PANROTAS 1.345 - Especial Esqui 2018

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Esqui

Edição nº 1.345 - Ano 26 | 7 a 13 de novembro de 2018 | www.panrotas.com.br

Poucos nichos oferecem oportunidade tão grande no mercado brasileiro como a neve. Agências de viagens e operadoras do país tropical têm de se capacitar sobre um produto de demanda ascendente e margens tão favoráveis. As montanhas do Hemisfério Norte estão prontas e as oportunidades estão passando. Agarre a sua

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PRESIDENTE

ÍNDICE

nº 1.345 | 7 a 13 de novembro de 2018 | www.panrotas.com.br

José Guillermo Condomí Alcorta CHIEF EXECUTIVE OFFICER (CEO) José Guilherme Condomí Alcorta (guilherme@panrotas.com.br)

DIRETORA DE MARKETING E EVENTOS Heloisa Prass

CHIEF TECHNOLOGY OFFICER (CTO) Ricardo Jun Iti Tsugawa REDAÇÃO

CHIEF COMMUNICATION OFFICER (CCO) E EDITOR-CHEFE: Artur Luiz Andrade

(artur@panrotas.com.br) Coordenadores: Henrique Santiago, Raphael Silva e Rodrigo Vieira Reportagens: Karina Cedeño, Marcel Buono e Renato Machado Estagiários: Felipe Lima, Leonardo Ramos, Marcos Martins e Marina Marcondes (RJ) Fotógrafos: Emerson de Souza, Jhonatan Soares e Marluce Balbino (RJ) MARKETING Gerente de Marketing e Eventos: Patricia Brandão (patricia@panrotas.com.br) Analista: Erica Venturim (erica@panrotas.com.br) PRODUÇÃO Aline Monteiro (aline@panrotas.com.br) Pedro Moreno (pedro@panrotas.com.br) COMERCIAL Executivos: Flávio Sica (sica@panrotas.com.br) Priscilla Ponce (priscilla@panrotas.com.br) Renato Sousa (rsousa@panrotas.com.br) Rene Amorim (rene@panrotas.com.br) Ricardo Sidaras (rsidaras@panrotas.com.br) Sônia Fonseca (sonia@panrotas.com.br) Big Data: Igor Vianna (igorvianna@panrotas.com.br) Jéssica Andrade (jessica@panrotas.com.br) Assistentes: Ítalo Henrique (italo@panrotas.com.br) Rafaela Aragão (rafaela@panrotas.com.br) FALE CONOSCO Matriz: Avenida Jabaquara, 1.761 – Saúde São Paulo - Cep: 04045-901 Tel.: (11) 2764-4800 Brasília: Flavio Trombieri (flavio@panrotas.com.br) Tel: (61) 3224-9565 Rio de Janeiro: Simone Lara (simone@panrotas.com.br) Tel: (21) 2529-2415/98873-2415 MARKETING DE DESTINOS Pires e Associados (jeanine@pireseassociados.com.br) ASSINATURAS Chefe de Assinaturas: Valderez Wallner Para assinar, ligue no (11) 2764-4816 ou acesse o site www.panrotas.com.br Assinatura anual: R$ 468 Impresso na Referência Gráfica (São Paulo/SP)

SEÇÕES 06 Editorial

“Destrava, Brasil”

07 Check-in

Passagem aérea a R$1

12 Infográfico

O que 2019 reserva para o Turismo

36 Portas Abertas

Quem é quem na Tursites

40 Diagnóstico

Jair Bolsonaro e o Turismo

42 Memória

O que FHC entregava

60 Espaço Alagev

A inteligência dos eventos

64 LGBTravel

Uruguai na vanguarda

66 Follow

Ski Brasil nas redes sociais

14 Turismo de neve

Oportunidades para todos no Hemisfério Norte

26 Voebiz

Programa da Gol para PMEs faz dois anos

28 Convenção Braztoa

Os líderes em sustentabilidade

44 United Airlines

Despedida de Lucimar Reis

48 Palladium Master Experience Mais de 60 brasileiros na Riviera Maya

Media Partner

Associações

Parceria Estratégica

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Editorial

A INDÚSTRIA DA COMPLICAÇÃO

Q

uem é mais velho se lembra dos quadros de humor na TV ironizando a burocracia das empresas públicas brasileiras (conhecidas pela quantidade de carimbos e documentação exigidos). Isso acabava refletindo nos negócios do País e no próprio crescimento da nação. Tudo era emperrado, difícil, feito com má vontade, para que a indústria da burocracia continuasse ganhando. Complicar para ganhar era o lema. Era ou ainda é? Mesmo com o tsunami tecnológico que dominou e transformou o novo século, e que escancara que certos processos e medidas são anacrônicos, contraproducentes e inaceitáveis, o Brasil ainda é visto como um país burocrático, onde é difícil fazer negócios: do cidadão comum que precisa de um documento (e dele são exigidas várias vias, novamente carimbos e certidões diversas) ao investidor estrangeiro (que fica esperando respostas que não chegam), tem que ter paciência para processos dos mais variados nesse nosso Brasil. Destravar essa nação tão grande e diversa deve ser uma das prioridades do novo governo, que toma posse em 1º de janeiro, mas que já está tocando a transição. E há

exemplos múltiplos pelo País que mostram que quando o Estado cumpre seu papel de estimular os negócios (e não travar) e de criar ambientes propícios a eles (ou seja, eficientes, estruturados, transparentes e simples), todos saem ganhando. O visto eletrônico é um exemplo. A Justiça Eleitoral outro. Os Poupatempo em São Paulo. O chip nos passaportes. O uso da biometria nos caixas eletrônicos dos bancos. Os processos que podem ser feitos pela internet... “Destrava, Brasil” precisa ser o lema de Jair Bolsonaro e seu time. O presidente eleito já prometeu reduzir a máquina pública, o que vai ajudar a simplificar e economizar. Mas os processos que estimulam os negócios (da cobrança de impostos às exigências para se abrir uma empresa, das licenças ambientais às importações de equipamentos, entre outros exemplos) precisam de um choque de eficiência como há muito não se vê nesse País. O Brasil mais seguro, eficiente, transparente e enxuto com certeza estará mais atraente para investidores, mais justo para seus cidadãos, mais propício para indústrias como a de Viagens e Turismo, mais condizente com a nação que queremos ser. E sabemos que podemos. n

Artur Luiz Andrade Editor-chefe e Chief Communication Officer da PANROTAS artur@panrotas.com.br

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Check-in +Lidas da semana Portal PANROTAS 1 Bolsonaro é eleito presidente; veja propostas para Turismo

Consolidadoras

Novembro agressivo

2 Gol modifica logo para evitar 'confusão' com estrangeiros

3 Como se diferenciar em um Turismo de mesmices

4 Aviva é a nova marca de Grupo Rio Quente e Costa do Sauípe

5 Sky Airline é aprovada pela Anac e inicia voos em novembro

6 Virtuoso indica 5

macrotendências da viagem de luxo em 2019

7 Nova aérea de Neeleman tem

região Norte do Brasil na mira

8 Comissão para agentes sobe nas três aéreas gigantes dos EUA

9 Reclame Aqui: os parques temáticos com mais queixas no País

10 Flytour MMT lança página com 'preços baixos' para agentes

Luciano Guimarães, diretor geral da Rextur Advance

Agentes de viagens que venderem duas passagens via Reserva Fácil, o sistema da Rextur Advance, vendem o terceiro passageiro a R$ 1. É o que a consolidadora está chamando de Black November, em menção ao mês da black friday. A ação se estende para vendas até o dia 30. A promoção contempla um destino por uma companhia aérea diferente todo dia, seja nacional ou internacional. Acesse www.rexturadvance.com.br/bn/#regulamento para consultar as condições.n

Fonte: Portal PANROTAS

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Aviação

+Lidas Aviação

Comitê formado

1 Gol modifica logo para evitar 'confusão' com estrangeiros

2 Sky Airline é aprovada pela Anac e inicia voos em novembro

3 Nova aérea de Neeleman tem

região Norte do Brasil na mira

4 Comissão para agentes sobe nas três aéreas gigantes dos EUA

5 Boeing 737 Max 8 cai na Indonésia com 189 pessoas a bordo

Igor Miranda, diretor de Marketing da Latam Brasil, ao centro, e Jerome Cadier, presidente da companhia (na parte de trás, à direita) com os integrantes do Comitê de Negócios

6 Confira os 15 voos com com mais interrupções no Brasil

7 Brasil tem 9 dos maiores

aeroportos da América Latina

O Comitê de Negócios da Latam Brasil, iniciativa da aérea para se aproximar de empresas que distribuem produtos da companhia no País, realizou o seu primeiro encontro na semana passada. O grupo é formado por 12 representantes do trade, entre consolidadores, OTAs e corporativos. Alatur JTB – Reifer de Souzar Junior Ancoradouro – Juarez Cintra Pereira Neto Avipam – Fernando Slomp BCD Travel Brasil – Soely de Oliveira Belvitur – Marcelo Cohen Confiança – Helvécio Garófalo

8 Além do wi-fi: Gol usará internet a bordo para conectar aeronaves

9 Frota de B787 da Avianca retorna, porém com restrições

10 Gol anuncia nova rota entre Vitória

e Buenos Aires Copastur – Edmar Bull Fonte: Portal PANROTAS Carlson Wangolit – Nelson de Oliveira Flytour Gapnet – Ivo Lins Promotional – Luiz Strauss de Campos Rextur Advance – Luciano Guimarães Viajanet – Bob Rossato

Incremento de verão

Com a aproximação da alta temporada, Gol e Latam Brasil anunciaram voos extras para o verão 2018/19. Somando as operações das duas gigantes nacionais, a aviação comercial no País ganha temporariamente 6,1 mil voos extras, entre operações nacionais e internacionais. A partir de 1º de dezembro de 2018, a Latam Brasil terá 496 decolagens adicionais domésticas e 884 internacionais, totalizando 1,4 mil voos extras. As operações extras nacionais se encerram em 31 de janeiro de 2019 e a internacionais em 15 de março de 2019. Fortaleza, Foz do Iguaçu (PR), Maceió, Natal, Recife e Salvador são os destinos nacionais contemplados. Haverá aumento de frequência em saídas para Buenos Aires, Montevidéu, Santiago e Orlando (EUA), além do retorno temporário da rota São Paulo e Las Vegas (EUA). Na Gol, a sazonalidade ocorre ao longo da temporada de verão, to-

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talizando 4,7 mil operações extras (ou 850 mil novos assentos). Serão 250 voos adicionais para destinos em outros países, como Argentina (Buenos Aires, Rosário, Mendoza e Córdoba), Uruguai (Montevidéu), Bolívia (Santa Cruz de La Sierra) e Paraguai (Assunção). Cerca de 80% dos aumentos de frequência ocorrem no Nordeste e no Sul. n

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Hotelaria

Complementares

+Lidas Hotelaria 1 Agentes visitam novo resort Grand Palladium Costa Mujeres

2 Agentes conhecem show do Chic Cabaret da Riviera Maya; fotos

3 Para Accor, Sofitel e Fairmont se complementarão no Rio

4 Sofitel reúne convidados em noite de ópera no Parque Lage/RJ

5 Confira os investimentos feitos em Sauípe e Rio Quente

6 Expedia investe em solução para hotéis entenderem viajantes

7 Accor estreia com Ibis na Zona Philippe Seigle, diretor dos hotéis de luxo da Accor no Rio

Leste de São Paulo

8 Aviva: nasce um gigante do entretenimento brasileiro

9 Villa Blue Tree registra

crescimento de 70% na receita

Com as recentes aquisições realizadas em nível global e regional, a Accor Hotels se tornou uma das mais diversificadas redes hoteleiras do mundo. Dos hotéis econômicos (e os Ibis no Brasil são sua maior expressão) aos de luxo, passando por uma camada bastante estilosa de marcas intermediárias. No próximo ano, o Rio de Janeiro, que já conta com mais de 30 hotéis da Accor (muitos oriundos do acordo com a BHG), terá as duas marcas mais expressivas do luxo da rede francesa: Sofitel, presente no Sofitel Ipanema, em pleno funcionamento, e Fairmont, adquirida da FRHI Hotels, no Fairmont Copacabana, a ser aberto no primeiro semestre. Com a crise da hotelaria carioca, fica a dúvida: cabem dois hotéis de luxo como esses lado a lado (apenas alguns quarteirões separam os empreendimentos)? Para o responsável pelos hotéis de luxo da Accor no Rio de Janeiro, Philippe Seigle, os dois hotéis (Fairmont Copacabana e Sofitel Ipanema) se complementarão e o Rio comporta sim investimentos desse porte. Em primeiro lugar porque estão nos dois bairros mais queridos por turistas e moradores. Em segundo, porque seus produtos se completam: o primeiro com mais espaço para eventos e grupos, o segundo mais intimista. Em terceiro porque, segundo ele, os hotéis que têm administração mais profissional, se integram ao lifestyle carioca e investem em diferenciais, não estão passando por crises. “Já vemos que os negócios futuros estão melhores. E para as marcas upscale da Accor no Rio, não sentimos decréscimo de vendas”, 10 check-in.indd 10

10 Ibis Indaiatuba Viracopos (SP) afirma. E por fim, porque marcas investe em modernizações como Fairmont, Sofitel, entre outras que chegaram ao Rio Fonte: Portal PANROTAS recentemente, pós-Copa e Olimpíada, ajudam a levantar o destino e a criar curiosidade mundial em relação a ele. “Acredito muito no Rio de Janeiro e não entendo o prazer que alguns têm em falar mal da cidade”, afirmou Philippe Seigle, que já trabalhou no Rio, de 2005 a 2007, no Le Meridien, e desde 2014 é embaixador das marcas de Luxo da Accor no Rio. NOVO LUXO Para Seigle, mais que a ostentação ou a alta gastronomia, o hóspede de luxo do Rio quer experimentar os sabores, cores e ritmos locais. Daí a ideia de ter um hotel que é a “casa carioca” para os hóspedes. No Sofitel Ipanema, isso se vê nas cores, na decoração, no rooftop sofisticado e descontraído ao mesmo tempo, na suíte Bossa Nova, no serviço de praia, entre outros itens. “Mesmo na gastronomia, passou a época dos restaurantes gourmet. O hóspede quer experimentar os sabores locais e é isso que fazemos no Sofitel Ipanema, com o toque francês, é claro, mas com a cara do Rio”. “Não entendo como alguns hotéis continuam investindo em padronizações. Entramos e parece que estamos nos Estados Unidos. Não é o que queremos em nossos hotéis. Para o francês, vir ao Rio é um sonho. Então temos de mostrar o Rio, da gastronomia ao atendimento, em nosso serviço, em nosso bem receber”, exemplifica Philippe Seigle.n

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Pancorp

+Lidas Corporativo 1 Nova aérea de Neeleman tem

região Norte do Brasil na mira

2 Cargo de chief traveller experience officer já é tendência

3 Gestores ainda não entendem - e temem - o NDC

4 Veja o efeito das eleições até agora no segmento corporativo

5 Veja como ficou o interior do novo A220-100 da Delta; fotos

6 Gol anuncia nova rota entre Vitória e Buenos Aires

7 CEO da Latam vê Brasil com otimismo e cautela

8 T&E Consulting anuncia ex-Algar como diretora de Operações

9 Veja fotos do evento realizado pela Tour House em SP

10 Adriana Cavalcanti: novo olhar da aviação para experiências

Fonte: PANROTAS Corporativo

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Central Mice

Com foco no segmento Mice, a GJP acaba de lançar a Central Nacional de Grupos e Eventos, um canal único destinado a negociações de eventos realizados em suas dez unidades espalhadas pelo Brasil. Antes feito nas próprias unidades, o atendimento agora está centralizado, e este novo modelo, acredita a rede, dará mais agilidade ao cliente, além de padronização dos processos de vendas para o segmento de incentivo, reuniões, conferências e eventos. "Seremos bem mais eficientes no atendimento das demandas relacionadas ao setor", aponta o vice-presidente da GJP, Fabio Godinho.

Rodrigo Napoli, diretor de Vendas da GJP, responsável pela nova central de atendimento Mice

A área estará sob gestão do diretor de Vendas da GJP, Rodrigo Napoli, da gerente de vendas Mice, Fernanda Oliveira, e da coordenadora de Grupos e Eventos, Mariana Spalding. O contato da Central de Grupos e Eventos GJP é (11) 3730-4095 ou através do e-mail do novo time: eventos@gjphotels.com. n

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Infográfico

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Com insights de 163 milhões de avaliações e respostas de 21,5 mil viajantes de 29 países, a Booking.com traçou oito previsões do que o setor pode esperar no ano que vem

APRENDER VIAJANDO

As jornadas não vão excluir a contemplação e o divertimento, mas o aprendizado vai moldar cada vez mais as escolhas dos turistas. Dentre as viagens com propósito mais comuns, 68% dos respondentes consideram fazer intercâmbios ou voluntariado (54%) e experiência profissional estrangeira (52%).

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FÁCIL E NA PALMA DA MÃO

A prioridade do viajante em termos de tecnologia é para que o processo seja o mais prático possível. O tão falado rastreamento em tempo real das bagagens é a tendência mais desejada, empatada com apps que reúnam todo o planejamento da viagem em um só “ambiente”. Em seguida vêm veículos autônomos, agente de viagens virtual (com funções mais aprofundadas do que se prestam as OTAs) e realidade aumentada.

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O PLANETA FICOU PEQUENOA

Embora mais distante (literalmente), agências de exploração espacial e companhias privadas investem bastante para que em pouco tempo civis possam optar por umas férias galácticas. Enquanto isso não ocorre, há uma demanda aquecida por destinos remotos e intocados. A previsão é que 2019 apresente novidades inimagináveis no setor de hospedagem, o qual desperta interesse de 60% das pessoas quando a possibilidade são hotéis debaixo d’água.

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O GUIA SAI, A RECOMENDAÇÃO FICAA Embora mais

Guias de viagens clássicos estão perdendo a relevância e sendo substituídos por guias digitais, algo desejado pela maioria na pesquisa. Há, ainda, uma parcela menos proativa que não vê a hora das máquinas fazerem o serviço, e ainda uma significante parcela que deseja ver inteligência artificial personalizando recomendações de acordo com o histórico de viagens e experiências.

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VIAGENS CONSCIENTESA

Questões sociais podem afetar a escolha de viagem. De todos os ouvidos, a maioria diz recusar um destino em que sinta que sua presença irá ter um impacto negativo na vida dos locais. De acordo com os dados da pesquisa, grande parte cogita participar de um festival de orgulho LGBTI+ em 2019, apelo maior principalmente entre os jovens.

EXPERIÊNCIAS, MAIS EXPERIÊNCIAS

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SUSTENTABILIDADE SEGUE FORTE

Tanto viajantes quanto fornecedores têm se preocupado em reduzir o impacto que suas presenças produzem no meio ambiente, o que se reflete na busca por experiências sustentáveis (para os turistas) e na redução do uso de plástico (para hoteleiros). A pesquisa mostra que a esmagadora maioria das pessoas está disposta a reservar algum tempo de suas viagens para atividades que possam compensar o impacto que suas estadas têm na natureza. Mais de um terço dos entrevistados gostariam de ver praias e atrações turísticas livres de lixo e plástico.

Fonte: Booking.com

Viagens e experiências estiveram densamente atreladas durante 2018, mas segundo as estimativas, essa tendência deve se aprofundar ainda mais no ano que vem. O mercado já percebeu isso, mas a pesquisa atesta que, para 60%, experiências são mais valiosas do que bens materiais. No ano que vem, destinos que falam relembrar ou resgatar a infância estão em alta.

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ESCAPADINHAS

Aproveitar feriados prolongados para viagens curtas e em destinos próximos é outra tendência para 2019, um desejo para pelo menos 53% dos entrevistados. Com menos tempo para aproveitar, é imprescindível saber onde ir, onde dormir, onde comer. Por isso, irá crescer também a demanda por indicações ou, se possível, uma completa curadoria de destinos. A projeção é que as micro viagens se tornem cada vez mais variadas e personalizadas.

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Especial esqui Leonardo Ramos

Previsão de INVERNO QUENTE

Demanda brasileira para destinos de neve está em crescimento, e é oportunidade para vendas boas, altos valores e comissões generosas

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As viagens de neve estão em busca de mais espaço no Brasil. Com o público final brasileiro, claro, mas também, e principalmente, entre as agências de viagens. Na busca pela atenção e especialização delas, um importante passo nesse sentido foi dado em setembro, com a primeira edição do evento Expo Ski, em São Paulo. Mesmo se tratando de uma estreia e sem contar com patrocínios, o evento mobilizou mais de 200 agentes de viagens para conhecer os 20 expositores — entre estações de esqui, destinos de neve, operadoras, aéreas e seguradoras. Participação essa que levou Adriana Boischio, organizadora desta primeira feira especializada no nicho e que acaba atuando como uma liderança em sua ascensão no País, a acreditar que um boom no segmento pode acontecer já no próximo ano. Isso acompanhado de uma expansão “gigante” da feira, já confirmada para acontecer anualmente.

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“Finalmente ocupamos um vácuo existente há anos no trade nacional: a realização de um evento 100% direcionado a um nicho tão relevante globalmente falando, mas que carece de agências especializadas no nosso País”, argumenta Adriana, que também representa os destinos Jackson Hole (EUA) e Nevados de Chillán (Chile) no Brasil. A demanda, porém, já existe. E 2017 foi a prova disso. Dados da Abav Nacional revelados pela VP da entidade, Magda Nassar, apontaram um crescimento de 30% na emissão de turistas brasileiros para destinos de neve no ano passado, na comparação ano a ano. A liderança de público em diversos destinos corrobora ainda mais nossa relevância internacional. “O Brasil é o principal mercado internacional para Vail (Colorado), para as estações do Chile e para Bariloche, na Argentina. E o segmento tem crescido de forma mais expressiva nos últimos três anos”, destacou a também presidente da Braztoa, referindo-se às estatísticas de 2017.

Adriana Boischio, organizadora do Expo Ski e uma das lideranças na ascensão do segmento de neve no Brasil

CAPACITAÇÃO É FUNDAMENTAL E se a demanda já existe, a solução que Adriana Boischio busca é exatamente a falta de uma oferta qualificada, de agências que saibam vender bem o segmento, e atender esse crescente interesse por neve. A especialista alerta que existe entre as empresas nacionais uma falta de familiarização e conhecimento do estilo de viagem que um destino de montanha, esqui e neve proporciona, muito pela inexistência desse produto no Brasil. Ela ressalta, ainda, a oportunidade de incrementar a receita com os auxiliares que podem (e devem) ser incluídos. Além do básico aéreo e hotel, passes de esqui, equipamentos, aulas, aluguel de roupas, transporte para as montanhas… Todas essas áreas podem agregar valor à venda, aumentando a margem de lucro de um segmento que costuma abarcar boas quantias de dinheiro, além de envolver comissões altas. “São destinos de custo mais alto, o que influenciou bastante na composição da receita das agências em 2017”, conta Magda Nassar. Segundo ela, ano passado foi o período em que as agências generalistas cujo esqui também figura na prateleira conseguiram o mais alto tíquete médio, e isso graças ao crescimento de 30% nas vendas de viagens para neve. Isto é, em geral os produtos de inverno têm valor mais alto, daí a necessidade da criação de uma feira específica para o esqui no Brasil. "Queremos tanto cativar mais agências de viagens, para que elas se especializem no nicho que carece de empresas de fato bem preparadas, quanto atualizar aquelas que já trabalham com o segmento, mas que antes não contavam com uma feira que pudesse oferecer as tantas novidades e atualizações que os destinos de neve lançam todos os invernos", argumentou Adriana, do Expo Ski, lembrando, enfim, que exemplos dessas novidades não faltam — novos hotéis, pistas de esqui, gôndolas e até novas estações abrem ano após ano nos destinos internacionais de neve, buscando se renovar e atrair novos clientes, mas também os que já os conhecem e buscam algo novo.

Uma série de atividades extras podem agregar valor à venda das agências; na foto, uma atração para crianças em Titlis, na Suíça

Magda Nassar, presidente da Braztoa e VP da Abav Nacional, revelou que em 2017 a venda para destinos de esqui das agências associadas cresceu 30%, comprovando aumento da demanda para o segmento

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Destinos, aéreas e operadoras se reúnem para primeira Expo Ski Viajante brasileiro representa 55% dos hóspedes dos hotéis de Valle Nevado

OPERADORAS SÃO FUNDAMENTAIS Dos 20 expositores da Expo Ski, as mais bem representadas no encontro foram as operadoras. Oito empresas especializadas no segmento estiveram na feira, negociaram com agentes e apresentaram seus produtos e serviços, enquanto sete estações de esqui participaram do evento. É papel delas tornar a venda dos destinos de neve um negócio vantajoso para as agências. De acordo com Adriana Boischio, uma das principais características do nicho é que os preços das estações de esqui os quais as operadoras têm acesso são consideravelmente mais baixos do que o oferecido aos clientes finais por meio de sites diretos — detalhe que deveria ser melhor aproveitado por agências. Lara Rennó, que representa no Brasil a estação de Aspen & Snowmass, de Colorado, ratifica a informação, revelando que os preços oferecidos por operadoras chegam a ser até 40% mais baixos do que nos sites dos destinos, graças aos bons acordos com os fornecedores. Das vendas para destinos de neve, o mais comum é que 20% do valor seja dividido entre as distribuidoras envolvidas no negócio — 10% para operadoras, 10% para agências. DOMÍNIO NA AMÉRICA DO SUL... Embora positivos para o mercado, os altos valores dos produtos de neve podem ser impeditivos para os esquiadores em potencial no Brasil, e não à toa somos os líderes em emissão a destinos de neve na América do Sul, onde a proximidade faz o preço total da viagem ser mais acessível do que em destinos em outros continentes. As principais estações chilenas têm o Brasil em primeiro lugar no share de viajantes internacionais. É o caso do Valle Nevado. Com trabalho de promoção intenso, o complexo conta com 16 14 a 25.indd 16

Brasileiros dividem liderança de turistas estrangeiros com chilenos em Bariloche

média de 55% de brasileiros em seus hotéis durante a alta temporada, mais até do que chilenos, de acordo com a gerente comercial e de Marketing do destino, Dominique Rudloff. Em termos gerais, para quem apenas faz day use da estação, o turista do Brasil representa metade de todos os estrangeiros que vão para lá — ou 15% do total de visitantes. No alto luxo, a estação de Corralco, no sul do Chile, é outro exemplo: 40% de todos os seus visitantes decolam do Brasil. Nevados de Chillán, algumas horas a norte de Corralco, conta com 16% dos visitantes brasileiros. Bariloche, principal estação de esqui argentina, é consagrada a ponto de ser carinhosamente chamada de “Brasiloche” pelo público local. O País, que representou 16% do total de visitantes durante o inverno deste ano, divide a liderança de principal mercado estrangeiro do destino com os chilenos. E os números só têm crescido: 42 mil brasileiros foram para lá na temporada de inverno de 2018, 20% a mais do que os 35 mil de 2017. Crescimento de 40% no acumulado dos últimos dois anos.

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Em Aspen, brasileiros são segundo em visitantes internacionais, atrás apenas dos australianos

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Brasileiro liderava entre os visitantes estrangeiros de Vail Mountain em 2017

Créditos: Jack Affleck/Vail Resorts

ESTADOS UNIDOS Agora, porém, é a vez Hemisfério Norte. A temporada de esqui 2018/2019 começa já em novembro em grande parte dos destinos e se estende até meados de abril. Uma janela de quatro a seis meses de tempo para esquiar ou aproveitar a neve de outras formas — ou seja, há tempo de sobra para vender mais viagens. E tal como nos vizinhos, o Brasil não faz feio no emissivo para estações da América do Norte ou Europa. O interesse do brasileiro por montanhas, esqui e neve muitas vezes supera o preço elevado em comparação com as vendas para os dois continentes. Adriana Boischio vai além. Para a organizadora do Expo Ski, “as montanhas do Hemisfério Norte estão no topo da preferência dos esquiadores brasileiros”, e um dos principais fatores para isso é o tempo de duração da temporada. Enquanto no Chile e Argentina a temporada costuma ser de dois meses apenas, nas estações norte-americanas e europeias chega-se a cinco meses de neve para esquiar. “Os Estados Unidos, por exemplo, recebem a maioria dos turistas [de neve] todos os anos. E essa demanda colocou o Brasil no topo do ranking de visitantes internacionais, como em Aspen, onde os brasileiros representam o segundo mercado”, resume a especialista. O Estado do Colorado, nos Estados Unidos, talvez seja a melhor ilustração. O brasileiro é o segundo no share de turistas internacionais em Aspen Snowmass, pouco atrás dos australianos. Na temporada passada, o complexo comemorou 16% de alta no número dos nossos visitantes. A estação, aliás, é o principal destino entre os brasileiros que vão para os Estados Unidos em busca de neve e esqui, e uma nova alta é esperada neste ano pelo diretor internacional de Vendas do destino, Ian Douglas. “Principalmente agora, após as eleições, período que coincide com a entrada da temporada de inverno”, declarou o executivo. Na estação de Vail, que divide com Aspen os holofotes no Colorado, a representatividade é ainda maior: o brasileiro era o principal turista estrangeiro do destino até 2017, revelou Magda — neste ano a empresa preferiu não divulgar mais números. Até quando se pensa em destinos de neve alternativos às maiores estações do país norte-americano a aposta no Brasil tem dado certo. Jackson Hole é um exemplo disso. Localizada no Estado de Wyoming, a estação conta com alta média anual de 20% em visitantes brasileiros desde 2002, o que levou o destino a abrir representação no País em 2015 com a própria Adriana Boischio.

Ian Douglas, do Aspen Snowmass, acredita em uma alta de vendas agora que o período de eleições acabou

Teton Village, em Jackson Ville, onde o brasileiro conta com alta média anual de 20%

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Marco Oliva, diretor comercial do Club Med no Brasil

EUROPA Do outro lado do Atlântico, o principal representante da relevância brasileira nas montanhas geladas é o Club Med. A rede recebe, em seus 13 villages (nome que dá a seus resorts) localizados nos Alpes Franceses, cerca de dez mil brasileiros anualmente. Isso representa 83% de todos os brasileiros que buscam neve na França, segundo o diretor comercial do grupo no Brasil, Marco Oliva. Se somar o resort da rede nos Alpes Suíços (1,3 mil brasileiros), e ainda o empreendimento que possui na Itália (700 brasileiros), o grupo recebe 12 mil turistas do Brasil anualmente em seus destinos de neve europeus. “Atualmente, o Club Med é a rede hoteleira que mais recebe brasileiros para destinos de neve no mundo. E o consumidor brasileiro é o segundo maior cliente da rede, ficando atrás apenas da França, país sede da marca”, explica Oliva, que adianta a abertura do 14º resort nos Alpes da França: o Club Med Les Arcs Panorama, com inauguração marcada para dezembro. PASSES GLOBAIS: VALEM A PENA? Muito se diz sobre os passes globais, que permitem a entrada em uma série de estações de esqui do mundo inteiro em uma única temporada. É o caso do Ikon Pass, produto 20 14 a 25.indd 20

da Alterra Mountain Company, que dá direito a usufruto de 36 montanhas localizadas nos Estados Unidos, no Canadá, no Japão e na Austrália; e do Epic Pass, do Vail Resorts, este com acesso a 60 estações nos mesmos países e em mais quatro europeus — França, Suíça, Áustria e Itália. Mas será que vale a pena? Para Adriana Boischio, vale, mas apenas em alguns poucos casos, e para esquiadores profissionais. “Quem adquire os passes pode esquiar numa mesma temporada em várias montanhas por um preço mais acessível. Mas acredito que ambos [Ikon Pass e Epic Pass] sejam voltados mais ao mercado doméstico”, conta Adriana. “O brasileiro não tem o hábito de esquiar em mais de uma montanha numa mesma temporada, exceto se forem muito próximas umas das outras. Ou seja, em uma viagem pelas montanhas da Europa, por exemplo, o Epic Pass pode valer a pena. O Ikon Pass, por outro lado, seria vantajoso para esquiar em destinos de neve próximos um do outro nos Estados Unidos e Canadá — aproveitar em uma única temporada também as estações de Austrália e Japão seria, no mínimo, pouco prático pela distância. O Epic Pass sai por US$ 949, e o Ikon Pass por US$ 699.

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DICAS PARA VENDER DESTINOS DE NEVE

VANDA CATÃO, REPRESENTANTE COMERCIAL DE TITLIS E LUCERNA NA AMÉRICA LATINA “Oferecer aos seus clientes as diversas atividades além do esqui, incentivando-os a explorar outras experiências e desmistificar o produto neve como sendo exclusivo somente a exímios esquiadores. A neve exerce um encantamento perante o brasileiro já que não a temos por aqui, portanto é uma oportunidade para utilizar a consultoria em viagens oferecendo algo novo e uma experiência completa aos turistas brasileiros.”

IAN DOUGLAS, DIRETOR INTERNACIONAL DE VENDAS DE ASPEN SNOWMASS “Aproveitar as comissões para agentes em cima de todos os produtos: aulas de esqui, aluguel de equipamentos, hotel… E também os preços oferecidos pelas operadoras, que têm acesso a valores até 40% mais baixos do que o produto vendido ao consumidor final no site do grupo, além de contar com comissões de cerca de 20%, sendo 10% para o operador, e 10% para o agente de viagens.”

DOMINIQUE RUDLOFF, GERENTE COMERCIAL E DE MARKETING DO VALLE NEVADO “Ao viajar para qualquer destino é importante ter um bom seguro que cubra doenças, acidentes e eventuais deslocamentos. Em viagens que incluem práticas de esportes como esqui é ainda mais necessário contar com essa cobertura e algumas seguradoras têm produtos específicos para quem viaja e vai praticar os esportes de neve.”

GASTON BURLON, SECRETÁRIO DE TURISMO DE BARILOCHE “A dica é aproveitar os benefícios fiscais da Argentina, com reembolso do Imposto de Valor Agregado (IVA) aos turistas estrangeiros em hotéis (21% do valor); vale destacar também o benefício de que diversos locais já aceitam o real por aqui. E, enfim, a conectividade aérea. A cidade teve 12 voos semanais diretos da Gol, Latam e Azul nesta temporada, o que impulsiona mais viagens.”

MARCO OLIVA, DIRETOR COMERCIAL DO CLUB MED É o momento ideal para investir nas vendas da temporada 2018/2019 de inverno do Hemisfério Norte. Na Europa, os destinos de montanha atingiram um aumento de 2% em 2017 no número de clientes, em um período em que o mercado do setor registrava uma queda de 3%. O grande atrativo da temporada é a Brazil Week, uma semana temática brasileira que o Club Med promoverá em um dos seus mais novos resorts da Europa, o Grand Massif Samoëns Morillon, no feriado da Semana Santa, em abril, e que deve atrair ainda mais brasileiros.

LIGIA FITTIPALDI, COORDENADORA DE VENDAS DE CORRALCO NO BRASIL “Foque na exclusividade. Brasileiros gostam de algo exclusivo, só para ele. Poder esquiar sem ter medo de ser atropelado por centenas de pessoas concentradas em uma única pista fará toda a diferença para seu cliente.”

SARAH MORDEN, ESPECIALISTA SÊNIOR E DE COMUNICAÇÕES INTERNACIONAIS DE VAIL RESORTS “São duas dicas. A primeira é comprar com a maior antecedência possível, para garantir os menores preços. A outra é usar o Epic Pass. Com vendas abertas até 18 de novembro, o passe, que sai ao valor de US$ 949, custa menos do que comprar cinco dias de esqui, e oferece ao viajante acesso irrestrito a uma série de estações dos Estados Unidos — Vail, Beaver Creek, Breckenridge, Keystone, Crested Butte e Arapahoe Basin no Colorado; Park City, em Utah; Stevens Pass em Washington; Afton Alps em Minnesota…”

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Unsplash: Daniel Frank

ADRIANA BOISCHIO, REPRESENTANTE DE JACKSON HOLE E NEVADOS DE CHILLÁN “Entender aquilo que seu passageiro deseja ao escolher uma viagem para a neve. Se ele busca uma estação de esqui servida por um vilarejo ou por uma cidade na sua base: isso faz toda a diferença – impede o cliente, posteriormente, de queixar-se ao agente pelo destino sugerido. Certamente, uma cidade, ainda que pequena, oferece muito mais opções do que um vilarejo. Seja no quesito atividades de lazer, compras, gastronomia, cultura local e vida noturna. Há quem prefira um ou outro. E isso precisa ficar muito esclarecido no início de uma venda.”

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Destinos de neve:

HEMISFÉRIO NORTE ASPEN & SNOWMASS (EUA) 2,25 mil hectares* 1,7 quilômetro, a pista mais longa de Snowmass 360 trilhas nas quatro montanhas de Aspen 515 quilômetros de trilhas nas quatro montanhas de Aspen Snowmass *Unindo as quatro montanhas ao redor de Aspen: Aspen Mountain, Aspen Highles, Snowmass e Buttermilk

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Responsável por 70% dos brasileiros que vão a Aspen, a estação de esqui Aspen Snowmass está com planos de alterar o que se conhece hoje da pequena vila e estação de esqui, localizada no Estado de Colorado. Isso porque a Snowmass Base Village, projeto de US$ 600 milhões idealizado pelo grupo que comanda a estação da montanha, está prestes a sair do papel: hotéis, condomínios, lojas, restaurantes e diversos outros serviços e comodidades devem fazer parte do novo centro. Dando a largada para tudo isso está o Limelight Hotel Snowmass, hotel quatro estrelas que teve sua abertura confirmada para 15 de dezembro deste ano pelo CEO do grupo, Mike Kaplan. Serão 99 acomodações, com tamanho médio de 50 metros quadrados cada – mais espaçosos principalmente para que equipamentos de esqui e de neve caibam tranquilamente no quarto.Todas com acesso direto às pistas de esqui do Snowmass – ou seja, são ski-in/ski-out. Mais novidades devem acompanhar: um restaurante, uma parede de escalada com cinco andares de altura, uma área de brincar para crianças, uma praça com patinação no gelo...

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GRAND MASSIF SAMOËNS MORILLON (FRANÇA) 5 estações de esqui 256 km em pistas 148 pistas (20 para iniciantes, 114 para intermediários e 14 para experientes) A uma hora e quinze minutos de Genebra É a mais recente abertura do Club Med quando se refere a resorts na neve. O Grand Massif Samoens Morrillon, inaugurado em dezembro de 2017, fica a uma hora e quinze minutos de Genebra, e conta com cinco estações de esqui conectadas – Flaine, Les Carroz, Morillon, Samoëns e Sixt-Fer-à-Cheva. Assim como os demais empreendimentos de neve da rede, funciona no destino o sistema all-inclusive, com refeições, bebidas e atividades já incluídas na estada. A hospedagem inclui ainda o sistema ski-in e ski-out. O destaque para a temporada 2018/2019 será a a Brazil Week, semana temática brasileira que acontecerá na Semana Santa, em abril, com atividades temáticas relacionadas ao País. JACKSON HOLE (EUA) 134 pistas (10% para iniciantes, 40% para intermediários e 50% para avançados) 11,5 metros de neve por ano 1 mil hectares de terreno esquiável 3.185 metros altura máxima

A aposta de Jackson Hole no Brasil continua. O destino de esqui do Estado de Wyoming (EUA) quer atrair viajantes de luxo para um dos cinco hotéis de alto padrão do pequeno vilarejo que rodeia a estação e continuar, assim, com o bom crescimento entre brasileiros da última década – a média é de 20% de alta desde 2005. Mas a novidade da temporada é a abertura de uma nova estação de esqui, exclusivamente para os menos familiarizados com o esporte. Nomeada Solitude, a estação tem inauguração prevista para dezembro deste ano, e será voltada para ensinar jovens e iniciantes. "Ter uma escola de esqui, tanto para crianças quanto para quem nunca esquiou, pode ser uma ótima fonte de atração de brasileiros, muitos deles desconhecedores do esporte. Ou seja, mesmo quem não tem experiência não precisa ter medo: equipes específicas para isso treinarão os principiantes em pistas mais leves", explicou a diretora de Vendas do Jackson Hole Resort Lodging para América Latina, Julianne Calder.

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TITLIS (SUÍÇA) 82 quilômetros de pistas 20% de desconto para viajantes acima de 64 anos (segunda a sexta) 3 escolas de esqui 20 metros de profundidade na Glacier Cave, caverna dentro do gelo Com neve o ano inteiro, o Titlis Glacier Mountain, representado na América Latina por Vanda Catão, usa isso em seu benefício. Por mais que seja um destino de esqui, a alta temporada com os brasileiros acontece no verão, quando turistas nacionais que já planejam viagens à Europa durante a estação mais quente do ano querem ter "o gostinho de conhecer a neve, mesmo fora de época". "É engraçado, mas é quando mais atraímos os brasileiros. Ajuda o fato de ser a menos de 40 minutos da cidade de Lucerna, o que torna a estação uma das mais acessíveis logisticamente da Suíça", comentou ainda Vanda, presente no Expo Ski. Embora sem novidades para a temporada que começa neste novembro, a executiva adianta a abertura do primeiro hotel cinco

estrelas da vila de Engelberg, vizinha da estação de esqui. "Nós tempos já o Terrace, o Trubsee e o Titlis Resorts, todos numa faixa mais acessível financeiramente, o que ajuda na vinda de brasileiros. Mas tinha demanda por algo de maior padrão, então a estreia do Titlis Palace, prevista para o final de 2019, cai bem para atrair um novo público de luxo", explica Vanda, que finaliza revelando um crescimento de 12% dos brasileiros em toda a região entre janeiro e junho deste ano.

VAIL MOUNTAIN (EUA) 3,5 mil metros de altura máxima 2,1 mil hectares de área esquiável 195 pistas (18% para iniciantes, 29% para intermediários e 53% para experientes) 6,4 quilômetros na pista mais longa

Jack Affleck

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A 56 quilômetros da cidade de Vail, a estação de Esqui Vail Mountain conta como novidade para a temporada a renovação de um de seus hotéis: Vail Marriott Mountain Resort. Com investimento de US$ 25 milhões, a propriedade terá seus quartos completamente reformados, assim como seus espaços de reuniões, e a reabertura está marcada para este inverno. Vale um destaque também para o recentemente inaugurado ark citytanque de flutuação, no Lodge at Vail. Chamado Dreampod Mini, ele está disponível para sessões de uma hora, e tem como função aliviar as dores musculares dos esquiadores após passar um dia praticando o esporte na montanha.

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VAL D'ISERE (FRANÇA) 300 quilômetros de pista 60% das pistas estão acima de 2,2 mil metros de altitude 3,3 mil metros de altitude nos pontos mais altos 2,2 mil metros será a altitude de um novo hotel previsto para 2019 Localizado na parte francesa da Cordilheira dos Alpes, a estação de esqui-vilarejo Val D'Isere quer competir de igual para igual com Courchevel, atualmente uma das mais visitadas por brasileiros na região. Com o diferencial de "ter neve o ano inteiro", segundo seu representante no Brasil, Gilles Chatton, a principal novidade prevista no destino é a abertura de um hotel literalmente no pico da montanha, a 2,2 mil metros de altitude. "Trata-se de um antigo teleférico, que deixou de ser usado. Em seu lugar será aberto no final de 2019 um hotel com cerca de 60 acomodações, oferecendo uma das vistas mais privilegiadas dos Alpes Franceses direto da janela do quarto", contou Chatton à PANROTAS. Antes previsto para ser aberto ainda em 2018, o adiamento aconteceu por causa do verão rigoroso deste ano, que impediu a conclusão das obras a tempo – o empreendimento fica, afinal, no topo de uma montanha, o que dificulta toda a logística. Mas isso não quer dizer que visitantes não poderão ir para lá já nesta alta temporada: até o final deste ano será aberto no local um restaurante e uma única acomodação, com oito quartos, que receberá o título de "apartamento mais alto da Europa”, encerra Gilles Chatton. n 7 a 13 de novembro de 2018 — PANROTAS

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Aviação Rodrigo Vieira Divulgação

Rogério Guerra, diretor comercial da Gol

Voebiz, o programa da Gol voltado a pequenas e médias empresas acaba de completar dois anos, mas mais do que comemorar o aniversário, a adesão de Delta e Air France-KLM ao projeto é o que mais anima a companhia aérea. A chegada dessas parceiras internacionais aconteceu há poucos meses e fez o Voebiz decolar de vez, na visão do diretor comercial da aérea brasileira, Rogério Guerra. Agora, as pequenas e médias empresas não só podem pontuar com os programas da norte-americana e da europeia, como também podem resgatar, em movimento similar ao que já acontece aos programas de pessoa física Smiles, Flying Blue e Skymiles. Aliás, há pouca diferença entre os programas de milhas para clientes e para pessoa jurídica, e Guerra ressalta que um não anula o outro. “Se o funcionário de uma pequena ou média empresa utiliza a Gol para suas viagens a trabalho, além de pontuar no Smiles, sua empresa pontua no Voebiz. Com o acúmulo, a empresa em questão pode resgatar voos ou adquirir passagens com desconto tanto na Gol quanto com Delta e Air France-KLM”, aponta o diretor comercial. ENGAJAMENTO Em dois anos de programa, dez mil empresas se afiliaram ao Voebiz. O “copo meio vazio” é o fato de ser pouco no vasto cenário corporativo brasileiro. O “copo meio cheio” é justamente a oportunidade de crescimento que a Gol vê no programa. Otimismo também com o número de companhias engajadas. A Gol considera “pequenas ou médias” as empresas que emitem me26 26.indd 26

Divulgação

PMEs NA MIRA

Juliana Castiglione, gerente de Estratégia Comercial da Gol

nos de R$ 500 milhões em passagens aéreas por ano. Passou disso, os contratos são feitos separadamente, fora do Voebiz. A Gol vê o Voebiz um passo à frente da concorrência, visto que a companhia permite (e incentiva) a reserva via agências de viagens corporativas “enquanto as outras aéreas só autorizam a soma de pontos nos contratos diretos, eliminando intermediários”. NECESSIDADES DOS CLIENTES Para a gerente de Estratégia Comercial da Gol, Juliana Castiglione, o Voebiz é estratégico para a companhia principalmente por esse canal aberto que abriu com o público empreendedor de pequeno e médio portes. “Ao longo desses dois anos conseguimos entender a necessidade desses clientes. O grande ponto é a gestão de viagens dele, então criamos um portal dedicado, onde o cliente consegue entender o quanto acumulou e quanto resgatou e, enfim, gerenciar sua pontuação.” DESAFIOS A principal meta agora é além de alcançar mais empresas, fazer com que todas as já cadastradas se engajem mais. “É muito difícil mostrar que não há compromisso algum ao se filiar ao Voebiz. Nosso trabalho, portanto, é fazer com que mais companhias façam parte do programa, pois não há desvantagem ou ônus financeiro ao se filiar.” n

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Operadoras Marcos Martins – Ilhabela (SP)

COMPREENSÃO DA

INDÚSTRIA A Braztoa embarcou em peso para Ilhabela, no litoral de São Paulo, onde realizou três eventos importantes no final de outubro. Além da Convenção Braztoa, que reuniu 80 associados de 30 empresas no Hotel Itapemar, aconteceram o ciclo de palestras Seeds e o Prêmio Sustentabilidade. “Gostaria que todos abrissem a mente e não se olhassem como concorrentes, mas como pares, para dividir experiências como uma união de operadoras que somos”, disse a presidente da Braztoa, Magda Nassar. E não foi por acaso que o município recebeu a Braztoa e seus convidados de braços abertos. Com investimento de R$ 328 milhões nos próximos quatro anos, Ilhabela tem como objetivo tornarse o destino de natureza mais visitado no País até 2020. A meta foi revelada pelo secretário de Turismo e Desenvolvimento Econômico, Ricardo Fazzini. O plano do governo também inclui o fortalecimento do parque tecnológico e obras de infraestrutura. “Nossa proposta de trabalho é pensar o destino para o futuro e investir na consciência sustentável, o que envolve a parte ambiental, social e, principalmente, econômica. Fizemos um plano de marketing para enfocar muito mais na natureza e movimentar o Turismo o ano inteiro. Vale lembrar também que somos

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Associados e equipe da Braztoa com jurados do Prêmio Sustentabilidade durante o evento

a capital nacional da vela e o melhor local do Brasil para praticar esse tipo de esporte”, ressalta. “Montamos uma nova base com cinco diretorias para fins de promoção de emprego e renda, Turismo e eventos, divididos nas linhas administrativo-financeira e outra de planejamento, com 56 funcionários na secretaria”, ressalta. VENCEDORES A entrega de troféus do Prêmio Braztoa de Sustentabilidade 2018/2019 aconteceu no Pier 151 e a edição bateu recorde com 143 inscritos, 75 projetos apresentados e 18 finalistas. “Trabalhamos de maneira geral com sustentabilidade e o prêmio é um dos elementos desse guarda-chuva. Somos reconhecidos pela Organização Mundial do Turismo (OMT) e estamos também com a Organização das Nações Unidas (ONU). O evento cresce anualmente e traz reconhecimento para os ganhadores”, ressalta Magda. O grande destaque foi o Hotel Sesc Porto Cercado de Poconé, no Mato Grosso, que venceu as categorias de Resorts e o Top Sustentabilidade, este último o prêmio máximo. O empreendimento possui 142 apartamentos, que oferecem contato com o bioma e a cultura do Pantanal.

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Grupo de ganhadores do Prêmio Braztoa de Sustentabilidade 2018/2019

MAIS SUSTENTABILIDADE O líder do Laboratório de Estudos de Turismo e Sustentabilidade (Lets) e professor da Universidade de Brasília (UNB), João Paulo Faria Tasso, reuniu dicas valiosas para empresas que desejam se tornar mais sustentáveis. A principal recomendação é saber o que significa esta prática e a sua perspectiva de desenvolvimento. “Para trabalhar com essa questão é necessário entender que não dá para classificar uma empresa como sustentável ou não. No entanto, a instituição pode ter uma diversidade muito grande de iniciativas de cunho sustentável em várias dimensões. Isso inclui ações voltadas para a prudência ambiental, cuidado social e valorização da cultura”, explicou Tasso. O pesquisador sugere também que as operadoras e agências têm muitas possibilidades de negócios ao abraçarem a sustentabilidade. “O papel dessas empresas é de extrema importância e seria relevante se elas reconhecessem o que poderiam desempenhar. Isso inclui novos roteiros, pontos de visitação e envolvimento de comunidades que costumam ser marginalizadas das atividades tradicionais”, ressalta.

VEJA A LISTA COMPLETA POR CATEGORIA: Projetos inovadores Anhembi-Morumbi (SP): Caminho de Nazinha Parceiros do Turismo Recanto Ecológico Rio da Prata (MS) Meios de hospedagem Pousadas Vila Kalango e Rancho do Peixe (CE) Resorts Hotel Sesc Porto Cercado (MT) Agências de viagens Vivejar (SP) Menção honrosa nacional sociocultural Associação Garupa, Associação das Comunidades Indígenas e Ribeirinhas (ACIR) e Instituto Socioambiental (ISA) - (SP/AM/SP) Roraima Adventures (RR) Menção honrosa internacional World Animal Protection Associados Braztoa Beto Carrero World (SC) Top sustentabilidade Hotel Sesc Porto Cercado (MT)

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Peter Kronstrom, do CIFS, durante a Convenção Braztoa

DESAFIO Um dos segmentos que mais crescem no Brasil é o outdoor, que inclui atividades de ecoturismo e aventura. Por ano, registra-se uma alta de 25%, movimentando mais de US$ 300 milhões. As informações são do diretor para América Latina do Copenhagen Institute for Future Studies (CIFS) e fundador do Future Lounge, Peter Kronstrom, que atua com megatendências globais e futurismo. “Esse crescimento mostra que ainda há muitos consumidores que valorizam a natureza. No entanto, a categoria precisa crescer e inovar muito nas atividades, pois hoje no Brasil o segmento baseia-se praticamente apenas em trilhas, arvorismo e tirolesa. Por exemplo, dá para fugir do óbvio com experiências gourmet e alimentos fora do comum retirados da natureza durante o passeio. Para se ter ideia, há

mais de 40 mil fontes de alimentação natural ainda inexploradas na Mata Atlântica e Amazônia”, sugere. PRÓXIMO DESTINO Canela (RS) será a sede da Convenção Braztoa e do Prêmio Sustentabilidade em 2019. O contrato foi assinado com a presença do prefeito Constantino Orsolin e do secretário nacional de Qualificação e Promoção do Turismo do Ministério do Turismo, Bob Santos. “Nossas palavras-chaves são receber, hospedar, alimentar, entreter e despedir-se, deixando todos em casa e se sentindo da família”, afirma o secretário de Turismo de Canela, Ângelo Sanches Thurler. “Começamos a trabalhar a cabeça da população e do trade. Pensamos que se não falássemos que a cidade é a bola da vez, não iríamos crescer.” n

Prefeito de Canela (RS), Constantino Orsolin, Magda Nassar, da Braztoa, Ângelo Sanches Thurler, do Turismo do destino, e Bob Santos, do MTur

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BRAZTOA EM ILHABELA

Marisa Rodergas (Hotel Praia do Portinho) e Valdir Barbosa (Prefeitura de Ilhabela-SP) Simone Jar (Turismo de Fernando de Noronha) e Vanessa Garmes (Empetur-PE)

Magda Nassar (Braztoa) e Marcio Tenório (prefeito de Ilhabela-SP)

Bob Santos (MTur), Magda Nassar (Braztoa), Ariane Janér (GEN/LACEN), João Paulo Faria Tasso (Universidade de Brasília - UNB) e Ricardo Fazzini (secretário de Turismo e e Desenvolvimento Econômico de Ilhabela-SP)

Graziela Jensen acompanha o marido, Martin Jensen (Queensberry)

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Marcia Pereira e Miguel Andrade (Transmundi) com Magda Nassar (Braztoa)

Amarildo Sarde (April Brasil) com a filha Eduarda e Patricia Santana (STB)

Roberto Vertemati (Beto Carrero World), Graça Barkoczy, Magda Nassar (Braztoa), Michael Barkoczy (Flytour MMT Viagens) e Marcelo Cusnir (New Age)

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BRAZTOA EM ILHABELA

Karina Cordeiro e Bruna Bernhard (TT Operadora) Joana Benvenuti (Emirates), Lais Lima, Lucilene Neves (Reed Travel Exhibitions), Marília de Melo (Incomum Viagens) e Ana Flavia Medina (Kissimmee)

Marcelo Cusnir (New Age), Lucila Nedelciu (Raidho Viagens) e Estela Farina (NCL)

Manuel Nogueira e Paolla Nogueira (Mundo JVS) com Amarildo Limah (Sanchat Tour)

Raoni Biasucci (Braztoa), João Paulo Faria Tasso (UNB), Bob Santos (MTur), Fernando Beltrame (Eccaplan), Ronald Sanabria (Rainforest Alliance), Fernanda Daltro (ONU Meio Ambiente), Ariane Janér (GEN/LACEN), Alexandre Garrido (ABNT/ Sextante), Caroline Kulessa (Eccaplan) e Fernando Kanni (Senac-SP)

Yuri Alves e Stephanie Yacarini (Pousadas Vila Kalango e Rancho do Peixe) com Eliane e Bruno Omori (ABIH-SP)

Andressa Armelin (Velle Representações) e sua acompanhante Ligia Armelin nas laterais de Joana Benvenuti (Emirates) e Jaqueline Rodrigues (MGM) na praia de Castelhanos

Rodrigo Rodrigues (Schultz) e Fernanda Lino (Monde Sistemas)

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Portas Abertas

Renato Machado – Vinhedo (SP)

Equipe da Tursites reunida em sua sede, em Vinhedo (São Paulo)

QUEM É QUEM NA TURSITES Foi no início deste século que o Brasil presenciou o boom da internet no cotidiano da sociedade. Quase duas décadas depois, parece inimaginável para qualquer empresa não estar também presente no ambiente on-line. Em um mundo multiplataformas e, principalmente, regido por consumidores multitelas, agências de viagens viram a necessidade de atuar em quantos canais fossem possíveis. Desde 2003 trabalhando com foco no Turismo, a Tursites cresceu. Nos últimos anos registrando altas de dois dígitos e aprofundando o relacionamento com gigantes do mercado, a companhia tem hoje uma carta de clientes com mais de duas mil agências ao redor do País. Falar a língua da indústria de viagens é o grande trunfo da Tursites. A solução tecnológica por ela oferecida é acompanhada, sim, de suporte técnico e inovação constante. Mas o que atrai a clientela 36 36 a 38.indd 36

de agências de pequeno, médio e grande portes é a possibilidade de ofertar em seu portfólio virtual produtos do Grupo Flytour, Decolar.com, Visual Turismo e CVC, por exemplo. Tudo isso, vale reforçar, com a estrutura de um website próprio, com chat on-line, e-mail marketing e publicador personalizados, além da possibilidade de replicar toda essa vitrine também em um aplicativo para celular, com nome e logo da agência-cliente. “Independentemente das plataformas sociais e dos canais de comunicação massiva, é fundamental que os agentes tenham uma visão macro como empresa”, alerta o diretor de Marketing e Vendas da Tursites, Sergio Lima. “Não ter apenas esses canais, mas acompanhar a atuação com um site que permita expor de maneira dinâmica e mais completa o que ele tem a oferece”, complementa.

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Os diretores da Tursites: Nico Caruso (Financeiro), Sergio Lima (Marketing e Vendas), Fernando Ruiz (TI) e Paulo Caruso (Administrativo)

//Nome: Tursites // Endereço: Rua Celia Polo Monteiro, 250 – Vinhedo/SP // Diretores: Fernando Ruiz (TI), Nico Caruso (Financeiro), Paulo Caruso (Administrativo) e Sergio Lima (Marketing/Vendas) // Fundação: 2003

Paulo Caruso, diretor administrativo

// Funcionários: 29 // Diferencial: Especialização no setor e verticalização a partir da contratação dos nossos serviços. A especialização gera segurança à agência ao poder negociar e conversar de “igual para igual” a linguagem do Turismo. A solução é de TI, mas nossas negociações com as agências são familiares, justo por tratarmos de particularidades do setor e envolvê-las com os principais fornecedores do mercado. // Desafios: Apesar dos desafios externos, desejamos seguir em linha crescente, que há quatro anos nos mantém em alta tanto em carteira como em faturamento entre 15% e 20% ao ano. O próximo desafio é entrar no mercado hoteleiro, oferecendo nossos produtos a hotéis independentes // Futuro: O foco está em novas parcerias com fornecedores de grande porte, como a CVC, enriquecendo ainda mais nosso portfólio de produtos aos sites das agências de viagens. Em breve passaremos a oferecer soluções dinâmicas aos agentes, em uma metabuscador, conectando em um único ambiente (all-inone) os fornecedores parceiros, possibilitando às agências agilidade em suas pesquisas.n

Fernando Ruiz, diretor de TI

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A equipe de Desenvolvimento da Tursites, com Fernando Ruiz, João Barbosa, Henderson Lela e William Freire

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▶ Time Comercial da Tursites, com André Castilho e Sergio Lima

Sergio Lima, diretor de Marketing e Vendas

Duílio Fanton, Matheus Fávaro e Allan Assis, do Suporte Técnico da Tursites

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Nico Caruso, diretor financeiro

Diego Hofstetter e Mauricio Figueiredo Neto, responsáveis pela Criação na Tursites

Financeiro da Tursites, representado por Nico Caruso e Alessandra Luigi

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Diagnóstico Artur Luiz Andrade Divulgação Agência Brasil

O QUE A INDÚSTRIA PEDE: 1 6 2 7 8 3 4 9 5 10

As dez premissas para desenvolver o Turismo no Brasil, segundo o documento preparado ao presidente eleito Jair Bolsonaro por entidades do setor, sob a coordenação da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (CNC):

Melhorar a infraestrutura pública, a qualidade das instalações e dos serviços que atendem a população e os turistas.

Aprimorar os transportes aéreo, rodoviário, ferroviário e náutico, garantindo conectividade eficiente para facilitar as viagens para o Brasil e dentro do Brasil.

Fortalecer a imagem do Brasil no Exterior e seus diferenciais como destino turístico.

Buscar mercados internacionais emissores de turistas que combinem volume de turistas e gastos altos.

Melhorar as condições para investimentos nacionais e estrangeiros, e apoiar a inovação como condição de competitividade.

Adotar práticas de digitalização nas áreas de gestão, planejamento e marketing.

Apoiar e adotar políticas de taxação inteligentes, que incluem simplificação na tributação e desburocratização, para melhorar o ambiente de negócios.

Apoiar e estimular o desenvolvimento de novos produtos turísticos que tragam melhor experiência ao visitante.

Melhorar a capacitação em todos os níveis educacionais, assim como as habilidades técnicas.

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Encorajar o desenvolvimento econômico sustentável e o crescimento inclusivo. As políticas públicas com as quais os empresários e profissionais de Turismo desejam cooperar devem ser baseadas em Planos de Turismo anteriores, garantindo continuidade e, ao mesmo tempo, renovação e inovação constantes.

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“Essas ações devem, necessariamente, ser coordenadas na esfera federal com governos estaduais e municipais. A transparência deve ser uma premissa fundamental das políticas, que precisam de monitoramento permanente”, diz o documento. “Estamos satisfeitos que ele leu nosso documento e está sensibilizado para a causa do Turismo e do Rio”, finalizou Alexandre Sampaio, da CNC, um dos nomes do Turismo mais próximos do núcleo de governo do futuro presidente, entre eles o empresário Paulo Marinho, do Rio de Janeiro.

O QUE BOLSONARO JÁ PROMETEU

Segurança é prioridade. Com destinos mais seguros ganham o cidadão e o turista. Desburocratizar o Brasil também. Em um vídeo na internet ele chegou a citar a questão dos cruzeiros marítimos e dos turistas estrangeiros, insatisfatórios pelo potencial do Brasil. Também está preocupado com a demora de licenças ambientais para projetos de Turismo Incentivar que mais países possam ter o visto eletrônico para o Brasil Recuperar o Rio de Janeiro, cartão de visitas do Brasil no Exterior Captação de mais eventos de grande porte e alcance mundial

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MUDANÇAS ANUNCIADAS No dia 31 de outubro, Bolsonaro sugeriu que o Ministério do Turismo, como conhecemos hoje, deve deixar de existir a partir de 2019. Já estão definidos os 15 ministérios que vão fazer parte de seu mandato, uma redução de 14 pastas em comparação com as 29 existentes. O número ainda pode ser ampliado para 17, teriam revelado aliados de Bolsonaro. As informações foram do jornal O Globo, proveniente de interlocutores da equipe do próximo presidente da República, e até o fechamento desta edição não foram divulgadas de maneira oficial. A pasta de Turismo, criada em 2003 e independente até este ano, deve ser fundida com a de Cidades. Ambas serão incluídas no Ministério de Integração Nacional. Outras fusões devem acontecer. Será criado o “superministério” da Economia, por exemplo, onde serão incluídas as pastas de Fazenda, de Planejamento e ainda de Indústria e Comércio Exterior. Na pasta de Ciência e Tecnologia, que será tocada pelo astronauta Marcos Pontes, será incluído o Ensino Superior, enquanto a de Infraestrutura englobará a pasta de Transportes.

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Memória

Henrique Santiago

TURISMO PENSADO Uma semana após a eleição de Jair Bolsonaro (PSL) como novo presidente do Brasil, a Revista PANROTAS volta á década de 1990 e repercute as medidas adotadas por Fernando Henrique Cardoso (PSDB), então comandante do País, para o Turismo. Em 1996, segundo ano do mandato de FHC, foi lançada a Política Nacional do Turismo. Com o mote de ordenar as ações de unir os setores público e privado para o fortalecimento da indústria, uma das principais metas era aumentar o número de turistas estrangeiros para 3,8 milhões em três anos, mais que dobrando os 1,7 milhão de 1995. O governo tucano estabeleceu o aumento de US$ 1,95 bilhão para US$ 4 bilhões em divisas estrangeiras e ampliação de 9% para 10,6% da taxa de emprego entre a população economicamente ativa.

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A equipe econômica do ex-presidente levantou prioridades para aumentar a competitividade em âmbito global: preservação do meio ambiente; o desenvolvimento sustentável; qualidade de vida; desenvolvimento regional; integração, geração de divisas e de emprego e a formação de mão de obra. Ainda, a Embratur aproveitou o ensejo da ocasião para lançar a campanha “Quando o Turismo cresce, o Brasil cresce junto”. A intenção era levar à população brasileira a conscientização da atividade turística, para que a indústria fosse vista como geradora de empresa e desenvolvimento econômico. O discurso, aplicado há mais de duas décadas, é repetido até os dias de hoje. O que será pensado para o Turismo em 2019?

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Aviação Rodrigo Vieira

Destinos diferentes na United Airlines. Ficam: Alex Savic, diretor para América Latina, e Jacqueline Conrado, gerente de Marketing e interinamente diretora Brasil. Se despedem: Lucimar Reis, diretora Brasil, a caminho da CVC Corp, Dave Hilfman, VP de Vendas Globais, que dá lugar a Jake Cefolia

CONSIDERAÇÕES Após inúmeras reuniões durante anos de United Airlines, Lucimar Reis e Dave Hilfman fizeram o encontro derradeiro na última semana de outubro, em São Paulo. Uma despedida com um pouco de lágrimas, sim, mas muito mais sorrisos. Afinal, quando se combinam os sentimentos de gratidão e emoção, são essas as expressões mais comuns. Vice-presidente de Vendas Globais, Hilfman começou a carreira em 1981, na Eastern Airlines, e desde 1986 trabalha para a Continental, que posteriormente foi comprada pela United. Ele se aposenta no fim do ano e deixa sua cadeira e seus mais de 720 profissionais do departamento comercial para Jake Cefolia, outro nome conhecido no Brasil. Mais conhecido ainda é o nome de Lucimar. Essa, por sua vez, do alto de seus 30 anos de carreira na aviação (21 de United, cinco como diretora), ainda tem muito talento a mostrar ao mercado brasileiro, agora na CVC Corp, como diretora de Produto Aéreo. O mercado está cheio de executivos que “compram a causa” de suas empresas, mas mesmo esses que vestem a camisa não têm a ousadia de cravar: trabalho na melhor do mundo. É justamente isso que Hilfman, a despeito do alto calibre de seus concorrentes nos Estados Unidos e no mundo, afirma. “Estou extremamente orgulhoso em deixar a Uni-

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FINAIS

ted na condição de melhor companhia aérea do mundo. Tanto eu como Lucimar testemunhamos uma época de grande transformação na indústria, iniciamos em uma United bem menor do que essa gigante que hoje deixamos. Ninguém tem uma malha global tão inteligente, um produto de tanta qualidade, tecnologia de ponta e distribuição de uma eficiência inalcançável. É uma honra, principalmente em meio a tantos competidores eficientes”, exalta o norte-americano. “É tudo sobre pessoas. É disso que mais me orgulho. Essa paixão emana, é notável, e por isso Lucimar atraiu a atenção de uma gigante como a CVC Corp”, completa. A colega brasileira orgulha-se principalmente da relação construída com o mercado nessas décadas. Os agentes de viagens, maiores vendedores de United no Brasil, fizeram a companhia ser o que ela é. Transformaram uma aérea antes vista como corporativa para também atender o lazer, sem perder a excelência no atendimento ao viajante a trabalho. Os mesmos agentes foram responsáveis por mostrar que uma aérea antes ligada apenas aos Estados Unidos agora é capaz de conectar o Brasil ao mundo. “É de fato um legado essa parceria que temos com o agente de viagens. Uma companhia de ponta necessita de uma consultoria de ponta, alguém

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que mostre seus diferenciais como canal direto nenhum é capaz. Um vendedor que explique as vantagens da United, do atendimento à malha, das salas vips às classes premium”, confirma Lucimar. “É um grande orgulho passar por essa transformação da imagem da United no Brasil, o que definitivamente foi construído com muito esforço e lealdade no mercado.” “Lucimar é uma grande líder. Somos gratos à sua inteligência, visão estratégica. Ela deixa a United na melhor maneira no Brasil, o que definitivamente não é fácil. Estamos tristes em perder uma peça-chave, mas contente com as perspectivas dessa grande colega. Ela influenciou não só brasileiros, mas outros líderes nas Américas”, complementa o diretor da United para América Latina, Alex Savic. “Estou me sentindo como um jogador de basquete que jogou ao lado de Michael Jordan e de repente vê o astro deixar o seu time.”

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Alex Savic e Jacqueline Conrado: continuidade no trabalho

QUEM FICA Além de Savic, um inegável admirador do Brasil, a atual gerente de Marketing da United, Jacqueline Conrado, assume o posto de Lucimar interinamente. Jacqueline fala em continuidade do trabalho feito pela companhia nacionalmente, de olho nas mudanças que ela vem deferindo no cenário global, afinal, o próprio Hilfman classifica o momento como “o melhor da história da companhia, principalmente do ponto de vista comercial”.

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FUTURO O investimento multibilionário em produtos e novas rotas vai continuar, o foco em tecnologia e no passageiro premium será ainda maior, o que respinga na Polaris, perto de estar regularmente presente nos voos ao Brasil. A combinação entre a rede atendida e o programa de fidelidade, Mileage Plus, a estreita parceria com a Azul Linhas Aéreas e a aplicação ao passageiro corporativo fazem Jacqueline acreditar em céus menos turbulentos após um 2018 truncado no País. Em relação a isso, Alex Savic dá o tom de tranquilidade. “Nós acreditamos no Brasil. Esses momentos historicamente vêm e vão. Agora, com cenário político definido, o otimismo dos investidores internacionais voltou a aparecer”, analisa. “Melhorada a economia, aumenta a demanda para viagens, o que nos leva naturalmente a estudar novas rotas. Um voo direto para a Costa Oeste norte-americana, por exemplo, é algo que almejamos.” WI-FI E POLARIS O passageiro pode esperar uma United mais conectada à internet em um futuro próximo. Segundo Savic, wi-fi de ponta é uma prioridade nos investimentos da companhia, algo que nenhum player do mercado conseguiu alcançar com excelência ainda. “Internacionalmente, domesticamente, em rota... Sabemos que podemos melhorar a conexão à internet e estamos testando novas tecnologias e novos produtos para assegurar a melhor experiência ao passageiro nesse sentido.” Hilfman acrescenta então as vantagens da classe executiva Polaris e dos hubs da aérea. “Com exceção de Dallas, o que é questão de tempo, Houston, Newark e Chicago, hubs que servimos direto do Brasil, têm o lounge Polaris, imbatível no mercado.” AZUL, A PRIMA “Todos esses componentes, principalmente a parceria com a Azul, a melhor aérea brasileira, uma prima da United, nos deixam em situação favorável para quando o cenário melhorar”, pondera Savic. Recentemente, a United aumentou de 5% para 8% a participação acionária na Azul. Especialista no assunto, Jacqueline foca na comunicação. “Há muitas boas novas acontecendo na United nos últimos anos, e é importantíssimo

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que tanto o mercado quanto o passageiro saibam disso da maneira mais harmoniosa possível. Nosso aplicativo, as novas rotas que vêm por aí, as conexões estratégicas. A United se orgulha em ter o passageiro cada vez mais consciente de sua marca e, consequentemente, além de facilitar a vida do agente de viagens como nenhuma outra.” Já para o especialista em Vendas que fica na United, a comunicação de fato é importante, mas ele o vê de maneira um pouco diferente. “Claro, mostrar a todos esse momento especial em que vivemos é importante, mas é fundamental ouvir os parceiros de cada mercado. Se fazer negócios entre paulistas e cariocas já é diferente, em nível internacional o jogo muda ainda mais. A United está sempre ouvindo.” LUCIMAR NA CVC CORP Lucimar Reis inicia na CVC Corp como diretora de Produtos Aéreos e vai responder para o diretor executivo da Área de Produto Aéreo e Marítimo do grupo, Fabio Mader. Ela utilizará de seu know how para liderar as equipes e reforçar a estruturação da área, o atendimento e o suporte interno às unidades de negócios da companhia, como CVC Lazer, Rextur Advance, Visual, Trend, Experimento e Submarino Viagens (a Esferatur ainda depende da aprovação do Cade em relação à compra pela CVC Corp). n

Fabio Mader, diretor executivo de Produto Aéreo e Marítimo da CVC Corp, e Lucimar Reis, agora diretora de Produtos Aéreos do grupo

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PATROCINADO

EM ÁGUAS ASIÁTICAS A Mondiale já definiu um dos principais focos dos negócios para 2019. Depois de reformular sua identidade em prol do agente de viagens, a operadora do Grupo Ancoradouro começa a apresentar suas grandes novidades para o mercado turístico, e investe para crescer no ramo de cruzeiros internacionais, tanto marítimos quanto fluviais. A ideia de oferecer uma experiência completa, envolvendo passagens aéreas, assistência terrestre no destino, roteiros, além do próprio cruzeiro, é o grande diferencial do produto, que já começa a se consolidar na prateleira da operadora. Para o ano que vem, a equipe de cruzeiros da Mondiale prepara uma adição de novos destinos para aumentar seu portfólio. Os Exóticos e a Ásia estão em alta, com alternativas que navegam pelas costas de Japão, China e Vietnã, por exemplo, mas não devem ser os únicos. Opções pelas ilhas do Caribe, preferidas dos turistas que estão começando a viajar para cruzeiros fora do País, também ganharão destaque da operadora pensando em 2019. O diretor da Mondiale, Edson Ruy, afirma que tudo tem conspirado a favor do crescimento dos produtos Exóticos no Brasil. Segundo ele, em relação aos destinos exóticos especificamente, a operadora cresceu 20% de 2017 para cá, resultado de uma malha aérea mais completa e uma oferta de produtos crescente em águas asiáticas. “Nossas combinações proporcionam mais de 200 roteiros diferentes. Nosso diferencial é proporcionar uma experiência completa, com guia brasileiro e todas as questões resolvidas antes mesmo de o viajante chegar ao destino”, explicou Ruy. Japão, China e Vietnã estão entre as grandes apostas da marca, que também vê Myanmar e Camboja com imenso potencial para cruzeiros fluviais. “É outra demanda que nos exige atenção pela alta procura”, completou.

PREÇO BAIXO E PERSONALIZAÇÃO Organizar pacotes para grupos e oferecê-los às agências de viagens será o trunfo da Mondiale para negociar. A ideia é facilitar com que os agentes possam vender as tarifas especiais, adquiridas pela operadora ao negociar um pacote de grupo, a passageiros individuais, casais e outros perfis. Mesmo trabalhando com grupos, a empresa reforça que mantém a essência personalizável dos produtos, fator fundamental para que cada passageiro supra sua expectativa individual com a viagem. “Combinamos roteiros, destacamos atrações e buscamos oferecer tudo aquilo o que o cliente espera. Nosso foco é proporcionar uma experiência memorável e única a cada um”, concluiu o diretor da Mondiale.n

10 DESTINOS EXÓTICOS PARA CRUZEIROS NA MONDIALE Vietnã

Camboja

China

Dubai

Japão

Malásia

Myanmar

Índia

Tailândia

Cingapura

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Hotelaria Marcel Buono – Riviera Maya (México)

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Entre os mais de 300 agentes na capacitação do Palladium, cerca de 60 eram brasileiros

Entre os dias 22 e 26 de outubro, o Palladium Hotel Group levou mais de 300 agentes e operadores de viagens da América Latina para o México, mais precisamente para o Grand Palladium Riviera Maya Resort & Spa, localizado cerca de 100 quilômetros ao sul de Cancun. A reunião de profissionais do Turismo da Argentina, Bolívia, Chile, Colômbia, Costa Rica, Panamá, Paraguai, Peru, República Dominicana, Uruguai, Venezuela e, é claro, do Brasil, teve um motivo: a terceira edição do Palladium Master Experience, evento que teve como objetivo capacitar e aproximar o trade dos principais executivos do grupo hoteleiro. Com cerca de 20% mais convidados que em sua última edição, que foi realizada no Grand Palladium Punta Cana Resort & Spa, na República Dominicana, o Palladium Master Experience 2018 contou com mais de 60 brasileiros representando todas as regiões do País. Foram convidados profissionais de grandes e pequenas agências de viagens, das capitais e do interior, evidenciando a preocupação da rede espanhola em apresentar toda a gama de serviços oferecida aos seus hóspedes. “Nossa missão é transformar nossos clientes em fãs e, para isso, precisamos conhecê-los bem. O Palladium Master Experience é um evento muito impor-

tante, pois faz com que nossos parceiros conheçam todas as novidades do grupo, como os hotéis que vamos inaugurar brevemente em Costa Mujeres, e também funciona como um reconhecimento do trabalho desses profissionais que vendem nossos serviços por todo o continente”, disse o diretor comercial do Palladium Hotel Group para a América Latina, Mario Viazzo. Durante os cinco dias de viagem, os participantes tiveram a oportunidade de conhecer toda a estrutura disponível no complexo da Riviera Maya, que conta com quatro hotéis cinco estrelas all inclusive: o Grand Palladium Colonial, o Grand Palladium Kantenah, o Grand Palladium White Sand e o TRS Yucatan Hotel. O último, exclusivo para adultos, é a joia da coroa e permite aos seus hóspedes acesso a todas as instalações do complexo. INSTALAÇÕES DE PRIMEIRA Ao todo, são oito piscinas, sendo sete de água doce e uma de água salgada, que, ligada ao oceano por um pequeno canal, permite a entrada e saída do fluxo de ondas diretamente do mar do Caribe. A presença de canais, por sinal, chama a atenção de quem se hospeda no empreendimento, sendo possível se

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deslocar para diversas áreas da enorme propriedade por meio de barcos ou canoas. Algumas das várias opções disponíveis de quartos, inclusive, contam com embarcações atracadas já em suas varandas. A fartura do Grand Palladium Riviera Maya Resort & Spa também pode ser vista pelo seu vasto leque gastronômico. No total, são 19 restaurantes que oferecem pratos das mais diversas culinárias do mundo: La Lola, Chang Thai, El Dorado, Bahia e Brasa, La Adelita, Ribs & More, Sumptuori, Portofino, Poseidon, Tikal, La Hacienda, La Dalia, El Gran Azul, La Laguna, Capricho, Tentazione, El Gaucho,

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La Bohème e Helios. Este último, no caso, também funciona como um beach club (clube de praia) exclusivo para hóspedes do TRS Yucatan. No hotel destinado somente a maiores de 18 anos também está uma das grandes atrações do complexo: o Chic Cabaret & Restaurant, que é um grande exemplo de como o Palladium Hotel Group busca oferecer experiências e serviços diferenciados aos seus clientes. Segundo o diretor de Inovação e Desenvolvimento de Produto do grupo hoteleiro, Bernard Wyss, grandes marcas que trabalham com clientes exigentes por natureza precisam oferecer muito mais do que bons

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serviços e experiências, precisam fazer com que seus hóspedes digam “uau!”. E é exatamente isso que o Chic Cabaret propõe (e consegue). Considerado um dos melhores shows da concorrida região mexicana que recebe milhões de turistas do mundo todo anualmente, o local tem como proposta divertir seu público com performances musicais animadas que passam por diversas décadas de história, gastronomia de qualidade e muita sensualidade para todos os gostos. O espetáculo, repleto de efeitos visuais, luzes e interações entre cantores, dançarinos, garçons e plateia, tem duração de quase três horas e é realizado às segundas, quartas e sextas-feiras. Outro diferencial do empreendimento é o Zentropia Palladium Spa & Wellness, um espaço de relaxamento que oferece atenção personalizada aos seus clientes. Lá, é possível desfrutar de academia, jacuzzis, saunas secas e úmidas, banhos a vapor, hidromassagem, cascatas, banhos “eco-meditativos”, massagens de diversos estilos, tratamentos de beleza e de uma extensa variedade de terapias. CONHECER PARA VENDER Como os grandes hotéis do mundo já sabem da importância cada vez maior do viajante corporativo, o complexo do Grand Palladium Riviera Maya Resort & Spa conta com 11 salas multiuso com toda a tecnologia necessária para sediar diferentes tipos de eventos. Seu centro de convenções, por exemplo, tem 505 metros quadrados de área e capacidade para até 600 pessoas sentadas. E foi no espaço chamado Mayakoba que os mais de 300 agentes e operadores de viagens se reuniram para uma série de palestras promovidas pelo Palladium Master Experience. A diretora de Mice do Palladium Hotel Group para a América, Elena Rodríguez, explicou aos presentes sobre os planos de otimização de vendas no segmento corporativo, passando todos os detalhes em relação ao processo de reservas e aquisições. De acordo com a executiva espanhola, o México ainda possui um diferencial importante para o avanço do Mice: a isenção de impostos do governo a empresas estrangeiras que organizam eventos do tipo, com exceção daqueles considerados de incentivo. CASAMENTOS Outra apresentação que mostrou como o grupo hoteleiro está empenhado em diversificar seus negócios foi a da gerente de Casamentos do Palladium Hotel Group para a América Latina, Erika Almaraz. Com uma página na internet chamada Palladium

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Chic Cabaret & Restaurant

Weddings destinada exclusivamente para este tipo de celebração, é possível encontrar o pacote de viagem perfeito para casais de todas as idades e gêneros, uma vez que cerimônias para o público LGBTI+ também são aceitas dentro da rede. “Nosso trabalho é realizar sonhos. Os noivos são convidados vip durante toda a viagem e podem escolher as mais variadas opções de cerimônias e locações paradisíacas que oferecemos. Também contamos com a experiência da Karen Bussen, especialista norte-americana no assunto, e realizamos mais de 1,2 mil casamentos nos últimos dez meses, o que evidencia o sucesso deste segmento. Cada vez mais pessoas vêm até nós para casamentos, renovação de votos e luas de mel”, comemorou Erika. De acordo com a diretora Comercial do Palladium Hotel Group para o Brasil, Carollina Abud, o nicho voltado aos casamentos cresceu cerca de 300% de um ano para cá, sendo que o Grand Palladium Imbassaí Resort & Spa, na Bahia, aparece como um dos grandes responsáveis pelo sucesso do investimento da companhia, seguido pelas propriedades localizadas na região do Caribe. “Temos recebido muita procura de casais brasileiros, principalmente vindos de Brasília ou de Minas Gerais, para cerimônias no Grand Palladium Imbassaí. Na maioria das vezes, a opção de realizar um casamento em um hotel ou resort acaba sendo financeiramente mais acessível ao casal, que praticamente é bancado pelos seus convidados. Em média, casais reservam de três a quatro dias para suas festividades na Bahia, enquanto no Caribe essa média sobe para cinco dias”, explicou Carollina.

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A programação do Palladium Master Experience ainda abordou uma série de outros temas, como o The Palladium Way (programa de treinamentos destinado à equipe interna) e o Palladium Connect (programa de fidelidade e benefícios destinado a parceiros), e contou com apresentações do gerente geral do Grand Palladium Riviera Maya Resort & Spa, Antonio Parrado, do palestrante internacional especialista em Vendas & Marketing, Jonatan Loidi, e da diretora comercial do Palladium Hotel Group para o Cone Sul, Verónica Armani.

NOVO DESTINO CARIBENHO Além de se aproximarem dos executivos do Palladium Hotel Group, os participantes do Palladium Master Experience ainda tiveram a oportunidade de visitar o mais novo complexo da rede: o Grand Palladium Costa Mujeres Resort & Spa, inaugurado no dia 1º de novembro. Assim como na Riviera Maya, o novo empreendimento, localizado ao norte de Cancun e em frente à famosa Isla Mujeres, também conta com uma opção de hospedagem exclusiva para maiores de idade, o TRS Coral Hotel, além de mais uma “filial” do Chic Cabaret & Restaurant e o primeiro centro de treinamento de tênis encabeçado pelo multicampeão Rafael Nadal fora do território espanhol: o Rafa Nadal Tennis Centre, que oferece programas para diferentes idades e níveis de jogo, além de um museu destinado à história do atual número um do esporte. Com um estilo arquitetônico que chama a atenção e impressiona aos seus visitantes, o novo investimento do Palladium Hotel Group custou cerca de US$ 245 milhões e soma mais de mil quartos com vista para o mar, centro de convenções com 1,5 mil metros quadrados, capela, o spa Zentropia e praias virgens disponíveis aos seus hóspedes, entre outras comodidades. n A PANROTAS viajou a convite do Palladium Hotel Group, com proteção GTA

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PALLADIUM MASTER EXPERIENCE

Diógenes Guerra (DGG Viagens), Débora Spada (Palladium), Lilian D'Angelo (Palladium), Fernanda Caleja (Palladium), Ira Zorn (Carol Cordeiro Viagens) e Silvana Carmo (CVC)

André Matos (TCH Turismo), Carollina Abud (Palladium) e Célio Sampaio (Cely Turismo)

Welther Matias (CVC), Júlio Machado (CVC), Viviane Ayres (Palladium), Vinícius Valadares (Travel Ace), Carla Vieira (Acta Belo Horizonte) e José Carlos Vieira (Acta Belo Horizonte)

Fillipe Mello (Sala de Embarque), Carol Cordeiro e Ira Zorn (Carol Cordeiro Turismo), Danilo Freitas e José Eduardo Nunes (Lins Viagens)

Carollina Abud, Juliana Trivellato, Welther Matias, Viviane Ayres, Carla Vieira, José Carlos Vieira, Tati Silva e Fabio Mazini

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Bruno Quilici (CVC Maringá), Maurício Xavier (CVC) e Luis Yamamoto (Fronteira Ásia)

Luiz Rocha (Palladium), Camila Gianpaoli (Multinacional do Turismo), Carolina Vendramini (Tombatur), Fabiana Moreira (FM Tour), Thalita Malachim (Sunny Way) e Adelmo Mattana (Mattana Turismo)

Parte da equipe do Palladium Hotel Group presente no famtur

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PALLADIUM MASTER EXPERIENCE

Tati Silva (Refúgio da Serra), Viviane Vieira (Achar Viagens) e Fabio Mazini (Palladium) Camila Gibim (Gibim Turismo), André Matos (TCH Turismo) e Mauro Bernardes (Visual Turismo)

Vanessa Guimarães (Turnet Operadora) e Sidney Martin (Hometur) Elaine Santos (CVC) e Cristina Pattaro (Like Turismo)

Michael Bonilha (Flytour), Amyna Souza (Brasil Tur), Adriane Alves (CVC) e Gedioni Junior (CVC)

André Matos (TCH Turismo), Viviane Vieira (Achar Viagens), Fabio Mazini e Viviane Ayres, do Palladium Hotel Group

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Lilian D'Angelo, Ceci Acosta, Fernanda Caleja e Débora Spada, do Palladium Hotel Group, ao lado de Elaine Santos, da CVC

Juliana Trivellato e Welther Matias, da CVC

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EVENTOS E VIAGENS CORPORATIVAS

www.alagev.org | Edição 19 – 7 de novembro de 2018 Parte integrante da Revista PANROTAS

MANTENEDORES ALAGEV

O diretor da R1 Soluções Audiovisuais, Raffaele Cecere

TECNOLOGIA COM PROPÓSITO Por Karina Cedeño

Quando os participantes saem de um evento já pensando em sua próxima edição, o objetivo dos organizadores foi atingido. Mas qual é a fórmula mágica para prender a atenção dos convidados nos conteúdos apresentados? Como é possível aproveitar as tecnologias para que um evento seja uma experiência memorável – e não cansativa? Essas questões se passam diariamente pela mente dos gestores e organizadores de eventos e reuniões, que saem em busca das últimas tendências tecnológicas para ficarem à frente da concorrência. O problema é que essa busca pode se tornar desenfreada e cega, deixando de lado os propósitos envolvidos. A tecnologia, então, acaba se tornando uma vilã ao não ser usada corretamente. “Tenho visto muito no mercado as pessoas saírem de seu propósito só para estarem ‘antenadas’ com as novas tecnologias, só 60 60 a 62.indd 60

porque o concorrente está usando”, comenta o diretor da R1 Soluções Audiovisuais, Raffaele Cecere. Ou seja, todo o investimento nas novidades high tech pode ir por água abaixo se as empresas não souberem quais ferramentas são mais adequadas à sua estratégia. E diante de tantas, por onde começar? “Antes de surpreender é preciso fazer bem o básico. Inovar não necessariamente significa sair totalmente dos padrões ou copiar algum modelo que deu certo para o concorrente e que não funcionará da mesma forma para a sua empresa. Neste caso, o retorno sobre o investimento será nulo”, comenta Cecere. Antes de tomar qualquer decisão, é preciso lembrar que as tecnologias, por si só, não garantirão o sucesso do evento e sim podem complementá-lo. Usar a tecnologia como “muleta” é sinal de falta de profissionalismo.

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A meeting planner da 3M do Brasil, Josiane Borges

“Não é a tecnologia que vai prender a atenção dos participantes, mas sim um bom conteúdo aliado a ela. As ferramentas são complementares e o que podem fazer é dar uma experiência diferenciada em cima de um bom tema”, pontua o diretor da R1 Soluções Audiovisuais. O caminho natural é que o uso das tecnologias nos eventos e reuniões surja a partir de uma necessidade. “Os gestores, as TMCs e as empresas precisam identificar quais são essas demandas, podendo contar com a ajuda de uma empresa de tecnologia neste processo”, complementa Cecere. NÃO É SÓ PREÇO A boa notícia é que as TMCs já estão inovando e deixando de lado o modelo de eventos que privilegia apenas preço e prazo. Elas têm investido mais em experiência, criando conteúdos diferentes para os eventos de seus clientes. Inovar no formato também é uma alternativa para que os participantes se sintam mais interessados, na opinião da gerente

de Eventos na Novartis, Melissa Barbosa. “Hoje a tecnologia nos dá a possibilidade de reinventar os eventos. Tenho apostado em montagens e cenografias diferenciadas nas salas, fazendo uma coisa mais dinâmica, como discussões em roda viva e palestrantes mais atuantes nas reuniões. O uso de aplicativos para votações em tempo real também pode agregar muito e tornar os eventos mais dinâmicos, por exemplo”, comenta Melissa. Projeção mapeada, realidade virtual e aumentada, gamification e credenciamento por identificação facial são algumas das tecnologias em alta, mas ainda há um extenso leque de opções que pode ser explorado pelos gestores e organizadores de eventos e reuniões. EXPERIÊNCIAS A meeting planner da 3M do Brasil, Josiane Borges, aproveita muitas das inovações para mostrar os produtos da empresa nos eventos. “Já utilizamos a realidade virtual com ambiente de um hospital, sensor touch nos produtos (o toque revela um vídeo com as características deles), mapping em um braço de silicone simulando a aplicação errada e a correta de um produto, LCD transparente com vídeo falando sobre o produto, que aparecia ao fundo da TV, RFID no credenciamento para enviar foto do participante ao telão da plenária, dando as boas-vindas a ele, 7 a 13 de novembro de 2018 — PANROTAS

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e ao final do evento foi feito o logo da 3M com todas as fotos dos participantes. Também utilizamos o RFID ao tirar foto no totem, sendo a imagem enviada automaticamente para o e-mail da pessoa, além de cubos coloridos com sensor: ao pegar um cubo com um tema específico, o conteúdo aparece na tela”, conta Josiane. Porém, mesmo com tantas possibilidades tecnológicas à disposição, a realidade dos gestores de Eventos não é tão fácil. “A gente tenta dar o máximo que pode, mas muitas vezes o budget disponível não nos permite adquirir determinados equipamentos”, comenta Melissa. Neste caso, é muito importante saber negociar. “Os fornecedores com os quais trabalhamos costumam ser bastante parceiros e eu também procuro me colocar no lugar deles para entender seus posicionamentos”, comenta a gerente de eventos na Novartis. RESISTÊNCIA Josiane comenta outro ponto interessante, que é a resistência dos participantes dos eventos em relação às novas tecnologias. “Em um dos congressos coloquei quatro tipos de tecnologias diferentes, mas os participantes não mostravam iniciativa de se aproximarem delas para descobrir o que faziam. O púbico ainda tem receio de pegar os óculos de realidade virtual, por exemplo. São poucos os que chegam para conhecer, 62 60 a 62.indd 62

mesmo que o evento esteja cheio”, ela comenta. O pouco tempo disponível para que os participantes conheçam as tecnologias é outro obstáculo. “Muitas vezes o coffee break é o único momento disponível para demostrar as tecnologias, e neste tempo os convidados também têm outras coisas a fazer, como comer, ir ao banheiro ou acessar seus dispositivos móveis, sobrando pouco tempo para se dedicarem a conhecer as tecnologias”, pontua a meeting planner da 3M do Brasil. Melissa comenta que às vezes há algumas dificuldades em conciliar as tecnologias com o tipo de evento realizado. “Por exemplo, no caso dos eventos médicos, não é possível utilizar sempre o totem que imprime os crachás na hora porque é obrigatória a lista de presença física assinada pelos médicos para comprovar que o palestrante compareceu ao evento”, conta Melissa. Está aí um nicho a ser explorado pelas empresas de tecnologia, que também devem procurar entender as necessidades dos gestores e organizadores de reuniões e eventos para que os trabalhos de ambos sejam complementares e impulsionem o desenvolvimento do setor. n

Melissa Barbosa

PANROTAS — 7 a 13 de novembro de 2018

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LGBTravel Marcos Martins

Divulgação/ IGLTA

REFORÇO NA ÁFRICA

A International Gay & Lesbian Travel Association (IGLTA) anunciou Martina Barth como novo reforço de sua equipe global. A executiva tem longa carreira no setor de hotelaria, com passagens pelo Radisson Hotel Group e Starwood Hotels & Resorts, e atuará como coordenadora na África do Sul. Martina terá como desafio aprimorar os esforços de divulgação dos membros da IGLTA no país mais progressista da África em relação aos direitos da comunidade e receberá ajuda do antigo embaixador voluntário da IGLTA na África do Sul; David Ryan, da operadora Rhino Africa. “Estou animada para conectar a África do Sul com a comunidade LGBTI+ por meio da ampla rede da IGLTA”, comemora. Vale lembrar que a associação realizou sua convenção anual na Cidade do Cabo em 2016, a primeira conferência de negócios LGBTI+ no continente africano.n

Martina Barth entra para o time da IGLTA

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MAIS AVANÇOS Monica Volpin/ Pixabay

A Câmara de Deputados do Uruguai aprovou uma lei que oferece avanços sociais para as pessoas trans, que inclui os grupos de transexuais, travestis e transgêneros, em sessão que durou mais de dez horas. Foram 62 votos a favor em um total de 88 e a medida tem como objetivo lutar contra a discriminação e avançar na garantia de direitos como acesso a moradia e emprego no país, que é um dos mais avançados na América do Sul. Com a Lei Integral para Pessoas Trans ficará mais fácil mudar de nome no registro civil e as autoridades são obrigadas a destinar, por ano, pelo menos 1% das vagas de trabalho ao grupo, de acordo com a emissora internacional DW. O Instituto Nacional de Emprego e Formação Profissional do país também deve destinar, no mínimo, este mesmo percentual em vagas dos seus programas de capacitação.n

PANROTAS — 7 a 13 de novembro de 2018

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Follow

Raphael Silva

SKI BRASIL

O Turismo de neve está em busca de mais espaço no mercado de viagens do Brasil (leia na página 14). Novas feiras, players especializados e uma oferta cada vez maior de produtos mostram como cresceu o interesse do brasileiro pelos destinos de esqui. Contudo, como as marcas têm se comunicado com o consumidor nas redes sociais? O Follow desta semana analisa a comunicação da agência Ski Brasil no Facebook e Instagram.

Uma das estratégias da Ski Brasil nas redes sociais é apresentar os hotéis de seu portfólio. A cada post, uma alternativa diferente de hospedagem com algum atrativo para o turista.

A busca por produtos que atendam às expectativas dos turistas brasileiros vai além quando um produto é exatamente voltado a esse viajante. O exemplo da Braskicup mostra a importância que o público do Brasil tem ganhado no mercado de viagens de esqui.

A mais nova ferramenta do Instagram – o IG TV – é outro trunfo da Ski Brasil para oferecer conteúdo aos clientes. Nesse caso, a marca vai além de mostrar destinos e aposta em um vídeo para apresentar dicas de roupas para esquiar.

ID: @SKIBrasil Facebook: 129.114 curtidas Instagram: 27,5 mil seguidores 66 66.indd 66

Assim como exalta destinos, mostra hotéis e investe em um conteúdo diferenciado, a Ski Brasil também aproveita sua popularidade nas redes sociais para expor produtos e testar a reação dos seguidores.

PANROTAS — 7 a 13 de novembro de 2018

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4 a 10 de julho de 2018 — PANROTAS

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