1 EDIÇÃO
PARTE
ESPECIAL PANROTAS
45 ANOS
Edição nº 1.397 Ano 27 | 6 a 12 novembro de 2019 | R$ 11,00 | www.panrotas.com.br
COMO A AVIAÇÃO SE TRANSFORMOU EM MAIS DE QUATRO DÉCADAS Sem título-4 1
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PRESIDENTE
José Guillermo Condomí Alcorta
ÍNDICE
nº 1.397 | 6 a 12 de novembro de 2019 | www.panrotas.com.br
CHIEF EXECUTIVE OFFICER (CEO) José Guilherme Condomí Alcorta (guilherme@panrotas.com.br)
DIRETORA DE MARKETING E EVENTOS Heloisa Prass
CHIEF TECHNOLOGY OFFICER (CTO) Ricardo Jun Iti Tsugawa
REDAÇÃO (redacao@panrotas.com.br)
EDITOR-CHEFE E CHIEF COMMUNICATION OFFICER: Artur Luiz Andrade
Páginas 5 e 6
Editorial: Conteúdo multiplicado por quatro
Páginas 10 a 20
Atendendo no estilo Disney
(artur@panrotas.com.br) Coordenador de Redação: Rodrigo Vieira (rodrigo@panrotas.com.br) Coordenador Web: Danilo Alves (danilo@panrotas.com.br) Pancorp/Viagens Corporativas: Beatrice Teizen Conteúdo para marcas: Vinicius Novaes e Beatriz Contelli (estagiária) Reportagem: Filip Calixto, Marcel Buono, Marcos Martins, Isabella Tagliapietra (estagiária-SP) e Juliana Monaco (estagiária-SP) Fotógrafos: Emerson de Souza (São Paulo) e Marluce Balbino (Rio de Janeiro) MARKETING Analista: Erica Venturim (erica@panrotas.com.br) CRIAÇÃO Aline Monteiro (aline@panrotas.com.br) Fernanda Souza (fernanda@panrotas.com.br) Pedro Moreno (pedro@panrotas.com.br) COMERCIAL Gerente: Ricardo Sidaras (rsidaras@panrotas.com.br) Executivos: Flávio Sica (sica@panrotas.com.br) João Felipe Santana (joaosantana@panrotas.com.br) Renato Sousa (rsousa@panrotas.com.br) Rene Amorim (rene@panrotas.com.br) Sônia Fonseca (sonia@panrotas.com.br) Big Data: Igor Vianna (igorvianna@panrotas.com.br) Jéssica Andrade (jessica@panrotas.com.br) Assistentes: Ítalo Henrique (italo@panrotas.com.br) Rafaela Aragão (rafaela@panrotas.com.br) FALE CONOSCO Matriz: Avenida Jabaquara, 1.761 – Saúde São Paulo - Cep: 04045-901 Tel.: (11) 2764-4800 Brasília: Flavio Trombieri (flavio@panrotas.com.br) Tel: (61) 3224-9565 Rio de Janeiro: Simone Lara (simone@panrotas.com.br) Tel: (21) 2529-2415/98873-2415 Estados Unidos: Helene Chalvire (helene@panrotas.com.br) ASSINATURAS Chefe de Assinaturas: Valderez Wallner Para assinar, ligue no (11) 2764-4816 ou acesse o site www.panrotas.com.br Assinatura anual: R$ 468 Impresso na Referência Gráfica (São Paulo/SP)
Quer ler a revista PANROTAS pelo celular? Manda um WhatsApp pra gente (11 95609-1507) ou use o QR Code ao lado. Media Partner
Páginas 22 a 34
O Turismo sem Varig, Vasp e Transbrasil
Páginas 38 a 42
Festuris Gramado em 31 edições
Páginas 44 a 48
Chapada parte 1 – Diamantina, na Bahia
Página 50 a 52
Artigo: dicas para os agentes de viagens venderem melhor
Páginas 54 e 56
Infográfico especial: perfil dos consumidores CVC
Páginas 58 a 66
Perfil: Dilson Verçosa Jr., 43 anos de aviação
Páginas 58 a 74
Guillermo Alcorta e os 45 anos da PANROTAS
Páginas 76 a 84
Memória: O Turismo na década de 1970
Páginas 89 a 94 Especial Visit Florida
Associações
Parceria Estratégica
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Editorial
CONTEÚDO VEZES QUATRO
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á 45 anos, em novembro de 1974, era distribuído ao mercado o primeiro Guia PANROTAS, publicação técnica com horários de voos de empresas no Brasil e daqui para o Exterior. Era a referência rápida para agentes de viagens em todo o País e o início da empresa PANROTAS, que, 45 anos depois, segue líder na comunicação para o profissional da indústria de Viagens e Turismo. O mundo mudou, o Turismo mudou e a PANROTAS também mudou. Quem não mudou em 45 anos ficou no meio do caminho. Quem não mudou, perdeu relevância. Quem não mudou, não vive nesse mesmo mundo.
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Há 45 anos o formato amigável e confiável do Guia PANROTAS ajudava o trabalho do agente de viagens e era essencial para esses profissionais. A necessidade o tornava relevante, juntamente com o cuidado com que era feito, a distribuição, o formato... Mas essencialmente eram as informações técnicas o coração de tudo. Hoje, a PANROTAS continua com seu foco (e missão) em torno das informações para o profissional de Turismo, mas com o aspecto técnico (afinal continuamos B2B, falando somente com profissionais) aliado aos lados jornalístico (na empresa desde 1977), de capacitação, marketing, estratégia e inteligência de mercado...
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Temos que nos provar relevantes a cada dia, continuando com o DNA de informação precisa, amigável, objetiva e útil para o profissional. Se por um lado, a tecnologia se encarregou de levar de outras formas os dados técnicos de voos e rotas para os profissionais, eles cada vez mais precisam de conhecimento, informações, dados, números, notícias que os ajudem a crescer e a se adaptar às mudanças cada vez mais constantes. Desafiados a cada instante, nós, produtores de conteúdo, e nossos leitores, atores dessa indústria, sabemos que o diferencial está em termos à mão o melhor conteúdo. Temos os press releases ou comunicados oficiais, vamos aos principais eventos e lançamentos, trazemos o dia a dia, o feijão com arroz bem temperado. Mas o que nos diferencia e o que faz a diferença para nossos leitores são as análises, os questionamentos, os debates, as pesquisas sobre as quais nos debruçamos, o olhar crítico, a transparência, a busca pelo melhor conteúdo para os melhores profissionais. Por isso, para celebrar 45 anos ao lado do profissional de Viagens e Turismo, decidimos celebrar exatamente esse conteúdo. Em quatro edição da Revista PANROTAS, sucessora do Jornal PANROTAS, que é de 1992, e que ainda é a única publicação semanal de Turismo da indústria, traremos conteúdos preparados especialmente para esse aniversário. Conteúdo para orientar a indústria, inspirar, ensinar (afinal, o passado serve também para isso, aprender), capacitar, ajudar a vender e a planejar. Seja na edição impressa, ou digital (via Portal
PANROTAS ou nos mais de 7,2 mil profissionais que recebem via WhatsApp), esse conteúdo será multiplicado e ficará guardado com cada um de vocês de alguma forma, de alguma maneira, com o mesmo objetivo de celebrar o Turismo e todos nós que fazemos parte dele. Também teremos conteúdo especial no Portal PANROTAS, entrevistas exclusivas nos Bastidores do Turismo, e um final de ano para recordar, comemorar e nos prepararmos para 2020 e os anos seguintes. Hoje a PANROTAS continua ao lado dos profissionais e empresas de Turismo, inquietos e questionadores como devemos ser nesses tempos, mas também sabendo os momentos de parar para refletir, reconhecer, incluir e representar. Seja nos eventos, como os Next ou o Fórum PANROTAS, nas nossas redes sociais, nas coberturas especiais e exclusivas, nas viagens, nas feiras, nas publicações, nas transmissões especiais ou no dia a dia do Portal PANROTAS, saiba que mudamos muito mas continuamos com o mesmo cuidado e atenção de 45 anos atrás, quando o Guia PANROTAS era montado manualmente, linha por linha, voo por voo. Tudo para levar o melhor conteúdo para os melhores profissionais e empresas de Turismo. E nessas quatro edições da Revista PANROTAS temos muitas reportagens e cases para nos inspirar pelo menos para o próximo par de anos, pois, sabemos, temos que nos reinventar sempre, a cada instante, antes de cada novo ciclo de transformações. Como fazemos há 45 anos. Nosso muito obrigado a quem nos acompanha e apoia nessa jornada.n
Artur Luiz Andrade Editor-chefe e Chief Communication Officer da PANROTAS artur@panrotas.com.br
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PATROCINADO
MSC YACHT CLUB: UM MUNDO DE EXCLUSIVIDADE E PRIVACIDADE Mordomo e Concierge 24 horas à disposição, pacote de bebidas all inclusive, espaços dedicados com piscina, restaurante e bar são apenas algumas das regalias oferecidas pelo MSC Yacht Club. Com o conceito “Um iate dentro de um navio”, o produto premium da companhia tem como objetivo oferecer aos hóspedes uma experiência de viagem exclusiva e, claro, inigualável. O MSC Yacht Club proporciona uma experiência na qual os passageiros podem mergulhar no luxo de um club privativo, enquanto exploram uma série de possibilidades de lazer, gastronomia e entretenimento que um grande navio proporciona. O viajante que escolhe se hospedar no MSC Yacht Club pode desfrutar de uma série de serviços exclusivos e estruturas ainda mais diferenciadas, além de muito conforto, sofisticação e regalias, tais como prioridade no embarque e desembarque, área exclusiva para check-in e check-out, compras exclusivas nas boutiques, entre outras tantas opções. Além disso tudo, vale destacar que o hóspede YC também tem acesso a todas as áreas comuns do navio, ou seja, o melhor dos dois mundos. O MSC Yacht Club está disponível para venda em 11 navios da companhia, espalhados pelo mundo inteiro – Caribe, Emirados Árabes, China e Japão, Estados Unidos e Canadá, Norte da Europa, Mediterrâneo e América do Sul (saiba mais sobre os navios no box). 8 8 e 9.indd 8
Buffet repleto de iguarias, coquetéis e o famoso chá da tarde inglês
O espaço One Pool conta com piscina dedicada aos hóspedes do MSC Yacht Club
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CONFORTO INCOMPARÁVEL As cabines que fazem parte do MSC Yacht Club ficam localizadas em uma área privilegiada do navio – na proa –, e possuem banheiros com detalhes em mármore, por exemplo. Além disso, o hóspede tem à disposição camas com lençóis de algodão egípcio, menu de travesseiros e colchão ergonômico. Roupões e chinelos, minibar completo incluso na reserva e jornais impressos da preferência do passageiro entregues na cabine completam os mimos. No MSC Yacht Club, o hóspede pode ainda acionar o serviço de quarto a qualquer momento com toda comodidade. ESPAÇOS PRIVATIVOS Seguindo a linha de conforto e requinte, o MSC Yacht Club também oferece uma série de instalações privativas espetaculares. Quem estiver hospedado nessa área exclusiva, por exemplo, terá acesso ao elegante Top Sail Lounge, um espaço panorâmico com vistas incríveis, que conta com um buffet repleto de iguarias gourmet servidas ao longo do dia, bem como coquetéis e o famoso chá da tarde inglês. No restaurante, os passageiros têm a oportunidade de fazer as suas refeições em um ambiente íntimo, enquanto saboreiam a cozinha gourmet à la carte, e uma vasta seleção de vinhos. Nele, os hóspedes podem jantar na hora que desejarem, respeitando o horário de funcionamento do espaço. Outra área exclusiva é o One Pool, que conta com piscina dedicada aos hóspedes do MSC Yacht Club, hidromassagem e espaços para banho de sol, além de um bar exclusivo e buffet. MSC AUREA SPA Autêntico SPA balinês, o MSC Aurea SPA oferece diversas opções de tratamentos faciais, corporais e massagens. Os hóspedes do MSC Yacht Club têm um acesso exclusivo a esse mundo de bem-estar e relaxamento bem próximo à sua cabine e têm direito à utilização gratuita da área termal durante o cruzeiro. EXCLUSIVIDADE NAS COMPRAS Outro benefício exclusivo para os hóspedes do MSC Yacht Club é a comodidade para fazer compras. Os passageiros podem reservar um período nas boutiques a bordo – detalhe:
Mordomo à disposição do passageiro YC 24 horas
Hóspedes Yacht Club têm acesso ao MSC Aurea SPA
fora do expediente – para compras, acompanhados pelo mordomo. Mas, caso queiram, os hóspedes ainda podem escolher joias no conforto da cabine, por exemplo. PACOTE DE INTERNET O MSC Yacht Club terá uma novidade a partir de 2020. A companhia irá incluir nas reservas em cruzeiros, com embarques a partir de maio, um pacote de internet Premium, de até 4GB, dependendo da duração do cruzeiro, para que os hóspedes possam utilizar durante a viagem.n
Onde encontrar o MSC Yacht Club MSC Seashore ● MSC Virtuosa MSC Grandiosa ● MSC Bellissima MSC Seaview ● MSC Seaside MSC Meraviglia ● MSC Preziosa MSC Divina ● MSC Splendida MSC Fantasia
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ATENDENDO O CLIENTE NO
ESTILO DISNEY Quando o assunto é bom atendimento ao cliente, o Walt Disney World Resort, na Flórida, é referência global. A empresa está sempre em busca de superar as expectativas dos visitantes e é por isso que fideliza gerações e gerações de viajantes. Seja para quem visita pela primeira vez os Parques Disney, seja para quem retorna, o encantamento é parte da experiência. Mas o sucesso do “destino onde sonhos se realizam e a magia sempre se renova” é reflexo de muito planejamento. Como dizia Walt Disney, o criador de todo esse mundo mágico: “Você pode sonhar, criar, desenhar e construir o lugar mais maravilhoso do mundo. Mas é necessário ter pessoas para transformar seu sonho em realidade”. Como a experiência Disney começa muito antes da viagem, o time da Disney em Orlando, a pedido da PANROTAS, na comemoração de seus 45 anos, elaborou esse guia com dez dicas inspiradas no mundo do Walt Disney World Resort para que as agências de viagens impressionem seus clientes desde o primeiro momento. O material mostra a importância de cuidar do visitante, pensando em tudo: desde o planejamento da viagem até o retorno para casa.
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1 Esteja preparado O agente de viagens é o especialista em Disney e deve se sentir seguro em fazer um trabalho excepcional e com facilidade. Por isso, confie que sabe oferecer, explicar e executar todos os serviços Disney. Para se preparar, acesse a página www.DisneyAgentesdeViagens.com.br, onde encontra informações, fica por dentro das ofertas do complexo e tem oportunidade de se inscrever para treinamentos no Brasil. Aliás, participar de treinamentos e famtours, ler bastante sobre o que está ocorrendo e o que vem por aí no mundo Disney (inclusive fora dos parques) são obrigações para a boa formação do profissional de Turismo. Assim como os Cast Members da Disney, pense que o objetivo é entregar felicidade e crie momentos mágicos desde o começo, com um atendimento eficaz e personalizado. Compartilhe com clientes sua própria experiência nos parques e resorts, envolvendo o passageiro na história e criando emoção, identificação e uma possível afinidade.
Walt Disney World Resort: um único destino, inúmeras experiências Vale lembrar que o Walt Disney World Resort é um complexo de entretenimento, gastronomia, hospedagem e esportes, com muitas atividades em seu calendário e atrações e divertimento para todo tipo de família e cliente. » 4 parques temáticos: Magic Kingdom, Epcot, Disney’s Hollywood Studios e Disney’s Animal Kingdom. » 2 parques aquáticos: Disney’s Typhoon Lagoon e Disney’s Blizzard Beach. » Disney Springs: centro de entretenimento, lojas e restaurantes que encanta pelo bom gosto, exclusividade, boa mesa e programas únicos. » Mais de 30 hotéis e resorts com hospedagem para todos os gostos e bolsos, além de benefícios exclusivos que prolongam a magia Disney 24 horas por dia.
Lembre-se: o diferencial para envolver um cliente é a qualidade de informação e o conhecimento que o agente agrega à viagem. Conhecimento que vem com muito estudo, experiências e a curiosidade que as máquinas não têm em relação a pessoas, seus gostos e hábitos.
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2 Conheça seu cliente O primeiro contato neste atendimento deve ser cativante e que tenha envolvimento emocional. Uma dica é inspirar-se no filme Aladdin, já que o cliente tem desejo e o agente deve realizar esse sonho (similar ao Gênio da lâmpada mágica). Por isso é importante, como primeiro passo, contar o que é o Walt Disney World Resort, explicando qual o tamanho do complexo e o que ele tem para oferecer. Ajude seu cliente a criar férias perfeitas fazendo algumas perguntas-chave: Qual é o seu personagem favorito? Qual a primeira lembrança da Disney — que pode ter vindo de um livro, filme ou mesmo dos parques
—, entenda quais são as expectativas e o que ele espera dessa experiência. A Disney é rica na arte de contar histórias! Por isso, use essa ferramenta do “storytelling” para contar histórias que conectam com o cliente e aproveite para entender o que ele deseja “escrever” com essa viagem. Se uma criança fizer parte do grupo, trate ela como um cliente muito especial. Abaixe para olhar ela nos olhos e pergunte o que ela quer ver, que experiências quer sentir durante a viagem. Mostre para a família que, assim como nos parques da Diseny, o atendimento prévio valoriza a opinião das crianças independentemente da idade.
3 Verifique a disponibilidade e planeje Logo no começo da conversa com o cliente é importante entender qual o período e tempo disponível que ele terá para viajar. Assim, ele conseguirá organizar os dias que serão dedicados para cada atividade. Entenda a lista de prioridades de cada membro da família que viajará para que todos possam ser atendidos, independentemente se o foco for visitar os parques temáticos e aquáticos, descansar e ter experiências exclusivas nos resorts, explorar a gastronomia, ou até mesmo fazer compras em Disney Springs. Planejamento cada vez é mais importante em uma viagem à Disney, e com tudo organizado, com tempo para cada atividade, sem correrias, todos saem satisfeitos e mais seguros, sem aquela ansiedade do “será que vai dar tempo?”. A única ansiedade que queremos é a de ver logo seu personagem ou atração favoritos.
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4 Tipos e Pacotes de Ingressos Com base na disponibilidade de tempo, o agente de viagens deve oferecer o melhor tipo de ingresso, apresentando as opções Park Hopper ou Park Hopper Plus (que inclui parques aquáticos). Depois, é importante mostrar que quanto mais dias de ingressos o cliente adquire, mais barato o preço fica. Um ótimo custo x benefício dado que os parques vêm crescendo e oferecendo ainda mais atrações, personagens e experiências. O Magic Kingdom e o Disney’s Hollywood Studios, por exemplo, já são considerados parques que precisam de dois dias para serem visitados, assim como o Epcot será em breve (leia na página 20 o box com novidades sobre a “Transformação do Epcot”). Portanto, é necessário organizar antecipadamente os dias de ingresso com o cliente para que ele não precise ficar correndo durante a visita. E fique de olho nas ofertas em vigor já que muitas vezes elas são exclusivas para os países da América Latina (e os agentes de viagens não apenas sabem delas, como podem oferecê-las a seus clientes, mostrando o diferencial da venda assistida). Até 10 de dezembro por exemplo, os visitantes podem aproveitar a oferta de ingresso Mid-Day Magic, que permite a visita aos parques após o meio-dia. Os agentes de viagens também devem demonstrar expertise em relação à nova dinâmica de ingressos da Disney, orientando, sugerindo datas no roteiro e explicando o tempo necessário para cada atividade de interesse. Explique a importância de comprar ingresso com antecedência para que os clientes possam aproveitar ao máximo o serviço de FastPass+ gratuito. 6 a 12 de novembro de 2019 — PANROTAS
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5 Resorts para qualquer bolso Hoje o complexo na Flórida apresenta mais de 30 Resorts Disney nas categorias econômica, moderada e deluxe, para todo tipo de gosto e bolso. Entenda as necessidades do cliente para indicar a melhor opção de acomodação, como quartos equipados com cozinha se necessário, nessa experiência de viver a comodidade Disney 24 horas por dia. Vive-se a magia o dia todo até na hora de dormir, muitas vezes em quartos tematizados com o personagem favorito do seu cliente. São muitos os benefícios de se hospedar em um Resort Disney, então saiba todos eles para que seu cliente tenha ainda mais vantagens e conforto. Consegue listar todos eles de cabeça? Aqui vão eles. Dentre os benefícios de se hospedar em um resort estão: agendamento de FastPass+ com 60 dias de antecedência (o sistema de fila rápida da Disney); Disney’s Magical Express para fazer o traslado de ida e volta para o aeroporto; Magic Band personalizada (a pulseira que dá acesso a serviços e facilidades no mundo Disney); Horas Mágicas Extra nos parques (hóspedes podem entrar mais cedo ou sair mais tarde dos parques); entrega de compras no resort; e transporte gratuito de monorail, ônibus, barco e agora teleférico com o novo Skyliner. E a facilidade de estar mais perto dos parques e Disney Springs e poder viver a magia Disney de forma mais intensa e imersiva.
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6 Comemorações especiais e calendário A cada ano que passa, as festas temáticas do Magic Kingdom — Mickey’s Not So Scary Halloween Party e a Mickey’s Very Merry Christmas Party — ficam mais famosas. Essas ocasiões são ótimas recomendações para clientes que estão viajando entre os meses de agosto e dezembro. Fale para ele sobre as experiências e lembre-o de garantir os ingressos antecipadamente para ter certeza que conseguirá aproveitar essa experiência durante a viagem. Importante também con16 10 a 20.indd 16
tar para o cliente que, no dia da festa especial, não acontece o tradicional show de fogos Happily Ever After, mas outros espetáculos temáticos que são tão incríveis quanto. Por isso, vale dedicar outros dias diferentes da festa para explorar o Magic Kingdom. Saiba tudo que acontece no complexo ao longo do ano, desde datas marcantes como a Páscoa e o Ano Novo, até festivais anuais do Epcot, como o Festival of the Arts, Flower & Garden e Food & Wine.
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7 Restaurantes São centenas de restaurantes pela propriedade que contam, inclusive, com menus elaborados especialmente para quem tem restrições alimentares. Por isso, é importante entender se o cliente quer reservar um momento para sentar e comer, pois para todos os restaurantes com serviço de mesa é recomendada a reserva antecipada. O que muitas vezes pode frustrar o cliente é não ter disponibilidade para comer em um restaurante específico ou experimentar a famosa “refeição com personagem”. Ensine aqueles que optarem pelos restaurantes de serviço rápido a usar o Mobile Order pelo My Disney Experience com o objetivo de otimizar o tempo. Para quem estiver hospedado em Resort Disney, o melhor é oferecer um dos três tipos de Plano de Refeições, onde a alimentação é paga antecipadamente gerando ainda mais comodidade.
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8 Serviços incríveis Saiba indicar de acordo com cada cliente os melhores serviços Disney com objetivo de facilitar a viagem do cliente. Para guardar todas as memórias inesquecíveis, os fotógrafos do Disney PhotoPass captam os momentos mágicos da viagem. A clássica foto com Mickey Mouse ou a pose em frente ao Castelo da Cinderela são registros de lembranças eternas. Comprando o pacote do Memory Maker antecipadamente, o cliente economiza e ainda fica despreocupado. O serviço de VIP Tour Guide é outro grande facilitador, ainda mais para quem está viajando em grupo. Além de entrar em todas as atrações dos parques quantas vezes quiser sem perder tempo na fila normal, o guia também tem acesso a áreas exclusivas para assistir aos shows e busca o cliente onde ele estiver hospedado.
9 Bibbidi Bobbidi Boutique Bastante conhecida entre os brasileiros, essa experiência transforma os sonhos de meninos e meninas em realidade. O famoso salão Bibbidi Bobbidi Boutique da Fada Madrinha da Cinderela, que já era encontrado no Magic Kingdom e em Disney Springs, agora tem uma terceira locação no Disney’s Grand Floridian Resort & Spa para que os agentes de viagens consigam oferecer mais uma opção para seu cliente. Mas não se esqueça: fale sobre essa oportunidade para seu cliente desde o começo, já que as reservas são bem concorridas.
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10 O retorno O pós-venda é um dos passos mais importantes do trabalho. Além de receber um retorno sobre a experiência e entender se algo não funcionou como esperado, é nesse momento que fidelizamos e até abrimos espaço para o desejo de um novo sonho ou mesmo reviver momentos felizes. Como já dizia o Walt Disney: “Enquanto existir imaginação no mundo, os parques continuam crescendo”. Portanto, o agente deve estar atento às novidades do complexo para poder contar o que vem pela frente e, assim, já criar a próxima meta de viagem. Seja ela em família, com amigos, a dois ou até mesmo explorando os parques Disney sozinho.
Anote aí!
As novidades do Walt Disney World Star Wars: Galaxy’s Edge está de portas abertas no Disney’s Hollywood Studios e agora o planeta Batuu prepara os visitantes para viver uma nova experiência. Star Wars: Rise of the Resistance, segunda atração da área, será inaugurada dia 5 de dezembro de 2019 e promete ser uma das mais ambiciosas, avançadas e imersivas já realizadas. Os visitantes estarão no meio de uma batalha final entre a Primeira Ordem e a Resistência, incluindo um confronto com Kylo Ren, que confunde fantasia com realidade. Será a atração mais longa do complexo, com muitas surpresas em tecnologia, interatividade, storytelling e imersão. Alguém aí está ansioso? Nós estamos.
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Com inauguração prevista para 16 de dezembro de 2019, o complexo oferece mais uma opção incrível de acomodação: o Disney’s Riviera Resort, que será inspirado nos detalhes de viagens que Walt Disney fez pela Europa e pelo Mediterrâneo. No terraço, um restaurante chamado Topolino's Terrace – Flavors of the Riviera (Curiosidade! Topolino é o nome italiano do Mickey Mouse) que terá café da manhã com personagens como Mickey, Minnie, Pato Donald e Margarida usando trajes estilosos e jantar à la carte com menu inspirado nos restaurantes da costa da França e Itália.
Na primavera americana de 2020, o Disney’s Hollywood Studios inaugura a primeira atração inspirada no casal de camundongos mais famoso do mundo. A Mickey & Minnie's Runaway Railway ficará localizada dentro do Chinese Theater e terá uma música-tema criada especialmente para a atração. Usando uma tecnologia 2 ½-D, os visitantes farão parte de uma história em quadrinhos em meio a efeitos visuais e reviravoltas surpreendentes que vão divertir toda a família.
�A transformação do Epcot está cada vez mais perto. Uma autêntica creperia francesa e a nova atração do pavilhão da França, “Remy’s Ratatouille Adventure”, onde os visitantes vão encolher para ficar do tamanho do querido personagem Chef Remy em uma corrida dentro do Restaurante Gusteau’s, estão previstas para serem inauguradas em 2020. Também no próximo ano, o restaurante Space 220 abre as portas para os visitantes com uma visão incrível do espaço. Além de todas essas novidades, há ainda o novo show “HarmonioUS”, maior espetáculo noturno já criado para celebrar as músicas da Disney e como elas inspiram pessoas ao redor do mundo.
�E em 2021, Walt Disney World celebrará 50 anos com muito mais novidades. Planeje-se, prepare-se e continue encantando seus clientes com o maravilhoso Mundo Disney.
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O TURISMO SEM
VARIG, VASP E TRANSBRASIL Vinícius Casagrande, especial para a Revista PANROTAS
Durante décadas, Varig, Vasp e Transbrasil dominaram os céus do Brasil, em uma época que ficou conhecida como a era de ouro da aviação brasileira. Era um período em que viajar de avião era muito mais do que se deslocar de uma cidade a outra. Havia um charme (e glamour) todo especial. Os passageiros escolhiam sua melhor roupa para viajar e as companhias aéreas retribuíam com um serviço de bordo requintado. Um atendimento tão especial que em 1979 a Varig recebeu da revista norte-americana Air Transport World o prêmio de melhor serviço de bordo do mundo, algo impensável e fora de cogitação nos tempos atuais, quando praticamente apenas as aéreas árabes e asiáticas ficam com essas premiações. Com aviões mais apertados e serviço de bordo cada vez mais escasso atualmente, mesmo quem não teve a oportunidade de voar pela Varig, Vasp ou Transbrasil sente falta do requinte oferecido pelas três companhias em seu auge. É que as empresas ficaram guardadas na memória coletiva do brasileiro como exemplos de
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um ótimo serviço ao passageiro, algo consagrado na gastronomia da Varig, na simpatia da Transbrasil e, posteriormente, no famoso tapete vermelho da Tam. Por outro lado, era também uma época na qual poucas pessoas tinham a oportunidade de voar. Em 1975, a aviação brasileira registrou oito milhões de passageiros. No ano passado, somente as companhias aéreas brasileiras transportaram mais 103 milhões (contando por trechos de viagens). O luxo e sofisticação de antigamente também tinham seu preço. Segundo tarifas publicadas na edição do primeiro Guia PANROTAS, de novembro de 1974, uma passagem só de ida na ponte aérea Rio-São Paulo custava na época CR$ 400. O valor corrigido pelo IGP-DI da FGV, utilizando a calculadora do Banco Central, é o equivalente a R$ 552,34. Uma passagem entre Rio de Janeiro e Brasília custava naquela época CR$ 456, o equivalente a atuais R$ 1.259,34, só de ida. Hoje, os mesmos trechos podem ser encontrados por menos de R$ 200, dependendo da data da viagem e antecedência da compra.
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PASSAGENS TINHAM PREÇO FIXO Durante o auge de Varig, Vasp e Transbrasil, a aviação vivia um período de preços controlados. As tarifas eram fixadas e determinadas pelo governo brasileiro. Essa realidade começou a mudar a partir de 1989, quando se iniciou um processo de flexibilização com a implantação de um regime de bandas tarifárias. O governo passou a determinar o valor mínimo e máximo para cada rota. Ou seja, ainda controladas, mas oferecendo uma margem de trabalho às empresas aéreas. A grande revolução aconteceu mesmo em agosto de 2001, quando uma portaria do Ministério da Fazenda instituiu o regime de liberdade tarifária no País, para aumentar a concorrência entre as empresas. Naquele momento, a tarifa média girava em torno de R$ 670. No primeiro trimestre de 2019, o valor médio da passagem foi de R$ 371,76, segundo o último relatório divulgado pela Anac. A liberdade tarifária seria ratificada em 2005 na mesma lei que criou a Agência Nacional de Aviação Civil (Anac) em substituição ao antigo Departamento de Aviação Civil (DAC) e ainda promoveu outra revolução. O País criava também a liberdade de oferta. Acabava a concessão de rotas e as companhias aéreas podiam voar para onde avaliassem ser mais interessante economicamente. Com as mudanças no setor, Varig, Vasp e Transbrasil perdiam espaço com o crescimento da Tam e a chegada da Gol. Para
ex-vice-presidente de Vendas e Marketing da Varig, Luiz da Gama Mór, não é apenas coincidência que tenha sido justamente nessa época que a Varig, Vasp e Transbrasil tenham vivido seus últimos dias. “Sem dúvida [não se adaptaram à nova realidade]. De modo geral, são novos entrantes com novas propostas que desestabilizam o mercado e é muito mais difícil uma empresa estabelecida mudar do que entrar uma empresa nova com um novo modelo. Uma coisa que faz muito mal para uma empresa é sucesso. Uma empresa que faz sucesso por muito tempo não muda porque aquilo deu certo”, afirma. E as mudanças continuam. Em dezembro de 2016, a Anac acabou com a franquia obrigatória de bagagem, liberando a cobrança pelo despacho de malas. Neste ano, a principal mudança foi a aprovação de uma medida provisória que libera participação de 100% de capital estrangeiro nas companhias aéreas. Até então, o limite era de 20%. O governo trabalha ainda para atrair empresas estrangeiras para a operação doméstica no Brasil, mas essa é uma outra história, com variáveis técnicas e econômicas bem desafiadoras.
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O FIM DAS TRÊS GRANDES A primeira a sofrer um golpe fatal foi a Transbrasil. Fundada em 1955 com o nome de Sadia Transportes Aéreos, a empresa foi criada para transportar carne de Santa Catarina a São Paulo e logo depois iniciou o transporte de passageiros. Depois de viver o auge nos anos 1970, a empresa enfrentou dificuldades na década seguinte, inclusive com uma intervenção federal. Devolvida ao controle da família Fontana, fundadora da empresa, a Transbrasil apostou na expansão internacional para se recuperar nos anos 1990, mas continuava a enfrentar dificuldades. Com a morte de Omar Fontana, a situação piorou ainda mais e a Transbrasil interrompeu suas atividades em dezembro de 2001. Em 2005, foi a vez de a Vasp não resistir à concorrência e também encerrar suas atividades. A empresa havia sido privatizada no início dos anos 1990. Sob comando de Wagner Canhedo, a Vasp teve um rápido crescimento. A expansão, porém, não foi sustentável a longo prazo e a crise chegou nos anos 2000. A situação era tão dramática que o antigo DAC, comandado por militares, chegou a proibir diversos aviões de voar por questões de segurança. O cenário se tornou insustentável e a Vasp foi obrigada a encerrar suas operações em 2005. A última a sucumbir foi a Varig, que já foi a maior companhia aérea brasileira. Acostumada a receber diversos benefícios do governo, a empresa sofreu com a abertura do mercado. Entre o final dos anos 1990 e início dos anos 2000, a companhia teve anos seguidos de prejuízo, até entrar em recuperação judicial em 2005. Em 2007, a empresa foi comprada pela Gol, que havia sido fundada apenas seis anos antes. A Gol
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ainda tentou manter a marca Varig viva com alguns aviões ostentando a rosa dos ventos que era o principal símbolo da companhia. Em 2013, no entanto, o último avião que ainda exibia as cores da Varig mudou de pintura e a marca Varig saiu definitivamente de cena. “As pessoas me perguntam os motivos da falência da Varig. São várias teorias, mas diria que foi um suicídio. A Fundação Rubem Berta não aceitou as mudanças que eram necessárias e a empresa se tornou insustentável”, afirma Luiz Mór.
Luiz da Gama Mór, na sede da Varig, no Rio, hoje um hotel da GJP
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GESTÃO TEM DE SER MAIS CRIATIVA E VOLTADA PARA O MARKETING A liberdade tarifária e de oferta mudaram a forma como as companhias aéreas são administradas. Com tantas restrições, Varig, Vasp e Transbrasil operavam de maneira bastante semelhante, já que inovar era algo mais complicado naquela época. “As empresas eram muito parecidas e não chegavam a competir muito. Se a Varig tinha um voo para Paris, o governo só permitia que uma empresa francesa tivesse um único voo também. A ideia era que qualquer empresa aérea pudesse virar um ativo militar de defesa nacional. Por isso, havia essa regulamentação para proteger as companhias nacionais”, conta Luiz Mór. O cenário atual é bem diferente. Hoje, as companhias aéreas podem competir livremente nas rotas que são mais atrativas, muitas vezes com uma disputa bastante acirrada. O caso mais recente foi a briga pelos slots deixados pela Avianca Brasil no Aeroporto de Congonhas. “As empresas de hoje têm estratégias muito apartadas. Há uma concorrência bem no limite do que é razoável, uma guerra que não me parece saudável”, afirma Pedro Mattos, que foi diretor da Transbrasil, onde fez carreira, e diretor comercial da Webjet. Com o aumento da competição entre as empresas, Tarcísio Gargioni, que foi diretor de Cargas e diretor de Receitas na Vasp, vice-presidente comercial, de Marketing e Serviços da Gol e vice-presidente comercial, de Marketing e de Vargas na Avianca Brasil, avalia que a gestão de uma companhia aérea atualmente é
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Pedro Mattos
Tarcísio Gargioni
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Fernando Pinto, ex-presidente da Varig
Wagner Canhedo, ex-presidente da Vasp
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Luiz Mór, em sua época de Varig
bem mais complicada. “Hoje é mais complexo porque aumentou a concorrência. A empresa trabalha com margem de resultado muito baixa e depende muito da gestão”, afirma. Para Luiz Mór, a principal prova dessa mudança está na formação dos profissionais que atualmente comandam as companhias aéreas. “O pessoal da aviação começava cedo e fazia carreira dentro da companhia. Hoje, é uma atividade mais comercial, com foco no marketing, tanto que as empresas já contam com profissionais que vieram de outras áreas”, diz.
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NOVAS TECNOLOGIAS Além da legislação, as empresas passaram a viver em um novo mundo com a chegada da internet. Um mundo bem diferente da época em que Varig, Vasp e Transbrasil reinavam absolutas nos céus brasileiros. A popularização da internet revolucionou a forma como as pessoas se comunicam e também como compram passagens aéreas. “Estamos falando de dois Brasis diferentes”, diz Tarcísio Gargioni. “Na fundação da Gol, quando dissemos que iríamos lançar uma companhia aérea sem bilhete físico nos falaram que éramos loucos”, relembra. Comparando os dois momentos, Alexandre Camargo, que foi diretor comercial do grupo Varig, afirma que “o ponto mais marcante de transformação é mesmo a tecnologia”. “Entrei na Varig em uma época que você fazia a emissão do bilhete físico e emitia para agências de viagens por meio de OP (ordem de pagamento). Hoje, é um processo totalmente automatizado, no qual as próprias agências podem entrar no sistema e emitir o bilhete”, afirma. A tecnologia não agilizou apenas a compra dos bilhetes, mas todos os processos que envolvem uma viagem de avião. “O processo de embarque era completamente diferente. O passageiro chegava com horas de antecedência para apresentar a documentação e despachar bagagem e hoje já chega com o check-in feito pela internet”, diz. As mudanças agilizaram os procedimentos e forçaram as empresas a serem mais
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produtivas. “Naquela época, um avião voava cerca de sete horas e meia e hoje tem de haver uma produtividade bem mais alta e voar muitas horas”, afirmou Tarcísio Gargioni. Além dos processos envolvendo os passageiros, Alexandre Camargo diz que a tecnologia também interfere diretamente no controle de gestão da empresa. “A tecnologia te ajuda a controlar melhor os custos. Quando tinha uma gestão, digamos, manual, tinha uma maior possibilidade de erros. Com a tecnologia e os processos mais automáticos e digitais você controla inclusive rentabilidade do voo, que é um outro processo interessante que mudou muito”, afirma. Para o ex-diretor do grupo Varig, uma das consequências é a diminuição, por exemplo, dos casos de overbooking. “No passado tinha muito overbooking, porque não tinha reservas totalmente digitalizadas. As agências faziam uma reserva e, se emitia ou não o bilhete, a reserva ficava ali ocupando um espaço. Muitas vezes no controle de voo tinha de planejar que, uma parte daquelas reservas que foram feitas, os bilhetes não foram gerados e, portanto, aqueles lugares de fato não foram vendidos e planejava uma ocupação maior nos voos. Quando isso dava errado, e muitas vezes dava errado, tinha os famosos overbookings. Isso já se reduziu drasticamente”, diz Alexandre Camargo. Apesar de a tecnologia agilizar a relação das companhias aéreas com as agências de viagens, Pedro Mattos, ex-diretor da Transbrasil, afirma que na época de
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diz que a função do agente de viagens ainda é fundamental para as companhias de aviação. “A maior parte das vendas ainda é feita pelas agências de viagens, mas a função do agente mudou. Temos de dar a opção de venda direta e o agente tem de agregar serviços”, afirma. Para ele, as agências estão mais fortalecidas hoje. “É melhor ter dois terços de 100 milhões de passageiros do que 100% dos 15 milhões daqueles anos”, compara.
Alexandre Camargo, exVarig e hoje na Assist Card
Varig, Vasp e Transbrasil a relação era mais cordial. “O grande parceiro das companhias era o agente de viagens e hoje virou quase um inimigo. Claro que o e-commerce aumenta a receita, mas não se pode enxergar o agente como um custo”, diz. Ainda mais quando cerca de 60% do movimento das aéreas vem do corporativo, envolvendo agências de viagens. Tarcísio Gargioni discorda dessa leitura de que os agentes viraram inimigos das aéreas e
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SERVIÇO DE BORDO CAMPEÃO Para o passageiro, a principal mudança está mesmo no conforto a bordo dos aviões. Bem diferente da época em que a Varig recebeu o prêmio de melhor serviço de bordo do mundo, hoje a distância entre os assentos caiu drasticamente, os verdadeiros banquetes a bordo desapareceram e até as bagagens passaram a ser cobradas separadamente. “Os aviões eram um restaurante voador, algo impensável hoje por conta da eficiência necessária”, diz o ex-Vasp Tarcísio Gargioni. Já Luiz da Gama Mór, ex-Varig, lembra que para oferecer um serviço de alta qualidade as companhias aéreas tinham seu próprio
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serviço de catering e handling. “Esses serviços eram um departamento da empresa e hoje são serviços terceirizados para controlar os custos”, afirma. No auge da Varig, os passageiros recebiam suas refeições em pratos de louça, com talheres de metal e copos de vidro. Para os passageiros da primeira classe da Varig, era servido até mesmo caviar. E não era apenas a Varig. Nas décadas de 1980 e 1990, a Transbrasil chegou a oferecer feijoada durante o voo aos passageiros. Mesmo em viagens curtas, a Vasp tinha uma ampla oferta de bebidas alcoólicas. O antigo avião Electra da ponte aérea Rio-São Paulo tinha como charme a uma pequena saleta no fundo do avião utilizada para reuniões dos passageiros. Alguns passavam a maior parte do voo ali, bebendo e fumando. A proibição de fumar a bordo começou a vigorar somente a partir de 1996. O requinte do serviço era tão grande na época de Varig, Vasp e Transbrasil que a principal crítica à Gol na sua chegada ao mercado era exatamente a escassez de comida e bebida durante o voo. Por muitos anos, a empresa ficou conhecida por servir apenas as barrinhas de cereal. Já a Tam conquistou a simpatia dos passageiros nos primeiros anos ao estender um tapete vermelho na entrada do avião. Em muitos voos, os passageiros eram recepcionados pelo comandante Rolim, então presidente da empresa, ou pelos comandantes do voo, algo que mais tarde foi proibido pelas autoridades, com o argumento de que esse ato tirava tempo na preparação do voo (pelos pilotos). Se o serviço de bordo não é mais o mesmo, os aviões atuais estão mais modernos e contam com mais recursos para o entretenimento dos passageiros. As revistas de bordo ainda existem, mas o que atrai a atenção dos passageiros é poder ficar conectado à internet ou mesmo assistir à TV ao vivo durante o voo, de preferência em seu dispositivo móvel.
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Omar Fontana, Wagner Canhedo, Tasso Gadzanis, Ronaldo do Monte Rosa e Rubel Thomas
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Segurança a bordo e fim do glamour dos pilotos Por muitos anos, os pilotos eram as grandes estrelas da aviação. O crescimento do setor também fez com que a profissão perdesse parte de seu brilho. “Esse glamour não existe mais e a massa salarial caiu”, afirma o comandante Miguel Ângelo, que voou no Boeing 737 e no MD-11 da Vasp. O comandante voou em uma época na qual os passageiros tinham livre acesso à cabine dos pilotos durante o voo. “Era comum em voos mais longos falar para os passageiros que o cockpit estava aberto para visitas. As pessoas entravam na cabine e a gente explicava como tudo funcionava”, conta. Essa realidade mudou radicalmente desde os atentados de 11 de setembro nos Estados Unidos. “Hoje, a cabine fica trancada e a porta é a prova de bala”, diz. O que aumentou bastante os custos para
as empresas, e o estresse a bordo, para funcionários e passageiros. Em solo, os viajantes até podem pedir para conhecer a cabine, mas o comandante, que ainda voa na aviação comercial, afirma que isso é algo raro de acontecer. “As pessoas já entenderam que o acesso deve ser restrito”, afirma. O comandante afirma, no entanto, que a principal mudança está mesmo na tecnologia. “Os aviões mudaram muito e hoje estão mais complexos. O piloto precisa estudar mais”, diz. Apesar de a era de ouro da aviação não existir mais, Tarcísio Gargioni afirma não sentir saudade do passado. “Não gostaria que nada voltasse. Tudo melhorou nesses anos e a aviação é mais acessível. As pessoas voavam muito pouco e hoje há um impacto em todas as áreas. Não tenho saudades daquela época”, finaliza.
Total de passageiros transportados no Brasil por companhias aéreas nacionais e estrangeiras: 1975: 8 milhões (0,07 viagem per capita) 1980: 14,2 milhões (0,12 viagem per capita) 1985: 14,8 milhões (0,11 viagem per capita) 1990: 20,2 milhões (0,14 viagem per capita) 1995: 24 milhões (0,15 viagem per capita) 2000: 37,7 milhões (0,22 viagem per capita) 2005: 49,1 milhões (0,27 viagem per capita) 2010: 85,5 milhões (0,45 viagem per capita) 2015: 117,7 milhões (0,58 viagem per capita) Fonte: Abear
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A LINHA DO TEMPO DO FESTURIS GRAMADO
1989
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Silvia Zorzanello e Marta Rossi, duas profissionais oriundas da hotelaria de Gramado, detectavam que, apesar de a Serra Gaúcha despontar como destino privilegiado pelas belezas naturais, os negócios também tinham grande potencial de crescimento e como geradores de divisas para Gramado. Realizaram um salão de Turismo para reunir agentes de viagens e operadoras, estimulando o ainda incipiente mercado turístico gaúcho, fortalecendo o trade e fomentando ações que desviassem para a Serra Gaúcha as atenções do centro do País. Nascia o Festival do Turismo de Gramado, que naquele ano ocorreu entre 11 e 15 de outubro. O local escolhido foi o pavilhão de esportes junto à Prefeitura de Gramado. Os números da primeira edição foram: 2.500 participantes; 1.200 metros quadrados de área construída; 4 destinos internacionais; 160 marcas expostas.
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Na quinta edição, o Festival do Turismo de Gramado já mostrava que crescia em abrangência no Brasil e no Exterior. Fato marcante neste ano foi a realização do 1º Salão do Turismo do Cone Sul, visando à integração com os países vizinhos. A presença de órgãos governamentais e entidades de classe já era significativa, assim como a cobertura da imprensa nacional especializada no Turismo. Na programação paralela do Festival, o Torneio de Futebol, realizado desde a primeira edição, começou a se consolidar reunindo os desportistas do trade. Foi uma estratégia criada pelos agentes de viagens do Rio Grande do Sul para mobilizar profissionais de todo o País para o evento. Na ocasião, os times foram a Seleção Gaúcha contra o Resto do Mundo.
1998 A décima edição do Festival marcaria a primeira grande mudança no local da feira de negócios, pois o pavilhão da Prefeitura de Gramado não comportava mais a expansão no número de expositores. O local escolhido foi o então recém-inaugurado Centro de Feiras de Canela, na entrada da cidade vizinha, com 3.500 metros quadrados de área. O número de visitantes já ultrapassava os 5.000 – todos ligados ao trade turístico, confirmando o acerto da decisão dos organizadores, desde o início, em só permitir o acesso aos profissionais da área.
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2001 Em um ano que marcaria o mundo, o atentado às Torres Gêmeas de Nova York colocaria a 13ª edição do Festival do Turismo de Gramado “no olho do furacão”. Não se deixando abater pela apreensão que se manifestava em todos os setores, o festival dava nova demonstração de força ao mudar a Feira de Negócios para o imponente Serra Park Centro de Feiras e Eventos, inicialmente ocupando 9.000 metros quadrados dos pavilhões. Com mais de 30 destinos internacionais e 1.100
marcas expondo na feira, a presença de países da Ásia e da África demonstrava que também estes continentes estavam representados em Gramado. O tema do Congresso era particularmente interessante: “Começa a era do Turismo espacial e dos negócios turísticos do futuro”, oportunidade em que uma empresa norte-americana que promove voos tripulados para o espaço apresentou seus serviços. Um exemplo do pensamento futurista que a feira apresentou desde a primeira edição.
1999
Novamente a feira de negócios mudaria de local: neste ano, retornaria para Gramado, em um local com 7.500 metros quadrados de área construída, duas vezes maior que no ano anterior: o Centro de Eventos ExpoGramado, com estacionamento para mais de 400 veículos. O Congresso, tradicional nas manhãs da sexta-feira e do sábado, neste ano aconteceu nas dependências do Hotel Serra Azul. Estreavam também neste ano, o Salão do Turismo do Rio Grande do Sul e o Salão de Negócios Ugart (União Gaúcha de Representantes Turísticos).
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2003
Na emblemática edição de 15 anos, o Festival do Turismo de Gramado foi pioneiro no setor na segmentação de feiras por nichos de mercado. A medida esteve alinhada com a proposta do Governo Federal na época. Ocorreria pela primeira vez o Salão de Ecoturismo e Turismo de Aventura. Com isso, os profissionais desta área dirigiam-se diretamente ao segmento de seu interesse, otimizando seu tempo de visita para fazer negócios. Números do crescimento do evento: 1.700 marcas expostas, público visitante atinge a marca de 10.000 profissionais.
2008
2010 O Festival do Turismo segue sua trajetória de crescimento, agora absorvendo o golpe da perda de uma de suas idealizadoras, Silvia Zorzanello, falecida em 17 de julho de 2010. Eduardo, filho de Silvia, e Marcus Vinicius, filho de Marta Rossi, passam a integrar a direção da empresa. Os números da 22ª edição apontaram: 2.200 marcas em exposição; 13.000 visitantes profissionais; 17.000 metros quadrados de área construída; 250 jornalistas credenciados. Destinos em Destaque é o nome de outra área segmentada, inaugurada em 2010, ocupando mais um pavilhão do Serra Park.
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Completando duas décadas, o Festival do Turismo já estava definitivamente inserido no circuito dos grandes eventos latino americanos de negócios turísticos, fato comprovado pela presença das maiores operadoras nacionais e diversas do Exterior. As marcas expostas chegaram a 1.900, o público visitante ultrapassou os 11 mil. Sucesso desde o lançamento, em 2006, as Rodadas de Negócios Sebrae voltaram a acontecer com sucesso. Surgia o Salão de Turismo Cultural. A cobertura da imprensa especializada, inclusive com jornalistas do Exterior (importante caravana de Portugal veio já em 2005), foi expressiva com a vinda de mais de 200 profissionais. No saguão de entrada do Serra Park, era exposta pela primeira vez a Galeria dos Homenageados com o troféu Amigos do Festival. A presença de autoridades no Festival também atestava sua importância, com os governadores do Rio Grande do Sul, os ministros do Turismo e deputados estaduais e federais já frequentando o evento.
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2016 Mantendo seu sucesso, o FESTURIS lançou o Espaço Luxury para promover encontros entre empresas e compradores deste nicho que atende um público diferenciado, imune a crises econômicas. Orgulhosa por receber o selo de Feira Mais Acessível do País, a organização do evento promoveu a vinda de mais de 200 Hosted Buyers, de diversos países. Também nesta 28ª edição foi dado início ao projeto Embaixador FESTURIS, uma parceria com promotores de Turismo gaúchos para auxiliar na divulgação do evento entre os profissionais do trade.
2013 O Festival completa 25 anos de crescimento constante e planejado. Com mais de 2.500 marcas, expostas em 400 estandes, a Feira apresentou um novo segmento: o Salão de Sustentabilidade e Turismo Verde. A repercussão internacional do evento se nota também no aumento da Área Internacional: agora são mais de 40 destinos de além-fronteiras.
2014 O setor de Reuniões, Incentivos, Conferências e Exposições, mais conhecido pela sigla MICE, passa a merecer uma maior atenção e um salão especial no FESTURIS, em parceria com a Associação Brasileira de Empresas de Eventos (Abeoc), devido à sua grande importância. A 26ª edição também lançaria o Salão de Parques e Entretenimento e o Buyers Club, uma nova ferramenta para potencializar o fluxo de negócios, aproximando profissionais do trade e expositores, que passaram a agendar reuniões dentro da feira com antecedência. As salas de capacitações e de workshops, no recinto da Feira, são cada vez mais procuradas pelo público visitante.
2011 O Festival do Turismo de Gramado simplifica seu nome e passa a se chamar FESTURIS, facilitando a identificação do evento junto ao mercado internacional, que tinha dificuldade com a antiga nomenclatura.
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2018 Trinta edições da feira de negócios que gera resultados efetivos para o trade turístico brasileiro. Três décadas de crescimento que colocaram o FESTURIS no mesmo patamar das grandes feiras mundiais de negócios para o setor. As novidades foram muitas, a começar pelo Congresso: desde o início realizado em diferentes lugares de Gramado como o Hotel Serra Azul, o Centro Municipal de Cultura, o Wish Serrano Resort e o Palácio dos Festivais, em 2018 passou a ser o Meeting Festuris, em formato mais moderno, no Hotel Gramado Master e direcionado para 500 profissionais. Novamente o Espaço Luxury foi ampliado e surgiram áreas de conteúdo no Espaço LGBT e no Espaço Tech & Corporativo. Criou-se os Espaços Boutique e Viagem pela Cultura e Costumes. Os números: a Feira ocupou uma área de 24.000 metros quadrados; expôs 2.500 marcas; recebeu 15 mil participantes e repetiu a marca de 65 destinos internacionais. Gerou R$ 300 milhões em negócios. Compareceram 450 jornalistas e influenciadores e aconteceram 250 palestras e workshops.
Espaços segmentados do Festuris • Salão de Ecoturismo e Turismo de Aventura: 2003 • Salão de Tecnologia para o Turismo: 2004 • Salão do Turismo Rural: 2005 • Salão de Turismo Saúde: 2006 • Salão de Turismo Místico, Religioso e Esotérico: 2007 • Salão de Turismo Cultural: 2008 • Espaço do Turismo LGBT: 2009 (pioneiro no mercado brasileiro). • Espaço de Acessibilidade: 2012 • Espaço de Enoturismo: 2012 • Espaço de Sustentabilidade e Turismo Verde: 2013 • Espaço de Parques e Entretenimento: 2014 • Salão MICE Abeoc: 2014 • Espaço Luxury: 2016 • Espaço Boutique: 2018 • Espaço Viagem pela Cultura e Costumes: 2018 • Espaço Wedding: 2019 • Espaço Termalismo e Bem-estar: 2019
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2019 Inicia um novo ciclo do FESTURIS, apostando ainda mais nas tendências que o mercado turístico apresenta. Entre as novidades estão o lançamento do Espaço Wedding, segmento especializado em casamentos e luas de mel, e o Espaço Termalismo e Bem-estar, percebendo o aumento da preocupação das pessoas em questões relacionadas à saúde e aos benefícios das águas termais. Para lançar um novo segmento, a feira sempre acompanha as características mais latentes no Turismo do sul do País. Gramado consolidou como o terceiro principal destino de casamentos, o que contribuiu para a criação do Wedding. Já o Termalismo há anos vem se destacando no Rio Grande do Sul e Santa Catarina. Neste ano também será lançado o novo APP FESTURIS, otimizando o tempo dos participantes e potencializando a geração de negócios. Atendendo a pedidos de profissionais na última edição, a feira abrirá uma hora mais cedo e contará com uma versão pocket do Festival da Gastronomia de Gramado. Investindo no conteúdo desde as primeiras edições, o Meeting FESTURIS apresenta novo layout e palestras com nomes de destaque do mercado turístico. n
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DEGUSTAÇÃO NAS ALTURAS A lista de vinhos da Air France recebeu pelo segundo ano consecutivo o prêmio concedido pela renomada revista britânica The World of Fine Wine pela diversidade e excelente qualidade nos vinhos servidos a bordo. O júri, composto por especialistas rigorosos, críticos e sommeliers, distinguiu a diversidade e a excelente qualidade da seleção de vinhos proposta pela Air France em suas diferentes cabines de viagem. No entanto, esse não foi o único reconhecimento recebido pela Air France neste ano. Em fevereiro, durante a prestigiada cerimônia Cellars in the Sky Awards 2018, a empresa foi novamente recompensada pela qualidade excepcional dos vinhos e dos champanhes servidos a bordo de sua cabine La Première. Também neste ano, a companhia foi homenageada com o prêmio de melhor champanhe de primeira classe, com o Taittinger Comtes de Champagne Blanc de Blancs 2006, servido também na cabine La Première. A cada dois meses, a Air France renova sua oferta de vinhos e champanhes disponíveis a bordo de seus voos para permitir que os clientes descubram a riqueza das variedades francesas. Em todas as suas cabines de viagem, a lista de vinhos e champanhe é assinada
por Paolo Basso, eleito o melhor sommelier do mundo em 2013, em cooperação com Thierry Desseauve e Michel Bettane, autores do guia francês de vinhos Bettane & Desseauve. Por ano, a Air France serve 800 mil garrafas de vinho nas classes La Première e Business e 750 mil de champanhe, inclusive na classe econômica. Todos os vinhos e bebidas alcoólicas são escolhidos por sua capacidade de se adaptar às restrições ligadas ao ambiente particular do transporte aéreo, particularmente a pressão do ar seco e da cabine, que modifica a percepção dos gostos. Desde maio deste ano, a Air France oferece a todos a oportunidade de prolongar o prazer de desfrutar dos melhores vinhos, champanhes e destilados com a Adega da Air France. Os clientes também desfrutam de ofertas e convites especiais para degustações exclusivas. VINHOS “ARTFUL” Em 2019, a KLM Royal Dutch Airlines completa 100 anos de existência, enquanto o Rijksmuseum, em Amsterdã, celebra o 350º aniversário da morte de Rembrandt van Rijn. E para celebrar as datas, a KLM e o Rijksmuseum apresentam cinco vinhos únicos intitulados Night Watch Wines.
Cada rótulo apresenta um detalhe icônico da obra-prima de Rembrandt The Night Watch, concluída em 1642. Desde outubro, os vinhos estão sendo servidos aos passageiros da KLM World Business Class em voos intercontinentais (confira a lista no box). Em meados de 2019, o Rijksmuseum lançou a Operação Night Watch, o maior e mais diversificado projeto de pesquisa e restauração da obra-prima de Rembrandt já realizada. A pesquisa inclui fotografia de alta resolução e vários métodos avançados de imagem. Serão feitas mais de 10 mil fotos de alta resolução, o que permitirá a análise de detalhes exclusivos. OS CINCO RÓTULOS NIGHT WATCH WINES •
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Shiraz 2018 - W.O. Região Costeira - África do Sul (Boschendal) Merlot 2018 - Vale do Rapel Chile (Lapostolle) Chardonnay 2018 - Pays d'Oc França (Abbots Delaunay) Crianza 2016 - Rioja - Espanha (Beronia) Sauvignon Blanc 2019 Mendoza - Argentina (Perdriel)
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NO CORAÇÃO DA BAHIA Maria Izabel Reigada, especial para a Revista PANROTAS
Divulgação/ Branco Pires
Vale do Pati
Tão bem lapidado quanto os diamantes que renderam seu nome, o Turismo na Chapada Diamantina é hoje a verdadeira joia do interior baiano. Entre os guias e condutores de trilhas da região, é comum encontrar ex-garimpeiros, uma vez que até a década de 1980 a economia local girava em torno da extração de pedras preciosas. Hoje, o Turismo reina absoluto, especialmente em municípios como Lençóis, com aeroporto, Mucugê e Ibicoara. Criado em 1985, o Parque Nacional da Chapada Diamantina tem 152 mil hectares e está no centro da Chapada, dividida em norte, centro e sul para facilitar as localizações. Seus cartões-postais estão espalhados por toda a região, fazendo com que o destino tenha opções para um dia de passeio, uma semana de viagem ou um mês de contato intenso com a natureza, segundo o gosto do cliente. Entre os mais aventureiros, são as travessias que fazem o coração bater mais forte, literalmente, em meio a muito sobe e desce. O trekking do Vale do Pati é um dos mais conhecidos do Brasil e dispensa acampamentos, uma vez que a hospedagem é oferecida pelos moradores 44 44 a 48.indd 44
dos vilarejos locais – em clara demonstração de como a região “abraçou” o Turismo. O trekking mais comum tem cinco dias de duração e caminhadas diárias que oscilam entre 12 e 22 quilômetros, para ligar Lençóis, no norte da Chapada, a Andaraí, no centro. O percurso deixa o visitante cara a cara com atrativos como a segunda maior cachoeira do parque, o Cachoeirão, com queda de quase 280 metros. Embora o Vale do Pati seja o trekking mais famoso da região, há uma série de opções capazes de garantir aos aventureiros o desejo de retornar. A diversidade é um dos pontos fortes do Turismo da Chapada. Mesmo visitantes pouco acostumados à prática física podem entrar em contato com espetáculos da natureza a partir de trilhas com baixo nível de dificuldade. Em uma manhã, é possível visitar o Serrano, antigo garimpo que rende belas vistas para a cidade de Lençóis, com direito a banho em duas cachoeiras – não à toa é conhecido como “praia de Lençóis”. Em Mucugê, no centro do parque nacional, há cachoeiras como a das Andorinhas, a três quilômetros da única praça da cidade.
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ÍCONES Alguns dos principais cartões-postais da Chapada Diamantina estão dentro de fazendas e o visitante chega em transfers bastante confortáveis, caso da Gruta Azul, na Fazenda Pratinha. Ao contrário das cavernas, as grutas têm mais de um acesso de entrada/saída. A Gruta da Lapa Doce tem 850 metros de fácil caminhada e sem risco de ataques claustrofóbicos, uma vez que suas cavidades são bastante amplas. Catalogadas, há mais de 170 grutas na Chapada. Próximo a Andaraí, o Poço Azul também tem acesso fácil e deque de madeira para ajudar na descida até suas geladas águas azuis, onde o banho é permitido com colete e snorkel, para observar todos os detalhes do fundo, a mais de 20 metros.
Lençóis, a principal cidade da Chapada
Divulgação/Tatiana Azeviche (Setur-BA)
Poço Azul
ÁGUA Para os fãs das cachoeiras, no entanto, o acesso sempre exigirá alguma caminhada, seja para observá-las do alto ou para mergulhar em seus poços. A Fumaça, ao norte, tem a maior queda d´água da Chapada, com 340 metros, e a Fumacinha, com cerca de 100 metros, é alcançada após oito quilômetros de trilha, no sul da região. Para a Cachoeira do Buracão, são 38 quilômetros de terra desde Ibicoara, também no sul do parque nacional. Os veículos 4X4 estacionam a uma hora de caminhada do mirante de onde se avista a queda d´água de 85 metros. Também é possível nadar em seu poço, depois de uma descidinha íngreme e algum aperto entre as paredes do cânion formado por suas águas. É considerado por muitos o passeio mais bonito da Chapada. Também o principal cartão-postal da Chapada Diamantina exige algum esforço físico. O Morro do Pai Inácio é uma formação de 250 metros em meio a morros que chegam aos 600 metros. Ao avistá-lo da estrada, o visitante começa a fazer as primeiras fotos, mas é lá do alto que ele terá a melhor vista – e uma pequena dimensão do que é a Chapada Diamantina. O grau de dificuldade é moderado, mas a recompensa desconhece o termo moderação. Do alto, observam-se as cadeias rochosas de arenito e seus recortes, esculpidos no longo trabalho de 1,6 bilhão de anos. O resultado não poderia ser outro: perfeição.
As águas escuras do Poço do Diabo
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Municípios – Lençóis (a cerca de 400 quilômetros de Salvador) é o principal ponto de partida para explorar a Chapada e reúne a maior infraestrutura de hospedagem, gastronomia e receptivos. As ruas de pedra e os casarões do século 19 enchem de charme a cidade. No fim da tarde, mesas e cadeiras são colocadas nas ruas e calçadas, ampliando a área dos bares e restaurantes. Em Mucugê, não há tantas opções gastronômicas ou de hospedagem, mas a pequena cidade, com três mil habitantes, vale um pernoite para os que vão explorar o centro da Chapada. Uma de suas curiosidades é o Cemitério Bizantino, formado por lápides brancas construídas como igrejas góticas. Do começo do século 19, a influência bizantina tem origem nos compradores de diamantes turcos que habitaram a região. É lá também que está o Museu do Garimpo. No sul da Chapada, Ibicoara está a 1,1 mil metros de altitude e é um desses raros endereços nordestinos onde faz frio no inverno. Tem boas opções de hospedagem e gastronomia, famosa produção de cachaça, está no caminho da rota de pinturas rupestres da região e ainda é o melhor acesso para algumas das principais cachoeiras da Chapada: a do Buracão e da Fumacinha. Cachoeiras – São 33 cachoeiras somente na área do parque nacional, segundo o site oficial. Como as distâncias são grandes, o ideal é se concentrar nas mais próximas à base de apoio, seja na região norte, sul ou no centro. Quem é mais voltado à contemplação, vai preferir as “gigantes de lá”, como a cachoeira da Fumaça, que tem trilha de cinco quilômetros para visitar a parte alta, sendo uma hora de subida íngreme, e a do Buracão, que além da contemplação, do alto, conta
Divulgação/Ana Paula Bispo (Setur-BA)
Cachoeira do Buracão Ibicoara
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Divulgação/Tatiana Azeviche (Setur-BA)
Para conhecer melhor a Chapada Diamantina
Mucugê
com poço para nadar, acessado em percurso de escalaminhada e travessia de cânion. Lindas quedas d´água e excelentes poços para nadar estão presentes na cachoeira Encantada e Véu de Noiva, ambas nas proximidades de Ibicoara, e na Capivari e do Mosquito, próximas a Lençóis. Não se deixe assustar pelo nome da cachoeira... a Mosquito tem cerca de 60 metros e seu nome é devido ao tamanho dos diamantes encontrados por lá, pequenos. Poços e grutas – As grutas e seus poços de água são parte da natureza da Chapada Diamantina. O maior sítio paleontológico submerso do Brasil é o Poço Azul, uma das visitas obrigatórias por lá. Em 2005, fósseis de diferentes espécies foram retirados de lá, entre eles o de uma preguiça gigante, que teria habitado as Américas há 11 mil anos. O Poço Azul é aberto para banho e tem profundidade de 20 metros, com visibilidade plena. De fevereiro a outubro, entre as 12h as 15h, ocorre a incidência perfeita dos raios solares, garantindo o tom “azul” que dá seu nome. Com banho proibido, o Poço Encantado é um dos cartões-postais locais e a recomendação de visita é entre abril e setembro, das 10h às 13h30. Os receptivos já organizam as visitas atentando para esses horários. Outra opção famosa é o Poço do Diabo, de águas escuras, devido a sua acidez. Pantanal baiano – Menos conhecido que os trekkings da região, a área de Marimbus recebe o apelido de “pantanal da Chapada”. Trata-se de uma planície inundada por diversos rios e cheia de plantas aquáticas. As visitas ocorrem a partir de Lençóis ou Andaraí, normalmente, e os visitantes aproveitam para praticar canoagem, caiaque e stand up paddle. Quando e como ir – Há voos semanais da Azul entre Salvador e Lençóis, com frequências que aumentam na alta temporada. Linhas de ônibus saem da capital baiana para diferentes cidades da Chapada Diamantina, com destaque para Lençóis, Ibicoara e Andaraí. O transporte entre os municípios da região é precário, valendo a pena contratar os receptivos locais e seus transfers. A região tem temperatura média de 25oC durante o ano e a recomendação é visitar no período da seca, entre março e outubro, mas não há impedimentos para visitá-la nos demais meses do ano. Durante o verão, quando chove mais, as trilhas têm mais lama, mas as cachoeiras estão mais caudalosas. Por ser uma região serrana, as noites podem ser frias, especialmente em pontos mais altos, com os termômetros chegando a 10oC em Mucugê, no inverno.
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ARTIGO A PRINCIPAL EXPERIÊNCIA QUE VOCÊ DEVE PROPORCIONAR AO SEU CLIENTE NÃO É APENAS A VIAGEM, MAS SIM O SEU ATENDIMENTO! Olá, bem-vindos a bordo, convido você a embarcar comigo nessa reflexão. Ao longo da minha carreira tenho percebido que nunca foi tão importante os profissionais e empresas inovarem para se manterem nesse mercado tão competitivo. A inovação é fundamental e necessária para o sucesso de qualquer negócio em Turismo, mas é verdade também, que pensamos tanto em inovar, mas muitos agentes de viagens estão pecando pelo básico que é prestar um atendimento de excelência e que surpreenda o cliente. Muitos profissionais e empresas estão olhando lá para frente, mas deixando de fazer o “arroz e feijão” bem feito, ou seja, prestar um atendimento de qualidade. Os clientes buscam cada vez mais uma experiência de atendimento e é isso que fará ele se deslocar de casa ou entrar em contato com uma agên50 50 a 56.indd 50
cia de viagens, caso contrário ele fará tudo sozinho em qualquer site ou aplicativo. Costumo dizer que o cliente pode comprar viagem em qualquer lugar, mas ele precisa perceber que a melhor experiência de viagem ele só poderá comprar com você, em sua mesa! Você deve agregar valor ao seu trabalho. Cabe a você fazer com que o cliente perceba e sinta este valor por meio de seu atendimento. Não pense apenas em vender, mas sim em ajudá-lo a comprar a viagem ideal. Torne-se a referência dele quando pensar em viagem! As agências on-line estão cada dia mais agressivas na concorrência por preços, mas nenhum site pode substituir a sua consultoria, o seu conhecimento e a sua capacidade de tornar a experiência do cliente completa. Isso o torna insubstituível.
ROBSON MIRANDA é coordenador da área de Treinamento da CVC Brasil e co-autor do livro Coaching por Especialistas: coaches em diversas áreas contam seus segredos, pela Editora IBC. Contato: robsonmiranda@cvc.com.br ou turismólogo. robsonmiranda@hotmail.com LinkedIn: linkedin.com/in/ robson-miranda-23376327
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Current International Inc.
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Publication/Location: BRASIL
File Name:CUB_0101_BRA_PANROTAS FESTURIS_ GI_OCT19_PO
Você, consultor, tem um papel fundamental: é o principal responsável em ajudar o cliente a adquirir sua viagem com todos os itens necessários para sua segurança e tranquilidade. VOCÊ, CONSULTOR DE VIAGENS:
1. Conhece profundamente o produto/serviço;
2. Conhece o mercado em que atua e as forças e fraquezas do concorrente;
3. Vende solução; 4. Agrega valor; 5. Vende a imagem da empresa;
6. Argumenta; 7. Assessora o cliente; 8. Gerencia a viagem
(pré, durante e pós) e a satisfação do cliente;
9. Desenvolve
relacionamento duradouro;
10. Deixa a experiência
do cliente mais completa, oferecendo alternativas, produtos e serviços opcionais.
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QUERO SALIENTAR ALGUMAS DICAS QUE FARÃO TOTAL DIFERENÇA EM SEUS PRÓXIMOS ATENDIMENTOS: Faça perguntas abertas, silencie e escute o seu cliente, assim você saberá o propósito da viagem e será mais assertivo em direcionar a venda, bem como identificará o potencial de compra e o quanto ele está disposto a investir; Invista tempo explorando o perfil do cliente e seus desejos de viagem; Questione o cliente sobre o que ele espera de sua viagem. Essa é uma pergunta poderosa! Após, ofereça a viagem dentro da expectativa do cliente (foco do cliente); Tenha interesse pelo cliente e não apenas no valor da venda. Você quer ter consumidores ou clientes? O consumidor é aquele que compra sem ter nenhum vínculo, já o cliente é aquele que compra mais de uma vez contigo, mas para que isso aconteça você precisa relacionar-se ao longo do ano com ele, promovendo-o de consumidor para cliente. Lembre-se: tão importante quanto fechar uma venda é manter um relacionamento duradouro com seu cliente. Agora falando mais de você como profissional, finalizo fazendo uma pergunta que sempre faço em meus processos de
coaching aos meus coachees: Você quer ser um profissional de sucesso no Turismo? Se a resposta for sim, então seja protagonista de sua carreira, se cubra de atitude, pois essa é a competência dos profissionais de sucesso! Não terceirize o seu sucesso ao seu gestor, esposa, marido ou familiares. Sim, você é o principal responsável por seu sucesso pessoal e profissional, busque sempre conhecimento e desenvolver-se profissionalmente! Saia de casa com entusiasmo para lidar com as mais diversas adversidades, o que é mais forte do que estar motivado, afinal a palavra “entusiasmo” advém originalmente do grego antigo, “enthousiasmos”, pela junção de “en” e “Theos”. “En”significa dentro, já “Theos” significa Deus. Assim “enthousiasmos” significava literalmente ter um deus dentro de si e quando Deus está dentro de você quem poderá lhe deter? Agora, se você quer ter sucesso mesmo, encontre propósito no que você faz e levante-se da cama para buscar esse propósito que é proporcionar a melhor experiência de viagem em todos os momentos da vida de seus passageiros, afinal viver por um propósito é viver e viver sem propósito é apenas existir, você vive ou apenas existe? Qual legado pessoal e profissional você quer deixar? Reflita nisso! Acabo de ouvir “Tripulação, portas em automático”, preciso ir, bora voar e nos vemos no próximo artigo. n
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Infográfico
PESQUISA ENCOMENDADA PELA CVC CORP
MERCADO DE LAZER AMOSTRAGEM CLASSES ABC ACIMA DE 18 ANOS
102,5 milhões de brasileiros¹ 54,3 milhões (53%) viajaram² nos últimos 2 anos³
56% compraram passagem aérea 33% compraram passagem rodoviária 64% compraram hospedagem
DEMOGRAFIA DO VIAJANTE BRASILEIRO Pesquisa realizada pela consultoria MC15 com 2.790 respostas GÊNERO Mulheres
41
Homens
59 54
NÃO VIAJOU
46
VIAJOU
CLASSE SOCIAL a b
8
92 29
71
c
61
39
CLASSE SOCIAL 18-29 ANOS
52
48
30-39 ANOS
42
58
40-46 ANOS
39
61
50 ANOS OU MAIS
52
48
¹
Fonte: IBGE 2018, critério Brasil, sem considerar região Norte
²
Para caracterizar como viagem na pesquisa é preciso ter comprado serviço de acomodação e/ou transporte Pesquisa realizada com ² ³MC15, englobando 2.790
respostas em todas as regiões brasileiras, exceto Norte.
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CVC É A PREFERIDA EM TODAS AS CLASSES SOCIAIS E TAMBÉM EM TODAS AS IDADES
PREFERÊNCIA DECLARADA POR CLASSE SOCIAL E FAIXA ETÁRIA (%) do total – critério Brasil
A
B1
B2
C1
C2
18-29 ANOS
40-49 ANOS
30-39 ANOS
50 ANO OU MAIS
32% 30%
31% 32% 28% 28% 25%
Q44: E qual operadora/ agência de viagem é a sua preferida? Base: Total de Viajantes (2473)
26%
22%
17% 16% 14%
15%
14% 11%
2 PLAYER O
14% 12%
CVC
14%
2O PLAYER
CVC
PRINCIPAIS CONCLUSÕES: A ETAPA DE PESQUISA JÁ É MULTICANAL, PRINCIPALMENTE NAS CLASSES MAIS ALTAS
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VIAGEM COM ASSISTÊNCIA SEGUE NA PREFERÊNCIA! AUXÍLIO É CONSIDERADO IMPORTANTE TANTO DURANTE O PLANEJAMENTO QUANTO DURANTE A VIAGEM, EM ESPECIAL EM VIAGENS INTERNACIONAIS
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LOW PROFILE, HIGH PERFORMANCE
Dilson Verçosa Jr., 43 anos de aviação
Já pensando em desacelerar e com projetos de aposentadoria, aos 43 anos de aviação e 64 de idade, eis que Dilson Verçosa Jr., então diretor de Vendas Brasil da American Airlines, recebe de Christine Vals, nova diretora de Vendas para a América Latina, um convite para ajudá-la na América do Sul e comandar toda a área como diretor regional de Vendas. O motivo? Precisava da sua visão de mercado, experiência e estilo para que a região volte a crescer e para desenhar os caminhos para a próxima geração da AA em países como Brasil, Argentina, Colômbia, Peru... Desde o começo do ano na função, Verçosa com certeza identificará alguns possíveis sucessores para liderar a companhia na América do Sul, mas não há dúvidas: quem quiser assumir o desafio vai precisar ter a inquietude para experimentar todas as áreas da empresa 58 58 a 64.indd 58
(e não se trancar na sua especialidade), respeitar co-lideranças e aproveitar o melhor de cada uma, estar sempre disposto a aprender, enfrentar os desafios com números, calma e apoio da equipe, e investir em colaboradores que vistam a camisa do time e que se sintam reconhecidos, valorizados e ouvidos. Exatamente como Dilson Verçosa Jr. fez ao longo de sua carreira na British Caledonian, Varig e principalmente American Airlines. Low profile com a vida pessoal e mesmo na exposição no mercado, é high performance em conquistas e no legado que construiu na aviação internacional no Brasil. PERDEMOS UM MÉDICO Carioca, Verçosa é filho de um piloto da Aeronáutica e por isso já morou em locais tão diversos como Guaratinguetá (SP), Recife e Washington DC. Passou um ano
e meio nos Estados Unidos, entre 1974 e 1975, onde começou a estudar Medicina. Voltou para o Brasil para continuar os estudos na então Faculdade Nacional (hoje UFRJ), na Ilha do Governador, e como queria juntar dinheiro para rever os amigos que havia deixado nos Estados Unidos decidiu buscar um emprego part-time exatamente ao lado da faculdade, no Aeroporto do Galeão. Começou nas férias de verão como atendente de aeroporto da Varig, sem a menor pretensão de ficar na aviação. “Fiquei seis meses no Galeão, mas foi o suficiente para tomar a decisão de que queria seguir carreira na Aviação. Assim, troquei a Medicina por Administração e busquei uma posição onde pudesse crescer e não ficasse isolado no aeroporto”, contou à PANROTAS, em sua exsala na sede da AA em São Paulo (sala que agora será ocupada por
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Alexandre Cavalcanti, seu sucessor no Brasil). O emprego que conseguiu lá em 1976 foi na empresa britânica British Caledonian, que tinha sede no centro do Rio. Até o final da década de 1990, aliás, todas as empresas internacionais mantinham a matriz no Rio de Janeiro e a American foi a primeira empresa a dividir os voos entre Rio e São Paulo. Até então a maioria fazia São Paulo-Rio-Destino internacional. Mas isso é mais para frente na trajetória de Verçosa, que trabalhou em todas as áreas possíveis na British Caledonian. Se era para fazer carreira na Aviação, tinha de aprender tudo, conhecer todas as áreas e processos. Se já tinha certa experiência de aeroporto por conta dos seis meses de Varig (e a companhia brasileira foi por muito tempo a maior operadora internacional no País), na empresa britânica aprendeu a fazer reservas ainda em fichas, manualmente, depois no computador, com direito a treinamento em Londres. Em seguida foi para a área de Vendas e se tornou o mais novo gerente comercial da companhia, cuidando de Rio, Belo Horizonte e Brasil Central.
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“Ia nas reuniões da Asseac, com 25 anos, e me reunia com diretores de grandes empresas como Varig, PanAm, Air France e Braniff, e aprendi muito com aqueles líderes, como Alfredo Rodriguez, da Aerolíneas, Décio Camões, Célio Alvim, Flavio Sartini”, relembra. Na área da distribuição, negociava com outros pioneiros, como Mayer Ambar, da Belair, Carlo Gherardi, da Hotur, Claudio Gurvitz, Isaac Haim. “Era um mercado bem concentrado e também aprendi muito com eles. Lembro que o Goiaci Guimarães já tinha a GuiCris em São Paulo... Foi bom acompanhar esse pessoal de perto, em transformação”. Nessa época a British Caledonian voava cinco vezes por semana para Londres, com o DC-10 (que substituiu o VC-10 nessa rota), e em uma das frequências usava o Boeing 707. “O Brasil era um mercado marginal para as internacionais, secundário, e para lotar o voo era preciso fazer pernas para Chile e Argentina, por exemplo”, continua Verçosa, que viu duas grandes “crises” a serem dribladas já na década de 1980. A primeira, em 1982, quando, por conta da Guerra das Malvinas, a British Caledonian diminuiu os voos de cinco para apenas dois, e em 1985, quando a empresa trocou as rotas da América do Sul com a estatal British Airways, ficando com operações para a Arábia Saudita. A FASE OREMAR Com a chegada da gestão British Airways (incluindo Ian Gillespie, como gerente de Marketing), Verçosa ficou mais um ano na empresa, mas diz que não se adaptou ao modo estatal de trabalhar, pois estava acostumado à agilidade de uma empresa privada. No fim de 1986, recebeu proposta para ser gerente da Oremar no Rio. A empresa era uma das referências em cruzeiros marítimos e representação de empresas aéreas off-line no País, e foi berço de grandes nomes do Turismo. Na sua época, conviveu com lideranças como Diego Marruecos, o número um da empresa, Ilya Hirsch, Tasso Gadzanis e Beto Santos, que veio a ser um dos grandes amigos no setor. Na Oremar foi transferido para São Paulo, onde já trabalhava José Rober60 58 a 64.indd 60
to Trinca, hoje diretor de Vendas São Paulo/Sul da AA e outro grande amigo de Dilson Verçosa. “O Trinca é mais que um amigo, um verdadeiro irmão. E muito do sucesso da American no Brasil vem do fato de que eu, ele e o Erli Rodrigues nos complementávamos e sempre respeitamos o trabalho e o espaço do outro”. Entre as representações da Oremar estavam companhias marítimas como Carnival e Cunard, e de aviação como Ladeco, Sabena e American Airlines. “Viajei muito com o Ilya para reuniões com a American Airlines. Conheci bem Ivan Engelhart nessa época”, relembra. E poucos sabem mas a American voou por nove meses para o Brasil na década de 1980, com o Rio-Dallas três vezes por semana. “Era apenas a terceira experiência internacional da AA no Exterior e quando o governo brasileiro proibiu a remessa de recursos para o Exterior, a empresa deixou o País, e só retornaria em 1990, já com a nossa equipe”. Em 1989, a American compra as rotas da Eastern na América do Sul e voltaria ao Brasil no ano seguinte. “A Eastern
não voava para o Brasil, mas como a American tinha interesse em voar para cá novamente e o valor das rotas subiria bastante, eles abriram operação para cá por oito meses e a American assim chega ao Brasil novamente em 1990, em uma negociação de cerca de US$ 480 milhões”. A American nessa época já tinha Peter Dolara como diretor, baseado em Nova York, já que Miami nem sonhava em ser o hub que é hoje para a empresa. “Miami só tinha voos da American para Dallas, seis por dia”, diz Verçosa. “Para ir a Nova York, era preciso fazer escala em Raleigh”. Hoje, depois de investimentos para transformar Miami em seu hub com foco na América Latina, são mais de 300 voos por dia, dois terminais inteiros e quase 70% das rotas de MIA. AMERICAN, O RETORNO Pela relação que tinham com os executivos da AA, Dilson Verçosa e José Trinca foram os primeiros funcionários da companhia, ao lado de Jurandir Tavares, também ex-Oremar, e que fazia as reservas via Sabre na operadora.
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Verçosa com Jurandir, Julia, Ana Paula, Marisa, Eduardo, Mônica, Cátia, Caroline, Simone, Fernando, Ernesto, Mauro, Suzana, Heleni e Lenita, parte dos centenas do time dele em 29 anos de AA
Em 1º de julho de 1990 a AA volta oficialmente a voar para o Brasil, com o Miami-Rio-São Paulo, em um 777200. Em janeiro de 1991, chega Erli Rodrigues, ex-PanAm, que viria a fechar em dezembro de 2001. A American assumiu o escritório da Eastern no Rio, mas em São Paulo teve que praticamente começar do zero. “Foi muito legal ver a contratação de um pessoal jovem e cheio de gás, que passava 45 dias em nosso Learning Center em Dallas (que alguns chamavam de killing center, pois era muito trabalho), e muitos construíram carreira na American. A empresa investe muito em treinamentos, capacitação, no bem-estar dos colaboradores e por isso temos vários aqui com mais de 20 anos de companhia, outros que ganharam oportunidades nos Estados Unidos... Esse é um dos diferenciais da empresa. Até nas grandes crises a gente evita ao máximo cortar funcionários. Depois do 11 de setembro, por exemplo, decidimos não demitir ninguém, apenas não substituíamos se um funcionário tivesse que sair. Quando fechamos a central de reservas no Rio, mantivemos os colaboradores por dois anos para acharmos oportu62 58 a 64.indd 62
nidades para eles dentro da empresa... Sabemos que as pessoas em nossa indústria fazem a diferença e fico feliz de olhar para trás e ver esse legado”, analisa Verçosa, hoje baseado em Miami, mas com residência no Rio, ao lado da mulher, Beth, com quem está casado há 41 anos (e 43 juntos). Tem dois filhos, Carolina e Alexandre, e um neto, Nicholas, rubro-negro roxo, como o avô. Aliás, como agora ele cuida de América do Sul uma reunião no Chile em 23 de novembro cairia bem, não? DALLAS, 30 ANOS No começo da American no Brasil, ficou marcante também a distribuição de chapéus de caubói nos eventos que a empresa organizava. Era a forma de popularizar Dallas e o hub da empresa, que agora estava comprometida a ficar por muito tempo no País (30 anos ininterruptos em 2020). Verçosa começou na AA em São Paulo mas logo foi transferido para o Rio, após a chegada de Rodrigues. “O Erli com certeza fez a grande transformação na empresa e foi fundamental para nosso crescimento. Ele vinha da Braniff e da PanAm, e conhecia o ne-
gócio como poucos”. E foi natural a sucessão de Erli por Verçosa, em 2008, continuando um trabalho vitorioso no País. “Quem me conhece sabe do meu estilo discreto, mas quando decidi que seguiria carreira na aviação almejei ser diretor de uma grande empresa no País. Fico feliz com minha trajetória e por ter enfrentado bem os desafios e obstáculos, com apoio de tanta gente e amigos”, continua. Uma vez, em reunião na Belair, para falar sobre os planos para a temporada 1990/1991, ouviu de um diretor da Varig que a American não era competidora à altura da empresa brasileira. A história mostrou quem tinha razão. BRASIL = CRISE Em 1992, a American colocou o segundo voo São Paulo-Miami (uma das primeiras empresas a ter duas operações diárias entre as mesmas cidades), e em 1997/1998 já era um grande player por aqui, aproveitando todas as oportunidades no então acordo bilateral, que previa 105 operações para cada lado. Pelo Brasil, Varig, Transbrasil, Vasp e Tam operavam para os Estados Unidos. Pelo lado
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Dilson, Erli e Trinca, o trio de ouro dos primeiros 20 anos da AA
americano, além da American, estavam aqui United, Delta e Continental. “Como o mercado era regulado e disputado, podíamos perder frequências se cancelássemos alguma devido às crises tão comuns no Brasil. Por isso, seguramos todas as operações na fase pré-liberação dos céus”. UM ANO E MEIO NA VARIG Em 1997, a Varig vivia um novo momento, com Fernando Pinto e seu time, que incluía Luiz da Gama Mór, e também muita gente de fora. Mór fez o convite e Verçosa aceitou ser diretor
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Rio e Norte e depois diretor de Planejamento Comercial e de Estratégia de Alianças, já que a empresa acabara de ingressar na Star Alliance. “Foi uma experiência muito boa. Aprendi muito com o Mór, com quem criei uma relação ótima até hoje. Também foi bom trabalhar na empresa de bandeira em seu melhor momento, chegando na Star Alliance e com tanta garra e planos daquela diretoria. Disse para a minha mulher que na Varig viajaria menos, mas acabei, em um ano e meio, conhecendo todas as bases da empresa”, relembra.
Veio 1999 e a grande crise cambial no País. “O Dolara me ligava de seis em seis meses e perguntava se minhas férias na Varig haviam acabado. Em 1999, fez um convite mais incisivo e decidi voltar à American”. Dilson conta que chegou na sua sala e ainda havia coisas suas na mesa. Não haviam, em um ano e meio, contratado um diretor para o seu lugar. Seis meses depois a Fundação Rubem Berta trocou o comando da Varig e Pinto e Mór acabaram por fazer história do outro lado do continente, na Tap. E Verçosa viu que havia saído na hora certa.
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Segundo ele, na American passou a se dedicar mais ao planejamento e à relação com a matriz, vendendo o peixe do Brasil. “Erli, meu grande mestre na American, com sua calma e inteligência, cuidava mais da área governamental e institucional e o Trinca dominava o mercado, as vendas. O trio estava refeito”. CAPÍTULO 11 Em 2001, ele estava em uma reunião em Manaus, com a Tam, “do saudoso e genial comandante Rolim Amaro”, quando a maior crise da aviação mundial se iniciava por conta dos maiores atentados terroristas aos Estados Unidos. A American ficou quatro dias com os aviões no chão, as vendas despencaram e houve muita perda financeira. Enquanto as concorrentes recorreram ao Chapter 11 imediatamente e se recuperaram com rapidez, a AA preferiu cortar custos internamente antes. Só pediu auxílio ao Chapter 11 em 2011, dez anos após os atentados. “Há quem diga que demoramos muito, há quem tenha visto vantagens, mas é fato que os concorrentes voltaram mais competitivos anos antes”, avalia Verçosa. BRASIL = OPORTUNIDADES Se em 1999 o Brasil era sinônimo de crise severa, dez anos depois era a bola da vez mundial. Com Estados Unidos e Europa em crise em 2008, o Brasil começou a ser o ponto de maior expansão da American Airlines. Entre 2008 e 2009, além de aumentar as frequências do Rio e de São Paulo, a American abriu voos de Salvador, Recife, Belo Horizonte, Brasília, Manaus, Porto Alegre, Curitiba e Campinas (SP). Chegou a ter 118 frequências semanais do Brasil para os Estados Unidos, mas, como ainda continuamos uma montanha-russa, hoje está entre 48 e 52, dependendo da temporada. A economia nacional é sim culpada por esse sobe e desce, mas não apenas ela. “Nos anos seguintes, a fusão com a US Airways tomou muito tempo (quatro anos) e dedicação para a American, e o Brasil, com a crise, não era mais prioridade. Também o Brasil não se promoveu como devia nos Estados Unidos, e 90% das vendas eram 64 58 a 66.indd 64
feitas nas cidades brasileiras. Na hora em que a crise chegou, não havia turistas estrangeiros para equilibrar esses voos e tivemos de cortar”, analisa Verçosa. Manaus foi a honrosa exceção, devido à curta distância com Miami (a aeronave opera em período ocioso em MIA) e ao fluxo de americanos interessados em conhecer a Amazônia. No mais, hoje a Colômbia tem mais cidades servidas pela American que o Brasil. Mas isso vai mudar e é uma das metas de Verçosa na nova função. “Voltar a crescer no Brasil, e também estruturar as operações em mercados como Chile, Argentina, Peru...”, conta ele. O fim da parceria com a Latam só acelera essa necessidade e ele tem participado ativamente das negociações de novos acordos nesses países e no Brasil. “Em breve teremos notícias sobre nossos novos parceiros, pois são importantes em mercados como o Brasil para a conexão com nossos voos. Em mercados como a Colômbia,
já temos uma operação mais robusta, mas mesmo assim, é importante termos novos parceiros na região (depois do fim do acordo com a Latam)”, avalia. Há um cenário positivo para crescer no Brasil, segundo ele: a aprovação de 100% de capital estrangeiro nas empresas nacionais; o fim do visto para algumas nacionalidades (“poderia ter sido feito lá em 2008, é verdade, agora precisa divulgar que existe essa isenção e fazer promoção nesses países”); a recuperação da economia; e a política de céus abertos. Depois de alguns anos sem pedido de reunião no encontro de lideranças da American, que ocorre todo mês de fevereiro, Verçosa já está otimista que Cavalcanti e seu time já terão novas sondagens no próximo encontro. “O Brasil está voltando e isso me deixa feliz. Não queria me aposentar com o País em baixa. A operação está lucrativa e vamos crescer com certeza. Já em meados de 2020 teremos boas
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notícias”, afirma ele, que já anunciou, para outubro do ano que vem, o terceiro voo diário São Paulo-Miami, que talvez seja diurno, mas ainda não há esta definição. O QUE MUDOU? Valeu mais que a pena para ele trocar a Medicina pela Aviação, mas o que mudou no setor desde o estágio nos balcões da Varig no Galeão até o comando da American Airlines na América do Sul? “Primeiro, voar deixou de ser inatingível e houve uma democratização. Uma passagem para Miami custava US$ 1,5 mil no começo dos anos 1990, sem financiamento. Hoje, dependendo da época e da disponibilidade, pode-se voar por US$ 500, com parcelamento. O cartão de crédito está nas mãos de mais brasileiros e a internet desmistificou os preços, que agora estão à mostra para todos”, comenta Dilson Verçosa. “Também a ideia do que é servido a bordo mudou. Há passageiros de primeira ou executiva que preferem comer nas salas vips e a bordo se dedicarem a outras atividades. A praticidade substituiu o glamour. Também o passageiro quer mais conectividade: mais voos e frequências e mais internet para navegarem como quiserem em seus dispositivos”. “E rapidez de atendimento é a nova demanda do cliente. Por isso temos investido am aplicativos, em autoatendimento, em inteligência em todos os processos. A aviação mudou para melhor em 30 anos, todos estamos mais conectados e sentimos que fazemos parte de um todo”. E a dica para quem está começando continua a mesma: “não se acomode”. Ele diz que tem feito muitas reuniões com a “garotada” que comandará a empresa nos próximos anos e é importante que eles não fiquem apenas em uma área, que continuem curiosos, sabendo de tudo um pouco. Pois um líder precisa ter a visão 66 58 a 64.indd 66
do todo, precisa das experiências de crises e desafios vencidos, precisa saber quem é quem no mercado e na empresa, precisa ter experimentado produtos de todos os tipos, precisa de calma e planejamento para atravessar os momentos ruins, e isso não acontece ficando focado apenas na sua especialidade, no seu smartphone, no seu mundinho digital. A trajetória de Dilson Verçosa Jr. é prova disso. Ele traçou uma estratégia, abraçou as oportunidades, construiu e investiu em equipes, respeitou os colíderes, se inspirou com os mestres, aprendeu com as crises, manteve os pés no chão mesmo quando voava (e
como voou) e conheceu cada canto das empresas por onde passou. Também fez grandes amigos como Erli, Trinca, Peter Vittori, Neriton Vasconcellos, Beto Santos, Helvécio Garofalo, Hugo, Celso e Eduardo Picchioni, Ivo Lins, Rui Alves, pessoas que leva para toda a vida. Nos próximos dois anos (pelo menos) os céus da América do Sul serão sua casa. Oportunidade de ouro para ele continuar exercendo sua curiosidade e contribuindo; e para que a “garotada da American” e do mercado aprenda com um dos mestres da aviação, made in Rio, made in Brazil. n
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INOVAÇÃO E INQUIETUDE
Fabíola Bemfeito, especial para a Revista PANROTAS. Fabíola Bemfeito já foi repórter, editora e gerente de Projetos da PANROTAS, estando à frente de publicações como a Vamos Lá, Revista PANROTAS (2001) e PanHotéis. Atualmente é gerente na Atho Comunicação.
José Guillermo C. Alcorta, presidente da PANROTAS
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A inovação constante marca a história da PANROTAS Editora nesses 45 anos de atividades. E, certamente, é uma das responsáveis, não só por trazê-la até aqui, mas principalmente por manter a empresa na liderança de mercado de comunicação para o profissional de Turismo desde sua criação. E isso é reflexo do estilo e da mente de seu fundador e presidente, José Guillermo C. Alcorta. A inovação contínua da PANROTAS, que sempre fez a concorrência tentar seguir cada passo que a empresa dá, nasceu justamente da inconformidade de Alcorta de não se acomodar a um produto, a uma linha, ainda que ele estivesse no auge e essa linha parecesse muito sólida e lógica. “A gente nunca se contentou em ficar com o que tinha”, resume. Uma história que ilustra bem esse traço narra o surgimento do PANROTAS de Bolso, um mini guia em formato bolso, como o nome já diz, que foi derivado do Guia PANROTAS, a publicação de horários e tarifas aéreas com a qual a PANROTAS nasceu e que foi seu carro-chefe por algumas décadas. Um dia, em um dos muitos voos de sua vida, Alcorta que, para quem não sabe, também é piloto, olhou e viu o passageiro de seu lado abrir sua pasta e puxar um Guia PANROTAS muito fino. Estranhou. Ser fino não era uma característica do Guia, que chegou a ter mais de 400 páginas a cada mês. Então, ele pediu ao vizinho de poltrona para ver aquela publicação que ele tinha na pasta. E perguntou por que ela estava tão fina. O usuário do Guia respondeu – “eu tiro as páginas que não me servem tanto,
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porque a publicação é muito pesada para eu carregar inteira, mas muito útil no meu dia a dia de viajante”. Aquilo deu um estalo na mente inquieta e empresarial de Alcorta. Ele não se intimidou pelo fato de o interlocutor dizer que não usava tudo, mesmo que as páginas arrancadas fossem parte de uma publicação complexa e trabalhosa de ser feita. Trabalhosa porque, durante quase toda a sua vida, o Guia PANROTAS foi feito manualmente a partir de informações vindas separadamente e em diferentes formatos de cada uma das companhias aéreas. Ele, que já tinha observado, algumas vezes, pessoas carregando uma ou outra página arrancada do Guia, viu ali uma oportunidade: de fazer uma publicação menor, mais leve, contendo apenas as informações necessárias ao viajante frequente. Não sem antes fazer pesquisa para decidir o formato, o conteúdo e a distribuição. Nascia assim o PANROTAS de Bolso, que foi publicado por mais de 30 anos e levou a PANROTAS para a pasta e a mente dos executivos que cruzavam o mundo e o País em um período onde não havia internet e as informações de voos precisavam ser obtidas diretamente com cada companhia aérea. Vem dessa época também a credibilidade da PANROTAS em produzir informações acuradas e precisas e a busca incessante por se comunicar de forma clara e objetiva com seus leitores, incluindo os viajantes corporativos, que hoje contam com o PANCORP, portal dedicado ao segmento. Para promover a nova publicação, o incansável Guillermo Alcorta acordava de madrugada, às 4h da manhã, e ia para o Aeroporto de Congonhas, onde, a partir das 6h, ficava ao lado de atendentes da Varig e da Cruzeiro do Sul, que ele havia contratado, para distribuir – e apresentar – o PANROTAS de Bolso para os executivos que embarcavam na ponte aérea em Congonhas. “Não dava tempo de falar nada, era só entregar”, conta o presidente da PANROTAS. Ele lembra, porém, que essa foi uma estratégia certeira. “As 6 a 12 de novembro de 2019 — PANROTAS
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pessoas passavam pela gente, pegavam a publicação e sentavam na sala de embarque para esperar o voo. Era inevitável, todas olhavam o PANROTAS de Bolso curiosas para entender o que era aquele livrinho”, lembra. Algumas identificavam a ligação com o Guia PANROTAS. Outras paravam na parte de explicação para entender e ver como aquilo era inovador e, para muitos, teria o poder de facilitar de forma significativa as suas vidas. O PANROTAS de Bolso também atuou no crescimento do Guia PANROTAS no mercado de viagens corporativas, dentro das grandes empresas. Companhias como o Bradesco, por exemplo, para citar uma, chegaram a ter 200 assinaturas mensais do Guia PANROTAS. Também levou a PANROTAS a ser consumida diretamente nas bancas de jornais e livrarias por meio de acordo de vendas do Guia e do Pan Bolso. COMO CHEGAR AOS FORMADORES DE OPINIÃO? Assim como o PANROTAS de Bolso, a história de muitos outros produtos da PANROTAS parte de uma espécie de 70 68 a 74.indd 70
desbravamento, sempre puxado pela inquietude do presidente. A observação pessoal, assim como no caso guia de bolso, também foi a responsável pela decisão de levar a editora para o jornalismo e a cobertura de eventos que tanto aproximaram a PANROTAS do mercado e fez a empresa ser parte ativa e atuante de tantas lutas e conquistas do trade. Em constantes visitas às agências assinantes do Guia PANROTAS, situadas na região da avenida São Luis, no centro de São Paulo, perguntava aos diretores o que eles estavam achando da publicação. Diante da surpresa deles, que não conheciam o Guia, ele informava: “Mas vocês são assinantes”, dizia Alcorta. Muitas vezes tinham mais de uma assinatura. A questão é que o Guia era tão útil para os emissores, que eles recebiam a publicação e a fechavam em suas gavetas. “O Guia PANROTAS não circulava e sua utilidade, muitas vezes, não era conhecida da maior parte da equipe da agência, nem da diretoria”, conta. Ele então se debruçou em tentar resolver o problema de fazer o Guia PANRO-
TAS ser conhecido dos formadores de opinião do Turismo. Foi quando pensou que os diretores poderiam gostar de se ver nas páginas da publicação, bem como de se informar sobre novidades e desafios do Turismo brasileiro e mundial. Ao lado do primeiro editor da PANROTAS, Roberto Bell de Azevedo, o primeiro a ocupar o cargo que já teve nomes como Alzira Helena França, Ana Maria Donato, Luiz Sales e Artur Luiz Andrade, começou a publicar em maio de 1974 histórias de interesse do setor que, logo, evoluíram para a cobertura dos assuntos e do dia a dia do trade. O Guia PANROTAS começou a circular pela agência, a ser esperado por diretores e equipes, e teve o número de assinaturas ampliado. NÃO PODIA SER FÁCIL... Mas, acomodação nunca foi palavra do dicionário do “Seu” Guillermo, como é tratado carinhosamente pelos funcionários – boa parte deles com mais de 30 anos de casa. E já que tinha jornalismo, por que não fazer um jornal, diário, na Feira da Abav, naquela época chamada de
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Congresso da Abav? Isso em 1977. As fotos eram preto-e-branco, reveladas manualmente e as publicações, com fotolito, eram impressas em gráficas complexas bem diferentes das gráficas rápidas que conhecemos hoje. Mas nada disso foi impedimento. Para fazer a publicação da Abav, que começou como um jornal, virou revista diária e foi impressa durante 40 anos, a PANROTAS montava uma redação, um laboratório fotográfico itinerante e uma pré-impressão dentro do hotel ou do local onde se instalava. No primeiro ano, a edição foi feita em parceria com a Vasp, que cuidou de viabilizar comercialmente a publicação. “O Eduardo Freitas, da área de vendas da companhia em São Paulo, tinha a responsabilidade de patrocinar ou comercializar oito páginas de anúncio”, conta Alcorta. Mais uma vez, a inquietude contínua foi a inspiração. A PANROTAS teve estande na primeira Abav de que participou, em 1976, porque precisava apresentar o Guia PANROTAS, que tinha pouco mais de um ano de vida, ao mercado. Mas Alcorta não queria ser só mais um estande. Quebrou a cabeça para encontrar uma forma de se diferenciar. Inspirado pelo fato de que, 72 68 a 74.indd 72
em maio de 1977, o Guia PANROTAS ganhou sua área editorial, com matérias, teve a ideia de um jornal. Mas não um jornal que saísse antes ou depois da Abav. Mas durante. E diário, com fotos e notícias sobre o evento. Não podia ser fácil... O sucesso foi imediato e levou a PANROTAS, definitivamente, a assumir o papel de um dos protagonistas da Feira da Abav (e a empresa tem um estande âncora no evento, um dos mais movimentados, até hoje, já com a cobertura diferente, mais focada no digital e em conteúdos diferenciados). CIGARROS E PEGADINHA O estresse para publicar os jornais diários na Abav era tanto que foi assim que, em 1982, na edição do Congresso da Abav em Blumenau (SC), ele parou de fumar. Oi? Parar de fumar no estresse? Ser comum nunca foi uma característica de Alcorta. Isso porque ele supervisionava a equipe que produzia a publicação (incluindo a produção da capa), ia para a gráfica garantir que o jornal saísse a tempo, e ainda tinha de estar disposto para atender os participantes no estande da PANROTAS no dia seguinte. Gripado e sem dormir, decidiu que ficaria sem fumar para me-
lhorar a respiração e disposição. Nunca mais fumou... A história da criatividade visionária de Alcorta também tem momentos engraçados. Como quando descobriu que um concorrente estava, literalmente, copiando a pronta referência do Guia. Sem nenhum pudor, tiravam cópia das páginas do Guia PANROTAS e colocavam a marca deles. Indignado, Alcorta ficou um bom tempo pensando em como faria para desmascarar a fraude. Sem contar para ninguém, teve a ideia e escreveu nas páginas da publicação a frase “COMPOSTO PELO PANROTAS” com pequenas letras, uma em cada coluna. De modo que, ao serem copiadas, as páginas juntas compunham a frase. Ele mesmo fechou aquela edição do Guia PANROTAS, ficando na editora até que todos fossem embora para executar o plano. Sofreu, mas segurou o segredo por muitos dias, até que a publicação fosse impressa, copiada e o concorrente tivesse tempo de imprimi-la e distribuir. E pronto. Estava lá a frase que provava a cópia. Criatividade vale para enfrentar ou... desmascarar a concorrência.
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MAIS ACERTOS QUE ERROS
Dessa inquietude criativa foram nascendo produtos que foram transformando a PANROTAS de uma empresa que nasceu para produzir um Guia de horários e tarifas aéreas – mas que chegou até a trazer horários e partidas de navios de cruzeiros com linhas regulares de e para o Brasil –, em uma empresa de soluções de comunicação, marketing e eventos para a indústria do Turismo. Uma empresa que conhece e ouve o mercado e atua ao seu lado – de suas empresas, profissionais, gestores e todos os que acreditam no Turismo. O Jornal PANROTAS data de 1992 e nasceu com o aumento da importância do jornalismo e do editorial do Guia PANROTAS. Uma forma já de compensar a perda de importância da parte técnica, que começava a ver a tecnologia fazer o seu trabalho. Mais uma sacada visionária de Alcorta quando o mercado ainda estava acomodado ao Guia – mas ele não. Outra publicação, o Brazilian Overview, por exemplo, surgiu para apresentar o Brasil aos norte-americanos, que ainda não viam o tamanho do nosso mercado. Isso na década de 1980 (hoje o Brazilian Overview continua a ser editado e
ainda ganhou uma versão mensal, via e-mail, em inglês). Vieram também os escritórios de representação nos Estados Unidos e na Argentina, a C.A.S.A. de Representações, e a America’s House, para atender, principalmente, o mercado americano. Mas nem tudo deu certo nessa busca constante pela inovação. Afinal, a história do vanguardista requer tentativa e erro. “Alguns produtos não prosperam por erros de avaliação mesmo, outros por conta da complexa conjuntura brasileira, outros pelos dois”, explica Alcorta. Ele lembra dois casos. O Guia TRANSROTAS, voltado a profissionais de logística, que trazia pronta referência aérea, terrestre e marítima tinha, segundo sua avaliação, informação demais. “Você não compra um conjunto porque a calça te serve”, diz, fazendo uma analogia. Outra publicação foi a Revista PANROTAS, que nasceu em julho de 2001 para ser lançada em outubro de 2001, por uma peça do destino menos de um mês após os atentados de 11 de setembro nos Estados Unidos. “O mercado se retraiu de uma forma que sobreviver com o que tínhamos
já foi difícil, mais ainda colocar uma nova publicação para andar”, lamenta. Depois de ser lançada com uma festa black-tie para homenagear o mercado no Jockey Club de São Paulo, a Revista PANROTAS teve sua circulação interrompida na edição de número 10, “uma decisão difícil, mas necessária”, recorda. NO CAMINHO DA REVOLUÇÃO Nessa história de inovação, uma das decisões mais estratégicas certamente foi levar a PANROTAS para um caminho digital desde o começo, lá atrás, na década de 1990. “Hoje parece óbvio, mas no final dos anos 1990, dizer para as pessoas que a PANROTAS começaria a publicar on-line suas notícias e serviços, era muito diferente. A gente ainda não tinha muita ideia de como seria essa revolução, mas eu sabia que tínhamos de estar lá”, lembra Guillermo Alcorta. Ele venceu resistências e dúvidas e, em junho de 2000, colocou no ar o Portal PANROTAS, o primeiro do Turismo brasileiro. “O digital é sempre mais complexo do que se pode pensar inicialmente. A gente nunca sabe a velocidade e a direção. Todo momento é novo”, diz.
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Marianna, Zé Guilherme, Gustavo, Guillermo e Maria Camilla Alcorta
“A PANROTAS sempre buscou estar junto do agente de viagens e do mercado de Turismo e, para isso, foi ampliando as suas frentes. Cada vez mais se dedicou a toda a indústria e essa tem sido não só a nossa estratégia, mas o nosso desafio”, conta Alcorta. Desse estilo surgiu também outra história de sucesso, o Fórum PANROTAS, que nasceu com um formato inovador e, até hoje, 18 anos depois, segue sem similar no mercado. “São dois dias de inspiração e capacitação. As pessoas ficam na expectativa, não sabem que surpresas ou novidades vão encontrar”. O evento nasceu da proximidade da PANROTAS com o trade, e Alcorta identificou suas necessidades, anseios e temores para juntar tudo em um evento de união da indústria, com debates, caminhos a serem percorridos e cases de sucesso do Brasil e do mundo. SUCESSÃO E MAIS INOVAÇÃO Sobre os próximos anos, tem certeza de que sempre haverá interesse pelas notícias e rumos do Turismo. O que a empresa tem de fazer é seguir coerente com a sua história de entender de que forma a informação e o serviço chegarão ao seu público. A gestão da PANROTAS hoje está nas mãos do filho, José Guilherme Alcorta, atual CEO. “Estou tranquilo e feliz. O ‘Zé’, como é conhecido, transita pelos caminhos corretos, é jovem, tem suas ideias aceitas por quem está chegando e com quem ele se relaciona”, afirma sobre a sucessão. “Ele pegou uma empresa com imagem consolidada, profissional e ética”. Mas ele ainda espera que os rumos do País melhorem. “Nós empresários há muito trabalhamos sob condições adversas e a PANROTAS hoje segue em um rumo favorável graças ao estilo do Zé”, orgulha-se. Ter o filho à frente da PANROTAS permitiu ao incansável Guillermo Alcorta se dedicar a outro projeto, o Matcher, ao lado das sócias Ana Donato e Jeanine Pires, e que aconteceu pela primeira vez esse ano em Fortaleza. Trata-se de uma plataforma de negócios e um evento ligado ao receptivo e que mostra o Brasil, seus produtos 74 68 a 74.indd 74
e atrações aos buyers internacionais. Eles vêm dos grandes mercados consumidores a convite do evento para fazer negócios com os expositores brasileiros. “O Matcher nasceu da união de dois conceitos e uma brecha que nós detectamos: o fim da BNTM, que deixou o Nordeste e o Brasil sem a possibilidade de receber potenciais compradores internacionais para mostrar os seus produtos, e o conceito do IPW, que já acontece nos Estados Unidos há 50 anos, e do qual Alcorta participa assiduamente. “Unimos esses dois conceitos ao nosso conhecimento de mercado e de pessoas”, conta, ressaltando as qualidades complementares das sócias. “Cada um do trio tem a sua expertise, que soma ao grupo”, explica, dizendo que consolidar o Matcher é seu objetivo agora. A primeira edição, garante, foi um sucesso e deixou o caminho aberto e ainda mais desafiador. “Já temos
um evento bem-sucedido para mostrar, mas a expectativa subiu”, reflete. Nada que ele não tire de letra. SOBREMESA DA VIDA Outro de seus objetivos é aproveitar o momento mais do que especial e merecido da sua vida – os netos. Agora, com o nascimento em setembro de Julia, filha de José Guilherme, passa a contar com um casal de netos. “Os netos são a sobremesa da vida. Li isso uma vez e não poderia haver definição melhor”, derrete-se. Gustavo, o primogênito, filho da filha Marianna com Ricardo Tsugawa, o diretor de TI da PANROTAS, completou três anos em maio de 2019. A outra filha, Maria Camilla, tem sua própria empresa de representação turística, a Ideas4Brand. “Sou muito aventurado de ter vivido o que vivi”, diz. A gente não tem dúvida... Certamente, com essa inquietude, ainda vem muito mais por aí. n
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Luiz Sales, especial para a Revista PANROTAS
OS PRIMEIROS ANOS
Luiz Sales foi repórter, editor-chefe e diretor de Vendas da PANROTAS. Ele é autor do site Capítulo Anterior (www.capituloanterior.com.br), que tem foco na memória do Turismo, e responsável pela Comunicação de Secretaria da Turismo do Estado de São Paulo
Primeiro Guia PANROTAS feito e comandado por José Guillermo C. Alcorta, e primeira edição a sair com regularidade mensal (Alcorta passou a comandar a publicação na edição 20 e criou a PANROTAS Editora)
Novembro de 1974. Há 45 anos começou a história da PANROTAS Editora. Se o Turismo, como setor economicamente organizado ainda é relativamente novo, tudo o que de mais importante aconteceu nas últimas quatro décadas e meia foi registrado, acompanhado e eventualmente criado pela empresa. De um guia de horários e tarifas — publicação 100% técnica daquele início—, ao Portal, principal fonte noticiosa do setor, a PANROTAS consolidou-se como o mais fiel, presente e próximo veículo de comunicação do trade turístico. Nesta e nas próximas edições serão relembrados alguns dos principais fatos desses 45 anos. Mais que nostalgia, eles por um lado são a confirmação da evolução e, por outro, balizadores do que poderá ser essa indústria nos próximos anos. Uma chance de celebrar o passado e vislumbrar o futuro. Nos últimos 45 anos o Turismo transitou de uma indústria familiar e persona76 76 a 84.indd 76
lista para um mercado mais alinhado com os demais segmentos econômicos; de uma imagem amadora e eventualmente pouco transparente, para organizações com presença mundial e resultados que hoje ultrapassam os limites da desconfiança. Negócios e tecnologias revolucionárias surgiram e sumiram com a mesma velocidade, assim como grandes empresas e grupos econômicos de vários setores. Mantendo a mão firme no leme, a PANROTAS historicamente investiu em inovação como antídoto para as crises e sacolejos, que não foram poucos. Investiu no trade. Colheu sucessos e, naturalmente, alguns trade offs, mas em nenhum momento se conformou com a posição reconhecida de melhor
tradutora da atividade turística empresarial. Identificar tendências e estar ao lado, principalmente, dos agentes de viagens foram a tônica dos primeiros 45 anos. GOVERNO Para se ter uma ideia do desafio, a Embratur, por exemplo, órgão hoje vinculado ao Ministério do Turismo, havia sido criada apenas oito anos antes. Ao longo dos anos 1970, período de regime militar, decisões que atingiam diretamente o setor eram apenas comunicadas, raramente discutidas, o que agravava ainda mais a situação da indústria que tentava minimamente se organizar. Em 1974, a estatal federal de Turismo em um movimento eventualmente bem intencionado, mas radical, publicou um decreto que normatizava os serviços de transportadoras turísticas e agências de viagens, sem falar com as entidades representativas — o que resultou em um forte movimento de mobilização das associações e sindicatos, levando
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a Embratur, à época presidida por Paulo Protásio, a propor uma ação conjunta. O trade começava a se unir. Os três primeiros anos do Guia PANROTAS foram dedicados à proposta original de levar informações que ajudassem o agente de viagens no seu dia a dia. Frequências, rotas, horários e tarifas aéreas formavam o bloco principal, mas também havia os endereços de consulados e embaixadas, os contatos das operadoras, a documentação necessária para obtenção de vistos de viagem, endereços de empresas de navegação marítima e das próprias agências de viagens que, assinantes, já eram contatadas aos milhares. O Guia PANROTAS conquistava o espaço de principal ferramenta de trabalho, muitas vezes sendo disputado pelos funcionários das agências ou mesmo utilizado por vários meses, ainda que fosse uma publicação atualizada mensalmente. A título de comparação, seria o mesmo que apenas um funcionário da agência poder acessar o Google em busca de alguma informação. O Guia PANROTAS foi por muito tempo o principal canal de consultas para os profissionais do setor, chegando a ser chamado de Bíblia do Turismo. Com presença já nacional, em maio de 1977 teve início a publicação de notícias e fatos do trade. A relação com mercado ficava ainda mais próxima. No mesmo ano outra decisão ousada: em setembro, durante o congresso da Associação Brasileira de Agências de Viagens (Abav) em Curitiba, eram lançadas as edições diárias, marco de coragem e visão que se transformou em mais um símbolo da editora. Alguns outros eventos – como congressos da Cotal, da Asta ou o Salão Profissional de Turismo de São Paulo – tiveram o mesmo tratamento, com edições exclusivas. Em 1979 mais três exemplos de visão e envolvimento: o lançamento do PANROTAS de Bolso, dedicado principalmente ao mercado corporativo – pessoas que hoje viajam e consultam frequências e horários
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com o celular faziam o mesmo no final dos anos 1970, porém abrindo um pequeno livreto com 15 centímetros. Olhando hoje, parece um produto inimaginável; pensando em 1979, foi mesmo, pela facilidade que trouxe para as então poucas agências que atendiam às empresas e aos seus viajantes frequentes. Outro exemplo foi na área de eventos: o 1º Encontro Nacional de Jornalistas de Turismo, realizado com o apoio do São Paulo Hilton Hotel e da Vasp (foto acima).. “A divulgação dos acontecimentos, em nível nacional e não apenas regional, é indispensável para a devida propagação dos fatos. Todos os jornalistas brasileiros de Turismo devem ter alcance às notícias, o que neste momento é quase um privilégio do Rio e São Paulo”, defendeu a empresa, justificando a realização do evento. E o terceiro exemplo: em novembro de 1979, o Guia PANROTAS passa a abrir suas páginas para as notícias do trade de fora do eixo Rio-São Paulo, come-
çando com o espaço para o Estado de Pernambuco e, em dezembro, o Rio Grande do Sul. Mais de dez Estados tiveram suas notícias distribuídas em todo o Brasil via Guia PANROTAS. Toda essa entrega aconteceu em um cenário no qual não existiam ainda os computadores nas agências – os poucos exemplos eram nas companhias aéreas — e a comunicação se dava por ligações telefônicas ou por telex. Sistemas de reservas mais estruturados, mesmo que
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rudimentares aos olhos de hoje, só começariam a surgir no início da década seguinte e de forma individualizada: a Varig com o seu, a Transbrasil com o dela e assim sucessivamente. Neste cenário, manter-se presente, atuante e relevante só foi possível graças à resposta positiva do mercado, que reconheceu a função estratégica da empresa, a dedicação das equipes que se sucederam na missão de entregar a melhor e mais precisa informação, utilizada como instrumento de trabalho, e a visão empreendedora presente até hoje.
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NOTÍCIAS DOS
ANOS 1970
Uma das maiores crises na história do setor nasceu de uma decisão governamental. Em 4 de junho de 1976 o Banco Central editaria a Resolução Geral de Câmbio GECAM 313, que proibia as remessas de divisas para o Exterior para o consequente pagamento de serviços turísticos e, na mesma tacada, criava o depósito compulsório para viagens internacionais. Ou seja, por um lado, não permitia que as agências e operadoras pagassem, por exemplo, pelos serviços de hospedagens e tours e, por outro, na ponta do cliente, o penalizava com o ”confisco” disfarçado — cerca de mil dólares —, com devolução depois de dois anos, em 24 parcelas e sem correção monetária. Resultado: agentes de viagens viajando com pacotes de dinheiro vivo para a contratação e pagamento de serviços ou recorrendo ao mercado paralelo, que teve um belo incentivo. Nos primeiros anos houve gritaria geral por parte das entidades, principalmente a Abav, Sindetur e Federação do Comércio, mas a solução definitiva só chegou mais de dez anos depois, com o lançamento do câmbio turismo, já no primeiro governo civil pós regime de 1964, com o presidente José Sarney.
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A DECISÃO DE ESTAR AO LADO
DO TRADE
O primeiro texto jornalístico foi publicado na edição 49, em abril de 1977. Apenas uma página, tendo por base a reprodução de um bilhete aéreo da Varig de maio de 1927. As páginas editoriais, porém, só ganharam o espaço definitivo na edição seguinte, apresentadas de forma comemorativa. “Este é nosso número 50. Estes dois algarismos representam para nós um pouco mais do que imprimir horários e tarifas. Com as introduções pioneiras da ‘Pronta Referência Nacional’, seguida da ‘Internacional’ e recentemente da ’Regional’, colocamos ao alcance dos profissionais na construção de um roteiro, uma solução instantânea e total, numa linha de menos de dez centímetros”, dizia o editorial de maio de 1977. E prosseguia, ao final: “A partir deste número decidimos dedicar o espaço necessário para a divulgação das atividades associativas, do Turismo e aviação comercial, tais como SKAL, ABAV, ASSEAC, COTAL, ABIH etc, e ainda um noticiário das companhias de aviação, marítimas, demais transportadores, agências, hotelaria, turismo oficial etc”.
CENTRAL TELEFÔNICA
O TRADE NA PONTA DA LINHA Visando contornar um dos gargalos e dificuldades de comunicação, em 6 de junho de 1975, a Abav e o Sindetur de São Paulo — à época ainda chamado de Setesp —, lançaram um inovador sistema que interligava as agências, as companhias aéreas e os hotéis: uma central telefônica. Isso mesmo. A partir daquele momento as agências associadas estariam à distância de quatro números — discados. Para avaliar a importância, a primeira ligação foi feita pelo então presidente da Embratur, Said Farhat, em telefonema para a Agência Geral, de Modesto Matrorosa. O “Ramal Abav” como ficou conhecido esse PABX, funcionou até os anos 1990 e efetivamente facilitava os contados. No lançamento, quem falou em nome dos agentes de viagens, agradecendo pela iniciativa e a presença das autoridades, foi José Américo Marcondes de Carvalho - JAC - experiente homem de aviação e Turismo que, anos mais tarde, iria integrar a equipe da PANROTAS.
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BELL E A VELHA
GUARDA
Durante quatro anos – entre 1977 e 1981– o destaque das páginas editoriais foram os textos produzidos por Roberto Azevedo, o Bell. Profissional de aviação, ele começou a escrever sobre o setor no início dos anos 1950, tendo passado por diversas publicações. Na PANROTAS ganhou destaque a seção mais famosa do escritor, “A Velha Guarda”, que tinha como foco os fatos e as pessoas consideradas como veteranas do Turismo. Boa parte da história do Turismo e da aviação foi registrada por ele, que, nos anos 1980, criou de forma independente uma outra publicação, de circulação mensal, o Turisnews, que depois passou a ser editada pela PANROTAS, porém com circulação semanal. Por ser profissional da aviação, Azevedo tinha acesso privilegiado às notícias do setor, além de ter criado um estilo próprio, coloquial, que fazia muito sucesso.
PAN NOTAS SURGEM EM
JUNHO DE
1977
Uma das marcas consagradas pelo jornalismo praticado pela PANROTAS foi a publicação de “notas”. Recurso comum em diversos veículos impressos — off-line —, normalmente para ocupar pequenos espaços, nas publicações da editora ganharam um status mais elevado. As Pan-Notas surgiram pela primeira vez na edição do Guia PANROTAS de junho de 1977, apenas um mês após o início da publicação de notícias pelo período mensal que, até então, dedicava-se apenas às informações técnicas. As Pan-Notas foram publicadas por décadas, registrando o dia a dia do setor e, com tanta notoriedade, chegaram até mesmo a nomear a publicação semanal, o Pan-Notas, editado em substituição ao Turinews e antecessor do Jornal PANROTAS, atual Revista PANROTAS. 82
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EDIÇÕES DIÁRIAS
Por mais de 40 anos, ininterruptos, os congressos e exposições (feiras) organizados pera Abav tiveram como o mais fiel registro as revistas diárias, ou suplemento diário, publicados pela PANROTAS. Discursos, temas polêmicos, reportagens, notas e fotos, muitas fotos. Uma operação delicada e rigorosa, visto a necessidade de uma estrutura para a redação, produção de imagens, contratação de gráfica para impressão e, por fim, distribuição, para que tudo estivesse à disposição dos agentes de viagens no café da manhã do dia seguinte. Com a fixação do evento no eixo Rio-São Paulo ficou mais fácil a montagem de toda essa engrenagem. Porém, por 25 anos, a cada congresso e feira, com meses de antecedência já estava azeitada toda a infraestrutura necessária.
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CONHEÇA A PANROTAS
DEPARTAMENTO COMERCIAL
Renato Sousa - rsousa@panrotas.com.br João Santana - joaosantana@panrotas.com.br Igor Vianna - igorvianna@panrotas.com.br Flávio de Sica - sica@panrotas.com.br Jéssica Andrade - jessica@panrotas.com.br Italo Henrique - italo@panrotas.com.br Sônia Fonseca - sonia@panrotas.com.br´ Ricardo Sidaras, gerente - rsidaras@panrotas.com.br Rene Amorim - rene@panrotas.com.br Rafaela Aragão - rafaela@panrotas.com.br Guilherme Alcorta, CEO - guilherme@panrotas.com.br
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ACESSO A TODAS
AS EDIÇÕES DO GUIA PANROTAS De novembro de 1974 a abril de 2014, o Guia PANROTAS foi publicado mensalmente pela PANROTAS Editora e foi a publicação de mesa de todo profissional de Turismo por anos. Antes de ter o comando do empresário José Guillermo Condomí Alcorta, o Guia PANROTAS chegou a ter 19 edições, que saíam sem periodicidade. Por isso, contamos os 45 anos da PANROTAS a partir de novembro de 1974, quando Alcorta assumiu e transformou a publicação. Todas essas edições estão agora disponíveis na seção Edições Digitais do Portal PANROTAS. Vá em Menu, no alto da home page do Portal PANROTAS, clique em Edições Digitais, e em seguida escolha a opção Guia PANROTAS na área Tipo de Resultado. Você poderá folhear todas as edições e consultar como era a malha aérea a cada ano, relembrar notícias (que começaram a sair a partir de 1977), ver anúncios e pesquisas outras informações técnicas, que hoje são históricas.
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EVENTOS E VIAGENS CORPORATIVAS
www.alagev.org | Edição 30 – 6 de novembro de 2019 Parte integrante da Revista PANROTAS
MANTENEDORES ALAGEV
Eduardo Murad, da Alagev
Thiago Campos, da Omnibees
A GESTÃO ONTEM, HOJE E DEPOIS Por Beatrice Teizen
Programa de hotéis, faturamento, experiência do viajante, plataformas tecnológicas, transaction fee, papel do travel manager... Com a evolução do mercado de viagens corporativas, temas como esses passaram por muitas mudanças, assim como a gestão de viagens e a gestão hoteleira e de distribuição de hotéis. O que antes era feito manualmente, agora pode ser facilmente realizado de forma digital e automatizada e, mais ainda, na palma da mão. Da reserva de bilhetes aéreos à hospedagem e aluguel de carros, o processo de uma viagem corporativa evoluiu e trouxe consigo uma série de benefícios, mas ainda enfrenta algumas dificuldades, que também eram vistas anos atrás. “No passado, dificilmente existia, dentro das
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empresas, uma pessoa para cuidar exclusivamente de viagens. O cargo foi surgindo da necessidade de se ter um profissional cuidando dessa conta com um olhar mais estratégico. Antes, todo o contato com a indústria, com os fornecedores, era feito pelas agências de viagens corporativas, sendo muito centralizado”, explica o diretor executivo da Alagev, Eduardo Murad. A mudança na relação entre gestores de viagens e mercado se deu com a criação dos fees. Quando, principalmente as companhias aéreas internacionais, começaram a baixar ou zerar as comissões para as TMCs, foi preciso encontrar uma nova maneira de realizar a remuneração das agências. Com isso, as empresas – e travel managers – passaram a ne-
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gociar os contratos diretamente com os fornecedores. Isso trouxe ao profissional uma percepção de mais estratégia e, à agência corporativa, um papel mais consultivo e não só operacional. “Hoje o gestor precisa gerenciar toda a conta de viagens, em um processo end to end. Desde o momento que a viagem começa, com as pré-reservas, os custos extras consumidos durante o deslocamento e a prestação de contas quando o viajante retorna. Começamos a falar de um conceito que é avaliar o custo total de uma viagem”, afirma Murad. BOOM DE CANAIS E, com o avanço da tecnologia, reservas de hotéis realizadas por meio do telefone ou por e-mail foram diminuindo significativamente. O que antes era feito por meio das chamadas centrais de reservas, começou a passar pelos GDSs, com os hotéis distribuindo seus inventários dentro dos sistemas de distribuição global de maneira on-line. Outras formas de disseminar o conteúdo hoteleiro foram surgindo, como operadoras, agências e, posteriormente, as OBTs corporativas. “Desde então, houve esse boom de canais. Atualmente existem tantos meios e formas de distribuição on-line, que, muitas vezes, o hotel vê sua tarifa em um deles e não sabe como a informação foi parar lá. São muitos os intermediários, plataformas e integrações, o que acaba virando um desafio para os hoteleiros”, conta o diretor Bee2Bee da Omnibees, Thiago Campos. Diante disso, a Omnibees nasceu já neste novo paradigma, sendo baseada em uma distribuição on-line em multicanais. A empresa, desde o seu surgimento, permite que os hotéis tenham um motor de busca em seus sites, além de possibilitar que as propriedades fizessem uma gestão dinâmica de tarifas e diferentes estratégias de disseminação de inventario e segmentação. “Junto com as ferramentas, percebemos que também tínhamos de entregar conhecimento e capacitação para que os hotéis aproveitassem todo aquele potencial que havia surgido. O que resultou também em uma mudança de cultura, mostrando que o hotel não pode se preocupar somente com a tarifa média e ocupação, mas também com o custo de dis-
tribuição, um fator muito importante para a tomada de decisões”, diz Campos. TARIFAS ACORDO X DINÂMICAS O travel manager acaba sendo impactado também nesta evolução da gestão hoteleira e na questão das tarifas dinâmicas. O gestor sempre trabalhou em cima das tarifas acordo, um modelo que pouco evoluiu. Pode ser que ele tenha negociado um valor com o hotel, mas, por algum a razão e necessidade do local de hospedagem, a mesma propriedade é encontrada em um dos canais de distribuição com um preço mais baixo. Isso acaba causando uma problemática na cadeia corporativa. “O gestor tem de juntar o melhor dos dois mundos: ter uma tarifa flat (acordo), mas também negociar uma dinâmica. Além disso, o pensamento equivocado de que a menor tarifa é a melhor deve ser colocado de lado. Os profissionais estão atentandose para essas novas realidades e, juntamente com a Alagev, temos o compromisso de tentar pacificar esse problema entre empresas, hotel, tarifa acordo e dinâmica. É possível, sim, todos se beneficiarem”, pontua o diretor Bee2Bee. A Alagev, por sua vez, nasceu de uma demanda dos próprios travel managers e, desde então, o profissional tem tido papel central na associação. Com a evolução do mercado, a entidade entendeu, principalmente nos últimos três anos, que, para se fazer uma boa gestão, é preciso haver o compartilhamento de informações, de melhores práticas e das tendências de fora. Transformar o gestor em um protagonista do programa de viagens, pois é ele quem faz a indústria funcionar. “Para o gestor deixar esse papel ainda muito operacional, é preciso que ele comece por pequenas mudanças no dia a dia dele, que escute os viajantes, entenda suas necessidades e realmente equilibre o programa para oferecer experiências. Para o futuro, espera-se um profissional com uma visão 360 o do negócio, olhando para frente e não somente para trás, quando o relatório é entregue. Próximo passo da evolução é fazer uma gestão analisando o que ainda vai acontecer”, finaliza Murad. n
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90. Os distritos artísticos de Miami 92. Hertz lidera ranking de satisfação 94. St. Pete Clearwater: para quem procura tranquilidade
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ARTE POR TODA MIAMI Você já ouviu falar de Wynwood, Midtown e Design District? Estes distritos são considerados uma próspera área urbana e artística de Miami. Com tantas galerias e exposições para conhecer, Susana Baker fundou a “Art Experience”, em 2009, a fim de fornecer uma experiência íntima entre os pedestres do evento “Second Saturday Art Walks”, em Wynwood. Nesse tour, os participantes são levados aos três distritos, com seis galerias e uma coleção particular, além de desfrutarem um jantar com pratos à sua escolha. Os passeios “Second Saturdays” envolvem uma galeria de arte da Flórida e visitas a vários bares. A pé ou na van, Baker narra a história sobre a ascensão, queda e reinvenção de Wynwood, Midtown e o Design District, que recentemente passaram de regiões deterioradas a áreas com murais públicos, galerias, coleções de arte de prestígio e lojas de marcas como Hermes, Prada e Louis Vuitton. Em uma das paradas do tour, o grupo entra na “Las Tias”, loja que vende lustres, sofás, armários e portas dos ricos e famosos de Miami. A loja conta, ainda, com café cubano doce e expresso servidos em delicadas xícaras. Um dos pontos fortes do passeio é a conexão
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que Baker tem com o bairro. Residente do Miami Design District desde os anos 1990, sua visão mudou em 2009, quando ela participou da abertura de uma galeria em Wynwood. Encantada com os DJs, a música ao vivo e as exposições, Baker projetou a “Art Experience”, com mapas e informações sobre galerias. As parcerias proporcionaram anúncios, promoções em bares e restaurantes locais, admissão em festas e eventos VIP. Os feedbacks do tour são positivos e os comentários mais constantes ressaltam a incrível visão geral apresentada sobre a arte dos bairros que até dão vontade de se mudar pra Miami e ficar perto do seu promissor mundo artístico. PARA IR Os tours custam de US$89 a US$145, incluindo uma refeição. Eles estão disponíveis em russo, francês e espanhol e, em breve, em alemão. Os passeios também acontecem em Coconut Grove, South Beach e durante o evento Art Basel. As excursões “Second Saturday” custam US$35. Para obter mais informações, ligue para 305-767-5000/305-722-4541 ou acesse theartexperiences.com
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PATROCINADO
HERTZ É LÍDER EM SATISFAÇÃO DO CLIENTE A Hertz conquistou o primeiro lugar no JD Power 2019, famoso ranking de Satisfação de Clientes em Aluguel de Carros na América do Norte. Além da pontuação mais alta, a locadora também alcançou a primeira posição nas categorias Processo de reserva, Processo de retirada, Processo de devolução e Custo/taxas. E qual é o segredo para a locadora chegar a todas essas conquistas? “Ao colocar nossos clientes em primeiro lugar, eles nos tornaram o número um”, afirmou a presidente e CEO da Hertz, Kathryn Marinello. “Estamos constantemente ouvindo nossos clientes e agindo com base nos seus comentários para melhorar sua experiência geral. Assim, continuamos desenvolvendo o legado de serviço superior pelo qual a Hertz é conhecida na América do Norte e em todo o mundo”. Graças ao compromisso em oferecer atendimento personalizado e atencioso, disponibilizar veículos com ótima classificação e investir em tecnologias focadas na experiência do cliente, a Hertz já é destaque na JD Power há seis anos. Mais do que ser a primeira locadora de carros a usar biometria, a Hertz oferece aos clientes benefícios exclusivos, aplicativos com tecnologia
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CLEAR e serviços premium de fidelidade como o Hertz Gold Plus Rewards e o Ultimate Choice. “Nosso compromisso de oferecer uma experiência inesquecível não seria possível sem nossos funcionários. Não há como agradecêlos o suficiente e é uma honra celebrar esse reconhecimento com eles e nossos clientes”, completou Marinello. Para comemorar a classificação em primeiro lugar, a Hertz promoverá celebrações para seus funcionários por toda a América do Norte, mas os clientes não ficarão de fora dessa. A partir de hoje, o cliente que compartilhar sua experiência com a Hertz através de uma história, foto ou vídeo usando #1Hertz, ganhará um certificado de US$200 para cada aluguel ao longo de 2019. Para mais detalhes e informações, visite: Hertz.com/JDPower SOBRE A HERTZ A Hertz foi pioneira no setor de aluguel de carros há mais de 100 anos e hoje pertence à Hertz Global Holdings Inc., que inclui as marcas de aluguel de veículos Dollar e Thrifty e a líder em gerenciamento de frotas Donlen Corporation. Saiba mais sobre a Hertz em hertz.com
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ST. PETE/CLEARWATER: TUDO EM UM SÓ LUGAR St. Petersburg/Clearwater é reduto de praias de areias brancas banhadas por águas cristalinas e uma movimentada vida cultural e noturna. Venha conhecer nossa casa. Situada entre o Golfo do México e a Baía de Tampa, a região conta com uma série de atrações para todos os gostos. St. Pete/Clearwater é um destino perfeito para a família que busca relaxar numa praia, para o casal que está planejando o casamento ou um simples encontro romântico e também para quem viaja sozinho e está à procura de tranquilidade. Encontre desde lugares para se hospedar e restaurantes incríveis até compras, museus e joias escondidas no site visitspc.com. Aproveite para utilizar o GPS do portal, que facilita o acesso imediato aos pontos de interesse mais próximos. Desfrute dessas dicas que são muito mais do que um guia turístico. Apaixone-se por toda a região de St. Petersburg/ Clearwater, do cais com pesqueiros de esponjas de Tarpon Springs às trilhas de manguezais de Fort de Soto. Faça as malas. Estamos esperando por você. GASTRONOMIA Experimente pratos locais com um toque de culinária internacional. São tantos bares e restaurantes que você não saberá por onde começar, mas nós vamos te dar uma ajudinha. 360 Rooftop Lounge Aproveite as vista panorâmica para o Golfo do México e se encante com o famoso pôr do sol de St. Pete Beach, enquanto saboreia petiscos e drinques feitos na hora. Bongos Beach Bar & Grille Este bar pé na areia combina pratos rápidos, bebidas refrescantes e muita diversão. Jogue uma partida de vôlei ou dê um mergulho enquanto espera seu pedido. 94 94.indd 94
COMPRAS Varejo ou atacado, roupas glamourosas ou de brechó, butiques… Todas essas opções estão nas seis comunidades de St. Pete, com mais de 100 lojas que nada têm de habituais. Ellenton Premium Outlets Se é preço baixo que você procura, este é o lugar perfeito. Os descontos variam entre 25% e 50% em produtos de marcas como Calvin Klein, Lacoste, Adidas, Nike e Tommy Hilfiger. International Plaza and Bay Street Conhecido como o centro comercial mais famoso da região, as lojas vão desde Armani Exchange e Hugo Boss até Louis Vuitton e Gucci. MUSEUS St. Petersburg/Clearwater também é um ótimo destino para quem gosta de artes. Dali Museum A ampla coleção do espanhol inclui quadros que representam vários períodos de sua carreira. Encantese com as paisagens, os retratos e a natureza morta, característicos do pintor. Das suas 18 obras, oito estão localizadas no museu. Chihuly Collection Não é todo dia que se veem grandes obras de arte em vidro, não é mesmo? Além de assistir aos sopradores de vidro criando peças originais, você também pode dar uma passada no Glass Studio & Hot Shop para comprar obras feitas pelos artistas locais. n
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MILLENNIUM FALCON: SMUGGLERS RUN
STAR WARS: RISE OF THE RESISTANCE−INAGURAÇÃO EM 5 DE DEZEMBRO DE 2019
V I VA S U A AV E N T U R A em uma galáxia muito, muito distante
Agora no Disney’s Hollywood Studios, você poderá viver sua própria história Star Wars em uma área totalmente nova onde uma galáxia muito, muito distante se revela à sua volta. Aqui, reúna sua tripulação e assuma o comando da lata-velha mais rápida da galáxia na Millennium Falcon: Smugglers Run. E em Star Wars: Rise of the Resistance, que inaugura no final do ano, você vai testemunhar uma batalha épica entre a Resistência e a Primeira Ordem—com tiros de laser de um gigantesco AT-AT que só podem ser comparados ao brilho vermelho do sabre de luz do Kylo Ren. Você ainda poderá montar seu próprio droide, personalizar seu sabre de luz* e provar as curiosas bebidas preparadas na cantina local. Chegou o momento de você protagonizar sua aventura em Star Wars: Galaxy’s Edge.
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