R$ 11,00 - Ano 26 - nº 1.303
17 a 23 de janeiro de 2018
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Reforma trabalhista entra em vigor e empresários da indústria de Viagens e Turismo comemoram a flexibilização e adaptação da medida para setores marcados pela sazonalidade. O Jornal PANROTAS conversou com especialistas e traz um panorama completo deste novo cenário
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02 Editorial
17 a 23 de janeiro de 2018 JORNAL PANROTAS
> Renê Castro > rcastro@panrotas.com.br
Despedida dolorosa
LEIA NESTA EDIÇÃO Páginas 08 e 09 Portas Abertas: quem é quem na Tyller Consolidadora Páginas 12 a 14 Ano de Copa: como o trade se movimenta para vender Rússia 2018 Página 16 Por dentro do novo Marriott Marquis Chicago Páginas 18 e 19 Voo direto a Jujuy, despedida de Fernando Pinto e mais no Surface
Na última semana, uma notícia de bastidores tornou-se realidade: Fernando Pinto, presidente executivo da Tap, deixa a companhia este mês, após 17 anos de serviços prestados. O engenheiro brasileiro já vinha rascunhando sua sucessão há alguns meses, dentro de um processo natural e premeditado, mas teve a despedida acelerada após decisão do conselho. Não que sua trajetória devesse ser interrompida a qualquer custo, mas as resoluções de ano novo da aérea portuguesa tiveram na figura de Antonoaldo Neves a representação do novo momento da companhia, agora capitalizada, privatizada e cheia de planos de expansão. O cenário, no entanto, era muito diferente do vivido no início do século, quando Fernando Pinto se viu obrigado a assumir o controle de uma empresa que estava à beira do colapso.
Dívidas, descrença, sensação de abandono e insatisfação de colaboradores eram os tópicos que dominavam o dia a dia do dirigente. Ele sobreviveu. A Tap também. O câmbio flutuou e agrediu, assim como as low costs, uma turbulência sem fim para se administrar. Os avanços tecnológicos não esperaram a aérea portuguesa se reerguer, mas hoje ela ao menos tem capacidade de se superar e continuar na briga. O ex-Varig não fez tudo sozinho, é verdade, contou com muita ajuda, em especial dos compatriotas Luiz da Gama Mór e Manoel Torres (falecido em maio de 2017), que se tornaram especialistas em gestão de crise e superação. No Brasil, quem “segurou as pontas” foi Mario Carvalho. Mór deve deixar a Tap no final do ano, enquanto Carvalho segue seu trabalho como diretor para América do Sul. A julgar pela comoção nos
comentários dos leitores do Portal PANROTAS, e até mesmo a cobertura feita pela mídia portuguesa, Fernando Pinto será uma daquelas personalidades que passam alguns bons anos recebendo homenagens por suas conquistas como profissional. Ele já se diz realizado por tudo o que conquistou e promete seguir ajudando a Tap. O compromisso inicial é de dois anos, na figura de consultor. O Turismo, aos poucos, vai abrindo mão dos seus grandes comandantes e experimentando novas lideranças. O que fica pelo caminho é aquele saudosismo da política “no fio do bigode”, do aperto de mão que vale mais do que qualquer contrato e da capacidade de se reinventar em um tempo que experimentar era sinônimo de coragem. Vem aí os carreiristas, os compliances, a profissionalização. Novos tempos, novos métodos e novas histórias para contar.
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QUE A T S DE
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DO PORTAL
PANROTAS
MEDIA PARTNER
04/01 a 10/01
1 SP-Rio é 5ª rota mais
movimentada do mundo; veja lista – em 04/01
2 Plataforma para agências
permite emitir passagens com tarifa de estudante – em 08/01
3 Ex-presidente da Abav
denuncia governo e aéreas; entenda – em 10/01
4 Hotel Urbano está
contratando; confira as 83 vagas abertas – em 09/01
5 Conheça os 18 melhores
destinos turísticos para 2018 — em 05/01
10 Governo admite negociar parcerias com Embraer – em 04/01
11 Os destinos da moda para os
viajantes de luxo em 2018 – em 04/01
12 Millennials, X, Z... veja como cada geração traça sua viagem – em 08/01
13 Veja os promovidos e contratados da semana no Turismo – em 05/01
14 Azul Viagens, CWT, Trend e muitas outras contratam; confira – em 08/01
PARCERIA ESTRATÉGICA
ASSOCIAÇÕES
15 Multa para pedestres passa a valer
em abril no Brasil todo – em 05/01
6 ESPM lança cursos de
Turismo de Luxo e Serviços em SP – em 04/01
7 Turnet reforça equipe com
conhecidos do trade; conheça – em 10/01
8 Produtos da Visual serão
distribuídos na rede CVC – em 09/01
9 Jujuy (ARG) tem primeiro voo da história para São Paulo – em 08/01
PRESIDENTE
José Guillermo Condomí Alcorta CHIEF EXECUTIVE OFFICER (CEO) José Guilherme Condomí Alcorta (guilherme@panrotas.com.br)
CHIEF EVENTS OFFICER (CEVO) Heloisa Prass
CHIEF TECHNOLOGY OFFICER (CTO) Ricardo Jun Iti Tsugawa
REDAÇÃO
CHIEF COMMUNICATION OFFICER (CCO) E EDITOR-CHEFE: Artur Luiz Andrade
(artur@panrotas.com.br) EDITOR: Renê Castro (rcastro@panrotas.com.br) Coordenador: Rodrigo Vieira Projetos especiais: Eduarda Chagas Reportagens: Beatrice Teizen, Henrique Santiago, Karina Cedeño, Raphael Silva e Renato Machado Estagiários: Janize Viana, Leonardo Ramos, Marcos Martins, Marina Marcondes (RJ) e Victor Fernandes Fotógrafos: Emerson de Souza, Jhonatan Soares e Marluce Balbino (RJ) MARKETING Analista: Erica Venturim Marketing Digital: Maíra Bocci (maira@panrotas.com.br) Assistente de Marketing: Renata Cruz (suportemkt@panrotas.com.br) DIREÇÃO DE ARTE Diagramação e tratamento de imagens: Erick Motta, Pedro Moreno e William Martins COMERCIAL Executivos: Flávio Sica (sica@panrotas.com.br) Ivie Furlan (ivie@panrotas.com.br) Priscilla Ponce (priscilla@panrotas.com.br) Rene Amorim (rene@panrotas.com.br) Ricardo Sidaras (rsidaras@panrotas.com.br) Big Data: Igor Vianna (igorvianna@panrotas.com.br) Jéssica Andrade (jessica@panrotas.com.br) Assistentes Comercial: Ítalo Henrique (italo@panrotas.com.br) Rafaela Aragão (rafaela@panrotas.com.br) FALE CONOSCO Matriz: Avenida Jabaquara, 1.761 – Saúde | São Paulo - Cep: 04045-901 Tel.: (11) 2764-4800 Brasília: Flavio Trombieri (flavio@panrotas.com.br) | Tel: (61) 3224-9565 Rio de Janeiro: Simone Lara (simone@panrotas.com.br) | Tel: (21) 2529-2415/98873-2415 MARKETING DE DESTINOS Pires e Associados (jeanine@pireseassociados.com.br) ASSINATURAS Chefe de Assinaturas: Valderez Wallner Para assinar, ligue no (11) 2764-4816 ou acesse o site www.panrotas.com.br Assinatura anual: R$ 468 Impresso na Referência Gráfica (São Paulo/SP)
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PHool tí teilcaar i a> Raphael Silva
Enfim, reforma
POUCO MAIS DE DOIS MESES SE PASSARAM DESDE QUE AS NOVAS REGRAS DAS RELAÇÕES TRABALHISTAS NO BRASIL ENTRARAM EM VIGOR PARA ALTERAR DIVERSAS NORMAS DA CONSOLIDAÇÃO DAS LEIS DO TRABALHO
Alexandre Sampaio, presidente do Conselho Empresarial de Turismo e Hospitalidade da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (Cetur-CNC)
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(CLT), e o Turismo já se movimenta pela adaptação às novidades e para saber como elas impactarão o setor. Para o empregador, saem de cena parte das inseguranças e dos riscos envolvendo ações trabalhistas com a chegada de um modelo de contratação bem mais flexível e adaptado à realidade econômica. Do lado do trabalhador, as mudanças podem significar espaço no mercado de trabalho formal e a manutenção direitos fundamentais, como FGTS, férias, salário mínimo, décimo terceiro, seguro-desemprego e diversos outros. Para ambos, porém, a nova regulação ainda gera algumas dúvidas sobre o que esperar das alterações. O Jornal PANROTAS ouviu especialistas em direito trabalhista e buscou os principais líderes do Turismo para entender o que muda daqui para frente. A começar pela formalização do contrato de trabalho intermitente, ponto mais comemorado pelo Turismo. O setor conquista a possibilidade de contar com um colaborador para operar esporadicamente e pagá-lo apenas pelo período em que prestou serviços. Se antes a CLT não regulamentava esse tipo de profissional, que tinha no contrato parcial de 25 horas semanais a menor quantidade a ser cumprida, as novas regras não estabelecem carga horária mínima para a contratação. A intermitência regularizada deve abrir espaço para novos postos
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Alberto Cestrone, presidente da ABR, enxerga benefícios tanto para o empregador quanto para o contratado com a nova regulamentação
Ana Cláudia Bitencourt, presidente da Abeoc Nacional, crê que as o novas leis agilizarão o setor de eventos no Brasil
de trabalho, o que, segundo o presidente do Conselho Empresarial de Turismo e Hospitalidade da Confederação Nacional do Comércio de Bens, Serviços e Turismo (Cetur-CNC), Alexandre Sampaio, já está acontecendo. “Na área de bares e restaurantes, o que inclui também em hotéis, em que existem casos onde apenas um terço [dos funcionários] é registrado, há uma avalanche de registros por trabalho intermitente”, conta Sampaio, um dos líderes mais persistentes nesta luta na indústria. O trabalho home office – também chamado pela legislação de tele trabalho –, já adotado em diversos segmentos como base regional de grandes companhias e também como ferramenta para redução de custos, agora tem regulamentação própria. Para trabalhar em casa, porém, é necessário se atentar aos detalhes do modelo de contratação em ambas as situações, seja para quem contrata ou para quem é contratado. Os custos do dia a dia operacional, como internet e luz, por exemplo, devem ser definidos previamente no acordo para afastar a probabilidade de qualquer desavença. Outro ponto a ser tratado com cautela é o controle de jornada de trabalho, que, no caso do trabalhador home office é inexistente. “O mercado precisa de mais segurança, e não de dúvidas. Se é uma prática que fomente os negócios, por que não regularizar? A reforma resolve esse ponto”, destacou o mestre e doutorando em Direito pela Universidade de São Paulo e professor do Direito do Trabalho na Faap, Carlos Eduardo Ambiel.
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A ampliação no número de registros e inclusão à formalidade deve se estender a diversos pontos da economia e, claro, também aos mais diferentes postos do Turismo quando o assunto são as altas demandas imprevisíveis. Ambiel aponta os segmentos do trade que devem ganhar com as mudanças, da hotelaria às agências, passando por atrações, como museus e parques. O advogado, no entanto, faz questão de diferenciar o trabalhador intermitente do temporário. O contrato temporário continua a ser mais vantajoso quando há uma necessidade de mão de obra previsível, como é o caso da alta temporada turística e feriados, em que o contratante passa a contar com o profissional pelo curto período de tempo em que ele é preciso. “O intermitente é alternado de períodos sem trabalho de uma maneira imprevisível. Quando surge a oportunidade, ele é chamado”, explicou Ambiel, que previu o nicho em que essa nova regulamentação ganhará mais espaço: o mercado de eventos.
TURISMO COMEMORA
Se não o maior beneficiado, o setor de eventos é um dos que mais ganham com a reforma. Presidente da Associação Brasileira de Empresas de Eventos (Abeoc Nacional), Ana Cláudia Bitencourt destaca a conquista. “Foi um grande feito. O setor de eventos é muito novo, e a CLT não acompanhava o desenvolvimento e a necessidade do trabalho no setor.” Assim como foi destacado por Sam-
Com passagem marcante pela presidência da Abav Nacional, Edmar Bull também exalta a abertura de oportunidades com as novas modalidades de contratação
paio, Ana vê o aumento natural da regularização como segurança a quem contrata, mas também como igualdade de oportunidade para que profissionais se encaixem das mais diversas maneiras no mercado. A possibilidade de fracionamento de férias, para não perder o colaborador nos meses de maior demanda, assim como o acúmulo do banco de horas em até seis meses também ganham elogios do setor de eventos. Presidente da Associação Brasileira de Resorts (ABR), Alberto Cestrone elogia a regularização, que traz ganhos significativos, “permitindo que
o trabalhador atue apenas alguns dias da semana, ou trabalhe algumas horas por dia, o liberando para atuar em outras empresas em outros horários”. De acordo com Cestrone, este será um dos maiores ganhos para o mercado em muitos anos. Se os resorts baseiam sua operação no lazer e altas em finais de semana, a hotelaria em geral conta com o balanço dos hóspedes corporativos, o que, segundo o ex-presidente da ABIH Nacional, Dilson Jatahy Fonseca, coloca a intermitência como principal ganho. “Essa flexibilidade abre portas para que o bom profis> Continua na pág. 06
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Dilson Jatahy Fonseca Jr., expresidente da ABIH, ainda atuante nas causas da hotelaria nacional
Marcelo Oliveira, assessor jurídico de diversas associações do Turismo brasileiro, como a Abav Nacional
sional adquira uma grande demanda de trabalho, ganhando destaque e atraindo cada vez mais empregadores interessados em contar com seus serviços”, destacou ele, que à época da entrevista presidia a entidade, agora dando espaço a Manoel Linhares. Por fim, quem também exalta a abertura de oportunidades com as novas modalidades de contratação é o ex-presidente da Abav Nacional, Edmar Bull. Segundo o executivo, as mudanças expandem oportunidades para uma flexibilidade de negócios a agências e agentes de viagens. “Teremos uma livre negociação entre trabalhador e empresa. Poderemos contratar para datas específicas, atender com maior eficácia nosso público, cortar custos, quando necessário, e, principalmente, deixar para trás as informalidades existentes no nosso setor”, analisou Bull, que teve passagem marcante pela principal associação de agentes do País e foi sucedido por Carlos Palmeira. Contatadas, a Associação Brasileira das Operadoras de Turismo, a Braztoa, e a Federação Nacional Turismo, a Fenactur, preferiram não se manifestar sobre o assunto.
IMPORTÂNCIA JURÍDICA
Ao citar as informalidades, Bull também traz à tona uma realidade destacada por Marcelo Oliveira,
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um dos principais nomes jurídicos do Turismo brasileiro, inclusive defendendo os interesses da própria Abav. Segundo ele, o movimento de flexibilização do mercado facilitará, em muito, a chance de formalização do trabalhador. “É a chance de ajustar o que já acontece nos bastidores. Isso vai dar confiança para que ambas as partes (trabalhador e empregador), que agora podem negociar e criar um equilíbrio próprio, tenham a oportunidade de ter mais segurança”, explicou. No mesmo caminho em que propõe a fuga da informalidade, a reforma aponta para a segurança na diminuição de ações trabalhistas na Justiça do Trabalho. Após um registro de 2,75 milhões novas ações em todo o Brasil durante 2016, a nova regulação propõe a figura da sucumbência ao vencedor do processo, independentemente de qual lado ele pertença, empregado ou empregador. Oliveira crê que a adoção do método fará com que o indivíduo pense duas vezes antes de processar seu contratante sem um motivo plausível. “É preciso ter certeza do que se está fazendo, pois agora haverá ônus àqueles que buscam a Justiça apenas pela facilidade do processo”, explicou o advogado, que, ainda assim, alerta para os riscos de não se preparar para aplicar as mudanças. “Se o contrato não for feito de maneira profissional, o perigo do passivo trabalhista continua gigan-
te, como era antes da reforma.” Marcelo Oliveira também comemora os reflexos da reforma trabalhista diretamente em sua função. Tanto Bull como Sampaio e Cestrone, todos veem a importância de um setor jurídico crescer pela necessidade de adaptação às mudanças, mas não ficam apenas nas palavras. Abav e CNC, por exemplo, promovem discussões e fomentam o assunto no mercado para mantê-lo atualizado e ainda disponibilizam o setor jurídico das associações para auxílio aos associados. “Ainda passamos por um momento de adaptação, em que muitos players do setor estão entendendo efetivamente o que mudou e se movendo internamente nessa nova realidade. É preciso compreender o que vale a pena e o que não vale”, concluiu o assessor.
OS RISCOS
Apesar de o otimismo fazer parte do discurso da maioria no Turismo, há também com o que se preocupar. Assim como já havia acontecido com a Lei da Terceirização, em que o questionamento geral se voltava para a precarização do trabalho, o mesmo ocorre quando o assunto é a reforma trabalhista. Negociação aberta, sem tantos impedimentos, modelos de contratação mais flexíveis e a provável inclusão de mais trabalhadores ao mercado podem ocasionar na queda de salários e diminuição do nível de proficiência do colaborador.
É diante desse fator que surgiu a medida provisória (MP) assinada pelo presidente Michel Temer pouco depois da nova reforma entrar em vigor. Na emenda, fica previsto que haverá uma carência obrigatória de 18 meses, contados a partir da demissão, para admitir ex-colaboradores em contrato intermitente, pelo menos até o fim 2020. A ação tem como objetivo impedir demissões em massa, mas para a Abeoc, segundo Ana Cláudia, surge apenas para prejudicar a migração do mercado rumo aos modelos mais flexíveis. “Em meio à crise, mesmo que seja um bom funcionário, às vezes é preciso mandar embora. Depois que as coisas melhorarem, essa carência fará com que eu não possa readmiti-lo. Isso não condiz com a nossa realidade”, criticou a presidente da associação das empresas de eventos. Na contramão da opinião de Ana Cláudia, Dilson Jatahy crê que a mudança instala estabilidade nesse momento de transição proposto pela reforma. O trabalhador já vigente ganha segurança e tempo para se estabelecer neste novo cenário, enquanto o empregador vê a responsabilidade por contratações e demissões crescer ainda mais. “Demissões em grande escala vão, com certeza, causar prejuízos na qualidade do serviço. Por isso, sem poder recontratar o profissional que conhece o negócio durante um ano e meio, é preciso analisar cautelosamente cada decisão”, concluiu o dirigente. p
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>> Renato Machado
Quem é quem na Tyller
ll Nome: Tyller Passagens e Turismo Ltda ll Tipo:
consolidadora
ll Diretores: Ricardo Paci,
Flávia Pirola, Lucas Paci
Lucas Paci, Ricardo Paci e Flavia Pirola, os diretores da Tyller
ll Endereço: rua 7 de Abril 127 — 9º, 7º e 3ºandar
UMA INDÚSTRIA QUE INOVA E SE REINVENTA COM VELOCIDADE SIMILAR A DE AVIÕES SABE RECONHECER EMPRESAS QUE ESCREvem uma história no mercado. Esse é o caso da consolidadora Tyller, que em 2017 chegou aos 45 anos. A companhia familiar, fundada por Tyller Pirola e desde cedo acompanhada por Ricardo Paci, tem hoje nas novas gerações, representadas pela neta de um, Flavia Pirola, e pelo filho do outro, Lucas Paci, a continuação de um legado marcado pelas boas relações. “O diferencial da Tyller são as pessoas”, afirma Ricardo Paci, que segue na ativa à frente da companhia após mais de 35 anos de casa. “Para ter um serviço bom você tem que investir nas pessoas”, reforça Flavia Pirola, diretora operacional, que ainda faz um paralelo: “com tecnologia você deixa as pessoas
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um pouco de lado. A gente tem um histórico de trabalhar muito as pessoas aqui dentro.” Prova disso está em histórias como a de Cintia Braga, que iniciou na Tyller há 23 anos no departamento financeiro e galgou espaço na companhia até a atual gerência de emissão. Dentre os 49 colaboradores atuais, dez possuem mais de uma década de casa. O histórico da Tyller como uma família tem endereço e CEP. Toda trajetória da empresa se passou na rua Sete de Abril, no centro de São Paulo (em duas sedes diferentes). Com uma sede única que perdura por praticamente todos os 45 anos de história da empresa, a inovação é refletida em investimentos no diferencial citado por Ricardo Paci: os colaboradores. “As pessoas ficaram desesperadas por tecnologia e acabaram deixando para trás o serviço. Não adianta
ter uma ferramenta que, pode até funcionar bem, mas sem pessoas adaptadas a trabalhar com ela”, defende Lucas Paci, responsável pela direção comercial da companhia. “É fundamental que você tenha condições competitivas, mas o DNA da Tyller sempre foi na prestação de serviços, que é o que a gente procura manter”, continua. “A prestação de serviços nunca foi simples, hoje vejo a necessidade das grandes empresas em personalizar o serviço, o que é difícil fazer com proporções tão grandes.” Segundo Flavia, “hoje você não vende só um produto, você não vende só um bilhete aéreo. Você vende ele agregado a vários serviços, e tem de ter excelência em todos”. “Agora tenho que vender bilhete, portal de viagens, assento, refeição. Tenho que vender tudo que está incluído numa viagem, agregando hotel, rodoviário.”p
ll Número de funcionários: 49 ll Associação: membro da Air Tkt desde 2015
ll Produtos mais vendidos: passagens aéreas
ll Outros produtos: rodoviário,
hotelaria nacional e internacional
ll Perfil dos clientes: exclusivamente
agências de viagens, porém com perfis diferenciados, como corporativo, eventos, incentivo, lazer, religioso, esportivo, etc
ll Uma iniciativa da empresa:
fazemos questão que nosso colaborador de qualquer nível, que ainda não tenha voado, faça uma viagem de experiência (proporcionada pela empresa).
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Alexandre Gitti e Inacio Oliveira, do departamento de TI
Salete Gomides, Isis Francine, Carolina Carioni e Elice Silva, do departamento administrativo
Roberto Matos e Victor Altieri, do departamento de Marketing
Priscila Sojo, Paula Nascimento, Thais Peixoto e Cintia Braga, do Atendimento Internacional Lucas Onorio, Rogerio Ribeiro, Cristiane Urraro, Rafael Andrian, João Luiz Carvalho e Kaline Santos, do departamento financeiro
Eliete Luz, Flavio Sipoli, Daniele Santos, Juliana Carbonera, Douglas Carnaça, Roberta Mazini, Ana Carolina Fernandes e Vagner Alves, da área Internacional
Claudio Pinheiro, Michele Mendes e Paul Araujo Paulino, responsáveis por Grupos
Thiago Soares, Cintia Braga, Ana Gomes e Julio Cesar Meira, do departamento de Emissão
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Os executivos Fabio Machado, Mayumi Hayashi e Arnaldo Rigolon
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SÃO PAULO
2º lote de ingressos: R$ 670 (até 31 de janeiro)*
AGENDA 19 DE MARÇO - Segunda-Feira 08h30 - Abertura do credenciamento e café de boas-vindas 09h50 - Abertura oficial e mensagem do presidente da PANROTAS, Guillermo Alcorta 10h20 - Ética e combate à corrupção mudaram a forma como se faz negócios no Brasil? :: Deltan Dallagnol, procurador da República no Ministério Público Federal 10h50 - Como o mundo digital e os Millennials combatem a corrupção :: Pedro Vilanova, operador Serenata De Amor 11h15 - PAINEL: NEGÓCIOS EM 2018 O que muda para o Corporativo? Reuniremos profissionais de várias áreas para um dinâmico debate sobre suas expectativas sobre os próximos meses 11h55 - Mobile e a venda de viagens :: Pedro Reiss, CEO da Wunderman Brasil 12h20 - ALMOÇO 13h35 - Os desafios de liderar um mega grupo durante o processo sucessório :: Christiano Oliveira, presidente do Grupo Flytour Gapnet 14h00 - Key Note Speaker (A confirmar)
20 DE MARÇO - Terça-Feira 08h30 - Abertura do credenciamento e café de boas-vindas 09h45 - Boas-vindas PANROTAS apresenta a palestra
10h00 - Como vender experiências de viagens para a geração Millennial :: Richard Launder, presidente da The Travel Corporation EUA (grupo proprietário da Contiki) apresenta a palestra
10h35 - Estamos às cegas? O que podemos esperar do panorama econômico para 2018 :: Fernando Honorato, economista-chefe do Bradesco 11h05 - Pesquisa EXCLUSIVA sobre tendências em viagens 11h25 - Os avanços e a aplicação da Inteligência Artificial no Turismo – Watson (IBM) :: Christiane Berlinck, líder de Recursos Humanos da IBM Brasil 11h45 - O futuro do trabalho e a inovação :: Tiago Mattos, futurista, empreendedor e educador 12h15 - ALMOÇO 13h35 - PAINEL: COMO FAREMOS NEGÓCIOS EM 2018 Globalização X Nacionalismo apresenta a palestra
14h20 - Profissionalização na indústria de Viagens: o desafio de transformar empresas em ambientes de contínua mudança :: Eduardo Kina, CEO da Alatur JTB
14h15 - Interação cérebro+máquina: como essa combinação vai transformar nossa realidade até 2020 :: Miguel Nicolelis, cientista com mais de 30 prêmios internacionais
14h40 - A rota para os negócios digitais :: Claudio Soutto, sócio da KPMG Brasil
14h45 - Inteligência Artificial e a aplicação no Turismo :: Philip Likens, diretor do Sabre Labs
15h00 - PAINEL: NEGÓCIOS EM 2018 Onde as empresas irão buscar novos negócios?
15h30 - COFFEE BREAK apresenta a palestra
15h30 - COFFEE BREAK 16h45 - PAINEL: NEGÓCIOS EM 2018 Cabem mais OTAs? :: Luciano Barretto, country manager da Almundo Brasil :: Scott Crawford, vice-presidente de Gerenciamento de Produtos da Brand Expedia Group 17h20 - Encerramento
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16h20 - Key Note Speaker (a confirmar) 16h50 - PAINEL: NEGÓCIOS EM 2018 Para onde vai a distribuição? Reuniremos profissionais de várias áreas para um dinâmico debate sobre suas expectativas sobre os próximos meses 17h35 - Encerramento
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PALESTRANTES
Christiane Berlinck IBM Brasil - Líder de Recursos Humanos
Christiano Oliveira, CEO do Grupo Flytour
Claudio Soutto, sócio da KPMG Brasil Sócio
Miguel Nicolelis, Cientista na Duke University
Deltan Dallagnol, Procurador da República
Pedro Reiss, CEO da Wunderman Brasil
Eduardo Kina, CEO da Alatur JTB
Pedro Vilanova
Fernando Honorato, economistachefe e diretor do Departamento de Pesquisas e Estudos Econômicos do Bradesco
Philip Likens, diretor da Sabre Labs
Luciano Barreto, Country Manager da Almundo Brasil
Richard Launder, presidente da The Travel Corporation
Luis Ferrinho
Tiago Mattos, empreendedor na Aerolito
ALIANÇA INSTITUCIONAL
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Gestão em movimento
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M Heort ce al adroi a > Renato Machado
Atrás de uma Copa
A CADA QUATRO ANOS O MUNDO PARA EM FUNÇÃO DA REALIZAÇÃO DA COPA DO MUNDO. A CADA QUATRO ANOS, O PAÍS QUE SEDIA O TORNEIO GANHA VISIBILIDA-
de e entra nos planos de viagens de milhares de aficionados por futebol. Foi assim em 2014, no Brasil, e será assim em 2018, na Rússia, país que desperta no brasileiro curiosidade e fascínio, seja pela distância física ou pela cultural. Ir para a Rússia, no entanto, não será tarefa fácil. Sem voos diretos entre o Brasil e pouca oferta hoteleira em algumas das sedes, presenciar in loco a Copa do Mundo deste ano irá requerer o auxílio de especialistas. Coordenador do pool de operadoras autorizadas pela Fifa a vender ingressos de partidas no Brasil, Paulo Castello Branco (foto) é CEO do Projeto Copa e avisa: “eu não recomendo que ninguém vá para a Rússia sem que tenha uma estrutura por trás”. A operação foi explicada pelo dirigente em entrevista exclusiva para o Jornal PANROTAS .
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“Como uma empresa de Turismo, nós formamos uma série de pacotes tanto para o lazer como para o incentivo”, afirma, comentando sobre os serviços adicionais que oferece além da comercialização de ingressos – na qual garante não existir qualquer forma de venda casada, ficando a critério do cliente a contratação da estrutura auxiliar ofertada. “A compra de tíquetes de Hospitality dá a garantia, diferente de ter que entrar no site da Fifa e depender de algum sorteio. Por isso que os ingressos de Hospitality tendem a estar em melhores locais dentro do estádio - e consequentemente custam mais”, explica. O público brasileiro tem, por meio do pool , acesso garantido a ingressos desde a primeira fase até a grande final. De acordo com a empresa, o Hospitality custa a partir de US$ 850 por jogo. Estão disponíveis sete pacotes com hospedagem na Rússia ( veja na tabela ), com variedade que vai desde apenas a primeira fase do torneio (12 dias, 10,6 mil euros em
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Crédito: Lucas Figueiredo/CBF
Neymar em ação, a grande esperança da seleção nesta Copa
quarto individual), todas as fases eliminatórias (19 dias, 15,6 mil euros em quarto individual) ou até a Copa completa (33 dias, 27,3 mil euros em quarto individual). A Top Service Incentive Travel & Events é o agente exclusivo para comercialização do Programa Oficial de Hospitality da Match (Fifa) para a Copa, fornecendo ao pool, composto por Agaxtur, Honour, MMT Gapnet e Stella Barros Turismo, além da recém-chegada CVC, “um canhão de vendas”, nas palavras de Castello Branco. “Tem tudo a ver a CVC estar junto conosco vendendo Copa do Mundo”, afirma. Segundo ele, foram cerca de quatro meses de negociações até a confirmação da entrada da gigante.
ORGANIZAÇÃO
“As nossas duas bases na Rússia são Moscou e St. Petersburgo”, introduz o executivo. “Para todas as outras cidades que o Brasil venha a jogar, nós vamos fazer o que a gente denomina de Match Day, ou seja, estamos fretando aeronaves que vão decolar de manhã cedo de Moscou ou St. Pete e vão retornar após o jogo para aquelas duas cidades.” A explicação é direta: “em várias cidades há uma certa deficiência de hotéis”. Essa preocupação, entretanto, ficou um pouco de lado após o sorteio dos grupos da Copa, que definiu um caminho inicial de cidades de maior porte para a seleção
brasileira ( veja a trajetória do Brasil na Rússia na pág. 14 ). “Diferentemente do Brasil, em que Porto Alegre-Manaus é um voo que demora quase cinco horas, as distâncias entre as sedes na Rússia não ultrapassam duas horas e 25 minutos de voo (tomando por base Moscou). Significa dizer que é próximo de fazer um bate e volta no mesmo dia”, compara. “Evidente que vai obrigar as pessoas a acordarem cedo, pegar um voo praticamente de madrugada, mas é Copa do Mundo”, faz a ressalva. O serviço inclui acompanhamento do grupo com guias que falam português. Sem voos diretos entre Brasil e Rússia, o jeito foi garantir meios de chegar à Rússia com apenas uma
PACOTES COM HOSPEDAGEM NA RÚSSIA (MOSCOU E ST. PETERSBURG) FASE DE JOGOS 1ª fase 1ª fase + Oitavas Oitavas + Quartas Oitavas até Final Quartas até Final Semifinal e Final Copa completa *Valores referência para pagamento à vista
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Nº DE NOITES 12 18 10 19 12 9 33
QUARTO INDIVIDUAL 10,6 mil euros 14,6 mil euros 9,3 mil euros 15,6 mil euros 10,6 mil euros 7,7 mil euros 27,3 mil euros
QUARTO DUPLO 7,6 mil euros 10,1 mil euros 6,8 mil euros 10,8 mil euros 7,5 mil euros 5,5 mil euros 12,2 mil euros
parada. Castello Branco afirma já possuir 1,2 mil bloqueios garantidos com companhias aéreas – uma preocupação explicada pelo empresário. “Para chegar até a Europa a partir do Brasil você tem tantas alternativas de companhias aéreas. O problema é a partir de um ponto da Europa até a Rússia, porque curiosamente a oferta a partir de pontos da Europa para a Rússia não é forte”, afirma. Segundo o CEO do Projeto Copa, por ora estão acordados voos com Air France, KLM, Lufthansa, British Airways, Iberia, Turkish Airlines e Tap. “As saídas serão de São Paulo e Rio, mas a Tap ainda tem a vantagem de sair de outras localidades, assim como a AF-KLM, que fincou bandeira em Fortaleza”, complementa. Com idas asseguradas em voos com uma única parada, a negociação entre o pool e aéreas criou, para o retorno, a possibilidade de um incremento no produto. “Na volta nós permitimos o stopover, o que é muito legal para o passageiro que quer ficar dois ou três dias em algum ponto da Europa”, diz. “Pela proximidade a países que o brasileiro está acostumado a viajar, como França, Inglaterra, Itália, Alemanha, muita gente vai assistir a primeira fase, digamos, e depois fica pela Europa por mais dez dias, depois volta para assistir uma semifinal. Ele não necessariamente vai passar um mês inteiro na Rússia.” > Continua na pág. 14
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< Continuação da pág. 13
Rostov
St. Petersburg
Brasil x Suíça
Brasil x Costa Rica
17 de junho — 21h (15h de Brasília)
22 de junho – 15h (9h de Brasília)
Moscou
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Aéreo
a partir de US$ 1,8 mil (mais taxas)
Brasil x Sérvia
27 de junho — 21h (15h de Brasília)
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Hospitality
a partir de US$ 850 por jogo
VENDAS
Antes da realização do sorteio, Paulo Castello Branco notava uma predominância na compra de pacotes de lazer de valor elevado. “Em todos esses grandes eventos, os hotéis têm preços mais elevados. Há uma procura pelo lazer de alto nível. Várias pessoas já fizeram e outras vão deixar para fazer depois do sorteio”, conta e complementa: “as vendas estão dentro de uma curva semelhante ao que aconteceu na África do Sul (sede da Copa do Mundo de 2010).” Sem falar sobre arrecadação, a expectativa é que sejam transportados pelo pool cerca de quatro mil torcedores para a Rússia. “A gente enxerga um pipeline muito favorável e nas vendas a gente já percebe um início de decolagem”, diz, confirmando que as projeções iniciais devem ser alcançadas. Dos quatro mil aguardados, três mil viriam de viagens de incentivo. “Os outros mil seriam de lazer, mas essa projeção pode ter alterações da ordem de 20% para mais, principalmente do lazer, que pode subir”, conta. No segmento de incentivo, Castello Branco diz já ter feito “boas vendas”, mas que nota certo receio de grandes empresas por conta das incertezas econômicas do País. “Muitas empresas estavam aguardando o encaminhamento da economia, que já dá sinais de respiro. Eles estão definindo exatamente quantas pessoas vão efetivamente levar para a Copa. Mas que vão, vão”, garante.
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SELEÇÃO
O que acontece dentro das quatro linhas importa, e muito, em viagens como esta. Por isso, a expectativa sobre a performance da seleção é alta. “As pessoas optam por assistir a primeira fase porque sabem que assistirão com certeza três jogos”, conta Castello Branco, tratando do formato do torneio, que se inicia com uma fase de grupos de quatro seleções cada (na qual apenas os dois primeiros se classificam). Diante do sorteio, realizado em dezembro, ficou estabelecido que o Brasil jogará no grupo E, juntamente de Suíça, Costa Rica e Sérvia. A estreia, no dia 17 de junho, contra a Suíça, é o único jogo da primeira fase na qual será necessária a realização do esquema de Match Day (com a ida e retorno à base, St. Petersburgo ou Moscou, no mesmo dia). A partida acontece na cidade de Rostov, a menos de duas horas de voo de Moscou, e será realizada no último
horário do dia, às 21h local. Isso significa uma saída tranquila das “bases”, porém um retorno mais tardio, invadindo a madrugada do dia seguinte. Na sequência, a seleção visita São Petersburgo para enfrentar a Costa Rica (dia 22 de junho, às 15h local) e a capital Moscou, em jogo diante da Sérvia (dia 27 de junho, às 17h local). “Ainda bem que o Tite apareceu”, brinca o empresário ao comentar sobre os bons resultados e em como isso “ajuda demais” nas vendas. “Não foi só a questão do desempenho nas eliminatórias que, obviamente, foi vital para a gente se classificar com tranquilidade em primeiro lugar. Mas é a perspectiva de que de fato a gente tem
tudo para fazer muito bonito e chegar a uma final de Copa do Mundo e, se deus quiser, ser campeão.” Mesmo com todo esse otimismo, Castello Branco sabe que “a Copa do Mundo é muito mais do que futebol”. “As pessoas perceberam isso a partir da Copa no Brasil e isso é muito legal. Muita gente está comprando porque as cidades pulsam”, relata. “É obvio que todos nós queremos assistir ao futebol, mas tem tanta coisa para fazer extra o futebol. A Rússia é um doce mistério para o brasileiro”, finaliza.
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H o t e l a r i a > Carla Lencastre, especial para o Jornal PANROTAS
Marco corporativo em Chicago
A TORRE DE 40 ANDARES COM VIDROS AZUIS CHAMA A ATENÇÃO NO SKYLINE DE UMA CIDADE REPLETA DE ARRANHA-CÉUS. VISTA DE PERTO,
fica ainda mais interessante quando se percebe que, além do novo edifício, há um prédio histórico incorporado à construção. O Marriott Marquis Chicago, inaugurado oficialmente em 16 de novembro, ocupa uma grande área repleta de pequenas surpresas. Como em todos os hotéis da bandeira Marquis, tudo é superlativo. Em funcionamento há quase quatro meses, a propriedade reúne 1.205 quartos com design contemporâneo ao lado do McCormick Place, o maior centro de convenções dos Estados Unidos. Esta é a maior inauguração de 2017 da maior rede de hotéis do mundo. É também a maior
abertura hoteleira de 2017 em Chicago, que conta com voos diários da United Airlines, a partir de São Paulo. O centenário edifício original incorporado à torre do Marquis passou por um retrofit completo. Só a fachada continua a mesma. Por dentro, há uma nova área para eventos com ambientes modernos e cheios de charme. Woven and Bound, o bom restaurante de cozinha americana, tem 350 lugares, pé-direito alto e boa iluminação. A ideia é que a casa seja também um ponto de encontro para quem trabalha e mora na região. Em 2018, o Marquis terá ainda um Marketplace, com barracas de comidas rápidas variadas, como a tradicional deep dish pizza de Chicago, uma pizza alta, geralmente servida com linguiça, outro clássico local. Os quartos não têm o charme das
áreas comuns. Os dois únicos toques locais são fotos de Chicago, uma delas fazendo às vezes de luminária. Os apartamentos são amplos e sóbrios, em tons de bege e cinza, camas muito confortáveis e armários pequenos. O ponto fraco é o banheiro, desproporcionalmente pequeno em relação ao tamanho do quarto. O chuveiro é bom, mas tem cortina de plástico e não consegue se definir entre um walk-in shower ou uma banheira. O Marriott Marquis fica a 20 minutos de carro do centro de Chicago. É um hotel voltado para visitantes que vão participar de eventos no centro de convenções. Ou para grupos que necessitem de muitos quartos em um mesmo endereço. O bairro ao redor é parte residencial, parte comercial. O ponto turístico mais próximo, o Museum Campus, onde fi-
cam o aquário, o planetário e o Soldier Field, o estádio de futebol americano do Chicago Bears, está a 20 ou 30 minutos de caminhada. Para quem vai a Chicago a passeio, há vários outros hotéis mais bem localizados, inclusive da própria Marriott. Na categoria luxo, o Ritz-Carlton acaba de passar por uma reforma de mais de US$ 100 milhões. O hotel fica em uma torre ao lado do John Hancock Center, onde está um dos dois observatórios panorâmicos da cidade (o outro é na Willis Tower). O lobby, no 12º andar, ficou lindo depois da reforma. É bem iluminado e repleto de detalhes que remetem ao trabalho do arquiteto Frank Lloyd Wright. O bar e o café valem a visita mesmo de quem não está hospedado por lá.
--- O Jornal PANROTAS viajou a convite da
Marriott Internacional, com proteção GTA
COM A PALAVRA, O CEO O CEO DA MARRIOTT INTERNATIONAL, ARNE SORENSON, ESTEVE EM CHICAGO PARA A INAUGURAÇÃO OFICIAL DO MARQUIS. ELE COMPAROU OS DOIS PRINCIPAIS INVESTI-
mentos da rede na cidade. “Os quartos do Marquis são espaçosos como os do Ritz-Carlton. O fitness center é do mesmo nível. Mas o Marquis não oferece spa nem tem um restaurante de alta gastronomia”, diz Sorenson. “No Ritz-Carlton, o luxo é clássico. No Marquis, os bons serviços se destacam”, reforçando o perfil do hóspede que vai para convenções e outros eventos. Os nove hotéis com a bandeira Marquis se caracterizam pelo tamanho e por estarem sempre em grandes centros urbanos. São prédios com mais de mil quartos e amplas áreas para eventos. O novo hotel de Chicago fica ao lado do centro de
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convenções da cidade, assim como o de Houston, a inauguração anterior nos Estados Unidos. Em Nova York o Marquis está na Times Square e tem mais de dois mil quartos. A abertura mais recente, antes de Chicago, foi em Bangkok, na Tailândia. O Marquis Bangkok é o maior hotel do país. “A Ásia tem um potencial de crescimento enorme, com cada vez mais novos consumidores. Vamos continuar investindo muito na região nos próximos anos”, disse Sorenson. E o Brasil, onde a Marriott tem hoje 19 hotéis e previsão de mais oito até 2020? “A América Latina também é um mercado em expansão. Agora as coisas no Brasil andam complicadas. A economia do País está passando por um momento muito duro. Mas sou otimista. O Brasil vai se recuperar. Cidades como São Paulo e
Rio de Janeiro têm grande potencial para investimentos na área de hotelaria de luxo. O Rio recebeu muitos novos hotéis por causa dos Jogos Olímpicos, e não vejo outros surgindo na cidade tão cedo. São Paulo ainda tem uma carência no merca-
do de luxo. Porém, os investidores locais não estão animados. Uma bandeira da Marriott que pode crescer no Brasil, no futuro, é a Moxy, de hotéis com perfil lifestyle. Seria interessante para algumas capitais como Salvador e Recife”.
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SurFACE Grupo Latam em 2017
Voo São Paulo-Jujuy AR fica disponível até 17 de fevereiro
O Grupo Latam registrou queda de 3,2% em número de passageiros quilômetros pago (RPK) no acumulado de 2017 – de 30,9 milhões em 2016 para 29,9 milhões no ano passado, embora dezembro tenha se mostrado um mês positivo neste índice. A demanda de passageiros cresceu 0,3 ponto percentual no ano, fechando com taxa de 82,7%. Já em relação à oferta no Brasil, em assentos quilômetro disponível (ASK), a aérea registrou um aumento de 0,6% no mês de dezembro, com um percentual de 85,1%. Para o ano, o crescimento foi relativamente pequeno, em apenas 0,3 ponto percentual, configurando uma taxa de ocupação de 82,7%.p
Jujuy-São Paulo direto
Crédito: Roberto Tamer
Pela primeira vez, a província de Jujuy, no extremo Norte da Argentina, está conectada diretamente a São Paulo. O voo inaugural entre os dois destinos aconteceu dia 6, em operação da Aerolíneas Argentinas que marcou a estreia histórica do trecho, nunca antes realizado. Parte de um esforço de US$ 800 mil do governo local para promover Jujuy aos brasileiros, a rota, neste princípio é temporária, mas sempre há a esperança de que resultados satisfatórios tragam algo permanente. Os voos são fretados, operados por um Boeing 737-800 para 170 passageiros a preço médio de US$ 400 (ida e volta). As saídas acontecem todos os sábados de manhã de Guarulhos até 17 de fevereiro, retornando nos mesmos dias de San Salvador, capital de Jujuy, no fim da tarde. O Brasil é o maior emissor para todas as regiões argentinas, exceto o Norte. Jujuy conta com clima ameno, e tem como destaque as belezas de sua paisagem montanhosa (tem as famosas montanhas coloridas), salinas e desertos.p
Primeiros passos CVC-Visual
Produtos da Visual serão distribuídos na rede CVC. A informação foi dada pelo presidente do conglomerado, Luiz Eduardo Falco, que mencionou a operadora fundada por Afonso Louro pela primeira vez desde a aquisição. “Nós temos essa política de disponibilizar os produtos em todos os canais de venda, e isso acontecerá com a Visual também, mas sabemos que uma ação como esta não significa necessariamente um aumento de vendas”, revelou o mandatário. A Visual é descrita pela CVC Corp como uma operadora de lazer com produtos de nicho e requinte. p
Fernando Pinto deixa a Tap após 17 anos. Novo CEO deve ser Antonoaldo Neves, ex-Azul
Antonoaldo Neves sucede Fernando Pinto
Antonoaldo Neves deve ser o próximo CEO da Tap. Ex-Azul, o brasileiro foi mencionado por Fernando Pinto em sua carta de despedida após 17 anos como presidente executivo da companhia portuguesa. “Os acionistas da Atlantic Gateway já propuseram o nome de Antonoaldo Neves para assumir a liderança, enquanto CEO da Tap, após a aprovação em AG no dia 31 de janeiro”, aponta o empresário. “Estou absolutamente seguro de que com a liderança de Antonoaldo, a Tap continuará neste incrível processo de crescimento. Assim, o meu sentimento hoje é de absoluta realização profissional e pessoal.” Fernando Pinto tem tom comemorativo em sua despedida. “Esses 17 anos foram a experiência mais enriquecedora de minha carreira. A Tap hoje é três vezes maior do que quando eu aqui cheguei. À época, tinha como missão privatizar a empresa e foi, como todos sabemos, um processo difícil, feito de muitos obstáculos e dificuldades”, comemorando o sucesso do processo e a liderança nas ligações entre Brasil e Europa. “A Tap é hoje uma companhia com uma estratégia clara e bem definida, bem posicionada em uma estratégia de crescimento. Fechamos o ano com mais de 14 milhões de passageiros transportados.”p
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Ponto a ponto O ex-Visual, CVC e Flytour Viagens André Rossi é o novo gerente de Vendas da Viagens Master e seguirá em Belo Horizonte, onde já atuava como gerente da filial da Visual. A April Brasil anunciou a saída do diretor comercial Agnaldo Abrahão após três anos e meio, devido a motivos de saúde. O substituto para o cargo será definido ainda no início deste ano. As praças Grande São Paulo e Capital da Litoral Verde Viagens têm agora Fredy Vilchez como promotor de Vendas. O gerente de Vendas para o Brasil da Discover Cruises, José Pereira, deixou oficialmente o seu cargo após oito anos na empresa.p
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corporativo
www.pancorp.com.br
British 2018
A British Airways apresentou três novidades relevantes para 2018. A primeira delas é o incremento de 15% no número de voos no verão do hemisfério norte, graças à adição do antigo slot utilizado pela Monarch no Aeroporto de Gatwick, em Londres. As adições representam um aumento de 150 voos da aérea por semana neste terminal, isso sem contar os 400 voos extras realizados entre fevereiro e março. A companhia também instalará assentos não reclináveis em rotas de até quatro horas de duração para bater de frente com as low cost europeias, buscando aumentar capacidade de voos dentro do continente e, consequentemente, baixando as tarifas. A última delas é um investimento de "vários milhões de libras" para alterar completamente o menu da classe econômica em voos de longa distância. A partir desta semana, as refeições pulam de três para quatro etapas, e terão até sorvetes Magnum em voos diurnos. p
Do corporativo ao luxo
A Primetour, uma das maiores e mais premiadas agências de viagens do segmento de Luxo no País, está investindo no desenvolvimento dos segmentos corporativo e de Eventos. Para executar o planejamento de crescimento nessas duas áreas para os próximos dois anos, a empresa contratou Alexandre Castro, que por quatro anos atuou na Maringá Turismo. Na TMC, Castro passou pelas diretorias de Operação, Tecnologia e Vendas e pela vice-presidência corporativa. Ele deixou a Maringá no final de novembro e assumiu o novo desafio na Primetour no mês passado. Alexandre Castro também participou da diretoria da Abracorp. Seu e-mail na Prime é alexandre.castro@primetour.com.br.p
Alexandre Castro, ex-Maringá, agora na Primetour
R$ 5 bilhões em 2020
A Alatur JTB pretende fechar 2020 com R$ 5 bilhões de faturamento, e vê um 2018 de estratégia moderada para alcançar a meta. O CEO Eduardo Kina prevê uma alta de 5% a 10% este ano, em comparação a 2017. "Não é tão agressivo, mas reflete nossa visão realista do mercado, principalmente em um ano em que acreditamos ser de recuperação da economia", pondera Kina. "Trabalhamos com grandes contas corporativas e sentimos que há um compasso de espera, uma observação cuidadosa dessas empresas com o que sinaliza o governo. Até acreditamos que temos elementos de crescimento visíveis com queda de juros e inflação controlada, mas sem as indispensáveis reformas estruturais a recuperação econômica fica sob risco." Um dos meios de alcançar maior crescimento para os próximos anos é diversificação de seu modelo de negócios, principalmente ao investir também na indústria de lazer, segundo o CEO. A união dos dois será chave para fazer com que a empresa chegue aos desejados R$ 5 bilhões em 2020. Para finalizar, Kina avalia que o pior já passou, e o auge da crise aconteceu no segundo trimestre de 2017. Um otimismo esperado por todo o setor. p
Eduardo Kina, CEO da Alatur JTB
Slaviero prevê aberturas
A Slaviero Hotéis prevê abertura de cinco hotéis para 2018, visando aumentar sua presença em todo o Brasil. Manaus, Cuiabá, Paraíba, Itapema (SC), São José dos Pinhais (PR) e Curitiba ganharão empreendimentos da rede ao longo do ano, o que representa um aumento de 10% na oferta da marca nacionalmente. Com as novidades, a rede hoteleira planeja terminar o ano comandando 33 unidades em todo o País, incrementando ainda mais as vendas. Em 2017, a adição foi de 14%.p
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