Edição nº 1.383 - Ano 27 | 31 de julho a 6 de agosto de 2019 | R$ 11,00 | www.panrotas.com.br
Respeito à diversidade precisa ser espalhado pela sociedade, empresas, famílias e no atendimento ao cliente. Na segunda edição especial LGBTravel, veja oportunidades, números, opiniões e acompanhe mudanças que vieram para ficar Capa.indd 1
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PRESIDENTE
José Guillermo Condomí Alcorta CHIEF EXECUTIVE OFFICER (CEO) José Guilherme Condomí Alcorta (guilherme@panrotas.com.br)
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Associações
Parceria Estratégica
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ÍNDICE
nº 1.383 | 31 de julho a 6 de agosto de 2019 | www.panrotas.com.br
SEÇÕES
LGBTRAVEL
06 Editorial
16 Um mercado grande e com oportunidades ainda maiores
Por que defender que minorias tenham mais espaço?
7 Check-in
Parceria Tour House e Imaginadora
14 Infográfico
18 Quer investir? Saiba por onde começar
22 Aula de negócios
Metade dos profissionais LGBTQs no Brasil já se assumiu
24 Dicas práticas de especialistas
46 Coluna Abav Expo
John Tanzella, presidente e CEO da IGLTA
Depoimentos de participantes
48 Memória
Governo atrapalhava a vida dos parques em 1997
50 Follow
Câmara LGBT nas redes sociais
30 Entrevista
32 Destinos da Flórida 34 Encontro marcado para a Conferência de Turismo 36 Perfis que mostram a diversidade 38 Lista de empresas atuantes 42 Carrani Tours
O receptivo #02 de Roma se especializa no turista brasileiro
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Editorial
ACORDA, ALICE
A
pesar da curiosidade inerente ao ser humano, quando você ouvir falar de diversidade, inclusão, gênero, homossexualidade, tente esquecer o que as pessoas fazem entre si na sua intimidade, entre quatro paredes, no jargão popular. O sexo que se pratica longe dos olhos curiosos não diz respeito a mais ninguém e no geral em nada afeta a sua vida. O ato sexual entre pessoas nada tem a ver também com a defesa de direitos iguais para minorias, como o público LGBTQ, a luta por igualdade e respeito, a equivalência entre deveres cobrados (pelo Estado, pela sociedade) e o que se entrega a cada indivíduo. Cada um que cuide da sua vida sexual e guarde suas histórias para contar a quem queira e esteja disposto a ouvir. O que se pede é que todos os indivíduos tenham os mesmos direitos, tratamentos e oportunidades. Sem discriminação (parte da qual guiada por falso moralismo, a cultura da ignorância ou a falta de refletir sobre atos e costumes). E por que defender que minorias tenham mais espaço de liderança nas empresas, mais oportunidades de consumo, inclusive de viagens, menos agressões e mais respeito a seus direitos constitucionais? Ora, “todos os homens nascem e são iguais” dizem muitas das constituições pelo mundo. Ambientes onde a diversidade é estimulada, respeitada e falada (sim, falada, porque de nada adianta não poder se falar de certos assuntos, não poder ser quem você realmente é, ou ser obrigado a ser enfiado em rótulos ultrapassados e inadequados) são ambientes mais produtivos, ricos, saudáveis e construtivos. Sociedades que respeitam os indivíduos que se completam, idem. Uma diversidade que já existe, mas que é camuflada ou sufocada no nosso dia a dia e que não é invenção do século 21 ou do “fim dos tempos”. Que existe na empresa e entre os clientes. Que existe na família e no governo. E que não é uma criação da esquerda, do comunismo, de seitas macabras ou de teóricos que não veem o mundo real. Dar oportunidades à inclusão, estimular ambientes sem preconceitos e até forçar a participação maior das minorias é tendência, é realidade, e não tem volta na construção de um mundo melhor. E por que todo mundo tem de aderir? Por exemplo, porque em um mundo onde o dinheiro pode até comprar alguns passes, o preconceito pode virar contra você
mesmo em um futuro próximo. Ou você acha mesmo que o mundo só tem de aceitar jovens, héteros, atléticos, brancos e ricos? Você se enquadra nesses cinco quesitos? Então cuidado, pois pode ser vítima de algum tipo de preconceito, mesmo sem saber declaradamente. Ou virar uma, já que riqueza e juventude, por exemplo, são bens efêmeros. O jogo pode virar radicalmente, mas já vemos como essa sociedade mediana trata velhos, gordos, feios (segundo o padrão de quem manda), pobres, migrantes e imigrantes... É impossível, mesmo que você seja o ser humano mais rico do mundo, que nunca tenha se sentido excluído, deixado de lado, inadequado, pois de acordo com as “leis” existentes naquele cenário (e não nos referimos nem a um país), você era o estranho no ninho, o diferente, o invasor. Abraçar as diferenças é nos libertarmos para fazer com que essas diferenças criem mundos, empresas, famílias e sociedades melhores, mais completas e criativas, mais inteligentes pois olham o mundo sob diversos aspectos. Se não conseguimos conviver com quem pensa, é ou age de forma diferente, se não houver diálogo, como vamos entregar o melhor serviço ao nosso cliente, que, do outro lado do balcão, é repleto de diferenças, medos, anseios e buscas por aceitação? Mais que gerar negócios, a diversidade gera um mundo melhor, onde ninguém é subjugado por causa de uma condição social, uma característica física, religião, o lugar onde nasceu, o pensamento político ou a orientação sexual. Liberdades individuais precisam se tocar e se respeitar em uma sociedade. Mas sabemos que alguns são mais privilegiados e têm mais oportunidades que outros. Que alguns sofrem retaliações e injustiças por não terem os mesmos direitos e tratamentos que os “donos do pedaço”. Nessa edição, abordamos a relação da indústria de Viagens e Turismo com o público LGBTQ. Inspire-se e abra sua mente. Veja oportunidades, mas, sobretudo, semeie respeito, pois ele vale também para você e todas as suas características. Que merecem ser respeitadas e toleradas como qualquer outra. Ou você realmente todos os dias se olha no espelho e só vê a madrasta da Branca de Neve? A mais bela, a mais poderosa, a mais iludida...n
Artur Luiz Andrade Editor-chefe e Chief Communication Officer da PANROTAS artur@panrotas.com.br 6 6.indd 6
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Check-in
+Lidas da semana Portal PANROTAS 1 Avianca Airlines assina acordo de interline com Azul e Gol
2 Viagens corporativas: Gol em 1º; Azul em 2º; Latam em 3º
3 Festa e blitz em mais de 50
agências marcam os 27 anos da Trend
4 Governo quer semana patriótica com incentivo ao Turismo
5 Aéreas já anunciaram 95% de
490 voos em SP após redução do ICMS
6 BLTA critica os vários sentidos do novo slogan da Embratur
7 Veja os promovidos e contratados da semana no Turismo
8 Gestão de viagens: tecnologia e
tato humano andam lado a lado
9 Ex-Avianca Brasil é o novo executivo de Contas da RexturAdvance
10 Primetour, Agaxtur e Alltour estão contratando; veja vagas
Fonte: Portal PANROTAS
Aviação
Avianca Airlines com Azul e Gol
A Avianca Airlines anunciou na semana passada dois acordos interline com as brasileiras Azul e Gol. Segundo a colombiana, os dois acordos já estão disponíveis nos sistemas de distribuição para agências de viagens e englobam 35 destinos dentro do Brasil. “Os clientes realizarão as viagens a partir dos nossos hubs (Lima e Bogotá) para São Paulo ou Rio de Janeiro em voos operados diretamente pela Avianca, para se conectarem com rotas internas que serão operadas pelas aéreas brasileiras”, diz o comunicado da Avianca Holdings. Os destinos dentro do Brasil que passarão a ser parte da rede da Avianca por meio do acordo interline são Aracajú, Belém, Belo Horizonte, Porto Seguro (BA), Brasília, Cascavel (PR), Cuiabá, Campo Grande, Caldas Novas (GO), Campina Grande (PB), Curitiba, Caxias do Sul (RS), Florianópolis, Fortaleza, Navegantes (SC), Goiânia, Manaus, Salvador, Foz do Iguaçu (PR), entre
outros. “Com a adição destes destinos, a rede da Avianca Holdings se amplia para chegar a uma porcentagem importante do território brasileiro”, completa o texto. A Avianca Airlines está reunindo esforços para esclarecer ao mercado que não é a é afetada pela recuperação judicial da Avianca Brasil. A companhia colombiana atua no País de forma direta há décadas. Atualmente, a empresa oferece seis voos diários realizados a partir de Lima e Bogotá para três destinos brasileiros: Porto Alegre, Rio de Janeiro e São Paulo, uma oferta de 1,2 mil assentos por dia no País. “O Brasil é extremamente importante para a estratégia da holding como mercado. Apenas em 2018 transportamos mais de 600 mil passageiros de e para o País, e isto representou fatores de ocupação superiores a 80% em todas as rotas”, disse o diretor geral da Avianca para Peru, Equador e Brasil, Nissim Jabiles. “A relevância do mercado para a rede de rotas da Avianca nos levou a concretizar estes acordos interline que nos permitirão oferecer maiores opções de conexão para os nossos passageiros”.n
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Gente
Trend 27 anos
A equipe da Trend assoprou 27 velinhas na terça-feira, 23 de julho. O diretor geral da empresa, Maurício Favoretto, convocou os principais executivos de Vendas, gerentes regionais e diretores da empresa e da CVC Corp para celebrar a data. Na sequência, Favoretto, acompanhado do CEO da CVC Corp, Luiz Fernando Fogaça, percorreu os andares do prédio (o mesmo da RexturAdvance) onde está instalada a sede da empresa, com mais de 500 colaboradores. Após as visitas internas, os executivos da Trend iniciaram um blitz em dezenas de agências de viagens, de todos os nichos de atuação e portes. Ao todo, mais de 50 empresas foram visitadas em todo o Brasil, em sinal de gratidão pela parceria. “Faz parte do DNA Trend levar aos agentes de viagens vantagens, benefícios e o melhor atendimento” afirma Favoretto. “A ideia é estarmos pessoalmente nas agências, atuando como consultores, ouvindo as necessidades de nossos clientes e estreitando ainda mais o nosso relacionamento.” Ele, que chegou há sete meses, falou do desafio de dirigir uma empresa como a Trend. "É uma história de sucesso no Turismo, já bastante consolidada. Cheguei para participar dos novos capítulos e seguir no caminho certo. Nesse período investimos em melhorias no relacionamento com o agente de viagens e reforçamos nossa equipe, além de otimização de processos e TI. No segundo semestre, nosso foco estará em melhorias no nosso CRM. Tudo isso pensando em melhorar o suporte e o atendimento que prestamos ao agente." n
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Geroncio Junior, da Trend, Luiz Fernando Fogaça, da CVC Corp, Ana Kuba, Roberto Araujo, Maurício Favoretto e Noah Britto, da Trend, Fábio Cardoso, da VHC, e Cristiane Jayme, da Trend
Sylvio Ferraz e Fábio Mader, da CVC Corp, Maurício Favoretto, da Trend, Luiz Fernando Fogaça e Claiton Armelin, da CVC Corp
Luiz Fernando Fogaça, CEO da CVC Corp, e Maurício Favoretto, diretor geral da Trend
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Promovida
A Best Western International anunciou a promoção da executiva Karen Schmidt, que agora assume a posição de associate diretor (diretora associada). Ela ingressou na Best Western International em 2013 e atuou nas funções de gerente de Vendas e, mais recentemente, head of Sales Latam. “Esta promoção reconhece as contribuições que Karen Schmidt fez para a Best Western International durante seu tempo na organização e entrou em vigor esse mês. Por favor, junte-se a nós para parabenizar Karen Schmidt ao assumir essas novas responsabilidades”, disse o diretor global de Vendas, Matt Teixeira, diretamente da sede da BW, no Arizona. Os resultados de Vendas e o empenho da executiva no escritório do Brasil fo-
+Lidas Gente Karen Schmidt, na Best Western desde 2013
1 Veja os promovidos e contratados da semana no Turismo
2 Ex-Avianca Brasil é o novo executivo de Contas da RexturAdvance
3 Primetour, Agaxtur e Alltour estão contratando; veja vagas
4 Karen Schmidt é promovida a diretora na Best Western
5 Slaviero Hotéis promove novo gerente de Marketing
ram determinantes para sua promoção. A Best Western passa por um grande processo de transformação e investimentos, incluindo de novas marcas às aquisições, como da Worldhotels, e o escritório do Brasil/América Latina tem sido decisivo para o crescimento das vendas e melhora do posicionamento na região. n
Fonte: Portal PANROTAS
Recolocado
Erik Santana é mais um ex-funcionário da Avianca Brasil recolocado no mercado. Ele foi contratado pela RexturAdvance e anunciado como novo executivo de Contas São Paulo da empresa. Na consolidadora, Santana responderá diretamente ao gerente regional de Vendas Fernando Lermi. Além da Avianca Brasil, o novo contratado da RexturAdvance acumula passagens pela hoteleira Hplus e Latam. O contato de Santana na RexturAdvance é erik.santana@rexturadvance.com.br. n
Movimentação
O mês de julho foi bem movimentado na GJP Hotels e Resorts. Marcos Pessuto, que vinha atuando como gerente de Vendas da rede, foi para a CVC Corp, onde foi contratado como gerente de Produto Sul. O executivo já teve passagem anterior na companhia e iniciou sua nova jornada na equipe de Paula Rorato, gerente executiva de Produto Terrestre Nacional Sul e Centro-Oeste, em substituição a Fernando Del Cistia. Já a GJP substituiu Pessuto com o ex-Costa do Sauípe e Mabu Ricardo Dias Barreira, novo gerente nacional de Ricardo Dias Barreira, novo gerente Vendas. Além dele, a rede hoteleinacional de Vendas da GJP ra contratou Milrelle Teixeira como nova gerente de Contas para o segmento corporativo em São Paulo. Anote os contatos dos recém-chegados: Ricardo Barreiras: (11) 98964-5117 / ricardo.dias@gjphotels.com; Milrelle Teixeira: (11) 96484-8474 / milrelle.teixeira@gjphotels.com n Erik Santana, agora na RexturAdvance
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+Lidas Pancorp 1 Viagens corporativas: Gol em 1º; Azul em 2º; Latam em 3º
2 Gestão de viagens: tecnologia e
tato humano andam lado a lado
3 Smiles fecha parceria com Air Europa e Taag; saiba mais
4 Accor tem o dobro de share da Atlantica nas vendas Abracorp
5 No Top 10, apenas Latam, United e Copa crescem em vendas Abracorp Fonte: Pancorp
Mateus Passos, da Tour House, entre Gleise de Carvalho, Ana Donato, Juliana Aranega e Sandra Veloso, da Imaginadora
Carlos Prado, presidente da Tour House
Pancorp
Unindo expertises
Beatrice Teizen
De um lado, a expertise de uma empresa que cria conteúdo, design e curadoria para eventos. De outro, a experiência de um grupo que cuida de toda a parte de gestão, logística e processos. Dessa junção nasceu a parceria entre a Imaginadora e a Tour House, que passarão a oferecer eventos não só para o trade turístico – especialidade da boutique –, mas para diversos outros segmentos, que a TMC já atende. “Na prática, esta parceria vai funcionar como uma complementariedade de ambas as empresas. Vamos unir forças para prospectar e alcançar novos negócios. Um faz a letra e o outro faz a música”, afirma a CEO da Imaginadora, Ana Donato. A aliança oferecerá também ao mercado uma solução One Stop Shop, com a qual o cliente poderá tratar tudo de um evento em uma única plataforma e entender todo o processo em sua essência. Nela, é possível trabalhar na negociação e contratação de fornecedores de forma coordenada, além de saber que se está trabalhando dentro do budget estipulado. “Com a ferramenta, teremos uma única empresa entregando todas as necessidades ao cliente para não ter vários outros fornecedores. Assim, é possível ver o máximo de esforço, o máximo de resultado daquele evento para empresa”, comenta o presidente da Tour House, Carlos Prado. A TMC conta com um departamento de inteligência que gera dados úteis para a otimização na gestão de eventos e viagens de incentivo. Com eles, é possível entender qual o prazo ideal de antecedência para emissão de passagens com as melhores tarifas, além de analisar tendências de destinos para Mice, entre outras funções. “Com a nossa big data e indexação de dados conseguimos fazer a jornada completa para o cliente, podendo cravar qual o melhor momento para aproveitar tarifa para um grupo a ser transportado. E isso está ligado à época do ano, de onde vem a maioria dos participantes do evento... Assim, conseguimos mostrar qual o melhor cenário e comportamento para alcançar o melhor objetivo”, conta o CEO da Tour House Eventos, Mateus Passos. O que as duas companhias querem é estar 100% na geração de resultado de um evento, trabalhando com criatividade e inteligência. “Olhar para uma empresa que você admira, entender que você não faz o que ela faz, mas ter a sabedoria e a humildade de saber que juntos é possível crescer e melhorar. Por isso nos unimos”, conta Ana. A aliança estratégica vai oferecer: conceituação, criação e produção de eventos e incentivos, identidade visual e cenografia, curadoria de evento, meeting design, seleção de palestrantes, direção técnica e artística, gestão de logística aérea e terrestre, gestão financeira e mais.n
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Infográfico
#ORGULHO NOTRABALHO No Brasil, metade dos profissionais LGBTQ já assumiu sua orientação sexual no ambiente de trabalho. Pela campanha #ProudAtWork, o Linkedin entrevistou mais de mil brasileiros, entre héteros e LGBTQs, e mostrou que:
ENTRE OS LGBTQS, » 50% são declaradamente assumidos no trabalho » 25% já contaram a alguns de seus colegas sobre sua orientação sexual » 25% ainda não falaram a ninguém
ENTRE OS HETEROSSEXUAIS, » 58% sabem de algum colega de trabalho LGBTQ, independentemente da pessoa ter lhe contado ou ter descoberto de outra maneira
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PRINCIPAIS FATORES INDICADOS POR QUEM NÃO REVELA ABERTAMENTE A ORIENTAÇÃO SEXUAL: » não ver necessidade (51%) » não gostar de falar sobre a vida pessoal
(37%)
» ninguém saber sobre a orientação sexual dentro e fora do trabalho (32%) » medo de represália por parte dos colegas
(22%)
SOBRE DISCRIMINAÇÃO NO AMBIENTE DE TRABALHO: » 35% dos LGBTQs afirmaram já ter sofrido, velada ou diretamente. Desses, 12% afirmaram que o preconceito veio de líderes ou gestores » 33% dos héteros entrevistados afirmaram ter presenciado preconceito com colegas LGBTQs, dos quais 17% nos últimos seis meses, 8% no último ano e 8% há mais de um ano
LIDERANÇA » 13% dos LGBTQs ocupam ou ocuparam um cargo de diretoria ou C-Level » 15% ocupam ou ocuparam cargos de coordenação e gestão » 54% cargos de entrada (analistas, assistentes ou estagiários)
Fonte: Linkedin
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Especial LGBTRAVEL Marcos Martins
NEGÓCIOS NO FIM DO
ARCO– A diversidade na indústria de Viagens e Turismo deixou de ser uma escolha e agora é uma nova oportunidade de negócios (dentro e fora das empresas). Considerados valiosos e com alto poder aquisitivo, os viajantes da comunidade LGBTQ gastaram mais de US$ 218 bilhões no ano passado, em todo o mundo, de acordo com a consultoria Out Now. O Brasil é o segundo maior mercado LGBTQ do mundo, somando US$ 26,8 bilhões em despesas com viagens domésticas e internacionais, acomodação, refeições e outros serviços turísticos, atrás apenas dos Estados Unidos, com US$ 63,1 bilhões em gastos. Quem apostar seriamente neste mercado terá a chance de ampliar as suas receitas em terreno quase inexplorado, pois há carência empresas do Turismo brasileiro investindo pesado neste segmento, com poucas exceções.
Turismo LGBTQ é um nicho a ser explorado na indústria de viagens
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Crédito: Anna Biasoli
–ÍRIS 1º Estados Unidos (US$ 63,1 bilhões) 2º Brasil (US$ 26,8 bilhões) 3º Japão (US$ 20,7 bilhões) 4º Alemanha (US$ 13,8 bilhões) 5º Reino Unido (US$ 11,7 bilhões) 6º França (US$ 11,4 bilhões) 7º México (US$ 11,4 bilhões) 8º Itália (US$ 9 bilhões) 9º Canadá (US$ 7,1 bilhões) 10º Espanha (US$ 7 bilhões)
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De maneira mais ampla, o poder total de compra dos LGBTQs há três anos era de US$ 1 trilhão, segundo um estudo do aplicativo Hornet com a Kantar Consulting. Apenas nos Estados Unidos, estima-se que há 32 milhões de americanos identificados como público LGBTQ, o equivalente a 13% da população total. Esse número deve alcançar hoje cifras ainda maiores, considerando que ao longo dos anos a sexualidade deixa de ser um tabu e as pessoas estão assumindo quem realmente são. Na divisão por gerações, o Hornet aponta que a maior parcela entre os que se identificam como LGBTQ está entre os centennials (nascidos após 1997), com 31%. Depois 20% dos millennials (entre 1979 e 1996) pesquisados, 13% da geração X (entre 1960 ao final dos anos 1970) e 8% de boomers (nascidos depois da Segunda Guerra Mundial, a partir de 1946), que se identificam como LGBTQ. Esses índices revelam que as novas gerações estão “saindo do armário” com maior convicção, um reflexo do avanço das leis antidiscriminação e aumento da representatividade. E também do que é mais relevante para eles em suas vidas. Comparando com o mesmo cenário de dez anos atrás, agora é muito mais notável a presença de gays e lésbicas na publicidade, televisão, cinema e em cargos de liderança em grandes corporações, mas ainda há uma grande lacuna.
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POR ONDE COMEÇAR Mesmo que a sua empresa não tenha um produto específico para a comunidade LGBTQ, o ponto básico é a comunicação. Se todo o seu conteúdo for voltado para heterossexuais, é preciso repensar a estrutura. “Homem e mulher, noivo e noiva, dele e dela? Devemos garantir que essa linguagem não seja limitada, utilizando não apenas fotos de casais do sexo oposto em plataformas digitais e materiais impressos”, sugere o especialista em Estratégia LGBTQ, Marketing e Treinamento da Hospitable Me, Ed Salvato. “As empresas estão se tornando sofisticadas em marketing, mas ocorre uma falha de comunicação com as equipes que atendem diretamente aos clientes. Por exemplo, o seu funcionário saberá lidar com um casal de mulheres em que uma é mais masculina que a outra? Introduzir uma linguagem neutra, que contemple ambos os gêneros, é a melhor prática.” Vale lembrar recente pesquisa divulgada pelo Instituto Locomotiva no Portal PANROTAS em que representantes de minorias como mulheres, maiores de 50 anos, LGBTQ e negros não se sentem representados na publicidade e com os valores das empresas que estão anunciando.
PERFIL DO VIAJANTE Os membros da comunidade LGBTQ realizaram, em média, 3,1 viagens de lazer e 1,5 a negócios no ano passado, com pelo menos quatro voos de ida e volta e 11,6 noites pagas em hospedagem, segundo o 23º Annual LGBTQ Tourism & Hospitality Survey, realizado pela norteamericana CMI (Community Marketing & Insights). Esses viajantes tendem a gastar de maneira equilibrada, sendo que a maioria (33%) define suas despesas como moderadas, com um pouco de luxo, e o menor índice corresponde aos que se consideram viajantes de puro luxo (4%). Os principais motivos de viagem são bem-estar (54%), busca pela gastronomia e experiência como um morador local (49%), explorar as belezas naturais (42%), além de visitar as atrações mais tradicionais de cada região e endereços históricos, como museus e obras arquitetônicas (41%). As prioridades nos gastos são localização e qualidade do hotel, refeições em restaurantes e ingressos para as principais atrações. No entanto, é importante entender que os membros da sigla LGBTQ não têm as mesmas preferências. Na comparação entre gêneros, as mulheres preferem atividades de natureza, já os homens gostam mais de vida noturna.
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Crédito: Divulgação
Cada viajante tem as suas particularidades
Ed Salvato, da Hospitable Me
HÁBITOS DE VIAGEM Entre os participantes da pesquisa que fizeram pelo menos um voo no ano passado, a grande maioria é membro de, no mínimo, um programa de fidelidade, sendo que 69% são membros de mais de um e 45% estão em três ou mais. Em relação aos cruzeiros, apenas 21% fizeram um roteiro dedicado integralmente a LGBTQs e 10% viajaram com grupos da comunidade, sendo que 72% realizaram viagens “convencionais”. Esse dado reforça que a maioria da comunidade quer viajar da mesma maneira que qualquer outro turista, sem segregação, e com respeito. 31 de julho a 6 de agosto de 2019 – PANROTAS
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ESTILO DE DESTINO PREFERIDO
66% grandes cidades/ centros urbanos
43% 37% com resort de atrações praia/ históricas atividades ao ar livre ou aventura
36% destino famoso entre LGBTQs
26% 22% clima resort de quente montanha para fugir do frio
18% destino de ilha
11% com parque temático
Na mobilidade urbana, a preferência é pelos aplicativos de transporte compartilhado como o Uber (67%), à frente do aluguel de carros (56%), transporte público (50%), táxi (37%) e transfers de aeroportos (32%). Sobre a hospedagem, a maioria opta por reservas nos sites dos hotéis (69%) e OTAs (48%), mas os serviços alternativos, incluindo o Airbnb, aparecem logo atrás (38%).
Eventos são uma experiência a mais na viagem
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MELHORES DESTINOS DE LUA DE MEL
FATORES DECISIVOS 84% preferem
1º - Canadá
destinos que tenham
2º - Nova Zelândia
leis antidiscriminação
3º - Austrália
de orientação sexual
4º - Suíça
80% não viajam para
5º - Irlanda
regiões que tratam
6º - França
mal a comunidade
7º - Grécia
LGBTQ
8º - Finlândia
75% viajam para
9º - Estados Unidos
destinos que tenham
10º - Itália
leis antidiscriminação sobre identidade de
Fonte: The Latin America Travel Company
gênero Crédito: Juliette F.
52% viajam para um destino não amigável, desde que se sintam seguros 46% escolhem apenas destinos LGBTQ conhecidos Fonte: Community Marketing & Insights
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AULA DE NEGÓCIOS Para impulsionar esta parcela de mercado que ainda não recebe a atenção que merece, aconteceu entre 18 e 20 de junho a segunda edição da Proud Experiences, do portfólio da Reed Travel Exhibitions, no 1 Hotel Brooklyn Bridge, de Nova York, nos Estados Unidos. Mais de 250 profissionais da indústria de viagens, de 31 países, participaram de cerca de três mil reuniões. O evento cresceu 57% em relação à primeira edição, realizada em Londres, e a lista de expositores já estava fechada três meses antes da realização, com 94 buyers de dez países de Europa, América Latina e América do Norte. A lista de expositores incluiu redes hoteleiras e destinos como Portugal, Mônaco, Tailândia e Espanha. “Trouxemos pessoas diferentes e abordamos o motivo de o mercado LGBTQ ser tão importante. O segmento está crescendo muito e, quem não souber das diferenças e de como tratá-lo, vai perder essa oportunidade. Quase metade dos viajantes preferem apoiar uma marca que os dá visibilidade, recomendando também essas empresas aos seus amigos. É uma tendência em países do mundo inteiro”, afirma o diretor do evento, Simon Mayle, também responsável pelas feiras de luxo ILTM Latin America e ILTM North America. Em paralelo às reuniões, o evento contou com 28 palestrantes, que abordaram a representatividade em orientação sexual, identidade de gênero e tipos de família. “Há um crescimento atual e que ainda está por vir, já que no futuro um terço dos nossos clientes será formado por membros LGBTQ.” 22 16 a 30.indd 22
Fred Dixon, da NYC & Company, e Simon Mayle, da Proud Experiences
E a cidade de Nova York receberá mais uma vez a Proud Experiences em 2020, mantendo também como sede o 1 Hotel Brooklyn Bridge. O segmento é responsável por um número significativo de visitantes no destino. “Os viajantes LGBTQ+ representam 10% do total de turistas de Nova York, somando quase sete milhões por ano”, revela o presidente e CEO da NYC & Company, Fred Dixon.
Evento foi palco de três mil reuniões
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DICAS PRÁTICAS
Executivos de hotéis e destinos que participaram da Proud Experiences reúnem dicas valiosas para quem deseja entrar neste segmento
ACCOR A adaptação é uma palavra-chave para o vice-presidente sênior de Marketing Global da Accor, Rick Harvey. “O trabalho deve começar desde o recrutamento e, depois, ensinando uma mentalidade com valores corretos, de maneira que todos pensem de maneira mais aberta. Falamos desde o básico, sobre respeito à orientação sexual, identidade de gênero e outros temas. É preciso reconhecer as diferenças e receber bem a todos.”
ARGENTINA A mensagem da Câmara de Comércio Gay Lésbica Argentina (CCGLAR) é que a comunidade é tão diversa quanto a população em geral. “É preciso saber em que aspectos o seu destino é forte para promovê-lo, sem modificar a essência dos lugares. Se a ideia é inventar um tipo de entretenimento gay ou lésbico incoerente, o projeto vai fracassar. Buenos Aires, São Paulo e Bogotá, por exemplo, são grandes centros urbanos, que atraem jovens, adultos, pessoas não-binárias, transgêneros... Bariloche é uma região ideal para quem deseja esquiar e, Mendoza, para os amantes de vinho e gastronomia. Temos que captar o que há de melhor em cada destino”, explica o presidente da entidade, Pablo de Luca.
ESPANHA Ao oferecer um produto, cada empresa deve levar em conta o perfil individual dos viajantes, mesmo que eles estejam dentro da mesma comunidade. “Nesse sentido, há quem queira ficar apenas em ambientes dedicados à comunidade, mas a maioria deseja fazer Turismo de maneira geral, visitando os pontos famosos e atrações. Os viajantes não desejam um tratamento especial, mas querem ser tratados de maneira igual a todos”, destaca a executiva de Relações Comerciais do Escritório de Turismo da Espanha, Dolores Mazzara.
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Rick Harvey, da Accor
Pablo de Luca e Gustavo Noguera, da CCGLAR e Argentina Tourist Board
Dolores Mazzara, do Escritório de Turismo da Espanha
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HYATT Tudo começa pelas boas atitudes e empatia, segundo a rede. “É preciso se manter em aprendizado constante sobre quais práticas são mais inclusivas, pois a diversidade é sempre benéfica. Essas atitudes vão desde a disponibilidade de banheiros unissex a expor o símbolo da comunidade com as cores do arco-íris. Devemos ser tolerantes para entender a história das pessoas, que não são apenas clientes e hóspedes”, argumenta o vice-presidente global de Diversidade e Inclusão da Hyatt Corporation, Tyronne Stoudemire.
MINOR HOTELS A sugestão do grupo é um treinamento geral. “Devemos capacitar não apenas a equipe de Vendas, mas todo operacional dos hotéis, desde quem carrega as malas a quem faz o atendimento. O objetivo é oferecer o mesmo serviço aos casais do mesmo sexo que estão sozinhos ou em família, sem nenhum tipo de discriminação. Em casos específicos, a reserva de um casal homossexual pode ser interpretada erroneamente com aqueles questionamentos se a cama é realmente de casal ou duas de solteiro, que do meu ponto de vista são os piores”, avalia o diretor global de Vendas para a América do Norte da Minor Hotels, Leandro Cruz.
MÔNACO Um segmento de aposta para comunidade é o luxo, caso o destino tenha esse perfil, como o Principado de Mônaco. Vale a pena investir em produtos personalizados e, ao mesmo tempo únicos, segundo a executiva sênior de Marketing e Vendas de Lazer do Visit Monaco, Maria Tuttocuore. A exclusividade é o ponto central para quem deseja oferecer esse produto. “Não somos conhecidos por ter bares gays ou paradas, mas por outro lado investimos na experiência de glamour, que é o nosso diferencial.”
Tyronne Stoudemire e Tristan Dowell, da Hyatt
Leandro Cruz, da Minor
Maria Tuttocuore, do Visit Monaco
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NOVA YORK A sensibilização é um fator principal na estratégia do Turismo de Nova York, que serve de referência. “É necessário aprender a trabalhar com a comunidade LGBTQ, levando em consideração as particularidades do segmento e o que esse mercado significa para o destino em impacto de visitantes, sempre mostrando respeito a todos. Além disso, cada destino tem que mostrar o que tem de melhor para a comunidade, se posicionando como LGBTQ-friendly”, ressalta o vice-presidente executivo de Comunicações Globais da NYC & Company, Chris Heywood
PINK PILLOW BERLIM Unir as forças é um exemplo bem-sucedido da Pink Pillow Collection, resultado de uma parceria entre o Visit Berlin e mais de 60 hotéis do destino alemão. Todos os hotéis do portfólio assinaram um compromisso para garantir que os hóspedes sejam tratados com a mesma cortesia, dignidade e respeito, independente de orientação sexual, identidade de gênero, raça ou nacionalidade. “Essa é uma sugestão para outros destinos ao redor do mundo. Pensamos que não deveríamos ser apenas amigáveis, mas também oferecer algum retorno à cidade”, comenta o gerente geral do Mercure Berlin City, Philip Ibrahim, que faz parte da Pink Pillow.
PORTUGAL Para o Turismo de Portugal, a segurança é um dos principais aspectos que um destino deve se preocupar. “No nosso caso, a segurança é o detalhe número um, de maneira que todos relaxem e aproveitem melhor a sua viagem. O mais importante não é dizer que somos LGBT-friendly, mas devemos integrar a todos como um só, sem discriminação, e esta deve ser uma visão mundial. O Turismo LGBT abre portas e valoriza o destino. Todos aprendem juntos”, comenta a gerente de Produto do Visit Portugal, Rita Febrer.
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Chris Heywood e Fred Dixon, da NYC & Company
Philip Ibrahim, do Mercure Berlin City
Rita Febrer, do Visit Portugal
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REINO UNIDO As paradas são uma das principais cartas na manga do Reino Unido para atrair mais viajantes LGBTQ todos os anos, com divulgação forte em campanhas com a Love is Great, do Visit Britain, incluindo destinos como Londres, Manchester e Brighton. Outra dica é fechar parceria com operadoras para desenvolver produtos e experiências mais exclusivas, assim como o órgão fez com a AC Luxe, do AC Group. “Mostramos o quanto o país é diverso e apoia também os festivais que acontecem fora dos destinos mais populares”, diz a gerente de Desenvolvimento de Produtos e Distribuição do Visit Britain, Tara Didi.
TAILÂNDIA Organizar a casa é a dica do gerente de Marketing do escritório do Turismo da Tailândia em Nova York, Steve Johnson. “Para receber os viajantes LGBTQ, é preciso também educar a própria população a tratar todos com igualdade, o que vai além da própria indústria. Retirando esse aspecto, os órgãos de Turismo devem incentivar também a criação de experiências únicas e uma boa oportunidade é o segmento de casamentos e também as viagens de lua de mel, que hoje se tornaram uma das grandes tendências.”
VIENA As empresas de Turismo devem disponibilizar informações sobre atividades e destinos de maneira fácil e acessível, além de realizar publicações frequentes nas redes sociais, de acordo com o gestor de Mercado do Vienna Tourist Board, Thomas Bachinger. “Vale a pena criar uma programação para o ano inteiro e sugerir roteiros. No nosso caso, além de programas tradicionais, oferecemos até mesmo tours guiados com drag queen para atrair visitantes.”
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Siobhan Harrison, da AC Luxe, com Tara Didi, do Visit Britain
Steve Johnson, do Turismo da Tailândia
Thomas Bachinger, do Vienna Tourist Board
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Entrevista - Especial LGBTRAVEL Marcos Martins Crédito: Rachel Covello/OUTCOAST Photography
John Tanzella, presidente e CEO da IGLTA
PANROTAS — O que o segmento precisa para crescer? TANZELLA — Mais empresas de Turismo devem fornecer treinamento sobre diversidade a suas equipes, para que todos os viajantes sejam considerados importantes e tratados de forma igual. São necessárias mais pesquisas sobre viagens LGBTQ, pois esses materiais ajudam a educar a indústria e a demonstrar o impacto social e econômico da nossa comunidade. PANROTAS — Como a IGLTA avalia o Brasil enquanto destino para o público LGBTQ? TANZELLA — O Brasil tem muito a oferecer aos viajantes LGBTQ, das praias do Rio de Janeiro e atividades urbanas de São Paulo às aventuras da Amazônia. Também tem uma história e entretenimento cultural tão diversificada, além de excelente gastronomia. O País tem se saído bem, mas ainda há um grande potencial para aumentar o Turismo LGBTQ fora das grandes cidades. PANROTAS — Como as questões políticas interferem no desenvolvimento deste nicho? TANZELLA — É uma situação difícil e complexa. Alguns viajantes podem optar por não visitar lugares devido às leis homofóbicas ou retórica dos líderes do governo, e muitos outros não permitirão que questões políticas influenciem suas decisões de viagem. Os políticos vêm e vão. Encorajamos os membros de nossa comunidade a estarem atentos às leis e normas culturais, mas continuando a explorar o mundo.
PANROTAS — Como a IGLTA está posicionada hoje? JOHN TANZELLA — Somos a única associação global dedicada a promover opções de acolhimento para viajantes LGBTQ e os membros podem ser encontrados em, aproximadamente, 80 países. Também servimos como um recurso valioso para os profissionais do Turismo aprenderem mais sobre o mercado e realizarem conexões entre si para ampliar os negócios. PANROTAS — Quais destinos são referências? TANZELLA — Escritórios de Turismo que são vistos como líderes incluem Nova York, Reino Unido, Tailândia, Los Angeles, Espanha e Suécia. O Brasil e a Argentina estão no topo da América Latina, mas a Colômbia e o México estão aumentando seus esforços. Observamos também um aumento no envolvimento de Israel, Itália e Japão nos últimos anos. Outros destinos, que não são centros urbanos ou lugares tradicionalmente associados ao Turismo LGBTQ, mas também se destacam, são Galena (Illinois), Guam (Ilha do Pacífico) e Juiz de Fora (Brasil). 30 16 a 30.indd 30
PANROTAS — Como as agências e operadoras podem entrar nesse segmento? TANZELLA — Nós os incentivamos a ingressar na IGLTA, participar de nossas convenções e eventos de capacitação, além de conhecer fornecedores LGBTQ de todo o mundo, tendo o nosso website como referência (iglta.org/research). Sugerimos uma interação com a comunidade empresarial local e suporte a eventos em suas cidades de origem. PANROTAS — Quais dicas você dá para os profissionais aprenderem mais? TANZELLA — Leia a cobertura sobre viagens em mídias especializadas e estude as leis que afetam os viajantes LGBTQ em todo o mundo. Outra associação, a ILGA (International Lesbian, Gay, Bisexual, Trans And Intersex Association), produz mapas com informações de país por país. E o Buyer/Supplier Marketplace, na Convenção Global Anual da IGLTA, oferece aos agentes acesso a reuniões individuais com fornecedores, mas também o registro da conferência que cobre todas as nossas sessões educacionais e hotel. Nossa próxima conferência será em Milão, na Itália, de 6 a 9 de maio de 2020.
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Destinos - Especial LGBTRAVEL Marcos Martins
FLÓRIDA
CONVIDATIVA Destinos do Estado norte-americano mostram o que outras regiões podem fazer para entrarem na lista de desejos do público LGBTQ
Dan Rios, do Greater Miami CVB
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APOSTA NA VARIEDADE Para atrair mais viajantes, Miami investe pesado em programação que não deixa a cidade ficar parada em nenhum momento. Segundo o diretor de Marketing LGBTQ do Greater Miami Convention and Visitors Bureau (GMCVB), Dan Rios, o agito começa desde janeiro. Entre os principais eventos anuais, acontecerão ainda este ano o Aqua Girl e o Celebrate Orgullo, em outubro, além da White Party, em novembro. “Os turistas buscam diferentes experiências ao mesmo tempo e um dos motivos para visitar Miami é que oferecemos a combinação de praia e cidade, além de uma grande quantidade de eventos e festivais, não apenas em época de verão.” Sobre roteiros, a dica do executivo do Greater Miami CVB é começar na cidade pelo básico, tendo como ponto de partida a tradicional South Beach. “Depois de visitar a praia e os clubes noturnos, vale a pena explorar mais regiões como Little Havana, Brickell e Wynwood. É importante destacar que o viajante LGBTQ estará seguro da mesma maneira que qualquer outro viajante”, pontua.
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CASE BEM-SUCEDIDO Fort Lauderdale é uma das referências turísticas em relação ao respeito e incentivo da diversidade, mas o que torna o destino especial? Segundo a presidente e CEO da Greater Fort Lauderdale CVB, Stacy Ritter, o segredo é cuidar do turista. “A segurança sempre foi uma preocupação, mas os viajantes também querem se sentir cortejados. Por exemplo, há quase quatro anos lançamos um estudo de caso para viajantes transexuais, algo histórico, e integramos nossas campanhas de marketing para os diferentes públicos-alvo. Aqui todos são livres para serem quem são.” Já o vice-presidente sênior de Diversidade e Inclusão do GFLCVB, Richard Gray, destaca que boa parte desses viajantes gosta de se engajar com a comunidade local. “Temos uma cena LGBTQ próspera, então todos podem se integrar facilmente. Assim como muitos viajantes heterossexuais, há LGBTQs que desejam uma experiência mais autêntica quando viajam, com opções fora do comum, sentindo-se como locais.”
José Ramirez, do Visit St./ Pete Clearwater
Richard Gray, do Greater Fort Lauderdale CVB
BENEFÍCIOS DA INCLUSÃO St. Pete/Clearwater considera a sua abertura ao segmento LGBTQ como um dos principais motivos da alta no número de visitantes, tanto é que, entre as ações, patrocina a Parada LGBTQ da região, considerada uma das maiores da Flórida. “Nossa área é muito aberta, segura e inclusiva. Todos os visitantes podem caminhar a qualquer hora e sem nenhuma preocupação, pois toda a indústria se esforça para que todos se sintam bem-vindos. Os agentes de viagens e operadores podem vender o destino sem nenhuma preocupação, desde pacotes de três noites ou combinando-o com parques temáticos”, recomenda o gerente de Vendas para a América Latina do Visit St. Pete/Clearwater, José Ramirez. “Há espaço para todos os gostos, orçamentos e tipos de famílias, que têm muitas opções na nossa rede hoteleira, incluindo marcas conhecidas, hotéis butique, endereços históricos e ótimas propriedades no Airbnb. Temos ainda uma excelente gastronomia, cultura e 56 quilômetros de premiadas praias de areia branca.”
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Eventos - Especial LGBTRAVEL Marcos Martins
ENCONTRO MARCADO A terceira edição da Conferência Internacional da Diversidade e Turismo LGBT acontecerá entre os dias 25 e 28 de agosto no complexo Praça das Artes, em São Paulo, promovida pela Câmara de Comércio e Turismo LGBT do Brasil. O evento é destinado às empresas, entidades, poder público e pessoas que têm interesse em debater e pensar a diversidade em várias vertentes. A Espanha é o destino internacional convidado e a cidade de São Paulo é o destino nacional. A PANROTAS é media partner da conferência pelo segundo ano. A abertura acontecerá no dia 25 e os dias seguintes serão dedicados ao Turismo (26), empresas comprometidas com a diversidade (27) e cultura (28). Em seguida, 30 convidados internacionais, jornalistas e personalidades vão participar de uma press trip em São Paulo. Além disso, de 25 de agosto a 1º de setembro haverá uma exposição no Museu da Diversidade na Praça das Artes. “A conferência de 2019 será uma plataforma para alavancar negócios das empresas amigas da diversidade, cadeia produtiva do Turismo LGBTI+, profissionais da cultura comprometidos com projetos focados na diversidade e para os parceiros e patrocinadores. A conferência, bem como a Câmara, são terrenos férteis para possibilidades reais de negócios, por meio de networking e debates”, explica o presidente da entidade, Ricardo Gomes. 34 34.indd 34
Entre os palestrantes confirmados estão Merryn Johns, editora-chefe da The Curve (revista voltada para lésbicas), Dana Piccoli, consultora de marketing da operadora Olivia Travel, a militante Mag Cale e o príncipe gay indiano Manvendra Singh Gohil. “É necessário uma mudança de comportamento, já iniciada, mas temos que incentivar as empresas, destinos e entidades a buscar mais informação sobre o quão grande e rentável é este nicho de mercado e de como ele pode impulsionar o Turismo no Brasil.” Saiba mais e inscreva-se em www.sympla.com.br E-mail: darlan@camaralgbt.com.br. Ricardo Gomes, da Câmara LGBT
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Perfil - Especial LGBTRAVEL Marcos Martins
VOZES DA DIVERSIDADE Mesmo com os avanços sociais já alcançados, assumir a orientação sexual publicamente ainda é um desafio para várias pessoas, ainda mais no ambiente de trabalho. Uma pesquisa do Linkedin revelou que as principais justificativas de quem “fica no armário” são a “falta de necessidade” e “não gostar de falar sobre a vida pessoal”, mas também existe um “medo de sofrer represália de colegas”. Por outro lado, um terço dos profissionais assumidos já sofreram discriminação velada ou direta, principalmente com piadas e comentários homofóbicos. Esse não é um problema para a diretora da TI Comunicações, Tati Isler, que é mulher de Julia Casali e prefere não se rotular. “Sou apenas um ser humano como qualquer outro. Em ambiente de trabalho nunca passei por alguma experiência negativa e sempre encarei minha vida amorosa com muita naturalidade, sendo aberta e transparente. Não separo minha vida pessoal do profissional, pois é tudo uma coisa só”, explica Tati. “Se você tem preconceito consigo mesmo, se esconde e tem medo de quem você é, o mundo reflete essa energia. Agora se você é tranquilo e confortável, o mundo devolve a 36 36 e 37.indd 36
Tati Isler e Julia Casali têm blog juntas na PANROTAS
tranquilidade. Eu sempre assumi essa postura há muitos anos, quando nem se discutia o tema abertamente, e fui bem aceita até nos ambientes mais caretas e héteros. Sempre me convidavam para eventos sociais e estendiam o convite para minha companheira.” Tati e Julia escrevem para o blog O Mundo por Elas, do Portal PANROTAS, e compartilham as suas experiências a dois. “Sobre preconceito ou discriminação, não lembro de nada
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sério em viagens. Existe, sim, um desconforto, algumas vezes de casais héteros, à nossa volta, mas é raro. Acontecem coisas como, na hora de liberar o quarto, checarem duas vezes se é cama de casal mesmo. Porém, nada que tenha nos incomodado. Existe preconceito e ignorância em todo lugar. A capacidade do ser humano de enxergar todos como iguais precisa avançar.” A executiva da TI Comunicações que, entre os seus clientes, representa o Turismo da África do Sul, argumenta que uma das ações para melhorar a diversidade no ambiente de trabalho é enxergar tudo fora da caixa. “As empresas devem representar a sociedade no seu quadro de funcionários, pois a diversidade é rica, gera alegria e bons resultados. Abram seus horizontes. E quem é funcionário LGBTQ deve sentir orgulho, se respeitar e tratar bem a todos, começando por si mesmo.”
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Príncipe indiano Manvendra Singh Gohil
EXEMPLO HUMANITÁRIO O que acontece quando um príncipe assume que é gay e recebe um aviso da sua família de que será deserdado? Esse é o caso de Manvendra Singh Gohil, indiano que rompeu com protocolos de uma dinastia de 650 anos. “O maior desafio foi enfrentar a população intolerante de um lugar que, por coincidência, tem a enciclopédia sexual mais antiga, o Kamasutra, e templos centenários onde estátuas e esculturas homoeróticas são exibidas abertamente. Ainda há homofobia e os homossexuais estão sujeitos a estigma e discriminação”, desabafa. Manvendra já virou notícia ao redor do mundo por abrir o seu palácio para gays e transexuais que foram perseguidos ou expulsos de casa. “A decisão veio da minha própria história, quando declarei abertamente que sou gay e meus pais fizeram avisos públicos para me retirar da família real e propriedade ancestral. Achei que, se isso aconteceu comigo, poderia acontecer com qualquer um.” Durante as viagens, o príncipe revela que não sofre preconceito e chega até mesmo a ser reconhecido, com pedidos de selfie. “Os turistas LGBTQs devem ser tratados igualmente como qualquer outro. A dica para os profissionais da indústria de viagens é entender a cultura das diferentes áreas geográficas antes de oferecêlas. Vale observar também que os nossos direitos estão evoluindo. O Banco Mundial, em um de seus estudos, disse que o desenvolvimento econômico de um país depende do quanto cada um é capaz de reconhecer e honrar os direitos humanos de seus cidadãos. Todos querem dignidade e respeito.”
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EMPRESAS
ESPECIALIZADAS (associados IGLTA ou Câmara LGBT, ou indicados em pesquisa PANROTAS)
AGÊNCIAS DE VIAGENS AVIVA PRIME (associada IGLTA) Persio Bider (11) 3661-9959 info@avivaprime.com.br www.avivaprime.com.br
LIBERTÉ Jane Rodrigues (19) 4141-4288 liberte@liberte.tur.br www.liberte.tur.br
FABMAR (associada Câmara LGBT) Fabiano Araújo (62) 99151-5063 reservas@fabmarviagens.tur.br
PAIXÃO EM VIAJAR (associada Câmara LGBT) Átila Paixão (21) 3117-6063/99278-6063 atilapaixao@paixaoemviajar.com www.paixaoemviajar.com
FRIENDLY TURISMO (associada IGLTA) Fabio Romero (11) 3284-0669 fabio@friendlytur.com.br www.friendlytur.com.br LAGETUR (associada Câmara LGBT) Ricardo Medeiros (48) 3224-2264/ 98846-6498 ricardomedeiros@lagetur.com www.lagetur.com
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VIP GUEST BRASIL VIAGENS (associada IGLTA) Flavia Antunes (11) 2338-0940 flavia@vipguestbrasil.com.br www.vipguestbrasil.com.br
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OPERADORAS BLUMAR TURISMO (associada IGLTA) Bruno Teixeira (21) 2142-9300 brunoteixeira@blumar.com.br www.blumar.com.br
H&H OPERADORA (associada IGLTA) Fernando Scarpi (11) 3280-6001 fscarpi@hhentretenimento.com.br www.hhentretenimento.com.br
COSTA BRAZIL TOURS (associada IGLTA) Rayka Campos (11) 3385-4554 rayka@costabrazil.com www.costabrazil.com
MH TOUR (associada IGLTA e Câmara LGBT) Marcelo Michieletto (11) 3025-3142 marcelo@mhtour.com.br www.mhtour.com.br
FLYTOUR VIAGENS (associada IGLTA) Alexandre Lucchesi (11) 4004-0008 a.lucchesi@flytour.com.br www.flytourviagens.com.br
NEW IT (associada IGLTA) Anna Lucia Galperin (21) 3077-0200/ 3852-0200 anna@newit.com.br ww.newit.com.br
HAVAS CREATIVE TOURS (associada IGLTA) Rachel Havas (21) 2430-1101/ 2430-1100 rachel@havasbrazil.com.br www.havasbrazil.com.br
PLURAL TOURS (associada IGLTA) Pablo Calle (11) 94028-7722 reservas1@pluraltours.com www.pluraltours.com
CRUZEIROS
DISCOVER CRUISES (associada IGLTA) Pablo Zabala (21) 3410-1062 e (11) 4063-0754/ (11) 4063-0881 pablo@discovercruises.com.br www.discovercruises.com.br VELLE REPRESENTAÇÕES (associada IGLTA) Ricardo Alves (11) 3285-4437 info@velle.tur.br www.velle.tur.br
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VEÍCULOS ESPECIALIZADOS BRASIL EDITORA GUIYA Portais: Guia Gay São Paulo, Guia Gay Floripa, Guia Gay Salvador, Guia Gay BH e Guia Gay Brasília Welton Trindade (11) 95278-3965 contato@guiya.com.br www.guiagaysaopaulo.com.br OBSERVATÓRIO G Neuber Fischer (11) 99550-8151 (11) 3171-2713 contato@observatoriog.com.br www.observatoriog.bol.uol.com.br
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NO EXTERIOR VIA G Alex Bernardes (11) 3259-2400/ 97560-6844 alex@editoravia.com www.revistaviag.com.br VIAJA BI Rafael Leick (11) 99607-0748 contato@viajabi.com.br www.viajabi.com.br VIAJAY Fernando Sandes contato@viajay.com.br (71) 98880 2781 www.viajay.com.br
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Receptivos Renato Machado – Roma, Itália
Por toda a bota O poder aquisitivo e a frequência com que chegavam hóspedes estrangeiros ao hotel em que trabalhava em Roma surpreendeu o jovem Benedetto de Angelis. Para ele, havia diante de seus olhos uma grande oportunidade a ser explorada. Vivendo em um mundo analógico, década de 1920, sem as facilidades que a atual troca de informações proporciona, de Angelis resolveu agir quase que no escuro. Em 1925 nascia a Carrani Tours. Com a ideia de apresentar as grandes atrações e os detalhes do museu a céu aberto que Roma é, Benedetto apostou em passeios guiados com instruções na língua do visitante: notadamente, nos primeiros anos, inglês e francês. Para se ter uma ideia de quão desbravador Benedetto de Angelis foi em seu tempo, a inscrição da Carrani Tours como empresa turística na Itália é a número #02. O que hoje seria considerada uma startup, a ideia inovadora de mesclar transporte com informação na língua do visitante floresceu. Uma das cidades mais visitadas no mundo, Roma recebeu no ano passado mais de 15 milhões de turistas. Destino dos sonhos para muitos hoje em dia, àquela época o Turismo na cidade (e, convenhamos, no mundo todo) ainda estava em formação. Com a ajuda de empresas como a Carrani, a cidade de Roma e seus arredores entraram de vez no imaginário do público internacional.
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Carrani Tours nasceu em 1925 da cabeça do empresário Benedetto de Angelis
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Com o passar dos anos, a oferta se diversificou. A Carrani apostou em passeios diários e então explorou com propriedade destinos como Vaticano, Pompeia e Ilha de Capri. A frota cresceu e a demanda do mercado exigiu que a empresa se transformasse. Apegado à origem da companhia, Benedetto não deixou de lado os tours guiados (aliás, cada vez mais produtos surgiam), mas avançou a Carrani em direção a novas frentes. Atualmente, a Carrani Tours é a principal DMC do mercado italiano, com um catálogo que extrapola os tours e envolve pacotes pensados em cada mínimo aspecto da viagem de seus passageiros. Os passeios guiados seguem lá, certamente, mas hoje o viajante tem à sua disposição um portfólio com 350 hotéis em toda a Itália, ingressos, transfers, experiências e tantos outros serviços. Mais que isso, a companhia tem hoje um departamento especializado em grupos, e há três anos lançou o departamento de premium travellers – com atendimento personalizado – para “entregar sonhos”. “A oferta de serviços em espanhol e em português sempre foi um grande ponto positivo em nossas vendas. A grande virada da empresa começou nos anos 1990 justamente trabalhando com a América do Sul”, conta a gerente de Vendas da Carrani Tours, Zena Batocchi. “Brasil e Argentina têm sido mercados muito fortes para nós. Desde a década de 1990 até os anos 2000 e 2010, a nossa primeira língua era o espanhol, e a segunda, o português”, completa, relatando que crises em ambos os países fizeram com que o inglês tomasse o primeiro posto mais recentemente. A “virada” que Zena cita não aconteceu por acaso. A aposta em mercados emergentes foi uma bandeira levantada por Chiara Gigliotti. Parte do corpo da Carrani desde a década de 1980, quando atuava como guia turística, Chiara
assumiu a liderança nos anos 2000 com o cargo de gerente geral. A sede principal da Carrani fica em Roma, onde possui mais outros três pontos de venda (são cerca de 150 profissionais apenas na capital italiana). Hoje os produtos da empresa são vendidos em todo o mundo – no Brasil, sob os cuidados da representante oficial, Maria Camilla Alcorta, da Ideas4Brand. Atuar em parceria com os principais players do mercado brasileiro é uma aposta que a Carrani não abre mão. “Nós temos crescido muito com as grandes operadoras, como CVC, Flytour Viagens, Agaxtur e Orinter”, cita Zena.
Roma é uma das cidades mais visitadas do mundo. Só em 2018, mais de 15 milhões de pessoas escolheram passear pela capital italiana em suas férias
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Para o chefe de tours guiados da Carrani, Victor Xavier, o perfil do viajante brasileiro é muito peculiar e naturalmente se adequa à estrutura que a empresa oferece. “O brasileiro quando vem quer ter uma pessoa sempre ao lado, eles não querem estar abandonados, e esse é o nosso ponto de atuação”, afirma, resumindo que “o brasileiro é um passageiro bem mimado”. “Muitas agências daqui falam espanhol, mas não é a mesma coisa”, continua. “Falar a língua portuguesa é muito importante para o brasileiro”, diz Xavier (em ótimo português), destacando que na Carrani há pelo menos três profissionais que dominam a língua. Zena Batocchi complementa, afirmando que “é por esta razão que é tão importante para o mercado brasileiro trabalhar com uma DMC local que faça tudo por eles”. “Nós nos certificamos que nossos clientes tenham o melhor suporte possível em seu destino. Até por isso que oferecemos nossos principais produtos também em língua portuguesa.” “Há uma grande diferença entre fechar sua viagem on-line ou reservar com uma DMC especializada”, reforça a gerente de Hotéis da Carrani Tours, Simona Fulgenzi. Segundo ela, a Carrani possui contratos diretos com 350 propriedades italianas e, além, uma relação pessoal com os gerentes gerais destes hotéis. “Com isso conseguimos preços especiais, atendimento diferenciado e disponibilidade”, garante. Conhecer o perfil de viagem buscado pelo brasileiro é outra vantagem que a Carrani se vangloria. Membro do seleto
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Equipe administrativa da Carrani Tours em sua sede principal, em Roma
Time de DMC: Laura Elena, Chiara Pambianchi, Rosanna Mandina, Alessandra Mazzi, Dennis Guidotti, Alessia Pecorilli e Rosanna di Ruggero
Equipe de Vendas de Sightseeing: Barbara Riviello, Chiara Pambianchi, Gabriella Panico e Beatrice Sepe
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De um lado, Vendas Internacionais: Claudia Tafuri, Eleonora Soufanelli e Zena Batocchi; do outro, Premium Travellers: Alessandra Paolino, Irene Barbati e Federica Fidaleo
grupo de três operadoras-parceiras do Vatican Museums, a Carrani Tours pode oferecer uma lista de facilidades muito apreciadas pelos tantos brasileiros em viagem religiosa. Dentre os destaques está a entrada antecipada na Capela Sistina (às 7h20, antes das filas regulares), o acesso sem filas (por entrada auxiliar, fugindo até mesmo da “fila rápida”) e um jantar dentro do Vaticano em noites especiais. No ano passado, mais de 195 mil pessoas compraram bilhetes e experiências para o Vaticano com a Carrani. Segundo a empresa, 2019 tem sido um ano de forte alta para o mercado brasileiro. Além de crescer em destinos tradicionais da Itália, a empresa vê o viajante do Brasil cada vez mais interessado em outros pontos do país, como por exemplo a região de Puglia, bem no extremo sul da “bota”. Só no primeiro trimestre do ano, a Carrani afirma ter crescido no Brasil 60% em vendas em relação ao mesmo período do ano anterior. Em 2018, entre tours e circuitos, a empresa transportou mais de 500 mil pessoas em passeios dentro da Itália.n
Departamento de Grupos: Giusi Giovannetti, Daniza Memmo e Lanfranca Coccia
Chefiados por Simona Fulgenzi, o departamento de Produtos: Valentina Bellini, Mattia Vitiello, Letizia Cicconetti, Daniela di Gregorio e Amerigo Rossi
A PANROTAS viajou a convite da Carrani Tours
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EDIÇÃO NO4
COLUNA 25 A 27 DE SETEMBRO EXPO CENTER NORTE – SÃO PAULO ELES PARTICIPAM: CONFIRA OS DEPOIMENTOS DE ALGUNS DOS EXPOSITORES DA ABAV EXPO 2019 Estabelecida há décadas como a principal feira de Turismo e negócios do Brasil, a Abav Expo representa uma excelente vitrine para centenas de marcas nacionais e internacionais apresentarem seus produtos, serviços e soluções ao longo de três dias de atividades. Na coluna desta edição, apresentamos depoimentos de alguns expositores que falam sobre a motivação para participar do evento. MSC Cruzeiros: “Estar presente na Abav Expo é essencial para a MSC Cruzeiros, que vem expandindo cada vez mais os seus negócios no País e vive um forte crescimento em âmbito global. As expectativas para a edição de 2019 são altas, pois apresentaremos para os visitantes da feira as incríveis opções de roteiros pela América do Sul e por outros destinos pelos cinco continentes a bordo dos nossos navios, e ainda contaremos para toda a cadeia do setor de Turismo as novidades que vêm por aí que irão encantar cada vez mais os nossos clientes.” Adrian Ursilli, diretor geral Escritório Comercial do Peru no Brasil: “Para o Turismo do Peru é importante reforçar a cadeia de distribuição das operadoras de Turismo e agências de viagens. Nesse sentido, estar na feira da Abav permite manter esse relacionamento e identificar novas oportunidades para nosso destino.” Milagros Ochoa, diretora de Turismo ABR – Associação Brasileira de Resorts: “A Abav Expo é uma das mais tradicionais e significativas feiras de Turismo no País e, por isso, temos participado ativamente do evento desde o surgimento da Associação Brasileira de Resorts. Além disso, aproveitamos a data para lançar os pacotes de verão 2019/20 e rever parceiros estratégicos”. Ricardo Domingues, diretor executivo Nemo: “A Nemo é uma empresa argentina de tecnologia especializada em desenvolvimento de soluções para a indústria do Turismo, líder na América Latina. Faltava uma presença física no Brasil e agora temos um escritório em São Paulo. Por esse motivo, escolhemos participar da Abav Expo, que consideramos ser uma das maiores e mais importantes feira do setor. Assim, poderemos atingir um ótimo público e apresentar a mais nova ferramenta Price Navigator com seu multicanal B2B, B2C e B2B2C, que atende às necessidades de operadoras e agências”. Eduardo Batista, diretor comercial Vivalá: “Estar na Abav Expo significa que queremos, definitivamente, nos apresentar a todo o mercado e seguir crescendo com o volunturismo no País. Cada vez mais as pessoas buscam viagens com propósito, nas quais possam juntar o fato de conhecer um destino incrível, conectar-se verdadeiramente com os locais e buscar uma experiência pessoal única com o voluntariado. Nesse posicionamento, baseado nos pilares ‘Natureza, Empatia e Essência’, buscamos parceiros que também acreditem nesses valores para juntos construirmos um Turismo sustentável no País. Estamos atrás de pessoas, agências e entidades dispostas a fazer a diferença no Brasil”. Daniel Cabrera, co-fundador e presidente A 47ª Abav Expo Internacional de Turismo e 52º Encontro Comercial Braztoa acontece de 25 a 27 de setembro, das 12h às 20h, no Expo Center Norte, em São Paulo. Saiba mais em www.abavexpo.com.br. 46 46.indd 46
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Memória
Danilo Alves
A DEPENDER DO GOVERNO O segmento brasileiro de parques de diversões encerrava 1997 com saldo positivo. Para 1998, as perspectivas eram excelentes. Tudo dependia, segundo a Associação das Empresas de Parques de Diversões no Brasil (Adibra), da política tributária estabelecida pelo governo federal, que ameaçava excluir o setor da isenção do imposto sobre produtos industrializados (IPI). Tal medida congelaria a construção de megaprojetos temáticos que estavam sendo articulados naquela época, segundo matéria publicada na edição 268 do Jornal PANROTAS, que circulou entre os dias 16 e 22 de dezembro. Os parques de diversões, que incluem as unidades temáticas, aquáticas e móveis, recebiam naquela época isenção dos 20% do IPI, o que
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de acordo com a associação alavancou a indústria com a chegada de investidores estrangeiros e despertou o interesse dos capitais de fundos de pensão. “Voltar a taxar é largar a noiva no altar. Nós havíamos prometido ao governo, com a isenção do imposto, investimentos de R$ 350 milhões e quase quintuplicamos esse número. Eles esquecem que somos prestadores de serviço e grandes geradores de mão de obra”, afirmava Jucelino Peixoto, presidente da Adibra naquela época. Os números da Adibra em 1998 já mostravam a importância do segmento. O faturamento do setor naquele ano foi 10% maior que o registrado em 1996, que chegou a US$ 350 milhões.
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Thelma Lavagnoli
CÂMARA DE COMÉRCIO E TURISMO LGBT DO BRASIL A associação sem fins lucrativos busca disseminar uma cultura de respeito à diversidade sexual e oferecer, direta ou indiretamente, orientação para fomentar negócios que envolvam o público LGBTQ. Utiliza o Facebook para divulgar ações, eventos e conquistas para seus 1,7 mil seguidores. Parte deste conteúdo é replicado no Instagram que traz, ainda, um mix de fotos, ilustrações informativas e álbuns. Em ambas as redes, a falta de periodicidade e grande intervalo entre as publicações dificultam engajamento e alcance.
De 17 de julho, post mais recente do Facebook mostra bastidores da organização da 3ª Conferência Internacional da Diversidade e Turismo LGBT. Grande quantidade de hashtags poluem a publicação.
Para alcançar mais pessoas, câmara tem conteúdo exclusivo no portal e compartilha link no Facebook. Neste caso, um roteiro dos eventos que rolaram na época da Parada LGBT de São Paulo. Porém redes sociais pedem texto mais curtos e objetivos.
@camaralgbtbr Instagram: 1.148 seguidores @camaralgbtbr Facebook: 1.726 curtidas 50 50.indd 50
Fotos com nomes conhecidos do Turismo que apoiam a causa costumam ter bons resultados, como esta foto Marcelo Michieletto, vice-presidente da Câmara de Comércio e Turismo LGBT do Brasil, ao lado de Magda Nassar, na época presidente da Braztoa.
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