PANROTAS 1.479

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Edição nº 1.479 - Ano 29 | 12 a 19 de julho | www.panrotas.com.br

R$ 11,00

Retomada das viagens e dos eventos está ligada diretamente à vacinação. Especialistas médicos e da nossa indústria apontam os caminhos




ÍNDICE nº 1.479 | 12 a 18 de julho de 2021 | www.panrotas.com.br

Página 06

Editorial - Repercussão

Página 07

Marrocos reaberto a brasileiros

Página 08

Estados Unidos para estudantes

Página 10

José Roberto Trinca de volta

Página 11

República Dominicana lança treinamento

Página 12

Hotéis reabertos no Universal Orlando

Página 13

Página da CVC para viagens internacionais

Página 14

Coalização para reabrir os Estados Unidos

Página 16

WTTC dá números e cifras ao impacto da pandemia no Turismo

Página 22

Por que podemos acreditar na retomada?

Página 28

Tendências da retomada em dois hotéis paulistanos

PRESIDENTE

José Guillermo Condomí Alcorta Quer receber a revista PANROTAS pelo celular? Toque aqui ou use o QR Code acima.

GESTÃO José Guilherme Condomí Alcorta TECNOLOGIA Ricardo Jun Iti Tsugawa EDITORIAL Artur Luiz Andrade

Media Partner

Associações

Parceria Estratégica



Editorial

REPERCUSSÃO Depois do extenso – e tenso – editorial da semana passada, em que tratamos das relações (inexistentes) entre entidades, como a Abav, e os não associados que andam fazendo barulho (e agindo) em grupos de WhatsApp e redes sociais, temos a obrigação de sermos breves e leves no texto desta semana. Que tal comentar algumas repercussões ao conteúdo do editorial, que visava, e visa, ao debate no setor? Personagens dos dois lados incentivaram a leitura e elogiaram o conteúdo. E graças a Deus discordam de alguns pontos. Teve quem fez cara feira (mesmo a gente não vendo a cara um do outro), teve quem fingiu ignorar e teve quem ignorou, mas o tema baterá à porta já, já. Teve até uma aula prática provando que muito do que foi falado ali está ocorrendo, que não há diálogo entre as partes. E se falamos com cada um dos lados, a “vítima” muda de cara em instantes. Isso porque queremos provar que as vítimas estão do mesmo lado e que a divisão só fortalece algozes outrem. Enfim, a receptividade foi muito boa, o tema precisa sim ser debatido e é saudável, natural, esperado e normal que haja pensamentos divergentes, diferentes, distintos. Mas não antagônicos, mas não estrategicamente em lados opostos. E continuamos defendendo: a megaentidade para o Turismo, a direção profissional e remunerada das entidades, um menor número de associações e, para todos nós, menos vaidade e ranço. O resto a pandemia já tratou de jogar em nossas cabeças. n

Artur Luiz Andrade Editor-chefe e Chief Communication Officer da PANROTAS artur@panrotas.com.br

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PANROTAS — 12 a 18 de julho de 2021


Check-in

Os destaques do Turismo Destinos

Sinal verde no Marrocos

Afker Moaiz / Unsplash

Marrocos está reaberto aos brasileiros vacinados. As fronteiras marroquinas estarão liberadas a visitantes provenientes do Brasil, desde que estejam completamente vacinados, levem o comprovante da imunização e ainda assim apresentem teste PCR negativo. Quem estiver apenas parcialmente vacinado ou não estiver vacinado precisará apresentar teste PCR negativo de menos de 48 horas (prazo entre coleta e embarque) e continuar a fazer quarentena controlada de dez dias, pagando pelas despesas, em hotel de lista indicada pelas autoridades marroquinas. Além do PCR negativo, permanece necessário apresentar, no embarque, “déclaration sur l'honneur” de compromisso com o confinamento obrigatório de dez dias e voucher do pagamento antecipado do hotel. Isto é, a apresentação do teste PCR negativo no Marrocos é obrigatória a vacinados e nãovacinados. VACINAS ACEITAS Todas as vacinas aplicadas no Brasil são aceitas no Marrocos. A lista indicada pelo governo marroquino contém AstrazenecaSK Bio, Covishield (Serum Institute of India), Janssen (Johnson & Johnson), Moderna, Pfizer/BioNTech, Sinopharm, Sinovac e Sputnik. Viajantes menores de 11 anos, seja qual for a proveniência, estão dispensados da apresentação de teste PCR. n


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Os destaques do Turismo

Destinos

Estados Unidos para estudantes Estudantes brasileiros que têm cursos nos Estados Unidos a partir de 1º de agosto de 2021 poderão entrar no país da América do Norte. Aqueles que tiverem o visto de estudante válido nas categorias F e M estão aptos a embarcar sem consultar a Embaixada ou os Consulados estadunidenses no Brasil. No entanto, os estudantes só podem viajar até 30 dias antes do primeiro dia do curso e não entrarão nos Estados Unidos se a antecedência for maior. Quem ainda não tem visto de estudante deve consultar o site da embaixada ou dos consulados mais próximos. As entrevistas de visto para as categorias dessa exceção foram retomadas em meados de maio de 2021.

Adobestock

TESTE VIRAL OBRIGATÓRIO Todos os viajantes internacionais, inclusive os estudantes, são obrigados a fazer um teste viral até três dias antes do embarque aos EUA e apresentar documentação por escrito do resultado de teste (papel ou cópia eletrônica) à companhia aérea. A embaixada norte-americana reitera que, para mais detalhes, o viajante precisa entrar em contato com as autoridades locais de saúde nos Estados Unidos, e assim não perder nenhum item das regulamentações sanitárias. n

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Os destaques do Turismo

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PANROTAS — 5 a 11 de agosto de 2020

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Os destaques do Turismo

Gente

Trinca de volta José Roberto Trinca, depois de 30 anos de American Airlines e 43 anos de carreira no Turismo, está de volta ao mercado, com a Moov Travels, que existe há quatro anos e já era tocada por seu filho, Guilherme Trinca, e que também conta com Edson Vilalba, profissional com 30 anos de Turismo. “Venho me somar a esse time fantástico. A Moov é uma consultoria em Turismo, que está com o cliente antes, durante e depois da viagem”, disse ele, que já gravou vídeo para o Instagram (@joseroberto_trinca) mostrando a empresa. ANOTE OS CONTATOS Endereço: Rua Dom Francisco de Campos Barreto, 717. Bairro Nova Campinas. Campinas, São Paulo. Tel.: (19) 2121-3164 José Roberto Trinca Jose.Trinca@moovtravels.com.br (11) 99981-5006 Guilherme Trinca Guilherme@moovtravels.com.br (19) 99400-3140 Edson Vilalba Edson@moovtravels.com.br (19) 99140-8945 n José Roberto Trinca

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Os destaques do Turismo

Treinamentos

República Dominicana Tem Tudo Isso

René Contreras, diretor do Escritório de Turismo da República Dominicana no Brasil

A República Dominicana lançou um novo curso on-line, em português e gratuito para agentes de viagens. O curso, chamado República Dominicana Tem Tudo Isso, oferece informações gerais do país e um tour pelas seis principais regiões turísticas: Santo Domingo, Punta Cana, Samaná, Puerto Plata, La Romana e Juan Dolio. Em cada um deles, a capacitação fornece informações gerais e históricas, das praias, atrativos e passeios de destaque, oferta gastronômica e vida noturna, dentro e fora dos hotéis. A capacitação oferece grande quantidade de dados e informação atualizada sobre os principais centros turísticos que são promovidos oficialmente, além de dicas para enriquecer as alternativas de pacotes e passeios para quem escolher o destino. É uma ferramenta muito produtiva e acreditamos que será muito valorizada pelo trade brasileiro", afirmou o diretor do Escritório de Turismo da República Dominicana no Brasil, René Contreras. Acesse o curso na página do Ladevi, parceiro da PANROTAS na Argentina. Clique aqui n

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Os destaques do Turismo

Parques temáticos

Todos hotéis reabertos Todos os hotéis da Universal Orlando Resort estão reabertos e disponíveis para reservas, incluindo o Universal's Endless Summer Resort - Dockside Inn and Suites e o Universal's Endless Summer Resort Sursife Inn and Suites na categoria Econômico; o Universal's Cabana Bay Beach Resort e o Universal's Aventura Hotel na categoria Econômico Plus; o Loews Sapphire Falls Resort na categoria Preferencial; e o Loews Royal Pacific Resort, o Hard Rock Hotel e o Loews Portofino Bay Hotel na categoria Premium. Os hóspedes da Universal Orlando recebem benefícios exclusivos, incluindo entrada antecipada aos parques, transporte gratuito em ônibus pelo complexo, pagamento com a chave do quarto e entrega gratuita de mercadorias compradas nas lojas do complexo diretamente nos hotéis. Além disso, os hóspedes dos hotéis Premium ganham acesso às atrações do Universal Studios e do Islands of Adventure sem pegar fila. n

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Os destaques do Turismo

Operadoras

Informações para viagens internacionais As marcas RexturAdvance, Trend, Visual e Esferatur, que compõem a Unidade de Negócios B2B da CVC Corp, acabam de lançar um site com os requisitos de admissão e restrições nos principais destinos internacionais para viajantes que embarcam do Brasil. A página reúne informações como necessidade de testagem, status de abertura e exigência de vacinação, por exemplo. Para acessar, clique aqui n

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Os destaques do Turismo

Andrew Ruiz / Unsplash

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Destinos

Esforço para voltar

Uma coalizão de 24 organizações comerciais da indústria de Viagens dos Estados Unidos se reuniu para apresentar um plano para reabrir os EUA, suspendendo as restrições à visitação internacional ao país. Entre as entidades está a U.S. Travel Association, a Iata e o GBTA. Chamado de “Uma Estrutura para Suspender Restrições de Entrada com Segurança e Reiniciar Viagens Internacionais”, o documento identifica os princípios da política para finalmente receber turistas de fora de volta ao destino, mantendo a saúde e a segurança como prioridade. n


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PANROTAS — 28 de junho a 4 de julho de 2021


Pesquisas e estatísticas Beatrice Teizen

UM IMPACTO DE

US$ 4,5 TRILHÕES O Conselho Mundial de Viagens e Turismo (WTTC) acaba de lançar o relatório com os impactos econômicos da pandemia de covid-19 na indústria de Viagens e Turismo em 2020. A pesquisa abrangeu 185 países e economias e 25 regiões do mundo e revelou toda a extensão da crise global causada pela pandemia do novo coronavírus para o mercado no ano passado. Em 2019, Viagens e Turismo foi um dos maiores setores do mundo, representando 10,4% do PIB global (US$ 9,2 trilhões), 10,6% de todos os empregos (334 milhões), além de ter sido responsável pela criação de um em cada quatro de todos os novos empregos no mundo. Os gastos dos visitantes internacionais somaram US$ 1,7 trilhão em 2019. Já em 2020, a participação no PIB global diminuiu mais que a metade, sendo de 5,5% e US$ 4,7 trilhões.

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IMPACTO ECONÔMICO DE VIAGENS E TURISMO

185 + 25 PAÍSES

REGIÕES ANALIZADAS

PIB DE VIAGENS E TURISMO (PORCENTAGEM DO PIB GLOBAL)

2019:

10,4%

2020:

5,5%

MUDANÇA TOTAL DO PIB DE VIAGENS E TURISMO EM 2020

-49,1%

(perda de US$ 4,5 trilhões de PIB)

EMPREGOS APOIADOS POR VIAGENS E TURISMO 2019:

334 milhões (1/10 dos empregos globais)

1/4

2014 - 2019

de todos os novos empregos líquidos globais foram criados por Viagens e Turismo

2020:

272 milhões (1/11 dos empregos globais)

2020 perda de

-62 milhões

de empregos no setor

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Como resultado da covid-19 e das restrições às viagens internacionais, o setor sofreu perdas de quase US$ 4,5 trilhões, com sua contribuição global para o PIB diminuindo 49,1% em relação a 2019, atingindo apenas US$ 4,7 trilhões em 2020 – em relação a um declínio de 3,7% do PIB da economia global. As despesas dos visitantes domésticos diminuíram 45%, enquanto as dos visitantes internacionais caíram 69,4%. A região que mais foi impactada foi o Caribe, com uma queda de 58% no PIB. Em seguida vem a Ásia Central, que sofreu uma redução de 57,6%, o Nordeste da Ásia, com 56,4%, outras partes da Europa, com uma diminuição de 55,4%, e o Norte da África, com 53,7%. A União Europeia teve queda de 50%, o Sul da Ásia apresentou a menor queda, de 36,5%, com a América Latina vindo logo após (veja os números mais adiante), com 41,1%, e a América do Norte, que caiu 42,2%.

MUDANÇA DO PIB DE VIAGENS E TURISMO EM 2020 VERSUS 2019 POR REGIÃO -36,5% -41,1% -42,2% -45,0% -46,5% -49,1% -50,0% -51,1% -52,7% -53,7% -55,4% -56,4% -57,6% -58,0%

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PANROTAS — 12 a 18 de julho de 2021

Sul da Ásia América Latina América do Norte Oceania África Subsaariana Global União Europeia Oriente Médio Sudeste da Ásia Norte da África Outras partes da Europa Nordeste da Ásia Ásia Central Caribe


EMPREGOS No ano passado, 62 milhões de empregos foram perdidos, deixando apenas 272 milhões de pessoas empregadas em toda a indústria globalmente. Esta redução de 18,5% foi sentida em todo o ecossistema de Viagens e Turismo, sendo as pequenas e médias empresas particularmente afetadas, representando 80% de todos os negócios globais do setor. Isso sem falar na redução de salários, nas empresas que fecharam ou as que acumularam grandes dívidas na pandemia. Mulheres, jovens e minorias foram afetados de forma desproporcional durante a crise, enquanto a ameaça de destruição do emprego persiste. Uma enorme quantidade dos 272 milhões de empregos restantes, que são atualmente apoiados por esquemas de retenção do governo e redução de horas, poderiam ser perdidas sem uma recuperação total do mercado. O levantamento mostra que, se a mobilidade internacional e as viagens forem retomadas até junho deste ano, os 62 milhões de postos de trabalho perdidos em 2020 podem retornar antes do final de 2022, impulsionando a recuperação econômica global.

EMPREGOS EM VIAGENS E TURISMO 2019:

334 milhões

2020:

1 em 4

272 milhões 62 milhões

10,6%

8,9%

de todos os novos empregos

de todos os empregos

de empregos perdidos

de todos os empregos

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BRASIL E AMÉRICA LATINA BRASIL – Principais Dados 2019

7,7%

CONTRIBUIÇÃO TOTAL DE VIAGENS E TURISMO PARA O PIB CONTRIBUIÇÃO TOTAL DE VIAGENS E TURISMO EM EMPREGOS

IMPACTO DOS VISITANTES INTERNACIONAIS

IMPACTO DOS VISITANTES DOMÉSTICOS

da economia total (R$ 402,4 bilhões)

7,6 milhões

6,2 milhões

(8,2% do emprego total)

R$

24,7 bilhões

em gastos de turistas (2,3% do total das exportações) R$

5,5%

da economia total (R$ 596,9 bilhões)

390,5 bilhões

em gastos de turistas (2,3% do total das exportações)

O PIB do Turismo do Brasil caiu 32,6%, indo de US$ 115,7 bilhões em 2019 para US$ 78 bilhões em 2020. O PIB total do setor representava 7,7% no ano retrasado e passou a representar 5,5%. O País sofreu também uma diminuição nos postos de trabalho de 19%. Em 2020 foram registrados 6,19 milhões de empregos contra 7,6 milhões em 2019, pré-pandemia. Os gastos do Turismo doméstico no Brasil caíram 35,6% e, no internacional, 39,1%. No ano passado, 94% das receitas da atividade de Viagens e Turismo vieram do doméstico – sendo de US$ 48,8 bilhões – e 6% do internacional, chegando a US$ 2,9 bilhões. Os gastos de viagens a lazer representaram US$ 45,7 bilhões (88%) e, os corporativos, US$ 6 bilhões (12%). Em relação às chegadas de entrada no País, 33% corresponderam à Argentina, 9% ao Paraguai, 8% aos Estados Unidos, 6% ao Uruguai, 6% ao Chile e 39% ao restante dos países. Quanto às partidas de brasileiros, 15% foram para Argentina, 14% aos EUA, 10% à França, 8% para Itália, 8% Portugal e 46% para o resto do mundo.

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2020

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(7,2% do emprego total)

R$

15,1 bilhões

em gastos de turistas (1,2% do total das exportações) R$

Queda de

32% do PIB

Diminuição de

19%

(1,5 milhão de empregos) Queda de

39,1% dos visitantes internacionais

251,5 bilhões 35,6%

em gastos de turistas (2,3% do total das exportações)

Queda de

dos visitantes domésticos

Já na América Latina como um todo, foram 4 milhões de empregos perdidos na indústria do Turismo, o que significa uma diminuição de 23,4%, e uma queda no PIB do setor de 41,1%, representando US$ 110 bilhões. Nos países da região, os gastos domésticos caíram 38,9%, enquanto os internacionais tiveram uma queda mais acentuada, de 72,1%, devido às restrições de viagens. O continente é responsável por 35% do PIB global de Viagens e Turismo. AMÉRICAS Com um declínio de 42,4% no PIB de Viagens e Turismo em 2020, as Américas foram, das grandes regiões, a menos afetada globalmente. Como resultado, mantiveram-se como a maior região em termos de importância econômica, respondendo por 35% do PIB global direto do setor de Turismo. Com as despesas internacionais tendo uma queda significativamente mais acentuada, os gastos dos visitantes domésticos aumentaram sua participação nos custos gerais com Via-


gens e Turismo de 82% do total em 2019 para 91% em 2020. Enquanto isso, o emprego na indústria caiu 26%, representando 11,8 milhões de perdas. Apesar da queda de 41%, os EUA permaneceram a maior economia de Viagens e Turismo do mundo, com a recuperação do país desempenhando um papel importante na retomada do setor em nível global. A indústria está caminhando continuamente em direção à melhora, em parte devido aos esforços do governo Joe Biden. Além disso, os US$ 14 bilhões alocados às companhias aéreas, juntamente com o rápido ritmo de vacinação, apresentam oportunidades para as empresas do setor recuperarem perdas e restabelecerem empregos. Enquanto isso, o México continuou sendo a segunda maior economia de Viagens e Turismo da região, apesar de seu PIB cair 48,1%. EUROPA O PIB europeu do setor diminuiu 51,4% em 2020 devido às restrições de mobilidade. Enquanto os gastos domésticos caíram 48,4%, as despesas internacionais diminuíram a uma taxa mais acentuada, de 63,8%. A queda nas receitas internacionais, no entanto, foi inferior à diminuição média global de 69,4%, impulsionada em parte por algumas viagens dentro da Europa. Como resultado, o continente permaneceu como a melhor região globalmente em termos de receitas de visitantes internacionais. Alguns países melhoraram enquanto outros caíram na classificação. A Alemanha, por exemplo, caiu uma posição, indo do terceiro para o quarto lugar, após uma queda de 46,9% na contribuição do setor para o PIB. Enquanto isso, a Itália subiu uma posição – de sexta para quinta –, apesar de experimentar uma queda de 51% na contribuição do PIB. Já a França, um dos principais destinos mundiais em termos de chegadas de visitantes internacionais, subiu uma posição, de sétimo para sexto, apesar de sua contribuição para o PIB cair quase pela metade (48,8%). Enquanto isso, o Reino Unido, que em 2019 classificou-se como o quinto maior mercado de Viagens e Turismo do mundo, caiu três posições, indo para o número oito, sustentando uma queda do PIB de 62,3%. Uma combinação de bloqueios

rígidos, restrições de viagens contínuas e quarentenas causou o maior colapso dos dez maiores mercados de Viagens e Turismo. RECUPERAÇÃO E ALÉM Embora o caminho à frente possa parecer incerto, o WTTC prevê que os desafios podem ser convertidos em oportunidades em Viagens e Turismo, com o setor se adaptando para finalmente voltar mais forte. Por meio do relatório, o órgão identificou as tendências que já estão ganhando força e explorou as mudanças que podem ser necessárias para sustentar a indústria no futuro. Do ponto de vista da demanda, a covid-19 está transformando as inclinações e os comportamentos dos viajantes em direção ao que é familiar, previsível, confiável e até mesmo de baixo risco. Férias nacionais e regionais, extensa pesquisa e planejamento e atividades ao ar livre irão reinar no curto prazo, com as empresas e destinos turísticos já se adaptando de acordo. A comunicação proativa será a chave para estimular a demanda. Embora a longevidade dessas mudanças ainda seja desconhecida, o setor de Viagens e Turismo tem uma oportunidade única de repensar e atualizar os modelos de negócios vigentes, em parceria com as comunidades locais. Saúde e segurança são fundamentais nesta nova era. As experiências pessoais, o medo de mudar os regulamentos de entrada, preocupações com o distanciamento físico e políticas de cancelamento flexíveis irão orientar o comportamento do consumidor no curto e médio prazos. Por isso, as empresas terão que colaborar ainda mais estreitamente com suas cadeias de valor estendidas, especialmente funcionários e fornecedores, para garantir a prontidão e a implementação de protocolos. Neste contexto, a confiança, entre viajantes e colaboradores, empresas e fornecedores, e visitantes e comunidades locais, será um dos principais motores da recuperação do Turismo. n O relatório completo do Conselho Mundial de Viagens e Turismo (WTTC) e outros gráficos podem ser conferidos aqui.

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Retomada das viagens Rodrigo Vieira

POR QUE PODEMOS ACREDITAR?

Companhias aéreas nacionais com previsão demanda e oferta em níveis prépandemia até o fim do ano. Algumas (a minoria, é verdade) agências e operadoras já falando em superação das vendas de 2019. Fronteiras gradualmente se abrindo para brasileiros. Demanda represada pronta para se soltar também na hotelaria e no setor de cruzeiros. Ante o enfrentado desde março de 2020, as notícias são animadoras e absolutamente todas elas têm um só alicerce: VACINAÇÃO. Contudo, o quanto podemos confiar nas

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vacinas aplicadas no Brasil? Quando poderemos tirar as máscaras dos rostos? A alta temporada de verão doméstica já pode ser vendida? O que mais será necessário para o agente de viagens confiar em vender destinos internacionais, a maioria exigindo certificado de vacinação, ao seu cliente? A Federação do Comércio de Bens, Serviços e Turismo do Estado de São Paulo (FecomercioSP) convocou um time de especialistas para esclarecer esses assuntos e imunizar os empresários contra a desinformação.


Privado e híbrido, o evento Vacinação e as Perspectivas para o Turismo reuniu o secretário estadual de Saúde de São Paulo, Jean Carlo Gorinchteyn; o presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas; o presidente da Clia Brasil, Marco Ferraz; e o secretário estadual de Turismo e Viagens, Vinicius Lummertz. A moderação foi da presidente do Conselho de Turismo da FecomercioSP, Mariana Aldrigui.

ALÉM DAS VACINAS, OS TESTES Vacinar pelo menos 75% da população significa controle da pandemia. Reduz mortes, internações e número de casos, como foi comprovado em estudos em cidades paulistas. Todavia, a imunização não tira a impor-

Jean Carlo Gorinchteyn, secretário estadual de Saúde de São Paulo, fala com a presidente do Conselho de Turismo da FecomercioSP, Mariana Aldrigui

Anderson Rodrigues/FecomercioSP

ESPERANÇA E OTIMISMO Esperança e otimismo foram os termos que abriram o evento. Há uma queda clara de casos, internações e óbitos por covid-19 em nível nacional. Em São Paulo, na última semana de junho, esses três índices se mantiveram em queda. Na terça-feira (6 de julho), quando aconteceu o evento, o Estado marcava oito dias com contínua melhora nesses números, o que não acontecia desde 1º de março de 2021. No dia seguinte, o Amazonas comemorava a marca de 24 horas sem um óbito sequer, o que não acontecia desde que a covid-19 foi declarada pandemia. “Estamos reduzindo não só as UTIs, como também as enfermarias. Isto é nitidamente o impacto da vacinação, não há como negar: se compararmos com janeiro e fevereiro, a média de faixa de idade de internação em UTI pela doença era de 65 anos. Em maio, essa média caiu para 56 anos. Seguramente, em julho os resultados serão ainda melhores devido à expansão vacinal, pelo fato de termos vacinado por completo quase todos os idosos e pessoas com comorbidades”, começou o secretário de saúde, Jean Carlo Gorinchteyn. “É verdade que no ano passado também vimos melhora, mas não foi uma melhora com a velocidade que estamos vendo neste ano, simplesmente porque neste ano temos a vacinação. E o compromisso do governo do Estado de São Paulo é vacinar os maiores de 18 anos com pelo menos uma dose até no máximo 15 de setembro, garantiu.

tância da testagem. Testar em massa é fundamental para o convívio com o vírus, reforça Gorinchteyn. "Hoje temos testes de antígeno, muito mais baratos, com resultados mais rápidos e de precisão equivalente ao do PCR, que é o do 'cotonete'. Em 15, 20 minutos se tem o resultado, com 97% de acuracidade", diz o secretário. Segundo ele, o coronavírus vai continuar presente em nosso meio, como é o caso da gripe. Teremos de manter nossas campanhas de vacinação todos os anos e, para a realização de eventos, shows, feiras e outras reuniões que requerem agrupamento de pessoas, a testagem será, portanto, fundamental. "Junto com a secretaria de Desenvolvimento Econômico, estamos fazendo

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Anderson Rodrigues/FecomercioSP

eventos modelo nos quais, além da testagem de todos os envolvidos, exigirá comprovante de vacinação e não abrirá mão do uso de máscaras e protocolos. Aliado a todas as normas de distanciamento, esses eventos impactarão o Turismo. Pensamos até na realização do GP de Fórmula 1 em Interlagos, que é um dos principais expoentes paulistas", conclui Gorinchteyn. Respondendo a questionamentos da especialista em Turismo Brasil do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Juliana Bettini, que tocou no assunto dos protocolos a serem adotados pelos fornecedores, o secretário de Saúde trouxe à discussão o exemplo de Israel. "Mesmo com a ampliação da vacinação, alguns países se arrependeram em relação à flexibilização de protocolos como uso de máscara e outras estratégias de prevenção. Em Israel, mais de 90% da população do país foi vacinada, e o governo voltou a exigir o uso de máscara após ver uma escalada nos casos.” Já o presidente do Instituto Butantan, Dimas Covas, citou um caso mais próximo do Brasil: “Medidas de restrição têm de ser progressivamente flexibilizadas, e não de forma abrupta, pois se soltarmos de repente, pode acontecer o que tem

Gorinchteyn responde à pergunta da especialista em Turismo Brasil do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), Juliana Bettini

se observado em outros países. Por exemplo, no Chile, apesar da taxa elevada de vacinação, a abertura brusca elevou muito o número de casos. Em nenhum momento pode-se abandonar medidas como uso de máscara, distanciamento físico, higienização das mãos... Ainda precisamos olhar com cuidado as aglomerações, ao menos enquanto o padrão se mantiver alto.”

Dimas Covas, presidente do Instituto Butantan, em entrevista com Mariana Aldrigui, presidente do Conselho de Turismo da FecomercioSP


PASSAPORTE SANITÁRIO Green pass, passaporte sanitário, certificado digital de imunidade, passaporte vacinal... Tenha o nome que for, um documento que comprove a nãotransmissão da doença será inevitável para o retorno da “vida normal”. No Turismo, essa realidade é ainda mais latente. “A vacina não é compulsória, mas um certificado como esse certamente vai convencer a população a se vacinar. Quem não apresentar o documento, simplesmente não poderá frequentar hotéis, shows, eventos culturais... não poderá viajar. Isto é, não podemos exigir que o cidadão se vacine, mas podemos estimular por meio dessas medidas”, afirma o secretário de Saúde paulista. “Indiretamente, será como trazer uma obrigatoriedade à vacina, como se faz com a febre amarela em destinos onde essa enfermidade é um risco.” TEMPORADA DE VERÃO Em nome de todo o trade paulista, Mariana Aldrigui questionou o secretário sobre a temporada de verão do Estado como emissor e receptor. Se até 15 de setembro todos os residentes de São Paulo devem ter tomado ao menos uma dose, o que poderemos prever sobre a alta temporada de feriados e de verão?”, questionou a presidente do Conselho de Turismo da FecomercioSP. O secretário, além de ter revelado a grande probabilidade de a data mencionada ser antecipada, garantiu que “muito possivelmente teremos comemorações de fim de ano com segurança”. “Seria irresponsável de minha parte garantir 100% de taxa de ocupação nos hotéis, mas isso também não é algo impossível. Embora a covid-19 seja uma doença misteriosa, com altos e baixos, o governo de São Paulo está olhando com muita responsabilidade toda a situação. Contudo, não tenho dúvida de que o momento será diferente, melhor, do que o verão do ano passado, pelo fator vacina. Com isso, a característica dos doentes é outra. A ocupação dos leitos de UTI é bem menor.

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CURVA DESCENDENTE O tom de cautela foi adotado pelo presidente do Instituto Butantan em todo evento. Ele relembrou que ainda vivemos um ponto crítico da pandemia e que não é hora de se deixar levar pelas notícias de queda de casos e óbitos, o que facilita o afrouxamento com as medidas. Abril de 2021, relata o especialista, foi o pior mês da pandemia no Brasil. Aliás, o primeiro semestre deste ano superou todos os índices negativos de 2020. Medidas mais duras foram tomadas desde então e elas, aliadas à vacinação, trouxeram sinais de arrefecimento da pandemia. “Ainda estamos em um ponto elevado da curva pandêmica, mas em movimento descendente. Espera-se que essa curva prossiga caindo, mas é importante lembrar que estamos em um cenário de elevada transmissão e com o que temos hoje ainda não é possível abandonar protocolos.” Covas relembra que, com vacinação e medidas restritivas caminhando lado a lado, teremos diminuição importante da pandemia a partir deste terceiro trimestre. “Poderemos voltar a patamares muito baixos. Mais baixos ainda do que em outubro de 2020, que foi o período mais positivo de todos.”

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Crédito Rovena Rosa/Agencia Brasil

QUANDO PODEREMOS FLEXIBILIZAR? Dimas Covas reforçou que, enquanto o vírus estiver circulando, o uso de máscara e o distanciamento têm de ser levados a sério. "Podemos flexibilizar essas medidas quando o vírus perder força, o que não é uma realidade no Brasil tão cedo e precisamos aceitar." Apesar de a vacina reduzir o número de óbitos e casos graves, ela não é um escudo contra o vírus. "A vacina é proteção contra a doença, mas não traz imunidade absoluta, esterilizante. A vacina não é capaz de impedir a transmissão do vírus. Enquanto tivermos vírus, medidas não-farmacológicas serão mantidas." Queira ou não, a medida cai como um banho de água fria em projetos como o da prefeitura da capital paulista de promover festas de réveillon e carnaval.

ACEITAÇÃO DO BRASILEIRO NO EXTERIOR Ainda são poucos os países que abriram as fronteiras para brasileiros, mesmo os vacinados. Mas se as vacinas aplicadas no País já foram consideradas seguras pelas maiores autoridades médicas globais, por que o brasileiro ainda não é aceito mundo afora? Dimas Covas reforça que a CoronaVac, fabricada pelo Instituto Butantan, a vacina mais aplicada no Brasil, já obteve aprovação da Organização Mundial da Saúde, o que permite que


o imunizante seja incluído no programa global de fornecimento Covax. "O brasileiro está proibido de entrar em vários países não pela vacina que ele toma, mas pelo risco que ele leva consigo. O País está entre os campeões globais de infecções e óbitos. Nós somos considerados visitantes de alta transmissibilidade", afirma Dimas Covas. Isto é, depende dos próprios brasileiros e do poder público cumprir com as medidas efetivas para combater a pandemia, reduzir os casos e assim sermos aceitos lá fora. OTIMISMO E HERANÇA NO TURISMO O secretário estadual de Turismo e Viagens, Vinicius Lummertz, contou com a companhia do presidente da Clia Brasil, Marco Ferraz, em seu painel. Lummertz enfatizou a necessidade de o empresário se preparar para o segundo semestre, quando os negócios devem retomar as atividades a pleno vapor. “Temos de ser otimistas, pois a diferença, em 2021, é que temos vacinação. Quanto mais vacinas aplicadas, mais moveremos a curva para a retomada que já está em andamento, tanto que o Turismo interno de lazer tem se movimentado muito", afirmou Lummertz. "O desejo de viajar do turista é enorme, e a retomada será puxada por um boom turístico no fim do ano, com risco até de inflação do setor e de falta de lugar para viajar, em razão dos lugares lotados. Isso deve se intensificar, pelo menos, até novembro, quando as viagens ao Exterior devem voltar a ser feitas pelos turistas brasileiros. Queremos, como herança desta crise, que se estruture definidamente o desejo de valorizar o Turismo interno. Temos o maior potencial de Turismo do planeta neste País. São Paulo é um grande mercado consumidor e precisamos fazer esse movimento. Todos os esforços nos dão a condição de imaginar um Estado turístico dentro de um país turístico. Temos o nosso potencial, não deveremos ter problemas de emprego se apostarmos fir-

Marco Ferraz, presidente da Clia Brasil e coordenador do Comitê de Advocacy Turismo da FecomercioSP, Vinicius Lummertz, secretário estadual de Turismo, e Mariana Aldrigui, presidente do Conselho de Turismo da FecomercioSP

memente na carta do Turismo, como fizeram França, Itália, Japão e outras potências mundiais.” Marco Ferraz, que também é coordenador do Comitê de Advocacy Turismo da FecomercioSP, reiterou que, além da preparação mencionada por Lummertz, o Turismo deve se preocupar com o fator segurança. “Fazemos testagem em todos os passageiros e tripulantes, mesmo nos já vacinados. Com este modo de operação, os navios de cruzeiro das empresas associadas à Clia voltaram a operar o ano passado, no Hemisfério Norte (Ásia, Europa), e, recentemente, no Caribe e nos Estados Unidos. Estamos com sete navios para operar no Brasil a partir de novembro: em Santos, Ilhabela e Ubatuba”, ressaltou.n

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Novos produtos Artur Luiz Andrade

AS TENDÊNCIAS

DA HOTELARIA EM 2 HOTÉIS

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São dois hotéis conhecidos de viajantes brasileiros e estrangeiros que visitavam São Paulo na era pré-pandemia: o Pullman Vila Olímpia, em frente ao Shopping Vila Olímpia e próximo da avenida Juscelino Kubitschek, nas cercanias da Marginal Pinheiros; e o Grand Mercure Itaim Bibi, na outra extremidade da JK, perto da avenida Faria Lima e do Ibirapuera. Hotéis acostumados com um público corporativo de alto padrão e com finais de semana para casais e grupos de lazer, em visita à capital paulista. Veio então a pandemia e mexeu com hábitos, necessidades e propósitos de viagens. Os hotéis em geral, depois de períodos fechados ou com operação limitada, se adaptaram bem ao novo hóspede que:

Grand Mercure Itaim

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Quer transparência e autenticidade;

Quer agilidade e tecnologia;

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Quer quartos que funcionem a vários propósitos: relaxar, trabalhar, fazer reuniões, experimentar a gastronomia local, estar conectado, não perder as séries e eventos esportivos na TV ou no streaming; Quer se sentir na cidade que está visitando – nada do mesmo hotel em qualquer lugar do mundo; Quer histórias para contar, não importa o motivo da viagem;

Quer segurança e serviço que lhe ajudem em qualquer eventualidade.

Não dá mais para ser o mesmo hotel de antes. Novos produtos, como o room dinner, o room office e os estúdios digitais, precisam fazer parte do dia a dia do hotel organicamente. E do momento em que faz a reserva, passando pela entrada no lobby, a experiência no quarto e o checkout, esse viajante quer fazer parte, quer assistir a uma história, quer um passo a passo fluido e agradável. Na semana passada, visitamos os dois hotéis da rede Accor – Pullman Vila Olímpia, comandado por Ronei Borba, e Grand Mercure Itaim Bibi (ex-The Capital, da BHG), liderado por Verena Bogea – e pudemos constatar que as tendências chegaram e estão sendo colocadas em prática. Prática essa que vai determinar novas mudanças, novos anseios dos hóspedes e uma transformação constante na hotelaria. O mesmo quarto em qualquer hotel em qualquer lugar do mundo não dá mais para fazer parte da hotelaria. Viajar é um desafio e traz uma carga de estresse que o hotel precisa ajudar a diminuir. Em vez de padronizar, personalizar. Em vez de complicar, simplificar e aproximar. Mas com o DNA da hospitalidade no sorriso, no olhar e nos detalhes.

Pullman São Paulo Vila Olímpia

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Hub Food Art Lounge

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Fechado em dois momentos durante a pandemia, o Pullman São Paulo Vila Olímpia, na capital paulista, chega ao semestre da retomada reforçando seus pilares, como a gastronomia, representada pelo Hub Food Art Lounge, e o design, uma marca da rede em todo o mundo. O Hub Food Art Lounge (@hubrestaurante) figura no Top 3 do TripAdvisor na cidade e não é à toa. O chef Willian Carvalho tem um cardápio moderno e repleto de carros-chefe, como o Polvo Pancetta, a tábua de frutos do mar e o café da manhã bem completo, e o ambiente, integrado ao lobby e ao bar, mas com privacidade e personalidade só suas, conversa com a cidade onde está. O diretor geral do Pullman Vila Olímpia, Ronei Borba, ressalta que o conceito do hotel pode ser visto logo na entrada, depois de passar por um belo cubo iluminado: dali, o hóspede consegue ver toda a área integrada, com o bar bem à frente, descolado e imponente, a recepção à direita, cafeteria e vinoteca mais adiante e o Hub ao fundo, com diversos espaços privativos. Logo acima, com vista para o lobby, estão mais espaços para descanso ou reuniões rápidas, e a academia, que ganha novamente a companhia de um spa em agosto, com direito a marca renomada na administração.

Polvo Pancetta do chef Willian Carvalho

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PULLMAN SÃO PAULO VILA OLÍMPIA


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FACILITADOR A tecnologia é presença constante no hotel e ajuda para que os eventos sigam ocorrendo, mesmo com as novas regras. Para novembro, já não há mais data para eventos no centro de convenções, conta o gerente geral, e até lá já há várias datas concorridas. O estúdio digital e o room office são produtos que vieram com a pandemia, para ficar. SUÍTES Com espaços integrados no lobby, gastronomia em alta, espaços de eventos tecnologicamente prontos para a retomada e um spa chegando em agosto, o Pullman Vila Olímpia também preparou os quartos para o novo momento. Todos passaram por uma remodelação durante a pandemia e há 17 suítes e 12 quartos conectantes para atender aos hóspedes multi-propósito. O grande destaque do Pullman Vila Olímpia, ao lado da suíte presidencial, é o Design Room, considerado o quarto mais “fora da caixa” criado pela Accor. Além do conforto e do espaço, o grande atrativo da suíte é a personalização. O hóspede pode controlar tudo por um ipad fixo na parede: da luz de led em várias cores às cortinas que revelam a vista dos prédios da região; da TV em frente à banheira (embutida no espelho) ao impressionante projetor na parede em frente à cama. A suíte tem quatro ambientes (sala e quarto, separados por divisórias móveis, banheiro, com vista para o quarto, e lavabo) e pode servir aos mais diversos propósitos da viagem: trabalhar durante o dia, almoçar ou jantar com amigos ou colegas de trabalho, relaxar, curtir a dois ou ficar sozinho na cama assistindo à série preferida ou à final do campeonato no super telão a sua frente.


Sai o design mais estiloso e entra a brasilidade. O Grand Mercure Itaim Bibi mostra que tem autenticidade, storytelling, ambiente para relaxamento, áreas para eventos ao ar livre, pacotes românticos, arte e muito verde... Isso em pleno Itaim Bibi, bairro nobre de São Paulo. O hotel, que anteriormente funcionou como The Capital, tem 155 apartamentos na parte hoteleira e 153 na residencial, e faz parte da parceria da Accor com a BHG. Passou por uma ampla reforma de R$ 18 milhões, para se inserir nos padrões Grand Mercure. Uma marca que preza pelo incentivo e valorização à brasilidade, o que pode ser visto em todo o empreendimento, do jardim na frente do prédio à área verde aberta atrás do restaurante; do papel de parede com plantas da nova decoração às obras de arte expostas no lobby; do restaurante Itain aos eventos sociais que começam a retornar dia 24 de julho, com uma autêntica roda de samba, que os hóspedes poderão assistir de suas varandas. Segundo a gerente geral Verena Bogea, a reforma foi completa e profunda, da fachada aos apartamentos. Os quartos, que antes tinham divisão no estilo flat, com sala e quarto pequeno, tiveram as paredes derrubadas e tudo virou um só espaço, amplo, clean, moderno e inspirado no Brasil.

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GRAND MERCURE ITAIM


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MUITA HISTÓRIA Galeria de arte: o lobby do hotel tem uma pequena galeria de arte, altamente instagramável, e que o hóspede pode “usar” e interagir. Além de serem peças bonitas (uma escultura, um banco-namoradeira, uma cadeira e uma mesa) de artistas renomados, as obras de arte têm histórias bem interessantes por trás de sua criação e todos os funcionários da recepção estão aptos a fazer um tour para mostrar aos hóspedes e contar essas histórias. Destaque para a escultura Fênix, de Ted Benvenuti, que foi feita de material de reuso e está na parede do lobby, em formato de asa, pronta para as fotos que amamos. O banco Betty e Barney, de Paulo Alves, também promete fotos inesquecíveis, com uma homenagem aos personagens “coadjuvantes” do desenho Os Flinstones. Ritual do café: Sob demanda ou quando o check-in começa a ficar movimentado, o ritual oferece aos hóspedes um pouco da história do café (que nasceu na Etiópia e acreditava-se que era a planta da felicidade), com degustação da marca Orfeu, em um carrinho especial que transita pelo espaço. Eventos sociais: Eles estão voltando e o hotel redesenhou o jardim atrás do restaurante Itain, que tem bastante espaço para comemorações, festas, coquetéis de encerramento de eventos corporativos, entre outras celebrações. À noite, a iluminação em meio às plantas deixa o local ainda mais especial. Música ao vivo: No dia 24 deste mês, o hotel promove a Varandas Experience, que ocorre em uma plataforma no térreo. Na estreia, será um show de samba que poderá ser visto e apreciado das varandas nos apartamentos, com três tipo de vista: Premium, bem próxima do palco, Mezanino e Balcão, onde o hóspede precisa ficar em pé para assistir, mas tudo direto de seu quarto. O pacote inclui hospedagem e café da manhã. Pacotes românticos: Verena Bogea criou três pacotes românticos para os casais que querem celebrar qualquer data. O pacote mais completo, cheio de mimos, é o Cafuné, que tem café da manhã no apartamento, espumante, buquê de rosas, entre outras surpresas. Há ainda as opções Afeto e Afago. Ar livre: Além do jardim na frente e atrás do hotel (também com móveis e esculturas com histórias e simbologias), o rooftop conta com piscina, spa (da rede Buddha Spa) e academia, vista para o Parque do Ibirapuera, e muito espaço para relaxamento. Outras surpresas: na categoria executive de apartamentos (há ainda a standard, superior e deluxe), os hóspedes podem pedir o Ritual do Aconchego, um escalda pés relaxante, com direito a óleos essenciais no banheiro e água de enxoval para borrifar na cama. Para as crianças, o hotel monta cabanas nos quartos dos pais, e a diversão é garantida. O hotel também conta com centro de eventos, com cinco salas, incluindo os espaços de coworking lançados pela Accor. No restaurante Itain, o café da manhã, almoço e jantar são servidos diariamente, com 137 lugares. n 12 a 18 de julho de 2021 — PANROTAS

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PANROTAS — 5 a 11 de maio de 2021


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PANROTAS — 28 de junho a 4 de julho de 2021



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