLO — O nosso compromisso de ser uma empresa diversificada e abrangente se estende a todos os nossos funcionários, parceiros comerciais e clientes. Temos orgulho em oferecer o mesmo serviço de excelência a todos aqueles que atravessam as nossas portas, independentemente da sua orientação sexual. PANROTAS — Esse público é importante para a locadora? MOSIELLO — Cada cliente é importante para nós. Na Alamo, o atendimento ao cliente é um estilo de vida.
PANROTAS — Como a Alamo vê esse público? MOSIELLO — Todos os clientes esperam e merecem um excelente serviço de alta qualidade. Na Alamo Rent a Car, incentivamos nossos negócios a serem respeitosos e receptivos a todos, onde e quando estiverem viajando. PANROTAS — Quais as principais novidades da Alamo nos principais destinos LGBT dos EUA, como Flórida, Nova York, Califórnia e Las Vegas? MOSIELLO — A Alamo Rent A Car está em constante expansão por meio de novas filiais, oferecendo aos nossos clientes uma variedade de frota e ofertas para economizar dinheiro em todos os destinos. n
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PANROTAS — 11 a 17 de julho de 2018
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Artigo
Rachel Stevenson
IGLTA: A IMPORTÂNCIA DAS CONEXÕES GLOBAIS LGBTQ
John Tanzella
presidente e CEO da IGLTA
Estamos orgulhosos de fazer parceria com a PANROTAS para a edição especial LGBT de sua respeitada publicação sobre viagens. Nosso papel na International Gay & Lesbian Travel Association é sermos os líderes globais no avanço das viagens LGBT, e estamos aptos ao sucesso porque desenvolvemos os melhores relacionamentos ao redor do mundo. A IGLTA oferece oportunidades de contato B2B e B2C e tem empresas associadas em mais de 80 países. É uma rede incrível que promove o entendimento e a aceitação de viajantes LGBT e ajuda a tornar o mundo um lugar mais acolhedor. Nossas raízes na América Latina se aprofundaram consideravelmente nos últimos anos. A IGLTA tem um coordenador brasileiro, sediado em São Paulo, e embaixadores de língua espanhola, que representam a Argentina, Colômbia, México, América Central e América Latina em geral. Nossa associação está aberta a qualquer empresa de Turismo que esteja interessada em aprender mais sobre o fiel e crescente mercado LGBT. Pesquisas nos mostram que os destinos de mente aberta atraem visitantes mais diversificados, o que significa que a América Latina, com seus direitos LGBT em expansão, está bem posicionada para um considerável crescimento do mercado. No entanto, requer educação para você alcançar com sucesso este segmento importante. Uma das melhores maneiras de se conectar com a rede de profissionais de Turismo da IGLTA e coletar informações sobre viagens LGBT é participar da nossa Convenção Anual Global. Desde 1984, realizamos este evento educacional e de networking em várias cidades do mundo, unindo agências de viagens, operadoras de Turismo, provedores de transporte, hotéis de todos os portes, destinos, jornalistas, influenciadores e organizadores de eventos para compartilhar as melhores novas ideias e recursos do ano. É um lugar onde se reúnem profissionais que pensam da mesma forma e que são verdadeiramente os inovadores da nossa indústria. De fato, o tema da nossa 36ª Convenção Global
Anual, de 24 a 27 de abril de 2019, na cidade de Nova York, é Unite. A IGLTA unirá novos e antigos colegas porque sabemos que quando nos unimos, somos mais fortes. As conexões que formamos com o tempo de qualidade no face-to-face continuam sendo a maneira mais eficaz de evoluir como uma comunidade de Turismo e como um mercado poderoso. A convenção apresenta painéis de discussão, sessões educacionais, eventos de networking e outras oportunidades de viajar, aprender e se conectar. Nosso Buyer/Supplier Marketplace tem reuniões de negócios diretas configuradas por meio de compromissos agendados, com fornecedores (incluindo resorts e visitors bureaus), apresentando suas ofertas LGBT mais recentes a agentes de viagens e operadoras outbound. Os compradores qualificados receberão a inserção gratuita da convenção e terão suas diárias cobertas em nosso hotel anfitrião, o New York Hilton Midtown. A discussão da Mesa Redonda dos Empreendedores fornece uma maneira para os nossos membros de pequenas empresas compartilharem as melhores práticas, e será expandida em 2019 devido à sua popularidade. Nossa convenção também inclui recepções luxuosas, almoços em grupo, o jantar de arrecadação de fundos da Voyage para benefício da IGLTA Foundation e um evento de Media Networking, onde você pode apresentar sua empresa para veículos de mídia e influenciadores à procura de novas histórias LGBT. A IGLTA é, no seu núcleo, um conector, e não importa o quanto o mundo avance tecnologicamente. Nada se compara a fazer negócios pessoalmente e compartilhar conhecimento em primeira mão. Nossos membros e parceiros com visão de igualdade são apaixonados pelo Turismo LGBT e estão ansiosos para recebê-lo em nossa rede global, onde unidos podemos tornar o mundo um lugar mais inclusivo.n
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Entrevista
Rodrigo Vieira
Simon Mayle, diretor do Proud Experiences, um marco na história dos eventos de Turismo LGBT
CONQUISTA DE ORGULHO
As conquistas vêm aos poucos. Ainda há um longo caminho a ser percorrido até que o mundo seja mais justo para todos, independentemente de gênero e orientação sexual. Mas as vitórias têm de ser comemoradas em todos os âmbitos, incluindo no mundo dos negócios. Londres foi a anfitriã do que pode ser considerado um marco na trajetória do Turismo LGBT. A capital inglesa recebeu a primeira edição do Proud Experiences, evento promovido pela Reed Exhibitions, a mesma do portfólio WTM e ILTM, em junho. Foram dois dias de negócios B2B reunindo expositores e compradores do mundo inteiro. Todos interessados em um mercado que, segundo a Organização Mundial de Turismo, movimenta US$ 200 bilhões anualmente. Respeitadas marcas de Turismo, da hospitalidade aos transportes, dos receptivos às operadoras, prestigiaram a primeira edição do evento, que contou com reuniões de negócios e sessões educacionais. Ao que tudo indica, o Proud Experiences já é e continuará sendo muito relevante em todos os sentidos. Não apenas devido à robustez deste nicho — estima-se que 10% dos gastos com viagens no mundo venha deste público — mas também um marco ao passo que hotéis e profissionais da indústria se responsabilizam pelo respeito e a relevância da causa. A primeira edição do Proud Experiences mostra que finalmente existe uma abordagem diferente para um público que requer personalização em suas viagens. E o Brasil tem papel chave neste cenário, não só por ser considerado pela direção do evento como o segundo maior mercado LGBT do mundo, mas também por ser o país em que vive o diretor do Proud Experiences, Simon Mayle, que tem representantes brasileiros em sua equipe. Confira o que
Mayle, também diretor da ILTM Latin America, enxergou da primeira edição e já se prepare, pois no ano que vem, de 18 a 20 de junho, o Proud Experiences acontecerá em Nova York e o evento promete. Mais informações www. proudexperiences.com. PANROTAS – Fale sobre a primeira edição do Proud Experience. Como foi o balanço? SIMON MAYLE — Não poderíamos estar mais felizes com o retorno da primeira edição, que definitivamente superou as expectativas. O mercado de viagens LGBTQ+ representa uma comunidade com gastos superiores a US$ 200 bilhões por ano, então não surpreende ver expositores e compradores em busca de uma oportunidade muito positiva neste nicho e também à procura de uma melhor compreensão para lidar com o Turismo LGBTQ+ no futuro. Combinado com várias sessões educacionais, que foram abertas a todos, a primeira edição, em Londres, já revela o cenário do que podemos apresentar no futuro, o que significa que o Proud Experiences 2019 certamente será maior e melhor em sua nova casa, Nova York. PANROTAS – Há brasileiros na equipe do evento. Como o nosso mercado está posicionado no cenário do Proud Experiences? MAYLE — Eu moro no Brasil, um país que amo cada vez mais, ano após ano. Orgulhosamente eu posso dizer que tenho a melhor equipe de indústria, pessoas apaixonadas pelo que fazem e que não poupam esforços para contribuir e produzir mais eventos para esse portfólio. A direção do Proud Experiences vai adiante com esse time em 2019 25 a 31 de julho de 2018 — PANROTAS
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e além, o que não poderia ser mais empolgante, levando em consideração que o Brasil é o segundo maior mercado global em Turismo LGBTQ+. PANROTAS – Sinto que estamos falando de um evento diferente comparado com os padrões da indústria. Estou certo? O Proud Experiences é muito mais do que marketing e negócios, é sobre propósitos... MAYLE — Correto. O Proud Experiences é sobre focar na comunidade de viagens LGBTQ+, um mercado sério para a indústria, que tem o respaldo das várias estatísticas divulgadas nos últimos anos. Por exemplo, uma recente pesquisa revela que viajantes gays e lésbicas fazem de quatro a seis roteiros de lazer por ano, enquanto a média do viajante norte-americano é de um ou dois roteiros. Outro estudo mostrou que os viajantes LGBTQ+ gastam 33% mais em viagens do que os heterossexuais. Tornar-se uma das “pessoas do Proud” significa juntar compradores internacionais e a comunidade de expositores para entender tendências e estratégias necessárias no mesmo ambiente e assim construir negócios de longo prazo. Mas você tem razão! O Proud Experiences é mais do que apenas reuniões, é também sobre aprender e compartilhar experiências, é focar nas necessidades do viajante LGBTQ+ e explorar como apresentar e entregar a ele. Já não há mais um produto de tamanho único que agrade a todos. PANROTAS – Tudo pronto para Nova York? O que vocês estão preparando para a próxima edição? MAYLE — Ainda há muito trabalho a ser feito, mas acabamos de anunciar que o evento será no 1 Hotel Brooklyn Bridge, uma propriedade fabulosa, de frente para o rio, com uma vista ampla e magnífica. O Proud Experiences também coincidirá com a comemoração do 50º ano do Stonewall Uprising e do World Pride nova-iorquino. É o local perfeito para se estar em 2019. Mais uma vez desenvolveremos e apresentaremos uma dinâmica série de capacitações para engajar, informar, unir todos os participantes e abrir suas mentes para as realidades do nicho. E, novamente, a cereja do bolo será o excelente networking e as festas em alguns dos lugares mais criativos do Brooklyn e de Nova York.
PANROTAS – O Brasil pode vir a fazer parte dessa agenda? MAYLE — O Brasil já é um integrante enorme de nossa agenda. Eu diria que o mercado brasileiro é extremamente importante para este nicho, uma voz que precisa ser ouvida e reconhecida. Queremos a participação brasileira tanto para expositores quanto compradores. Sabemos que a comunidade LGBTQ+ se sente confortável aqui, então queremos que os brasileiros também curtam suas viagens onde quer que eles se sintam seguros e felizes, com as experiências que eles quiserem, quando eles quiserem. Portanto, os buyers brasileiros podem vir e descobrir o tamanho e o impacto desse nicho pelo restante do mundo. Além do mais, acredito que o Brasil é um destino fantástico para viajantes LGBTQ+, seja Rio, Florianópolis ou São Paulo. PANROTAS – Quem estiver interessado em participar do evento, como fazer? MAYLE — O hub de informações do Proud Experiences é o website. Ele conta toda nossa história e mostra como mantemos o contato com expositores e compradores. Acesse www.proudexperiences.com e comprove. Outra alternativa é o brasileiro Flavio Correa, pro meio do flavio. correa@reedexpo.com.br. PANROTAS – Falando de maneira geral sobre o nicho LGBT, quais são as principais conquistas dos últimos anos e o que ainda precisa de mudanças? MAYLE — Uma das maiores conquistas do público LGBTQ dos últimos anos foi o grande sentimento de comunidade formado no mercado pelos destinos, marketing dedicado e experiências. Grandes diálogos se iniciaram, e hotéis e destinos estão implementando suas estratégias para servir melhor esse mercado. Vejo muita publicidade para este nicho em marcas como Accor, Belmond e Hilton, os proprietários do Conrad e Waldorf Astoria. Se você notar bem as paradas ao redor do mundo vai ver que eles se tornam cada vez mais e mais diversos e grandes companhias estão abraçando essa diversidade. Fiquem atentos e venham nos ver em Nova York. n
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Diagnóstico
Raphael Silva e Artur Luiz Andrade
SUBTERRÂNEOS DA
CONSOLIDAÇÃO As discussões sobre o modelo de negócio das consolidadoras no Brasil, a concessão de crédito e a aparição de um novo modelo de subconsolidadores repercutiram no Turismo durante a última semana. Com a série Consolidadoras em Debate, o Portal PANROTAS abordou as principais questões envolvendo o assunto e ouviu líderes da cadeia produtiva do setor para encontrar conclusões sobre esse tema tão polêmico. Na pirâmide de negócios que tem os agentes de viagens como base e as companhias aéreas na ponta, o intermediário – consolidador – pode ganhar um concorrente e perder credibilidade em um momento que se mostra turbulento para o ramo. O segundo relatório Boss/Smash de vendas internacionais, obtido com exclusividade pela PANROTAS, mostra o mês de junho com uma baixa geral de 25% nas receitas. A valorização do dólar – a moeda subiu 18% no primeiro semestre do ano – junto a fatores como a greve dos caminhoneiros, Copa do Mundo e incertezas em relação ao futuro governo do País, com as eleições marcadas para outubro, deixaram os compradores de viagens com um pé atrás. Algumas empresas, ainda, caíram mais do que a média. LTS (-50%), Sakuratur (-49%) e PVT (-43%) são apenas alguns exemplos das quedas mais significativas. Rextur Advance e BRT (-12%) também tiveram redução, mas em menor escala. Mas houve quem crescesse também durante o mês mais complicado do ano para a consolidação. CNT (+13%) e Confiança (+4,1%) tiveram alta em seus negócios, enquanto a Intercontinental, que encerrou as
VENDAS INTERNACIONAIS JUNHO 2018 CONSOLIDADORAS
1 – Rextur Advance: US$ 33 milhões (-12%) Bilhetes: 44 mil (+2%)
8 – High Light: US$ 5,5 milhões (-27%) Bilhetes: 6 mil (-23%)
2 – Esferatur: US$ 22 milhões (-30%) Bilhetes: 26 mil (-23,2%)
9 – CNT: US$ 4 milhões (+13%) Bilhetes: 5,5 mil (+34%)
3 – Flytour Gapnet: US$ 17 milhões (-26%) Bilhetes: 23 mil (-20%)
10 – Brementur/BRT: US$ 3,5 milhões (-12%) Bilhetes: 5,3 mil (-4%)
4 – Sakuratur: US$ 8,2 milhões (-49%) Bilhetes: 10 mil (-43%)
11 – PVT/Picchioni: US$ 3,4 milhões (-43%)
5 – Sky Team: US$ 7,4 milhões (-27%) Bilhetes: 10 mil (-16%) 6– Ancoradouro: US$ 7 milhões (-28%) Bilhetes: 9,5 mil (-20%) 7 – Confiança: US$ 6,5 milhões (+4,1%) Bilhetes: 8,5 mil (+5%)
12 – Intercontinental Vitória: US$ 2,7 milhões (+38%) 13 – Frontur: US$ 1,8 milhão (-11%) 14 – Tyller: US$ 1,7 milhão (-10%) 15 – Leiser: US$ 1,3 milhão (-50%) Outros destaques: TK Royal (+21%), Salvatur (+6,7%) e Voetur (+6%)
Fonte: Relatório Boss/Smash 2018. Não considera nenhuma aérea nacional, não inclui parte da Latam, nem Iberia e British
operações devido ao imbróglio junto à subconsolidadora Prime, surpreendentemente cresceu 38,3%. No geral, de janeiro a junho, a força do primeiro trimestre salva os resultados, mas o cenário do semestre mostra que o ramo tem um futuro de cautela — e para os fortes. HÁ ESPAÇO? O que definitivamente não pode ser nebulosa é a operação dos subcon-
solidadores, como são chamadas as empresas que emitem com os grandes consolidadores e repassam o bilhete às agências, isto é, atuando como “intermediários dos intermediários”. A repercussão do fechamento da Intercontinental pelo alegado não pagamento do crédito por parte da Prime, conforme revelado pelo diretor Edson Ruy, colocou a atuação dessas empresas em xeque, com líderes do setor
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divergindo sobre a chegada de um novo intermediário. A associação representativa das consolidadoras, Air Tkt, comandada por Ralf Aasmann, refuta totalmente o negócio da subconsolidação. Em um ramo com baixas margens de lucro, que são compensadas pelo volume de vendas, a entrada de um player para intermediar a agência e o outro intermediário é vista como inviável. O presidente da BRT, do Paraná, Eraldo Palmerini, concorda: “o resultado hoje em dia dá para um e não para dois”. Os grandes consolidadores acredi-
tam que a estrutura e investimentos alcançados ao longo dos anos no mercado garantem a segurança necessária para proporcionar aos clientes. No caso do subconsolidador, porém, o risco é alto para os dois lados: para a consolidadora, que concede altas quantias de crédito, e para o agente, que, em muitos casos, não sabe que está realizando uma compra indireta com uma terceira empresa. Na criticada operação dos subconsolidadores, que não é ilegal, mas que ganhou repercussão negativa no mercado, a exigência dos agentes de
viagens é a transparência. Entidades como a União Nacional de Agências de Viagens (Unav) e Associação Brasileira de Agências de Viagens (Abav Nacional) pedem para que, tanto consolidadoras quanto subconsolidadoras, joguem limpo quanto à venda de bilhetes. Saber com quem se está fazendo negócio é fundamental para não correr riscos. “MAL NECESSÁRIO” Para a consolidadora, independentemente do comprador, seja ele agência de viagens ou subconsolidador, é preciso ter cada vez mais 25 a 31 de julho de 2018 — PANROTAS
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cuidado ao conceder crédito. Além disso, ter condições para honrar os compromissos é fundamental. A Intercontinental, por exemplo, fechou as portas por não ter capacidade financeira de cobrir o possível rombo deixado pelo crédito cedido à Prime. É necessário lembrar, porém, que foi o consolidador de maior porte que optou por liberar esses valores. Mesmo que já consolidado no mercado brasileiro, o modelo de concessão de crédito é arriscado, e os próprios players admitem isso. A inadimplência – seja com atrasos ou não pagamentos – é real e atinge grande parte do mercado, e isso traz a necessidade de a empresa se proteger com rígidos processos de admissão aos compradores, o que nem todos têm. Quem dá crédito tem que gerenciar bem para quem dá e quanto dá. Agentes e passageiros, por sua vez, têm que ser prioridade na hora de honrar os compromissos ou o setor, como um todo, pode ser prejudicado. As companhias aéreas, por outro lado, precisam se manifestar e ajudar a ordenar o mercado nesses momentos, assim como fez a Air Tkt, que alerta para possíveis problemas com os subconsolidadores há cerca de um ano. E AGORA? A consolidação da consolidação vai continuar, e quando a CVC Corp anunciar sua nova aquisição nos próximos dias isso vai ficar ainda mais evidente. Serão criados cinco grupos bem claros no ramo da consolidação: o gigante, os grandes, os médios e pequenos, os regionais e os subconsolidadores. Cada vez mais os investimentos em tecnologia e serviços, vistos como grandes diferenciais, terão a companhia do bom gerenciamento de crédito e, também, de riscos, exaltando o quanto é preciso uma gestão profissional. Na hora da crise, as grandes marcas e fortunas se mostram como um porto seguro, mas não são as únicas. Empresas que têm os do-
VENDAS INTERNACIONAIS 1º SEMESTRE 2018 1 – Rextur Advance: US$ 223 milhões (+3%) 2 – Decolar.com: US$ 207 milhões (-5%) 3 – Esferatur: US$ 178 milhões (-5%) 4 – CVC: US$ 123 milhões (+3%) 5 – Flytour Gapnet: US$ 119 milhões (-5%) 6 – Sakuratur: US$ 97 milhões (+39%) 7 – Ancoradouro: US$ 53 milhões (-11%) 8 – Sky Team: US$ 47 milhões (-10%) 9 – High Light: US$ 37 milhões (-15%) 10 – Confiança: US$ 36 milhões (-5%) 11 – Viajanet: US$ 36 milhões (+11%) 12 – PVT/Picchioni: US$ 30 milhões (-12%) 13 – CNT: US$ 25 milhões (+7%) (Não há informações dos demais colocados). Fonte: Relatório Boss/Smash 2018. Não considera nenhuma aérea nacional, não inclui parte da Latam, nem Iberia e British
nos à frente, com gestão transparente e um relacionamento saudável, também se destacam. A força da venda indireta continua no relacionamento, na expertise e nos negócios mais completos.n
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PATROCINADO
Hiper Feirão de Viagens Flytour chega à sua 4ª edição este ano
UM EVENTO INCOMPARÁVEL
O Hiper Feirão de Viagens Flytour já entrou para o calendário anual de eventos do trade. Impulsionado por números crescentes, com aumento de vendas e de visitantes a cada ano, o único outlet de Turismo do Brasil chega à sua 4ª edição mais robusto do que nunca. São inúmeros expositores já confirmados dentre receptivos, hotéis e resorts, companhias aéreas, parques, serviços e os mais diversos produtos de viagem e turismo. A Flytour MMT Viagens, organizadora do evento, também adiantou que, assim como nos três últimos Feirões, os visitantes poderão contar com atrativos que vão muito além de promoções, descontos e das melhores condições de pagamento. Haverá diversas atrações para o público, com apresentações de personagens famosos do Universal Orlando Resort™ e Beto Carrero World, pocket shows, exposições, distribuição de brindes, food trucks e experiências interativas que prometem cativar crianças e adultos. A ideia do Hiper Feirão é exatamente essa: proporcionar aos visitantes do outlet as melhores oportunidades de compras, ao mesmo tempo em que se consolida também como uma opção de passeio e lazer para toda a família. “É uma oportunidade única de reunir em um mesmo ambiente o público final e toda a cadeia do turismo”, enfatiza a diretora de produtos da Flytour
MMT Viagens, Bárbara Picolo. O diretor de produtos da Flytour MMT Viagens, Marcelo Paolillo, também destaca o aspecto emocional que o evento imprime no público final. De acordo com ele, “é gratificante ver a magia nos olhos das crianças e das famílias em uma feira de turismo”, geralmente frequentada apenas por profissionais do trade. Lembrando que o Hiper Feirão de Viagens Flytour acontece em Santos nos dias 31 de agosto, 01 e 02 de setembro no Mendes Convention Center, enquanto o Feirão de Campinas, nos dias 14, 15 e 16 de setembro, ocorrerá no Expo Dom Pedro. Ambos terão entrada gratuita.
FIQUE POR DENTRO DE TODAS AS NOVIDADES Para a edição deste ano, foi desenvolvido um portal completo sobre o evento, que conta ainda com um blog atualizado diariamente. O site reúne informações sobre absolutamente tudo do Hiper Feirão de Viagens Flytour, inclusive com área exclusiva para expositores e cadastramento antecipado. Confira o endereço on-line e, periodicamente, acesse a aba “Novidades” para, desde já, checar todas as empresas, receptivos e agências que estarão presentes no Hiper Feirão de Viagens Flytour. Descubra em www.hiperfeiraoflytour.com.br n 25 a 31 de julho de 2018 — PANROTAS
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Parques temáticos Leonardo Ramos — Penha (SC)
Hot Wheels Epic Show é atração principal do espaço; carros utilizam tecnologia da Fórmula 1 e Stock Car, e foram desenvolvidos do zero com a cara da Hot Wheels
POR FALAR EM BRINQUEDOS...
O Beto Carrero World, em Santa Catarina, acelera e toma a dianteira na corrida pelo título de principal parque temático da América Latina. Pelo que vem apresentando nesta década, com lançamentos relevantes em praticamente todos os anos, o complexo catarinense já largava na primeira fila, mas agora o lugar mais alto do pódio está ainda mais evidente. O
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complexo acaba de lançar a nova área Hot Wheels, uma das franquias de brinquedos mais vendida do mundo e particularmente forte no Brasil, já que o País é o segundo maior mercado global da marca da Mattel. São mais de nove milhões de carrinhos produzidos anualmente. E toda essa popularidade, de acordo com o diretor comercial do Beto Carreto World, Roberto Vertemati,
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Espaço foi inaugurado no dia 12 de julho
Roberto Vertemati, diretor comercial, e Rogério Siqueira, presidente do Beto Carrero World, inauguram Hot Wheels Epic Show com Tufi Neto, secretário de Turismo de Santa Catarina, Julie Freeland, diretora global da Mattel, e o ministro do Turismo, Vinicius Lummertz
tem tudo a ver com a aposta do parque na parceria: transformar uma área com atrações já existentes, mas “sem uma cara e onde antes havia um vazio entre cada uma delas”, em algo novo, completamente remodelado e com toda a força da imagem do brinquedo que já foi vendido quatro trilhões de vezes desde seu início, em 1968. Antes de se transformar em Hot Wheels, o espaço era do Velozes e Furiosos. A ÁREA São 30 mil metros quadrados de área, uma das maiores aberturas em parques temáticos brasileiros nos anos recentes. Os cinco espaços — duas atrações, um restaurante, uma loja e o show principal — já estavam lá antes: uma pista de kart, uma de mini-kart, para crianças menores, os dois espaços de varejo e até o show com manobras radicais de carros, motos e
caminhão. Entretanto, todos, sem exceção, estão diferentes. Irreconhecíveis. Mesmo para quem já conhece o parque, a única coisa identificável é onde cada um dos espaços ficava. Logo na entrada se nota tal mudança. Acessado por um caminho ao lado da maior montanha-russa do parque, a Fire Whip, o espaço que antes ficava vazio agora conta com um pórtico laranja na forma de um arco, com o famoso logo em chamas vermelho e amarelo da Hot Wheels no topo. A partir desse ponto, onde se olha tem a cara da marca: o piso colorido com imagens de rodas, as entradas das atrações, rampas para automóveis, placas de trânsito... e até carros em tamanho real. São cinco no total, sendo dois no chão, abertos para fotos de crianças e adultos, e outros três sobre rampas e telhados — sim, em cima da estrutura que conta com restaurante e loja Hot Wheels há dois carros com o tamanho de um veículo comum, 25 a 31 de julho de 2018 — PANROTAS
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Prédio onde ficam restaurante e primeira loja inteiramente da Hot Wheels no mundo é decorado com dois veículos Hot Wheels de tamanho real em pista suspensa
em uma espécie de pista de corrida elevada. E não se pode falar da loja sem ressaltar que ela é a primeira inteiramente dedicada à marca no mundo. Único prédio fechado da nova área temática, seu interior também não fica para trás nos detalhes. Sobre as cabeças dos visitantes há literalmente outra pista suspensa, com carros do tamanho de uma pessoa colados nela. Em anexo à loja há ainda duas miniatrações. Uma delas é uma mesa com mais de uma dezena de pistas Hot Wheel montadas, com pequenos carrinhos para as crianças se divertirem. A segunda é o chamado Ultimate Garage: trata-se de uma máquina para uma experiência diferente de compra, em que o cliente
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Entrada da área temática é demarcada por um pórtico da Hot Wheels
adquire uma embalagem vazia com um QR Code, passa no leitor digital e pode escolher, com um volante da Mattel, um dos 50 modelos de carrinhos disponíveis. Quando selecionados, os pequenos veículos descerão em uma pista Hot Wheels direto para as mãos do cliente. “Conseguimos construir uma estrutura muito bem trabalhada visualmente, espaços aonde as pessoas vão querer ir não só para curtir as atrações, mas para tirar fotos, principalmente as crianças. Elas podem entrar em dois dos carros da Hot Wheels que criamos no centro da área
Restaurante conta com pista de corrida elevada com carros do tamanho de uma pessoa
temática voltados especificamente para fotografias, um local que antes era um grande vazio”, explicou Vertemati. Créditos para o Beto Carrero e para a Mattel pelo belo trabalho feito neste sentido. Se não fossem as placas em português, não seria difícil de se imaginar em um dos parques temáticos de Orlando, destino de referência mundial no gênero, pela qualidade de toda a
estrutura e variedade de detalhes na ambientação. JOVENS E EXPERIENTES Um dos pontos mais fortes da nova área é o fato de agradar os mais diversos tipos de público, para os extremos de idades. A proximidade com os “personagens” da área – no caso os carrinhos de brinquedos – é algo que toca tanto os adultos, pela nostalgia, quanto os mais jovens, 25 a 31 de julho de 2018 — PANROTAS
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Cliente escolhe um dos 50 modelos de carrinhos da Hot Wheels com um volante da Mattel
Os dois carros Hot Wheels em tamanho real disponíveis para fotos ficam no centro da área temática
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estes por ainda se divertirem com os pequenos veículos nas pistas de corrida em casa. Vendidos há 50 anos, os carrinhos da Hot Wheels são um clássico. “É legal ver os próprios adultos querendo trazer as crianças. Vendemos os brinquedos há décadas aqui, então o objetivo é exatamente atrair quem compra o carrinho desde a infância, e quer ver não um, mas vários, em tamanho real”, explicou o country manager da Mattel no Brasil, Gustavo Rela Bruno. Vale ressaltar o fato de a Hot Wheels ser extremamente forte internacionalmente, com carrinhos sendo vendidos em 150 países. “Quando se associa a grandes marcas como estamos fazendo, a expectativa é alta pela qualidade do produto, o que aumenta a pressão pelo resultado satisfatório. Mas ao mesmo tempo
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Placas de trânsito espalhadas pelo espaço fazem parte da ambientação
Gustavo Rela Bruno, country manager da Mattel
o retorno é gigante e difícil até de mensurar, principalmente na questão da imagem: ter uma atração Hot Wheels aqui dá uma visibilidade internacional, chama a atenção para o nosso parque e atrai o grande público”, avaliou o presidente do Beto Carrero World, Rogério Siqueira. “E o resultado é uma área que nada deixa a desejar em relação aos grandes parques globais.” Falando das atrações em particular, ao passar o pórtico de entrada a cada lado já se notam as duas pistas de kart do local: na esquerda é o Hot Wheels Extreme Kids, mini kart voltado para os pequenos (de quatro a dez anos), enquanto à direita fica o Kart Racing, pista de corrida para jovens a partir de 11 anos em uma pista de 360 metros de comprimento. Pagas à parte, ambas foram também remodeladas na reforma da parceria MattelBeto Carrero World, ganhando novos carros inspirados nos brinquedos da marca.
Carrinhos do mini-kart, para crianças de quatro a dez anos Kart Racing recebe jovens a partir dos 11 anos
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Show dura 30 minutos, e acontece todos os dias às 13h para 2.837 pessoas
Saltos em uma pista de corrida e direção sobre duas rodas fazem parte do espetáculo
HOT WHEELS EPIC SHOW Este merece um destaque próprio. É verdade que antes já havia um show no mesmo estilo, com manobras radicais de carros, motos e caminhões, mas assim como o restante de toda a área temática, não dá para dizer que está igual. Nem tampouco parecido. Enquanto a arquibancada do até então Velozes e Furiosos foi mantida (comporta 2.837 pessoas), a pista foi 100% alterada: seis rampas
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agora ficam localizadas à frente de uma ambientação ilustrada com brinquedos, tênis, controles de vídeo game, foguetes, bola de basquete, escorregadores... Uma série de utensílios que rodeiam a vida das crianças. O próprio nome do show também foi alterado: antes Extreme, passou a se chamar Epic. Centro do espetáculo, os carros (são 14) foram desenvolvidos do zero. E nem a tecnologia buscada em grandes provas automobilísticas
como Stock Car e Fórmula 1 consegue chamar mais a atenção de que os veículos inspirados inteiramente nos brinquedos Hot Wheels. Eles dividem a cena com seis motos e um caminhão – todos criados também para a atração. São 30 minutos de espetáculo. Um telão de 65 metros quadrados no meio do cenário conta a história que narra as cenas de ação: quatro meninos que formam uma equipe de Hot Wheels desafiam uma nova
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Um caminhão faz parte da apresentação
Ministro do Turismo Vinicius Lummertz deu uma volta em um dos carros Hot Wheels criados para a atração
criança da rua, que aparenta ser expert no brinquedo. Com seu carro verde, o “forasteiro” é cercado pelos quatro carros azuis do time de meninos: o desafio é não ser pego. O anúncio do jogo de quatro contra um é seguido da aparição dos cinco carros (o verde e os quatro azuis), que começam então o show: manobras, explosões, saltos, derrapagens, entradas de motos e caminhões, em diversos momentos com direção sobre duas rodas... A apresentação que se segue é de encher os olhos, e tem tudo para manter o espetáculo como um dos maiores e mais requisitados sucessos do parque. Assim como o restante da nova área, todas as idades podem aproveitar o espetáculo: adultos fãs de automóveis e adrenalina, antigos conhecedores dos brinquedos Hot Wheels e as crianças, que vão ver as manobras feitas em casa com carros, motoristas (dublês) e pista real. O show acontece todos os dias no parque, às 13h. Os portões são abertos uma hora antes, e a dica é
estar preparado na entrada com o máximo de antecedência possível, já que pode ocorrer lotação máxima do espaço. Em dias mais cheios há a possibilidade de uma segunda apresentação, às 16h. VISITANTES FIEIS E ESTREANTES A nova área temática, mesmo sendo um espaço que teoricamente já existia, dá uma boa renovada no empreendimento. O último espaço deste porte aberto no parque foi o Madagascar, em 2014, este fruto de parceria com a Dreamworks e com 25 mil metros quadrados — pouco menor do que o da Hot Wheels, que chega a 30 mil. Assim, além de atrair o grande público, Roberto Vertemati destaca a força que uma nova área dessa magnitude dá para trazer de volta visitantes que já conhecem o parque duas ou três vezes. “É o que mantém os parques atrativos, essa renovação a cada ano tanto para trazer quem já veio quanto para conquistar novos públicos.”
Roberto Vertemati, diretor comercial do Beto Carrero World
Um bom primeiro semestre injeta ainda mais ânimo na direção. Além da alta de aproximadamente 18% em público para o período, o destaque vai especificamente para dois mercados: o Sudeste, com crescimento de 43% em comparação aos primeiros seis meses de 2017; e o internacional, mais especificamente dos países do Mercosul, mercados que alcançaram aumento de 35% no número de visitantes na mesma comparação ano a ano. “Principalmente no verão, nos primeiros três meses do ano, veio um público muito acima da média do Sudeste, resultado de um esforço nosso em atingir com mais força públicos não-regionais, que ainda é nossa principal fonte turística com as visitas nos fins de semanas, feriados e férias escolares”, finalizou o diretor comercial do parque. A PANROTAS viajou a convite do Beto Carrero World 25 a 31 de julho de 2018 — PANROTAS
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Memória
Rodrigo Vieira
O NORDESTE DA HOTELARIA Em maio de 1994, o Jornal PANROTAS 80 noticiava uma disputa apertada pela presidência da ABIH Nacional entre o paulista Antônio Reinales e o baiano Cícero Sena. O segundo venceu por 29 votos, e o Nordeste comemorava a permanência do cargo mais alto da associação de hotéis, após quatro anos presididos pelo pernambucano José Otávio de Meira Lins. “A eleição da ABIH-Nacional comprova, mais uma vez, a força que o Nordeste vem ganhando como a região que mais cresce no cenário turístico brasileiro. Dominada desde sua criação pelo Rio de Janeiro, onde está localizada sua sede nacional, a ABIH começou a mudar seu panorama de pouca representatividade...” Pois quase 25 anos depois, o posto de presidente da ABIH Nacional está hoje com Manoel Linhares, do
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Ceará, embora a eleição da associação já não seja tão disputada como antes, e o mandato dure apenas dois anos no modelo atual. Os momentos são parecidos. O Nordeste, com foco em Fortaleza, nunca esteve tão em alta no cenário receptivo brasileiro, mas o protagonismo da vez não é o setor de hospitalidade, e sim no de aviação. O aeroporto da capital cearense abriu suas portas ao mundo e hoje têm 40 voos internacionais por semana, oferecendo mais de oito mil assentos a cada sete dias. Os destaques são Air France-KLM, para Europa, Copa Airlines, para o seu hub no Panamá (recém-inaugurado, leia na página 6), e Gol e Latam, ambas para Orlando e Miami. A hotelaria, fica a dica, precisa acompanhar esse crescimento.
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PATROCINADO
HAPPY HOUR NA PONTE AÉREA
A GOL Linhas Aéreas Inteligentes preparou mais uma novidade para os clientes da ponte aérea (São Paulo/CGHRio de Janeiro/SDU). De 12 de julho até o final do ano, serão servidos a bordo, gratuitamente, mini-hambúrguer Wessel e cerveja Heineken. A novidade complementa o serviço gratuito já oferecido neste trecho. Às quintas e sextas-feiras, para finalizar o dia no Happy Hour, durante viagens realizadas a partir das 17h, haverá minihambúrguer de picanha com queijo prato, servido no pão de leite. O cliente terá disponível, no “Menu São Paulo”, o molho de maionese temperada e, no “Menu Rio de Janeiro”, molho barbecue na receita. Como acompanhamento, a companhia já disponibiliza opções variadas de bebidas não alcoólicas a bordo, como
Coca-Cola, Coca-Cola Zero, Fanta sabor Guaraná, suco de laranja, café e água. Durante o Happy Hour, o cliente poderá pedir cerveja Heineken para acompanhar o mini-hambúrguer. “A GOL possui a maior oferta de assentos na ponte aérea e, trazer novas opções de serviços neste trecho, solidifica nosso compromisso com a experiência do cliente agregando itens variados e que ainda geram diferenciação para nosso público”, explica o gerente de produtos da GOL, Fernando Rodrigues. O serviço da ponte aérea da GOL é composto por produtos que variam ao longo do dia, dependendo do horário da viagem, como sanduíches, bolos caseiros, donuts, salada de frutas, snacks, mini pizzas, enroladinhos, entre outras opções. Todas as informações do serviço de bordo da GOL estão no site: www.voegol.com.br n
Serviço de bordo Rio & Sampa CGH >>> SDU De quarta a domingo, das 6h às 10h • Bolo de cenoura • Enroladinho de 4 queijos, • Pão de leite com gergelim, pasta de ervas, queijo mussarela, peito de peru • Pão de parmesão, patê de frango
SDU >>> CGH De quarta a domingo, das 6h às 10h • Mini sanduiche de pão de centeio (pasta de ricota com manjericão e presunto cozido) • Mexicana com canela • Bolo de cenoura com chocolate • Frutas em cubos
De sábado a quarta, das 17h às 23h • Pão de leite, salame, requeijão • Enroladinho de frango com requeijão • Mini donuts de chocolate • Empanada de carne
De sábado a quarta, das 17h às 23h • Mini sanduiche de pão de cenoura • Pastel de doce de leite • Pizza margarita (fechada) • Enroladinho de legumes • Enroladinho de presunto e queijo
Quinta e sexta, das 17h às 23h •Mini-hambúrguer e Cerveja
Quinta e sexta, das 17h às 23h •Mini-hambúrguer e cerveja
Bebidas Em todos os horários: Coca, Coca Zero, Fanta Guaraná, Del Valle Laranja, café e água Cerveja Heineken: todas as quintas e sextas das 17h às 23h
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Destinos Marcel Buono — St. Martin
PARAÍSO EM REFORMA
Na manhã do dia 6 de setembro de 2017, um dos maiores furacões já registrados na história passou exatamente sobre Saint Martin, um pequeno pedaço de terra paradisíaco localizado no Mar do Caribe. Com ventos que chegaram a 285 quilômetros por hora, o Irma transformou paisagens e vidas, mas não tirou o sorriso da população local. A ilha, bonita por natureza, toca reformas a todo o vapor e já está de braços abertos para receber visitantes do mundo todo. A missão de Saint Martin não é simples. As imagens da destruição causada pela última temporada de furacões no Caribe, muito mais forte que a média das anteriores,
chocaram o mundo. Por isso mesmo, os esforços da comunidade local para voltar à normalidade são notáveis. As atividades relacionadas ao Turismo são responsáveis por cerca de 80% do PIB local, portanto, a recuperação do setor é fundamental para o desenvolvimento da ilha. “É preciso sempre ver o lado bom das coisas. Restabelecemos serviços básicos em poucos dias e temos nas mãos uma enorme oportunidade de reinventar Saint Martin, reconstruindo e reformando a ilha para garantir qualidade de vida aos nossos moradores e experiências ainda mais apaixonantes aos nossos
visitantes. Temos certeza de que os investimentos na recuperação da infraestrutura local trarão grandes dividendos nos próximos anos”, disse a presidente do escritório de Turismo e vice-presidente da Coletividade de Saint Martin, Valérie Damaseau. Nos últimos dez meses, governos, organizações e o povo se mobilizaram em prol do mesmo objetivo: reconstruir a ilha e torná-la ainda mais forte. Ruas, estradas e praias foram limpas dos destroços, hotéis, marinas e restaurantes foram reabertos e mais de 85% dos serviços ligados ao Turismo já voltaram a funcionar. Saint Martin ressurge sob o slogan “SXM -
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Alex Pierre, Guilherme Campos, Ricardo Bethel, Céline Gumbs, Valérie Damaseau e Fernanda Sarubbi no Sol e Luna
Smile Again”, que leva a sigla do seu aeroporto internacional e o sentimento das pessoas, que voltaram a sorrir. “Estamos trabalhando juntos, como uma só ilha, para oferecer um mundo de oportunidades aos nossos visitantes. Temos mais de 120 villas e condomínios de alto padrão disponíveis para negócios, hotéis boutique e guest houses reformadas para acomodar viajantes exigentes, além de uma série de grandes empreendimentos programados para reabrirem até o final do ano, quando teremos mais de três mil quartos disponíveis”, declarou Damaseau. Entre os projetos de revitalização em andamento está o aterramento da fiação de Marigot, a capital do lado francês, que deixará a cidade ainda mais bonita e segura em relação às condições climáticas. UMA ILHA DIFERENTE... São Martinho, na tradução para o português, é uma ilha com cerca de 70 mil habitantes repleta de curiosidades, a começar pelo nome. Como é a menor ilha do mundo dividida entre dois países, os franceses a chamam de Saint Martin, enquanto os holandeses preferem Sint Maarten. São apenas 87 quilômetros quadrados de terra
(quatro vezes menos que Ilhabela, por exemplo) que mesclam as culturas francesa, holandesa e caribenha em meio a 37 praias de areias brancas e águas cristalinas, típicas do Mar do Caribe. Saint Martin ocupa cerca de 60% da ilha e é uma coletividade ultramarina da França. Marigot é tida como a capital gastronômica do Caribe e é famosa pela qualidade dos seus serviços e vasta oferta de acomodações de altíssimo padrão. Já Phillipsburg, a capital do território holandês, se destaca pelas opções de vida noturna, lojas de luxo, cassinos, hotéis e resorts. Após o furacão, os dois lados, que já permitiam a livre circulação de pessoas, juntaram forças e estão mais unidos do que nunca pelo desenvolvimento da ilha. “Estamos orgulhosos pela parceria estabelecida entre os dois lados para promover Saint Martin como um só destino, ainda mais forte e belo que antes da passagem do Irma. Adotamos uma abordagem unificada de marketing, na qual informações são compartilhadas em busca de atividades promocionais conjuntas. Um orçamento comum foi estabelecido, assim como uma visão sincronizada para toda a ilha. Parceiros
importantes e representantes do setor público e privado estão engajados, trazendo financiamentos e doações de institutos regionais e internacionais para a revitalização de Saint Martin”, completou Damaseau. No dia 29 de junho, uma declaração final foi assinada em Paris para reforçar a cooperação entre os governos da França, Holanda e Saint Martin. Entre as medidas acordadas, está a retirada de todos os barcos naufragados na lagoa de Simpson Bay antes do início da alta temporada. Segundo dados da Coletividade de Saint Martin, entre setembro de 2017 e abril de 2018, cerca de 80 mil toneladas de entulho e dois mil carros danificados foram recolhidos da cidade. Além de atrações próprias, Saint Martin ainda permite que turistas explorem grande parte da região caribenha, já que ilhas como Anguilla, Saint Barth e Saba podem ser vistas ao horizonte e são facilmente acessadas diariamente por via aérea ou marítima. Antígua e Barbuda, Aruba, Bonaire, São Cristóvão e Névis, Curaçao, Dominica, Guadalupe, Haiti, República Dominicana, Santo Eustáquio e Tortola também fazem parte da vizinhança e possuem conexões frequentes com Saint Martin. 25 a 31 de julho de 2018 — PANROTAS
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Porto Cupecoy, na lagoa de Simpson Bay
William Bell e Ricardo Bethel
...DESDE A CHEGADA Um exemplo da preocupação da ilha com a manutenção do seu mercado é justamente o Aeroporto Internacional Princess Juliana, que foi reaberto parcialmente apenas um mês após a passagem do furacão Irma e já conta com mais de dois terços dos voos restabelecidos. O terminal principal segue em reforma, mas duas grandes estruturas provisórias, munidas de arcondicionado, foram montadas para atender ao alto fluxo de turistas que passam por Saint Martin. Antes do desastre de setembro do ano passado, o aeroporto recebia mais de um milhão de passageiros por ano, transportados por 27 companhias aéreas diferentes entre 36 cidades. Por sua grande conectividade, segurança, agilidade em processos imigratórios e qualidade de lojas e restaurantes, o Princess Juliana recebeu diversos prêmios internacionais, sendo considerado o melhor aeroporto da região caribenha. A KLM e a Air France, principais companhias aéreas
Ilha Pinel
dos países administradores da ilha, voltaram a voar para Saint Martin duas vezes por semana diretamente de Amsterdã e Paris, respectivamente. Assim como as três gigantes dos Estados Unidos, que oferecem opções de saídas de Nova York, Atlanta, Fort Lauderdale e Miami. Na última cidade, inclusive, a American Airlines aumentou sua capacidade de transporte de passageiros, passando a operar com aeronaves Boeing 737-800 de 160 lugares. “Graças aos esforços de todas as partes interessadas e da comunidade em geral, St. Maarten conseguiu uma rápida reviravolta. Somos gratos pelo retorno das operações de grandes companhias aéreas, o que evidencia a confiança do setor na recuperação do destino. Temos um potencial imenso”, comentou o oficial de Promoção do Departamento de Turismo de Sint Maarten, William Bell. O mercado norte-americano ainda é, de longe, o principal responsável
pelas receitas do Turismo em Saint Martin, mas o Brasil aparece como maior emissor de turistas da América do Sul, somando cerca de sete mil por ano. Agora, a ideia é fomentar ainda mais a visita de brasileiros, uma vez que o turista nacional é considerado, em média, o que mais gasta por dia quando viaja para destinos no Caribe. “Saint Martin é um lugar especial, com um povo forte, hospitaleiro e que possui uma rica herança cultural. O Irma não nos tirou essas qualidades, muito pelo contrário. Aqui, os brasileiros se sentem abraçados pelas pessoas e pelo clima quente e ensolarado, podendo encontrar todos os elementos que procuram, como praias belíssimas, diversão, bons vinhos e gastronomia da mais alta qualidade”, falou o coordenador de Projetos Especiais do escritório de Turismo de Saint Martin, Ricardo Bethel. As opções mais rápidas e baratas para ir do Brasil a Saint Martin são
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Ilha Tintamarre
Loterie Farm
Terminal provisório no Aeroporto Internacional Princess Juliana
oferecidas pela Copa Airlines, que conta com voos aos sábados e terças-feiras saindo de São Paulo, Rio de Janeiro, Brasília e Belo Horizonte. A viagem a partir do aeroporto de Guarulhos leva cerca de 11 horas e faz uma curta escala no Aeroporto Internacional Tocumen, hub da companhia aérea panamenha, na Cidade do Panamá. Com antecedência, o bilhete da Copa Airlines é vendido a partir de R$ 1.734, o menor valor do mercado. American, United e Delta também oferecem opções de voos entre as principais cidades do País e Saint Martin, mas tanto o tempo de viagem quanto os preços são superiores. As conexões variam entre Nova York (JFK e Newark), Atlanta e Miami, com a necessidade do visto. “Temos um histórico de longa data com o destino, tendo até participado de charter há algumas décadas. Apostamos em informações objetivas e claras sobre a situação atual da ilha, de modo que as expectativas dos
clientes não sejam frustradas. Por isso, fiquei animado ao perceber o ritmo em que os hotéis e restaurantes estão trabalhando para cumprir os prazos a partir de dezembro”, comentou o gerente de Planejamento da Flot Viagens, Guilherme Campos, que também fez parte da visita de inspeção à ilha. Saint Martin ainda conta com um segundo aeroporto, o Grand CaseEsperánce, que atende a companhias menores em voos regionais e já possui planos de expansão. Outra porta de entrada da ilha é o porto de Phillipsburg, na parte holandesa, que voltou a operar normalmente para grandes navios de cruzeiros em dezembro de 2017 e tem previsão de receber mais de um milhão de turistas até o fim de 2018. Como o desembarque mais frequente de brasileiros é pelo aeroporto internacional, quem chega a Saint Martin já aterrissa no que talvez seja a pista de pouso mais famosa do mundo, com aviões passando
a poucos metros da cabeça de banhistas (e curiosos) que se juntam em Maho Beach. E esta é só a primeira das diversas experiências fantásticas que a ilha proporciona aos seus visitantes. UMA ILHA INTEIRA PARA EXPLORAR Para quem não quer passar toda a viagem dentro de hotéis e resorts, Saint Martin oferece uma série de atividades. É possível praticar variados esportes aquáticos, mergulhar e até pescar grandes marlins, por exemplo, nas águas azuis que cercam a ilha. As ilhotas Pinel e Tintamarre são outras duas opções com praias fantásticas e fácil acesso por meio de barcos e iates. Enquanto a primeira possui estrutura e opções gastronômicas, como o restaurante Karibuni, a segunda é quase como uma ilha deserta, ideal para aventuras mais exclusivas. Em terra firme, existem passeios pelas praias a cavalo, e de motos Harley Davidson ou jipes Troller pelos caminhos que percorrem o território. 25 a 31 de julho de 2018 — PANROTAS
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Aula no laboratório da perfumaria Tijon, em Marigot
Essências puras disponíveis na perfumaria Tijon
Um destes caminhos leva a Loterie Farm, uma antiga plantação de canade-açúcar que foi transformada em uma reserva natural ao pé de Pic Paradis, a montanha mais alta de Saint Martin. No local, é possível nadar em piscinas naturais de água doce, praticar arvorismo, conviver com iguanas e relaxar em uma das cabanas que comportam até dez pessoas e custam 200 euros por dia. “Temos uma relação muito forte com a natureza e, depois do Irma, passamos a respeitá-la ainda mais. Tivemos que reconstruir Loterie Farm praticamente do zero e aproveitamos os destroços espalhados pelo terreno para reerguer as estruturas. Aqui, nossos clientes podem se conectar com a natureza e se divertir, tanto de dia como de noite, já que realizamos algumas das melhores festas da ilha”, contou o proprietário da Loterie Farm, William Welch. Mais ao norte, em Grand Case, outra experiência bastante interessante e pouco comum para turistas pode ser encontrada na perfumaria Tijon. A loja conta com fragrâncias próprias à venda, mas seu grande diferencial são as aulas experimentais, que permitem aos clientes a criação de perfumes a partir de centenas de essências
Torcida pelo Brasil em Marigot durante a Copa do Mundo
puras disponíveis no local. Na base da experimentação, tentativa e erro, você pode voltar para casa com um perfume personalizado que nenhuma outra pessoa no mundo terá igual. “Saint Martin é uma ilha completa, com padrão europeu, apta para receber casais, famílias, grupos de lazer e pequenos grupos corporativos e de incentivo. Os lados francês e holandês se completam muito bem e, além da beleza natural paradisíaca, fatores como charme, gastronomia, segurança, infraestrutura e diversidade de atividades e atrações diferenciam a ilha de outras da região”, recomendou a diretora da Cap Amazon, Fernanda Sarubbi, que representa Saint Martin no Brasil. O lado holandês é representado pela Interamerican. Apesar de a alta culinária francesa ser predominante, os restaurantes possuem várias especialidades e nacionalidades de origem, desde os mais refinados até os mais simples, conhecidos como “lolos”, que servem pratos típicos caribenhos. Na região de Grand Case, por exemplo, 17 dos 26 principais estabelecimentos gastronômicos estarão completamente renovados até dezembro, começo da alta temporada.
CORAÇÃO VERDE E AMARELO O brasileiro que visita Saint Martin pode viajar tanto com dólares como com euros, já que a maioria dos lugares aceita ambas as moedas. Em alguns estabelecimentos, a cotação chega a ser a mesma, e você pode comprar uma bela pizza, por exemplo, por US$ 15 ou 15 euros, dependendo do que tem na carteira. Além de praias deslumbrantes, diversão, comida boa e conforto, Saint Martin compartilha de outra paixão do brasileiro: o futebol. Durante a Copa do Mundo, as bandeiras mais vistas espalhadas pelas casas e carros da ilha não eram as da campeã França, muito menos as da Holanda, que nem se classificou para a competição, eram as do Brasil. A torcida e o amor demonstrado pela população local durante os jogos da seleção brasileira foram uma prova da alegria que move Saint Martin, uma ilha que se torna mais forte nas adversidades e sorri para o mundo.n A PANROTAS viajou a convite da Cap Amazon e do escritório de Turismo de Saint Martin, voando Copa Airlines e com proteção GTA
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GRANDES EMPREENDIMENTOS
Na mesma baía onde os aviões dão um show à parte, dois grandes empreendimentos de luxo estão em processo acelerado de reconstrução para atenderem à alta temporada que vem pela frente: o Sonesta Ocean Point e o Sonesta Maho Beach Resort, Casino & Spa. Ambos já aceitam reservas com possibilidades de descontos de 45% e têm reaberturas programadas para novembro e fevereiro, respectivamente. “Felizmente, o Ocean Point sofreu um pouco menos de danos, mantendo a estrutura e os sistemas mecânicos, elétricos e hidráulicos em bom estado. Melhorias estão sendo implementadas para aumentar a resistência do prédio a grandes tempestades e algumas áreas foram totalmente redesenhadas, oferecendo um estilo atualizado em relação ao mundo contemporâneo”, explicou a gerente de Vendas do Sonesta Sint Maarten, Carla Melo, que fala português fluentemente. Já os danos ao Sonesta Maho Beach Resort foram mais severos e sua reconstrução teve que ser feita quase que a partir do zero. Assim como o centro de convenções do complexo, que será ampliado e terá capacidade para até 700 convidados que buscam um espaço moderno para reuniões, conferências e eventos. Grande parte das obras está sendo tocada por um consórcio chinês. Estima-se que a última temporada de furacões tenha provocado danos de cerca de seis bilhões de euros na ilha, por isso, as empresas responsáveis pelos seguros tiveram dificuldades para ressarcir imediatamente seus clientes. Com o tempo, as verbas estão sendo liberadas e o ritmo das obras se intensificando, como é o caso também do Belmond La Samanna, que será reinaugurado em dezembro. “A reforma da estrutura custará cerca de US$ 15 milhões e manterá o Belmond como o melhor resort de Saint Martin. Serão 83 apartamentos e suítes, oito villas com três ou quatro quartos, dois restaurantes, bares, adega de vinhos, spa, academia, quadra de tênis, pavilhão de eventos, piscinas e vista para a praia mais bonita da ilha. Nossos clientes poderão usufruir de cabanas na areia, barco particular e esportes aquáticos, entre outras atividades”, contou o gerente geral do Belmond La Samanna, Michael Schoonewagen. O valor da noite em uma das villas do Belmond pode ultrapassar os US$ 11 mil durante a alta temporada, mas Saint Martin ainda oferece opções mais exclusivas para seus visitantes. O bairro de Les Terres Basses, na ponta oeste da ilha, conta com dezenas de villas de altíssimo luxo já reformadas e abertas para reservas. Uma delas, conhecida como Chateau des Palmiers, pertence ao presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, e sua diária pode superar os US$ 20 mil durante a época de Natal e Ano Novo. Outras propriedades, como Le Mercure, Princess Heights, Oyster Bay Beach Resort, Bleu Emeraude, Hever Hotel, Le Peti Hotel, Sol e Luna, Alamanda Resort, La Plantation, La Source, Horizon View Beach Hotel,
Carla Melo, gerente de Vendas do Sonesta St. Maarten
Vista a partir do Belmond La Samanna
Villa Gisèle, uma das diversas opções de luxo em Les Terres Basses
Divi Little Bay Beach Sea Palace, Sea Breeze Hotel, Simpson Bay Beach Resort, El Zafiro Boutique, La Vista Resort, Mon Reve Guesthouse e Belaire Beach Hotel, entre outras, também já estão aptas para turistas com diferentes gostos e bolsos. Até o fim do ano, mais empreendimentos, como o Grand Case Beach Club, o Sapphire Beach Club Resort, o Esmeralda, o Hotel L’Esplanade, o Palm Court, o Club Orient Resort, o Le Temps de Cerises e o La Playa serão reabertos após processos de revitalizações. 25 a 31 de julho de 2018 — PANROTAS
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REMODELAÇÃO AMBICIOSA Sob a bandeira Meliá desde outubro do ano passado, o icônico Meliá Iguazu, em Puerto Iguazú, no lado argentino da tríplice fronteira, começou a ser objeto de um significativo projeto de reforma e melhorias, que inclui a remodelação de seus 183 quartos. O gerente geral do hotel, Mynor Espinoza, comentou sobre as importantes melhorias que estão sendo feitas nessa emblemática propriedade que se ergue no meio do Parque Nacional do Iguaçu, a poucos passos das imponentes Cataratas. “Levando em conta que nosso hotel será a sede do G20 em relação às áreas de Turismo e Meio Ambiente, estamos fazendo uma remodelação significativa cuja primeira etapa será concluída no final de agosto”, explicou. Na primeira parte das obras, serão reformados 100 quartos e, em janeiro de 2019, serão totalmente reformados os 183 apartamentos que compõem a propriedade, além do saguão, da piscina, das áreas comuns e dos restaurantes. “Embora a propriedade tenha um perfil de hóspedes com faixa etária de cerca de 40 ou
45 anos, a incorporação de um rooftop no terraço do complexo, além de uma grande piscina, são elementos que visam atrair um público mais jovem“, esclareceu. “Nossa premissa é oferecer uma experiência por meio dos sentidos. É por isso que incorporamos este magnífico terraço com uma vista incrível das Cataratas do Iguaçu, que convida você a relaxar e desfrutar de um momento único, em que as cores, sons e texturas da natureza ao redor se somam aos serviços da Meliá”. “Outro dos nossos pontos fortes é o conceito The Level, disponível em várias salas e projetado para que os hóspedes possam desfrutar de uma experiência memorável com atendimento personalizado, incluindo check-in privativo e hospedagem de nível, entre outros detalhes”, completou Espinoza. Inaugurado em 1978, o hotel funcionou como Sheraton Iguazú até o ano passado, quando foi adquirido pelo empresário árabe Ali Albwardy, proprietário desde 2011 do Four Seasons Buenos Aires. Em outubro passado, a propriedade ficou sob a administração da Meliá Hotels International.n
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O emblemático resort em Iguazú
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IGLTA Raphael Silva
A associação internacional dedicada ao Turismo LGBT (IGLTA) usa as redes sociais de maneira a espalhar e interagir com conteúdos externos relacionados ao nicho. Matérias produzidas por portais internacionais, campanhas de vendas e dicas de destinos, com foco exclusivo para parceiros da entidade, ganham espaço nas postagens dia a dia. As páginas se tornam um grande guia turístico para viagens gay-friendly aberto ao público, mas também útil ao trade.
PERFIL ID: @IGLTA (Facebook e Instagram) Facebook: 24.466 curtidas na página Instagram: 5.710 seguidores
Um dos exemplos é a divulgação de produtos turísticos parceiros da IGLTA. Nesse caso, o La Mansion Inn, situado na Costa Rica, ganhou espaço na página da associação no Instagram.
Já no Facebook, o conteúdo do órgão promocional de Turismo da cidade de Dallas, nos Estados Unidos, foi reproduzido pela página. Itinerários customizados e guias para inspirar os viajantes, com experiências para todos os públicos, também agregam opções ao LGBT.
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A interatividade com outras páginas voltadas ao público LGBT também é um dos focos da IGLTA. Nesse caso, a Caribbean Pride Week (@caribbeanPrideWeek) foi promovida pela página da associação, que, novamente, promoveu um de seus membros parceiros para os seguidores.
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