Edição nº 1.355 - Ano 27 | 16 a 22 de janeiro de 2019 | www.panrotas.com.br
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Aviação brasileira encara início de ano incomum, com recuperação judicial, chegada de low costs, novas concessões aeroportuárias e abertura total ao capital estrangeiro. Ainda é janeiro, mas o setor já tem muito a resolver
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PRESIDENTE
ÍNDICE nº 1.355 | 16 a 22 de janeiro de 2019 | www.panrotas.com.br
José Guillermo Condomí Alcorta CHIEF EXECUTIVE OFFICER (CEO) José Guilherme Condomí Alcorta (guilherme@panrotas.com.br)
DIRETORA DE MARKETING E EVENTOS Heloisa Prass
CHIEF TECHNOLOGY OFFICER (CTO) Ricardo Jun Iti Tsugawa REDAÇÃO
CHIEF COMMUNICATION OFFICER (CCO) E EDITOR-CHEFE: Artur Luiz Andrade
(artur@panrotas.com.br) Coordenadores: Henrique Santiago, Raphael Silva e Rodrigo Vieira Reportagens: Danilo Alves, Karina Cedeño, Marcel Buono e Marcos Martins Estagiários: Isabella Tagliapietra e Marina Marcondes (RJ) Fotógrafos: Emerson de Souza, Jhonatan Soares e Marluce Balbino (RJ) MARKETING Analista: Erica Venturim (erica@panrotas.com.br) PRODUÇÃO Aline Monteiro (aline@panrotas.com.br) Pedro Moreno (pedro@panrotas.com.br) COMERCIAL Executivos: Flávio Sica (sica@panrotas.com.br) Renato Sousa (rsousa@panrotas.com.br) Rene Amorim (rene@panrotas.com.br) Ricardo Sidaras (rsidaras@panrotas.com.br) Sônia Fonseca (sonia@panrotas.com.br) Big Data: Igor Vianna (igorvianna@panrotas.com.br) Jéssica Andrade (jessica@panrotas.com.br) Assistentes: Ítalo Henrique (italo@panrotas.com.br) Rafaela Aragão (rafaela@panrotas.com.br) FALE CONOSCO Matriz: Avenida Jabaquara, 1.761 – Saúde São Paulo - Cep: 04045-901 Tel.: (11) 2764-4800 Brasília: Flavio Trombieri (flavio@panrotas.com.br) Tel: (61) 3224-9565 Rio de Janeiro: Simone Lara (simone@panrotas.com.br) Tel: (21) 2529-2415/98873-2415
SEÇÕES 04 Editorial
Aviação enfrenta desafios maiores no Brasil
06 Check-in
Entrevista exclusiva com o ministro do Turismo
12 Infográfico
As aéreas mais pontuais do mundo
34 Memória
O começo do fim da Soletur
38 LGBTravel Terceiro gênero
40 Diagnóstico
Desafios de Jair Bolsonaro
42 Follow
Assist Card nas redes sociais
14 Melhores promotores do Rio Operadoras têm vendedores reconhecidos
20 Aviação em 2019
Janeiro já começa repleto de desafios no setor
ASSINATURAS Chefe de Assinaturas: Valderez Wallner Para assinar, ligue no (11) 2764-4816 ou acesse o site www.panrotas.com.br Assinatura anual: R$ 468 Impresso na Referência Gráfica (São Paulo/SP)
Quer ler a revista PANROTAS antes de ir para a gráfica? No seu celular? Então manda um WhatsApp pra gente! PANROTAS Conteúdo: 11 95609-1507
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Editorial
CORRIDA CONTRA O TEMPO
A
aviação, indústria que já trabalha com adversidades como margens pequenas, exposição a fatores que não dependem de si, como preço do combustível e fenômenos naturais, além de ter um produto extremamente estressante (para passageiros e tripulantes), complexo e perecível (avião decolou vazio, já era), ainda tem o tempo contra si. Isso porque precisa definir muita coisa com antecedência, mas ao mesmo tempo precisa de flexibilidade para, “na última hora”, desfazer parte daquela programação antecipada. E aí está o lado mais complexo: não é fácil instalar uma nova rota e muito menos desmontá-la, seja qual for o motivo. O mesmo vale para os produtos: mudar uma cabine, instalar uma nova tecnologia, fazer uma nova pintura, tudo isso leva tempo. E o cenário mundial pressiona as empresas para que sejam mais ágeis e flexíveis. No Brasil, com a montanha-russa econômica que faz com que comemoremos e lamentemos quase que simultaneamente os ganhos e as perdas, ser flexível e ter planejamento precisam de uma rapidez e agilidade que muitas vezes beira o impossível. Nos últimos anos, todas as empresas aéreas nacionais, com exceção da Avianca Brasil, cortaram capacidade e aos poucos vêm colocando esses assentos de volta, em uma velocidade até abaixo do que o mercado gostaria. Mas é aquele assunto: o avião devolvido não retorna em um estalar de dedos. Os funcionários
demitidos não se materializam de um dia para o outro. Os slots perdidos não ficam vagos pela boa vontade do concorrente... Tudo leva tempo. Mas cada vez mais temos menos tempo...ou falta de entendimento sobre o tempo necessário. Vejamos o caso da Avianca Brasil, segundo ela mesma pega de surpresa pela decisão de entrar em recuperação judicial. A medida foi o último recurso apresentado pelos advogados para segurar as aeronaves da companhia. A recuperação judicial não estava nos planos da companhia, mas a pressão (e o curto tempo) levaram a essa situação, que agora evidencia uma luta contra outro tempo. São 60 dias para apresentar o plano e uma expectativa enorme do mercado querendo saber como está a empresa. Nesta edição, trazemos um panorama das perspectivas da aviação no Brasil para 2019. Da Avianca Brasil ao aumento do capital estrangeiro nas empresas nacionais, da concessão de novos aeroportos à iniciativa privada à expectativa em relação ao governo de Jair Bolsonaro, são muitos os fatores, internos e externos, que suscitam questionamentos, e muitos deles precisam de respostas rápidas, urgentes e transparentes. Mais um ano de fortes emoções? Estamos acostumados. Mais um ano de crise? Esperamos que não, pois precisamos de crescimento, de empresas fortes e de um governo que as apoie e não que crie barreiras.n
Artur Luiz Andrade Editor-chefe e Chief Communication Officer da PANROTAS artur@panrotas.com.br
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Check-in Economia e política Foto: Valter Campanato - Agência Brasil
+Lidas da semana Portal PANROTAS 1 Avianca dispensa funcionários; Carolina Gaete deixa a aérea
2 Inteligência artificial será o ‘agente de viagens de 2019’
3 CVC Corp fatura R$ 13,26 bilhões em 2018, alta de 11,7%
4 Gilson Filho deixa a Flytour Gapnet após reestruturação
5 Novo diretor assume Trend e manda mensagem ao trade
6 Rio de Janeiro recebe grandes eventos até junho; confira
7 10 destinos internacionais para vender em 2019
8 Incertezas na Avianca Brasil
preocupam mercado; veja vídeo
9 Realidade dos viajantes cor-
porativos está mudando; veja como
10 Viagens para adultos: um público que você pode conquistar
Fonte: Portal PANROTAS
O presidente Jair Bolsonaro com o novo ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio
Desafio de quatro anos A manutenção do ministério do Turismo foi uma das medidas mais comemoradas pelo setor para 2019. A pasta se via ameaçada conforme a intenção do presidente Jair Bolsonaro de enxugar a máquina pública. Agora, o ministro do Turismo, Marcelo Álvaro Antônio, está aí, e tal como as companhias aéreas nacionais (leia na página 20), ele já começa cheio de decisões a serem tomadas. Em entrevista exclusiva para a revista PANROTAS, Álvaro Antônio fala sobre sua meta de aquecer o mercado doméstico, da possibilidade de transversalidade com outros ministérios e sobre como explorar ao máximo o orçamento destinado ao MTur. Confira: REVISTA PANROTAS – O que esperar do Turismo em 2019? Há espaço para crescer? MARCELO ÁLVARO ANTÔNIO – Nossas expectativas são as melhores. A decisão do presidente Bolsonaro em manter o Ministério do Turismo num cenário de enxugamento do governo mostra que o setor entrou na agenda estratégica do País. As medidas liberais da nova gestão impactam diretamente no setor de viagens tanto na captação de investimentos quanto na atração de turistas. Vamos perseguir com afinco as metas colocadas no Plano Nacional do Turismo de incluir 40 milhões no mercado de viagens domésticas, promover um salto dos atuais 6,6 milhões para 12 milhões de turistas estrangeiros e de faturamento dos atuais US$ 6 bilhões para US$ 19 bilhões até 2022.
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PANROTAS – Historicamente, o orçamento do MTur caiu ano a ano nos últimos governos. Isso se repete em 2019? Como vai conseguir avançar com o orçamento estipulado? ÁLVARO ANTÔNIO – Precisamos ser criativos para otimizar os recursos federais. Uma das novas diretrizes do MTur é fortalecer a articulação institucional com parceiros estratégicos como outros ministérios do próprio governo federal. Como o Turismo é um setor transversal, ele depende da atuação de diversas outras pastas. Podemos, por exemplo, incluir obras estruturantes de interesse do setor no Ministério da Cidadania. Outro esforço que temos feito é no sentido de fortalecer a articulação com o Congresso Nacional já que 50% do orçamento do MTur é composto de emendas parlamentares. A ideia é sensibilizar senadores e deputados da importância de ampliarmos o atendimento a projetos estruturantes para o Turismo nos Estados e municípios, tendo como norte os destinos que fazem parte do Mapa do Turismo Brasileiro. PANROTAS – Já foram traçados os projetos e ações prioritárias para 2019? ÁLVARO ANTÔNIO – Nosso esforço inicial será
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direcionado para ações que fomentem o Turismo doméstico, com a redução do custo-Brasil. Vamos trabalhar com afinco também para transformar a Embratur em agência e, com isso, modernizar a nossa promoção internacional. Por último, mas não menos importante, vamos buscar investimentos nacionais e internacionais com a criação de áreas especiais de interesse turístico e a modernização das leis do setor, como a Lei Geral do Turismo. PANROTAS – Quais pilares de gestões passadas deverão continuar no seu mandato? ÁLVARO ANTÔNIO – Assumimos o Ministério do Turismo há pouco mais de uma semana e estamos fazendo um amplo diagnóstico das ações e programas da pasta. Como falei no meu discurso na transmissão de cargo, tive a grata surpresa de encontrar um corpo técnico competente e projetos de extrema importância em andamento. A ideia é manter ações que estavam em curso no sentido de abrir o Brasil para o mundo, como a transformação da Embratur em agência e a criação de áreas especiais de interesse turístico. Agora temos um cenário amplamente mais favorável para que essas medidas avancem.
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PANROTAS – O Turismo é um setor que está ligado diretamente com a segurança. Como pretende trabalhar essas duas frentes? ALVARO ANTÔNIO – Por impactar diretamente no Turismo, tenho estudado bastante a questão da segurança pública. Na reunião ministerial do último dia 8 propus um trabalho conjunto entre os ministérios do Turismo e da Justiça para implementar modelos exitosos implementados em outros países como a Colômbia, especificamente nas cidades de Bogotá e Medelín, onde o estado implantou uma série de equipamentos e serviços públicos em comunidades carentes que, passaram a perceber a sua presença. As crianças e jovens dessas localidades passaram a enxergar outras perspectivas além do tráfico. O Turismo tem tudo para abrir novas perspectivas para essas populações mais vulneráveis. O ministro Sérgio Moro se mostrou bastante aberto à parceria. PANROTAS – Como o Turismo pode ser uma peça fundamental para colocar o Brasil novamente na rota do desenvolvimento? ÁLVARO ANTÔNIO – À medida em que o País avança em questões estruturantes, como a segurança pública e a abertura econômica, naturalmente os investidores vêm e o Turismo é o setor que mais rapidamente dá a resposta. Melhorando a interlocução do MTur com parceiros estratégicos como os próprios ministérios, Congresso Nacional, trade e secretarias estaduais conseguiremos colocar o Turismo no centro da agenda prioritária do País e transformar o nosso setor em definitivo num dos principais vetores de desenvolvimento do Brasil como já ocorreu em outros países como Portugal, Espanha, Grécia, Croácia e Tailândia. O Turismo tem condições de ter uma participação ainda muito maior na economia brasileira. PANROTAS – Qual é a maior preocupação com relação à falta de crescimento do Turismo no Brasil, principalmente na chegada de estrangeiros? ÁLVARO ANTÔNIO – Atualmente estamos estacionados na casa dos seis milhões de visitantes internacionais e nos US$ 6 bilhões de receita cambial do Turismo, uma marca muito aquém do nosso potencial. As políticas de modernização da
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Embratur, de atração de investimentos, de ampliação da oferta de produtos e serviços turísticos que pretendemos reforçar nos próximos quatro anos, serão fortes aliados para mudarmos a realidade do Turismo internacional do Brasil e, pelo menos, diminuir o déficit da balança comercial (em novembro de 2018 estava em US$ 11,4 bilhões). PANROTAS – Qual é a sua visão da Embratur? Como o MTur pretende trabalhar em relação à entidade? ÁLVARO ANTÔNIO – A Embratur precisa ser fortalecida para conseguir cumprir com sucesso o seu papel de promover o Brasil no Exterior. E isso será feito com a transformação dessa autarquia em uma agência de promoção que tenha autonomia para contratar pessoal, buscar parcerias com a iniciativa privada para ampliar sua capacidade de investimento, desenvolver projetos inovadores e investir em tecnologia. Por isso, vamos nos empenhar na interlocução com o Congresso para aprovar a proposta de modernização da Embratur que tramita na Câmara. PANROTAS – O senhor já disse que o Turismo precisa desburocratizar alguns processos e eliminar os gargalos do setor. O que precisa e será feito? ÁLVARO ANTÔNIO – Um dos principais instrumentos de regulação do setor é a Lei Geral do Turismo, que disciplina a atuação, obrigações e deveres dos prestadores de serviços turísticos. Por isso, estamos propondo modificações em diversos dispositivos da lei com o objetivo de criarmos um ambiente mais favorável para o empreendedor. No entanto, como o Turismo é uma atividade transversal que envolve outros setores da economia, algumas ações – como diminuir o tempo para abertura e para o licenciamento de empreendimentos, criação de áreas especiais para instalação de empreendimentos turísticos, abertura do mercado aéreo, dependem de interlocução com outras áreas do governo e também com o parlamento, que já está tratando de algumas dessas questões. Um exemplo é a medida provisória que prevê a abertura do mercado aéreo ao capital estrangeiro (já aprovada no governo anterior). n
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Mercado +Lidas da semana Mercado 1 Inteligência artificial será o ‘agente de viagens de 2019’
2 CVC Corp fatura R$ 13,26 bilhões em 2018, alta de 11,7%
3 Novo diretor assume Trend e manda mensagem ao trade
4 10 destinos internacionais para vender em 2019
5 Governo dos EUA entra em
paralisação e Turismo perde bilhões
Fonte: Portal PANROTAS
Ancoradouro em cash
A Ancoradouro agora permite o pagamento via transferência bancária por meio do sistema E-Fácil Plus. Basta acessar o item "Pagamento em Cash", no menu principal da plataforma, preencher os campos, escolher o seu banco e conferir as informações sobre o pagamento. A partir daí, transações futuras poderão ser feitas com apenas um clique, garante a empresa. A medida foi pensada principalmente nas agências de viagens de pequeno porte, como explica o vice-presidente da consolidadora paulista, Cássio Oliveira. "Esse agente poderá receber e pagar de imediato. O pagamento em cash vai agilizar muito a vida dele", afirma o executivo. "Acredito que apenas essa nova ferramenta trará até 10% de incremento nas vendas da empresa", completa.n
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De Falco para Fogaça A CVC Corp somou R$ 13,26 bilhões em reservas confirmadas em 2018, um crescimento de 11,7% na comparação com 2017. No quarto trimestre, a empresa apresentou alta de dois dígitos em todas as suas frentes de negócio. Os três meses que encerram o ano totalizaram R$ 3,54 bilhões, 18,4% mais do que o 4T17. Para a CVC Corp, já era esperado que “as adversidades enfrentadas no segundo trimestre seriam transitórias". CVC Lazer e Visual venderam R$ 7,39 bilhões no ano passado, alta de 10,2% versus 2017. As consolidadoras Rextur Advance e Trend venderam pouco mais de R$ 5 bilhões, alta de 7,3% no mesmo período comparativo, e 12,5% mais reservas confirmadas no 4T18 do que no 4T17. Experimento Intercâmbio e Submarino Viagens somaram R$ 906 milhões. As agências independentes foram responsáveis por R$ 6,56 bilhões faturados pela CVC Corp em 2018. Já as lojas exclusivas somaram R$ 5,79 bilhões, alta de 8,1% e 10%, respectivamente. No ano passado, 132 lojas da CVC Lazer foram abertas, além de 11
Luiz Fernando Fogaça, novo CEO da CVC Corp
inaugurações de lojas Experimento, o setor de Intercâmbio. Agora existem 1.322 lojas com a fachada CVC e 62 da Experimento. Luiz Eduardo Falco deixou o cargo de CEO da empresa para Luiz Fernando Fogaça com um quarto trimestre especialmente positivo nas unidades de negócio on-line Submarino Viagens e CVC.com. Cresceram, somadas, 114,5% no período, e tiveram alta de 70% em 2018 versus 2017. Esta era uma frente que a CVC Corp vinha enfrentando alguns de seus maiores desafios.n
BWT-RN
A BWT Operadora acaba de inaugurar um escritório em Natal, totalizando cinco unidades espalhadas pelo Brasil. A equipe designada para a capital do Rio Grande do Norte será responsável pelo atendimento de todos os agentes de viagens e agências parceiras da região Nordeste. Com 19 anos de experiência no Turismo, Rauny Martinelli (raunym@bwtoperadora.com.br) assume o cargo de gerente da filial.n
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Pancorp
+Lidas Corporativo 1 Inteligência artificial será o
‘agente de viagens de 2019’
2 Realidade dos viajantes
corporativos está mudando; veja como
3 Abracorp anuncia saída de Antonio Carbone após três meses
4 Gervasio Tanabe retorna à
direção executiva da Abracorp
5 Air France apresenta novo
'menu saudável' em voos ao Brasil
6 Marriott divulga mais
informações sobre vazamento de dados
7 Países asiáticos terão
passaportes mais poderosos de 2019
8 R1 será parceira em eventos do Grand Hyatt São Paulo
9 Adagio, da Accor, anuncia novos hotéis pelo globo
De volta
Depois de um ano, Gervásio Tanabe retorna à Abracorp como diretor executivo, mesmo cargo que ocupava quando deixou a associação de agências de viagens corporativas. Essa cadeira, aliás, teve dois diretores com passagem rápidas em 2018. O primeiro foi Jahy Carvalho e o segundo Antonio Carbone, ambos com cerca de três meses de Abracorp e nenhum com motivo esclarecido pelos desligamentos. Tanabe havia deixado a associação para assumir como diretor executivo da Abav Nacional. O projeto durou pouco e logo ele iniciou na empresa de tecnologia DCS Plus. Ele recomeça em 2019 com a missão de conectar toda a cadeia de viagens, visando à transparência, qualidade e valorização das TMCs.n
Menor do que previsto
A Marriott International aponta que o número total de registros envolvidos no vazamento de dados da Starwood é menor do que foi divulgado inicialmente: em vez com seus orçamentos este ano dos 500 milhões hóspedes impactados, foram por volta de 383 milhões. Fonte: PANROTAS Corporativo No final de novembro, a hoteleira comunicava que hackers que conseguiram "acesso não autorizado" ao sistema de reservas Starwood obtiveram nomes, números de telefone e passaporte, endereços de e-mail, datas de nascimento e informações de cheAcompanhe essas e outras notícias no gada presentes no banco de dados. No entanto, esclarece a Marriott, isso não significa que informações sobre 383 milhões de visitantes únicos tenham sido envolvidas, pois, em muitos casos, parece haver vários Siga a PANROTAS registros para o mesmo hóspede. "Queremos fornecer aos nossos clientes e portalpanrotas parceiros atualizações com base em nosso portalpanrotas trabalho contínuo para tratar deste incidente, à medida que tentamos entender o máximo PANROTAS Editora possível sobre o que aconteceu", declara o presidente e diretor executivo da Marriott, portalpanrotas Arne Sorenson. n
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Infográfico
As aéreas mais pontuais de
2018
O Brasil se destaca no ranking global de pontualidade global da Flightstats. Azul, Gol e Latam Airlines figuraram em rankings de diferentes categorias. A Flightstats analisa mais de 120 mil voos diários, quase 44 milhões por ano. O índice é OTP, ou ontime performance, que considera pontual um voo que chega ao portão de desembarque dentro de 14m59s da hora programada.
Aéreas globais: 1º 2º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º 10º
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Qatar Airways KLM All Nippon Airways (Ana) Delta Air Lines Alitalia Iberia Emirates Aeromexico American Airlines Latam Airlines
85,88% 85,59% 85,25% 84,30% 83,21% 82,06% 82% 80,8% 80,23% 79,99%
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Low costs: 1º 1º 3º 4º 5º 6º 7º 8º 9º 10º
Azul Iberia Express Spirit Airlines Indigo Thai Air Asia Sky Airline Gol Southwest Airlines Allegiant Air Flybe
86,47% 86,47% 82,04% 81,1% 80,97% 79,81% 79,47% 79,35% 77,71% 77,34%
Aéreas latino-americanas 1º 2º 3º 4º 5º 6º
Copa Airlines Azul Aerolíneas Argentinas Aeromexico Latam Airlines Gol
90,16% 86,47% 82,81% 80,8% 79,99% 79,47% Fonte: Flightstats
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Operadoras Marina Marcondes
OS MELHORES PROMOTORES DE VENDAS DO RIO DE JANEIRO
OPERADORAS A operação é uma das camadas mais dependentes de serviço na cadeia de Turismo quando se diz respeito às viagens de lazer. Com tantos fornecedores para “empacotar” e na busca pelo maior número de agentes para atender, a tarefa não é para qualquer um. Uma boa relação com executivos de Contas das operadoras pode fazer toda diferença na rotina de um agente de viagens com seu cliente. Nesta edição, destacamos oito desses executivos de Contas com atuação no Rio de Janeiro. Eles foram votados pelos próprios agentes e outros profissionais leitores do Portal PANROTAS como os melhores promotores de vendas nas operadoras cariocas. Foram quase 1,3 mil votos nesta que é uma das categorias mais concorridas entre os segmentos. Como algumas equipes têm mais profissionais do que outras, também somamos as empresas mais votadas no geral.
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POR EMPRESA 1 - CVC 2 - Flytour MMT 3 - Soul Traveler 4 - Transmundi 5 - Trend Operadora 6 - RCA 7 - Milessis
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1 Leonardo Calvano EMPRESA: Transmundi IDADE: 42 anos CARGO: Executivo de Contas TEMPO NA EMPRESA: 5 meses TEMPO DE TURISMO: 12 anos OUTRAS EMPRESAS: CVC e Beto Carrero World QUALIDADES PROFISSIONAIS: Sou muito entusiasmado e apaixonado pelo meu trabalho. Tenho muita empatia e um bom relacionamento com o mercado PROFISSIONAIS DE INSPIRAÇÃO: Jornalista Armando Calvano COMO ENXERGA A OPERAÇÃO DE VIAGENS NO BRASIL? Está sendo beneficiada pela globalização e está sendo prejudicada pelas empresas internacionais COMO VÊ AS FUSÕES E COMPRAS DAS GRANDES EMPRESAS DO SETOR? Tem prós e contras. Quando você compra muitas empresas, você acaba gerando um monopólio, o que dificulta o crescimento de outras. Mas os clientes finais se beneficiam dos preços acordados pelas grandes empresas VOCÊ VENDE MAIS DOMÉSTICO OU INTERNACIONAL? QUAIS OS PRODUTOS MAIS VENDIDOS? Atualmente vendemos mais cruzeiros fluviais, como no Pantanal COMO VOCÊ RECOMENDA QUE O AGENTE VENDA OS PRODUTOS DE SUA EMPRESA? Como uma experiência. É um investimento com custo baixo e experiência para a vida toda QUAIS SÃO OS MAIORES DESAFIOS DO SETOR DE TURISMO E DA OPERAÇÃO? O Turismo precisa se reinventar. É preciso aprender como usar a tecnologia em prol das empresas, precisa utilizar as ferramentas digitais para um retorno positivo DICAS PARA QUEM ESTÁ COMEÇANDO NO SETOR: Seja uma pessoa autêntica e tenha força de vontade METAS PROFISSIONAIS: Continuar aprendendo, ganhando experiência, e assumindo novos cargos de liderança no mercado O QUE BUSCA NA PANROTAS:Vejo sobre a movimentação do mercado, me atualizando sobre o setor
SOBRE O LÍDER Leonardo Calvano é nome bastante conhecido entre os agentes de viagens cariocas. Prova disso é que, com apenas cinco meses de Transmundi, foi o promotor de vendas mais votado entre as operadoras locais. Mérito de quem tem 12 anos de Turismo e registra em seu currículo passagens em grandes empresas do setor, como CVC e Beto Carrero World. Isso comprova o entusiasmo e a paixão do líder de nossa enquete por seu trabalho, características essas que ele considera suas melhores virtudes profissionais. “Tenho muita empatia e um bom relacionamento com o mercado”, ilustra Calvano.
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2 Mariana Casanova EMPRESA: Soul Traveler IDADE: 32 anos CARGO: Executiva de Contas TEMPO NA EMPRESA: 10 anos TEMPO DE TURISMO: 10 anos QUALIDADES PROFISSIONAIS: Tenho empatia com o cliente e visto a camisa da empresa PROFISSIONAL DE INSPIRAÇÃO: A apresentadora Gloria Maria COMO ENXERGA A OPERAÇÃO DE VIAGENS NO BRASIL? O mercado tem de se reinventar, focar nos nichos de viagens, experiências gastronômicas, religiosas etc COMO VÊ AS FUSÕES E COMPRAS DAS GRANDES EMPRESAS DO SETOR? É bom para o mercado VOCÊ VENDE MAIS DOMÉSTICO OU INTERNACIONAL? QUAIS OS PRODUTOS MAIS VENDIDOS? Somos especialistas em todas as regiões do mundo. Hoje estamos focando nas viagens de grupos COMO VOCÊ RECOMENDA QUE O AGENTE VENDA OS PRODUTOS DE SUA EMPRESA? Damos atenção especial a cada cliente, com roteiros personalizados e atendimento de qualidade QUAIS SÃO OS MAIORES DESAFIOS DO SETOR DE TURISMO E DA OPERAÇÃO? A falta de apoio entre o trade DICAS PARA QUEM ESTÁ COMEÇANDO NO SETOR: Você precisa gostar do que faz, ter empatia e sempre estar atualizado com as tendências do setor METAS PROFISSIONAIS: Estou pensando em dar aula e trabalhar em algum projeto/ empresa focada no Rio de Janeiro O QUE BUSCA NA PANROTAS: Novidades do setor e as movimentações das grandes empresas
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3o Rodrigo Barcellos EMPRESA: RCA IDADE: 35 anos CARGO: Supervisor de Promoção TEMPO NA EMPRESA: 5 anos TEMPO DE TURISMO: 9 anos OUTRAS EMPRESAS: Travel Ace e Maktur PROFISSIONAL DE INSPIRAÇÃO: Aline Freitas e Fabiano Araujo, da RCA, e Olga Vianna, da Maktur COMO VÊ AS FUSÕES E COMPRAS DAS GRANDES EMPRESAS DO SETOR? Isso afunila cada vez mais o mercado. As grandes operadoras usam seu poder de barganha para comprar as menores, monopolizando as ofertas QUAIS OS PRODUTOS MAIS VENDIDOS? Vendemos muito Estados Unidos, principalmente Orlando, e Europa, mas hoje estamos focando em vender também destinos nacionais COMO VOCÊ RECOMENDA QUE O AGENTE VENDA OS PRODUTOS DE SUA EMPRESA? Nosso diferencial é qualidade do serviço e dos produtos. Trabalhamos com os melhores fornecedores possíveis no mercado QUAIS SÃO OS MAIORES DESAFIOS DO SETOR DE TURISMO E DA OPERAÇÃO? A variação cambial e o desemprego assustaram os consumidores em 2018. Como se isso não bastasse, a entrada das OTAs nos causa problemas, por causa da precificação abaixo do preço normal do mercado
4o Alcindo Fernandes Jr.
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EMPRESA: CVC IDADE: 48 anos CARGO: Executivo de Contas TEMPO NA EMPRESA: 12 anos TEMPO DE TURISMO: 12 anos PROFISSIONAL DE INSPIRAÇÃO: Ana Carla Magalhães, ex-CVC COMO VÊ AS FUSÕES E COMPRAS DAS GRANDES EMPRESAS DO SETOR? Sendo para fortalecer e auxiliar o setor no País, isso é algo positivo QUAIS OS PRODUTOS MAIS VENDIDOS? Mais internacional, principalmente Europa COMO VOCÊ RECOMENDA QUE O AGENTE VENDA OS PRODUTOS DE SUA EMPRESA? Fique atento no portal da CVC. Lá encontrará promoções e oportunidades de vendas QUAIS SÃO OS MAIORES DESAFIOS DO SETOR DE TURISMO E DA OPERAÇÃO? As cargas tributárias, dificuldade em que companhias aéreas e marítimas encontram para trabalhar dentro do País são um grande desafio, pois encarece o preço final para o passageiro O QUE BUSCA NA PANROTAS: Informações sobre as operadoras, tanto a minha, quanto as concorrentes
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5o Isabela Lima EMPRESA: West Central IDADE: 51 anos CARGO: Executiva de Contas TEMPO NA EMPRESA: 2 anos TEMPO DE TURISMO: 29 anos OUTRAS EMPRESAS: Tam Viagens, Best Tour e Multidestinos PROFISSIONAL DE INSPIRAÇÃO: Rolim Adolfo Amaro, fundador da Tam COMO ENXERGA A OPERAÇÃO DE VIAGENS NO BRASIL? O cenário é positivo. Com a mudança do governo, a economia do País tende a crescer e a procura aumentar COMO VÊ AS FUSÕES E COMPRAS DAS GRANDES EMPRESAS DO SETOR? Isso cria um desequilíbrio dentro do mercado. As pequenas e médias empresas não conseguem competir e acabam fechando, gerando um monopólio QUAIS OS PRODUTOS MAIS VENDIDOS? Internacional, principalmente o Mercosul e Caribe COMO VOCÊ RECOMENDA QUE O AGENTE VENDA OS PRODUTOS DE SUA EMPRESA? Estude o perfil do seu cliente, compartilhe a animação do mesmo e prepare algo dentro do orçamento QUAIS SÃO OS MAIORES DESAFIOS DO SETOR DE TURISMO E DA OPERAÇÃO? Negociar com os fornecedores e disputar o público com a Internet O QUE BUSCA NA PANROTAS: Novidades do mercado, movimentações das grandes empresas e as ações da concorrência
6o Willian Silva EMPRESA: CVC IDADE: 52 anos CARGO: Executivo de Contas TEMPO NA EMPRESA: Quase três anos TEMPO DE TURISMO: 30 anos OUTRAS EMPRESAS: Visual Turismo PROFISSIONAL DE INSPIRAÇÃO: Alexandre Dias, ex-CVC, e Adriano Gomes, da CVC COMO ENXERGA A OPERAÇÃO DE VIAGENS NO BRASIL? É um mercado muito competitivo. Grandes empresas dominam e quem não se junta a elas pode não existir futuramente COMO VÊ AS FUSÕES E COMPRAS DAS GRANDES EMPRESAS DO SETOR? É uma tendência mundial. Acho positivo para o mercado, mas realmente preocupante para a concorrência QUAIS OS PRODUTOS MAIS VENDIDOS? Nacional, principalmente Beto Carrero World e os destinos Natal e Fortaleza QUAIS SÃO OS MAIORES DESAFIOS DO SETOR DE TURISMO E DA OPERAÇÃO? A instabilidade econômica e variação do dólar
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7o Bruno Lamori EMPRESA: Hoteldo IDADE: 27 anos CARGO: Executivo de Contas TEMPO NA EMPRESA: 1 ano e 5 meses TEMPO DE TURISMO: 10 anos OUTRAS EMPRESAS: Xangrilá, Fiscard, AIT Operadora PROFISSIONAL DE INSPIRAÇÃO: Márcio Nogueira, diretor da Hoteldo COMO VÊ AS FUSÕES E COMPRAS DAS GRANDES EMPRESAS DO SETOR? Isso é uma ótima oportunidade de negócio, mas a junção de diferentes empresas também pode resultar na perda de clientes caso ambas não alinhem seus negócios QUAIS OS PRODUTOS MAIS VENDIDOS? Apesar de termos uma grande demanda internacional, focamos muito no nacional e nas viagens corporativas pelo Brasil COMO VOCÊ RECOMENDA QUE O AGENTE VENDA OS PRODUTOS DE SUA EMPRESA? Ressalte o fato de que, por ser uma multinacional, temos escritórios em muitos países, dispomos de plantão 24 horas e uma plataforma de atendimento on-line METAS PROFISSIONAIS: Buscar crescer até alcançar um cargo na diretoria da empresa O QUE BUSCA NA PANROTAS: Novidades do mercado, contratações e ações da concorrência
8o Américo Samu EMPRESA: Flytour MMT IDADE: 45 anos CARGO: Executivo de Contas TEMPO NA EMPRESA: 3 anos TEMPO DE TURISMO: 25 anos OUTRAS EMPRESAS: Discover Cruises e Maktur PROFISSIONAL DE INSPIRAÇÃO: Cori Reis, da Discover Cruises COMO ENXERGA A OPERAÇÃO DE VIAGENS NO BRASIL? No Rio o cenário está mais favorável de negócios. A perspectiva de crescimento é grande para 2019 COMO VÊ AS FUSÕES E COMPRAS DAS GRANDES EMPRESAS DO SETOR? É algo positivo, pois estas empresas conseguem negociar com os fornecedores e oferecer um preço acessível para o consumidor final QUAIS OS PRODUTOS MAIS VENDIDOS? Nacional, principalmente para as regiões Nordeste e Sul COMO VOCÊ RECOMENDA QUE O AGENTE VENDA OS PRODUTOS DE SUA EMPRESA? Nosso combinado de tecnologia garante ao agente uma autonomia plena, com preços competitivos e atendimento diferenciado QUAIS SÃO OS MAIORES DESAFIOS DO SETOR DE TURISMO E DA OPERAÇÃO? Conscientizar o cliente que o preço não é tudo, que os esforços dos profissionais podem garantir uma experiência mais completa na viagem dos consumidores
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Aviação Danilo Alves
PLANOS DE VOO
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Olhando para dezembro de 2019, muitas perguntas nos vêm à mente aqui nesse janeiro ensolarado e quente, especialmente em relação à aviação no Brasil: haverá recuperação internacional que leve as empresas aéreas a recolocar frequências cortadas nos últimos anos? A economia manterá o período virtuoso dos voos domésticos, que ainda se recuperam dos cortes e redução de oferta da última recessão? American Airlines e Latam, United Airlines e Azul, Delta Air Lines e Gol... Como a política de céus abertos e os joint business agreements de algumas dessas empresas afetarão na prática a malha aérea do País? E a Avianca Brasil? Como estará em seu primeiro ano completado de recuperação judicial (iniciado em dezembro de 2018)? Depois do anúncio do plano de recuperação da empresa (ela tem até fevereiro para fazer isso), como a aviação nacional irá se reacomodar? E as concessões? Congonhas e Santos Dumont irão mesmo para a lista de privatizações? Como o governo Bolsonaro vai encarar a aviação? É estratégica ou não? Em São Paulo, o governo Doria vai reduzir o ICMS sobre o combustível para o setor? As low costs internacionais farão diferença em nosso País? E os 100% de capital estrangeiro, liberados pelo governo Temer, terão que resultados práticos nas aéreas tupiniquins? Sim, muitas perguntas e expectativas, sem falar na parte de produtos (a Latam promete sua esperada renovação de cabines para este ano), novos destinos, novos cancelamentos (algo cíclico na aviação) e novas crises mundiais que podem afetar pontualmente ou em cheio nosso País e consequentemente a indústria de Aviação, Viagens e Turismo.
A aviação doméstica brasileira é a terceira maior do mundo, atrás de duas grandes potências econômicas: Estados Unidos e China. Mas nem tudo são flores em um País já acostumado a altos e baixos, desde a época da (saudosa para alguns) Varig, e suas co-irmãs Vasp e Transbrasil. Desde a época da Latam. Ou da OceanAir, hoje Avianca Brasil. Segundo as últimas demonstrações contábeis divulgadas pela Anac, as quatro maiores empresas aéreas do País – Azul, Avianca Brasil, Gol e Latam – acumularam prejuízo de R$ 2 bilhões nos três primeiros trimestres de 2018, curiosamente meses de crescimento da aviação doméstica. Apenas entre os meses de julho e agosto, as companhias registraram prejuízo de R$ 556 milhões contra lucro de R$ 787 milhões no mesmo período do ano anterior. A aviação é e continuará sendo tema recorrente aqui na revista PANROTAS e em todas as nossas publicações, redes sociais e plataformas. Nada melhor então, para que você, leitor, profissional dessa indústria tão complexa e mutante, se planeje bem para este ano que começarmos com uma reportagem especial sobre as perspectivas para a aviação em 2019. Não temos como responder a todas as perguntas do começo dessa matéria, pois muitas vezes o segredo é a alma do negócio e em outras ninguém sabe mesmo, mas ouvimos consultores de mercado especializados em aviação e economia e entidades da indústria, para saber o que podemos esperar nos céus brasileiros em 2019. Céu de brigadeiro, turbulências ocasionais ou aeroportos sem teto? Com certeza, de tudo isso um pouco. Boa leitura.
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FINAL FELIZ? Nos últimos dias de 2018, a Avianca Brasil deu um novo passo em sua recente história e pegou o mercado de surpresa. A própria empresa não esperava entrar em recuperação judicial, mas foi a forma que encontrou para que sua frota não fosse comprometida em meio a uma negociação tensa de contratos de aluguel de aviões. A companhia tornou pública uma briga judicial com empresas arrendadoras de aeronaves, que pediam a imediata retirada de 11 aviões da frota da empresa por falta de pagamento. Para evitar a devolução desses equipamentos, em 10 de dezembro a aérea entrou com um pedido de recuperação judicial, deferido três dias depois pelo juiz da 1ª Vara de Falências de São Paulo, Tiago Henriques Papaterra Limongi. Mas e agora, o que acontece? “A Avianca Brasil tem até 60 dias (contados a partir do deferimento) para apresentar o plano de recuperação à Justiça, caso contrário, o juiz pode decretar a falência da empresa. Neste plano, é preciso ter detalhado como será feito o pagamento das dívidas com todos os credores. Junto com ele, é necessário mostrar um laudo de viabilidade econômica da companhia, feito a partir da contratação de um consultor financeiro, que vai mostrar de onde vai sair o dinheiro para pagar os débitos negociados”, detalha Tony Rivera, sócio e especialista em Recuperação Judicial da Vinhas e Redenschi Advogados. Ou seja, a Avianca Brasil vai precisar provar ao juiz e, principalmente, aos seus credores, como vai se organizar e honrar o acordo. E essa reorganização pode resultar em uma nova empresa, com nova malha, novo tamanho, novo direcional. O mercado está ansioso para ver os planos da Avianca Brasil e, como veremos a seguir, torcendo pela empresa. Ninguém quer uma indústria com menos players, mas o mercado precisa de empresas sólidas e o fundador da companhia, José Efromovich, garantiu que “a Avianca Brasil sairá desse momento mais forte ainda”. Em dezembro, a empresa transportou mais de um milhão de passageiros e a regularidade dos voos chegou a 99%. Há mudanças pontuais, com apoio da Avianca Colômbia, mas operações seguiram normalmente. Também houve cortes internos e mudanças de processos, mas nada que afetasse a relação com o mercado e o serviço ao passageiro. Contratos com aeroportos e demais fornecedores continuaram sendo pagos normalmente. Segundo Tony Rivera essa primeira parte do processo
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Frederico Pedreira, presidente da Avianca Brasil
“A recuperação deixou de ser um monstro de sete cabeças”, afirma Tony Rivera, sócio e especialista em Recuperação Judicial da Vinhas e Redenschi Advogados
de recuperação judicial é muito dinâmica e muito parecida com uma simples reunião de conciliação, onde as partes envolvidas vão opinando o que deve ser modificado ou não no processo. Na maioria das vezes, o plano aprovado tende a ser diferente da primeira versão apresentada ao juiz. “A recuperação judicial deixou de ser um monstro de sete cabeças. A quantidade de empresas que recorreram a ela nos últimos anos cresceu bastante, principalmente por causa da recessão econômica do País. No passado, esse tipo de movimento era visto pelo mercado como ato de desespero pré-falência. Hoje, esse paradigma foi quebrado”, analisa. Apesar do oti-
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O A330-200 da Avianca Brasil, responsável pelas operações em Miami e Nova York, nos Estados Unidos, e Santiago, no Chile
mismo do consultor, no Turismo ainda não tivemos muito êxito com o modelo. Casos recentes como o da Varig, Transbrasil, Vasp e Nascimento Turismo foram traumas bem grandes. Mas há outras empresas lançando mão do recurso, como a rede Othon e as transportadoras Itapemirim e Passaredo (essa já fora da RJ), que continuam operando. Rivera afirma que o fato de a Passaredo ser menor do que a Avianca Brasil ajudou no resultado e, que quanto maior a empresa, maior também é a dificuldade dela em se reequilibrar financeiramente. Em contrapartida, o poder de negociação é muito superior, já que as dívidas são mais altas e os credores tendem a sair perdendo no
caso de uma possível falência. Também vale destacar que o caso da Avianca Brasil está mais ligado à negociação de contratos de leasing de aeronaves do que a dívidas que inviabilizassem a companhia, segundo os executivos da empresa ouvidos na época do anúncio. Segundo o advogado, no primeiro semestre de 2018 houve um aumento de 10% nos pedidos de recuperação judicial no País, quase tudo concentrado em micros e pequenas empresas. “O problema de uma empresa aérea, esteja ela em dificuldades financeiras ou não, é que ela sempre estará exposta a dois fatores externos: a variação do barril de petróleo e a variação cambial”, explica.
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ALGO NORMAL Para o coordenador do curso de Fusões Aquisições e Valuation da FGVPec, Oscar Malvessi, o pedido da recuperação judicial da quarta maior companhia aérea do País é algo que deve ser encarado com normalidade, mas credita o feito à gestão da recuperanda. “O mercado como um todo ficou bastante prejudicado em função das notícias macroeconômicas que assolaram o Brasil nos últimos tempos, mas ninguém parou e hoje o cenário já é bem diferente. Não é o tamanho da companhia que vai dizer se ela tem mais chances nesse processo ou não, é a qualidade da gestão que ela tem”, afirma. Será que a empresa entrou no internacional no momento errado? Falhou na estratégia ou deu azar? O tempo vai dizer. O coordenador da FGV defende que altos custos e outras onerações não podem ser usadas como argumentos em casos como esse. “A gestão deve saber quais são os riscos do tipo de negócio em que ela está inserida e trabalhar da melhor maneira possível com eles”. O próprio encerramento das operações da Varig corrobora com a sua visão. “Era a maior e melhor empresa aérea que o Brasil já teve. Porém, por uma calamidade de gestão, com inúmeras decisões erradas por parte dos seus gestores, uma atrás da outra, chegou ao fim.” Basta lembrar a famosa interferência da Fundação Rubem Berta no dia a dia executivo da empresa e o troca troca de presidentes nos últimos anos da companhia, fora os absurdos de gestão descobertos posteriormente. Quem também enxerga com naturalidade o pedido de ajuda da Avianca Brasil é o especialista em Direito Aeronáutico do ASBZ Advogados, Guilherme Amaral. Ele acha que a empresa pode ser a esperança e ser a primeira grande companhia aérea brasileira a sair reestruturada da recuperação judicial. “A aviação é um setor instável. Acho que esse momento está mais ligado a erros estratégicos e a um momento econômico ruim do que para um cenário de consolidação, por exemplo”. Para ele, a aviação no Brasil ainda é pouco explorada e com um enorme potencial de ter espaço para quatro ou mais empresas. “Seria extremamente negativo se a gente perdesse um competidor”. Outros especialistas, no entanto, apostam na consolidação de empresas, especialmente depois da liberação do capital estrangeiro até o teto de 100% (antes era limitado a 20%). Hoje, um dos piores cenários para a empresa fundada por José Efromovich seria a não renovação da permanência das aeronaves envolvidas na ação judicial. “Por sorte, os juízes têm a visão clara e entendem a função social de uma empresa aérea. O próprio juiz responsá-
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vel pelo caso da Avianca Brasil afirmou isso quando deferiu a recuperação judicial. É preciso, acima de tudo, preservar os empregos e interesses dos credores”, explica Rivera. “Caso a renovação não aconteça, estaríamos privilegiando apenas os interesses dos credores. Por isso, a reunião de conciliação é uma data muito importante”, ressaltou. TRADE SE POSICIONA Se depender da Air Tkt, associação que detém 96% de todo o mercado de consolidação de bilhetes aéreos no País e é responsável por 38% das vendas da Avianca Brasil, a torcida pela recuperação da empresa dos Efromovich é grande. Ralf Aasmann, diretor executivo da entidade, garante que as vendas da companhia aérea dentro da associação seguem na normalidade, se comparado com os resultados do mesmo período de 2017. Ele diz que um possível encerramento das operações da empresa prejudicaria muito o mercado, principalmente por restringir a oferta. “Com menos uma aérea, por mais que o share dela seja dividido com as demais, as decisões ficariam muito centralizadas. Ao tirar um grande operador, nós estamos automaticamente tirando um player para poder negociar”, explica. Quem também garante que a procura da companhia não registrou declínios desde o anúncio da recuperação judicial é o diretor executivo da Alagev, Eduardo Murad. “Desde o início, a Avianca Brasil foi transparente com a Alagev e com os nossos associados. Já vimos grandes aéreas norte-americanas entrando em recuperação e saindo ainda mais fortes. É uma saída estratégica que eles adotaram”, avalia. Entretanto, ele ressalta que o gestor de viagens deve estar atento às notícias e que, no caso de qualquer movimento inesperado, busque o respaldo da associação, que tem mantido conversas diretas com a diretoria da empresa. “A Avianca Brasil é muito importante para toda a economia brasileira. Hoje, com quatro empresas aéreas, nós temos o mínimo de competitividade que podemos ter,
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Ralf Aasmann, diretor executivo da Air Tkt
se comparado com países como a Índia, que tem inúmeras companhias voando”, destacou o presidente do Conselho de Administração da Abracorp, Carlos Prado. O empresário revelou à revista PANROTAS que, quando soube do pedido de recuperação judicial, sentou com os dirigentes da empresa e questionou: “Vocês estão entrando com caixa?”. Como a resposta foi positiva, isso deixou a Abracorp mais tranquila. Para comprovar o seu compromisso com a normalidade da operação, a Avianca Brasil tem enviado diariamente à Abracorp um informe que traz, entre outas coisas, dados como performance, regularidade e aproveitamento dos voos do dia anterior. Tranquilizar o viajante corporativo, que depende do modal aéreo para fazer negócios e não pode perder reuniões por atrasos ou cancelamentos, é fundamental. Outra preocupação desse segmento é o bem-estar do viajante corporativo, e a Avianca Brasil sempre foi elogiada por seu atendimento e serviço de bordo. O padrão, mesmo em recuperação, não pode cair. “Uma empresa em recuperação judicial não terá problema algum em se reequilibrar novamente se cumprir todos os requisitos do plano. Eles (gestores da companhia) precisam continuar agindo com cautela e não deixar que nenhuma insatisfação pegue o consumidor final ou os parceiros de surpresa”, opinou Prado. Ou seja, transparência é fundamental.
Carlos Prado, da Abracorp
O diretor executivo da Alagev, Eduardo Murad
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Segundo apurado pela reportagem da revista PANROTAS, a reunião de conciliação entre Avianca Brasil e credores está agendada para essa semana. A partir daí saberemos qual será a proposta da companhia. Haverá corte da malha? Interrupção de voos internacionais? Desligamento de colaboradores? Aporte da United Airlines ou de outra empresa? ABERTURA DE CAPITAL Uma boa saída para a Avianca Brasil neste momento seria um aporte financeiro de algum investidor. O chairman da Avianca Holdings, German Efromovich, afirmou no fim do ano passado que estaria negociando um possível investimento da United Airlines na companhia. A informação foi negada pela aérea norte-americana logo em seguida, mas vale lembrar que United, Avianca Colômbia e Copa anunciaram um joint business agreement, que não incluía, naquele momento, o Brasil. Para Rivera, um investimento com certeza seria uma ótima notícia à companhia. De acordo com ele, qualquer aporte financeiro que ocorra para uma empresa em recuperação judicial terá tratamento privilegiado. Isto significa que o investidor terá prioridade em qualquer receita que entrar no caixa da recuperanda, o que motivaria quem aporta dinheiro em companhias nessa situação. “No entanto, há um enorme agravante. No caso de falência, esse privilégio morre. A lei deixa de privilegiar o investidor se a empresa falir, e isso dificulta e muito os aportes”, detalhou. Mas essa medida (dos 100% de capital estrangeiro) é para qualquer empresa aérea nacional. Será que veremos mais aportes estrangeiros na Gol, Latam Brasil e Azul e em empresas regionais ou de carga, por exemplo? Aasmann acredita que a abertura do capital segue uma tendência que já
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O Fundador da Avianca Brasil, José Efromovich
existe em outros mercados. Porém, não adianta todo mundo chegar para investir e não encontrar um ambiente atraente. “É preciso trabalhar essa atratividade não apenas na aviação, mas no Turismo como um todo. O Ministério do Turismo e a Embratur precisam ter mais verbas para trazerem mais turistas ao Brasil, precisamos olhar mais para a aviação regional também. Nós temos um potencial muito grande”, opina. De acordo com Amaral, a abertura de capital é positiva, mas veio tarde demais. “Já era para ter acontecido há muito tempo. Ficamos presos a um processo político de pessoas com discurso nacionalista e que não
conhecem nada do mercado, que defendiam um modelo retrógado e arcaico”, afirma. Para o advogado, as aéreas ficam mais expostas à competição, mas, em contrapartida, têm acesso a capital. “As quatro nacionais já têm uma ligação com investimento estrangeiro. A Gol, na minha opinião, é a que está mais próxima de ser a mais brasileira. Mas não podemos negar que ela mesma já recorreu algumas vezes ao capital de seus investidores (Delta Air Lines e Air France-KLM) quando precisou”. Na opinião dele, a medida pode sim salvar a Avianca Brasil, mas também abre a possibilidade de novos players surgirem nos próximos anos.
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As concessões aeroporturárias já eram para ter acontecido há muito tempo, afirma Guilherme Amaral
Questionada sobre a abertura do capital estrangeiro nas empresas aéreas brasileiras, a Iata disse que não tem ainda estudos dos potenciais impactos comerciais que a medida poderá trazer. No entanto, ressalta que “a ação coloca o Brasil na vanguarda das nações que reconhecem que a aviação é um contribuinte vital para o bem-estar econômico e social de um país e que o valor da aviação para a economia do Brasil pode ser melhorado removendo barreiras que limitam o acesso a capital e investimento”. NOVOS PLAYERS E PRIVATIZAÇÕES Desde o início do segundo semestre de 2018, a chegada das low costs no Brasil tem despertado a atenção da indústria. O tema gerou uma série de reportagens no Portal PANROTAS, que debateu as mudanças e novidades que deverão acontecer com o início das operações destas empresas no País. O diretor executivo da Air Tkt pede cautela. Para ele, é preciso entender como essas empresas estão chegando e saber se elas têm uma representação forte. Afinal, na legislação vigente a responsabilidade dos bilhetes é de quem vendeu. Por exemplo: se a agência vender por meio de um consolidador e a empresa parar de
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voar, o problema é do consolidador que vendeu. Sendo assim, Ralf Aasmann diz que é preciso estar atento a essas operações (das low cost). “É necessário ser cauteloso e avaliar qual é o regime de trabalho que elas vão adotar e, principalmente, saber se os consolidadores poderão representá-las. Até o momento, nenhuma empresa nos procurou para conversar. É preciso lembrá-las que se forem comercializar passagens apenas diretamente com as agências ou Iata, elas vão perder o maior canal de distribuição do Brasil”, finalizou. Já a Alagev tem acompanhado a chegada desses novos players com atenção, para entender a evolução do relacionamento destas empresas com o corporativo. Mas não nega que a competitividade e a oferta podem melhorar com a entrada das low costs. “Nós, como associação, estamos observando como será a aceitação. O corporativo tem demandas e necessidades especiais, diferentes
do turista de lazer, que na minha opinião, pode ser o maior público dessas aéreas. Também precisamos saber se elas estão interessadas no corporate e, se a resposta for positiva, saber como estão preparadas para isso. Quais serão os meios de pagamento? Teremos tarifas corporativas? Será possível fazer o pagamento por meio de cartão virtual?”, questiona. Uma outra esperança do diretor executivo da Alagev em relação às low costs é o fomento da aviação regional. “O corporativo não faz só ponte aérea. Temos poucas opções de voos para cidades do interior, mas com grande apelo para o business. Quando há voos, os preços são altos. Acredito que a inserção de novos players pode gerar um desenvolvimento maior nesse quesito”. Na opinião de Guilherme Amaral, o interesse dessas empresas no Brasil começou com a implantação da Resolução 400 da Anac, que entre outras coisas, promoveu a desregu-
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lamentação da franquia de bagagem. O especialista crê no mercado que uma empresa low fare (que cobra tarifas bem promocionais) possa vir a ter no Brasil, um país que ainda tem muitos clientes sensíveis ao preço e que abrem mão de conforto por uma tarifa mais baixa. Porém, acha difícil empresas se instalarem com o modelo low cost (de baixo custo), principalmente por conta dos tributos e onerações aos quais as aéreas são submetidas. “É um desafio muito maior porque aqui tudo incide sobre a companhia. São condições diferentes de todo o resto do mundo, como por exemplo, o alto preço do combustível e a responsabilidade em casos de atrasos ou cancelamentos ocasionados por problemas climáticos”, comenta ele. “A própria Gol, que nasceu com um conceito mais voltado para o low cost e em diversos momentos ainda usa esse conceito, é bem diferente das low cost europeias”.
Foto: Agência Brasil / Rovena Rosa
E OS AEROPORTOS? Outro assunto que gera discussão entre os consultores é a concessão dos aeroportos à iniciativa privada. Ao todo, dez aeroportos já foram concessionados: Brasília, Confins (MG), Galeão (RJ), Florianópolis, Fortaleza, Guarulhos (SP), Natal, Porto Alegre, Salvador e Viracopos (SP). No governo de Jair Bolsonaro, mais 12 entraram na lista. O projeto inicial do presidente prevê a transferência de 44 terminais, divididos em seis blocos regionais, à iniciativa privada, em duas rodadas de negócios, que acontecerão a partir de 2020. Congonhas e Santos Dumont estão no fim da fila e podem marcar o fim da Infraero. Malvessi acredita que o novo governo está no rumo certo, desde que a forma de concessão seja mudada. “Nas concessões anteriores, o governo entrou como acionista e isso não pode acontecer. Concessão é privatização, entregar à iniciativa privada”, afirmou. Para ele, as intenções da equipe econômica de Jair Bolsonaro são positivas e comprometidas com o sucesso das
Novo governo seguirá com as concessões aeroportuárias
operações dos terminais. “Essa mesma visão deveria ter ocorrido nos últimos 30 anos. Começamos as privatizações na década de 1990 e, hoje, três décadas depois, estamos no meio de um vai e vem que parece não ter fim. O governo anterior travou as concessões e, por vontade própria, definiu que as concessões teriam participação pública. Só que não existe conceder e ficar sócio”, completou. Amaral ressalta que as concessões mudaram a realidade dos aeroportos brasileiros, mas escancararam a incapacidade de administração do ente público. “O governo não conseguiu investir nos aeroportos e colocá-los no patamar que eles deveriam estar. Ao serem entregues à iniciativa privada, esses terminais tiveram sua infraestrutura melhorada, beneficiando empresas e consumidores”, disse. O único problema, segundo o especialista em Direito Aeronáutico, foi que essas privatizações foram feitas em um momento de superotimismo em termos de capacidade para os anos seguintes. “Estávamos falando muito em Copa do Mundo,
em Olímpiada e o otimismo era muito grande. O governo da época trabalhou com números irreais, que inflaram os preços desses aeroportos”, comentou. Amaral acredita que assim como a Aeroportos Brasil, concessionária do Aeroporto de Viracopos, que entrou com pedido de recuperação judicial, outras investidoras não conseguirão cumprir os planos de investimentos até o pagamento das outorgas, acendendo novamente as discussões de sustentabilidade econômica ou de encerramento de contratos de concessão e, por sua vez, retorno de alguns aeroportos para a administração pública. “O novo governo deve continuar as concessões, como já anunciado. Acredito que, a partir de agora, teremos um processo mais positivo e dentro da realidade. Os investimentos tendem a ser mais conservadores, para que de fato tenhamos um crescimento mais orgânico e sustentável desse mercado, e não esse salto imaginário que tivemos na época das concessões anteriores”. n
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AS COMPANHIAS EM NÚMEROS AVIANCA BRASIL Funcionários: 5.700 Frota: 53 Airbus Destinos operados: 29, com 31 aeroportos no Brasil, Chile, Colômbia e Estados Unidos Hubs: São Paulo (Guarulhos) e Brasília Passageiros embarcados em 2018: 11,2 milhões (até novembro, segundo dados da Anac), mas em dezembro a empresa teria transportado um milhão de pessoas, de acordo com dados preliminares
AZUL Funcionários: mais de 11.000 Frota: 123 aeronovaes Destinos operados: 111 Hubs: Campinas (SP), Belo Horizonte e Recife
GOL Funcionários: 15.000 Frota: 120 aeronaves Boeing 737 Destinos operados: média de 750 voos diários para 67 destinos no Brasil, América do Sul, Caribe, Estados Unidos e, a partir de 2019, também América Central Hubs: São Paulo (Congonhas e Guarulhos), Rio de Janeiro (Santos Dumont e Galeão), Brasília e Fortaleza Destinos que serão abertos em 2019: Cancún (junho/2019) Passageiros embarcados em 2018: 33,4 milhões
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LATAM Funcionários: 22.000 na Latam Brasil. Ao todo, o Grupo Latam Airlines reúne 42 mil funcionários Frota: A Latam Airlines Brasil opera atualmente 135 aeronaves, sendo 113 Airbus e 22 Boeing. Ao todo, o Grupo Latam Airlines conta com uma frota de 311 aeronaves. Destinos operados: Voa para 144 destinos em 25 países, e está presente em seis mercados domésticos da América Latina (Argentina, Brasil, Chile, Colômbia, Equador e Peru) e mantém operações internacionais na região e para Europa, Estados Unidos, Caribe, Oceania e África. A Latam Airlines Brasil atende 44 destinos domésticos e 29 internacionais Hubs: São Paulo (Guarulhos), onde o Grupo Latam Airlines movimenta aproximadamente 41 mil passageiros por dia, com uma média diária de 167 chegadas e partidas domésticas, além de 76 chegadas e partidas internacionais. São 30 destinos domésticos e 27 internacionais, servidos por voos diretos da companhia a partir do aeroporto paulista. Destinos que serão abertos em 2019: No mercado internacional, o Grupo Latam Airlines vai iniciar a operação das rotas Porto AlegreSantiago (Chile), Lima-Montego Bay (Jamaica), Guarulhos-Munique (Alemanha) e Guarulhos-
Santa Cruz de la Sierra (Bolívia). Também já está confirmada a quinta frequência semanal da rota São Paulo-Boston, além da ampliação de três para cinco frequências semanais da rota Fortaleza-Miami. Na alta temporada de inverno, entre julho e agosto, a companhia vai operar a rota sazonal Guarulhos-Bariloche. No mercado doméstico brasileiro, já estão confirmadas as ampliações das rotas Manaus-Guarulhos e Santos DumontGuarulhos, além da criação das rotas IlhéusGuarulhos e Rio Branco-Guarulhos. Em paralelo, também serão ampliadas as rotas Florianópolis-Brasília, Campo Grande-Brasília, Curitiba-Congonhas, Jaguaruna-Congonhas e Vitória-Congonhas. Destinos que serão suspensos e/ou cancelados em 2019: Serão suspensas as rotas Galeão-Miami, Galeão-Orlando e Fortaleza-Orlando. Miami segue sendo atendida por voos diretos da Latam a partir de Guarulhos, Fortaleza, Manaus, Belém, Recife e Salvador. Orlando segue sendo atendida por voos diretos da Latam a partir de Guarulhos. Passageiros embarcados em 2018: Entre janeiro e novembro de 2018, a Latam Brasil transportou 25,9 milhões de passageiros em voos domésticos e 5,1 milhões em voos internacionais com origem ou destino no País
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Memória
Henrique Santiago
NA CORDA BAMBA A extinta Soletur já esteve entre os principais players na operação de viagens no Brasil. Uma vez poderosa, a empresa fundada por Carlos Augusto Guimarães em 1963 se manteve no topo até passar por maus momentos a partir da década de 1990. Embora tenha fechado as portas apenas no começo do século 21, a operadora já esclarecia rumores muito antes, em 1996. Após lançar um catálogo de viagens para seu carro-chefe, a cidade de Nova York, a principal liderança viu o produto ficar em segundo plano depois que os burburinhos ganharam força. Aos agentes de viagens, Guimarães fez questão de dizer que a Soletur era uma empresa saudável. Ele pontuou que o primeiro semestre daquele ano foi difícil para a indústria e, ainda, sofreu em especial
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com o fechamento dos consulados americanos no Brasil. O Plano Real, colocado em prática no governo Fernando Henrique Cardoso, prejudicou a companhia, obrigando a demissão de funcionários e corte de custos. “A Soletur é a maior operadora de Turismo do País em faturamento; é responsável por uma receita de US$ 60 milhões por ano para a Varig e US$ 30 milhões para a Tam; é a melhor cliente dos cartões de crédito no Brasil, assim como da Aerolíneas Argentinas, dos hotéis de Turismo e do Crédito Direito ao Consumidor”, acalmou os ânimos. A tradicional Soletur resistiu por mais cinco anos, até encerrar em definitivo sua operação em 25 de outubro de 2001.
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Marcos Martins
TERCEIRO GÊNERO
Harry Quan/ Unsplash
LGBTravel
A Alemanha passou a reconhecer um terceiro gênero nas certidões de nascimento chamado “diverso”. A iniciativa é uma forma de inclusão dos intersexuais, que não se identificam apenas como homem ou mulher, necessariamente, algo que envolve características biológicas. A terceira opção aparece como complemento dos já existentes masculino e feminino. O projeto de lei havia sido aprovado em agosto do ano passado e aguardava votação na Câmara dos Deputados. Desde 2013, o país permite que os pais de crianças deixem em branco a identificação dos sexos masculino e feminino no registro civil, mas a medida não era considerada o suficiente pelos defensores de direitos da comunidade LGBT.
MOBILIDADE EXCLUSIVA
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Divulgação
Belo Horizonte ganhou o serviço de transporte Homo Driver, direcionado aos passageiros e motoristas LGBT+. Semelhante ao modelo do Uber, o serviço é oferecido em três categorias: homo driver, com os carros mais comuns, o homo executive, com veículos de porta-malas maior, e a categoria de luxo. Em menos de 15 dias após o lançamento, o aplicativo já acumulava Sócio-fundador do Homo mais de dez mil downloads, mesmo Driver, Thiago Vilas Boas com disponibilidade apenas para Android. O objetivo da empresa é “contribuir efetivamente para que a comunidade seja cada vez mais respeitada, incluída e representada”.
• O Canadá lançará uma moeda comemorativa nos 50 anos da descriminalização da homossexualidade no país • Um torcedor do clube de futebol inglês Chelsea foi proibido de entrar nos estádios por três anos após gritos homofóbicos e pagará multa • Portugal comemorou neste mês nove anos da legalização do casamento LGBT
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Foto: Marcos Corrêa / Agencia Brasil
Diagnóstico Rodrigo Vieira
CENÁRIO MACRO Grande parte dos leitores PANROTAS está otimista com o que vem nesses próximos 12 meses. A demanda represada do consumidor em 2018 pareceu se concretizar em vendas no último trimestre do ano, principalmente após as eleições. Eleições essas, aliás, que pleitearam Jair Bolsonaro para presidente da república, e o novo chefe da nação é esperança para muitos dos empresários do Turismo, principalmente por seu caráter reformista e pela prioridade dada à agenda econômica e à segurança pública. No entanto, as cartas que estão na mesa de Bolsonaro não são das mais fáceis de se jogar. O presidente já tem de lidar com desafios monumentais do setor econômico, a começar pela
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reforma da Previdência. Paulo Guedes, ministro da Economia e uma das principais plataformas da campanha do presidente, já garantiu que concentrará suas ações em reforma da Previdência, abertura da economia, simplificação de impostos, e privatizações, além da acompanhada da descentralização de recursos para estados e municípios. O mercado vê tais medidas com bons olhos. No entanto, analistas da consultoria Euromonitor apontam que enquanto o novo governo está propenso a implementar concessões e prepara o terreno para investidores, o Brasil enfrentará barreiras significativas para legislar devido à divisão do Congresso. Por conta disso e de um rendimento abaixo do es-
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perado no terceiro trimestre de 2018, a previsão da empresa para crescimento do PIB brasileiro em 2019 paira em 2,2%, redução de 0,3 ponto percentual para os 2,5% que havia sugerido anteriormente. Já o Boletim Focus, em sua primeira projeção para 2019, prevê uma alta de 2,53% no PIB ante os 2,55% previstos inicialmente. Os analistas do mercado financeiro também preveem dólar a R$ 3,80 no encerrar de 2019, além de inflação em 4,01%. A confiança do consumidor e de investidores repercutiu nos noticiários, fortalecendo o real após a moeda brasileira ter atingido níveis baixíssimos em setembro devido ao fortalecimento do dólar e o crescimento nos barris de petróleo. A Euromonitor crê que a inflação no Brasil ficará na casa dos 4,5% em 2019. A Selic, taxa básica de juros, teve estimativa reduzida de 7,13% para 7% ao ano pelos analistas de instituições financeiras. Atualmente, os juros básicos da economia estão em 6,5%, na mínima histórica. A meta central para este ano é de 4,25%, com intervalo de tolerância de 1,5 ponto percentual. Isto é, se a inflação ficar entre 2,75% e 5,75%, a meta será batida. REFORMA DA PREVIDÊNCIA Vista como alarmante e urgente por grande parte do mercado, a reforma da Previdência é prioridade para os economistas do governo Bolsonaro. O próprio presidente afirma que está confiante em que a pauta será votada no primeiro semestre. O governo federal vai fazer uma auditoria em dois milhões de benefícios pagos pelo Instituto Nacional do Seguro Social (INSS) que têm indícios de irregularidade. O anúncio foi feito pelo secretário Especial da Previdência e Trabalho, Rogério Marinho, após reunião, no Palácio do Planalto, para tratar da medida provisória de combate a fraudes no INSS, que deve ser editada pelo presidente Jair Bolsonaro em caráter de urgência.
Marinho se reuniu com Guedes e o ministro da Casa Civil, Onyx Lorenzoni, para avaliar o texto da medida provisória. Segundo o secretário, o mutirão poderá gerar “uma economia significativa”, aos cofres públicos. “Há relatórios de ações anteriores, inclusive convalidados pelo TCU [Tribunal de Contas da União], que demonstram uma incidência de 16% a 30% de fraude nesse tipo de benefício”. PRIVATIZAÇÕES O ministro da Infraestrutura, Tarcísio Gomes de Freitas, aponta que há projeções para privatizar ou liquidar cerca de 100 estatais, incluindo subsidiárias do Banco do Brasil, Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) e Petrobras, entre outras. A meta é reduzir gastos e levantar recursos. Segundo Freitas, elas devem acontecer nos próximos meses, embora não tenha detalhado planos de desestatização. Tarcísio Freitas disse, ainda, que reforçará as negociações com a iniciativa privada para buscar incentivos aos investimentos em infraestrutura no País e priorizar outros gastos com recursos públicos. Ele afirmou que a equipe já “sabe o que fazer”. “Não há mais recurso fiscal. Para prover infraestrutura, vamos ter que contar muito com a iniciativa privada, por isso, nosso foco nas concessões, nas parcerias público-privadas”, explicou. MINISTÉRIO DO TURISMO Dúvida caso Bolsonaro fosse eleito, o Ministério do Turismo foi mantido, e esse é outro motivo de comemoração pelo trade, que se viu minimamente valorizado após a ameaça de extinção. O ministro promete colocar a pasta no centro do governo e pretende dobrar o número de visitantes internacionais no País para os próximos quatro anos (leia na página 06).n Com informações da Agência Brasil
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ASSIST CARD Marcos Martins
O perfil geral do Instagram consegue os melhores resultados com a publicação de fotos e vídeos, que destacam uma imagem positiva dos viajantes em destinos específicos. A publicidade de seguros é desafiadora por nem sempre falar de temas agradáveis, mas o Instagram da Assist Card o entrega de maneira divertida e positiva, muitas vezes conscientizando o internauta em relação à importância de viajar protegido.
A Assist Card aposta em perfis no Facebook, Instagram e Twitter para interagir com o público dos mais de 190 países em que tem serviços de forma direta. Para o mercado brasileiro, a companhia suíça conta com perfis em português, que funcionam como complemento a contas gerais. A estratégia é apostar no tradicional, incluindo interações com perguntas sobre destinos e materiais informativos, que ajudam a preparar os clientes para as viagens.
Um dos principais desafios para a Assist Card em seus perfis para o Brasil é aumentar o número de curtidas e comentários das postagens no Facebook. Algumas atualizações chegam a quase zero de engajamento, mas alguns conteúdos ainda conseguem ultrapassar 100 interações. Por outro lado, a companhia dispõe de um chatbot como ferramenta para atender às necessidades dos clientes.
ID: @assistcardbr Facebook: 201.556 curtidas Instagram (Internacional): @assistcard 31,9 mil seguidores
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